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Instrumentalização Científica

A PESQUISA CIENTÍFICA
Por Prof. Ms. Cosme Luiz Chinazzo e
Prof. Dr. Otávio José Weber

Pesquisa é o procedimento racional e sistemático


que tem como objetivo proporcionar respostas aos
problemas propostos

N
este capítulo temos o objetivo de levar o estudante a
entender o que é pesquisa, considerar as experiências
para raciocinar sobre os resultados da pesquisa, como
acadêmico tornar-se crítico referente à pesquisa, e concebê-la
como princípio educativo, visando o entendimento e domínio
dos processos, métodos e técnicas que envolvem o fazer
científico. É importante desenvolver uma reflexão crítica
sobre os elementos propostos para uma produção científi-
ca eficaz nas diferentes áreas do conhecimento humano.

O que é

Figura 1: Stock.Xchng®
pesquisa
A
produção científica é o resultado de um
trabalho na qual aplicou-se a mente, a A pesquisa científica requer sistematização,
uso de métodos e técnicas rigorosas de investigação,
razão de forma metódica, sistemática, a fim de justificar e demonstrar suas conclusões.
disciplinada, utilizando métodos e técnicas sobre
um determinado objeto ou fenômeno. Nesse sentido, o conhecimento é resulta-
Para entendermos a importância e a função do do trabalho do homem, que é realizado por
da pesquisa, fazemos uma comparação com o homens-pesquisador, os quais se dedicam a in-
trabalho. O que é o trabalho? É a capacidade e vestigar o mundo concreto e os outros homens,
o poder que o ser humano tem de transformar com o propósito de desvendarem os mistérios e
o mundo e o próprio homem com o objetivo de os elementos constitutivos dos mesmos. Por isso
conquistar o que precisa, para satisfazer suas ne- o conhecimento é histórico e social.
cessidades vitais, em dimen- Desvendar, descobrir,
são material, social, psicoló- O conhecimento é desvelar, demonstrar, inves-
gica e espiritual. tigar, buscar novas explica-
resultado do trabalho ções, eis apenas alguns dos
A pesquisa científica

Tendo isso como pres-


verbos que caracterizam o
suposto, podemos afirmar do homem. trabalho do pesquisador. Pes-
que o homem tem poder de
criar suas condições de exis- quisar é o ato pelo qual os
tência e, ao produzir suas condições reais e con- homens que o praticam produzem idéias, repre-
cretas de vida, simultaneamente, produz também sentações, explicações e conceitos, dando senti-
o conhecimento. do e significações ao mundo e ao existir humano.

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Vemos que a pesquisa é um processo de in-


vestigação que consiste em conhecer qualquer
coisa. Ela inicia com a percepção de um pro-
blema a respeito do qual têm-se informações
insuficientes ou as informações existentes não
respondem os novos questionamentos. A pesqui-
sa científica desenvolve-se a partir dos conhe-
cimentos existentes, passa por inúmeras fases,
etapas, desde a formulação do problema até a
satisfatória apresentação de resultados.

Figura 2: Arquivo Ulbra Ead


Fazer ciência é natural no ser humano. A sua
capacidade permite observar, trocar informações
e impressões, idéias sobre o mundo que o cerca.
Percebe que precisa revisar a sua forma de viver
É através da pesquisa que o ser humano atribui
sentidos e significações ao mundo e ao seu próprio no mundo revisando as suas crenças, intenções e
existir. conhecimentos.
Surge, assim, o problema dentro de um con-
A pesquisa como trabalho humano é uma texto de mundo de forma relevante e significati-
atividade racional, pois o homem é o único ser vo. Isto lhe constitui um desafio que, aplicando a
racional. É através da pesquisa como atividade sua inteligência, deverá ir a procura de soluções.
racional e sistemática, isto é, realizada com téc- Para tal é preciso observar, experimentar, anali-
nicas, métodos e com rigor adequados, que surge sar, comparar, identificar, medir, realizar e con-
a possibilidade de conhecermos coisas novas. trolar as situações emergentes. A fim de realizar
Entendemos que a excelência da pesquisa é a tal tarefa o ser humano abra mão da pesquisa,
produção do novo, novas verdades, novas idéias, não de forma mecânica, mas requer imaginação
novos conceitos, novas teorias que, conseqüen- e criação e iniciativa individual. Não é um traba-
temente, conduzem a humanidade para novas lho feito ao acaso, porque o trabalho científico
ações, novas práticas transformadoras que carac- deve ser criativo, emprego de procedimentos,
terizam dinâmica da evolução da humanidade. métodos e técnicas específicas.
Podemos afirmar que, onde não há pesquisa, não
acontece a evolução, pois não acontece o novo,
ou seja, permanecemos no antigo, na reprodu-
ção, na repetição.
Figura 3: Arquivo Ulbra Ead

Portanto, pesquisar possui uma dimensão


grandiosa, a de buscar algo a mais do que aquilo
que já conhecemos. É trabalhar como o propó-
sito de produzir novos conhecimentos, porque o
conhecimento é algo dinâmico que não está de-
Verdade: um dos principais comprometimentos
finitivamente pronto, ao contrário, se constrói, é
do pesquisador é buscar e revelar a verdade.
passível de alterações.
Pode-se definir pesquisa como o proce-
dimento racional e sistemático que tem Ao se fazer ciência nascem às leis ou teorias,
A pesquisa científica

como objetivo proporcionar respostas aos a partir de hipóteses estabelecidas. A função das
problemas propostos. A pesquisa é reque- leis ou teorias e que expliquem e, ainda devem
rida quando não se dispõe de informação prever fatos ou fenômenos. Sem dúvida, se aceita
suficiente para responder o problema, ou as teorias quando forem corroboradas, passando
então quando a informação disponível se
encontra em tal estado de desordem, que
pelo experimento ou teste. Caso contrário, é ne-
não possa ser adequadamente relacionada cessário levantar novas hipóteses, a realização
ao problema. 1 de novas provas ou testes e adicionar os experi-

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mentos que indicam regularidade do problema e Dentro do contexto atual, onde a globa-
assim, concretiza-se a nova teoria. lização é uma realidade, a pesquisa adquire uma
dimensão grandiosa. Pois o conhecimento não
Uma vez comprovadas as teorias ou as leis
está pronto, mas se constrói, e isto é feito, ou de-
entram em fase de utilização, transforma-se em veria ser, no sentido de construir algo a mais.
novo saber face ao problema original e são apli-
cadas no campo da tecnologia. Ocorre um novo Quanto ao êxito da pesquisa, Gil , refere-se
dizendo que o êxito depende muito de algumas
ajustamento intelectual, pois modifica o contor-
qualidades intelectuais e sociais que o pesquisa-
no. O contorno humano é formado por crenças,
dor deve possuir, entre as quais são:
valores, intenções, simbolizações, opiniões e co-
nhecimentos. A vivência humana é compreender   a. p ossuir conhecimentos básicos sobre o
este contorno constantemente sob novas visões. assunto a ser pesquisado;
Isto torna o conhecimento sempre provisório.   b. motivação e ou curiosidade;
Portanto a ciência é um estilo de pensamento e   c. criatividade e criticidade;
de ação, precisamente o mais universal e provei-
toso para todos.   d. sensibilidade social;
  e. integridade intelectual;
A pesquisa científica está na “cabeça do pes-
quisador” na sua forma de ver e analisar o mun-   f. imaginação disciplinada;
do. As exigências são coletivas ou sociais, por   g. atitude autocorretiva;
isso a autocorreção, a superação de resultados, é
  h. perseverança e paciência;
feita mediante a dialética do cotidiano, do racio-
cínio e da pesquisa. i) confiança na experiência.
Figura 4: Stock.Xchng®

Figura 5: Stock.Xchng®

Figura 6: Stock.Xchng®

Cérebro Olhar Orelha

O pesquisador deve estar permanentemente interferência poderá comprometer os resultados


atento para os mais variados problemas e vari- da investigação científica.
áveis que podem interferir e, dependendo dessa

Experiência, raciocínio e
pesquisa
A pesquisa científica

O
problema impulsiona o pesquisador a cia, o raciocínio e a pesquisa.
conviver, a decifrar o meio-ambiente e A experiência emana do dia-a-dia, das in-
a entender a relação lógica do problema formações prévias na resolução de problemas
com os demais fatos. Inicia, assim, o processo de práticos. Envolve as experiências pessoais, o
decodificação da realidade ou a busca de solução valor do cotidiano que são expressos no senso
do problema que envolve três passos: a experiên- comum.

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O raciocínio é a capacidade intelectual de or- Tanto o mundo quan-


to o homem não estão
denar logicamente os fatos através do pensamen-
prontos, não podem ser
to. Pelo raciocínio estabelece-se a ligação entre encaixotados e enquadra-
os fatos. Em ciência sempre quer conhecer-se a dos todos de uma mesma

Figura 7: Arquivo Ulbra Ead


forma, e uma das fun-
causa para poder tratar com eficácia os efeitos. ções da pesquisa é abrir
Existem raciocínios básicos: o indutivo, o dedu- “a caixa que quadra os
tivo, indutivo-dedutivo e o hipotético dedutivo. segredos” para abrir no-
vos caminhos, sentidos,
Todos eles, de formas diferentes, e aplicados a
um problema específico, possibilitam chegar ao
conhecimento de causa, ou seja, a verdade. O quisa criamos uma realidade nova, artefatos que
cientista deve ser alguém que pensa muito, pois passam a existir pela transformação da realidade.
a verdade está escondida nos fatos, na natureza O cientista descobre novos métodos e técnicas
física e humana. Até numa linguagem religiosa para manipular a realidade de acordo com as ne-
poderíamos afirmar que está no “dogma da cria- cessidades de cada época. De um universo dado,
ção”. A criatividade permite descobrir a realida- passa-se para um universo criado.
de íntima do mundo. Uma vez descobertas as leis A vida e a realidade social não estão con-
que regem o mundo podem ser enunciadas como cluídas. Nunca podemos pensar que “tudo está
válidas para a realidade. Pelo raciocínio trans-
concluído”, mas centrar-se na imperfeição que
forma-se e constrói-se uma nova realidade que,
é manifesta na pluralidade e multiplicidade de
pode propiciar a construção sistemas audaciosos
saberes, num mundo físico e humano que não é
de explicação que podem ser refutados-rejeitados
homogêneo, mas dinâmico, compreendido atra-
ou aceitos como verdadeiros. O raciocínio utiliza
vés da linguagem que é simbólica.
a pesquisa para comprovar ou rejeitar os fatos.
A pesquisa atual deve considerar o uno, o
A pesquisa constitui o passo final e funda-
múltiplo, o dinâmico e o simbólico humano. O
mental para que ocorra efetivamente ciência e
mundo existe desta forma: as pessoas o explicam
contribuir na solução dos graves problemas que a
humanidade hoje enfrenta. A pesquisa não pode diferentemente. A finalidade da pesquisa cientí-
ser dogmática no sentido de trabalhar com idéias fica é libertar o ser humano dos seus problemas,
só do passado. Utiliza-se do passado para enten- sejam eles práticos ou teóricos.
der o presente com os olhos projetados para o Isto significa esperança diante de um mundo
futuro, para o desconhecido. Professores e alu- inacabado, cheio de lacunas e problemas a serem
nos devem concentrar-se na ciência inacabada, resolvidos. A pesquisa pode preencher e satisfa-
nas lacunas e preenchê-las com a pesquisa. zer a ânsia do saber. Ela contribui para o aper-
A ciência passa pela pesquisa. Esta se utili- feiçoamento intelectual e promove o desenvolvi-
za critérios metodológicos, rigor de raciocínio, mento pessoal e social-cultural. Habilitarmo-nos
sistemas formais (lógica, matemática) e critérios a resolver problemas de toda ordem através da
para estabelecer a lógica do universo. Pela pes- utilização de métodos e técnicas científicas.

A pesquisa como princípio


A pesquisa científica

científico e educativo
O grande desafio da Universidade hoje
é EDUCAR o universitário para a PES-
QUISA. Que os conhecimentos gerados sirvam
a sociedade nos seus diferentes níveis de forma

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qualitativa e de formação do cidadão. Para tanto,


é necessário estimular o educando a desenvolver
certas qualidades intelectuais e sociais.
Pesquisar
exige preparo

Figura 8: Arquivo Ulbra Ead


Educar não é simplesmente preparar o aca-
dêmico no domínio das tecnologias metodológi- intelectual e
posicionamento
cas ou a resolução de problemas de forma lógica, crítico.
mas sim, estabelecer as reais competências entre
ciência, universidade e sociedade.
dagem sistemática de caráter teórico-prático, po-
demos afirmar que não se faz universidade sem
A universidade deve se pesquisa.
constituir num centro de O fazer pesquisa exige de quem a ela se pro-
põe um preparo intelectual, um posicionamento
debates e estudos em busca crítico, ético e moral, vontade, curiosidade cien-
de novos saberes. tífica, tempo (horas-dia) para vencer a apatia
científica hoje presente na universidade.
Não se faz pesquisa só através de simples
Neste sentido a responsabilidade da univer-
leituras ou estudos esporádicos, mas sim com
sidade é fundamental, pois ela que, através dos
o propósito de resolver alguma dificuldade. A
mecanismos normativos, propicia a formação de
simples leitura nem sempre representa um ato de
cidadãos, por isso, a universidade deve se cons-
aprimoramento. Ler, meramente com o objetivo
tituir num centro de debates e estudos em busca
de concluir um texto não, não é pesquisa.
de novos saberes.
É a pesquisa que oferece a possibilidade de
A sociedade precisa de uma parcela da po-
novas descobertas e, além disso, proporciona o
pulação que de forma ativa, criadora e de respon-
intercâmbio entre as diversas áreas do conheci-
sabilidade ética a curto, médio e longo prazo,
mento. A excelência da ciência dá-se através da
através da pesquisa, apresente as respostas aos
pesquisa. É graças à pesquisa que surge a possi-
problemas econômicos, sociais de maneira estra-
bilidade do novo.
tégica aos interesses de todos.
Para um estudante pes-
Neste sentido é preciso
educar o jovem universitá- Formar um espírito crí- quisador é importante que
ele forme o seu espírito
rio para a pesquisa que, ao
escolher um tema de seu
tico e científico implica científico. Pouco adianta o
domínio de métodos e téc-
interesse, definindo o pro- em aos poucos ir reco- nicas sofisticadas, o domí-
blema, enfatize a relevância
deste como sendo original nhecendo que ele, aca- nio de instrumentos, sem
clareza de idéias e com au-
no contexto regional, social,
sócio-cultural e científico. dêmico, é um produto sência de rigor e seriedade.
É imperiosa a necessidade
Isto contribui que ele assu-
ma, avalie e compromete-se
da história, produzido e de aprender a dominar os
princípios das exigências
com o sócio-político de sua germinado no tempo. científicas e se expressar
atividade de estudante.
através da linguagem cien-
A pesquisa científica

A universidade tem o papel de oferecer en- tífica, isso deveria estar manifesto em qualquer
sino com pesquisa e para pesquisa. O acadêmico, trabalho ou pesquisa acadêmica, para de modo
na sua fase inicial é introduzido na iniciação cien- lento e gradual ir formando o seu espírito crítico
tífica, despertando-o para a reflexão, educando-o e científico.
para a originalidade e domínio de conhecimento.
Formar um espírito crítico e científico impli-
Por isso, na graduação deve ser feita uma abor-
ca em aos poucos ir reconhecendo que ele, aca-

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dêmico, é um produto da história, produzido e de aprendizagem e de educação. Quanto mais


germinado no tempo. Implica também em enten- cedo o aluno participar de atividades de pesquisa
der que as técnicas de pesquisa são adquiridas no ele consegue assumir o papel de sujeito e gran-
decorrer da vida, portanto, a formação do senso
de probabilidade de seu sucesso. O decurso da
crítico, enquanto universitário é adquirir a cons-
ciência de que se está construindo um ‘edifício’, educação inicia nos cursos de graduação e esten-
que é um trabalho conjunto entre colaboradores, de-se nos de pós-graduação, especialmente nos
que buscam aos poucos aprender a trabalhar en- programas de stricto sensu, o ensino da pesquisa
frentado e solucionado problemas de toda ordem. seja elemento definidor, preparando o pesquisa-
Os estágios, engajamento na pesquisa com dor.
professores e/ou institutos são formas excelentes

Leitura e pesquisa
M
esmo sendo a memória uma caracte- Ler, fazendo
rística fundamental do ser humano, apontamentos, im-
plica em estudar o
esta sofre desgastes com o passar do
Figura 9: Arquivo Ulbra Ead

texto e, consequen-
tempo. Por isso, não podemos atribuir absoluta temente reverterá
confiança a ela, imaginando que ela mantenha em qualidade, efici-
arquivados eternamente os nossos conhecimen- ência e eficácia da
leitura.
tos conquistados. Um texto lido hoje poderá ser
de valiosa utilidade daqui a algum tempo. Deste pesquisas e estudos.
modo, precisamos criar hábitos de realizar ano- Passamos, neste momento, a tecer alguns
tações, observações, fichas, resumos, resenhas, comentários e conceitos sobre como proceder
fluxogramas das leituras que realizamos. Esta na prática de anotações, observações e ficha-
prática se for concretizada de modo organizado mento de textos*.
e com método, poderá contribuir para futuras

Anotações e observações
Ao lermos um texto, devemos fazer aponta- Quanto às anotações de margem, é impor-
mentos e grifos das idéias principais e das pala- tante o leitor criar um código de sinais, que indi-
vras-chave de cada parágrafo. Isto pode ser feito que a sua maneira pessoal de realizar o entendi-
com sublinhas ou com anotações nas margens. mento e questionamento do texto. Por exemplo,
colocar um sinal de interrogação, quando a argu-
Esta prática se torna produtiva, porque se
mentação do autor não está clara, sinal de igual
separam as argumentações principais das secun-
quando a argumentação do autor coincide com a
dárias e, com isto, registramos nossas próprias
do leitor, sinal de mais quando o leitor percebe
observações.
que pode acrescentar algo mais nas argumenta-
Quanto à técnica de sublinhar, recomenda-
A pesquisa científica

se nunca sublinhar na primeira leitura. Quando


Ao lermos um tex-
sublinhar é bom ter o cuidado de sublinhar as
to, devemos fazer apon-
Figura 10: Arquivo Ulbra Ead

argumentações principais, de modo diferenciado tamentos e grifos das


das argumentações secundárias. Por exemplo, idéias principais e das
colocar um risco para as primárias e dois para palavras-chave de cada
as secundárias, ou utilizar cores diferentes, ou parágrafo
realizar círculos.

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ções do autor, sinal de exclamação para destacar


palavras-chave, e outros sinais.
As fichas de lei-
turas constituem um
importante instrumen-
Fichas de Leitura

Figura 11: Arquivo Ulbra Ead


to de estudo para o
pesquisador.
A técnica de elaborar fichas de leituras é a
melhor prática para auxiliar a memória de qual-
quer estudante, e ajuda no ganho tempo para situ-
ações futuras, tais como, quando o conteúdo des- A maioria dos autores de livros sobre meto-
sas leituras for requerido tanto em momentos de dologia e técnicas de pesquisa, apresenta suges-
provas ou exames, como também em trabalhos tões e exemplos de como podem ser elaboradas
de pesquisa. as fichas de leituras. Todas têm sua importância
As fichas de leituras (Figura 1) constituem e validade. Nós, porém, para expor e conceitu-
um importante instrumento de estudo, e principal- ar as questões básicas desta técnica, aderimos às
mente para o pesquisador arquivar e organizar as desenvolvidas por Salvador , em seu livro “Méto-
principais informações provenientes das leituras. dos e técnicas de pesquisa bibliográficas”.

FIGURA 01 – FICHA BIBLIOGRÁFICA DE LIVRO COMPLETO

Assunto geral: Tema: Classificação:


Cabeçalho
Metodologia Científica Estudar Ficha n. 1

Referência GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4. ed. São Paulo:
bibliográfica Atlas, 1995.

Comentários
Xxxxxx xxxxxx xxxxx xxxxx
conteúdos

FONTE: SALVADOR (1986, p. 124).

São vários os modelos de fichas que pode-   b. referência bibliográfica - apresenta o


mos elaborar. Todos os modelos devem conter, nome do autor, o título do texto, cidade
no mínimo, três partes: da publicação, editora, ano da publica-
ção, etc;
  a. cabeçalho - dividido em três campos:
o primeiro indica o assunto geral; o se-   c. c omentários ou conteúdos - dependerá do
modelo de ficha, podendo ser um comen-
gundo, o tema e o terceiro, a classifica-
tário, uma citação direta ou uma citação
ção da ficha;
indireta, ou ainda um esboço, etc.
A pesquisa científica

1
GIL, 2007, p. 17.
2
Ibid., p. 18.

3
SALVADOR, 1986.

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