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voluntariamente coabitarem como homem e mulher, o matrimônio foi com isso novamente Mt 5.

27-32 - Do adultério
unificado e a parte inocente perde o direito de mais cedo ou mais tarde buscar obter o divórcio.1Co
6.15 Moisés era legislador do povo de Israel. Nem todos no povo eram tementes a Deus e não
10. A Igreja cristã não proíbe a parte inocente contrair novo matrimônio, nem ao cônjuge deram ouvidos à lei, pois havia entre eles hipócritas e incrédulos, mesmo sendo as leis rigorosas com
culpado que obteve o divórcio por causa de adultério ou deserção maliciosa. Deuteronômio, Mateus punição até por apedrejamento, isto é, pena de morte a infratores da lei. Por isso, Moisés criou a carta
5.32; 19.9; 1 Coríntios 7.15,27,28. de divórcio, para impor certa ordem àqueles que não temiam a Deus e não tinham fé. (Dt 24.1-4) O
homem, que despedia sua esposa por qualquer motivo, tinha que dar à esposa repudiada uma carta
11. Se o divórcio ou separação foi obtido por uma razão não bíblica, nenhum dos cônjuges de divórcio. Esta lei governamental, em tempos de decadência, foi interpretada da forma mais liberal
deve casar novamente, mas buscar a reconciliação e restauração de sua união matrimonial. 1 possível. Um homem tinha o direito de mandar sua esposa embora por qualquer motivo. Jesus expõe
Coríntios 7.10-11. isto a seus ouvintes e diz que não era assim desde o princípio. Quando Deus instituiu o matrimônio,
12. Se um dos cônjuges separados por um motivo não bíblico, casar com outra pessoa, este ele não criou uma opção ou um espaço para o divórcio. Por isso Jesus sublinha: Portanto, o que Deus
ato dissolve a união legítima. E este cônjuge tornou-se culpado do pecado de adultério.* Quem casar ajuntou não o separe o homem. Em outras palavras, não existe razão para que filhos de Deus, um
com tal divorciado ou separado por um motivo não bíblico também comete adultério. A parte inocente, casal temente a Deus, possa vir a se separar. O divórcio não é o caminho para se resolver problemas
neste caso, está livre. *Adultério é um pecado grosseiro da carne e merece a condenação eterna, matrimoniais. Se o matrimônio de uma família cristã entrar em crise, o amor e o relacionamento mútuo
se a pessoa disso não se arrepender. (Êx 20.14,17; Hb 13.4; 1Co 6.9-10; Gl 5.19; Ef 5.5; Ap 21.8; esfriarem, o problema está na fé cristã, que está morrendo. Os dois estão deixando de ouvir e falar
22.15) com Deus. Este casal precisa voltar a ouvir a Deus e deixar guiar-se por Deus ao arrependimento e à
fé, da qual brotará o amor de um para com o outro, para a restauração e renovação de sua vida
13. Se os cônjuges são membros de uma Congregação cristã, a parte culpada no divórcio matrimonial.
deve ser tratada conforme os princípios evangélicos da disciplina cristã. Mateus 18.15-18; 1 Coríntios
5; 1 Timóteo 5.20; Gálatas 2.11-14. Por isso Jesus afirma: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu
repudiar vossas mulheres. Esta dureza do coração não é outra coisa do que incredulidade. Um dos
14. A parte culpada num divórcio, se penitente, deve corrigir sua vida pelo pedir perdão ao seu dois ou os dois caíram da fé. Portanto, não existe “um divórcio sem pecado”. Isto também fica muito
ex-cônjuge e à congregação cristã. Se a parte culpada ainda não casou de novo, deve procurar a claro nas palavras de Jesus no sermão do monte: Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher,
reunificação com seu ex-cônjuge. Se este (a parte inocente) ainda não casou novamente e está dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de
disposto a recebê-lo de volta e se reconciliar. Se a parte inocente da união original morreu, casou ou adultério, a expõe a tornar-se adultera; e aquele que casar com a repudiada, comete adultério. (Mt
recusa a reunificação, então a parte penitente, está livre para cassar novamente sem o estigma de ser 5.31,32) Jesus não admite o divórcio para filhos de Deus, exceto em caso de sofrerem o divorcio,
um adúltero. quando um dos cônjuges quebra a união pelo adultério. Ora, adultério não é um pecado de fraqueza.
Se a parte culpada no divórcio do matrimônio original vier a se arrepender após estar casado É um pecado proposital, que deveria ser castigado no Antigo Testamento por apedrejamento. (Dt
pela segunda vez, não há razão bíblica para rotular a segunda união como adultério. Ela também não 22.20-26) Não temos, no entanto, nenhum exemplo de que este lei tenha sido executada. O apóstolo
precisa ser dissolvida, visto que a parte culpada, agora se arrependeu, mesmo estando casado com Paulo reflete o mesmo espírito ao escrever: Não sabeis que os vossos corpos são membros de
uma pessoa com a qual não tinha o direito de casar, pois estava divorciada por uma razão não bíblica. Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz?
A segunda união dissolveu, permanentemente, a primeira aos olhos de Deus (Veja tese 12ª). Por Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta, forma um só corpo com
outro, a Bíblia proíbe, especificamente, após um segundo casamento o retorno à primeira mulher ela? Porque, como se diz: serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um
(Tese 3ª) Rm 7.1-3; 1 Co 7.10-11, 27 espírito com ele. Fugi da impureza! (1 Co 6.15-18)
15. A parte culpada num divórcio, se sinceramente arrependida, que corrigiu sua vida, deve Jesus ainda vai mais longe. Ele levanta a pergunta sobre um novo casamento do desquitado
ser completamente perdoada e recebida de volta na Congregação cristã com todos os direitos e (pressuposto que são dois cristãos que não tem o direito de se separarem) e responde: Não! Pois,
privilégios. João 8.11; 2 Samuel 12.13; 2 Coríntios 2.6-8. quem casar com a repudiada, comete adultério. Ele passa a viver com alguém, com quem não tem o
direito de conviver. A separação temporária visa a reconciliação.
16. O pastor cristão não oficiará na cerimônia de casamento de pessoas que evitaram todo
tratamento cristão em relação ao casamento, que divorciaram de forma não cristã. A não ser que Princípios Bíblicos sobre Casamento e Divórcio:
sejam penitentes e que seu primeiro cônjuge tenha falecida, cassou ou recusa permanecer com ele. 1 a) Cristãos, enquanto na fé em Cristo, não cogitam da possibilidade de divórcio para
Timóteo 5.22; Ezequiel 3;17-20; Efésios 5.11. solucionar seus problemas matrimoniais. Eles foram unidos por Deus e juraram fidelidade um ao outro.
17. A melhor maneira de se evitar a tragédia do divórcio é quando cônjuges cristãos tomarem b) Divórcio de cristãos. Em caso de um casal cristão se divorciar, isto sempre implica no fato
a sério a admoestação bíblica de que marido e mulher devem amar um ao outro e reconhecer sua de um ou os dois terem caído ou enfraquecido da fé, quer seja por causa de adultério ou um apartar-
responsabilidade sexual própria dada por Deus na vida e no matrimônio. Efésios 5.22-31; Tt 2,3-5; 1
Pedro 3.1-7; Colossenses 3.12-19.
se maliciosamente. Neste caso, a parte inocente permanece membro da comunidade, a parte culpada 2. O divórcio é justificado (endossado, aprovado, sancionado) aos olhos de Deus somente
precisa ser disciplinada. com base na Escritura. Sob a base da Escritura, no entanto, na maioria dos casos, o divórcio não é
ordenado, nem encorajado. Divórcio sob outra base do que a Escritura, por exemplo, o
c) Soluções. Quando a união matrimonial foi quebrada por adultério de uma das partes ou
pronunciamento legal da autoridade civil de que o matrimônio foi quebrado em base não bíblica, tem
por abandono malicioso, as soluções podem ser: 1) No caso de adultério, a parte culpada cai em si, se
sido tolerada por Deus por causa da perversidade e obstinação humana.
arrepende e pede perdão. A parte inocente pode perdoar e aceitar o cônjuge de volta, o que é
recomendado. Isso, no entanto, dependerá da boa vontade da parte inocente. Ela poderá também 3. A lei de Moisés no Antigo Testamento que permitia o divórcio por “qualquer motivo” de
perdoar e não aceitar o cônjuge faltoso de volta, isto é, solicitar o divórcio, conforme a afirmação de impureza (incluindo qualquer impropriedade), foi por causa da “dureza do coração” do povo de Israel.
Jesus, (Mt 19.9) por ser uma relação mui íntima. 2) Em caso de abandono malicioso, espera-se por A lei de Moisés também permitia um novo casamento de ambos os cônjuges envolvidos num divórcio,
um tempo (talvez um ano, depende das leis do país), a espera de uma possível reconciliação. Não mas proibia, após o segundo divórcio, retornar ao primeiro cônjuge. Dt 24.1-4; Mt 5.31; 19.7-8; Mc
havendo reconciliação, a parte que repudiou deve ser declarada incrédula, pois endureceu seu 10.2-5.
coração contra a palavra de Deus. E o cônjuge que sofreu o abandono, estará livre para um novo
4. No Novo Testamento, Jesus mostrou que Deus não aprova o divórcio, exceto se alguém o
casamento.
sofre por causa da infidelidade, fornicação e adultério do seu cônjuge, ou qualquer relacionamento
d) Arrependimento. Quando, após um tempo, a parte culpada, cai em si e reconhece seu sexual imoral e contrário à lei matrimonial como por exemplo: homossexualismo, incesto, prostituição,
erro, se arrepende e volta à fé em Cisto, o que fazer? Importa que o manifeste à Comunidade e para a bestialidade, etc. Nestes casos o divórcio pode ser requerido e um novo casamento é possível.
pessoa a qual abandonou, pedindo perdão. Estando o caminho para refazer o matrimônio fechado, Mateus 5.32; 19.9.
isto é, a pessoa não aceita o adúltero de volta, ou porque a pessoa inocente já está em vias ou
5. O apóstolo Paulo, por inspiração divina, enfoca uma outra pergunta no assunto divórcio, o
contraiu novo casamento, a parte culpada, arrependida, poderá contrair novo casamento.
abandono malicioso* por parte de um dos cônjuges. 1 Coríntios 7.12-15 * “Abandono Malicioso” não
Aplicação. O que dizem essas palavras, hoje, para nós? a) Cabe-nos instruir bem nossos é, especificamente, uma causa para o divórcio, mas o próprio ato do divorcio – a dissolução do laço
jovens e nossa Comunidade sobre esse assunto. Será que eles sabem enfrentar crises matrimoniais? matrimonial. Deserção maliciosa consiste em um dos cônjuges se recusar persistentemente a viver
Que tipo de ajuda precisam? Basta correr simplesmente a psicólogo, ou precisam de auxílio espiritual? como homem ou mulher com seu cônjuge. Mas precisamos ter certos cuidados, visto que separação
Pois mesmo que estes se chamem de cristãos, normalmente predominam neles as teorias temporária por causa de doença, prisão, trabalho, guerra, deportação, etc. não é deserção maliciosa.
psicológicas. Precisamos de estudos bíblicos à disposição para que nossos membros possam, pela Persistente recusa, no entanto, de dar o direito conjugal ou não dar a devida benevolência por
leitura, conhecer o que a Bíblia diz sobre o assunto. E mostrar o que Deus uniu não o separe o estúpida resistência não acidental ou por motivos de doença, representam uma deserção do voto
homem, pois a união matrimonial é uma união vitalícia. Não é em vão que ao Jesus afirmar isso, até matrimonial. Pois um dos principais propósitos do matrimônio é o intercurso sexual legítimo, negá-lo
os discípulos estranharam e disseram: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, persistentemente é deserção maliciosa (1 Co 7.1-5). Persistente crueldade física e violência também
não convém casar (Mt 19.10). b) Estar atento aos problemas e ter cuidado no trado e no tornam a convivência da coabitação marital impossível e isto constitui deserção maliciosa.
aconselhamento a casais em crise e diante do divórcio, fazendo tudo para evitá-lo. E dizer à parte que
6. Todos os outros argumentos e/ou motivos para o divórcio fora da fornicação e abandono
causa o divórcio que realmente caiu da fé, e que quem casar com a repudiada, comete adultério. c)
malicioso não são reconhecidos pela Igreja cristã, tais como: um não suporta mais ao outro,
Instruir com mais profundidade pessoas divorciadas que vêm à Comunidade em busca da cerimônia
bebedeiras, diferença religiosa (de outra denominação) vagabundagem, grande negligência, crueldade
religiosa.
mental, prisão, insanidade, doença contagiosa ou repugnante, doença incurável, condenação por
crime, perda do amor, desapontamento das aspirações e esperanças matrimoniais,
Afirmações com aplicação prática sobre Divórcio e Novo Casamento incompatibilidades. Tais motivos não são reconhecidos pela igreja cristã como válidos ou motivos
Rev. Jeffrey C. Kinery, Grace Ev. Luth. Church Brownwood, Texas - Tradução e adaptação: bíblicos para o divórcio.
Horst R. Kuchenbecker
7. No caso de um dos cônjuges ter cometido infidelidade sexual (fornicação) ou abandono
Em todos os tempos a Igreja precisou reafirmar sua posição a esse respeito e isto não malicioso e persistir nisso sem arrependimento, não buscando perdão nem reconciliação, o cônjuge
baseado nas idéias inconstantes de pessoas, nem conforme os ditames da sociedade e da cultura na inocente pode (não que precisa faze-lo) buscar obter o divórcio legal para atestar que o cônjuge infiel
qual vivemos, mas unicamente baseado na imutável e inerrante autoridade da Palavra de Deus: O dissolveu a união matrimonial por sua infidelidade. Mateus 1.19.
conselho do Senhor dura para sempre, os desígnios do seu coração por todas as gerações. Sl 33.11 8. Na maioria dos casos pastores cristãos insistem no perdão e na reconciliação se isto for
As teses que seguem representam a posição da Escritura Sagrada sobre a questão do possível. Pois, na maioria das vezes, ambos as partes têm certa culpa em grau maior ou menor, que
divórcio e do novo casamento. levaram uma união ao divórcio. É muito raro uma das partes ser totalmente inocente num divórcio. 1
Coríntios 7.10,11.
1. O matrimônio, como instituído por Deus, é uma união vitalícia, contraída por esponsais
legítimos, entre um homem e uma mulher para uma só carne, até que a morte os separe. Mateus 9. Se ambos os cônjuges numa união são culpados de fornicação, eles perdem o direito de
19.3-6; Marcos 10.6-9; Romanos 7.1-3; 1 Coríntios 7.5. buscarem o divórcio. Se após a descoberta da infidelidade, do adultério o casal consente em

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