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Maceió
2018
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Maceió
2018
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RESUMO
A alta demanda por energia no mundo industrializado assim como os problemas cau-
sados pelo uso deliberado de combustíveis fósseis, fizeram necessária a busca por
fontes de energias renováveis. O biodiesel surgiu como uma alternativa ao Diesel,
combustível derivado do petróleo. Esse combustível alternativo pode ser produzido
diretamente a partir de óleo vegetal, gordura animal, banha e óleo residual de cozinha.
Óleo e gordura são basicamente triglicerídeos e ácidos graxos, e são convertidos em
biodiesel através do processo de transesterificação e esterificação. Atualmente, o
Brasil é o segundo maior produtor de Biodiesel do Mundo, perdendo apenas para os
EUA, com 51 usinas distribuídas em 13 estados, sendo 16 delas apenas no estado do
Mato Grosso. Essas usinas preferem processos de transesterificação contínuos aos
processos em batelada, devido a produção comercial em grande escala, pois esses
processos resultam em qualidade de produto consistente e baixo custo de capital e
operação por unidade de produto. O tipo mais comum de reator de fluxo contínuo
utilizado é o CSTR, Reator Tanque Agitado Contínuo, porém outros tipos podem ser
utilizados, como o PFR, Reator Tubular, que apresenta vantagens em relação ao
anterior. Neste trabalho foi avaliada a produção de Biodiesel a partir do óleo residual
de fritura do Restaurante Universitário da Universidade Federal de Alagoas, que
também passou por uma caracterização, em um reator batelada para análise da
cinética da reação e projeto de um reator tubular. Após o tratamento do óleo, foi
determinada a sua acidez, 1,4%, a viscosidade cinemática e a densidade para o
intervalo de temperatura de 30 a 60 °C e o teor de umidade, que resultou em 0,59%.
Na análise da cinética da reação de transesterificação, encontrou-se que a reação
seguiu um modelo de 3ª ordem, diferente do encontrado na literatura, com uma
constante de velocidade k = 0,09529 L²/mol²s. Utilizando estes dados, foi feita uma
análise preliminar de um reator tubular, que com um volume de 1.4 m³, pode produzir
37,30 L/min de biodiesel, sendo mais eficiente que um reator batelada, que para
produzir a mesma quantidade em 40 min de funcionamento, necessitaria ter um
tamanho de pelo menos 2 m³.
ABSTRACT
The high demand for energy in the industrialized world as well as the problems caused
by the deliberate use of fossil fuels have made it necessary to search for sources of
renewable energy. Biodiesel emerged as an alternative to diesel, petroleum-based
fuel. This alternative fuel can be produced directly from vegetable oil, animal fat, waste
cooking oil. Oil and fat are basically triglycerides and fatty acids and are converted to
biodiesel through the process of transesterification and esterification. Currently, Brazil
is the second largest producer of Biodiesel in the World, losing only to the US, with 51
plants distributed in 13 states, 16 of them only in the state of Mato Grosso. These
plants prefer continuous transesterification processes to batch processes due to large-
scale commercial production as these processes result in consistent product quality
and low capital cost and operation per unit of product. The most common type of
continuous flow reactor used is the CSTR, Continuous Stirred Tank Reactor, but other
types can be used, such as PFR, Plug Flow Reactor, which has some advantages over
the previous one. This work evaluated the production of Biodiesel from waste frying oil
of the Restaurant of the Federal University of Alagoas, which also underwent a
characterization, in a batch reactor to analyze reaction kinetics and design of a tubular
reactor. In the characterization process, its acidity, 1.4%, kinematic viscosity, density
and the moisture content, 0.59%, were determined. In the analysis of the kinetics of
the transesterification reaction, it was found that the reaction followed a third order
model, different from what can be found in the literature, with a rate constant k =
0.09529 L²/mol²s. Using this data, a tubular reactor was modeled with a volume of 1.4
m³, which can produce 37.30 L/min of biodiesel. This reactor is more efficient than a
batch reactor, that to produce the same quantity in 40 min of operation, would need to
have a size of at least 2 m³.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 6
2.1 Geral ................................................................................................................. 6
2.2 Específicos....................................................................................................... 6
3 REVISÃO BLIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 7
3.1 Cenário Energético Atual ................................................................................ 7
3.2 Biodiesel........................................................................................................... 8
3.2.1 Produção De Biodiesel No Mundo .............................................................. 9
3.2.2 Produção De Biodiesel No Brasil.............................................................. 10
3.2.3 Fontes Alternativas .................................................................................... 10
3.3 Reatores ......................................................................................................... 11
3.4 Modelos Cinéticos ......................................................................................... 11
3.5 Reator Contínuo Tubular .............................................................................. 14
4 METODOLOGIA ................................................................................................. 15
4.1 Caracterização Do Óleo De Fritura .............................................................. 15
4.1.1 Viscosidade Cinemática ............................................................................ 15
4.1.2 Densidade ................................................................................................... 17
4.1.3 Índice De Acidez ......................................................................................... 17
4.1.4 Umidade ...................................................................................................... 19
4.2 Produção De Biodiesel.................................................................................. 19
4.3 Caracterização Do Biodiesel Produzido ...................................................... 21
4.4 Determinação Da Cinética Da Reação ......................................................... 21
4.5 Projeto Do Reator Tubular ............................................................................ 22
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 25
5.1 Caracterização Do Óleo De Fritura .............................................................. 25
5.2 Produção De Biodiesel.................................................................................. 27
5.3 Caracterização Do Biodiesel Produzido ...................................................... 27
5.4 Determinação Da Cinética Da Reação ......................................................... 29
5.5 Avaliação Preliminar do Reator Tubular...................................................... 33
6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 37
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 38
5
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
3 REVISÃO BLIBLIOGRÁFICA
Figura 1: Consumo mundial das fontes de energia em milhões de tonelada equivalente de petróleo
Carvão Mineral
Renováveis
Hidroeletricidade
Energia Nuclear
Gás Natural
Petróleo
Esses tipos de combustíveis têm ligação direta com a emissão dos chamados
“gases de efeito estufa” e é consenso da comunidade científica há vários anos sua
influência no aumento da temperatura média da Terra, conhecido como aquecimento
global. É importante ressaltar, que este aquecimento pode ser catastrófico para as
regiões mais pobres do planeta.
Apesar de ainda muito pequena, a porcentagem de fontes de energia renováveis
vem aumentando bastante com o passar dos anos. No ramo dos transportes, temos
o etanol e o biodiesel, que podem substituir completamente os combustíveis fosseis,
ou serem misturados a estes.
8
3.2 Biodiesel
+ 3 ⇄ 3 +
+ ⇄ +
Triglicerídeos e Ácidos graxos podem estar juntos na matéria prima utilizada para
produzir biodiesel. A quantidade de ácido graxo em massa no óleo ou gordura é
9
determinada pelo Índice de Acidez. Um teor alto de ácido graxo pode indicar um
problema na produção, pois podem ocorrer reações paralelas de saponificação, que
ocorrem quando o catalisador básico é consumido pelo ácido graxo produzindo sabão
e água. Para evitar este problema, a esterificação é realizada como um pré-tratamento
e posteriormente é realizada a transesterificação.
Apesar da Figura 2 mostrar uma reação única, esta reação ocorre na verdade
em etapas, como mostrado na Figura 4.
+ ⇄ +
+ ⇄
+ ⇄
milhões de m³. O Brasil ocupa o segundo lugar onde em 2016 produziu 3,8 milhões
de m³. Estima-se que a produção mundial aumente em 14% até 2020 (DUDLEY,
2017).
A principal matéria prima das usinas é o óleo de soja, seguida de gordura animal.
Por ser de fácil plantio e colheita, esta oleaginosa possui o melhor custo benefício
para produção de Biodiesel.
Uma grande parte do mercado de óleos vegetais está hoje migrando do setor de
alimentos para o setor de energia. Essa tendência leva a discussões sobre a
possibilidade de conflitos entre essas duas cadeias e suas possíveis consequências
sociais e ambientais. Estes conflitos podem provocar um período de instabilidade no
mercado, gerando preços elevados e a busca por fontes alternativas.
É possível produzir biodiesel a partir de praticamente qualquer oleaginosa ou
gordura, seja ela utilizada diretamente após extração da matéria prima ou sendo
11
reutilizada após seu principal uso. É o caso do óleo de fritura. Quando falamos de óleo
de fritura doméstico, seu descarte é feito principalmente diretamente na pia, o que
gera problemas sérios de saneamento. Já no caso de restaurantes, existem leis que
obrigam os estabelecimentos a fazerem o descarte adequado desse material. Na
maioria destes estabelecimentos, cooperativa recolhem o óleo de fritura para
produção de sabão.
3.3 Reatores
1 𝑑𝑁𝐴
−𝑟𝐴 = − (1)
𝑉 𝑑𝑡
k1
T + A ⇄ B + D (3)
k2
k3
D + A ⇄ B + M (4)
k4
k5
M + A ⇄ B + G (5)
k6
k7
T + 3A ⇄ 3B + D (6)
k8
Onde:
T = Triglicerídeos;
D = Diglicerídeos;
M = Monoglicerídeos;
A = Álcool (Metanol);
B = Biodiesel;
13
G = Glicerol;
k1, k3, k5, k7 = Velocidades específicas das reações diretas;
k2, k4, k6, k8 = Velocidades específicas das reações inversas.
1 𝑑𝑁𝑇
−𝑟𝑇 = − = 𝑘1 𝐶𝑇 𝑡 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘2 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝐷 𝑑 (7)
𝑉 𝑑𝑡
1 𝑑𝑁𝐷
−𝑟𝐷 = − = 𝑘3 𝐶𝐷 𝑑 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘4 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝑀 𝑚 (8)
𝑉 𝑑𝑡
1 𝑑𝑁𝑀
−𝑟𝑀 = − = 𝑘5 𝐶𝑀 𝑚 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘6 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝐺 𝑔 (9)
𝑉 𝑑𝑡
1 𝑑𝑁𝑇
−𝑟𝑇 = − = 𝑘7 𝐶𝑇 𝑡 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘8 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝐺 𝑔 (10)
𝑉 𝑑𝑡
𝑑𝐶𝑇
−𝑟𝑇 = − = 𝑘1 𝐶𝑇 𝑡 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘2 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝐷 𝑑 (12)
𝑑𝑡
𝑑𝐶𝐷
−𝑟𝐷 = − = 𝑘3 𝐶𝐷 𝑑 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘4 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝑀 𝑚 (13)
𝑑𝑡
𝑑𝐶𝑀
−𝑟𝑀 = − = 𝑘5 𝐶𝑀 𝑚 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘6 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝐺 𝑔 (14)
𝑑𝑡
𝑑𝐶𝑇
−𝑟𝑇 = − = 𝑘7 𝐶𝑇 𝑡 𝐶𝐴 𝑎 − 𝑘8 𝐶𝐵 𝑏 𝐶𝐺 𝑔 (15)
𝑑𝑡
14
𝐹𝑖0 − 𝐹𝑖 + 𝑟𝑖 𝑑𝑉 = 0 (16)
Onde
𝐹𝑖0 = fluxo molar inicial do componente i;
𝐹𝑖 = fluxo molar final do componente i;
𝑑𝑉 = diferencial de volume.
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4 METODOLOGIA
𝜐 =𝐾∙𝑡 (17)
Onde
𝜐 = viscosidade cinemática em mm²/s
𝐾 = constante do viscosímetro (para o viscosímetro de 200, 𝐾 = 0,1125 𝑚𝑚2 /𝑠²)
𝑡 = tempo medido em segundos.
4.1.2 Densidade
𝑉 ∙ 𝑁 ∙ 28,2
𝐼𝐴 (%) = (18)
𝑚
Onde:
𝑉 = volume de hidróxido de potássio utilizado, em mL;
𝑁 = Normalidade da solução de hidróxido de sódio;
28,2 = massa molecular do ácido oleico dividido por 10;
𝑚 = massa de óleo de fritura utilizada, em g.
4.1.4 Umidade
Para esta reação foi utilizado um reator encamisado em batelada de 1,5 L, com
um agitador a 350 rpm, Figura 9. O óleo foi pré-aquecido até a temperatura de reação
no reator enquanto o catalisador foi dissolvido no metanol fora do reator. Após o óleo
atingir a temperatura, a mistura metanol e catalisador foi adicionada ao reator por uma
entrada superior, dando início à reação e iniciando o cronômetro.
𝑑𝐶𝑇
− = 𝑘𝐶𝑇 𝑛 (19)
𝑑𝑡
1. Reator ideal;
2. Reagentes serão misturados antes, porém entrará no reator sem ter havido
conversão de reagente em produto;
3. Reação ocorrerá na temperatura de 60 °C;
4. Densidade da mistura constante;
𝑑𝐹𝑖
= 𝑟𝑖 (20)
𝑑𝑉
𝐹𝑖 = 𝑣𝐶𝑖 (21)
𝑣𝑑𝐶𝑖
= 𝑟𝑖 (22)
𝑑𝑉
𝑉
𝜏= (23)
𝑣
𝑑𝐶𝑖
= 𝑟𝑖 (24)
𝑑𝜏
𝑑𝐶𝑇
= 𝑟𝑇 = −𝑘𝐶𝑇 𝑛 (25)
𝑑𝜏
24
𝐶𝑇0 𝑑(1 − 𝑋)
= −𝑘𝐶𝑇0 𝑛 (1 − 𝑋)𝑛 (26)
𝑑𝜏
𝑑𝑋
= 𝑘𝐶𝑇0 𝑛−1 (1 − 𝑋)𝑛 (27)
𝑑𝜏
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
norma, pode-se observar o aumento da acidez deste óleo para 1,4% devido a fritura.
O resultado encontrado está muito próximo do limite máximo indicado para não
realização de um pré-tratamento na produção de biodiesel, 1%, portanto o pré-
tratamento foi desconsiderado.
Por último foi feita a análise da quantidade de água presente no óleo. Com a
utilização da balança de secagem, o teor de umidade médio encontrado foi de
aproximadamente 0,59%. Para evitar que esta umidade afete a produção de biodiesel,
o óleo foi deixado em estufa a 60 °C por pelo menos 24 horas antes de ser transferido
para o reator.
t (s) X
40 0,5938
60 0,6992
120 0,7498
180 0,7823
240 0,8151
300 0,8192
600 0,8790
900 0,9427
1200 0,9813
1500 0,9825
1800 0,9620
2400 0,9626
Fonte: Autor (2018)
30
t (s) X CT (mol/L)
0 0,0000 0,8018
40 0,5938 0,3257
60 0,6992 0,2412
120 0,7498 0,2006
180 0,7823 0,1745
240 0,8151 0,1482
300 0,8192 0,1450
600 0,8790 0,0970
900 0,9427 0,0459
1200 0,9813 0,0150
1500 0,9825 0,0140
Fonte: Autor (2018)
𝑦 = 𝑎𝑥 𝑏 (29)
𝑑𝐶𝑇
− = 0,09458 ∗ 𝐶𝑇 2,967 (30)
𝑑𝑡
32
𝑑𝐶𝑇
− = 0,09529 ∗ 𝐶𝑇 3 (31)
𝑑𝑡
reação. Como isto não foi possível, o projeto do reator tubular a seguir é apenas uma
avaliação preliminar do seu funcionamento.
𝑑𝑋
= 0,09529𝐶𝑇0 2 (1 − 𝑋)3 (32)
𝑑𝜏
Neste projeto, encontrou-se que o reator atinge uma conversão de 93% no tempo
de 1665,76 s ou 27,76 min. Adotou-se o tempo espacial de 28 minutos, pois assim a
conversão final será maior que 93%. Utilizando a definição de tempo espacial,
estabeleceu-se uma relação entre o fluxo volumétrico e o volume do reator, Figura 14.
Para este valor, o volume do reator será de 1,4 m³. Através dos balanços materiais,
foi possível calcular os fluxos de óleo de fritura e biodiesel produzindo, para calcular
o rendimento em volume.
Parâmetro Valor
precisa ser retirada para evitar a saponificação com a acidez do óleo. O óleo tratado
será levado a um misturador, assim como metanol e catalisador, e entrarão no reator.
É possível adicionar uma unidade de recuperação de metanol após o reator e reutilizá-
lo, já que este é adicionado em excesso na alimentação. É necessário então separar
a fase de glicerol, que pode ser levada para purificação. A fase de biodiesel é lavada
para retirada de qualquer vestígio remanescente de metanol e glicerol. Ó óleo não
convertido é separado a água é retirada na forma de vapor do biodiesel, obtendo
índice de pureza de aproximadamente 99%.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALAM, Md. Jahangir; SHAWON, Sk. Md. Ali Zaker; SULTANA, Marzia. Kinetic study
of biodiesel production from soybean oil. Power And Energy Systems: TOWARDS
SUSTAINABLE ENERGY, 2014
ASTM D5555-95 (2017) Standard Test Method for Determination of Free Fatty
Acids Contained in Animal, Marine, and Vegetable Fats and Oils Used in Fat
Liquors and Stuffing Compounds, ASTM International, West Conshohocken, PA,
2017
ASTM D7777-13 Standard Test Method for Density, Relative Density, or API
Gravity of Liquid Petroleum by Portable Digital Density Meter, ASTM
International, West Conshohocken, PA, 2013
DUDLEY, Bob. BP statistical review of world energy. June 2017. London, UK,
2017.
KNOTHE, Gerhard; KRAHL, Jürgen; VAN GERPEN, Jon (Ed.). The biodiesel
handbook. Elsevier, 2015.
LI, Si-Yu. UCOON’S general small batch recipe for making Biodiesel. Dept. of
Chemical Engineering. University of Connecticut. 2008
MUNSON, Bruce R. et al. Fundamentals of fluid mechanics. John Wiley & Sons,
2014.