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Análise de amostras

Coring (carotagem ou testemunhagem) é uma operação especial que


consiste na obtenção de amostras reais da formação em subsuperfície
com alterações mínimas nas suas propriedades naturais.

É necessário que as amostras recolhidas sejam


de bom tamanho e que apresentem o mínimo de
contaminação.

As amostras coletadas são levadas a


laboratórios para aquisição de informações a
respeito da litologia, porosidade,
permeabilidade, saturação de fluidos, etc.
Análise de amostras

E as técnicas mais utilizadas para a recolha de amostras são:

1) Conventional coring
2) Wireline retrievable coring
3) Diamond coring

1)  Conventional coring:


Consiste na descida ao poço de uma broca vazada munida de dois
cilindros, um externo que gira e outro interno fixo que aloja a
amostra recolhida. É uma técnica precisa e a amostra é recolhida
chega a superfície através de uma operação de manobra.

Possui a grande vantagem de permitir retirar elevado diâmetro de


amostras (3m, 6m ou 9m).
Análise de amostras

2) Wireline coring

Consiste em recolher amostras de um trecho já


perfurado. O equipamento contém cilindros ocos
presos a um canhão associado a um cabo de aço. O
arremesso dos cilindros ocos contra as paredes da
formação ajudar na retirada de amostras. Pode ser
realizado enquanto perfuramos e nessas situações
possui a grande vantagem de não precisarmos retirar
o equipamento do poço.

Em algumas situações podemos usar uma core bit


ao mesmo tempo (broca que permita tirar amostras
também). Tem a grande vantagem de apresentar
custo reduzido e mais amostras obtidas.
Análise de amostras

3) Diamond Core Drilling


Tem o mesmo principio de funcionamento que a
recolha convencional, porém utiliza cortadores do
tipo PDC (Polycristaline diamond) em vez do
convencional. É utilizado em formações muito
duras.

-  Custo 15 vezes mais alto de um core bit


normal.
-  Reduzimos os tempos de perfuração para
obter a amostra.
Análise de amostras
Análises PVT

São feitas dentro de células PVT onde é possível colocar as amostras de fluidos nas
condições de reservatório (de pressão e temperatura).

Estas análises servem para verificar:


- A composição da mistura de hidrocarbonetos
- O comportamento das suas fases
- A evolução da mistura em termos volumétricos.
Análise PVT: gás

Existe uma única equação para definir a relação entre PVTque é a equação de estado para um gás:

PV=ZnRT

Uma vez encontrado o Z (visto nas aulas anteriores) é fácil determinar a relação entre os volumes de
superfície com os de reservatório:
Análise PVT: óleo

A análise PVT em reservatórios de óleo é mais complicada do que em


reservatórios de gás.

a) Acima do ponto de bolha: uma só fase no reservatório (óleo).


Se uma quantidade de óleo subsaturado for produzido em
superfície, o gás vai separar-se do óleo.

b) Abaixo do ponto de bolha: temos duas fases no reservatório,


óleo saturado em gás e solução de gás livre. Ogás total produzido
em superfície tem duas componentes: gás livre dentro do
reservatório e gás libertado do óleo durante a produção

Podemos relacionar os volumes de superfície com aqueles


de reservatório graças a 3 parâmetros PVT: Rs (RGO,RGL), Bo e
Bg.
Análise PVT: acima do ponto de bolha

A Queda de pressão de pi até p num


reservatório de óleo subsaturado => produção
de óleo e libertação da quantidade de gás em
superfície.

Se estamesma quantidade de gás voltasse no


reservatório junto a 1 stb de óleo, o gás iria
dissolver totalmente originando um volume de
óleo com gás dissolvido.
Análise PVT: abaixo do ponto de bolha
Análise PVT: abaixo do ponto de bolha

RGO= Rs + (R - Rs) : Producing gas oil ratio

Rs = Representa o volume de gás que se for mandada ao


reservatório com 1 stb de óleo, vai se dissolver
completamente no óleo.

(R - Rs) : Se for mandada ao reservatório vai ocupar um


volume igual a (R-Rs)*Bg só de gás livre.

→ Assim, a quantidade total de hidrocarbonetos


recuperada de um reservatório associado com a produção
R: Razão gás óleo de produção instantâneo (scf/stb)
de 1 stb de óleo é dado por: Bo + (R - Rs) Bg.
Rs: Razão de solubilidade do gás na pressão p (scf/stb)
- Dado PVT
Exercício 1
As quantidades de óleo e gás medidos durante a vida produtiva de um campo de petróleo, são:

Óleo produzido: x stb/dia


Gás produzido: y scf/dia

a)  Qual é a quantidade recuperada do reservatório (total underground withdrawal) em barris/dia


(nas condições originais)?

b)  Se a pressão média do reservatório é de 2400 psia, calcular a quantidade recuperada de óleo
correspondente a uma produção de óleo de 2500 stb/dia e de gás de 2125000 scf/dia. Utilizar as
correlações das curvas PVTde Bo, Bg e Rs.
Curva exercício 1

Curva PVTde Bo
Curva exercício 1

Curva PVTde Rs
Curva exercício 1

Curva PVTde Bg
Análises PVT
1. Amostragem direta em subsuperfície

Coleta de amostras defluidos

Faz-se com a finalidade de obtermos uma amostra


representativa dos fluidos presentes na formação.

Apresenta a limitação de sampler ter um volume


pequeno (só poucos litros). Por isso é melhor coletar
mais do que uma amostra e comparar as pressões de
saturação entre estas na superfície.
Análises PVT

2) Coleta superficial das fases de óleo e de gás

Coleta de amostras defluidos

Noutra etapa são fluidos são coletados na condição


do separador e em seguida as suas propriedades
são comparadas com aquelas da amostra
recolhida nas condições do reservatório.

Apresenta a vantagem de podermos colectar


grandes quantidades de fluido.
Análises PVT

Liberações de gás

O modo como a liberação do gás de uma mistura líquida é


processada, afecta significativamente as relações PVT e
consequentemente o Bo e o Rs. Existem dois tipos básicos de
liberação de gás: Flash e o diferencial.

Liberação “Flash”: neste tipo de liberação o gás que vai


saindo da solução a medida que a pressão vai sendo reduzida
é mantido em contacto com o líquido e nenhum gás é
removido da célula PVT. Assim determina-se o ponto de bolha.
Análises PVT

Liberações de gás

Liberação diferencial: neste tipo de liberação o gás que vai


sendo liberado da solução é retirado do contacto com o líquido do
qual saiu. O processo pode ser levado até alcançar a pressão
atmosférica . Desse jeito podem ser determinados o encolhimento
do líquido e a quantidade de gás antes dissolvido em função da
pressão. Assim determinam-se os parâmetros Bo, Bg e Rs.

A célula PVT está sempre a temperatura constante igual a do


reservatório. Para obter boas medidas de Bo, Bg e Rs é melhor
utilizar os dois métodos (de liberação) acoplados.
Análises PVT
Parâmetros de uma análise completa PVT

A) Análise composicional para as amostras profundas e medições de volume no separador (óleo e


gás), para as amostras coletadas em superfície

B)  Expansão flash a temperatura do reservatório para determinar:


q  Pressão de bolha
q  Compressibilidade do óleo não saturado
q  Volume total de óleo e gás em cada etapa de depleção

C) Libertação diferencial para determinar E, Z, e vo

D) Teste no separador para determinar a taxa de contração, RGO.


Exercício 2
Considere o esquema de separação mostrado na figura, ilustra o modo aproximado de um esquema de separação
diferencial, representado pela produção de um poço através de uma bateria de separação composta de dois
separadores e um tanque de armazenamento (60 ºF e 14.7 psia). O reservatório encontra-se na pressão de bolha
"Pb” de 2000 psia. Calcular o factor volume do óleo (Bo) e a razão de solubilidade (Rs) na pressão de bolha.
Exercício 3
Considerar o esquema de separação mostrado na figura, que representa o processo que ocorre no reservatório de óleo.
Pbé a “bubble pressure”, pi a pressão inicial e as condições padrão (tanque) são 60ºF e 14.7psia. Calcular, para aspressões
2500, 2000, 1000 e 500 psia: a) O factor volume do óleo (Bo); b) Arazão óleo-gás (Rs); O factor volume do gás(Bg)

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