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12.

NULIDADE DA EXECUÇÃO

O art. 618 prevê os casos em que a execução será nula, “é nula a execução: I – se
o título executivo extrajudicial não corresponder à obrigação certa, líquida e
exigível (art. 586); II – se o devedor não for regularmente citado; III – se
instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o term

que não tem discernimento dos atos praticados, sendo aplicada aos
inimputáveis e aos semi-imputáveis portadores de periculosidade, com escopo
de evitar a prática de futuras infrações penais

Analisar a evolução histórica das medidas de segurança

A medida de segurança teve seu surgimento no ordenamento jurídico brasileiro, com o


surgimento da noção de inimputabilidade (a falta de discernimento para reconhecer a
gravidade do ato praticado, podendo a inimputabilidade ser de modo relativa ou
absoluta) dessa forma, a sanção penal, destinada aos considerados inimputáveis,
deixou de ser a pena

No Brasil, as Ordenações Filipinas, prescrevia, imputar fato ilícito àquele que não
pudesse com dolo ou culpa, visto ser louco, insensato ou doente.
O Código Penal do Império trazia em seu bojo que os considerados com insanidades
mentais deveriam ser entregues a suas famílias, ou inserido em locais adequados
para seu tratamento, enquanto os menores de catorze anos, que houvessem agido
com discernimento, seriam recolhidos às casas de correção. O Código Penal de 1890,
seguindo as diretrizes do Código de 1830, previa a entrega dos doentes a seus
familiares ou a internação em hospícios.
O Código Penal brasileiro de 1940, inspirado no código italiano da época (Código
Rocco), adotou o sistema do duplo binário, onde mesmo aplicaria medida de
segurança mais pena sucessivamente. Desse modo, com o sistema duplo binário, as
sanções poderiam ser duplas, pois o indivíduo poderia recebê-las da seguinte maneira

Se o indivíduo fosse imputável pena correspondente.

Se fosse um inimputável aplicaria medida de segurança.

No caso de se tratar de um semi-imputável receberia uma pena que seria lhe


diminuída e ao mesmo empo a medida de segurança

O entendimento é o sujeito imputável, seria aplicado a pena, o inimputável seria


conferido ao mesmo a medida de segurança, já o sem -imputável recebia um pouco
das duas.
Depois da reforma de 84 foi adotado sistema vicariante tem como significado sistema
de substituição e trouxe que o inimputável que praticou ato típico e ilícito, não sendo
porém culpado, assim será absolvido sendo aplicável a medida de segurança.

Tratamento terapêutico ou pena perpétua?


Os hospitais de custodia e tratamento tem características ambulatorial e
curativa, pois sua função é trazer o inimputável ou o semi-imputável a
convivência social se nenhum resquício de que o mesmo venha praticar novos
fatos sem seu discernimento, se trata de uma tarefa árdua do estado.
Sendo inexistente o prazo máximo para aplicação da medida segurança, é o
fator mais discutido dentro das medidas de segurança com diversos
entendimentos.
A interpretação literal do Art. 97§1°, versa sobre a inexistência do prazo
máximo pois tem como fator crucial a comprovação da periculosidade do autor
para que depois possa ocorrer sua liberação.
O segundo entendimento doutrinário ressalta, que sem prazo determinado a
medida de segurança estaria violando os direitos fundamentais estabelecidos
na CFRB/88 em seu Art.5° XLVIIA terceira corrente defende com escopo no
Art.75, do atual código vigente devendo este receber duração máxima de 30
(trinta) anos, e se curva a dizer que o incapaz receberia a mesma punição que
o capaz
STJ - Súmula 527
O tempo de duração da medida de segurança não deve
ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito
praticado
Diferencia-se da medida de segurança das penas pois a mesma tem caráter
retributivo, preventivo, punitivo, baseando-se na culpabilidade do agente
infrator com período de duração pré fixados

Inconstitucionalidade ou ilegalidade do HCT?

A inconstitucionalidade ocorre quando normas se opõem a carta magna


podendo ser da espécie formal ou material.
Notório saber que as medidas de segurança não passaram por esse processo
de inconstitucionalidade pois o mesmo não emanou dá atual constituição sendo
este objeto de recepção do código penal.
A recepção ocorre com normas que vêm de outros ordenamentos e passam a
integrar os que vigorarão posteriormente

O entendimento Doutrinário que traz a hipótese dá medida de segurança ter


caráter inconstitucional tem como arroubo os princípios norteadores
paramentados no principio da dignidade da pessoa humana ao qual consente a
dissonância do: Art. 97 § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por
tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia
médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3
(três) ano.

Com escopo do parágrafo primeiro do artigo anterior mencionado onde o mesmo não
traz o limite máximo da medida de segurança, apenas o prazo mínimo entende assim,
que a medida de segurança tem caráter perpetuo que é proibido expressamente pela
constituição federal em seu Art.5°xlvii, b.

Sem a determinação de limite temporal na medida segurança tem-se o entendimento


totalmente contrario da doutrina moderna que cerca o instituto de suas garantias
que tem como objetivo um ordenamento mais humanizado nesse sentido que segue o
entendimento do:
(STF - HC: 84219 SP, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de
Julgamento: 16/08/2005, Primeira Turma, Data de
Publicação: DJ 23-09-2005 PP-00016 EMENT VOL-02206-02
PP-00285)
Assim com a aplicabilidade da medida segurança sem prazo estabelecido, foi
editada a sumula STJ - Súmula 527,para que tenhamos segurança jurídica;
tomando como parâmetro o limite das penas ao qual é de 30(trinta) anos, não podendo
ultrapassar esse período. Mesmo com edição da sumula, o texto da própria não é de plena
eficácia; encontramos alguns casos onde o inimputável já cumpriu o prazo máximo e mesmo
assim continua em poder do estado, como é o caso de chico picadinho e vamos tratar e um
momento mais oportuno

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