Professional Documents
Culture Documents
discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/265800703
Article
CITATIONS READS
0 7,727
1 author:
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Cristiano Guedes Bezerra on 15 July 2015.
INTRODUÇÃO
enfatizar que a expansão do mnemônico para FAST HUG EPM deve ser aplicado na
rotina diária pela equipe da unidade de terapia intensiva permitindo uma melhor
O FAST HUG EPM é um conjunto de dez itens que devem ser avaliados pelo
menos uma vez ao dia nos pacientes internados em UTI (tabela 1).
Feeding Alimentação
Analgesia Analgesia
Sedation Sedação
Thromboembolic prevention Prevenção de tromboembolismo venoso
Head of bed elevated Cabeceira elevada
Ulcer prophylaxis Profilaxia de úlceras de stress
Glucose control Controle glicêmico
Feeding (Alimentação)
Contudo, a maioria dos indivíduos internados em UTIs não têm condições de receber
aporte por esta via, devendo o intensivista optar pelas vias enteral ou parenteral .
quando o mesmo estiver a sete dias sem aporte adequado ou antecipar caso o mesmo vá
ficar sete dias sem capacidade de ingestão oral. Reduz-se este período para cinco dias se
Decidido iniciar suporte nutricional, a maioria dos autores sugere que a oferta
indicações relativas importantes são: íleo paralítico, hemorragia digestiva alta, náuseas e
95% 0,45 – 1,43) quando suplementado pela via enteral, porém, quando
redução de mortalidade.
importantes.
Pacientes com mais de 30 dias de nutrição enteral ou que tem esta perspectiva
na tabela 2:
tem efeito deletério, pois leva aumento do metabolismo, consumo elevado de oxigênio,
30mL/min. O fentanil é o analgésico de escolha, 100 vezes mais potente que a morfina,
excretados via renal(portanto, parece ser uma droga segura na insuficiência renal).
tromboembolismo venoso.
causas reversíveis.
fácil de ser administrado, com rápido início de ação, com duração de ação previsível e
custo baixo.
pela função hepática, idade ou interações medicamentosas e deve ser o preferido para
pacientes que ficarão sedados além de 24 horas9 . No entanto, quando usados por longos
períodos( >7 dias) e altas doses( > 14mg/hora ou > 0.1mg/kg/hora), o veículo da
renal e delirium.
Pacientes que serão sedados por menos de 24 horas ou precisarem ser acordados
com freqüência para realização de exame neurológico opta-se por agentes com menor
volume infundido, uma vez que se trata de uma emulsão lipídica de 1.1Kcal/mL. Seus
meses(37%). Somente 41% dos pacientes com TEV receberam profilaxia intra-
hospitalar e pós-alta.
A profilaxia do TEV pode ser feita através de medidas farmacológicas (p. ex,
pneumática).
heparinas não fracionadas (HNF) e de baixo peso molecular (HBPM) têm eficácia
Meta-análise recente revelou que HBPM foi mais eficiente em reduzir TVP
quando comparada a HNF (RR 0,68; IC 95% 0,52-0,88), possuindo as duas classes de
com idade igual ou superior a 40 anos, com mobilidade reduzida (metade do tempo
e pós-parto, história prévida de TEV, IAM, ICC classe funcional II a IV, idade maior
horas sem receber nenhum tipo de profilaxia para TEV pelo risco aumentado de haver
horas) para indicação ou suspenção da profilaxia para TEV. A profilaxia deve ser
ventilação mecânica de 23% para 5%13. As diretrizes brasileiras para o tratamento das
Um estudo com 2252 pacientes de UTI revelou que os dois maiores fatores de
RNI>1.5, plaquetopenia < 50.000, Rel Ttpa > 2 (OR 4,3)15, ocorrendo um aumento de
0,1% para 3,7% se um desses fatores estiverem presentes. Outros 2 importantes fatores
de risco são: Doença ulcerosa péptica ou Hemorragia digestiva alta no último ano. São
por prevenir a exaustão dos estoques de energia da mucosa gástrica, mas não deve ser
via oral permitida optar por IBPs que são mais custo-efetivos e possuem maior eficácia
Apesar do artigo original do FAST HUG não incluir nesta letra a profilaxia de
já que é morbidade freqüente em pacientes críticos e que por vezes não recebe a atenção
a pressão. A mudança de decúbito deve ocorrer a cada 2 horas17. Deve-se evitar elevar
sentados estão sujeitos a maiores pressões nas tuberosidades isquiáticas devendo ser
sejam mais eficazes, são reservados aos pacientes de risco muito elevado para UD
As áreas mais afetadas por UD, adjacentes ao sacro, ísquio, grandes trocanteres,
calcanhares e occipito devem ser inspecionadas ao menos uma vez por dia para a
Desde o trabalho realizado em 2001 pela Dra. Van den Bergh que avaliou o
manter glicemia entre 80 e 110mg/dL, enquanto que no grupo controle o alvo era
de internação em UTI.
permaneceram mais de 3 dias na UTI, a mortalidade saiu de 52,5% para 43% no grupo
definida, uma das hipóteses é que pacientes clínicos por terem disfunção hepática e
renal mais freqüente que os pacientes cirúrgicos foram mais susceptíveis aos efeitos
Assim, foi publicado o estudo VISEP, no qual pacientes com sepse grave ou
razoável para a maioria dos pacientes; não existe recomendação no momento para
abaixo de 150mg/dL nos pacientes com sepse grave/choque séptico, sendo esta uma
recomendação fraca.
sua retirada quando outra via possa ser utilizada.23 Trabalhos mostram que tempo de
necessidade de nova punção em outro sítio não estão associados a aumento de infecção
(OR:2,3 p<0.001), os quais permanecem maior tempo com a sonda (12 vs 3dias
p<0.01), apresentam mais infecção urinária relacionada a sonda (82 vs 8%, p=0,001) e
respectivamente 33,34. Deve-se avaliar necessidade do uso diário desses dispositivos para
Ely e cols.31 demonstraram redução de 6 para 4,5 dias (p= 0,003) no tempo de
vezes mais rápida que a ventilação em modo SIMV (RR 2,83 com IC 1,36-5,89 e p
<0,006) e 2 vezes mais rápida que a ventilação (RR 2,05 com IC 1,04-4,4 e p <0,04)
• Se houver falha no TER, deixar o paciente em A/C por 24 horas para repouso
da musculatura respiratória.
publicado por Kress et al. a interrupção diária da sedação ate que o paciente ficasse
acordado reduziu o tempo de ventilação mecânica de 7,3 para 4,9 dias (p=0,004) e o
metabólitos podendo resultar em toxicidade. Drogas de curta ação têm sua meia vida
metabolismo hepático nos pacientes com disfunção clínica ou laboratorial deste órgão.
Processo Mnemônico expandido – FAST HUG EPM
Feeding (alimentação)
Analgesia
Sedation(sedação)
Thromboembolic prevention (profilaxia de tromboembolismo venoso)
Bibliografia
1. Vincent JL. Give your patient a fast hug (at least) once a day. Crit Care
Med 2005; 33: 1225-29.
2. Roberts SR, Kennerly DA, Keane D; George C - Nutrition support in the
intensive care unit. Adequacy, timeliness, and outcomes. Crit Care
Nurse. 2003 Dec;23(6):49-57.
3. Heyland DK, Dhaliwal R, Drover JW, Gramlich L, Dodek P - Canadian
clinical practice guidelines for nutrition support in mechanically
ventilated, critically ill adult patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2003
Sep-Oct;27(5):355-73.
4. Gramlich L; Kichian K; Pinilla J; Rodych NJ; Dhaliwal R; Heyland DK. Does
enteral nutrition compared to parenteral nutrition result in better outcomes
in critically ill adult patients? A systematic review of the literature. Nutrition.
2004 Oct;20(10):843-8.
5. Moore FA, Feliciano DV, Andrassy RJ, McArdle AH, Booth FV,
Morgenstein-Wagner TB, Kellum JM Jr, Welling RE, Moore EE - Early
enteral feeding, compared with parenteral, reduces postoperative septic
complications. The results of a meta-analysis. Ann Surg 1992
Aug;216(2):172-83.
6. Duro D, Collier S, Duggan C. Overview of parenteral and enteral
nutrition. 2007 UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.1;
2007.
7. Hamill-Ruth RJ, Marohn ML - Evaluation of pain in the critically ill
patient. Crit Care Clin 1999 Jan;15(1):35-54, v-vi.
8. Flacke JW; Flacke WE; Bloor BC; Van Etten AP; Kripke BJ. Histamine release
by four narcotics: a double-blind study in humans. Anesth Analg. 1987
Aug;66(8):723-30.
9. Wittbrodt ET, Tietze KJ. Pain control in the intensive care unit. 2007
UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.1; 2007.
10. Geerts WH, Pineo GF, Heit JA, Bergqvist D, Lassen MR, Colwell CW,
Ray JG - Prevention of venous thromboembolism: the Seventh ACCP
Conference on Antithrombotic and Thrombolytic Therapy. Chest 2004
Sep;126(3 Suppl):338S-400S.
11. Pineo GF. Prevention of venous thromboembolic disease. 2007
UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.3; 2007.
12. Wein L, Wein S, Haas SJ, Shaw J, Krum H - Pharmacological Venous
Thromboembolism Prophylaxis in Hospitalized Medical Patients: A
Meta-analysis of Randomized Controlled Trials. Arch Intern Med. 2007
Jul 23;167(14):1476-1486.
13. Drakulovic MB, Torres A, Bauer TT, Nicolas JM, Nogue S, Ferrer M -
Supine body position as a risk factor for nosocomial pneumonia in
mechanically ventilated patients: a randomised trial. Lancet 1999 Nov
27;354(9193):1851-8.
14. Diretrizes brasileiras para tramento das pneumonias adquiridas no
hospital e das associadas a ventilação mecânica – J Bras Pneumol.
2007;33 (Supl1): S 1 – S 30
15. Cook DJ, Fuller HD, Guyatt GH, Marshall JC, Leasa D, Hall R, Winton
TL, Rutledge F, Todd TJ, Roy P, et al - Risk factors for gastrointestinal
bleeding in critically ill patients. Canadian Critical Care Trials Group. N
Engl J Med 1994 Feb 10;330(6):377-81.
16. Weinhouse GL, Manaker S. Stress ulcer prophylaxis in the intensive care
unit. 2007 UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.3; 2007.
17. Knox DM, Anderson TM, Anderson PS - Effects of different turn
intervals on skin of healthy older adults. Adv Wound Care 1994
Jan;7(1):48-52, 54-6.
18. Berlowitz D. Prevention and treatment of pressure ulcers. 2007
UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.1; 2007.
19. Van den Berghe G, Wouters P, Weekers F, Verwaest C, Bruyninckx F,
Schetz M, Vlasselaers D, Ferdinande P, Lauwers P, Bouillon R -
Intensive insulin therapy in the critically ill patients. N Engl J Med 2001
Nov 8;345(19):1359-67.
20. Van den Berghe G, Wilmer A, Hermans G, Meersseman W, Wouters PJ,
Milants I, Van Wijngaerden E, Bobbaers H, Bouillon R - Intensive
insulin therapy in the medical ICU. N Engl J Med. 2006 Feb
2;354(5):449-61.
21. Vanhorebeek I, Langouche L, Van den Bergh G. Tight blood glucose
control in the intensive care unit. Chest 2007; 132: 268-278
22. Dellinger RP, Levy MM, Carlet JM, Bion J, Parker MM, Jaeschke R,
Reinhart K, Angus DC, Brun-Bruisson, Beale R, Calandra T, Dhainaut
JF, Gerlach H, Harvey M, Marini JJ, Marshall J, Ranieri M, Ramsay G,
Sevransky J, Thompson BT, Townsend S, Vender JS, Zimmerman JL,
Vincent JL – Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for
management of sever sepsis and septic shock: 2008. Crit Care Med 2008
Jan; 36(1): 296-327
23. Gaimiz H. et al Use and abuse of intravenous catheters in conventional
hospital wards. An Méd Interna. 2006 Out; 23: 475-477.
24. Mesiano ER; Merchán-Hamann E. Bloodstream infections among
patients using central venous catheters in intensive care units. Rev Lat
Am Enfermagem. 2007 Mai-Jun, 15(3): 453-459.
25. Higuera F; Rangel-Frausto MS; Rosenthal VD; Soto JM; Castañon J;
Franco G; Tabal-Galan N; Ruiz J; Duarte P; Graves N. Attributable cost
and length of stay for patients with central venous catheter-associated
bloodstream infection in Mexico City intensive care units: a prospective,
matched analysis. Infect Control Hosp Epidemiol. 2007 Jan, 28(1):31-35.
26. Warren DK; Quadir WW; Hollenbeak CS; Elward AM; Cox MJ; Fraser
VJ. Attributable cost of catheter-associated bloodstream infections
among intensive care patients in a nonteaching hospital.Crit Care Med.
2006 Ago, 34(8):2084-2089.
27. Schuerer DJ; et al. Effect of chlorhexidine/silver sulfadiazine-
impregnated central venous catheters in an intensive care unit with a low
blood stream infection rate after implementation of an educational
program: a before-after trial. Surg Infect (Larchmt). 2007 Ago, 8(4):
445-454.
28. Castelli GP; Pognani C; Stuani A; Cita M; Paladini R. Central venous
catheter replacement in the ICU: new site versus guidewire exchange.
2007 Mai, 73(5):267-273.
29. Clec'h C et al. Does catheter-associated urinary tract infection increase
mortality in critically ill patients? Infect Control Hosp Epidemiol. 2007
Dec; 28(12): 1367-1373.
30. Ely EW; Baker AM; Dunagan DP; Burke HL; Smith AC; Kelly PT;
Johnson MM; Browder RW; Bowton DL; Haponik EF. Effect on the
duration of mechanical ventilation of identifying patients capable of
breathing spontaneously. N Engl J Med 1996 Dec 19;335(25):1864-9.
31. Kollef MH, Shapiro SD, Silevr P, St John RE, Prentice D, Sauer S, et al.
A randomized, controlled trial of prptocol-directed versus physician
directed weaning from mechanical ventilation. Crit care Med. 1997; 25
(4); 567-74.
32. Apisarnthanarak A., et al. Initial inappropriate urinary catheters use in a
tertiary-care center: incidence, risk factors, and outcomes. Am J Infect
Control. 2007 Nov; 35(9): 594-599.
33. Young M. Indications for and placement of central venous catheters.
2007 UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.3; 2007.
34. Fekete T. Urinary tract infection associated with indwelling bladder
catheters. 2007 UpToDate: http://www.uptodate.com. Software 15.3;
2007.
35. Esteban A; Frutos F; Tobin MJ; Alia I; Solsona JF; Valverdu I;
Fernandez R; de la Cal MA; Benito S; Tomas R; et al. A comparison of
four methods of weaning patients from mechanical ventilation. Spanish
Lung Failure Collaborative Group. N Engl J Med 1995 Feb
9;332(6):345-50.
36. III Consenso brasileiro de ventilação mecânica: desmame e interrupção
de ventilação mecânica. J Bras Pneumol 2007; 33 (Supl 2): S 128-S 136
37. Kress JP, Pohlman AS, O'Connor MF, Hall JB - Daily interruption of
sedative infusions in critically ill patients undergoing mechanical
ventilation. N Engl J Med 2000 May 18;342(20):1471-7.
38. Volles DF; McGory R. Pharmacokinetic considerations. Crit Care Clin.
1999. Jan;15(1):55-75.
39. Pea F; Furlanut M. Pharmacokinetic aspects of treating infections in the
intensive care unit: focus on drug interactions. Clin Pharmacokinet.
2001. 40(11):833-868.
40. Joannidis M. Drug-induced renal failure in the ICU. Int J Artif Organs.
2004. Dec; 27(12):1034-1042.
41. Mahajan S; Tiwari S; Bharani R; Bhowmik D; Ravi S; Agarwal SK;
Tiwari SC. Spectrum of acute renal failure and factors predicting its
outcome in an intensive care unit in India. Ren Fail. 2006. 28(2):119-
124.
42. Taber SS; Mueller BA. Drug-associated renal dysfunction. Crit Care
Clin. 2006. Apr; 22(2):357-74.
43. Spencer, FA, Lessard, D, Emery, C, et al. Venous
thromboembolism in the outpatient setting. Arch Intern Med
2007; 167:1471.
44. Santos, ECL; Andrade, LGF; Gadelha, PS; Góis, AFT. FAST HUG
EPM: uma abordagem sistemática ao paciente crítico. Artigo para
publicação.