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PROJETO DE ARTIGO CIENTIFICO

FACULDADE ANCHIETA DE ENSINO SUPERIOR DO PARANÁ

CAMPUS HAUER

CURSO DE DIREITO

PROJETO DE ARTIGO CIENTÍFICO

O DIREITO DESPORTIVO NO BRASIL

LACUNAS LEGAIS ENCONTRADAS NO PROCESSO DE EXPANSÃO E


PROFISSIONALIZAÇÃO DO FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL

ORIENTANDA: THAÍS NAYARA MARQUES

ORIENTADOR: PROF. ANDERSON DE SANTANA GONÇALVES

Curitiba

2018
THAÍS NAYARA MARQUES

O DIREITO DESPORTIVO NO BRASIL

LACUNAS LEGAIS ENCONTRADAS NO PROCESSO DE EXPANSÃO E


PROFISSIONALIZAÇÃO DO FUTEBOL AMERICANO NO BRASIL

Projeto de Artigo Científico apresentado à


disciplina Língua Portuguesa e Redação Técnico
Científica, do Curso de Direito, da Faculdade
Anchieta de Ensino Superior do Paraná

Prof. Orientador Anderson de Santana Gonçalves.

Curitiba

2018
SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA .....................................................................................

2 REFERENCIAL TEÓRICO .....................................................................

3 OBJETIVOS

3.1. GERAL .........................................................................................

3.2. ESPECÍFICOS ..............................................................................

4 PROBLEMAS .........................................................................................

5 HIPÓTESES ............................................................................................

6 METODOLOGIA .....................................................................................

7 CRONOGRAMA .....................................................................................

8 ESTRUTURA PROVÁVEL .....................................................................

9 REFERÊNCIAS ......................................................................................

10 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................

11 APÊNDICES / ANEXOS .......................................................................


1. Justificativa

Em 2001, o curitibano Rafael Bruzamolin, elaborou encontros entre


pessoas que tinham interesse em futebol americano num campo de grama que
se localizava atrás do Museu Oscar Niemeyer. Essas reuniões serviram de
base para formar uma equipe de competição, batizado com o nome de Curitiba
Brown Spiders.
Pouco tempo depois da formação, a equipe passou a disputar amistosos
contra times do Paraná e Santa Catarina. Em 2005 e 2006, participou do
torneio Sul Bowl e foi campeão das duas edições.
Após muito trabalho, em abril de 2007 o Curitiba Brown Spiders obteve
atenção da marca Riddell, a fornecedora oficial de itens de proteção para a
NFL (National Football League, a maior liga de futebol americano dos EUA e do
mundo). Contando com cerca de 30 kits novos de shoulder pads (protetores
para tórax), capacetes e protetores para membros inferiores, o que tornou a
equipe pioneira no full pads.
Por ser o primeiro do chamado futebol americano no Brasil, o Curitiba
Brown Spiders não realizou jogos oficiais até fins de 2008, pois não havia
adversários. Nesse meio tempo, a diretoria do time ajudou a viabilizar,
inclusive, a compra de equipamentos por parte de outras equipes brasileiras.
Durante esse período, o Curitiba Brown Spiders contou com uma importante
adição ao seu elenco, um Coach Americano.
No dia 25 de outubro de 2008, o time enfrentou o Barigui Crocodiles no
que seria o primeiro jogo de futebol americano com equipamentos oficiais de
proteção em território brasileiro. Com vasta cobertura da imprensa regional,
nacional e especializada, e plateia de aproximadamente 2,5 mil pessoas, o
Brown Spiders venceu o Barigui Crocodiles por 33 a 10. Atualmente, no dia 25
de outubro, é comemorado o FABR Day, em referência ao primeiro jogo oficial
no Brasil.
Ainda na sua primeira década no Brasil, o futebol americano vem
crescendo e ganhando mais adeptos, patrocinadores e admiradores do esporte
ao longo dos anos. Em 2016, o esporte teve um ponto chave para sua
repercussão e aumento de público nos jogos nacionais, que foi a abertura do
Complexo Esportivo Brown Spiders, palco dos jogos de campeonatos
estaduais e nacionais em Curitiba, e a casa do futebol americano nacional,
sendo o primeiro complexo esportivo próprio para o esporte no Brasil. O
Complexo Esportivo Brown Spiders recebeu no ano de 2017, o Paraná Bowl IX,
a final da décima edição do campeonato paranaense de futebol americano,
realizado pela FPFA (Federação Paranaense de Futebol Americano),
considerada a maior edição até então, contando com o publico de mais de
2500 pessoas.
Atualmente, o FABR (como foi batizado pelos praticantes e
simpatizantes do esporte) conta com cerca de 150 times filiados à
Confederação Brasileira de Futebol Americano, a CFBA, responsável também
pela seleção brasileira de futebol americano, o Brasil Onças.
A CBFA, reconhecida pela IFAF (Federação Internacional de Futebol
Americano) é responsável por organizar, regulamentar e fomentar o esporte no
Brasil, sendo a instituição máxima do esporte, sendo responsável também por
mais duas modalidades: o beach football e o flag football (ambas sem
equipamentos, chamadas de no pads).
Em constante progresso, o futebol americano vem tomando espaço no
país do futebol. Segundo o Global Web Index, atualmente o Brasil é a terceira
maior concentração de fãs da NFL, atrás apenas dos Estados Unidos e do
México. E, apesar da falta do glamour americano, o esporte vem crescendo
anualmente com o número de times, praticantes e publico.
No âmbito competitivo do FABR, temos no primeiro semestre os
campeonatos estaduais, organizados e regulados pela federação de cada
estado. Enquanto, no segundo semestre temos os campeonatos nacionais,
acontecendo de forma paralela: a BFA (Brasileiro de Futebol Americano) e a
LNFA (Liga Nacional de Futebol Americano), a primeira divisão e a divisão de
acesso respectivamente. E ainda a LINEFA (Liga Nordeste de Futebol
Americano) que dá acesso a LNFA.
Junto desse crescimento constante do esporte, com a difusão do futebol
americano pelo Brasil inteiro, nos deparamos com situações que até então, não
eram problemas, como viagens para jogos, aluguel de campo, infraestrutura
necessária para realização de jogos (ambulâncias, segurança), a entradas de
times como patrocinadores de times de futebol no futebol americano e a
‘’profissionalização’’ de comissão técnica e atletas, que até o momento eram
apenas praticantes, mas passaram a integrar o time como colaboradores
remunerados.
Com a falta de legislação, o esporte vem sendo regulamentado pelos
regulamentos impostos pelos times, ligas e federações (em anexo, o
regulamento da BFA e da LNFA), o que menos que amenize a falta de
legislação, não supre totalmente essa dificuldade encontrada hoje.
No primeiro semestre de 2018, o FABR teve seu primeiro
escândalo envolvendo o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), o episódio
aconteceu em Minas Gerais, envolvendo o time Cruzeiro Imperadores (ex Juiz
de Fora Imperadores, com parceria com o time de futebol Cruzeiro), sendo
acusado por outros times de terem inscrito atletas de forma irregular, por
estarem disputando duas competições simultaneamente, o que é proibido no
esporte em todo o país. Na primeira partida, o time venceu de 81 x 00 o time
Pouso Alegre Gladiadores, mas foram julgados pelo ocorrido e condenados.
Numa segunda partida, o time insistiu na escalação e com isso, foram expulsos
do campeonato mineiro de 2018, pela 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de
Justiça Desportiva, em 17 de maio. Depois disso, a competição seguiu
normalmente, aplicando vitória por W.O nos times que enfrentariam o Cruzeiro
Imperadores, contudo, o time entrou com recurso e o Pleno indeferiu
definitivamente a decisão de forma definitiva, visto que não existe um STJD da
modalidade. A decisão do Pleno fez com que 10 times se desligassem
imediatamente da competição, visto que acima de qualquer interesse, estava o
regulamento do campeonato organizado pela FEMFA (Federação Mineira de
Futebol Americano), fazendo com que esses times formassem uma nova liga
em Minas Gerais, chamada de Ética Football League, tendo como pilares da
liga a ética e o comprometimento com o crescimento do esporte de forma justa.
Para acelerar o crescimento, diversos times contratam atletas e técnicos
de fora, para obter o conhecimento aplicado no berço do futebol americano, os
EUA. Essa ‘’compra’’ de atletas, que já é cultura no futebol, ainda não é
regulada pela justiça desportiva, e esse mercado já vem crescendo há anos.
Até que ponto isso é legal? Em que medida isso estará contribuindo para o
esporte?
Pensando o futebol americano como um esporte com potencial de
ascensão ainda maior do que o apresentado hoje, esse artigo vem com a
finalidade de entender, explicar e apresentar soluções para os problemas
apresentados atualmente pelas ligas, times e atletas do futebol americano.
Procurar encaixar a legislação nacional e internacional desportiva vigente hoje,
em esportes que não estão nela, trabalhar como os atuais regulamentos estão
dispostos e como complementar eles de forma que inclua e compreenda as
necessidades legais do esporte, discutir e apresentar os casos encontrados até
o momento e as sanções que foram aplicadas e como foram.

Com isso em vista, a pesquisa tem a chance de levar essas informações


até praticantes e dirigentes de times e federações, fazendo com que o esporte
se torne ainda mais justo e relevante no aspecto jurídico, pouco explorado até
então.
2. Referencial Teórico

Para entrar no assunto a ser discutido, é preciso entender como uma


brincadeira entre amigos cresceu, se tornou um time e deu início a uma prática
até então pouco conhecida no país. Para isso, temos o livro ‘’O que é
sociologia do Esporte’’ de Ronaldo Helal, onde autor explica a distinção
sociológica entre brincadeira, jogo e esporte, e trata também do esporte
moderno e sua introdução na sociedade. Ainda nas ciências sociais, para
explicar o fenômeno e a participação do público, e tratando do esporte como
entreterimento, ‘’O trabalho do atleta e a produção do espetáculo esportivo’’ de
Katia Rubio.
Como a literatura sobre a temática no Brasil ainda é rasa, o estudo do
esporte, e da legislação dele, será feita com base em autores internacionais,
como o americano Jon Krakauer, autor de ‘’Onde os Homens Conquistam a
Glória’’ e David Halberstam, com ‘’The Education of a Coach’’.

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