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Manaus - AM
2018
Jairo Henrique Santos Moura
Manaus - AM
2018
FICHA CATALOGRÁFICA
70f.
CDU 621.47
Jairo Henrique Santos Moura
Banca Examinadora
________________________________________________________________
Prof.
________________________________________________________________
Prof.
________________________________________________________________
Prof.
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Prof.
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Prof.
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Conceito:________________________________________Nota Final:___________
Manaus, Amazonas, em ____de__________________________de 20___.
Dedico este trabalho aos meus pais. À minha mãe que
sempre sonhou comigo e ao meu pai, que na certeza da vida
eterna, sempre velou minha vida. À minha irmã e às minhas
sobrinhas que são o propósito da minha jornada.
AGRADECIMENTOS
Aos meus professores que contribuíram para a minha formação educacional e pessoal.
Em especial ao meu professor e orientador, Msc. Djalma Bentes, por toda ajuda, paciência e
principalmente confiança para que esse trabalho se concretizasse.
Aos meus amigos Felipe, Gustavo, Marco, Tiago e Wendel, que me proporcionaram
momentos de descontração quando o nervosismo prevalecia.
Aos amigos, Bianca, Caio, Edria, Sandy e Yasmim, que foram companhia durante a
caminhada.
Aos amigos que me apoiaram nos momentos mais difíceis.
Aos amigos, Bárbara, Beatriz, Dâmaris, Eliabe, Ismael e Lorran, que mesmo longe, fizeram-
se presentes na minha vida e na elaboração deste trabalho.
E ainda à família, Fábio e Graciele, que encontramos nos grandes amigos.
(Dylan Thomas)
RESUMO
Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede são uma realidade, uma solução sustentável
que tem sido muito explorada nos últimos anos. Esse trabalho aborda um dimensionamento
analítico de um sistema de geração de energia elétrica fotovoltaica em uma residência na cidade
de Manaus, capital do Amazonas e tem o objetivo de verificar a viabilidade técnica e econômica
da implantação de células fotovoltaicas explorando a irradiância ideal da região que encontrasse
próxima à linha do equador. O dimensionamento do projeto segue um roteiro, na etapa inicial
foi mensurado o consumo da residência, em seguida as variáveis que implicam na irradiação
solar incidente foram determinadas a fim de que o sistema fosse projetado da maneira mais
eficiente e que fizesse conexão à rede pública de energia elétrica. Os principais elementos que
compõem um gerador fotovoltaico, como os módulos fotovoltaicos e o inversor, foram
selecionados de forma a atender os requisitos da residência, não somente aproveitando a sua
área de cobertura para instalação dos painéis, mas também atender parte da energia solicitada.
Ao analisar os dados finais, obteve-se uma estimativa de tempo, em torno de 5 anos, de quando
o sistema apresentará compensação financeira, visto que a contribuição ao ambiente é imediata.
Deste modo é mostrado que o sistema é sustentável e economicamente viável para atender a
residência, e sobretudo evita que a unidade consumidora sofra as oscilações de tarifas do
mercado de energia concomitantemente ao próprio abastecimento.
Photovoltaic systems connected to the grid are a reality, a sustainable solution that
has been increasingly employed in recent years. This work deals with an analytical design of a
photovoltaic electric power generation system at a residence in the city of Manaus, capital of
Amazonas, and this work aims to verify the technical and economic viability of the implantation
of photovoltaic cells, having the ideal irradiance of the region near the equator in mind. This
project has been carried according to the following script: In its initial stage, the consumption
of the residence was measured, followed by the variables that influence the incident solar
irradiation were determined in order for the system to be projected in the most efficient way
and that it was able to be connected to the public network of electricity. The main elements that
make up a photovoltaic generator, such as the photovoltaic modules and the inverter, were
selected as to meet the requirements of the residence, not only exploiting its area of coverage
to install the panels, but also to meet part of the demand. When analyzing the final data, it was
estimated that in around 5 years the system will present financial compensation, granted that
the contribution to the environment is immediate. Therefore, it is shown that the system is
sustainable and economically viable to meet the needs of the residence, and more importantly,
prevents the consumer unit from suffering the fluctuations of energy market fees as it supplies
the residence fully altogether..
Tabela 4 - Energia anual sob diversos ângulos de orientação em Manaus – AM. ................... 45
Tabela 6 - Irradiação solar diária média (Plano Inclinado igual a zero graus) ......................... 51
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 12
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................... 15
1.1. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15
1.2. MOTIVAÇÃO ....................................................................................................... 15
1.3. PROBLEMÁTICA ................................................................................................ 15
1.4. HIPÓTESE ............................................................................................................ 16
1.5. OBJETIVOS .......................................................................................................... 16
1.5.1. Objetivo Geral ...................................................................................................... 16
1.5.2. Objetivos Específicos ........................................................................................... 16
1.6. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................... 17
CONCLUSÃO ....................................................................................................... 59
REFERÊNCIAS................................................................................................... 61
ANEXOS .............................................................................................................. 65
12
INTRODUÇÃO
1
Entrevista fornecida por Luiz Eduardo Barata, diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), Disponível em: < https://exame.abril.com.br/economia/sistema-eletrico-mudara-com-expansao-eolica-
e-solar-diz-ons/#> Acesso em: 27 de junho de 2017: Acessado em 27 setembro.
14
O uso da energia solar, bem como o uso de outras fontes renovavéis de energia, deve
crescer mais que a demanda da energia para mostrar-se como solução econômica e sustentável.
É improvavel uma diminuição da demanda de energia no cenário mundial. O
exponencial crescimento populacional, o aquecimento da economia e a fabricação de novos
aparatos eletrônicos requisitam uma quantidade cada vez maior de energia elétrica. Sendo a
eletricidade de grande relevância para a humanidade no seu desenvolvimento. Para Reis e
Cunha (2006):
Na atual organização mundial, a energia pode ser considerada como um
bem básico para a integração do ser humano ao desenvolvimento,
porque, entre outras coisas, proporciona oportunidades e maior
variedade de alternativas, tanto para a comunidade como para o
indivíduo. Sem energia a custo razoável e com confiabilidade garantida,
a economia de uma região não consegue desenvolver plenamente.
Também o indivíduo e a comunidade não podem ter acesso adequado a
diversos serviços essenciais para o aumento da qualidade de vida, tais
como educação, saneamento, saúde pessoal, lazer, oportunidades de
emprego e renda. O acesso à energia em quantidade e qualidade
consistentes com um padrão de vida digno e decente é condição básica
de cidadania.
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
1.1. JUSTIFICATIVA
1.2. MOTIVAÇÃO
A região norte, bem como todo o Brasil em geral, que apesar de ser um país de grandes
dimensões territoriais e índices de irradiação muito favoráveis, tem aproveitado pouco deste
recurso abundante. E sendo que o consumidor residencial não utiliza este recurso para a geração
de energia como poderia, esse trabalho pretende enfatizar a importância do seu uso no meio
urbano, buscando um desenvolvimento em maior escala dessa fonte.
1.3. PROBLEMÁTICA
1.4. HIPÓTESE
1.5. OBJETIVOS
Visto a análise inicial abordada, os seguintes objetivos são levantados para a conclusão
eficaz deste trabalho.
• Conclusão e projetos futuros: Será discutido aqui os resultados obtidos; como o método
proposto pode obter esses resultados e quais objetivos específicos foram alcançados com
sucesso.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O efeito responsável por transferir a energia luminosa, a radiação solar, para os elétrons
e converter em energia elétrica é conhecido como efeito fotovoltaico e foi observado pela
primeira vez em 1839 pelo físico francês Edmound Becquerel quando foi possível identificar o
aparecimento de uma diferença de potencial nos extremos de um semicondutor. O efeito
fotovoltaico ocorre em materiais semicondutores que recebem a energia luminosa e a utilizam
para quebrar as ligações químicas entre as suas moléculas e liberar cargas elétricas. Os materiais
mais utilizados para essa aplicação são: Silício (Si) monocristalino, policristalino e amorfo;
arseneto de gálio (GaAs); disseleneto de cobre e índio (CuInSe2[diminuir esse dois]),
disseleneto de cobre, gálio e índio (Cu.InGaSe2[diminuir esse dois]); e telereto de cádmio
(CdTe) (ZILLES et al., 2016). Ainda segundo Zilles et al. (2016):
O estado de energia que um elétron possui está relacionado à banda ou camada em que
ele se encontra em relação ao núcleo do átomo de origem. Quanto maior a distância, maior é a
energia deste elétron, e caso este mesmo elétron tenha deixado o seu átomo de origem em
comparação com qualquer outro elétron da estrutura atômica, maior ainda será a sua energia.
(BOYLESYTAD; NASHELSKY 2013).
19
Portanto, para Boylesytad e Nashelsky (2013), define-se a camada mais externa, que
possui maior facilidade de alterar os elétrons de posição e efetuar ligações químicas com
elétrons de outros átomos, como banda de valência. E segundo o Zilles et al., (2016), quando
alcançados determinadas circunstâncias, alguns elétrons desta banda podem adquirir carga
suficiente para atingirem um nível seguinte, a banda de condução, onde é permitida a livre
circulação dos elétrons no material, produzindo como efeito a corrente elétrica. Após essa
ascensão do elétron à banda de condução, uma lacuna prevalece na banda de valência que pode
ser caracterizada como par elétron-lacuna quando o átomo é estimulado suficientemente para
este efeito.
A energia necessária por cada fóton para incitar os elétrons à ascenderem de banda,
ultrapassando os intervalos entre os níveis de energia, é chamada de energia de gap (EG). Após
a contribuição do fóton, ainda é necessário solucionar a rápida recombinação dos elétrons
através de tratamentos físico-químicos para que não seja impedido o aproveitamento de energia.
Para evitar que os elétrons de retornem ao seu estado inicial, é necessário que a carga circule
por um circuito elétrico externo para gerar energia que é extraída da junção pn criada
voluntariamente no semicondutor passando a gerar um campo elétrico no material onde as
cargas serão separadas. Para esse objetivo utiliza-se a adição de impurezas químicas, processo
conhecido como dopagem, nos semicondutores puros, chamados de semicondutores intrínsecos
(ZILLES et al., 2016).
O nosso planeta é iluminado diariamente pelo sol, essa iluminação pode ser entendida
como uma parte da energia eletromagnética recebida.
Guimarães et al. (2004), mensura que o nosso planeta recebe anualmente 1,5 x 1018
kWh de energia solar, seria necessário que o consumo mundial de energia fosse 10.000 vezes
maior para igualar ao que o Sol emite para a terra através da radiação solar neste período. A
radiação solar constitui-se numa inesgotável fonte energética, havendo diversos potenciais para
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utilização por meio de sistemas de captação e conversão em outra forma de energia, como a
térmica e a elétrica.
Devido à grande quantidade de radiação solar incidente sobre a terra, entre as formas de
aproveitamento, a mais simples é a utilização desse potencial como energia solar térmica, em
encontrar corpos que possam absorver essa energia e em efetuar um competente processo de
armazenamento e utilizar, quando covenientemente, para o aquecimento de água e ambientes.
As relações geométricas entre os raios solares, que variam de acordo com o movimento
aparente do Sol e a superfície terrestre, são descritas através de vários ângulos e influenciam a
radiação solar.
(a) Ilustração dos ângulos Z, e S, representando a posição do Sol em relação ao plano horizontal; (b) Ilustração
da orientação de uma superfície inclinada em relação ao mesmo plano: ângulos , , S e .
Ângulo Zenital (Z): ângulo formado entre os raios do Sol e a vertical local
(Zênite).
Ângulo Azimutal do Sol (s): também chamado azimute solar, é o ângulo entre
a projeção dos raios solares no plano horizontal e a direção Norte-Sul (horizonte do
observador). O deslocamento angular é tomado a partir do Norte (0°) geográfico1, sendo, por
convenção, positivo quando a projeção se encontrar à direita do Sul (a Leste) e negativo quando
se encontrar à esquerda (a Oeste).
Os raios solares provenientes do sol e sem interferência são classificados como radiação
direta enquanto os que sofrem intervenção no seu trajeto devido a elementos da atmosfera
terrestre são qualificados como radiação difusa. Essas são as duas componentes que compõem
a radiação global. (CHITOLINA, 2017). A Figura 3 exemplifica esta radiação:
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A radiação solar sofre essa classificação devido a maneira que é afetado no seu percurso
através da atmosfera por problemas que tornam difícil quantificar a disponibilidade energética.
Freitas (2008), descreve que existem dois tipos de fenômenos que influenciarão no percurso
dessa energia na atmosfera: a posição do Sol e da Terra e os fatores meteorológicos que a
intervém, responsáveis pela possibilidade de atenuações da quantidade de energia recebida à
superfície terrestre, responsável pela radiação difusa. A espessura e a composição da camada
atmosférica, também conhecida como Massa de Ar, podem alterar a radiação solar, e a distância
que esta percorre até a superfície depende da inclinação do sol em relação a vertical local, o
Zênite (z). CRESESB/CEPEL, (2014), descreve que:
1
𝐴𝑀1 = (2.2)
cos z
2.4.CELULAS FOTOVOLTAICAS
Conforme Zilles et al. (2016), a energia contida na radiação proveniente do Sol pode ser
convertida em eletricidade através do uso de células fotovoltaicas, elas são essenciais para o
processo do efeito fotovoltaico, As células FV são dispositivos feitos com materiais
semicondutores que em sua maioria comercial utilizam-se de formas do silício, como o silício
monocristalino, multicristalino e amorfo. Em menor escala, utiliza-se de outras tecnologias,
como as denominadas de filme fino. Ainda Zilles et al., (2016):
Porém, para que uma célula fotovoltaica produza energia elétrica, ela não pode ser
constituída exclusivamente por cristais de silício puro, por isso é necessário a dopagem, como
também observado anteriormente. Esta necessidade de dopagem é facilmente explicada quando
abordado a questão da camada de valência, devido a estabilidade do átomo, logo algumas
impurezas devem ser inseridas no material, criando um campo elétrico, para que seja mais fácil
a movimentação de elétrons que se busca.
A energia de gap necessária desprendida da radiação solar para que um elétron mude da
camada de valência para a de condução no caso do silício monocristalino é de 1,1 eV apenas.
(SILVA, 2013). Complemente SILVA (2013), sobre o assunto:
Como exemplo de materiais utilizados na dopagem, ele cita o Boro, que possui apenas
três elétrons na camada de valência lhe conferindo uma lacuna, criando uma camada P, de carga
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positiva que atrai um elétron, e o Fosforo, responsável por criar uma camada do tipo N, pois
possui cinco elétrons na sua camada externa, permitindo que o elétron sobressalente
movimente-se livremente. Essa área de junção P-N criará a condição para a formação de um
campo elétrico que divide as cargas (SILVA, 2013).
O silício ainda pode ser do tipo amorfo, que juntamente com as de telureto de cádmio,
as de disseleneto de cobre gálio-índio, são agrupadas como filmes finos, como na Figura 8. Essa
tecnologia não é tão amplamente empregada como o silício cristalino. Uma das vantagens é que
os módulos podem ser fabricados com placas de vidro ou sobre filmes plásticos ou metálicos,
que podem ser flexíveis. Apesar disso, a eficiência das células solares de silício cristalino é
maior que a desses dispositivos (CRESESB/CEPEL, 2014).
muito finas, na casa dos micrômetros (μm). Desde a década de 1980 o a-Si:H é usado em células
para produção de calculadoras, relógios digitais e outros equipamentos (CRESESB/CEPEL,
2014).
O apelo estético faz deste tipo de tecnologia muito promissora para ser empregada às
edificações no Brasil, e a sua fabricação deve aumentar pelo seu potencial uso e por
demandarem pouca matéria prima e energia na sua fabricação. Outra vantagem da tecnologia
dos filmes finos é que quando integrados a edificações, eles dispensam os custos relativos à
área ocupada por estruturas projetadas ao nível do solo, bem como os custos de preparação do
terreno (RUTHER, 2004).
Figura 9 – Módulos FV
(a) silício policristalino, (b) silício monocristalino, (c) silício amorfo, (d) filme fino com encapsulamento flexível,
(e) CIS e (f) silício monocristalino com encapsulamento vidro-vidro.
2.5.MÓDULOS
Para Zilles (2016), um módulo fotovoltaico é composto das células associadas
eletricamente, sendo constituído de 36 a 216 células ligadas em série e/ou em paralelo. Os
32
Em qualquer instalação deste tipo, o módulo solar fotovoltaico é o elemento básico que
os fabricantes fornecem ao mercado. A quantidade de células individuais conectadas em série
irá compor a tensão do módulo. Enquanto que a quantidade de módulos conectados em série
determinará a tensão em que o sistema em corrente contínua (CC) funcionará. É a partir deste
elemento básico que o projetista deverá planejar o gerador fotovoltaico. A corrente do gerador
solar é definida pela conexão em paralelo de painéis individuais ou do conjunto de módulos
conectados em série (ZILLES et al., 2016).
2.6.INVERSORES
Existem duas formas de configurar os sistemas FV. Uma opção é acumular a energia
proveniente da radiação solar em bancos de baterias, outra alternativa é interligar à rede pública.
São chamados respectivamente de sistemas isolados e interligados. Conforme ilustra a Figura
12.
35
Quando se utiliza um banco de baterias em sistemas pequenos que utilizam baixa tensão
e corrente contínua, é necessário controlar a carga e a descarga das baterias, para esta função é
utilizado um controlador de carga. O dispositivo atua de maneira a proteger a bateria de
descargas e sobrecargas intensas. (SILVA, 2013).
36
alternativas de energia mais limpa. A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, instituiu
uma resolução normativa estabelecendo condições gerais para mini e micro geração de energia
elétrica, que junto com posteriores normas técnicas, vem aperfeiçoando e moldando o padrão
nacional, de modo a simplificar a conexão das mini e micro centrais à rede das distribuidoras
de energia elétrica.
Fonte: (ELETROBRÁS)
As etapas que devem ser seguidas para acesso ao sistema da concessionária aplicam-se
tanto a novas conexões quanto à alteração de geração. Para possibilitar a admissão à rede, o
consumidor deve cumprir as etapas de solicitação de acesso e parecer de acesso. Essas etapas
são apresentadas na tabela 3 a seguir.
2.8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
3. TRABALHOS CORRELATOS
Este capitulo desenvolve os trabalhos pertinentes, destacando a ideia central dos autores,
numa primeira parte são discorridos os trabalhos que tratam de sistemas conectados à rede e
por fim é apresentada características das componentes peculiares à região, como as
componentes solares e sociais, de maneira a identificar concisamente as propostas das etapas
para o desenvolvimento de um projeto eficiente e os seus efeitos. Os trabalhos também
fundamentam o cenário atual da tecnologia no mercado brasileiro.
h1 - h2
tan
d
Onde:
Ambos os trabalhos vistos são no âmbito de prédios públicos. Esteves (2014), apresenta
um estudo técnico de viabilidade econômica onde é avaliado a eficiência e compensação das
técnicas fotovoltaicas para uma residência rural particular no estado de São Paulo, contudo,
conectado à rede pública de energia. A compensação é estimada após o dimensionamento do
sistema FV e por instrumento do levantamento de custo do sistema, do consumo e das tarifas
de energia operada é possível estimar em anos quando ocorrerá compensação. O gráfico da
Figura 15 relaciona o quando será produzido e o quanto será consumido, tornando clara a
diferença devido a obrigatoriedade mínima de determinado consumo conforme a conexão
existente na unidade consumidora.
44
Esteves (2014)
Com as políticas de incentivo cada vez mais dinâmicas e com as diferentes modalidades
da tecnologia, as possibilidades de compensação oferecidas pelas normas devem ser trabalhadas
adequadamente conforme a necessidade, o autor Chitolina (2017) utiliza técnicas de análise de
retorno de investimento e ainda explora o conceito de autoconsumo remoto, cujo é permitido a
um usuário da rede de energia que possua duas ou mais unidades consumidores compensar com
abatimento de sua conta de energia através de permuta de energia, aproveitando o crédito
gerado por uma unidade em benefício de outras.
Outro trabalho que caracteriza a região amazônica é o de (Nogueira, 2000) onde o estudo
realizado tem a finalidade de mensurar os resultados da implementação do projeto de energia
solar fotovoltaica em comunidades ribeirinhas na região do Alto Solimões. O trabalho aborda
as características socioculturais da região e como a população integra a tecnologia às
comunidades, ainda destaca a viabilidade e sustentabilidade desta tecnologia comparada com o
uso feito da gasolina para geração de energia nessas áreas. Fica evidente que a energia
fotovoltaica pode ser empregada para o progresso da região, diminuindo o isolamento,
46
4. MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO
É proposto o uso de SFCR pelo fato de um SFCR ser conectado diretamente à rede
elétrica, cortando os custos que seriam despendidos com a necessidade do uso de um banco de
baterias. (ZILLES et al., 2017) inclui ainda que um banco de baterias pode não aproveitar o
potencial de um sistema fotovoltaico, pois a depender do dimensionamento feito, os
acumuladores de energia podem interromper o trabalho dos geradores de energia quando
obtiverem toda a carga limite, não alcançando toda a capacidade de geração de energia.
4.1.COLETA DE DADOS
Na tabela 5, foi listada a demanda dos últimos 10 meses, de novembro de 2016 até
Agosto de 2017, conforme foi possível obter uma média simples para obter o percentual do
consumo a ser suprido, nesta etapa, optou-se por dimensionar um sistema fotovoltaico capaz de
suprir o consumo médio mensal. As próximas etapas levam em consideração a mensuração da
irradiação no local e a demanda que pretende-se alimentar, para determinar finalmente a
potência de pico do painel fotovoltaico e fazer as escolhas dos módulos. E por fim, para atender
às conexões à rede, determina-se os inversores que sejam igualmente compatíveis com os
painéis solares.
A Figura 16 mostra a parte sul da residência e o seu telhado, e através da verificação nas
plantas do projeto arquitetônico da residência, cedidas pelo proprietário, foi apurada a área
disponível para a instalação dos painéis fotovoltaicos. O telhado é dividido em duas partes com
quedas à 20%, cada parte desta com uma área aproximada de 39,72 m², em um plano inclinado
de 11,3°. A soma das duas “quedas” totaliza a área de 79,44 m².
Tabela 6 - Irradiação solar diária média (Plano Inclinado igual a zero graus)
e a medida que este fator diminui, maior é a redução da energia incidente. O valor para 10° é o
mais proximo da inclinação do telhado da superficie que será instalada as células, apresenta
0,997 e mesmo para uma inclinação hipoteticamente maior, de 20°, o fator ainda seria de apenas
0,97. O telhado tem duas quedas que o divide, uma área sul e outra na que é a mais indicada
para instalação dos paineis no locais situados ao sul do equador, a porção norte, em relação à
horizontal, e como também pode ser observado, desvios de orientação para o oeste ou leste
igualmente interferirá de forma insignificante na disponibilidade de irradiação. Um dos
beneficios apresentado pela localidade ser proxima à linha do equador.
𝐶𝑔
𝑃𝑝 = (4.1)
𝐻× η
A qual a Potência Total (𝑃𝑝 ) do painel fotovoltaico (kWp) será responsável para a
escolha dos painéis; A capacidade de geração de energia (𝐶𝑔 ) é a energia elétrica diária média
que deverá ser produzida (kWh/dia) para atender a demanda da residência; É a irradiação
diária (𝐻) média no plano do painel fotovoltaico (kWh/m²/dia), recolhido através da planilha
CRESESB; η é o rendimento que corresponde ao desempenho global de um sistema
fotovoltaico considerando as perdas de energia que ocorrem nos painéis, no cabeamento e
inversor.
54
5. RESULTADOS
É possível perceber que o painel 1, da marca Rises Solar, tem a unidade mais barata,
porém não é o mais indicado, pois possui a menor potência, o que resulta numa necessidade
maior de placas para alcançar a potência desejada, elevando os custo e tornando-se o
investimento mais caro, além de requerer uma área maior de instalação que a existente na
unidade consumidora. O painel 4, marca Canadian Solar, proporciona mais vantagens, está à
frente de todos em quesito de eficiência e conforme (Zilles et al., 2016), “(...) O gerador
fotovoltaico é construído associando primeiro módulos em série, até conseguir a tensão
desejada,” o conjunto gerador necessitará apenas de 20 módulos para produzir 6,6 kWp e requer
área total de instalação menor que 39,72 m², esta quantidade pode ser disposta formando 4
fileiras com 5 painéis cada na porção norte do telhado indicada para instalação conforme a
Figura 20, e finalmente, este modelo ainda apresenta o menor preço total. Os preços da tabela
8 são os oferecidos pela (MINHA CASA SOLAR, 2017) com desconto para pagamento através
de boleto bancário.
5.2.ESCOLHA DO INVERSOR
Os inversores devem ser instalados em local de fácil acesso, de modo a permitir que a
concessionaria opere o inversor com facilidade de acesso a qualquer momento para fins do
atendimento das equipes de manutenção e operação.
5.3.CUSTO DO SISTEMA
de energia que ocorrem pela temperatura e sujeira nos painéis, a incompatibilidade elétrica das
células, o efeito joule no cabeamento c.c e no cabeamento c.a. e as perdas de processo no
inversor também foi considerado para efeito de correção da potência total dos painéis.
Conforme a Figura 23, o custo dos painéis e do inversor representam 75% do custo final
do SFRC, os 25% restantes referem-se à instalação e ao BOS, sigla que designa o material
complementar utilizado no sistema fotovoltaico como cabeamento, conectores, estrutura de
fixação e proteções (RÜTHER, 2004). Excluindo-se o custo da elaboração do projeto, que não
é previsto na estimativa, o custo total de todo o sistema conectado à rede é de R$ 27.865,12.
59
CONCLUSÃO
Inicialmente, foi necessário realizar o levantamento da média mensal e anual que foi
consumida na residência atendida, o valor encontrado para a demanda de um ano foi o de cerca
de 9.151,8 KWh, mensurando o objetivo de geração pretendido, onde se chegou ao sistema
fotovoltaico apresentado que possui capacidade para uma geração anual de 7.954,8 KWh. As
informações pertinentes aos valores de irradiação da região e o conhecimento das características
do sistema complementaram o trabalho executado. Em seguida, os cálculos foram feitos para
a viabilidade técnica, determinando os equipamentos necessários.
Por fim, foi avaliado a resposta do investimento. A tarifa que levou-se em consideração
para estimativa de retorno foi a mesma praticada no período que se levantou a média de
consumo, de novembro de 2016 à setembro de 2017, no valor de R$ 0,715026, levando os
tributos sobre a mesma em consideração. Com a tarifa estabilizada neste valor foi feita uma
comparação simples com o gasto do que é consumido de KWh em um ano, a demanda da
residência, com o que será gasto após a geração. Constitui-se uma possível economia de R$
5.687,88 por ano, e conforme o valor inicial do sistema de R$ 27.865,12, uma simples divisão
do custo total pela economia anual torna possível estimar que em cerca de 5 anos o sistema
começaria a dar retorno, e se considerássemos que a matriz energética brasileira depende
consideravelmente da disponibilidade hídrica e apreciando que as tarifas estão igualmente
sujeitas à política, o reajuste do preço elevando o custo final da energia elétrica ao consumidor
é previsível, sendo mais atraente ainda a opção do sistema fotovoltaico, pois a quantidade de
tempo para retorno diminuiria.
60
REFERÊNCIAS
ZILLES, Roberto et al. Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. 1º Edição. São
Paulo: Oficina de Textos, 2016.
DOS REIS, Lineu Belico; CUNHA, Eldis Camargo. Energia elétrica e sustentabilidade:
aspectos tecnológicos, socioambientais e legais. Barueri: Editora Manole, 2015.
ANEXOS
ANEXO A – FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO ELETROBRÁS
66
ANEXO F
Eu,
___________________________________________________________________,
CPF: RG:
Autorizo Jairo Henrique Santos Moura (CPF: 988.986.982-91, RG: 100 7422) para
realizar visita técnica na minha residência particular e utilizar as informações pertinentes
utilizando-a como modelo de estudo e projeto de dimensionamento fotovoltaico, autorizando
essas informações e imagens para admissível uso no estudo de caso dirigido para o Trabalho de
Conclusão de Curso em engenharia elétrica, realizado para o Centro Universitário do Norte –
UNINORTE.
Manaus – Amazonas, ( __ / __ / __ ).
_______________________________________________________________
Proprietário