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O LADO DE TRABALHO
Está formado por pré-molares e molares do lado no qual se mastiga, ou
seja, o lado para o qual se move a mandíbula com o bolo alimentar interposto
entre os dentes, os quais movimentam-se desde máxima intercuspidação até
uma oclusão de cúspides vestibulares e linguais inferiores com cúspides
vestibulares e linguais superiores, simultaneamente, sem sobrecargas nem
perdas de contato nesse movimento que é para fora, para baixo e algo para
adiante. O côndilo desse lado gira em um eixo vertical e muito pouco no eixo
horizontal frontal, apenas o que o sujeitam as alturas cuspídeas.
Aqui devemos fazer a seguinte observação: nesse lado de trabalho
podemos encontrar várias situações factíveis para o plano oclusal que
permitem uma função equilibrada, porém, quando esse lado de trabalho passa
a balanceio, apenas uma única situação será válida para trabalhar
equilibradamente, e essa será a verdadeira situação do plano oclusal.
O LADO DE BALANCEIO
Este é o lado mais complexo, o determinante verdadeiro da exata
situação do plano oclusal posição exclusiva, precisamente por esse motivo é
negligenciado por muitos autores.
Nesse lado, os pré-molares e molares inferiores, partindo de uma
intercuspidação total, deslocam-se para frente para baixo e para dentro
seguindo a trajetória condilar, determinando o Ângulo Bennett, de tal forma
que da passam a ocluir a cúspides vestibulares inferiores, pelas suas vertentes
mésio linguais, contra as cúspides linguais dos superiores, pelas suas vertentes
disto vestibulares; e igualmente nesse movimento não pode haver nem
sobrecarga nem perda de contatos entre os dentes antagonistas.
Quando esses movimentos e contatos descritos dos três grupos citados,
incisivo, trabalho e balanceio se processam simultânea e bilateralmente,
podemos nos assegurar que o plano oclusal atingiu sua posição exclusiva e que
o sistema estomatognático funciona equilibradamente. Mas como se tudo isso 5
fosse pouco, existem leis, como tais, indiscutíveis, como as de Hanau, que
suponho por todos conhecidas, mas talvez mal compreendidas ou mal
interpretadas, por cujo motivo permito-me breve recordação.
LEIS DA HANAU
Constam de cinco elementos que devem se associar em condições
especiais e determinadas para que se configure o que denominamos de
"equilíbrio oclusal". Cada autor enumera em ordem distinta, mas acreditamos
que devam ser enunciadas na seguinte ordem:
o Trajetória condilar
o Situação do plano oclusal
o Altura cuspídea
o Curva de decolagem
o Inclinação e eixos dos incisivos