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Escritor com Atitude: 15 coisas que deve evitar para ser um

melhor escritor.

Muitos livros, blogs, artigos, revistas na atualidade tem sido escrito com a
intencionalidade de autoajuda. Confesso que não sou muito adepto desse tipo
de leitura, porém me chamou a atenção um artigo de um blog com título em
espanhol: Actitud escritora: 15 cosas que hay de dejar de lado para escribir
mejor. Tratava-se da tradução de um artigo em Inglês que tem o título: 15 Things
You Should Give Up To Be Happy. O artigo em Inglês traz dicas sobre como ser
feliz e o tradutor para o espanhol adaptou com dicas para escrever melhor e ser
feliz fazendo isso.

Achei o artigo de muito bom gosto e com sugestões interessantes. Decidi traduzi-
lo para o português, pensando nas pessoas como eu que se dedicam a escrever,
seja como passatempo ou profissionalmente.

Para quem desejar ler a versão espanhola ou o original Inglês, podem fazê-lo
clicando nos links abaixo:

<a href=”https://escrilia.wordpress.com/2015/06/08/actitud-escritora-15-cosas-que-
hay-que-dejar-de-lado-para-escribir-mejor/”>Tradução em Espanhol</a>

<a href=”http://www.purposefairy.com/3308/15-things-you-should-give-up-in-order-
to-be-happy/”>Original em Inglês</a>

15 coisas que você deve deixar de lado para escrever melhor, e


quem sabe ser mais feliz escrevendo.

1. Renuncie a necessidade de ser o melhor do seu grupo. Escrever é


uma questão de criatividade e a criatividade se alimenta, em partes, do
ego. Os escritores amam seus textos, seu estilo, seu gênero, e não raro,
tendem a menosprezar os outros se colocando num lugar superior. Em
todo grupo de pessoas é irrefutável o desejo, do escritor, de estar acima,
de ser a referência. Ainda que nesse momento não o seja, o escritor
pensa, com ele mesmo que é injusto o lugar em que ele se encontrar e
que ele deveria ser o primeiro, que ele tem qualidades melhores do que o
outro. Mas, esta atitude não tem nada a ver com a melhoria da escrita, é
simplesmente uma questão de posição. Que diferença fará, para seus
escritos se você é o primeiro ou o sexto? Será que seu ego é tão grande
assim?
2. Renuncie a sua necessidade de controlar tudo. Temos essa
necessidade de controlar tudo que colocamos sobre o papel (estrutura,
eventos, linguagem, sintaxes). Deixe que sua escrita flua sem críticas,
sem controle, sem censura prévia. Haverá, depois, um tempo para que
sejam feitas as revisões e as correções necessárias, mas no momento da
criação deixe-se levar. (Deixando as coisas irem, permites que tudo se
faça. Ganham o Mundo aqueles que relaxam. Mas é preciso tentar, tentar
e tentar novamente. Lao Tse)
3. Deixe de culpar outros. Renuncie a necessidade de culpar aos outros
pelo que você escreve ou deixa de escrever, pelo que produz, pelo que
abandona. Não dê poder aos outros sobre suas produções e comece a
aceitar a responsabilidade sobre seu tempo de escrever, sua dedicação,
suas preferências e sobre seus textos.
4. Deixe de ter atitude autodestrutiva e de falar mal de seus textos.
Quantas pessoas menosprezam a si mesmas por causa de seu
pensamento negativo, baixa estima e mentalidade autodestrutiva? Não
acredite em tudo que sua mente diz sobre você (em especial se for
negativo e contraproducente). Você é melhor do que isso e o fato de
sentar-se regularmente para escrever já mostra isso. (A mente, se usada
corretamente e espetacular. Porém, com um uso impróprio se torna muito
destrutiva. Eckhart Tolle)
5. Não tenha Limites de criatividade. Pensar que há coisas que você não
pode escrever, limita seus textos. A partir de agora não permita que suas
crenças, seus pudores, seus medos capturem sua criatividade. Tudo se
pode alcançar por meio de esforço e dedicação. O difícil se faz, o que
parece impossível, leva mais tempo, mas também pode ser alcançado.
6. Pare de se queixar. Deixe de ficar se queixando das coisas, das pessoas,
das situações e dos acontecimentos que te impedem de desfrutar de sua
paixão por escrever. Ninguém pode fazê-lo infeliz, nenhuma situação
pode impedi-lo que fazer o quer e desfrutar disso, a menos que você o
permita. Não são os acontecimentos que provocam esses sentimentos
em você, se não a forma como você escolhe sentir-se diante desses
acontecimentos. As queixas incrementam a negatividade. Nunca
subestime o poder do pensamento positivo.
7. Esqueça as critica mal-intencionadas. Pare de criticar agressivamente
os livros, gêneros, histórias ou escritores que são diferentes do seu e dos
que você gosta. Todos somos diferentes, mas no final todos somos os
mesmos. Todos queremos ser felizes escrevendo, no final se trata disso
exatamente. Todos queremos ser compreendidos, queremos comunicar-
nos, queremos transmitir nossas ideias, e queremos fazê-los do nosso
jeito.
8. Renuncie sua necessidade de impressionar. Deixe de tentar tão
intensamente escrever algo que simplesmente você não sente, somente
para se parecer com outro escritor. Não funciona assim. No momento em
que você deixa de tentar ser como outro, que deixa cair as máscaras, que
aceita e abraça o seu verdadeiro eu, encontrará a sua voz e com ela os
seus leitores, e isso, sem muito esforço.
9. Renuncie a inércia e a sua resistência a mudanças. Ninguém é o
mesmo eu era ontem, com os textos acontece o mesmo. A mudança é
boa, nos faz incorporar novas ideias e pontos de vista, nos faz evoluir. A
mudança te ajudará a alcançar melhoras em sua forma de escrever,
levando em conta aspectos que antes lhe escapavam. Se realmente
prestamos atenção e vamos assimilando os conhecimentos novos a
mudança para nós será uma evolução. (Siga buscando a felicidade e o
universo abrirá portas onde só havia muros – Joseph Campebell)
10. Esqueça os rótulos. Deixe de rotular todas as coisas que escreve, as
histórias que lê, os escritores novos ou aquilo que a principio não
compreende, como algo estranho, louco ou simplesmente errado. Procure
abrir sua mente pouco a pouco às diferentes formas de expressão, às
diferentes formas de transmitir ideias e sentimentos. Sua mente só
funcionará a 100% quando estiver totalmente aberta. (A forma mais
elevada da ignorância é quando alguém rejeita algo do qual não sabe
nada – Wayne Dyer).
11. Renuncie ao medo de se expor. O medo é só uma ilusão, não existe,
você é quem o cria. Tudo está em sua mente, criando limites e te
censurando. Se der o seu melhor e se esforçar em escrever do seu jeito,
o resultado será satisfatório e motivo de orgulho. (A única coisa que temos
a temer é nosso próprio medo – Franklin D. Roosevelt).
12. Pare de inventar desculpas. Identifique-as e elimine-as de sua rotina.
Não precisa mais delas. Muitas vezes nos limitamos, nos damos pouco
tempo para escrever ou evitamos a história que realmente queremos
contar, por causa das muitas desculpas que temos a nossa mão, prontas
para serem usadas. Em vezes de crescermos e trabalharmos para
melhorar nossa escrita, nossa história, nossos textos, ficamos presos e
mentimos para nós mesmos usando todo tipo de desculpas possíveis, que
em 99,9% das vezes, nem sequer são reais.
13. Abandone o passado. Eu sei, eu sei. É difícil. Especialmente quando
parece que no passado escrevíamos com mais fluidez, com mais ímpeto,
tínhamos milhões de ideias na cabeça e parece que agora formou-se um
bloqueio em nossa mente. Mas, você deve levar em conta que o momento
presente é tudo que temos e é que sempre teremos. Deixe de enganar a
você mesmo: O melhor momento para escrever é agora mesmo. Tenha
uma visão correta do futuro, prepare-se para ele, mas sempre comece a
escrever agora.
14. Abandone o seu apego a sua antiga forma de escrever. No momento
em que você se soltar de sua escrita de anos atrás, de suas condições,
suas manhas e vícios, seus textos se tornarão fluidos, constantes e
criativos que irão te surpreender. Você pode chegar ao ponto de
compreender as coisas que fazia mal e corrigi-las, melhora-las, sem
estresse, sem mal-estar. Seu melhor e mais implacável crítico construtivo
deve ser você mesmo e quando for capaz de identificar os defeitos em
sua escrita será também capaz de supera-los.
15. Pare de escrever segundo as expectativas dos outros. Muitos
escritores tentam criar uma obra que não é sua. Procuram escrever de
acordo com o que outros pensam; tentando agradar seus parentes; seus
amigos; seus inimigos; seus professores; seus governantes e os meios
de comunicação, ignorando assim sua voz interior. Estão tão ocupados
escrevendo sem alma, para agradar ao mundo a sua volta, tentando estar
à altura das expectativas das outras pessoas, que perdem o controle
sobre suas histórias. Deixam de desfrutar o prazer de escrever o que
gostam, o que necessitam, o que querem. Esquecem de si mesmos. Você
quer comunicar-se, escrever essa fantástica história que tem em sua
cabeça, do seu jeito? Então, não deixe que as opiniões dos outros te
desviem do seu caminho. Em nossos textos, como em nossa vida, vamos
acumulando coisas, umas úteis e outras pesadas e sem utilidade. Saber
distingui-las e ir liberando o lastro é o que nos torna sábios.

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