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Cadernos de Biogeografia
Técnicas de mensuração em espécies arbóreas
Volume 1
Azimute
© Direitos de publicação
Editora Azimute
Departamento de Geografia
Rua Roberto Simonsen, 305
Jardim Universitário
CEP:19060-900
CDD 910.02
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Sumário
Página
Introdução 5
1 – Antes de medir, algumas considerações 6
2 - Altura da árvore 12
3 – Diâmetro ou Circunferência à Altura do Peito 16
4 – Construção e leituras dos dados coletados 20
Referências 23
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Introdução
Bom estudo!
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1 – Antes de medir, algumas observações.
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Por conta disso, segue algumas conclusões de Couto e Bastos (1988) e
que devemos lembrar na hora do trabalho de campo:
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triângulos semelhantes, a partir de uma comparação. São exemplos de
instrumentos que usam o método geométrico: a prancheta dendrométrica, o
hipsômetro de Christen, o dendrômetro de Weise e o hipsômetro Haglof.
A Figura 1 ilustra os dois princípios citados.
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http://www.youtube.com/watch?v=dCYb0jU6O3o
http://www.youtube.com/watch?v=nAylKcMuf6k&feature=related
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5 – em outra extremidade prenda um pequeno peso. Isto servirá como pendulo.
Pode usar uma moeda ou mesmo uma pequena pedra. Como podemos ver
figura 3
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Lembrando que o Fuste é a parte principal do tronco de uma árvore, aquela
situada entre o solo e as primeiras ramificações.
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2 – A altura da árvore
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Sabendo que o coeficiente angular da tangente de 32º é
aproximadamente 0,661, que é multiplicada pela distância de 10,00 metros e
somada com os 1,65m da altura dos olhos do observador, chegaremos ao
resultado de que a árvore e questão terá 8,26m de altura.
Outro ponto que devemos saber é operar com o astrolábio. Na figura 5 é
possível visualizar a maneira que o observador usa o astrolábio no momento
da visada em direção ao ponto mais alto da copa da árvore.
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Uma vez aferido o ângulo, busque o coeficiente da tangente. Este valor
será aplicado na equação demonstrada anteriormente. É possível entender o
principio trigonométrico em questão ao observarmos a figura 4, pois o ângulo A
formado entre o pendulo e a visada para o ponto mais alto da copa da árvore
igual ao ângulo B, formado entre a visada da altura da copa e a visada para o
caule.
A figura 7 demonstra a maneira de se usar o astrolábio, a partir de uma
distância conhecida.
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Vamos aplicar o seu conhecimento?
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3 – Diâmetro ou Circunferência à Altura do Peito
No caso das árvores bifurcadas aos 1,30m, você terá que aferir o
diâmetro dos dois caules.
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3 – Árvore bifurcada abaixo dos 1,30m 4 – Árvore deformada nos 1,30m
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Para as árvores em rampa, deve-se medir a partir do ponto alto e o
mesmo para árvore inclinada.
Existem espécies em que a raiz ou sapopema1 é muito desenvolvida,
assim, recomenda-se medir acima da sapopema, como mostra o exemplo 7.
7 – Exemplar de Sapopema
1
Sapopema é uma árvore da família das Leguminosae, comum no ecossistema da Amazônia e
tem raiz tubular grande. Esta característica da raiz permite a estabilidade da planta que pode
chegar até 2 metros de altura.
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considerando a parte mais ampla ou larga e a mais estreita ou perpendicular à
primeira medição, a fim de obter uma média que estime melhor o valor do DAP
e;
b) quando é necessário medir muitos DAP's, a medida se faz
considerando o mesmo azimute, o que vale dizer que todas as árvores serão
medidas na mesma direção.
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4 – Construção e leituras dos dados coletados
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Ao construirmos o histograma de distribuição dos diâmetros, poderemos
fazer algumas inferências.
Uma primeira seria, quando a menor classe diâmetrica tem a maior
freqüência de indivíduos, pode indicar que a área em análise está em fase
inicial de estabelecimento ou até mesmo indicando uma perturbação como
desmatamento ou incêndio.
Outra interpretação é referente à ausência de indivíduos nas maiores
classes de diâmetro. Esta informação pode evidenciar que o ciclo de vida das
espécies que alcançariam diâmetros maiores não estaria se completando.
Assim, a possibilidade de abate seletivo dos indivíduos maiores e incêndios
ocorridos em outros momentos, o que teria eliminado os indivíduos de algumas
espécies que preencheriam essas classes.
Sugerimos a leitura complementar do trabalho Apontamentos de
Biogeografia em um remanescente de cerradão na fazenda Jatiuca, Brasilândia
– MS (2010) para ilustrar uma maneira de aplicar estes conhecimentos:
http://www.uniesp.edu.br/revista/revista9/pdf/artigos/08.pdf
Desta forma, quando se consegue organizar os dados é possível
formular hipóteses para explicar o comportamento da vegetação estudada.
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Referências
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