Professional Documents
Culture Documents
br 1
*ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO*
DESCONCENTRAÇÃO. Atividade distribuída dentro do próprio núcleo, da própria Pessoa Jurídica. Há hierarquia,
subordinação.
DESCENTRALIZAÇÃO.
Delegação. Transfere somente a execução do serviço, o Poder Público mantém a titularidade. Pode ser feita a
qualquer um (Administração Direta, Indireta, particulares). Pode ser feita por:
A) Lei (Legal). quando for para Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração Indireta (Empresas Públi-
cas, Sociedade de Economia Mista).
B) Contrato (contratual). quando a delegação for para particulares (concessionárias, permissionárias, organiza-
ções sociais e todos que prestem atividade administrativa).
Teoria do Mandato. O Estado transfere poderes a seus agentes através de um contrato de mandato. Não
serve porque o Estado não pode manifestar vontade, portanto, não pode celebrar contrato de mandato.
Teoria da Representação. O Estado é tratado como incapaz, por isso precisaria de um representante. Não ser-
ve porque, no Brasil, o Estado é responsável por seus atos e de seus agentes, não é incapaz.
Teoria do Órgão ou Teoria da Imputação (Hely Lopes). Utilizada no Brasil, o agente exerce o poder, mani- fes-
ta a vontade do Estado em razão de um Poder Legal, decorre de uma previsão legal. A vontade deve ser impu-
tada ao órgão, não sendo imputada ao agente.
ÓRGÃO PÚBLICO.
- Núcleo especializado de competências que serve para prestação de atividade administrativa. Não pode celebrar
contrato. Não têm Personalidade Jurídica, por isso não tem aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações. Mas
pode ir a juízo, desde que preenchidas duas condições (ir em busca de prerrogativas funcionais, sempre como
sujeito ativo). Tem CNPJ. É possível a existência de órgão público na Administração direta e na indireta (Lei
9784/99).
CLASSIFICAÇÃO.
A Independentes. Gozam de independência, estão no ápice de cada um dos poderes. Ex. São as chefias de
cada Poder: Presidência, Câmara Municipal.
BAutônomos. Estão subordinados, diretamente ligados aos órgãos independentes. Ex. secretarias de Estado,
Ministérios.
C Superiores. Ainda possuem poder de decisão, mas estão subordinados aos órgãos autônomos e aos inde-
pendentes. Ex. Procuradorias.
DSubalternos. Não possuem poder de decisão, só executa o que foi mandado pelo órgão independente ou
autônomo. Ex. zeladoria, almoxorifado.
www.cers.com.br 2
b) Quanto à Posição Estrutural:
ASimples. Não possuem outros órgãos agregados à sua estrutura. Ex. Gabinetes.
B Compostos. Possuem outros órgãos agregados à estrutura. Ex. Delegacia de Ensino- Escolas ligadas.
- Possuem Personalidade Jurídica Própria. Aptidão para ser sujeito de direitos e obrigações, é responsável pelos
próprios atos e os de seus agentes. Não existe relação de hierarquia entre Administração Direta e Indireta.
- Patrimônio e Recursos Próprios, autonomia técnica, financeira (decide como vai aplicar o dinheiro), administrati-
va. Só não tem autonomia, nem capacidade legislativa. OBS. No máximo poderá regular, complementar, discipli-
nar o que está previsto em lei.
Formas de Controle:
Exterior. Poder Legislativo (CPI´s e TCU); Poder Judiciário; pelos cidadãos, através da Ação Popular; Pelo Poder
Executivo (supervisão Ministerial, dirigentes escolhidos pelo Ministério, receitas e despesas fiscalizadas, finalida-
des predeterminadas).
AUTARQUIAS.
Conceito. Pessoa Jurídica de Direito Público que serve para prestação de atividades típicas do Estado, com auto-
nomia administrativa, técnica e financeira, mas sem capacidade legislativa. São criadas e extintas por lei ordi- nária
específica.
Finalidade vinculada à finalidade para a qual a lei a criou. Não são criadas para visar o lucro.
Atos e Contratos.
Responsabilidade Civil.
A) Conduta + Dano + Nexo (sem necessidade de comprovação de culpa ou dolo). Será Objetiva: quando houver
ação por parte do Estado; Subjetiva: quando em razão de omissão do Estado, e a responsabilidade do servidor
também será subjetiva.
B) OBS: Se a Autarquia não tiver patrimônio, o Estado responderá de forma objetiva, subsidiariamente pelo Dano.
C) Exceção: Nos Casos das PPP´s, a Responsabilidade do Estado é Solidária.
A) Inalienabilidade relativa. Todos os bens públicos são alienáveis de forma condicionada. Para haver aliena-
ção, há um procedimento a ser seguido: (Desafetação- Autorização Legislativa- Licitação).
B) Impenhorabilidade: É vedada a penhora, o arresto (bens indeterminados), o seqüestro (bens determinados).
C) Impossibilidade de Oneração: O Bem Público não pode ser objeto de Direito Real de Garantia (O Penhor, a
Hipoteca e a Anticrese são vedados).
www.cers.com.br 3
D) Imprescritíveis (prescrição aquisitiva). Bens públicos são insuscetíveis de usucapião, nem do pró-labore,
nem os bens dominicais.
A) Documento através do qual, o Tribunal reconhece débito com procedência transitada em julgado. Os Precató-
rios constituídos até 01º de julho devem ser pagos no exercício financeiro seguinte, se existir disponibilidade or-
çamentária. Podem ser pagos em parcelamentos anuais (10 por ano).
B) Cada Pessoa Jurídica tem a sua própria fila, cada autarquia tem uma fila própria. OBS: Alimentos: Obedecem
ao Precatório, mas têm fila própria dentro da fila geral. Exceção: Há um valor de 60 salários mínimos, no qual a
pessoa estará fora do precatório.
Privilégios Processuais.
A) Prazo para recurso: prazo quádruplo, 60 dias. Contestação: prazo duplo, 30 dias.
OBS: A partir da vigência do Novo CPC, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações proces-
suais, a partir da sua vista dos autos, não havendo mais disposições sobre prazos diversos.
OBS: O Novo CPC, no seu art. 493, também aumentou o valor-limite estabelecido para o reexame necessário
(remessa), nos casos de condenações dos Entes Públicos, para mil salários mínimos quando se tratar de União e
suas respectivas autarquias e fundações de direito público, para quinhentos salários mínimos em se tratando de
Estado e suas respectivas autarquias e fundações de direito público e de cem salários mínimos em se tratando de
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público.
B) Duplo grau obrigatório de Jurisdição, reexame necessário: Se o processo não for submetido ao duplo grau
obrigatório, não haverá coisa julgada.
OBS: Quanto ao reexame necessário, com a vigência do Novo CPC os valores limites sofrerão alterações.
Regime Tributário.
A) Imunidade Tributária Recíproca somente quanto aos impostos. A imunidade não é absoluta: restringe-se às
finalidades específicas de cada Autarquia, previstas na sua lei de criação. As atividades complementares estão
sujeitas aos impostos.
B) OBS: Há cobrança dos outros tributos.
C) Procedimento Financeiro: Lei 4.320/64 (Lei de Finanças Públicas) e LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade
Fiscal).
D) Regime de Pessoal (EC 19 aboliu o Regime jurídico único):
A Estatutário: Para titulares de cargo público (só nas Pessoas Jurídicas de Dir. Público). Preferencialmente,
deve ser adotado o Regime Estatutário, de cargo público.
Antigamente. Natureza de Autarquia. Porém, a Lei 9.649/98, no art. 58, estabelece que os Conselhos de
Classe possuem natureza de Pessoa Jurídica de Direito Privado.
STF, ADIN n. 1717. Como os Conselhos de Classe têm como função principal o Poder de Polícia, fiscali- zan-
do as atuações profissionais, não podem ser considerados pessoas jurídicas de direito privado. Declarou in-
constitucional o art. 58 da Lei 9.649/98, determinando que os Conselhos de Classe terão natureza de Autarquia.
www.cers.com.br 4
OAB 2ª FASE – XXI EXAME DE ORDEM
Matheus Carvalho
Foro Competente. Súmula 66, STJ: Justiça Federal ou Vara da Fazenda Pública.
Controle pelo Tribunal de Contas; Deve Obedecer a Lei 4.320/64 (Lei de Finanças).
Exceção OAB: A contribuição da OAB não tem natureza tributária; Não sofre controle do Tribunal de Contas e não
deve obediência à Lei de Finanças Nacional.
Surgiram para conceituar as Universidades Públicas, que têm mais autonomia e liberdade. Reitor: Tem pra- zo
certo de mandato, só sairá depois da expiração do mesmo. São escolhidos por eleição. Não é cargo de livre no-
meação, nem de livre exoneração.
OBS. Banco Central: É autarquia comum, mas seu Presidente é nomeado pelo Presidente após prévia apro-
vação do Senado.
A) Finalidade. Regular, fiscalizar, disciplinar, normatizar determinadas atividades. Não é atividade nova, antes era
exercida diretamente pelo Estado.
B) Capacidade Legislativa. Não a tem, não podendo, de tal sorte, legislar. Têm o papel de complementar as leis,
com normas técnicas específicas de sua atuação.
C) Regime Especial. Têm mais autonomia, liberdade normativa, liberdade econômica e financeira.
D) Nomeação de Dirigentes. Presidente nomeia com prévia aprovação do Senado. É investidura ou nomeação
especial, porque depende de prévia aprovação do Senado.
E) Mandato com Prazo certo e determinado. A lei de criação de cada autarquia de regime especial irá determi-
nar o prazo do mandato (máximo. de 04 anos). OBS: Já há projeto de lei querendo uniformizar o prazo: 04 anos
para todas.
F) Vedação (Quarentena). Quando o dirigente sai do cargo, deve ficar 04 meses ou 01 ano (a depender da lei da
autarquia especial) sem poder atuar na área de atuação da agência reguladora.
G) Distinções.
A Procedimento Licitatório.
- Lei 9.472/97: em contrariedade ao disposto na Lei 8.666/93, cada agência teria seu próprio procedimento licitató-
rio, previsto na sua lei de criação. Com modos específicos de licitação (Pregão e Consulta).
- STF, ADIN n. 1.668: Se a agência reguladora é autarquia, terá que seguir a Lei 8.666/93, deixando, entretanto,
que elas tenham as modalidades específicas determinadas pela Lei 9.472/97, Pregão e Consulta.
- O Pregão já tem a Lei 10.520/02, que o estendeu a todos os Entes, não sendo mais modalidade específica das
agências reguladoras. Atualmente, a consulta, que ainda não tem lei lhe regulando, é a modalidade específica das
agências reguladoras.
B Regime de Pessoal.
- Lei 9.886/00. Regime Celetista, com contratação temporária. A doutrina já dizia que o regime da CLT só deveria
ser adotado em situações excepcionais, para funções subalternas ou para contratações temporárias.
www.cers.com.br 5
OAB 2ª FASE – XXI EXAME DE ORDEM
Matheus Carvalho
tanto, não deveria adotar o regime celetista. Declarou a Inconstitucionalidade das 02 regras: regime celetista e
contratação temporária.
-ADIN n. 2.310, STF. Declarou que não era hipótese para contratação temporária, que é excepcional, e
- MP n. 155/03 Lei 10.871/04: Determinou o Regime Estatutário, com concurso público, para todas as agên-
que, por-
cias reguladoras. Os que entraram por contratação temporária sairão depois de findo o tempo do contrato.
h) Exemplos de Agências.
AANS; ANTT; ANTAQ; ANAC; ANP; ANA (bens públicos); ANCINE (fomento).
B Autarquias: ADA (Agência de Desenvolvimento da Amazônia, substituiu a SUDAM), ADENE (Agência de De-
senvolvimento do Nordeste, substituiu a SUDENE) e AEB (Agencia Espacial);
C Serviços Sociais Autônomos: APEX, ABDI. OBS: CVM: deveria ser agência reguladora, mas é autarquia co-
mum.
AGÊNCIAS EXECUTIVAS.
A) São autarquias ou fundações públicas que precisam ser modernizadas, e para isso fazem um planejamento
para reestruturação.
B) Contrato de Gestão. Celebrado entre uma autarquia ou fundação pública e o Poder Público. Serve para dar
mais autonomia ou recurso público. Ex: autarquia A contrato de gestão agência executiva A.
C) O título de Agência Executiva é temporário. Findo o contrato de gestão, o ente que se tornou agência executi-
va temporariamente voltará a ser autarquia ou fundação pública. Ex. de agência executiva: INMETRO.
D) Liberdade Específica (só para agências executivas): Art. 24, parágrafo único, da Lei 8.666/93: Dispensa de
licitação. Regra geral:
AValor de até 10% do convite (até R$ 150.000, se obras ou serviços de engenharia; até R$ 80.000 para os ou-
tros serviços);
E) Dispensa para as agências executivas: 20% do valor do convite, ou seja, quando o valor da licitação for até
R$ 30.000 ou R$ 16.000, a agência executiva estará dispensada de licitação. Essa dispensa vale também para:
sociedades de economia mista, empresas públicas e consórcios públicos. Só vale para as autarquias e fundações
públicas, quando qualificadas como agência executiva.
FUNDAÇÃO PÚBLICA.
São instituídas e constituídas pelo Poder Público, fazendo parte da Administração. OBS: Quando forem consti-
tuídas pela iniciativa privada, não serão Fundações Públicas.
A) Natureza Jurídica. Regime de Direito Público. É uma espécie de autarquia e faz parte da Fazenda Pública.
Tem todos os privilégios e obrigações de uma autarquia. OBS: Quando o concurso falar de fundação pública, será
a de Direito Público.
OBS: A partir da vigência do Novo CPC, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações proces-
suais, a partir da sua vista dos autos, não havendo mais disposições sobre prazos diversos.
OBS 1: O Novo CPC, no seu art. 493, também aumentou o valor-limite estabelecido para o reexame necessário
(remessa), nos casos de condenações dos Entes Públicos, para mil salários m ínimos quando se tratar de União e
suas respectivas autarquias e fundações de direito público, para quinhentos salários mínimos em se tratando de
www.cers.com.br 6
OAB 2ª FASE – XXI EXAME DE ORDEM
EMPRESAS PÚBLICAS.
A) Pessoa jurídica de direito privado; Podem prestar serviço público ou explorar atividade econômica; sua criação
é autorizada por lei.
B) Têm capital exclusivamente público. Pode ser capital de vários entes da federação. Entretanto, não poderá
haver capital de uma sociedade de economia mista investido na empresa pública, do contrário ela perderá esse
status.
C) Tem livre Constituição. Pode ser constituída por qualquer atividade empresarial.
D) Têm foro privativo. Justiça Federal ou Vara da Fazenda Pública.
A) Pessoa Jurídica de Direito Privado; Podem prestar serviço público ou explorar atividade econômica; criação
autorizada por lei.
B) Têm capital misto. O capital do Ente Público deve ser a maioria do capital votante. Devem ser constituídas,
obrigatoriamente, como sociedades anônimas.
C) Não têm foro privativo. São julgadas na Justiça Estadual.
D) Finalidades:
A Prestar Serviço Público. Quando forem prestadoras de serviço público, haverá prevalência do Direito Públi- co
sobre o Direito Privado.
B Explorar atividade econômica. Quando forem exploradoras de atividade econômica, haverá prevalência do
regime de Direito Privado, com alguma influência do Direito Público.
OBS: Art. 173, da CF (Hipóteses em que o Estado pode explorar atividade econômica):
OBS: Terão estatutos próprios definidos na lei que autorizou sua criação.
www.cers.com.br 7
OAB 2ª FASE – XXI EXAME DE ORDEM
Matheus Carvalho
REGIME JURÍDICO DAS EMPRESAS ESTATAIS.
A LICITAÇÃO.
02. Quando exploradora de atividade econômica. Podem ter estatuto próprio, que regerá o procedimento licita-
tório de cada pessoa jurídica. Entretanto, até hoje, não há estatuto. Assim, deverão obedecer à Lei 8.666/93. Dis-
pensa e Inexigibilidade (Arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93).
BFALÊNCIA.
01. Antes: Se prestadoras de serviço público não estavam sujeitas à falência; se exploradoras de atividade
econômica estavam sujeitas à falência.
02. Agora (Lei de Falências, 11.101/05, art. 2º). Empresas públicas e sociedades de economia mista, sejam
exploradoras de atividade econômica, sejam prestadoras de serviço público, não estão sujeitas à falência.
OBS: A doutrina critica tal orientação, dizendo que as exploradoras de atividade econômica devem estar sujeitas à
lei de falências, já que estão muito próximas do Direito Privado.
C RESPONSABILIDADE CIVIL.
01. Prestadoras de Serviço Público (art.37, §6º, da CF). A responsabilidade será objetiva, de regra. E a respon-
sabilidade do Estado será subsidiária e objetiva.
02. Exploradoras de Atividade Econômica. A Responsabilidade civil delas será regida pelo Direito Civil, que
determinará os casos em que a responsabilidade será objetiva ou subjetiva. E o Estado não responde subsidiari-
amente.
D REGIME TRIBUTÁRIO.
01. Regra Geral: As empresas públicas e as sociedades de economia mista não têm imunidade tributária recípro-
ca e privilégios não extensíveis à iniciativa privada.
02. Exceção. Quando o bem e as atividades estiverem vinculados à prestação do serviço público, terão imunida-
de tributária.
03. Empresa dos Correios e Telégrafos. Exerce atividade exclusiva e indelegável do Estado (serviço postal), por
isso é tratado como Fazenda Pública. Goza de imunidade tributária recíproca; Tem privilégios processuais (pra-
zos diferenciados); Os seus bens públicos são impenhoráveis, não oneráveis e imprescritíveis; Estão sujeitas ao
regime de precatório. OBS: Isso não vale para as franquias privadas da Empresa.
E REGIME DE BENS.
02. OBS: José dos Santos C. Filho entende que só os bens das pessoas jurídicas de direito público são bens pú-
blicos, ou seja, os bens das entidades governamentais não são bens públicos.
03. Doutrina majoritária. Os bens públicos são todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito públi-
co e os diretamente ligados à prestação do serviço público nas entidades governamentais, concessionárias, per-
missionárias e autorizatárias. Neste ultimo caso, os bens seguirão as regras dos bens públicos.
F REGIME DE PESSOAL.
01. Celetista. Titular de Emprego (Não é emprego público. Este e o cargo público são exclusivos das PJ´s de
Direito Público).
www.cers.com.br 8
OAB 2ª FASE – XXI EXAME DE ORDEM
São entes paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado que não fazem parte da Administração pública, mas
que cooperam com o Estado na consecução de alguns fins públicos.
A) Privilégios: Recebem recursos orçamentários. Têm capacidade tributária. São beneficiárias da Parafiscalida-
de.
B) Sujeitas às regras de licitação da Lei 8.666/93 e à fiscalização do Tribunal de Contas.
C) OBS: APEX e ABDI são agências com natureza de Serviço Social Autônomo.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL.
A) Lei 9.637/98. As organizações sociais servem para prestação de serviços públicos, serviços estes que estão
listados nesta lei. Ex.: meio-ambiente; pesquisa; saúde; desenvolvimento tecnológico.
B) As organizações sociais surgiram como órgãos públicos extintos, que foram transformadas em pessoas jurídi-
cas de direito privado com esta denominação (organização social).
C) Criação das Organizações Sociais: celebração do contrato de gestão: É o vínculo jurídico das organiza-
ções sociais o Estado (“entidade fantasma” segundo Maria Sylvia, já que 01º celebra-se o contrato de gestão, para
que depois as organizações sociais existam no mundo jurídico).
D) A empresa não precisa existir no mundo jurídico, nem ter experiência prévia no ramo em que for atuar para que
celebre o contrato de gestão. Ato administrativo discricionário do Ministério do Planejamento e Gestão, após a
celebração do contrato de gestão, dá o status de organização social.
E) Controle/ Licitação. Art. 24, XXIV, da Lei 8.666/93: Dispensa a Administração de licitar com as organizações
sociais quando o contrato a ser firmado for decorrente de contrato de gestão.
Entretanto, as organizações sociais estão sujeitas às regras de licitação. Estão sujeitas ao controle do Tribunal de
Contas, já que podem receber dotações orçamentárias, cessão de servidores públicos e receber bens públicos.
Ex. Instituto de matemática pura e aplicada.
www.cers.com.br 9
OAB 2ª FASE – XXI EXAME DE ORDEM
A A pessoa jurídica precisa existir no mundo jurídico no mesmo ramo de atividade, há pelo menos 01 ano, para
tornar-se uma OSCIP.
B O vínculo jurídico com o Estado é o Termo de Parceria, que tem natureza de contrato administrativo, se-
gundo parte da doutrina.
C Regra Geral: Não há cessão de servidores, não há transferência de bens públicos, nem dotação orçamentária
(não participa diretamente do orçamento, mas recebe recursos públicos via depósito bancário).
E O Conselho de Administração da OSCIP deve ser formado por particulares, diferentemente das Organizações
Sociais, onde os Conselhos de Administração e Fiscal podem ser compostos por servidores públicos.
F OBS: O que tem ocorrido é que a Administração contrata as OSCIP´s para, via de regra, burlar o concurso
público, já que os empregados das OSCIP´s não necessitam de concurso.
ENTIDADES DE APOIO.
a) Constituição As Entidades de Apoio podem ser constituídas como Fundação, Associação ou Cooperativas,
criadas por servidores públicos com a finalidade de melhor desenvolver suas atividades.
b) Funcionam ao lado das Universidades Públicas e Hospitais Públicos. São Fundações Privadas que atuam com a
estrutura e o dinheiro do Estado. Vínculo jurídico: convênio celebrado com a Universidade. Ex. As Entidades de
Apoio fazem convenio com a Universidade Pública para organizarem uma pós-graduação, da qual se poderá co-
brar mensalidade.
c) Lei 8.958/94: Entidades de Apoio que atuam junto às Universidades Públicas. Quanto às outras entidades ain-
da não há legislação.
TERMO DE FOMENTO - Planos de Trabalho propostos pela Entidade Privada em regime de mútua coope-
ração.
Transferência de recursos
Prestação de contas
PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.
Organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos poderão apresentar propostas ao poder público
para que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando a celebração de parceria.
CHAMAMENTO PÚBLICO
www.cers.com.br 10
Habilitação da enti-
dade Sem fins lucra-
tivos
3 anos de
existência
Experiência no
objeto
Capacidade técnica e ope-
racional
Encerra-
mento
Homologação e adjudica-
ção
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DO
CERTAME Inexigibilidade - inviabilida-
de de competição Dispensa - rol exaus-
tivo
www.cers.com.br 11
www.cers.com.br 12