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Manual de Legislação

Versão 2018
Vol. I
Obs:atualizado em 14.06.18

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Produtos farmacêuticos e correlatos que poderão ser
comercializados pelos estabelecimentos em supermercados
LEI Nº16.322 DE 18/12/2009 ............................. 6 e similares. ..................................................................... 81
Dispõe que é de responsabilidade das indústrias
RESOLUÇÃO Nº 225 DE 15/04/1999 .................... 82
farmacêuticas, das empresas de distribuição de
Aprovar Norma Técnica que determina aos
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores,
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias
darem destinação final e adequada aos produtos que
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a
estejam com prazos de validade vencidos ou fora de
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de
condições de uso. .............................................................. 6
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle
LEI Nº 17.211 DE 03/07/2012 ............................ 8 Especial (BMPO). .......................................................... 82
Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos
RESOLUÇÃO Nº 226 DE 15/04/1999 .................... 84
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus
Aprovar Norma Técnica que orienta sobre as condições
procedimentos. .................................................................. 8
técnicas, físicas e sanitárias necessárias para a abertura, o
LEI Nº 17.733 DE 29/10/2013 .......................... 10 funcionamento e a dispensação de medicamentos em
Súmula: Dispõe sobre o comércio de artigos de farmácias e/ou drogarias instaladas dentro de
conveniência. .................................................................. 10 supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência
LEI Nº 18.925 DE 15/12/2016 .......................... 11 e “drugstore”. ................................................................ 84
Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios
RESOLUÇÃO Nº 166 DE 06/07/2011 .................... 86
de estética. ...................................................................... 11 Trata da proibição da comercialização de medicamentos
LEI N° 13.454, DE 23/06/2017 ....................... 12 de saúde destinados exclusivamente ao Sistema Único de
Autoriza a produção, a comercialização e o consumo, sob Saúde .............................................................................. 86
prescrição médica, dos anorexígenos sibutramina,
RESOLUÇÃO Nº 062 DE 31/01/2013 ................... 87
anfepramona, femproporex e mazindol. ......................... 12 Define a forma e modelo do conteúdo das Bulas
DECRETOS ESTADUAIS ................................13 Magistrais....................................................................... 87
RESOLUÇÃO Nº 590 DE 05/09/2014 .................... 96
DECRETO Nº 4.154 DE 28/12/2004 .................... 13 Estabelece a Norma Técnica para abertura,
Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção e funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias de
Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais ............. 13 farmácias e drogarias no Paraná................................... 96
DECRETO Nº 9.213 DE 23/10/2013 .................... 19 RESOLUÇÃO N° 203 DE 30/05/2016 ............. 121
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de 2012, que Dispõe sobre a individualização (fracionamento) e
dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos comercialização de cápsulas moles de alimentos para fins
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus especiais pelas farmácias com manipulação no âmbito do
procedimentos, e dá outras providências. - SEMA. ........ 19 Estado do Paraná. ........................................................ 121
PORTARIAS ......................................................23 RESOLUÇÃO N° 473 DE 28/11/2016 ............. 128
Estabelece Norma Técnica referente as condições físicas,
PORTARIA N.º 344 DE 12/05/1998 ..................... 23 técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e administração de vacinas em estabelecimentos
medicamentos sujeitos a controle especial ..................... 23 farmacêuticos privados no Estado Paraná. ................. 128
PORTARIA Nº 802 DE 08/10/1998 ...................... 56
Institui o Sistema de controle e fiscalização em toda cadeia RESOLUÇÕES DA ANVISA ...........................134
de produtos farmacêuticos .............................................. 56 RDC Nº 320 DE 22/11/2002 ........................... 134
PORTARIA Nº 2.814 DE 28/05/1998 ................... 62 Procedimentos para Distribuidores de Produtos
Estabelece procedimentos a serem observados pelas Farmacêuticos .............................................................. 134
empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e do RDC Nº 306, DE 7/12/2004 ............................ 134
comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
caráter de urgência, da identidade e qualidade de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. ........ 134
medicamento, objeto de denúncia sobre possível RDC N° 199, DE 01/07/2005 .......................... 136
falsificação, adulteração e fraude. ................................. 62 Terceirização da atividade de armazenamento para fins
PORTARIA Nº 06 DE 29/01/1999 ........................ 64 exclusivos de exportação .............................................. 136
Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º 344 RDC Nº. 302 DE 13/10/2005. ........................ 139
de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento Dispoe sobre regulamento técnico para funcionamento de
Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a Laboratórios Clínicos................................................... 139
controle especial. ............................................................ 64
RDC N° 80, DE 11/05/2006 ............................ 147
RESOLUÇÕES ESTADUAIS ............................78 Dispões sobre o fracionamento de medicamentos ........ 147
RDC Nº 199, DE 26/10/ 2006 ........................ 158
RESOLUÇÃO Nº 21 DE 1992 .................................. 78 Dispões sobre a notificação simplificada de medicamentos
Norma Técnica Especial para abertura de postos de ...................................................................................... 158
medicamentos no Estado do Paraná............................... 78
RDC Nº. 204 DE 14/11/2006. ......................... 226
RESOLUÇÃO Nº 81, DE 01/09/1992 ..................... 81

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Dispõe sobre o cumprimento das Boas Práticas de Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso
...................................................................................... 226 sob prescrição, isoladas ou em associação. ................. 398
RDC Nº 16, DE 02/03/2007 ............................ 243 RDC Nº 24, DE 14 DE JUNHO DE 2011 ........... 403
Regulamento técnico para medicamento genérico ....... 243 Dispõe sobre o registro de medicamentos específicos. 403
RDC Nº. 17, DE 02/03/2007. .......................... 244 RDC Nº 17 DE 28/03/2013 ............................ 416
Dispõe sobre o registro de medicamento similar e dá Dispõe sobre os critérios para peticionamento de
outras providências. ..................................................... 244 Autorização de Funcionamento (AFE) e de Autorização
(Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 de outubro Especial (AE) de farmácias e drogarias. ...................... 416
de 2014, com exceção dos itens 1 e 2, VI, do Anexo) ... 244 RDC Nº 16, DE 01/04/2014 ........................... 420
RDC Nº. 25, DE 29/03/2007 ........................... 245 Dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de
Dispõe sobre a Terceirização de etapas de produção, de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização
análise de controle de qualidade e de armazenamento de Especial (AE) de Empresas. ......................................... 420
medicamentos. .............................................................. 245 RDC Nº 22, DE 29/04/2014 ........................... 426
RDC Nº 26, DE 30/03/2007 ............................ 249 Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Dispõe sobre o registro de medicamentos dinamizados Produtos Controlados –SNGPC, revoga a Resolução de
industrializados homeopáticos, antroposóficos e anti- Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, e dá
homotóxicos. ................................................................. 249 outras providências. ..................................................... 426
RDC Nº 58 DE 05/09/2007 ............................. 265 RDC N° 26 DE 13/05/2014............................ 431
Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e fiscalização Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o
de substâncias psicotrópicas anorexígenas e dá outras registro e a notificação de produtos tradicionais
providências.................................................................. 265 fitoterápicos. ................................................................. 431
NOTA TÉCNICA Nº. 038 – CPCON / GGFIS / RDC N° 50, DE 25/09/2014........................... 453
SUCOM / ANVISA .......................................... 267 Dispõe sobre as medidas de controle de comercialização,
Assunto: Esclarecimentos sobre os efeitos do Decreto prescrição e dispensação de medicamentos que contenham
Legislativo que susta a Resolução da Diretoria Colegiada as substâncias anfepramona, femproporex, mazindol e
nº 52, de 6 de outubro de 2011 ..................................... 267 sibutramina, seus sais e isômeros, bem como
RDC Nº. 67, DE 8/10/2007 ............................. 268 intermediários e dá outras providências. ..................... 453
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de RDC Nº 58, DE 10/10/2014 ........................... 457
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à Anvisa
farmácias. ..................................................................... 268 pelos titulares de registro de medicamentos para a
RDC Nº 96, DE 17/12/2008 ............................ 300 intercambialidade de medicamentos similares com o
Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e medicamento de referência........................................... 457
outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou RDC N°98, DE 01/08/2016 ........................... 458
promoção comercial de medicamentos. ........................ 300 Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o
RDC Nº 44, DE 17/08/2009 ............................ 310 enquadramento de medicamentos como isentos de
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob
controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da prescrição, e dá outras providências. .......................... 458
comercialização de produtos e da prestação de serviços INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 11, DE
farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras 29/09/2016 461
providências.................................................................. 310 Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº 9, DE prescrição. .................................................................... 461
17/08/2009. 320 RDC Nº 133, DE 15/12/16 ............................. 465
Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
dispensação e comercialização em farmácias e drogarias. 50/14, que dispõe sobre as medidas de controle de
...................................................................................... 320 comercialização, prescrição e dispensação de
RDC N° 60 DE 26/11/2009 ............................. 324 medicamentos que contenham as substâncias
Dispõe sobre a distribuição de Amostra Grátis no país324 anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus
RDC Nº 71, DE 22/12/2009 ............................ 327 sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras
Dispões sobre os rótulos de todos os medicamentos providências. ................................................................ 465
registrados e comercializados no Brasil ....................... 327 RDC Nº 145, DE 21/03/2017 ......................... 466
RDC Nº 17 DE 16/04/2010 ............................ 340 Proíbe em todo o território nacional a fabricação,
Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de importação e comercialização, assim como o uso em
Medicamentos. .............................................................. 340 serviços de saúde, dos termômetros e esfigmomanômetros
RDC Nº 10, DE 21/03/2011 ........................... 396 com coluna de mercúrio. .............................................. 466
Dispõe sobre a garantia da qualidade de medicamentos RDC Nº 197, DE 26/12/2017 ......................... 467
importados e dá outras providências. ........................... 396 Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento
RDC Nº 20, DE 05/05/2011 ........................... 398 dos serviços de vacinação humana. ............................. 467
RDC Nº 200, DE 26/12/2017. ........................ 470

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Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação do
registro de medicamentos com princípios ativos sintéticos
e semissintéticos, classificados como novos, genéricos e
similares, e dá outras providências. ............................. 470
RDC Nº 222, DE 28/03/2018 .......................... 481
Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
...................................................................................... 481

5
Leis Estaduais drogarias e drugstores, ocorrerá através de seus
fornecedores diretos, especialmente as distribuidoras de
medicamentos, que serão responsáveis solidários pela
Lei nº16.322 de 18/12/2009 substituição ou ressarcimento dos medicamentos vencidos.
(D.I.O.E de 18/12/ 2009)
Art. 5º. A destinação, substituição ou ressarcimento dos
Dispõe que é de responsabilidade das indústrias medicamentos vencidos é obrigatória para todos os
farmacêuticas, das empresas de distribuição de fabricantes de medicamentos, independente do seu
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores, domicílio.
darem destinação final e adequada aos produtos que
estejam com prazos de validade vencidos ou fora de Art. 6º. A partir do dia que expirar o prazo de validade dos
condições de uso. medicamentos, as farmácias/drogarias/drugstores e
distribuídoras informarão ao seu fornecedor direto, por
A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e meio eletrônico, fax símile, carta registrada ou qualquer
eu sanciono a seguinte lei: outro meio formalmente comprovável, a lista de
medicamentos que tenham seus prazos de validade
Art. 1º. É de responsabilidade das indústrias vencidos a fim de que sejam tomadas as medidas
farmacêuticas, das empresas de distribuição de determinadas por esta lei.
medicamentos e das farmácias, drogarias e drugstores § 1º. No prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar do
darem destinação final e adequada aos produtos que recebimento das informações de que trata o ―caput‖ deste
estiverem sendo comercializados nestes estabelecimentos artigo, os fabricantes ou as empresas de distribuição de
no Estado do Paraná, que estejam com seus prazos de medicamentos providenciarão o recolhimento dos produtos
validade vencidos ou fora de condições de uso. para a destinação legalmente aplicável a cada caso.
§ 1º. Para efeito desta lei, considera-se farmácia o § 2º. Os medicamentos serão devolvidos pelas
estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e farmácias/drogarias/drugstores ao seu fornecedor direto
oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos (distribuidor ou industria de medicamentos) mediante a
farmacêuticos e correlatos. emissão de nota fiscal de devolução, discriminados um a
§ 2º. Para efeito desta lei, considera-se drogaria o um, onde constará a relação dos medicamentos devolvidos,
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, com protocolo de recebimento, para posterior substituição
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas ou ressarcimento.
embalagens originais. § 3º. A substituição a que se refere o artigo 3º pelas
§ 3º. Para efeito desta lei, considera-se drugstore o indústrias farmacêuticas dos medicamentos cujos prazos de
estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não, validade expirem em poder das farmácias e das empresas
comercializa diversas mercadorias, com ênfase para de distribuição dar-se-á no prazo máximo de 15 (quinze)
aquelas de primeira necessidade, dentre as quais alimentos dias, a partir da notificação do detentor do estoque.
em geral, produtos de higiene e limpeza e apetrechos § 4º. Caso o medicamento cuja devolução seja devida não
domésticos, podendo funcionar em qualquer período do dia seja mais fabricado, fica a indústria farmacêutica obrigada
e da noite, inclusive nos domingos e feriados. a restituir a farmácia/drogaria/drugstore ou ao distribuidor,
§ 4º. Para efeito desta lei, considera-se empresa de as quantias pagas, monetariamente corrigidas.
distribuição aquela que fornecer insumos e medicamentos
às farmácias, drogarias e drugstores. Art. 7º. Considera-se antecipadamente vencido o
§ 5º. Para efeito desta lei, considera-se indústria medicamento cuja posologia não possa ser inteiramente
farmacêutica o fabricante de medicamentos e insumos efetivada no prazo de validade ainda remanescente.
necessários à sua manipulação.
Art. 8º. A inobservância dos dispositivos constantes na
Art. 2º. Os medicamentos cujos prazos de validade presente lei, sujeitará os infratores as penalidades previstas
venham a expirar em poder das farmácias e das empresas na Legislação Sanitária e Ambiental vigentes.
de distribuição de medicamentos serão imediatamente
recolhidos pelo fornecedor direto do medicamento Art. 9º. A atividade que tenha por objetivo a destinação
(distribuidor ou indústria). final dos medicamentos vencidos ou fora de condições de
uso, a ser exercida no território do Estado do Paraná, deve
Art. 3º. É assegurado às farmácias/drogarias/drugstores e ser submetida a prévia análise e licenciamento ambiental
distribuidoras a substituição do medicamento vencido do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, de conformidade
recolhido, por parte do seu fabricante, ficando o custo a com as normas ambientais vigente.
cargo único e exclusivo da indústria farmacêutica.
Parágrafo único. exclui-se do caput desse artigo os Art. 10. A fiscalização da presente lei fica a cargo dos
medicamentos vencidos que ultrapassarem o prazo de 60 órgãos que compõem o Sistema de Vigilância Estadual e
(sessenta) dias do seu vencimento. Municipal do Estado do Paraná.
Art. 11. Esta lei entrará em vigor na data de sua
Art. 4º. A substituição dos medicamentos vencidos, a
publicação, ficando revogada a Lei nº 13.039/01.
cargo da indústria farmacêutica, no caso das farmácias,
6
PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 18 de
dezembro de 2009.

Roberto Requião
Governador do Estado
Gilberto Berguio Martin
Secretário de Estado da Saúde
Rafael Iatauro
Chefe da Casa Civil
Nelson Justus
Deputado Estadual

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Lei nº 17.211 de 03/07/2012 encaminhamento dessas embalagens aos distribuidores,
fabricantes ou importadores responsáveis pela coleta e
Dispõe sobre a responsabilidade da destinação dos transporte para o correto tratamento final.
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e seus § 1º É proibido o esvaziamento ou reembalagem dos
procedimentos. produtos coletados durante todas as fases do processo,
desde a coleta e transporte interno e externo até o
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e tratamento e/ou destino final estabelecido pelas empresas
eu sanciono a seguinte lei: responsáveis por essas etapas do processo.
Art. 1º Todo o resíduo de medicamentos contendo § 2º Os estabelecimentos relacionados no art. 2º podem
produtos hormonais, antimicrobianos citostáticos, optar pelo encaminhamento dos resíduos coletados
antineoplásicos, imunossupressores, digitálicos, diretamente para as unidades de tratamento ou disposição
imunomoduladores, antirretrovirais, anti-inflamatórios, final devidamente licenciadas na forma da Lei.
corticoides e seus derivados, em especial, e todos os Art. 5º Os estabelecimentos responsáveis pelo recebimento
demais medicamentos de uso humano ou veterinário, dos produtos relacionados na presente Lei procederão às
deverá ter seu descarte e destinação final conforme a alterações nos respectivos Planos de Gerenciamento de
presente Lei. Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, incorporando as
Art. 2º As empresas fabricantes, importadoras, etapas necessárias para o correto atendimento do disposto
distribuidoras e revendedoras dos produtos descritos no art. nesta Lei.
1º da presente Lei ficam responsáveis por dar a destinação Parágrafo único. O Responsável Técnico pelo PGRSS
adequada a esses produtos, mediante procedimentos de será o RT do estabelecimento em questão.
coleta, reciclagem (embalagens), tratamento e disposição Art. 6º Após a entrega, pelos usuários, dos medicamentos
final. aos pontos de coleta, estes informarão às empresas
§ 1º As empresas descritas no caput deste artigo ainda distribuidoras, revendedoras ou fabricantes e importadoras
devem prestar assistência aos estabelecimentos que as quantidades (em kg) dos produtos recebidos juntamente
comercializam ou distribuem esses produtos. com cópia da respectiva nota de recebimento emitida pela
§ 2º É vedado o reuso de medicamentos descartados na empresa responsável pela coleta, a fim de que sejam
forma desta Lei para uso humano e veterinário. tomadas as medidas determinadas pela presente Lei.
Art. 3º Os estabelecimentos que comercializam ou § 1º No prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir
distribuem os produtos mencionados no art. 1º desta Lei, da publicação da presente Lei, os responsáveis pelos
incluindo nesse rol as drogarias, farmácias, farmácias de estabelecimentos definidos nos termos desta Lei,
manipulação, farmácias veterinárias e lojas de produtos providenciarão o recolhimento dos produtos para a
animais, serviços públicos de saúde, os hospitais, as destinação final aplicável a cada caso.
clínicas e os consultórios médicos ou odontológicos que § 2º Todos os estabelecimentos abrangidos pela presente
comercializarem ou distribuírem medicamentos ou Lei manterão registros escritos dos volumes e massas
produtos relacionados no art. 1º, os hospitais, clínicas e coletadas, notas de transporte e de tratamento e/ou
consultórios veterinários que comercializarem ou destinação final para verificação das autoridades
distribuírem medicamentos ou produtos relacionados no responsáveis pela fiscalização sanitária e ambiental.
art.1º, os laboratórios de exames clínicos e qualquer outro Art. 7º Os recipientes com sua carga volumétrica completa
estabelecimento que comercialize ou distribua serão fechados e lacrados, devendo ser armazenados até a
medicamentos, mesmo que seja de forma gratuita, como a coleta em local específico e identificados em conformidade
distribuição de amostras grátis, ficam obrigados a aceitar a com os dispositivos vigentes para Abrigo de Resíduos
devolução das unidades usadas, vencidas ou inservíveis, Sólidos de Resíduos de Saúde.
cujas características sejam similares àquelas Art. 8º Os estabelecimentos responsáveis em dar a
comercializadas ou distribuídas por estes estabelecimentos. destinação adequada aos produtos recolhidos processarão
Art. 4º Os medicamentos ou produtos recebidos na forma as alterações necessárias para ajustar as obrigações
do artigo anterior serão acondicionados em embalagens decorrentes do cumprimento do disposto nesta Lei nos
invioláveis, estanques, resistentes a impactos ou ruptura, respectivos PGRSS ou Planos de Gestão de Resíduos
com acesso inviolável para a retirada dos produtos nelas Sólidos – PGRS, conforme for o caso, incorporando nos
depositados, identificadas conforme a NBR 7500, mesmos as etapas sob suas responsabilidades.
acrescidas da indicação ―medicamentos vencidos‖, que Art. 9º Todas as etapas de transporte externo, tratamento e
serão localizadas nos salões de comercialização ou destino final deverão ser executados em conformidade com
recepção dos estabelecimentos relacionados na presente a legislação ambiental e sanitária aplicáveis às empresas,
Lei, de forma segregada e claramente identificada como veículos e equipamentos devidamente licenciados para tal
―recepção de medicamentos vencidos‖; obedecendo as fim.
recomendações definidas pelos fabricantes ou § 1º Os veículos coletores de medicamentos vencidos terão
importadores quanto aos identificação em conformidade com a NBR 7500 e
mecanismos operacionais para a coleta, transporte e legislação cabível, devendo ser exclusivos para tal
armazenamento, bem como as demais normas ambientais e finalidade.
de saúde pertinentes, devendo ser processadas de forma
tecnicamente segura e adequada até que seja feito o
8
§ 2º Os veículos de entrega e distribuição de produtos
relacionados na presente Lei não poderão proceder a coleta
dos produtos recolhidos.
Art. 10. Ficam proibidas as seguintes formas de destinação
final dos produtos que trata a presente Lei:
I – lançamento in natura a céu aberto, tanto em áreas
urbanas quanto rurais;
II – queima a céu aberto ou em recipientes, instalações ou
equipamentos não adequados, não
licenciados, conforme legislação vigente;
III – lançamento em corpos d’água, manguezais, praias,
terrenos baldios, poços ou cacimbas, cavidades
subterrâneas naturais ou artificiais, em redes de drenagem
de águas pluviais,
esgotos, eletricidade, telefone, gás natural ou de televisão a
cabo, mesmo que abandonadas, ou em áreas sujeitas a
inundações;
IV – em aterros sanitários que não sejam de classe I (aterro
de resíduos perigosos);
V – lançamento na rede de esgoto.
Art. 11. A desobediência ou a inobservância de quaisquer
dispositivos desta Lei sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I – advertência por escrito notificando o infrator para sanar
a irregularidade no prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da notificação, sob pena de multa;
II – não sanada a irregularidade, será aplicada multa no
valor de 100(cem) a 1000 (mil) Unidades de Padrão Fiscal
do Paraná – UFIR/PR;
III – em caso de reincidência, a multa prevista no inciso
anterior será aplicada em dobro.
Art. 12. Compete à vigilância sanitária, a fiscalização ao
que se refere o art. 4º e seus respectivos parágrafos e art. 7º
desta Lei.
Art. 13. Compete ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP
a fiscalização do disposto no art. 9º e seus parágrafos e art.
10 desta Lei, nos termos do inciso XIV do art. 1º da Lei nº
11.352, de 13 de fevereiro de 1996.
Art. 14. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei
em até 180 (cento e oitenta) dias.
Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 03 de


julho de 2012.
Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
Jonel Nazareno Iurk
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos
Luiz Eduardo Sebastiani
Chefe da Casa Civil
Luiz Eduardo Cheida
Deputado Estadual

9
Lei nº 17.733 de 29/10/2013
Súmula: Dispõe sobre o comércio de artigos de
conveniência.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e


eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º O comércio de artigos de conveniência poderá ser
realizado em farmácias e drogarias com a observância das
normas de segurança e higiene expedidas pelo órgão
responsável pelo licenciamento.
Parágrafo único. Os artigos de conveniência serão
expostos em suas embalagens originais e devidamente
lacrados, em balcões, estantes ou gôndolas e separados dos
medicamentos.
Art. 2º As lojas de conveniência e drugstores poderão
funcionar no mesmo estabelecimento das farmácias e
drogarias, desde que as atividades nelas desenvolvidas
façam parte do objeto social da sociedade e mediante a
expedição, pelo órgão responsável pelo licenciamento, de
alvarás sanitários específicos, atendido o disposto no
parágrafo único do art. 1º desta Lei.
Art. 3º É proibida a comercialização, em farmácias e
drogarias, de bebida alcoólicas, cigarros e alimentos não
industrializados.
Art. 4º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o
infrator, no que couber, às penalidades previstas nos art. 56
a 60 da Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990
(Código de Defesa do Consumidor).
Art. 5º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no que
entender necessário.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio do Governo, em 29 de outubro de 2013.


Carlos Alberto Richa
Governador do Estado
Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
Cezar Silvestri
Secretário de Estado de Governo
Reinhold Stephanes
Chefe da Casa Civil
Alexandre Curi
Deputado Estadual

10
Lei Nº 18.925 de 15/12/2016
(DOE em 16.12.2016)

Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e consultórios


de estética.

A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná aprovou e


eu promulgo, nos termos do § 7º do art. 71 da Constituição
Estadual, os seguintes dispositivos do Projeto de Lei nº
264/2016:

Art. 1º Dispõe sobre o funcionamento de clínicas e


consultórios de estética.
Art. 2º As clínicas e consultórios de estética deverão contar
com um responsável técnico durante os tratamentos e/ou
procedimentos realizados com uso de aparelhos de
eletrofototermoterapia.
§ 1º Nos estabelecimentos que desempenham atividades
não privativas da profissão de médico, não haverá
necessidade de permanência de médico responsável.
§ 2º O profissional graduado em ensino superior na área de
estética (tecnólogo) é habilitado para responder
tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética.
§ 3º O técnico em estética é legalmente habilitado para
responder pelos trabalhos por ele desempenhados.
Art. 3º Os órgãos públicos de fiscalização não poderão
exigir que o responsável técnico da clínica ou consultório
esteja associado a entidade, conselho ou órgão de classe
diverso de sua profissão.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Curitiba, em 15 de dezembro de 2016.

Deputado

ADEMAR LUIZ TRAIANO


Presidente

11
LEI N° 13.454, DE 23/06/2017
Autoriza a produção, a comercialização e o consumo, sob
prescrição médica, dos anorexígenos sibutramina,
anfepramona, femproporex e mazindol.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no


exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam autorizados a produção, a comercialização e


o consumo, sob prescrição médica no modelo B2, dos
anorexígenos sibutramina, anfepramona, femproporex e
mazindol.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 23 de junho de 2017;


RODRIGO MAIA

DOU 26 de junho de 2017 .

12
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
Estado nº 6882 de 28/12/2004
Decretos Estaduais
ANEXO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº
Decreto nº 4.154 de 28/12/2004 4.154/2004
(DIOE de 28/12/2004)
REGULAMENTO TÉCNICO PARA PRODUÇÃO E
Súmula: Aprova o Regulamento Técnico para Produção e COMERCIALIZAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS
Comercialização de Mátérias-Primas Vegetais... VEGETAIS ÍNTEGRAS, RASURADAS,
. TRITURADAS OU PULVERIZADAS
O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ, no uso APRESENTADAS DE FORMA ISOLADA, NÃO
das atribuições que lhe confere o art. 87, inciso V, da ASSOCIADA COM OUTRAS MATÉRIAS-PRIMAS
Constituição Estadual e tendo em vista o disposto nos arts. VEGETAIS.
167 a 172 da mesma Carta, combinados com os arts. 23, 24
e 225 da Constituição Federal; 1 ALCANCE
considerando o Código de Saúde do Paraná, com base na 1.1 OBJETIVO
Lei n° 13.331, de 23 de novembro de 2001 e no Decreto n° Padronizar os procedimentos a serem adotados para a
5.711, de 23 de maio de 2002; produção, o controle sanitário, dispensa de registro,
considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento segurança e a comercialização de matérias-primas vegetais,
das ações de prevenção e controle sanitário na área de em todo território do Estado do Paraná.
plantas medicinais visando à saúde da população; 1.2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO
considerando a necessidade de estabelecer condições para O presente Regulamento Técnico não se aplica a
produção, comercialização e avaliação da segurança de medicamentos fitoterápicos, os quais são regulamentados
plantasmedicinais, por legislação especifica da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) do Ministério da Saúde.
DECRETA: 1.3 ABRANGÊNCIA
Art. 1º. Fica aprovado o Regulamento Técnico para De acordo com Resolução RDC n.° 48 de 16 de março de
Produção e Comercialização de Matérias-Primas Vegetais 2004, que estabelece a normatização do registro de
íntegras, rasuradas, trituradas ou pulverizadas apresentadas medicamentos fitoterápicos, as plantas medicinais não são
de forma isolada, não associada com outras matérias- objeto de registro ou cadastro como medicamentos
primas vegetais. fitoterápicos.
Art. 2º. As empresas têm o prazo de 90 (noventa) dias a
contar da data da publicação deste Regulamento para se 2 DEFINIÇÕES
adequarem ao mesmo. 2.1 MATÉRIA PRIMA VEGETAL - planta medicinal
Art. 3º. O descumprimento aos termos deste Decreto fresca, droga vegetal ou derivados de droga vegetal.
constitui infração sanitária sujeita aos dispositivos da Lei 2.2 DROGA VEGETAL - plantas medicinais ou suas
Estadual nº 13.331, de 23 de novembro de 2001 e demais partes (folhas, sementes, frutos, flores, caule, casca, raiz)
disposições aplicáveis. após os processos de coleta e/ou colheita, estabilização e
Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data de sua secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou
publicação. pulverizada.
2.3 INSUMO FARMACÊUTICO - droga ou matéria-prima
Curitiba, em 28 de dezembro de 2004, 183º da aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a
Independência e 116º da República. emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus
recipientes.
2.4 MEDICAMENTO FITOTERÁPICO - produto
ROBERTO REQUIÃO, farmacêutico obtido por processos tecnologicamente
Governador do Estado adequados, empregando-se exclusivamente matérias-
primas vegetais, com finalidades profiláticas, curativas,
LUIZ EDUARDO CHEIDA, paliativas ou para fins de diagnóstico. É caracterizado pelo
Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim
Hídricos como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade.
Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na
CLAUDIO MURILO XAVIER, sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de
Secretário de Estado da Saúde qualquer origem, nem as associações destas com extratos
vegetais.
ORLANDO PESSUTI, 2.5 EMBALAGEM - Compreende-se por embalagem ou
Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento material de acondicionamento o recipiente, envoltório,
invólucro ou qualquer outra forma de proteção, destinado a
CAÍTO QUINTANA, envasar, proteger, manter, cobrir ou empacotar
Chefe da Casa Civil especificamente os produtos que trata este Regulamento.
13
2.6 ROTULO - é a identificação impressa ou litografada, os medicamentos, as drogas, os insumos sobre a vigilância
bem como dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros
decalque aplicados diretamente sobre recipientes, produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da
vasilhames, invólucros, envoltórios ou qualquer outro União. Brasília, 24 de setembro de 1976.
material de acondicionamento. Os rótulos terão dimensões BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei nº 5.991, de 17
necessárias à fácil leitura e serão redigidos de modo a de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do
facilitar o entendimento ao consumidor. A confecção dos comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos
rótulos deverá obedecer às normas vigentes do órgão e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da
federal de vigilância sanitária. União. Brasília, 21 de dezembro de 1973.
2.7 FARMÁCIA - estabelecimento de manipulação de BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Decreto nº 79.094,
fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei no 6.360, de
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de
compreendendo o de dispensação e o de atendimento vigilância sanitária os medicamentos, insumos
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de
equivalente de assistência médica. higiene, saneantes e outros. Diário Oficial da União.
2.8 DROGARIA - estabelecimento de dispensação e Brasília, 05 de janeiro de 1977.
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n º 519, de
e correlatos em suas embalagens originais. 26 de junho de 1998. Aprovar o regulamento técnico para
2.9 ERVANARIA - estabelecimento que realize fixação de identidade e qualidade de "chás - plantas
dispensação de plantas medicinais. destinadas à preparação de infusões ou decocções. Diário
2.10 DISPENSAÇÃO - ato de fornecimento ao Oficial da União. Brasília, 29 de junho de 1998.
consumidor de drogas, medicamentos, insumos BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC nº
farmacêuticos, plantas medicinais e correlatos, a título 134 de 13 de julho de 2001. Determinar a todos os
remunerado ou não. estabelecimentos fabricantes de medicamentos, os
2.11 FORMAS FARMACÊUTICAS cumprimentos das diretrizes estabelecidas no regulamento
ELABORADAS - As Formas Farmacêuticas representam técnico das boas práticas para a fabricação de
as disposições externas que se dão aos medicamentos para medicamentos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de
facilitar a administração e dosificação de agentes julho de 2001.
terapêuticos. As formas farmacêuticas são caracterizadas BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria SVS/MS nº
normalmente pelo seu estado físico de apresentação, 326, de 30 de julho de 1997. Aprovar o regulamento
constituída de componentes farmacologicamente ativos e técnico; ―condições higiênicos-sanitárias e de boas práticas
de adjuvantes de tecnologia. O objetivo das formas de fabricação para estabelecimentos
farmacêuticas é manter eficácia, qualidade e segurança; produtores/industrializadores de alimentos. Diário Oficial
permitir a administração de dose efetiva do componente da União. Brasília, 01 de agosto de 1997‖.
ativo; contornar problemas de estabilidade por meio da BRASIL. REPUBLICA FEDERAL DO BRASIL. Lei n°
adição de adjuvantes de tecnologia; cedência de principio 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de protecão e
ativo nos locais de melhor absorção. defesa do consumidor. Diário Oficial da União.Brasília,
11 de setembro de 1990.
3 REFERÊNCIAS BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC n.°
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução - RDC 79 de 11 de abril de 2003.
n.º 48, de 16 de março de 2004. Regulamento Técnico Na ausência de monografia oficial de matéria-prima,
sobre Registro de Medicamentos Fitoterápicos. Diário formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais inscritos
Oficial da União. Brasília, 16 de março de 2004 na Farmacopéia Brasileira. Diário Oficial da União.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE.Resolução RDC Brasília, 14 de abril de 2003.
nº102 de 30 de novembro de 2000.. Regulamento sobre ANJOS, O.P.; ANJOS, A.C. Lições de farmacotécnica. 2.
propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e ed. Curitiba: UFPR, 1964. 251 p.
outras práticas. Diário Oficial da União. Brasília 30 de CFF. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA.
novembro de 2000. Resolução n.° 357 de 20 de abril de 2001. Aprova o
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria n.º 42 de 14 regulamento técnico das boas práticas de farmácia.
de janeiro de 1998. Aprovar o regulamento técnico para CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO
rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial da BRASIL - 1988.
União. Brasília 14 de janeiro de 1998. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução nº 23, de CÓGIDO DE SAÚDE DO PARANÁ. Paraná. Leis,
15 de março de 2000. Regulamento técnico sobre o manual Decretos, etc. Código de Saúde do Paraná/ Secretaria de
de procedimentos básicos para registro e dispensa da Estado da Saúde. - Curitiba: SESA, 2002. 245 p.
obrigatoriedade de registro de produtos pertinentes à área Conteúdo: Lei nº 13331, de 23 de maio de 2002; Decreto
de alimentos. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de nº 5.711, de 05 de maio de 2002.
março de 2000. PHARMACOPOEIA DOS ESTADOS UNIDOS DO
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei nº 6.360, de 23 BRASIL. 1. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
de setembro de 1976. Dispõe sanitária a que ficam sujeitos 1926.
14
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 2. ed., V. I e V. II. São 4.3 DA AUTORIZAÇÃO E LICENCIAMENTO DAS
Paulo: Industria Gráfica Siqueira, 1959. EMPRESAS
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 3. ed. São Paulo: 4.3.1 As empresas que exerçam atividades relacionadas
Organização Andrei, 1977. a matérias-primas vegetais, submetidas ao sistema de
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte I. São vigilância sanitária, somente poderão produzir, embalar,
Paulo: Atheneu, 1988. reembalar, armazenar, expedir e distribuir mediante
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte II. licenciamento sanitário à vista do preenchimento dos
Fascículo 1. São Paulo: Atheneu, 1996. seguintes requisitos:
FARMACOPÉIA BRASILEIRA. 4. ed. Parte II. 4.3.1.1 Alvará de Licença expedido pela Prefeitura do
Fascículo 2. São Paulo: Atheneu, 2000. município;
NEWALL, C.A.; ANSERSON, L.A.; PHILLIPSON, J.D. 4.3.1.2 Licença Sanitária expedida pelo Órgão de
Herbal medicines: A guide for health-care vigilância sanitária do município;
professionals. 1. ed. London: The Pharmaceutical Press, 4.3.1.4 Licença de operação ambiental de funcionamento
1996. expedido pelo Órgão de Inspeção Ambiental;
PDR FOR HERBAL MEDICINES. 2. ed. Montvale: 4.3.1.5 Técnico Responsável inscrito no Conselho
Medical Economics company, 2000. Regional de Farmácia.
SIMÕES, C.A.M.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.;
MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROVICK, P.R. 4.4 DA ROTULAGEM E PUBLICIDADE
Farmacognosia da planta ao medicamento. 3. ed. Porto 4.4.1 Os rótulos, embalagens, impressos, etiquetas,
Alegre/Florianópolis: Editora da UFRGS/Editora da dizeres e prospectos mencionados neste artigo, deverão
UFSC, 2001. 833 p. conter obrigatoriamente:
WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Quality 4.4.1.1 A razão social da Empresa, CNPJ e endereço
control methods for medicinal plant materials. Geneva, desta;
1998. 4.4.1.2 Numero da Licença Sanitária da empresa;
4.4.1.3 Nome popular da planta, nomenclatura botânica
4 PRINCÍPIOS GERAIS oficial (gênero, espécie, variedade, autor do binômio), data
4.1 DO PRODUTO de fabricação, prazo de validade e número do lote;
4.1.1 As matérias-primas vegetais devem estar 4.4.1.4 Peso, volume líquido ou quantidade de unidades,
presentes ou inscritas na Farmacopéia Brasileira, no Codex conforme o caso, em sistema métrico decimal ou unidades
e/ou outros Formulários aceitos pela Comissão de Revisão internacionais;
da Farmacopéia do Ministério da Saúde ou mediante 4.4.1.5 Modo de preparo do produto e uso (interno e/ou
publicações bibliográficas etnofarmacológicas da externo);
utilização, documentações técnico-científicas ou 4.4.1.6 Precauções, cuidados especiais na armazenagem,
publicações em revistas indexadas. quando for o caso;
4.1.2 As matérias-primas vegetais devem ser 4.4.1.7 Nome do responsável técnico, número de
comercializadas isoladamente, não associadas ou inscrição e sigla do Conselho Regional de Farmácia.
misturadas com outras plantas medicinais, respeitando 4.4.1.8 A palavra ―chá‖ não deve ser veiculada nas
sempre a parte usada e critérios sanitários preconizados nas embalagens, pois este termo não se aplica a este
Farmacopéias, Formulários e legislações vigentes. Regulamento.
4.1.3 É vetado o uso de quaisquer aditivos e/ou 4.4.2 É vedado constar no rótulo ou embalagem
adjuvantes de tecnologia. indicação terapêutica ou medicamentosa, qualquer que seja
4.1.4 As matérias-primas vegetais não devem apresentar a forma de apresentação ou o modo como é ministrado.
histórico ou relatos de toxicidade. 4.4.3 É vedado sugerir ausência de efeitos colaterais ou
4.1.5 Os rótulos e embalagens devem, obrigatoriamente, adversos ou utilizar expressões tais como: ―Inócuo‖, ―Não
seguir os critérios estabelecidos no item 4.4 desta tóxico‖, ―Inofensivo‖ e ―Produto Natural‖.
legislação. 4.4.4 É vedado constar da rotulagem ou da propaganda dos
4.1.6 As plantas e ervas entorpecentes e as matérias- produtos nomes geográficos, símbolos, figuras, desenhos
primas vegetais constantes do anexo I, não são objeto de ou quaisquer indicações que possibilitem interpretação
regulamentação por este regulamento técnico. falsa, erro ou confusão quanto a origem, procedência,
natureza, composição ou qualidade, que atribuam ao
4.2 DO COMÉRCIO produto finalidade ou características diferentes daquelas
4.2.1 A dispensação de matérias-primas vegetais é que realmente possuam.
privativa das farmácias, drogarias, postos de saúde e 4.4.5 As advertências de uso devem ser impressas em
ervanarias, observados o acondicionamento adequado e linguagem acessível ao público.
classificação botânica. 4.4.6 É vedada a disponibilização de folhetos com
4.2.2 Os estabelecimentos definidos no item 4.2.1, indicações terapêuticas e alegações farmacológicas aos
obrigatoriamente, devem possuir assistência de técnico consumidores pelos estabelecimentos definidos neste
responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, Regulamento.
na forma da Lei.
4.5 DA DISPENSA DE REGISTRO
15
4.5.1 São dispensadas da obrigatoriedade de registro e
de isenção de registro no Estado do Paraná as matérias- 4.8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
primas vegetais de que trata o presente regulamento. 4.8.1 As empresas que pretendem comercializar
4.5.2 As empresas devem informar a relação de matérias-primas vegetais no Estado do Paraná devem se
produto(s) a ser(em) produzido(s) bem como o início da adequar a esta legislação.
fabricação do(s) produto(s) à autoridade sanitária do ANEXO I A QUE SE REFERE O
Estado, da Regional de Saúde ou do Município, conforme REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº
modelo Anexo II, podendo dar início à comercialização a 4.154/2004
partir da liberação da Licença Sanitária .
4.5.2.1 A empresa deve manter atualizada junto à TABELA DE PLANTAS TÓXICAS DE
autoridade sanitária a relação de matérias-primas vegetais COMERCIALIZAÇÃO PROIBIDA.
fabricadas.
4.5.3 As empresas produtoras de matérias-primas
vegetais ficam sujeitas a inspeção sanitária anualmente ou Nome Científico Família Nome Vulgar
sempre que se fizer necessário. Aconitum napellus Linné Ranunculacea Acônito
4.5.4 A realização da inspeção dependerá isoladamente e
ou em conjunto, da natureza do produto, da data da última Atropa belladonna Linné Solanaceae Beladona
inspeção e do histórico da empresa. Claviceps purpurea - Ergot
4.5.5 No caso da empresa não ser aprovada na inspeção, Colchicum autumnale Liliaceae Cólchico
a mesma fica sujeita a aplicação de sanções previstas no Linné
Código de Saúde do Paraná Conium maculatum Linné Umbelliferae Cicuta
Datura arborea Linné Solanaceae Trombeteira
4.6 DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E DO
Datura stramonium Linné Solanaceae Estramônio
CONTROLE DE QUALIDADE
As matérias-primas vegetais devem ser preparadas, Digitalis purpurea Linné Scrofulariace Digital ou
manipuladas, processadas, acondicionadas, conservadas, ae Dedaleira
transportadas e expedidas conforme as Boas Práticas de Lonchocarpus peckelti Leguminosae Timbó Boticário
Fabricação (BPF) e atender aos padrões organolépticos, Wawra
microbiológicos, microscópicos e físico-químicos Ruta graveolens Linné Rutaceae Arruda
estabelecidos por legislação específica vigente, devendo Strophantus gratus Apocynaceae Estrofanto
ainda seguir os seguintes parâmetros de qualidade: (Wallich e Hooker)
4.6.1 Matéria orgânica estranha Franchet
Devem obedecer aos limites estabelecidos pelas Strychnos nux vomica Lagariaceae Noz Vômica
monografias oficiais. Quando não constarem das mesmas, Linné
será permitido um limite máximo de até 5%. Veratum viride Ailton Liliaceae Veratro verde ou
4.6.2 Padrões microbiológicos Heléboro Verde
Contagem padrão de bactérias mesófilas - Máximo 107/g
Bolores e leveduras - Máximo 104/g Nota: outras plantas podem vir a compor esta tabela
Escherichia coli - Máximo 10²/g conforme observação de uso e seus efeitos tóxicos.
Salmonella - Ausência.
ANEXO II A QUE SE REFERE O
4.7 DAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO Nº
4.7.1 A matéria-prima vegetal não pode ser apresentada 4.154/2004
à venda em formas farmacêuticas elaboradas, como
cápsulas, tinturas e comprimidos. FORMULÁRIO PARA COMUNICAÇÃO DO ÍNICIODE
4.7.2 A matéria-prima vegetal deve ser acondicionada PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA VEGETAL.
em embalagem adequada à manutenção de suas
características até o final do prazo de validade. O prazo de
validade deve ser estabelecido em função dos padrões
organolépticos e microbiológicos.
4.7.3 As matérias-primas vegetais somente podem ser
vendidas em unidades pré-embaladas, não sendo permitida
a venda à granel. A venda fracionada somente será
permitida em farmácias de manipulação e ervanarias.

A RECEBIMENTO VISA / DATA

16
MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

COMUNICAÇÃO DO INÍCIO DE FABRICAÇÃO DE INSUMOS –


PLANTAS MEDICINAIS DISPENSADOS DE REGISTRO

B DADOS DA EMPRESA DETENTORA DO PRODUTO(S)/MARCA(S)

/ AF . -
CNPJ

RAZÃO
SOCIAL

RUA NÚMER
O

BAIRRO

CEP

UF

E-MAIL
C DADOS DA UNIDADE FABRIL

TERCEIRIZAD
CNPJ /
A

RAZÃO
SOCIAL

NÚMER
RUA
O

BAIRRO

CEP

UF

E-MAIL
D TERMO DE RESPONSABILIDADE

, esta empresa, devidamente licenciada para a produção de planta medicinais e deu início à fabricação do(s) produto(s)
Informo que a partir de relacionado no verso
e / ou no(s) anexo(s), que estarão sendo comercializados no prazo dias, e declaro que estou ciente: a) das legislações específicas do(s) produto(s) que fabrico,
de inclusive
Rotulagem e outros pertinentes; e a) de que a unidade fabril pode ser inspecionada por as de sanitária, conforme prevê a legislação
essa autoridade

Local / data ------------------------------------------------------------, ---------- / ---------- / ----------


-------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------
Nome legível do responsável pela empresa Assinatura
---------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
------ Nome legível do responsável Técnico e inscrição Assinatura
DADOS
E DA INSPEÇÃO DA INDÚSTRIA (Uso exclusivo da VISA)

ÚLTIMA INSPEÇÃO
LOCAL/DATA --------------------------------------------------------, ---------- / ----------/ ---------- -------------------------------------------------------------------------------------------------
Assinatura e identificação do Responsável
PRODUTOS
F DISPENSADOS DE REGISTRO COM FABRICAÇÃO INICIADA
EMPRESA DETENTORA DE REGISTRO CONTROLE DE ANEXOS

17
CNPJ /

UNIDADE FABRIL FOLHA DE


CNPJ /
PRODUTO>01 PARTE UTILIZADA

VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)


NOME DO

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL

01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05
PRODUTO>02 PARTE UTILIZADA

NOME DO VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL

01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05
PRODUTO>03 PARTE UTILIZADA

NOME DO VALIDADE (ANO / MÊS / DIA)

PRODUTO A M D

MARCA PERSPECTIVA COMERCIAL

TIPO DE EMBALAGEM MUNICIPAL


01 ESTADUAL

02 NACIONAL

03 EXPORTAÇÃO

04

05

18
Decreto nº 9.213 de 23/10/2013 uso humano ou veterinário ou outro princípio
(D.O.E 23/10/13) ativo com finalidade terapêutica, independente
da forma farmacêutica e suas embalagens
Regulamenta a Lei no 17.211, de 03 de julho de primárias;
2012, que dispõe sobre a responsabilidade da III- embalagem primária: recipiente destinado
destinação dos medicamentos em desuso no ao acondicionamento e envase de Insumos
Estado do Paraná e seus procedimentos, e dá Farmacêuticos que mantém contato direto com
outras providências. - SEMA. os mesmos;
IV- embalagem secundária: recipiente destinado
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ao acondicionamento de Insumos Farmacêuticos
PARANÁ, no uso das atribuições que lhe além da sua embalagem primária, não mantendo
confere o art. 87, incisos V e VI, da contato com os mesmos, passível de reciclagem,
Constituição Estadual e, tendo em vista o quando não contaminado;
contido no protocolado sob nº 11.778.238-7, V- destinação final ambientalmente adequada:
destinação de resíduos que observem as normas
DECRETA: legais e operacionais específicas de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à
CAPÍTULO I segurança e a minimizar os impactos ambientais
DO OBJETO E DO CAMPO DE adversos;
APLICAÇÃO VI- ponto de coleta: local designado para
Art. 1º Este Decreto estabelece normas para recebimento dos medicamentos em desuso
execução da Lei Estadual nº 17.211, de 03 de localizado no interior dos estabelecimentos que
julho de 2012, que dispõe sobre a comercializam ou distribuem medicamentos
responsabilidade de descarte e destinação dos referenciados no artigo 3º da Lei nº 17.211, de
medicamentos em desuso no Estado do Paraná e 03 de julho de 2012;
seus procedimentos. VII- reciclagem: processo de transformação dos
§ 1º Os medicamentos em desuso objeto da Lei resíduos sólidos que envolvem a alteração de
Estadual nº 17.211, de 03 de julho de 2012, são suas propriedades físicas, físico-químicas ou
aqueles oriundos dos domicílios e que atendam biológicas, com vista à transformação em
as definições deste decreto. insumos ou novos produtos, nos termos da Lei
§ 2º Resíduos de medicamentos provenientes de Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010 e no
outros geradores são objetos de regulamentação caso deste Decreto, aplicável às embalagens
específica – RDC ANVISA nº 306/2004 e secundárias e bulas não contaminadas;
Resolução CONAMA nº 358/2005. VIII- termos de Compromisso: atos de natureza
Art. 2º A Lei Estadual nº 17.211 de 03 de julho contratual, firma dos entre o poder público
de 2012, alinha-se com a Política Nacional de estadual e os fabricantes, importadores,
Resíduos Sólidos, nos termos da Lei Federal nº distribuidores ou comerciantes, visando a
12.305, de 02 de agosto de 2010, com a Política implantação da responsabilidade compartilhada
Nacional de Saneamento Básico, nos termos da pelo ciclo de vida do produto.
Lei Federal no 11.445, de 05 de janeiro de 2007,
e com a Política Nacional de Educação CAPÍTULO III
Ambiental, regulada pela Lei Federal nº 9.795, DAS RESPONSABILIDADES
de 27 de abril de 1999. Art. 4º O Poder Público, o setor empresarial e a
coletividade são responsáveis pela efetividade
CAPÍTULO II das ações voltadas para assegurar a observância
DAS DEFINIÇÕES das diretrizes e determinações da Lei Estadual
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, entende-se nº 17.211/2012 e deste Decreto.
por: Art. 5º Os estabelecimentos que comercializam
I- medicamentos em desuso: medicamentos ou distribuem os produtos mencionados no art.
oriundos dos domicílios, vencidos ou sobras, 1º da Lei nº 17.211/2012, incluindo nesse rol as
ainda que dentro do prazo de validade e drogarias, farmácias, farmácias de manipulação,
embalagens primárias que possam conter farmácias veterinárias e lojas de produtos
resíduos de medicamentos; animais, serviços públicos de saúde, os
II- resíduo de medicamento: todo produto hospitais, as clínicas e os consultórios médicos
(medicamento) contendo produtos hormonais, ou odontológicos, os hospitais, clínicas e
antimicrobianos, citostáticos, antineoplásicos, consultórios veterinários, bem como os
imunossupressores, digitálicos, laboratórios de exames clínicos e qualquer
imunomoduladores, antirretrovirais, anti- outro estabelecimento que comercialize ou
inflamatórios, corticoides e seus derivados, em distribua medicamentos, mesmo que de forma
especial, e todos os demais medicamentos de gratuita, como a distribuição de amostras grátis,

19
ficam obrigados a aceitar a devolução das segurança e operacionais que devem ser
unidades usadas, vencidas ou inservíveis, cujas adotadas e implementadas para todas as etapas
características sejam similares àquelas de recebimento, embalagem/acondicionamento,
comercializadas ou distribuídas por estes identificação, armazenamento e coleta externa
estabelecimentos. pelos estabelecimentos responsáveis pelo
Art. 6º As empresas fabricantes, importadoras, recebimento de medicamentos em desuso nos
distribuidoras, revendedoras e farmácias – pontos de coleta;
incluindo aquelas com manipulação – dos II- assistência operacional: compreende o
produtos hormonais, antimicrobianos, fornecimento aos estabelecimentos com pontos
citostáticos, antineoplásicos, imunossupressores, de coleta de embalagens/recipientes adequados
digitálicos, imunomoduladores, antirretrovirais, para a coleta de medicamentos em desuso,
anti-inflamatórios, corticoides e seus derivados, responsabilizando-se diretamente pelas etapas
em especial, e todos os demais medicamentos de coleta externa, transporte, tratamento e
de uso humano ou eterinário compartilham a disposição final.
responsabilidade sobre a destinação adequada Art. 9º Os consumidores serão orientados e
desses produtos, mediante procedimentos estimulados através de programas específicos a
ambientalmente adequados de recebimento, realizar a entrega voluntária dos medicamentos
acondicionamento, identificação, coleta, em desuso nos pontos de coleta a serem
reciclagem das embalagens secundárias, elaborados e divulgados, de forma permanente,
tratamento e disposição final, incluindo a sob a responsabilidade técnica e financeira das
manutenção de registros das etapas sob sua empresas fabricantes, importadoras e
responsabilidade para demonstração aos órgãos distribuidoras.
fiscalizadores. Art. 10º As empresas fabricantes, importadoras
Art. 7º A responsabilidade compartilhada a que e distribuidoras, responsáveis em dar a
se refere o art. 6º deste decreto será destinação adequada aos medicamentos em
implementada de forma individualizada e desuso recolhidos, processarão as alterações
encadeada da seguinte forma: necessárias para ajustar as obrigações
I- a entrega voluntária dos medicamentos em decorrentes do cumprimento disposto na Lei nº
desuso nos pontos de coleta caberá aos 17.211/2012, nos respectivos Planos de
consumidores, e será estimulada de modo Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, ou
permanente por meio de processos de equivalentes, aprovados no Licenciamento
divulgação sobre danos decorrentes do Ambiental, incorporando nos mesmos, as
lançamento indevido no meio ambiente sem etapas sob suas responsabilidades.
tratamento e de orientação pós-consumo; Parágrafo Único: Os estabelecimentos
II- o recebimento dos resíduos dos domicílios, o relacionados no art. 2º da Lei Estadual nº
acondicionamento adequado, a identificação, o 17.211/2012 podem optar pelo encaminhamento
armazenamento temporário e a manutenção dos dos medicamentos em desuso coletados
registros do gerenciamento caberão aos diretamente para as unidades de destinação final
estabelecimentos que comercializam ou devidamente licenciadas na forma da Lei.
distribuem medicamentos ao consumidor final, Art. 11º Todas as etapas de transporte externo,
através da instalação de pontos de coleta no tratamento e destino final deverão ser
interior dos mesmos; executados em conformidade com a legislação
III- a coleta externa, o transporte, o tratamento ambiental e sanitária aplicáveis às empresas,
e a destinação final caberão às distribuidoras, veículos e equipamentos devidamente
transportadoras, fabricantes e importadoras. licenciados para tal fim.
Parágrafo Único: As empresas referenciadas Parágrafo Único: Os veículos coletores de
no inciso III poderão celebrar Termos de medicamentos em desuso terão identificação em
Compromisso no âmbito estadual a fim de conformidade com a NBR 7500 e legislação
gerenciar sua responsabilidade de forma cabível, devendo ser exclusivos para tal
coletiva. finalidade.
Art. 8º As empresas fabricantes, importadoras, Art. 12º Os novos estabelecimentos deverão
distribuidoras e transportadoras devem prestar apresentar comprovação de destinação de
assistência aos estabelecimentos que medicamentos em desuso, individualizada,
comercializam ou distribuem os produtos contemplada em seu Plano de Gerenciamento de
definidos na Lei Estadual nº 17.211/2012, para Resíduos Sólidos (PGRS) junto à autoridade
o desenvolvimento e implantação dos pontos de local responsável pela emissão do alvará de
coleta de medicamentos em desuso, da seguinte funcionamento. Alternativamente os referidos
forma: estabelecimentos poderão comprovar a sua
I- assistência técnica: compreende o adesão a um Termo de Compromisso ou Acordo
fornecimento das condições técnicas, de Setorial previstos neste decreto regulamentador,

20
devidamente certificado pelo Coordenador 17.211 de 03 de julho de 2012 e do presente
Técnico do Termo ou Acordo em questão. decreto, inclusive seus prazos.
§ 4º Os PGRS alterados devem ser apresentados
CAPÍTULO IV para avaliação pelo Instituto Ambiental do
DA COLETA Paraná - IAP.
Art. 13º Os estabelecimentos com pontos de § 5º. Os PGRS, Termos de Compromisso e
coleta deverão disponibilizar para os Acordos Setoriais devem conter:
consumidores embalagens invioláveis, I- identificação dos estabelecimentos
estanques, resistentes a impactos ou ruptura, participantes;
com acesso inviolável para a retirada dos II- descrição das responsabilidades exercidas
produtos nelas depositados, identificadas em cada etapa do gerenciamento por cada um
conforme a NBR 7500, acrescidas da dos participantes, incluindo detalhamento das
indicação: ―medicamentos em desuso‖, que soluções consorciadas/ compartilhadas,
serão localizadas nos espaços de indicando o coordenador responsável pelo
comercialização ou recepção dos monitoramento das ações previstas no
estabelecimentos referenciados no Art. 3º da Lei programa;
Estadual nº 17.211/2012, de forma segregada e III- diagnósticos dos resíduos farmacêuticos
claramente identificada como: ―recepção de recolhidos: caracterização e massa;
medicamentos vencidos e em desuso‖. IV- definição dos procedimentos operacionais
§ 1º Os mecanismos operacionais para a coleta, relativos às etapas do gerenciamento:
acondicionamento, identificação e Recebimento; Acondicionamento/Identificação;
armazenamento obedecerão às recomendações Armazenamento; Coleta Externa (incluindo
definidas pelos fabricantes ou importadores, periodicidade); Transporte; Reciclagem (quando
bem como às demais normas ambientais e de couber); Tratamento e Destinação Final
saúde pertinentes, devendo estas etapas serem Ambientalmente Adequada;
processadas de forma tecnicamente segura e V- ações preventivas e corretivas a serem
adequada até que seja feito o encaminhamento executadas em situações de não
dessas embalagens aos distribuidores, conformidade/acidentes.
fabricantes ou importadores responsáveis pela Art. 15º O Responsável Técnico pelo PGRS de
coleta e transporte para a correta destinação cada estabelecimento será o Responsável pelas
final. etapas executadas no âmbito dos respectivos
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reembalagem planos.
dos produtos coletados durante todas as fases do Art. 16º Deverão ser mantidos por todos os
processo, desde a coleta até a destinação final. estabelecimentos abrangidos pela Lei Estadual
nº 17.211/2012 os registros escritos para
CAPÍTULO V verificação das autoridades responsáveis pela
DO GERENCIAMENTO fiscalização sanitária e ambiental, incluindo
Art. 14º Os Planos de Gerenciamento de minimamente para cada transporte ou coleta
Resíduos Sólidos (PGRS) já implantados nos externa realizada:
estabelecimentos existentes quando da I- identificação do estabelecimento com ponto
publicação deste Decreto, sofrerão as de coleta e da quantidade (em quilogramas) de
incorporações decorrentes da implementação da medicamentos em desuso coletados e
coleta de medicamentos em desuso. encaminhados para destinação final;
§ 1º Os PGRS devem conter a identificação de II- identificação da empresa coletora e
todos os participantes do programa de coleta de transportadora com cópia da nota de transporte
medicamentos em desuso, com as contendo nome, números de Cadastro de Pessoa
responsabilidades de cada empresa/instituição Física (CPF), da Carteira Nacional de
participante do processo desde a coleta até a Habilitação (CNH) e do certificado de ca
disposição final. pacitação para Movimentação de Produtos
§ 2º As empresas fabricantes, importadoras e Perigosos (MOPP) do motorista; placa do
distribuidoras que celebrarem Termos de veículo coletor; Licença Ambiental de Operação
Compromisso devem indicar um Coordenador (LO) da empresa coletora e transportadora;
Técnico legalmente habilitado para responder III- cópia do certificado de tratamento e
pela sua elaboração e monitoramento. destinação final referenciando a numeração da
§ 3º Os Termos de Compromisso previstos neste nota de transporte.
Decreto poderão ser substituídos por Acordos Art. 17º Os recipientes com sua carga
Setoriais, definidos conforme a Lei Federal nº volumétrica completa serão fechados e lacrados,
12.305 de 02 de agosto de 2010, desde que devendo ser armazenados até a coleta em local
cumpram todas as exigências da Lei Estadual nº específico, identificado em conformidade com
os dispositivos vigentes para Abrigo de

21
Resíduos Sólidos de Resíduos de Saúde, artigos 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74 e 75
conforme RDC ANVISA nº 306/2004 e da Lei nº 13.331, de 23/11/2001 e as disposições
Resolução CONAMA nº 358/2005, ou outras do Decreto nº 5.711, de 23/05/02, que a
que vierem a substituí-las ou complementá-las. regulamenta, independentemente dos demais
dispositivos legais vigentes.
CAPÍTULO VI Art. 22º Cabe ao órgão ambiental competente a
DAS PROIBIÇÕES fiscalização do disposto no art. 9º e seus
Art. 18º É vedada a reutilização de parágrafos, bem como o art. 10 da Lei Estadual
medicamentos em desuso, descartados na forma nº 17.211/2012, nos termos do inciso XIV do
da Lei Estadual nº 17.211/2012, para uso art. 1º da Lei nº 11.352, de 13 de fevereiro de
humano e veterinário. 1996.
Art. 19º São proibidas as seguintes formas de Art. 23º Este Decreto entra em vigor na data da
destinação final dos produtos que trata a Lei nº sua publicação, e o prazo para implantação do
17.211/2012: descarte e destinação dos medicamentos em
I- lançamento in natura a céu aberto, tanto em desuso pelos estabelecimentos referenciados na
áreas urbanas quanto rurais; Lei nº 17.211/2012 será de 180 (cento e oitenta)
II- queima a céu aberto ou em recipientes, dias, a contar da publicação deste Decreto.
instalações ou equipamentos não adequados, Curitiba, em 23 de outubro de 2013, 192º da
não licenciados, conforme legislação vigente; Independência e 125º da República.
III- lançamento em corpos d’água, manguezais,
praias, terrenos baldios, poços ou cacimbas, Carlos Alberto Richa
cavidades subterrâneas naturais ou artificiais, Governador do Estado
em redes de drenagem de águas pluviais, Cezar Silvestri
esgotos, eletricidade, telefone, gás natural ou de Secretário de Estado de Governo
televisão a cabo, mesmo que abandonadas, ou Luiz Eduardo Cheida
em áreas sujeitas a inundações; Secretário de Estado do Meio Ambiente e
IV- em aterros sanitários que não sejam de Recursos Hídricos
classe I (aterro de resíduos perigosos)
V- lançamento na rede de esgoto. Este texto não substitui o publicado no Diário
Oficial do Estado
CAPÍTULO VII
DAS PENALIDADES
Art. 20º A desobediência ou a inobservância de
quaisquer dispositivos da Lei Estadual nº
17.211/2012 sujeitará o infrator às seguintes
penalidades:
I- advertência por escrito notificando o infrator
para sanar a irregularidade no prazo máximo de
30 (trinta) dias, contados da notificação, sob
pena de multa;
II- não sanada a irregularidade, será aplicada
multa no valor de 100 (cem) a 1000 (mil)
Unidades de Padrão Fiscal do Paraná –
UFIR/PR;
III- em caso de reincidência, a multa prevista no
inciso anterior será aplicada em dobro.

CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 21º Compete à vigilância sanitária, a
fiscalização ao que se refere o art. 4º e seus
respectivos parágrafos e art. 7º da Lei Estadual
nº 17.211/2012.
Parágrafo Único: A inobservância da Lei
Estadual nº 17.211/2012 e das normas
aprovadas neste regulamento constitui infração
sanitária, conforme o disposto nos artigos 45,
47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 59, 60,
61, 62, artigo 63 - incisos XVII, XXXV,
XXXVII, XXXIX, XLII, XLIV, XLVII e

22
da importação ou exportação não está sob controle
PORTARIAS especial neste país.
CID - Classificação Internacional de Doenças.
Portaria n.º 344 de 12/05/1998 Cota Anual de Importação - Quantidade de substância
(D.O.U de 31/12/1998) constante das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
"B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressores) e
Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico ou de suas
medicamentos sujeitos a controle especial atualizações que a empresa é autorizada a importar até o 1º
(primeiro) trimestre do ano seguinte à sua concessão.
O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Cota Suplementar de Importação - Quantidade de
Saúde, no uso de suas atribuições e considerando a substância constante das listas "A1" e "A2"
Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 (Decreto (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3"
n.º 54.216/64), a Convenção sobre Substâncias (imunossupressores) e "D1" (precursoras) deste
Psicotrópicas, de 1971 (Decreto n.º 79.388/77), a Regulamento Técnico ou de suas atualizações, que a
Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e empresa é autorizada a importar, em caráter suplementar
Substâncias Psicotrópicas, de 1988 (Decreto n.º 154/91), à cota anual, nos casos em que ficar caracterizada sua
o Decreto-Lei n.º 891/38, o Decreto-Lei n.º 157/67, a Lei necessidade adicional, para o atendimento da demanda
n.º 5.991/73, a Lei n.º 6.360/76, a Lei n.º 6.368/76, a Lei interna dos serviços de saúde, ou para fins de exportação.
n.º 6.437/77, o Decreto n.º 74.170/74, o Decreto n.º Cota Total Anual de Importação - Somatório das Cotas
79.094/77, o Decreto n.º 78.992/76 e as Resoluções Anual e Suplementar autorizadas para cada empresa, no
GMC n.º 24/98 e n.º 27/98, resolve: ano em curso.
DCB - Denominação Comum Brasileira.
CAPÍTULO I DCI - Denominação Comum Internacional.
DAS DEFINIÇÕES Droga - Substância ou matéria-prima que tenha
Art. 1º Para os efeitos deste Regulamento Técnico e para finalidade medicamentosa ou sanitária.
a sua adequada aplicação, são adotadas as seguintes Entorpecente - Substância que pode determinar
definições: dependência física ou psíquica relacionada, como tal, nas
Autorização Especial - Licença concedida pela Secretaria listas aprovadas pela Convenção Única sobre
de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde Entorpecentes, reproduzidas nos anexos deste
(SVS/MS), a empresas, instituições e órgãos, para o Regulamento Técnico.
exercício de atividades de extração, produção, Licença de Funcionamento – Permissão concedida pelo
transformação, fabricação, fracionamento, manipulação, órgão de saúde competente dos Estados, Municípios e
embalagem, distribuição, transporte, reembalagem, Distrito Federal, para o funcionamento de
importação e exportação das substâncias constantes das estabelecimento vinculado a empresa que desenvolva
listas anexas a este Regulamento Técnico, bem como os qualquer das atividades enunciadas no artigo 2º deste
medicamentos que as contenham. Regulamento Técnico.
Autorização de Exportação - Documento expedido pela Livro de Registro Específico - Livro destinado à
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde anotação, em ordem cronológica, de estoques, de
(SVS/MS), que consubstancia a exportação de entradas (por aquisição ou produção), de saídas (por
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" venda, processamento, uso) e de perdas de medicamentos
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" sujeitos ao controle especial.
(imunossupressores) e "D1" (precursores) deste Livro de Receituário Geral – Livro destinado ao registro
Regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como de todas as preparações magistrais manipuladas em
os medicamentos que as contenham. farmácias.
Autorização de Importação - Documento expedido pela Medicamento - Produto farmacêutico, tecnicamente
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
(SVS/MS), que consubstancia a importação de paliativa ou para fins de diagnóstico.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" Notificação de Receita - Documento padronizado
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" destinado à notificação da prescrição de medicamentos:
(imunossupressores) e "D1" (precursores) deste a) entorpecentes (cor amarela), b) psicotrópicos (cor
Regulamento Técnico ou de suas atualizações, bem como azul) e c) retinóides de uso sistêmico e
os medicamentos que as contenham. imunossupressores (cor branca). A Notificação
Certificado de Autorização Especial - Documento concernente aos dois primeiros grupos (a e b) deverá ser
expedido pela Secretaria de Vigilância Sanitária do firmada por profissional devidamente inscrito no
Ministério da Saúde (SVS/MS), que consubstancia a Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional
concessão da Autorização Especial. de Medicina Veterinária ou no Conselho Regional de
Certificado de Não Objeção – Documento expedido pelo Odontologia; a concernente ao terceiro grupo (c),
órgão competente do Ministério da Saúde do Brasil, exclusivamente por profissional devidamente inscrito no
certificando que as substâncias ou medicamentos objeto Conselho Regional de Medicina.

23
Precursores - Substâncias utilizadas para a obtenção de manipulação por farmácias magistrais das substâncias e
entorpecentes ou psicotrópicos e constantes das listas medicamentos de que trata o caput deste artigo, ficam
aprovadas pela Convenção Contra o Tráfico Ilícito de sujeitas a autorização especial do Ministério da Saúde e a
Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, licença de funcionamento concedida pela Autoridade
reproduzidas nos anexos deste Regulamento Técnico. Sanitária local.
Preparação Magistral - Medicamento preparado mediante § 7º A Autorização Especial deve ser solicitada para cada
manipulação em farmácia, a partir de fórmula constante estabelecimento que exerça qualquer uma das atividades
de prescrição médica previstas no caput deste artigo .
Psicotrópico - Substância que pode determinar Art. 3º (REVOGADO PELA RDC 16/14)
dependência física ou psíquica e relacionada, como tal,
nas listas aprovadas pela Convenção sobre Substâncias Art. 4º Ficam proibidas a produção, fabricação,
Psicotrópicas, reproduzidas nos anexos deste importação, exportação, comércio e uso de substâncias e
Regulamento Técnico. medicamentos proscritos.
Receita - Prescrição escrita de medicamento, contendo Parágrafo único. Excetuam-se da proibição de que trata o
orientação de uso para o paciente, efetuada por caput deste artigo, as atividades exercidas por Órgãos e
profissional legalmente habilitado, quer seja de Instituições autorizados pela Secretaria de Vigilância
formulação magistral ou de produto industrializado. Sanitária do Ministério da Saúde com a estrita finalidade
Substância Proscrita - Substância cujo uso está proibido de desenvolver pesquisas e trabalhos médicos e
no Brasil. científicos.
Art. 5º (REVOGADOS PELA RDC 16/14)
CAPITULO II Art. 6º (REVOGADOS PELA RDC 16/14)
DA AUTORIZAÇÃO Art. 7º A concessão de Autorização Especial para os
Art. 2º Para extrair, produzir, fabricar, beneficiar, estabelecimentos de ensino, pesquisas e trabalhos
distribuir, transportar, preparar, manipular, fracionar, médicos e científicos, será destinada à cada plano de aula
importar, exportar, transformar, embalar, reembalar, para ou projeto de pesquisa e trabalho, respectivamente. A
qualquer fim, as substâncias constantes das listas deste referida Autorização Especial, deverá ser requerida pelo
Regulamento Técnico (ANEXO I) e de suas atualizações, seu dirigente ao Órgão competente do Ministério da
ou os medicamentos que as contenham, é obrigatória a Saúde, mediante petição instruída com os seguintes
obtenção de Autorização Especial concedida pela documentos:
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da a) cópia do R.G. e C.I.C. do dirigente do
Saúde. estabelecimento;
§ 1º A petição de Autorização Especial será b) documento firmado pelo dirigente do estabelecimento
protocolizada pelos responsáveis dos estabelecimentos da identificando o profissional responsável pelo controle e
empresa junto à Autoridade Sanitária local. guarda das substâncias e medicamentos utilizados e os
§ 2º A Autoridade Sanitária local procederá a inspeção pesquisadores participantes;
do(a) estabelecimento(s) vinculado(s) à empresa c) cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas mencionadas no
postulante de Autorização Especial de acordo com os item b;
roteiros oficiais pré-estabelecidos, para avaliação das d) cópia do plano integral do curso ou pesquisa técno-
respectivas condições técnicas e sanitárias, emitindo científico;
parecer sobre a petição e encaminhando o respectivo e) relação dos nomes das substâncias ou medicamentos
relatório à Secretaria de Vigilância Sanitária do com indicação das quantidades respectivas a serem
Ministério da Saúde. utilizadas na pesquisa ou trabalho.
§ 3º No caso de deferimento da petição, a Secretaria de § 1º O Órgão competente do Ministério da Saúde
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde enviará o encaminhará a aprovação da concessão da Autorização
competente Certificado de Autorização Especial a Especial através de ofício ao dirigente do
empresa requerente e informará a decisão à Autoridade estabelecimento e à Autoridade Sanitária local.
Sanitária local competente. § 2º Deverá ser comunicada ao Órgão competente do
§ 4º As atividades mencionadas no caput deste artigo Ministério da Saúde qualquer alteração nas alíneas
somente poderão ser iniciadas após a publicação da referidas neste artigo, a qual deverá ser encaminhada ao
respectiva Autorização Especial no Diário Oficial da órgão competente do Ministério da Saúde.
União. Art. 8º Ficam isentos de Autorização Especial as
§ 5º As eventuais alterações de nomes de dirigentes, empresas, instituições e órgãos na execução das seguintes
inclusive de responsável técnico bem como de atividades atividades e categorias a eles vinculadas:
constantes do Certificado de Autorização Especial serão I - Farmácias, Drogarias e Unidades de Saúde que
solicitadas mediante o preenchimento de formulário somente dispensem medicamentos objeto deste
específico à Autoridade Sanitária local, que o Regulamento Técnico, em suas embalagens originais,
encaminhará à Secretaria de Vigilância Sanitária do adquiridos no mercado nacional;
Ministério da Saúde. II - Órgãos de Repressão a Entorpecentes;
§ 6º As atividades realizadas pelo comércio atacadista,
como armazenar, distribuir, transportar, bem como, a de
24
III - Laboratórios de Análises Clínicas que utilizem Técnico e nas suas atualizações, e os medicamentos que
substâncias objeto deste Regulamento Técnico as contenham, dependerá da emissão de Autorização de
unicamente com finalidade diagnóstica; Importação (ANEXO II) da Secretaria de Vigilância
IV - Laboratórios de Referência que utilizem substâncias Sanitária do Ministério da Saúde.
objeto deste Regulamento Técnico na realização de § 1º Independem da emissão de Autorização de
provas analíticas para identificação de drogas. Importação as substâncias das listas "C1", "C2", "C4" e
Art. 9° (REVOGADO PELA RDC 16/14) "C5" (outras substâncias sujeitas a controle especial,
Art. 10 (REVOGADO PELA RDC 16/14) retinóicos, antirretrovirais e anabolizantes,
respectivamente) bem como os medicamentos que as
CAPÍTULO III contenham.
DO COMÉRCIO § 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Art. 11 A empresa importadora fica obrigada a solicitar à Saúde emitirá o Certificado de Não Objeção (ANEXO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério III) quando a substância ou medicamento objeto da
da Saúde, a fixação da Cota Anual de Importação de importação não está sob controle especial no Brasil.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" § 3º No caso de importação parcelada, para cada parcela
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" da cota anual será emitida uma Autorização de
(imunossupressoras) e "D1" (precursoras) deste Importação.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, requeridas § 4º O documento da Autorização de Importação para as
até 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano, para uso no substâncias da lista "D1" (percursoras), constantes deste
ano seguinte. (Redação dada pela Resolução Nº 229/01) Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como
§ 1º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do os medicamentos que as contenham, será estabelecido na
Ministério da Saúde deverá pronunciar-se sobre a Instrução Normativa deste Regulamento Técnico.
liberação da cota anual até no máximo 30 (trinta) de abril Art. 15 Deferida a cota anual de importação, a empresa
do ano seguinte. (Redação dada pela Resolução Nº interessada deverá requerer a Autorização de Importação,
229/01) até no máximo 31 (trinta e um) de agosto de cada
§ 2º A cota de importação autorizada poderá ser ano(Redação dada pela Resolução Nº 229/01)
importada de uma só vez, ou parceladamente. (Redação Art. 16 A Autorização de Importação e o Certificado de
dada pela Resolução Nº 229/01) Não Objeção, ambos de caráter intransferível, serão
Art. 12 Excepcionalmente a empresa, quando expedidos em 6 (seis) e 5 (cinco) vias, respectivamente,
devidamente justificado, poderá solicitar Cota podendo os mesmos serem emitidos por processo
Suplementar, das substâncias constantes das listas citadas informatizado, ou não, os quais terão a seguinte
no artigo anterior, até no máximo 30 (trinta) de setembro destinação:
de cada ano. (Redação dada pela Resolução Nº 229/01) 1ª via - Órgão competente do Ministério da Saúde;
§ 1º Deferida a Cota Suplementar de Importação, a 2ª via - Importador;
empresa interessada deverá requerer a Autorização de 3ª via - Exportador;
Importação, até no máximo 31 (trinta e um) de outubro 4ª via - Autoridade competente do país exportador;
do ano de sua concessão. (Redação dada pela Resolução 5ª via - Delegacia de Repressão a Entorpecentes do
Nº 229/01) Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de
§ 2º A Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto o Certificado de
Ministério da Saúde enviará às unidades federadas e à Não Objeção;
Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos e Fronteiras, 6ª via - Autoridade Sanitária competente do Estado e
para conhecimento, relação das cotas e das eventuais Distrito Federal, onde estiver sediada a empresa
alterações concedidas. (Redação dada pela Resolução Nº autorizada.
229/01) Parágrafo único. A empresa se incumbirá do
Art. 13 Para importar e exportar substâncias constantes encaminhamento das vias aos órgãos competentes.
das listas deste Regulamento Técnico e de suas Art. 17 A Autorização de Importação da Cota Anual e da
atualizações bem como os medicamentos que as Cota Suplementar terá validade até 31 (trinta e um) de
contenham, a empresa dependerá de anuência prévia da dezembro do ano da sua emissão. (Redação dada pela
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Resolução Nº 229/01)
Saúde, na L.I. - Licenciamento de Importação ou R.O.E. Art. 18 Para exportar substâncias constantes das listas
- Registro de Operações de Exportação, emitida em "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
formulário próprio ou por procedimento informatizado. (psicotrópicas) e da lista "D1" (precursoras), incluídas
Parágrafo único. A Secretaria de Vigilância Sanitária do neste Regulamento Técnico e nas suas atualizações, e os
Ministério da Saúde deverá remeter uma via do medicamentos que as contenham, o interessado
documento de Importação e/ou Exportação à Autoridade devidamente habilitado perante a Secretaria de Vigilância
Sanitária competente do Estado ou Distrito Federal em Sanitária do Ministério da Saúde, e ao Órgão equivalente
que estiver sediado o estabelecimento. do Estado e Distrito Federal deverá requerer a
Art. 14 A importação de substâncias constantes das listas Autorização de Exportação (ANEXO IV), devendo ainda
"A1" e "A2" (entorpecentes), das listas "A3", "B1" e apresentar a Autorização expedida pelo órgão
"B2" (psicotrópicas) incluídas neste Regulamento competente do país importador.
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§ 1º O documento da Autorização de Importação para as (ANEXO II da Portaria SVS/MS n.º 6/99); b)
substâncias da lista "D1" (precursoras), constantes deste justificativa técnica do pedido; e c) nota pró-forma
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como emitida pela empresa exportadora, constando o
os medicamentos que as contenham, será estabelecido na quantitativo a ser efetivamente importado. (Redação dada
Instrução Normativa deste Regulamento Técnico. pela Resolução - RDC Nº 17, de 23 de janeiro de 2003)
§ 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da § 3º A documentação deve ser assinada pelo
Saúde emitirá o Certificado de Não Objeção (ANEXO Representante Legal e Responsável Técnico e
III), quando a substância ou medicamento objeto da protocolizada junto a Agência Nacional de Vigilância
exportação não está sob controle especial no Brasil. Sanitária. (Redação dada pela Resolução - RDC Nº 17,
§ 3º Para fabricar medicamentos, a base de substâncias de 23 de janeiro de 2003)
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Art. 24 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22
suas atualizações, com fim exclusivo de exportação a de março de 2011
empresa deve atender as disposições legais impostas na Art. 25 A compra, venda, transferência ou devolução das
Instrução Normativa deste Regulamento Técnico. substâncias constantes das listas "A1", "A2"
Art. 19 A Autorização de Exportação, e o Certificado de (entorpecentes), "A3" , "B1" e "B2" (psicotrópicas), C1"
Não Objeção, ambos de caráter intransferível, serão (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
expedidos em 6 (seis) e 5 (cinco) vias, respectivamente, (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes)
podendo os mesmos serem emitidos por processo e "D1" (precursoras) deste Regulamento Técnico e de
informatizado, ou não, os quais terão a seguinte suas atualizações, bem como os medicamentos que as
destinação: contenham, devem estar acompanhadas de Nota Fiscal ou
1ª via - Órgão competente do Ministério da Saúde; Nota Fiscal Fatura, isentos de visto da Autoridade
2ª via - Importador; Sanitária local do domicílio do remetente.
3ª via - Exportador; Parágrafo único. As vendas de medicamentos a base da
4ª via - Autoridade competente do país importador; substância Misoprostol constante da lista "C1" (outras
5ª via - Delegacia de Repressão a Entorpecentes do substâncias sujeitas a controle especial) deste
Departamento de Polícia Federal do Estado do Rio de Regulamento Técnico, ficarão restritas a
Janeiro, exceto o Certificado de Não Objeção; estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados e
6ª via - Autoridade Sanitária competente do Estado ou credenciados junto a Autoridade Sanitária competente.
Distrito Federal, onde estiver sediada a empresa Art. 26 A Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura de venda ou
autorizada. transferência de substâncias constantes das listas deste
Parágrafo único. A empresa se incumbirá do Regulamento Técnico de suas atualizações, bem como os
encaminhamento das vias aos órgãos competentes. medicamentos que as contenham, deverá distingui-los,
Art. 20 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 após o nome respectivo, através de colocação entre
de março de 2011. parênteses, da letra indicativa da lista a que se refere.
Art. 21 - Revogado pela Resolução - RDC Nº 62, de 11 Parágrafo único. Revogado pela Resolução - RDC Nº 11,
de fevereiro de 2016. de 22 de março de 2011
Art. 22 Revogado pela Resolução - RDC Nº 201, de Art. 27 O estoque de substâncias e medicamentos de que
18 de julho de 2002 trata este Regulamento Técnico não poderá ser superior
Art. 23 A importação das substâncias constantes das as quantidades previstas para atender as necessidades de
Listas "A1" e "A2" (entorpecentes de uso permitido), 6 (seis) meses de consumo.
"A3", "B1" e "B2" (psicotrópicos de uso permitido), § 1º O estoque de medicamentos destinados aos
"D1" (precursores de uso permitido), "F1" (entorpecentes Programas Especiais do Sistema Único de Saúde não está
de uso proscrito), "F2" (psicotrópicos de uso proscrito) e sujeito as exigências previstas no caput deste artigo.
"F3" (precursores de uso proscrito) da Portaria SVS/MS § 2º Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 de
nº 344/98, e de suas atualizações, destinadas março de 2011
exclusivamente para fins de ensino e/ou pesquisa, Art. 28 As farmácias e drogarias para dispensar
análises e utilizadas como padrão de referência, medicamentos de uso sistêmico a base de substâncias
dependerá da emissão de Autorização de Importação pela constantes da lista "C2" (retinóicas), somente poderá ser
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e terá validade realizada mediante o credenciamento prévio efetuado
de 1 (um) ano contados a partir da data de sua emissão. pela Autoridade Sanitária Estadual.
(Redação dada pela Resolução - RDC Nº 17, de 23 de Parágrafo único. As empresas titulares de registros de
janeiro de 2003) produtos ficam obrigadas a manter um cadastro
§ 1º Independerá da fixação de Cota a importação de que atualizado dos seus revendedores, previamente
trata o caput deste artigo, especialmente destinada a credenciados junto a Autoridade Sanitária Estadual.
padrões de referência. (Redação dada pela Resolução – Art. 29 Fica proibida a manipulação em farmácias das
RDC Nº 17, de 23 de janeiro de 2003) substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas), na
§ 2º Os documentos exigidos para petição da Autorização preparação de medicamentos de uso sistêmico, e de
de Importação são: a) formulário de petição preenchido, medicamentos a base das substâncias constantes da lista
no que couber, em 2 (duas) vias (original e cópia) "C3" (imunossupressoras) deste Regulamento Técnico e
de suas atualizações.(Revogado, unicamente no que se
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refere à substância talidomida, pela Resolução - RDC Nº de suas atualizações, em apresentações não registradas
11, de 22 de março de 2011). e/ou comercializadas no Brasil, quando adquiridos por
Art. 30 A manipulação de substâncias retinóicas (lista pessoas físicas, para uso próprio. Para a aquisição em
"C2" deste Regulamento Técnico e de suas atualizações), questão é obrigatória a apresentação da receita médica e
na preparação de medicamentos de uso tópico, somente, do documento fiscal comprobatório da aquisição em
será realizada por farmácias que sejam certificadas em quantidade para uso individual, sendo proibida sua venda
Boas Práticas de Manipulação (BPM). ou comércio. (Redação dada pela Resolução - RDC Nº
Parágrafo único. Fica proibida a manipulação da 63/2008.
substância isotretinoína (lista "C2" – retinóides) na §2° Excetua-se do disposto no caput deste artigo, os
preparação de medicamentos de uso tópico. medicamentos a base de substâncias constantes da lista
"C4" (antiretrovirais) e de suas atualizações. (Redação
CAPÍTULO IV dada pela Resolução - RDC Nº 63/2008.
DO TRANSPORTE
Art. 31 A transportadora de substâncias constantes das CAPÍTULO V
listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações e DA PRESCRIÇÃO
os medicamentos que as contenham, deverá estar DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA
devidamente legalizada junto aos órgãos competentes. Art. 35 A Notificação de Receita é o documento que
Parágrafo único. As Empresas que exercem, acompanhado de receita autoriza a dispensação de
exclusivamente, a atividade de transporte de substâncias medicamentos a base de substâncias constantes das listas
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
suas atualizações e os medicamentos que as contenham, (psicotrópicas), "C2" (retinóicas para uso sistêmico) e
devem solicitar a concessão da Autorização Especial de "C3" (imunossupressoras), deste Regulamento Técnico e
que trata o Capítulo II deste Regulamento Técnico. de suas atualizações. (Revogado, unicamente no que se
Art. 32 O transporte de substâncias constantes das listas refere à substância talidomida pela Resolução RDC
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações ou os Nº 11, de 22 de março de 2011)
medicamentos que as contenham ficará sob a § 1º Caberá à Autoridade Sanitária, fornecer ao
responsabilidade solidária das empresas remetente e profissional ou instituição devidamente cadastrados, o
transportadora, para todos os efeitos legais. talonário de Notificação de Receita "A", e a numeração
§ 1º A transportadora deverá manter, em seu arquivo, para confecção dos demais talonários, bem como avaliar
cópia autenticada da Autorização Especial das empresas e controlar esta numeração.
para as quais presta serviços. § 2º A reposição do talonário da Notificação de Receita
§ 2º É vedado o transporte de medicamentos a base de "A" ou a solicitação da numeração subsequente para as
substâncias, constantes das listas deste Regulamento demais Notificações de Receita, se fará mediante
Técnico e de suas atualizações, por pessoa física, quando requisição (ANEXO VI), devidamente preenchida e
de sua chegada ou saída no país, em viagem assinada pelo profissional.
internacional, sem a devida cópia da prescrição médica § 3º A Notificação de Receita deverá estar preenchida de
Art. 33 As substâncias constantes das listas deste forma legível, sendo a quantidade em algarismos
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura.
os medicamentos que as contenham, quando em estoque § 4º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou
ou transportadas sem documento hábil, serão dispensar quando todos os itens da receita e da respectiva
apreendidas, incorrendo os portadores e mandatários nas Notificação de Receita estiverem devidamente
sanções administrativas previstas na legislação sanitária, preenchidos.
sem prejuízo das sanções civis e penais. § 5º A Notificação de Receita será retida pela farmácia
Parágrafo único. Após o trâmite administrativo, a ou drogaria e a receitadevolvida ao paciente devidamente
Autoridade Sanitária local deverá encaminhar cópia do carimbada, como comprovante do aviamento ou da
processo à Autoridade Policial competente, quando se dispensação.
tratar de substâncias constantes das listas "A1", "A2" § 6º A Notificação de Receita não será exigida para
(entorpecentes) , "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas) e pacientes internados nos estabelecimentos hospitalares,
"D1" (precursoras) e os medicamentos que as contenham médico ou veterinário, oficiais ou particulares, porém a
dispensação se fará mediante receita ou outro documento
Art. 34 É vedada a compra e venda no mercado interno e equivalente (prescrição diária de medicamento), subscrita
externo de substâncias constantes das listas deste em papel privativo do estabelecimento.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como § 7º A Notificação de Receita é personalizada e
os seus respectivos medicamentos, por sistemas de intransferível, devendo conter somente uma substância
reembolso, através de qualquer meio de comunicação, das listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3", "B1" e
incluindo as vias postal e eletrônica. (Redação dada pela "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóides de uso sistêmico) e
Resolução - RDC Nº 63/2008. "C3" (imunossupressoras) deste Regulamento Técnico e
§1° Excetua-se do disposto no caput deste artigo a de suas atualizações, ou um medicamento que as
compra no mercado externo de medicamentos a base de contenham. (Revogado, unicamente no que se refere à
substâncias da lista "C1" deste Regulamento Técnico e
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substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11, de magistrais, o número de registro da receita no livro de
22 de março de 2011) receituário.
§ 8º - Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22 de § 1º A distribuição e controle do talão de Notificação de
março de 2011. Receita "A" e a sequência numérica da Notificação de
Art. 36 A Notificação de Receita conforme o anexo IX Receita "B" (psicotrópicos) e a Notificação de Receita
(modelo de talonário oficial "A", para as listas "A1", Especial (retinóides e talidomida), obedecerão ao
"A2" e "A3"), anexo X (modelo de talonário - "B", para disposto na Instrução Norm ativa deste Regulamento
as listas "B1" e "B2"), anexo XI (modelo de talonário - Técnico.
"B" uso veterinário para as listas "B1" e "B2"), anexo XII § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada a receita
(modelo para os retinóides de uso sistêmico, lista "C2") e de medicamentos sujeitos a Notificação de Receita a base
anexo XIII (modelo para a Talidomida, lista "C3") deverá de substâncias constante das listas deste Regulamento
conter os itens referentes as alíneas a, b e c devidamente Técnico e de suas atualizações, em papel não oficial,
impressos e apresentando as seguintes características: devendo conter obrigatoriamente: o diagnóstico ou CID,
(Revogado, unicamente no que se refere à substância a justificativa do caráter emergencial do atendimento,
talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011) data, inscrição no Conselho Regional e assinatura
a) sigla da Unidade da Federação; devidamente identificada. O estabelecimento que aviar
b) identificação Numérica: - a seqüência numérica será a referida receita deverá anotar a identificação do
fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos comprador e apresentá-la à Autoridade Sanitária local
Estados, Municípios e Distrito Federal; dentro de 72 (setenta e duas) horas, para "visto".
c) identificação do emitente: - nome do profissional com Art. 37 Será suspenso o fornecimento do talonário da
sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da Notificação de Receita "A" (listas "A1" e "A2" -
respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, entorpecentes e "A3" - psicotrópicas) e/ou seqüência
endereço completo e telefone; numérica da Notificação de Receita "B" (listas "B1" e
d) identificação do usuário: nome e endereço completo "B2" –psicotrópicas) e da Notificação de Receita
do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e Especial (listas: "C2" - retinóicas de uso sistêmico e "C3"
endereço completo do proprietário e identificação do - imunossupressoras), quando for apurado seu uso
animal; indevido pelo profissional ou pela instituição, devendo o
e) nome do medicamento ou da substância: prescritos sob fato ser comunicado ao órgão de classe e as demais
a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), autoridades competentes. (Revogado, unicamente no que
dosagem ou concentração, forma farmacêutica, se refere à substância talidomida pela Resolução - RDC
quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e Nº 11, de 22 de março de 2011)
posologia;
f) símbolo indicativo: no caso da prescrição de retinóicos Art. 38 As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos
deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, veterinários só poderão ser feitas quando para uso
recortada ao meio, com a seguinte advertência: "Risco de odontológico e veterinário, respectivamente.
graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no Art. 39 Nos casos de roubo, furto ou extravio de parte ou
sistema nervoso do feto"; de todo o talonário da Notificação de Receita, fica
g) data da emissão; obrigado o responsável a informar, imediatamente, à
h) assinatura do prescritor: quando os dados do Autoridade Sanitária local, apresentando o respectivo
profissional estiverem devidamente impressos no campo Boletim de Ocorrência Policial (B.O.).
do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Art. 40 A Notificação de Receita "A", para a prescrição
Receita. No caso de o profissional pertencer a uma dos medicamentos e substâncias das listas "A1" e "A2"
instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), de cor amarela,
identificar a assinatura com carimbo, constando a será impressa, as expensas da Autoridade Sanitária
inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de Estadual ou do Distrito Federal, conforme modelo anexo
forma legível; IX, contendo 20 (vinte) folhas em cada talonário. Será
i) identificação do comprador: nome completo, número fornecida gratuitamente pela Autoridade Sanitária
do documento de identificação, endereço completo e competente do Estado, Município ou Distrito Federal,
telefone; aos profissionais e instituições devidamente cadastrados.
j) identificação do fornecedor: nome e endereço § 1º Na solicitação do primeiro talonário de Notificação
completo, nome do responsável pela dispensação e data de Receita "A" o profissional ou o portador poderá
do atendimento; dirigir-se, pessoalmente, ao Serviço de Vigilância
l) identificação da gráfica: nome, endereço e Sanitária para o cadastramento ou encaminhar ficha
C.N.P.J./C.G.C. impressos no rodapé de cada folha do cadastral devidamente preenchida com sua assinatura
talonário. Deverá constar também, a numeração inicial e reconhecida em cartório.
final concedidas ao profissional ou instituição e o número § 2º Para o recebimento do talonário, o profissional ou o
da Autorização para confecção de talonários emitida pela portador deverá estar munido do respectivo carimbo, que
Vigilância Sanitária local; será aposto na presença da Autoridade Sanitária, em
m) identificação do registro: anotação da quantidade todas as folhas do talonário no campo "Identificação do
aviada, no verso, e quando tratar-se de formulações Emitente".
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Art. 41 A Notificação de Receita "A" será válida por 30 juntamente com a Notificação de Receita "B" ao paciente
(trinta) dias a contar da data de sua emissão em todo o para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria.
Território Nacional, sendo necessário que seja § 2º No caso de formulações magistrais, as formas
acompanhada da receita médica com justificativa do uso, farmacêuticas deverão conter, no máximo, as
quando para aquisição em outra Unidade Federativa. concentrações que constam de Literaturas Nacional e
Parágrafo único. As farmácias ou drogarias ficarão Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV).
obrigadas a apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e Art. 47 Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de
duas) horas, à Autoridade Sanitária local, as Notificações fórmulas contendo associação medicamentosa das
de Receita "A" procedentes de outras Unidades substâncias anorexígenas constantes das listas deste
Federativas, para averiguação e visto. Regulamento Técnico e de suas atualizações, quando
Art. 42 As Notificações de Receitas "A" que contiverem associadas entre si ou com ansiolíticos, diuréticos,
medicamentos a base das substâncias constantes das hormônios ou extratos hormonais e laxantes, bem como
listas "A1" e "A2" (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicas) quaisquer outras substâncias com ação medicamentosa.
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações Art. 48 Ficam proibidas a prescrição e o aviamento de
deverão ser remetidas até o dia 15 (quinze) do mês fórmulas contendo associação medicamentosa de
subseqüente às Autoridades Sanitárias Estaduais ou substâncias ansiolíticas, constantes das listas deste
Municipais e do Distrito Federal, através de relação em Regulamento Técnico e de suas atualizações, associadas
duplicata, que será recebida pela Autoridade Sanitária a substâncias simpatolíticas ou parassimpatolíticas.
competente mediante recibo, as quais, após conferência, Art. 49 Revogado pela Resolução - RDC Nº 11, de 22
serão devolvidas no prazo de 30 (trinta) dias. de março de 2011.
Art. 43 A Notificação de Receita "A" poderá conter no Art. 50 A Notificação de Receita Especial, de cor branca,
máximo de 5 (cinco) ampolas e para as demais formas para prescrição de medicamentos a base de substâncias
farmacêuticas de apresentação, poderá conter a constantes da lista "C2" (retinóides de uso sistêmico)
quantidade correspondente no máximo a 30 (trinta) dias deste Regulamento Técnico e de suas atualizações será
de tratamento. impressa às expensas do médico prescritor ou pela
§ 1º Acima das quantidades previstas neste Regulamento instituição a qual esteja filiado, terá validade por um
Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua
contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) emissão e somente dentro da Unidade Federativa que
ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando concedeu a numeração.
juntamente com a Notificação de Receita "A" ao paciente § 1º A Notificação de Receita Especial de Retinóides,
para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria. para preparações farmacêuticas de uso sistêmico, poderá
§ 2º No momento do envio da Relação Mensal de conter no máximo 5 (cinco) ampolas, e, para as demais
Notificações de Receita "A" – RMNRA (ANEXO XXIV) formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento
à Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito correspondente no máximo a 30 (trinta) dias, contados a
Federal, os estabelecimentos deverá enviar a Notificação partir de sua emissão e somente dentro da Unidade
de Receita "A" acompanhada da justificativa. Federativa que concedeu a numeração.
§ 3º No caso de formulações magistrais, as formas § 2º A Notificação de Receita Especial para dispensação
farmacêuticas deverão conter, no máximo, as de medicamentos de uso sistêmico que contenham
concentrações que constam de Literaturas Nacional e substâncias constantes da lista "C2" (retinóicas) deste
Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV). Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá estar
Art. 44 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a acompanhada de "Termo de Consentimento Pós-
administração de medicamentos a base de substâncias Informação" (ANEXO XV e ANEXO XVI), fornecido
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de pelos profissionais aos pacientes alertando-os que o
suas atualizações, a Autoridade Sanitária local deverá medicamento é pessoal e intransferível, e das suas
orientar o paciente ou seu responsável, sobre a destinação reações e restrições de uso.
do medicamento remanescente. Art. 51 Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas
Art. 45 A Notificação de Receita "B", de cor azul, médicas e clínicas veterinárias (no que couber), oficiais
impressa as expensas do profissional ou da instituição, ou particulares, os medicamentos a base de substâncias
conforme modelos anexos (X e XI) a este Regulamento constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
Técnico, terá validade por um período de 30 (trinta) dias "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C2" (retinóicas de uso
contados a partir de sua emissão e somente dentro da sistêmico), "C3" (imunossupressoras), deste
Unidade Federativa que concedeu a numeração. Regulamento Técnico e de suas atualizações, poderão ser
Art. 46 A Notificação de Receita "B" poderá conter no dispensados ou aviados a pacientes internados ou em
máximo 5 (cinco) ampolas e, para as demais formas regime de semi-internato, mediante receita privativa do
farmacêuticas, a quantidade para o tratamento estabelecimento, subscrita por profissional em exercício
correspondente no máximo a 60 (sessenta) dias. no mesmo. (Revogado, unicamente no que se refere à
§ 1º Acima das quantidades previstas neste Regulamento substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011.
Técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa Parágrafo único. Para pacientes em tratamento
contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) ambulatorial será exigida a Notificação de Receita,
ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando
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obedecendo ao disposto no artigo 36 deste Regulamento Art. 55 As receitas que incluam medicamentos a base de
Técnico. (Revogado, unicamente no que se refere à substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
substância talidomida pela Resolução - RDC Nº 11/2011. sujeitas a controle especial) , "C5" (anabolizantes) e os
adendos das listas "A1" (entorpecentes), "A2" e "B1"
DA RECEITA (psicotrópicos) deste Regulamento Técnico e de suas
Art. 52 O formulário da Receita de Controle Especial atualizações, somente poderão ser aviadas quando
(ANEXO XVII), válido em todo o Território Nacional, prescritas por profissionais devidamente habilitados e
deverá ser preenchido em 2 (duas) vias, manuscrito, com os campos descritos abaixo devidamente
datilografado ou informatizado, apresentando, preenchidos:
obrigatoriamente, em destaque em cada uma das vias os a) identificação do emitente: impresso em formulário do
dizeres: "1ª via - Retenção da Farmácia ou Drogaria" e profissional ou da instituição, contendo o nome e
"2ª via - Orientação ao Paciente". endereço do consultório e/ ou da residência do
§ 1º A Receita de Controle Especial deverá estar escrita profissional, n.º da inscrição no Conselho Regional e no
de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e caso da instituição, nome e endereço da mesma;
por extenso, sem emenda ou rasura e terá validade de 30 b) identificação do usuário: nome e endereço completo
(trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e
medicamentos a base de substâncias constantes das listas endereço completo do proprietário e identificação do
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e animal;
"C5" (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de c) nome do medicamento ou da substância prescrita sob a
suas atualizações. forma de Denominação Comum Brasileira (DCB),
§ 2º A farmácia ou drogaria somente poderá aviar ou dosagem ou concentração, forma farmacêutica,
dispensar a receitaquando todos os itens estiverem quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e
devidamente preenchidos. posologia;
§ 3º As farmácias ou drogarias ficarão obrigadas a d) data da emissão;
apresentar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, à e) assinatura do prescritor: quando os dados do
Autoridade Sanitária local, as Receitas de Controle profissional estiverem devidamente impressos no
Especial procedentes de outras Unidades Federativas, cabeçalho da receitaeste poderá apenas assiná-la. No caso
para averiguação e visto. de o profissional pertencer a uma instituição ou
§ 4º Somente será permitido a aplicação do fator de estabelecimento hospitalar, deverá identificar sua
equivalência entre as substâncias e seus respectivos assinatura, manualmente de forma legível ou com
derivados (Base/Sal), em prescrições contendo carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional;
formulações magistrais, sendo necessário que as f) identificação do registro: na receitaretida, deverá ser
quantidades correspondentes estejam devidamente anotado no verso, a quantidade aviada e, quando tratar-se
identificadas nos rótulos da embalagem primária do de formulações magistrais, também o número do registro
medicamento. da receita no livro correspondente.
Art. 53 O aviamento ou dispensação de Receitas de § 1º As prescrições por cirurgiões dentistas e médicos
Controle Especial, contendo medicamentos a base de veterinários só poderão ser feitas quando para uso
substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias odontológico e veterinário, respectivamente.
sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste § 2º Em caso de emergência, poderá ser aviada ou
Regulamento Técnico e de suas atualizações, em dispensada a receita de medicamento a base de
qualquer forma farmacêutica ou apresentação, é privativo substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias
de farmácia ou drogaria e somente poderá ser efetuado sujeitas a controle especial) deste Regulamento Técnico e
mediante receitasendo a "1ª via - Retida no de suas atualizações, em papel não privativo do
estabelecimento farmacêutico" e a "2ª via - Devolvida ao profissional ou da instituição, contendo obrigatoriamente:
Paciente", com o carimbo comprovando o atendimento. o diagnóstico ou CID, a justificativa do caráter
Art. 54 A prescrição de medicamentos a base de emergencial do atendimento, data, inscrição no Conselho
substâncias anti-retrovirais (lista "C4"), só poderá ser Regional e assinatura devidamente identificada. O
feita por médico e será aviada ou dispensada nas estabelecimento que aviar ou dispensar a referida receita
farmácias do Sistema Único de Saúde , em formulário deverá anotar a identificação do comprador e apresentá-la
próprio estabelecido pelo programa de DST/AIDS, onde à Autoridade Sanitária do Estado, Município ou Distrito
a receita ficará retida. Ao paciente, deverá ser entregue Federal, dentro de 72 (setenta e duas) horas, para visto.
um receituário médico com informações sobre seu Art. 56 Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas
tratamento. No caso do medicamento adquirido em médicas e clínicas veterinárias, oficiais ou particulares,
farmácias ou drogarias será considerado o previsto no os medicamentos a base de substâncias constantes das
artigo anterior. listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle
Parágrafo único. Fica vedada a prescrição de especial) e "C5" (anabolizantes) deste Regulamento
medicamentos a base de substâncias constantes da lista Técnico e de suas atualizações, poderão ser aviados ou
"C4" (anti-retrovirais), deste Regulamento Técnico e de dispensados a pacientes internados ou em regime de
suas atualizações, por médico veterinário ou cirurgiões semi-internato, mediante receita privativa do
dentistas.
30
estabelecimento, subscrita por profissional em exercício Art. 62 Todo estabelecimento, entidade ou órgão oficial
no mesmo. que produzir, comercializar, distribuir, beneficiar,
Parágrafo único. Para pacientes em tratamento preparar, fracionar, dispensar, utilizar, extrair, fabricar,
ambulatorial será exigida a Receita de Controle Especial transformar, embalar, reembalar, vender, comprar,
em 2 (duas) vias, obedecendo ao disposto no artigo 55 armazenar ou manipular substância ou medicamento de
deste Regulamento Técnico. que trata este Regulamento Técnico e de suas
Art. 57 A prescrição poderá conter em cada receita, no atualizações, com qualquer finalidade deverá escriturar e
máximo 3 (três) substâncias constantes da lista "C1" manter no estabelecimento para efeito de fiscalização e
(outras substâncias sujeitas a controle especial) deste controle, livros de escrituração conforme a seguir
Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou discriminado:
medicamentos que as contenham. § 1º Livro de Registro Específico (ANEXO XVIII) –
Art. 58 A prescrição de anti-retrovirais poderá conter em para indústria farmoquímica, laboratórios farmacêuticos,
cada receitano máximo 5 (cinco) substâncias constantes distribuidoras, drogarias e farmácias.
da lista "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento § 2º Livro de Receituário Geral – para farmácias
Técnico e de suas atualizações, ou medicamentos que as magistrais.
contenham. § 3º Excetua-se da obrigação da escrituração de que trata
Art. 59 A quantidade prescrita de cada substância este capítulo, as empresas que exercem exclusivamente a
constante da lista "C1" (outras substâncias sujeitas a atividade de transportar.
controle especial) e "C5" (anabolizantes), deste Art. 63 Os Livros de Receituário Geral e de Registro
Regulamento Técnico e de suas atualizações, ou Específico deverão conter Termos de Abertura e de
medicamentos que as contenham, ficará limitada a 5 Encerramento (ANEXO XIX), lavrados pela Autoridade
(cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas, a Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal.
quantidade para o tratamento correspondente a no § 1º Os livros a que se refere o caput deste artigo,
máximo 60 (sessenta) dias. poderão ser elaborados através de sistema informatizado
Parágrafo único. No caso de prescrição de substâncias ou previamente avaliado e aprovado pela Autoridade
medicamentos antiparkinsonianos e anticonvulsivantes, a Sanitária do Estado, Município ou Distrito Federal.
quantidade ficará limitada até 6 (seis) meses de § 2º No caso do Livro de Registro Específico, deverá ser
tratamento. mantido um livro para registro de substâncias e
Art. 60 Acima das quantidades previstas nos artigos 57 e medicamentos entorpecentes (listas "A1" e "A2"), um
59, o prescritor deverá apresentar justificativa com o CID livro para registro de substâncias e medicamentos
ou diagnóstico e posologia, datando e assinando as duas psicotrópicos (listas "A3", "B1" e "B2"), um livro para as
vias. substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial
Parágrafo único. No caso de formulações magistrais, as (listas "C1", "C2", "C4" e "C5") e um livro para a
formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as substância e/ou medicamento da lista "C3"
concentrações que constam de Literaturas Nacional e (imunossupressoras).(Revogado, unicamente no que se
Internacional oficialmente reconhecidas (ANEXO XIV). refere à substância talidomida pela Resolução - RDC Nº
Art. 61 As plantas da lista "E" (plantas que podem 11, de 22 de março de 2011)
originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e
as substâncias da lista "F" (substâncias de uso proscrito § 3º Cada página do Livro de Registro Específico
no Brasil), deste Regulamento Técnico e de suas destina-se a escrituração de uma só substância ou
atualizações, não poderão ser objeto de prescrição e medicamento, devendo ser efetuado o registro através da
manipulação de medicamentos alopáticos e denominação genérica (DCB), combinado com o nome
homeopáticos. (Redação dada pela Resolução – RDC nº comercial.
66, de 18 de março de 2016) Art. 64 Os Livros, Balanços e demais documentos
§1º Excetuam-se do disposto no caput: comprovantes de movimentação de estoque, deverão ser
I - a prescrição de medicamentos registrados na Anvisa arquivados no estabelecimento pelo prazo de 2 (dois)
que contenham em sua composição a planta Cannabis anos, findo o qual poderão ser destruídos.
sp., suas partes ou substâncias obtidas a partir dela, § 1º A escrituração de todas as operações relacionadas
incluindo o tetrahidrocannabinol (THC). com substâncias constantes nas listas deste Regulamento
II - a prescrição de produtos que possuam as substâncias Técnico e de suas atualizações, bem como os
canabidiol e/ou tetrahidrocannabinol (THC), a serem medicamentos que as contenham, será feita de modo
importados em caráter de excepcionalidade por pessoa legível e sem rasuras ou emendas, devendo ser atualizada
física, para uso próprio, para tratamento de saúde, semanalmente.
mediante prescrição médica. § 2º Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
§2º Para a importação prevista no inciso II do parágrafo § 3º Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
anterior se aplicam os mesmos requisitos estabelecidos Art. 65 Os Livros de Registros Específicos destinam-se a
pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 17, de 6 anotação, em ordem cronológica, de estoque, entradas
de maio de 2015. (por aquisição ou produção), saídas (por vendas,
CAPÍTULO VI processamento, beneficiamento, uso) e perdas.
DA ESCRITURAÇÃO
31
Art. 66 Quando, por motivo de natureza fiscal ou Art. 69 O Balanço de Medicamentos Psicoativos e de
processual, o Livro de Registro Específico for apreendido outros Sujeitos a Controle Especial - BMPO, destina-se
pela Autoridade Sanitária ou Policial, ficarão suspensas ao registro de vendas de medicamentos a base de
todas as atividades relacionadas a substâncias e/ou substâncias constantes das listas "A1", "A2"
medicamentos nele registrados até que o referido livro (entorpecentes), "A3" e "B2" (psicotrópicos) e "C4"
seja liberado ou substituído. (anti-retrovirais) deste Regulamento Técnico e de suas
atualizações, por farmácias e drogarias conforme modelo
CAPÍTULO VII (ANEXO XXI) , em 2 (duas) vias, e remetido à
DA GUARDA Autoridade Sanitária pelo Farmacêutico Responsável
Art. 67 As substâncias constantes das listas deste trimestralmente até o dia 15 (quinze) dos meses de abril,
Regulamento Técnico e de suas atualizações, bem como julho, outubro e janeiro.
os medicamentos que as contenham, existentes nos § 1º O Balanço Anual deverá ser entregue até o dia 31
estabelecimentos, deverão ser obrigatoriamente (trinta e um) de janeiro do ano seguinte.
guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça § 2º Após o visto da Autoridade Sanitária, o destino das
segurança, em local exclusivo para este fim, sob a vias será:
responsabilidade do farmacêutico ou químico 1a via - retida pela Autoridade Sanitária.
responsável, quando se tratar de indústria farmoquímica. 2a via - retida pela farmácia ou drogaria.
§ 3º As farmácias de unidades hospitalares, clínicas
médicas e veterinárias, ficam dispensadas da
CAPITULO VIII apresentação do Balanço de Medicamentos Psicoativos e
DOS BALANÇOS de outros Sujeitos a Controle Especial (BMPO).
Art. 68 O Balanço de Substâncias Psicoativas e Outras Art. 70 Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011
Substâncias Sujeitas a Controle Especial - BSPO Art. 71 A Relação Mensal de Venda de Medicamentos
(ANEXO XX), será preenchido com a movimentação do Sujeitos a Controle Especial - RMV (ANEXO XXIII),
estoque das substâncias constantes das listas "A1" e "A2" destina-se ao registro das vendas de medicamentos a base
(entorpecentes), "A3","B1" e "B2" (psicotrópicas), de substâncias constantes das listas deste Regulamento
"C1"(outras substâncias sujeitas a controle especial), Técnico e de suas atualizações, excetuando-se as
"C2" (retinóicas), "C3" (imunossupressoras), "C4" (anti- substâncias constantes da lista "D1" (precursoras),
retrovirais), "C5" (anabolizantes) e "D1" (precursoras), efetuadas no mês anterior, por indústria ou laboratório
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, em 3 farmacêutico e distribuidor, e serão encaminhadas à
(três) vias, e remetido à Autoridade Sanitária pelo Autoridade Sanitária, pelo Farmacêutico Responsável ,
farmacêutico/químico responsável trimestralmente até o até o dia 15 (quinze) de cada mês, em 2 (duas) vias,
dia 15 (quinze) dos meses de abril, julho, outubro e sendo uma das vias retida pela Autoridade Sanitária e a
janeiro. outra devolvida ao estabelecimento depois de visada.
§ 1º O Balanço Anual deverá ser entregue até o dia 31 Art. 72 A Relação Mensal de Notificações de Receita
(trinta e um) de janeiro do ano seguinte. "A" - RMNRA (ANEXO XXIV), destina-se ao registro
§ 2º Após o visto da Autoridade Sanitária, o destino das das Notificações de Receita "A" retidas em farmácias e
vias será: drogarias quando da dispensação de medicamentos a
1a via - a empresa ou estabelecimento deverá remeter à base de substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da (entorpecentes) e "A3" (psicotrópicas) deste
Saúde. Regulamento Técnico e de suas atualizações, a qual será
2a via - retida pela Autoridade Sanitária. encaminhada junto com as respectivas notificações à
3a via - retida na empresa ou instituição. Autoridade Sanitária, pelo farmacêutico responsável , até
§ 3º As 1ª e 2ª vias deverão ser acompanhadas dos o dia 15 (quinze) de cada mês, em 2 (duas) vias, sendo
respectivos disquetes quando informatizado. uma das vias retida pela Autoridade Sanitária e a outra
§ 4º O Balanço de Substâncias Psicoativas e Outras devolvida ao estabelecimento depois de visada.
Substâncias Sujeitas a Controle Especial - BSPO, deverá Parágrafo único. A devolução das notificações de receitas
ser a cópia fiel e exata da movimentação das substâncias a que se refere o caput deste artigo se dará no prazo de 30
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de (trinta) dias a contar da data de entrega.
suas atualizações, registrada nos Livros a que se refere o Art. 73 A falta de remessa da documentação mencionada
Capítulo VI deste Regulamento Técnico. nos artigos 68, 69, 70, 71 e 72, nos prazos estipulados
§ 5º É vedado a utilização de ajustes, utilizando o fator por este Regulamento Técnico, sujeitará o infrator as
de correção, de substâncias constantes das listas deste penalidades previstas na legislação sanitária em vigor.
Regulamento Técnico e de suas atualizações, quando do Art. 74 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
preenchimento do BSPO. Ministério da Saúde e o Órgão de Repressão a
§ 6º A aplicação de ajustes de substâncias constantes das Entorpecentes da Polícia Federal, trocarão, anualmente,
listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, relatórios sobre as informações dos Balanços envolvendo
que compõem os dados do BSPO será privativa da substâncias e medicamentos entorpecentes, psicotrópicos
Autoridade Sanitária competente do Ministério da Saúde. e precursoras.

32
Art. 75 A Secretaria de Vigilância Sanitária do anorexígenos) deverá constar, em destaque, no rótulo e
Ministério da Saúde encaminhará relatórios estatísticos, bula, a frase: "Atenção: Este Medicamento pode causar
trimestral e anualmente ao órgão Internacional de Hipertensão Pulmonar".
Fiscalização de Drogas das Nações Unidas com a Art. 83 Os rótulos de embalagens dos medicamentos a
movimentação relativa às substâncias entorpecentes, base de substâncias constantes das listas "C1" (outras
psicotrópicos e precursoras. substâncias sujeitas a controle especial), "C2" (retinóides
Parágrafo único. Os prazos para o envio dos relatórios de uso tópico) "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
estatísticos de que trata o caput desse artigo obedecerão (anabolizantes) deste Regulamento Técnico e de suas
aqueles previstos nas Convenções Internacionais de atualizações, deverão ter uma faixa horizontal de cor
Entorpecentes, Psicotrópicos e Precursoras. vermelha abrangendo todos os seus lados, na altura do
Art. 76 É permitido o preenchimento dos dados em terço médio e com largura não inferior a um terço da
formulários ou por sistema informatizado, da largura do maior lado da face maior.
documentação a que se refere este Regulamento Técnico, § 1º Nas bulas e rótulos dos medicamentos a que se
providenciando a remessa do disquete à Autoridade refere o caput deste artigo para as listas "C1" (outras
Sanitária do Ministério da Saúde, obedecendo aos substâncias sujeitas a controle especial), "C4" (anti-
modelos e prazos estipulados neste capítulo. retrovirais) e "C5" (anabolizantes), deverá constar,
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo
CAPÍTULO IX maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição
DA EMBALAGEM Médica"- "Só Pode ser Vendido com Retenção da
Art. 77 É atribuição da Secretaria de Vigilância Sanitária Receita".
do Ministério da Saúde a padronização de bulas, rótulos e § 2º Nas bulas e rótulos dos medicamentos que contêm
embalagens dos medicamentos que contenham substâncias anti-retrovirais, constantes da lista "C4" deste
substâncias constantes das listas deste Regulamento Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá
Técnico e de suas atualizações. constar, obrigatoriamente, em destaque e em letras de
Art. 78 Os medicamentos a base de substâncias corpo maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de Prescrição Médica" - "Atenção - O Uso Incorreto Causa
suas atualizações deverão ser comercializados em Resistência do Vírus da AIDS e Falha no Tratamento".
embalagens invioláveis e de fácil identificação. § 3º Nas bulas e rótulos dos medicamentos de uso tópico,
Art. 79 É vedado às drogarias o fracionamento da manipulados ou fabricados, que contêm substâncias
embalagem original de medicamentos a base de retinóicas, constantes da lista "C2" deste Regulamento
substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, deverá constar,
Técnico. obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo
Art. 80 Os rótulos de embalagens de medicamentos a maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição
base de substâncias constantes das listas "A1"e "A2" Médica" - "Atenção - Não Use este Medicamento sem
(entorpecentes) e "A3" (psicotrópicos), deverão ter uma Consultar o seu Médico, caso esteja Grávida. Ele pode
faixa horizontal de cor preta abrangendo todos os lados, causar Problemas ao Feto".
na altura do terço médio e com largura não inferior a um § 4º Na face anterior e posterior da embalagem dos
terço da largura do maior lado da face maior, contendo os medicamentos a base da substância misoprostol constante
dizeres: "Venda sob Prescrição Médica" - "Atenção: da lista C1 (outras substâncias sujeitas a controle
Pode Causar Dependência Física ou Psíquica". especial) deste Regulamento Técnico deverá constar
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se obrigatoriamente, em destaque um símbolo de uma
refere o caput deste artigo deverá constar mulher grávida dentro do círculo cortado ao meio e as
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo seguintes expressões inseridas na tarja vermelha:
maior de que o texto, a expressão: "Atenção: Pode "Atenção: Uso sob Prescrição Médica" – "Só pode ser
Causar Dependência Física ou Psíquica". utilizado com Retenção de Receita" – "Atenção: Risco
Art. 81 Os rótulos de embalagens de medicamentos a para Mulheres Grávidas" – "Venda e uso Restrito a
base de substâncias constantes das listas "B1" e "B2" Hospital".
(psicotrópicos), deverão ter uma faixa horizontal de cor § 5º Nas bulas e rótulos do medicamento que contem
preta abrangendo todos seus lados, na altura do terço misoprostol deve constar obrigatoriamente ao expressão:
médio e com largura não inferior a um terço da largura "Atenção: Risco para Mulheres Grávidas" – "Venda e
do maior lado da face maior, contendo os dizeres: uso Restrito a Hospital".
"Venda sob Prescrição Médica" - "O Abuso deste Art. 84 Os rótulos de embalagens dos medicamentos de
Medicamento pode causar Dependência". uso sistêmico, a base de substâncias constantes das listas
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se "C2" (retinóicas) deste Regulamento Técnico e de suas
refere o caput deste artigo, deverá constar, atualizações, deverão ter uma faixa horizontal de cor
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo vermelha abrangendo todos os seus lados, na altura do
maior de que o texto, a expressão: "O Abuso deste terço médio e com largura não inferior a um terço da
Medicamento pode causar Dependência". largura do maior lado da face maior, contendo os dizeres
Art. 82 Nos casos dos medicamentos contendo a "Venda Sob Prescrição Médica" - "Atenção: Risco para
substância Anfepramona (lista "B2", psicotrópicos-
33
Mulheres Grávidas, Causa Graves Defeitos na Face, nas § 3º O comprovante a que se refere o caput deste artigo,
Orelhas, no Coração e no Sistema Nervoso do Feto". deverá ser retido pelo fabricante ou pela instituição que
Parágrafo único. Nas bulas dos medicamentos a que se recebeu a amostra-grátis do médico, pelo período de 2
refere o caput deste artigo, deverá constar, (dois) anos, ficando a disposição da Autoridade Sanitária
obrigatoriamente, em destaque e em letras de corpo para fins de fiscalização.
maior de que o texto, a expressão: "Venda Sob Prescrição § 4º É vedada a distribuição de amostras-grátis de
Médica" - "Atenção: Risco para Mulheres Grávidas, medicamentos a base de Misoprostol.
Causa Graves Defeitos na Face, nas Orelhas, no Coração Art. 90 Revogado pela Resolução - RDC Nº 96, de 17
e no Sistema Nervoso do Feto". de dezembro de 2008.
Art. 85 Revogado pela Resolução - RDC Nº11/2011 Art. 91 Somente as farmácias poderão receber receitas de
Art. 86 As formulações magistrais contendo substâncias medicamentos magistrais ou oficinais para aviamento,
constantes das listas deste Regulamento Técnico e de vedada a intermediação sob qualquer natureza.
suas atualizações deverão conter no rótulo os dizeres Art. 92 As indústrias veterinárias e distribuidoras,
equivalentes aos das embalagens comerciais dos deverão atender as exigências contidas neste
respectivos medicamentos. Regulamento Técnico que refere-se a Autorização
Especial, ao comércio internacional e nacional,
CAPÍTULO X prescrição, guarda, escrituração, balanços e registro em
DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO livros específicos.
Art. 87 As Autoridades Sanitárias do Ministério da Art. 93 Os medicamentos destinados a uso veterinário,
Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal serão regulamentados em legislação específica.
inspecionarão periodicamente as empresas ou Art. 94 Os profissionais, serviços médicos e/ou
estabelecimentos que exerçam quaisquer atividades ambulatoriais poderão possuir, na maleta de emergência,
relacionadas às substâncias e medicamentos de que trata até 3 (três) ampolas de medicamentos entorpecentes e até
este Regulamento Técnico e de suas atualizações, para 5 (cinco) ampolas de medicamentos psicotrópicos, para
averiguar o cumprimento dos dispositivos legais. aplicação em caso de emergência, ficando sob sua guarda
Parágrafo único. O controle e a fiscalização da produção, e responsabilidade.
comércio, manipulação ou uso das substâncias e Parágrafo único. A reposição das ampolas se fará com a
medicamentos de que trata este Regulamento Técnico e Notificação de Receita devidamente preenchida com o
de suas atualizações serão executadas, quando nome e endereço completo do paciente ao qual tenha sido
necessário, em conjunto com o órgão competente do administrado o medicamento.
Ministério da Fazenda, Ministério da Justiça e seus Art. 95 Quando houver apreensão policial, de plantas,
congêneres nos Estados, Municípios e Distrito Federal. substâncias e/ou medicamentos, de uso proscrito no
Art. 88 As empresas, estabelecimentos, instituições ou Brasil - Lista - "E" (plantas que podem originar
entidades que exerçam atividades correlacionadas com substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas) e lista "F"
substâncias constantes das listas deste Regulamento (substâncias proscritas), a guarda dos mesmos será de
Técnico e de suas atualizações ou seus respectivos responsabilidade da Autoridade Policial competente, que
medicamentos, quando solicitadas pelas Autoridades solicitará a incineração à Autoridade Judiciária.
Sanitárias competentes, deverão prestar as informações § 1º Se houver determinação do judicial, uma amostra
ou proceder a entrega de documentos, nos prazos fixados, deverá ser resguardada, para efeito de análise de contra
a fim de não obstarem a ação de vigilância sanitária e perícia.
correspondentes medidas que se fizerem necessárias. § 2º A Autoridade Policial, em conjunto com a
Autoridade Sanitária providenciará a incineração da
CAPÍTULO XI quantidade restante, mediante autorização expressa do
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS judicial. As Autoridades Sanitárias e Policiais lavrarão o
Art. 89 É proibido distribuir amostras grátis de termo e auto de incineração, remetendo uma via à
substâncias e/ou medicamentos constantes deste autoridade judicial para instrução do processo.
Regulamento Técnico e de suas atualizações. Art. 96 Quando houver apreensão policial, de substâncias
§ 1º Será permitida a distribuição de amostras grátis de das listas constantes deste Regulamento Técnico e de
medicamentos que contenham substâncias constantes das suas atualizações, bem como os medicamentos que as
listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle contenham, dentro do prazo de validade, a sua guarda
especial) e "C4" (anti-retrovirais) deste Regulamento ficará sob a responsabilidade da Autoridade Policial
Técnico e de suas atualizações, em suas embalagens competente. O juiz determinará a destinação das
originais, exclusivamente aos profissionais médicos, que substâncias ou medicamentos apreendidos.
assinarão o comprovante de distribuição emitido pelo Art. 97 A Autoridade Sanitária local regulamentará, os
fabricante. procedimentos e rotinas em cada esfera de governo, bem
§ 2º Em caso de o profissional doar medicamentos como cumprirá e fará cumprir as determinações
amostras-grátis à instituição a que pertence, deverá constantes deste Regulamento Técnico.
fornecer o respectivo comprovante de distribuição Art. 98 O não cumprimento das exigências deste
devidamente assinado. A instituição deverá dar entrada Regulamento Técnico, constituirá infração sanitária,
em Livro de Registro da quantidade recebida. ficando o infrator sujeito as penalidades previstas na
34
legislação sanitária vigente, sem prejuízo das demais "D2" (insumos químicos) as quais encontram-se
sanções de natureza civil ou penal cabíveis. submetidas ao controle e fiscalização do Ministério da
Art. 99 Os casos omissos serão submetidos à apreciação Justiça conforme Lei n.º 9.017/95.
da Autoridade Sanitária competente do Ministério da Art. 109 Ficam revogadas as Portarias n.º 54/74, n.º
Saúde, Estados, Municípios e Distrito Federal. 12/80, n.º 15/81, n.º 02/85, n.º 01/86, n.º 27/86-DIMED,
Art. 100 As Autoridades Sanitárias e Policiais auxiliar- n.º 28/86-DIMED, n.º 11/88, n.º 08/89, n.º 17/91, n.º
se-ão mutuamente nas diligências que se fizerem 59/91, n.º 61/91, n.º 101/91, n.º 59/92, n.º 66/93, n.º
necessárias ao fiel cumprimento deste Regulamento 81/93, n.º 98/93, n.º 101/93, n.º 87/94, n.º 21/95, n.º
Técnico. 82/95, n.º 97/95, n.º 110/95, n.º 118/96, n.º 120/96, n.º
Art. 101 As listas de substâncias constantes deste 122/96, n.º. 132/96, n.º 151/96, n.º 189/96, n.º 91/97, n.º.
Regulamento Técnico serão atualizadas através de 97/97, n.º 103/97, e n.º 124/97, além dos artigos 2º., 3º.,
publicações em Diário Oficial da União sempre que 4º, 13,14, 15, 18, 19, 21, 22, 23, 24, 28, 26, 27 31, 35 e
ocorrer concessão de registro de produtos novos, 36 da Portaria SVS/MS n.º 354 de 15/8/97.
alteração de fórmulas, cancelamento de registro de Art. 110 Este Regulamento Técnico entrará em vigor na
produto e alteração de classificação de lista para registro data de sua publicação, revogando as disposições em
anteriormente publicado. contrário.
Art. 102 Somente poderá manipular ou fabricar GONZALO VECINA NETO
substâncias constantes das listas deste Regulamento Este texto não substitui o publicado no D.O.U de
Técnico e de suas atualizações bem como os 31/12/1998
medicamentos que as contenham, os estabelecimentos (*) Republicada por ter saído com incorreções do original
sujeitos a este Regulamento Técnico, quando atendidas republicado no Diário Oficial da União de 31 de
as Boas Práticas de Manipulação (BPM) e Boas Práticas dezembro de 1998, Seção I.
de Fabricação (BPF), respectivamente para farmácias e
indústrias.
Art. 103 As empresas importadoras, qualquer que seja a ATENÇÃO:
natureza ou a etapa de processamento do medicamento
importado a base de substancias constantes das listas Obs: Para consultar as atualizações das listas de
deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, substâncias acessar:
deverão comprovar, perante a SVS/MS, no momento da <http://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-
entrada da mercadoria no país, o cumprimento das Boas sujeitas-a-controle-especial
Práticas de Fabricação (BPF) pelas respectivas unidades
fabris de origem, mediante a apresentação do competente Ou acessar: www.anvisa.gov.br, no link medicamentos –
Certificado, emitido a menos de 2 (dois) anos, pela em serviços e profissionais de saúde – em lista de
Autoridade Sanitária do país de procedência. substâncias.
Art. 104 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Ministério da Saúde no prazo de 60 (sessenta) dias
harmonizará e regulamentará a Boas Práticas de
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA
Manipulação (BPM), no âmbito nacional.
Parágrafo único. O Certificado de BPM do que trata o COLEGIADA - RDC Nº 227, DE 17 DE
caput deste artigo será concedido pela Autoridade MAIO DE 2018
Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito (Publicada no DOU em 22/05/2018.
Federal. Dispõe sobre a atualização do Anexo I (Listas
Art. 105 A revisão e atualização deste Regulamento
de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas,
Técnico deverão ocorrer no prazo de 2 (dois) anos.
Art. 106 O Órgão de Vigilância Sanitária do Ministério Precursoras e Outras sob Controle Especial)
da Saúde baixará instruções normativas de caráter geral da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de
ou específico sobre a aplicação do presente Regulamento 1998.
Técnico, bem como estabelecerá documentação,
formulários e periodicidades de informações.
ANEXO I
Art. 107 Compete aos Estados, Municípios e o Distrito
Federal, exercer a fiscalização e o controle dos atos ATUALIZAÇÃO N. 62
relacionados a produção, comercialização e uso de
substâncias constantes das listas deste Regulamento LISTA - A1
Técnico e de suas atualizações, bem como os LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
medicamentos que as contenham, no âmbito de seus
ENTORPECENTES
territórios bem como fará cumprir as determinações da
legislação federal pertinente e deste Regulamento (Sujeitas a Notificação de Receita “A”)
Técnico. 1. ACETILMETADOL
Art. 108 Excetuam-se das disposições legais deste 2. ALFACETILMETADOL
Regulamento Técnico as substâncias constantes da lista
35
3. ALFAMEPRODINA 49.INTERMEDIÁRIO DA MORAMIDA
4. ALFAMETADOL (ÁCIDO 2-METIL-3-MORFOLINA1,1-
5. ALFAPRODINA DIFENILPROPANO CARBOXÍLICO)
6. ALFENTANILA 50. INTERMEDIÁRIO ―A‖ DA PETIDINA (4
7. ALILPRODINA CIANO-1-METIL-4-FENILPIPERIDINA)
8. ANILERIDINA 51.INTERMEDIÁRIO ―B‖ DA PETIDINA
9. BEZITRAMIDA (ÉSTER ETÍLICO DO ÁCIDO 4-
10. BENZETIDINA FENILPIPERIDINA-4-CARBOXILÍCO)
11. BENZILMORFINA 52.INTERMEDIÁRIO ―C‖ DA PETIDINA
12. BENZOILMORFINA (ÁCIDO-1-METIL-4-FENILPIPERIDINA-4-
13. BETACETILMETADOL CARBOXÍLICO)
14. BETAMEPRODINA 53. ISOMETADONA
15. BETAMETADOL 54. LEVOFENACILMORFANO
16. BETAPRODINA 55. LEVOMETORFANO
17. BUPRENORFINA 56. LEVOMORAMIDA
18. BUTORFANOL 57. LEVORFANOL
19. CLONITAZENO 58. METADONA
20. CODOXIMA 59. METAZOCINA
21. CONCENTRADO DE PALHA DE 60. METILDESORFINA
DORMIDEIRA 61. METILDIIDROMORFINA
22. DEXTROMORAMIDA 62. METOPONA
23. DIAMPROMIDA 63. MIROFINA
24. DIETILTIAMBUTENO 64. MORFERIDINA
25. DIFENOXILATO 65. MORFINA
26. DIFENOXINA 66. MORINAMIDA
27. DIIDROMORFINA 67. NICOMORFINA
28. DIMEFEPTANOL (METADOL) 68. NORACIMETADOL
29. DIMENOXADOL 69. NORLEVORFANOL
30. DIMETILTIAMBUTENO 70. NORMETADONA
31. DIOXAFETILA 71. NORMORFINA
32. DIPIPANONA 72. NORPIPANONA
33. DROTEBANOL 73. N-OXICODEÍNA
34. ETILMETILTIAMBUTENO 74. N-OXIMORFINA
35. ETONITAZENO 75. ÓPIO
36. ETOXERIDINA 76.ORIPAVINA
37. FENADOXONA 77. OXICODONA
38. FENAMPROMIDA 78. OXIMORFONA
39. FENAZOCINA 79. PETIDINA
40. FENOMORFANO 80. PIMINODINA
41. FENOPERIDINA 81. PIRITRAMIDA
42. FENTANILA 82. PROEPTAZINA
43. FURETIDINA 83. PROPERIDINA
44. HIDROCODONA 84. RACEMETORFANO
45. HIDROMORFINOL 85. RACEMORAMIDA
46. HIDROMORFONA 86. RACEMORFANO
47. HIDROXIPETIDINA 87. REMIFENTANILA
48. INTERMEDIÁRIO DA METADONA (4- 88. SUFENTANILA
CIANO-2-DIMETILAMINA-4,4- 89.TAPENTADOL
DIFENILBUTANO) 90. TEBACONA
91. TEBAÍNA
36
92. TILIDINA prescrição em RECEITA DE CONTROLE
93. TRIMEPERIDINA ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de
ADENDO: rotulagem e bula devem apresentar a seguinte
1) ficam também sob controle: frase: ―VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros (exceto – SÓ PODE SER VENDIDO COM
os isômeros dextrometorfano, (+)3-metoxi-N- RETENÇÃO DA RECEITA‖.
metilmorfinan, e o Dextrorfano, (+) 3-hidroxi- 6) excetua-se dos controles referentes a esta
Nmetilmorfinan), das substâncias enumeradas Lista o isômero proscrito alfa-PVP, que está
acima, sempre que seja possível a sua relacionado na Lista ―F2‖ deste regulamento.
existência; 7) excetuam-se dos controles referentes a esta
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros (exceto Lista os isômeros relacionados nominalmente
os isômeros dextrometorfano, (+)3-metoxi-N- em outra Lista deste regulamento.
metilmorfinan, e o Dextrorfano, (+) 3-hidroxi- 8) preparações medicamentosas na forma
N-etilmorfinan), das substâncias enumeradas farmacêutica adesivos transdérmicos contendo
acima, sempre que seja possível a sua BUPRENORFINA em matriz polimérica
existência. adesiva, ou seja, sem reservatório de substância
2) preparações à base de DIFENOXILATO, ativa, ficam sujeitas a prescrição em RECEITA
contendo por unidade posológica, não mais que DE CONTROLE ESPECIAL em 2 (duas) vias
2,5 miligramas de DIFENOXILATO calculado e os dizeres de rotulagem e bula devem
como base, e uma quantidade de Sulfato de apresentar a seguinte frase:
Atropina equivalente a, pelo menos, 1,0% da ―VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ
quantidade de DIFENOXILATO, ficam sujeitas PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO
a prescrição da Receita de Controle Especial, DA RECEITA‖.
em 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e 9) A importação e a exportação de padrões
bula devem apresentar a seguinte frase: analíticos à base das substâncias
―VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ BUTORFANOL, MORINAMIDA e
PODE SER VENDIDO COM TAPENTADOL, em que a quantidade do ativo
RETENÇÃO DA RECEITA―. sujeito a controle especial não exceda 500 mg
3) preparações à base de ÓPIO, contendo até 5 por unidade, não requer Autorização de
miligramas de morfina anidra por mililitros, ou Importação e Autorização de Exportação,
seja, até 50 miligramas de ÓPIO, ficam sujeitas respectivamente. O disposto neste adendo
a prescrição da RECEITA DE CONTROLE também se aplica aos padrões analíticos à base
ESPECIAL, em 2 (duas) vias e os dizeres de dos sais, éteres, ésteres e isômeros, assim como
rotulagem e bula devem apresentar a seguinte dos sais de éteres, de ésteres e de isômeros, das
frase: ―VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA substâncias citadas, a menos que sejam
– SÓ PODE SER VENDIDO COM explicitamente excetuados ou constantes de
RETENÇÃO DA RECEITA―. listas de controle mais restrito e desde que a
4) fica proibida a comercialização e quantidade do ativo sujeito a controle especial
manipulação de todos os medicamentos que não ultrapasse o limite especificado.
contenham ÓPIO e seus derivados sintéticos e 10) excetuam-se dos controles referentes a esta
CLORIDRATO DE DIFENOXILATO e suas lista os isômeros não listados nominalmente e
associações, nas formas farmacêuticas líquidas que sejam componentes de medicamentos
ou em xarope para uso pediátrico (Portaria registrados na Anvisa, bem como os
SVS/MS n.º 106 de 14 de setembro de 1994 – medicamentos que os contenham.
DOU 19/9/94).
5) preparações medicamentosas na forma LISTA – A2
farmacêutica de comprimidos de liberação LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
controlada à base de OXICODONA, contendo ENTORPECENTES DE USO PERMITIDO
não mais que 40 miligramas dessa substância, SOMENTE EM CONCENTRAÇÕES
por unidade posológica, ficam sujeitas a ESPECIAIS
37
(Sujeitas a Notificação de Receita “A”) 4) preparações à base de
1. ACETILDIIDROCODEINA DEXTROPROPOXIFENO, inclusive as
2. CODEÍNA misturadas a um ou mais componentes, em que
3. DEXTROPROPOXIFENO a quantidade de entorpecente não exceda 100
4. DIIDROCODEÍNA miligramas por unidade posológica e em que a
5. ETILMORFINA concentração não ultrapasse 2,5% nas
6. FOLCODINA preparações indivisíveis, ficam sujeitas a
7. NALBUFINA prescrição da Receita de Controle Especial, em
8. NALORFINA 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula
9. NICOCODINA devem apresentar a seguinte frase: ―VENDA
10. NICODICODINA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE
11. NORCODEÍNA SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
12. PROPIRAM RECEITA ―.
13. TRAMADOL 5) preparações à base de NALBUFINA,
ADENDO: inclusive as misturadas a um ou mais
1)ficam também sob controle: componentes, em que a quantidade não exceda
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das 10 miligramas de CLORIDRATO DE
substâncias enumeradas acima, sempre que seja NALBUFINA por unidade posológica ficam
possível a sua existência; sujeitas a prescrição da Receita de Controle
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das Especial, em 2 (duas) vias e os dizeres de
substâncias enumeradas acima, sempre que seja rotulagem e bula devem apresentar a seguinte
possível a sua existência. frase: ―VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
2) preparações à base de – SÓ PODE SER VENDIDO COM
ACETILDIIDROCODEÍNA, CODEÍNA, RETENÇÃO DA RECEITA ―.
DIIDROCODEÍNA, ETILMORFINA, 6) preparações à base de PROPIRAM, inclusive
FOLCODINA, NICODICODINA, as misturadas a um ou mais componentes,
NORCODEÍNA, inclusive as misturadas a um contendo não mais que 100 miligramas de
ou mais componentes, em que a quantidade de PROPIRAM por unidade posológica e
entorpecentes não exceda 100 miligramas por associados, no mínimo, a igual quantidade de
unidade posológica, e em que a concentração metilcelulose, ficam sujeitas a prescrição da
não ultrapasse a 2,5% nas preparações de Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias
formas indivisíveis ficam sujeitas prescrição da e os dizeres de rotulagem e bula deverão
Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias apresentar a seguinte frase: ―VENDA SOB
e os dizeres de rotulagem e bula devem PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER
apresentar a seguinte frase: ―VENDA SOB VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
PRESCRIÇÃO ―.
MÉDICA –SÓ PODE SER VENDIDO COM 7) excetuam-se dos controles referentes a esta
RETENÇÃO DA RECEITA ―. Lista os isômeros relacionados nominalmente
3) preparações à base de TRAMADOL, em outra Lista deste regulamento.
inclusive as misturadas a um ou mais 8) A importação e a exportação de padrões
componentes, em que a quantidade não exceda analíticos à base das substâncias NALBUFINA
100 miligramas de TRAMADOL por unidade e TRAMADOL, em que a quantidade do ativo
posológica ficam sujeitas a prescrição da sujeito a controle especial não exceda 500 mg
Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias por unidade, não requer Autorização de
e os dizeres de rotulagem e bula devem Importação e Autorização de Exportação,
apresentar a seguinte frase: ―VENDA SOB respectivamente. O disposto neste adendo
PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER também se aplica aos padrões analíticos à base
VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA dos sais, éteres, ésteres e isômeros, assim como
―. dos sais de éteres, de ésteres e de isômeros, das
substâncias citadas, a menos que sejam
38
explicitamente excetuados ou constantes de 4) A importação e a exportação de padrões
listas de controle mais restrito e desde que a analíticos à base das substâncias
quantidade do ativo sujeito a controle especial ATOMOXETINA, CLOBENZOREX,
não ultrapasse o limite especificado. CLORFENTERMINA,
9) excetuam-se dos controles referentes a esta LISDEXANFETAMINA, MODAFINILA,
lista os isômeros não listados nominalmente e METILSINEFRINA e TANFETAMINA, em
que sejam componentes de medicamentos que a quantidade do ativo sujeito a controle
registrados na Anvisa, bem como os especial não exceda 500 mg por unidade, não
medicamentos que os contenham. requer Autorização de Importação e
LISTA - A3 Autorização de Exportação, respectivamente. O
LISTA DAS SUBSTÂNCIAS disposto neste adendo também se aplica aos
PSICOTRÓPICAS padrões analíticos à base dos sais, éteres,
(Sujeita a Notificação de Receita “A”) ésteres e isômeros, assim como dos sais de
1. ANFETAMINA éteres, de ésteres e de isômeros, das substâncias
2. ATOMOXETINA citadas, a menos que sejam explicitamente
3. CATINA excetuados ou constantes de listas de controle
4. CLOBENZOREX mais restrito e desde que a quantidade do ativo
5. CLORFENTERMINA sujeito a controle especial não ultrapasse o
6. DEXANFETAMINA limite especificado.
7. DRONABINOL 5) excetuam-se dos controles referentes a esta
8. FEMETRAZINA lista os isômeros não listados nominalmente e
9. FENCICLIDINA que sejam componentes de medicamentos
10. FENETILINA registrados na Anvisa, bem como os
11. LEVANFETAMINA medicamentos que os contenham.
12. LEVOMETANFETAMINA
13. LISDEXANFETAMINA LISTA – B1
14. METILFENIDATO LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
15. METILSINEFRINA PSICOTRÓPICAS
16.MODAFINILA (Sujeitas a Notificação de Receita “B”)
17. TANFETAMINA 1. ALOBARBITAL
2. ALPRAZOLAM
ADENDO: 3. AMINEPTINA
1) ficam também sob controle: 4. AMOBARBITAL
1.1 os sais, éteres, ésteres e isômeros das 5. APROBARBITAL
substâncias enumeradas acima, sempre que seja 6. BARBEXACLONA
possível a sua existência; 7. BARBITAL
1.2 os sais de éteres, ésteres e isômeros das 8. BROMAZEPAM
substâncias enumeradas acima, sempre que seja 9. BROTIZOLAM
possível a sua existência. 10. BUTABARBITAL
2) ficam sujeitos aos controles referentes a esta 11. BUTALBITAL
Lista os medicamentos registrados na Anvisa 12. CAMAZEPAM
que possuam em sua formulação derivados de 13. CETAZOLAM
Cannabis sativa, em concentração de no 14. CICLOBARBITAL
máximo 30 mg de tetrahidrocannabinol (THC) 15. CLOBAZAM
por mililitro e 30 mg de canabidiol por 16. CLONAZEPAM
mililitro. 17. CLORAZEPAM
3) excetuam-se dos controles referentes a esta 18. CLORAZEPATO
Lista os isômeros relacionados nominalmente 19. CLORDIAZEPÓXIDO
em outra Lista deste regulamento. 20. CLORETO DE ETILA

39
21. CLORETO DE 68. TEMAZEPAM
METILENO/DICLOROMETANO 69. TETRAZEPAM
22. CLOTIAZEPAM 70. TIAMILAL
23. CLOXAZOLAM 71. TIOPENTAL
24. DELORAZEPAM 72. TRIAZOLAM
25. DIAZEPAM 73. TRICLOROETILENO
26. ESTAZOLAM 74. TRIEXIFENIDIL
27. ETCLORVINOL 75. VINILBITAL
28. ETILANFETAMINA (N- 76. ZALEPLONA
ETILANFETAMINA) 77. ZOLPIDEM
29. ETINAMATO 78. ZOPICLONA
30. FENAZEPAM ADENDO:
31. FENOBARBITAL 1) ficam também sob controle:
32. FLUDIAZEPAM 1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das
33. FLUNITRAZEPAM substâncias enumeradas acima, sempre que seja
34. FLURAZEPAM possível a sua existência;
35. GHB - (ÁCIDO GAMA – 1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das
HIDROXIBUTÍRICO) substâncias enumeradas acima, sempre que seja
36. GLUTETIMIDA possível a sua existência.
37. HALAZEPAM 2) os medicamentos que contenham
38. HALOXAZOLAM FENOBARBITAL, METILFENOBARBITAL
39. LEFETAMINA (PROMINAL), BARBITAL e
40. LOFLAZEPATO DE ETILA BARBEXACLONA, ficam sujeitos a
41. LOPRAZOLAM prescrição da Receita de Controle Especial, em
42. LORAZEPAM 2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula
43. LORMETAZEPAM devem apresentar a seguinte frase: ―VENDA
44. MEDAZEPAM SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE
45. MEPROBAMATO SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA
46. MESOCARBO RECEITA‖.
47. METILFENOBARBITAL (PROMINAL) 3) Em conformidade com a Resolução RDC n.º
48. METIPRILONA 104, de 6 de dezembro de 2000 (republicada em
49. MIDAZOLAM 15/12/2000):
50. NIMETAZEPAM 3.1. fica proibido o uso do CLORETO DE
51. NITRAZEPAM ETILA para fins médicos, bem como a sua
52. NORCANFANO (FENCANFAMINA) utilização sob a forma de aerosol, aromatizador
53. NORDAZEPAM de ambiente ou de qualquer outra forma que
54. OXAZEPAM possibilite o seu uso indevido.
55. OXAZOLAM 3.2. o controle e a fiscalização da substância
56. PEMOLINA CLORETO DE ETILA, ficam submetidos ao
57. PENTAZOCINA Órgão competente do Ministério da Justiça, de
58. PENTOBARBITAL acordo com a Lei nº 10.357 de 27/12/2001,
59. PERAMPANEL Decreto nº 4.262 de 10/06/2002 e Portaria MJ
60. PINAZEPAM nº 1.274 de 25/08/2003.
61. PIPRADROL 4) preparações a base de ZOLPIDEM e de
62. PIROVALERONA ZALEPLONA, em que a quantidade dos
63. PRAZEPAM princípios ativos ZOLPIDEM e ZALEPLONA
64. PROLINTANO respectivamente, não excedam 10 miligramas
65. PROPILEXEDRINA por unidade posológica, ficam sujeitas a
66. SECBUTABARBITAL prescrição da Receita de Controle Especial, em
67. SECOBARBITAL
40
2 (duas) vias e os dizeres de rotulagem e bula Autorização de Importação e Autorização de
devem apresentar a seguinte Exportação, respectivamente. O disposto neste
frase: ―VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA adendo também se aplica aos padrões analíticos
– SÓ PODE SER VENDIDO COM à base dos sais, éteres, ésteres e isômeros, assim
RETENÇÃO DA RECEITA―. como dos sais de éteres, de ésteres e de
5) preparações a base de ZOPICLONA em que isômeros, das substâncias citadas, a menos que
a quantidade do princípio ativo ZOPICLONA sejam explicitamente excetuados ou constantes
não exceda 7,5 miligramas por unidade de listas de controle mais restrito e desde que a
posológica, ficam sujeitas a prescrição da quantidade do ativo sujeito a controle especial
Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias não ultrapasse o limite especificado.
e os dizeres de rotulagem e bula devem 12) excetuam-se dos controles referentes a esta
apresentar a seguinte frase: ―VENDA SOB lista os isômeros não listados nominalmente e
PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER que sejam componentes de medicamentos
VENDIDO COM RETENÇÃO DA registrados na Anvisa, bem como os
RECEITA―. medicamentos que os contenham.
6) fica proibido o uso humano de CLORETO LISTA - B2
DE METILENO/DICLOROMETANO e de LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
TRICLOROETILENO, por via oral ou PSICOTRÓPICAS ANOREXÍGENAS
inalação. (Sujeitas a Notificação de Receita “B2”)
7) quando utilizadas exclusivamente para fins 1. AMINOREX
industriais legítimos, as substâncias CLORETO 2. ANFEPRAMONA
DE METILENO/DICLOROMETANO e 3. FEMPROPOREX
TRICLOROETILENO estão excluídas dos 4. FENDIMETRAZINA
controles referentes a esta Lista, estando 5. FENTERMINA
submetidas apenas aos controles impostos pela 6. MAZINDOL
Lista D2 deste Regulamento (controle do 7. MEFENOREX
Ministério da Justiça). 8. SIBUTRAMINA
8) excetua-se dos controles referentes a esta ADENDO:
Lista, o isômero proscrito TH-PVP, que está 1) ficam também sob controle:
relacionado na Lista "F2" deste regulamento. 1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das
9) os medicamentos que contenham substâncias enumeradas acima, sempre que seja
PERAMPANEL ficam sujeitos à prescrição em possível a sua existência;
Receita de Controle Especial, em 2 (duas) vias, 1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das
e os dizeres de rotulagem e bula devem substâncias enumeradas acima, sempre que seja
apresentar a seguinte frase: ―VENDA SOB possível a sua existência.
PRESCRIÇÃO MÉDICA – SÓ PODE SER 2) excetua-se dos controles referentes a esta
VENDIDO COM RETENÇÃO DA Lista, o isômero proscrito metanfetamina que
RECEITA‖. está relacionado na Lista ―F2‖ deste
10) excetuam-se dos controles referentes a esta regulamento.
Lista os isômeros relacionados nominalmente 3) excetuam-se dos controles referentes a esta
em outra Lista deste regulamento. Lista, os isômeros proscritos 4- MEC, 5-
11) A importação e a exportação de padrões MAPDB e pentedrona, que estão relacionados
analíticos à base das substâncias na Lista "F2" deste regulamento.
APROBARBITAL, BARBEXACLONA, 4) excetua-se das disposições legais deste
CLORAZEPAM, PERAMPANEL, Regulamento Técnico a substância DEET
PROLINTANO, PROPILEXEDRINA, (N,N-dietil-3-metilbenzamida).
TIAMILAL, TIOPENTAL, TRIEXIFENIDIL, 5) excetuam-se dos controles referentes a esta
ZALEPLONA e ZOPICLONA, em que a Lista os isômeros relacionados nominalmente
quantidade do ativo sujeito a controle especial em outra Lista deste regulamento.
não exceda 500 mg por unidade, não requer
41
6) A importação e a exportação de padrões 27. CETAMINA
analíticos à base de SIBUTRAMINA, em que a 28. CICLARBAMATO
quantidade do ativo sujeito a controle especial 29. CICLEXEDRINA
não exceda 500 mg por unidade, não requer 30. CICLOPENTOLATO
Autorização de Importação e Autorização de 31. CISAPRIDA
Exportação, respectivamente. O disposto neste 32. CITALOPRAM
adendo também se aplica aos padrões analíticos 33. CLOMACRANO
à base dos sais, éteres, ésteres e isômeros, assim 34. CLOMETIAZOL
como dos sais de éteres, de ésteres e de 35. CLOMIPRAMINA
isômeros, da substância citada, a menos que 36. CLOREXADOL
sejam explicitamente excetuados ou constantes 37. CLORPROMAZINA
de listas de controle mais restrito e desde que a 38. CLORPROTIXENO
quantidade do ativo sujeito a controle especial 39. CLOTIAPINA
não ultrapasse o limite especificado. 40. CLOZAPINA
7) excetuam-se dos controles referentes a esta 41. DAPOXETINA
lista os isômeros não listados nominalmente e 42. DESFLURANO
que sejam componentes de medicamentos 43. DESIPRAMINA
registrados na Anvisa, bem como os 44. DESVENLAFAXINA
medicamentos que os contenham. 45. DEXETIMIDA
LISTA – C1 46. DEXMEDETOMIDINA
LISTA DAS OUTRAS SUBSTÂNCIAS 47. DIBENZEPINA
SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL 48. DIMETRACRINA
(Sujeitas a Receita de Controle Especial em 49. DISOPIRAMIDA
duas vias) 50. DISSULFIRAM
1. ACEPROMAZINA 51. DIVALPROATO DE SÓDIO
2. ÁCIDO VALPRÓICO 52. DIXIRAZINA
3. AGOMELATINA 53. DONEPEZILA
4. AMANTADINA 54. DOXEPINA
5. AMISSULPRIDA 55. DROPERIDOL
6. AMITRIPTILINA 56. DULOXETINA
7. AMOXAPINA 57. ECTILURÉIA
8. ARIPIPRAZOL 58. EMILCAMATO
9. ASENAPINA 59. ENFLURANO
10. AZACICLONOL 60. ENTACAPONA
11. BECLAMIDA 61. ESCITALOPRAM
12. BENACTIZINA 62. ETOMIDATO
13. BENFLUOREX 63. ETORICOXIBE
14. BENZIDAMINA 64. ETOSSUXIMIDA
15. BENZOCTAMINA 65. FACETOPERANO
16. BENZOQUINAMIDA 66. FEMPROBAMATO
17. BIPERIDENO 67. FENAGLICODOL
18. BUPROPIONA 68. FENELZINA
19. BUSPIRONA 69. FENIPRAZINA
20. BUTAPERAZINA 70. FENITOINA
21. BUTRIPTILINA 71. FLUFENAZINA
22. CANABIDIOL (CBD) 72. FLUMAZENIL
23. CAPTODIAMO 73. FLUOXETINA
24. CARBAMAZEPINA 74. FLUPENTIXOL
25. CAROXAZONA 75. FLUVOXAMINA
26. CELECOXIBE 76. GABAPENTINA
42
77. GALANTAMINA 127. NOMIFENSINA
78. HALOPERIDOL 128. NORTRIPTILINA
79. HALOTANO 129. NOXIPTILINA
80. HIDRATO DE CLORAL 130. OLANZAPINA
81. HIDROCLORBEZETILAMINA 131. OPIPRAMOL
82. HIDROXIDIONA 132. OXCARBAZEPINA
83. HOMOFENAZINA 133. OXIBUPROCAÍNA (BENOXINATO)
84. IMICLOPRAZINA 134. OXIFENAMATO
85. IMIPRAMINA 135. OXIPERTINA
86. IMIPRAMINÓXIDO 136. PALIPERIDONA
87. IPROCLOZIDA 137. PARECOXIBE
88. ISOCARBOXAZIDA 138. PAROXETINA
89. ISOFLURANO 139. PENFLURIDOL
90. ISOPROPIL-CROTONIL-URÉIA 140. PERFENAZINA
91. LACOSAMIDA 141. PERGOLIDA
92. LAMOTRIGINA 142. PERICIAZINA (PROPERICIAZINA)
93. LEFLUNOMIDA 143. PIMOZIDA
94. LEVETIRACETAM 144. PIPAMPERONA
95. LEVOMEPROMAZINA 145. PIPOTIAZINA
96. LISURIDA 146. PRAMIPEXOL
97. LITIO 147. PREGABALINA
98. LOPERAMIDA 148. PRIMIDONA
99. LOXAPINA 149. PROCLORPERAZINA
100. LUMIRACOXIBE 150. PROMAZINA
101. LURASIDONA 151. PROPANIDINA
102. MAPROTILINA 152. PROPIOMAZINA
103. MECLOFENOXATO 153. PROPOFOL
104. MEFENOXALONA 154. PROTIPENDIL
105. MEFEXAMIDA 155. PROTRIPTILINA
106. MEMANTINA 156. PROXIMETACAINA
107. MEPAZINA 157. QUETIAPINA
108. MESORIDAZINA 158. RAMELTEONA
109. METILNALTREXONA 159. RASAGILINA
110. METILPENTINOL 160. REBOXETINA
111. METISERGIDA 161. RIBAVIRINA
112. METIXENO 162. RIMONABANTO
113. METOPROMAZINA 163. RISPERIDONA
114. METOXIFLURANO 164. RIVASTIGMINA
115. MIANSERINA 165. ROFECOXIBE
116. MILNACIPRANA 166. ROPINIROL
117. MINAPRINA 167. ROTIGOTINA
118. MIRTAZAPINA 168. RUFINAMIDA
119. MISOPROSTOL 169. SELEGILINA
120. MOCLOBEMIDA 170. SERTRALINA
121. MOPERONA 171. SEVOFLURANO
122. NALOXONA 172. SULPIRIDA
123. NALTREXONA 173. SULTOPRIDA
124. NEFAZODONA 174. TACRINA
125. NIALAMIDA 175. TERIFLUNOMIDA
126. NITRITO DE ISOBUTILA 176. TETRABENAZINA
43
177. TETRACAÍNA 5) os medicamentos à base da substância
178. TIAGABINA TETRACAÍNA ficam sujeitos a: (a) VENDA
179. TIANEPTINA SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA - quando tratar-
180. TIAPRIDA se de preparações farmacêuticas de uso tópico
181. TIOPROPERAZINA odontológico, não associadas a qualquer outro
182. TIORIDAZINA princípio ativo; (b) VENDA COM
183. TIOTIXENO PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM A RETENÇÃO
184. TOLCAPONA DE RECEITA - quando tratar-se de
185. TOPIRAMATO preparações farmacêuticas de uso tópico
186. TRANILCIPROMINA otorrinolaringológico, especificamente para
187. TRAZODONA Colutórios e Soluções utilizadas no tratamento
188. TRICLOFÓS de Otite Externa e (c) VENDA SOB
189. TRIFLUOPERAZINA PRESCRIÇÃO MÉDICA COM RETENÇÃO
190. TRIFLUPERIDOL DE RECEITA - quando tratar-se de
191. TRIMIPRAMINA preparações farmacêuticas de uso tópico
192. TROGLITAZONA oftalmológico.
193. VALDECOXIBE 6) excetuam-se das disposições legais deste
194. VALPROATO SÓDICO Regulamento Técnico as substâncias
195. VENLAFAXINA DISSULFIRAM, LÍTIO (metálico e seus sais) e
196. VERALIPRIDA HIDRATO DE CLORAL, quando,
197. VIGABATRINA comprovadamente, forem utilizadas para outros
198. VORTIOXETINA fins, que não as formulações medicamentosas,
199. ZIPRAZIDONA e, portanto não estão sujeitos ao controle e
200. ZOTEPINA fiscalização previstos nas Portarias SVS/MS n.º
201. ZUCLOPENTIXOL 344/98 e nº. 6/99.
ADENDO: 7) excetuam-se das disposições legais deste
1) ficam também sob controle: Regulamento Técnico os medicamentos a base
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das de BENZIDAMINA cujas formas
substâncias enumeradas acima, sempre que seja farmacêuticas sejam: pó para preparação
possível a sua existência; extemporânea, solução ginecológica, spray,
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das pastilha drops, colutório, pasta dentifrícia e gel.
substâncias enumeradas acima, sempre que seja 8) fica proibido o uso de NITRITO DE
possível a sua existência. ISOBUTILA para fins médicos, bem como a
1.3 o disposto nos itens 1.1 e 1.2 não se aplica sua utilização como aromatizador de ambiente
a substância canabidiol. ou de qualquer outra forma que possibilite o seu
2) os medicamentos à base da substância uso indevido.
LOPERAMIDA ficam sujeitos a VENDA SOB 9) excetua-se das disposições legais deste
PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM RETENÇÃO Regulamento Técnico, o NITRITO DE
DE RECEITA ISOBUTILA, quando utilizado exclusivamente
3) fica proibido a comercialização e para fins industriais legítimos.
manipulação de todos os medicamentos que 10) excetua-se das disposições legais deste
contenham LOPERAMIDA ou em associações, Regulamento Técnico a substância
nas formas farmacêuticas líquidas ou em xarope prometazina.
para uso pediátrico (Portaria SVS/MS n.º 106 11) excetuam-se dos controles referentes a esta
de 14 de setembro de 1994 – DOU 19/9/94). Lista os isômeros relacionados nominalmente
4) só será permitida a compra e uso do em outra Lista deste regulamento.
medicamento contendo a substância 12) excetuam-se dos controles referentes a esta
MISOPROSTOL em estabelecimentos lista os isômeros não listados nominalmente e
hospitalares devidamente cadastrados junto a que sejam componentes de medicamentos
Autoridade Sanitária para este fim;
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registrados na Anvisa, bem como os registrados na Anvisa, bem como os
medicamentos que os contenham. medicamentos que os contenham.
4) o controle da substância lenalidomida e do
LISTA - C2 medicamento que a contenha deve ser realizado
LISTA DE SUBSTÂNCIAS RETINÓICAS mediante o atendimento dos requisitos
(Sujeitas a Notificação de Receita Especial) constantes da RDC nº 191, de 11 de dezembro
1. ACITRETINA de 2017.
2. ADAPALENO
3. BEXAROTENO LISTA - C5
4. ISOTRETINOÍNA LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
5. TRETINOÍNA ANABOLIZANTES
ADENDO: (Sujeitas a Receita de Controle Especial em
1) ficam também sob controle: duas vias)
1.1. os sais, éteres, ésteres e isômeros das 1. ANDROSTANOLONA
substâncias enumeradas acima, sempre que seja 2. BOLASTERONA
possível a sua existência; 3. BOLDENONA
1.2. os sais de éteres, ésteres e isômeros das 4. CLOROXOMESTERONA
substâncias enumeradas acima, sempre que seja 5. CLOSTEBOL
possível a sua existência. 6. DEIDROCLORMETILTESTOSTERONA
2) os medicamentos de uso tópico contendo as 7. DROSTANOLONA
substâncias desta lista ficam sujeitos a VENDA 8. ESTANOLONA
SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM 9. ESTANOZOLOL
RETENÇÃO DE RECEITA. 10. ETILESTRENOL
3) excetuam-se dos controles referentes a esta 11. FLUOXIMESTERONA OU
Lista os isômeros relacionados nominalmente FLUOXIMETILTESTOSTERONA
em outra Lista deste regulamento. 12. FORMEBOLONA
4) excetuam-se dos controles referentes a esta 13. MESTEROLONA
lista os isômeros não listados nominalmente e 14. METANDIENONA
que sejam componentes de medicamentos 15. METANDRANONA
registrados na Anvisa, bem como os 16. METANDRIOL
medicamentos que os contenham. 17. METENOLONA
18. METILTESTOSTERONA
LISTA – C3 19. MIBOLERONA
LISTA DE SUBSTÂNCIAS 20. NANDROLONA
IMUNOSSUPRESSORAS 21. NORETANDROLONA
(Sujeita a Notificação de Receita Especial) 22. OXANDROLONA
1. FTALIMIDOGLUTARIMIDA 23. OXIMESTERONA
(TALIDOMIDA) 24. OXIMETOLONA
2. LENALIDOMIDA 25. PRASTERONA
ADENDO: (DEIDROEPIANDROSTERONA – DHEA)
1) ficam também sob controle, todos os sais e 26. SOMATROPINA (HORMÔNIO DO
isômeros das substâncias enumeradas acima, CRESCIMENTO HUMANO)
sempre que seja possível a sua existência. 27. TESTOSTERONA
2) excetuam-se dos controles referentes a esta 28. TREMBOLONA
Lista os isômeros relacionados nominalmente ADENDO:
em outra Lista deste regulamento. 1) ficam também sob controle:
3) excetuam-se dos controles referentes a esta 1.1 os sais, éteres, ésteres e isômeros das
lista os isômeros não listados nominalmente e substâncias enumeradas acima, sempre que seja
que sejam componentes de medicamentos possível a sua existência;

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1.2 os sais de éteres, ésteres e isômeros das 2) ficam também sob controle as substâncias:
substâncias enumeradas acima, sempre que seja MESILATO DE DIIDROERGOTAMINA,
possível a sua existência. TARTARATO DE DIIDROERGOTAMINA,
2) os medicamentos de uso tópico contendo as MALEATO DE ERGOMETRINA,
substâncias desta lista ficam sujeitos a VENDA TARTARATO DE ERGOMETRINA E
SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SEM TARTARATO DE ERGOTAMINA.
RETENÇÃO DE RECEITA. 3) excetua-se do controle estabelecido nas
3) excetuam-se dos controles referentes a esta Portarias SVS/MS n.º344/98 e 6/99, as
Lista os isômeros relacionados nominalmente formulações não medicamentosas, que contém
em outra Lista deste regulamento. as substâncias desta lista quando se destinarem
4) excetuam-se dos controles referentes a esta a outros seguimentos industriais.
lista os isômeros não listados nominalmente e 4) óleo de pimenta longa é obtido da extração
que sejam componentes de medicamentos das folhas e dos talos finos da Piper
registrados na Anvisa, bem como os hispidinervum C.DC., planta nativa da Região
medicamentos que os contenham. Norte do Brasil.
5) ficam também sob controle todos os
LISTA - D1 isômeros ópticos da substância APAAN,
LISTA DE SUBSTÂNCIAS sempre que seja possível sua existência.
PRECURSORAS DE ENTORPECENTES 6) A importação e a exportação de padrões
E/OU PSICOTRÓPICOS analíticos à base de DIIDROERGOMETRINA,
(Sujeitas a Receita Médica sem Retenção) DIIDROERGOTAMINA e ETAFEDRINA, em
1. 1-FENIL-2-PROPANONA que a quantidade do ativo sujeito a controle
2. 3,4 - METILENDIOXIFENIL-2- especial não exceda 500 mg por unidade, não
PROPANONA requer Autorização de Importação e
3. ACIDO ANTRANÍLICO Autorização de Exportação, respectivamente. O
4. ÁCIDO FENILACETICO disposto neste adendo também se aplica aos
5. ÁCIDO LISÉRGICO padrões analíticos à base dos sais das
6. ÁCIDO N-ACETILANTRANÍLICO substâncias citadas, a menos que sejam
7. ALFA-FENILACETOACETONITRILO explicitamente excetuados ou constantes de
(APAAN) listas de controle mais restrito e desde que a
8. ANPP ou (1-FENETIL-N- quantidade do ativo sujeito a controle especial
FENILPIPERIDIN-4-AMINA) não ultrapasse o limite especificado.
9. DIIDROERGOTAMINA
10. DIIDROERGOMETRINA LISTA - D2
11. EFEDRINA LISTA DE INSUMOS QUÍMICOS
12. ERGOMETRINA UTILIZADOS PARA FABRICAÇÃO E
13. ERGOTAMINA SÍNTESE DE ENTORPECENTES E/OU
14. ETAFEDRINA PSICOTRÓPICOS
15. ISOSAFROL (Sujeitos a Controle do Ministério da
16. ÓLEO DE SASSAFRÁS Justiça)
17. ÓLEO DA PIMENTA LONGA 1. ACETONA
18. PIPERIDINA 2. ÁCIDO CLORÍDRICO
19. PIPERONAL 3. ÁCIDO SULFÚRICO
20. PSEUDOEFEDRINA 4. ANIDRIDO ACÉTICO
21. NPP ou (N-FENETIL-4-PIPERIDINONA) 5. CLORETO DE ETILA
22. SAFROL 6. CLORETO DE
ADENDO: METILENO/DICLOROMETANO
1) ficam também sob controle, todos os sais das 7. CLOROFÓRMIO
substâncias enumeradas acima, sempre que seja 8. ÉTER ETÍLICO
possível a sua existência; 9. METIL ETIL CETONA
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10. PERMANGANATO DE POTÁSSIO 6) excetua-se das disposições legais deste
11. SULFATO DE SÓDIO Regulamento Técnico a substância papaverina,
12. TOLUENO bem como as formulações que a contenham,
13. TRICLOROETILENO desde que estas não possuam outras substâncias
ADENDO: sujeitas ao controle especial da Portaria
1) os produtos e insumos químicos desta Lista SVS/MS nº 344/98.
estão sujeitos a controle da Polícia Federal, de 7) fica permitida, excepcionalmente, a
acordo com a Lei nº 10.357 de 27/12/2001, importação de produtos que possuam as
Decreto nº 4.262 de 10/06/2002 e Portaria MJ substâncias canabidiol e/ou
nº 1.274 de 25/08/2003. tetrahidrocannabinol (THC), quando realizada
2) o insumo químico ou substância por pessoa física, para uso próprio, para
CLOROFÓRMIO está proibido para uso em tratamento de saúde, mediante prescrição
medicamentos. médica, aplicando-se os mesmos requisitos
3) quando os insumos desta lista forem estabelecidos pela Resolução da Diretoria
utilizados para fins de fabricação de produtos Colegiada - RDC nº 17, de 6 de maio de 2015.
sujeitos a vigilância sanitária, as empresas 8) excetuam-se dos controles referentes a esta
devem atender a legislação sanitária específica. lista os medicamentos registrados na Anvisa
que possuam em sua formulação derivados de
LISTA – E Cannabis sativa, em concentração de no
LISTA DE PLANTAS PROSCRITAS QUE máximo 30 mg de tetrahidrocannabinol (THC)
PODEM ORIGINAR SUBSTÂNCIAS por mililitro e 30 mg de canabidiol por
ENTORPECENTES E/OU mililitro, desde que sejam atendidas as
PSICOTRÓPICAS exigências desta Resolução.
1. Cannabis sativa L.. 9) excetuam-se dos controles referentes a esta
2. Claviceps paspali Stevens & Hall. lista os isômeros das substâncias obtidas a
3. Datura suaveolens Willd. partir das plantas elencadas acima não listados
4. Erythroxylum coca Lam. nominalmente e que sejam componentes de
5. Lophophora williamsii Coult. medicamentos registrados na Anvisa, bem
6. Papaver Somniferum L.. como os medicamentos que os contenham.
7. Prestonia amazonica J. F. Macbr.
8. Salvia Divinorum LISTA – F LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
ADENDO: DE USO PROSCRITO NO BRASIL
1) ficam proibidas a importação, a exportação, (ATENÇÃO:Não disponibilizado)
o comércio, a manipulação e o uso das plantas
enumeradas acima. LISTA - C4 - LISTA DAS SUBSTÂNCIAS
2) ficam também sob controle, todas as ANTI-RETROVIRAIS (Sujeitas a Receituário
substâncias obtidas a partir das plantas do Programa da DST/AIDS ou Sujeitas a
elencadas acima, bem como os sais, isômeros, Receita de Controle Especial em duas vias) -
ésteres e éteres destas substâncias. (Lista excluída pela Resolução – RDC nº 103,
3) a planta Lophophora williamsii Coult. é de 31 de agosto de 2016).
comumente conhecida como cacto peyote.
4) excetua-se do controle estabelecido nas ATENÇÃO:
Portarias SVS/MS n.º 344/98 e 6/99, a -ANEXOS DE II A V NÃO FORAM
importação de semente de dormideira (Papaver DISPONIBILIZADOS.
Somniferum L.) quando, comprovadamente, for
utilizada com finalidade alimentícia, devendo,
portanto, atender legislação sanitária específica.
5) excetua-se dos controles referentes a esta
lista a substância canabidiol, que está
relacionada na lista ―C1‖ deste regulamento.
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Institui o Sistema de controle e fiscalização em toda
Portaria nº 802 de 08/10/1998 cadeia de produtos farmacêuticos
(D.O.U de 9/10/1998)

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O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da itens de "a a g" deverão constar obrigatoriamente na
Saúde no uso das atribuições que lhe são conferidas embalagem.
pelos dispositivos legais vigentes: Art. 4º (REVOGADO PELA RDC 71/2009)
a Lei Federal 5991 de 17 de dezembro de 1973 e seu Art. 5º (REVOGADO PELA RDC 71/2009)
regulamento o Decreto 74.170 de 10 de junho de 1974; Art. 6º As embalagens primárias e/ou secundárias
a Lei Federal 6.360 de 23 de setembro de 1976 e seu (cartucho) de todos os medicamentos destinados e
regulamento o Decreto 79.094 de 5 de janeiro de 1977; comercializados no varejo devem, como mais um fator
considerando a necessidade de garantir maior controle para coibir o comércio de produtos falsificados, conter
sanitário na produção, distribuição, transporte e lacre ou selo de segurança.
armazenagem dos produtos farmacêuticos; § 1º Este lacre ou selo, deve ter as características de
considerando que todo o segmento envolvido na rompimento irrecuperável e detectável, personalizado e
produção, distribuição, transporte e armazenagem de auto-adesivo.
medicamentos é responsável solidário pela identidade, § 2º As indústrias farmacêuticas terão o prazo até o dia
eficácia, qualidade e segurança dos produtos 08 de outubro de 1999 para implementar o disposto no
farmacêuticos, resolve: caput deste artigo.
Art. 1º Instituir o Sistema de Controle e Art. 7º As empresas produtoras devem identificar os lotes
Fiscalização em toda a cadeia dos produtos dos seus produtos segundo os seguintes condicionantes:
farmacêuticos. a. entende-se por lote, a quantidade de um produto
Parágrafo único. O Sistema será operacionalizado farmacêutico que se produz em um ciclo de fabricação,
pelas Vigilâncias Sanitárias Federal, Estaduais e cuja característica essencial é a homogeneidade.
Municipais sob a coordenação do Órgão de Vigilância b. a quantidade de unidades identificadas com o mesmo
Sanitária do Ministério da Saúde. número de lote deverá permitir rever todas as fases do
Art. 2º A cadeia dos produtos farmacêuticos processo de fabricação.
abrange as etapas da produção, distribuição, transporte e c. as embalagens primárias e secundárias deverão ter o
dispensação. mesmo número de lote e prazo de validade.
Parágrafo único. As empresas responsáveis por Parágrafo único. Para os produtos que contenham duas
cada uma destas etapas são solidariamente responsáveis unidades em sua embalagem (geralmente produto e
pela qualidade e segurança dos produtos farmacêuticos diluente), deverão optar pela identificação do número de
objetos de suas atividades específicas. lote do produto e desprezar o número do lote do diluente,
Art. 3º As empresas produtoras ficam obrigadas a para informação na embalagem externa.
informar, em cada unidade produzida para a venda Art. 8º As empresas detentoras de registro dos produtos,
final: devem manter arquivo informatizado com o registro de
a. o nome do produto farmacêutico - nome genérico e todas as suas transações comerciais, especificando:
comercial; a) designação da nota fiscal;
b. nome e endereço completo do fabricante/telefone do b) data;
Serviço de Atendimento ao Consumidor; c) designação dos produtos farmacêuticos - nome
c. nome do responsável técnico, número de inscrição e genérico e/ou comercial;
sigla do Conselho Regional de Farmácia; d) número do lote;
d. número de registro no Ministério da Saúde conforme e) quantidade fornecida;
publicado em D.O.U., sendo necessário somente os nove f) nome e endereço do destinatário;
primeiros dígitos; g) número da autorização de funcionamento e da licença
e. data de fabricação; estadual;
f. data de validade; h) número do registro do produto.
g. número de lote a que a unidade pertence; Parágrafo único. Estes arquivos devem estar à disposição
h. composição dos produtos farmacêuticos; da autoridade sanitária para efeitos de inspeção por um
i. peso, volume líquido ou quantidade de unidades, período de 5 (cinco) anos.
conforme o caso; Art. 9º As empresas detentoras de registro dos produtos,
j. finalidade, uso e aplicação; deverão informar em suas notas fiscais de venda, os
k. precauções, cuidados especiais. números dos lotes dos produtos nelas constantes.
§ 1º Os estabelecimentos de distribuição, Art. 10 Para seu funcionamento, o distribuidor de
comércio atacadista e de dispensação, comércio varejista, produtos farmacêuticos deve obter prévia autorização de
devem garantir a permanência das informações de cada funcionamento junto à Secretaria de Vigilância
produto, na forma especificada no caput deste artigo. Sanitária/MS.
§ 2º Os estabelecimentos de distribuição e de Parágrafo único. A documentação para a solicitação da
dispensação, não poderão aceitar a entrada de produtos autorização indicada neste artigo, consta no Anexo I
farmacêuticos com especificações incompatíveis com as deste regulamento. (REVOGADO PELA RDC 16/14)
constantes do caput deste artigo.
§ 3º Nas bulas deverão constar todos os itens Art. 11 A atividade de distribuição por atacado de
constantes neste artigo, exceto os itens "e, f, e g". Os produtos farmacêuticos tem o caráter de relevância
pública ficando os distribuidores responsáveis pelo
57
fornecimento destes produtos em uma área geográfica § 4º Para o recadastramento, as distribuidoras devem
determinada e pelo recolhimento dos mesmos quando cumprir todos os artigos anteriores citados nesta Portaria.
este for determinado pela autoridade sanitária e/ou pelo Art. 16 O descumprimento dos dispositivos deste
titular do registro do produto. regulamento implica na suspensão ou revogação da
autorização de funcionamento sem prejuízo das demais
Art. 12 Para obter autorização como distribuidor o penalidades previstas na legislação vigente.
requerente deve satisfazer as seguintes condições: Art. 17 Esta Portaria entra em vigor na data de sua
(REVOGADO PELA RDC 16/14) publicação, revogadas as disposições em contrário.
GONZALO VECINA NETO
Art. 13 As empresas autorizadas como distribuidoras tem
o dever de: ANEXO I (REVOGADO PELA RDC 16/14)
I - somente distribuir produtos farmacêuticos legalmente
registrados no País; ANEXO II
II - abastecer-se exclusivamente em empresas titulares do Boas Práticas de Distribuição de Produtos Farmacêuticos
registro dos produtos; Dos Princípios
III - fornecer produtos farmacêuticos apenas a empresas 1) A garantia da qualidade, eficácia e segurança dos
autorizadas/licenciadas a dispensar estes produtos no produtos farmacêuticos tem um marco de referência nas
País; diretrizes de Boas Práticas de Fabricação e Controle para
IV - manter Manual de Boas Práticas de Distribuição e a Indústria Farmacêutica, em vigência no País.
Armazenagem de produtos e os respectivos 2) Entretanto, o controle sanitário somente é eficaz se
procedimentos operacionais adotados pela empresa à abranger toda a cadeia do medicamento, desde sua
disposição das autoridades sanitárias para efeitos de fabricação até a dispensação ao público, de forma a
inspeção; garantir que estes estejam conservados, transportados e
V - garantir a todo tempo aos agentes responsáveis pelas manuseados em condições adequadas à preservação da
inspeções o acesso aos documentos, locais, instalações e sua qualidade, eficácia e segurança.
equipamentos; 3) Nesse sentido, os produtos farmacêuticos registrados e
VI - manter a qualidade dos produtos que distribui produzidos segundo os requisitos de boas práticas devem
durante todas as fases da distribuição, sendo responsável chegar ao consumo do público sem que sofram quaisquer
por quaisquer problemas conseqüentes ao alterações de suas propriedades nas etapas da
desenvolvimento de suas atividades; distribuição.
VII - REVOGADO PELA RDC 320/02 4) A adoção de diretrizes de gestão da qualidade pelos
VIII - identificar e devolver, ao titular do registro, os distribuidores atacadistas tem o objetivo de garantir que
produtos com prazo de validade vencido, mediante os produtos farmacêuticos disponham de:
operação com nota fiscal, ou, na impossibilidade desta a) registro no Ministério da Saúde;
devolução, solicitar orientação à autoridade sanitária b) sistema de gestão da qualidade que permita a
competente da sua região; rastreabilidade e reconstituição da sua trajetória de modo
IX - utilizar serviços de transporte legalmente a ser possível sua localização visando a um processo
autorizados pela autoridade sanitária; eficaz de interdição, recolhimento ou devolução;
X - REVOGADO PELA RDC 320/02 c) condições adequadas de armazenamento, transporte e
Art. 14 O disposto no presente regulamento não movimentação da carga;
prejudica a aplicação de disposições mais estritas a que d) rotatividade adequada; e
estejam sujeitas à distribuição por atacado: e) certeza de que os produtos certos sejam fornecidos aos
I - de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas; destinatários certos.
II - de hemoderivados; 5) As diretrizes de Boas Práticas de Distribuição de
III - de imunobiológicos; Produtos Farmacêuticos tem ainda a função de combater
IV - de radiofármacos; mais eficazmente a distribuição de produtos falsificados,
V - de qualquer outro produto sujeito a controle especial. adulterados ou roubados, à população. Daí a necessidade
Art. 15 O sistema de controle e fiscalização realizará o da manutenção do registro de todas as transações e
recadastramento dos estabelecimentos comerciais de operações de entrada e saída de produtos farmacêuticos
distribuição. no comércio atacadista e a responsabilização dos
§ 1º As vigilâncias estaduais procederão ao distribuidores - como um dos agentes da cadeia do
recadastramento, em conformidade com a orientação da medicamento - pela segurança e pela saúde da população.
Secretaria de Vigilância Sanitária/MS. 6) A dimensão da relevância pública dos distribuidores é
§ 2º O prazo de recadastramento será até o dia 31 de dada por esta implicação na saúde e segurança pública e
maio de 1999. pela função de permanente abastecimento dos produtos
§ 3º A partir do prazo fixado no parágrafo anterior, farmacêuticos em todo o território nacional.
nenhum estabelecimento poderá realizar compra, venda Dos objetivos, âmbito e definições
ou armazenamento de produtos farmacêuticos, sem ter Art. 1º O objetivo do presente regulamento é definir as
sido recadastrado. condições e procedimentos para as empresas que atuam

58
como distribuidores com vistas a manter a qualidade dos tipo de operação e disponível, a qualquer momento, às
produtos e a proteção à saúde pública. autoridades sanitárias.
Art. 2º Este regulamento aplica-se a todas as atividades Da Recepção
de distribuição de produtos farmacêuticos. Art. 8º Os distribuidores devem possuir áreas de recepção
Art. 3º Para efeitos do presente regulamento entende-se localizadas de forma a proteger as remessas de produtos -
por: de qualquer risco - no momento do recebimento dos
I - distribuidor: qualquer estabelecimento que realize produtos farmacêuticos.
distribuição por atacado. § 1º A área de recepção deve ser separada da área de
II - distribuição por atacado: qualquer atividade de posse armazenamento.
e abastecimento, armazenamento e expedição de § 2º As remessas devem ser examinadas no recebimento
produtos farmacêuticos excluída a de fornecimento ao para verificar se as embalagens não estão danificadas e
público; também se a remessa corresponde à encomenda.
Art. 4º Os distribuidores deverão possuir autorização de Da Armazenagem
funcionamento concedida pela autoridade sanitária Art. 9º Os distribuidores de produtos farmacêuticos
competente e somente poderão adquirir produtos devem obedecer o previsto nas "Boas Práticas de
farmacêuticos dos titulares dos registros destes. Fabricação e Controle de Produtos Farmacêuticos e
Parágrafo único. Os distribuidores devem manter um Farmoquímicos", bem como as indicações especificadas
cadastro atualizado de seus fornecedores, que indique o pelo fabricante.
quantitativo e número dos lotes dos medicamentos que Art. 10 Os medicamentos sujeitos a medidas de
distribui. armazenamento especiais, tais como os psicotrópicos e
Art. 5º Os distribuidores de produtos farmacêuticos entorpecentes, e os produtos que exigem condições de
devem manter um cadastro atualizado dos armazenamento especiais, devem ser imediatamente
estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de saúde identificados e armazenados de acordo com instruções
que com eles transacionam, especificando os lotes e específicas do fabricante e com as demais exigências da
respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim de legislação vigente.
permitir um adequado controle e a pronta localização dos Art. 11 Os medicamentos com embalagem violada ou
produtos identificados como impróprios ou nocivos à suspeitos de qualquer contaminação devem ser retirados
saúde. dos estoques comercializáveis, identificados e segregados
Art. 6º Os distribuidores devem contar com: em área totalmente separada de forma a não serem
I - farmacêutico responsável técnico; vendidos por engano, nem contaminarem outras
II - pessoal capacitado; mercadorias.
III - instalações e área física adequadas, em quantidade Parágrafo único. Todas essas operações devem ser
suficiente para o desenvolvimento das atividades de devidamente registradas em documentos específicos.
armazenamento e distribuição de produtos farmacêuticos. Do Fornecimento
Assim como a segurança dos produtos quanto a sinistros Art. 12 O fornecimento aos estabelecimentos licenciados
ou desvios. a dispensar produtos farmacêuticos ao público, deve ter
IV - equipamentos de controle e de registro de suas operações devidamente registradas em documento
temperatura ou umidade, ou qualquer outro dispositivo próprio e disponíveis à autoridade sanitária competente.
necessário à boa conservação dos produtos, devidamente Art. 13 A ação de distribuição de produtos farmacêuticos
calibrados. deve ser orientada por procedimentos escritos que
Art. 7º Devem existir procedimentos operacionais incluam instruções específicas para cada etapa e para
escritos para as todas as operações susceptíveis de afetar cada produto, conforme as recomendações dos
a qualidade dos produtos ou da atividade de distribuição, fabricantes e deste regulamento.
principalmente: Art. 14 Antes de proceder o fornecimento dos produtos
I - recepção e inspeção das remessas; farmacêuticos, os distribuidores devem:
II - armazenamento; I - certificar a identidade do produto;
III - limpeza e manutenção das instalações incluindo II - identificar o número de registro do produto, o número
sistema de controle de insetos e roedores; do lote, sua data de vencimento e data de fabricação;
IV - registro das condições de armazenamento; III - transportar o material de forma adequada, evitando
V - segurança dos produtos estocados e instruções para comprometer a embalagem e sem retirar a sua proteção
seu transporte; externa;
VI - movimentação dos estoques para venda; IV - criar um registro de distribuição por lote e área
VII - controle dos pedidos dos clientes; geográfica de abrangência.
VIII - produtos devolvidos e planos de recolhimento; Art. 15 Os distribuidores, em acordo com os fabricantes,
IX - segurança patrimonial e incêndio. deverão estar em condições de fornecer rapidamente aos
§ 1º Estes procedimentos escritos devem ser aprovados, estabelecimentos licenciados a dispensar produtos
assinados e datados pelo responsável técnico. farmacêuticos ao público, os produtos que regularmente
§ 2º Esta documentação deve ser de amplo conhecimento distribuem.
e fácil acesso a todos os funcionários envolvidos em cada Do Transporte

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Art. 16 Os distribuidores devem garantir que o transporte possibilitar a imediata identificação de todos os
dos produtos farmacêuticos seja realizado conforme o destinatários dos produtos envolvidos.
que determina as "Boas Práticas de Fabricação e Controle § 3º Em caso de recolhimento de um lote, todos os
de Produtos Farmacêuticos e Farmoquímicos", bem clientes - drogarias, farmácias, hospitais e entidades
como as indicações especificadas pelo fabricante. habilitadas a dispensar produtos farmacêuticos ao público
Art. 17 Os produtos farmacêuticos que necessitem de - a quem o lote tenha sido distribuído, devem ser
controle específicos de temperatura de armazenamento informados com a urgência necessária inclusive os
devem ser transportados em condições especiais clientes dos demais Estados-Partes do Mercosul.
adequadas. § 4º O recolhimento, decidido pelo titular do registro do
Das Devoluções e do Plano de Emergência produto, fabricante ou importador, ou determinada pelas
Art. 18 Os produtos interditados, devolvidos ou autoridades competentes, deve abranger também os
recolhidos devem ser identificados e separados dos estabelecimentos dispensadores, públicos, privados e
estoques comercializáveis para evitar a redistribuição até filantrópicos.
que seja adotada uma decisão quanto ao seu destino. § 5º Na ação de recolhimento, o distribuidor deve
§ 1º Os produtos que tenham sido devolvidos ao identificar os produtos a serem devolvidos, retirá-los
distribuidor apenas poderão regressar aos estoques imediatamente dos depósitos de produtos
comercializáveis se: comercializáveis e segregá-los numa área separada
I - os medicamentos estiverem nas respectivas própria, até que sejam devolvidos de acordo com as
embalagens originais e estas não tiverem sido abertas e instruções do titular do registro ou da autoridade
se encontrarem em boas condições; sanitária. Este procedimento deve estar devidamente
II - os medicamentos estiveram armazenados ou se foram registrado em documento específico.
manuseados de modo adequado, conforme suas Dos Produtos Adulterados e Falsificados
especificações; Art. 22 Caso sejam identificados produtos farmacêuticos
III - o período remanescente até o fim do prazo de adulterados, falsificados ou com suspeita de falsificação
validade for aceitável para que o produto percorra as na rede de distribuição, estes devem ser imediatamente
outras etapas da cadeia, até o consumo mantidas a sua separados dos demais produtos, para evitar confusões,
validade; devendo a sua identificação indicar claramente que não
IV - os produtos forem examinados pelo farmacêutico se destinam a comercialização.
responsável com avaliação que atenda à natureza do § 1º O distribuidor deve notificar imediatamente à
produto, às eventuais condições de armazenamento que autoridade sanitária competente, indicando o número do
necessita e ao tempo decorrido desde que foi enviado. lote, de forma a permitir as ações, por parte das
§ 2º Deverá prestar-se especial atenção aos produtos que Autoridade Sanitária, de alerta sanitário a fim de:
requeiram condições especiais de armazenamento. I - apreender o lote do produto em questão, em todo o
§ 3º Se necessário, deve-se consultar o titular do registro território nacional, proceder à sua análise e inutilização,
do produto. quando for o caso; e
Art. 19 Devem ser mantidos registros das devoluções e o II - orientar aos usuários do lote do produto adulterado ou
farmacêutico responsável deve aprovar formalmente a falsificado a interromper seu uso e buscar
reintegração dos medicamentos se for o caso nos acompanhamento médico imediato.
estoques não devendo essa reintegração comprometer o § 2º O distribuidor deve, também, fornecer às autoridades
funcionamento eficaz do sistema de distribuição. policiais as informações sobre o produto e sobre toda a
Art. 20 Os produtos com prazo de validade vencidos movimentação no mercado dos lotes em questão.
devem ser identificados e segregados em área específica Dos produtos classificados como não comercializáveis
e devolvidos ao produtor, por meio de operação com nota Art. 23 Qualquer operação de devolução, recolhimento e
fiscal, visando o objetivo de descarte. recepção de produtos classificados como não
Parágrafo único. Caso não haja condições para a comercializáveis deve ser devidamente registrada e
execução deste procedimento, o distribuidor deve dirigir- imediatamente comunicada à autoridade sanitária.
se à autoridade sanitária competente para receber Parágrafo único. O responsável pelo sistema da qualidade
orientações quanto ao descarte dos produtos de que trata da distribuidora e, se for o caso, o titular do registro do
este artigo. produto no País devem participar do processo de tomada
Art. 21 Os distribuidores devem manter procedimento de decisão e alerta.
escrito relativo ao plano de emergência para necessidades Da Auto-inspeção
urgentes e não urgentes de recolhimento, devendo ser Art. 24 Todos os distribuidores devem ter procedimentos
designado um responsável pela execução e coordenação de auto-inspeção, efetuar e registrar para monitorar a
destes recolhimentos. implementação e observância do estabelecido no presente
§ 1º Todas as ordens de recolhimento devem ser regulamento e nas demais exigências da legislação
imediatamente registradas e estes registros devem estar à vigente.
disposição das Autoridades Sanitárias considerando os Das reclamações e das reações adversas
locais em que os produtos tenham sido distribuídos. Art. 25 Em caso de haver reclamações, observações de
§ 2º De forma a assegurar a eficácia do plano de reações adversas ou outras, os distribuidores devem
emergência, o sistema de registro das transações deve
60
separar o lote e comunicar imediatamente, por escrito, ao
titular do registro e à autoridade sanitária.
§ 1º Os distribuidores devem, ainda, registrar as
informações obtidas de farmácias, hospitais e
consumidores, e as providências adotadas.
§ 2º Estes registros devem ser fornecidos à autoridade
sanitária e ao titular do registro do produto e arquivados
nas empresas.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U de


9/10/1998
(*) Republicada em 31.12.1998 –Pg 23, em 04.02.1999 –
Pg 07 e 07.04.1999 – Pg 15

61
identificação dos possíveis locais clandestinos de
Portaria nº 2.814 de 28/05/1998 produção e sua interdição e conseqüente
(D.O.U DE 01.06.1998) responsabilização dos infratores, na forma da legislação
penal civil e sanitária.
Estabelece procedimentos a serem observados pelas Art. 2º As empresas titulares de registro no Ministério da
empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e do Saúde deverão elaborar e manter atualizado cadastro dos
comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, em seus distribuidores, atacadistas e varejistas, credenciados
caráter de urgência, da identidade e qualidade de para a comercialização dos seus produtos
medicamento, objeto de denúncia sobre possível compreendendo o controle da movimentação de seus
falsificação, adulteração e fraude. produtos no mercado.
Parágrafo único. As empresas, de que trata o caput deste
O Ministro de Estado da Saúde, no uso das suas Artigo, deverão indicar os locais onde estejam sendo
atribuições que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, comercializados os lotes de seus medicamentos, sempre
item II, da Constituição, e o artigo 87 da Lei nº 6.360, de que solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
23 de setembro de 1976; autoridades policiais.
Art. 3º Os distribuidores, farmácias e drogarias somente
considerando que a produção e comercialização de poderão adquirir medicamentos do titular do registro no
medicamentos falsificados, adulterados e fraudados, além Ministério da Saúde ou daquele que detiver autorização
de constituir infração de natureza sanitária, prevista na legal específica desse mesmo titular, para
Lei nº 6.437/77, configura, também, crime previsto no comercialização de determinados lotes do produto.
Código Penal, a ser apurado, na forma da lei, para Art. 4º Os distribuidores de medicamentos, licenciados
punição dos culpados, exigindo ação conjunta das pelo órgão sanitário competente devem manter cadastro
autoridades sanitárias, nos três níveis de governo, das dos estabelecimentos farmacêuticos e dos serviços de
empresas titulares de registro de medicamentos no saúde, que com eles transacionam, especificando os lotes
Ministério da Saúde e das autoridades policiais e respectivos quantitativos a eles correspondentes, a fim
competentes para coibir tais práticas delituosas; de permitir a pronta localização de medicamentos
considerando que às empresas titulares de registro de identificados como impróprios e nocivos à saúde.
medicamentos no Ministério da Saúde, incumbe garantir Art. 5º Nas compras e licitações públicas de
a qualidade e zelar pela manutenção das características medicamentos, realizadas pelos serviços próprios, e
de composição, acondicionamento, embalagem e conveniados pelo SUS, devem ser observadas as
rotulagem dos seus produtos até a sua dispensação final seguintes exigências:
ao consumidor, a fim de evitar riscos e efeitos adversos à I - Apresentação da Licença Sanitária Estadual ou
saúde; Municipal;
considerando a necessidade de facilitar as ações de II - Comprovação da Autorização de Funcionamentoda
controle sanitário que visem a imediata retirada do empresa participante da licitação;
consumo dos produtos suspeitos de alteração, adulteração III - Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
fraudeou falsificaçãocom risco comprovado à saúde Controle por linha de produção/produtos, emitido pela
resolve: Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde;
Art. 1º Estabelecer procedimentos a serem observados IV - Certificado de Registro de Produtos emitido pela
pelas empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e Secretaria de Vigilância Sanitária, ou cópia da publicação
do comércio farmacêutico, objetivando a comprovação, no D.O.U.
em caráter de urgência, da identidade e qualidade de § 1º No caso de produto importado é também necessária
medicamento, objeto de denúncia sobre possível a apresentação do certificado de Boas Práticas de
falsificação, adulteração e fraude, mediante: Fabricação e Controle, emitido pela autoridade sanitária
I - Pronta notificação de casos de falsificação ou suspeita do país de origem, ou laudo de inspeção emitido pela
de falsificação de medicamento, com a indicação do nº autoridade sanitária brasileira, bem como laudo de
do lote objetivando a expedição pela Secretaria de análise do(s) lote(s) a ser(em) fornecido(s), emitido(s) no
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde de Alerta Brasil.
Sanitário: a) aos órgãos que integram o Sistema Nacional § 2º No caso de produtos importados, que dependam de
de Vigilância Sanitária para apreensão do produto, em alta tecnologia e que porventura não exista tecnologia
todo o território nacional, análise e inutilização, quando nacional para os testes de controle de qualidade
for o caso; b) aos possíveis usuários do medicamento necessários, poderão ser aceitos laudos analíticos do
falsificado para orientá-los na interrupção do seu uso e fabricante, desde que comprovada a certificação de
acompanhamento médico imediato. origem dos produtos, certificação de Boas Práticas de
II – Fornecimento às autoridades policiais de Fabricação bem como as Boas Práticas de Laboratório,
informações sobre o respectivo registro no Ministério da todos traduzidos para o idioma Português.
Saúde e sobre a movimentação no mercado dos lotes dos § 3º Às empresas distribuidoras, além dos documentos
produtos em questão, a fim de facilitar a investigação e previstos no caput deste artigo, será exigida a
apresentação de declaração do seu credenciamento como
62
distribuidora junto à empresa detentora do registro dos
produtos, bem como Termo de Responsabilidade emitido
pela distribuidora, garantindo a entrega dos mesmos
no(s) prazo(s) e quantidades estabelecidos na licitação.
Art. 6º As distribuidoras devem apresentar, no caso de
vencerem a licitação, certificado de procedência dos
produtos, lote a lote, a serem entregues de acordo com o
estabelecido na licitação.
Art. 7º Os produtos a serem fornecidos pelas empresas
vencedoras da(s) licitação(ões), devem apresentar em
suas embalagens secundárias e/ou primárias a expressão
"PROIBIDO A VENDA NO COMÉRCIO"
Parágrafo Único - Fica estabelecido prazo de 90
(noventa) dias, contados da publicação desta Portaria,
para o cumprimento integral ao disposto neste artigo.
Art. 8º Fica estabelecido período de transição de 6 (seis)
meses, contados da publicação desta Portaria, em que a
exigência constante do art. 5º inciso III, poderá ser
suprida pela apresentação do Certificado de Boas Práticas
de Fabricação e Controle outorgado anteriormente pela
Autoridade Sanitária
Art. 9º A inobservância do disposto nesta Portaria,
configura infração de natureza sanitária, sujeitando o
infrator às penalidades de cancelamento da autorização
de funcionamento da empresa, cassação de todos os seus
registros pelo Ministério da Saúde e da Licença do
respectivo estabelecimento, pela autoridade sanitária
estadual, municipal ou do Distrito Federal, na forma da
Lei nº 6437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo de
outras sanções civil e penal.
Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

JOSÉ SERRA

Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE


01.06.1998
(*) Republicada em 18.06.1998 por ter saído com
incorreção do original, no D.O. de 1-6-98, Seção 1, pág
13.

63
Portaria nº 06 de 29/01/1999 medicamentos sujeitos a controle especial, e institui
(D.O.U DE 01.02.1999) documentos, formulários e dá outras providências.

Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS n.º CAPÍTULO I


344 de 12 de maio de 1998 que instituiu o Regulamento DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL
Técnico das substâncias e medicamentos sujeitos a Art. 1º A Autorização Especial será concedida aos
controle especial. estabelecimentos que irão exercer atividades relacionadas
às substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS
(Revogadas as disposições aplicáveis à Lista "C4", às n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os
substâncias e aos medicamentos antirretrovirais pela medicamentos que as contenham.
Resolução – RDC nº 103, de 31 de agosto de 2016) Art. 2º (REVOGADO PELA RDC 16/14)

O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da DA CONCESSÃO DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL


Saúde no uso de suas atribuições, de acordo com o artigo Art. 3º Os estabelecimentos abaixo relacionados, que
106 do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria exercerem atividades de extrair, produzir, fabricar,
SVS/MS n.º 344/98 e considerando a necessidade de: beneficiar, preparar, manipular, fracionar, distribuir,
a) estabelecer, aprimorar e atualizar as ações de armazenar, importar, exportar, transformar, embalar,
vigilância sanitária com vistas ao aperfeiçoamento do reembalar e transportar, para qualquer fim substâncias
controle e fiscalização das substâncias constantes das constantes das listas do Regulamento Técnico aprovado
listas do Regulamento Técnico aprovado pela Portaria pela Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações,
SVS/MS n.º 344/98 e suas atualizações, bem como os bem como os medicamentos que as contenham, devem
medicamentos que as contenham; solicitar a Autorização Especial (A.E.)
b) estabelecer mecanismos para evitar o comércio e o uso indústrias farmacêuticas, veterinárias e farmoquímicas;
indevido de substâncias e/ou medicamentos objeto do b) farmácias públicas, privadas, inclusive veterinária;
Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS c) importadoras/distribuidoras que comercializam
n.º 344/98; medicamentos e/ou substâncias;
c) estabelecer procedimentos para o atendimento da d) empresas que desenvolvem atividades de plantio,
legislação vigente. cultivo e colheita de plantas das quais possam ser
resolve: extraídas substâncias objeto do Regulamento Técnico;
Art. 1º Aprovar a Instrução Normativa, de caráter geral e estabelecimentos de ensino e pesquisa;
específico, para estabelecer documentos, formulários e transportadoras de substâncias e/ou medicamentos.
procedimentos na aplicação do Regulamento Técnico § 1º Cada estabelecimento que desenvolver as atividades
aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344/98. mencionadas no caput deste artigo deve possuir
Art. 2º Estabelecer e coordenar programas de capacitação Autorização Especial (A . E.).
das Autoridades Sanitárias Estaduais, Municipais e do § 2º O responsável pelo estabelecimento deve
Distrito Federal objetivando o cumprimento da Portaria protocolizar a solicitação, instruindo o processo com a
mencionada no artigo 1º desta Instrução Normativa. documentação constante desta Instrução Normativa junto
Art. 3º Estabelecer que as Autoridades Sanitárias à Autoridade Sanitária, onde se encontra sediado.
Estaduais promovam programas de capacitação para as § 3º O Relatório Técnico elaborado pela Autoridade
Autoridades Municipais, e cada uma estabeleça as rotinas Sanitária local após inspeção, é o documento que
para o fiel cumprimento do Regulamento Técnico e da subsidiará o Ministério da Saúde para concessão ou não
presente Instrução Normativa. das atividades requeridas.
Art. 4º Revogar os itens 003A, 003B, 003C, 004 A, § 4º O Relatório de que trata o parágrafo anterior deve
004B, 004C, 005A, 005B, da Instrução Normativa ser fundamentado e conclusivo no que se refere à
SVS/MS n.º 1, de 30/9/94. capacidade técnica, operacional e ao cumprimento das
Art. 5º Comunicar que esta Instrução Normativa entra em Boas Práticas de Fabricação, Manipulação, Distribuição e
vigor na data de sua publicação, revogando-se as Transporte (BPF, BPM, BPD e BPT).
disposições em contrário. § 5º Os estabelecimentos que possuem Autorização
Especial concedida anteriormente a data da publicação da
GONZALO VECINA NETO Portaria SVS/MS n.º 344/98, não necessitam solicitar
Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE uma nova Autorização.
01.02.1999 § 6º Será cancelada automaticamente toda Autorização
Específica, anteriormente concedida pela Portaria
INSTRUÇÃO NORMATIVA SVS/MS n.º 82/95, para os estabelecimentos que já
DA PORTARIA N.º 344 DE 12 DE MAIO DE 1998 possuem a Autorização Especial.
Estabelece procedimentos para a aplicação da Portaria § 7º Os estabelecimentos que possuem a Autorização
SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998, que aprovou o Específica, estabelecida pela Portaria SVS/MS n.º 82/95,
Regulamento Técnico sobre as substâncias e devem informar através de ofício à Autoridade Sanitária
local que encaminhará à SVS/MS, para a substituição

64
formulário de petição preenchido no que couber, em 2 farmácia, drogaria e unidade de saúde que dispensem
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO I); medicamentos em suas embalagens originais adquiridos
cópia da publicação da Autorização de Funcionamento da no comércio nacional; Órgãos de Repressão a
empresa concedida pela SVS/MS; da numeração Entorpecentes; Laboratórios de Análises Clínicas ou de
anteriormente concedida e a publicação em Diário Oficial Referência, que utilizam substâncias constantes das listas
da União como Autorização Especial. da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações,
DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA AS com finalidade diagnóstica, realização de provas
INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS, VETERINÁRIAS analíticas e para identificação de drogas.
E FARMOQUÍMICAS
Art. 4º (REVOGADO PELA RDC 16/14) 1.3. DO CANCELAMENTO DA AUTORIZAÇÃO
1.1.2. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA ESPECIAL
FARMÁCIAS Art. 11 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
Art. 5º (REVOGADO PELA RDC 16/14) Art. 12 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
1.1.3. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA Art. 13 (REVOGADO PELA RDC 16/14)
IMPORTADORAS/DISTRIBUIDORAS
Art. 6º (REVOGADO PELA RDC 16/14) CAPÍTULO II
1.1.4. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA DO COMÉRCIO
EMPRESA COM ATIVIDADES DE PLANTIO, 2.1. INTERNACIONAL
CULTIVO E COLHEITA DE PLANTAS DAS QUAIS 2.1.1. DA IMPORTAÇÃO
POSSAM SER EXTRAÍDAS SUBSTÂNCIAS DO 2.1.1.1. DA COTA ANUAL
REGULAMENTO TÉCNICO Art. 14 Os procedimentos para a importação de todas as
Art. 7º (REVOGADO PELA RDC 16/14) substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3"
1.1.5. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Portaria
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO E PESQUISA E SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como
PARA TRABALHOS MÉDICOS CIENTÍFICOS dos medicamentos que as contenham ficam sujeitos ao
Art. 8º Documentos exigidos para formação do processo: tratamento administrativo obrigatório do Sistema
formulário de petição preenchido, no que couber, em 2 Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO I); Art. 15 A empresa deve solicitar à Agência Nacional de
cópia de Licença de Funcionamento da Empresa, Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, através do
atualizada, emitida pela Autoridade Sanitária do Estado, formulário próprio de petição (ANEXO II) para o ano,
Município ou do Distrito Federal; seguinte, afixação de sua Cota Anual de Importação de
comprovante de pagamento de Preço Público (DARF - substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3",
Cód. 6470), em 2 (duas) vias (original e cópia, "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" (imunossupressoras) e
devidamente autenticadas e/ou carimbadas) ou "D1" (precursoras) constantes da Portaria SVS/MS n.°
comprovante de isenção, quando for o caso; cópia do 344/98 e de suas atualizações, até no máximo 31 (trinta e
R.G. e C.I.C. do dirigente do estabelecimento; um) de dezembro de cada ano, para uso no ano seguinte.
documento firmado pelo dirigente do estabelecimento (Redação dada pela Resolução –RDC nº 229, de 11 de
indicando o farmacêutico responsável pelo controle e dezembro de 2001)
guarda das substâncias/medicamentos utilizados e os § 1º A cota pode ter sua importação efetuada na
professores e pesquisadores participantes; totalidade ou parceladamente.
cópia do R.G. e C.I.C. das pessoas mencionadas no item § 2º A fixação de Cota Anual para importação de
e; cópia do plano integral do curso ou da pesquisa técno- medicamento deve ser solicitada no quantitativo
científica; relação das substâncias ou medicamentos e equivalente à substância ativa.
das quantidades a serem utilizadas. Art. 16 Estão isentas de Concessão de Cota Anual para
§ 1º O Órgão competente do Ministério da Saúde, após a Importação as substâncias das listas "C1" (outras
avaliação prévia da Autoridades Sanitária local, substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
encaminhará a aprovação da concessão da Autorização (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
Especial através de ofício ao dirigente do (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
estabelecimento e à Autoridade Sanitária local. 344/98 e de suas atualizações.
§ 2º A concessão da Autorização Especial de que trata o Art. 17 Documentos exigidos para formação do processo
caput deste artigo será destinada à cada plano de aula ou de Concessão da Cota Anual:
projeto de pesquisa e trabalho. a) formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
1.1.6. DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL PARA (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
TRANSPORTADORA b) comprovante de pagamento de Preço Público (DARF -
Art. 9º (REVOGADO PELA RDC 16/14) Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
1.2. DA ISENÇÃO DA AUTORIZAÇÃO ESPECIAL c) justificativa técnica do pedido;
Art. 10 São considerados isentos de Autorização Especial
os seguintes estabelecimentos:
65
d) estimativa da utilização e distribuição da substância ou (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
medicamentos quando se tratar da primeira concessão de 344/98 e de suas atualizações.
cota; 2.1.1.3. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
e) quadro demonstrativo da utilização/distribuição da IMPORTAÇÃO E DO CERTIFICADO DE NÃO
substância até a data da petição. OBJEÇÃO
§ 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo Art. 22 Documentos exigidos para a solicitação da
Representante Legal da Empresa e protocolizada junto ao emissão da Autorização de Importação (ANEXO II
Órgão competente do Ministério da Saúde. constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98) e do
§ 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser Certificado de Não Objeção (ANEXO III constante da
assinada pelo Responsável Técnico. Portaria SVS/MS n.º 344/98):
§ 3º O resultado da análise da petição de Cota Anual de formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
Importação, será informado pelo Órgão competente do (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
Ministério da Saúde ao Responsável Técnico ou Legal do comprovante de pagamento de Preço Público (DARF –
estabelecimento solicitante e à Autoridade Sanitária onde Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
está sediada a empresa. devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
§ 4º A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou do justificativa técnica;
Distrito Federal deve juntar o documento constante do § nota pró-forma emitida pela empresa exportadora
3º deste artigo, aos demais documentos relativos a constando o quantitativo a ser efetivamente importado.
importação da cota anual ou suplementar. § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
Representante Legal da Empresa e protocolizada no
2.1.1.2. DA CONCESSÃO DA COTA SUPLEMENTAR Órgão competente do Ministério da Saúde.
DE IMPORTAÇÃO § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
Art. 18 Os procedimentos para importação de todas as assinada pelo Responsável Técnico.
substâncias constantes das listas "A1" e "A2" Art. 23 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
(entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C3" Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Importação
(imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Portaria e o Certificado de não Objeção, em 6 (seis) e 5 (cinco)
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como vias, respectivamente, que terão a seguinte destinação:
dos medicamentos que as contenham ficam sujeitos ao 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
tratamento administrativo obrigatório do Sistema 2ª via: importador;
Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX. 3ª via: exportador;
Art. 19 A empresa deve solicitar, através do formulário 4ª via: autoridade competente do país exportador;
próprio de petição (ANEXO II), a Cota Suplementar de 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
importação de substâncias constantes, das listas "A1" e Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de
"A2" (entorpecentes), "A3", "B1", e "B2" (psicotrópicas), Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para o
"C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) da Certificado de Não Objeção;
Portaria SVS/MS n.° 344/98 e de suas atualizações, à 6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou
Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa
da Saúde até no máximo 30 (trinta) de setembro de cada autorizada.
ano. (Redação dada pela Resolução – RDC nº 229, de Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
11 de dezembro de 2001) competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
Parágrafo único. A fixação de Cota Suplementar para se incumbir do envio das demais vias aos respectivos
importação de medicamento deve ser solicitada no órgãos.
quantitativo equivalente à substância ativa. Art. 24 Para a importação das substâncias constantes da
Art. 20 Documentos exigidos para a concessão de Cota lista "D1" (precursoras), que fazem parte da Convenção
Suplementar: das Nações Unidas Contra Tráfico Ilícito de
a) formulário de petição preenchido, no que Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, de 1988,
couber, em 2 (duas) vias (original e cópia) constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
(ANEXO II); atualizações, bem como os medicamentos que as
b) comprovante de pagamento de Preço Público contenham, será emitida uma Autorização de Importação,
(DARF - Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original conforme ANEXO III.
e cópia) devidamente autenticadas e/ou Parágrafo único. Quando solicitado pelo país exportador,
carimbadas; a autorização de que trata o caput deste artigo será
c) justificativa técnica; emitida, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do
d) quadro demonstrativo da utilização/distribuição Ministério da Saúde, para as substâncias das listas "C1"
da substância até a data da petição. (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
Art. 21 Estão isentas de solicitação da Cota Suplementar (retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5"
para Importação as substâncias das listas "C1" (outras (anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º
substâncias sujeitas a controle especial), "C2" 344/98 e de suas atualizações, bem como os
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5" medicamentos que as contenham.

66
Art. 25 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Inspetorias da Receita Federal do Porto ou Aeroporto
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Importação Internacional do Rio de Janeiro ou de outros Estados que
de que trata o artigo 24 desta Instrução Normativa, em 6 venham a ser autorizados pelo Ministério da Saúde, em
(seis) vias que terão a seguinte destinação: conjunto com outros órgãos envolvidos.
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; 2.1.2. DA EXPORTAÇÃO
2ª via: importador; 2.1.2.1. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
3ª via: exportador; EXPORTAÇÃO
4ª via: autoridade competente do país exportador; Art. 30 Para exportar as substâncias constantes das listas
5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2"
Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de (psicotrópicas), "C3" (imunossupressoras) e "D1"
Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para as (precursoras) e suas atualizações e os medicamentos que
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a as contenham, a empresa deve solicitar junto à Secretaria
controle especial), "C2" (retinóicas), "C4" (anti- de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, a
retrovirais) e "C5" (anabolizantes) constantes da Portaria Autorização de Exportação.
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os Art. 31 Documentos exigidos para formação do processo
medicamentos que as contenham. de Autorização de Exportação e do Certificado de Não
6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou Objeção (ANEXO III constante da Portaria SVS/MS n.º
Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa 344/98):
autorizada. a) formulário de petição preenchido, no que couber, em 2
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão (duas) vias (original e cópia) (ANEXO II);
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa b) comprovante de pagamento de Preço Público (DARF -
se incumbir do envio das demais vias aos respectivos Cód. 6470) em 2 (duas) vias (original e cópia)
órgãos. devidamente autenticadas e/ou carimbadas;
Art. 26 É vedado à empresa promover alteração nos c) original da autorização de importação emitida pela
dados constantes das Autorizações de Importação de que Autoridade Competente do país importador;
trata o item 2.1.1.3. desta Instrução Normativa sem a § 1º Toda a documentação deve ser assinada pelo
prévia aprovação da Autoridade Sanitária do país Representante Legal da Empresa e protocolizada junto ao
exportador. Órgão competente do Ministério da Saúde.
§ 1º Fica a empresa obrigada a apresentar à Secretaria de § 2º A documentação relativa a parte técnica, deve ser
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde o documento assinada pelo Responsável Técnico.
que comprove a aprovação da eventual alteração da Art. 32 A Secretaria de Vigilância Sanitária do
Autoridade Sanitária do país exportador. Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Exportação
§ 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da (ANEXO IV constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98)
Saúde emitirá, mediante solicitação da empresa, uma em 6 (seis) vias que terão o seguinte destino:
Autorização para fins de desembaraço junto á Autoridade 1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde;
Sanitária competente. 2ª via: importador;
§ 3 º A Autorização de que trata o parágrafo anterior 3ª via: exportador;
deve ser solicitada mediante pagamento de preço público 4ª via: autoridade competente do país importador;
(DARF – Cód. 6470). 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
2.1.1.4. DA ANUÊNCIA PRÉVIA DA IMPORTAÇÃO Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro;
Art. 27 Dependem de anuência prévia da Secretaria de 6ª via: autoridade Sanitária competente do Estado ou
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, na Licença Distrito Federal onde estiver sediada a empresa
de Importação (L.I.), através do SISCOMEX, as autorizada.
substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS n º Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
344/98 e de suas atualizações e os medicamentos que as competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
contenham. se incumbir do envio das demais vias aos órgãos
Art. 28 Para a anuência prévia na Licença de Importação competentes.
(L.I.) - SISCOMEX das substâncias das listas da Portaria Art. 33 Para a exportação das substâncias constantes da
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os lista "D1" (precursoras), que fazem parte da Convenção
medicamentos que as contenham, a empresa deve prestar das Nações Unidas Contra Tráfico Ilícito de
à Autoridade Sanitária do Ministério da Saúde as Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, de 1988,
informações apontadas no formulário para tratamento constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
administrativo, ANEXO IV, devidamente assinado pelo atualizações, bem como os medicamentos que as
seu Responsável Técnico. contenham, será emitida uma Autorização de Exportação,
Art. 29 As importações das substâncias das listas "A1", conforme ANEXO V.
"A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), Parágrafo único. Quando solicitado pelo país importador,
"C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras) a autorização de que trata o caput deste artigo será
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas emitida, pela Secretaria de Vigilância Sanitária do
atualizações e os medicamentos que as contenham, Ministério da Saúde, para as substâncias das listas "C1"
somente podem ser efetuadas através das respectivas (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
67
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais) e "C5" 4ª via: autoridade competente do país importador;
(anabolizantes) constantes da Portaria SVS/MS n.º 5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do
344/98 e de suas atualizações, bem como os Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro, se
medicamentos que as contenham. for o caso;
Art. 34 A Secretaria de Vigilância Sanitária do 6ª via: autoridade Sanitária competente do Estado ou
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Exportação Distrito Federal em que estiver sediada a empresa
de que trata o artigo 33 desta Instrução Normativa, em 6 autorizada.
(seis) vias e o Certificado de não Objeção, em 5 (cinco) Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão
vias, , que terão a seguinte destinação: competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; se incumbir do envio das demais vias aos órgãos
2ª via: importador; competentes.
3ª via: exportador; Art. 38 É vedado a empresa promover alteração nos
4ª via: autoridade competente do país importador; dados constantes das Autorizações de Exportação e
5ª via: delegacia de Repressão a Entorpecentes do Autorizações de Fabricação para fim Exclusivo de
Departamento da Polícia Federal do Estado do Rio de Exportação de que tratam , respectivamente, os itens
Janeiro e/ou dos demais Estados, exceto para as 2.1.2.1. e 2.1.2.2. desta Instrução Normativa sem a prévia
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a aprovação da Autoridade Sanitária do país importador.
controle especial), "C2" (retinóicas), "C4" (anti- § 1º Fica a empresa obrigada a apresentar à Secretaria de
retrovirais) e "C5" (anabolizantes) constantes da Portaria Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde o documento
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, bem como os que comprove a aprovação da eventual alteração efetuada
medicamentos que as contenham e para o Certificado de pela Autoridade Sanitária do país importador, quando
Não Objeção. couber.
6ª via: autoridade sanitária competente do Estado ou § 2º A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Distrito Federal, em que estiver sediada a empresa Saúde emitirá, mediante solicitação da empresa, uma
autorizada. Autorização para fins de desembaraço junto á Autoridade
Parágrafo único. A 1ª via ficará retida pelo Órgão Sanitária competente.
competente do Ministério da Saúde, devendo a empresa § 3 º A Autorização de que trata o parágrafo anterior
se incumbir do envio das demais vias aos respectivos deve ser solicitada mediante pagamento de preço público
órgãos. (DARF- Cód. 6470).
2.1.2.2. DA EMISSÃO DA AUTORIZAÇÃO DE 2.1.2.3. DA ANUÊNCIA PRÉVIA DA EXPORTAÇÃO
FABRICAÇÃO PARA FIM EXCLUSIVO DE Art. 39 A exportação das substâncias constantes das
EXPORTAÇÃO listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
Art. 35 A Secretaria de Vigilância Sanitária do atualizações, bem como os medicamentos que as
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Fabricação contenham, dependerá de Anuência Prévia da Secretaria
para fim Exclusivo de Exportação (ANEXO VI) para os de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no
medicamentos e apresentações não registrados, no Brasil, Registro de Operações de Exportações (R.O.E.) através
a base de substâncias constantes das listas da Portaria do Sistema Integrado de Comércio Exterior -
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações. SISCOMEX.
Parágrafo único. Fica proibida a comercialização do Art. 40 Para a anuência prévia no Registro de Operações
medicamento de que trata o caput deste artigo em todo de Exportações (R.O.E.) - SISCOMEX das substâncias
Território Nacional. das listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
Art. 36 Documentos exigidos para a formação do atualizações, bem como os medicamentos que as
processo da Autorização de Fabricação para fim contenham, a empresa deve comunicar à Autoridade
Exclusivo de Exportação: Sanitária do Ministério da Saúde as informações
formulário de petição preenchido, no que couber, em 2 apontadas no formulário para tratamento administrativo,
(duas) vias (original e cópia) (ANEXO II); ANEXO VII, devidamente assinado pelo seu
comprovante de pagamento de Preço Público (DARF - Responsável Técnico.
Cód. 6470), em 2 (duas) vias (original e cópia, Art. 41 As exportações das substâncias das listas "A1",
devidamente autenticadas e/ou carimbadas); "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas),
cópia do Certificado de Registro do Medicamento ou "C3" (imunossupressoras) e "D1" (precursoras)
documento similar emitido pela Autoridade Sanitária do constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
país importador, onde deve constar o número do registro atualizações e os medicamentos que as contenham
e a fórmula completa. somente podem ser efetuadas através das respectivas
Art. 37 A Secretaria de Vigilância Sanitária do Inspetorias da Receita Federal do Porto ou Aeroporto
Ministério da Saúde emitirá a Autorização de Fabricação Internacional do Rio de Janeiro ou de outros Estados que
para fim Exclusivo de Exportação em 6 (seis) vias que venham a ser autorizados pelo Ministério da Saúde em
terão o seguinte destino: conjunto com outros órgãos envolvidos.
1ª via: órgão competente do Ministério da Saúde; 2.1.3. DO DESEMBARAÇO ADUANEIRO
2ª via: importador; 2.1.3.1. DA IMPORTAÇÃO
3ª via: exportador; Art. 42 (REVOGADO PELA RDC 62/2016)
68
Art. 43 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) Art. 52 (REVOGADO PELA RDC 11/2011)
Art. 44 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) Art. 53 A Autoridade Sanitária deve possuir um livro ou
Art. 45 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) ficha para cadastrar os estabelecimentos, para
Art. 46 (REVOGADO PELA RDC 62/2016) conferência, registro e controle da concessão do visto,
Art. 47 Para liberação da carga a ser importada de podendo ser manuscrito ou informatizado.
substâncias das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a Art. 54 No registro do livro ou ficha devem constar:
controle especial), "C2" (retinóides), "C4" (anti- a) dados dos estabelecimento fornecedor:
retrovirais) e "C5" (anabolizantes), constantes da Portaria C.N.P.J./C.G.C., Razão Social, nome fantasia, endereço
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, e completo;
medicamentos que as contenham a serem b) dados do estabelecimento comprador:
desembaraçadas, nos terminais alfandegários, a empresa C.N.P.J./C.G.C., Razão Social, nome fantasia, endereço
deve solicitar a inspeção sanitária ao Serviço de completo
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Porto ou c) data do visto;
Aeroporto Internacional, onde deve apresentar os d) n.º seqüencial do visto;
seguintes documentos: e) nome e quantidade da substância ou medicamento,
anuência prévia na Licença de Importação (L.I.), através concentração e apresentação autorizado e n.º de lote;
do SISCOMEX (original e cópia); f) n.º da Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura;
autorização de exportação (original e cópia) emitida pela g) observação (cancelamento da Nota Fiscal, ou outras
Autoridade Sanitária competente do país exportador; ocorrências de interesse).
c) lista de especificação de carga; Art. 55 O visto será aplicado através de carimbo próprio
d) certificado de controle de qualidade por lote ou partida ou de etiqueta, no anverso da Nota Fiscal ou Nota Fiscal
(original e cópia) emitido pelo fabricante. Fatura, fazendo constar a data, número de ordem
2.1.3.2. DA EXPORTAÇÃO seqüencial, assinatura da Autoridade Sanitária local,
Art. 48 Para liberação da carga a ser exportada de nome completo da Autoridade Sanitária (pode ser em
substâncias das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", forma de carimbo ou letra de forma).
"B1" e "B2" (psicotrópicas) e "D1" (precursoras) Art. 56 A Autoridade Sanitária local devolverá ao
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 de suas fornecedor a Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura visada,
atualizações, bem como medicamentos que as contenham dentro de 48 (quarenta e oito) a 72 (setenta e duas) horas.
a serem desembaraçados, com exceção dos que contém Art. 57 Para o visto, além das vias normais, a empresa ou
as substâncias da lista "D1" (precursores), nos terminais estabelecimento deve apresentar uma cópia da Nota
alfandegários, a empresa deverá solicitar a inspeção Fiscal, que será a via do arquivo da Autoridade Sanitária
sanitária juntamente ao Serviço de Vigilância Sanitária local.
do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, onde deverá Art. 58 A empresa que não atender uma Nota Fiscal
apresentar os seguintes documentos: visada, deve solicitar o cancelamento do visto, através do
a) autorização de exportação (cópia autenticada) ou requerimento ou ofício, devendo anexar todas as vias da
Certificado de Não Objeção emitidos pela Secretaria de Nota Fiscal.
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde; Art. 59 A Autoridade Sanitária local deve efetuar o
b) autorização de importação (cópia autenticada) emitida cancelamento também na via de seus arquivos e anotação
pela Autoridade Sanitária competente do país no livro de registro dos vistos.
importador; Art. 60 A Autoridade Sanitária local deve solicitar
c) fatura comercial; informações, quando necessário, a outras Autoridades
d) lista de especificação de cargas; Sanitárias em caso de dúvida quanto a veracidade dos
e) certificado de controle de qualidade por lote ou partida dados constantes do documento do estabelecimento
(original e cópia) emitido pelo fabricante. comprador.
2.1.4. DA DEVOLUÇÃO E RETORNO Art. 61 A compra, venda, transferência e devolução das
Art. 49 Quando não ocorrer a efetivação do desembaraço substâncias constantes das listas "A1" e "A2"
aduaneiro as substâncias constantes das listas da Portaria (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" (psicotrópicas), "C1"
SVS/MS n.º 344/98 de suas atualizações, bem como os (outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2"
medicamentos que as contenham, serão devolvidos ou (retinóides), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes),
retornados ao país de origem após verificação da e "D1" (precursores) da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de
Autoridade Sanitária do Porto e Aeroporto do Rio de suas atualizações, bem como os medicamentos que as
Janeiro ou dos demais Estados. contenham, devem estar acompanhadas de nota fiscal ou
§ 1º A empresa deverá solicitar o cancelamento da nota fiscal fatura, isentos do visto da Autoridade
documentação relativa ao que consta no caput deste Sanitária local de domicílio do remetente.
artigo. Parágrafo único. Ficam igualmente isentos do visto os
§ 2º A empresa deve cumprir as disposições do item medicamentos que contenham as substâncias, referidas
2.1.2. desta Instrução Normativa, no que couber. no caput do artigo, constantes dos adendos das listas,
2.2. DO COMÉRCIO NACIONAL onde estabelece que a prescrição seja em Receita de
Art. 50 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Controle Especial em 2 (duas) vias contendo tarja
Art. 51 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) vermelha em sua embalagem.
69
4.1.1. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A"
CAPÍTULO III 4.1.1.1. DA DISTRIBUIÇÃO DA NOTIFICAÇÃO DE
DO TRANSPORTE RECEITA "A"
3.1. DA PESSOA JURÍDICA PARA PROFISSIONAIS
Art. 62 A transportadora de substâncias e medicamentos Art. 69 A Autoridade Sanitária deve organizar um
objeto da Portaria SVS/MS n.º 344/98 deve ser sistema de controle de distribuição de blocos de
autorizada e licenciada pela Autoridade Sanitária Notificação de Receita "A" que pode ser em forma de
competente, onde estiver situada a empresa. livro de escrituração, ficha manuscrita ou informatizada,
Parágrafo único. Os locais de armazenamento das bem como fornecer informação aos profissionais da
empresas e seus veículos devem assegurar as condições documentação que será necessária para retirar o
de segurança, limpeza e higiene necessárias à talonário.
preservação e eficácia do medicamento. § 1º Para preencher a Ficha Cadastral, assinará com pelo
Art. 63 Cabe à Autoridade Sanitária dos Estados, menos 3 (três) autógrafos, e receber o primeiro talonário,
Municípios ou do Distrito Federal em conjunto com as o profissional deve ir pessoalmente a Autoridade
Autoridades Policiais e Fazendária fiscalizar o transporte Sanitária local, munido de:
de substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS carteira do Conselho Regional de Medicina (CRM) ou
n.º 344/98 e de suas atualizações e dos medicamentos Conselho Regional de Odontologia (CRO) ou Conselho
que as contenham, em qualquer via, tomando medidas Regional de Medicina Veterinária (CRMV);
legais cabíveis e procedendo apreensão, quando Comprovante de endereço residencial ou do consultório,
necessário. podendo ser uma conta de luz ou telefone e carimbo com
3.2 DA PESSOA FÍSICA os dados: nome e endereço completo do profissional e o
Art. 64 Em viagem internacional, quando da saída ou Conselho Regional correspondente;
chegada, somente podem transportar medicamentos a § 2º A Autoridade Sanitária deve anotar na Ficha
base de substâncias constantes das listas da Portaria Cadastral (ANEXO VIII) o número de talonários e a
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, as pessoas numeração correspondente concedida. O profissional
que estiverem de posse de receita médica na quantidade deve assinar no verso o recebimento.
suficiente para o seu uso individual. Art. 70 Na hipótese de o profissional não poder
comparecer pessoalmente à autoridade Sanitária local,
CAPÍTULO IV poderá solicitar por escrito, o seu cadastramento e os
DA PRESCRIÇÃO talonários necessários, através de um portador
4.1. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA autorizado.
Art. 65 A Notificação de Receita é o documento que Parágrafo único. O procedimento para o portador retirar o
acompanhado de receita autoriza a dispensação ou talão da Notificação de Receita "A" será:
aviamento de medicamentos a base de substancias a) o profissional, por escrito, indicará a pessoa que
constantes das listas ―A1" e "A2‖ (entorpecentes), "A3", retirará a ficha cadastral e o talão;
―B1" e ―B2" (psicotrópicos), "C2" (retinóides para uso b) a Autoridade Sanitária fornecerá a Ficha Cadastral do
sistêmico) e "C3" (imunossupressores), do Regulamento profissional para o portador, que deverá ser identificado
Técnico aprovado pela Portada SVS/MS n.º 344/98 e de pela sua Carteira de Identidade (R.G.) ou outro
suas atualizações. (Revogado, unicamente no que se documento equivalente;
refere à substância Talidomida, pela Resolução – RDC nº c) a referida ficha deve ser preenchida e assinada pelo
11/2011. profissional, reconhecida a assinatura em cartório;
Art. 66 Os profissionais médicos, médicos-veterinários e d) portador deve devolver a Ficha acompanhada da cópia
cirurgiões-dentistas que forem utilizar Notificações de dos seguintes documentos: Carteira do CRM, CRO ou
Receitas, devem procurar a Autoridade Sanitária da CRMV, comprovante de endereço residencial ou do
localidade do consultório ou da instituição, para consultório podendo ser uma conta de luz ou telefone e
preencher a ficha cadastral. carimbo, com os dados: nome e endereço completo do
Art. 67 O talonário de Notificação de Receita "A" profissional;
(ANEXO IX constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e) portador deve assinar o recebimento no verso da Ficha
será fornecido gratuitamente aos profissionais e Cadastral.
instituição ou unidade hospitalar, para a prescrição de 4.1.1.2. DA DISTRIBUIÇÃO DO TALONÁRIO "A"
medicamentos a base de substâncias constantes das listas PARA INSTITUIÇÃO OU UNIDADE HOSPITALAR
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3" (psicotrópicas) Art. 71 O talonário de Notificação de Receita "A", para
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas instituição ou hospitais, clínicas, pode ser retirado pelo
atualizações. diretor clínico ou por pessoa indicada por ele, para
Art. 68 No ato da entrega do talonário de Notificação de prescrição de pacientes em tratamento ambulatorial ou
Receita "A", o profissional ou diretor clínico ou a pessoa em alta hospitalar.
por eles autorizada deve estar de posse do carimbo de Art. 72 O talonário de Notificação de Receita "A" da
identificação do profissional ou instituição. A Autoridade instituição somente pode ser utilizado por médicos do
Sanitária deve em todas as folhas do talonário apor o corpo clínico da instituição ou hospital e somente neste
carimbo no campo "Identificação do Emitente". local.
70
Art. 73 A guarda do talonário da Notificação de Receita b) os seis dígitos subsequentes, correspondem à
"A" e a distribuição aos profissionais do hospital ou numeração seqüencial fornecida ao profissional ou à
instituição deve ficar sob a responsabilidade do diretor instituição.
clínico ou de quem ele indicar, podendo ser o Art. 79 As anotações de mudança de endereço, suspensão
farmacêutico da farmácia da instituição. da entrega de talonários, ou ocorrência de roubo ou furto
Art. 74 O procedimento da Autoridade Sanitária para a (neste caso deverá ser registrado Boletim de Ocorrência
entrega dos talonários para hospitais ou instituições deve Policial -B.O.) devem ser anotadas no campo de
ser o mesmo estabelecido para os profissionais. observação da Ficha Cadastral.
4.1.2. DA NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" E DA 4.1.2.2. DA ENTREGA, PARA TERCEIROS, DA
NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL NUMERAÇÃO PARA CONFECÇÃO DA
4.1.2.1. DA DISTRIBUIÇÃO DA NUMERAÇÃO NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" E/O
PARA CONFECCIONAR NOTIFICAÇÃO DE NOTIFICAÇÃO DE RECEITA ESPECIAL
RECEITA "B" E NOTIFICAÇÃO DE RECEITA Art. 80 A cada solicitação o portador deve:
ESPECIAL. a) estar devidamente autorizado por escrito, pelo
Art. 75 O profissional deve retirar a numeração para a profissional prescritor;
confecção do talonário de Notificação de Receita "B" b) estar munido do documento de identificação pessoal
(ANEXO XI constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98) e (R.G./C.I.C.);
da Notificação de Receita Especial (Retinóides e c) portar o carimbo do profissional prescritor;
Imunossupressores - ANEXOS XII e XIII constantes da d) assinar , na presença da Autoridade Sanitária, no
Portaria SVS/MS n.º 344/98) junto a Autoridade campo específico da Ficha Cadastral do profissional ou
Sanitária da localidade do consultório ou da instituição, da instituição ou do hospital o recebimento do talonário
para a prescrição de medicamentos a base de substâncias ou da numeração concedida.
constantes das listas "B1" e "B2" (psicotrópicos), "C2" 4.1.3. DO PREENCHIMENTO DAS NOTIFICAÇÕES
(retinóides de uso sistêmico) e da lista "C3" DE RECEITAS
(imunossupressores) da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de Art. 81 Campos de preenchimento exclusivos do
suas atualizações. prescritor:
Parágrafo único. A numeração do talonário da a) identificação do emitente: no local correspondente à
Notificação de Receita Especial (Lista "C3" - identificação do emitente deve constar devidamente
imunossupressoras da Portaria SVS/MS n.º 344/98) para impressos, o nome, endereço e inscrição do profissional
Talidomida, será distribuída pela Autoridade Sanitária no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade
local e confeccionado as expensas do serviço público. da Federação ou o nome do estabelecimento ou da
Art. 76 A Autoridade Sanitária deve organizar um instituição com o endereço completo;
sistema de controle de distribuição da numeração para os b) assinatura do médico, cirurgião-dentista ou médico-
talonários de Notificação de Receita "B" e Notificação de veterinário: neste espaço deverá conter a assinatura do
Receita Especial para Retinóides, que pode ser em forma profissional prescritor. Quando os dados do profissional
de livro de escrituração, ficha manuscrita ou estiverem devidamente impressos no campo do emitente,
informatizada. este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No
Art. 77 Cabe à Autoridade Sanitária: caso de o profissional pertencer a uma instituição ou
controlar e distribuir a numeração para confecção do estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura
talonário de Notificação de Receita "B" e Notificação de com carimbo, constando a inscrição no Conselho
Receita Especial (Retinóides e Talidomida); Regional ou manuscrita, de forma legível;
fornecer modelo das Notificações para o profissional ou c) paciente: nome e endereço completo do paciente e, no
instituição; caso de uso veterinário, nome e endereço completo do
completar os campos que competem à Autoridade proprietário e identificação do animal;
Sanitária da Requisição da Notificação de Receita em 2 d) numeração: deverá ser numerada em ordem
(duas) vias, (ANEXO VI constante da Portaria SVS/MS cronológica devidamente impressa conforme numeração
n.º 344/98) e arquivar a 2ª via; concedida pela Autoridade Sanitária.
anotar no livro ou ficha de registro da Autoridade Art. 82 Campos de preenchimento exclusivos do
Sanitária, a numeração concedida; Fornecedor:
orientar o profissional ou a pessoa responsável pela a) identificação do comprador: nome e endereço
retirada da numeração que a 1ª via da Requisição que completo do comprador, número do R.G., órgão
deve ser encaminhada à gráfica para confecção do expedidor e telefone quando houver;
talonário de Notificação de Receita e devolvida ao b) identificação do fornecedor: o responsável pelo
profissional juntamente com os talonários atendimento, deve utilizar o carimbo de identificação do
confeccionados. estabelecimento contendo o C.N.P.J./C.G.C., nome e
Art. 78 A numeração de todas as Notificações deve ser endereço completo, datar e colocar seu nome de forma
composta de oito dígitos assim constituídos: legível abaixo do carimbo de identificação do
a) os dois primeiros dígitos representarão o código da estabelecimento;
Autoridade Sanitária Estadual; c) identificação da quantidade aviada ou número de
registro: a farmácia ou drogaria deve ter um carimbo
71
próprio (ANEXO IX) e anotar no verso da Notificação de no máximo de 60 (sessenta) dias ou, no máximo, 3 (três)
Receita a quantidade dispensada e quando tratar-se de substâncias constantes das listas mencionadas "C1"
formulações magistrais, o número de registro da receita (outras substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
no livro de receituário. (anabolizantes) ou 3 (três) medicamentos que contenham
Art. 83 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) substâncias constantes das listas; "C1" (outras
Art. 84 O profissional médico, médico-veterinário e substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5"
cirurgião-dentista prescreverá em Receita de Controle (anabolizantes); 5 (cinco) substâncias constantes da lista
Especial em 2 (duas) vias ou receita comum (ANEXO "C4" (anti-retrovirais) ou medicamentos que as
XVII constante da Portaria n.º 344/98 – SVS/MS), em contenham.
duas vias, sendo a 1ª via retida pela farmácia ou drogaria § 1º Cada Receita pode conter a quantidade máxima para
e a 2ª via do paciente, substâncias constantes das listas um tratamento de 60 (sessenta) dias.
"C1" (outras substâncias sujeitas ao controle especial), § 2º A quantidade dos medicamentos com a ação
"C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes), da Portaria antiparkinsoniana e anticonvulsivante pode ser prescrita
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações, e referentes para até 6 (seis) meses de tratamento.
adendos : 4. 3. DO PREENCHIMENTO DOS TERMOS DE
1) da lista "A1" (entorpecentes); CONSENTIMENTO DE IMUNOSSUPRESSORES
2) da lista "A2" (entorpecentes); (TALIDOMIDA) E RETINÓIDES
3) da lista "B1" (psicotrópicas); Art. 88 (REVOGADO PELA RDC 11/2011)
4) ou medicamentos que as contenham, desde que sejam 4.4. DA FARMACOVIGILÂNCIA
observadas as dosagens, cor e dizeres da tarja apostos nas Art. 89 A Autoridade Sanitária local, deve estabelecer
embalagens, rótulos e bulas. mecanismos para efetuar a farmacovigilância dos
Art. 85 A Receita de Controle Especial ou receita medicamentos a base das substâncias constantes das
comum, válida em todo território nacional, pode ser listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas
manuscrita, datilografada ou por sistema informatizado atualizações, quando forem considerados de risco
ou impressa, devendo conter os dizeres abaixo: aumentado para a saúde individual ou coletiva.
1) identificação do emitente – não necessita que seja Parágrafo único. Fica instituído o modelo de ficha de
colocado em um quadrado: farmacovigilância para os medicamentos retinóides de
nome completo do profissional ou nome da instituição; uso sistêmico (ANEXO X) e a Autoridade Sanitária
2) n.º - número da inscrição do profissional no Conselho poderá adotar o formulário de notificações de Reações
Regional respectivo; Adversas (ANEXO XI).
3) UF – Unidades Federativa;
4) endereço completo – rua, bairro, número, telefone 4.5. DA DESTINAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO
(opcional) do consultório ou da residência do profissional UTILIZADOS
ou da clínica, hospital, outro quando for caso; Art. 90 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a
5) cidade – nome completo da cidade; administração de medicamentos a base de substâncias
b) prescrição: constantes das listas da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de
1. paciente – nome completo do paciente; suas atualizações, o prescritor e/ou a Autoridade
2. endereço – nome da rua, bairro, n.º , cidade, unidade Sanitária local devem recomendar ao paciente ou seu
federativa; responsável que façam a entrega destes medicamentos no
3. prescrição – uso, fórmula ou nome do medicamento, Órgão competente de Vigilância Sanitária. A Autoridade
dosagem, quantidade, posologia ou modo de usar; Sanitária emitirá um documento comprobatório do
4. data – dia, mês e ano; recebimento e, posteriormente, dará o destino
5. assinatura – o profissional deve usar sua rubrica usual. conveniente (inutilização ou doação).
c) identificação do comprador e do fornecedor : os dados CAPÍTULO V
constantes destes campos podem ser apostos mediante DA ESCRITURAÇÃO
carimbo e devidamente preenchidos pela farmácia ou 5.1. DOS LIVROS
drogaria. Art. 91 Todo estabelecimento que exercer quaisquer das
§ 1º A validade da receita é de 30 (trinta) dias, a partir da atividades descritas no artigo 62 da Portaria SVS/MS n.º
data do preenchimento. 344/98, deve escriturar e manter para efeito de
§ 2º Fica dispensada o uso do carimbo contendo o nome fiscalização e controle, os livros conforme descritos
do profissional e de sua inscrição no respectivo Conselho abaixo, sendo necessário Termo de Abertura e
Regional, para identificar a assinatura, quando estes Encerramento realizado pela Autoridade Sanitária local.
dados estiverem constando do campo do emitente. Parágrafo único. Excetua-se da obrigação da escrituração
Art. 86 Fica proibida a dispensação das receitas com de que trata este capítulo, as empresas que exercem
substâncias ou medicamentos constantes da lista "C4" exclusivamente a atividade de transportar.
(anti-retrovirais) quando prescritas por médico- Art. 92 Livro de Receituário Geral: é o livro que se
veterinário ou cirurgiões-dentistas. destina ao registro de todas as receitas aviadas em
Art. 87 A Receita contendo substâncias das listas "C1" farmácias.
(outras substâncias sujeitas ao controle especial) e "C5" § 1º O registro no livro obedecerá a ordem seqüencial de
(anabolizantes) conterá a quantidade para tratamento de recebimento da receita. A farmácia ao receber a receita
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médica, numerará a mesma através de carimbo ou entradas (por aquisição ou produção) e saída (por venda,
etiqueta. processamento ou uso) e perdas. Este livro e demais
§ 2º O registro deve conter os seguintes dados: documentos (Notas Fiscais, Guias de Remessa ou
a) n.º de ordem da receita; Notificações de Receitas) devem ser mantidos pelo
b) data do aviamento; período de 5 (cinco) anos, findo o qual poderão ser
c) nome e endereço do paciente; inutilizados.
d) nome do médico e número do CRM; § 6º Para efetuar a autenticação dos livros de registros, a
e) descrição da formulação contendo todos os Autoridade Sanitária deverá verificar se:
componentes e concentrações; a) o estabelecimento está devidamente licenciado;
f) visto do Responsável Técnico, ou de seu substituto; b) se houve recolhimento da taxa correspondente, se for o
g) data da dispensação. caso.
Art. 93 Livros de Registro Específico (ANEXO XVIII 5.2. DO TERMO DE ABERTURA E
constante da Portaria SVS/MS n.º 344/98): é o livro ENCERRAMENTO DOS LIVROS
destinado ao registro da movimentação de estoque de Art. 94 Os livros de registros específicos devem ser
substâncias e medicamentos entorpecentes, psicotrópicos escriturados manuscritos ou por sistema informatizado,
e outras de controle especial que fazem parte das listas desde que atendam aos dados estabelecidos no modelo do
constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas ANEXO XVIII da Portaria SVS/MS n.º 344/98,
atualizações. Serão necessários os seguintes livros de previamente submetido à análise e aprovação da
registros específicos: Autoridade Sanitária a quem compete, também,
§ 1º Livro para as substâncias constantes das listas "A1" estabelecer os critérios para controle e verificação por
e "A2" (entorpecentes) e dos medicamentos que as ocasião das inspeções.
contenham. § 1º Semanalmente deve ser atualizada a escrituração dos
§ 2º Livro para as substâncias constantes das listas "A3", livros de registros específicos.
"B1" e "B2" (psicotrópicas) e dos medicamentos que as § 2º A Autoridade Sanitária deve preencher e assinar o
contenham. Termo de Abertura, com as seguintes informações:
§ 3º Livro para as substâncias constantes das listas "C1" razão social;
(outras substâncias sujeitas a controle especial), "C2" denominação comercial;
(retinóicas), "C4" (anti-retrovirais), "C5" (anabolizantes) endereço completo do estabelecimento;
e dos medicamentos que as contenham. Também será finalidade a que se destina o livro de registro;
escriturado neste livro os medicamentos constantes dos número do C.N.P.J./C.G.C.;
adendos das listas "A1", "A2" (entorpecentes) e "B1" § 3º O Termo de Encerramento lavrado no verso da
(psicotrópicos), cuja prescrição se dá com retenção da última folha numerada, deve conter os mesmos dados §
Receita de Controle Especial em 2 (duas) vias. 2º do artigo 94 e a quantidade de folhas escrituradas.
§ 4º Os documentos abaixo descritos são documentos § 4º O Termo de Encerramento só pode ser preenchido
hábeis para a escrituração: após o uso ou finalização do livro.
a) entrada: Nota Fiscal ou Nota Fiscal Fatura, ou Art. 95 Em caso de estabelecimentos que possuem matriz
documento equivalente da Instituição Pública; e filiais, cada um de seus estabelecimentos deve possuir
b) saída: Receitas, Notificações de Receitas "A", "B" e livros para a devida escrituração.
Especial, Prescrição Diária de Medicamentos ou Receitas Art. 96 No caso de um estabelecimento optar pelo
privativas da Unidade Hospitalar; registro informatizado, os responsáveis devem criar um
c) perdas: justificativa da perda - (vencidos, quebra, programa e solicitar por escrito à Autoridade Sanitária
extravio (Boletim de Ocorrência Policial), perda no local, substituição do livro oficial pelo sistema
processo, requisição para amostra do Controle de informatizado. O formulário contínuo deve seguir a
Qualidade, Termo de Inutilização expedido pelo Órgão ordem numérica consecutiva, reiniciando a cada
competente de Vigilância Sanitária. encerramento.
§ 5º (REVOGADO PELA RDC 11/2011) Art. 97 Quando da solicitação por parte do
I. O Livro de Registro de Notificação de Receita Especial estabelecimento da abertura dos livros por sistema
da Talidomida deve conter os seguintes dados, informatizado, a autoridade sanitária deve avaliar as
registrados em ordem cronológica: informações nele contidas e deferir ou não a solicitação.
a) data da dispensação; Art. 98 Na escrituração, manuscrita ou informatizada o
b) nome, idade e sexo do paciente; campo "Histórico" dos livros de registros específicos
c) nome do médico e número do CRM; (entorpecentes, psicotrópicos e outras substâncias sujeitas
d) nome do técnico responsável pela dispensação; a controle especial) deve ser preenchido, no mínimo, com
e) CID da doença; os seguintes dados:
f) quantidade de comprimidos. a) farmácias - com a numeração seqüencial do livro de
II. Este livro deve permanecer na unidade de dispensação registro geral; número da Nota Fiscal; número da
do medicamento Talidomida pelo período de 10 (dez) requisição de amostras de análise de controle de
anos, após o seu encerramento. qualidade;
III. Livro de Registro Específico da Talidomida: destina-
se a anotação em ordem cronológica de estoque de
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b) drogaria - com o número da Notificação de Receita; laboratório farmacêutico que manipule, produzam,
nome e endereço do paciente; ou numeração interna fabriquem e/ou distribua substâncias entorpecentes (listas
definida pelo estabelecimento; número da Nota Fiscal; "A1" e "A2"), psicotrópicas (listas "A3", "B1" e "B2"),
c) unidade de saúde/hospitalar – receita com a numeração precursoras ("D1") e outras sujeitas a controle especial
definida pelo estabelecimento ou número do prontuário ("C1", "C2", "C3", "C4" e "C5"), excetuando-se insumos
e/ou da prescrição médica; número da Nota Fiscal ou químicos constantes da lista "D2", devem entregar os
equivalente. Balanços Trimestrais e Anuais de Substâncias
d) indústria - número da Nota Fiscal; número da ordem Psicoativas e Outras Sujeitas
de fabricação ou produção; número da requisição de a Controle Especial -BSPO (ANEXO XX constante da
amostras destinadas ao controle de qualidade e amostra Portaria SVS/MS Nº 344/98).
de retenção; (Redação dada pela Resolução – ( REDAÇÃO DADA
e) distribuidor/importador - número da Nota Fiscal; PELA RDC 13/2009)
número da ordem de fracionamento; número da § 1º Os balanços trimestrais devem ser manuscritos de
requisição de amostra para análise de controle de forma legível ou preenchidos por sistema informatizado,
qualidade e amostra de retenção. conforme modelo do BSPO, e deverão ser entregues até o
Art. 99 O estabelecimento pode optar por suprimir a dia 15 (quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e
coluna "Observação", desde que as eventuais outubro. Os balanços anuais devem ser entregues até o
observações sejam impressas logo após o registro dos dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada ano. ( REDAÇÃO
dados, no final de cada folha (rodapé). O estabelecimento DADA PELA RDC 13/2009)
pode optar em manter a coluna "Observação" para inserir § 2º Os Balanços trimestrais e anuais deverão ser
(manuscrita ou não) informações após a emissão do entregues no Órgão competente de Vigilância Sanitária
formulário contínuo, com a devida autenticação pelo em 3 (três) vias, conforme a seguinte destinação:
farmacêutico ou responsável técnico do estabelecimento. ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
Art. 100 Deve ser efetuada a autenticação prévia no 1ª via: a empresa ou estabelecimento deve remeter à
"Termo de Abertura" para os livros dos produtos Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA;
controlados em formulário contínuo, recolhendo as taxas ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
correspondentes ao número de folhas autorizadas. Ao 2ª via: retida pela Autoridade Sanitária Estadual;
término do preenchimento da quantidade de folhas ( REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
autorizadas no "Termo de Abertura", o responsável 3ª via: retida na empresa como comprovante da entrega. (
técnico deve providenciar o encaminhamento à REDAÇÃO DADA PELA RDC 13/2009)
autoridade sanitária local assinaturas no "Termo de § 3º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior as
Encerramento". As folhas devem estar numeradas. farmácias de manipulação as quais deverão entregar o
Art. 101 O programa informatizado da BSPO em apenas 2 vias, sendo a 1ª via retida pela
empresa/estabelecimento deve permitir a Visualização / Autoridade Sanitária Estadual e a 2ª via deverá ser retida
Impressão de Relatórios, para: na empresa como comprovante da entrega. ( REDAÇÃO
a) livro de registro geral; DADA PELA RDC 13/2009)
b) livro de registro específico de substâncias e § 4º Quando as ações de vigilância sanitária estiverem
medicamentos entorpecentes; descentralizadas, a 2ª via deverá ser entregue somente à
c) livro de registro específico de substâncias e Autoridade Sanitária local. ( REDAÇÃO DADA PELA
medicamentos psicotrópicos; RDC 13/2009)
d) livro de registro específico de substâncias e Art. 104 Balanços Trimestral e Anual de Medicamentos
medicamentos sujeitos a controle especial; Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial –
e) cadastro dos compradores e dos fornecedores; BMPO (ANEXO XXI constante da Portaria SVS/MS n.º
f) cadastro dos prescritores e dos pacientes; 344/98) – os estabelecimentos devem preencher o BMPO
g) cadastro das substâncias e/ ou medicamentos; trimestralmente e anualmente. As farmácias e drogarias
h) controle de estoque. que comercializam medicamentos à base de substâncias
Art. 102 Esse programa deve fazer parte do sistema constantes das listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3" e
dotado de outros recursos, tais como opções de consulta, "B2" (psicotrópicos) e "C4" (anti-retrovirais),
emissão de relatórios, produção de cópia de segurança e manuscritos de forma legível, datilografados ou por
restauração de dados. Todos os dados devem estar sistema informatizado.
disponíveis para a Autoridade Sanitária competente no § 1º O balanço trimestral deve ser apresentado à
momento da inspeção. Sempre que necessário, e Autoridade Sanitária local (quando as ações de
devidamente justificado, a Autoridade Sanitária pode Vigilância Sanitária estiverem descentralizadas) ou
requisitar cópia dos relatórios previstos no artigo Estadual ou do Distrito Federal até o dia 15 (quinze) dos
anterior. meses de janeiro, abril, julho e outubro em 2 (duas) vias.
§ 2º O balanço anual deve ser apresentado até o dia 31
CAPÍTULO VI (trinta e um) de janeiro do ano subsequente, em 2 (duas)
DO BALANÇO vias. Após o carimbo da Autoridade Sanitária, o destino
Art. 103 As farmácias, inclusive a hospitalar, indústria das vias do balanço BMPO será:
farmoquímica, importador, distribuidor e indústria ou 1ª via: retida pela Autoridade Sanitária;
74
2ª via: retida na farmácia ou drogaria. Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º 344/98,
Art. 105 (REVOGADO PELA RDC 11/2011) devem obedecer às cores da tarja e às advertências
Art. 106 A Relação Mensal das Notificações de Receitas estabelecidas no referido Regulamento Técnico, sem
"A" - RMNRA (ANEXO XXIV constante da Portaria prejuízo do disposto na Lei n.º 6.360/76, Decreto n.º
SVS/MS n.º 344/98), deve ser encaminhada pelas 79.094/77, obedecendo também, a aprovação dos dizeres
farmácias e drogarias em 2 (duas) vias às Autoridades pelo Órgão competente do Ministério da Saúde, quando
Sanitárias Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal, tratar de medicamentos de "Uso restrito Hospitalar" e
acompanhadas das Notificações de Receitas "A" e da demais normas legais vigentes.
justificativa quando as quantidades estiverem acima do Parágrafo único. No caso de medicamentos destinados, a
previsto na Portaria SVS/MS n.º 344/98 ou quando for de amostra grátis, a embalagem além do disposto no caput
outra Unidade Federativa. deste artigo deve constar a expressão em destaque
§ 1º A Autoridade Sanitária carimbará as vias da Relação "Amostra Grátis" - "Tributada".
Mensal das NRA, retendo a 1ª via. A 2ª via ficará no Art. 112 As farmácias que manipulam substâncias
estabelecimento como comprovante da entrega. A constantes das listas do Regulamento Técnico devem
devolução das Notificações de Receitas se dará no prazo possuir etiquetas para utilização nas embalagens das
de 30 (trinta) dias com a apresentação da 2ª via. formulações magistrais contendo as mesmas cores e
§ 2º Recebida a Notificação de Receita "A", a Autoridade dizeres de advertência estabelecidos no Regulamento
Sanitária procederá a investigação e averiguação Técnico para os medicamentos industrializados.
pertinentes ao preenchimento, ao uso e venda corretos do
medicamento, visando um diagnóstico da incidência da CAPÍTULO VIII
prescrição dos medicamentos. DA RESPONSABILIDADE
§ 3º Em caso de desvio ou uso irregular de medicamentos 8.1. DA BAIXA DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
ou talonário, a Autoridade Sanitária elaborará relatório Art. 113 Para se desligar da Responsabilidade Técnica, o
contendo informações precisas e claras sobre o farmacêutico deve apresentar à Autoridade Sanitária
levantamento das Notificações de Receitas, informando local um levantamento de estoque das substâncias e dos
inclusive o nome das farmácias ou drogarias envolvidas. medicamentos que as contenham constantes das listas da
§ 4º Este relatório, de caráter sigiloso, deve ser Portaria SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações até
protocolizado no Órgão competente de Vigilância seu último dia de trabalho naquele estabelecimento.
Sanitária e encaminhado cópia para os órgãos de classe 8.2. DA ADMISSÃO DE NOVO RESPONSÁVEL
dos profissionais envolvidos e aos órgãos dos Ministérios TÉCNICO
da Saúde e da Justiça, para que sejam tomadas as Art. 114 No caso de admissão de novo responsável
medidas cabíveis conforme legislação vigente. técnico, o mesmo após estar de posse do Termo de
Art. 108 Este mapa deve ser apresentado até o dia 15 Responsabilidade, assinado junto à Autoridade Sanitária
(quinze) dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, em local, deve assinar o livro de registro específico, logo
3 (três) vias. Após o visto da Autoridade Sanitária, o abaixo da assinatura do responsável técnico anterior,
destino das vias será: identificando-a e datando.
1ª via: retida pela Autoridade Sanitária; Parágrafo único. O novo responsável técnico deve
2ª via: a farmácia da unidade de saúde encaminhará para apresentar o Balanço das substâncias e dos
a Coordenação Estadual dos medicamentos que as contenham objeto da Portaria
respectivos programas; SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações , quando for
3ª via: retida na unidade de saúde. solicitado pela Autoridade Sanitária local.
CAPÍTULO VII 8.3. DO ENCERRAMENTO DE ATIVIDADES
DA EMBALAGEM Art. 115 No caso de encerramento de atividades dos
Art. 109 A comercialização por drogaria dos estabelecimentos, objeto desta Instrução Normativa, deve
medicamentos à base de substâncias constantes das listas ser adotado um dos seguintes procedimentos, no que se
da Portaria SVS/MS n.º 344/98, e de suas atualizações, refere às listas das substâncias e medicamentos que as
deve ser feita em suas embalagens originais, intactas e contenham, constantes da Portaria SVS/MS n.º 344/98e
invioláveis. de suas atualizações:
§ 1º Não será permitido em drogarias o fracionamento § 1º Entrega das substâncias e/ou medicamentos ao
das embalagens dos medicamentos de que trata o caput Órgão competente de Vigilância Sanitária: o
deste artigo. estabelecimento elaborará um documento em 2 (duas)
§ 2º No caso dos medicamentos na forma farmacêutica vias que contenha informações cadastrais do mesmo,
injetável, a dispensação poderá ser feita de acordo com o relação das substâncias e/ou medicamentos com as
número de unidades constante da prescrição. respectivas quantidades, apresentações, lotes e prazo de
Art. 110 O fracionamento somente será permitido em validade. A primeira via deverá ficar retida no Órgão
farmácias, inclusive as hospitalares ou de dispensação competente de Vigilância Sanitária e a segunda via
pública, quando realizado por farmacêutico e obedecidas carimbada devolvida ao estabelecimento como
as disposições da legislação específica. comprovação de recebimento;
Art. 111 A rotulagem dos medicamentos industrializados § 2º Transferência das substâncias e/ou medicamentos
que contêm substâncias das listas do Regulamento para outro estabelecimento: deve ser feita através de Nota
75
Fiscal, devidamente visada pela Autoridade Sanitária paciente, o "Endereço Profissional", bem como nome do
local do remetente. Não será permitida a transferência medicamento, sua concentração, data, carimbo e
através de Nota Fiscal ao consumidor. assinatura do profissional e a quantidade a ser
Art. 116 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou inicialmente adquirida.
do Distrito Federal que receber as substâncias e/ou Parágrafo único. A Autoridade Sanitária local deve
medicamentos de que trata o § 1º do artigo 115 desta avaliar a solicitação e, verificada a pertinência, autorizar
Instrução Normativa, poderá doar os mesmos aos a aquisição em farmácia ou drogaria através do visto no
estabelecimentos da rede pública de saúde, seguindo os verso de cada Notificação de Receita.
ritos estabelecidos pela legislação sanitária em vigor. A
referida doação deve ser escriturada nos livros de 9.1.4. DA REPOSIÇÃO
registros correspondentes. Art.123 A reposição dos medicamentos da "Maleta de
CAPÍTULO IX Emergência" se fará através de aquisição em farmácia ou
DA MALETA DE EMERGÊNCIA drogaria, mediante apresentação de Notificação de
Art. 117 Maleta de Emergência é o utensílio destinado à Receita devidamente preenchida com a quantidade
guarda, com segurança, de medicamentos psicotrópicos administrada na emergência, contendo o nome e
e/ou entorpecentes para aplicação em casos específicos endereço completos do paciente ou nome e endereço
e/ou de emergência, destinados aos profissionais completos do proprietário e identificação do animal, no
médicos, médicos-veterinários e cirurgiões-dentistas não caso de médico-veterinário.
vinculados a clínicas ou unidades hospitalares, serviços Parágrafo único. Somente será autorizada a aquisição de
médicos e/ou ambulatoriais que não possuam medicamentos para a "Maleta de Emergência" aos
Dispensário de Medicamentos; ou ainda, ambulância, profissionais cadastrados pelo Órgão competente de
embarcações e aeronaves. Vigilância Sanitária.
Art. 118 Cabe a Autoridade Sanitária Estadual, CAPÍTULO X
Municipal ou do Distrito Federal autorizar e controlar o DO CADASTRO DE ESTABELECIMENTOS
estoque inicial e os suprimentos posteriores da maleta de Art. 124 Deverão requerer o cadastro junto da Autoridade
emergência. Sanitária local, com os documentos abaixo relacionados,
Art. 119 A quantidade de medicamentos permitidos na os estabelecimentos hospitalares que utilizam
maleta de emergência será definida pela Autoridade medicamentos a base de misoprostol (lista "C1" - outras
Sanitária local mediante prévia solicitação do substâncias sujeitas a controle especial da Portaria
interessado. SVS/MS n.º 344/98) e as farmácias e drogaria que
Art. 120 Aplica-se às aeronaves e embarcações de dispensam medicamentos de uso sistêmico a base de
passageiros e de cargas, ambas nacionais, o disposto no substâncias da lista "C2" (retinóides) da Portaria
artigo anterior, ficando o comandante responsável por SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações.
registrar no diário de bordo, o consumo da quantidade e a) petição em forma de ofício, subscrita pelo responsável
providenciar junto à Autoridade Sanitária local a sua técnico;
reposição, respeitando a legislação especifica. b) documento de identidade do farmacêutico ou diretor
§ 1º Para as embarcações e aeronaves militares, o estoque clínico do estabelecimento;
deve ser estabelecido e controlado pelo Estado Maior das c) cópia da licença de funcionamento ou equivalente,
Forças Armadas. quando trata-se de órgãos públicos;
§ 2º Em aeronaves e embarcações estrangeiras, a d) cópia do C.N.P.J./C.G.C.;
reposição do estoque, quando necessária, será feita e) relação dos medicamentos, quantidades estimadas e a
mediante autorização da Autoridade Sanitária do justificativa do uso ou a venda, quando for o caso.
Ministério da Saúde de Portos, Aeroportos e Fronteiras. Parágrafo único. A Autoridade Sanitária Estadual,
9.1. DA AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA Municipal ou do Distrito Federal após aprovação do
MALETA DE EMERGÊNCIA cadastro, deve preencher a Ficha Cadastral (ANEXO
9.1.2. DA SOLICITAÇÃO VIII), manuscrita ou por sistema informatizado, e
Art. 121O profissional deve dirigir-se a Autoridade publicar a aprovação do referido cadastro, em Diário
Sanitária Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, Oficial ou em jornal local.
para retirar 1 (um) bloco de Notificação de Receita "A" e Art. 125 O Cadastro estabelecido no artigo 124 poderá
a seqüência numérica para impressão da Notificação de ser utilizado também para os estabelecimentos
Receita "B". No ato da retirada de talonário de veterinários com finalidade de fornecer informação em
Notificação de Receita "A", o profissional deve portar o atendimento as legislações específicas.
seu carimbo identificador, que será aposto no campo de
identificação do emitente da Notificação de Receita "A". CAPÍTULO XI
9.1.3. DA PRIMEIRA AQUISIÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE AMOSTRA GRÁTIS
Art. 122 O profissional ou dirigente do serviço médico Art. 126 Fica proibida a distribuição de amostras grátis
deve preencher a Notificação de Receita para cada de medicamentos a base de substâncias constantes das
medicamento entorpecente e/ou psicotrópico, constando listas "A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e B2
no campo destinado ao nome do paciente, "Maleta de (psicotrópicos), "C2" (retinóides de uso sistêmico), "C3"
Emergência", e no campo destinado ao endereço do (imunossupressores), "C5" (anabolizantes) e o
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misoprostol constante das listas "C1" da Portaria Art. 131 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou
SVS/MS n.º 344/98 e de suas atualizações. do Distrito Federal deve informar ao órgão competente
Parágrafo único. Fica igualmente proibida a distribuição do Ministério da Saúde as irregularidades encontradas
dos medicamentos constantes nos adendos das listas nas inspeções ou em laudo de análise, sem prejuízo das
citadas no caput deste artigo. demais sanções penais ou do processo administrativo em
Art. 127 Fica proibida a distribuição de amostras grátis sua esfera.
de substâncias para qualquer fim, constantes das listas Art. 132 A Autoridade Sanitária Estadual, Municipal ou
"A1" e "A2" (entorpecentes), "A3", "B1" e "B2" do Distrito Federal poderá estabelecer procedimento
(psicotrópicas), "C1" (outras substâncias sujeitas a complementar de rotina em cada esfera de governo para
controle especial), "C2" (retinóides de uso sistêmico), cumprir e fazer cumprir ao disposto nesta Instrução
"C3" (imunossupressoras), "C4" (anti-retrovirais), "C5" Normativa e no Regulamento Técnico estabelecido pela
(anabolizantes) e "D1" (precursoras) da Portaria SVS/MS Portaria SVS/MS n.º 344/98.
n.º 344/98 e de suas atualizações, quando não seguir as
disposições legais do Comércio Internacional ou Atenção: os anexos da Portaria não foram
Nacional e ao tratamento administrativo do SISCOMEX. disponibilizados. Acessar site da ANVISA
Art. 128 A produção anual de medicamentos constantes
das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle Este texto não substitui o Publicado no D.O.U DE
especial) e "C4" (anti-retrovirais) destinada para 01.02.1999
"amostra grátis" deve corresponder, no máximo, a 5 % do
total das unidades originais vendidas no comércio, Revogadas as disposições aplicáveis à Lista "C4", às
durante o ano fiscal anterior contendo na embalagem e no substâncias e aos medicamentos antirretrovirais pela
rótulo a expressão "tributada", em caracteres impressos Resolução – RDC nº 103, de 31 de agosto de 2016.
com destaque.
Art. 129 É permitida a distribuição de amostra grátis de
medicamentos contendo substâncias constantes da lista
"C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial), nas
embalagens originais, exclusivamente a médicos,
cirurgiões-dentistas e médicos-veterinários, mediante
comprovante da distribuição (ANEXO XII) devidamente
assinado pelos referidos profissionais.
§ 1º É vedada ao médico-veterinário e cirurgiões-
dentistas a distribuição de amostra grátis de
medicamentos contendo substâncias constantes da lista
"C4" (anti-retrovirais).
§ 2º As amostras grátis, de que trata o caput deste artigo,
devem corresponder, em quantidade ao número de
unidades necessárias a um tratamento do paciente, o
número de unidades da menor embalagem da
apresentação comercial do mesmo produto para venda ao
consumidor, conforme registrado no Ministério da Saúde.
§ 3º As amostras grátis, de que trata o caput deste artigo,
só podem sair da empresa fabricante ou produtora,
mediante Nota fiscal tendo como destinatários seus
funcionários que exercem a atividade de propagandista
junto aos profissionais médicos, cirurgiões-dentistas e
médicos-veterinários.
§ 4º As Notas Fiscais de distribuição de amostras grátis
devem ser registrados no livro de registro específico
correspondente da Portaria SVS/MS n.º 344/98 e os
comprovantes assinados pelos profissionais, arquivados à
disposição da Autoridade Sanitária por 2 (dois) anos.

CAPÍTULO XII
DA DISPOSIÇÃO FINAL
Art. 130 Excetua-se do caput deste artigo, os
estabelecimentos que exercem, exclusivamente,
atividades com as substâncias constantes da lista "D2"
(insumos químicos) sujeitas ao controle e fiscalização do
Ministério da Justiça conforme Lei n.º 9.017/95.

77
- Comprovação de 5 (cinco) anos de exercício de
atividades em farmácia ou drogaria, com registro na
RESOLUÇÕES ESTADUAIS carteira de trabalho e previdência social (CTPS);
- Ter freqüentado curso técnico em saúde pública e
Resolução nº 21 de 1992 higiene social e/ou similar;
(DIOE de 09.04.1992) - Comprovação de residência na própria localidade do
posto de medicamento.
Norma Técnica Especial para abertura de postos de Art.5º - Não será autorizado o licenciamento de postos de
medicamentos no Estado do Paraná. medicamentos no perímetro urbano, ou metropolitano, ou
suburbano das cidades com existência de farmácia ou
O Secretário de Estado da Saúde no Paraná, no uso de drogaria , Centro de Saúde Municipal ou Estadual
suas atribuições que lhe conferem o Art. 45, inciso XIV instalados.
da Lei Estadual nº 2270 de 11 de janeiro de 1988, Art.6º - A necessidade da existência de postos de
CONSIDERANDO o disposto no Artigo nº 29 da Lei nº medicamentos em localidades desprovidas de
5991 de 17 de janeiro de 1973, no Parágrafo Único do atendimento farmacêutico será avaliada tecnicamente
Artigo nº 17 do Decreto-Lei nº 74170 de 10 de junho de pelo serviço de Vigilância Sanitária Municipal
1974, e, juntamente com a seção de Ação sobre o Meio da
CONSIDERANDO a necessidade de constante Regional de Saúde a que pertence, atendendo os
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de seguintes critérios:
preservação da saúde, mormente no que concerne ao I – população local - deverá ser inferior a 3.000
controle da abertura de postos de medicamentos e habitantes comprovada através de documento hábil da
controle de dispensação e uso de especialidades Prefeitura Municipal contemplando a abrangência da
farmacêuticas em geral: farmácia/drogaria ou posto de medicamentos em
municípios vizinhos.
RESOLVE: II – existência de serviços de saúde – em caso de
existência de serviços de saúde como postos de saúde
Art.1º - Aprovar a Norma Técnica Especial, relativa ao Municipal ou Estadual com serviço de assistência
controle de abertura dos postos de medicamentos no farmacêutica e médica, não poderá ser licenciado.
Estado do Paraná. III – Distância e localização – distância num raio de 10
Art.2º - O cumprimento desta Norma Técnica Especial Km de farmácia, ou drogaria, ou posto de medicamentos,
será verificado pelos Serviços Estaduais e Municipais de observado o artigo 3º.
Vigilância Sanitária. IV – Existência de outro posto de medicamentos na
Art.3º - Definição de posto de medicamentos: localidade – Não será permitida a instalação de posto de
Estabelecimento destinado exclusivamente a venda de medicamentos, em localidade onde já existe outro posto.
medicamentos industrializados em suas embalagens Art.7º - A área física mínima do estabelecimento será de
originais registrados no Ministério da Saúde e constantes 30 metros quadrados, destinada a guarda, mostruário e
da relação elaborada pelo Órgão Sanitário Federal e ou comercialização de medicamentos.
Estadual, publicada na imprensa oficial para atendimento Parágrafo 1º - As paredes deverão ser de material
a localidades desprovidas de farmácias, drogarias. resistente, impermeável, de fácil limpeza, com altura de
Art.4º - Fixar para licenciamento de postos de até 2m no mínimo, piso revestido de material resistente,
medicamentos as seguintes orientações e exigências: impermeável de fácil limpeza e desinfecção.
I – O pedido de licença deve ser requerido e subscrito Parágrafo 2º - Iluminação e ventilação adequada ao
pelo responsável, que indicará a localidade e endereço ambiente.
completo do posto de medicamento. Art.8º - Nas placas e anúncios somente será permitida a
II – Declaração de firma individual, contrato ou estatuto inserção de designação ―Posto de Medicamentos‖,
social designando a pessoa física responsável legalmente acrescido do nome fantasia, sendo proibida a utilização
pelo estabelecimento. de termo farmácia, drogaria ou termo similar que induza
III – Termo de Responsabilidade subscrito pelo a confusão com outros estabelecimentos.
responsável e requerente atestando que cumprirá com os Art.9º - Após instalação legal de estabelecimento
dispositivos que regem o funcionamento de postos de farmacêutico (farmácia ou drogaria), na mesma
medicamentos. localidade do posto de medicamentos ou no raio de ação
IV – Apresentar fotocópia do título de eleitor do deste, o responsável ou proprietário do posto de
responsável e proprietário, fotocópia do CPF e Carteira medicamentos terá um przo de seis (6) meses para mudar
de Identidade. de ramo comercial, extingui-lo, ou transforma-lo em
V – Apresentar fotocópia autenticada de documentos que farmácia ou drogaria, adequando-se ao disposto na Lei nº
comprove a conclusão de escolaridade – 2º grau 5991/73.
completo em escola ou instituto oficial de ensino. Art.10 – O posto de medicamentos que mudar de ramo,
VI – Comprovação de capacidade mínima necessária fechar ou se transformar em farmácia/drogaria, fica
para promover a dispensação de medicamentos: impedido de retornar à antiga estrutura.

78
Art.11 – Das atividades e comercialização dos produtos e
medicamentos: MEDICAMENTOS DE VENDA EM POSTOS DE
a) Somente poderão ser comercializados medicamentos MEDICAMENTOS
industrializados em suas embalagens originais.
b) Não será permitida a comercialização de I - Profiláticos da cárie
medicamentos injetáveis. II – Antiinfecciosos para tratamento local na boca.
c) Não poderão fazer uso de aparelhos médicos para Preparados bucais demulcentes, Antiinfecciosos e
fins de diagnóstico como esfingnomanômetro, antissépticos orais (exceto sulfas e antibióticos) para a
estetoscópio, aparelho de inalação, termômetro. garganta
d) Servir como posto de coleta de sangue ou outro III – solução isosmóticas, de cloreto de sáodio,para uso
material biológico. nasal tópico
e) É proibida a comercialização de medicamentos IV – Produtos para uso no oftálmico, com ação emoliente
psicotrópicos e entorpecentes, Portaria nº 27/86 e 28/82 – ou protetora. Soluções isosmópticas de cloreto de sódio
DIMED/MS, ou outra que vier a substituí-la. V – Produtos para uso no confuto auditivo externo, com
f) É proibida a comercializaçãom de ervas e plantas ação protetora ou anestésica, não antibióticos
medicinais por serem de comercialização privativa de VI – antiácidos simples. Antiácidos com antifiséticos ou
farmácias e ervanárias, conforme a Lei nº 5991/73. carminativos, antifiséticos simples e carminativos
g) A dispensação de medicamentos homeopáticos é VII – Hepatoprotetores
privativa de farmácias e drogarias, não sendo permitida a VIII – Laxantes suavizantes e emolientes. Laxantes
comercialização em postos de medicamentos. incrementadores do bolo intestinal
h) É proibida a presença e a comercialização de IX – Absorventes intestinais
medicamentos amostra-gratis. X – Digestivos contendo exclusivamente enzimas
Art.12 – O licenciamento será concedido em caráter XI – Suplementos dietéticos com vitaminas. Suplementos
precário e cessará desde que: dietéticos protéicos.
a) Pore motivo de ordem técnica e legal, devidamente XII – Tônico e reconstituintes
comprovado, indique a necessidade de cassação da XIII – Vitamina B1, Vitamina B6, Vitamina C,
licença; Associações de Vitaminas com sais minerais e
b) O posto de medicamentos não esteja adequado aos oligoelementos
itens contidos no artigo 4º desta Resolução. XIV – Hidratantes eletrolíticos orais
c) O posto de medicamentos deixar de funcionar por XV – Preparações de ferro. Extrato hepáticos simples
mais de 30 (trinta) dias. XVI – Produtos para terapia varicosa tópica. Anti-
Art.13 – A licença especial para posto de medicamentos Hemorroidários, tópicos sem corticosteróides
seta renovada anualmente em caráter precário, devendo XVII – Emolientes e protetores da pele e mucosas.
ser requerida nos primeiros 30 dias de cada exercício e Ceratolíticos e ceratoplásticos. Agentes cicatrizantes,
concedida desde que verificadas as condições técnicas, adstringentes e rubefacientes. Antissépticos e
sanitárias do estabelecimento, através de inspeção. desinfetantes, curativos medicamentosos.
Art.14 – A alteração de endereço, razão social ou nome XVIII – Antissépticos tópicos ginecológicos
fantasia depende da autorização prévia e expressa do XIX – Antissépticos urinários simples, exceção à base de
Órgão Sanitário competente do município em conjunto sulfas
com o Estado. XX – Anti-helminticos de trato gastrintestinal
Art.15 – Os casos omissos serão liberados pelo setor XXI – Analgésicos e antitérmicos com sais e derivados
competente da Secretaria de Estado da Saúde. do Ácido Acetil Salicílico e do Para-Aminofenol
Art.16 – O posto de medicamentos que tenha a sua (Paracetamol)
licença sanitária expedida até a data de publicação desta XXII – Balsâmicos e mucolíticos. Ungüentos percutânes.
Norma Técnica, terá seus direitos garantidos desde que: Inalantes tradicionais, não associados a antibióticos.
a) Cumpram o disposto tipificado neste documento XXIII – Anti-inflamatórios e anti-reumáticos tópicos
legal, no que se refere ao comércio farmacêutico, XXIV – Antiespasmódios – contendo Papaverina,
instalação de farmácia dentro da área de abrangência do Atropa, Beladona, Metropina, Metil-Brometo de
Posto bem como outras determinações. Homatropina, exceção os produtos associados à dipirona
Art.17 – Os postos de medicamentos por sua XXV – antibióticos tópicos cutâneos contendo
característica singular, terão uma lista básica de Bacitracina, Neomicina
medicamentos permitidos à comercialização, conforme XXVI – Colírios descongestionantes, Antissépticos
Art. 29 e Art. 30 da Lei nº 5991/73, Anexo I. contendo Ácido Zinco, Azul de Metileno, Cloridrato de
Art.18 – Os postos de medicamentos existentes até a data Tetracaína, Colírio Anestésico
de edição e publicação desta Resolução terão um prazo XXVII – Produtos de Higiene Pessoal e de Beleza
de 12 (doze) meses, para atualização frente as novas XXIII – Correlatos como fita-crepe, gaze, esparadrapo,
determinações contidas nesta Norma Técnica. cotonetes, seringas e agulhas descartáveis e
Art.19 – Revogam-se os dispositivos em contrário. preservativos.

ANEXO Nº 01 DA RESOLUÇÃO Nº 21/92.


79
Este texto não subtitui o publicado do DIOE de
09.04.1992

80
Resolução nº 81, de 01/09/1992

Produtos farmacêuticos e correlatos que poderão ser


comercializados pelos estabelecimentos em
supermercados e similares.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no


uso de suas atribuições que lhe conferem o artigo 45,
inciso XIV, da Lei Estadual nº 8485, de 03 de junho de
1987 e o artigo 9º, inciso XVI, do Decreto Estadual nº
2270, de 11 de janeiro de 1988.

CONSIDERANDO a necessidade constante do


aperfeiçoamento das ações de preservação da Saúde
Pública, tendo em vista a comercialização indiscriminada
de medicamentos para uso humano e veterinário em
estabelecimentos que comercializam alimentos:
Supermercados e Similares, e atendendo ao artigo 6º da
Lei nº 5991/73, que dispõe sobre o controle sanitário do
comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos,

RESOLVE:

1. Definir a relação de produtos farmacêuticos e


correlatos que poderão ser comercializados naqueles
estabelecimentos citados, objetivando orientar as
Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal. São os
seguintes:

- Água Oxigenada;
- Algodão;
- Ataduras;
- Bandagens;
- Compressas;
- Cotonetes;
- Curativos Protetores;
- Esparadrapos;
- Gazes;
- Herbromina (solução);
- Merthiolate (solução); e,
- Vaselina.

2. Proibir a comercialização dos demais


medicamentos e correlatos, nos estabelecimentos acima
citados.
3. As pessoas físicas e jurídicas que extrapolares a
relação aqui definida serão enquadrados na Lei nº
6437/77.
4. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, em


CURITIBA, 01 de setembro de 1992.

Nizan Pereira
SECRETÁRIO DA SAÚDE DO PARANÁ

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de XXXX


81
Resolução nº 225 de 15/04/1999 NORMA TÉCNICA QUE ESTABELECE A
(D.O.E de 11.05.99) OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO DE
BALANÇOS DE SUBSTÂNCIAS E
Aprovar Norma Técnica que determina aos MEDICAMENTOS SUJEITOS A CONTROLE
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias ESPECIAL CONSTANTES DAS LISTAS DA
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a PORTARIA 344/98 (NORMA TÉCNICA) SVS/MS E
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de DAS SUAS ATUALIZAÇÕES
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle
Especial (BMPO). Artigo 1º - Os estabelecimentos farmacêuticos:
farmácias, drogarias (retirado pela Resolução 590/14),
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas farmácias hospitalares, clínicas médicas e veterinárias,
atribuições conferidas pelo artigo 45, inciso XIV da Lei ficam obrigados a apresentar o Balanço de Medicamentos
Estadual nº 8485 de 3 de junho de 1987 e o artigo 9, Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle Especial -
inciso XV e XVI do Decreto Estadual nº 2270, de 11 de BMPO - conforme modelo (ANEXO I).
janeiro de 1988, considerando o disposto: Obs: farmácias e drogarias deverão atender ao
Na Lei nº 6368 de 21/10/76; preconizado em legislação vigente no que se refere ao
na Portaria 344/98 SVS/MS, de 12/05/98, publicada no cadastro e regularização junto ao Sistema Nacional de
DOU de 15/05/98 e republicada nos DOU de 19/05/98, Gerenciamento de Produtos Controlados
31/12/98 e 01/02/99; nos artigos 88 e 97 da Portaria (SNGPC)/ANVISA.
344/98 SVS/MS.
Artigo 2º - Devem fazer parte do BMPO os
RESOLVE: medicamentos que contenham substâncias das listas
―A1‖ e ―A2‖ (entorpecentes), ―A3‖, ―B1‖ e ―B2‖
Artigo 1º - Aprovar Norma Técnica que determina aos (psicotrópicos), ―C1‖ (Outras Substâncias Sujeitas a
estabelecimentos: farmácias, drogarias, farmácias Controle Especial), ―C2‖ (retinóides de uso sistêmico),
hospitalares, clínicas médicas e veterinárias, a ―C4‖ (anti-retrovirais) e ―C5‖ (anabolizantes).
obrigatoriedade da apresentação dos Balanços de Parágrafo 1º - A entrega dos balanços trimestrais deve
Medicamentos Psicoativos e Outros Sujeitos a Controle ocorrer até os dias 15 dos meses de abril, julho, outubro e
Especial (BMPO). janeiro (correspondente ao 1º, 2º, 3º e 4º trimestres
Artigo 2º - Esta Norma Técnica define a periodicidade, a respectivamente). A entrega do balanço anual deve
data de apresentação, o número de vias e as listas da ocorrer até o dia 31 de janeiro do ano subsequente.
Portaria 344/98 SVS/MS cujos medicamentos Parágrafo 2º - Ao receber o BMPO trimestral ou anual a
obrigatoriamente devem compor o BMPO. Autoridade Sanitária local deve preencher o campo
Artigo 3º - Esta Norma Técnica esclarece também sobre ―recebido por‖, datando e assinando. Posteriormente,
a apresentação do Balanço de Substâncias Psicoativas e quando da conferência, deve preencher o campo
Outras Sujeitas a Controle Especial (BSPO) e a Relação ―conferido por‖ datando e assinando.
Mensal de Vendas (RMV) - documentos de apresentação Parágrafo 3º - O BMPO deve ser apresentado em 2
obrigatória conforme os artigos 68 e 71 da Portaria (duas) vias à Autoridade Sanitária local nas datas
344/98 SVS/MS. previstas no Parágrafo 1º. Após o carimbo e assinatura da
Artigo 4º - A execução da presente Norma Técnica será Autoridade Sanitária local, a 1ª via fica retida e a 2ª via é
competência do SUS/PR. Através de seus órgãos devolvida ao estabelecimento como comprovante da
Estaduais e Municipais de Vigilância Sanitária entrega. Caso a Regional de Saúde deseje manter cópia
Artigo 5º - O não cumprimento dos dispositivos desta dos BMPO dos estabelecimentos poderá ser exigida uma
Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades 3ª via.
da Lei 6437, de 20 de agosto de 1977, artigo 10, inciso Parágrafo 4º - Quando da entrega dos balanços BMPO,
XXXI e/ou legislação específica Estadual ou Municipal. o estabelecimento farmacêutico deve estar de posse do
Artigo 6º - Esta Resolução entrará em vigor na data de Certificado de Regularidade para Substâncias e
sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Medicamentos Psicotrópicos, Entorpecentes e Outros
Artigo 7º - Fica revogada a Resolução Estadual nº 45/94 Sujeitos a Controle Especial (ANEXO II) que recebe o
SESA/ISEP, de 15 de março de 1994. carimbo e visto no campo do trimestre ou do ano
correspondente.
Curitiba, 15 de abril de 1999. Artigo 3º - O BSPO deve ser entregue trimestralmente e
anualmente conforme datas
Armando Raggio estabelecidas no Artigo 2º, Parágrafo 1º, conforme
SECRETÁRIO DE ESTADO modelo (ANEXO III), devendo compor este documento
as substâncias utilizadas pelo estabelecimento que fazem
PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO EM parte das listas ―A1‖ e ―A2‖ (entorpecentes, ―A3‖, ‖ B1‖
11/05/99 Páginas 28, 29 e 30. e ―B2‖ (psicotrópicas), ―C1‖ (outras substâncias sujeitas
a controle especial), ―C2‖ (retinóides), ―C3‖
82
(imunossupresores), ―C4‖ (anti-retrovirais), ―C5‖
(anabolizantes) e ―D1‖ (precursores).
Parágrafo 1º - O BSPO deve ser entregue em 4 (quatro)
vias que após o carimbo e visto da
Autoridade Sanitária local terá o seguinte destino:
1ª via: o estabelecimento encaminha à Secretaria de
Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 1 (um)
disquete no seguinte endereço: Serviço de Produtos sob
Controle Especial/Divisão de Medicamentos da
Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde, Esplanada dos Ministérios –Bloco G, 9º andar,
sala 958 - CEP 70.058-900 - Brasília/DF.
2ª via: retida na Vigilância Sanitária local;
3ª via: enviada ao Departamento da qualidade em Saúde -
Divisão de Vigilância Sanitária deProdutos
(DQS/DVSP). Quando o BSPO estiver informatizado
com a versão Estado será necessário o disquete;
4ª via: retida no estabelecimento como comprovante da
entrega.
Parágrafo 2º - Os estabelecimentos que apresentam o
BSPO devem estar de posse do
Certificado de Regularidade para Substâncias e
Medicamentos Psicotrópicos, Entorpecentes e Outros
Sujeitos a Controle Especial (ANEXO II).
Artigo 4º - As Distribuidoras de Medicamentos e
Indústrias que comercializam medicamentos objeto da
Portaria 344/98 SVS/MS ficam obrigadas a apresentar
mensalmente, até dia 15 do mês subseqüente, a Relação
Mensal de Vendas - RMV - (ANEXO IV) em 2 (duas)
vias. Após o carimbo e vistoda Autoridade Sanitária local
a 1ª via fica retida e a 2ª via é a via do estabelecimento.
Parágrafo 1º - A via do estabelecimento (Distribuidora
ou Indústria) pode ser em disquete.
Parágrafo 2º - A Distribuidora de Medicamentos ou
Indústria, quando apresentar a RMV, deve estar de posse
do respectivo Certificado de Regularidade para
Substâncias e Medicamentos Psicotrópicos,
Entorpecentes e Outros Sujeitos a Controle Especial.
(ANEXO V).
Artigo 5º - O BMPO e o RMV podem ser realizados
através de sistema informatizado, desde que sejam
respeitados os modelos e dados exigidos na Portaria
344/98 SVS/MS e autorização prévia da Autoridade
Sanitária local.
Artigo 6º - Em caso de padronização de um programa
único a nível Estadual ou a nível Federal, todos os
estabelecimentos sujeitos a apresentação dos documentos
definidos nesta Norma Técnica ficam obrigados a
adequar-se a ele.
Artigo 7º - A falta de remessa da documentação
mencionada nos Artigos 2º, 3º e 4º nos prazos estipulados
sujeitará o infrator às penalidades previstas na Lei
6437/77, art. 10º, inciso XXXI.

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de


11.05.1999

83
Resolução nº 226 de 15/04/1999 CITADOS NA LEI 5991 DE 17/12/73, ALTERADA
(D.O.E de 11.05.1999) PELA LEI 9069 DE 29/06/95

Aprovar Norma Técnica que orienta sobre as condições Artigo 1º - Para efeitos da presente Norma Técnica, são
técnicas, físicas e sanitárias necessárias para a abertura, adotados os seguintes conceitos:
o funcionamento e a dispensação de medicamentos em I - Supermercado: estabelecimento que comercializa,
farmácias e/ou drogarias instaladas dentro de mediante auto-serviço, grande variedade demercadorias,
supermercados, armazéns, empórios, lojas de em especial produtos alimentícios em geral e produtos de
conveniência e “drugstore”. higiene e limpeza;
II - Armazém e empório: estabelecimento que
O Secretário de Estado da Saúde, no uso de suas comercializa, no atacado ou no varejo, grande variedade
atribuições conferidas pelo artigo 45, inciso XIV da de mercadorias e, de modo especial, gêneros alimentícios
Lei Estadual nº 8485 de 03 de junho de 1987 e o artigo e produtos de higiene e limpeza;
9º, inciso XV e XVI do Decreto Estadual nº 2270, de III - Loja de Conveniência e ―drugstore‖:
11 de janeiro de 1988, considerando: estabelecimento que, mediante auto-serviço ou não,
O disposto na Lei 9069 de 29 de junho de 1995, que comercializa diversas mercadorias, com ênfase para
acrescentou os incisos XVIII, XIX e XX ao artigo 4º da aquelas de primeira necessidade, dentre as quais
Lei 5991 de 17 de dezembro de 1973; alimentos em geral, produtos de higiene e limpeza e
O disposto nos artigos 1, 2, 150, 564, 565, 597, 598, 599 apetrechos domésticos, podendo funcionar em qualquer
do Decreto 3641 de 14 de julho de 1977; período do dia e da noite, inclusive nos domingos e
O disposto nos artigos 4, 6, 15, 17, 21, 24, 33, 44, 55, 56 feriados.
da Lei 5991 de 17 de dezembro de 1973; Artigo 2º - É vedado aos estabelecimentos citados no
O disposto nos artigos 1 e 2 do Decreto 793 de 05 de artigo 1º desta Norma Técnica a venda de medicamentos
abril de 1993; ao público, no varejo ou no atacado, direta ou
O disposto na Resolução nº 54/96 - SESA/PR de 03 de indiretamente.
junho de 1996, que trata da Norma Técnica referente a Parágrafo Único: Quando houver a instalação de
estabelecimentos farmacêuticos; farmácias ou drogarias dentro de supermercados,
A necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de armazéns e empórios, lojas de conveniência ou
Vigilância Sanitária e de prevenção à saúde da ―drugstore‖, a Licença Sanitária será específica e única
população. para a farmácia ou drogaria.

RESOLVE: DA AUTORIZAÇÃO DE INSTALAÇÃO


DA EXPEDIÇÃO DA LICENÇA SANITÁRIA
Artigo 1º - Aprovar Norma Técnica que orienta sobre as Farmácias e/ou Drogarias instaladas dentro de
condições técnicas, físicas e sanitárias necessárias para a Supermercados, Armazéns e empórios, “drugstore”
abertura, o funcionamento e a dispensação de
medicamentos em farmácias e/ou drogarias instaladas Artigo 3º - A Autorização para instalação de
dentro de supermercados, armazéns, empórios, lojas de estabelecimentos farmacêuticos (farmácias e drogarias)
conveniência e ―drugstore‖. dentro de supermercados, armazéns ou empórios, lojas de
Artigo 2º - A execução da presente Norma Técnica é conveniência e ―drugstore‖, será feito pelo Serviço
competência do SUS/PR através dos seus órgãos Municipal ou Regional de Vigilância Sanitária, a qual
estaduais e municipais de Vigilância Sanitária. deverá obedecer às condições estabelecidas na Resolução
Artigo 3º - O não cumprimento dos dispositivos desta nº 54/96 SESA-PR - DOE de 14 de junho de 1996 e
Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades demais condições estabelecidas na presente Norma
previstas na Lei 6437 de 20 de agosto de 1977 e/ou Técnica.
legislação específica estadual ou municipal vigente. Artigo 4º - Para autorizar a instalação de farmácias e
Artigo 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de drogarias dentro de estabelecimentos definidos no artigo
sua publicação, revogadas as disposições em contrário. 1º desta Norma Técnica, deverá ser observado o seguinte:
I - A área da farmácia ou drogaria deverá estar isolada do
Curitiba, 15 de abril de 1999. restante do estabelecimento por divisórias com altura
Armando Raggio mínima de 2 metros, de material liso, resistente e lavável,
SECRETÁRIO DE ESTADO resguardando a ventilação adequada e possuindo
PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO mecanismos que impeçam a entrada de insetos e
EM 11/05/99 Página 31 roedores.
II - A área da farmácia ou drogaria não poderá servir de
NORMA TÉCNICA QUE REGULA A ABERTURA passagem obrigatória para outros estabelecimentos ou
DE ESTABELECIMENTOS FARMACÊUTICOS residência.
DENTRO DE OUTROS ESTABELECIMENTOS III - O acesso do público à farmácia ou drogaria, far-se-á
por porta única, devidamente delimitada, permitindo

84
manobras seguras de carga e descarga e o acesso de
cadeiras de rodas.
IV - A área da farmácia ou drogaria deverá estar
devidamente identificada, com placas e/ou letreiros com
dimensão compatível a perfeita visualização, onde se
deverá ler ―FARMÁCIA‖ ou ―DROGARIA‖.
V - Próximo à área de acesso e dentro da farmácia ou
drogaria não serão permitidos a presença dos seguintes
produtos ou serviços:
a) Produtos alimentícios de qualquer espécie, tanto de
uso humano como animal;
b) Venenos de qualquer espécie;
C) Produtos inflamáveis de qualquer espécie, salvo os de
uso medicinal com registro ou Autorização do Ministério
da Saúde;
d) Produtos de limpeza e desinfecção domiciliar como
desinfetantes, saponáceos, entre outros;
e) Clínica ou Loja Veterinária onde permaneçam ou
adentrem animais.
Artigo 5º - É expressamente vedado a venda de
medicamentos pelo sistema de auto-atendimento.
Artigo 6º - Nas farmácias e drogarias instaladas nos
estabelecimentos citados no artigo 1º será vedada a
liberação de serviços sob autorização especial citada no
artigo 7º da Res. 54/96 - SESA-PR.
Artigo 7º - As demais condições de funcionamento das
farmácias e drogarias instaladas dentro de
supermercados, armazéns e empórios, lojas de
conveniências e ―drugstore‖ obedecerão às
determinações da legislação sanitária vigente, em
especial a Lei 5991 de 17 de dezembro de 1973, o
Código Sanitário, e a Resolução nº 54/96 - SESA-PR,
principalmente com relação à obrigatoriedade da
presença e atuação do farmacêutico responsável técnico
ou do farmacêutico substituto durante todo o horário de
funcionamento do estabelecimento.

Este texto não subtitui o publicado do DIOE de


11.05.1999

85
Resolução nº 166 de 06/07/2011 Receita Estadual para a apuração dos ilícitos, sob a
(D.O.E de 08.07.2011) responsabilidade dessas instituições.

Trata da proibição da comercialização de medicamentos Curitiba, 06 de julho de 2011.


de saúde destinados exclusivamente ao Sistema Único de
Saúde Michele Caputo Neto
Secretário de Estado da Saúde
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial do
suas atribuições, conferidas Estado nº 8503, de 08/07/2011
pelo artigo 45, inciso XIV, da Lei Estadual nº 8.485/87,
de 03 de junho de 1987, e com base
no disposto no artigo 12, Inciso XIX, da Lei 13.331, de
23 de novembro de 2001, e o artigo 543 do Decreto
5711, de 23 de maio de 2002, Considerando o disposto
no artigo 7o da Portaria GM 2814 de 29 de maio de
1998, sobre a obrigatoriedade dos medicamentos
adquiridos mediante licitações públicas, realizadas por
serviços próprios ou conveniados pelo Sistema Único de
Saúde, que devem trazer a expressão ―PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO‖;
Considerando que é proibida a comercialização de
medicamentos de saúde destinados exclusivamente ao
Sistema Único de Saúde com a expressão ―PROIBIDA A
VENDA NO COMÉRCIO‖ em suas embalagens
secundárias e/ou primárias;
Considerando que estes produtos somente podem ser
dispensados em serviços públicos de saúde;
Considerando que têm sido encontrados tais produtos em
estabelecimentos de saúde de natureza comercial, de
interesse ou de prestadores de serviços, incluindo
farmácias, distribuidoras e hospitais;
Considerando a necessidade de estabelecer normas
suplementares para uniformização das ações de
Vigilância Sanitária em relação à dispensação irregular
de tais produtos,

RESOLVE:

Artigo 1º Determinar que as vigilâncias sanitárias


regionais e municipais em suas inspeções de rotina nos
estabelecimentos de saúde e nos estabelecimentos
comerciais de interesse da saúde verifiquem a existência
destes medicamentos e que, ao comprovarem tal
condição, adotem as providências cabíveis,
infracionando, apreendendo os produtos e interditando o
estabelecimento até a conclusão da investigação
pertinente.

Parágrafo Único: Sendo comprovada a responsabilidade


do estabelecimento autuado, deverá ser imposta a
penalidade de cassação da licença sanitária em definitivo.

Artigo 2º Além da instauração do processo


administrativo sanitário, as autoridades de Vigilância
Sanitária deverão encaminhar denúncia às autoridades da
Polícia Federal, Secretaria de Estado da Segurança
Pública, Ministério Público do Estado do Paraná e da
86
Resolução nº 062 DE 31/01/2013 ANEXO I DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
(D.O.U 01/02/13) NORMA TÉCNICA QUE REGULAMENTA AS
BULAS MAGISTRAIS DE ESTABELECIMENTOS
Define a forma e modelo do conteúdo das Bulas FARMACÊUTICOS
Magistrais
CAPITULO I
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando DAS DEFINIÇÕES
da atribuição que lhe confere o Art. 45, Inciso XIV, da Artigo 1º. Para efeitos da presente Norma Técnica, são
Lei Estadual nº 8.485 de 03 de junho de 1987 e o artigo adotadas as seguintes definições:
9º, Inciso I. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: conjunto de
XV e XVI, do Decreto Estadual nº 2.270 de 11 de janeiro ações e serviços relacionados com o medicamento,
de 1988 e, destinado a apoiar as ações de saúde demandadas por
• considerando o disposto nos artigos 4, 6, 15, 17, 21, 24, uma comunidade.
33, 44, 55 e 56 da Lei nº 5.991de 17 de dezembro de Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e
1973; em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação
• considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16, 27 e 58 e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia
do Decreto nº 74.170 de 10 de junho de 1974; terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a
• considerando o disposto na Lei Estadual nº 13.331 de avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de
23 de novembro de 2001, em especial o contido nos informação sobre medicamentos e a educação
artigos 12 (Incisos IX, XII, XIII) e 38; permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da
• considerando o disposto no Decreto Estadual nº 5.711 comunidade para assegurar o uso racional de
de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos artigos medicamentos.
10, 445 (Inciso I), 457, 458, 459, 460 e 577; II. BULA MAGISTRAL: conjunto de orientações
• considerando o disposto na Lei Estadual nº 17.051 de farmacêuticas impressas, de forma separada, que devem
23 de janeiro de 2012, em especial o contido no acompanhar o medicamento manipulado, observado o
parágrafo único do artigo 2º; disposto na Lei nº 17.051/2012.
• considerando a necessidade de constante III. DISPENSAÇÃO: ato profissional farmacêutico de
aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente,
prevenção à saúde da população, geralmente como resposta a apresentação de uma receita
elaborada por um profissional autorizado. Neste ato, o
RESOLVE: farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso
Artigo 1º Aprovar Norma Técnica conforme Anexo I, adequado do medicamento. São elementos importantes
para definir a forma e o conteúdo das bulas magistrais da orientação, entre outros, a ênfase ao cumprimento da
conforme determinado no parágrafo único do artigo 2º da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com
Lei 17.051/2012, bem como os modelos de Bulas outros medicamentos, o reconhecimento de reações
Magistrais constantes nos Anexos II, III, IV, V e as adversas potenciais e as condições de conservação dos
Orientações sobre as formatações do Anexo VI. produtos.
Artigo 2º As abrangências desta resolução são os IV. DISPONIBILIZAÇÃO: ato de fornecer a bula
estabelecimentos farmacêuticos – farmácia que magistral quando da dispensação de medicamentos
manipulam medicamentos para uso humano. manipulados, em papel ou por meio eletrônico. Quando a
Artigo 3º A execução da presente Norma Técnica será disponibilização for por meio eletrônico deve-se ter a
competência dos órgãos Estaduais e Municipais de comprovação da opção eletrônica por parte do paciente
Vigilância Sanitária do Sistema Único Saúde no Paraná. ou seu responsável ou do estabelecimento hospitalar ou
Artigo 4º A farmácia tem 180 (cento e oitenta) dias para congênere solicitante.
atender a presente Resolução. O arquivamento da comprovação da autorização pode ser
Artigo 5º O não cumprimento dos dispositivos desta também por arquivos eletrônicos, não havendo
Resolução e sua Norma Técnica implicará na aplicação necessidade de impressão destes arquivos. O
das penalidades previstas na Lei Estadual nº 13.331 de 23 armazenamento deve ser pelo período mínimo de dois
de novembro de 2001, Decreto Estadual nº 5.711 de 23 anos.
de maio de 2002 e/ou legislação específica Estadual ou V. FARMACÊUTICO: principal responsável pelo
Municipal que venha a substituí-las. funcionamento do estabelecimento farmacêutico, como
Artigo 6º Esta resolução entrará em vigor na data de sua determina a Lei Federal nº 5.991/73 e legislação
publicação, revogadas as disposições em contrário. específica do Conselho Federal de Farmácia. Estará
obrigatoriamente sob sua responsabilidade a supervisão e
Curitiba, 31 de janeiro de 2013. coordenação de todos os serviços técnicos do
Michele Caputo Neto estabelecimento que a ele fiquem hierarquicamente
Secretário de Estado da Saúde subordinados. Sua função compreende o gerenciamento
* Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da disponibilidade do medicamento, atendimento ao
usuário, promoção da economia, eficiência e cooperação
com a equipe de saúde.
87
relacionado a referências estabelecidas, geralmente a
VI. FRASES DE ALERTA: frases que visam dar padrões nacionais ou internacionais, através de uma
destaque a advertências, precauções e contraindicações cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
críticas para prevenir agravos à saúde. estabelecidas.
VII. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: resposta XVI. REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS:
farmacológica ou clínica, causada pela interação de qualquer resposta a um medicamento que seja
medicamento-medicamento, medicamento-alimento, prejudicial, não intencional e que ocorra nas doses
medicamento substância química, medicamento-exame normalmente utilizadas,
laboratorial e não laboratorial, medicamentoplanta em seres humanos, para profilaxia, diagnóstico e
medicinal e/ou medicamento-doença, cujo resultado final tratamento de doenças ou para a modificação de uma
pode ser a alteração dos efeitos desejados ou a ocorrência função fisiológica.
de eventos adversos. XVII. RECEITA: prescrição escrita de medicamento,
VIII. MEDICAMENTO: produto farmacêutico, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profissional legalmente habilitado, quer seja de
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. formulação magistral ou de produto industrializado.
IX. MEDICAMENTO MAGISTRAL: todo XVIII. RESTRIÇÃO DE USO: limitação de uso de um
medicamento cuja prescrição pormenoriza a composição, medicamento quanto à população
a forma farmacêutica e a posologia. É preparado na alvo, podendo ser para uso pediátrico, para uso adulto ou
farmácia, por um profissional farmacêutico habilitado ou para uso adulto e pediátrico.
sob sua supervisão direta em que está estabelecida a XIX. RÓTULO: é a identificação impressa ou
relação prescritor-farmacêutico-usuário e destinado a um litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a
usuário individualizado. fogo, pressão ou decalque, aplicados diretamente sobre
X. PREPARAÇÃO: procedimento farmacotécnico para recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou
obtenção do produto manipulado, compreendendo a qualquer outro material de acondicionamento.
avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, Os rótulos possuem dimensões apropriadas e devem ser
fracionamento de substâncias ou produtos redigidos de modo a facilitar o entendimento do
industrializados, envase, rotulagem e conservação das consumidor. A confecção dos rótulos deve obedecer aos
preparações. padrões determinados pela Agência Nacional de
XI. PREPARAÇÃO OFICINAL: é aquela preparada na Vigilância Sanitária.
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário XX. USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS:
Nacional ou em Formulários Internacionais reconhecidos processo que compreende a prescrição apropriada; a
pela ANVISA. disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a
XII. PRESCRIÇÃO: ato de definir o medicamento a ser dispensação em condições adequadas; e o consumo nas
consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de
duração do tratamento. Em geral, esse ato é expresso tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de
mediante a elaboração de uma receita. qualidade.
XIII. PRESCRITOR: profissional de saúde habilitado XXI. USUÁRIO: aquele que fará uso do produto
para definir o medicamento a ser usado. magistral.
XIV. PRODUTO MAGISTRAL1: é aquele obtido em
Farmácias aplicando-se as Boas Práticas de Manipulação CAPÍTULO II
(BPM), a partir de: prescrições de profissionais
habilitados ou indicação pelo Formulário Nacional da DA FORMA E CONTEÚDO DAS BULAS
Farmacopeia Brasileira, 2ª edição, pelo farmacêutico2 e Artigo 2º. Quanto à forma, as bulas magistrais devem:
solicitação de compra3, dispensados ao usuário ou a seu I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
responsável e que estabelece uma relação prescritor- Times New Roman, Georgia, Arial, Verdana e/ou
farmacêutico-usuário. Trebuchet no corpo do texto, com tamanho mínimo de 10
1. Medicamentos, cosméticos, produtos de higiene, pt (dez pontos), não-condensada e não expandida;
dietéticos e nutricionais, para diagnóstico ou uso em II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
procedimentos médicos, odontológicos e outros pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
manipulados pela Farmácia, até a sua dispensação. assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos);
2. Indicação feita pelo farmacêutico, para produtos III. Apresentar colunas de texto com no mínimo 80 mm
magistrais sem necessidade de prescrição médica. (oitenta milímetros) de largura, com espaço entre as
3. Solicitação de compra (assinada pelo responsável colunas de 10 mm (dez milímetros);
técnico do estabelecimento solicitante) – feita para IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
produtos magistrais usados em clínicas, centros mínimo 07 pt (sete pontos);
cirúrgicos, hospitais, ambulatórios, laboratórios, entre V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
outros, em conformidade com a RDC nº 67/2007 e suas com margens esquerda e direita de no mínimo 20 mm;
respectivas atualizações. VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
XV. RASTREABILIDADE: propriedade do resultado em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
de uma medição ou do valor de um padrão estar deixando os títulos sempre juntos aos seus textos;
88
VII. Deixar 01 (uma) linha em branco entre o texto e um usar de barra horizontal abaixo desta seção de texto ou
título, aumentando assim a entrelinha para melhor caixa circundando os itens para separá-los das instruções
visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no ao usuário.
início da coluna; §4º. Para os dados de ―Identificação do Medicamento‖,
VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para exclusivamente, as fontes utilizadas podem ser com
nomes científicos; tamanho entre 08 pt (oito pontos) e 10 pt (dez pontos),
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não igualmente não condensada e não expandida.
permita a visualização da impressão no verso da página §5º. Incluir as seguintes frases em negrito no item 8 ―O
quando a bula estiver sobre uma superfície. QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
§1º. Para a impressão de bulas magistrais alopáticas e/ou MEDICAMENTO‖ da bula magistral, quando for o caso:
homeopáticas para usuários com limitações visuais, estas ―Uso restrito a hospitais‖;
devem atender aos itens acima, diferenciando-se em: ―Uso profissional‖;
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, ―Venda sob prescrição médica‖;
Georgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo Incluir em negrito as frases de restrições de venda, uso e
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt (dezoito dispensação previstas na norma específica para produtos
pontos); controlados.
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no §6º. Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
mínimo de 04 pt (quatro pontos) a mais que o tamanho de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
da fonte, sendo assim o mínimo de 22 pt (vinte e dois propagandas ou publicidade nas bulas magistrais.
pontos); Artigo 4º. O item 8 ―O QUE MAIS DEVO SABER
exceto para o item de Identificação do Produto que deve SOBRE ESTE MEDICAMENTO‖ deve conter apenas as
ter o tamanho da fonte de 14 pt (quatorze pontos). informações relativas à forma farmacêutica dispensada.
III. Apresentar o texto corrido sem colunas, conforme Estas informações devem:
anexos III e/ou IV. I. Ser claras e objetivas, sem a repetição de informações;
§2º. Para a disponibilização da bula em meio eletrônico, II. Ser escritas em linguagem acessível, com redação
o arquivo digital deve ser em formato fechado, sendo clara e concisa, de forma a facilitar a compreensão do
recomendado o formato ―pdf‖ para que não haja prejuízo conteúdo pelo usuário;
à formatação aqui especificada. III. Possuir termos explicativos incluídos para leigos,
§3º. Este Capítulo está exemplificado no Anexo VI desta após os termos técnicos.
Resolução. Artigo 5º. As frases de advertências a serem inseridas
Artigo 3º. Quanto ao conteúdo, os textos das bulas nos textos das bulas devem:
devem contemplar as informações preconizadas no I. Seguir a redação definida em norma específica;
Anexo I e/ou II, para medicamento alopático ou II. Ser destacadas do corpo do texto através do uso de
homeopático conforme o caso, desta Resolução, seguindo negrito e/ou caixa alta, e/ou linhas ou caixas circundando
a ordem das partes e itens de bulas estabelecidos. as frases, como recursos de atenção visual;
§1º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens III. Usar palavras para sinalizar a advertência no texto.
no início da bula, conforme anexo: Recomenda-se o uso das palavras em caixa alta e em
I. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE negrito: Atenção ou Cuidado ou Perigo.
Nome completo do paciente. Artigo 6º. É facultada a presença do logotipo/logomarca
II. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO da farmácia e o símbolo de reciclagem de papel.
De acordo com a prescrição e rotulagem do produto. Artigo 7º. As frases de alerta descritas no artigo 3º da
III. NOME DO ESTABELECIMENTO E DADOS DO Lei Estadual nº 17.051/2012, já estão dispostas nas bulas
SAC magistrais dos Anexos, não sendo necessário repeti-las.
O nome do estabelecimento pode ser substituído pelo Artigo 8º. É facultada a inclusão na bula de ilustrações
logotipo/logomarca. como instruções visuais sobre o uso do produto. Caso
Informar com destaque em negrito e caixa alta o telefone sejam incluídas na bula, as ilustrações devem:
para contato ou do Serviço de Atendimento ao I. Ser alinhadas de acordo com a ordem de leitura do
Consumidor (SAC), de responsabilidade da farmácia. texto: da esquerda para direita na disposição horizontal
Recomenda-se que seja utilizado um pictograma de das instruções; ou de cima para baixo na disposição
telefone para promover a atenção visual do usuário. vertical das instruções;
§2º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens II. Utilizar letras ou números para ordenar a leitura das
no final da bula, conforme anexo: imagens;
I. DIZERES LEGAIS III. Ser separadas entre si de forma clara e consistente
Informar o nome, número de inscrição e sigla do para evitar ambiguidade na ordem de leitura da instrução
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico visual. Deve-se usar bordas circundando as ilustrações e
da farmácia. espaço entre as linhas maior que o espaço entre colunas
Informar o número do Cadastro Nacional de pessoa para a disposição horizontal das ilustrações, ou espaço
Jurídica (CNPJ) da farmácia. entre colunas maior que o espaço entre linhas para a
§3º. Os itens acima devem vir de forma destacada para disposição vertical das ilustrações;
facilitar seu reconhecimento pelo usuário. Recomenda-se
89
IV. Representar ação ou movimento de forma clara para 1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO?
mostrar o uso do medicamento. Recomenda-se utilizar Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu
setas nas ilustrações; farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as
V. Evitar excesso de detalhes para facilitar a percepção doses e a duração do tratamento. Observe também as
dos elementos principais da imagem. Deve-se usar de informações da prescrição e do rótulo do medicamento
desenhos ou fotografias com fundo neutro; manipulado.
VI. Apresentar os textos explicativos como legenda para Verifique atentamente se o medicamento é para uso oral
facilitar a percepção da associação texto-imagem. ou outra forma de administração. Medicamentos para uso
oral devem ser preferencialmente tomados com um copo
CAPÍTULO III de água. Evite partir, abrir ou mastigar as cápsulas ou
DA DISPONIBILIZAÇÃO DAS BULAS comprimidos, a menos que receba orientação específica
MAGISTRAIS para isso. A ingestão de medicamentos com alimentos
Artigo 9º. A bula magistral deve ser parte integrante de deve seguir a orientação de seu farmacêutico ou
todos os medicamentos manipulados a serem prescritor. Sempre manuseie o medicamento com as
dispensados. mãos limpas e secas e procure retirar uma cápsula da
§ 1º. É facultada à farmácia a disponibilização da bula embalagem de cada vez. Não interrompa ou prolongue o
magistral em meio eletrônico. tratamento por conta própria.
§ 2º. A bula magistral somente será disponibilizada em 2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ
meio eletrônico a pedido do usuário. Para a emissão da Antes de utilizar o medicamento comunique seu
bula magistral eletrônica, a respectiva autorização do farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar
usuário deve ser mantida arquivada em meio físico ou grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser
eletrônico na farmácia. comunicadas o mais breve possível. Alguns
§ 3º. A autorização concedida pelo paciente para medicamentos não são recomendados durante a gravidez.
encaminhamento por meio eletrônico não possuirá prazo 3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO
de validade desde que a comprovação seja devidamente Se estiver amamentando comunique seu farmacêutico
arquivada. e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns
§ 4º. Aos portadores de necessidades especiais, além da medicamentos não são recomendados durante a
bula magistral, deve ser realizada a orientação amamentação.
farmacêutica de forma a atender a necessidade 4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO,
individual. O QUE DEVO FAZER?
Artigo 10º. Os medicamentos dispensados para uso em Se você não utilizou o medicamento no horário correto
hospitais, clínicas e congêneres deverão ser não altere a quantidade na próxima tomada. Procure
acompanhados por ao menos uma bula magistral para respeitar o intervalo entre as doses do medicamento.
cada conjunto de um mesmo tipo de medicamento. Converse com seu farmacêutico ou prescritor para obter a
Artigo 11º. Para as preparações magistrais de orientação correta sobre como regularizar os horários.
medicamentos homeopáticos é facultada a 5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE
disponibilização de uma única bula magistral por receita, QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA
independente do número e do tipo de medicamentos SÓ VEZ?
prescritos na mesma receita. Não provoque vômito e não beba água, leite ou qualquer
outro líquido ou alimento. Procure rapidamente socorro
CAPÍTULO IV médico levando a embalagem do medicamento ou entre
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS em contato com o Disque Intoxicação: 0800 722 6001.
Artigo 12º. Compete à autoridade de vigilância sanitária 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
verificar nas inspeções rotineiras a disponibilização da Informe seu farmacêutico ou prescritor sobre o
bula magistral para os medicamentos manipulados a aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste
serem dispensados. medicamento. LOGO Comunique também se já
Artigo 13º. A presente Norma Técnica não se aplica às apresentou reações anteriores com outros medicamentos,
farmácias hospitalares, dispensários de unidades como alergias ou outros problemas. Antes de usar o
hospitalares ou equivalentes, postos de medicamentos e medicamento, informe seu farmacêutico ou prescritor se
unidades volantes. Estes estabelecimentos estão sujeitos é portador de doenças crônicas como diabetes,
a regulamentação específica. intolerância a lactose ou glúten.
7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
ANEXO II DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
BULA MAGISTRAL ALOPÁTICA Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Paciente fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
Nome Completo do Paciente calor excessivos. O sol, o calor ea umidade podem alterar
Produto o medicamento, mesmo dentro do prazo de validade.
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do Medicamentos não devem ficar dentro de automóveis,
produto pois a temperatura do veiculo pode se elevar muito.
SAC: Número de telefone ATENÇÃO
90
Não guarde os medicamentos no banheiro ou perto de 2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ
pias, lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade Antes de utilizar o medicamento comunique seu
e calor. Não retire o algodão nem os dessecantes dos farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar
frascos, pois eles servem para evitar a umidade e grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser
preservar o medicamento. Não misture diferentes comunicadas o mais breve possível. Alguns
medicamentos numa mesma embalagem. Não utilize medicamentos não são recomendados durante a gravidez.
medicamentos com data de validade vencida. 3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO
Medicamentos com a indicação ―Manter em geladeira‖ Se estiver amamentando, comunique seu farmacêutico
não devem ser armazenados na porta e devem ficar longe e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns
do congelador e do contato direto com alimentos. medicamentos não são recomendados durante a
Alterações de cor, odor e/ou consistência podem indicar amamentação.
que o medicamento está impróprio para uso. Se isto 4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, O QUE
ocorrer, consulte o seu farmacêutico. Todo DEVO FAZER?
medicamento deve ser mantido fora do alcance das No caso de interrupção acidental da administração
crianças e animais domésticos. retome o tratamento assim que lembrar e siga a
O medicamento pode ser armazenado pelo período de prescrição inicial.
tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite 5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE
descartar o medicamento informe-se com o seu QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA
farmacêutico sobre como proceder. SÓ VEZ?
8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE Medicamentos homeopáticos não causam intoxicação.
MEDICAMENTO? Converse com seu farmacêutico ou prescritor.
Utilize o medicamento somente após ter esclarecido 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o Na ocorrência do aparecimento de sinais e/ou sintomas
prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja decorrentes da resposta do usuário ao uso do
usando, pois um pode alterar o efeito do outro. Não medicamento, o prescritor deve ser comunicado.
utilize bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois elas 7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
podem alterar o efeito do medicamento. GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
ATENÇÃO Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
que foi prescrito para você. Pode ser perigoso. calor excessivos. O sol, o calor e LOGO a umidade
Identificação do estabelecimento podem alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de
Farm. Resp.: Nome do responsável técnico | CRF-XX n. validade.
00.000 ATENÇÃO
Razão social da farmácia Não deixe medicamentos dentro de automóveis, pois a
Endereço (Rua, Número) | Cidade - UF – CEP 00000- temperatura do veículo pode se elevar muito. Não guarde
000 os medicamentos no banheiro ou perto de pias,
CNPJ: 00.000.000/0000-00 lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade e
ANEXO III DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 calor. Não misture diferentes medicamentos numa
BULA MAGISTRAL HOMEOPÁTICA mesma embalagem. Não utilize medicamentos com data
Paciente de validade vencida. Alterações de cor, odor e/ou
Nome Completo do Paciente consistência podem indicar que o medicamento está
Produto impróprio para uso. Se isto ocorrer, consulte o seu
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do farmacêutico. Recomenda-se que os medicamentos sejam
produto mantidos longe de aparelhos que emitam radiação
SAC: Número de telefone e fontes eletromagnéticas. Todo medicamento deve ser
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? mantido fora do alcance das crianças e animais
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu domésticos.
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as O medicamento pode ser armazenado pelo período de
doses e a duração do tratamento. As formas líquidas em tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
gotas ou as sólidas em glóbulos ou tabletes, de uso descartar o medicamento informe-se com o seu
interno, devem ser administradas por via sublingual com farmacêutico sobre como proceder.
a mucosa livre de resíduos alimentares e sabores 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
intensos. As demais formas farmacêuticas devem seguir a MEDICAMENTO?
orientação do prescritor quanto ao uso. A posologia Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
indicada pelo prescritor deve ser seguida e apenas todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
interrompida durante o sono do paciente ou conforme prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
orientação do prescritor. O uso de cânfora durante o usando, pois um pode alterar o efeito do outro.
tratamento homeopático deve ser interrompido por ATENÇÃO
inativar, em alguns casos, a ação do medicamento. Não Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
interrompa ou prolongue o tratamento por conta própria. que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
91
Identificação do estabelecimento 6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS
Farm. Resp.: Nome do responsável técnico | CRF-XX n. Informe seu farmacêutico ou prescritor sobre o
00.000 aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste
Razão social da farmácia medicamento. Comunique também se já apresentou
Endereço (Rua, Número) | Cidade - UF – CEP 00000- reações anteriores com outros medicamentos, como
000 alergias ou outros problemas. Antes de usar o
CNPJ: 00.000.000/0000-00 medicamento, informe seu farmacêutico ou prescritor se
ANEXO IV DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013 é portador de doenças crônicas como diabetes,
BULA MAGISTRAL ALOPÁTICA PARA intolerância a lactose ou glúten.
USUÁRIOS 7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
COM LIMITAÇÕES VISUAIS GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Paciente Mantenha o medicamento em sua embalagem original,
Nome Completo do Paciente fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do
Produto calor excessivos. O sol, o calor e a umidade podem
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de
produto validade. Medicamentos não devem ficar dentro de
SAC: Número de telefone automóveis, pois a temperatura do veiculo pode se elevar
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? muito.
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu ATENÇÃO
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as Não guarde os medicamentos no banheiro ou perto de
doses e a duração do tratamento. Observe também as pias, lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade
informações da prescrição e do rótulo do medicamento e calor. Não retire o algodão nem os dessecantes dos
manipulado. Verifique atentamente se o medicamento é frascos, pois eles servem para evitar a umidade e
para uso oral ou outra forma de administração. preservar o medicamento. Não misture diferentes
Medicamentos para uso oral devem ser preferencialmente medicamentos numa mesma embalagem. Não utilize
tomados com um copo de água. LOGO Evite partir, abrir medicamentos com data de validade vencida.
ou mastigar as cápsulas ou comprimidos, a menos que Medicamentos com a indicação ―Manter em geladeira‖
receba orientação específica para isso. A ingestão de não devem ser armazenados na porta e devem ficar longe
medicamentos com alimentos deve seguir a orientação de do congelador e do contato direto com alimentos.
seu farmacêutico ou prescritor. Sempre manuseie o Alterações de cor, odor e/ou consistência podem indicar
medicamento com as mãos limpas e secas e procure que o medicamento está impróprio para uso. Se isto
retirar uma cápsula da embalagem de cada vez. Não ocorrer, consulte o seu farmacêutico.
interrompa ou prolongue o tratamento por conta própria. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ das crianças e animais domésticos.
Antes de utilizar o medicamento comunique seu O medicamento pode ser armazenado pelo período de
farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser descartar o medicamento informe-se com o seu
comunicadas o mais breve possível. Alguns farmacêutico sobre como proceder.
medicamentos não são recomendados durante a 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
MEDICAMENTO?
gravidez. Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
Se estiver amamentando comunique seu farmacêutico prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns usando, pois um pode alterar o efeito do outro. Não
medicamentos não são recomendados durante a utilize bebidas alcoólicas durante o tratamento, pois elas
amamentação. podem alterar o efeito do medicamento.
4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, ATENÇÃO
O QUE DEVO FAZER? Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
Se você não utilizou o medicamento no horário correto que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
não altere a quantidade na próxima tomada. Procure Identificação do estabelecimento
respeitar o intervalo entre as doses do medicamento. Farm. Resp.: Nome do responsável técnico
Converse com seu farmacêutico ou prescritor para obter a CRF-XX n. 00.000
orientação correta sobre como regularizar os horários. Razão social da farmácia
5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE Endereço (Rua, Número)
QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA Cidade - UF – CEP 00000-000
SÓ VEZ? CNPJ: 00.000.000/0000-00
Não provoque vômito e não beba água, leite ou qualquer ANEXO V DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
outro líquido ou alimento. Procure rapidamente socorro BULA MAGISTRAL HOMEOPÁTICA PARA
médico levando a embalagem do medicamento ou entre USUÁRIOS COM LIMITAÇÕES VISUAIS
em contato com o Disque Intoxicação: 0800 722 6001. Paciente
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Nome Completo do Paciente calor. Não misture diferentes medicamentos numa
Produto mesma embalagem. Não utilize medicamentos com data
Identificação de acordo com a prescrição e rotulagem do de validade vencida. Alterações de cor, odor e/ou
produto consistência podem indicar que o medicamento está
SAC: Número de telefone impróprio para uso. Se isto ocorrer, consulte o seu
1. COMO DEVO USAR O MEDICAMENTO? farmacêutico. Recomenda-se que os medicamentos sejam
Utilize este medicamento seguindo a orientação do seu mantidos longe de aparelhos que emitam radiação e
farmacêutico e do prescritor, respeitando os horários, as fontes eletromagnéticas.
doses e a duração do tratamento. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance
As formas líquidas em gotas ou as sólidas em glóbulos das crianças e animais domésticos.
ou tabletes, de uso interno, devem ser administradas por O medicamento pode ser armazenado pelo período de
via sublingual com a mucosa livre de resíduos tratamento ou até o seu vencimento. Caso necessite
alimentares e sabores intensos. As demais formas descartar o medicamento informe-se com o seu
farmacêuticas devem seguir a orientação do prescritor farmacêutico sobre como proceder.
quanto ao uso. 8. O QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
LOGO MEDICAMENTO?
A posologia indicada pelo prescritor deve ser seguida e Utilize o medicamento somente após ter esclarecido
apenas interrompida durante o sono do paciente ou todas as suas dúvidas com o seu farmacêutico e com o
conforme orientação do prescritor. O uso de cânfora prescritor. Informe todos os medicamentos que esteja
durante o tratamento homeopático deve ser interrompido usando, pois um pode alterar o efeito do outro.
por inativar, em alguns casos, a ação do medicamento. ATENÇÃO
Não interrompa ou prolongue o tratamento por conta Não permita que outras pessoas utilizem o medicamento
própria. que foi prescrito para você. Pode ser perigoso.
2. CUIDADOS NA GRAVIDEZ Identificação do estabelecimento
Antes de utilizar o medicamento comunique seu Farm. Resp.: Nome do responsável técnico
farmacêutico e/ou prescritor se estiver ou desejar ficar CRF-XX n. 00.000
grávida. Suspeitas de gravidez também devem ser Razão social da farmácia
comunicadas o mais breve possível. Alguns Endereço (Rua, Número)
medicamentos não são recomendados durante a gravidez. Cidade - UF – CEP 00000-000
3. CUIDADOS NA AMAMENTAÇÃO CNPJ: 00.000.000/0000-00
Se estiver amamentando, comunique seu farmacêutico 29
e/ou prescritor antes de usar a medicação. Alguns ANEXO VI DA RESOLUÇÃO SESA Nº 062/2013
medicamentos não são recomendados durante a ORIENTAÇÕES PARA FORMATAÇÃO DAS
amamentação. BULAS MAGISTRAIS
4. ESQUECI DE USAR O MEDICAMENTO, O QUE CAPÍTULO II
DEVO FAZER? DA FORMA E CONTEÚDO DAS BULAS
No caso de interrupção acidental da administração Artigo 2º. Quanto à forma, as bulas magistrais devem:
retome o tratamento assim que lembrar e siga a I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
prescrição inicial. Times New Roman, Georgia, Arial,
5. O QUE FAZER SE FOR USADA UMA GRANDE Verdana e/ou Trebuchet no corpo do texto, com tamanho
QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA mínimo de 10 pt (dez pontos), não-condensada e não
SÓ VEZ? expandida;
Medicamentos homeopáticos não causam intoxicação. II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
Converse com seu farmacêutico ou prescritor. pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
6. REAÇÕES INDESEJÁVEIS assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos);
Na ocorrência do aparecimento de sinais e/ou sintomas III. Apresentar colunas de texto com no mínimo 80 mm
decorrentes da resposta do usuário ao uso do (oitenta milímetros) de largura, com espaço entre as
medicamento, o prescritor deve ser comunicado. colunas de 10 mm (dez milímetros);
7. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? mínimo 07 pt (sete pontos);
Mantenha o medicamento em sua embalagem original, V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
fechada, com rótulo, em lugar seco, ao abrigo da luz e do com margens esquerda e direita de no mínimo 20 mm;
calor excessivos. O sol, o calor e a umidade podem VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
alterar o medicamento, mesmo dentro do prazo de em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
validade. deixando os títulos sempre juntos aos seus textos;
ATENÇÃO VII. Deixar 01 (uma) linha em branco entre o texto e um
Não deixe medicamentos dentro de automóveis, pois a título, aumentando assim a entrelinha para melhor
temperatura do veículo pode se elevar muito. Não guarde visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no
os medicamentos no banheiro ou perto de pias, início da coluna;
lavatórios, materiais de limpeza, fontes de umidade e
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VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para §5º. Incluir as seguintes frases em negrito no item 8 ―O
nomes científicos; QUE MAIS DEVO SABER SOBRE ESTE
IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não MEDICAMENTO‖ da bula magistral, quando for o caso:
permita a visualização da impressão no verso da página ―Uso restrito a hospitais‖;
quando a bula estiver sobre uma superfície. ―Uso profissional‖;
§1º. Para a impressão de bulas magistrais alopáticas e/ou ―Venda sob prescrição médica‖;
homeopáticas para usuários com limitações visuais, estas Incluir em negrito as frases de restrições de venda, uso e
devem atender aos itens acima, diferenciando-se em: dispensação previstas na norma específica para produtos
I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman, controlados.
Georgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo §6º. Não é facultada a colocação por qualquer motivo e
recomendado o tamanho mínimo de 18 pt (dezoito de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de
pontos); propagandas ou publicidade nas bulas magistrais.
II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no Artigo 4º. O item 8 ―O QUE MAIS DEVO SABER
mínimo de 04 pt (quatro pontos) a mais que o tamanho SOBRE ESTE MEDICAMENTO‖ deve conter apenas as
da fonte, sendo assim o mínimo de 22 pt (vinte e dois informações relativas à forma farmacêutica dispensada.
pontos); exceto para o item de Identificação do Produto Estas informações devem:
que deve ter o tamanho da fonte de 14 pt (quatorze I. Ser claras e objetivas, sem a repetição de informações;
pontos). II. Ser escritas em linguagem acessível, com redação
III. Apresentar o texto corrido sem colunas, conforme clara e concisa, de forma a facilitar a compreensão do
anexos III e/ou IV. conteúdo pelo usuário;
§2º. Para a disponibilização da bula em meio eletrônico, III. Possuir termos explicativos incluídos para leigos,
o arquivo digital deve ser em formato fechado, sendo após os termos técnicos.
recomendado o formato ―pdf‖ para que não haja prejuízo Artigo 5º. As frases de advertências a serem inseridas
à formatação aqui especificada. nos textos das bulas devem:
Artigo 3º. Quanto ao conteúdo, os textos das bulas I. Seguir a redação definida em norma específica;
devem contemplar as informações preconizadas no II. Ser destacadas do corpo do texto através do uso de
Anexo I e/ou II, para medicamento alopático ou negrito e/ou caixa alta, e/ou linhas ou caixas circundando
homeopático conforme o caso, desta Resolução, seguindo as frases, como recursos de atenção visual;
a ordem das partes e itens de bulas estabelecidos. III. Usar palavras para sinalizar a advertência no texto.
§1º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens Recomenda-se o uso das palavras em caixa alta e em
no início da bula, conforme anexo: negrito: Atenção ou Cuidado ou Perigo.
I. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Artigo 6º. É facultada a presença do logotipo/logomarca
Nome completo do paciente. da farmácia e o símbolo de reciclagem de papel.
II. IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO Artigo 7º. As frases de alerta descritas no artigo 3º da
De acordo com a prescrição e rotulagem do produto. Lei Estadual nº 17.051/2012, já estão dispostas nas bulas
III. NOME DO ESTABELECIMENTO E DADOS DO magistrais dos Anexos, não sendo necessário repeti-las.
SAC Artigo 8º. É facultada a inclusão na bula de ilustrações
O nome do estabelecimento pode ser substituído pelo como instruções visuais sobre o uso do produto. Caso
logotipo/logomarca. Informar com destaque em negrito e sejam incluídas na bula, as ilustrações devem:
caixa alta o telefone para contato ou do Serviço de I. Ser alinhadas de acordo com a ordem de leitura do
Atendimento ao Consumidor (SAC), de responsabilidade texto: da esquerda para direita na disposição horizontal
da farmácia. Recomenda-se que seja utilizado um das instruções; ou de cima para baixo na disposição
pictograma de telefone para promover a atenção visual vertical das instruções;
do usuário. II. Utilizar letras ou números para ordenar a leitura das
§2º. As bulas magistrais devem conter os seguintes itens imagens;
no final da bula, conforme anexo: III. Ser separadas entre si de forma clara e consistente
I. DIZERES LEGAIS para evitar ambiguidade na ordem de leitura da instrução
Informar o nome, número de inscrição e sigla do visual. Deve-se usar bordas circundando as ilustrações e
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico espaço entre as linhas maior que o espaço entre colunas
da farmácia. Informar o número do Cadastro Nacional de para a disposição horizontal das ilustrações, ou espaço
pessoa Jurídica (CNPJ) da farmácia. entre colunas maior que o espaço entre linhas para a
§3º. Os itens acima devem vir de forma destacada para disposição vertical das ilustrações;
facilitar seu reconhecimento pelo IV. Representar ação ou movimento de forma clara para
usuário. Recomenda-se usar de barra horizontal abaixo mostrar o uso do medicamento.
desta seção de texto ou caixa circundando os itens para Recomenda-se utilizar setas nas ilustrações;
separá-los das instruções ao usuário. V. Evitar excesso de detalhes para facilitar a percepção
§4º. Para os dados de ―Identificação do Medicamento‖, dos elementos principais da imagem. Deve-se usar de
exclusivamente, as fontes utilizadas podem ser com desenhos ou fotografias com fundo neutro;
tamanho entre 08 pt (oito pontos) e 10 pt (dez pontos), VI. Apresentar os textos explicativos como legenda para
igualmente não condensada e não expandida. facilitar a percepção da associação texto-imagem.
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95
Resolução nº 590 de 05/09/2014 dispensação e o de atendimento privativo de unidade
(Publicada no Diário Oficial do Estado nº 9287, de hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
10/09/14) médica.
Art. 4º - A execução da presente Norma Técnica será
Estabelece a Norma Técnica para abertura, competência do Sistema Único de Saúde no Paraná,
funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias através dos seus órgãos Estadual e Municipais de
de farmácias e drogarias no Paraná. Vigilância Sanitária.
Art. 5º - O não cumprimento dos dispositivos desta
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades
da atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da previstas na Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro
Lei Estadual nº 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo de 2001, Decreto Estadual nº 5.711, de 23 de maio de
9º, incisos XV e XVI, do Decreto Estadual nº 2.270, de 2002 e/ou legislação específica Estadual ou Municipal.
11 de janeiro de 1988 e, Art. 6º - Ficam revogadas a Resolução Estadual
SESA/PR nº 54, de 09 de junho de 1996 e a Resolução
24, 33, 44, 55, 56 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de Estadual SESA/PR nº 69, de 01 de abril de 1997.
1973; Art. 7º - As disposições contidas na presente Norma
tornam sem efeito o disposto na Resolução Estadual nº
do Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974; 225, de 15 de abril de 1999, no tocante aos
estabelecimentos farmacêuticos (farmácias e drogarias),
de 23 de novembro de 2001, em especial o contido no que deverão atender ao preconizado em legislação
artigo 12, incisos IX, XII, XIII e artigo 38; vigente no que se refere ao cadastro e regularização junto
ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos
5.711, de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos Controlados (SNGPC)/ANVISA, ou outro que vier a
artigos 10, 445, inciso I, 457, 458, 459, 460, 577; substituí-lo, conforme legislação vigente.
Art. 8º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
fiscalização das atividades farmacêuticas no Brasil; Curitiba, 05 de setembro de 2014.
Estadual nº 18.169, de 28 de Michele Caputo Neto
julho de 2014, que estabelece normas de identificação de Secretário de Estado da Saúde
profissionais em farmácias e drogarias no Paraná; * Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial

aperfeiçoamento das ações de Vigilância Sanitária e de ANEXO I - RESOLUÇÃO SESA Nº 590/2014


prevenção à saúde da população;
NORMA TÉCNICA DE ESTABELECIMENTOS
RESOLVE: FARMACÊUTICOS
Art. 1º - Aprovar a Norma Técnica conforme Anexo I, CAPÍTULO I
para orientar abertura, funcionamento, condições físicas, DAS DEFINIÇÕES
técnicas e sanitárias, dispensação de medicamentos e Art. 1º - Para efeitos da presente norma técnica, são
prestação de serviços, comércio de plantas medicinais, adotadas as seguintes definições:
drogas vegetais em farmácias e drogarias. I. ACREDITAÇÃO: É o reconhecimento formal por um
Art. 2º - A abrangência desta resolução são os organismo de acreditação, de que um Organismo de
estabelecimentos farmacêuticos – drogarias efarmácias Avaliação da Conformidade - OAC (laboratório,
com e sem manipulação de fórmulas – no Paraná. organismo de certificação ou organismos de inspeção),
Art. 3º - Para fins desta resolução define-se: atende a requisitos previamente definidos e demonstra
I. Farmácia: é uma unidade de prestação de serviços ser competente para realizar suas atividades com
destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à confiança.
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual II. ASSEPSIA: Conjunto de medidas que permitem
se processe a manipulação e/ou dispensação de manter um ser vivo ou, um meio inerte, isento de
medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou bactérias.
industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, III. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: É um grupo
produtos farmacêuticos e correlatos; de atividades relacionadas com o medicamento,
II. Farmácia sem manipulação ou Drogaria: destinadas a apoiar as ações de saúde requeridas por uma
estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a
suas embalagens originais; conservação e controle de qualidade, a segurança e
III. Farmácia com manipulação: estabelecimento de eficácia terapêutica dos medicamentos, o
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de acompanhamento e avaliação da utilização, a obtenção e
comércio de drogas, medicamentos, insumos a difusão de informação sobre medicamentos e a
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de educação permanente dos profissionais de saúde, do

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paciente e da comunidade para assegurar o uso racional XII. CHÁ MEDICINAL: Droga vegetal com fins
de medicamentos. medicinais a ser preparada por meio de infusão, decocção
IV. ATENÇÃO FARMACÊUTICA (OU CUIDADO ou maceração em água pelo consumidor.
FARMACÊUTICO): É um modelo de prática XIII. CONTROLE OU MANEJO INTEGRADO DE
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência VETORES E PRAGAS: Conjunto de ações preventivas
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, e corretivas e/ou, quando necessário, aplicação de
comportamentos, habilidades, compromissos e produtos visando impedir que vetores e pragas urbanas se
corresponsabilidades na prevenção de doenças, promoção instalem/infestem ou se reproduzam no ambiente. A
e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de periodicidade da aplicação do(s) produto(s) será
saúde. É a interação direta do farmacêutico com o determinada em função deste(s) e/ou do laudo emitido
usuário do serviço, visando uma terapêutica racional e a pela empresa contratada e/ou pelo monitoramento mensal
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados realizado.
para a melhoria da qualidade de vida, sob a ótica da XIV. DISPENSAÇÃO: É o ato do profissional
integralidade das ações de saúde. farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos
V. ANTISSEPSIA: Conjunto de medidas propostas para a um paciente, geralmente como resposta a apresentação
inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de uma receitaelaborada por um profissional autorizado.
de um determinado meio, podendo ou não destruí-los e, Neste ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente
para tal fim, utilizamos antissépticos ou desinfetantes. A sobre o uso adequado do medicamento. São elementos
antissepsia refere-se à desinfecção de tecidos vivos com importantes da orientação, entre outros, a ênfase ao
antissépticos. cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a
VI. ARMAZENAMENTO: Ação que possibilita o interação com outros medicamentos, o reconhecimento
estoque ordenado e racional de várias categorias de de reações adversas potenciais e as condições de
materiais e produtos, garantindo a sua adequada conservação dos produtos.
conservação. XV. DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS: Setor de
VII. BARREIRA TÉCNICA: Corresponde a adoção de fornecimento de medicamentos industrializados privativo
procedimentos padronizados que visam minimizar o risco de pequena unidade hospitalar ou equivalente.
de contaminação cruzada e que deve ser adotada quando XVI. EMBALAGEM: Invólucro, recipiente ou qualquer
inexistirem barreiras físicas, em especial a realização de forma de acondicionamento,
procedimentos distintos em horários diferenciados. removível ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar,
VIII. BOAS PRÁTICAS EM FARMÁCIAS E proteger ou manter, especificamente ou não, os produtos
DROGARIAS: Conjunto de técnicas e de que trata esta resolução.
medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade XVII. EMBALAGEM HOSPITALAR: Embalagem
e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços secundaria ou primaria utilizada para o
prestados em farmácias e drogarias, com o fim contribuir acondicionamento de medicamentos com destinação
para o uso racional desses produtos e a melhoria da hospitalar ou ambulatorial.
qualidade de vida dos usuários. XVIII. EMBALAGEM MÚLTIPLA: Embalagem
IX. CALIBRAÇÃO: Operação que estabelece, numa secundaria de medicamentos sem exigência de prescrição
primeira etapa e sob condições especificadas, uma médica, dispensados exclusivamente em embalagem
relação entre os valores e as incertezas de medição primaria.
fornecidas por padrões e as indicações correspondentes XIX. EMBALAGEM ORIGINAL: Acondicionamento
com as incertezas associadas; numa segunda etapa, aprovado para fins de registro pelo órgão competente do
utiliza esta informação para estabelecer uma relação Ministério da Saúde, destinado à proteção e manutenção
visando à obtenção de um resultado de medição a partir das características de qualidade, segurança e eficácia do
de uma indicação. produto, compreendendo as embalagens destinadas ao
X. CERTIDÃO DE REGULARIDADE: Documento fracionamento.
de habilitação legal expedida pelo Conselho Regional de XX. EMBALAGEM ORIGINAL PARA
Farmácia (CRF) para autorizar ao farmacêutico o FRACIONÁVEIS: Acondicionamento que contém
exercício da Responsabilidade Técnica para um embalagens primárias fracionáveis ou embalagens
estabelecimento. A certidão terá validade pelo período primárias fracionadas.
descrito. XXI. EMBALAGEM PRIMÁRIA: Acondicionamento
XI. CHÁ: Produto constituído de uma ou mais partes de que está em contato direto com o produto e que pode se
espécie(s) vegetal(is) inteira(s), fragmentada(s) ou constituir de recipiente, envoltório ou qualquer outra
moída(s), com ou sem fermentação, tostada(s) ou não, forma de proteção, removível ou não, destinado a envasar
constantes do Regulamento Técnico de Espécies ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas,
Vegetais da Resolução RDC nº 267, de 22 de setembro produtos semielaborados ou produtos acabados.
de 2005, ou outra que venha a substituí-la, para o preparo XXII. EMBALAGEM PRIMÁRIA FRACIONADA:
de chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou Menor fração da embalagem primária fracionável que
especiaria para conferir aroma e ou sabor. mantenha os requisitos de qualidade, segurança e eficácia
do medicamento, os dados de identificação e as

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características da unidade farmacotécnica que a compõe, dispensação e o de atendimento privativo de unidade
sem o rompimento da embalagem primária. hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
XXIII. EMBALAGEM PRIMÁRIA médica;
FRACIONÁVEL: Acondicionamento adequado à XXX. FARMÁCIA SEM MANIPULAÇÃO OU
subdivisão mediante a existência de mecanismos que DROGARIA: Estabelecimento de dispensação e
assegurem a presença dos dados de identificação e as comércio de drogas, medicamentos, insumos
mesmas características de qualidade, segurança e eficácia farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
do medicamento em cada unidade da embalagem XXXI. FARMACÊUTICO ASSISTENTE:
primária fracionada. Farmacêutico subordinado hierarquicamente ao diretor
XXIV. EMBALAGEM SECUNDÁRIA: técnico ou responsável técnico que, requerendo a
Acondicionamento que está em contato com a assunção de farmacêutico assistente técnico de uma
embalagem primária e que constitui envoltório ou empresa e/ou de um estabelecimento, por meio dos
qualquer outra forma de proteção, removível ou não, formulários próprios do Conselho Regional de Farmácia
podendo conter uma ou mais embalagens primárias. (CRF), seja designado para complementar carga horária
XXV. EMBALAGEM SECUNDÁRIA PARA ou auxiliar o titular na prestação da assistência
FRACIONADOS: Acondicionamento para dispensação farmacêutica.
de medicamentos fracionados ao usuário, que está em XXXII.FARMACÊUTICO
contato com a embalagem primária fracionada, e que RESPONSÁVEL/DIRETOR-TÉCNICO:
constitui envoltório ou qualquer forma de proteção para o Farmacêutico titular que assume a direção técnica ou
produto. responsabilidade técnica da empresa e/ou
XXVI. ERVA/PLANTA MEDICINAL: É a espécie estabelecimento perante o respectivo Conselho Regional
vegetal íntegra, cultivada ou não, utilizada com de Farmácia (CRF) e os órgãos de vigilância sanitária,
propósitos terapêuticos. nos termos da legislação vigente, ficando sob sua
XXVII. ESTABILIDADE DE PREPARAÇÔES responsabilidade a realização, supervisão e coordenação
FARMACÊUTICAS: Período no qual se mantém, de todos os serviços técnicocientíficos da empresa e/ou
dentro dos limites especificados e nas condições de estabelecimento, respeitado, ainda, o preconizado pela
armazenamento e uso, as mesmas características e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou acordo
propriedades que apresentava ao final de sua produção. trabalhista.
As Boas Práticas de Manipulação ou Fabricação devem XXXIII. FARMACÊUTICO SUBSTITUTO:
ser atendidas. Assim, o produto obtido deve satisfazer Farmacêutico designado perante o Conselho Regional de
aos critérios de: Farmácia (CRF) para prestar assistência e responder
1. Estabilidade química: cada fármaco contido no tecnicamente nos casos de impedimentos ou ausências do
produto deve manter integridade farmacêutico diretor técnico ou farmacêutico responsável
química e potência declarada, dentro dos limites técnico, ou ainda do farmacêutico assistente técnico da
especificados. empresa e/ou estabelecimento, respeitado o preconizado
2. Estabilidade física: o produto deve apresentar as pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou acordo
propriedades físicas originais incluindo, quando trabalhista.
aplicável, aparência, palatabilidade, uniformidade, XXXIV. FARMACOPÊICO: É o medicamento, planta
dissolução e suspendibilidade. ou método cujo modo de preparação ou elaboração ou
3. Estabilidade microbiológica: o produto deve manter, monografia está indicado nas Farmacopéias ou
quando aplicável, sua esterilidade ou resistência ao Formulários Farmacopêicos. A expressão farmacopêico
crescimento microbiano, assim como os agentes substitui as expressões oficial e oficinal, utilizadas em
antimicrobianos adicionados devem manter sua eficácia edições anteriores da Farmacopéia Brasileira,
como conservantes, dentro dos limites especificados. equivalendo-se a essas expressões para todos os efeitos.
4. Estabilidade terapêutica: o(s) efeito(s) terapêutico(s) XXXV. FITOTERÁPICO: Medicamentos obtidos a
do(s) fármaco(s) deve(m) permanecer inalterado(s). partir de ervas/plantas medicinais empregando-se
5. Estabilidade toxicológica: não deve haver aumento exclusivamente derivados de droga vegetal (extrato,
significativo na(s) característica(s)toxicológica(s) do(s) tintura, óleo, cera, exsudado, suco e outros).
fármaco(s). XXXVI. FORMA FARMACÊUTICA: É o estado final
XXVIII. FARMÁCIA: É uma unidade de prestação de de apresentação dos princípios ativos farmacêuticos após
serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, uma ou mais operações farmacêuticas executadas com a
assistência à saúde e orientação sanitária individual e adição ou não de excipientes apropriados, a fim de
coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou facilitar a sua utilização e obter o efeito terapêutico
dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, desejado, com características apropriadas a uma
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos determinada via de administração.
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos; XXXVII. FORMA FARMACÊUTICA
XXIX. FARMÁCIA COM MANIPULAÇÃO: ELABORADA: É a aparência externa de um
Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais medicamento, caracterizada por seu estado físico de
e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, apresentação e constituída por componentes
insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de farmacologicamente ativos e adjuvantes tecnológicos,
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com objetivo de facilitar sua administração, contornar XLVIII. MEDICAMENTOS QUE NECESSITAM
problemas de estabilidade e dosificar os agentes CONDIÇÕES ESPECIAIS DE
terapêuticos, cedendo-os aos locais de melhor absorção. ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO-MCEA:
XXXVIII. FRACIONAMENTO: Procedimento que Para fins desta Norma, são os medicamentos termolábeis
integra a dispensação de medicamentos na forma que necessitam obrigatoriamente de condições restritas
fracionada, efetuado sob a supervisão e responsabilidade de armazenamento e conservação, conforme orientação
de profissional farmacêutico habilitado, para atender à do fabricante, sendo normalmente entre 2º e 8º C e
prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de referenciado na presente Norma pela sigla MCEA.
medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela XLIX. MONITORAMENTO DE PRAGAS E
subdivisão de um medicamento em frações VETORES: Consiste em um procedimento formado por
individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem um grupo de medidas de vigilância e fiscalização para
rompimento da embalagem primária, mantendo seus impedir o ingresso e/ou a disseminação de pragas e
dados de identificação. (retificado pela Resolução 592/14 vetores. O monitoramento prevê a fiscalização de
SEA) certificados e atestados, inspeções preventivas, coleta de
XXXIX. IN NATURA: Que está no estado natural, sem amostras e definição de normas que impeçam a
processamento industrial. disseminação e a entrada destes animais.
XL. INSUMO FARMACÊUTICO ATIVO: Qualquer L. PÉRFUROCORTANTE: Instrumento(s) ou
substância introduzida na formulação de uma forma objeto(s), contendo cantos, bordas, pontas ou
farmacêutica que, quando administrada a um paciente, protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou
atua como ingrediente ativo podendo exercer atividade perfurar.
farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, LI . PREPARAÇÕES FICINAIS/FARMACOPEI-
tratamento ou prevenção de uma doença, podendo ainda CAS:
afetar a estrutura e funcionamento do organismo humano. É aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja
XLI. MATÉRIA PRIMA: Substância(s) ativa(s) ou inscrita no Formulário Nacional ou em Formulários
inativa(s) que se emprega(m) na Internacionais reconhecidos pela Agência Nacional de
fabricação de medicamentos e de outros produtos, tanto Vigilância Sanitária (ANVISA).
as que permanecem inalteradas quanto as passíveis de LII. PRODUTO PARA SAÚDE: Produto que se
sofrerem modificações. enquadra em pelo menos uma das duas categorias
XLII. MATÉRIA PRIMA VEGETAL/DROGA descritas a seguir:
VEGETAL: Planta ou suas partes, após processos de a. Produto Médico: produto para a saúde tal como,
coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, equipamento, aparelho, material, artigo ou sistema de uso
rasurada, triturada ou pulverizada. ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial,
XLIII. MANUTENÇÃO: Conjunto de atividades e destinado a prevenção, diagnóstico, tratamento,
recursos aplicados aos sistemas e equipamentos, visando reabilitação ou anticoncepção e que não utiliza meio
garantir a continuidade de sua função dentro de farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar
parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de sua principal função em seres humanos, podendo,
custos e de vida útil adequados. A autorização de entretanto, ser auxiliado em suas funções por tais meios.
empresas de manutenção preventiva ou corretiva de b. Produto Para Diagnostico de Uso In Vitro: reagentes,
equipamentos de medição é fornecida pelo Instituto padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
Nacional de Metrologia (INMETRO)/Instituto de Pesos e instrumentos, junto com as instruções para seu uso que
Medidas (IPEM). contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
XLIV. MANUTENÇÃO PREVENTIVA: Realizada quantitativa ou semiquantitativa de uma amostra
em intervalos predeterminados e visa eliminar ou reduzir proveniente do corpo humano e que não estejam
as probabilidades de um equipamento vir a ter um destinados a cumprir alguma função anatômica, física ou
desempenho abaixo de sua especificação, da ocorrência terapêutica, que não sejam ingeridos, injetados ou
de uma falha ou uma parada do equipamento por quebra. inoculados em seres humanos e que são utilizados
XLV. MANUTENÇÃO CORRETIVA: Realizada unicamente para prover informação sobre amostras
quando o equipamento já está quebrado ou apresenta obtidas do organismo humano.
algum tipo de falha. É o trabalho de restaurar (quando LIII. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
possível) o equipamento para um padrão de desempenho (POP): Descrição escrita, pormenorizada de técnicas e
aceitável. operações a serem utilizadas na farmácia ou drogaria,
XLVI. MEDICAMENTO: Produto farmacêutico, visando proteger, garantir a preservação da qualidade dos
tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou produtos, a uniformidade dos serviços e a segurança dos
mais fármacos e outras substâncias, com finalidade profissionais.
profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. LIV. PRODUTO DE SAÚDE DE USO
XLVII. MEDICAMENTOS TERMOLÁBEIS: ÚNICO/DESCARTÁVEL: Qualquer produto
Medicamentos sensíveis, destruídos ou modificados pelo destinado a ser usado na prevenção, diagnóstico, terapia
calor, que não podem sofrer variações excessivas de de reabilitação ou concepção utilizável somente uma vez,
temperatura e devem ser mantidos a uma temperatura segundo especificado pelo fabricante.
constante, ao redor de 20ºC (± 2º).
99
LV. PRODUTO MÉDICO ESTÉRIL: Produto livre de qualquer outro material de acondicionamento. Os rótulos
toda contaminação microbiana. possuem dimensões apropriadas e devem ser redigidos de
LVI. PRODUTO PARA AUTOTESTE: Teste modo a facilitar o entendimento do consumidor. A
destinado a ser utilizado por leigos profissionais da área confecção dos rótulos deve obedecer aos padrões
da saúde ou pelo laboratório clínico, permitindo o determinados pela Agência Nacional de Vigilância
acompanhamento das condições de uma doença, detecção Sanitária/ANVISA.
de condições específicas, com a intenção de auxiliar o LXV. SANITÁRIO: Ambiente dotado de bacia(s)
paciente, porém não sendo considerado conclusivo para o sanitária(s) e lavatório(s).
diagnóstico. LXVI. SANITIZAÇÃO: Conjunto de procedimentos
LVII. PRODUTO DE HIGIENE PESSOAL, que visam à manutenção das condições de higiene.
COSMÉTICO E PERFUME: São preparações LXVII. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS: Serviços de
constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso atenção à saúde prestados pelo farmacêutico.
externo, nas diversas partes do corpo humano, pele, LXVIII. SUPERVISÃO DIRETA: Constitui a
sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, supervisão efetuada pelo farmacêutico
dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o responsável ou farmacêutico substituto, sobre os demais
objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá- funcionários do estabelecimento.
los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais LXIX. TEMPERATURA DE CONSERVAÇÃO:
e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado. São Condições de temperatura na qual o fármaco deve ser
classificados em grau 1 e grau 2 conforme norma conservado. São utilizados os seguintes termos:
específica. a. Em congelador - temperatura entre –20° e 0°C.
LVIII. PROPAGANDA/PUBLICIDADE: b. Em refrigerador - temperatura entre 2° e 8°C.
Conjunto de técnicas e atividades de informação e c. Local frio - temperatura que não exceda 8°C.
persuasão com o objetivo de divulgar conhecimentos, d. Local fresco - temperatura entre 8° e 15°C.
tornar mais conhecido e/ou prestigiado determinado e. Temperatura ambiente - temperatura entre 15° e
produto ou marca, visando exercer influência sobre o 30°C.
público por meio de ações que objetivem promover e/ou f. Local quente - temperatura entre 30° e 40°C.
induzir à prescrição, dispensação, aquisição e utilização g. Calor excessivo - temperatura acima de 40°C.
de medicamento. LXX. TESTE LABORATORIAL REMOTO-TLR:
LIX. PROJETO ARQUITETÔNICO: Desenho em Teste realizado por meio de um equipamento laboratorial
escala 1:50 (um para cinquenta) que apresenta a situado fisicamente fora da área de um laboratório
disposição dos ambientes que compõem o clínico.
estabelecimento, especificando os mobiliários fixos e Também chamado Teste Laboratorial Portátil - TLP, do
móveis e as dimensões dos cômodos. inglês Point-of-Care testing - POCT.
LX. RASTREABILIDADE DE EQUIPAMEN- TOS LXXI. VERIFICAÇÃO METROLÓGICA: É o
E APARELHOS: procedimento que compreende o exame, a marcação e/ou
Propriedade do resultado de uma medição ou do valor de a emissão de um certificado de verificação e que constata
um padrão estar relacionado a referências estabelecidas, e confirma que o instrumento de medição satisfaz as
geralmente a padrões nacionais ou internacionais, através exigências regulamentares.
de uma cadeia contínua de comparações, todas tendo CAPÍTULO II
incertezas estabelecidas. DA AUTORIZAÇÃO PARA INSTALAÇÃO
LXI. RASTREABILIDADE/RASTREAMENTO DE Art. 2º - A instalação de estabelecimentos farmacêuticos
MEDICAMENTOS: Conjunto de (farmácias e drogarias) será permitida observando a
procedimentos que permitem traçar o histórico, a existência da lei de zoneamento de cada município.
aplicação ou localização de medicamentos, através de Art. 3º - Os estabelecimentos farmacêuticos que se
informações previamente registradas, mediante sistema caracterizem como pertencentes a uma empresa com
de identificação exclusivo dos produtos, prestadores de objetivo mercantil diverso ao comércio farmacêutico terá
serviço e usuários, a ser aplicado no controle de toda e a Licença Sanitária para farmácia ou drogaria deferida
qualquer unidade de medicamento produzido, dispensado separadamente, contendo a descrição somente das
ou vendido no território nacional. atividades autorizadas e concernentes aos
LXII. RATIFICAÇÃO: Ato de confirmar, aprovar, estabelecimentos farmacêuticos definidas na Lei nº
legalizar, revalidar, sancionar ou 5.991/1973, na Resolução RDC nº 44/2009 e nesta
autenticar um ato ou compromisso. Resolução, ou outras que vierem a substituí-las.
LXIII. RECEITA: Prescrição escrita de medicamento, § único: Para os demais objetivos mercantis desta
contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por empresa que sejam passíveis de fiscalização pela
profissional legalmente habilitado, quer seja de vigilância sanitária, deverá haver outras licenças
formulação magistral ou de produto industrializado. sanitárias, tantas quantas necessárias, para atender todas
LXIV. RÓTULO: É a identificação impressa ou as demais atividades desenvolvidas pela empresa.
litografada, bem como dizeres pintados ou gravados a CAPÍTULO III
fogo, pressão ou decalque, aplicados diretamente sobre DA ESTRUTURA FÍSICA
recipientes, vasilhames, invólucros, envoltórios ou
100
Art. 4º - São condições para a instalação e XI. Os sanitários devem ser em número suficiente para
funcionamento de farmácia ou drogaria: atender todos os funcionários obedecendo às Normas
I. Edifício de alvenaria, com ventilação e iluminação que Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Código
atenda as normas técnicas, em todas as salas, da Estadual e/ou Código Municipal de Saúde, vigentes.
Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT e XII. Às farmácias e drogarias é facultado manter também
Normas Regulamentadoras/NR do Ministério do as seguintes áreas:
Trabalho. a) Área ou sala para armazenamento de medicamentos
II. Piso, paredes, teto e mobiliários de material liso, sujeitos a regime de controle especial (sala fechada ou
resistente, impermeável, de fácil limpeza e desinfecção. armário com chave).
III. Acesso independente às instalações das farmácias e b) Sala para depósito de medicamentos e produtos além
drogarias, de forma a não permitir a comunicação com da área de mostruário.
residências ou qualquer outro local distinto do c) Salas para atividades administrativas.
estabelecimento farmacêutico e deve possuir XIII. Às farmácias e drogarias é facultado também
acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades manter Sala(s) de Prestação de Serviços Farmacêuticos
especiais. (Atenção Farmacêutica, Administração de Medicamentos
IV. Para mostruário e dispensação de produtos e e Perfuração de Lóbulo Auricular) conforme detalhados
medicamentos industrializados, a área física mínima será nos Artigos 60 e 61 da presente Norma, bem como
de 30m², em acordo com as atividades desenvolvidas, de legislação relacionada.
forma a garantir seu bom funcionamento e fluxo Art. 5º - Somente as farmácias com manipulação,
adequado. mediante autorização da Vigilância Sanitária Municipal
V. Os demais compartimentos obrigatórios da edificação ou Estadual, obedecendo ao previsto nesta Norma
são: sanitários, depósito de material de limpeza e Técnica e em outras legislações específicas, podem
sanitização do estabelecimento (DML) com tanque e manter laboratório de manipulação de medicamentos,
água corrente, sala ou área para a guarda de pertences com área de acordo com a sua demanda, porém não
pessoais, sala ou área administrativa (escrituração de inferior a 10m², para cada atividade a ser desenvolvida.
substâncias ou medicamentos sujeitos a controle especial, §1°: Para salas dedicadas para manipulação de
armazenamento de material bibliográfico, fichas de hormônios, antibióticos, citostáticos e/ou outros
pacientes, notas fiscais e outros materiais afins). definidos por legislação específica, deve haver área
a) O estabelecimento de manipulação de fórmulas deve mínima de 3m2 para cada sala e, no mínimo, de 1,5m2
possuir as demais áreas obrigatórias compatíveis com o para a antecâmara, quando couber.
que for manipulado, de acordo com a Resolução RDC §2°: Além das exigências sanitárias previstas nesta
Anvisa/MS n° 67/2007, ou outra que venha a substituí-la. Norma Técnica, as farmácias com manipulação devem
VI. Deve possuir as dimensões compatíveis com o atender as demais exigências sanitárias previstas na
mobiliário e equipamentos mínimos necessários ao uso Resolução RDC Anvisa/MS nº 67/2007, ou outra que
projetado e permitam a circulação segura para os seus vier a substituí-la e normas complementares que vierem a
ocupantes. ser publicadas no âmbito estadual ou municipal.
VII. Para as demais áreas não obrigatórias como Art. 6º - Somente será permitida a instalação de farmácia
ambiente para prestação dos serviços que demandam ou drogaria no interior de galerias de shoppings,
atendimento individualizado, deve haver garantia da empórios, lojas de conveniência, drugstore e/ou
privacidade e do conforto dos usuários, possuindo supermercado, cujo acesso deve ser feito através de
dimensões, mobiliário e equipamentos mínimos corredor de circulação e de acesso comum à farmácia ou
necessários ao uso projetado, e permitam a circulação drogaria e aos demais estabelecimentos.
segura para os seus ocupantes devendo ser compatíveis Art. 7º - As farmácias e drogarias localizadas no interior
com as atividades e serviços a serem oferecidos. de galerias definidas no artigo anterior podem
VIII. A adequação da estrutura física deve obedecer ao compartilhar as áreas destinadas a sanitários, depósito de
Código Estadual ou Código Municipal de Saúde e o material de limpeza e local para guarda dos pertences dos
Código de Postura Municipal, se for o caso. funcionários, em conjunto com estes estabelecimentos.
VIX. O depósito de material de limpeza deve ser dotado Art. 8º - É vedado utilizar qualquer dependência da
de ventilação natural ou mecânica, provido de tanque farmácia ou da drogaria para desenvolver atividades de
fixo com água corrente para higienização de panos, consultórios médico ou odontológico, ou outro fim
armário para guarda de produtos e utensílios de limpeza. diverso do licenciamento.
X. A critério do estabelecimento poderá ser mantido área CAPÍTULO IV
de copa ou refeitório para DA ASSISTÊNCIA, RESPONSABILIDADES E
funcionários desde que separada fisicamente dos demais ATRIBUIÇÕES
ambientes do estabelecimento, dotada de ventilação Art. 9º - A presença e atuação do profissional
mecânica ou natural, pia fixa com água corrente para farmacêutico é requisito essencial para a manipulação e
higienização, mesa e cadeiras, equipamento para dispensação de medicamentos ao público.
aquecimento de refeições, refrigerador para guarda de Art. 10 - Os estabelecimentos devem possuir tantos
alimentos dos funcionários e armário. farmacêuticos quantos forem necessários para garantir
uma assistência farmacêutica de qualidade durante todo o
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horário de funcionamento do estabelecimento, inclusive Art. 17 - O estabelecimento farmacêutico deve ter um
plantões e conforme estabelecido pela Lei Federal nº organograma que demonstre a estrutura organizacional e
5.991/1973, ou outra que vier a substituí-la. pessoal suficiente para garantir que o produto dispensado
Art. 11 - As atribuições e responsabilidades individuais esteja de acordo com os requisitos desta Norma Técnica.
devem estar descritas no Manual de Boas Práticas § único: As atribuições e responsabilidades individuais
Farmacêuticas do estabelecimento e ser compreensíveis e devem estar formalmente descritas e perfeitamente
disponíveis a todos os funcionários. compreensíveis a todos os empregados, investidos de
Art. 12 - As atribuições do profissional farmacêutico são autoridade suficiente para desempenhá-las, não podendo
aquelas estabelecidas pelo Conselho Federal e Conselho existir sobreposição de atribuições e responsabilidades na
Regional de Farmácia, observadas as legislações aplicação das Boas Práticas.
sanitárias vigentes para farmácias e drogarias. Art. 18 - Somente será permitido o funcionamento do
Art. 13 - A prestação de serviço farmacêutico deve ser estabelecimento sem assistência ou impedimentos
realizada por profissional devidamente capacitado, eventuais do responsável técnico ou seu substituto (férias
respeitando-se as determinações estabelecidas pelo e licenças) pelo prazo de 30 dias, ficando o
Conselho Federal e Conselho Regional de Farmácia. estabelecimento, acima deste prazo, sujeito às
Art. 14 - As atividades que não são privativas de penalidades previstas na legislação sanitária vigente.
farmacêutico, quando realizadas pelos demais § único: Fica vedada no período em que o
funcionários, somente devem ser realizadas respeitando- estabelecimento farmacêutico se encontrar sem
se os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) do farmacêutico responsável técnico, farmacêutico assistente
estabelecimento, o limite de atribuições e competências técnico ou farmacêutico substituto a manipulação de
estabelecidas pela legislação vigente e sob a supervisão fórmulas magistrais e/ou oficinais, a aquisição e a
do farmacêutico diretor técnico/substituto ou assistente. dispensação de substâncias e medicamentos sujeitos a
Art. 15 - São atribuições do responsável legal do regime especial de controle, a realização de serviços
estabelecimento dentre outras: farmacêuticos e outras atividades que requeiram a
I. Prever e prover os recursos financeiros, humanos e supervisão direta ou que sejam privativas do profissional
materiais necessários ao funcionamento do farmacêutico.
estabelecimento. CAPÍTULO V
II. Assegurar condições para o cumprimento das DA SAÚDE, HIGIENE E VESTUÁRIO
atribuições gerais de todos os envolvidos, visando Art. 19 - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar
prioritariamente à qualidade, eficácia, segurança do a todos os seus trabalhadores a promoção da saúde e
produto e a ética profissional. prevenção de acidentes, agravos e doenças ocupacionais,
III. Estar comprometido com as atividades de Boas priorizando as medidas promocionais e preventivas, em
Práticas, garantindo a melhoria contínua e a garantia da nível coletivo, de acordo com as características do
qualidade. estabelecimento e seus fatores de risco, cumprindo
IV. Favorecer e incentivar programa de educação Normas Regulamentadoras sobre Segurança e Medicina
permanente para todos os envolvidos nas atividades do Trabalho.
realizadas na farmácia. §1°: A admissão dos funcionários deve ser precedida de
V. Gerenciar aspectos técnicos e administrativos das exames médicos, sendo obrigatória a realização de
atividades de dispensação. avaliações médicas periódicas de todos os funcionários
VI. Zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade da farmácia ou drogaria, atendendo ao Programa de
estabelecidas nesta Norma Técnica. Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
VII. Assegurar a atualização dos conhecimentos técnicos, §2°: Em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação
científicos e administrativos relacionados com a de enfermidade que possa comprometer a qualidade da
dispensação e a sua aplicação. atividade farmacêutica, o funcionário deve ser afastado
VIII. Garantir a qualidade dos procedimentos de temporária ou definitivamente de suas atividades,
dispensação. obedecendo à legislação específica.
IX. Prover as condições necessárias para o cumprimento
desta resolução, assim como das demais normas §3°: Não é permitido comer, beber, manter plantas,
sanitárias, federal, estadual e municipal vigentes, alimentos, bebidas, produtos fumígenos, medicamentos e
aplicáveis às farmácias e drogarias. objetos pessoais e outros fora das salas específicas ou
X. Assegurar as condições necessárias à promoção do previamente definidas para estes fins.
uso racional de medicamentos. §4°: Todos os empregados devem ser instruídos e
Art. 16 - É de responsabilidade da Administração incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
Pública ou Privada, responsável pela farmácia ou qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente,
drogaria, prever e prover os recursos humanos, equipamento ou pessoal.
infraestrutura física, equipamentos e procedimentos §5°: Os estabelecimentos farmacêuticos são responsáveis
operacionais necessários à operacionalização das suas pelo fornecimento e a distribuição dos Equipamentos de
atividades e que atendam às recomendações desta Proteção Individual (EPI) de forma gratuita, em
Norma. quantidade suficiente e com reposição periódica, além da

102
orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e la, até o último dia de trabalho, e finalização do
descarte. inventário com o motivo ―encerramento das atividades‖.
§6°: Os funcionários envolvidos na prestação de serviços IV. Se não houve dispensação de medicamentos sujeitos
farmacêuticos devem estar adequadamente a controle especial, declaração que não os comprou e/ou
paramentados, utilizando EPI, para assegurar a sua não os dispensou.
proteção e a do produto contra contaminação, devendo V. Comprovante de recolhimento da taxa de serviço, se
ser feita a colocação e troca do EPI sempre que aplicável.
necessário, sendo a lavagem deste, de responsabilidade VI. Declaração de ciência assinada pelo responsável
do estabelecimento farmacêutico. legal, referente à paralisação das atividades exclusivas do
§7º: Deve ser definido o que é uniforme e o que é EPI profissional farmacêutico, descritas no Artigo 18,
pelo estabelecimento. parágrafo único desta Norma Técnica.
§8°: A paramentação, bem como a higiene das mãos e § único: Quando atendido os requisitos acima, a
antebraços, deve ser realizada antes do início da Vigilância Sanitária competente deve emitir a Declaração
prestação de serviços. de Baixa de Responsabilidade Técnica.
§9°: A farmácia com manipulação deve dispor de sala Art. 22 - Após a apresentação da documentação de baixa
para vestiário onde deve ocorrer a guarda dos pertences de responsabilidade técnica, o responsável legal do
dos funcionários e a colocação de uniformes se for o estabelecimento deve lacrar o armário ou sala de
caso. substâncias e/ou medicamentos sujeitos a controle
CAPÍTULO VI especial e cessar:
DO INGRESSO E BAIXA DE RESPONSÁVEL I. A manipulação de fórmulas magistrais e/ou oficinais.
TÉCNICO II. A venda de medicamentos sujeitos a controle especial.
Art. 20 - Para ingresso do responsável técnico junto ao III. A compra e a dispensação de substâncias e
órgão de Vigilância Sanitária competente, será exigida a medicamentos sujeitos a controle especial.
documentação abaixo relacionada: IV. A realização de serviços farmacêuticos e,
I. Requerimento padrão preenchido e assinado pelo V. Outras atividades que requeiram a supervisão direta
farmacêutico requerente, conforme modelo do serviço de ou que sejam privativas do profissional farmacêutico até
Vigilância Sanitária competente. regularização de outro profissional junto à Vigilância
II. Fotocópia do contrato de trabalho do profissional Sanitária.
(CTPS) ou cópia do contrato social que comprove a CAPÍTULO VII
propriedade ou sociedade do farmacêutico responsável DO ENCERRAMENTO DO ESTABELECIMENTO
técnico com indicação desta responsabilidade técnica. OU DE ATIVIDADES
III. Comprovação de habilitação legal representada pela Art. 23 - No caso de encerramento de atividades do
Certidão de Regularidade emitida pelo CRF-PR ou outra estabelecimento, além da documentação solicitada no
que vier a substituí-la. Artigo 21, serão exigidos para:
IV. Quando não dispensar medicamentos controlados, I. Encerramento de filial: nota fiscal de transferência
apresentar declaração de que o estabelecimento não das substâncias ou medicamentos sob controle especial.
realiza esta atividade, assinada pelo responsável técnico e II. Compra/fusão e/ou incorporação do
pelo proprietário. estabelecimento com encerramento das atividades de
V. Comprovante de recolhimento da taxa de serviço, se uma das empresas ou absorção por outro
aplicável. estabelecimento: deve ser emitida nota fiscal de venda
Art. 21 - Para a baixa de responsabilidade técnica junto entre pessoas jurídicas dos medicamentos/substâncias
ao órgão de Vigilância Sanitária competente, será exigida sob controle especial, mantendo mecanismos que
a seguinte documentação: possibilitem a rastreabilidade dos produtos. Não serão
I. Requerimento padrão preenchido e assinado pelo aceitos nota fiscal ao consumidor ou cupom fiscal.
farmacêutico requerente, conforme modelo do Serviço de III. Quando do encerramento definitivo do
Vigilância Sanitária competente. estabelecimento (matriz e filiais que houver), que não
II. Fotocópia da rescisão do contrato de trabalho ou se enquadre nos itens anteriores: poderá ser feita
alteração do contrato social comprovando que o doação apenas dos medicamentos não sujeitos a controle
requerente deixou a sociedade ou declaração de que não especial ou deverá ser realizado o descarte dos
será mais o responsável técnico, porém continua como medicamentos conforme Plano de Gerenciamento de
sócio. Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). No caso de
III. Caso dispense medicamentos sob regime de controle doação deve ser apresentada para visto da Vigilância
especial e/ou antimicrobianos, apresentar: Sanitária, a relação dos medicamentos a serem doados e
a) Balanços (BMPO e/ou BSPO) e Relação Mensal de cópia da licença sanitária atualizada do estabelecimento
NRA e de NRB2 (RMNRA, RMNRB2), conforme o que receberá a doação.
caso, e a comprovação de transmissão dos dados de IV. Para os medicamentos e substâncias sujeitas a
movimentação dos medicamentos sujeitos a controle controle especial: deve ser realizado o descarte
especial pela Portaria n° 344/1998, ou outra que vier a conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos de
substituí-la, e dos antimicrobianos conforme Resolução Serviços de Saúde/PGRSS ou doação, conforme Portaria
RDC nº 20/2011 (SNGPC), ou outra que vier a substituí- nº 344/1998, ou outra que vier a substituí-la.
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§ único: A aceitação dos medicamentos e substâncias condições, resistentes aos agentes sanitizantes e
será decisão do farmacêutico responsável técnico pelo facilmente laváveis.
estabelecimento adquirente, mediante utilização de III. Os ambientes devem ser mantidos em boas condições
mecanismos que garantam a qualidade destes. de higiene e limpeza e protegidos contra a entrada de
CAPÍTULO VIII insetos, roedores ou outros animais.
DAS CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO IV. As condições de ventilação e iluminação devem ser
SEÇÃO I compatíveis com as atividades desenvolvidas em cada
DAS CONDIÇÕES GERAIS ambiente e atender as Normas Técnicas da ABNT e
Art. 24 - Os estabelecimentos de que trata a presente Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
norma devem possuir os seguintes documentos em cada V. Sanitários com vaso sanitário e/ou mictório, pia com
estabelecimento: água corrente, toalhas de uso individual e descartável,
I. Licença Sanitária atualizada, expedida pela Autoridade sabonete líquido, lixeira sem tampa ou com acionamento
Sanitária competente. da tampa por pedal, e sem comunicação direta com a sala
II. Certidão de Regularidade atualizada, expedida pelo de serviços farmacêuticos, de manipulação ou outras
Conselho Regional de Farmácia. salas que exijam circulação restrita.
III. Autorização de Funcionamento de Empresa VI. Mobiliários revestidos interna e externamente de
atualizada, expedida pela ANVISA. material liso e impermeável, em perfeitas condições,
IV. Autorização Especial de Funcionamento para as resistente aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis.
farmácias que manipulam substâncias sujeitas a controle VII. Todos os funcionários que realizam atendimento ao
especial, expedida pela ANVISA. público, devem fazer uso de identificação, especificando
V. Manual de Boas Práticas em Farmácia ou Drogaria o nome e função que exerçam.
e/ou Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos VIII. Para os serviços farmacêuticos deve ser fornecido
para uso Humano de acordo com as especificidades de pelo estabelecimento EPI de acordo com a atividade
cada estabelecimento e de fácil acesso aos técnicos. desenvolvida, em quantidade suficiente e com reposição
VI. Procedimentos escritos para todas as atividades periódica.
desenvolvidas no estabelecimento, inclusive para as Caso o EPI não seja descartável a responsabilidade de
atividades de limpeza e sanitização dos ambientes, lavagem do material é do estabelecimento.
mobiliários e equipamentos. IX. Possuir água potável tratada, com limpeza no mínimo
VII. Lista com números atualizados de telefone do a cada seis meses dos reservatórios e cisternas,
Conselho Regional de Farmácia, do órgão Estadual e comprovados através de registros.
Municipal de Vigilância Sanitária, órgãos de defesa do X. O estabelecimento deve seguir a legislação sanitária
consumidor, devidamente afixada em local visível ao vigente, para o processamento de limpeza e desinfecção
público. de artigos e superfícies, utilizando-se para este fim,
VIII. Licença Sanitária e a Certidão de Regularidade do produtos devidamente regularizados pela ANVISA, para
CRF-PR, devidamente afixada em local visível ao a finalidade a que se destina.
público. XI. Não será permitida a coleta de material biológico nas
IX. Nome e identidade dos responsáveis para aplicação dependências dos estabelecimentos farmacêuticos, exceto
de injetáveis, afixada em local visível ao público, dentro em estabelecimentos que manipulem medicamentos
da sala de prestação de serviços farmacêuticos. homeopáticos que estejam autorizados e possuam sala
X. Placa, afixada em local visível ao público, contendo o exclusiva para coleta do material a ser utilizado,
nome, foto, número e inscrição no Conselho Regional de exclusivamente na manipulação de medicamentos auto-
Farmácia do Paraná – CRF/PR do responsável técnico isoterápico.
farmacêutico, dos farmacêuticos substitutos e assistentes, XII. Deve ser instituído e mantido um Controle e/ou
bem como o seu horário de trabalho. Manejo Integrado de Vetores e Pragas Urbanas que, se
§1º: A Autoridade Sanitária competente expedirá a executado por terceiros, deve ser por empresa licenciada
Licença Sanitária após a inspeção no estabelecimento, para este fim perante os órgãos competentes, com os
observando o cumprimento do disposto na presente registros da execução das atividades mantidos no
norma e demais legislações sanitárias vigentes. estabelecimento.
§2º: A Licença Sanitária deverá ser renovada SEÇÃO II
periodicamente, de acordo com Norma Estadual ou DAS CONDIÇÕES TÉCNICAS E HIGIÊNICAS
Municipal vigente. ESPECÍFICAS
Art. 25 - São condições essenciais para o funcionamento Art. 26 - Os materiais de limpeza e germicidas devem ser
dos estabelecimentos de que trata a presente Norma: armazenados em área ou locais identificados e
I. As áreas internas e externas devem permanecer em especificamente designado para este fim.
boas condições físicas e estruturais, de modo a permitir a Art. 27 - Deve ser definido local específico para guarda
higiene e a não oferecer risco ao usuário e aos dos pertences dos funcionários podendo ser na área de
funcionários. atividades administrativas.
II. As instalações devem possuir superfícies internas Art. 28 - As salas de descanso e copa ou refeitório,
(piso, paredes, teto) lisas e impermeáveis, em perfeitas quando existentes, devem estar separados fisicamente
dos demais ambientes.
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§ único: O consumo de alimentos somente é permitido V. É vedada a colocação de etiquetas sobre prazos de
em salas de descanso/copa ou refeitório. validade e número de lote, bem como a dispensação ao
Art. 29 - O estabelecimento deve ser abastecido com público de produtos e medicamentos com o prazo de
água potável, preferencialmente possuir caixa d'água validade expirado.
própria, e esta deve estar devidamente protegida para VI. Todos os produtos e medicamentos que apresentem
evitar a entrada de animais de qualquer porte, sujidades problemas e/ou irregularidades devem ser retirados da
ou quaisquer outros contaminantes. A limpeza dos área de venda, armazenados em área ou local próprios,
reservatórios de água potável deve ser feita de acordo devidamente
com procedimentos escritos para a limpeza e identificados quanto à proibição de seu uso.
higienização da VII. Os produtos violados, vencidos, com suspeita de
caixa d'água, mantendo-se os registros que comprovem falsificação, corrupção, adulteração ou alteração devem
sua realização. ser segregados em ambiente seguro e diverso da área de
§ único: A limpeza dos reservatórios de água potável dispensação e identificados quanto a sua condição e
pode ser executada por empresa terceirizada contratada, destino, de modo a evitar sua entrega ao consumo.
com licença sanitária expedida pela Autoridade Sanitária VIII. Os produtos a quem se refere o inciso VII, não
local, devidamente atualizada, mantendo-se os registros podem ser comercializados ou utilizados e a sua
da execução do serviço. destinação final deve observar legislação específica
SEÇÃO III federal, estadual ou municipal.
DA AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, IX. A inutilização e o descarte dos produtos a que se
ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E refere o inciso VII devem obedecer às exigências de
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS E legislação específica para Gerenciamento de Resíduos de
PRODUTOS Serviços de Saúde,
Art. 30 - Na aquisição e recebimento de medicamentos e assim como norma estadual ou municipal
produtos, deve ser verificado: complementares.
I. Se o fornecedor possui Licença Sanitária atualizada, X. Quando o impedimento de uso for determinado por
expedida pela Autoridade Sanitária local. ato da Autoridade Sanitária ou por iniciativa do
II. Notas fiscais de aquisição de medicamentos constando fabricante, importador ou distribuidor, o recolhimento
o número de lotes, quando aplicável. destes produtos deve seguir regulamentação específica.
III. Possuir na embalagem informações referente ao XI. A empresa deve determinar procedimentos com
registro, notificação, cadastro ou isenção de registro no relação aos produtos com o prazo de validade próximo ao
Ministério da Saúde/ANVISA ou do Ministério da vencimento, inclusive dos insumos farmacêuticos
Agricultura, o número de lote, data de validade e demais utilizados na manipulação de produtos/medicamentos.
itens de rotulagem, conforme legislação vigente. XII. O armazenamento de produtos corrosivos,
IV. As embalagens, rótulos e bulas (quando aplicável) inflamáveis ou explosivos deve ser justificado em
devem estar íntegros. Procedimento Operacional Padrão (POP), o qual deve
V. Se as condições de transporte foram compatíveis com determinar sua guarda longe de fontes de calor e de
as exigidas pelos medicamentos e produtos e não materiais que provoquem faíscas e de acordo com a
afetaram a integridade e segurança do produto. legislação específica.
Art. 31 - Quanto ao armazenamento de medicamentos e XIII. Os produtos de dispensação e comercialização,
produtos: (SUSPENSO POR LIMINAR) permitidos em farmácias e drogarias nos termos da
I. Devem ser mantidos espaços reservados, prateleiras legislação vigente devem ser organizados em área de
e/ou estrados em número adequado ao volume de circulação comum ou em área de circulação restrita aos
estoque, constituído de material liso, lavável e funcionários, conforme o tipo e categoria do produto.
impermeável. XIV. Os medicamentos devem permanecer em área de
II. Devem estar em boas condições sanitárias quanto à circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida
conservação, limpeza e higiene. sua exposição direta ao alcance dos usuários do
III. Devem ser observados no armazenamento os estabelecimento.
procedimentos relativos as Boas Práticas de Estocagem XV. Os demais produtos podem permanecer expostos em
de produtos seguindo as especificações do fabricante e área de circulação comum.
sob condições que garantam a manutenção de sua Art. 32 - É vedada a dispensação de medicamentos ao
identidade, integridade, qualidade segurança, eficácia e público pelo sistema de autoatendimento. (SUSPENSO
rastreabilidade. As embalagens e rótulos devem estar POR LIMINAR)
íntegros. Art. 33 - Na dispensação de medicamentos e produtos
IV. Os medicamentos e produtos devem estar deve ser observado:
armazenados ao abrigo da luz solar direta, em I. É vedada a dispensação ao público de medicamentos
temperatura e umidade conforme especificação do tarjados e/ou sujeitos a controle especial, sem a devida
fabricante, em prateleiras ou sobre estrados, respeitando prescrição de profissional habilitado.
uma distância mínima das paredes, evitando a umidade e II. É vedado às farmácias e drogarias privadas
o acúmulo de sujidades. distribuição sem valor pecuniário ou venda de
medicamentos amostra grátis, medicamentos de
105
distribuição gratuita, medicamentos com a inscrição de farmacêutico com o seu respectivo número do CRF-PR,
―PROIBIDA A VENDA NO COMÉRCIO‖, datada e assinada.
medicamentos em embalagem hospitalar, ou o c) Nos casos de prescrição utilizando o nome genérico,
fracionamento destes, e medicamentos de uso exclusivo somente será permitida a dispensação do medicamento
hospitalar. de referência ou de um genérico correspondente.
III. A farmácia ou drogaria poderá comercializar d) Quando a dosagem ou posologia dos medicamentos
medicamento fora de sua embalagem secundária somente prescritos encontrarem-se fora dos limites
se forem oriundos de embalagens múltiplas ou farmacológicos, e/ou a prescrição apresentar
fracionáveis, conforme definição dessa norma e incompatibilidade e/ou houver interação potencialmente
legislação sanitária vigente, cujas embalagens primárias perigosa com demais medicamentos prescritos ou já em
devem conter as informações obrigatórias de rotulagem uso pelo paciente, o farmacêutico deve solicitar
constantes na embalagem primária. confirmação expressa ao profissional que prescreveu.
IV. A exceção às restrições contidas nos incisos II e III e) Na ausência ou negativa de confirmação é facultado ao
deste Artigo cabe aos medicamentos em embalagem farmacêutico não dispensar o medicamento, expondo os
hospitalar injetáveis, desde que não possuam no rótulo a seus motivos por escrito, os quais serão entregues ao
inscrição ‖PROIBIDA A VENDA NO COMERCIO‖ ou paciente.
a inscrição ―USO RESTRITO HOSPITALAR‖, os quais V. O estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao
podem ser comercializados fora de sua embalagem usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso
original, de forma fracionada, para uso exclusivamente de medicamentos.
na administração do medicamento no local, no âmbito da VI. O estabelecimento deve manter a disposição dos
prestação dos serviços farmacêuticos, desde que esses usuários, em local de fácil visualização e de modo a
medicamentos não estejam disponíveis no mercado em permitir a imediata identificação, lista atualizada dos
embalagens unitárias. Todavia, os medicamentos medicamentos genéricos comercializados no país,
injetáveis fracionados devem ser mantidos armazenados conforme relação divulgada pela ANVISA e
dentro da sua embalagem secundária original, mantendo- disponibilizada no seu sítio eletrônico no endereço http:
se a integridade das informações contidas no rótulo da //www.anvisa.gov. br.
embalagem. VII. É vedada a captação de receitas contendo
V. Os medicamentos e produtos devem possuir todos os prescrições magistrais e oficinais em drogarias,
itens de rotulagem previstos em legislação vigente. ervanarias e postos de medicamentos, ainda que entre
VI. Os elementos importantes de orientação entre outros, filiais da mesma empresa, bem como a intermediação
a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos entre empresas.
alimentos, a interação com outros medicamentos, o §1º: O usuário deve ser alertado quando for dispensado
reconhecimento de reações adversas potenciais e as produto com prazo de validade próximo ao seu
condições de conservação do produto. vencimento.
Art. 34 - No aviamento e dispensação de todas as §2º: É vedado dispensar produtos e/ou medicamentos
receitas devem ser obedecidos os seguintes critérios: cuja posologia para o tratamento não possa ser concluída
I. Não poderão ser aviadas receitas ilegíveis e/ou que dentro do prazo de validade vigente.
possam induzir a erro ou troca na dispensação dos Art. 35 - Na dispensação de medicamentos sujeitos a
medicamentos. controle especial, quando houver redução na quantidade
II. Não poderão ser aviadas em farmácias e drogarias de medicamentos dispensados, devem ser fornecidas
receitas em código, siglas e/ou números. declarações pertinentes, podendo ser utilizados carimbos,
III. Só poderão ser aviadas receitas que contiverem: quando couber.
a) O nome do paciente, denominação genérica, Art. 36 - Quanto à dispensação e guarda de
Denominação Comum Brasileira (DCB), Denominação medicamentos e produtos sujeitos a controle especial
Comum Internacional (DCI), e ou classificação botânica, regulados pela Portaria nº 344/1998, ou outra que vier a
(se aplicável), podendo ser indicado o nome comercial, substituí-la, além do descrito nesta Resolução, devem ser
expressamente o modo de usar, forma de apresentação do seguidas as demais normas vigentes.
medicamento, duração de tratamento, quantidades e § único: No momento da dispensação dos medicamentos
respectivas unidades. deve ser realizada inspeção visual para verificar, no
b) Local e data da emissão, assinatura e identificação do mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de
prescritor, com numero de registro no seu Conselho validade e a integridade da embalagem.
Profissional. Art. 37 - O comércio e dispensação de medicamentos
IV. Na dispensação de medicamentos genéricos: fitoterápicos e homeopáticos são privativos dos
a) Será permitida ao profissional farmacêutico a estabelecimentos farmacêuticos, observando-se as
substituição do medicamento prescrito, exclusivamente legislações vigentes.
pelo medicamento genérico correspondente, salvo Art. 38 - O fracionamento de medicamentos deve ser
restrições de próprio punho pelo prescritor. realizado obedecendo a Resolução RDC nº 80/2006, ou
b) A substituição realizada na prescrição deve ser outra que vier a substituí-la.
indicada com aposição de carimbo do profissional SEÇÃO IV

106
DA GUARDA E CONDIÇÕES ESPECIAIS DE colocadas em pé, lado a lado, até completarem totalmente
ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS o espaço da gaveta. Não devem ser usadas bobinas de
TERMOLÁBEIS E MEDICAMENTOS QUE gelo reciclável como substitutos das garrafas.
NECESSITAM DE CONDIÇÕES ESPECIAIS DE VII. Os insumos farmacêuticos devem ser conservados
ARMAZENAMENTO E CONSERVAÇÃO – MCEA em condições tais que evitem sua contaminação ou
Art. 39 - É permitida às farmácias e drogarias a deterioração. As condições de conservação das
comercialização de medicamentos termolábeis e substancias devem obedecer aos compêndios oficiais e
Medicamentos que Necessitam de Condições Especiais ou o determinado pelo fabricante.
de Armazenamento - MCEA, obedecendo às condições Art. 42 - Os cuidados básicos para o armazenamento dos
exigidas nesta Norma Técnica e demais legislações produtos de que trata esta sessão são:
vigentes. I. É vedada a guarda de alimentos, bebidas e outros
Art. 40 - Para a guarda de MCEA e medicamentos materiais na geladeira destinada a medicamentos.
termolábeis, devem ser atendidas as seguintes condições: II. Fazer a leitura da temperatura, diariamente, no
I. Para os MCEA deve-se possuir geladeira apropriada mínimo duas vezes ao dia (no início e no final da jornada
com baixa variação de temperatura interna, entre 2º a de trabalho), por meio de termômetro digital de máxima
8ºC, sendo vedado o uso de geladeira tipo ―duplex‖, e mínima, e anotar os valores no formulário de controle
―frost-free‖ ou frigobar. diário de temperatura.
II. É recomendado o uso de geladeiras domésticas com III. Manter afixado na porta aviso para que esta não seja
capacidade a partir de 280 litros, que devem ser aberta fora do horário de retirada e/ou guarda dos
organizadas tendo como referencia o Manual da Rede de medicamentos.
Frio da FUNASA, de 2001, ou outra que vier a substituí- IV. Usar tomada exclusiva para cada geladeira, se houver
lo. mais de uma. A tomada deve estar a 1,20 m da altura do
III. Os medicamentos termolábeis não podem ficar piso para evitar desligamento durante a limpeza do
expostos ao sol ou em temperaturas elevadas, mesmo que ambiente.
liofilizados. V. Instalá-la em local arejado, distante de fonte de calor,
IV. No armazenamento de estoque de medicamentos sem incidência de luz solar direta, bem nivelada e
termolábeis e MCEA, o responsável pelo controle de afastada 20 cm da parede.
distribuição/dispensação deve observar o sistema PVPS VI. Colocar na base da geladeira suporte com rodas.
(primeiro a vencer, primeiro a sair). VII. Não permitir o armazenamento de outros materiais
§ único: As recomendações devem ser seguidas para o (alimentos, bebidas).
armazenamento de insumos farmacêuticos termolábeis VIII. Não armazenar absolutamente nada na porta.
em farmácias com manipulação, no que couber. IX. Certificar-se de que a porta está vedando
Art. 41 - As recomendações mínimas para organização adequadamente.
da geladeira são as seguintes: X. Fazer o degelo a cada 15 dias ou quando a camada de
I. No evaporador (congelador) colocar gelo reciclável gelo for superior a 0,5cm.
(gelox ou bobinas com água) na posição vertical, o que XI. Não colocar qualquer elemento na geladeira que
contribui para a variação lenta da temperatura, dificulte a circulação de ar.
oferecendo proteção aos medicamentos na falta de XII. Não utilizar a serpentina para fins diversos como
energia elétrica ou defeito do equipamento. secagem de panos e outros.
II. Na primeira prateleira devem ser colocados os Art. 43 - Os diferentes tipos de insulinas devem ser
medicamentos que podem ser submetidos à temperatura armazenados de modo a facilitar a sua identificação no
negativa, dispostas em bandejas perfuradas para permitir momento da dispensação, evitando a troca de tipos de
a circulação de ar. insulinas entre si, devendo ainda ser assegurada sua
III. Na segunda e terceira prateleiras devem ser colocados conservação em temperatura de 2º a 8ºC, ou de acordo
os medicamentos que não podem ser submetidos à com o estabelecido pelo fabricante, não podendo ser
temperatura negativa, também em bandejas perfuradas ou congeladas.
nas próprias embalagens do laboratório produtor, Art. 44 - Nas limpezas rotineiras da geladeira para a
separadas entre si, permitindo a circulação do ar. guarda de MCEA deve ser observado o seguinte:
IV. O sensor do termômetro digital, de máxima e I. Os MCEA devem ser transferidos para outra geladeira
mínima, deve ficar suspenso no centro da segunda ou caixa térmica com controle de temperatura
prateleira na posição vertical, em pé. previamente à sua guarda.
V. Retirar todas as gavetas plásticas e suportes que II. A caixa térmica, quando da transferência, deve ser
existam na parte interna da porta, manter a porta do organizada com gelo reciclável contornando todos os
evaporador (congelador), a bandeja de degelo coletora seus lados, sem deixar espaço entre os blocos de gelo. A
sob este e a gaveta de legumes sem tampas. temperatura da caixa deve ser monitorada e os
VI. Preencher a gaveta de legumes com um número medicamentos só podem ser transferidos quando a
suficiente de garrafas com água e corante (tampadas) temperatura for igual a 2°C.
para que a temperatura se mantenha o mais estável III. Na transferência, os medicamentos podem ser
possível. Recomenda-se que as garrafas estejam com mantidos na caixa térmica enquanto a temperatura for
identificação ―impróprio para o consumo‖ e sejam mantida entre 2° e 8°C.
107
IV. Antes do retorno para a geladeira de guarda de conceito de ervas/plantas medicinais constantes da última
MCEA, a geladeira deverá estar na temperatura entre 2° e edição do Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia
8°C. Brasileira.
Art. 45 - Para o recebimento de medicamentos §3º: Deve ser respeitado o acondicionamento para
termolábeis e MCEA devem ser observados: ervas/plantas medicinais – chás medicinais -
I. Se o medicamento chegou à temperatura adequada ao estabelecidos em legislação específica.
produto conforme orientação do fabricante. Art. 49 - É permitida às farmácias e drogarias a
II. No momento do recebimento dos MCEA recomenda- comercialização de erva/planta medicinal a granel. A
se a utilização de termômetro digital para verificar se os pesagem deve ocorrer no momento do pedido e o
mesmos estão com a temperatura entre 2° e 8°C. estabelecimento farmacêutico responde pela sua
III. Se o transporte ocorreu em veículos com isolamento identificação, qualidade e segurança, devendo realizar
térmico ou caixas térmicas, com controle e registro de análise de controle de qualidade próprias ou
temperatura de saída e chegada. terceirizadas, de acordo com as especificações e
IV. É vedado o uso de gelo in natura para a manutenção metodologias descritas na Farmacopéia Brasileira ou
da temperatura interna em caixas térmicas. outros compêndios oficiais reconhecidos.
V. É vedado o uso de gelo seco para transporte dos §1º: É aceitável o laudo de controle de qualidade do
MCEA que não podem sofrer fornecedor que ateste a identidade, qualidade e segurança
congelamento, como por exemplo, insulinas. das ervas/plantas medicinais a granel adquiridas, de
VI. Ao receber o medicamento termolábil e/ou MCEA, o acordo com metodologias e parâmetros descritos na
estabelecimento deve, de imediato, colocá-lo em Farmacopéia Brasileira ou outros compêndios oficiais
geladeira ou temperatura indicada pelo fabricante. reconhecidos.
VII. Não devem ser aceitos os medicamentos termolábeis §2º: As ervas/plantas medicinais a granel somente podem
e/ou MCEA, fora das especificações expostas acima, ser comercializadas em
devendo o estabelecimento prontamente denunciar o fato estabelecimentos farmacêuticos que possuam sala
ao serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual. específica e equipamentos que permitam a pesagem e
Art. 46 - Quando da dispensação dos medicamentos armazenamento correto das ervas/plantas medicinais.
termolábeis e/ou MCEA devem ser observados os §3º: As ervas/plantas medicinais devem ser
seguintes itens: comercializadas isoladamente, respeitando a
I. Deve ser orientado ao paciente quanto à forma de identificação da parte usada, com critérios sanitários
conservação dos medicamentos, preferencialmente por preconizados em bibliografia farmacopêica, peso, volume
escrito. líquido ou quantidade de unidades, conforme o caso, em
II. Havendo necessidade de conservação em temperatura sistema métrico decimal ou unidades internacionais,
controlada o estabelecimento farmacêutico, mesmo que modo de preparo do produto e uso, se externo ou interno,
público deve fornecer embalagem adequada para o precauções especiais de armazenagem, quando for o
transporte. caso.
Art. 47 - Para a comercialização de vacinas, os §4º: É proibido o uso de quaisquer aditivos ou adjuvantes
estabelecimentos farmacêuticos devem obrigatoriamente de tecnologia.
dispor de um sistema de geração de energia de §5º: A palavra ―chá‖, termo que se aplica a alimentos,
emergência, que garanta o fornecimento em caso de não deve estar veiculada nas embalagens das
interrupção por parte de companhia de distribuição de ervas/plantas medicinais, bem como é expressamente
energia elétrica. proibida sua indicação terapêutica, qualquer que seja a
§ único: É permitido às farmácias e drogarias a forma de apresentação ou modo como é ministrado.
participação em campanhas e programas de saúde e §6º: É vedado sugerir ausência de efeitos colaterais ou
educação sanitária promovidas pelo poder público. adversos ou utilizar expressões tais como ―inócuo‖, ―não
SEÇÃO V tóxico‖, ―inofensivo‖ e ―produto natural‖.
DA AQUISIÇÃO, RECEBIMENTO, §7º: Nos rótulos das ervas/plantas medicinais a granel
ARMAZENAMENTO, CONSERVAÇÃO E embaladas deve constar a identificação da razão social do
DISPENSAÇÃO DE ERVAS/PLANTAS estabelecimento farmacêutico responsável pela
MEDICINAIS - CHÁS MEDICINAIS dispensação, CNPJ, endereço, nome da planta,
Art. 48 - É permitida a comercialização nos classificação farmacopêica (gênero, espécie, variedade,
estabelecimentos farmacêuticos definidos nesta Norma autor do binômio), nome do responsável técnico e
Técnica, de produto constituído por ervas/plantas número do CRF do responsável técnico. É vedado
medicinais - chás medicinais - notificadas junto a constar da rotulagem ou propaganda do produto, nomes
ANVISA, de acordo com a Resolução RDC geográficos, símbolos, figuras, desenhos ou quaisquer
ANVISA/MS nº 26/2014, ou outra que vier a substituí-la. indicações que possibilitem interpretação falsa, erro ou
§1º: A rotulagem de produto constituído por confusão quanto à origem, procedência, natureza,
ervas/plantas medicinais – chás medicinais – deve composição ou qualidade que atribuam finalidade ou
atender a legislação sanitária vigente. características diferentes daquelas que o produto
§2º: As ervas/plantas medicinais – chás medicinais - de realmente possua.
que trata o caput do artigo, são as que se enquadram no
108
§8º: É vedada a distribuição de folhetos com indicações §2º: É vedada a oferta de medicamentos na internet em
terapêuticas e alegações farmacológicas aos sítio eletrônico que não pertença a farmácias ou drogarias
consumidores dos estabelecimentos definidos neste autorizadas e licenciadas pelos órgãos de vigilância
regulamento. sanitária competentes.
§9º: É proibido o comércio de ervas/plantas medicinais Art. 53 - É vedada a utilização de imagens, propaganda,
conhecidamente entorpecentes ou tóxicas. publicidade e promoção de medicamentos de venda
SEÇÃO VI sujeita a prescrição médica em qualquer parte do sítio
DA SOLICITAÇÃO PARA DISPENSAÇÃO eletrônico.
REMOTA DE MEDICAMENTOS §1º: A divulgação dos preços dos medicamentos
Art. 50 - É permitida às farmácias e drogarias a entrega disponíveis para compra na farmácia ou drogaria deve ser
de medicamentos por via postal, desde que atendidas às feita por meio de listas nas quais devem constar somente:
condições sanitárias que assegurem a integridade e a I. O nome comercial do produto.
qualidade dos produtos, conforme legislação vigente. II. O(s) princípio(s) ativo(s), conforme Denominação
Art. 51 - Somente farmácias e drogarias abertas ao Comum Brasileira.
público, com farmacêutico responsável presente durante III. A apresentação do medicamento, incluindo a
todo o horário de funcionamento, podem realizar a concentração, forma farmacêutica e a quantidade.
dispensação de medicamentos solicitados por meio IV. O número de registro na ANVISA.
remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet. V. O nome do detentor do registro; e
§1º: É imprescindível a apresentação e a avaliação da VI. O preço do medicamento.
receita pelo farmacêutico para a dispensação de §2º: As listas de preços não podem utilizar designações,
medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio símbolos, figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas
remoto. ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de cunho
§2º: É vedada a comercialização de medicamentos publicitário em relação aos medicamentos.
sujeitos a controle especial, regulados pela Portaria nº §3º: As propagandas de medicamentos e materiais que
344/1998, ou outra que vier a substituí-la, solicitados por divulgam descontos de preços devem atender
meio remoto. integralmente ao disposto na legislação específica.
§3º: O local onde se encontram armazenados os estoques §4º: As frases de advertências exigidas para os
de medicamentos para dispensação solicitada por meio medicamentos devem ser apresentadas em destaque,
remoto deve, necessariamente, ser uma farmácia ou conforme legislação específica.
drogaria aberta ao público nos termos da legislação Art. 54 - As farmácias e drogarias que realizarem a
vigente. dispensação de medicamentos solicitados por meio da
internet devem informar o endereço do seu sítio
Art. 52 - O pedido pela internet deve ser feito por meio eletrônico na AFE expedida pela ANVISA.
do sítio eletrônico do estabelecimento ou da respectiva Art. 55 - O transporte do medicamento para dispensação
rede de farmácia ou drogaria. solicitada por meio remoto é responsabilidade do
§1º: O sítio eletrônico deve utilizar apenas domínio de estabelecimento farmacêutico e deve assegurar condições
sítios sediados no Brasil e deve conter, na página que preservem a integridade e qualidade do produto,
principal, os seguintes dados e informações: respeitando as restrições de temperatura e umidade
I. Razão social e nome fantasia da farmácia ou drogaria descritas na embalagem do medicamento pelo detentor
responsável pela dispensação, CNPJ, endereço do registro, além de atender as Boas Práticas de
geográfico completo, horário de funcionamento e Transporte previstas na legislação específica.
telefone. §1º: Os produtos termolábeis devem ser transportados
II. Nome e número de inscrição no Conselho do em embalagens especiais que mantenham a temperatura
Farmacêutico Responsável Técnico. compatível com sua conservação, sendo que a farmácia
III. Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão ou drogaria deverá validar o processo de transporte
Estadual ou Municipal de Vigilância destes medicamentos, de forma a comprovar a
Sanitária, segundo legislação vigente. manutenção da temperatura do medicamento, conforme
IV. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) especificação do fabricante, até o recebimento do mesmo
expedida pela ANVISA. pelo paciente.
V. Autorização Especial de Funcionamento (AE) para §2º: Os medicamentos não devem ser transportados
farmácias, quando aplicável; e juntamente com produtos ou substâncias que possam
VI. Link direto para informações sobre: afetar suas características de qualidade, segurança e
a) Nome e número de inscrição do farmacêutico no eficácia.
Conselho de Farmácia, no momento do atendimento. §3º: O estabelecimento deve manter Procedimentos
b) Mensagens de alerta e recomendações sanitárias Operacionais Padrão (POP) contendo as condições para o
determinadas pela ANVISA. transporte e criar mecanismos que garantam a sua
c) Condição de que os medicamentos sujeitos a inclusão na rotina de trabalho de maneira sistemática.
prescrição só serão dispensados mediante a apresentação §4º: Somente dentro dos limites do município será
da receita e o meio pelo qual deve ser apresentada ao permitido o uso de transporte próprio do estabelecimento
estabelecimento (facsímile, e-mail ou outros). farmacêutico.
109
§5º: Para o transporte além dos limites do município executadas em salas separadas para cada atividade. Caso
onde está localizado o estabelecimento farmacêutico a execução dessas atividades se realize em sala única,
dispensador, deve obrigatoriamente ser utilizado o deve ser prevista barreira técnica com procedimentos
serviço de transporte terceirizado. Este deve ser feito por específicos.
empresa devidamente regularizada conforme legislação III. Para a atividade de aplicação de medicamentos
vigente. A cópia do contrato deve ser mantida no injetáveis via endovenosa, a sala destinada à Prestação de
estabelecimento farmacêutico, inclusive com os correios, Serviços Farmacêuticos deve possuir ainda uma maca.
à disposição da Autoridade Sanitária. IV. Caso o estabelecimento realize a Prestação de
Art. 56 - O estabelecimento farmacêutico deve assegurar Serviços Farmacêuticos de perfuração de lóbulo auricular
ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao para colocação de brincos poderá ser utilizada a sala de
uso de medicamentos solicitados por meio remoto. aplicação de injetáveis e/ou inalação, desde que haja
§1º: Para os fins deste artigo, deve ser garantido aos barreira técnica e no momento do procedimento a sala
usuários meios para comunicação direta e imediata com o não esteja sendo utilizada para outros fins. Devem existir
Farmacêutico Responsável Técnico, ou seu substituto, procedimentos operacionais padrão para organizar as
presente no estabelecimento. atividades desenvolvidas na mesma sala, com
§2º: Junto ao medicamento solicitado deve ser entregue agendamento de horários, se for o caso.
cartão, ou material impresso equivalente, com o nome do Art. 61 - A sala de Prestação de Serviços Farmacêuticos
farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento, deve possuir os seguintes equipamentos e condições
contendo recomendação ao usuário para que entre em técnicas e higiênico-sanitárias básicas:
contato com o farmacêutico em caso de dúvidas ou para I. Pia e/ou lavatório fixo com água corrente, dotado de
receber orientações relativas ao uso do medicamento. toalhas de uso individual e descartáveis e sabonete
§3º: O cartão ou material descrito no parágrafo anterior líquido degermante.
não poderá utilizar designações, símbolos, figuras, II. Cadeira e suporte para braço.
imagens, marcas figurativas ou mistas, slogans e III. Lixeira sem tampa ou com acionamento da tampa por
quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação a pedal, com saco plástico de lixo padrão ABNT de acordo
medicamentos. com o tipo de resíduo a ser segregado, para o devido
descarte.
CAPÍTULO IX IV. Coletor rígido para pérfurocortantes instalado de
DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS forma a preservar sua integridade.
Art. 57 - Além da dispensação, poderá ser permitida às V. Uso exclusivo de materiais pérfurocortantes de acordo
farmácias e drogarias a prestação de serviços com a Portaria MTE n° 485/2005 que dispõe sobre a NR
farmacêuticos, conforme requisitos e condições n° 32, ou outra que vier a substituí-la.
estabelecidos nesta Norma Técnica. VI. Lista contendo telefones e endereços de serviços de
Art. 58 - São considerados serviços farmacêuticos atendimento médico de emergência ou do convênio com
passíveis de serem prestados em farmácias e drogarias: serviço de atendimento de emergência, afixada em local
a) A atenção farmacêutica; e, de fácil visualização.
b) A perfuração de lóbulo auricular para colocação de VII. As farmácias com manipulação poderão manipular e
brincos. fracionar seus respectivos antissépticos conforme
Art. 59 - A prestação de serviço de atenção farmacêutica procedimento elaborado e específico para esta atividade
compreende: desde que, somente para uso próprio/interno.
a) A atenção farmacêutica domiciliar. VIII. Algodão seco e antissépticos devidamente
b) A aferição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos. regularizados junto a ANVISA, em recipiente
c) A administração de medicamentos. apropriado, identificado e armazenado em local que evite
d) Inalação. a sua contaminação.
e) Perfuração do lóbulo auricular. IX. Com relação aos antissépticos, se houver
Art. 60 - A atividade de prestação de serviços fracionamento com o rompimento da embalagem
farmacêuticos deve ser realizada em sala exclusiva para primária, o prazo de validade será de no máximo 25% do
tal, atendendo as seguintes condições: tempo remanescente constante na embalagem original,
I. A(s) sala(s) destinada(s) à Prestação de Serviços quando não houver recomendação específica do
Farmacêuticos deve(m) possuir área mínima de 3m², fabricante, desde que preservadas a segurança, qualidade
dotada de cadeira ou poltrona, lavatório para as mãos, e eficácia do medicamento. No caso de solução alcoólica
toalhas descartáveis e sabão líquido, garantir a para higienização das mãos, a validade máxima do
privacidade e o conforto dos usuários e possuir produto fracionado deve ser de 7 dias.
dimensões, mobiliários e infraestrutura compatíveis com X. No rótulo dos antissépticos/produtos fracionados deve
as atividades e serviços a serem oferecidos, não podendo constar no mínimo a identificação com o nome do
servir de passagem de pessoal para outros ambientes. produto, numero do lote e validade original, data do
II. Caso o estabelecimento realize a Prestação de fracionamento, nome do responsável pela execução da
Serviços Farmacêuticos de administração de atividade, além da data de envase e de validade da
medicamentos, inalação e perfuração do lóbulo auricular, solução fracionada.
estas atividades devem, preferencialmente, serem
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XI. A validade dos produtos fracionáveis destinados à referências bibliográficas e indicadores para avaliação
limpeza do estabelecimento, fora da embalagem do dos resultados.
fabricante, deve ser definida por meio de estudos, §1º: As atividades devem ser documentadas de forma
devendo ser menor do que aquela definida pelo sistemática e contínua, com o consentimento expresso do
fabricante, uma vez que o produto já foi manipulado e a usuário.
embalagem primária rompida. Recomenda-se que essa §2º: Os registros devem conter, no mínimo, informações
validade seja monitorada minimamente pela verificação referentes ao usuário (nome, endereço e telefone), as
de pH, concentração da solução e presença de matéria orientações e intervenções farmacêuticas realizadas e os
orgânica, com periodicidade a ser definida pelo resultados delas decorrentes, bem como informações do
farmacêutico responsável por essa atividade. profissional responsável pela execução do serviço (nome
XII. O estabelecimento deve possuir procedimentos e e número de inscrição no Conselho Regional de
registros do monitoramento realizado para garantir a Farmácia).
qualidade dos produtos fracionados. Art. 68 - As ações relacionadas à atenção farmacêutica
Art. 62 - Somente serão considerados regulares os devem ser registradas de modo a permitir a avaliação de
serviços farmacêuticos devidamente indicados no seus resultados. Este registro pode ser através de sistema
licenciamento de cada estabelecimento, sendo vedado informatizado ou manual.
utilizar qualquer dependência da farmácia ou drogaria § único: A metodologia de avaliação dos resultados deve
como consultório ou outro fim diverso do licenciamento, estar definido em Procedimento Operacional Padrão.
nos termos da Lei. Art. 69 - O farmacêutico deve orientar o usuário a buscar
Art. 63 - A prestação de serviços farmacêuticos em assistência de outros profissionais de saúde, quando
farmácias e drogarias deve ser permitida pela Autoridade julgar necessário, considerando as informações ou
Sanitária mediante prévia inspeção para verificação do resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica.
atendimento aos requisitos mínimos dispostos nesta Art. 70 - A prestação do serviço farmacêutico deve ser
Resolução, sem prejuízo das disposições contidas em realizada por profissional devidamente capacitado,
normas sanitárias complementares estadual e municipais. respeitando-se as determinações estabelecidas pelo
§ único: A prestação de serviços farmacêuticos em Conselho Federal e Conselho Regional de Farmácia.
farmácias e drogarias deve ser realizada pelo profissional Art. 71 - A atenção farmacêutica domiciliar consiste no
farmacêutico ou por outro profissional capacitado, sob serviço de atenção farmacêutica disponibilizado pelo
sua supervisão direta. estabelecimento farmacêutico no domicílio do usuário,
Art. 64 - O estabelecimento deve possuir lista/relação nos termos desta Norma Técnica.
onde constem os EPI, equipamentos e/ou instrumentos § único: A prestação de atenção farmacêutica domiciliar
específicos a serem utilizados para cada serviço deve ser realizada por profissional devidamente
farmacêutico. capacitado, respeitando-se as determinações
Art. 65 - É vedado às farmácias e drogarias prestarem estabelecidas pelos conselhos profissionais, sob a
serviços não abrangidos por esta Resolução, tais como: responsabilidade do farmacêutico.
a) Recebimento de contas de qualquer natureza. SEÇÃO II
b) Venda de títulos de capitalização. DA VERIFICAÇÃO DOS PARÂMETROS
c) Jogos de loterias, entre outros jogos. FISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS PERMITIDOS
d) Recebimento de depósitos bancários, saques Art. 72 - A aferição de parâmetros fisiológicos ou
bancários, assim como abertura de contas. bioquímicos oferecida na farmácia ou drogaria deve ter
SEÇÃO I como finalidade fornecer subsídios para a atenção
DA ATENÇÃO FARMACÊUTICA farmacêutica e o monitoramento da terapia
Art. 66 - A atenção farmacêutica deve ter como objetivo medicamentosa, visando à melhoria da qualidade de vida,
a prevenção, detecção e resolução de problemas não possuindo, em nenhuma hipótese, o objetivo de
relacionados a medicamentos, promover o seu uso diagnóstico.
racional, a fim de melhorar a saúde e a qualidade de vida §1º: Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é permitida
dos usuários. nos termos desta Resolução são:
§1º: Para subsidiar informações quanto ao estado de a) Pressão arterial e
saúde do usuário e situações de risco, assim como b) Temperatura corporal.
permitir o acompanhamento ou a avaliação da eficácia do §2º: Os parâmetros bioquímicos cuja aferição é permitida
tratamento prescrito por profissional habilitado, fica nos termos desta Resolução são:
permitida a aferição de determinados parâmetros a) Glicemia capilar.
fisiológicos e bioquímicos do usuário, nos termos e b) Colesterol.
condições desta Resolução, conforme Sessão II, do c) Triglicéride.
Capítulo IX. d) Outros que possam ser realizados como
§2º: Nos termos e condições desta Resolução, é automonitoramento com equipamentos de autoteste.
permitida a administração de medicamentos. §3º: Verificada a discrepância entre os valores
Art. 67 - Devem ser elaborados protocolos para as encontrados e os valores de referência constantes em
atividades relacionadas à atenção farmacêutica, incluídas literatura técnico-científica idônea, o usuário deverá ser
orientado a procurar assistência médica.
111
§4º: Ainda que seja verificada discrepância entre os problemas ou dúvidas que tenha detectado no momento
valores encontrados e os valores de referência, não da avaliação da receita.
poderão ser indicados medicamentos ou alterados os §3º: Deve ser realizada avaliação prévia quando da
medicamentos em uso pelo paciente quando estes administração de medicamentos. Quando forem
possuam restrição de ―venda sob prescrição médica‖. detectadas patologias crônicas como doenças
Art. 73 - As medições dos parâmetros bioquímicos cardiovasculares, doenças pulmonares, histórico anterior
devem ser realizadas por meio de equipamentos de de reações alérgicas, diabetes, distúrbios de coagulação,
autoteste. gravidez não informada ao prescritor, ou outras em que
§ único: A verificação de parâmetros bioquímicos em houver risco iminente de vida, orientar o paciente para
farmácias realizados por meio de equipamentos de procurar um serviço de pronto atendimento médico ou de
autoteste, no contexto da atenção farmacêutica, não é emergência para receber a aplicação.
considerada um Teste Laboratorial Remoto – TLR, nos §4º: A data de validade do medicamento deve ser
termos da Resolução RDC ANVISA/MS nº 302/2005, ou verificada antes da administração.
outra que vier a substituí-la. Art. 79 - É vedado o armazenamento ou guarda em
Art. 74 - Para a medição de parâmetros fisiológicos e farmácias de medicamentos de terceiros ou já
bioquímicos permitidos devem ser utilizados materiais, dispensados.
aparelhos/equipamentos e acessórios que possuam § único: O usuário deve ser orientado quanto às
registro, notificação, cadastro ou que sejam legalmente condições de armazenamento necessárias à preservação
dispensados de tais requisitos junto a ANVISA. da qualidade do produto.
§1°: Devem ser realizadas manutenções e calibrações Art. 80 - Para a administração de medicamentos devem
periódicas dos aparelhos e mantidos seus respectivos ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios que
registros. possuam registro, notificação, cadastro ou que sejam
§2º: A manutenção periódica e corretiva dos legalmente dispensados de tais requisitos junto a
aparelhos/equipamentos deve atender as instruções do ANVISA.
fabricante do equipamento. Art. 81 - Para a administração de medicamentos por via
§3º: A calibração dos aparelhos/equipamentos deve ser inalatória devem ser observados os seguintes itens:
no mínimo anual ou em função da freqüência de uso I. Para cada inalação deve haver um conjunto de máscara
destes. e cachimbo vaporizador devidamente desinfetado.
Art. 75 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) II. O estabelecimento deve possuir número suficiente de
relacionados aos procedimentos de verificação de conjunto de máscara e cachimbo vaporizador, a fim de
parâmetros fisiológicos e bioquímicos devem indicar atender a demanda do serviço.
claramente os equipamentos e as técnicas ou III. Após cada inalação, o conjunto deve ser
metodologias utilizadas, parâmetros de interpretação de rigorosamente lavado, seco e colocado para desinfecção
resultados e as referências bibliográficas utilizadas. por meio de método ou substância apropriada
§ único: O POP deve incluir os equipamentos de (Hipoclorito de Sódio 1,0% - 30 min.)
proteção individual a serem utilizados para a medição de ou outros permitidos pela legislação vigente, no tempo
parâmetros fisiológicos e bioquímicos, assim como trazer mínimo necessário de acordo com cada produto e
orientações sobre seu uso e descarte. orientação do fabricante. Após a desinfecção, estes
Art. 76 - Os procedimentos que gerem resíduos de saúde, acessórios devem ser enxaguados com água corrente para
como materiais perfurocortantes, gaze ou algodão sujos a total retirada de resíduos do produto desinfetante,
com sangue, devem ser descartados conforme as secados, guardados em local seco e protegidos. Os
exigências de legislação específica para Gerenciamento procedimentos aqui citados devem ser registrados e o
de Resíduos de Serviços de Saúde. conjunto de máscara e cachimbo, identificado quanto a
SEÇÃO III sua situação.
DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS IV. As soluções desinfetantes devem ser trocadas a cada
Art. 77 - Fica permitida a administração de 12 horas, devendo ser registrado o nome do produto, a
medicamentos nas farmácias no contexto do diluição, o horário da diluição e a validade da mesma.
acompanhamento farmacoterapêutico, entre eles, por via V. As soluções utilizadas para inalação devem ser
inalatória. individualizadas para cada inalação (ampolas de 5 a
Art. 78 - Os medicamentos para os quais é exigida a 10mL), sendo vedada a guarda de sobras de soros para
prescrição de profissionais prescritores habilitados inalações consecutivas.
devem ser administrados mediante apresentação de Art. 82 - Para aplicação de medicamentos por via
receita e somente após avaliação pelo farmacêutico. injetável (subcutânea, intradérmica, intramuscular e
§1º: A administração de medicamentos deve ser endovenosa) deve ser observado:
executada por profissional farmacêutico habilitado, ou I. Técnica adequada de aplicação de acordo com o
outro devidamente capacitado, sob supervisão direta do medicamento a ser administrado e via de administração.
farmacêutico, seguindo técnicas adequadas de II. Se o nome do paciente confere com a prescrição, se o
antissepsia. medicamento prescrito é o que será administrado, se a via
§2º: O farmacêutico deve entrar em contato com o de administração prescrita é a recomendada pelo
profissional prescritor para esclarecer eventuais fabricante do medicamento, se a quantidade administrada
112
(volume e concentração) está de acordo com a prescrição § 1º: Quanto à forma, a Declaração farmacêutica deve:
e recomendação do fabricante em relação ao paciente I. Apresentar fonte de boa legibilidade, devendo ser
(idade, sexo, peso, altura), se está sendo observado o Times New Roman, Geórgia, Arial, Verdana e/ou
horário de administração do medicamento pela prescrição Trebuchet no corpo do texto, com tamanho mínimo de 10
ou recomendação do fabricante. pt (dez pontos),
III. Se forem utilizados materiais passíveis de não-condensada e não expandida.
processamento, devem ser realizadas, obrigatoriamente, II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas de 04
as ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, pt (quatro pontos) a mais que o tamanho da fonte, sendo
secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, assim o mínimo 14 pt (quatorze pontos).
preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e III. Apresentar o texto corrido sem colunas.
distribuição para as unidades consumidoras, utilizando-se IV. Apresentar espaço entre parágrafos do texto de no
procedimentos aprovados bem como o registro das mínimo 07 pt (sete pontos).
atividades desenvolvidas. V. Ter o texto alinhado à esquerda, hifenizado ou não,
Art. 83 - Se o estabelecimento optar por realizar com margem esquerda e margem direita de, no mínimo,
administração de medicamento por via endovenosa deve 20 mm.
atender aos seguintes critérios: VI. Utilizar caixa alta e negrito para destacar os títulos
I. A aplicação deve ocorrer em maca, com o paciente em forma de perguntas e os itens da bula, numerados,
deitado. deixando os títulos sempre juntos aos seus textos.
II. Observar a técnica adequada de aplicação. VII. Deixar uma linha em branco entre o texto e um
§ único: O estabelecimento deve manter lista de fácil título, aumentando assim a entrelinha para melhor
acesso com telefones de serviços de pronto atendimento visualização dos títulos, exceto quanto o título estiver no
disponíveis e possuir contrato com empresas início da coluna.
especializadas para a remoção dos pacientes para VIII. Utilizar texto sublinhado e itálico apenas para
serviços de urgência/emergência. nomes científicos.
SEÇÃO IV IX. Ser impressas na cor preta e em papel branco que não
DA PERFURAÇÃO DE LÓBULO AURICULAR permita a visualização da impressão
PARA COLOCAÇÃO DE BRINCOS no verso da página quando a Declaração estiver sobre
Art. 84 - A perfuração do lóbulo auricular deve ser feita uma superfície.
com aparelho específico para este fim e que utilize o § 2°: Para a impressão da Declaração para usuários com
brinco como material perfurante. limitações visuais, estas devem atender aos itens acima,
§ único+ É vedada a utilização de agulhas de aplicação diferenciando-se em:
de injeção, agulhas de sutura e outros objetos que I. Utilizar tamanho maior das fontes Times New Roman,
possibilitem a realização da perfuração. Geórgia, Arial, Verdana e/ou Trebuchet, sendo
Art. 85 - Os brincos e a pistola a serem oferecidos aos recomendado o tamanho mínimo de 18 pt.
usuários devem estar regularizados junto a ANVISA, II. Apresentar texto com espaçamento entre linhas no
conforme legislação vigente. mínimo de 04 pt mais que o tamanho da fonte, sendo
§1º: Os brincos devem ser conservados em condições assim o mínimo de 22 pt, exceto para o item de
que permitam a manutenção da sua esterilidade. Identificação do Produto que deve ter o tamanho da fonte
§2º: Sua embalagem deve ser aberta apenas no ambiente de 14 pt.
destinado à perfuração, sob a observação do usuário e III. Apresentar o texto corrido sem colunas.
após todos os procedimentos de assepsia e antissepsia § 3º: Para a disponibilização da Declaração em meio
necessários para evitar a contaminação do brinco e uma eletrônico, o arquivo digital deve ser em formato
possível infecção do usuário. fechado, sendo recomendado o formato pdf para que não
Art. 86 - Os procedimentos relacionados à antissepsia do haja prejuízo à formatação aqui especificada.
lóbulo auricular do usuário e das mãos do aplicador, bem § 4º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter,
como ao uso e assepsia do aparelho utilizado para a conforme o serviço farmacêutico prestado, no mínimo, as
perfuração, devem estar descritos em Procedimentos seguintes informações para:
Operacionais Padrão (POP). I. Atenção farmacêutica (domiciliar ou institucional):
§1º: Deve estar descrita no POP, a referência a) Medicamentos prescritos e dados do prescritor (nome
bibliográfica utilizada pelo estabelecimento sobre os e inscrição no conselho
procedimentos e materiais de antissepsia e assepsia. profissional), quando houver.
§2º: O POP deve especificar os equipamentos de b) Prescrição farmacêutica de medicamento isento de
proteção individual a serem utilizados, assim como prescrição e a respectiva posologia, quando houver.
apresentar instruções para seu uso e descarte. c) Valores dos parâmetros fisiológicos e bioquímicos,
SEÇÃO V quando houver, seguidos dos respectivos valores
DA DECLARAÇÃO DE SERVIÇO considerados normais.
FARMACÊUTICO d) Frase de alerta, quando houver medição de parâmetros
Art. 87 - Após a prestação dos serviços farmacêuticos fisiológicos e bioquímicos:
deve ser entregue ao usuário a Declaração de Serviço “ESTE PROCEDIMENTO NÃO TEM
Farmacêutico. FINALIDADE DE DIAGNÓSTICO E NÃO
113
SUBSTITUI A CONSULTA MÉDICA OU A § 7°: A Declaração disponibilizada em meio digital, deve
REALIZAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS”. ser arquivada com a comprovação do envio ao paciente e
e) Dados do medicamento administrado, quando houver. arquivada por no mínimo 2 (dois) anos.
f) Nome comercial, exceto para genéricos. § 8º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve conter
g) Denominação comum brasileira. nome, endereço, telefone e CNPJ, assim como a
h) Concentração e forma farmacêutica. identificação do usuário ou de seu responsável legal,
i) Via de administração. quando for o caso.
j) Número do lote. Art. 89 - Os dados e informações obtidos em decorrência
k) Número de registro na ANVISA. da prestação de serviços farmacêuticos devem receber
l) Orientação farmacêutica. tratamento sigiloso, sendo vedada sua utilização para
m) Plano de intervenção, quando houver. finalidade diversa à prestação dos referidos serviços.
n) Data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho Art. 90 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
Regional de Farmácia (CRF) do relacionados devem conter instruções sobre limpeza dos
farmacêutico responsável pelo serviço. ambientes, uso e assepsia dos aparelhos e acessórios, uso
II. Perfuração do lóbulo auricular para colocação de e descarte dos materiais perfurocortantes e antissepsia
brincos: aplicada ao profissional e ao usuário.
a) Dados do brinco: Art. 91 - A execução de serviços farmacêuticos deve ser
1. Nome e CNPJ do fabricante. precedida da antissepsia das mãos do profissional,
2. Número do lote. independente do uso de EPI.
b) Dados da pistola:
1. Nome e CNPJ do fabricante. CAPÍTULO X
2. Número do lote. DOS EQUIPAMENTOS, INSTRUMENTOS E
c) Data, assinatura e carimbo com inscrição no Conselho APARELHOS
Regional de Farmácia (CRF) do farmacêutico Art. 92 - Os instrumentos de medição, quando aplicável,
responsável pelo serviço. devem ser calibrados no mínimo uma vez ao ano ou, com
§ 5°: Não é facultada a colocação por qualquer motivo e periodicidade de calibração em função da frequência de
de qualquer tipo de etiquetas ou veiculação de uso destes, desde que sejam apresentados estudos, com
propagandas ou publicidade nas Declarações de Serviços base nas últimas calibrações do instrumento que
Farmacêuticos ou para indicar o uso de medicamentos comprove efetivamente a estabilidade do instrumento no
para os quais é exigida prescrição médica ou de outro período proposto. Este estudo deve estar acompanhado
profissional legalmente habilitado. de certificados de calibração, gráficos e outros
§ 6°: É facultada a presença de logotipo/logomarca da documentos necessários.
farmácia ou drogaria e o símbolo de reciclagem de papel. § 1°: As calibrações devem ser executadas por
Art. 88 - A Declaração de Serviços Farmacêuticos deve laboratórios acreditados pela Coordenação Geral de
ser parte integrante de todos os serviços farmacêuticos Acreditação/CGCRE do INMETRO, especificamente
prestados. para a grandeza requerida. Devem ser mantidos registros
§ 1°: A Declaração somente será disponibilizada em das calibrações realizadas. Instrumentos não passíveis de
meio eletrônico a pedido do usuário. Para a emissão da calibração, como por exemplo, esfigmomanômetros,
Declaração de Serviços Farmacêuticos por meio devem ser verificados metrologicamente pelo INMETRO
eletrônico, a respectiva autorização do usuário deve ser ou órgão delegado pelo INMETRO, de acordo com a
mantida arquivada em meio físico ou eletrônico na legislação/norma vigente para o instrumento em questão.
farmácia ou drogaria. §2°: A acreditação pode ser evidenciada por meio da
§ 2°: A autorização concedida pelo paciente para apresentação de certificados de calibração com o logotipo
encaminhamento por meio eletrônico não possuirá prazo de acreditação, emitidos somente por laboratórios
de validade desde que a comprovação seja devidamente acreditados pelo CGCRE.
arquivada. §3°: O certificado de calibração deve apresentar
§ 3º: A cada prestação de Serviço Farmacêutico, deve ser minimamente as seguintes informações e/ou as
emitida uma nova Declaração. informações constantes nos itens 5.10.2, 5.10.3 e 5.10.4
§ 4º: Para mais de um serviço prestado ao mesmo da Norma ISO/ IEC 17025/2005, ou outra que vier a
paciente no mesmo dia, poderá ser disponibilizada uma substituí-la:
única Declaração especificando todos os serviços I. Identificação do método utilizado.
prestados. II. Uma descrição, condição e identificação clara, do(s)
§ 5°: Aos portadores de necessidades especiais, além da item(s) ensaiado(s).
Declaração de Serviços Farmacêuticos, deve ser realizada III. Resultado da calibração ou ensaio, com as unidades
a orientação farmacêutica de forma a atender a de medida, onde apropriado.
necessidade individual. IV. As condições, por exemplo, ambientais, sob as quais
§ 6º: A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser as calibrações foram feitas, que tenham influência sobre
emitida em duas vias, sendo que a primeira deve ser os resultados da medição.
entregue ao usuário e a segunda permanecer arquivada no
estabelecimento, por no mínimo 2 (dois) anos.
114
V. A incerteza de medição e/ou uma declaração de II. Deve ser garantido um sistema ininterrupto de
conformidade com uma especificação metrológica assistência farmacêutica (sistema de rodízio de plantão
identificada ou seção desta. e/ou atendimento 24 horas) no âmbito do município para
Art. 93 - Nos equipamentos, aparelhos e instrumentos atendimento ao público.
não passíveis de calibração, mas que são passiveis de III. Cabe à Autoridade Sanitária competente municipal
verificação metrológica, como por exemplo, intervir nos casos onde não houver estabelecimentos
esfigmomanômetros, devem ser funcionando em regime de plantão.
verificados metrologicamente pelo INMETRO ou órgão IV. O município pode exigir dos estabelecimentos que
delegado pelo INMETRO, de acordo com a compõe a escala, uma lista de medicamentos essenciais,
legislação/norma vigente para o instrumento em questão. conforme perfil farmacoepidemiolológico local, a fim de
Art. 94 - A verificação/checagem diária dos atender as necessidades da população.
equipamentos, instrumentos e aparelhos deve ser feita § único: Não poderão participar do rodízio de plantão, os
por pessoal do próprio estabelecimento, treinado e estabelecimentos farmacêuticos que se encontram sem
autorizado a realizar o procedimento, antes do início das responsável técnico nos períodos previstos nos artigos 15
atividades diárias, empregando procedimentos escritos, e 17, da Lei nº 5.991/1973.
aprovados pelo responsável técnico, e padrões de
referência, com orientação específica, mantidos os CAPITULO XII
respectivos registros. DOS PROCEDIMENTOS
§ único: O estabelecimento farmacêutico deve possuir Art. 97 - O estabelecimento deve possuir Manual de
listas que especifiquem em quais equipamentos, Boas Práticas Farmacêuticas e/ou Manual de Boas
instrumentos e aparelhos deve ser realizada a Práticas de Manipulação em Farmácias, quando for o
verificação/checagem diária. Estas listas devem estar caso, visando ao atendimento disposto nesta Resolução e
com as pessoas treinadas e autorizadas a realizarem estas demais legislações vigentes, de acordo com as atividades
verificações/checagem. a serem realizadas.
Art. 95 - Deve ser instituído um Programa de Art. 98 - O estabelecimento deve manter Procedimentos
Manutenção Periódica e Corretiva dos Operacionais Padrão (POP), de acordo com o previsto no
equipamentos, instrumentos e aparelhos e mantidos Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, no mínimo,
registros destas manutenções, segundo instruções do referentes às atividades relacionadas a:
fabricante do equipamento. A manutenção dos I. Manutenção das condições higiênicas e sanitárias
instrumentos deve ser realizada por empresas que adequadas a cada ambiente da farmácia ou drogaria.
possuam autorização do INMETRO/IPEM para a II. Aquisição, recebimento, armazenamento, exposição,
manutenção (que é específica e por tipo de medição, organização e dispensação dos produtos de
faixa de medição e instrumento). comercialização permitida e medicamentos.
§1°: O programa deve ser formulado de forma clara, III. Destino dos produtos com prazos de validade
entendido por todos os envolvidos e incorporado à rotina vencidos.
do estabelecimento farmacêutico de modo que as IV. Destinação dos produtos próximos ao vencimento.
manutenções internas e externas sejam executadas nos V. Prestação de serviços farmacêuticos permitidos,
prazos estipulados, ou antes, mediante detecção de quando houver.
possíveis desvios ou evidências de falhas nos VI. Utilização de materiais descartáveis e sua destinação
equipamentos de medição. após o uso.
§2°: A estruturação do programa de manutenção deve VII. Outros já exigidos nesta Resolução e nas demais
considerar os seguintes aspectos básicos: normas específicas.
I. Identificação e localização dos equipamentos Art. 99 - Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP)
(Inventário). devem ser aprovados, assinados individualmente e
II. Definição dos critérios de aceitação. datados pelo profissional farmacêutico.
III. Procedimentos operacionais padrão. §1º: Qualquer alteração introduzida no POP deve
IV. Cronograma de manutenções preventivas. permitir o conhecimento de seu conteúdo original e,
V. Calibrações. conforme o caso, ser justificado o motivo da alteração.
VI. Verificações. §2º: Devem estar previstas as formas de divulgação aos
VII. Registros e guarda dos documentos. funcionários envolvidos com as atividades por eles
VIII. Qualificação do pessoal envolvido. realizadas.
§3º: Deve estar prevista revisão periódica dos
CAPÍTULO XI Procedimentos Operacionais Padrão para fins de
DOS HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO E atualizações ou correções que se façam necessários.
PLANTÃO §4°: Quando da alteração de Responsável Técnico, o
Art. 96 - Quanto ao horário de funcionamento dos novo profissional deverá revisar os procedimentos
estabelecimentos farmacêuticos: existentes ratificando-os ou não, e providenciando sua
I. O horário normal de funcionamento dos atualização quando couber.
estabelecimentos deve ser regulado conforme legislação Art. 100 - O estabelecimento deve manter registros, no
municipal. mínimo, referentes à:
115
I. Treinamento de pessoal. I. Os brindes institucionais, ou seja, que não veiculem
II. Serviço farmacêutico prestado, quando houver. propaganda de medicamentos.
III. Divulgação do conteúdo dos Procedimentos II. Artigos científicos, livros técnicos publicados, revistas
Operacionais Padrão (POP) aos funcionários, científicas e publicações utilizadas para atualização
de acordo com as atividades por eles realizadas. profissional.
IV. Execução de Programa de Controle e/ou Manejo §2º: As informações sobre medicamentos devem ser
Integrado de Vetores e Pragas Urbanas. comprovadas cientificamente.
V. Manutenção e calibração de aparelhos ou Art. 105 - É vedado na propaganda ou publicidade de
equipamentos. medicamentos:
VI. Outros já exigidos nesta Resolução. I. Estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de
Art. 101 - Toda documentação referida nesta Resolução medicamentos.
deve ser mantida no estabelecimento por no mínimo 5 II. Sugerir ou estimular diagnósticos ao público em geral.
anos, exceto as que já possuem outras datas determinadas III. Incluir imagens de pessoas fazendo uso do
nesta Resolução, permanecendo nesse período, à medicamento.
disposição do órgão de Vigilância Sanitária competente IV. Empregar imperativos que induzam diretamente ao
para fiscalização. consumo de medicamentos, tais como: ―tenha‖, ―tome‖,
CAPÍTULO XIII ―use‖, ―experimente‖.
DA PROPAGANDA E PUBLICIDADE V. Fazer propaganda ou publicidade de medicamentos
Art. 102 - Somente é permitida a propaganda ou e/ou empresas em qualquer parte do bloco de receituários
publicidade de medicamentos regularizados na ANVISA. médicos.
§ 1º: Somente é permitida a propaganda ou publicidade Art. 106 - É permitido na propaganda ou publicidade de
de estabelecimento farmacêutico regularizado perante o medicamentos:
órgão sanitário competente, ainda que a peça publicitária I. Utilizar expressões tais como, ―seguro‖, ―eficaz‖ e
esteja de acordo com a Resolução RDC ANVISA/MS nº ―qualidade‖, em combinação ou isoladamente, desde que
96/2008, ou outra que venha a substituí-la. complementadas por frases que justifiquem a veracidade
§ 2º: Todas as alegações presentes na peça publicitária e da informação, as quais devem ser extraídas de estudos
referentes à ação do medicamento, indicações, posologia, veiculados em publicações científicas e devem estar
modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança, devidamente referenciadas.
qualidade e demais características do medicamento Art. 107 - Os programas de fidelização realizados em
devem ser compatíveis com as informações registradas farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não
na ANVISA. podem ter medicamentos como objeto de pontuação,
§3º: O conteúdo das referências bibliográficas citadas na troca, sorteios ou prêmios.
propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de Art. 108 - Os preços dos medicamentos, quando
prescrição deve ser disponibilizado pela empresa no informados ao público em geral, devem ser indicados por
Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e no meio de listas nas quais devem constar:
serviço de atendimento aos profissionais prescritores e I. Somente o nome comercial do produto.
dispensadores de medicamentos. II. A substância ativa, segundo a DCB/DCI.
§4º: Os conteúdos das referências bibliográficas citadas III. A apresentação, incluindo a concentração, forma
na propaganda ou publicidade de medicamentos de venda farmacêutica e a quantidade.
sob prescrição devem estar disponíveis no serviço de IV. O número de registro na Agência Nacional de
atendimento aos profissionais prescritores e Vigilância Sanitária e o nome do detentor do registro.
dispensadores de medicamentos. V. O preço dos medicamentos listados.
Art. 103 - Não é permitida a propaganda ou publicidade §1º: Não estão abrangidos neste artigo as listas de Preços
enganosa, abusiva e/ou indireta. Fábrica - PF e Preços Máximos ao Consumidor - PMC,
§ único: Fica vedado utilizar técnicas de comunicação com todas as suas alíquotas de ICMS, reguladas pela Lei
que permitam a veiculação de imagem e/ou menção de n° 10.742, de 6 de outubro de 2003, publicadas, de forma
qualquer substância ativa ou marca de medicamentos, de impressa ou eletrônica, por pessoas jurídicas de direito
forma não declaradamente publicitária, de maneira direta privado prestadoras de serviço às empresas produtoras de
ou indireta, em espaços editoriais na televisão, contexto medicamentos.
cênico de telenovelas, espetáculos teatrais, filmes, §2º: No caso dos medicamentos isentos de prescrição
mensagens ou programas radiofônicos entre outros tipos médica, ficam permitidas outras formas de comunicação,
de mídia eletrônica ou impressa. que não sejam as listas, desde que incluam as demais
Art. 104 - Os estabelecimentos farmacêuticos não podem informações exigidas pela Resolução RDC ANVISA/MS
outorgar, oferecer, prometer ou distribuir brindes, nº 96/2008, suas atualizações, ou outras que vierem a
benefícios e vantagens aos profissionais prescritores ou substituí-las.
aos seus funcionários dispensadores, que exerçam Art. 109 - Demais requisitos gerais e específicos para
atividade de venda direta ao consumidor, bem como ao propaganda ou publicidade de medicamentos
público em geral. industrializados isentos de prescrição, propaganda ou
§1º: Não estão abrangidos pelo artigo acima: publicidade de medicamentos industrializados de venda
sob prescrição, distribuição de amostras grátis, material
116
informativo de medicamentos manipulados, visita de localidade na proporção de um estabelecimento para cada
propagandista, propaganda ou publicidade de eventos 10.000 habitantes num raio de 10 quilômetros.
científicos e campanhas sociais estão contidos na § único: Os parâmetros estabelecidos no caput do artigo
Resolução RDC ANVISA/MS nº serão considerados como necessidade local satisfatória,
96/2008, suas atualizações, ou outras que vierem a levando em consideração a população conforme os dados
substituí-las. (ARTIGOS SUSPENSOS POR LIMINAR) atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE.
CAPÍTULO XIV Art. 117 - A presente norma técnica não se aplica às
DA FISCALIZAÇÃO farmácias hospitalares, dispensários de unidades
Art. 110 - Compete aos Serviços Municipais e/ou hospitalares ou equivalentes, postos de medicamentos,
Estadual de Vigilância Sanitária, a fiscalização dos unidades volantes. Estes estabelecimentos estão sujeitos
estabelecimentos farmacêuticos. à regulamentação específica.
Art. 111 - Os Serviços Municipais e/ou Estadual de § único: Drogarias, ervanarias e postos de medicamentos
Vigilância Sanitária poderão: não podem captar receitas com prescrições magistrais e
I. Agir em cooperação mútua com o Conselho Regional oficinais.
de Farmácia do Paraná, Promotoria Pública, Delegacia Art. 118 - É vedado utilizar qualquer dependência da
do Consumidor e outros órgãos afins executando, farmácia ou da drogaria para outro fim diverso do
eventual ou regularmente, ações conjuntas. licenciamento, conforme disposto na legislação vigente.
II. Comunicar as irregularidades observadas durante as § único: É vedado às farmácias e drogarias
suas inspeções aos órgãos afins. comercializar, expor à venda, ter em depósito para
III. Exigir as documentações específicas de cada órgão, vender ou, de qualquer forma, distribuir ou entregar ao
inclusive quando do ingresso e baixa de profissionais consumo produtos não permitidos por esta Norma e em
farmacêuticos, abertura e encerramento de legislação federal, estadual ou municipal.
estabelecimentos.
Art. 112 - Em inspeção da equipe de vigilância, havendo SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO
constatação de infração sanitária no estabelecimento PARANÁ
farmacêutico que se caracterize como risco ou dano à MICHELE CAPUTO NETO
saúde individual e/ou coletiva da população, a equipe de SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA EM
inspeção procederá à interdição cautelar ou parcial do SAÚDE
estabelecimento ou área/armários destinados ao SEZIFREDO PAZ
armazenamento de medicamentos sujeitos a controle, nos CHEFE DO CENTRO ESTADUAL DE
moldes do artigo 59 da Lei nº 13.331/2001, ou outra que VIGILÂNCIA SANITÁRIA
vier a substituí-la. PAULO COSTA SANTANA
Equipe de Elaboração:
CAPITULO XV - Benvenuto Juliano Gazzi, Farmacêutico, 8ª
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS RS/SESA/SCVSAT
Art. 113 - A dispensação de medicamentos ao público é - Jaqueline Shinnae de Justi, Farmacêutica,
privativa de farmácias, drogarias e postos de SESA/SVS/CEVS/DVVSP
medicamentos, conforme prevê o artigo 6º da Lei nº - Kelly Cristiane Gusso Braga, Farmacêutica, 02ª
5.991/1973. RS/SESA/SCVSAT
Art. 114 - Na ocorrência de emergências, onde se fizer - Lina Mara Prado Caixeta Correa, Farmacêutica,
necessária a realização de primeiros socorros no SESA/SVS/CEVS/DVVSP
estabelecimento farmacêutico, deverá haver o pronto - Márcia Regina Olavo, Farmacêutica, 17ª
atendimento com o consequente encaminhamento do RS/SESA/SCVSAT
paciente aos serviços de atendimento de emergência - Márcio Adriano Porfírio da Silva, Advogado,
médica. COSEMS/ GTPVS
Art. 115 - O acondicionamento e disposição final do lixo - Miryan Rocco Stainsack, Farmacêutica, SMS Curitiba
e resíduos produzidos devem obedecer ao disposto na (In Memorian)
Resolução RDC ANVISA/MS nº 306/2004, ou outra que - Paulo Costa Santana, Farmacêutico, SESA/SVS/CEVS
vier a substituí-la, bem como os regulamentos constantes Entidades Colaboradoras:
nas normas da ABNT e o disposto na Legislação - ANFARMAG: Associação Nacional dos Farmacêuticos
Sanitária e Ambiental vigente. Magistrais – Seccional Paraná.
Art. 116 - Somente será permitida a instalação e - COSEMS: Conselho de Secretários Municipais de
licenciamento de farmácia ou drogaria sob Saúde do Estado do Paraná.
responsabilidade técnica de Oficial de Farmácia, Prático - CRF: Conselho Regional de Farmácia do Paraná.
de Farmácia ou outro igualmente inscrito no Conselho - REDE HIPERFARMA.
Regional de Farmácia do Estado do Paraná, conforme - Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba/Vigilância
prevê o inciso I, do artigo 28, do Decreto nº 74.170/ Sanitária.
1974, quando não houver estabelecimentos farmacêuticos - Secretaria Municipal de Saúde de Londrina/Vigilância
(farmácias e drogarias) no município, bairro ou Sanitária.
117
- Secretaria Municipal de Saúde de Maringá/Vigilância Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976,
Sanitária. que submete a sistema de vigilância sanitária os
- SINDIFARMA: Sindicato do Comércio Varejista do medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas,
Estado do Paraná. correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e
- SINFARLON: Sindicato dos Estabelecimentos outros. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 jan.
Farmacêuticos de Londrina e Região. 1977.
- SINDIFAR: Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do 10. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.912
Paraná. de 27 de setembro de 2006.
Regulamenta a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006,
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: que trata das políticas públicas sobre drogas e da
1. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 5.991, de 17 de instituição do Sistema Nacional de Políticas Públicas
dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do sobre Drogas - SISNAD, e dá outras providências.
comércio de drogas, medicamentos, correlatos e dos Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 set. 2006.
outrosestabelecimentos farmacêuticos, e dá outras 11. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 3.181
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 de 23 de setembro de 1999.
dez. 1973. Dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em
2. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 6.360, de 23 de produtos farmacêuticos. Diário Oficial da União,
setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a Brasília, DF, 24 set. 1999.
que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os 12. PARANÁ. Decreto nº 5.711 de 23 de maio de 2002.
insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, Regulamenta o Código de Saúde do Paraná, Lei nº
saneantes e outros produtos, e dá outras providências. 13.331 de 23/11/01. Diário Oficial do Estado, Curitiba,
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1976. PR, 24 mai. 2002.
3. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 6.437, de 20 de 13. PARANÁ. Decreto nº 4.154 de 28 de dezembro de
agosto de 1977. Configura 2004. Aprova o Regulamento Técnico para a Produção e
infrações à legislação sanitária federal, estabelece as Comercialização de Matérias Primas Vegetais. Diário
sanções respectivas, e dá outras Oficial do Estado, Curitiba, PR, de 28 dez. 2004.
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 14. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
ago. 1977. Vigilância Sanitária. Portaria nº 32, de 13 de janeiro de
4. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.078, de 11 de 1998. Aprova o Regulamento Técnico para suplementos
setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do vitamínicos e ou de minerais. Diário Oficial da União,
consumidor e dá outras providências. Diário Oficial da Poder Executivo, Brasília, DF, 15 jan. 1998.
União, Brasília, DF, 12 set. 1990. 15. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
5. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 8.080 de 19 de Vigilância Sanitária. Portaria nº 30, de 13 de janeiro de
setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a alimentos para controle de peso. Diário Oficial da
organização e o funcionamento dos serviços União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jan. 1998.
correspondentes, e dá outras providências. Diário Oficial 16. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
da União, Brasília, DF, 20 set. 1990. Vigilância Sanitária. Portaria nº 31, de 13 de janeiro de
6. BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 11.343, de 23 de 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a
agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas alimentos adicionados de nutrientes essenciais. Diário
Públicas sobre Drogas - SISNAD; prescreve medidas Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 jan.
para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção 1998.
social de usuários e dependentes de drogas; estabelece 17. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
normas para repressão à produção não autorizada e ao Vigilância Sanitária. Portaria nº 222, de 24 de março de
tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 alimentos para
ago. 2007. praticantes de atividade física. Diário Oficial da União,
7. PARANÁ. Lei Estadual nº 13.331, de 23 de novembro Poder Executivo, Brasília, DF,
de 2001. Dispõe sobre a organização, regulamentação, 15 mar. 1998.
fiscalização e controle das ações dos serviços de saúde 18. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
no Estado do Paraná. Diário Oficial do Estado, Curitiba, Vigilância Sanitária. Portaria nº 223, de 24 de março de
PR, 26 nov. 2001. 1998. Aprova o Regulamento Técnico para fixação e
8. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº qualidade
74.170, de 10 de junho de 1974. complementos alimentares para gestantes ou nutrizes.
Regulamenta a Lei nº 5.991, de 17/12/1973, que dispõe Diário Oficial da União, Poder
sobre o controle sanitário do comércio de drogas, Executivo, Brasília, DF, 25 mar. 1998.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. 19. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jun. 1974. Vigilância Sanitária. Portaria nº 29, de 13 de janeiro de
9. BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente a
79.094, de 5 de janeiro de 1977. alimentos para fins
118
especiais. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 30. PARANÁ. Resolução nº 259, de 20 de setembro de
Brasília, DF, 30 mar. 1998. 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico sobre
20. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial do
Vigilância Sanitária. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de Estado, Curitiba, PR, 23 nov. 2002.
1998. Dispõe sobre controle de infecção hospitalar. 31. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 mai. 2005. Resolução RDC nº 135 de 29 de maio de 2003. Dispõe
21. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de sobre o regulamento técnico para medicamentos
Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de genéricos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12
1998. Dispõe sobre o regulamento técnico de substâncias ago. 2003.
e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário 32. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Oficial da União, Brasília, DF, 15 mai. 1998. Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005.
22. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Dispõe sobre o Regulamento Técnico para
Vigilância Sanitária. Portaria nº 977, de 05 de dezembro funcionamento de laboratórios clínicos. Diário Oficial
de 1998. Aprova o Regulamento Técnico referente às da União, Brasília, DF, 14 out. 2005.
formulas infantis para lactentes e às formulas infantis 33. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria
para seguimento. Diário Oficial da União, Poder n° 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma
Executivo, Brasília, DF, 29 dez. 1998. Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho
23. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de em Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial da
Vigilância Sanitária. Portaria nº 6, de 29 de janeiro de União, Brasília, DF, 16 nov. 2005.
1999. Aprova a Instrução Normativa da Portaria SVS/MS 34. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
nº 344, de Resolução RDC n° 80, de 11 de maio de 2006. Dispõe
12/05/1998 que institui o Regulamento Técnico das sobre o fracionamento de medicamentos. Diário Oficial
substâncias e medicamentos da União, Brasília, DF, 12 mai. 2006.
sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, 35. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Brasília, DF, 01 fev. 1999. Resolução RDC nº 183, de 5 de
24. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. outubro de 2006. Aprova o Regulamento Técnico
Resolução nº 18, de 30 de abril de 1999. Aprova o ―Autorização de Funcionamento/Habilitação de
Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas Empresas de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e
para análise e comprovação de propriedades funcionais e Perfumes, suas Alterações e Cancelamento‖. Diário
ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 out. 2006.
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 mai. 36. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
1999. Resolução RDC nº 206, de 17 de novembro de 2006.
25. PARANÁ. Resolução nº 225, de 15 de abril de 1999. Estabelece Regulamento Técnico de Produtos para
Aprova Norma Técnica que Diagnóstico de uso in vitro e seu registro, cadastramento,
determina aos estabelecimentos farmácias, drogarias, e suas alterações, revalidações e cancelamento. Diário
farmácias hospitalares, clínicas Oficial da União, Brasília, DF, 20 nov. 2006.
médicas e veterinárias, a obrigatoriedade da apresentação 37. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instrução
de balanços de medicamentos psicoativos e outros Normativa nº 141, de 19 de dezembro de 2006.
sujeitos a controle especial (BMPO). Diário Oficial Regulamenta o controle e o manejo ambiental da fauna
do Estado, Curitiba, PR, 11 mai. 1999. sinantrópica nociva. Diário Oficial da União, Brasília,
26. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. DF, 20 dez. 2006.
Resolução nº 449, de 09 de setembro de 1999. Aprova o 38. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Regulamento Técnico referente a alimentos para nutrição Resolução RDC nº 96, de 17 de
enteral. Diário Oficial da União, Poder Executivo, dezembro de 2008. Dispõe sobre a propaganda,
Brasília, DF, 13 set. 1999. publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
27. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e seja a divulgação ou promoção comercial de
Comércio Exterior. Portaria INMETRO nº 319, de 23 de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
outubro de 2009. Adotar, no Brasil, a nova versão do 18 dez. 2008.
Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos 39. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
fundamentais e gerais e termos associados. Diário Instrução Normativa nº5, de 20 de maio 2009. Dispõe
Oficial da União, Brasília, DF, 09 nov. 2009. sobre a legislação de propaganda de medicamentos.
28. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 mai. 2009.
Resolução nº 16, de 30 de abril de l999. Aprova o 40. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Regulamento Técnico de procedimentos para registro de Instrução Normativa nº 9, de 17 de agosto de 2009.
alimentos e/ou novos ingredientes. Diário Oficial da Dispõe sobre a relação de produtos permitidos para
União, Poder Executivo, Brasília, DF, 03 dez. 1999. dispensação e
29. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual da CEME – comercialização em farmácias e drogarias. Diário Oficial
Manual de Rede de Frio. Brasília. Fundação Nacional de da União, Brasília, DF, 18
Saúde, 3ª ed. 2001. 80p. ago. 2009.

119
41. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 44, de 17 de
agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas
Farmacêuticas para o controle sanitário do
funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em
farmácias e drogarias. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 18 ago. 2009.
42. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 67, de 21 de
dezembro de 2009. Dispõe sobre normas de
tecnovigilância aplicáveis aos detentores de registro de
produtos para saúde no Brasil. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 23 dez.2009.
43. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 10, de 9 de março de 2010. Dispõe
sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10
mar. 2010.
44. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 20, de 05 de maio de 2011. Dispõe
sobre o controle de medicamentos à base de substâncias
classificadas como antimicrobianos, de uso sob
prescrição médica, isoladas ou em associação. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 09 mai. 2011.
45. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Dispõe
sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de
empresas e/ou estabelecimentos que dispensam,
comercializam, fornecem e distribuem produtos
farmacêuticos, cosméticos e produtos
para a saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15
dez. 2011.
46. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 15, de 15 de
março de 2012. Dispõe sobre requisitos de Boas Práticas
para o processamento de produtos para saúde e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19
mar. 2012.
47. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução RDC nº 45, de 9 de agosto de 2012. Dispõe
sobre a realização de estudos de estabilidade de insumos
farmacêuticos ativos. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 10 ago. 2012.

120
RESOLUÇÃO N° 203 de 30/05/2016 forma específica sob as quais estes produtos devem ser
(D.O.E 01.06.2016) comercializados;
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da
Dispõe sobre a individualização (fracionamento) e ANVISA - RDC n° 27 de 06 de agosto de
comercialização de cápsulas moles de alimentos para 2010, a qual dispõe a respeito das categorias de alimentos
fins especiais pelas farmácias com manipulação no dispensados e obrigados à necessidade de obtenção de
âmbito do Estado do Paraná. registro perante a ANVISA;
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAUDE, no uso ANVISA - RDC n° 23, de 15 de março de 2000, a qual
da atribuição que lhe confere o art.45, XIV da Lei 8.485 dispõe sobre o Manual de Procedimentos Básicos para
de 03.06.1987 e, Registro e Dispensa da Obrigatoriedade de Registro de
• considerando a Lei n° 6.360 de 23 de setembro de 1976, Produtos Pertinentes à Área de Alimentos e traz os
a qual dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam requisitos para as hipóteses de concessão/extensão de
sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos registro único relacionadas à área;
Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e • considerando a Lei Estadual n° 13.331/2001 (Código de
Outros Produtos, e dá outras Providências, assim como Saúde do Estado do Paraná), regulamentado pelo Decreto
Decreto n° 8.077, de 14 de agosto de 2013, que a n° 5.711, de 23 de maio de 2002;
regulamenta;
• considerando a Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de RESOLVE:
1973, a qual dispõe sobre o Controle Sanitário do Art. 1° - Autorizar, no âmbito do Estado do Paraná, a
Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos individualização (fracionamento) e comercialização de
Farmacêuticos e Correlatos, e dá outras Providências, cápsulas moles de alimentos para fins especiais (cápsulas
bem como o Decreto n° 74.170, de 10 de junho de 1974, oleaginosas) pelas farmácias com manipulação,
que a regulamenta; possibilitando-se que tais produtos sejam dispensados em
• considerando a Lei n° 13.021, de 8 de agosto de 2014, a quantidades individualizadas, para atender às
qual reconhece a farmácia com manipulação como um necessidades nutricionais dos consumidores e usuários
estabelecimento de saúde, uma vez que se trata de desses produtos.
unidade de prestação de serviços destinada à assistência Art. 2° - Somente as farmácias com manipulação
farmacêutica e orientação sanitária individual e coletiva; devidamente regularizadas junto aos órgãos de vigilância
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da sanitária competentes poderão realizar o fracionamento
ANVISA — RDC n° 44, de 17 de agosto de 2009, a qual de produtos descrito nesta
dispõe sobre as Boas Práticas Farmacêuticas e traz em Resolução.
seu artigo 29 que "além de medicamentos, o comércio e Parágrafo Único - Para o atendimento do previsto no
dispensação de determinados correlatos poderá ser caput deste artigo, as farmácias com manipulação
extensivo às farmácias e drogarias em todo território deverão possuir Licença Sanitária atualizada, cumprido
nacional, conforme relação, requisitos e condições os requisitos das Boas Práticas de Manipulação,
estabelecidos em legislação sanitária especifica"; conforme a legislação sanitária vigente.
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da Art. 3° - O fracionamento deve ser realizado sob a
ANVISA — RDC n° 67, de 9 de outubro de 2007, a qual supervisão e responsabilidade do farmacêutico
trata das Boas Práticas de Manipulação em Farmácias e tecnicamente responsável pelo estabelecimento,
estabelece requisitos mínimos para o exercício das observando-se as Boas Práticas de preparações magistrais
atividades de manipulação de preparações magistrais e e oficinais, estabelecidas na legislação especifica, desde
oficinais, desde suas instalações, equipamentos e suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da aquisição e controle da qualidade das cápsulas,
matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica armazenamento, manipulação, fracionamento,
da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, conservação, transporte, dispensação das preparações,
transporte, dispensação das preparações, além da atenção além da atenção farmacêutica aos usuários ou seus
farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando responsáveis, visando à garantia de sua qualidade,
à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e
promoção do seu uso seguro e racional; racional.
• considerando a Resolução de Diretoria Colegiada da Art. 4° - O fracionamento de produtos descrito nesta
ANVISA — RDC n° 16, de 30 de abril de 1999, a qual Resolução deve observar as exigências técnicas
estabelece o Regulamento Técnico de Procedimentos estabelecidas no Anexo I da presente Resolução.
para registro de Alimentos e ou Novos Ingredientes; Art. 5° - O fracionamento de cápsulas moles para
• considerando a Instrução Normativa ANVISA n° 09, de dispensação deve ocorrer unicamente mediante
17 de agosto de 2009, a qual estabeleceu permissão às prescrição de profissional habilitado, no âmbito da
farmácias para comercializar e dispensar produtos preparação magistral, conforme conceito de farmácia
classificados como alimentos, bem como dispôs sobre a com manipulação estabelecido na legislação sanitária
vigente.

121
Art. 6° - A partir da publicação desta Resolução, fica Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de
concedido prazo de 180 (cento e oitenta) dias para os uma das faces.
estabelecimentos se adequarem às exigências Barreira Técnica: bloqueio funcional estabelecido
relacionadas às auditorias realizadas nos através de procedimentos técnicos, com a finalidade de
estabelecimentos fornecedores, e 1 (um) ano para os evitar a contaminação cruzada.
estabelecimentos se adequarem às exigências Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF):
relacionadas às auditorias realizadas nos conjunto de medidas que visam assegurar que os
estabelecimentos de fabricantes. produtos manipulados sejam consistentemente
Art. 7° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua manipulados e controlados, com padrões de qualidade
publicação. apropriados para o uso pretendido e requerido na
prescrição.
Curitiba, 30 de maio de 2016. Cápsulas: são receptáculos (formas) obtidas por
Michele Caputo Neto moldagem, utilizadas para ingestão de doses
estabelecidas;
Anexo I da Resolução SESA n° 203/2016 Cápsulas gelatinosas: são elaboradas a partir de gelatina
(obtida através da hidrólise do
REGULAMENTO TÉCNICO PARA colágeno), cuja consistência pode ser dura ou mole.
FRACIONAMENTO DE CÁPSULAS MOLES Cápsula Mole: cápsula constituída de um invólucro de
DE ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS EM gelatina, de vários formatos, mais
FARMÁCIAS COM MANIPULAÇÃO maleável do que o das cápsulas duras. Normalmente são
1. DEFINIÇÕES preenchidas com conteúdos líquidos ou semissólidos,
Para efeitos da presente norma técnica, são adotadas as mas podem ser preenchidas também com pós e outros
seguintes definições: sólidos secos.
Alimento: toda substância ou mistura de substâncias, no Contaminação cruzada: contaminação de determinada
estado sólido, líquido, pastoso ou matéria-prima, produto intermediário ou produto acabado
qualquer outra forma adequada, destinadas a fornecer ao com outra matéria-prima ou produto, durante o processo
organismo humano os elementos de manipulação.
normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. Controle de qualidade: conjunto de operações
Alimento industrializado: todo alimento, de origem (programação, coordenação e execução) com o objetivo
vegetal ou animal, que passou por algum tipo de de verificar a conformidade das matérias primas,
processamento industrial, por exemplo: extrusão, materiais de embalagem e do produto acabado, com as
liofilização, dessecação e moagem, etc. especificações estabelecidas.
Alimento industrializado com registro obrigatório: Data de validade: data impressa no recipiente ou no
todo alimento processado, cuja categoria esteja prevista rótulo do produto, informando o tempo durante o qual se
no Anexo II, da Resolução RDC n° 27/2010: Alimentos e espera que o mesmo mantenha as especificações
Embalagens com Obrigatoriedade de Registro Sanitário; estabelecidas, desde que estocado nas condições
Alimento com dispensa de registro: todo alimento, cuja recomendadas.
categoria esteja prevista no Anexo I da Resolução RDC Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros
n° 27/2010: Alimentos e Embalagens Isentos da de qualidade estabelecidos para um
Obrigatoriedade de Registro Sanitário; produto ou processo.
Alimento com alegação de propriedade funcional: é o Dispensa da obrigatoriedade de registro: é o ato,
alimento que possui alegação relativa ao papel fundamentado na legislação vigente, pelo qual se
metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não desobriga o registro de produtos na Agência Nacional de
nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, Vigilância Sanitária, desde que cumpridos os
manutenção e outras funções normais do organismo; procedimentos estabelecidos na legislação vigente.
Alimento com alegação de propriedade de saúde: é o Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de
alimento que possui alegação que afirma, sugere ou drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
implica a existência da relação entre o alimento ou correlatos, a título remunerado ou não.
ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde; Embalagem primária: acondicionamento que está em
Alimentos para fins especiais: são os alimentos contato direto com o produto e que pode se constituir em
especialmente formulados ou processados, nos quais se recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de
introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, proteção, removível ou não, destinado a envasar ou
adequados à utilização em dietas, diferenciadas e ou manter, cobrir ou empacotar matérias primas, produtos
opcionais, atendendo às necessidades de pessoas em semielaborados ou produtos acabados.
condições metabólicas e fisiológicas específicas. Embalagem secundária: a que protege a embalagem
Ambiente: espaço fisicamente determinado e primária para o transporte, armazenamento, distribuição e
especializado para o desenvolvimento de determinada(s) dispensação.
atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações Envase individual: consiste no enchimento da
diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma embalagem com cápsulas moles, lacre e rotulagem da
sala ou de uma área. mesma com o objetivo de atender às necessidades
122
nutricionais dos consumidores e usuários desses não convencional na área de alimentos, como as
produtos. cápsulas, comprimidos, tabletes e similares.
Farmácia com manipulação: estabelecimento de Número de lote: designação impressa em cada unidade
manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de do recipiente, constituída de combinações de letras,
comércio de drogas, medicamentos, insumos números ou símbolos, que permite identificar o lote e, em
farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de caso de necessidade, localizar e revisar todas as
dispensação e o de atendimento privativo de unidade operações praticadas durante todas as etapas de
hospitalar ou de manipulação;
qualquer outra equivalente de assistência médica. Ordem de manipulação: documento destinado a
Forma farmacêutica: estado final de apresentação que acompanhar todas as etapas de manipulação;
os princípios ativos farmacêuticos Ordem de Fracionamento: documento que determina e
possuem após uma ou mais operações farmacêuticas registra o procedimento caracterizado pela subdivisão de
executadas com ou sem a adição de excipientes um medicamento em frações individualizadas, a partir de
apropriados, a fim de facilitar a sua utilização e obter o sua embalagem original, sem rompimento da embalagem
efeito terapêutico desejado, com características primária, mantendo seus dados de identificação;
apropriadas a uma determinada via de administração. Prazo de validade: período de tempo durante o qual o
Fracionamento: Conjunto de operações que visam a produto se mantém dentro dos limites especificados de
divisão em quantidades menores dos pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e
produtos, preservando as especificações de qualidade e estocado nas condições recomendadas no rótulo;
dados de identificação de rotulagem Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia,
originais, efetuado sob a supervisão e responsabilidade a partir de uma prescrição de profissional habilitado,
de profissional farmacêutico habilitado. É a destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça
individualização da embalagem contendo cápsulas moles em detalhes sua composição, forma farmacêutica,
para viabilizar a dispensação do referido produto ao posologia e modo de usar;
usuário na quantidade estabelecida pela prescrição de Procedimento operacional padrão (POP): descrição
profissional habilitado. pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas
Fracionamento individualizado: processo que visa à na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da
divisão em quantidades menores das qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos
cápsulas moles, preservando as especificações da manipuladores;
qualidade e dados de identificação e rotulagem dos Quarentena: retenção temporária de insumos,
fornecedores/fabricantes com o objetivo de atender às preparações básicas ou preparações manipuladas,
necessidades nutricionais dos consumidores e usuários isolados fisicamente ou por outros meios que impeçam a
desses produtos. sua utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua
Fracionamento interno: processo que visa à divisão em liberação ou rejeição;
quantidades menores das cápsulas Rastreabilidade: é o conjunto de informações que
moles, preservando as especificações da qualidade e permite o acompanhamento e revisão de todo o processo
dados de identificação e rotulagem dos da preparação manipulada;
fornecedores/fabricantes. Recipiente: embalagem primária destinada ao
Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área ou acondicionamento, de vidro ou plástico, que atenda aos
sala para o desenvolvimento de requisitos estabelecidos em legislação vigente;
determinada atividade. Registro: é o ato legal que, cumpridos os procedimentos
Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima, descritos em regulamento, reconhece a adequação de um
material de embalagem ou produto, produto à legislação vigente, formalizado por meio de
obtidos em um único processo, cuja característica publicação no Diário Oficial da União;
essencial é a homogeneidade. Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como
Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas os dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou
para acondicionamento das preparações manipuladas. decalco, aplicado diretamente sobre a embalagem
Matéria-prima: substância ativa ou inativa com primária e secundária do produto;
especificação definida, que se emprega na Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu
preparação dos medicamentos e demais produtos. perímetro e com porta(s).
Novo alimento: é o alimento que deve ser registrado na 2. AQUISIÇÃO
categoria de "Novos alimentos ou novos ingredientes", 2.1. Para fins de fracionamento, as farmácias com
atendendo aos requisitos previstos na Resolução n.° manipulação poderão adquirir apenas cápsulas moles, de
16/99, que considera as seguintes situações: alimentos forma a granel, e estas devem possuir registro ou
sem tradição de consumo no país; alimentos que dispensa de registro junto à Agência Nacional de
contenham novos ingredientes, alimentos contendo Vigilância Sanitária como alimento, conforme o caso
substâncias já consumidas, mas que possam vir a ser específico, determinado pela legislação vigente.
adicionados ou utilizados em níveis muito superiores aos 2.2. As cápsulas gelatinosas moles consistem em
atualmente aceitos; alimentos em forma de apresentação produtos a granel, adquiridos pelas farmácias de
manipulação, da mesma forma que adquirem suas
123
matérias primas, por meio de fornecedores qualificados, e) Orientações sobre amostragem, ensaios de qualidade,
devidamente licenciados pela autoridade sanitária como metodologias de análise e referência utilizada nos
fabricantes de alimentos, importadores ou distribuidores procedimentos de controle;
de alimentos. f) Condições de armazenamento e precauções.
2.3. Compete ao farmacêutico o estabelecimento de
critérios e a supervisão do processo de aquisição. 3. RECEBIMENTO
2.4. Deve ser observada a qualificação do fornecedor, 3.1. As cápsulas moles devem ser recebidas por pessoa
conforme Procedimento Operacional Padrão - POP treinada, identificadas, armazenadas,
estabelecido para este fim, de modo que a documentação colocadas em quarentena, amostradas, analisadas
relacionada seja registrada/arquivada no Sistema de conforme especificações e rotuladas quanto à sua
Garantia da Qualidade (SGQ) da farmácia. situação, de acordo com procedimentos escritos.
2.4.1. A qualificação do fabricante/fornecedor deve ser 3.2. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção
realizada abrangendo no mínimo, os seguintes critérios: de recebimento, para verificar se estão adequadamente
a) Comprovação de regularidade perante as autoridades identificados, a integridade e condições de limpeza da
sanitárias competentes; embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de
b) Avaliação dos laudos analíticos apresentados pelo entrega e os rótulos do material recebido que deverão
fabricante/fornecedor, verificando o atendimento às conter, no mínimo, as informações listadas a seguir,
especificações estabelecidas pelo farmacêutico e efetuando-se o registro dos dados avaliados:
acordadas entre as partes; a) nome do fornecedor/fabricante;
c) Auditorias para verificação do cumprimento das b) endereço;
normas de Boas Práticas de Fabricação ou de c) telefone;
Fracionamento e Distribuição de insumos; d) C.N.P.J.;
d) Avaliação do histórico dos fornecimentos anteriores. e) nome do produto;
2.4.2. A avaliação do cumprimento das Boas Práticas de f) quantidade e sua respectiva unidade de medida;
Fabricação ou de Fracionamento e g) número do lote;
Distribuição de insumos pelo fabricante/fornecedor, h) data de fabricação;
prevista no item "c" do item 2.2.1. poderá ser realizada i) prazo de validade;
por farmácia individual, por grupo de farmácias ou por j) condições especiais de armazenamento e observações
associações de classes, utilizando legislação específica pertinentes, quando aplicável;
em vigor. k) nome do Responsável Técnico e seu registro no
2.4.3. A farmácia deve manter cópia do relatório da Conselho Profissional correspondente;
auditoria. 1) origem, com indicação do fabricante, caso adquirido
2.5. Devem ser definidas pelo farmacêutico de fornecedores.
especificações técnicas no processo de aquisição das 3.3. Qualquer divergência ou qualquer outro problema
cápsulas moles, tomando como base as especificações do que possa afetar a qualidade do produto deve ser
fornecedor/fabricante. analisada pelo farmacêutico para a adoção de
2.6. As especificações técnicas de todas as cápsulas providências.
moles a serem utilizados no envase dos produtos 3.4. Cada lote de cápsula oleaginosa deve ser
fracionados devem ser autorizadas, atualizadas e datadas acompanhado do respectivo Certificado de Análise do
pelos responsáveis. fornecedor/fabricante, que deve permanecer arquivado,
2.7. As especificações das cápsulas moles adquiridas no mínimo, durante 6 (seis) meses após o término do
para fracionamento individual devem constar de no prazo de validade do último quantitativo de cápsulas
mínimo: moles fracionadas.
a) Descrição do suplemento alimentar em forma de 3.5. Os Certificados de Análise devem ter informações
cápsula mole, com o nome dos seus ingredientes, por claras e conclusivas, com todas as especificações
DCB, DCI ou CAS, quando couber; estabelecidas pelo farmacêutico. Devem ser datados,
b) Nome e código interno de referência, quando houver; assinados e com a identificação do nome do
c) No caso de ingredientes que tradicionalmente são fabricante/fornecedor e do seu responsável técnico com
utilizados também como medicamentos, a depender da respectivo registro no conselho de classe.
concentração (insumos farmacêuticos ativos e 3.6. As cápsulas moles devem ser analisadas, no seu
adjuvantes): referência de monografia da Farmacopeia recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo,
Brasileira; ou de outros compêndios nacionais e/ou respeitando-se as suas características físicas e mantendo
internacionais reconhecidos pela ANVISA, conforme os resultados por escrito:
legislação vigente. Na ausência de monografia oficial, a) caracteres organolépticos;
pode ser utilizada como referência a especificação b) peso médio para cápsulas moles;
estabelecida pelo fabricante. c) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor
d) Requisitos quantitativos e qualitativos com os quanto às especificações estabelecidas.
respectivos limites de aceitação; 3.7. Na ausência de monografia farmacopeica deverá ser
utilizada, como referência, literatura científica pertinente.

124
3.8. Somente na inexistência da literatura prevista no g) situação interna do produto (em quarentena, em
item anterior, poderá ser utilizada a especificação análise, aprovado, reprovado).
fornecida pelo fabricante. 4.8. A farmácia deverá realizar o controle de estoque das
3.9. Podem ser aceitos os demais ensaios farmacopeicos cápsulas moles registrando as entradas e saídas de cada
realizados pelos fabricantes/fornecedores desde que estes uma delas:
estejam qualificados pela farmácia. a) O registro de entrada deve conter, no mínimo, nome
3.9.1. No caso do fornecedor/fabricante não ser do produto, código interno, lote, número da nota fiscal e
qualificado pela farmácia, todos os ensaios previstos na nome do fabricante/fornecedor.
monografia famacopeica ou na metodologia do fabricante b) O registro de saída deve ser efetuado por meio da
devem ser executados pela farmácia ou por laboratório de ordem de fracionamento do produto.
controle de qualidade terceirizado, sob responsabilidade 5. FRACIONAMENTO INDIVIDUALIZADO
da farmácia. 5.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos
3.10. Qualquer divergência que possa afetar a qualidade operacionais escritos para o fracionamento das cápsulas
da matéria-prima deve ser analisada pelo farmacêutico moles.
para a adoção de providências cabíveis. 5.2. A farmácia deve garantir que todas as cápsulas
3.11. A reprovação das cápsulas moles deve ser moles fracionadas sejam rastreáveis.
notificada à Autoridade Sanitária competente. 5.3. A farmácia deve registrar as informações referentes à
3.12. A amostragem da cápsula mole deve ser executada prescrição de cada cápsula mole em Livro de Receituário,
sob condições ambientais adequadas, obedecendo aos informatizado ou não.
procedimentos operacionais que impeçam a 5.5. O fracionamento de cápsulas moles deve ser
contaminação cruzada. realizado na sala de manipulação com barreira técnica, de
3.13. Todos os utensílios utilizados no processo de escolha do farmacêutico.
amostragem que entrarem em contato com os materiais 5.6. Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos
devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais da área devem ser limpos e desinfetados antes e após
apropriados. cada fracionamento.
5.7. Devem existir procedimentos operacionais escritos
4. ARMAZENAMENTO para a prevenção de contaminação cruzada.
4.1. As cápsulas moles devem ser armazenadas e 5.8. A sala onde ocorre o fracionamento deve ser mantida
manuseadas sob as condições apropriadas e de forma com temperatura e umidade compatíveis com as cápsulas
ordenada, de modo a preservar sua identidade e moles armazenadas/fracionadas. As condições de
integridade química, física e microbiológica, garantindo- temperatura e umidade devem ser monitoradas e
se a qualidade e segurança dos produtos. registradas.
4.2. As condições ideais de armazenamento
recomendadas são: recipientes fechados em temperatura 6. ORDEM DE FRACIONAMENTO (OF) INTERNO
ambiente de 15 ° C a 30 °C e umidade relativa do ar entre 6.1. O fracionamento de cápsulas moles deve ser
35% a 65%, ou ainda de acordo com as orientações do registrado na Ordem de Fracionamento, constando os
fornecedor/fabricante. seguintes registros:
4.3. As cápsulas devem ser armazenadas ao abrigo da luz a) Número do Livro de Receituário;
solar direta e longe de locais úmidos. b) Descrição das cápsulas moles e concentração da
4.4. Devem ser mantidas afastadas do piso, paredes e substância;
teto, com espaçamento apropriado para permitir a c) Lote, nome do fornecedor/fabricante e data de
limpeza e inspeção. validade;
4.5. Devem ser estocadas em locais identificados, de d) Tamanho e cor da referida cápsula individualizada, se
modo a facilitar a sua localização, sem riscos de troca. houver;
4.6. Para as cápsulas moles que exigem condições e) Quantidades pesadas ou contadas;
especiais de temperatura, devem existir registros e f) Nome e assinatura dos responsáveis pela pesagem e
controles que comprovem o atendimento a essas individualização;
especificações. g) Visto do farmacêutico;
4.7. Os rótulos das cápsulas moles armazenadas devem h) Data da individualização/fracionamento interno;
apresentar, no mínimo: i) Data de validade do produto estabelecida pela
a) denominação do produto e código de referência farmácia.
interno, quando aplicável; 6.2. Os registros do fracionamento acima poderão constar
b) identificação do fornecedor/fabricante; na Ordem de Manipulação da farmácia,
c) número do lote atribuído pelo fornecedor/fabricante e desde que contenham todas as informações descritas nas
o número dado no recebimento, caso haja algum; alíneas "a" a "i" do item 6.1.
d) concentração, teor e/ou potência, quando couber; 6.3. Todo pessoal envolvido na
e) data de fabricação, prazo de validade; individualização/fracionamento das referidas cápsulas
f) condições de armazenamento e advertência, quando devem ser treinados e paramentados adequadamente.
necessário; 6.4. Devem existir procedimentos operacionais (POP)
escritos para a prevenção de contaminação cruzada.
125
6.5. A farmácia deve garantir que todos os produtos 8.1.2. Os resultados dos ensaios devem ser registrados no
individualizados/fracionados sejam rastreáveis. Laudo interno da farmácia, junto com as demais
7. ROTULAGEM E EMBALAGEM informações do produto. O farmacêutico deve avaliar os
7.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos resultados, aprovando ou não a preparação para
operacionais escritos para rotulagem e embalagem das dispensação.
cápsulas moles fracionadas. Os rótulos devem ser 8.1.3. No caso de resultado insatisfatório, o lote inteiro
armazenados de forma segura e com acesso restrito. do produto referente à amostra deve ser interditado
7.2. Toda cápsula oleaginosa mole fracionada deve ser cautelarmente e armazenado em área separada,
rotulada com: devidamente identificado como tal. Na persistência do
a) nome do prescritor; resultado insatisfatório por meio de uma nova análise, o
b) nome do paciente; lote analisado deverá ser devolvido ao fabricante ou
c) número de registro do fracionamento no Livro de encaminhado para descarte.
Receituário; 8.1.4. A farmácia deverá registrar e notificar a Vigilância
d) data da individualização/fracionamento; Sanitária local sobre o resultado insatisfatório.
e) prazo de validade;
f) componentes do produto fracionado com respectivas 9. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE
quantidades; 9.1. A farmácia deve estabelecer e manter procedimentos
g) número de unidades; escritos sobre a conservação e transporte dos produtos
h) peso ou volume contidos; fracionados, desde o recebimento até a dispensação, que
i) posologia; garantam a manutenção das suas especificações e
j) identificação da farmácia; integridade.
k) C.N.P.J; 9.2. As cápsulas moles não devem ser armazenadas ou
1) endereço completo; transportadas com:
m) nome do farmacêutico responsável técnico com o a) alimentos e materiais perecíveis;
respectivo número no Conselho Regional de Farmácia; b) animais;
o) Frases orientativas que sejam previstas em legislação c) solventes orgânicos;
específica e que venham a auxiliar o uso correto do d) gases;
produto. e) substâncias corrosivas ou tóxicas;
7.2.1. As frases orientativas previstas no item 7.2, alínea f) pesticidas e agrotóxicos;
"o", poderão ser adotadas: g) materiais radioativos;
a) na forma de etiqueta adesiva para ser aposta no frasco h) outros produtos que possam afetar a qualidade,
contendo as cápsulas moles fracionadas individualmente; segurança e eficácia dos produtos manipulados.
b) como folheto impresso a ser entregue ao usuário no
ato da dispensação onde deverá constar o nome do 10. TREINAMENTO
farmacêutico, telefone e endereço do estabelecimento, 10.1. Todos os envolvidos nas atividades da farmácia
contendo condições de conservação do produto e devem estar incluídos em programa de treinamento,
recomendação ao usuário para que entre em contato com elaborado com base no levantamento de necessidades da
o farmacêutico em caso de dúvidas; farmácia, de modo que os respectivos registros devem
c) mensagem com orientações encaminhada pelo e-mail dispor, no mínimo, das seguintes informações:
do cliente, quando solicitado, devendo ser anotado na a) documentação sobre as atividades de capacitação
Ordem de Manipulação. realizadas;
7.3. Os recipientes utilizados no envase dos produtos b) data da realização e carga horária;
fracionados devem garantir a estabilidade físico-química c) conteúdo ministrado;
e microbiológica do produto. d) colaboradores treinados e suas respectivas assinaturas;
e) identificação da equipe que os treinou em cada
8. CONTROLE DE QUALIDADE atividade específica;
8.1. Controle de Qualidade das Cápsulas Moles: f) avaliação da efetividade do treinamento.
8.1.1. Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes
ensaios, de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou 11. DISPENSAÇÃO
outro Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em 11.1. O farmacêutico deve prestar orientação
todas as preparações de cápsulas moles fracionadas farmacêutica necessária aos pacientes, objetivando o uso
internamente: correto das cápsulas moles fracionadas individualmente.
a) caracteres organolépticos; 11.2. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas
b) peso médio para cápsulas moles; pela farmácia, com identificação do estabelecimento,
c) cálculo do teor médio por unidade posológica, data da dispensação e número de registro da
utilizando para efeito de cálculo o teor do conteúdo manipulação, de forma a comprovar o aviamento.
fornecido pelo fornecedor e ou fabricante, quando 11.3. A repetição de atendimento de uma mesma receita
qualificado; somente é permitida se houver indicação expressa do
d) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor prescritor quanto à duração do tratamento.
quanto às especificações estabelecidas.
126
11.3.1. Na ausência de indicação na prescrição sobre a prazo de validade deverá estar vinculado
duração de tratamento, o farmacêutico só poderá efetuar preferencialmente ao período de tratamento do paciente,
a repetição da receita após confirmação expressa do mas nunca superior ao prazo de validade definido pelo
prescritor, devendo manter também os registros destas fabricante ou estabelecido pela farmácia.
confirmações, datados e assinados pelo farmacêutico
responsável. 13. DOCUMENTAÇÃO
12. PRAZO DE VALIDADE 13.1. Os documentos referentes à manipulação de
12.1. No caso de fracionamento interno das cápsulas fórmulas devem ser arquivados durante 6(seis) meses
oleaginosas, quando há o rompimento da embalagem após o vencimento do prazo de validade do produto
original a granel, o prazo de validade será igual ao do manipulado, podendo ser utilizado sistema de registro
fabricante/fornecedor, constante da embalagem original, eletrônico de dados ou outros meios confiáveis e legais.
desde que preservadas a segurança, qualidade e eficácia 13.2. A documentação e registros devem possibilitar a
do produto. rastreabilidade destes produtos.
12.1.1. Para fins do disposto no item 12.1, a farmácia 13.3. A documentação deve ficar à disposição da
deverá efetuar monitoramento do prazo de validade das autoridade sanitária fiscalizadora.
cápsulas moles por determinação de índice de peróxido,
cuja periodicidade deverá ser estabelecida em protocolo, 14. ATENDIMENTO A RECLAMAÇÕES
juntamente com as condições de armazenamento e 14.1. Toda reclamação deve ser registrada com o nome e
acondicionamento das mesmas. dados pessoais do reclamante, do prescritor, descrição do
12.1.2. O processo ou protocolo de monitoramento produto, número de registro no Livro de Receituário e
previsto no item 12.1 poderá ser realizado pela farmácia, natureza da reclamação, ficando o farmacêutico
por um grupo de farmácia reunido para este fim ou responsável pela investigação, tomada de medidas
associações de classes, conforme estabelecido em corretivas e esclarecimentos ao reclamante, efetuando
protocolo. também os registros das providências tomadas.
12.1.3. O monitoramento do
armazenamento/acondicionamento de cápsulas moles SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO
deverá ser realizado durante o período de 2 (dois) anos, PARANÁ
contados da data do início do estudo. Findo o período do MICHELE CAPUTO NETO
estudo e, caso todos os resultados sejam satisfatórios, DIRETOR GERAL
tendo o monitoramento concluído como aprovado, cessa SEZIFREDO ALVES PAULO PAZ
a exigência do item 12.1.1, prevalecendo a determinação SUPERINTENDENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
do item 12.1. CLEIDE APARECIDA DE OLIVEIRA
12.1.4. Em caso de algum resultado insatisfatório durante DIRETOR DO CENTRO ESTADUAL DE
o período de 2 (dois) anos, o prazo de validade das VIGILÂNCIA SANITÁRIA
cápsulas oleaginosas ficará reduzido para a validade PAULO COSTA SANTANA
determinada desse resultado insatisfatório. CHEFE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
12.1.5. Deverá ser elaborado protocolo para o DE PRODUTOS
monitoramento, com justificativa técnica para a escolha ÉRIKA FELLER
do produto, com a descrição do plano de amostragem,
periodicidade de análise, metodologia para análise do EQUIPE DE ELABORAÇÃO:
índice de peróxido, critérios de aceitação e rejeição, bem Kelly Cristina Marochi Kosloski
como a conclusão do estudo, com a consideração sobre o Luciane Otaviano de Lima
prazo de validade estabelecido, com base nos resultados Paulo Costa Santana
obtidos, e assinatura dos responsáveis pela execução do INSTITUIÇÕES COLABORADORAS:
estudo. Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais —
12.1.5.1. O protocolo para monitoramento do prazo de ANFARMAG —Nacional
validade das cápsulas oleaginosas, de que trata o item Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais —
12.1.5, deverá ser elaborado no prazo de 12 (doze) ANFARMAG — Seção Paraná
meses, a contar da data da publicação da presente Conselho Regional de Farmácia do Paraná — CRF/PR
Resolução. Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba —
12.1.6. O estudo de monitoramento a que se refere o item Coordenação de Vigilância Sanitária
12.1.1 deverá ser realizado para cápsula mole a ser Secretaria Municipal de Saúde de Maringá — Gerência
definida no respectivo protocolo, com justificativa de Vigilância Sanitária
técnica para a escolha do produto, conforme disposto no Sindicato dos Farmacêuticos no Estado do Paraná —
item 12.1.5. SINDIFAR/PR
12.2. A farmácia deverá estabelecer e manter
procedimentos que definam a política da empresa quanto
às cápsulas oleaginosas próximas ao vencimento.
12.3. Para as cápsulas moles fracionadas individualmente
para dispensação (fracionamento individualizado), o
127
RESOLUÇÃO N° 473 de 28/11/2016 Técnico de Registro, Alterações Pós-Registro e
(D.O.E 30.11.16) Revalidação de Registro dos Produtos Biológicos
Terminados;
Estabelece Norma Técnica referente as condições físicas, • considerando a Resolução RDC da Anvisa n° 44, de 17
técnicas e sanitárias para guarda, comercialização e de agosto de 2009, que dispõe sobre o cumprimento das
administração de vacinas em estabelecimentos Boas Práticas Farmacêuticas em farmácias e drogarias e
farmacêuticos privados no Estado Paraná. que estabelece em seu artigo 92 que as farmácias e
drogarias podem participar de campanhas e programas de
O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE, usando da promoção da saúde e educação sanitária promovidos pelo
atribuição que lhe confere o artigo 45, inciso XIV, da Lei Poder Público;
Estadual n° 8.485, de 03 de junho de 1987 e o artigo 9°, • considerando a Resolução — RDC n° 96, de 17 de
incisos XV e XVI, do Decreto Estadual n° 2.270, de 11 dezembro 2008 que dispõe sobre a propaganda,
de janeiro de 1988 e, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo
• considerando o disposto nos artigos 4°, 6°, 15, 17, 21, seja a divulgação ou promoção comercial de
24, 33, 44, 55, 56 da Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de medicamentos;
1973; • considerando a Resolução RDC N° 306, de 07 de
• considerando o disposto nos artigos 14, 15, 16 e 58 do dezembro de 2004 que dispõe sobre o Regulamento
Decreto n° 74.170, de 10 de junho de 1974; Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços
• considerando o disposto na Lei Estadual n° 13.331, de de Saúde;
23 de novembro de 2001, em especial o contido no artigo • considerando a Portaria MS n° 1.533, de 18 de agosto
12, incisos IX, XII, XIII e artigo 38; 2016 que redefine o Calendário Nacional de Vacinação, o
• considerando o disposto no Decreto Estadual n° 5.711, Calendário Nacional de Vacinação dos Povos Indígenas e
de 23 de maio de 2002, em especial o contido nos artigos as Campanhas Nacionais de Vacinação, no âmbito do
10, 445, inciso I, 457, 458, 459, 460, 577; Programa Nacional de Imunizações (PNI), em todo o
• considerando a Lei Estadual n° 18.169 de 28 de julho território nacional;
de 2014 que estabelece normas de identificação de • considerando a Resolução Estadual n° 590, de 10 de
profissionais em farmácias e drogarias no Paraná. setembro de 2014, que estabelece a Norma Técnica para
• considerando a Lei Federal n° 13.021 de 08 de agosto abertura, funcionamento, condições físicas, técnicas e
de 2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das sanitárias de farmácias e drogarias no Paraná,
atividades farmacêuticas no Brasil; RESOLVE:
• considerando Manual de Procedimentos para Vacinação Art. 1° - Aprovar Norma Técnica para regulamentar o
da Funasa; funcionamento, condições físicas, técnicas e sanitárias,
• considerando o Manual de Rede de Frio do Programa armazenamento, dispensação, aplicação e descarte de
Nacional de Imunizações; vacinas em farmácias privadas no âmbito do Estado do
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Paraná.
Farmácia n° 585/2013, que regulamenta as atribuições Art. 2° - A abrangência desta resolução são os
clínicas do farmacêutico e dá outras providências; estabelecimentos farmacêuticos privados, com e sem
• considerando a Resolução do Conselho Federal de manipulação de fórmulas, que pretendam armazenar,
Farmácia n° 586/2013, que regula a prescrição dispensar e aplicar vacinas.
farmacêutica e dá outras providências; Art. 3° - As farmácias privadas, para estarem aptas a
• considerando a Resolução do Conselho Federal de realizar o serviço de aquisição, armazenamento,
Farmácia n° 574/2013 que define, regulamenta e dispensação e aplicação de vacinas, devem atender a
estabelece atribuições e competências do farmacêutico na todos os requisitos constantes no Anexo I desta
dispensação e aplicação de vacinas, em farmácias e Resolução.
drogarias; Art. 4° - A fiscalização e controle da presente Norma
• considerando a Resolução do Conselho Federal de Técnica é de competência do Sistema Único de Saúde no
Farmácia n° 499, de 17 de dezembro de 2008, que dispõe Paraná, através dos seus órgãos Estadual e Municipais de
sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
e drogarias, e dá outras providências, alterada pela Art. 5° - O não cumprimento dos dispositivos desta
Resolução/CFF n° 505, de 23 de junho de 2009; Norma Técnica implicará na aplicação das penalidades
• considerando a Resolução do Conselho Federal de previstas na Lei Estadual n° 13.331, de 23 de novembro
Farmácia n° 357, de 20 de abril de 2004, que aprova o de 2001, Decreto Estadual n° 5.711, de 23 de maio de
regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia; 2002 ou outra que venha a substituí-la, e/ou legislação
• considerando o Decreto n° 85.878, de 7 de abril de específica Municipal.
1981, que estabelece as normas para execução da Lei n° Parágrafo Único. Configurada infração por inobservância
3820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da de preceitos ético-profissionais, os órgãos Estaduais ou
profissão de farmacêutico, e dá outras providências; Municipais comunicarão o fato ao Conselho Regional de
• considerando a Resolução RDC da Anvisa n° 315, de Farmácia do Estado do Paraná.
26 de outubro de 2005, que dispõe sobre o Regulamento Art. 6° - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.
128
Curitiba, 28 de novembro de 2016. Art. 3° - As farmácias privadas que comercializem
Michele Caputo Neto vacinas devem, obrigatoriamente, realizar a aplicação da
Secretário de Estado da Saúde mesma no estabelecimento farmacêutico.
Art. 4° - Compete aos estabelecimentos farmacêuticos
Anexo I da Resolução SESA n° 473/2016 que comercializam e administram vacinas,
NORMA TÉCNICA PARA REGULAMENTAR O obrigatoriamente:
ARMAZENAMENTO, DISPENSAÇÃO, I - Utilizar somente vacinas registradas no Ministério da
FUNCIONAMENTO, CONDIÇÕES FÍSICAS, Saúde;
TÉCNICAS, SANITÁRIAS E APLICAÇÃO DE II - Adquirir as vacinas somente de fornecedor
VACINAS EM FARMÁCIAS PRIVADAS regularizado junto aos órgãos competentes;
Art. 1° - Para fins desta resolução define-se: III - Realizar as atividades de vacinação, obedecendo às
I - Autoridade Sanitária: são aquelas identificadas na diretrizes desta Resolução e as normas técnicas do
organização das Secretarias de Saúde ou em órgãos Programa Nacional de Imunizações ou outro instrumento
equivalentes e nos atos regulamentares de fiscalização e legal que vier a substituí-lo;
controle de ações e serviços de saúde. IV - Manter registro de cada paciente/cliente/usuário,
II - Autoridades Profissionais: fiscais do Conselho da com seus dados cadastrais e dados de todas as vacinas
Classe Farmacêutica; aplicadas, acessível aos usuários, autoridades sanitárias e
III - Assistência Farmacêutica: conjunto de ações e de autoridades profissionais;
serviços que visem assegurar a assistência terapêutica V - Informar mensalmente à Secretaria de Saúde do
integral e a promoção, a proteção e a recuperação da município onde a farmácia está localizada, as doses
saúde nos estabelecimentos públicos e privados que aplicadas, segundo os modelos padronizados no SIPNI -
desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o Sistema de Informação do Programa Nacional de
medicamento como insumo essencial e visando ao seu Imunização ou outro que vier a substituí-lo;
acesso e ao seu uso racional; VI - Notificar o laboratório fabricante e os órgãos
IV - Farmácia: é uma unidade de prestação de serviços competentes por meio do sistema NOTIVISA, bem como
destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à o profissional prescritor sempre que possível, dos efeitos
saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual colaterais e reações adversas observadas, conforme
se processe a manipulação e/ou legislação vigente;
dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, VII - Monitorar e registrar diariamente a temperatura dos
farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos equipamentos destinados ao armazenamento de vacinas,
farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos; de acordo com as normas técnicas do Programa Nacional
V - Medicamento Biológico: medicamento que contém de Imunizações;
molécula com atividade biológica conhecida, que tenha VIII - Afixar, em local visível ao usuário na sala de
passado por todas as etapas de fabricação (formulação, aplicação, o Calendário de Vacinação Oficial, com a
envase, liofilização, rotulagem, embalagem, informação em destaque de que as vacinas nele
armazenamento, controle de qualidade e liberação do lote constantes são administradas gratuitamente nos serviços
de produto biológico para uso); públicos de saúde;
VI - Produto Biológico Terminado: produto IX - Realizar a vacinação exclusivamente no endereço
farmacêutico, de origem biológica, tecnicamente obtido constante da licença sanitária;
ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, X - Efetuar treinamento e manter acessíveis a todos os
paliativa ou para fins de diagnóstico "in vivo"; funcionários, cópias atualizadas das normas técnicas do
VII - Sala de Serviços Farmacêutica: sala onde se realiza Programa Nacional de Imunizações, manual e
exclusivamente a atenção farmacêutica aos pacientes, procedimentos operacionais específicos do
familiares e/ou cuidadores, com privacidade e garantindo estabelecimento;
a acessibilidade aos portadores de deficiência. XI - Manter em arquivo no estabelecimento, documentos
VIII - Vacina: produto biológico que contêm uma ou que comprovem a origem e possibilitem o rastreamento
mais substâncias antigênicas que, quando inoculados, são das vacinas disponíveis e aplicadas, acessíveis à
capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger autoridade sanitária e autoridade profissional.
contra a doença causada pelo agente infeccioso que XII - Realizar o descarte seguro de agulhas, seringas e
originou o antígeno. demais produtos utilizados nas atividades de vacinação,
Art. 2° - É atribuição do farmacêutico, na farmácia, o de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos
recebimento, o armazenamento, o controle, o preparo, a em Serviços de Saúde do estabelecimento, que deve
dispensação de vacinas, a prestação do serviço de abranger os procedimentos de tratamento/segregação e
aplicação da mesma, orientação e registro da aplicação descarte de resíduos infectantes incluindo a prévia
desses medicamentos. inativação.
Parágrafo Único - A dispensação e a aplicação das XIII - O processo físico a que devem ser submetidos os
vacinas devem ser executadas obrigatoriamente pelo resíduos do grupo A, onde se enquadram as vacinas, é a
farmacêutico responsável técnico, podendo ser delegada, autoclavação ficando sob a responsabilidade dos serviços
sob supervisão, ao seu substituto ou assistente, que as possuírem, a garantia da eficácia dos
devidamente treinado presente no estabelecimento.
129
equipamentos mediante controles químicos e biológicos - Denominação Comum Brasileira (quando houver);
periódicos devidamente registrados. - Concentração e forma farmacêutica;
XIV - Desenvolver todas as ações no que se refere ao - Via de administração;
manejo, segregação, acondicionamento antes e pós- - Número do lote;
tratamento, identificação, transporte interno, - Número de registro na ANVISA.
armazenamento temporário até destinação final e § 5° - A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser
segurança ocupacional do pessoal envolvido diretamente emitida em duas vias, sendo a primeira entregue ao
com os processos de higienização, coleta, transporte, paciente/usuário e, a segunda, arquivada no
tratamento, e armazenamento de resíduos, conforme estabelecimento.
determinado pela RDC 306 de 2004 Art. 8° - O estabelecimento responderá administrativa,
ou outra que venha a substituí-la. civil e criminalmente (quando couber) pela qualidade e
Art. 5° - As vacinas não constantes do Calendário de segurança das imunizações realizadas sob sua
Vacinação Oficial podem ser administradas somente responsabilidade e deve prestar todas as informações e
mediante prescrição médica. acompanhamento nos possíveis eventos adversos delas
Art. 6° - A farmácia deve realizar sua inclusão junto ao decorrentes.
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde Art. 9° - É vedado às Secretarias de Saúde Estadual e
(CNES) nas Secretarias Municipais de Saúde, antes de Municipais o fornecimento de vacinas e/ou materiais e
iniciar a atividade de aplicação de vacinas. equipamentos relacionados à vacinação, aos
Parágrafo Único: É responsabilidade do estabelecimento estabelecimentos privados.
farmacêutico manter os dados cadastrais atualizados Parágrafo Único: Na hipótese de relevante interesse para
junto a Vigilância Sanitária, Conselho Regional de a saúde pública, as Secretarias de Saúde (estadual ou
Farmácia e CNES. municipal, conforme o caso) poderão fornecer vacinas do
Art. 7° - Após a aplicação da vacina, o farmacêutico deve Calendário de Vacinação Oficial e/ou insumos e/ou
fornecer ao paciente/usuário a Declaração de Serviços materiais e equipamentos relacionados à vacinação às
Farmacêuticos da Seção V — Da Declaração de Serviços farmácias, comunicando essa situação e sua justificativa
Farmacêuticos, do capítulo XI —Dos Serviços ao órgão competente (estado e/ou Ministério da Saúde —
Farmacêuticos da Resolução Estadual n° 590/2014 ou PNI). Esse fornecimento será conferido em caráter
outra que vier a substituí-la, além da Carteira de excepcional e temporário, assegurando-se a manutenção
Vacinação (própria do estabelecimento) caso essa não da gratuidade da vacinação ao usuário com as vacinas
seja apresentada no momento da aplicação da vacina. fornecidas.
§ 1° - Em sendo apresentada a carteira de vacinação pelo Art. 10 - É proibido o comércio de medicamentos e/ou
paciente, o farmacêutico deverá fazer o registro na vacinas destinados exclusivamente ao Sistema
carteira, que deve ser preenchida de todos os itens Único de Saúde e que tenha a expressão "PROIBIDA A
obrigatórios, conforme modelo padrão do Ministério da VENDA NO COMÉRCIO" em suas embalagens
Saúde, sendo minimamente os seguintes: primárias e/ou secundárias.
I - tipo de vacina, Art. 11 - Aplicação de vacinas somente poderá ser
II- data, iniciada após a inspeção da vigilância sanitária e com a
III - lote, devida liberação e emissão da Licença e da publicação da
IV - rubrica do farmacêutico responsável pela aplicação. Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) da
§ 2° - Quando o paciente não apresentar Carteira de farmácia;
Vacinação, o estabelecimento farmacêutico deve fornecer Art. 12 - A Licença Sanitária deve ser renovada dentro
sua própria carteira de vacina para os pacientes atendidos dos prazos legais determinados em legislação sanitária
na farmácia, e esta deve ser em papel rígido, de qualidade estadual ou municipal vigente para a manutenção da
igual ou melhor ao da Carteira do Programa Nacional ou atividade de vacinação. A não renovação e emissão da
Estadual de Imunização, e deve conter, no mínimo, os licença por qualquer motivo, implica na suspensão
mesmos dados da Carteira do Programa Nacional ou imediata da aplicação das vacinas.
Estadual de Imunização.
§ 3° - A Declaração de Serviço Farmacêutico e a Carteira SEÇÃO I - DA ESTRUTURA FÍSICA
de Vacinação própria do estabelecimento, devem conter a Art. 13 - As farmácias que desejarem realizar o serviço
identificação do estabelecimento (nome, endereço, de armazenamento, dispensação e aplicação de vacinas
telefone e CNPJ), além da identificação do deverão cumprir ainda os seguintes requisitos:
paciente/usuário e de seu responsável legal, quando for o I - Dispor de sala de serviço/atenção farmacêutica que
caso. garanta a privacidade e o conforto dos usuários e que
§ 4° - A Declaração de Serviço Farmacêutico de que trata possua dimensões, mobiliário e infraestrutura
o §1° deve conter, ainda, as seguintes informações: compatíveis com as atividades desenvolvidas, devendo
a) Medicamento/vacina prescrito(s) e dados do prescritor esta possuir metragem mínima de 3 m2 e pia para
(nome e inscrição no conselho profissional), quando lavagem de mão com sabonete líquido e água corrente
houver; obrigatoriamente e demais itens conforme disposto nos
b) Dados do medicamento/vacina administrado: art. 60 a 64 da Resolução Estadual n° 590/2016. Esta sala
- Nome comercial; preferencialmente deve ser anexa à sala de vacinas.
130
II - Dispor de sala exclusiva para armazenamento e II - Cada câmara refrigerada deve estar ligada a uma
administração de vacinas com metragem mínima de 6 m2 tomada exclusiva, que deve estar situada a uma altura de
(seis metros quadrados), não podendo a mesma sala ser 1,20 m (um metro e vinte centímetros) em relação ao
compartilhada com outros serviços farmacêuticos. piso.
III - A sala de vacinas deve possuir climatizador na III - A câmara refrigerada deve ser instalada em local
versão quente/frio, com informação da temperatura arejado, distante de fontes de calor, sem incidência de luz
digital, compatível com o tamanho da sala de vacina, solar direta, nivelada e afastada 20 cm (vinte centímetros)
para manter a temperatura da sala entre 18 e 20°C. da parede.
IV - A sala de vacinas deve estar de acordo com os arts. IV - Não deve ser colocado na câmara refrigerada
60 a 64 do capítulo IX — Dos Serviços Farmacêuticos, qualquer elemento que dificulte a circulação do ar.
da Resolução SESA-PR n° 590/2014 ou outra que venha Parágrafo Único: As vacinas devem ser organizadas sem
a substituí-la, quanto aos demais requisitos sanitários. que haja necessidade de diferenciá-las por tipo ou
V - O estabelecimento farmacêutico deve dispor de compartimento, uma vez que a temperatura se distribui
câmara refrigerada regularizada junto à ANVISA uniformemente no interior do equipamento. Os produtos
específica para o armazenamento de vacinas e deve ser com prazo de validade mais curto devem ser dispostos na
usada exclusivamente para esta finalidade — frente dos demais facilitando o acesso e a otimização da
armazenamento de vacinas. sua utilização.
VI - Elaborar e manter acessíveis Procedimentos Art. 17 - Na limpeza de rotina da câmara refrigerada, as
Operacionais relativos a todas as atividades eferentes às vacinas devem ser acondicionadas em outra câmara
vacinas, entre eles: recebimento, armazenamento, refrigerada ou refrigerador específico de armazenamento
administração, dispensação e inutilização de vacinas, de outros medicamentos com o devido controle de
conforme especificado no Capítulo XII — Dos temperatura conforme determinado nesta resolução,
Procedimentos, da Resolução SESA-PR n° 590/2014 ou exclusivamente durante o tempo da limpeza da câmara
outra que vier a substituí-la. refrigerada ou se for utilizado caixas térmicas, devem
VII - Possuir registro da inutilização de vacinas onde atender as seguintes condições:
constem, obrigatoriamente, as seguintes informações: I - Retirar as bobinas reutilizáveis de gelo do freezer e
data, nome comercial, lote, quantidade e motivo do colocá-las sobre pia ou bancada até que desapareça a
descarte, mantendo estes registros por pelo menos 2 anos "névoa" que normalmente cobre a superfície externa da
no estabelecimento. bobina congelada.
VIII - Luz interna com acionamento externo, mesmo com II - Simultaneamente, colocar sob uma das bobinas o
porta fechada ou por tempo programável e com sensor de um termômetro de cabo extensor, para
acionamento automático na abertura da porta. indicação de quando elas terão alcançado a temperatura
IX - Discador telefônico para até três números. mínima de 0°C (zero graus Celsius).
X - Sistema de emergência integrado que mantenha a III - Após o desaparecimento da "névoa" e a confirmação
temperatura ideal do equipamento ou gerador de da temperatura (aproximadamente +1°C —um grau
emergência para a câmara fria, para manutenção por um Celsius positivo), colocar as bobinas nas caixas térmicas.
período mínimo de 48 h (quarenta e oito IV - Mensure a temperatura interna da caixa por meio do
horas) sem energia elétrica. termômetro de cabo extensor, esta deve estar entre +2° C
Art. 15 - Após a instalação da câmara refrigerada, deve- (dois graus Celsius positivos) e +8° C (oito graus Celsius
se proceder a sua limpeza interna e ao ajuste positivos), sendo ideal +5° C (cinco graus Celsius
da temperatura em + 5° C (cinco graus Celsius positivos) positivos) antes de colocar as vacinas em seu interior.
com o equipamento sem carga até a sua estabilização. V - As caixas térmicas a serem utilizadas para o
§ 1° - No caso de equipamentos novos ou submetidos à acondicionamento de vacinas devem ser de poliuretano e
manutenção deve-se verificar e registrar a temperatura a capacidade em litros deve, obrigatoriamente, ser
em intervalos de 2 (duas) horas por 7 (sete) dias. Nesse adequada à quantidade de vacinas que serão
intervalo não podem ser acondicionar vacinas no acondicionadas, assim como à quantidade de bobinas de
equipamento. Somente após comprovação da estabilidade gelo utilizadas para a conservação.
da temperatura em + 5° C (cinco graus Celsius positivos), VI - O estabelecimento farmacêutico deve possuir,
é que as vacinas devem ser armazenadas. obrigatoriamente, freezer para armazenamento das
§ 2° - Ajustar o alarme visual e sonoro da câmara bobinas congeladas, neste caso de utilização das caixas
refrigerada com mínimo de +3° C (três graus Celsius térmicas.
positivos) e o máximo de +7° C (sete graus Celsius VII - A limpeza deve ser realizada, minimamente uma
positivos) para possibilitar a adoção de condutas vez ao mês ou quando receber as vacinas e sempre que se
apropriadas. fizer necessário, com água e sabão neutro e com a câmara
Art. 16 - No armazenamento das vacinas, devem ser refrigerada não ligada na tomada.
atendidas as seguintes condições: VIII - As bobinas de gelo reutilizáveis devem ser
I - É vedada a guarda de alimentos, bebidas, outros trocadas quando do vencimento do prazo de validade das
medicamentos ou qualquer outro material na câmara mesmas, obrigatoriamente.
refrigerada destinada ao armazenamento de vacinas. Art. 18 - No recebimento das vacinas, devem ser
realizados os seguintes itens:
131
I - Verificar se a temperatura encontra-se entre +2° C IV - Calçar luvas antes de iniciar a limpeza.
(dois graus Celsius positivos) e +8° C (oito graus Celsius V - Preparar a solução desinfetante para a limpeza,
positivo) através da utilização de termômetro digital a colocando 10 mL de desinfetante para cada litro de água.
laser. O produto usado para a desinfecção da sala de vacinação
II - Se o transporte ocorreu em veículos com isolamento é, de preferência, o hipoclorito de sódio a 1%.
térmico ou caixas térmicas, com controle e VI - Umedecer um pano na solução desinfetante,
registro de temperatura de saída e chegada. envolvê-lo em um rodo (pode-se também utilizar o
III - Se foi utilizado o uso de gelo in natura e/ou gelo esfregão) e proceder à limpeza da sala do fundo para a
seco para a manutenção da temperatura interna saída, em sentido único.
em caixas térmicas, as vacinas não devem ser recebidas, VII - Recolher o lixo do chão com a pá, utilizando
pois o uso de gelo in natura e/ou gelo seco é vedado. esfregão ou rodo envolvido em pano úmido, fechando o
IV - Ao receber as vacinas, o estabelecimento deve, de saco corretamente.
imediato, colocá-las em câmara refrigerada na Art. 21 - Para a limpeza terminal, o funcionário deve:
temperatura de +2° C (dois graus Celsius positivos) a +8° I - Usar roupa apropriada e calçado fechado.
C (oito graus Celsius positivo). II - Organizar os materiais necessários (balde, solução
V - Não devem ser aceitos/recebidos produtos fora das desinfetante, sabão líquido, esponja, rodo e pano de chão
especificações expostas acima, devendo o ou esfregão, luvas para limpeza, pá).
estabelecimento prontamente denunciar o fato (pretensão III - Higienizar as mãos com água e sabão, conforme
de entrega de vacinas fora das condições necessárias) ao orientação dada na Parte III do Manual de Normas e
serviço de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual, Procedimentos para Vacinação de 2014 ou outro que
devendo informar o nome do produto, lote, quantidade, venha a substituí-lo (tópico 6.1.1).
fabricante/distribuidor/transportador, preferencialmente IV - Calçar luvas antes de iniciar a limpeza.
informando o veículo onde estava o produto (se possível V - Preparar a solução desinfetante para a limpeza,
placa do veículo). colocando 10 mL de desinfetante para cada litro de água.
VI - Lavar os cestos de lixo com solução desinfetante.
SEÇÃO III - DA LIMPEZA DA SALA DE VII - Iniciar a limpeza pelo teto, usando pano seco
VACINAÇÃO envolvido no rodo.
Art. 19 - A limpeza de superfícies em serviços de saúde VIII - Retirar e limpar os bojos das luminárias, lavando-
devem ser concorrente (diária) e terminal. os com água e sabão e secando-os em seguida.
I - A limpeza concorrente da sala de vacinação deve ser IX - Limpar janelas, vidros e esquadrias com pano úmido
realizada pelo menos duas vezes ao dia em horários em solução desinfetante, finalizando a limpeza com pano
preestabelecidos ou sempre que ela for necessária. seco.
II - A limpeza terminal é mais completa e inclui todas as X - Lavar externamente janelas, vidros e esquadrias com
superfícies horizontais e verticais, internas e externas da escova e solução desinfetante, enxaguando-os em
sala e dos equipamentos. A limpeza terminal da sala de seguida.
vacinação deve ser realizada a cada 15 dias, XI - Limpar as paredes com pano umedecido em solução
contemplando a limpeza de piso, teto, paredes, portas e desinfetante e completar a limpeza com pano
janelas, mobiliário, luminárias, lâmpadas e filtros de XII - Limpar os interruptores de luz com pano úmido.
condicionadores de ar. XIII - Lavar a(s) pia(s) e a(s) torneira(s) com esponja,
III - Quanto aos equipamentos de refrigeração, a equipe água e sabão.
responsável pela sala deverá programar e executar o XIV - Enxaguar a(s) pia(s) e passar um pano umedecido
procedimento de limpeza conforme as orientações em solução desinfetante.
contidas no Manual de Rede de Frio. XV - Limpar o chão com esfregão ou rodo envolvidos
IV - A limpeza da sala de vacinação deve ser realizada em pano umedecido em solução desinfetante e, em
por profissionais devidamente treinados e, embora o seguida, passar pano seco. Não se devendo o chão ser
trabalhador da sala de vacinação não execute varrido para evitar a dispersão do pó e a contaminação do
propriamente tal procedimento, é importante que ele ambiente.
saiba como a limpeza deve ser realizada.
Art. 20 - Para a limpeza concorrente da sala de SEÇÃO IV - DO TRATAMENTO PRÉVIO PARA
vacinação, o funcionário deve: DESCARTE DAS VACINAS
I - Usar roupa apropriada e calçado fechado. Art. 22 - Conforme determina a RDC 306 de 2004, os
II - Organizar todos os materiais necessários antes de estabelecimentos farmacêuticos, quando do manejo dos
iniciar a limpeza propriamente dita (balde, solução Resíduos de Serviços de Saúde do grupo A I , onde são
desinfetante, rodo e pano de chão ou esfregão, luvas para classificadas as vacinas (item 5.2 da resolução acima
limpeza, pá). citada), estas devem ser submetidas a tratamento,
III - Realizar a higienização as mãos com água e sabão, utilizando-se processo físico ou outros processos que
conforme orientação dada no Manual de Normas e vierem a ser validados para a obtenção de redução ou
Procedimentos para Vacinação de 2014 ou outro que eliminação da carga de micro-organismos, em
venha a substituí-lo - Parte III - tópico equipamento compatível com Nível III de Inativação
6, item 6.1. Microbiana (Apêndice IV) conforme determina o item
132
5.2.3 da RDC 306 de 2004 ou outra que venha a
substituí-la, podendo a destinação final do produto ser
terceirizada.
Art. 23 - Esta autoclavação, quando ocorrer no
estabelecimento, deve ser realizada em uma sala
específica denominada de Central de Material (CM).
Art. 24 - O processo de autoclavagem deve ser
documentado de forma a garantir a rastreabilidade de
cada lote processado.
Art. 25 - Deve ser realizada qualificação de instalação,
qualificação de operação e qualificação de desempenho,
para os equipamentos utilizados na redução ou
eliminação da carga microbiana com periodicidade
mínima anual.
I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);
II - Área de monitoramento do processo de redução ou
eliminação da carga microbiana;
III - Essas áreas devem dispor de pelo menos uma
bancada com dimensões que permitam a conferência dos
materiais de forma a garantir a segurança do processo.
Art. 26 - O dimensionamento desta sala e se for o caso
das áreas subsequentes da CM deve ser determinada em
função da demanda e do método de processamento
utilizado.

133
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
Resoluções da ANVISA SANITÁRIA

RDC nº 320 de 22/11/2002 Art. 3º As empresas distribuidoras de produtos


(D.O.U de 25.11.2002) farmacêuticos, terão prazo de 60 (sessenta) dias para
atender as exigências desta resolução, contadas da data de
Procedimentos para Distribuidores de Produtos sua publicação. (Prazo prorrogado por 60 dias pela
Farmacêuticos Resolução – RDC nº 16, de 22 de janeiro de 2003)

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Art. 4º A inobservância ou desobediência ao disposto


Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art.11, nesta Resolução configura infração de natureza sanitária,
inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977,
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c § 1º do art. sujeitando o infrator às penalidades nela previstas, bem
111 do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593, como as sanções de natureza civil e penal cabíveis.
de 25 de agosto de 2000, republicada em 22 de dezembro Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
de 2000, em reunião realizada em 21 de novembro de publicação.
2002, GONZALO VECINA NETO
considerando a Lei 6.360, de 23 de setembro de 1976;
considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de
1977; Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
considerando, a necessidade de garantir o Sistema de 25.11.2002
Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos produtos
farmacêuticos;
considerando a necessidade de acompanhar e monitorar
nas distribuidoras, o cumprimento das normas sanitárias
para a distribuição de medicamentos, com vistas à
detecção de medicamentos irregulares, os falsificados e os
provenientes de cargas roubadas assegurando as ações
preventivas do Sistema de Controle e Fiscalização;
considerando a necessidade de avaliar o fluxo de
medicamentos dentro da cadeia de distribuição legalmente
estabelecida,
Adotou a seguinte Resolução e eu, Diretor-Presidente,
determino sua publicação.

Art. 1º As empresas distribuidoras de produtos


farmacêuticos devem:
I - somente efetuar transações comerciais e operações de
circulação a qualquer titulo, de produtos farmacêuticos,
por meio de notas fiscais que contenham obrigatoriamente
os números dos lotes dos produtos nelas constantes:
a) as transações comerciais e operações de circulação a
qualquer titulo a que se refere este inciso, somente
poderão ser realizadas com empresas com autorização e
licença de funcionamento;
b) excetuam-se da obrigatoriedade do item acima, os
hospitais privados ou públicos, desde que em situação RDC nº 306, de 7/12/2004
sanitária regular, além de órgãos de governo. (D.O.U de 10.12.2004)
II - notificar a autoridade sanitária competente, de
imediato, quaisquer suspeitas de alteração, adulteração, Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
fraude, falsificação ou roubo dos produtos que distribui, gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
com a indicação do número dos lotes, para averiguação da
denúncia, sob pena de responsabilização nos termos da Observação:
legislação penal, civil e sanitária.

Art. 2º Ficam revogados os incisos VII, X e seus RDC 306/2004 - vigente até o dia 25/09/2018.
respectivos parágrafos, do art. 13 da Portaria SVS/MS nº
802, de 8 de outubro de 1998.

134
Revogada pela RDC 222/2018,de 28/03/2018. Publicada
no DOU nº 61, de 29 de março de 2018. Normativa em
vacatio legis: "Art. 95 Esta Resolução entra em vigor 180
(cento e oitenta) dias a partir da data da sua publicação.")

*Para acesso a RDC 306/2004, consultar site da


ANVISA. Para acesso a RDC 222/2018, consulte este
manual.

135
Art. 2º Para os fins desta Resolução são adotada as
RDC n° 199, de 01/07/2005 seguintes definições:
(D.O.U de 05.07.2005) I - armazenagem: procedimento que possibilita o estoque
ordenado e racional de várias classes de produtos e de
Terceirização da atividade de armazenamento para fins matérias-primas;
exclusivos de exportação II - autorização de funcionamento de empresa: ato
privativo do órgão competente do Ministério da Saúde,
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância incumbido da vigilância sanitária dos produtos que de
Sanitária, no uso de sua atribuição que lhe confere o art. trata esta Resolução, contendo permissão para que as
11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado empresas exerçam as atividades sob regime de vigilância
pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. sanitária, instituído pela Lei nº 6.360 de 1976;
111, inciso I, alínea "b", § 1°, do Regimento Interno III - droga: substância ou matéria-prima que tenha
aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, finalidade medicamentosa ou sanitária;
republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em IV - empresa: pessoa jurídica que exerça como atividade
reunião realizada em 20 de junho de 2005, principal ou subsidiária o comércio atacadista de drogas,
considerando que somente podem extrair, produzir, medicamentos ou insumos farmacêuticos para fins
fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, exclusivos de exportação;
embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou V - contratada: empresa que realiza o serviço de
expedir os produtos de que trata o art. 1º da Lei n.º 6.360, terceirização, co-responsável pelos aspectos técnicos e
de 23 de setembro de 1976, as empresas para tal fim legais inerentes à atividade objeto da terceirização de que
autorizadas pela autoridade sanitária competente; trata esta Resolução;
considerando que a finalidade institucional da ANVISA é VI - contratante: empresa que contrata serviços de
promover a proteção da saúde da população por terceiros, responsável por todos os aspectos legais e
intermédio do controle sanitário da produção e da técnicos vinculados com o produto ou processo objeto da
comercialização de produtos e serviços submetidos à terceirização;
vigilância sanitária, conforme estabelecido por meio da VI - exportador: empresa que exerça direta ou
Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999; indiretamente o comércio atacadista de drogas,
considerando que o comércio atacadista de medicamentos medicamentos em suas embalagens originais, e insumos
ou insumos farmacêuticos para fins exclusivos de farmacêuticos;
exportação ocasiona risco diferenciado em relação ao VIII - insumo farmacêutico: droga ou matéria-prima
comércio de produtos voltados para o consumo no país; aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada
considerando a necessidade de compatibilizar o a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus
conhecimento técnico e científico inerente à defesa e recipientes;
proteção da saúde da população com as políticas de IX - medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente
incentivo à produção nacional e às políticas de geração de obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa,
emprego e renda no país; paliativa ou para fins de diagnóstico;
considerando a necessidade de viabilizar e estabelecer X - representante legal: pessoa física investida de poderes
normas para a terceirização da atividade de legais para praticar atos em nome da empresa, preposta de
armazenamento no caso das empresas que realizam o gerir ou administrar seus negócios perante terceiros por
comércio atacadista de medicamentos ou insumos meio de procuração;
farmacêuticos para fins exclusivos de exportação, e XI - responsável legal: pessoa física designada em
considerando a necessidade de garantir o controle e a estatuto, contrato social ou ata, incumbida de responder
fiscalização sanitária de medicamentos ou insumos pela empresa, ativa e passivamente, nos atos judiciais e
farmacêuticos armazenados em regime de terceirização extrajudiciais em geral;
para fins exclusivos de exportação, XII - responsável técnico: profissional legalmente
adotou a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, habilitado, com inscrição em autarquia profissional,
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. reconhecido pela autoridade sanitária para a atividade que
a empresa realiza na área de produtos ou insumos
Art. 1º É permitida a terceirização da atividade de abrangidos por esta Resolução, e
armazenamento no caso de empresas que realizam o XIII - terceirização: é a contratação de serviços de
comércio atacadista de medicamentos ou insumos terceiros para a armazenagem de medicamentos ou
farmacêuticos para fins exclusivos de exportação, desde insumos farmacêuticos.
que respeitadas os termos e condições estabelecidos nesta Art. 3º O contrato de terceirização e suas posteriores
Resolução. modificações deverão ser previamente apresentados à
Parágrafo único. O comércio atacadista de que trata este autoridade sanitária para a competente deliberação.
artigo não se confunde com a atividade de produção para Parágrafo único. Em nenhum caso a autorização pela
exportação ou com a representação comercial autoridade sanitária competente para a terceirização
internacional. exime a contratante da responsabilidade legal pela
qualidade e segurança dos produtos envolvidos em suas
atividades.
136
Art. 4º O contrato de terceirização deve indicar com com a contratante, pelos aspectos técnicos, operacionais e
clareza os produtos e as operações envolvidas, assim legais inerentes à atividade objeto da terceirização.
como qualquer aspecto técnico e operacional acordado a Art. 11. A contratante deve fornecer à contratada todas as
respeito do objeto contratado. informações necessárias para que realize as operações
§ 1º O contrato deve conter a identificação completa e os contratadas de acordo com o registro junto a autoridade
endereços das empresas envolvidas, definir as obrigações sanitária competente e a autorização de funcionamento,
específicas da contratante e contratada e deve ser assinado bem como qualquer outra exigência legal.
pelos respectivos responsáveis técnicos e legais ou, nesse Art. 12. A contratante deve assegurar que a contratada
último caso, pelos respectivos representantes. seja informada de qualquer problema associado ao
§ 2º No contrato deve ainda constar a forma pela qual o produto, serviços ou ensaios, que possam pôr em risco a
responsável técnico da contratante vai exercer sua qualidade do produto bem como as instalações da
responsabilidade e a garantia de cumprimento das Boas contratada, seus equipamentos, seu pessoal, demais
Práticas correspondentes por ambas as partes durante a materiais, ou outros produtos.
execução do contrato. Art. 13. A contratante deve garantir que todos os produtos
§ 3º O contrato também deve indicar o prazo de validade entregues pela contratada cumpram com suas
e cláusulas de rescisão. especificações e que o produto tenha sido liberado pelo
Art. 5º A autoridade sanitária competente deve ser responsável técnico da contratada.
informada pela contratante quando o contrato for Art. 14. A contratante só poderá requerer da contratada o
rescindido, no prazo máximo de trinta dias contados da armazenamento de produtos para fins de exportação,
rescisão. desde que legalmente registrados no país ou dispensados
Art. 6º A capacidade técnica e operacional da contratante, de registro pelo órgão ou entidade competentes.
apropriada ao exercício de suas atividades, deve ser Art. 15. A inobservância do disposto nesta Resolução
mantida durante todo o prazo de validade da Autorização configura infração de natureza sanitária, sujeitando os
de Funcionamento correspondente, inclusive no caso de infratores às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20
término do prazo ou rescisão do contrato de terceirização de agosto de 1977, sem prejuízo de outras sanções de
de que trata esta Resolução. natureza civil, administrativa ou penal cabíveis.
§ 1º Para os fins deste artigo, a contratante deve dispor de Art. 16. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
instalações, materiais e equipamentos adequados ao publicação.
exercício de suas atividades e manter atualizada a relação DIRCEU RAPOSO DE MELLO
contratual com terceiros no caso da armazenagem, para
evitar solução de continuidade. ANEXO
§ 2º A inobservância do disposto neste artigo poderá INFORMAÇÕES E RELAÇÃO DA
ensejar o cancelamento da Autorização de DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIAS À SOLICITAÇÃO
Funcionamento, nos termos da legislação vigente. DA TERCEIRIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE
Art. 7º As informações e a relação da documentação ARMAZENAMENTO
necessárias à solicitação da terceirização da atividade de 1. As empresas que realizam o comércio atacadista de
armazenamento no caso das empresas que realizam o medicamentos ou insumos farmacêuticos para fins
comércio atacadista de medicamentos ou insumos exclusivos de exportação podem terceirizar a atividade de
farmacêuticos com finalidade exclusiva de exportação armazenamento dos produtos envolvidos em suas
encontram-se no Anexo desta Resolução. atividades mediante prévia autorização da autoridade
Art. 8º A contratada deve possuir autorização de sanitária federal competente, por meio de pedido formal
funcionamento expedida pela autoridade sanitária acompanhado das seguintes informações e documentação:
competente para as atividades objeto do contrato e atender 2. Informações e dados da contratante:
às Boas Práticas de Fabricação e especificações do 2.1. Nome fantasia ou razão social.
fabricante ou detentor do registro e cumprir com as Boas 2.2. Endereço (Matriz e Filiais).
Práticas de Distribuição e Armazenagem. 2.3. Farmacêutico responsável.
Parágrafo único. A contratada não pode subcontratar, no 2.4. Responsável legal.
todo ou em parte, os serviços previstos no contrato. 2.5. Endereço dos estabelecimentos, incluindo depósito
Art. 9º A contratada deve possuir instalações, (próprio ou de terceiro) - telefone - FAX.
equipamentos, conhecimento adequado, além de 2.6. CNPJ.
experiência e pessoal competente para desempenhar 2.7. Área geográfica de localização e atuação.
satisfatoriamente o serviço solicitado pela contratante, 2.8. Tipos de Produtos / condições específicas de
atendendo aos requisitos das Boas Práticas Controle.
correspondentes. 2.9. Distribuição - condições específicas de acordo com as
Parágrafo único. A contratada está sujeita, a qualquer Boas Práticas de Distribuição.
momento, à inspeção pela autoridade sanitária 2.10. Armazenagem - condições específicas de acordo
competente. com as Boas Práticas de Armazenagem.
Art. 10. Em todos os casos a contratada, seu responsável 2.11. Transporte - condições específicas de acordo com as
técnico e seu responsável legal são solidariamente Boas Práticas de Transporte.
responsáveis perante as autoridades sanitárias, juntamente 3. Informações e dados da contratada:
137
3.1. Nome fantasia ou razão social.
3.2. Endereço (Matriz e Filiais).
3.3. Farmacêutico responsável.
3.4. Responsável legal.
3.5. Endereço dos estabelecimentos, incluindo depósito -
telefone - FAX.
3.6. CNPJ.
3.7. Área geográfica de localização e atuação.
3.8. Tipos de Produtos / condições específicas de
Controle.
3.9. Distribuição - condições específicas de acordo com as
Boas Práticas de Distribuição.
3.10. Armazenagem - condições específicas de acordo
com as Boas Práticas de Armazenagem.
3.11. Transporte - condições específicas de acordo com as
Boas Práticas de Transporte.
4. Documentação:
4.1. Formulário de Petição.
4.2. Via original do comprovante de pagamento da Taxa
de Fiscalização de Vigilância Sanitária ou Guia de
Vigilância Sanitária (GRU) Isenta.
4.3. Comprovante de enquadramento de porte da empresa
de acordo com a legislação vigente, exceto para as
empresas enquadradas como Grande Grupo I.
4.4. Cópia do documento de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas - CNPJ da contratante e da
contratada.
4.5. Cópia do Contrato Social ou Ata de Constituição da
contratante e da contratada, Registrada na Junta
Comercial e suas Alterações, se houver, devendo estar
explicitado a classe de produtos e as atividades
autorizadas.
4.6. Cópia da Autorização de Funcionamento da
contratante, publicada no Diário Oficial da União, quando
já autorizada e não se tratar de pedido de Autorização;
4.7. Cópia da Autorização de Funcionamento da
contratada, publicada no Diário Oficial da União.
4.6. Cópia do contrato de terceirização contendo as
informações e especificações estabelecidas nesta
Resolução.
4.7. Relatório de Inspeção com parecer técnico
conclusivo, original ou cópia autenticada, emitido pela
Vigilância Sanitária local, atualizado.
4.8. Relação sucinta da natureza e espécie dos produtos
ou substâncias envolvidos na terceirização (classe
terapêutica/forma farmacêutica, condições especiais de
controle/conservação).
4.9. Cópia do Certificado de Regularidade ou Termo de
Responsabilidade, atualizado, emitido pelo Conselho
Regional respectivo, referente à empresa contratante e
contratada.
4.10. Manual de Boas Práticas de Distribuição e
Armazenagem da empresa contratada.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


05.07.2005
Republicado na página 44 do DOU nº 144 de 28/07/2005

138
conjunto de técnicos da ANVISA, com o Grupo de
RDC nº. 302 de 13/10/2005. Trabalho instituído pela Portaria nº. 864, de 30 de
(D.O.U de 14.10.2005) setembro 2003. Este Grupo de Trabalho foi composto por
técnicos da ANVISA, Secretaria de Atenção a Saúde
Dispoe sobre regulamento técnico para funcionamento de (SAS/MS), Secretaria de Vigilância a Saúde (SVS/MS),
Laboratórios Clínicos Vigilâncias Sanitárias Estaduais, Laboratório de Saúde
Pública, Sociedade Brasileira de Patologia
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Clínica/Medicina Laboratorial, Sociedade Brasileira de
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art.11, Análises Clínicas, Provedores de Ensaio de Proficiência e
inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo um Consultor Técnico com experiência na área.
Decreto 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o § 1º do A proposta de Regulamento Técnico elaborada pelo
art.111 do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº. Grupo de Trabalho foi publicada como Consulta Pública
593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 nº. 50 em 6 agosto de 2004 e ficou aberta para receber
de dezembro de 2000, em reunião realizada em 10 de sugestões por um prazo de 60 (sessenta) dias, os quais
outubro de 2005; foram prorrogados por mais 30 (trinta) dias.
considerando as disposições constitucionais e a Lei As sugestões recebidas foram consolidadas pelos técnicos
Federal nº. 8080 de 19 de setembro de 1990 que trata das da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde -
condições para a promoção, proteção e recuperação da GGTES/ANVISA, pelos componentes do Grupo de
saúde, como direito fundamental do ser humano; Trabalho juntamente com o Consultor. Após discussões,
considerando a necessidade de normalização do as sugestões pertinentes foram incorporadas ao texto do
funcionamento do Laboratório Clínico e Posto de Coleta Regulamento Técnico, sendo produzido o documento
Laboratorial; final consensual sobre o assunto.
considerando a relevância da qualidade dos exames O presente documento é o resultado das discussões que
laboratoriais para apoio ao diagnóstico eficaz, adota a definiram os requisitos necessários ao funcionamento do
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor- Laboratório Clínico e Posto de Coleta Laboratorial.
Presidente substituto, determino a sua publicação: 2 OBJETIVO
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico para Definir os requisitos para o funcionamento dos
funcionamento dos serviços que realizam atividades laboratórios clínicos e postos de coleta laboratorial
laboratoriais, tais como Laboratório Clinico, e Posto de públicos ou privados que realizam atividades na área de
Coleta Laboratorial, em anexo. análises clínicas, patologia clínica e citologia.
Art. 2º Estabelecer que a construção, reforma ou 3 ABRANGÊNCIA
adaptação na estrutura física do laboratório clínico e posto Esta Resolução de Diretoria Colegiada é aplicável a todos
de coleta laboratorial deve ser precedida de aprovação do os serviços públicos ou privados, que realizam atividades
projeto junto à autoridade sanitária local em laboratoriais na área de análises clínicas, patologia clínica
conformidade com a RDC/ANVISA nº. 50, de 21 de e citologia.
fevereiro de 2002, e RDC/ANVISA nº. 189, de 18 de 4 DEFINIÇÕES
julho de 2003 suas atualizações ou instrumento legal que 4.1 Alvará sanitário/Licença de funcionamento/Licença
venha a substituí-las. sanitária: Documento expedido pelo órgão sanitário
Art. 3º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e competente Estadual, Municipal ou do Distrito Federal,
do Distrito Federal devem implementar os procedimentos que libera o funcionamento dos estabelecimentos que
para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária.
esta RDC, podendo adotar normas de caráter suplementar, 4.2 Amostra do paciente: Parte do material biológico de
com a finalidade de adequá-lo às especificidades locais. origem humana utilizada para análises laboratoriais.
Art. 4º O descumprimento das determinações deste 4.3 Amostra laboratorial com restrição: Amostra do
Regulamento Técnico constitui infração de natureza paciente fora das especificações, mas que ainda pode ser
sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades utilizada para algumas análises laboratoriais.
previstas na Lei nº. 6437, de 20 de agosto de 1977, suas 4.4 Amostra controle: Material usado com a finalidade
atualizações, ou instrumento legal que venha a substituí- principal de monitorar a estabilidade e a reprodutibilidade
la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil de um sistema analítico nas condições de uso na rotina.
cabíveis. 4.5 Analito: Componente ou constituinte de material
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua biológico ou amostra de paciente, passível de pesquisa ou
publicação. análise por meio de sistema analítico de laboratório
FRANKLIN RUBINSTEIN clínico.
ANEXO 4.6 Biossegurança: Condição de segurança alcançada por
REGULAMENTO TÉCNICO PARA um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar,
FUNCIONAMENTO DE LABORATÓRIOS CLÍNICOS reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que
1 HISTÓRICO possam comprometer a saúde humana, animal e o meio
O Regulamento Técnico de Funcionamento do ambiente.
Laboratório Clínico foi elaborado a partir de trabalho 4.7 Calibração: Conjunto de operações que estabelece,
sob condições especificadas, a correspondência entre
139
valores indicados por um instrumento, sistema de 4.25 Insumo: Designação genérica do conjunto dos meios
medição ou material de referência, e os valores ou materiais utilizados em um processo para geração de
correspondentes estabelecidos por padrões. um produto ou serviço.
4.8 Coleta laboratorial domiciliar: Realização da coleta de 4.26 Laboratório clínico: Serviço destinado à análise de
amostra de paciente em sua residência. amostras de paciente, com a finalidade de oferecer apoio
4.9 Coleta laboratorial em empresa: Realização da coleta ao diagnóstico e terapêutico, compreendendo as fases pré-
de amostra de paciente no âmbito de uma empresa. analítica, analítica e pós-analítica.
4.10 Coleta laboratorial em unidade móvel: Realização da 4.27 Laboratório de apoio: Laboratório clínico que realiza
coleta de amostra de paciente em unidade móvel. análises em amostras enviadas por outros laboratórios
4.11 Controle da qualidade: Técnicas e atividades clínicos.
operacionais utilizadas para monitorar o cumprimento dos 4.28Laudo laboratorial: Documento que contém os
requisitos da qualidade especificados. resultados das análises laboratoriais, validados e
4.12 Controle externo da qualidade - CEQ: Atividade de autorizados pelo responsável técnico do laboratório ou
avaliação do desempenho de sistemas analíticos através seu substituto.
de ensaios de proficiência, análise de padrões certificados 4.29 Limpeza: Processo sistemático e contínuo para a
e comparações interlaboratoriais.Também chamada manutenção do asseio ou, quando necessário, para a
Avaliação Externa da Qualidade. retirada de sujidade de uma superfície.
4.13 Controle interno da qualidade - CIQ: Procedimentos 4.30 Material biológico humano: Tecido ou fluido
conduzidos em associação com o exame de amostras de constituinte do organismo humano.
pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando 4.31 Metodologia própria em laboratório clínico (in
dentro dos limites de tolerância pré-definidos. house): Reagentes ou sistemas analíticos produzidos e
4.14 Desinfecção: Processo físico ou químico que destrói validados pelo próprio laboratório clínico, exclusivamente
ou inativa a maioria dos microrganismos patogênicos de para uso próprio, em pesquisa ou em apoio diagnóstico.
objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos 4.32 Paciente de laboratório: Pessoa da qual é coletado o
bacterianos. material ou amostra biológica para ser submetida à análise
4.15 Ensaio de proficiência: Determinação do laboratorial.
desempenho analítico por meio de comparações 4.33 Posto de coleta laboratorial: Serviço vinculado a um
interlaboratoriais conduzidas por provedores de ensaio de laboratório clínico, que realiza atividade laboratorial, mas
proficiência. não executa a fase analítica dos processos operacionais,
4.16 Equipamento laboratorial: Designação genérica para exceto os exames presenciais, cuja realização ocorre no
um dispositivo empregado pelo laboratório clínico como ato da coleta.
parte integrante do processo de realização de análises 4.34 Produto para diagnóstico de uso in vitro: Reagentes,
laboratoriais. padrões, calibradores, controles, materiais, artigos e
4.17 Esterilização: Processo físico ou químico que destrói instrumentos, junto com as instruções para seu uso, que
todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas contribuem para realizar uma determinação qualitativa,
formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. quantitativa ou semi-quantitativa de uma amostra
4.18 Fase pré-analítica: Fase que se inicia com a biológica e que não estejam destinados a cumprir função
solicitação da análise, passando pela obtenção da amostra anatômica, física ou terapêutica alguma, que não sejam
e finda ao se iniciar a análise propriamente dita. ingeridos, injetados ou inoculados em seres humanos e
4.19 Fase analítica: Conjunto de operações, com que são utilizados unicamente para provar informação
descrição especifica, utilizada na realização das análises sobre amostras obtidas do organismo humano.
de acordo com determinado método. 4.35 Profissional legalmente habilitado: Profissional com
4.20 Fase pós-analítica: Fase que se inicia após a formação superior inscrito no respectivo Conselho de
obtenção de resultados válidos das análises e finda com a Classe, com suas competências atribuídas por Lei.
emissão do laudo, para a interpretação pelo solicitante. 4.36 Rastreabilidade: Capacidade de recuperação do
4.21 Garantia da qualidade: Conjunto de atividades histórico, da aplicação ou da localização daquilo que está
planejadas, sistematizadas e implementadas com o sendo considerado, por meio de identificações registradas.
objetivo de cumprir os requisitos da qualidade 4.37 Responsável Técnico - RT: Profissional legalmente
especificados. habilitado que assume perante a Vigilância Sanitária a
4.22 Inspeção sanitária: Conjunto de procedimentos Responsabilidade Técnica do laboratório clínico ou do
técnicos e administrativos, de competência da autoridade posto de coleta laboratorial.
sanitária local, que previnem e controlam o risco sanitário 4.38 Saneante: Substância ou preparação destinada à
em estabelecimentos sujeitos a este controle. higienização, desinfecção, esterilização ou desinfestação
4.23Instrução escrita: Toda e qualquer forma escrita de domiciliar, em ambientes coletivos, públicos e privados,
documentar as atividades realizadas pelo estabelecimento em lugares de uso comum e no tratamento da água.
e ou serviço. 4.39 Supervisão: Atividade realizada com a finalidade de
4.24Instrumento laboratorial: Designação genérica para verificar o cumprimento das especificações estabelecidas
dispositivos empregados pelo laboratório clínico que nos processos operacionais.
auxiliam na execução de uma tarefa analítica. 4.40 Teste Laboratorial Remoto-TLR: Teste realizado por
meio de um equipamento laboratorial situado fisicamente
140
fora da área de um laboratório clínico. Também chamado laboratório clínico e devem seguir os requisitos aplicáveis
Teste Laboratorial Portátil -TLP, do inglês Point-of-care definidos neste Regulamento Técnico.
testing -POCT. 5.2.Recursos Humanos
4.41 Validação: Procedimento que fornece evidências de 5.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
que um sistema apresenta desempenho dentro das devem manter disponíveis registros de formação e
especificações da qualidade, de maneira a fornecer qualificação de seus profissionais compatíveis com as
resultados válidos. funções desempenhadas.
4.42 Verificação da calibração: Ato de demonstrar que 5.2.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
um equipamento de medição apresenta desempenho devem promover treinamento e educação permanente aos
dentro dos limites de aceitabilidade, em situação de uso. seus funcionários mantendo disponíveis os registros dos
5 CONDIÇÕES GERAIS mesmos.
51 Organização 5.2.3 Todos os profissionais do laboratório clínico e do
51.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial posto de coleta laboratorial devem ser vacinados em
devem possuir alvará atualizado, expedido pelo órgão conformidade com a legislação vigente.
sanitário competente. 5.2.4 A admissão de funcionários deve ser precedida de
51.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial exames médicos em conformidade com o PCMSO da NR-
devem possuir um profissional legalmente habilitado 7 da Portaria MTE nº 3214 de 08/06/1978 e Lei nº 6514
como responsável técnico. de 22/12/1977, suas atualizações ou outro instrumento
5.1.2.1 O profissional legalmente habilitado pode assumir, legal que venha substituí-la.
perante a vigilância sanitária, a responsabilidade técnica 5.3 Infra-Estrutura
por no máximo: 02 (dois) laboratórios clínicos ou 02 5.3.1 A infra-estrutura física do laboratório clínico e do
(dois) postos de coleta laboratorial ou 01 (um) laboratório posto de coleta devem atender aos requisitos da
clínico e 01 (um) posto de coleta laboratorial. RDC/ANVISA nº. 50 de 21/02/2002, suas atualizações,
51.2.2 Em caso de impedimento do responsável técnico, o ou outro instrumento legal que venha substituí-la.
laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem 5.4 Equipamentos e Instrumentos Laboratoriais
contar com um profissional legalmente habilitado para 5.4.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
substituí-lo. devem:
51.3 Todo laboratório clínico e o posto de coleta a) possuir equipamentos e instrumentos de acordo com a
laboratorial, público e privado devem estar inscritos no complexidade do serviço e necessários ao atendimento de
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES. sua demanda;
5.1.4 A direção e o responsável técnico do laboratório b) manter instruções escritas referentes a equipamento ou
clínico e do posto de coleta laboratorial têm a instrumento, as quais podem ser substituídas ou
responsabilidade de planejar, implementar e garantir a complementadas por manuais do fabricante em língua
qualidade dos processos, incluindo: portuguesa;
a) a equipe técnica e os recursos necessários para o c) realizar e manter registros das manutenções preventivas
desempenho de suas atribuições; e corretivas;
b) a proteção das informações confidenciais dos d) verificar ou calibrar os instrumentos a intervalos
pacientes; regulares, em conformidade com o uso, mantendo os
c) a supervisão do pessoal técnico por profissional de registros dos mesmos;
nível superior legalmente habilitado durante o seu período e) verificar a calibração de equipamentos de medição
de funcionamento; mantendo registro das mesmas.
d) os equipamentos, reagentes, insumos e produtos 5.4.2 Os equipamentos e instrumentos utilizados,
utilizados para diagnóstico de uso ―in vitro‖, em nacionais e importados, devem estar regularizados junto a
conformidade com a legislação vigente; ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente.
e) a utilização de técnicas conforme recomendações do 5.4.3 Os equipamentos que necessitam funcionar com
fabricante (equipamentos e produtos) ou com base temperatura controlada devem possuir registro da
científica comprovada; verificação da mesma.
f) a rastreabilidade de todos os seus processos. 5.5 Produtos para diagnóstico de uso in vitro
5.1.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 5.5.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
devem dispor de instruções escritas e atualizadas das devem registrar a aquisição dos produtos para diagnóstico
rotinas técnicas implantadas. de uso in vitro, reagentes e insumos, de forma a garantir a
5.1.6 O posto de coleta laboratorial deve possuir vínculo rastreabilidade.
com apenas um laboratório clínico. 5.5.2 Os produtos para diagnóstico de uso in vitro,
5.1.6.1 Os postos de coleta laboratorial localizados em reagentes e insumos adquiridos devem estar regularizados
unidades públicas de saúde devem ter seu vínculo junto a ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
definido formalmente pelo gestor local. 5.5.3 O reagente ou insumo preparado ou aliquotado pelo
5.1.7 O laboratório clínico deve possuir estrutura próprio laboratório deve ser identificado com rótulo
organizacional documentada. contendo: nome, concentração, número do lote (se
5.1.8 As atividades de coleta domiciliar, em empresa ou aplicável), data de preparação, identificação de quem
em unidade móvel devem estar vinculadas a um preparou (quando aplicável), data de validade, condições
141
de armazenamento, além de informações referentes a 6.1.2 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
riscos potenciais. devem solicitar ao paciente documento que comprove a
5.5.3.1 Devem ser mantidos registros dos processos de sua identificação para o cadastro.
preparo e do controle da qualidade dos reagentes e 6.1.2.1 Para pacientes em atendimento de urgência ou
insumos preparados. submetidos a regime de internação, a comprovação dos
5.5.4 A utilização dos reagentes e insumos deve respeitar dados de identificação também poderá ser obtida no
as recomendações de uso do fabricante, condições de prontuário médico.
preservação, armazenamento e os prazos de validade, não 6.1.3 Os critérios de aceitação e rejeição de amostras,
sendo permitida a sua revalidação depois de expirada a assim como a realização de exames em amostras com
validade. restrições devem estar definidos em instruções escritas.
5.5.5 O laboratório clínico que utilizar metodologias 6.1.4 O cadastro do paciente deve incluir as seguintes
próprias - In House, deve documentá-las incluindo, no informações:
mínimo: a) número de registro de identificação do paciente gerado
a) descrição das etapas do processo; pelo laboratório;
b) especificação e sistemática de aprovação de insumos, b) nome do paciente;
reagentes e equipamentos e instrumentos. c) idade, sexo e procedência do paciente;
c) sistemática de validação. d) telefone e/ou endereço do paciente, quando aplicável;
5.5.5.1 O laboratório clínico deve manter registro de todo e) nome e contato do responsável em caso de menor de
o processo e especificar no laudo que o teste é preparado idade ou incapacitado;
e validado pelo próprio laboratório. f) nome do solicitante;
5.6 Descarte de Resíduos e Rejeitos g) data e hora do atendimento;
5.6.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial h) horário da coleta, quando aplicável;
devem implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos i) exames solicitados e tipo de amostra;
de Serviços de Saúde (PGRSS) atendendo aos requisitos j) quando necessário: informações adicionais, em
da RDC/ANVISA n° 306 de 07/12/2004, suas conformidade com o exame (medicamento em uso, dados
atualizações, ou outro instrumento legal que venha do ciclo menstrual, indicação/observação clínica, dentre
substituí-la. outros de relevância);
5.7 Biossegurança k) data prevista para a entrega do laudo;
5.7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial l) indicação de urgência, quando aplicável.
devem manter atualizados e disponibilizar, a todos os 6.1.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
funcionários, instruções escritas de biossegurança, devem fornecer ao paciente ambulatorial ou ao seu
contemplando no mínimo os seguintes itens: responsável, um comprovante de atendimento com:
a) normas e condutas de segurança biológica, química, número de registro, nome do paciente, data do
física, ocupacional e ambiental; atendimento, data prevista de entrega do laudo, relação de
b) instruções de uso para os equipamentos de proteção exames solicitados e dados para contato com o
individual (EPI) e de proteção coletiva (EPC); laboratório.
c) procedimentos em caso de acidentes; 6.1.6. O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
d) manuseio e transporte de material e amostra biológica. devem dispor de meios que permitam a rastreabilidade da
5.7.2 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico e hora do recebimento e/ou coleta da amostra.
pelo posto de coleta laboratorial deve documentar o nível 6.1.7 A amostra deve ser identificada no momento da
de biossegurança dos ambientes e/ou áreas, baseado nos coleta ou da sua entrega quando coletada pelo paciente.
procedimentos realizados, equipamentos e 6.1.7.1 Deve ser identificado o nome do funcionário que
microorganismos envolvidos, adotando as medidas de efetuou a coleta ou que recebeu a amostra de forma a
segurança compatíveis. garantir a rastreabilidade.
5.8 Limpeza, Desinfecção e Esterilização 6.1.8 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
5.8.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem dispor de instruções escritas que orientem o
devem possuir instruções de limpeza, desinfecção e recebimento, coleta e identificação de amostra.
esterilização, quando aplicável, das superfícies, 6.1.9 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
instalações, equipamentos, artigos e materiais. devem possuir instruções escritas para o transporte da
5.8.2 Os saneantes e os produtos usados nos processos de amostra de paciente, estabelecendo prazo, condições de
limpeza e desinfecção devem ser utilizados segundo as temperatura e padrão técnico para garantir a sua
especificações do fabricante e estarem regularizados junto integridade e estabilidade.
a ANVISA/MS, de acordo com a legislação vigente. 6.1.10 A amostra de paciente deve ser transportada e
6 PROCESSOS OPERACIONAIS preservada em recipiente isotérmico, quando requerido,
6.1 Fase pré-analítica higienizável, impermeável, garantindo a sua estabilidade
6.1.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial desde a coleta até a realização do exame, identificado com
devem disponibilizar ao paciente ou responsável, a simbologia de risco biológico, com os dizeres
instruções escritas e ou verbais, em linguagem acessível, ―Espécimes para Diagnóstico‖ e com nome do laboratório
orientando sobre o preparo e coleta de amostras tendo responsável pelo envio.
como objetivo o entendimento do paciente.
142
6.1.11 O transporte da amostra de paciente, em áreas 34 de 28 de julho de 2005, suas atualizações ou outro
comuns a outros serviços ou de circulação de pessoas, instrumento legal que venha substituí-la.
deve ser feito em condições de segurança conforme item 6.2.12 Os resultados laboratoriais que indiquem suspeita
5.7. de doença de notificação compulsória devem ser
6.1.12 Quando da terceirização do transporte da amostra, notificados conforme o estabelecido no Decreto no
deve existir contrato formal obedecendo aos critérios 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961, e na Portaria no
estabelecidos neste Regulamento. 2325, de 08 de dezembro de 2003, suas atualizações, ou
6.1.13 Quando da importação ou exportação de outro instrumento legal que venha a substituí-la.
?Espécimes para Diagnóstico?, devem ser seguidas a 6.2.13 A execução dos Testes Laboratoriais Remotos -
RDC/ANVISA nº 01, de 06 de dezembro de 2002 e a TLR (Point-of-care) e de testes rápidos, deve estar
Portaria MS nº 1985, de 25 de outubro de 2001, suas vinculada a um laboratório clínico, posto de coleta ou
atualizações ou outro instrumento legal que venha serviço de saúde pública ambulatorial ou hospitalar.
substituí-las. 6.2.14 O Responsável Técnico pelo laboratório clínico é
6.2. Fase Analítica responsável por todos os TLR realizados dentro da
6.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial instituição, ou em qualquer local, incluindo, entre outros,
devem dispor de instruções escritas, disponíveis e atendimentos em hospital-dia, domicílios e coleta
atualizadas para todos os processos analíticos, podendo laboratorial em unidade móvel.
ser utilizadas as instruções do fabricante. 6.2.15 A relação dos TLR que o laboratório clínico
6.2.2 O processo analítico deve ser o referenciado nas executa deve estar disponível para a autoridade sanitária
instruções de uso do fabricante, em referências local.
bibliográficas ou em pesquisa cientificamente válida 6.2.15.1 O laboratório clínico deve disponibilizar nos
conduzida pelo laboratório. locais de realização de TLR procedimentos documentados
6.2.3 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial orientando com relação às suas fases pré-analítica,
devem disponibilizar por escrito, uma relação que analítica e pós-analítica, incluindo:
identifique os exames realizados no local, em outras a) sistemática de registro e liberação de resultados
unidades do próprio laboratório e os que são terceirizados. provisórios;
6.2.4 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial b) procedimento para resultados potencialmente críticos;
devem definir mecanismos que possibilitem a agilização c) sistemática de revisão de resultados e liberação de
da liberação dos resultados em situações de urgência. laudos por profissional habilitado.
6.2.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 6.2.15.2 A realização de TRL e dos testes rápidos está
devem definir limites de risco, valores críticos ou de condicionada a emissão de laudos que determine suas
alerta, para os analitos com resultado que necessita limitações diagnósticas e demais indicações estabelecidos
tomada imediata de decisão. no item 6.3.
6.2.5.1 O laboratório e o posto de coleta laboratorial 6.2.15.3 O laboratório clínico deve manter registros dos
devem definir o fluxo de comunicação ao médico, controles da qualidade, bem como procedimentos para a
responsável ou paciente quando houver necessidade de realização dos mesmos.
decisão imediata. 6.2.15.4 O laboratório clínico deve promover e manter
6.2.6 O laboratório clínico deve monitorar a fase analítica registros de seu processo de educação permanente para os
por meio de controle interno e externo da qualidade. usuários dos equipamentos de TLR.
6.2.7 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 6.3 Fase pós-analítica
devem definir o grau de pureza da água reagente utilizada 6.3.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
nas suas análises, a forma de obtenção, o controle da devem possuir instruções escritas para emissão de laudos,
qualidade. que contemplem as situações de rotina, plantões e
6.2.8 O laboratório clínico pode contar com laboratórios urgências.
de apoio para realização de exames. 6.3.2 O laudo deve ser legível, sem rasuras de transcrição,
6.2.8.1 O laboratório de apoio deve seguir o estabelecido escrito em língua portuguesa, datado e assinado por
neste regulamento técnico. profissional de nível superior legalmente habilitado.
6.2.9 O laboratório clínico deve: 6.3.2.1 O laboratório clínico e o posto de coleta
a) manter um cadastro atualizado dos laboratórios de laboratorial devem garantir a autenticidade e a integridade
apoio; do laudo emitido, para tanto a assinatura do profissional
b) possuir contrato formal de prestação destes serviços; que o liberou deve ser manuscrita ou em formato digital,
c) avaliar a qualidade dos serviços prestados pelo com utilização de processo de certificação na forma
laboratório de apoio. disciplinada pela Medida Provisória n.º 2.200-2/2001."
6.2.10 O laudo emitido pelo laboratório de apoio deve (NR) (Redação incluída pela RDC 30/15)
estar disponível e arquivado pelo prazo de 5 (cinco) anos. 6.3.3 O laudo deve conter no mínimo os seguintes itens:
6.2.11 Os serviços que realizam testes laboratoriais para a) identificação do laboratório;
detecção de anticorpos anti-HIV devem seguir, o disposto b) endereço e telefone do laboratório;
neste Regulamento Técnico, além do disposto na Portaria c) identificação do Responsável Técnico (RT);
MS nº. 59 de 28 de janeiro de 2003 e na Portaria SVS nº. d) nº. de registro do RT no respectivo conselho de classe
profissional;
143
e) identificação do profissional que liberou o exame; 9.2 Controle Interno da Qualidade - CIQ
f) nº. registro do profissional que liberou o exame no 9.2.1 O laboratório clínico deve realizar Controle Interno
respectivo conselho de classe do profissional da Qualidade contemplando:
g) nº. de registro do Laboratório Clínico no respectivo a) monitoramento do processo analítico pela análise das
conselho de classe profissional; amostras controle, com registro dos resultados obtidos e
h) nome e registro de identificação do cliente no análise dos dados;
laboratório; b) definição dos critérios de aceitação dos resultados por
i) data da coleta da amostra; tipo de analito e de acordo com a metodologia utilizada;
j) data de emissão do laudo; c) liberação ou rejeição das análises após avaliação dos
k) nome do exame, tipo de amostra e método analítico; resultados das amostras controle.
l) resultado do exame e unidade de medição; 9.2.2 Para o CIQ, o laboratório clínico deve utilizar
m) valores de referência, limitações técnicas da amostras controle comerciais, regularizados junto a
metodologia e dados para interpretação; ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente.
n) observações pertinentes. 9.2.2.1 Formas alternativas descritas na literatura podem
6.3.4 Quando for aceita amostra de paciente com ser utilizadas desde que permitam a avaliação da precisão
restrição, esta condição deve constar no laudo. do sistema analítico.
6.3.5 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial 9.2.3 O laboratório clínico deve registrar as ações
que optarem pela transcrição do laudo emitido pelo adotadas decorrentes de rejeições de resultados de
laboratório de apoio, devem garantir a fidedignidade do amostras controle.
mesmo, sem alterações que possam comprometer a 9.2.4 As amostras controle devem ser analisadas da
interpretação clínica. mesma forma que amostras dos pacientes.
6.3.6 O responsável pela liberação do laudo pode 9.3 Controle Externo da Qualidade - CEQ
adicionar comentários de interpretação ao texto do 9.3.1 O laboratório clínico deve participar de Ensaios de
laboratório de apoio, considerando o estado do paciente e Proficiência para todos os exames realizados na sua
o contexto global dos exames do mesmo. rotina.
6.3.7 O laudo de análise do diagnóstico sorológico de 9.3.1.1 Para os exames não contemplados por programas
Anticorpos Anti-HIV deve estar de acordo com a Portaria de Ensaios de Proficiência, o laboratório clínico deve
MS nº 59/2003, suas atualizações ou outro instrumento adotar formas alternativas de Controle Externo da
legal que venha a substituí-la. Qualidade descritas em literatura científica.
6.3.8 As cópias dos laudos de análise bem como dados 9.3.2 A participação em Ensaios de Proficiência deve ser
brutos devem ser arquivados pelo prazo de 5 (cinco) anos, individual para cada unidade do laboratório clínico que
facilmente recuperáveis e de forma a garantir a sua realiza as análises.
rastreabilidade. 9.3.3 A normalização sobre o funcionamento dos
6.3.8.1 Caso haja necessidade de retificação em qualquer Provedores de Ensaios de Proficiência será definida em
dado constante do laudo já emitido, a mesma dever ser resolução específica, desta ANVISA .
feita em um novo laudo onde fica clara a retificação 9.3.4 O laboratório clínico deve registrar os resultados do
realizada. Controle Externo da Qualidade, inadequações,
7 REGISTROS investigação de causas e ações tomadas para os resultados
7.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial rejeitados ou nos quais a proficiência não foi obtida.
devem garantir a recuperação e disponibilidade de seus 9.3.5 As amostras controle devem ser analisadas da
registros críticos, de modo a permitir a rastreabilidade do mesma forma que as amostras dos pacientes.
laudo liberado. 10 DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
7.2 As alterações feitas nos registros críticos devem 10.1 O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial
conter data, nome ou assinatura legível do responsável têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para se
pela alteração, preservando o dado original. adequarem ao estabelecido neste Regulamento Técnico a
8 GARANTIA DA QUALIDADE partir da data de sua publicação.
8.1 O laboratório clínico deve assegurar a confiabilidade 11 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
dos serviços laboratoriais prestados, por meio de, no BIBLIOGRÁFICAS
mínimo: 11.1 BRASIL. Presidência da República. Decreto nº.
a) controle interno da qualidade; 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961. Regulamenta, sob a
b)controle externo da qualidade (ensaios de proficiência). denominação de Código Nacional de Saúde, a Lei nº.
9 CONTROLE DA QUALIDADE 2.321, de 3 de setembro de 1954, de "Normas Gerais
9.1 Os programas de Controle Interno da Qualidade (CIQ) sobre Defesa e Proteção da Saúde". Diário Oficial da
e Controle Externo da Qualidade (CEQ) devem ser União da República Federativa do Brasil, Brasília, 6
documentados, contemplando: fev.1961.
a) lista de analitos; 11.2 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 6360 de 23 de
b) forma de controle e freqüência de utilização; setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a
c) limites e critérios de aceitabilidade para os resultados que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os
dos controles; insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes
d) avaliação e registro dos resultados dos controles. e outros produtos, e dá outras providências. Diário Oficial
144
da União da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 11.14 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 788, de
set. 1976. 23 de outubro de 2002. Manual de Apoio aos Gestores do
11.3 BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº. 6437 de 20 de Sistema Único de Saúde - SUS para a Organização dos
agosto de 1977. Configura infrações à legislação sanitária Postos de Coleta da Rede de Laboratórios Clínicos. Diário
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras Oficial da União da República Federativa do Brasil,
providências. Diário Oficial da União da República Brasília, 24 out. 2002.
Federativa do Brasil, Brasília, 24 ago. 1977. 11.15 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 59, de
11.4 BRASIL. Congresso Nacional. Lei n 8078, de 11 de 28 de janeiro de 2003. Dispõe sobre a sub-rede de
setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. laboratórios do Programa Nacional de DST e Aids. Diário
Diário Oficial da União da República Federativa do Oficial da União da República Federativa do Brasil,
Brasil, Brasília, v. 128, n. 176, supl. p. 1, 12 de set. 1990. Brasília, Edição Extra, 30 jan. 2003.
11.5 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de 11.16 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº.34 de 28
Processamento de Artigos e Superfícies em de julho de 2005 Regulamenta o uso de testes rápidos
Estabelecimentos de Saúde. 2ª edição. Brasília, Centro de para diagnóstico da infecção pelo HIV em situações
Documentação. 1994 especiais. Diário Oficial da União da República
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/processa Federativa do Brasil, Brasília, Edição de 29 jul. 2005.
mento_artigos.pdf 11.17 BRASIL. Ministério do Trabalho. Gabinete do
11.6 BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Conduta - Ministro. Portaria nº. 3.214, de 08 de junho de 1978.
Exposição Ocupacional a Material Biológico: Hepatite e Dispõe sobre a Aprovação das Normas Regulamentadoras
HIV / Coordenação Nacional de DST e AIDS - Brasília: -NR- do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis
Ministério da Saúde 1999. 20p. do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do
http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_cond TrabaIho. Diário Oficial da República Federativa do
utas_hepatite_hiv.pdf Brasil, Brasília, 06 jul. 1978.
11.7 BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional 11.18 BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº. 8, de
de Saúde. Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e 08 de maio de 1996- NR 07. Altera Norma
de Microbiologia. 4ª edição. Brasília. 2000. Regulamentadora NR-7- Programa de Controle Médico
http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/pub22.htm de Saúde Ocupacional. Diário Oficial da União da
11.8 BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. República Federativa do Brasil, Brasília, v. 134, nº. 91, p.
Subsecretaria de Assuntos Administrativos.Vocabulário 8202, 13 mai. 1996.
da Saúde em Qualidade e Melhoria da Gestão / Secretaria 11.19 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional
Executiva, Subsecretaria de Assuntos Administrativos; de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 185, de 22 de
elaboração de Jeová Dias Martins. -Brasília: Ministério da outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico que
Saúde, 2002. 98 p. (Série F. Comunicação e Educação em consta no anexo desta Resolução, que trata do registro,
Saúde). alteração, revalidação e cancelamento do registro de
11.9 BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário do produtos médicos na Agência Nacional de Vigilância
Ministério da Saúde: projeto terminologia em saúde / Sanitária - ANVISA. Diário Oficial da União da
Ministério da Saúde - Brasília. Ministério da Saúde, 2004. República Federativa do Brasil, Brasília, 24 out. 2001.
11.10 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 11.20 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional
Vigilância Sanitária. Portaria nº. 8, de 23 de janeiro de de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 50, de 21 de
1996. Dispõe sobre o registro de produtos para fevereiro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico
diagnóstico de uso in vitro na Secretaria de Vigilância para planejamento, programação, elaboração e avaliação
Sanitária. Diário Oficial da União da República de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
Federativa do Brasil, Brasília, 24 jan. 1996. saúde. Diário Oficial da União da República Federativa
11.11 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1985, de do Brasil. Brasília, 20 mar. 2002.
25 de outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico 12.20 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional
MERCOSUL para Transporte no MERCOSUL de de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 260, de 23 de
Substâncias Infecciosas e Amostras para Diagnóstico, no setembro de 2002. Regula os produtos para a saúde.
MERCOSUL que consta como Anexo e faz parte da Diário Oficial da União da República Federativa do
presente Portaria. Diário Oficial da União da República Brasil, Brasília, 03 out. 2002.
Federativa do Brasil, Brasília, 06 nov. 2001. 11.21 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional
11.12. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1.943, de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 01, de 06
de 18 de outubro de 2001 Define a relação de doenças de dezembro de 2002. Aprovar, conforme Anexo, o
notificação compulsória para todo território nacional. Regulamento Técnico para fins de vigilância sanitária de
Diário Oficial da União da República Federativa do mercadorias importadas. Retificação - Diário Oficial da
Brasil, Brasília, 24 out. 2001. União da República Federativa do Brasil, Brasília, 10 jan.
11.13 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 787, de 2003 - Prorrogada pela Resolução RDC nº. 20, de 30 de
23 de outubro de 2002 - parte 1. Manual de Apoio aos janeiro de 2003.
Gestores do SUS - Organização da Rede de Laboratórios 11.22 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional
Clínicos. Diário Oficial da União da República Federativa de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº. 33, de 25 de
do Brasil, Brasília, 24 out. 2002. fevereiro de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico
145
para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
Diário Oficial da União da República Federativa do
Brasil, Brasília, 05 mar. 2003.
11.23 IATA - Dangerous Good Regulations (DGR) 44ª.
Edicion, 2003.
11.24 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
- Gestão da qualidade no laboratório clínico - NBR 14500
- jun 2000.
11.25 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
- Glossário de termos para uso no laboratório clínico e no
diagnóstico in vitro - NBR - 14501 - mar 2001.
11.26 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
- Diagnóstico in vitro - Recomendações e critérios para
aquisição, recepção, transporte e armazenamento de
produtos - NBR 14711 - jun 2001.
11.27 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
- Laboratório Clínico - NBR 14785 - dez de 2001.
11.28 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
- Laboratório Clínico - Requisitos de segurança - NBR
14785 - dez 2001.

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


14.10.2005

146
RDC n° 80, de 11/05/2006 considerando a Resolução RDC nº. 140, de 29 de maio de
(D.O.U de 12.05.2006) 2003, republicada em 24 de setembro de 2003, que dispõe
sobre os textos de bula dos medicamentos;
Dispões sobre o fracionamento de medicamentos considerando a Resolução RDC n.º 333, de 19 de
novembro de 2003, que dispõe sobre a rotulagem de
O Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de medicamentos;
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere considerando a Resolução n.º 328, de 22 de julho de 1999,
o inciso IV do art 13 do Regulamento da ANVISA da ANVISA, que institui Regulamento Técnico das Boas
aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, Práticas de Dispensação para Farmácias e Drogarias;
(Retificado pelo DOU nº 91, de 15 de maio de 2006). considerando a Resolução RE nº. 893, de 29 de maio de
considerando que as ações e serviços de saúde são de 2003, republicada em 02 de junho de 2003, que aprova o
relevância pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos Guia para a Realização de Alterações, Inclusões,
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e Notificações e Cancelamentos Pós-Registro de
controle, conforme estabelecido no art. 197 da Medicamentos, bem como os acréscimos da Resolução -
Constituição Federal de 1988; RE nº. 2.328, de 20 de setembro de 2005;
considerando as diretrizes, as prioridades e as considerando a Resolução n.º 357, de 20 de abril de 2001,
responsabilidades estabelecidas na Política Nacional de do Conselho Federal de Farmácia, que aprova o
Medicamentos instituída pela Portaria n° 3.916/MS/GM, regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia, e
de 30 de outubro de 1998, que busca garantir condições considerando a necessidade de ajustar as condições
para segurança e qualidade dos medicamentos técnicas e operacionais necessárias à dispensação de
consumidos no país, promover o uso racional e o acesso medicamentos na forma fracionada em farmácias e
da população àqueles considerados essenciais; drogarias,
considerando as disposições contidas na Resolução n.º adota, ―ad referendum‖, a seguinte Resolução de Diretoria
338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Colegiada e determina a sua publicação:
Saúde, que aprova a Política Nacional de Assistência
Farmacêutica do Ministério da Saúde; CAPÍTULO I
considerando as disposições contidas na Lei n.º 5.991, de DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
17 de dezembro de 1973, e no Decreto n.º 74.170, de 10 Art. 1º As farmácias e drogarias poderão fracionar
de junho de 1974, acerca do controle sanitário do medicamentos a partir de embalagens especialmente
comércio de medicamentos; desenvolvidas para essa finalidade de modo que possam
considerando as disposições contidas na Lei n.º 6.360, de ser dispensados em quantidades individualizadas para
23 de setembro de 1976, e no Decreto n.º 79.094, de 5 de atender às necessidades terapêuticas dos consumidores e
janeiro de 1977, acerca do sistema de vigilância sanitária usuários desses produtos, desde que garantidas as
a que ficam sujeitos os medicamentos; características asseguradas no produto original registrado
considerando a Lei n° 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, e observadas as condições técnicas e operacionais
que estabelece as bases legais para a instituição dos estabelecidas nesta resolução.
medicamentos genéricos no país; Parágrafo único. O fracionamento de que trata esta
considerando a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977, resolução não se aplica aos medicamentos sujeitos ao
que dispõe sobre as infrações à legislação sanitária federal controle especial.
e estabelece as respectivas penalidades; CAPÍTULO II
considerando a Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990, DAS DEFINIÇÕES
que dispõe sobre a proteção e a defesa do consumidor; Art. 2º Para efeito desta resolução são adotadas as
considerando a finalidade institucional da Agência seguintes definições:
Nacional de Vigilância Sanitária de promover a proteção I - área de fracionamento: área identificada e visível para
da saúde da população por intermédio do controle o consumidor e usuário de medicamentos, que se destina
sanitário da produção e da comercialização de produtos e às operações relacionadas ao fracionamento das unidades
serviços submetidos à vigilância sanitária, conforme farmacêuticas, para atender à prescrição ou ao tratamento
estabelecido pela Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999; correspondente nos casos de medicamentos isentos de
considerando o Decreto n.º 5.775, de 10 de maio de 2006, prescrição;
que dispõe sobre o fracionamento de medicamentos para II - assistência farmacêutica: conjunto de ações voltadas à
dispensação em farmácias e drogarias, revoga o Decreto promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto
n.º 974, de 4 de outubro de 1993, e o Decreto n.º 5.348, de individual como coletivo, tendo o medicamento como
19 de janeiro de 2005, e dá outras providências; insumo essencial, visando o acesso e o seu uso racional,
considerando a Resolução RDC n.º 33, de 19 de abril de envolvendo aquelas referentes à atenção farmacêutica;
2000, que estabelece os requisitos para a manipulação de III - atenção farmacêutica: modelo de prática
medicamentos; farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência
considerando a Resolução RDC n.º 135, de 29 de maio de farmacêutica, que compreende atitudes, valores éticos,
2003, que aprova o Regulamento Técnico para comportamentos, habilidades, compromissos e co-
Medicamentos Genéricos; responsabilidades na prevenção de doenças, na promoção
e na recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de
147
saúde, mediante interação direta do farmacêutico com o Farmácia, para o exercício das atribuições legais e
usuário, visando uma farmacoterapia racional e a técnicas inerentes à profissão farmacêutica;
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados XVII - farmácia: estabelecimento de manipulação de
para a melhoria da qualidade de vida. fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
IV - dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
droga, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento
a título remunerado ou não; privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
V - dose unitária: subdivisão da forma farmacêutica na equivalente de assistência médica;
quantidade correspondente a dose posológica, preservadas XVIII - fracionamento: procedimento que integra a
suas características de qualidade e rastreamento; dispensação de medicamentos na forma fracionada
VI - droga: substância ou matéria-prima que tenha efetuado sob a supervisão e responsabilidade de
finalidade medicamentosa ou sanitária; profissional farmacêutico habilitado, para atender à
VII - drogaria: estabelecimento de dispensação e prescrição ou ao tratamento correspondente nos casos de
comércio de drogas, medicamentos, insumos medicamentos isentos de prescrição, caracterizado pela
farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; subdivisão de um medicamento em frações
VIII - embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer individualizadas, a partir de sua embalagem original, sem
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado rompimento da embalagem primária, mantendo seus
a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, dados de identificação;
especificamente ou não, os produtos de que trata esta XIX - medicamento: produto farmacêutico tecnicamente
resolução; obtido ou elaborado com finalidade profilática, curativa,
IX - embalagem original: acondicionamento aprovado paliativa ou para fins de diagnósticos;
para fins de registro pelo órgão competente do Ministério XX - prescrição: ato de indicar o medicamento a ser
da Saúde, destinado à proteção e manutenção das utilizado pelo paciente, de acordo com proposta de
características de qualidade, segurança e eficácia do tratamento farmacoterapêutico, que é privativo de
produto, compreendendo as embalagens destinadas ao profissional habilitado e se traduz pela emissão de uma
fracionamento; receita, e
X - embalagem primária: acondicionamento que está em XXI - problema relacionado ao medicamento: situação de
contato direto com o produto e que pode se constituir de risco potencial ou real na vigência de um tratamento
recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de medicamentoso.
proteção, removível ou não, destinado a envasar ou CAPÍTULO III
manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, produtos DAS RESPONSABILIDADES
semi-elaborados ou produtos acabados; Art. 3º Toda farmácia e drogaria terá, obrigatoriamente, a
XI - embalagem primária fracionada: menor fração da assistência de farmacêutico responsável ou de seu
embalagem primária fracionável que mantenha os substituto, inscritos no Conselho Regional de Farmácia,
requisitos de qualidade, segurança e eficácia do durante todo o horário de funcionamento do
medicamento, os dados de identificação e as estabelecimento, na forma da lei.
características da unidade farmacotécnica que a compõe, Art. 4º A farmácia e a drogaria devem identificar o
sem o rompimento da embalagem primária; farmacêutico de modo que o consumidor e usuário de
XII - embalagem primária fracionável: acondicionamento medicamentos possa distingui-lo dos demais funcionários
adequado à subdivisão mediante a existência de e profissionais do estabelecimento.
mecanismos que assegurem a presença dos dados de Art. 5º O fracionamento é responsabilidade do
identificação e as mesmas características de qualidade, farmacêutico.
segurança e eficácia do medicamento em cada unidade da Art. 6º O farmacêutico deve exercer assistência
embalagem primária fracionada; farmacêutica e notificar as suspeitas de reações adversas
XIII - embalagem secundária: acondicionamento que está ou quaisquer problemas relacionados ao medicamento ou
em contato com a embalagem primária e que constitui tratamento medicamentoso à Vigilância Sanitária
envoltório ou qualquer outra forma de proteção, municipal, estadual ou à ANVISA, por meio de
removível ou não, podendo conter uma ou mais formulário destinado a esse fim, conforme especificado
embalagens primárias; no Anexo I desta resolução.
XIV - embalagem secundária para fracionados: Art. 7º As empresas titulares de registro, fabricantes ou
acondicionamento para dispensação de medicamentos importadoras, têm a responsabilidade de garantir e zelar
fracionados ao usuário, que está em contato com a pela manutenção da qualidade, segurança e eficácia dos
embalagem primária fracionada, e que constitui produtos objeto desta resolução em todas as etapas do
envoltório ou qualquer forma de proteção para o produto; processo até o consumidor final, a fim de evitar riscos e
XV - embalagem original para fracionáveis: efeitos nocivos à saúde.
acondicionamento que contém embalagens primárias Parágrafo único. A responsabilidade solidária de zelar
fracionáveis ou embalagens primárias fracionadas; pela qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos,
XVI - farmacêutico: profissional com título universitário bem como pelo seu uso racional, inclui as farmácias,
de nível superior habilitado pelo Conselho Regional de drogarias e os demais agentes que atuam desde a
produção até o consumo do produto.
148
CAPÍTULO IV com as Boas Práticas para Fracionamento de
DA PRESCRIÇÃO Medicamentos estabelecidas no Anexo I desta resolução.
Art. 8º A apresentação da prescrição é condição essencial Parágrafo único. É proibido manter substâncias, produtos,
para o fracionamento. equipamentos ou utensílios na área de fracionamento que
§ 1º A condição de que trata o caput deste artigo não se possam violar, alterar, adulterar ou avariar os
aplica aos medicamentos isentos de prescrição. medicamentos a serem fracionados.
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição poderão ser Art. 14. O fracionamento somente será efetuado após a
fracionados e dispensados em quantidade que atenda às apresentação da prescrição pelo consumidor e usuário de
necessidades terapêuticas do consumidor e usuário de medicamentos, na quantidade exata de unidades
medicamentos, sob orientação e responsabilidade do farmacotécnicas prescritas, seguido da dispensação
farmacêutico. imediata do medicamento, sendo vedado realizá-lo
Art. 9º A avaliação da prescrição deve observar os previamente.
seguintes itens: Parágrafo único. Os medicamentos isentos de prescrição
I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas; destinados ao fracionamento somente serão fracionados
II - identificação do prescritor, com o número de registro no momento da dispensação, observada a condição
no respectivo conselho profissional, endereço completo estabelecida no § 2º do art. 8º desta resolução, sendo
do seu consultório ou da instituição de saúde a que vedada a exposição direta desses produtos aos
pertence; consumidores e usuários de medicamentos.
III - nome do paciente; Art. 15. Apenas pode ser fracionada a apresentação do
IV - nome comercial do medicamento, quando não se medicamento, a partir de sua embalagem original para
tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos fracionáveis, para possibilitar um atendimento exato da
isentos de registro e imunoterápicos; prescrição ou das necessidades terapêuticas dos
V - Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua consumidores e usuários de medicamentos no caso dos
falta, Denominação Comum Internacional (DCI), em medicamentos isentos de prescrição, mediante
letras minúsculas, ou nomenclatura botânica (gênero e dispensação de bisnaga monodose, frasco-ampola,
espécie), no caso de fitoterápicos; ampola, seringa preenchida, flaconete, sachê, envelope,
VI - concentração, forma farmacêutica, quantidades e blister, strip, que contenha comprimidos, cápsulas, óvulos
respectivas unidades e posologia, com a duração do vaginais, drágeas, adesivos transdérmicos ou supositórios,
tratamento; sem rompimento da embalagem primária.
VII - modo de usar; Parágrafo único. É proibido fracionar as apresentações ou
VIII - local e data de emissão, e formas farmacêuticas não identificadas no caput deste
IX - assinatura e carimbo do prescritor. artigo.
Parágrafo único. Caso a prescrição esteja de acordo com a Art. 16. Após o fracionamento, a embalagem primária
DCB ou, na sua falta, com a DCI, e não haja manifestação fracionada deve ser acondicionada na embalagem
do profissional prescritor pela manipulação do secundária para fracionados, adequada à manutenção de
medicamento, a farmácia deve dispensar o medicamento suas características específicas, na qual deve conter rótulo
industrializado. referente ao medicamento fracionado.
CAPÍTULO V Parágrafo único. A embalagem primária fracionável e a
DO FRACIONAMENTO embalagem primária fracionada remanescentes devem
Art. 10. O procedimento de fracionamento de permanecer acondicionadas em sua embalagem original
medicamentos de que trata esta resolução é privativo de para fracionáveis.
farmácias e drogarias devidamente regularizadas junto aos Art. 17. Cada embalagem secundária para fracionados
órgãos de vigilância sanitária competentes, segundo a deve acondicionar apenas um item da prescrição e conter
legislação vigente. uma bula do respectivo medicamento.
Art. 11. O fracionamento deve ser realizado sob a § 1º É vedado dispensar medicamentos diferentes para
supervisão e responsabilidade do farmacêutico cada item da prescrição, ainda que do mesmo princípio
tecnicamente responsável pelo estabelecimento, ativo e fabricante.
observando-se as Boas Práticas para Fracionamento de § 2º É responsabilidade do titular do respectivo registro
Medicamentos, conforme estabelecido no Anexo I desta do medicamento disponibilizar ao estabelecimento
resolução. farmacêutico a quantidade de bulas suficientes para
Art. 12. O fracionamento e a dispensação devem ser atender às necessidades do consumidor e usuário de
realizados no mesmo estabelecimento. medicamentos, nos termos desta resolução.
§ 1º É vedada a captação de prescrições oriundas de § 3º O estabelecimento farmacêutico é responsável por
qualquer outro estabelecimento, ainda que da mesma disponibilizar a bula ao consumidor e usuário do
empresa. medicamento de modo a lhe assegurar o acesso à
§2° No caso de empresas com filiais, o fracionamento informação adequada, independente das orientações e
deve ser executado em cada estabelecimento. recomendações inerentes à atenção farmacêutica.
Art. 13. O fracionamento dos medicamentos deve ser CAPÍTULO VI
efetuado na área destinada ao fracionamento, de acordo DA DISPENSAÇÃO

149
Art. 18. É vedada a substituição de medicamentos Art. 22. Cada embalagem original para fracionáveis deve
fracionáveis por medicamentos manipulados. ser acompanhada de um número mínimo de bulas que
Art. 19. A prescrição deve ser restituída ao consumidor e atenda à menor posologia relativa ao menor período de
usuário de medicamentos devidamente carimbada em tratamento.
cada item dispensado e assinada pelo farmacêutico. Parágrafo único. Quando o menor período de tratamento
Parágrafo único. O carimbo indicativo da dispensação não puder ser definido ou no caso de indicação de
deve conter: medicamentos para tratamento agudo, deve-se utilizar
I - data da dispensação; como referência sua posologia mínima diária.
II - nome do farmacêutico responsável pelo Art. 23. Todos os medicamentos destinados ao
fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho fracionamento devem ostentar no terço médio da face
Regional de Farmácia; principal da embalagem original para fracionáveis, logo
III - razão social da farmácia ou drogaria. acima da faixa de restrição de venda, ou posição
Art. 20. A farmácia e a drogaria devem manter registro de equivalente no caso de inexistência dessa, a expressão
todas as operações relacionadas com a dispensação de "EMBALAGEM FRACIONÁVEL", em caixa alta, cor
medicamentos na forma fracionada de modo a garantir o vermelha, PANTONE 485C, impressa sobre fundo com
rastreamento do produto, contendo no mínimo as tonalidade contrastante, de modo a garantir perfeita
seguintes informações: legibilidade, com caracteres nunca inferiores a cinqüenta
I - data da dispensação; por cento do tamanho do nome comercial ou, na sua falta,
II - nome completo e endereço do consumidor e usuário da DCB ou, na sua falta, da DCI.
do medicamento; § 1º A modificação dos dizeres de embalagem ou
III - medicamento, posologia e quantidade prescritos de rotulagem para adequar as apresentações já registradas ao
acordo com sistema de pesos e medidas oficiais; fracionamento de que trata esta resolução, deve ser
IV - nome do titular do registro do medicamento; requerida pelo titular do registro, conforme legislação
V - número do registro no órgão competente da vigilância vigente.
sanitária, contendo os treze dígitos, número(s) do(s) §2° A rotulagem de medicamentos a serem adquiridos
lote(s), data(s) de validade(s) e data(s) de fabricação do pelo Ministério da Saúde deve obedecer identificação
medicamento a ser dispensado na forma fracionada; padronizada conforme legislação específica, sem prejuízo
VI - data da prescrição; do disposto nesta resolução.
VII - nome do prescritor e número de inscrição no § 3º No caso de medicamentos genéricos, os dizeres de
respectivo conselho profissional. rotulagem descritos no caput deste artigo deverão ser
§ 1°A forma de escrituração de todas as operações indicados logo acima da faixa amarela que contém o
relacionadas com o fracionamento de medicamentos logotipo definido pela legislação específica e deverão
ficará à critério do próprio estabelecimento, podendo ser atender ao disposto nesta resolução, sem prejuízo das
manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica demais normas vigentes.
das operações. Art. 24. Cada embalagem primária fracionada deve conter
§ 2° Os registros deverão ser legíveis, sem rasuras ou no mínimo as seguintes informações:
emendas, devendo ser mantidos atualizados e permanecer I - nome comercial do medicamento, quando não se tratar
à disposição das autoridades sanitárias por um período de de genérico, isentos de registro, homeopáticos isentos de
cinco anos. registro e imunoterápicos;
§ 3º O registro das informações indicadas neste artigo, II - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou
relacionadas com a prescrição, não se aplicam aos nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de
medicamentos isentos de prescrição. fitoterápicos;
CAPÍTULO VII III - concentração da substância ativa por unidade
DA EMBALAGEM E ROTULAGEM posológica, com exceção de medicamentos com mais de
Art. 21. Somente os medicamentos registrados e quatro fármacos;
aprovados pelo órgão ou entidade competente segundo as IV - nome do titular do registro ou logomarca, desde que
especificações contidas nesta resolução, com embalagem esta contenha o nome da empresa;
e rotulagem adequadas ao fracionamento, poderão ser V - número do registro, número do lote e data de validade
fracionados e dispensados na forma fracionada. (mês/ano);
§ 1º As apresentações comerciais fracionáveis devem VI - via de administração, quando restritiva.
representar o melhor custo-benefício para o consumidor e § 1º As informações exigidas neste artigo devem permitir
usuário de medicamentos. fácil leitura e identificação.
§ 2º Para fins de registro, inclusão ou alteração pós- § 2º No caso do inciso V deste artigo é facultada a
registro, a embalagem primária fracionável e a descrição apenas dos nove primeiros dígitos do número de
embalagem primária fracionada deverão viabilizar a registro.
dispensação por meio de frações compostas por apenas § 3º Quando tratar-se de medicamento genérico, cada
uma unidade farmacotécnica e atender às especificações embalagem primária fracionada deve conter a expressão
contidas nesta resolução, sem prejuízo de outras "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, de 1999" ou o
disposições contidas na legislação vigente logotipo caracterizado pela letra "G" estilizada e as

150
palavras "Medicamento" e "Genérico", conforme III - indicação, em local visível para o público, contendo
legislação específica. informações legíveis e ostensivas de que o fracionamento
§ 4º Além das informações indicadas neste artigo, cada deve ser realizado sob a responsabilidade do
embalagem primária fracionada deve conter a expressão farmacêutico;
"Exija a bula". IV - documentos comprobatórios quanto à regularidade de
Art. 25. As embalagens originais para fracionáveis devem funcionamento do estabelecimento, expedidos pelos
ser armazenadas de forma ordenada, em local adequado e órgãos sanitários competentes, e Certificado de
identificado, a fim de separá-las das apresentações não Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de
fracionáveis. Farmácia, em local visível para o público, e
Parágrafo único. Após a ruptura do lacre ou do selo de V - instalações físicas, equipamentos adequados e
segurança, as embalagens originais para fracionáveis condições técnico-operacionais para realizar a
devem ser armazenadas em local distinto das demais. dispensação de medicamentos na forma fracionada.
Art. 26. Toda embalagem secundária para fracionados Parágrafo único. As farmácias que disponham de área de
deve conter rótulo com os seguintes itens: manipulação poderão utilizá-la como área de
I - razão social e endereço da farmácia ou drogaria onde fracionamento para os fins desta resolução, desde que as
foi realizado o fracionamento e a dispensação; instalações sejam adequadas às operações
II - nome do farmacêutico responsável pelo correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho materiais de forma organizada, objetivando evitar os
Regional de Farmácia; riscos de contaminação, misturas ou trocas de
III - nome comercial do medicamento, quando não se medicamentos, sem prejuízo das demais normas sanitárias
tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos vigentes.
isentos de registro e imunoterápicos; CAPÍTULO IX
IV - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de Art. 29. Ficam instituídas as Boas Práticas para
fitoterápicos; Fracionamento de Medicamentos, conforme Anexo I
V - concentração, posologia e via de administração do desta resolução.
medicamento; Art. 30. Fica instituído o Roteiro de Inspeção para Fins de
VI - número(s) do(s) lote(s) ou partida(s) com a(s) data(s) Verificação das Boas Práticas para Fracionamento de
de fabricação e data(s) de validade (mês/ano) do Medicamentos, conforme Anexo II desta resolução.
medicamento; Art. 31. Ficam estabelecidos a Classificação e os Critérios
VII - advertências complementares presentes na de Avaliação para os Itens do Roteiro de Inspeção para o
embalagem original para fracionáveis; Fracionamento de Medicamentos em Farmácias e
VIII - nome da empresa titular do registro e respectivo Drogarias, conforme Anexo III desta resolução.
número de telefone do Serviço de Atendimento ao Art. 32. As questões relacionadas ao preço dos
Consumidor (SAC). medicamentos objeto desta resolução devem atender às
Parágrafo único. Quando tratar-se de medicamento disposições do órgão competente, segundo o disposto no
genérico, a embalagem secundária para fracionados deve § 1º do art. 21 desta resolução.
conter a expressão "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, Art. 33. As petições de registro ou de alteração ou
de 1999". inclusão pós-registro para fins exclusivos de
CAPÍTULO VIII fracionamento, protocolizadas antes do dia 21 de
DO LICENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO DE setembro de 2005, poderão conter, em caráter
FUNCIONAMENTO excepcional, apresentações comerciais com embalagens
Art. 27. O fracionamento de que trata esta resolução é primárias fracionáveis compostas por frações com mais
privativo de farmácias e drogarias devidamente de uma unidade farmacotécnica.
regularizadas junto aos órgãos de vigilância sanitária § 1º Para os fins deste artigo, a descrição de rotulagem
competentes, nos termos da legislação vigente. estabelecida pelo art. 23 deverá ser acrescida da indicação
Parágrafo único. O procedimento de fracionamento da quantidade de unidades farmacotécnicas contidas em
integra a dispensação de medicamentos, sendo cada embalagem primária fracionada, conforme exemplo
desnecessária a expedição de nova licença ou autorização a seguir: "Fracionável a cada 2 comprimidos".
de funcionamento para a execução desse procedimento, § 2º As apresentações com embalagens primárias
desde que atendidas as condições técnicas e operacionais fracionáveis compostas por frações com mais de uma
estabelecidas nesta resolução e seus anexos. unidade farmacotécnica deverão ser ajustadas à fração
Art. 28. A farmácia e a drogaria devem dispor dos unitária até a ocasião do requerimento de revalidação do
seguintes requisitos para realizar o fracionamento, sem respectivo registro.
prejuízo das demais normas vigentes: § 3º Quando se tratar de alteração ou inclusão pós-
I - área de fracionamento, identificada e visível para o registro, a adequação de que trata o parágrafo anterior
usuário; deverá ser providenciada pelo titular do registro no prazo
II - placa contendo o nome completo do farmacêutico e máximo de doze meses contados da data de publicação do
horário de sua atuação, em local visível para o público, respectivo deferimento ou até a ocasião do requerimento
com informações legíveis e ostensivas;
151
de revalidação do registro correspondente, prevalecendo o 2.1.10.1.- No caso de medicamentos genéricos, os dizeres
que ocorrer primeiro. de rotulagem descritos no subitem anterior deverão ser
Art. 34. As restrições desta resolução não se aplicam: indicados logo acima da faixa amarela que contém o
I - aos estabelecimentos de atendimento privativo de logotipo definido pela legislação específica.
unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de 2.1.10.2.- No caso das apresentações comerciais com
assistência médica, desde que os medicamentos embalagens primárias fracionáveis compostas por frações
fracionados se destinem à elaboração de doses unitárias com mais de uma unidade farmacotécnica, quando
para uso exclusivo de pacientes internados ou em admitida pela legislação específica, a descrição de
atendimento de urgência ou emergência; rotulagem referente ao fracionamento deverá ser acrescida
II - às farmácias com manipulação quando realizam o da indicação da quantidade de unidades farmacotécnicas
fracionamento de medicamentos registrados junto ao contidas em cada embalagem primária fracionada,
órgão de vigilância sanitária competente, provenientes de conforme o exemplo a seguir: "Fracionável a cada 2
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e comprimidos".
consultórios, para atender solicitações de profissionais ........................................................................................
habilitados para uso exclusivo em pacientes na atividade 2.2.1.9. - No caso de apresentações fracionáveis, além das
clínica ou auxiliar de diagnóstico, do próprio informações listadas anteriormente, com exceção ao item
estabelecimento, desde que observado o disposto no 2.2.1.8, cada embalagem primária fracionada deve conter
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de a expressão "Exija a bula" e a indicação do respectivo
Manipulação de Medicamentos em farmácias; e número de registro, facultando-se a descrição apenas dos
III - ao serviço de atendimento ao público para aplicação nove primeiros dígitos.
de injetáveis, a cargo de técnico habilitado, .........................................................................................
disponibilizado pelas farmácias e drogarias devidamente 5.2.1. - No caso de apresentações fracionáveis, cada
licenciadas e autorizadas para essa atividade, desde que embalagem primária fracionada deve conter a expressão
cumpridos os preceitos sanitários e legais vigentes. "Medicamento genérico Lei n.º 9.787, de 1999" ou o
Art. 35. O descumprimento das disposições contidas nesta logotipo caracterizado pela letra "G" estilizada e as
resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei palavras "Medicamento" e "Genérico".
n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo da Art. 39. Ficam revogadas as Resoluções da Diretoria
responsabilidade civil, administrativa e penal cabíveis. Colegiada - RDC n.º 135, de 18 de maio de 2005, e RDC
Art. 36. Cabe ao Sistema Nacional de Vigilância n.º 260, de 20 de setembro de 2005.
Sanitária, além de garantir a fiscalização do cumprimento Art. 40. Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
desta norma, zelar pela uniformidade das ações segundo vigor na data de sua publicação.
os princípios e normas de regionalização e hierarquização FRANKLIN RUBINSTEIN
do Sistema Único de Saúde. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
Art. 37. O item 5.4.1, do Regulamento Técnico das Boas 12.05.2006
Práticas de Dispensação para Farmácias e Drogarias
contido no Anexo da Resolução n.º 328, de 22 de julho de ANEXO I
1999, passa a vigorar com a seguinte redação: PARTE I
........................................................................................ REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS
5.4.1. O fracionamento de medicamentos e a dispensação BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
de medicamentos de forma fracionada em desacordo com MEDICAMENTOS EM FARMÁCIAS E DROGARIAS
a legislação específica. (NR) 1 - OBJETIVO
Art. 38. O Anexo da Resolução da Diretoria Colegiada - Fixar os requisitos mínimos exigidos para a avaliação do
RDC n.º 333, de 19 de novembro de 2003, passa a vigorar cumprimento das Boas Práticas para Fracionamento de
com os seguintes acréscimos e alterações: Medicamentos e o seu respectivo roteiro de inspeção, com
1.4. - EMBALAGEM FRACIONÁVEL - Expressão o propósito de implementar o fracionamento como
utilizada para indicar que a embalagem é adequada ao medida integrante da política nacional de medicamentos,
fracionamento para dispensação do medicamento de a qual racionaliza o uso de medicamentos, ajustando-o às
forma fracionada. necessidades terapêuticas do consumidor e usuário desses
......................................................................................... produtos.
2.1.10.- As embalagens originais para fracionáveis devem 2 - ABRANGÊNCIA
ostentar a expressão "EMBALAGEM FRACIONÁVEL" 2.1 - O fracionamento de medicamentos é procedimento
no terço médio da face principal, logo acima da faixa de privativo de farmácias e drogarias devidamente
restrição de venda, ou posição equivalente no caso de regularizadas junto aos órgãos de vigilância sanitária
inexistência dessa, em caixa alta, cor vermelha, competentes, segundo a legislação vigente.
PANTONE 485C, impressa sobre fundo com tonalidade 2.2 - Este Regulamento Técnico não se aplica:
contrastante, de modo a garantir perfeita legibilidade, com 2.2.1 - aos estabelecimentos de atendimento privativo de
caracteres nunca inferiores a cinqüenta por cento do unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de
tamanho do nome comercial ou, na sua falta, da DCB ou, assistência médica, desde que os produtos fracionados se
na sua falta, da DCI. destinem à elaboração de doses unitárias para uso

152
exclusivo de pacientes internados ou em atendimento de Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para
urgência/emergência. Fracionamento de Medicamentos, visando garantir a
2.2.2 - às farmácias com manipulação quando realizam o rastreabilidade e a manutenção da qualidade, segurança e
fracionamento de medicamentos registrados junto ao eficácia dos medicamentos dispensados na forma
órgão de vigilância sanitária competente, provenientes de fracionada.
laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e 2 - RESPONSABILIDADES
consultórios, para atender solicitações de profissionais 2.1 - Responsabilidades e Atribuições do Farmacêutico:
habilitados para uso exclusivo em pacientes na atividade 2.1.1 - Conhecer, interpretar e estabelecer condições para
clínica ou auxiliar de diagnóstico, do próprio o cumprimento da legislação sanitária.
estabelecimento, desde que observado o disposto no 2.1.2 - Estabelecer critérios e supervisionar o processo de
Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de aquisição de medicamentos.
Manipulação de Medicamentos em farmácias; e 2.1.3 - Organizar e operacionalizar as áreas e atividades
2.2.3 - ao serviço de atendimento ao público para da farmácia ou drogaria assegurando as condições
aplicação de injetáveis, a cargo de técnico habilitado, adequadas para a conservação e dispensação de
disponibilizado pelas farmácias e drogarias devidamente medicamentos.
licenciadas e autorizadas para essa atividade, desde que 2.1.4 - Prestar a atenção farmacêutica, garantindo que na
cumpridos os preceitos sanitários e legais vigentes. dispensação o usuário receba informações necessárias e
3 - CONDIÇÕES suficientes sobre o uso racional do medicamento
3.1 - O fracionamento é responsabilidade do (freqüência de uso, dose, via de administração, cuidados
farmacêutico,. de conservação, horário de uso, interação medicamentosa,
3.2 - As farmácias e drogarias devem possuir recursos interação com alimentos e outras informações), de forma
humanos, infra-estrutura física, equipamentos e a contribuir para a efetividade do tratamento prescrito.
procedimentos operacionais que atendam às 2.1.5 - Manter registro de todas as operações relacionadas
recomendações deste Regulamento Técnico. com a dispensação de medicamentos na forma fracionada,
3.2.1 - Devem ter localização e estrutura que permitam a manual ou eletrônico, devidamente atualizado, de forma
visualização, pelo consumidor e usuário e medicamentos, legível, sem rasuras ou emendas.
das operações realizadas com relação ao fracionamento, 2.1.6 - Assegurar que os rótulos das embalagens
salvo no caso das farmácias que utilizam a área de secundárias para fracionados apresentem todas as
manipulação para o desempenho dessa atividade. informações exigidas no artigo 26 da presente resolução,
3.3 - Documentação de maneira clara e precisa.
3.3.1 - A farmácia e a drogaria devem manter registro de 2.1.7 - Investigar, analisar e registrar toda reclamação
todas as operações relacionadas com a dispensação de referente ao desvio de qualidade dos medicamentos e
medicamentos na forma fracionada de modo a garantir a definir, implementar e registrar as ações corretivas, as
rastreabilidade do produto. quais devem ser encaminhadas ao órgão de vigilância
3.3.2 - A forma de escrituração de todas as operações sanitária local.
relacionadas com o fracionamento de medicamentos 2.1.7.1 - Os registros de reclamação dos medicamentos
ficará à critério do próprio estabelecimento, podendo ser devem incluir nome e dados pessoais do paciente, do
manual ou eletrônica, observando-se a ordem cronológica prescritor, descrição do medicamento, número
das operações. correspondente de registro do fracionamento no livro de
3.3.3 - Os registros deverão ser legíveis, sem rasuras o registro de receituário, natureza da reclamação e
emendas, devendo ser mantidos atualizados e permanecer responsável pela reclamação.
à disposição das autoridades sanitárias por um período de 2.1.7.2 - Prestar esclarecimentos ao reclamante com base
cinco anos. nas conclusões.
3.3.3 - Quando solicitadas pelos órgãos de vigilância 2.1.8 - Participar de estudos de farmacovigilância e
sanitária competentes, os estabelecimentos devem prestar notificar à vigilância sanitária municipal, estadual ou à
as informações e proceder à entrega de documentos, nos ANVISA as suspeitas de reações adversas ou quaisquer
prazos fixados, a fim de não obstarem a ação de vigilância problemas relacionados ao medicamento com resultado
e as medidas que se fizerem necessárias. negativo ao usuário, por meio de formulário disponível
3.4 - Inspeções nas vigilâncias sanitárias locais ou no sítio
3.4.1 - As farmácias e drogarias estão sujeitas às http://www.anvisa.gov.br .
inspeções sanitárias para verificação do cumprimento das 2.1.9 - Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes
Boas Práticas para Fracionamento de Medicamentos, com e os procedimentos relativos aos aspectos operacionais
base nas exigências deste Regulamento Técnico, sem para o fracionamento de medicamentos.
prejuízo do disposto nas demais legislações vigentes. 2.1.10 - Informar à autoridade sanitária a ocorrência de
3.4.2 - As inspeções sanitárias devem ser realizadas com suspeita de fraude ou de falsificação de medicamentos.
base no Anexo II deste Regulamento Técnico. 2.2 - Responsabilidades e Atribuições do Representante
PARTE II Legal da Farmácia ou Drogaria:
BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE 2.2.1 - Prever e prover os recursos financeiros, humanos e
MEDICAMENTOS materiais necessários ao funcionamento da farmácia ou
1 - OBJETIVO drogaria.
153
2.2.2 - Estar comprometido com as Boas Práticas para permitam a visualização das operações pelo usuário,
Fracionamento de Medicamentos, a melhoria contínua e a desde que as instalações sejam adequadas às operações
garantia da qualidade. correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e
2.2.3 - Assegurar condições para o cumprimento das materiais de forma organizada, objetivando evitar os
atribuições gerais de todos os envolvidos, visando riscos de contaminação, misturas ou trocas de
prioritariamente a rastreabilidade, a qualidade, a eficácia e medicamentos, sem prejuízo das demais normas sanitárias
a segurança dos medicamentos. vigentes.
2.2.4 - Favorecer e incentivar programas de educação 3.2.2.3 - Suas dimensões devem estar adequadas ao
continuada para todos os profissionais envolvidos nas volume das operações relacionadas com o fracionamento,
atividades da farmácia ou drogaria. devendo possuir no mínimo:
2.2.5 - Informar à autoridade sanitária a ocorrência de a) Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil
suspeita de fraude ou de falsificação de medicamentos. limpeza;
2.2.6 - A farmácia ou drogaria deve dispor de: b) Instrumento cortante para uso exclusivo no
2.2.6.1 - Placa contendo o nome completo do fracionamento e que permita sua limpeza e sanitização, e
farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível c) Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente
para o público, com informações legíveis e ostensivas. identificada.
2.2.6.2 - Indicação, em local visível para o público, 3.2.2.4 - Os equipamentos e os utensílios, em quantidade
contendo informações legíveis e ostensivas, de que o suficiente para atender à demanda das operações
fracionamento dever ser realizado sob a responsabilidade realizadas, devem estar localizados, instalados e mantidos
do farmacêutico. de forma a facilitar seu uso e limpeza.
2.2.6.3 - Documentos comprobatórios quanto à 3.2.2.5 - Não deve haver comunicação direta com
regularidade de funcionamento do estabelecimento, lavatórios e os sanitários.
expedidos pelos órgãos sanitários competentes, e 4 - FRACIONAMENTO
Certificado de Regularidade Técnica emitido pelo 4.1 - O fracionamento somente será efetuado após a
Conselho Regional de Farmácia, em local visível ao apresentação da prescrição pelo usuário, na quantidade
público. exata de unidades posológicas prescritas, seguido da
3 - INFRA-ESTRUTURA dispensação imediata do medicamento, sendo vedado
3.1 - CONDIÇÕES GERAIS realizá-lo previamente.
Para exercer o fracionamento de medicamentos, a 4.1.1 - Os medicamentos isentos de prescrição poderão
farmácia ou drogaria deve ser localizada, projetada, ser fracionados e dispensados em quantidade que atenda
construída ou adaptada com infra-estrutura adequada às às necessidades terapêuticas do consumidor e usuário de
operações correspondentes, dispondo de todos os medicamentos, sob orientação e responsabilidade do
equipamentos e materiais de forma organizada, farmacêutico.
objetivando evitar os riscos de contaminação, misturas ou 4.1.2 - Os medicamentos isentos de prescrição destinados
trocas de medicamentos, sem prejuízo das demais normas ao fracionamento não poderão permanecer disponíveis
sanitárias vigentes. diretamente ao alcance dos consumidores e usuários de
3.2 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS medicamentos.
3.2.1 - Local de Armazenamento 4.2 - As bancadas de trabalho devem ser mantidas limpas
3.2.1.1 - O acesso ao local de armazenamento deve ser e sanitizadas, assim como os equipamentos e os
restrito às pessoas autorizadas. utensílios, que devem ser guardados em local apropriado.
3.2.1.2 - Deve estar identificado de forma legível e 4.3 - Apenas pode ser fracionado o medicamento a partir
ostensiva permitindo a fácil localização. da embalagem original fracionável.
3.2.1.3 - Deve ter capacidade suficiente para assegurar a 4.4 - O fracionamento deve ser efetuado de forma a
estocagem ordenada e adequada dos medicamentos preservar a integridade da embalagem primária e a
fracionáveis, de modo a preservar a identidade, rastreabilidade do medicamento dispensado na forma
integridade, qualidade e segurança dos mesmos. fracionada.
3.2.1.4 - O armazenamento das embalagens originais 4.5 - Previamente à dispensação, deve ser providenciado o
fracionáveis após a ruptura do lacre ou selo de segurança registro das operações correspondentes, escriturando as
deve ser feito em local ordenado, que permita a guarda informações referentes à dispensação de cada
segura e distinta das demais embalagens, a fim de evitar medicamento fracionado, de modo a facilitar o seu
trocas, misturas e contaminação. rastreamento.
3.2.2 - Área de Fracionamento 4.5.1 - O registro deve conter, no mínimo, os seguintes
3.2.2.1 - Deve estar devidamente identificada de forma itens:
legível e ostensiva. I - data da dispensação (dd/mm/aaaa);
3.2.2.2 - Deve ter localização e estrutura que permitam a II - nome completo e endereço do paciente;
visualização, pelo usuário, das operações realizadas com III - medicamento, posologia e a quantidade prescrita de
relação ao fracionamento. acordo com sistema de pesos e medidas oficiais;
3.2.2.2.1As farmácias que disponham de área de IV - nome do titular do registro do medicamento;
manipulação poderão utilizá-la como área de V - nome do prescritor e número de inscrição no
fracionamento para os fins desta resolução, ainda que não respectivo conselho profissional;
154
VI - data da prescrição (dd/mm/aaaa); I - razão social e endereço da farmácia ou drogaria onde
VII - número do registro junto ao órgão de vigilância foi realizado o fracionamento e a dispensação;
sanitária competente, contendo os treze dígitos, número(s) II - nome do farmacêutico responsável pelo
do(s) lote(s), data(s) de validade(s) e data(s) de fracionamento e sua respectiva inscrição no Conselho
fabricação. Regional de Farmácia;
4.6 - Devem existir procedimentos operacionais escritos III - nome comercial do medicamento, quando não se
para a prevenção de trocas ou misturas de medicamentos, tratar de genérico, isentos de registro, homeopáticos
sendo, portanto, vedado o fracionamento concomitante de isentos de registro e imunoterápicos;
mais de um medicamento. IV - DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas ou
4.7. Após o fracionamento do medicamento, a embalagem nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de
primária fracionável e a embalagem primária fracionada fitoterápicos;
remanescentes devem permanecer acondicionadas em sua V - concentração, posologia e via de administração do
respectiva embalagem original para fracionáveis. medicamento;
4.8 -Embalagem e Rotulagem VI - número(s) do(s) lote(s) ou partida(s) com a(s) data(s)
4.8.1 - As embalagens secundárias para fracionados, de fabricação e data(s) de validade (mês/ano) do
disponibilizadas pela farmácia ou drogaria, devem medicamento;
garantir a manutenção da qualidade dos medicamentos VII - advertências complementares presentes na
fracionados após a dispensação. embalagem original para fracionáveis; e
4.8.2 - Devem existir procedimentos operacionais escritos VIII - nome da empresa titular do registro e respectivo
para as operações de rotulagem e embalagem de número de telefone do Serviço de Atendimento ao
medicamentos fracionados, os quais deverão ser Consumidor (SAC);
obedecidos. 4.8.5 - O lixo e os resíduos do fracionamento devem ser
4.8.3 - Os equipamentos e materiais de rotulagem devem depositados em recipientes tampados e identificados, e
ser armazenados em local seguro, com acesso restrito às seu descarte dever ser realizado fora da área de
pessoas autorizadas. fracionamento, de acordo com a legislação vigente
4.8.4 - Toda embalagem secundária para fracionados deve
conter rótulo com os seguintes itens:

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


12.05.2006
Republicado no DOU nº 91 de 15/05/2006

155
ANEXO II
ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA FINS DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA FRACIONAMENTO DE
MEDICAMENTOS

1 - ADMINISTRAÇÃO E INFORMAÇÕES GERAIS:


1.1 I O estabelecimento está devidamente regularizado perante os órgãos de vigilância sanitária S N N/A
competentes para realizar a dispensação de medicamentos?
1.2 I Possui Farmacêutico Responsável Técnico?

1.3 N O farmacêutico está identificado de modo distinto dos demais funcionários?

1.4 INF Possui farmacêutico substituto ou co-responsável?

1.5 I O Responsável Técnico, seu substituto ou co-responsável está presente?

1.6 N As instalações mantêm boas condições higiênico-sanitárias para o fracionamento?

1.7 N Os locais estão limpos, sem poeira ou sujeira aparente?

1.8 N Possui placa contendo o nome completo do farmacêutico e horário de sua atuação, em local visível
para o público, com informações legíveis e ostensivas?
1.9 N Possui indicação, em local visível para o público, contendo informações legíveis e ostensivas de
que o fracionamento deve ser realizado sob a responsabilidade do farmacêutico?
2 - ARMAZENAMENTO E DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS:
2.1 N Existe local para o armazenamento de medicamentos? S N N/A
2.2 N O acesso ao local de armazenamento é restrito às pessoas autorizadas?
2.3 N O local de armazenamento está identificado de forma legível e ostensiva, permitindo a fácil
localização dos medicamentos acondicionados em embalagens fracionáveis?
2.4 N Os medicamentos estão devidamente armazenados?
2.5 N Existem procedimentos escritos (rotinas) quanto a estocagem/armazenamento, fracionamento e
dispensação de medicamentos?
2.5.1 N Estes procedimentos estão disponíveis aos funcionários?
2.5.2 N São cumpridos?
2.6 INF Possui medicamentos que necessitam de armazenamento em baixa temperatura?
2.7 N Possui geladeira com termômetro para controle e registro de temperatura?
3 - FRACIONAMENTO:
3.1 I Existe área identificada, de forma legível e ostensiva, para o fracionamento de medicamentos? S N N/A
3.1.1 I Essa área é visível ao consumidor ou usuário de medicamentos?
3.2 N As instalações possuem condições higiênico-sanitárias satisfatórias e estão em bom estado de
conservação?
3.3 N Possui os equipamentos e utensílios necessários para os procedimentos realizados?
3.4 N Existem procedimentos escritos para as atividades de fracionamento de medicamentos?
3.5 I Todos os medicamentos fracionados são dispensados mediante prescrição segundo a legislação
vigente?
3.6 N A conferência das prescrições é efetuada pelo farmacêutico?
3.7 N O estabelecimento dispõe de mecanismo e procedimento de registro com relação à dispensação de
medicamentos fracionados?
3.8 N Os registros estão com escrituração atualizada, legível e sem rasuras?
3. 9 N Os equipamentos e os materiais de rotulagem destinados às embalagens contendo os
medicamentos fracionados estão guardados em local seguro, com acesso restrito às pessoas
autorizadas?
3.10 I Os dizeres de rotulagem da embalagem secundária para fracionados contemplam todas as
informações especificadas nas normas vigentes?

156
157
RDC Nº 199, DE 26/10/ 2006 §2º Os produtos no Anexo I são de venda isenta de
(D.O.U 30.10.2006) prescrição médica
§3º É vedada a comercialização dos produtos do
Dispões sobre a notificação simplificada de Anexo I na forma farmacêutica injetável.
medicamentos §4º Todos os produtos a base de cânfora são
passíveis de registro como Medicamentos Específicos.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 5° As inclusões, alterações e exclusões do Anexo
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere I serão publicadas periodicamente pela ANVISA, em
o inciso IV do art. 11 do Regulamento aprovado pelo resolução especifica, após avaliação, pela Subcomissão do
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista Formulário Nacional da Farmacopéia Brasileira das
o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do informações apresentadas pelas empresas através do
Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da REQUERIMENTO presente no anexo III IV deste
Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, regulamento.
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião Art. 4° Apenas as empresas fabricantes, que
realizada em 23 de outubro de 2006, e cumprem as Boas Práticas de Fabricação e Controle, de
Considerando o disposto no Art. 41 §2º da Lei acordo com a legislação vigente, e que estão devidamente
9782 de 1999, alterada pela Medida Provisória 2190-34 autorizadas/licenciadas pela Autoridade Sanitária
de 2001. competente, podem notificar e fabricar os produtos
Considerando a definição de medicamento abrangidos por esta resolução mediante o certificado de
presente no Art. 4º inciso II da Lei 5991 de 1973. Boas Praticas de Fabricação ou protocolo de solicitação
Considerando o art. 2 inciso III da Lei n° 9279/96, do pedido de BPF com status satisfatório no Banco de
que regula os direitos e obrigações relativos à propriedade dados de Inspeção da ANVISA.
industrial adota a seguinte Resolução de Diretoria Art. 5° Os estudos de estabilidade devem ser
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua realizados conforme GUIA DE ESTABILIDADE.
publicação: Quando houver inviabilidade técnica para realização dos
Art. 1º Para efeito desta Resolução consideram-se testes requeridos a empresa deverá apresentar justificativa
as seguintes definições: arrazoando os motivos técnicos.
MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO Art. 6º A notificação dos produtos listados no
SIMPLIFICADA -produto farmacêutico, tecnicamente Anexo I deve ser precedida pela produção de lotes-piloto
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa de acordo com o GUIA PARA PRODUÇÃO DE LOTES-
ou paliativa na qual existe baixo risco de que seu uso ou PILOTO DE MEDICAMENTOS, devendo a
exposição possa causar conseqüências e ou agravos à documentação ser arquivada na empresa para fins de
saúde quando observadas todas as características de uso e controle sanitário, exceto para produtos que possuem
de qualidade descritas no Anexo I desta Resolução. cadastro ou registro vigente junto à Anvisa. (N.R)
NOTIFICAÇÃO - comunicação à autoridade Redação dada pela RDC 4/2015
sanitária federal (ANVISA) referente à fabricação, § 1º Os lotes piloto poderão ser comercializados, a
importação e comercialização dos medicamentos de critério do fabricante, após a realização do estudo de
notificação simplificada relacionados no Anexo I deste estabilidade acelerado e a devida notificação do produto,
regulamento. conforme estabelecido neste regulamento.
AFE - AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO Art. 7° A notificação deve seguir os seguintes
- Ato privativo do órgão ou da entidade competente do critérios:
Ministério da Saúde, incumbido da vigilância sanitária § 1º A notificação deve ser realizada,
dos produtos de que trata este Regulamento, contendo exclusivamente, pela empresa com autorização de
permissão para que as empresas exerçam as atividades funcionamento para fabricar e/ou importar medicamentos.
sob regime de vigilância sanitária, instituído pela Lei no § 2º A empresa deverá realizar uma notificação
6.360, de 1976, mediante comprovação de requisitos individual para cada produto, conforme este regulamento.
técnicos e administrativos específicos. § 3º A empresa dever á proceder com nova
Art. 2° Fica instituída a notificação simplificada de notificação sempre que houver inclusões ou alterações em
medicamentos mediante peticionamento eletrônico. quaisquer informações prestadas por meio da notificação
§1º Para efeito deste regulamento são considerados letrônica‖. (NR) (Redação dada pela RDC 107/16)
medicamentos de notificação simplificada aqueles § 4º Todas as notificações devem ser renovadas a
constantes no Anexo I Art 3º A notificação não exime as cada 5 (cinco) anos, respeitando os prazos estabelecidos
empresas das obrigações do cumprimento das Boas no Art. 12 da Lei nº 6.360/76‖. (NR) (Redação dada pela
Práticas de Fabricação e Controle e das demais RDC 107/16)
regulamentações sanitárias. § 5º Todas as notificações devem ser renovadas a
§1º Os produtos mencionados no caput deste artigo cada 5 (cinco) anos, mediante nova notificação de cada
devem adotar, integralmente, as informações produto, respeitando os prazos estabelecidos no Art. 12 da
padronizadas no Anexo I deste regulamento. Lei nº 6.360/76
§ 6º Os medicamentos de baixo risco isentos de
registros e regularizados mediante notificação ficam
158
sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalização de §3º O cadastro de medicamentos, cujo princípio
Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26 de ativo, concentração e/ou forma farmacêutica não estão
janeiro de 1999‖. (NR) (Redação dada pela RDC 107/16) relacionados no Anexo I deste regulamento, são válidos
§ 7º As notificações de que trata o caput deste até o término de sua vigência, devendo posteriormente
artigo estão isentas do pagamento de taxa. enquadrar-se a essa Resolução ou nos regulamentos para
§ 8º Será disponibilizada, para consulta no site da registro de medicamentos junto a Anvisa.
ANVISA, a relação de empresas e produtos notificados, Art.10. As informações apresentadas na
imediatamente após a realização da notificação. Notificação são de responsabilidade da empresa e serão
Art. 8° Os produtos especificados no Artigo 1º objeto de controle sanitário pela ANVISA.
devem citar, em sua rotulagem, o enquadramento nesta Art. 11. Ficam revogados art. 3° e art. 8º da
Resolução, adotando a frase: ―MEDICAMENTO DE Resolução RDC n° 132, de 29 de maio de 2003, e os itens
NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA RDC ANVISA 2.1.1.12.1 ; 3.7 e 7.1 do anexo da Resolução RDC n° 333,
Nº......../2006. AFE nº:..........................‖. de 19 de novembro de 2003.
§ 1º A rotulagem dos produtos objeto deste Art 12. Esta Resolução entrará em vigor 15 dias da
regulamento deve seguir o estabelecido no Anexo I e no publicação.
Anexo II III, ficando dispensados de apresentação de bula DIRCEU RAPOSO DE MELLO
§ 2º Fica facultada a utilização de embalagem
secundária, caso constem na embalagem primária todas as ANEXO I (Redação dada pela RDC 107/16)
informações exigidas no Anexo I e Anexo II deste LISTA DE MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO
regulamento. As informações sobre especificações SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
analíticas mínimas e referência não devem constar na I - As especificações analíticas adotadas pelos fabricantes
rotulagem do produto. para os medicamentos de baixo risco sujeitos a otificação
§ 3º Fica dispensada a utilização de tinta reativa na simplificada devem seguir monografia inscrita na
rotulagem de produtos desta categoria, porém as Farmacopeia Brasileira ou em compêndio oficialmente
embalagens devem apresentar lacre ou selo de segurança, reconhecido pela Anvisa de acordo com norma específica.
para garantia da inviolabilidade do produto. II - Na ausência de monografia oficial, deverão ser
§ 4º Estes produtos devem adotar para sua realizados os testes descritos nos métodos gerais da
identificação, o nome do produto ou sinônimo presentes Farmacopeia Brasileira, e demais testes necessários,
no Anexo I deste regulamento, sendo facultada a adoção desenvolvidos pelo fabricante, para garantir a qualidade
de marca ou nome comercial. do medicamento.
Art. 9º A adequação a este regulamento de III - Todo laudo de análise de controle da qualidade do
medicamentos cadastrados ou registrados na ANVISA produto acabado, independente da forma farmacêutica,
deve ser realizada respeitando as seguintes disposições: deve apresentar, no mínimo, as seguintes informações ou
I -Todos os produtos cadastrados na ANVISA justificativa técnica de ausência:
como isentos de registro devem se adequar a a) Características organolépticas/aparência;
este regulamento no momento de sua renovação. b) Identificação e teor do(s) princípio(s) ativo(s);
A critério da empresa, a adequação a esta c) Limites microbianos: contagem de bactérias e fungos
Resolução poderá ser realizada antes do período totais e pesquisa de patógenos;
de renovação. 1 - Para as formas farmacêuticas sólidas, a empresa deve
II - Os produtos listados no Anexo I, porém acrescentar as seguintes informações ou justificativa
atualmente registrados em outras categorias de técnica de ausência:
medicamentos, devem se adequar a este a) desintegração;
regulamento no momento de sua renovação. A b) dissolução;
critério da empresa, a adequação a esta c) dureza;
Resolução poderá ser realizada antes do período d) peso médio; e
de renovação e) umidade;
§1º As petições referentes a cadastro de 2 - Para as formas farmacêuticas líquidas e semissólidas, a
medicamentos isentos de registro em análise ou em empresa deve acrescentar as seguintes informações ou
arquivamento temporário serão encerradas a partir da justificativa técnica de ausência:
vigência deste regulamento. No caso de petições de a) pH;
renovação de cadastro de medicamentos, protocoladas b) densidade;
antes da publicação deste regulamento, a adequação deve c) viscosidade; e
ocorrer em até 180 dias. d) volume ou peso médio.
§2º Caso haja produtos registrados ou cadastrados
com indicações diferentes, a empresa deverá adequar-se ANEXO I
as informações existentes no Anexo I e posteriormente, LISTA DE MEDICAMENTOS DE BAIXO RISCO
providenciar protocolo do requerimento de inclusão, SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA
alteração ou exclusão presente no Anexo III deste (CONFORME RDC 107/2016)
regulamento e aguardar a publicação conforme o § 4º do
art. 3
159
PRODUTO CONCENTRAÇÃO DO SINÔNIMOS FORMA INDICAÇÃO MODO DE ADVERTÊNCIA LINHA DE PRODUÇÃO
PRINCÍPIO ATIVO FARMACÊUTICA USAR
Ácido bórico 3% de ácido bórico Água boricada Solução Antisséptico, Aplicar duas a Não pode ser aplicado Líquido
bacteriostátic o três vezes ao dia, em grandes áreas do
e fungicida. com auxílio de corpo, quando
Utilizado em compressas de existirem lesões de
processos gaze ou algodão. qualquer tipo, feridas
infecciosos ou queimaduras.
tópicos Produto de uso
exclusivo em adultos.
O uso
em crianças
representa risco à
saúde. Não ingerir.

Ácido fólico 0,2 mg/mL Vitamina B9 Solução Oral Suplementação Uso adulto: Este medicamento Líquido
para prevenção Prevenção de É contraindicado para
e tratamento de ocorrência de pacientes que
carência de malformações apresentam
folatos e fetais: Tomar 2 hipersensibilidade ao
redução da ml ao dia ácido fólico. A
ocorrência de Prevenção de presença de ácido
malformações deficiência de fólico nas reparações
fetais ácido fólico: líquidas, pode
tomar 2 ml ao aumentar a absorção
dia do ferro alimentar, o
Para gestantes e que pode ser
lactentes: tomar prejudicial
4 ml ao dia aos pacientes
Tratamento de talassêmicos
deficiência de que apresentam
ácido fólico: acúmulo deste
Tomar 5 ml ao elemento nos tecidos.
dia Logo, o medicamento
não deve ser
Uso Pediatrico administrado
Prevenção de antes ou logo após as
deficiência de refeições.
ácido fólico Doses muito altas de
Lactentes ( 0 a ácido fólico podem
11 meses) : ocasionar convulsões
Tomar 0,5 ml ao em pacientes

160
dia epilépticos tratados
com fenitoína.
Crianças (1 a 10 Doses de ácido fólico
anos): Tomar acima de 0,1 mg/dia
1,25 ml ao dia podem mascarar
casos de Anemia
perniciosa, pois as
características
hematológicas são
normalizadas,
enquanto, os danos
neurológicos
progridem.
Ácido 2% de ácido salicílico Pomada de Pomada Queratoplástica Aplicar nas áreas Pode ocorrer a Semissólido
salicílico ácido salicílico afetadas, à noite, absorção e salicilismo
2%. e retirar pela em uso prolongado.
Vaselina manhã.
Salicilada 2%.
Ácido 10% de ácido Pomada de Pomada Queratolítica Uso externo. Contraindicação: Semissólido
salicílico salicílico ácido Aplicar nas pacientes com
salicílico áreas hipersensibilidade ao
10%. afetadas, ácido salicílico,
Vaselina à noite, e durante a gravidez e
salicilada retirar pela lactação. Diabéticos
10%. manhã. devem usar com
cautela. Evitar
Apresenta contato com os
propriedade
olhos, a face, os
queratolítica
órgãos genitais e as
forte e sua
aplicação deve ser mucosas.
efetuada com Lavar as mãos após
muita precaução, a aplicação.
sendo Reações adversas:
recomendável a pode ocorrer
utilização de absorção e salicilismo
espátulas ou luvas em uso prolongado.
de proteção.
Ácido 20% de ácido salicílico Pomada de Pomada Queratolítica Em aplicações Contraindicação: Semissólido
salicílico ácido Nas locais. No caso de pacientes com
Salicílico 20%. hiperqueratoses, rachaduras de pés, hipersensibilidade ao
Vaselina como cravos e duas vezes ao dia; ácido salicílico,
Salicilada 20%. Rachaduras nos no caso de calos durante a gravidez e
pés,calos secos secos e verrugas, lactação.
161
e verrugas. aplicar à noite Diabéticos devem
e cobrir com usar com cautela.
esparadrapo, Evitar contato com os
retirando-o no dia olhos, a face, os
seguinte. órgãos genitais e as
Apresenta mucosas.
propriedade
Lavar as mãos após
queratolítica forte a aplicação.
e sua aplicação Interações com
deve ser efetuada medicamento s:
com muita usado com sabões
precaução, sendo abrasivos,
recomendável a preparações para
utilização de acne, preparações
espátulas ou luvas contendo álcool,
de proteção. cosméticos ou sabões
com forte efeito
secante podem causar
efeito irritante ou
secante cumulativo,
resultando em
irritação excessiva da
pele.
Reações adversas:
pode ocorrer
absorção e salicilismo
em uso prolongado.
Água Água destilada, Líquido Lavagem de Uso externo. Não deve ser usado Líquido ou soluções
purificada Água ferimentos Aplicar para injetáveis. A estéreis
deionizada, diretamente no ingestão pode causar
Água por local afetado. diarréia, devido à
osmose reversa, ausência de íons na
Água por água.
ultrafiltração.
(OBS: o
sinônimo para
água purificada
deve ser
utilizado
conforme o
processo de
obtenção)

162
Álcool Cânfora 10% (p/v) Álcool Solução Solução Tratamento Uso externo. Manter fora do Líquido
canforado Etílico Q.S. alcoólica de sintomático de Aplicar alcance de crianças.
cânfora mialgias e diretamente no Não deve ser
artralgias. local afetado, utilizado em crianças
Também pode previamente menores de dois
ser utilizado limpo, com o anos.
para aliviar auxílio de gaze Manter distante de
pruridos. ou algodão, três a fontes de calor.
quatro vezes ao Conservar em
dia, mediante temperatura inferior
fricção. a 25ºC.
OBS:
Embalagem máxima
de 50mL p/ venda
ao
público.
Devem-se adicionar
as advertências
contidas na
NBR5991/97
e RDC 46 de
20/02/02.

OBS: Produto exige


embalagem primária
de vidro âmbar
(Formulário
Nacional, 1ª Ed.).
Álcool etílico Álcool etílico 70% (p/p). Álcool 70 Solução Antisséptico Uso externo. Manter distante de Líquido
Álcool etílico 77° GL Aplicar fontes de calor.
diretamente no
local afetado, OBS:
previamente li Embalagem máxima
mpo, com o de 50mL p/ venda
auxílio, se desejar, ao público.
de algodão ou Devem-se adicionar
gaze. as advertências
contidas na NBR
5991/97 e RDC 46 de
20/02/02.
Álcool etílico Álcool etílico 70% (p/p). Álcool gel Gel Antisséptico de Uso externo. (OBS: Semissólido
mãos. Aplicar Devem-se adicionar
diretamente n o as advertências
163
local afetado, contidas na NBR
previamente 5991/97
limpo, com o e RDC 46 de
auxílio, se 20/02/02).
desejar, de
algodão ou gaze.
Amônia 10% de hidróxido de Amônia Solução Neutralizar Uso tópico. Evitar contato com Líquido
amônio diluída picadas de Aplicar no os olhos. Não inalar.
inseto. local da Em contato com
picada. pele e olhos produz
bolhas e vesículas.
Queimadura de
amônia provoca
sensação na pele
como ensaboada.

Após a utilização não


cobrir a picada com
compressas.
Manusear em local
arejado e não agitar.
Se ingerido, procurar
auxílio médico.
Qualquer acidente
lavar com bastante
água.
Não usar na pele sem
antes fazer o teste de
sensibilidade. Não
reaproveitar a
embalagem
Azul de 1% de azul de metileno Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o O produto pode Liquido
metileno azul de local, com o manchar a pele.
metileno. auxílio de gaze, Nesse caso, pode ser
algodão ou utilizada uma
espátula. Uso solução de
tópico. hipoclorito de sódio
para clarear.
Benjoin 20% benjoim, Sumatra, Tintura de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Uso externo. Proteger Líquido
Benzoin benjoin local, com o da luz. Informações
auxílio de gaze, de segurança: podem
algodão ou ocorrer reações
espátula. de hipersensibilidade
164
e dermatite de
contato.
Bicarbonato Mínimo 99% de Sal de vick Pó Antiácido Dissolver 2,5 g (1 Não usar juntamente Sólido
de sódio bicarbonato de sódio colher de café) em com dieta Láctea (a
um copo de água base de leite) devido
filtrada e tomar 30 a possibilidade de
minutos antes das ocorrência de
refeições para síndrome alcalino-
neutralizar o láctea.
excesso de Reações adversas:
secreção pode ocorrer efeito
gástrica no rebote ácido, devido
estômago. à estimulação da
gastrina. No uso
prolongado exige
acompanhamento
médico
Carbonato de Mínimo de 98% de Carbonato de Pó Antiácido 1 a 2 g ao dia. Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio cálcio pode ocorrer efeito
rebote, ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de carbonato de Carbonato de Cápsula Antiácido 2a4 Reações adversas: Sólido
cálcio cálcio cálcio cápsulas ao pode ocorrer efeito
dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de Carbonato de Comprimido Antiácido 2a4 Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio comprimidos pode ocorrer efeito
cálcio ao dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 500 mg de Carbonato de Comprimido Antiácido Adulto: 2 a 4 Reações adversas: Sólido
cálcio carbonato de cálcio mastigável comprimidos pode ocorrer efeito
cálcio ao dia. rebote ácido, devido
à estimulação da
gastrina.
Carbonato de 1250 mg de carbonato de Carbonato de Comprimido ou Suplemento Adulto: tomar Contraindicaç ões: Sólidos
cálcio + Cálcio (equivalente cálcio + Comprimido vitamínico e 1a3 hipercalcemia,
colecalciferol a 500 mg de cálcio vitamina D3 revestido mineral para comprimidos hipervitamino se D,
elementar) + prevenção do via oral ao hipersensibilidade ao
200 UI de colecalciferol raquitismo e dia. Ingerir colecalciferol,
para a após as ergocalciferol ou
prevenção/tra refeições. metabólitos da
165
tamento Crianças: vitamina D.
auxiliar na tomar 1 Reações adversas:
desmineralizaçã comprimido
alterações lipídicas,
o óssea pré e ao dia durante as
pós-menopausal refeições hipervitamino se D,
distúrbios gastrointestin
ais, bradicardia e
arritmias.
Superdosagem:
anorexia, cansaço,
náusea e vômito,
diarreia, perda de peso,
poliúria, transpiração,
cefaleia, sede,
vertigem e aumento da
concentração de cálcio
e fosfato no plasma e
urina, hipercalcemia,
insuficiência renal,
calcificação de tecidos
moles, hipercalciúria, e
cálculo renal.

Carbonato de 1250 mg de carbonato de Carbonato de Comprimido ou Suplemento Adulto: Tomar 1 a Contraindicações: Sólidos
cálcio + cálcio(equivalente a 500 mg cálcio + Comprimido vitamínico e 2 comprimidos hipercalcemia,
colecalciferol de cálcio elementar) + 400 vitamina D3 revestido mineral para via oral ao dia. hipervitaminose D,
UI de colecalciferol prevenção do Ingerir após as hipersensibili dade ao
raquitismo e refeições. colecalciferol,
para a Crianças: tomar 1 ergocalciferol ou
prevenção/tra comprimido ao dia metabólitos da
tamento auxiliar durante as vitamina D.
na desmineraliza refeições Reações dversas:
ção óssea pré e alterações lipídicas,
pós- hipervitamino se D,
menopausal distúrbios
gastrointestin ais,
bradicardia e
arritmias.
Superdosagem:
anorexia,cansaço,
náusea e vômito,
diarreia, perda de
peso, poliúria,
166
transpiração, cefaleia,
sede, vertigem e
aumento da
concentração
de cálcio e fosfato
no plasma e urina,
hipercalcemia,
insuficiência renal,
calcificação de
tecidos moles,
hipercalciúria,
e cálculo renal.

Carvão 250 mg de Carvão Cápsula Redução do Ingerir 4 Contraindicad Sólido


vegetal carvão ativado acúmulo cápsulas ao o durante a gravidez,
ativado vegetal excessivo de menos 30 e para os casos
ativado gases minutos antes de obstrução
intestinais das refeições intestinal e alterações
e 4 cápsulas anatômicas do trato
após as refeições gastrointestinal. Deve
ser utilizado com
precaução em
crianças, uma vez que
o carvão ativado pode
interferir na absorção
de nutrientes.
Não é recomendável
o uso por crianças
menores de 12 anos
de idade. Pode haver
adsorção de outros
medicamento s
utilizados
concomitante mente
ao carvão ativado.
Portanto, este deve
ser administrado duas
horas antes ou uma
hora após outras
medicações. Não é
recomendado utilizar
o carvão ativado por
longo período.
Cloreto de 33 g de cloreto de magnésio Pó Laxante suave Uso Interno. Após aberto, guardar Sólido
magnésio Dissolver o o produto bem
167
conteúdo da fechado em
embalagem em 1 geladeira. Quando
litro de água ocorrer maior
filtrada; frequência de
armazenar em evacuações, diminuir
recipiente de a dose. Em caso de
vidro na geladeira diarreia suspender o
e tomar 60 mL/dia uso. Precauções:
desta solução (um Quando a funções
cálice ou uma renal estiver
xícara de chá), deficiente, a
preferencialmente reposição do
pela manhã em magnésio deve ser
jejum. Pode ser acompanhada de
misturado a sucos cuidados especiais e
cítricos para de onitorização dos
mascarar o sabor níveis séricos. Deve
amargo da ser evitado o uso em
solução. Após mulheres grávidas,
diluição o uma vez que o
medicamento magnésio ultrapassa
deverá ser a placenta podendo
consumido interferir nos níveis
em até X dias. séricos do feto.
Obs.: substituir o Contraindicação: O
X pelo número uso do cloreto de
de dias magnésio é
comprovados
no estudo de contraindicado em
estabilidade após pacientes com
diluição insuficiência renal
severa.
Colódio lacto 20,0% (g/mL) de ácido Calicida Solução Verrugas Uso externo. Não usar próximo aos Líquido
salicilado Salicílico equivalente a comuns, plantar Proteger as áreas olhos. Evitar o
16,5% (p/p) + 15,0 % ácido e calosidades. ao redor da lesão contato com as
láctico com vaselina mucosas e a pele
sólida. íntegra. O uso é
Aplicar, uma contraindicado em
vez ao dia, até diabéticos e em
eliminação da pacientes com
verruga ou déficits circulatórios
calosidade, quatro em membros.
camadas de
colódio,

168
esperando cada
camada secar
antes da
reaplicação.
Colódio 12,0% (g/mL) Calicida Solução Verrugas Uso externo. Não usar próximo Liquido
salicilado de ácido salicílico comuns, plantar Proteger as áreas aos olhos. Evitar o
e calosidades. ao redor da lesão contato com as
Queratoplástico. com vaselina mucosas e a pele
sólida. íntegra. O uso é
Aplicar, uma vez contraindicado em
ao dia, até diabéticos e em
eliminação da pacientes com
verruga ou déficits circulatórios
calosidade, quatro em membros.
camadas de
colódio,
esperando cada
camada secar
antes da
reaplicação.
Enxofre 10% de enxofre Enxofre Creme Escabiose e Uso tópico. A aplicação de Semissólido
acne. Aplicar no local enxofre em uso
afetado. tópico pode causar
irritação na pele. Não
ingerir.
Manter fora do
alcance das crianças.
Contato com olhos,
boca e outras
membranas mucosas
deve ser evitado.
Contraindicações:
hipersensibili dade ao
enxofre.
Reações adversas:
irritação na pele,
vermelhidão ou
escamação da pele.
Éter 35% de éter etílico (v/v) + Licor de Solução Utilizado para Uso externo. Pode ocorrer Líquido
alcoolizado Álcool etílico 96% (v/v). Hoffman desengordurar a Aplicar nas áreas irritação local e
pele e como afetadas, com fotossensibilidade.
veículo em auxílio de algodão.
formulações
169
para acne,
alopecia e
antimicóticos
tópicos, bem
como, para
remoção de
fitas adesivas.
Extrato fluído 10% de extrato de rosas Mel rosado Solução Adstringente Aplicar puro ou Contraindicações: Líquido
de rosas rubras em mel. nas estomatites, diluído em água, pode ocorrer
rubras principalmente na boca ou hipersensibilidade.
infantil garganta, com Precauções e
(sapinho). haste flexível de advertências: não
algodão, chupeta ingerir.
ou gargarejo.
Glicerina Mínimo 95% de glicerina Glicerina Solução Demulcente, A glicerina Contraindicações: Líquido
emoliente, farmacêutica é pode ocorrer
umectante e um produto com hipersensibilidade.
hidratante. excelente Precauções e
atividade sobre a advertências: não
pele, exercendo o ingerir.
efeito
demulcente, isto
é, quando
aplicada sobre
locais irritados
ou lesados, tende
a formar uma
película protetora
contra estímulos
resultantes do
contato com o ar
ou irritantes
ambientais.
Espalhar o
produto
friccionando s
obre toda a área
de uso.
Gliconato de 0,5% de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o olhos, ouvidos e
digliconato de produto em boca. Para os casos
clorexidina quantidade de contaminação
suficiente para destas partes, lavar
170
umedecer abundantemente com
toda a área, água.
esfregando Contraindicado para
com gaze pessoas com história
estéril. Deixar de hipersensibilidade
secar à clorexidina.
completamente,
e, se necessário,
repetir o
procedimento
. Pode ser
utilizado em
mucosas.
Gliconato de 0,5% de Gliconato de Solução Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina gliconato de clorexidina clorexidina e alcoólica tópico. Para Aplicar o com olhos, ouvidos e
antissepsia produto em boca. Para os casos
digliconato de de pele antes de quantidade de contaminação
clorexidina procedimento suficiente para destas partes, lavar
s invasivos umedecer abundantemente com
(como toda a área a água. Não deve ser
inserção de ser tratada, utilizada para
cateteres) e esfregando irrigação de
antissepsia com gaze cavidade corpórea,
do campo estéril. Deixar curativo da ferida
operatório secar cirúrgica ou de lesões
após completamen de pele e mucosa.
degermação; te e, se Não utilizar em
para necessário, mucosas.
realização de repetir o Contraindicado para
curativo de procedimento. pessoas com história
local de Aguarde o de hipersensibilidade
inserção de produto secar à clorexidina.
cateteres completamen
vasculares. te antes de
qualquer
punção ou
inserção na
pele. Para
antissepsia da pele
em
procedimentos
cirúrgicos,
realizar antes
a degermação
da pele com
solução de
171
clorexidina com
tensoativo.
Gliconato de 1,0% de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico Aplicar o com olhos, ouvidos e
digliconato de produto em boca. Para os casos
clorexidina quantidade de contaminação
suficiente para destas partes, lavar
umedecer toda a abundantemente com
área a ser água.
tratada, Contraindicado para
esfregando com pessoas com história
gaze estéril. de hipersensibili dade
Deixar secar à clorexidina.
completamente, e
se necessário,
repetir o
procedimento
. Pode ser
utilizado em
mucosas.
Gliconato de 1,0% de Gliconato de Solução alcoólica Antisséptico Uso externo. Evitar contato Líquido
clorexidina gliconato de clorexidina e tópico para Para a antissepsia com olhos, ouvidos e
clorexidina digliconato de desinfecção das mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina das mãos antes técnica de de contaminação
de contato com higienização das destas partes, lavar
pacientes e mãos com abundantemente com
preparo preparações água.
cirúrgico das alcoólicas Contraindicado para
mãos. (fricção pessoas com história
antisséptica) de hipersensibilidade
preconizada pela à clorexidina.
Anvisa e Não utilizar em
disponível para mucosas.
consulta em seu Não usar em
endereço combinação
eletrônico com sabão
<http://www.a degermante.
nvisa.gov.br/h
otsite/higieniz
acao_maos/in
dex.htm>.
Gliconato de 2,0% de gliconato de Gliconato de Solução com Antisséptico Uso externo. Para Evitar contato Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tensoativos tópico; a antissepsia das com olhos, ouvidos e
digliconato de degermação mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina da pele do técnica de preparo de contaminação
172
paciente, pré- operatório destas partes, lavar
antes de preconizada pela abundantemente com
procedimento Anvisa e água.
s invasivos disponível para
(p.ex, cirurgia, Não usar para
consulta em seu
Cateter venoso curativos.
endereço
central, entre Não usar em
eletrônico
outros); mucosas.
<http://www.a
banho pré- Contraindicado para
nvisa.gov.br/h
operatório de pessoas com história
otsite/higieniz
pacientes; de hipersensibilidade
preparo das acao_maos/in
à clorexidina.
mãos do dex.htm>.
profissional
de saúde, antes Antissepsia do
da realização de campo
procedimentos operatório:
invasivos e após umedecer a pele e
cuidado do aplicar o produto
paciente friccionando
colonizado ou suavemente.
infectado por Enxaguar e secar
patógenos a área com
multiresistentes. compressas
estéreis.
Banho pré-
operatório:
umedecer o corpo
e aplicar o
produto. Com o
auxílio das mãos
ou esponjas,
friccionar
suavemente até
obtenção de
espuma.
Enxaguar e secar.
Gliconato de 2,0 % de gliconato de Gliconato de Solução aquosa Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o produto olhos, ouvidos e
Preparo de em quantidade boca. Para os casos
digliconato de mucosas para a suficiente para de contaminação
clorexidina realização de umedecer toda a destas partes, lavar
procedimentos área a ser tratada, abundanteme nte
cirúrgicos, esfregando com com água.
173
preparo gaze estéril.
da região Deixar secar Não deve ser
genital pré- completamen te e, utilizada para
sondagem se necessário, irrigação de cavidade
vesical, repetir o corpórea.
antissepsia procedimento. Não usar para preparo
Pode ser utilizado
extrabucal em de pele do paciente
em mucosas.
procedimento s cirúrgico. Não usar
odontológicos para degermação/
antissepsia das mãos
de profissionais de
saúde.
Não usar para
curativo da ferida
cirúrgica ou de
lesões de pele e
mucosa.

Contraindicado para
pessoas com história
de hipersensibilidade
à clorexidina.
Gliconato de 2,0 % de gliconato de Gliconato de Solução alcoólica Antisséptico Uso externo. Evitar contato com Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tópico. Aplicar o olhos, ouvidos e
Antissepsia do produto em boca. Para os casos
digliconato de campo quantidade de contaminação
clorexidina operatório; suficiente para destas partes, lavar
antissepsia da umedecer toda a abundantemente com
pele antes área a ser tratada, água.
De esfregando com Não deve ser
procedimentos gaze estéril. utilizada para
invasivos. Deixar secar e, se irrigação de cavidade
Antissepsia no necessário, repetir
sítio de inserção corpórea.
o procedimento.
de catéteres Não usar para
Aguarde o curativo na ferida
vasculares produto secar cirúrgica ou de lesões
centrais e completamente de pele e mucosa .
periféricos. antes de qualquer Contraindicado para
punção ou
pessoa com história
inserção na pele. de hipersensibilidade
à clorexidina.
Gliconato de 4,0 % de gliconato de Gliconato de Solução com Antisséptico Uso externo. Para Evitar contato com os Líquido
clorexidina clorexidina clorexidina e tensoativos tópico; a antissepsia das olhos, ouvidos e

174
digliconato de degermação da mãos, seguir a boca. Para os casos
clorexidina pele do paciente, técnica de de contaminação
antes de Preparo pré- destas partes, lavar
procedimentos operatório abundantemente com
invasivos (por preconizada pela água. Não usar para
ex. cirurgia, ANVISA e curativos. Não usar
cateter venoso disponível para em mucosas .
central ); banho consulta em seu Contraindicado para
pré- operatório endereço pessoas com história
de pacientes; eletrônico de hipersensibilidade
preparo das www.anvisa.gov. á clorexidina.
mãos do br/hotsite/higieniz
profissional de açãomaos/index.h
saúde, antes da tml.
realização de Antissepsia do
procedimentos campo operatório:
invasivos e após umedecer a pele e
cuidado do aplicar o produto
paciente friccionando
colonizado ou suavemente.
infectado por Enxaguar e secar
patógenos a área com
multirresistentes compressas
e em situações estéreis. Banho
de surto. pré- operatório:
umedecer o corpo
e aplicar o
produto. Com o
auxílio das mãos
ou esponjas,
friccionar
suavemente até
obtenção de
espuma. Enxaguar
e secar.
Hidróxido de Hidróxido de alumínio 6% Suspensão de Suspensão Antiácido, Uso interno. Agitar antes de usar. Líquido
alumínio hidróxido de coadjuvante no Tomar de 5 a 10 Obstipante (causa
alumínio tratamento de mL, constipação, prisão de
úlceras gástricas quatro vezes ao ventre)
e duodenais e dia, 15 minutos
esofagite de antes das
refluxo. refeições, e antes
de deitar, ou a

175
critério médico.

Hidróxido de 8% (p/v) de hidróxido de Leite de Suspensão Antiácido, Uso interno. Agitar antes de usar. Líquido
magnésio magnésio magnésia; laxante suave. Antiácido: 5 a 15 Precauções: não
magma de mL (1colher de ingerir na gravidez
magnésio; chá a 1 colher de ou se estiver
magnésia sopa), duas a três amamentando sem
hidratada; vezes ao dia. orientação médica.
óxido de Laxante: No caso de
magnésio superdosagem,
hidratado 30 mL a 60 procure orientação
mL (2 a 4 médica.
colheres de
sopa). Precauções como
Crianças: de um laxativo: não usar
quarto a metade em presença de dor
da dose para abdominal, náuseas,
adultos, de acordo vômitos, alteração
com a idade. nos hábitos
intestinais por mais
de 2 semanas, san
gramento retal e
doença renal.
Precauções como
antiácido: pode haver
efeito laxativo.
Hidróxido de Hidróxido de bmagnésio Comprimido Tratamento dos Uso oral. Não deve ser Sólido
magnésio e 200mg + Hidróxido de sintomas da Crianças utilizado em
alumínio Alumínio 200mg acidez acima de 6 anos pacientes
estomacal, de idade: 1 a 2 com
azia, comprimidos, hipersensibilidade
desconforto de acordo com a aos componentes
estomacal, idade, 2 vezes ao da fórmula,
dor de dia. insuficiência
estômago, Adultos: 2 a 3 renal severa, com
dispepsia comprimidos, hipofosfatemia ou
(indigestão), 4 vezes ao dia. obstrução intestinal.
queimação, Limite máximo Não deve ser
esofagite de administração: utilizado na gravidez
péptica para crianças, 2 e na amamentação.
(inflamação vezes ao dia; para Contraindicações:
do esôfago, adultos, 4 vezes contraindicado para
causada pelo ao dia. pacientes com
refluxo insuficiência renal
176
gástrico) e Cuidados de severa.
hérnia de hiato. administração: os Precauções:
comprimidos Administrar com
devem ser cautela: -em
mastigados, pacientes com
não degluti-los porfiria que estejam
porinteiro. Deve fazendo
ser administrado hemodiálise;
meia hora após as - na vigência
refeições e ao de dietas pobres em
deitar. fósforo . Não se deve
ultrapassar a dose
diária ou prolongar o
tratamento por mais
de 14 dias (com dose
máxima). O uso
prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatê micos
pode resultar em
hipofosfatemi a se a
quantidade de
fosfato ingerida não
for adequada. Em
pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
pois o hidróxido de
magnésio pode
causar depressão do
sistema nervoso
central na presença
desse distúrbio. Em
pacientes com
insuficiência renal,
os níveis plasmáticos
de alumínio e
magnésio aumentam
e por isso, a
exposição
177
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode
causar encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamento sas: O
uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina, levando a
sua superdose.
Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de:
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoid es,
isoniazida, levodopa,
difosfonatos,
fluoreto de sódio,
poliestirenoss
ulfonato de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos,
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofuratoína e sais
de ferro. Devido à
possibilidade de
diminuição da
absorção
178
gastrintestinal dessas
substâncias, são
associações que
merecem
precauções. Deve ser
administrado2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos . Para
fluorquinolonas,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
Reações adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação
Hidróxido de Hidróxido de Magnésio 400 Comprimido Tratamento dos Uso Oral . Uso Não deve ser Sólido
magnésio e mg + Hidróxido de sintomas da Adulto. utilizado em
alumínio Alumínio 400 mg acidez Tratamento pacientes com
estomacal , Sintomático: 1 a 2 hipersensibilidade
azia, comprimidos aos componentes da
desconforto mastigáveis por fórmula, insuficiência
estomacal, dor dia. renal severa,
de estômago, Limite máximo de hipofosfatemia ou
dispepsia administração: 6 obstrução intestinal.
(indigestão), comprimidos Não deve ser
queimação, Cuidados de utilizado na gravidez
esofagite administração: os e na amamentação.
péptica comprimidos Contraindicações:
(inflamação do devem ser contraindicado para
esôfago mastigados, não pacientes com
causada pelo degluti-los por insuficiência renal
refluxo gástrico inteiro. Deve ser
) e hérnia de severa.
administrado meia Precauções:
hiato (quando a hora após as
porção do administrar com
refeições e ao
estômago cautela: em pacientes
deitar.
desliza para com porfiria que
dentro do tórax, estejam fazendo
através de uma Hemodiálise.
passagem - na vigência de
naturalmente dietas pobres em
fechada do fósforo;
179
diafragma, Não se deve
músculo ultrapassar a dose
responsável diária ou prolongar o
pela respiração) tratamento por
mais de 14 dias (com
dose máxima).
O uso prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatêmicos
pode resultar em
hipofosfatemia se a
quantidade de fosfato
ingerida não for
adequada. Em
pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
pois o hidróxido de
magnésio pode causar
depressão do sistema
nervoso central na
presença desse
distúrbio. Em
pacientes com
insuficiência renal, os
níveis plasmáticos de
alumínio e magnésio
aumentam e, por isso,
a exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode causar
encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
180
Interações
medicamentosas: O
uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina levando a
sua superdose.
Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de:
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoid es,
isoniazida, levodopa,
difosfonaos, fluoreto
de sódio,
poliestirenoss
ulfonato de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos,
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofuratoína e sais
de ferro. Devido à
possibilidade de
diminuição da
absorção
gastrintestinal dessas
substâncias, são
associações que
merecem precauções.
Deve ser
administrado 2 horas
181
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos. Para
fluorquinolon as,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
Reações adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação.

Hidróxido de Hidróxido de alumínio (37 Suspensão Tratamento Uso oral. Esse medicamento Líquido
mg/mL) + Hidróxido de Crianças: tomar 1 não deve ser utilizado
alumínio, dos sintomas da
magnésio(40mg/mL) + colher de chá(5 nos casos de
Hidróxido de acidez
Simeticona(5mg/mL) mL), 1 a 2 vezes hipersensibilidade
magnésio e estomacal, azia,
desconforto, ao dia. Adultos: aoscomponentes da
Simeticona
estomacal, tomar 1 a 2 fórmula, insuficiência
dor de colheres de renal severa,
estômago, sobremesa (10 hipofosfatemi a,
dispepsia mL a 20 gravidez,
(indigestão), mL), 4 vezes ao amamentação e
queimação, dia obstrução intestinal.
esofagite péptica Esse medicamento é
(inflamação do contraindicado para
esôfago, causada uso por pacientes
pelo refluxo com insuficiência
gástrico) e hérnia renal severa. Esse
de hiato (quando
medicamento pode
a porção do
reduzir a absorção de
estômago desliza
certos medicamento s
para dentro do
como: fenitoína,
tórax, através de
uma passagem digoxina e agentes
naturalmente hipoglicemiantes. Por
fechada do esse motivo,
diafragma, deve ser administrado
músculo 2 horas antes ou
responsável pela depois do uso desses
respiração). medicamentos.
Também é
utilizado como Precauções: A
182
antiflatulento administração deve ser
(antigases) para realizada com cautela:
alívio dos - em pacientes com
sintomas do porfiria que estejam
excesso de gases, fazendo hemodiálise;
inclusive nos na vigência de dietas
quadros pós- pobres em fósforo,
operatórios. pois o hidróxido de
alumínio pode
provocar deficiência
de fósforo no
organismo
(hipofosfatemia).
Não é aconselhável
ultrapassar as doses
recomendada s ou
prolongar o
tratamento por mais
de 14 dias (com a
dose máxima).
O uso prolongado de
antiácidos contendo
alumínio por
pacientes
normofosfatêmicos
pode resultar em
hipofosfatemia se a
quantidade de fosfato
ingerida não for
adequada.
Gravidez e lactação
A paciente deve
informar a seu
médico a ocorrência
de gravidez na
vigência do
tratamento ou após o
seu término. Informar
ao médico se está
amamentando.
Este medicamento
não deve ser utilizado
por mulheres
183
grávidas sem
orientação médica.
Em pacientes com
insuficiência renal, a
administração desse
medicamento deve
ser realizada sob
supervisão médica,
uma vez que o
hidróxido de
magnésio pode causar
depressão do sistema
nervoso central na
presença desse
distúrbio.
Em pacientes com
insuficiência renal, os
níveis plasmáticos de
alumínio e magnésio
aumentam e, por isso,
a exposição
prolongada a altas
doses de sais de
alumínio e de
magnésio pode causar
encefalopatia,
demência, anemia
microcítica ou piora
da osteomalácia
induzida por diálise.
Interações
medicamentosas:
- Uso concomitante
com quinidinas pode
levar ao aumento do
nível plasmático de
quinidina,
contraindicando a
associação;
- Antiácidos contendo
alumínio podem
impedir a adequada
absorção de
184
antagonistas H2,
atenolol, metoprolol,
propranolol,
cloroquina, ciclinas,
diflunisal, etambutol,
cetoconazol,
fluorquinolon as,
digoxina,
indometacina,
glicocorticoides,
isoniazida, levodopa,
difosfonatos, fluoreto
de sódio,
poliestirenossulfonato
de sódio,
lincosamidas,
neurolépticos
fenotiazínicos,
penicilamina,
tetraciclina,
nitrofurantoína e sais
de ferro.
Recomenda- se que
esse produto seja
administrado 2 horas
antes ou depois da
ingestão desses
medicamentos. Para
fluorquinolonas,
deve-se respeitar um
intervalo de 4 horas.
- Uso concomitante
com citratos provoca
aumento dos níveis
de alumínio,
especialmente em
pacientes com
insuficiência renal;
- Salicilatos: ocorre
aumento da excreção
renal dos salicilatos
por alcalinização da
urina. Já o lactitol por
185
reduzir a acidificação
das fezes, não deve
ser associado com
esse produto em
virtude do risco de
encefalopatia s
hepáticas.
Reações Adversas:
regurgitação, náusea,
vômito ou diarreia
leve. Reações
adversas são
incomuns nas doses
recomendada
s. Pode ocorrer
diarreia ocasional ou
constipação, caso
sejam administradas
doses excessivas
Hipoclorito de Hipoclorito de sódio, Líquido de Solução Antisséptico Uso externo. Não ingerir, Líquido
sódio volume correspondente a 0,5 Dakin. local, para Aplicar nas não inalar. Produto
g de cloro ativo. Líquido curativo de áreas afetadas, fortemente oxidante.
Antisséptico de feridas e puro ou diluído Evitar contato com
Dakin. úlceras. em água. os olhos e mucosas.
Solução diluída Utilizado em
de hipoclorito odontologia na
de sódio irrigação de
canais
desvitalizados.
Hipossulfito Hipossulfito de sódio a Solução de Solução Tratamento Uso externo. Não ingerir. Líquido
de sódio 40% hipossulfito da ptiríase Aplicar na
de sódio. versicolor. área afetada.
Tiossulfato de Mucolítico e Uso adulto e
sódio. expectorante pediátrico.
Iodeto de Iodeto de Xarope de Xarope Uso interno. Restrição: Líquido
potássio potássio a iodeto de 15 mL (1 uso em gestantes,
2% potássio colher de crianças e portadores
sopa), duas de distúrbios da
vezes ao dia, tireoide. Não
ou a critério administrar em
médico. portadores de
diabetes mellitus. Se
houver descoloração
do produto, este
186
deverá ser
descartado.
Iodo Iodo 0,1% + álcool etílico Álcool iodado Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
50% (v/v) Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibilidade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas Precauções e
principalmente advertência s: ao
para irrigações de aplicar o produto na
feridas pele não cobrir o
local com tecido
oclusivo.
Reações adversas: a
hipersensibili dade,
geralmente, manifesta-
se por erupções
papulares e vesiculares
eritematosas na área
aplicada. Se ingerido
acidentalment e pode
afetar a mucosa
gastrintestinal.
Iodo Iodo 2% Tintura de iodo Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
fraca Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibilidade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas. Precauções e
advertências: ao
aplicar a tintura de
iodo na pele não
cobrir o local com
tecido oclusivo. O
produto não deve ser
usado em casos de
feridas abertas (pode
resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos
Restrição de uso:
neonatos e gestantes,
pois pode causar
187
intoxicação pelo iodo.
Evitar uso prolongado
Iodo Iodo 5% Tintura de Solução Antisséptico Uso externo. Contraindicações: Líquido
iodo forte Aplicar contraindicado para
topicamente em pessoas com histórico
curativos no de hipersensibili dade
tratamento de a compostos de iodo.
feridas.
Precauções e
advertências: ao
aplicar a tintura
de iodo na pele não
cobrir o local com
tecido oclusivo. O
produto não deve ser
usado em casos de
feridas abertas (pode
resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos.
Restrição de uso:
neonatos e
gestantes, pois pode
causar intoxicação
pelo iodo.
Evitar uso
prolongado.
Iodopolividon 10% iodopolividon a que Iodopolividona Solução aquosa Antisséptico Uso externo. O produto não deve Líquido
a equivale a 1% iodo ativo para uso tópico Aplicar ser usado em casos
topicamente nas de alergia ao iodo,
áreas afetadas ou feridas abertas (pode
a resultar em absorção
critério médico. do iodo) e em
Ação: é um curativos oclusivos.
produto a base de
polivinil Restrição de uso:
pirrolidona iodo neonatos e
em solução gestantes, pois pode
aquosa, um causar intoxicação
complexo estável pelo iodo.
e ativo que libera Evitar uso
o iodo prolongado. Em caso
progressivamente. de ingestão
188
É ativo contra acidental, tomar
todas as formas de bastante leite ou
bactérias não clara de ovos batidas
esporuladas, em água.
fungos e vírus,
sem irritar nem
sensibilizar a
pele, sendo
facilmente
removível em
agua.
Iodopolividon 10% iodopolividon Iodopolividona Solução Demarcação Uso externo. O produto Líquido
a a que hidroalcoólica do campo É indicado na não deve ser
equivale a operatório e demarcação usado em casos de
1% iodo preparação do campo alergia ao iodo,
ativo pré- operatório e feridas abertas (pode
operatória na resultar em
(antissepsia preparação absorção do iodo) e
da pele). pré- em curativos
Antisséptico operatória da oclusivos.
para uso pele do Restrição de uso:
tópico. paciente e da neonatos e
equipe gestantes, pois pode
cirúrgica. causar intoxicação
Aconselha-se pelo iodo.
espalhar na pele
Evitar uso
e massagear por
prolongado. Se
2 minutos.
ingerido, beber
Deixar evaporar o
grande quantidade
álcool
de leite ou claras de
normalmente. Se
ovos batidas em
necessário, repetir
água. Em contato
a operação. Ação:
com os olhos, lavá-
é um produto a
los com água
base de
corrente. Em
polivinilpirrolidon
qualquer um dos
a iodo em solução
casos procure
alcoólica, um
orientação médica.
complexo estável
e ativo que libera
o iodo progress
ivamente. É ativo
contra todas as
formas de
189
bactérias não
esporuladas,
fungos e vírus. O
emprego do
produto para
prevenção e
tratamento de
infecções
cutâneas não
apresenta o
inconveniente de
irritações da pele
e por ser
hidrossolúvel não
mancha
acentuadamente a
pele, sendo
facilmente
removível em
agua.
Iodopolvidona 10% iodopolvidona que Iodopolvidona Solução com Antissepsia da Uso externo. O produto não deve Liquido
equivale a 1% iodo ativo tensoativos pele, mãos e É indicado na ser usado em casos
antebraços degermação das de alergia ao iodo,
mãos e braços da feridas abertas (pode
equipe cirúrgica e resultar em absorção
na preparação pré- do iodo) e em
operatória da pele curativos oclusivos.
de pacientes.
Aconselha-se Restrição de uso:
espalhar na pele e neonatos e gestantes,
massagear por 2 pois pode causar
minutos. Enxaguar intoxicação pelo iodo.
com água corrente Evitar uso
e repetir a
aplicação, se prolongado. Se
necessário, ingerido, beber grande
secando a pele quantidade de leite ou
com gaze ou claras de ovos batidas
toalha em água. Em contato
esterilizada. com os olhos, lavá-los
Ação: é um com água corrente. Em
produto a base de qualquer um dos casos
polivinilpirrolidona procure orientação

190
iodo em solução médica.
degermante um
complexo estável e
ativo que libera o
iodo
progressivamente. É
ativo contra todas
as formas de
bactérias não
esporuladas, fungos
e vírus. O emprego
do produto para
prevenção e
tratamento de
infecções cutâneas
não apresenta o
inconveniente de
irritações da pele e
por ser
hidrossolúvel
não mancha
acentuadamente a
pele,sendo
facilmente
removível em
água.
Loção de 4% Emulsão de Emulsão Tratamento Aplicar o MEDICAMENTO Líquido
dimeticona dimeticona capilar de infestação produto no DE USO
por piolhos e couro cabeludo, ESCLUSIVAMENT
lêndeas. deixando agir por E POR VIA
pelo menos 8 TÓPICA.
horas ou durante
a noite. USO ADULTO E
Após este PEDIÁTRICO
período, lavar os
cabelos e remover ACIMA DE SEIS
o produto. MESES.
Reaplicar o
produto Este produto pode
novamente causar irritação no
após sete dias. couro cabeludo e nos
olhos.
Caso haja irritação,
coceiras, vermelhidão
191
ou desconforto,
suspender o uso do
medicamento,
lavar o local com
água abundante e
procurar orientação
médica. Após a
aplicação, manter-se
afastado de qualquer
chama, fogo, objeto
que emita facilmente
chama, como cigarro
aceso ou chama de
fogão, pois o produto
aplicado pode
incendiar facilmente
o cabelo e o couro
cabeludo.
Contraindicado para
crianças menores de
seis meses. OBS: As
advertências devem,
obrigatoriame nte,
estar contidas na
rotulagem do
medicamento

Manteiga de Mínimo de 70% de Manteiga de Bastão Emoliente Aplicar sobre Não há. Sólido
cacau manteiga de cacau cacau para os lábios
rachaduras várias vezes
nos lábios. ao dia.
Nitrato de Mínimo Nitrato de Bastão Ceratolíticos Uso externo. Não usar nos olhos. Sólido
prata 89,5% nitrato prata lápis e Aplicar uma Evitar atingir pele
de prata ceratoplástico vez ao dia. sadia. Uso não
s. Cáustico aconselhável em
para verrugas pacientes diabéticos
ou outros ou com problemas
pequenos circulatórios.
crescimentos
da pele.
Óleo de 100% óleo de amêndoas Óleo de Óleo Emoliente Aplicar o óleo Contraindicações: Liquido
amêndoas amêndoas sobre a pele pessoas alérgicas ao
puro seca ou molhada produto.
ou após o banho. Precauções e
192
advertências:
não há.
Óleo de 100% óleo de rícino Óleo de Óleo Laxante Doses de 15 Precauções e Liquido
rícino mamona ml (1 colher de advertências:
sopa) promove a em grandes doses
evacuação pode causar
aquosa entre 1 e náusea, vômito,
3 horas, ação cólica e severo
rápida. efeito purgativo.
Contraindicações:
contraindicado nos
casos de obstrução
intestinal crônica,
doença de Crohn,
colite ulcerativa e
qualquer outro
episódio de
inflamação no
intestino.
Óleo mineral 100% óleo mineral Petrolato Óleo Laxante e No tratamento da Contraindicações: Líquido
líquido terapia em prisão de ventre, deve-se evitar o uso
uso tópico 15 ml (1 colher de na presença
para pele sopa) à noite de náuseas, vômitos,
ressecada e e outra dosagem dor abdominal,
áspera. no dia seguinte gravidez, dificuldade
ao despertar. de deglutição,
Caso não obtenha refluxo
êxito, aumente a gastroesofágico e em
dosagem para 30 pacientes
ml (2 colheres de acamados.
sopa) à noite e 15 Esse medicamento
ml pela manhã. É contraindicado para
Crianças maiores Crianças menores de 6
de 6 anos: (1-2ml) anos.
por kg de peso a Precauções e
noite ou pela advertências:
manhã).
Administração a laxantes não devem ser
crianças menores utilizados por mais de
de 6 anos, 1 semana a menos que
consulte o seu indicado por um
médico. médico. Não
administrar junto com
alimentos ou
quando
houver
193
presença de
hemorragia retal. Se
notar alteração
repentina dos hábitos
intestinais durante
duas semanas, consulte
um médico antes de
fazer uso de laxantes.
Desaconselh ável após
cirurgia anorretal, pois
poderá causar prurido
anal. A exposição ao
sol após aplicação do
produto na pele pode
provocar queimaduras.
O produto não contém
protetor solar e não
protege contra os raios
solares. Há risco de
toxicidade por
aspiração.
Uso durante a gravidez
e lactação: o uso
crônico durante a
gravidez pode causar
hipoprotrombinemia e
doenças hemorrágicas
do recém-nascido. Não
deve ser utilizado
durante a gravidez e
amamentaçã o exceto
sob a orientação
médica.
Interações
medicamento sas: o
uso prolongado pode
reduzir a absorção das
vitaminas lipossolúveis
(a, d, e, k), cálcio,
fosfatos e alguns
medicamentos
administrador por via
oral, como
anticoagulantes,

194
cumarínicos, ou
indandiônicos,
anticoncepcio nais e
glicosídeos cardíacos.
Reações adversas:
efeitos metabólicos,
redução do nível sérico
de beta- caroteno,
efeito gastrintestinais.
Dosagem oral
excessiva pode resultar
em incontinência e
prurido anal. Efeitos
respiratórios:
―Atenção: O uso oral
de óleo mineral
aumenta o risco de
desenvolvime nto de
pneumonia lipoídica.
Pacientes co m
disfagia, desordens
neuromuscul ares que
afetam a deglutição e o
reflexo do vômito,
além de alterações
estruturais da faringe e
esôfago apresentam
risco aumentado de
desenvolvime nto de
pneumonia lipoídica.
Esta predisposição é
potencializad a em
neonatos e idosos.
Óxido de 10% óxido de zinco Pomada de óxido Pomada Secativo e Uso externo. Não há. Semissólido
zinco de zinco antieczematoso Aplicar no local
duas ou mais
vezes ao dia.
Óxido de 25% óxido de zinco Pasta d'água Pasta Antisséptico, Uso externo. Agitar antes de usar. Semissólido
zinco secativo e Aplicar nas áreas
cicatrizante. afetadas, duas a
três vezes ao dia,
exceto em zonas
pilosas.

195
Óxido de 25% óxido de zinco e 10% Pasta d'água Pasta Antisséptico e Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + de calamina. Calamina com calamina secativo. Aplicar nas áreas
calamina (EUA) = óxido de zinco com Adstringente e afetadas, duas a
pequena quantidade de óxido antipruriginos o três vezes ao dia,
de ferro. BF 2001 - leve. exceto nas zonas
carbonato básico de zinco + pilosas.
óxido de ferro.
Óxido de 25% óxido de zinco e 10% Pasta d’água Pasta Escabiose, Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + de enxofre. com enxofre principalment Aplicar nas áreas
enxofre e, quando afetadas, duas a
houver infecção três vezes ao dia,
secundária. exceto nas zonas
pilosas.
Óxido de 25% óxido de zinco e 0,5% Pasta d’água Pasta Antisséptico, Uso externo. Agitar antes de usar Semissólido
zinco + mentol. mentolada secativo e Aplicar nas áreas
mentol cicatrizante. afetadas, duas a
Ação três vezes ao dia,
refrescante. exceto em zonas
pilosas.
Parafina 100% parafina sólida Parafina sólida Barra Uso em Uso externo. Uso Contraindicações e Sólido
sólida fisioterapia em em fisioterapia precauções: não há
forma de em forma de relatos de efeitos
banho de cera banho de cera adversos ou
para aliviar a parafínica para contraindicações.
dor de aliviar a dor de
articulações articulações
inflamadas. inflamadas.
Pedra hume Mínimo 99,5% de Alúmen de Pó Adstringente e Aplicar sobre os Soluções acima da Sólido
pedra hume potássio hemostático ferimentos ou concentração
tópico. fissuras. Uso indicada podem
limitado a causar efeito
pequenos cortes irritante ou
na pele. Utilizar corrosivo. A
na forma sólida ingestão accidental
ou em solução a pode causar
1% de pedra hemorragia
hume em 100 ml gastrointestinal.
de água filtrada Neste casso procurer
ou fervida. imediatamente
auxílio médico
Permanganato 100 mg de Permanganat Comprimido Dermatites Diluir O permanganato de Sólido
de potássio permanganate de o de potássio exudativas, comprimido no potássio é um
potássio como momento do uso, potente oxidante que
196
adstringente em um a quatro se decompõe em
bactericida. litros de água e contato com a
usar na forma de matéria orgânica,
compressas ou pela liberação do
banho ou a oxigênio . Exerce
critério médico. função antisséptica.
―Não deve ser
ingerido‖ - o uso de
pós- concentrados e
soluções
concentradas pode
ser cáustico e em
algumas vezes o uso
de soluções
frequentemen te
podem ser irritantes
ao tecido cutâneo,
além de tingir a pele
de marrom. No caso
de ingestão
acidental, procurar
auxílio médico. O
produto é destinado
somente para uso
externo (uso tópico).
O uso excessivo na
mucosa vaginal pode
alterar o ph: vaginal
(4,5 a 5), acelerando
a descamação do
epitélio e eliminando
os bacilos de
Döederlein. As
duchas vaginais
devem ser usadas,
exclusivamente, em
casos de infecções
purulentas.
Permanganato Mínimo de 97% de Permanganat Pó Dermatites Diluir o pó no O permanganato de Sólido
de potássio permanganato de o de exsudativas, momento do uso , potássio é um
potássio . OBS: potássio. como em um a quatro potente oxidante que
envelope contendo 100 adstringente e litros de água e se decompõe em
mg de permanganato de bactericida. usar na forma de contato com a
197
potássio em pó. compressas ou no matéria orgânica,
banho ou a pela liberação do
critério o médico oxigênio . Exerce
função antisséptica.
―Não deve ser
ingerido‖ - o uso de
pós- concentrados e
soluções
concentradas pode
ser cáustico e em
algumas vezes o uso
de soluções
frequentemen te
podem ser irritantes
ao tecido cutâneo,
além de tingir a pele
de marrom. No caso
de ingestão acidental,
procurar auxílio
médico. O produto é
destinado somente
para uso externo (uso
tópico). O uso
excessivo na mucosa
vaginal pode alterar
o ph: vaginal (4,5 a
5), acelerando a
descamação do
epitélio e eliminando
os bacilos de
Döederlein. As
duchas vaginais
devem ser usadas,
exclusivamen te, em
casos de infecções
purulentas.
Peróxido de 2,5% de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla peróxido de peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla benzoíla camada de tratamento devido a
gel nas áreas possibilidade de
afetadas, uma a manchas na pele.
duas vezes ao dia. Contraindicad
Recomendável o para menores de
198
uso de bloqueador 12 anos.
solar não O peróxido de
alcoólico benzoíla pode
durante o dia descolorir os
cabelos e manchar
roupas. Pode ocorrer
sensibilização
de contato em alguns
pacientes,
além de vermelhidão
e descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de
benzoíla. Reações
Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão
e descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade
Peróxido de 2,5% de peróxido de Sabonete de Sabonete líquido Tratamento Uso externo. No caso de Líquido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Umedeça a desenvolvimento de
benzoíla pele, passe o irritações, suspender
sabonete o uso e procurar um
cobrindo com médico. Cuidado
espuma toda a aoaplicar o produto
área afetada. próximo aos olhos, à
Deixe alguns boca e às
minutos e mucosas.
enxágue com Caso entre em
água. Use 2 a 3 contato com os olhos
vezes ao ou mucosas,
dia, ou conforme lavar
indicado. abundantemente
com água.
Evitar exposição
199
desnecessária da área
tratada ao sol.
Contraindicado para
menores de 12 anos.
Mantenha longe do
alcance das crianças.
Armazene em
Temperatura
ambiente.
Peróxido de 3% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado
Recomendáv el para menores de 12
uso de bloqueador anos.
solar não O peróxido de
alcóolico durante benzoíla pode
o dia. descolorir os cabelos
e manchar roupas.
Pode ocorrer
Sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.

200
Peróxido de 4% de peróxido de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado
Recomendáv el para menores de 12
uso de bloqueador anos.
solar não O peróxido de
alcoólico durante benzoíla pode
o dia. descolorir os cabelos
e manchar roupas.
Pode ocorrer
Sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibili dade ao
peróxido de benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla camada de tratamento devido a
gel nas áreas possibilidade de
afetadas, uma a manchas na pele.
duas vezes ao Contraindicad o para
dia. menores de 12 anos.
Recomendáv el O peróxido de benzoíla
uso de bloqueador pode descolorir os
solar não cabelos e manchar
201
alcoólico durante roupas. Pode ocorrer
o dia. sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação. Em uso
prolongado ocasiona
dermatite.
Medicamento
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade
ao peróxido de
benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Loção de Emulsão Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Líquido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla camada da tratamento devido a
loção nas áreas possibilidade de
afetadas, uma manchas na pele.
a duas vezes ao Contraindicado para
dia. menores de 12 anosO
Recomendável peróxido de benzoíla
uso de pode descolorir os
bloqueador solar cabelos e manchar
não alcóolico roupas. Pode ocorrer
durante o dia sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
Ocasiona dermatite.
Medicamento

202
contraindicado a
indivíduos com
hipersensibilidade ao
peróxido de benzoíla.

Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de contato,
eritema, ardor,
vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 5% de peróxido de Sabonete de Sabonete Tratamento Uso externo. No caso de Sólido
benzoíla benzoíla peróxido de tópico da Umedeça a desenvolvimento de
benzoíla acne. pele, passe o irritações,
sabonete suspender o uso e
cobrindo com procurar um médico.
espuma toda a Cuidado ao aplicar o
área afetada. produto próximo aos
Deixe alguns olhos, à boca e às
minutos e mucosas.
enxágue com Caso entre em
água. Use 2 a 3 contato com os olhos
vezes ao ou mucosas,
dia, ou lavar abundanteme
conforme nte com água. Evitar
indicado. exposição
desnecessária da área
tratada ao sol.
Contraindicado para
menores de 12 anos.
Mantenha longe do
alcance das crianças.
Armazene em
temperatura
ambiente.
Peróxido de 8% de Gel de Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla peróxido de peróxido de tópico da acne. Aplicar fina sol durante o
benzoíla benzoila camada de gel nas tratamento devido a
áreas afetadas, possibilidade de
uma a duas vezes manchas na pele.
ao dia. Contraindicado para
Recomendável menores de 12 anos.
203
uso de bloqueador O peróxido de
solar não benzoíla pode
alcoólico durante descolorir os cabelos
o dia. e manchar roupas.
Pode ocorrer
sensibilização de
contato em alguns
pacientes, além de
vermelhidão e
descamação.
Em uso prolongado
ocasiona dermatite.
Medicamento
contraindicad o:
Indivíduos com
hipersensibili dade
ao peróxido de
benzoíla.
Reações Adversas:
Dermatológicas:
dermatite de
contato, eritema,
ardor, vermelhidão e
descamação.
Imunológicas:
hipersensibilidade.
Peróxido de 10% de peróxido de Gel de peróxido Gel Tratamento Uso externo. Evitar exposição ao Semissólido
benzoíla benzoíla de tópico da acne. À noite antes sol durante o
benzoíla de deitar aplique tratamento devido a
o gel sobre as possibilidade de
áreas afetadas. manchas na pele.
Durante 1 Contraindicad o para
semana menores de 12 anos.
mantenha o O peróxido de
produto na benzoíla pode
descolorir os cabelos
superfície
e manchar roupas.
afetada por Pode ocorrer
apenas 1 hora e sensibilização em
enxágue. alguns pacientes,
Após esse além de vermelhidão
período se não e descamação.
ocorrer Em uso
irritação prolongado
aplique na ocasiona dermatite.
Medicamento
204
superfície contraindicado a
afetada e indivíduos com
mantenha a hipersensibilidade
noite toda, ao peróxido
lavando na de benzoíla.
manhã Reações Adversas:
seguinte. Dermatológicas:
dermatite de
Recomendável
contato, eritema,
uso de ardor, vermelhidão
bloqueador e descamação.
solar não Imunológicas:
alcoólico hipersensibilidade.
durante o dia.
Peróxido de 3% de peróxido de Água Solução Antisséptico Uso tópico: Cuidado com os Líquido
hidrogênio hidrogênio oxigenada 10 aplicar sobre olhos e mucosas,
volumes o local, Produto fortemente
previamente oxidante. Em regiões
limpo para a pilosas do corpo ou
assepsia de couro cabeludo
ferimentos. pode clarear
Gargarejos os pelos ou cabelos.
ou O uso
bochechos: prolongado deve ser
diluir 1 colher evitado. O uso desta
de sopa do solução como
produto em enxaguante bucal
1/2 copo de pode causar
água filtrada lacerações ou inchaço
ou fervida. na boca.
Polietileno- 17g Macrogol Pó para solução oral Constipação Dissolver 17g em Esse medicamento Sólido
glicol 3350 3350 ocasional um copo com pode causar diarreias,
água (200 mL) e flatulências, náuseas,
PEG 3350 tomar uma vez cólicas abdominais
ao dia. ou inchaços. Não
deve ser utilizado por
mais de 2 semanas, a
não ser que o
paciente seja
acompanhado por um
profissional de saúde.
Não deve ser
utilizado por
mulheres grávidas ou
que estejam
205
amamentando sem
orientação médica ou
do cirurgião-dentista.
Esse medicamento é
contraindicado para
pacientes com
quadro conhecido ou
suspeito de obstrução
(náusea, vômito, dor
abdominal),
perfuração intestinal,
apendicite e
sangramento retal.
Pomada para Vitamina A 100.000 Pomada para Pomada Pomada Uso externo. Não há. Semissólido
assadura UI/100g; assadura secativa, Aplicar nas áreas
vitamina D 40.000 cicatrizante afetadas, após
UI/100g; utilizada na limpeza, quando
óxido de zinco 10% prevenção e necessário.
tratamento de
assaduras e
brotoejas.
Pomada para Acetato de hidrocortison Pomada para Pomada Dor e Uso externo. Não utilizar no caso Semissólido
fissuras de a 0,5%; lidocaína fissuras de sangramento de Aplicar na de hipersensibili
períneo base 2,0%; subgalato de períneo hemorroidas área afetada, dade aos
bismuto 2,0%; óxido internas ou duas a três componentes
de zinco 10,0% externas, vezes ao dia.
pruridos anais, Com a
eczema diminuição da fórmula. Não
perianal, dos sintomas, foram estabelecidas a
uma aplicação ao
proctite branda, segurança e eficácia
dia por dois a três
fissuras, pré e dias ou a critério deste produto em
pós- operatório médico. crianças, gestantes e
em cirurgias mulheres no período
anorretais. da amamentaçã o.
Sais para Cloreto sódio Sais para Pó Indicado para Uso interno. Contraindicado para Sólido
reidratação 3,5g; cloreto Reidratação reposição das Dissolver o pacientes com íleo
oral de potássio oral perdas envelope em paralítico, obstrução
1,5g; citrato acumuladas um litro de ou perfuração
de sódio di- de água e água filtrada intestinal e nos
hidratado eletrólitos ou fervida. vômitos incoercíveis
2,9g; glicose (reidratação), Administrar (não contidos).
20g. ou para 100 a 150 Não interagem
OBS: fórmula manutenção mL/kg de Com alimentos e
206
por envelope, da hidratação peso corporal nem com outros
conforme (após a fase em período fármacos.
Portaria de de 4 a 6 Não se observa
108/91: sódio reidratação), horas. Se nas Reação adversa com
90 mEq/L + em caso de primeiras a posologia
potássio 20 a diarreia duas horas recomendada.
25 mEq/L + aguda. de tratamento Precauções: usar com
cloreto 80 os cautela em pacientes
mEq/L + vômitos com função renal
citrato 30 a continuarem comprometida.
35 mEq/L + impedindo Advertência:
glicose 111 que o deve-se seguir
mmol/L paciente atenção no preparo,
administre a usando aquantidade
solução, procurar de água recomendada
imediatamente o e, previamente
médico fervida. Após o
preparo da solução
o que não for
consumido em 24
horas deve ser
desprezado.
.
Sais para Cloreto de sódio 2,6g - Sais para Pó Indicado para Uso interno. Contraindicado para Sólido
reidratação 45 mEq/L; Reidratação oral reposição das Dissolver o pacientes com íleo
oral cloreto de potássio 1,5g perdas envelope em paralítico, obstrução
- 20mEq/L; citrato de sódio acumuladas um litro de água ou perfuração
Diidratado 2,9g - de água e filtrada ou intestinal e nos
10mEq/L; glicose 13,5g eletrólitos fervida. vômitos incoercíveis
- 75 mEq/L (reidratação), Administrar (não contidos).
ou para 100 a 150 mL/kg Não interagem
manutenção de peso corporal com alimentos e
da hidratação em período nem com outros
(após a fase de 4 a 6 horas. Se fármacos.
de nas primeiras Não se observa
reidratação), duas horas Reação adversa com
em caso de de tratamento a posologia
diarreia os vômitos recomendada.
aguda continuarem Precauções: usar com
impedindo cautela em pacientes
que o paciente com função renal
administre a comprometida.
solução, procurar Advertência: deve-se
imediatamente o Seguir atenção no
médico preparo, usando a

207
quantidade de água
recomendada e,
previamente
fervida. Após o
preparo da solução
o que não for
consumido em 24
horas deve ser
desprezado.

Simeticona 75 mg/mL Simeticona Emulsão oral Alívio dos CRIANÇAS MEDICAMENTOS Líquido
sintomas COM ATÉ 2 DE USO
relacionados ao ANOS: tomar 5 EXCLUSIVO POR
excesso de gases gotas de 6 em 6 VIA ORAL.
no aparelho horas. Não NÃO
digestivo, que ultrapassar a dose ULTRAPASSAR A
geram de 60 gotas/dia. DOSE MÁXIMA
flatulência, CRIANÇAS DE 2 INDICADA A
desconforto A 12 ANOS: MENOS QUE SOB
abdominal, tomar 10 gotas de ORIENTAÇÃO
aumento de 6 em 6 horas. Não MÉDICA.
volume ultrapassar a dose CONTRAINDICAÇÕ
abdominal, dor de 60 gotas/dia. ES: Distensão
ou cólicas no ADULTOS: abdominal grave;
abdômen. tomar 10 - 30 Cólica grave; Dor
Preparo do gotas de 6 em 6 persistente (mais que
paciente a ser horas. Não 36 horas); Massa
submetido a ultrapassar a dose palpável na região do
endoscopia de 120 gotas/dia abdômen; alergia a
digestiva e/ou simeticona e a seus
colonoscopia derivados; perfuração
ou obstrução intestinal
suspeita ou conhecida.
Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Simeticona 150 mg/mL Simeticona Emulsão oral Alívio do CRIANÇAS MEDICAMENTOS Líquido
sintomas COM ATÉ 2 DE USO
relacionados ao ANOS: tomar 2 EXCLUSIVO POR
excesso de gotas de 6 em 6 VIA ORAL.
gases no horas. Não NÃO
aparelho ultrapassar a dose ULTRAPASSAR A
digestivo, que de 30 gotas/dia. DOSE MÁXIMA
geram CRIANÇAS DE 2 INDICADA A
208
flatulência, A 12 ANOS: MENOS QUE SOB
desconforto tomar 5 gotas de 6 ORIENTAÇÃO
abdominal, em 6 horas. Não MÉDICA.
aumento de ultrapassar a dose CONTRAINDICAÇ
volume de 30 gotas/dia. ÕES: Distensão
abdominal, dor ADULTOS: abdominal grave;
ou cólicas no tomar 5 - 15 gotas Cólica grave; Dor
abdômen. de 6 em 6 horas. persistente (mais que
Preparo do Não ultrapassar a 36 horas); Massa
paciente a ser dose de 120 palpável na região do
submetido a gotas/dia abdômen; alergia a
endoscopia simeticona e a seus
digestiva e/ou derivados; perfuração
colonoscopia ou obstrução
intestinal suspeita ou
conhecida.
Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e
vômito.
Simeticona 40 mg Simeticona Comprimido Alívio do CRIANÇAS DE 2 NÃO Sólido
sintomas A 12 ANOS: ULTRAPASSAR A
relacionados ao tomar 1 DOSE MÁXIMA
excesso de gases comprimido de 6 INDICADA A
no aparelho em 6 horas. Não MENOS QUE SOB
digestivo, que ultrapassar a dose ORIENTAÇÃO
geram de 6 MÉDICA.
flatulência, comprimidos/dia CONTRAINDICAÇ
desconforto ADULTOS: ÕES: Distensão
abdominal, tomar 1 - 3 abdominal grave;
aumento de comprimidos de 6 Cólica grave; Dor
volume em 6 horas. Não persistente (mais que
abdominal, dor ultrapassar a dose 36 horas); Massa
ou cólicas no de 12 palpável na região do
abdômen. comprimidos/dia abdômen; alergia a
Preparo do simeticona e a seus
paciente a ser derivados; perfuração
submetido a ou obstrução
endoscopia intestinal suspeita ou
digestiva e/ou conhecida.
colonoscopia Efeitos Adversos:
diarreia, náusea,
regurgitação e
vômito.
209
Simeticona 80 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO Sólido
sintomas tomar 1-2 ULTRAPASSAR A
relacionados ao comprimidos de 6 DOSE MÁXIMA
excesso de em 6 horas. Não INDICADA, A
gases no ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
aparelho de 6 ORIENTAÇÃ O
digestivo, que MÉDICA.
geram
flatulência, comprimidos/ dia. CONTRAINDI
desconforto CAÇÕES:
abdominal, Distensão abdominal
aumento de grave; Cólica grave;
volume Dor persistente (mais
abdominal, dor que 36 horas); Massa
ou cólicas no palpável na região do
abdômen. abdômen; alergia a
simeticona e a
Preparo do seus derivados;
paciente a ser perfuração ou
submetido a obstrução intestinal
endoscopia suspeita ou conhecida.
digestiva e/ou EFEITOS
colonoscopia. ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Simeticona 150 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO ULTRAPASS Sólido
sintomas tomar 1 AR A DOSE
relacionados ao comprimidos 8 MÁXIMA
excesso de em 8 horas. Não INDICADA, A
gases no ultrapassar a dose MENOS QUE SOB
aparelho de 3 ORIENTAÇÃO
digestivo, que comprimidos/ dia. MÉDICA.
geram CONTRAINDICAÇÕ
flatulência, ES:
desconforto Distensão abdominal
abdominal, grave; Cólica grave;
aumento de Dor persistente (mais
volume que 36 horas); Massa
abdominal, dor palpável na região do
ou cólicas no abdômen; alergia a
simeticona e a seus
abdômen.
derivados; perfuração
Preparo do ou obstrução intestinal
paciente a ser
210
submetido a suspeita ou conhecida.
endoscopia EFEITOS
digestiva e/ou ADVERSOS:
colonoscopia. diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.

Simeticona 125 mg Simeticona Comprimido Alívio dos ADULTOS: NÃO ENGOLIR O Sólido
sintomas ingeri 1 COMPRIMID O
relacionados ao comprimidos de 6 INTEIRO.
excesso de em 6 horas. Não MASTIGAR
gases no ultrapassar a dose COMPLETAMENTE
aparelho de 4 O COMPRIMIDO
digestivo, que comprimidos/ dia. ANTES DE
geram ENGOLIR.
flatulência, NÃO ULTRAPASS
desconforto AR A DOSE
abdominal, MÁXIMA
aumento de INDICADA, A
volume MENOS QUE SOB
abdominal, dor ORIENTAÇÃO
ou cólicas no MÉDICA.
abdômen.
CONTRAINDICAÇÕ
Preparo do
ES:
paciente a ser Distensão abdominal
submetido a grave; Cólica grave;
endoscopia Dor persistente (mais
digestiva e/ou que 36 horas); Massa
colonoscopia palpável na região do
abdômen; alergia a
simeticona e a seus
derivados; perfuração
ou obstrução intestinal
suspeita ou conhecida.
EFEITOS
ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito
Simeticona 125 mg Simeticona Cápsula gelatinosa Alívio dos ADULTOS: AR A DOSE Sólido
mole sintomas ingerir 1 MÁXIMA
relacionados ao cápsula de 6 INDICADA, A
excesso de em 6 horas. Não MENOS QUE SOB
gases no ultrapassar a dose ORIENTAÇÃO
de 4
211
aparelho comprimidos/dia MÉDICA.
digestivo, que
geram CONTRAINDICAÇÕ
flatulência, ES:
desconforto Distensão abdominal
abdominal, grave; Cólica grave;
aumento de Dor persistente (mais
volume que 36 horas); Massa
abdominal, dor palpável na região do
ou cólicas no abdômen; alergia a
abdômen. simeticona e a
Preparo do seus derivados;
paciente a ser perfuração ou
submetido a obstrução intestinal
endoscopia suspeita ou conhecida.
digestiva e/ou EFEITOS
colonoscopia ADVERSOS:
diarreia, náusea,
regurgitação e vômito.
Solução 0,5 % de iodo; 1,0 % Solução Solução Antimicótico Uso externo. O produto não deve Líquido
antimicótica iodeto de potássio; 2,0 antimicótica Aplicar nas áreas ser usado em casos
com iodo % de ácido salicílico; com iodo afetadas, duas a de alergia ao iodo,
três vezes ao dia. feridas abertas (pode
2,0 % ácido benzoico; 5,0
% tintura de benjoim resultar em absorção
do iodo) e em
curativos oclusivos.
Restrição de uso:
neonatos e gestantes,
pois podecausar
intoxicação pelo
iodo.
Evitar uso
prolongado.
Suspender o uso se
Houver mudança de
coloração ou odor da
solução.
Solução de 0,9% de cloreto de sódio Solução Solução Para Para Não utilizar se o Líquido ou soluções
cloreto de fisiológica de nebulização, nebulização, líquido não estiver estéreis
sódio cloreto de sódio lavagens de lavagens de límpido, incolor,
0,9% lentes de lentes de contato, transparente e
contato, lavagem de inodoro. Uso
lavagem de ferimentos e externo. Não contém
ferimentos e hidratação da pele conservante.
212
hidratação da
pele.
Solução de 0,9% de cloreto de sódio Solução nasal Solução Fluidificante e Aplique a Contraindicação: Soluções Estéreis
cloreto de de cloreto de descongestio solução nas pacientes com
sódio - estéril sódio 0,9% nante nasal. narinas,conforme Antecedentes de
necessidade. Hipersensibilidade aos
componentes da
fórmula
OBS: A solução deve
ser estéril, envasada
em frasco spray com
dispensador que
garanta a esterilidade
do produto durante
todo o período de
utilização.
Solução de 0,9% de cloreto de Solução nasal Solução Fluidificante e Aplique a Contraindicação: Líquido
cloreto de sódio + cloreto de de cloreto de descongestio solução nas pacientes com
sódio benzalcônio até a sódio 0,9% nante nasal. narinas, conforme Antecedentes de
concentração máxima de com necessidade. hipersensibilidade
0,01%, como conservante conservante aos componentes
da fórmula.
Não deve ser
utilizado por
Pacientes com
hipersensibilidade ao
cloreto de
Solução para Cloreto de sódio 2,05 Solução para Solução oral Prevenção da Uso interno. Contraindicações: Líquido
prevenção da mg/mL; prevenção da Desidratação e Adultos: Pacientes com íleo
desidratação citrato de potássio desidratação manutenção da administrar 750 paralítico, obstrução
oral monoidratado 2,16 mg/mL; oral hidratação após mL de solução ou perfuração do
citrato de sódio diidratado a fase de por hora até o intestino e nos
0,98 mg/mL; reidratação. limite de 4L/dia. vômitos persistentes.
Glicose monoidradata 25,00 Lactentes e Precauções: usar com
mg/mL (equivalente a 22,5 Crianças: cautela em pacientes
mg/mL de glicose administrar 20 com função renal
anidra)
mL de solução/kg comprometida.
por hora até o Advertências e
limite de 75 precauções:
mL/kg/dia.
Podem ocorrer
vômitos,
Se nas duas
principalmente se
primeiras horas
213
de tratamento os a solução for ingerida
vômitos muito rapidamente.
continuarem
impedindo que o
paciente
administre a
solução, procurar
imediatamente o
médico
Solução para Cloreto de sódio 4,68 Solução para Solução oral Reidratação Uso interno. Contraindicações: Líquido
reidratação mg/mL; Reidratação oral. Adultos: pacientes com íleo
oral citrato de potássio oral administrar 750 paralítico, obstrução
monoidratado mL de solução ou perfuração do
2,16 mg/mL; por hora até o intestino e nos
citrato de sódio limite de 4L/dia. vômitos persistentes.
diidratado 0,98 mg/mL; Precauções: usar com
Lactentes e
glicose anidra 20,00 mg/mL cautela em pacientes
OBS: A formulação Crianças:
com função renal
deste produto não deve administrar
comprometida.
conter nenhuma 20 mL de
solução/kg Advertências e
outra substância além dos precauções: Podem
ativos citados, na por hora até o
limite de 75 Ocorrer vômitos,
concentração indicada, e principalmente se a
água. mL/kg/dia.
Se nas duas solução for
ingerida
primeiras horas
muito
de rapidamente.
tratamento os
vômitos
continuarem
impedindo
que o
paciente
administre a
solução,
procurar
imediatament
e o médico.
Solução retal Fosfato de sódio dibasico Enema de Solução retal Laxante Uso adulto. Medicamento Líquido
de fosfatos de (0,06g/mL) + fosfato de fosfato de sódio Uso retal. contraindicado para
sódio sódio monobásico Apresentação de pacientes com
(0,16g/mL) dose única. insuficiência cardíaca
OBS: O volume da Antes de usar, congestiva,
apresentação deverá estar insuficiência renal,
retire a capa
insuficiência
214
entre 100-133mL. A protetora da cânula hepática, hipertensão
embalagem primária do retal. arterial, apendicite,
medicamento deve ser, Com o frasco para obstrução intestinal,
obrigatoriamente, em cima, segure com colite ulcerativa e
formato tubular, com um os dedos a tampa hipersensibilidade a
gargalo estreito, de fundo sulcada. Com a qualquer componente
plano e com dispositivo para outra mão, segure a da formulação.
administração retal. Deve ser capa protetora, Não deve ser usado
controlado o tamanho e a retirando- a na presença de
espessura do dispositivo de suavemente. náusea, vômito ou
aplicação a fim de garantir a Escolher a posição dor abdominal.
via de administração do mais conveniente, Reações Adversas:
medicamento entre as descritas hiperfosfatem ia,
hipernatremia,
abaixo:
hipocalemia, acidose
LADO
metabólica e tetania.
ESQUERDO
Em pacientes
Deitar sobre o desidratados ou
lado esquerdo, debilitados, o volume
com os joelhos em da solução
flexão e braços dministrada deve ser
relaxados. cuidadosame nte
JOELHO- determinado; por
TORAX tratar-se de uma
Ajoelhar- se e, solução hipertônica, o
em seguida, seu uso pode levar ao
baixar a cabeça e agravamento dessa
o tórax para condição. Deve-se
frente, até que o assegurar que o
lado esquerdo da conteúdo do intestino
face repouse na seja evacuado após a
superfície, administração desse
deixando os medicamento. Caso
braços em posição não ocorra, procurar
confortável. assistência médica.
AUTOADMINIS Seu uso repetido em
TRAÇÃO intervalos curtos deve
O processo mais ser evitado.
simples é assumir
a posição deitado
sobre uma toalha.
Com pressão
firme, inserir
suavemente a
215
cânula no reto,
comprimindo o
frasco até ser
expelido quase
todo o líquido.
Retire a cânula do
reto.
É necessário
esvaziar o frasco.
Manter a posição
até sentir forte
vontade de
evacuar
(geralmente 2 a 5
minutos).
OBS: É
obrigatória a
inserção na
rotulagem ou na
bula de figuras
que ilustrem cada
uma das posições
para
administração do
medicamento
descritas acima.
Soluto Sulfato de cobre 1%; Água Solução Antisséptico no Pura ou diluída Precauções: Líquido
cuprozíncico sulfato de zinco 3,5% d'alibour tratamento de em água, em conservar o frasco
feridas de pele. aplicações locais. bem fechado, ao
abrigo da luz.
Cuidado com olhos e
mucosas; em caso de
ingestão acidental
procurar socorro
médico. Não ingerir.
Sulfato de Mínimo 99% de sulfato de Sal amargo Pó Purgativo salino De 5 a 30g (1 Contraindicaç ões: Sólido
magnésio magnésio colher de chá a 2 em pacientes com
colheres de sopa) disfunção renal e
para adultos, crianças com
crianças doenças parasitárias
recomenda- se 0,1 no intestino.
a 0,25 g por kg de Contraindicad o nos
peso corporal. casos de obstrução

216
Preferencialm intestinal crônica,
ente, ingerir a doença de Crohn,
quantidade colite ulcerativa e
recomendada com qualquer outro
250 mL episódio de
de água inflamação no
filtrada antes intestino. O
do café da uso contínuo
manhã em pode causar diarreia
jejum crônica e
consequente
desequilíbrio
eletrolítico.
Não utilizar em
crianças menores de
2 anos. Não passar da
dose recomendada
por dia e não
utilizar por mais de 2
semanas.
Sulfato de 17,5% de sulfato de Limonada Solução Purgativo Uso interno. Contraindicações: Líquido
sódio sódio purgativa de salino Ingerir, em Contraindicado nos
sulfato de jejum, pura casos de obstrução
sódio ou diluída em intestinal crônica,
água fervida doença de Crohn,
ou filtrada em colite ulcerativa e
doses individuais qualquer outro
de 100 mL ou a episódio de inflamação
critério médico. no intestino.
Caso não utilizar Precauções e
a dose única, após advertências: após uma
aberto, conservar evacuação completa do
cólon(parte do
o frasco bem
intestino), pelo uso de
fechado em um catártico, pode
geladeira. haver um intervalo de
alguns dias até a
recuperação do
movimento normal do
intestino, o que não
deve ser confundido
com constipação
intestinal. O uso
excessivo de catárticos

217
e laxantes pode trazer
efeitos indesejáveis
como desidratação,
perda de eletrólitos e
ulcerações no
intestino.
Sulfato de Mínimo 98% Sal de Pó Laxante Doses usuais Contraindicações: em Sólido
sódio de sulfato de Glauber salino de 15 g/dia (1 pacientes
sódio colher de com disfunção
sopa) em água renal e crianças com
fervida doenças parasitárias
ou filtrada no intestino.
Contraindicado nos
casos de obstrução
Intestinal crônica,
doença de Crohn,
colite ulcerativa e
qualquer outro
episódio de
inflamação no
intestino. O uso
contínuo pode causar
diarreia crônica e
consequente
desequilíbrio
eletrolítico.
Não utilizar em
crianças menores de
2 anos. Não passar da
dose recomendada
por dia e não utilizar
por mais de 2
semanas.
Sulfato 40 mg de ferro elementar Sulfato ferroso, Comprimido ou Suplemento USO Advertências e Sólido
ferroso ferro Comprimido mineral como ADULTO precauções: pacientes
revestido auxiliar nas 1 comprimido portadores de
anemias ao dia por via doenças
carenciais. hepáticas, úlcera
oral e em
péptica, gástrica
jejum. ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência
renal, indivíduos
com
hipersensibilidade.

218
Administração de
ferro por períodos
maiores que 6 meses
deve ser evitada.
A suplementação de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de anemia
hemolítica em
pacientes recebendo
transfusão sanguínea,
em uso de ferro por
via parenteral.
Reações adversas:
constipação, diarreia,
fezes escuras,
náuseas, dor
epigástrica, vômito,
pirose, sangramento
nas fezes,
escurecimento dos
dentes, irritação na
garganta, urina
escura,
hemossiderose.
Sulfato 60 mg de Sulfato Comprimido Suplemento USO Advertências e Sólido
ferroso ferro ferroso, ferro ou mineral como ADULTO precauções:
elementar Comprimido auxiliar nas 1 comprimido pacientes portadores
revestido anemias ao dia por via de doenças
carenciais. hepáticas, úlcera
oral e em
péptica, gástrica
jejum. ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência renal,
indivíduos com
hipersensibilidade.
Administração de
ferro por períodos
maiores que 6 meses
deve ser evitada.
A suplementação de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de anemia
hemolítica em

219
pacientes recebendo
transfusão sanguínea,
em uso de ferro por
via parenteral.
Reações adversas:
constipação, diarreia,
fezes escuras,
náuseas, dor
epigástrica, vômito,
pirose, sangramento
nas fezes,
escurecimento dos
dentes, irritação
na garganta, urina
escura,
hemossiderose.

Sulfato 25 mg/mL de ferro Sulfato ferroso, Solução Oral Suplemento USO EM Advertências e Líquido
ferrosol elementar ferro mineral como CRIANÇAS DE 6 precauções: pacientes
auxiliar nas A 18 MESES portadores de
anemias 1 mL uma vez por doenças hepáticas,
carenciais semana em jejum úlcera péptica,
gástrica ou duodenal,
alcoolismo,
insuficiência renal,
indivíduos com
hipersensibili dade.
Administraçã o de
ferro por períodos
maiores que 6 meses
deve ser evitada A
suplementaçã o de
ferro não deve ser
utilizada para o
tratamento de anemia
hemolítica em
pacientes recebendo
transfusão sanguínea,
em uso de ferro por
via parenteral.
Reações adversas:
constipação, diarreia,
fezes escuras,
náuseas, dor
epigástrica, vômito,

220
pirose, sangramento
nas fezes,
escurecimento dos
dentes, irritação na
garganta, urina
escura,
hemossiderose.

Supositório OBS: Supositório Supositório Laxante Uso externo. O supositório pode ser Sólido
de glicerina quantidade de glicerina é de glicerina Adultos e crianças: umedecido com água
dependente da faixa etária: introduzir o antes da inserção, para
Supositório para lactentes: supositório no reto, reduzir a tendência
molde de 1 g; até que advenha a inicial da base de
Supositório para crianças: vontade de evacuar retirar água das
molde de 1,5 a 2,0 g; Bebês: mucosas,
Supositório para adultos: introduzir o irritando os
molde de 2,5 a 3 g. supositório por via tecidos.
retal, pela parte
mais afilada.
Pode-se deixar o
supositório de
glicerina atuar de
15 a 30 minutos.
Não é necessário
que o produto se
dissolva
completamente
para que produza o
efeito
desejado.
Talco 100% de talco Silicato de Pó Secativo. Uso Uso externo, Cuidado no Sólido
magnésio em massagens, sobre a pele. manuseio, evitar
alívio de Como adjuvante inalação, pois pode
irritação em formulações desencadear desde
cutânea, farmacêuticas ou quadros de irritação
prevenção de cosméticas. até lesões
assaduras; pulmonares mais
agente graves.
esclerosante em
derrames
malignos e no
pneumotórax
recidivante.

221
Talco 1% de mentol Talco Pó Dermatoses Uso externo. Cuidado no Sólido
mentolado mentolado pruriginosas. Aplicar nas manuseio, evitar
áreas inalação, pode
afetadas, desencadear
duas a três desde quadros de
vezes ao dia. irritação até lesões
pulmonares mais
graves.
Vaselina 100% de vaselina Parafina Líquido Emoliente Uso externo: Contraindicações e Líquido
líquida (grau líquida líquida (grau para a pele, Aplicar produto precauções:
farmacêutico) farmacêutico) remoção de sobre a pele seca não há relatos de
. crostas e de ou molhada efeitos adversos ou
pomadas, com as mãos contraindicações.
pastas e ou com o Não ingerir.
utilizados na auxílio de gaze ou
pele (limpeza algodão.
da pele),
lubrificante,
puro ou como
base (veículo)
de preparações
farmacêuticas e
cosméticas
outros produtos
previamente
Vaselina 100% de Vaselina Pomada Uso como Uso tópico. O principal Semissólido
sólida (grau vaselina branca; emoliente. Aplicar com efeito
farmacêutico) sólida petrolato gaze ou algodão adverso é a irritação.
sólido sobre a pele Caso ocorra com
(grau farmacê ressecada. peles sensíveis,
utico). suspenda o uso.
Violeta 1% de violeta Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Precauções e Líquido
genciana genciana violeta tópico. local, previamente advertências:
genciana; limpo. A violeta Não usar em lesões
solução de genciana é um ulcerativas da face,
cloreto de corante com pode resultar em
hexametil atividade pigmentação
p-rosa-nilina antisséptica. É permanente da pele.
bacteriostática Não ingerir.
(inibe o
crescimento) e
bactericida (destrói
a bactéria) contra
muitos micro-
organismos,
222
inclusive alguns
fungos, que causam
doenças na pele e
nas mucosas.
Seu uso é
tradicional nos
casos de candidíase
(sapinho),
impetigo, infecções
superficiais, lesões
crônicas e
irritativas e nas
dermatites.
Também
empregada
em alguns tipos de
micoses, como nos
casos de frieiras e

de atleta. O uso
continuado pode
levar à irritação,
devendo ser
empregada
em períodos
curtos de 3-4
dias e não deve ser
empregada em
lesões no
rosto, pois podem
causar manchas
permanentes.
Violeta 2% de violeta genciana Solução de Solução Antisséptico Aplicar sobre o Precauções e Líquido
genciana Violeta genciana; tópico. local, advertências:
solução de previamente Não usar em lesões
cloreto de limpo. A violeta ulcerativas da face,
hexametilp- genciana é um pode resultar em
rosanilina corante com pigmentação
atividade permanente da pele.
antisséptica. Não ingerir.
É bacteriostática
(inibe o
crescimento)

223
e bactericida
(destrói a bactéria)
contra muitos
micro-organismos,
inclusive alguns
fungos, que
causam doenças na
pele e mucosas.
Seu uso é
tradicional
nos casos de
candidíase
(sapinho),
impetigo, infecções
superficiais, lesões
crônicas e
irritativas e nas
dermatites.
Também
empregada em
alguns tipos de
micoses, como nos
casos de frieiras e
pé de atleta. O uso
continuado é
irritante, devendo
ser empregado em
períodos curtos de
3-4 dias e não deve
ser empregada em
lesões no rosto,
pois podem causar
manchas
permanentes.

224
ANEXO II ( ) produto
MODELO DE ROTULAGEM DE MEDICAMENTOS Preencher todos os campos:
DE NOTIFICAÇÃO SIMPLIFICADA Referência
Nome comercial (FACULTATIVO) Sinônimo
bibliográfica
Nome do produto ou sinônimo (conforme Anexo I)
Concentração do princípio ativo (conforme Anexo I) Referência
Forma farmacêutica (conforme Anexo I) Indicação
bibliográfica
Via de administração Uso (adulto, pediátrico, adulto e
pediátrico) Referência
Modo de Usar
Conteúdo da embalagem Composição: bibliográfica
Nome do princípio ativo...................concentração
Referência
Excipientes (relacionar sem mencionar concentração na Advertência
bibliográfica
fórmula)
É facultado a inclusão de informações adicionais voltadas Especificações analíticas Referência
para características organolépticas. mínimas bibliográfica
Indicação (conforme Anexo I)
Modo de Usar (conforme Anexo I) ( ) informações sobre produto já existente no Anexo I
Advertência (conforme Anexo I) Preencher somente o campo pertinente:
Advertências específicas do produto conforme legislação Referência
Sinônimo
vigente bibliográfica
Cuidados de Conservação Frase "TODO
MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO Referência
Indicação
ALCANCE DE CRIANÇAS" bibliográfica
Frase "Para correta utilização deste medicamento, solicite
Referência
orientação do farmacêutico." Modo de Usar
bibliográfica
Frase "MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO
SIMPLIFICADA RDC Nº ....... de 2006. AFE nº Referência
:..........................". Advertência
bibliográfica
Frase "AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO
DEVERÁ SER CONSULTADO" Especificações analítica Referência
Nome do Farmacêutico Responsável e respectivo número mínimas bibliográfica
de CRF ( ) EXCLUSÃO
Nome da empresa notificadora ( ) produto
Número de CNPJ da empresa notificadora ( ) infomações sobre produto já existente no Anexo I
Endereço completo da empresa notificadora ( )sinônimo
Fabricado por: (quando for o caso) ( )Indicação
Nome da empresa fabricante ( )modo de usar
Número de CNPJ da empresa fabricante ( )advertência
Endereço completo da empresa fabricante ( )especificações analíticas mínimas Justificativa
Número do SAC da empresa notificadora Referência Bibliográfica
Número de Lote ( ) ALTERAÇÃO
Data de Fabricação ( ) nome do produto
Prazo de Validade ( )princípio ativo
Código de barras ( )concentração
( )forma farmacêutica
ANEXO III ( )sinônimo
REQUERIMENTO PARA INCLUSÃO, ALTERAÇÃO ( )Indicação
OU EXCLUSÃO DE MEDICAMENTOS OU ( )modo de usar
INFORMAÇÕES PRESENTES NO ANEXO I ( )advertência
Dados do solicitante: ( )especificações analíticas mínimas Justificativa
Nome do solicitante (jurídica ou física): Referência Bibliográfica
Endereço: (*) Republicada por ter saído no DOU nº 208, de
FAX: 30.10.2006, Seção 1, pág. 167, com incorreção no
e-mail: original.
Telefone:
Dados do produto:
Princípio Ativo:
Concentração:
Forma farmacêutica:
( )INCLUSÃO
225
RDC nº. 204 de 14/11/2006. Parágrafo único. Excetuar do disposto no caput deste
(D.O.U de 16.11.2006) artigo a utilização com a estrita finalidade de pesquisas e
trabalhos médicos e científicos. .
Dispõe sobre o cumprimento das Boas Práticas de
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos Art. 6º - Fica instituído que as empresas terão um prazo
de 180 dias para cumprir os itens do capítulo de validação
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância do anexo I desta Resolução.
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV Parágrafo único. Excetua-se do disposto no caput deste
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. artigo o item 13.3.1 do anexo desta Resolução.
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto
no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Art. 7º - A inobservância ou desobediência ao disposto na
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº. presente Resolução configura infração de natureza
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no sanitária, na forma da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 6 1977, sujeitando o infrator às penalidades previstas nesse
de novembro de 2006, e diploma legal.
considerando o disposto na Lei nº. 6.360, de 23 de
setembro de 1976 e no seu Regulamento, o Decreto nº. Art. 8º - Ficam revogadas a RDC nº. 35 de 25 de fevereiro
79.094, de 5 de janeiro de 1977; de 2003 (DOU 07/03/2003) e a RDC Nº 47, de 2 de Junho
considerando a Resolução RDC nº. 196, de 29 de junho de 2000.
de 2005;
considerando a Lei nº. 9.782, de 26 de janeiro de 1999; Art. 9º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
considerando a necessidade de padronizar as ações da publicação.
Vigilância Sanitária referente aos Insumos Farmacêuticos DIRCEU RAPOSO DE MELLO
a serem utilizados na fabricação de medicamentos e na
manipulação de medicamentos; ANEXO
considerando ainda que todo o segmento envolvido na REGULAMENTO TÉCNICO DAS BOAS PRÁTICAS
distribuição e fracionamento é responsável solidário pela DE DISTRIBUIÇÃO E FRACIONAMENTO DE
identidade, eficácia, qualidade e segurança dos Insumos INSUMOS FARMACÊUTICOS
Farmacêuticos;
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, GLOSSÁRIO
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: Ajuste - Operação destinada a fazer com que um
Art. 1º - Determinar a todos os estabelecimentos que instrumento de medida tenha desempenho compatível
exerçam as atividades de importar, exportar, distribuir, com o seu uso, utilizando-se como referência um padrão
expedir, armazenar, fracionar e embalar insumos de trabalho (padrão de controle).
farmacêuticos o cumprimento das diretrizes estabelecidas Ambiente - Espaço fisicamente determinado e específico
no Regulamento Técnico de Boas Práticas de Distribuição para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s),
e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos, conforme caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas.
Anexo da presente Resolução. Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma
área.
Art. 2º - Instituir como norma de inspeção para os órgãos Amostra de Referência ou Amostra de Retenção -
de vigilância sanitária do SUS o Anexo - Regulamento Amostra de Insumo Farmacêutico, conservada pelo
técnico das Boas Práticas de Distribuição e distribuidor, devidamente identificada.
Fracionamento de Insumos Farmacêuticos. Antecâmara - Espaço fechado com duas ou mais portas,
Parágrafo único Fica a empresa fracionadora responsável interposto entre duas ou mais áreas de classes de limpeza
pela qualidade dos Insumos Farmacêuticos fracionados. distintas, com o objetivo de controlar o fluxo de ar entre
Art. 3º - Os insumos farmacêuticos estéreis não podem ser ambas, quando precisarem ser adentradas. A antecâmara é
fracionados. projetada de forma a ser utilizada por pessoas ou
materiais.
Art. 4º - As empresas de que trata esta norma somente Área - Espaço físico delimitado, onde são realizadas
podem comercializar com empresas autorizadas pela operações sob condições ambientais específicas.
autoridade sanitária federal e licenciadas pela autoridade Áreas Operacionais - Áreas cujas operações têm contato
sanitária das unidades federadas em que se localizam direto com os Insumos Farmacêuticos.
Armazenamento - Procedimento que possibilita o estoque
Art. 5º - Ficam proibidas a importação e comercialização ordenado e racional de materiais.
de insumos farmacêuticos destinados à fabricação de Amostra representativa - Quantidade de amostra
medicamentos que ainda não tiverem a sua eficácia estatisticamente calculada, representativa do universo
terapêutica avaliada pela Agência Nacional de Vigilância amostrado, tomada para fins de análise.
Sanitária. BPDF - Boas Práticas de Distribuição e Fracionamento de
Insumos Farmacêuticos.

226
Calibração - Conjunto de operações que estabelecem, sob identificação e rotulagem originais englobando as
condições especificadas, a relação entre os valores operações de pesagem/medida, embalagem e rotulagem.
indicados por um instrumento de medição, sistema, ou Gerenciamento da qualidade - O Gerenciamento da
valores apresentados por um material de medida, Qualidade determina e implementa a "Política da
comparados àqueles obtidos com um padrão de referência Qualidade‖, ou seja, as intenções e direções globais
correspondente. relativas à qualidade, formalmente expressa e autorizada
CAS - ―Chemical Abstracts Service‖ - Referência pela administração superior da empresa.
Internacional de Substâncias Químicas. Gerenciamento de resíduos - Atividade que engloba as
Contaminação - Introdução indesejada de impurezas de etapas desde a formação dos resíduos até o destino final.
natureza química, microbiológica ou material estranho na Impureza - Qualquer componente não desejável, presente
matéria-prima ou insumo farmacêutico durante o no insumo farmacêutico.
fracionamento, amostragem, embalagem, armazenamento Insumo farmacêutico - Droga ou substância aditiva ou
ou transporte. complementar de qualquer natureza, destinada ao
Contaminação-cruzada - Contaminação de determinado emprego em medicamento.
insumo farmacêutico por outro Insumo Farmacêutico, Insumo farmacêutico ativo - Droga ou substância ativa
durante as operações. destinada a emprego em medicamentos.
DCB - Denominação Comum Brasileira - Denominação Insumo farmacêutico altamente ativo - Toda substância
do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo (fármaco) cuja dose terapêutica possa ser inferior a 5
aprovado pelo Órgão Federal responsável pela Vigilância (cinco) mg, por exemplo: prostaglandinas,
Sanitária. imunossupressores, alguns psicotrópicos e alguns
DCI - Denominação Comum Internacional - entorpecentes.
Denominação do fármaco ou princípio Insumo farmacêutico altamente sensibilizante - Toda
farmacologicamente ativo aprovado pela Organização substância capaz de desenvolver uma reação
Mundial de Saúde. sensibilizante em pequenas doses ou em doses
Depósito de material de limpeza - Sala destinada à cumulativas (penicilinas, cefalosporinas e respectivos
guarda de aparelhos, utensílios e materiais utilizados na derivados).
limpeza. Insumo farmacêutico crítico - Insumo que tem maior
Devolução - Retorno ao fabricante ou ao distribuidor de probabilidade de ter sua especificação afetada em virtude
insumos farmacêutico, por estar em desacordo com as das condições do fracionamento.
especificações dos compêndios oficiais ou outros Instalação - Espaço físico delimitado acrescido das
motivos, excluindo exigências comerciais. máquinas, aparelhos, equipamentos e sistemas auxiliares
Desvio da qualidade - Não atendimento aos requisitos da utilizados para executar os processos.
qualidade estabelecidos para Insumos Farmacêuticos. Limpeza - Remoção de sujidades de qualquer superfície,
Distribuição - Qualquer atividade de armazenamento, por fricção manual ou auxílio de máquina.
fornecimento e expedição dos Insumos Farmacêuticos Lote - Quantidade definida de Insumos Farmacêuticos,
excluindo-se a de fornecimento ao público. obtidos em um único processo/operação, cuja
Documentação - Conjunto de documentos que definem e característica essencial é a homogeneidade.
registram as especificações e as operações dos Insumos Material - Termo usado para denotar materiais de
Farmacêuticos laboratório (ex: filtros, vidrarias, reagentes), insumo
Embalagem Primária - Recipiente destinado ao farmacêutico, material de embalagem e material impresso.
acondicionamento e envase de Insumos Farmacêuticos Material de embalagem - Invólucro, recipiente ou
que mantém contato direto com os mesmos. qualquer forma de acondicionamento, removível ou não,
Embalagem Secundária - Recipiente destinado ao destinado a cobrir, empacotar, envasar, proteger e manter
acondicionamento de Insumos Farmacêuticos em sua os insumos farmacêuticos.
embalagem primária, não mantendo contato com os Monitoramento ambiental - Procedimentos estabelecidos
mesmos. que tenham como objetivo a verificação do cumprimento
Empresa - Pessoa Jurídica que segundo as leis vigentes de dos parâmetros de limpeza, temperatura, umidade e
comércio, explore a atividade econômica com Insumos microbiológico com seus respectivos registros.
Farmacêuticos abrangidos por este Regulamento. Número de lote - Combinação definida de números e/ou
Especificação - Parâmetros, seus limites documentados e letras que identificam um determinado lote, visando
respectivas metodologias a que devem atender os Insumos assegurar a rastreabilidade do mesmo.
Farmacêuticos. Operações - Conjunto de atividades executadas visando
Estabelecimento - Unidade da empresa destinada ao atender as BPDF para Insumos Farmacêuticos.
comércio atacadista de Insumos Farmacêuticos. Ordem de fracionamento - Documento de referência para
Fabricante - Empresa que realiza as operações e processos o fracionamento de um ou parte de lote de insumo
necessários para a obtenção de Insumos Farmacêuticos. farmacêutico, que contemple as informações
Fracionamento - Processo que visa à divisão em preestabelecidas.
quantidades menores dos Insumos Farmacêuticos, Origem - País de produção ou industrialização dos
preservando as especificações da qualidade e dados de Insumos Farmacêuticos.

227
Padrão de referência primário - Uma substância cujo 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
elevado grau de pureza e autenticidade foram 1.1. As empresas de que trata esta norma devem ser
demonstrados por meio de testes analíticos. detentoras de autorização de funcionamento e licença
Padrão de referência secundário - Substância da qualidade sanitária devidamente atualizada, e suas atividades
e de pureza estabelecidas, comparada a um padrão de regularmente inspecionadas pelas autoridades sanitárias
referência primário. competentes.
Prazo de validade - Tempo durante o qual o insumo 1.2. Este regulamento estabelece os procedimentos e as
farmacêutico poderá ser usado, caracterizado como práticas que as empresas devem aplicar para assegurar
período de vida útil definido pelo fabricante, que as instalações, métodos, processos, sistemas e
fundamentado nos estudos de estabilidade específicos, controles usados para importar, exportar, armazenar,
desde que mantidas as condições de armazenamento e distribuir, fracionar e embalar insumos farmacêuticos
transporte estabelecidas. sejam adequados para garantir qualidade e permitir seu
Procedimento Operacional Padrão (POP) - Descrição uso na elaboração de medicamentos.
pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas 1.3. As empresas devem garantir que os insumos
nas atividades abrangidas por este Regulamento. farmacêuticos sejam adequados para o uso pretendido e
Procedência - País de embarque dos Insumos que mantenham as características e especificações do
Farmacêuticos. fabricante, prevenindo desvios, adotando cuidados na
Qualificação - Ação de provar e de documentar que os aplicação dos seus procedimentos, em todos os setores.
equipamentos ou os sistemas subordinados estão 1.4. A política da Qualidade e os conceitos de Boas
devidamente instalados e operam corretamente e Práticas de Distribuição e Fracionamento estão inter-
conduzem aos resultados previstos. A qualificação é parte relacionados, e estão descritos com a finalidade de
da validação, mas as etapas individuais da qualificação enfatizar suas relações e suas importâncias fundamentais
não constituem a validação do processo. para a distribuição e fracionamento dos insumos
Quarentena - Retenção temporária dos Insumos farmacêuticos.
Farmacêuticos e materiais de embalagens, isolados 1.5. As empresas devem possuir recursos humanos, infra-
fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua estrutura física, equipamentos e procedimentos escritos
utilização, enquanto esperam decisão quanto à aprovação que atendam às recomendações deste regulamento.
ou reprovação. 1.6. É de responsabilidade da administração da empresa
Rastreabilidade - Conjunto de informações que permitem prever e prover recursos humanos e materiais necessários
o acompanhamento e a revisão das operações efetuadas à operacionalização das atividades.
para cada lote dos Insumos Farmacêuticos. 2. GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
Reconciliação - Procedimento que tem como objetivo 2.1. Princípios
fazer uma comparação nas diferentes etapas de 2.1.1. A qualidade deve ser de responsabilidade de todos
fracionamento de um lote de insumo farmacêutico, entre a os colaboradores da empresa.
quantidade real de materiais e a quantidade teórica 2.1.2. A empresa deve estabelecer, documentar,
estabelecida. implementar e manter um sistema eficaz para o
Responsável Técnico - Profissional legalmente habilitado, gerenciamento da qualidade, com a participação ativa da
com inscrição em autarquia profissional, reconhecido pela gerência e de todo pessoal envolvido nas atividades
Autoridade Sanitária para a atividade que a empresa contempladas nesta norma.
realiza na área de insumos abrangidos por este 2.1.3. O sistema para o gerenciamento da qualidade deve
Regulamento. abranger a estrutura organizacional, os Procedimentos, o
Rótulo - Identificação impressa, litografada, pintada, fracionamento, os recursos e as atividades necessárias
gravada a fogo, a pressão ou auto-adesiva, aplicada para assegurar que o insumo farmacêutico esteja em
diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros ou conformidade com as especificações pretendidas da
qualquer protetor de embalagem externo ou interno, não qualidade. Todas as atividades relacionadas devem ser
podendo ser removida ou alterada durante o uso do definidas e documentadas.
insumo farmacêutico e durante o seu transporte ou 2.1.4. Deve existir uma Unidade da Qualidade que seja
armazenamento. responsável por assegurar que os insumos farmacêuticos
Sala - Ambiente envolto por paredes em todo seu estejam dentro dos padrões da qualidade exigidos e que
perímetro e uma porta. possam ser utilizados para os fins propostos.
Sistema - Disposição das partes ou dos elementos de um 2.1.5. A Unidade da Qualidade deve ser independente do
todo, coordenados entre si, e que funcionam como fracionamento compreendendo as responsabilidades da
estrutura organizada. Garantia da Qualidade (GQ) e do Controle da Qualidade
Utensílios - Objetos que servem de meios ou instrumentos (CQ), que faça cumprir as responsabilidades da
para as operações, adequados para os fins a que se distribuição e do fracionamento. A Unidade da Qualidade
destinam. pode ser constituída por um único indivíduo ou grupo ou
Validação - Ato documentado que atesta que qualquer departamento, dependendo do tamanho e da estrutura da
procedimento, processo, equipamento, material, operação organização.
ou sistema realmente conduza aos resultados esperados. 2.1.5.1. A unidade da qualidade das empresas que
exercem as atividades de distribuição e armazenamento
228
de insumos farmacêuticos compreende as l) Validação de limpeza e processo de fracionamento de
responsabilidades da Garantia da Qualidade (GQ) e do insumos farmacêuticos.
Controle da Qualidade (CQ), quando este for realizado 2.2.2. Responsabilidades da Unidade da Qualidade
pela empresa. 2.2.2.1. A Unidade da Qualidade deve gerenciar todas as
2.1.6. Os insumos farmacêuticos apenas podem ser atividades relacionadas à qualidade.
liberados por funcionários definidos e autorizados pela 2.2.2.2. As responsabilidades principais da Unidade da
Unidade da Qualidade. Qualidade não devem ser delegadas. Estas
2.1.7. Todas as atividades relacionadas à qualidade devem responsabilidades devem ser definidas e documentadas
ser registradas. contemplando as seguintes atividades:
2.1.8. Todos os desvios da qualidade devem ser a) Liberar ou rejeitar todos os insumos farmacêuticos;
investigados, documentados e justificados. b) Estabelecer e monitorar um sistema para liberar ou
2.1.9. Todas as decisões e medidas tomadas resultantes de rejeitar insumos farmacêuticos, materiais de embalagem e
um desvio da qualidade devem ser registradas, assinadas, rotulagem;
datadas e anexadas aos correspondentes registros do lote. c) Revisar a documentação dos registros de insumos
2.1.10. Nenhum material deve ser utilizado antes da farmacêuticos antes de sua liberação para a expedição;
conclusão satisfatória da avaliação pela Unidade da d) Certificar-se de que os desvios da qualidade sejam
Qualidade. investigados e as ações corretivas implementadas;
2.1.11. Devem existir procedimentos para notificar a e) Gerenciar as atividades para a guarda, armazenamento
Unidade da Qualidade, sempre que ocorrer desvios da e documentação das amostras de retenção;
qualidade incluindo as ações relacionadas. f) Aprovar todos os procedimentos, especificações e
2.2. Responsabilidades instruções que impactam na qualidade do insumo
2.2.1. Introdução farmacêutico;
2.2.1.1. Os postos principais do Fracionamento, do g) Aprovar o Programa de auto-inspeção e certificar-se de
Controle da Qualidade e da Unidade da Qualidade devem que é executado;
ser ocupados por pessoas que trabalhem em período h) Aprovar as especificações técnicas para contratação de
integral na empresa. Pode haver necessidade de delegar serviços de terceirização;
algumas funções, entretanto, a responsabilidade não pode i) Aprovar qualquer alteração nas instalações, nos
ser delegada. equipamentos, procedimentos e processos;
2.2.1.2. Os responsáveis pelos setores de Fracionamento, j) Elaborar plano mestre, protocolos e relatórios de
Controle da Qualidade e Unidade da Qualidade devem validação e assegurar que sejam feitas as validações
estar habilitados conforme legislação vigente do necessárias;
respectivo conselho de classe. k) Certificar-se que as reclamações e devoluções
2.2.1.3. Devem existir responsáveis distintos para as relacionadas à qualidade devem ser registradas,
atividades de Fracionamento, Controle da Qualidade e investigadas e documentadas. Quando necessário, as
Unidade da Qualidade. ações corretivas devem ser implementadas;
2.2.1.4. Os responsáveis pelo setor de Fracionamento e l) Executar revisões da qualidade do insumo
Unidade da Qualidade devem exercer em conjunto farmacêutico, conforme descrito item 2.3 desta norma;
determinadas atividades relativas à qualidade, tais como: m) Aprovar o programa de monitoramento ambiental e
a) Elaboração e atualização dos procedimentos certificar-se de que é executado;
operacionais padrão e demais documentos; n) Aprovar e promover o Programa de Treinamento e
b) Monitoramento e o controle do ambiente de certificar-se que sejam realizados treinamentos iniciais e
fracionamento; contínuos do pessoal;
c) Implementação e monitoramento dos programas de o) Determinar e acompanhar o recolhimento de insumo
saúde, que devem contemplar higiene, vestuário e farmacêutico;
conduta; p) Aprovar o programa de calibração, manutenção
d) Calibração e qualificação de equipamentos e preventiva e corretiva, e garantir sua correta execução;
instrumentos envolvidos no processo; q) Certificar-se de que existe um sistema eficaz de
e) Treinamento, incluindo a aplicação dos princípios das manutenção e calibração de equipamentos;
BPDF; r) Autorizar a emissão da Ordem de Fracionamento;
f) Qualificação de fornecedores; s) Garantir que instalações e equipamentos estejam
g) Aprovação e o monitoramento de empresas prestadoras qualificados;
de serviço; t) Aprovar os procedimentos relacionados aos sistemas
h) Elaboração de especificações e monitoramento das computadorizados;
condições de armazenamento dos materiais; u) Definir as análises a serem realizadas nos insumos
i) Arquivamento de documentos e registros; farmacêuticos fracionados para assegurar que suas
j) Monitoramento do cumprimento das Boas Práticas de especificações não sejam alteradas durante o
Distribuição e Fracionamento de Insumos Farmacêuticos; fracionamento.
k) Inspeção, investigação e amostragem de modo a 2.2.3. Responsabilidades do Controle da Qualidade
monitorar os fatores que possam afetar a qualidade do 2.2.3.1. As responsabilidades principais do Controle da
insumo farmacêutico; Qualidade não podem ser delegadas. Estas
229
responsabilidades devem ser definidas e documentadas c) Distribuir os insumos farmacêuticos de acordo com os
descrevendo claramente estas atividades: procedimentos apropriados;
a) Elaborar, atualizar e revisar: d) Distribuir os lotes de insumos farmacêuticos
I Especificações e métodos analíticos para insumos obedecendo preferencialmente à regra: primeiro que
farmacêuticos e materiais de embalagem; expira é o primeiro que sai;
II Procedimentos de amostragem; e) Garantir que todos os desvios sejam registrados e
III Procedimentos para monitoramento ambiental; encaminhados à Unidade da Qualidade;
IV Procedimentos relativos aos padrões de referência; f) Propor e avaliar mudanças nas operações de
V Procedimentos relativos às amostras de referência distribuição.
futura. 2.2.6. Responsabilidades do Setor de Armazenamento
b) Executar análises para aprovação ou reprovação de a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão do
insumos farmacêuticos e materiais de embalagem; armazenamento e assegurar que sejam implementados;
c) Emitir laudo analítico de cada lote de material b) Assegurar que os insumos farmacêuticos sejam
analisado; armazenados de acordo com procedimentos apropriados e
d) Aprovar e monitorar as análises realizadas ou as em locais adequados;
previstas em contrato de terceirização, conforme c) Garantir que as instalações encontrem-se limpas e,
legislação vigente; quando necessário, higienizadas;
e) Participar da investigação das reclamações e d) Garantir que todos os desvios sejam registrados e
devoluções dos insumos farmacêuticos; encaminhados à Unidade da Qualidade;
f) Assegurar a correta identificação dos materiais, e) Propor e avaliar mudanças nas operações de
instrumentos e equipamentos de laboratório; armazenamento;
g) Validar as metodologias analíticas não farmacopêicas; f) Manter registro de monitoramento ambiental.
h) Investigar os resultados fora de especificação, de 2.3. Revisão da Qualidade do Insumo Farmacêutico
acordo com procedimentos; 2.3.1. Revisões regulares da qualidade dos insumos
i) Executar a verificação dos equipamentos e instrumentos farmacêuticos devem ser conduzidas com o objetivo de
do laboratório; verificar a consistência das operações. Tais revisões
j) Executar as análises de monitoramento ambiental. devem ser conduzidas e documentadas anualmente
2.2.4. Responsabilidades do Setor de Fracionamento incluindo:
2.2.4.1. As responsabilidades do setor de fracionamento a) Revisão de todos os lotes que não se encontram como
devem ser definidas e documentadas contemplando as estabelecido na especificação;
seguintes atividades: b) Revisão de todos os desvios e investigações
a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão do relacionadas;
fracionamento e assegurar que sejam implementados; c) Revisão de mudanças realizadas nas operações de
b) Participar da elaboração e revisão do modelo da ordem fracionamento ou métodos analíticos validados;
de fracionamento dos insumos farmacêuticos e dos d) Revisão de todas as devoluções, reclamações e
procedimentos relacionados; recolhimentos relacionados à qualidade;
c) Assegurar que o processo de fracionamento e) Revisão de ações corretivas.
(pesagem/medida, embalagem, fechamento e rotulagem) 2.3.2. Os resultados devem ser analisados e, se necessário,
seja executado de acordo com procedimentos apropriados; ações corretivas devem ser tomadas, registradas,
d) Revisar todos os registros do fracionamento e assegurar acompanhadas e concluídas.
de que estejam completos e assinados; 2.4. Auto-inspeções da Qualidade
e) Garantir que todos os desvios do processo de 2.4.1. Tem como finalidade verificar a conformidade das
fracionamento sejam registrados e encaminhados à empresas com os princípios de BPDF, desde a aquisição
Unidade da Qualidade; de materiais até a expedição do insumo farmacêutico. As
f) Garantir que as instalações e equipamentos encontrem- auto-inspeções devem ser realizadas, no mínimo,
se limpos, higienizados e devidamente identificados; anualmente.
g) Garantir que as calibrações e os controles de 2.4.2. Deve ser elaborado procedimento escrito sobre
equipamentos necessários sejam executados e registrados auto-inspeções. A auto-inspeção deve englobar:
e que os registros estejam disponíveis; a) Pessoal;
h) Propor e avaliar mudanças no processo de b) Instalações;
fracionamento ou nos equipamentos; c) Manutenção de prédios e equipamentos;
i) Executar a verificação dos equipamentos e instrumentos d) Armazenamento de materiais;
e manter os registros; e) Distribuição de insumos farmacêuticos;
j) Controlar e manter registros de monitoramento f) Equipamentos;
ambiental. g) Fracionamento e controles do fracionamento;
2.2.5. Responsabilidades do Setor de Distribuição h) Controle da Qualidade;
a) Elaborar os procedimentos operacionais padrão da i) Documentação;
distribuição e assegurar que sejam implementados; j) Higienização e limpeza;
b) Manter atualizados os dados de distribuição de forma a k) Programas de validação e revalidação;
garantir a rastreabilidade dos insumos farmacêuticos;
230
l) Calibração e qualificação de instrumentos e avaliados periodicamente. Os registros devem ser
equipamentos; mantidos.
m) Recolhimento de insumo farmacêutico do mercado; 3.2.4. O pessoal que trabalha em áreas onde há risco de
n) Gerenciamento das Reclamações; contaminação e em áreas onde são manuseados os
o) Controle de rótulos; insumos farmacêuticos altamente ativos, tóxicos,
p) Gerenciamento dos resíduos; infecciosos e altamente sensibilizantes deve receber
q) Resultados das auto-inspeções anteriores e ações treinamento específico.
corretivas adotadas. 3.3. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
2.4.3. O responsável pela Unidade da Qualidade deve 3.3.1. Todos os funcionários devem ser submetidos a
nomear uma equipe para conduzir a auto-inspeção, equipe exames de saúde para admissão e posteriormente a
esta que deve ser formada por profissionais qualificados exames periódicos necessários às atividades
em suas áreas de atuação e familiarizados com as BPDF. desempenhadas, de acordo com legislação específica em
Os membros da equipe podem ser profissionais da própria vigor.
empresa ou especialistas externos. 3.3.2. Todos os funcionários devem ser treinados nas
2.4.4. A auto-inspeção deve ser documentada e os práticas de higiene pessoal e segurança e cumprir as
registros devem conter: normas estabelecidas. O treinamento deve incluir
a) Resultado da auto-inspeção; situações de conduta em caso de doenças contagiosas ou
b) Avaliações e conclusões; lesão exposta.
c) Não conformidades detectadas; 3.3.3. Todas as pessoas com suspeita ou confirmação de
d) Ações corretivas recomendadas e prazos estabelecidos doença infecciosa ou lesão exposta não podem executar
para o atendimento. atividades que comprometam a qualidade dos insumos
2.4.5. Ações corretivas para as não-conformidades farmacêuticos. Devem ser excluídas das atividades até
observadas no relatório de auto-inspeção devem ser que a condição de saúde não represente risco à qualidade
implementadas e concluídas no prazo determinado. e a segurança do insumo farmacêutico.
3. PESSOAL 3.3.4. Todos os funcionários devem ser instruídos e
3.1. Generalidades incentivados a relatar a seu supervisor imediato quaisquer
3.1.1. O estabelecimento e a manutenção da qualidade do condições fora dos procedimentos estabelecidos que
insumo farmacêutico dependem dos funcionários que possam interferir na qualidade dos insumos
realizam as atividades de que trata esta norma. Deve farmacêuticos.
haver um número adequado de pessoal qualificado pela 3.3.5. Para minimizar o risco de contaminação, os
instrução, pelo treinamento, e/ou pela experiência, para funcionários devem vestir uniforme limpo e apropriado
executar, supervisionar e gerenciar as atividades para cada área.
realizadas com insumos farmacêuticos. As 3.3.6. Todos os uniformes devem estar limpos,
responsabilidades e autoridades individuais devem estar higienizados e serem compatíveis com as atividades.
estabelecidas em procedimentos escritos, compreendidas 3.3.7. O fornecimento e higienização dos uniformes são
e aplicadas por todos os envolvidos. de responsabilidade da empresa.
3.1.2. A empresa deve possuir um organograma. Os 3.3.8. Para que seja assegurada a proteção dos
funcionários não devem acumular responsabilidades a fim funcionários, a empresa deve disponibilizar Equipamento
de evitar que a qualidade dos insumos farmacêuticos seja de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamento de Proteção
colocada em risco. Suas atribuições podem ser delegadas Individual (EPI) de acordo com as atividades
a substitutos designados, desde que possuam nível de desenvolvidas.
qualificação satisfatório. Não pode haver ausência ou 3.3.9. É proibido fumar, comer, beber, mascar ou manter
acúmulo nas responsabilidades do pessoal no que se plantas, animais, alimentos, bebidas, fumo e
refere à aplicação das BPDF. medicamentos nas áreas operacionais.
3.1.3. Todo o pessoal deve conhecer os princípios das 3.3.10. O acesso às áreas operacionais deve ser restrito a
BPDF e receber treinamento inicial e contínuo. pessoas autorizadas.
3.2. Treinamento 3.3.11. Os visitantes devem ser previamente autorizados,
3.2.1. A empresa deve, mediante um programa escrito e orientados e acompanhados na área por profissional
definido, promover treinamento de todo pessoal cujas designado.
atividades possam interferir na qualidade do insumo 3.3.12. Os procedimentos de higiene pessoal, inclusive o
farmacêutico. Atenção especial deve ser dada ao uso de vestimentas apropriadas, devem ser cumpridos por
treinamento das pessoas envolvidas nas atividades de todas as pessoas que entrarem nas áreas operacionais.
fracionamento e do controle da qualidade. 4. EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES
3.2.2. Além de treinamento sobre a teoria e a prática das 4.1. Generalidades
BPDF, o pessoal recém contratado deve participar do 4.1.1. O projeto dos edifícios e instalações deve
programa de integração e receber treinamento apropriado minimizar o risco de erros e possibilitar a limpeza e
quanto às suas atribuições e ser treinado e avaliado manutenção adequada a fim de evitar a contaminação que
continuamente. possa afetar a qualidade dos insumos farmacêuticos, a
3.2.3. Os programas de treinamento devem contemplar preservação do meio ambiente e segurança dos
todo pessoal, serem implementados pelos responsáveis e funcionários.
231
4.1.2. Os edifícios e as instalações devem ser localizados, 4.2.9. Os materiais inflamáveis, explosivos ou outras
construídos, adaptados e mantidos de forma que sejam substâncias perigosas devem ser estocados em áreas
adequados às operações a serem executadas. seguras e protegidas, devidamente segregados e
4.1.3. Os edifícios e as instalações devem ter espaço identificados, de acordo com legislação específica
adequado para a disposição ordenada de equipamentos e vigente.
materiais de modo a evitar a contaminação e facilitar a 4.2.10. O estabelecimento deve dispor de armário
limpeza. resistente e/ou área própria identificada, fechada com
4.1.4. As instalações devem ser mantidas em bom estado chave ou outro dispositivo que ofereça segurança na
de conservação, higiene e limpeza. Devem ser guarda dos Insumos Farmacêuticos sujeitos ao controle
asseguradas que as operações de manutenção e reparo não especial, bem como suas amostras de referência e
representem qualquer risco à qualidade dos insumos insumos devolvidos, reprovados ou recolhidos.
farmacêuticos. 4.2.11. O armazenamento de materiais impressos deve ser
4.1.5. Os sistemas de energia elétrica, iluminação, ar, efetuado de forma segura, com acesso restrito, evitando
ventilação e exaustão, bem como o controle e misturas e desvios; devendo ser manuseado por pessoal
monitoramento de temperatura e umidade devem ser designado, seguindo procedimentos definidos e escritos.
adequados ao armazenamento e fracionamento dos 4.2.12. Materiais promocionais não devem ser
insumos farmacêuticos e ao funcionamento dos armazenados na mesma área de armazenamento dos
equipamentos. insumos farmacêuticos.
4.1.6. As tubulações fixas, destinadas à condução de 4.3. Área de Fracionamento
fluídos, devem ser devidamente identificadas, conforme 4.3.1. O estabelecimento deve possuir salas separadas
legislação vigente, devendo ser empregados conexões ou para o fracionamento dos Insumos Farmacêuticos sólidos,
adaptadores que não sejam trocados entre si. semi-sólidos e líquidos.
4.1.7. As instalações devem ser projetadas e equipadas de 4.3.1.1. O acesso para materiais e pessoal deve ser por
forma a impedir a entrada de insetos e outros animais. antecâmaras independentes.
4.2. Áreas de Armazenamento 4.3.2. As áreas de fracionamento devem ser compatíveis
4.2.1. As áreas de armazenamento devem ter capacidade ao volume das operações e projetadas em espaço
suficiente para possibilitar o estoque ordenado dos segregado.
insumos farmacêuticos e materiais de embalagem, em 4.3.3. As áreas de fracionamento devem permitir o
suas condições de quarentena, aprovado, reprovado, posicionamento lógico e ordenado dos equipamentos e
devolvido e recolhido. dos materiais, de forma a evitar a ocorrência de
4.2.2. As áreas de armazenamento devem assegurar contaminação e erros no processo de fracionamento.
condições ideais de estocagem. Devem ser limpas, secas e 4.3.4. As salas de fracionamento dos insumos
mantidas em temperatura e umidade compatível com os farmacêuticos devem ter suas instalações com sistema de
materiais armazenados, não permitindo a contaminação iluminação, ventilação, exaustão, temperatura e umidade
cruzada e ambiental. Estas condições devem ser adequadas. Devem ser regularmente monitoradas durante
monitoradas e registradas e, quando necessário o período de fracionamento e em repouso, a fim de
controladas. assegurar o cumprimento das especificações da área.
4.2.3. Nas áreas de recebimento e expedição os materiais 4.3.5. O fracionamento de substâncias cáusticas, ácidas e
devem ser protegidos das variações climáticas. irritantes deve ser realizado em capelas com exaustão
4.2.4. As áreas de recebimento devem ser projetadas e adequadas para este fim.
equipadas de forma a permitir que os recipientes de 4.3.6. Nas áreas onde os insumos farmacêuticos e os
materiais recebidos sejam limpos antes de serem materiais de embalagem primária estiverem expostos ao
estocados. ambiente, as superfícies interiores devem ser lisas,
4.2.5. As áreas de armazenamento de insumos impermeáveis, laváveis, resistentes, livres de rachaduras e
farmacêuticos fracionados devem ser identificadas e de fácil limpeza, permitindo a higienização e não devendo
segregadas. liberar partículas.
4.2.6. Os insumos farmacêuticos e materiais de 4.3.7. As tubulações, luminárias, pontos de ventilação e
embalagem em quarentena devem estar em área restrita e outras instalações devem ser projetados e instalados de
separada na área de armazenamento. Essa área deve ser modo a facilitar a limpeza. Sempre que possível o acesso
claramente demarcada e o acesso somente pode ser para manutenção deve estar localizado externamente.
efetuado por pessoas autorizadas. Qualquer outro sistema 4.3.8. Os ralos, quando necessários, devem ser de
que substitua a quarentena física deve oferecer a mesma tamanho adequado, sifonados e tampados, para evitar os
segurança, garantindo a não liberação para uso ou refluxos de líquidos ou gás e mantidos fechados.
comercialização. 4.3.9. Nas salas de fracionamento não pode haver ralos.
4.2.7. Os insumos farmacêuticos devem ser identificados 4.3.10. Os resíduos do fracionamento devem ser
individualmente quanto ao seu status a fim de impedir acondicionados e descartados apropriadamente, conforme
trocas acidentais. legislação vigente.
4.2.8. O armazenamento de materiais devolvidos, 4.3.11. O fracionamento de insumos farmacêuticos
reprovados ou recolhidos deve ser efetuado em área altamente ativos, antibióticos, hormônios, substâncias
segregada e identificada. citotóxicas e altamente sensibilizantes deve ser realizado
232
em salas dedicadas e segregadas, com sistemas de fluxo 4.6.2. Vestiários, lavatórios e sanitários devem ser de fácil
de ar completamente independentes, projetados acesso e apropriados para o número de usuários. Os
especificamente para este fim, de modo a evitar sanitários não devem ter comunicação direta com as áreas
contaminação cruzada. operacionais. Devem estar sempre limpos e sanitizados.
4.3.13. Procedimentos adequados devem ser estabelecidos 4.6.3. As áreas de manutenção devem estar situadas em
para evitar a contaminação cruzada decorrente da locais separados das áreas operacionais e de controle da
circulação de pessoas e de materiais. qualidade.
4.3.14. As atividades de fracionamento de quaisquer 4.6.4. Deve existir um local específico para lavagem dos
materiais não farmacêuticos não devem ser realizadas nas utensílios do fracionamento e da amostragem.
mesmas salas e equipamentos usados para fracionamento 4.7. Água
do insumo farmacêutico. 4.7.1. As empresas devem ser abastecidas com água
4.3.15. Os insumos farmacêuticos que forem utilizados potável.
em outras classes de produtos poderão ser fracionados na 4.7.2. Quando a empresa possuir caixa d’água esta deve
mesma sala de fracionamento, desde que obedecidos os estar devidamente protegida para evitar a entrada de
mesmos critérios do fracionamento de insumos insetos, aves, roedores ou outros contaminantes.
farmacêuticos e observada a validação de limpeza. 4.7.3. Deve haver procedimento escrito para a limpeza
4.4. Área de Controle da Qualidade periódica da caixa d’água, mantendo-se os registros que
4.4.1. Os laboratórios de Controle da Qualidade devem comprovem sua realização.
ser projetados de forma a facilitar as operações neles 4.7.4. Devem ser feitos periodicamente testes físico-
realizadas. Devem dispor de espaço suficiente para evitar químicos e microbiológicos, para monitorar a qualidade
a ocorrência de misturas e de contaminação cruzada. da água de abastecimento, mantendo-se seus respectivos
4.4.2. O laboratório deve ser projetado considerando a registros.
utilização de materiais de construção adequados e deve 4.7.5.Quando os resultados dos testes analíticos da água
possuir conjunto de dispositivos que assegurem as potável estiverem fora dos limites estabelecidos pela
condições ambientais para a realização das análises e a legislação vigente, as causas devem ser apuradas e ações
proteção da saúde do pessoal. corretivas identificadas e registradas.
4.4.3. Devem existir salas separadas para proteger 4.7.6. Deve existir água apropriada para as análises
determinados instrumentos de interferências elétricas, realizadas no laboratório de controle da qualidade.
vibrações, contato excessivo com umidade e outros 4.8. Sanitização
fatores externos. 4.8.1. As instalações devem ser mantidas em condições de
4.4.4. Os laboratórios de Controle da Qualidade devem limpeza e sanitização adequadas.
estar separados das demais áreas operacionais. As áreas 4.8.2. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos,
onde forem realizados os ensaios físico-químicos e contendo as responsabilidades, as programações de
microbiológicos devem ser separadas e contar com limpeza e sanitização, os métodos, os equipamentos,
instalações independentes. utensílios e os materiais a serem usados na limpeza das
4.4.5. A amostra de referência do insumo farmacêutico instalações.
fracionado deve ser armazenada em área adequada, sob a 4.8.2.1. Deve existir depósito de material de limpeza.
responsabilidade e guarda do Controle da Qualidade, 4.8.3. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos
obedecendo às condições de armazenamento para o uso de raticidas, inseticidas, fungicidas,
estabelecidas pelo fabricante. fumegantes, sanitizantes e agentes de limpeza utilizados
4.5. Áreas de amostragem para prevenir a contaminação de equipamentos, utensílios,
4.5.1. Toda amostragem deve ser feita em local adequado. material de embalagem e rotulagem e insumos
4.5.2. As áreas destinadas à amostragem dos insumos farmacêuticos.
farmacêuticos, quando localizadas em áreas distintas do 4.9. Gerenciamento de Resíduos
fracionamento, devem ser projetadas e separadas para 4.9.1. Devem existir procedimentos escritos para o
esse fim, possuindo sistema de exaustão independente e gerenciamento dos resíduos, conforme legislação vigente,
adequado, que evite a ocorrência de contaminação devendo ser de conhecimento prévio de todos os
cruzada. funcionários. Devem ser registrados os controles
4.5.2.1. O acesso para materiais e pessoal deve ser por realizados e sua freqüência.
antecâmaras independentes. 4.9.2. Os resíduos devem estar armazenados de maneira
4.5.3. A amostragem de insumos farmacêuticos altamente segura até a sua destinação. Os recipientes para o material
ativos, antibióticos, hormônios, substâncias citotóxicas e de descarte devem estar identificados. As substâncias
altamente sensibilizantes deve ser realizada em salas tóxicas e os materiais inflamáveis devem ser guardados
dedicadas e segregadas, com sistemas de fluxo de ar em locais conforme exigido pela Legislação vigente.
completamente independentes de modo a evitar
contaminação cruzada. 5. EQUIPAMENTOS
4.6. Áreas Auxiliares 5.1. Generalidades
4.6.1. As salas de descanso e refeitório devem ser 5.1.1. Os equipamentos devem ser projetados, instalados e
separadas das demais áreas. mantidos de forma que:
sejam apropriados ao uso para o qual se destinam;
233
facilitem sua manutenção e limpeza; 5.3. Calibração e verificação dos equipamentos e
minimizem o risco de contaminação. instrumentos de medição e ensaio
5.1.2. Os equipamentos devem ser identificados de modo 5.3.1. Os equipamentos e instrumentos utilizados nas
a permitir a sua rastreabilidade quanto ao seu uso, limpeza operações de pesagem, medida, registros e controles,
e manutenção. devem ser submetidos à manutenção e calibração de
5.1.3. Os equipamentos devem ser qualificados, quando acordo com procedimentos escritos.
aplicável. 5.3.2. As calibrações devem ser executadas por pessoal
5.1.4. Equipamentos e/ou instrumentos com defeito, em capacitado, utilizando padrões rastreáveis e certificados,
desuso ou inadequados ao uso devem ser imediatamente com procedimentos reconhecidos oficialmente, em função
identificados, consertados ou retirados das áreas. A da freqüência de uso do equipamento e dos registros das
manutenção e os consertos devem ser documentados. verificações dos mesmos.
5.1.5. Os sistemas de controle e monitoramento de 5.3.2.1. os equipamentos e os instrumentos devem ser
temperatura e umidade das áreas operacionais devem ser verificados diariamente, ou antes, de serem utilizados e
mantidos em condições adequadas de limpeza, mantidos seus respectivos registros.
conservação, manutenção e operação. 5.3.3. A etiqueta com data referente à última calibração
5.2. Manutenção e Limpeza de Equipamentos deve estar afixada no equipamento.
5.2.1. Deve ser estabelecido um Programa de Manutenção 5.4. Sistemas Computadorizados
de Equipamentos. 5.4.1. Os sistemas computadorizados devem ter controles
5.2.2. As programações e os procedimentos para a suficientes para impedir o acesso, mudanças não
manutenção preventiva e corretiva devem se basear nas autorizadas e omissões de dados.
especificações dos fabricantes. A manutenção deve ser 5.4.2. Devem existir registros de todas as alterações
registrada. evidenciando os responsáveis.
5.2.3. Serviços de manutenção preventiva e/ou corretiva 5.4.3. Devem ser estabelecidos procedimentos que
podem ser terceirizados. previnam a inserção de dados incorretos no sistema
5.2.4. Devem ser estabelecidos procedimentos escritos de computadorizado.
limpeza e sanitização de equipamentos. Os procedimentos 5.4.4. Os procedimentos escritos devem estar disponíveis
devem conter instruções que permitam limpeza de aos responsáveis pela operação e pela manutenção de
maneira reprodutível e eficaz. Devem estar incluídos nos sistemas computadorizados.
procedimentos: 5.4.5. Os incidentes relacionados aos sistemas
a) Atribuição da responsabilidade para a limpeza e computadorizados que podem afetar a confiabilidade dos
sanitização do equipamento; registros ou dos resultados de teste devem ser registrados
b) Programações da limpeza, incluindo, quando e investigados.
apropriado, sanitização; 5.4.6. As mudanças nos sistemas computadorizados
c) Descrição completa dos métodos e dos materiais, devem ser feitas de acordo com procedimentos para
incluindo a diluição dos agentes de limpeza utilizados; alterações e devem ser formalmente autorizadas,
d) Quando apropriadas, instruções para desmontar e documentadas e testadas. Os registros de todas as
remontar cada peça do equipamento para assegurar a mudanças devem ser mantidos, incluindo as modificações
limpeza e sanitização; e as melhorias realizadas no sistema.
e) Instruções para a liberação de limpeza do equipamento 5.4.7. Deve haver um sistema alternativo para
após o fracionamento de um lote; recuperação de dados no caso de falhas que resultem na
f) Instruções para a proteção do equipamento após a perda dos registros.
limpeza; 5.4.8. Devem ser estabelecidos para todos os sistemas
g) Verificação e liberação do equipamento antes do uso; computadorizados meios de assegurar a proteção dos
h) Estabelecimento do tempo máximo entre a conclusão dados.
do processo e a limpeza do equipamento desde que este 5.4.9. Deve existir uma forma segura e atualizada de
seja significativo para o procedimento de limpeza; armazenamento de dados, em meio eletrônico, compatível
i) Estabelecimento do tempo máximo entre a limpeza do com tecnologias disponíveis.
equipamento e o próximo uso assim como quais os 6. DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS
parâmetros devem ser reavaliados. 6.1. Generalidades
5.2.5. Os utensílios devem ser limpos, armazenados, 6.1.1. A documentação constitui parte essencial do
sanitizados, identificados quanto à condição de limpeza e, sistema da qualidade e deve estar relacionada com todos
quando apropriado, esterilizados para prevenir a os aspectos das BPDF. Todos os documentos devem estar
contaminação. facilmente disponíveis.
5.2.6. Os equipamentos devem ser limpos entre o 6.1.2. Os dados devem ser registrados de modo confiável.
fracionamento de insumos farmacêuticos para impedir a 6.2. Sistema de Documentação
contaminação cruzada. 6.2.1. Toda documentação relacionada às BPDF deve ser
5.2.7. Devem ser estabelecidos critérios de aceitação para elaborada, revisada, aprovada, atualizada e distribuída
limites de resíduos e seleção de agentes de limpeza. pelos respectivos responsáveis, de acordo com
5.2.8. O equipamento deve ser identificado de acordo com procedimentos escritos.
a sua condição de limpeza.
234
6.2.2. Os documentos devem estar disponíveis em meio e) Estrutura química e fórmula molecular, quando
eletrônico, impresso ou em outras formas adequadas. aplicáveis.
6.2.3. Documentos impressos não devem ter rasuras. 6.4.3. Os materiais de embalagem devem atender às
Registros alterados, autorizados pelos responsáveis, especificações dando ênfase à compatibilidade dos
devem possibilitar a identificação do dado anterior e estar mesmos com o insumo farmacêutico.
assinados e datados. 6.5. Registros dos Insumos Farmacêuticos Fracionados
6.2.4. O preenchimento dos registros deve ser realizado 6.5.1. A documentação de cada fracionamento deve
imediatamente após a execução das atividades conter registros de todas as operações realizadas para
identificando o responsável pela execução. permitir a rastreabilidade das informações geradas,
6.2.5. A emissão, revisão, substituição, retirada e incluindo as de controle da qualidade.
distribuição dos documentos devem ser controladas. 6.5.2. A cada fracionamento deve ser atribuído um código
6.2.6. Os documentos originais devem ser revisados e de identificação único e este deverá constar em todos os
atualizados conforme procedimentos estabelecidos, registros do insumo farmacêutico fracionado.
mantendo o histórico das revisões. 6.5.3. A ordem de fracionamento deve incluir:
6.2.7. Deve haver um sistema que impeça o uso a) Nome do Insumo Farmacêutico;
inadvertido da versão anterior. b) Quantidade a ser fracionada e efetivamente fracionada;
6.2.8. Documentos e registros devem ser retidos e o c) Data do fracionamento;
período de retenção deve ser estabelecido em d) Início e término do fracionamento;
procedimentos. e) Prazo de validade;
6.2.9. Documentos e registros referentes às operações f) Código de identificação do fracionamento;
com insumos farmacêuticos devem ser arquivados por 1 g) Nome do fracionador;
(um) ano após o vencimento da validade do lote. h) Nome do conferente;
6.2.10. Documentos e registros dos insumos i) Quantidade de todos os materiais de embalagem
farmacêuticos sujeitos a controle especial devem ser impressos utilizados, destruídos ou devolvidos ao estoque,
arquivados conforme legislação vigente. a fim de que possa ser feita correta reconciliação;
6.2.11. Quando as assinaturas eletrônicas forem utilizadas j) Número do lote original do fabricante ou número
em documentos, essas devem ser autênticas e seguras. atribuído pela empresa, no recebimento.
6.3. Registros de Limpeza, Sanitização, Manutenção e k) Registro das condições de temperatura e umidade;
Uso dos Equipamentos, Salas e Áreas. l) Amostragem executada no fracionamento;
6.3.1. Os registros de uso, limpeza, sanitização e m) Rótulo representativo do insumo farmacêutico
manutenção dos equipamentos, salas e áreas devem conter fracionado;
a data, hora, o insumo farmacêutico anterior, insumo n) Qualquer ocorrência relevante observada no
farmacêutico atual (quando aplicável) e o número do lote fracionamento;
de cada insumo farmacêutico fracionado, bem como a o) Identificação da sala de fracionamento.
identificação da pessoa que executou a limpeza e a 6.6. Registros de Controle da Qualidade
manutenção. Os registros devem ser rastreáveis e estarem 6.6.1. Os registros do Controle da Qualidade devem
prontamente disponíveis. incluir:
6.3.2. Os registros de limpeza e sanitização devem estar a) Registros das amostras recebidas para teste;
disponíveis ou anexados à ordem de fracionamento. b) Referência de cada método do teste utilizado;
6.4. Especificações de Insumos farmacêuticos, Materiais c) Todos os dados gerados durante cada teste;
de Embalagem e de Rotulagem d) Limites de aceitação estabelecidos;
6.4.1. A especificação dos materiais de embalagem e) Identificação do analista e data de execução da análise;
primária e dos materiais impressos deve possuir uma f) Data e identificação do responsável pela revisão dos
descrição, incluindo: registros das análises.
a) Nome e/ou código de referência; 6.6.2. Os registros de fracionamento e controle da
b) Requisitos quantitativos e qualitativos com os Qualidade devem ser revisados. Qualquer desvio deve ser
respectivos limites de aceitação; documentado e investigado. A investigação e suas
c) Modelo do material impresso e conclusões devem ser documentadas, devendo ser
d) Condições de armazenamento. estendida a outros lotes do mesmo produto e outros
6.4.2. A especificação dos insumos farmacêuticos deve produtos que possam estar associados ao desvio, quando
possuir: necessário.
a) Nome do insumo farmacêutico de acordo com a DCB, 6.6.3. Deve ser feito um registro sobre o resultado da
DCI ou CAS (obrigatoriamente nesta ordem), quando investigação, sendo que o mesmo deve incluir as
aplicável e seu respectivo código de identificação; conclusões e as providências tomadas.
b) Referência das especificações e metodologias do 7. CONTROLE DE MATERIAIS
fabricante; 7.1. Controles Gerais
c) Requisitos quantitativos e qualitativos com os 7.1.1. Devem existir procedimentos escritos que
respectivos limites de aceitação; descrevam o recebimento, identificação, armazenamento,
d) Condições de armazenamento; quarentena, amostragem, testes, aprovação, reprovação,
liberação, descarte e o manuseio de materiais.
235
7.2. Qualificação de Fornecedores i) Quantidade e sua respectiva unidade de medida;
7.2.1. A empresa deve implantar um sistema de j) Condições de armazenamento;
qualificação de fornecedores que contemple critérios para k) Advertências de segurança, quando aplicável.
a avaliação de parâmetros de qualidade dos insumos 7.3.9. Após inspeção de recebimento, a empresa deve
farmacêuticos, materiais de embalagem e rotulagem. identificar os insumos farmacêuticos com as seguintes
7.2.2. O sistema de qualificação de fornecedores deve informações:
contemplar: a) Nome do Insumo Farmacêutico;
a) Toda a cadeia dos insumos farmacêuticos, desde a b) Número do lote atribuído pelo fabricante e quando
fabricação até a distribuição; houver também o número do lote do fornecedor;
b) Comprovação de regularidade de funcionamento c) Código de identificação interna da empresa, quando
perante o órgão sanitário competente; houver;
c) Comprovação do cumprimento das Boas Práticas pelo d) Data de fabricação e o prazo de validade;
órgão sanitário competente; e) Condições de armazenamento e advertência, quando
d) Critérios para qualificação, desqualificação, aplicável;
requalificação, definidos em procedimentos; f) Identificação do fabricante/origem;
e) Níveis de qualificação. g) Identificação do fornecedor/procedência;
7.2.3. Os insumos farmacêuticos somente devem ser h) Situação de cada lote (em quarentena, aprovado ou
adquiridos de fornecedores aprovados conforme sistema reprovado, devolvido, recolhido).
de qualificação da empresa. 7.3.10. Cada lote dos Insumos Farmacêuticos deve ser
7.2.4. A qualificação de fornecedores deve ser acompanhado do respectivo Certificado de Análise
documentada e registrada. emitido pelo fabricante e, quando houver, também o do
7.3. Recebimento e Quarentena fornecedor, e deve permanecer arquivado durante 1 (um)
7.3.1. Todos os materiais recebidos devem ser submetidos ano após o término do prazo de validade.
à inspeção de recebimento, para se verificar: 7.3.11. Os Certificados de Análise devem ter informações
a) A integridade física da embalagem; claras e conclusivas, com as respectivas especificações e
b) As informações de identificação; referências analíticas.
c) A correspondência entre o pedido e o documento de 7.3.12. Os Insumos Farmacêuticos, com desvios
entrada. detectados na inspeção de recebimento, devem ser
7.3.2. Todos os materiais devem ser mantidos em identificados e segregados enquanto aguardam as
quarentena, imediatamente após o recebimento, até que providências cabíveis, conforme procedimento aprovado.
sejam aprovados. 7.3.13. Para os Insumos farmacêuticos transportados em
7.3.3. As avarias nos recipientes ou quaisquer outros carros tanque, deve ser apresentado certificado de limpeza
problemas que ocorrerem que possam afetar a qualidade e/ou sanitização incluindo os testes de impurezas e
do material devem ser registrados e investigados. resíduos, emitido pela empresa fornecedora.
7.3.4. Se uma única remessa de um mesmo material 7.3.14. Grandes recipientes de armazenamento e local de
contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em descarga devem ser apropriadamente identificados.
consideração, separadamente, para inspeção de 7.4. Amostragem de Insumos Farmacêuticos, Materiais de
recebimento. Embalagem e de Rotulagem
7.3.5. O recebimento dos Insumos Farmacêuticos deve ser 7.4.1. As amostras devem ser representativas do lote do
realizado por profissional capacitado e de acordo com material.
procedimentos estabelecidos. 7.4.2. Para insumos farmacêuticos fracionados, a amostra
7.3.6. A inspeção de recebimento dos insumos deve ser representativa do lote de fracionamento.
farmacêuticos deve ser documentada. 7.4.3. O número dos recipientes amostrados e o tamanho
7.3.7. Os insumos farmacêuticos e materiais de de amostra devem ser baseados em um plano de
embalagem devem ser adquiridos de acordo com suas amostragem. Os planos de amostragem devem ser escritos
respectivas especificações. e referenciados em metodologias cientÍficas.
7.3.8. Os insumos farmacêuticos adquiridos do fabricante 7.4.4. A amostragem deve ser conduzida em locais
e/ou fornecedor devem conter as seguintes informações, definidos de forma a impedir a contaminação do material
preferencialmente no rótulo: amostrado e assegurar a integridade das amostras após a
a) Razão Social e C.N.P.J. (quando aplicável) do coleta.
fabricante; 7.4.5. A amostragem deve ser feita sob condições
b) Razão Social, C.N.P.J. (quando aplicável), endereço e ambientais adequadas e obedecendo a procedimentos
telefone do fornecedor; aprovados.
c) Nome do insumo farmacêutico; 7.4.6. Todos os equipamentos utilizados no processo de
d) Código DCB, DCI ou CAS (obrigatoriamente nesta amostragem e que entrarem em contato com os materiais
ordem), quando aplicável; devem estar limpos, e, se necessário, sanitizados,
e) Número do lote do fabricante; esterilizados e guardados em locais apropriados.
f) Número do lote do fornecedor, quando aplicável; 7.4.7. Cada recipiente contendo amostra deve ser
g) Data de fabricação; identificado e conter as seguintes informações:
h) Data de validade; a) Nome do material amostrado;
236
b) Número do lote do fabricante e/ou de recebimento 8.6. A ordem de fracionamento deve possuir registros que
c) Código de identificação do fracionamento, quando evidenciem o atendimento aos parâmetros estabelecidos
houver; nos procedimentos escritos.
d) Identificação da pessoa que coletou a amostra; 8.7. As operações de pesagem/medida, embalagem e
e) Data em que a amostra foi coletada; rotulagem devem ser realizadas seguindo um fluxo
f) Data de fabricação e validade. operacional contínuo para cada ordem de fracionamento.
7.5. Armazenamento 8.8. Devem ser monitoradas, registradas e controladas as
7.5.1. Todos os Insumos Farmacêuticos devem ser condições ambientais na área de fracionamento, em
armazenados sob condições apropriadas, de forma conformidade com as especificações do insumo
ordenada e preservando a identidade e integridade dos farmacêutico.
mesmos, de acordo com as condições estabelecidas pelo 8.9. Durante as atividades de fracionamento, todos os
fabricante ou compêndios oficiais. funcionários envolvidos devem utilizar EPI’s conforme
7.5.2. A identificação atribuída ao insumo no estabelecido nos procedimentos específicos.
recebimento, conforme item 7.3.9 deve ser mantida 8.10. As salas de fracionamento devem estar identificadas
durante o armazenamento. com o nome e número do lote do insumo em
7.5.3. Os Insumos Farmacêuticos devem ser estocados em fracionamento.
locais identificados, de modo a facilitar a sua localização. 8.11. Deve existir um registro de utilização da sala.
7.5.4. A rotatividade do estoque deve obedecer 8.12. As superfícies de trabalho, os equipamentos e os
preferencialmente à regra: primeiro que expira, primeiro utensílios da área de fracionamento devem ser limpos e,
que sai. quando aplicável, sanitizados antes e após cada
7.5.5. Para os Insumos Farmacêuticos que exigirem fracionamento. Estas atividades devem ser devidamente
condições especiais de armazenamento, devem existir registradas.
registros e controles que comprovem o atendimento a 8.13. O fracionamento de Insumos Farmacêuticos sólidos
estas exigências. deve ser realizado tomando as precauções de modo a
7.5.6. Os materiais de limpeza devem ser armazenados evitar sua dispersão no ambiente conforme procedimento.
em áreas ou locais diferentes daquelas reservadas aos 8.14. Após o fracionamento dos Insumos Farmacêuticos,
Insumos Farmacêuticos. as embalagens devem ser fechadas, de modo a manter os
7.5.7. Os materiais devem ser manuseados e armazenados parâmetros da qualidade dos Insumos Farmacêuticos.
de forma a prevenir a degradação e a contaminação. 8.15. As embalagens utilizadas para o acondicionamento
7.5.8. Os materiais devem ser armazenados afastados do dos Insumos Farmacêuticos fracionados, devem estar
piso e das paredes e com espaçamento apropriado para limpas e secas, devendo atender aos parâmetros
permitir a limpeza e inspeção. estabelecidos nos procedimentos escritos específicos.
7.5.9. Os materiais sujeitos a controle especial, os que 8.16. Não é permitida a reutilização de embalagens para
apresentam risco de incêndio ou explosão e outras acondicionamento dos Insumos Farmacêuticos
substâncias perigosas devem ser estocados em áreas fracionados.
seguras e protegidas, devidamente segregados e 8.17. As reconciliações de insumos farmacêuticos,
identificados, de acordo com legislação específica materiais de embalagem e rotulagem devem ser feitas e
vigente. registradas. Qualquer desvio deve ser investigado e
7.5.10. Os materiais reprovados devem ser identificados, registrado.
segregados e controlados de forma a impedir seu uso. 8.18. Os Insumos Farmacêuticos fracionados devem ser
8. FRACIONAMENTO E CONTROLES DE analisados após cada fracionamento, e só podem ser
OPERAÇÃO comercializados após a liberação pela Unidade da
8.1. As operações de fracionamento dos Insumos Qualidade.
Farmacêuticos devem ser executadas conforme 8.19. Após fracionamento os Insumos Farmacêuticos
procedimentos escritos e por pessoal qualificado e devem ser armazenados conforme requisitos específicos
treinado, a fim de assegurar as condições necessárias para deste Regulamento.
o correto fracionamento. 8.20. O acesso às salas de fracionamento deve ser restrito
8.2. As embalagens dos Insumos Farmacêuticos devem a pessoas autorizadas.
ser limpas antes de entrar na área de fracionamento. 8.21. Todo o desvio deve ser documentado e investigado.
8.3. Devem existir procedimentos escritos para a As ações corretivas devem ser implementadas e
prevenção de contaminação. registradas.
8.4. O fracionamento deve ser conduzido de acordo com 9. EMBALAGEM E ROTULAGEM
as Ordens de Fracionamento. 9.1. Os materiais de embalagem e rotulagem devem estar
8.5. As Ordens de Fracionamento devem possuir registros conforme as especificações estabelecidas.
das operações realizadas, dos controles efetuados, das 9.2. Deve haver registros para cada lote de material de
precauções adotadas e das ocorrências durante as embalagem e rotulagem contendo informações que
operações de fracionamento que possam afetar a comprovem recebimento, inspeção, análise e aprovação
qualidade dos insumos farmacêuticos. ou reprovação.
9.3. As embalagens primárias utilizadas para os Insumos
Farmacêuticos fracionados devem possuir mesma
237
especificação do material utilizado pelo fabricante ou do identificação do insumo e material de embalagem. Deve
material indicado pelo mesmo, de forma a manter as haver registros.
características físico-químicas e microbiológicas dos 9.16. Um rótulo utilizado para identificar o insumo
Insumos Farmacêuticos. fracionado deve ser anexado na Ordem de Fracionamento.
9.4. Os materiais de rotulagem e embalagem secundária 10. EXPEDIÇÃO
não devem interferir na qualidade do insumo 10.1. Os insumos farmacêuticos distribuídos não
farmacêutico fracionado e devem assegurar proteção fracionados devem ser expedidos com os rótulos e
adequada contra influências externas e eventuais embalagens originais.
contaminações. 10.1.1. Os insumos farmacêuticos expedidos devem
9.5. Deve existir um sistema de controle e conferência de possuir rótulo contendo as seguintes informações:
rótulos, para evitar mistura/troca. Quando este for a) Nome do insumo farmacêutico e DCB, DCI ou CAS,
realizado por meios eletrônicos, deve ser assegurado seu respectivamente nesta ordem, quando aplicável;
perfeito funcionamento. b) Prazo de validade e data de fabricação;
9.6. Todo Insumo Farmacêutico fracionado deve possuir c) Quantidade e sua respectiva unidade de medida;
rótulo contendo as seguintes informações: d) Condições de armazenamento;
a) Nome do insumo farmacêutico e) Advertências de segurança, quando aplicável;
b) Código DCB, DCI ou CAS, obrigatoriamente nesta f) Nome do fabricante e País de Origem;
ordem, quando aplicável; g) Procedência;
c) Prazo de validade e data de fabricação; h) Nome, C.N.P. J, endereço e telefone do distribuidor;
d) Data de fracionamento; i) Nome do responsável técnico e inscrição no conselho
e) Quantidade e sua respectiva unidade de medida; profissional;
f) Condições de armazenamento; j) Número do lote atribuído pelo fabricante e o número do
g) Advertências de segurança, quando aplicável; lote dado pela empresa." (NR) "12.3.3. (Redação dada
h) Nome do Fabricante e País de origem; pela RDC 32/10)
i) Procedência; 10.3. Nas áreas de expedição os materiais devem ser
j) Nome, C.N.P. J, endereço e telefone do distribuidor mantidos sob as mesmas condições de armazenagem
/fracionador; especificadas no rótulo.
k) Nome do responsável técnico e inscrição no conselho 10.4. Os insumos farmacêuticos devem ser expedidos
profissional; somente após liberação pela Unidade da Qualidade.
l) Número de ordem de fracionamento; 10.5. Deve haver um sistema de rastreabilidade
m) Número do lote atribuído pelo fabricante e número do implantado que permita a pronta identificação e
lote dado pela empresa." (NR) "10.1.1(Redação dada pela localização de cada lote do insumo farmacêutico
RDC 32/10) expedido, de forma a assegurar seu pronto recolhimento.
9.7. Em caso de utilização de embalagem secundária, 10.6. Deve haver procedimento para conferir os dados de
identificada de acordo com o item 9.6, a embalagem expedição com a identificação dos insumos farmacêuticos
primária deve ser identificada no mínimo com o nome do a serem expedidos.
insumo farmacêutico, data de validade, e número de lote. 11. TRANSPORTE DE INSUMOS
9.8. Material de embalagem primário ou secundário fora 11.1. Os insumos farmacêuticos devem ser transportados
de uso deve ser identificado, retirado do estoque e de acordo com a legislação específica em vigor.
registrado o seu destino. 11.2. Os Insumos Farmacêuticos devem ser transportados
9.9. Os materiais impressos devem ser armazenados em em condições adequadas que garantam a manutenção das
condições seguras com acesso restrito. suas especificações e integridade.
9.10. Os rótulos obsoletos devem ser destruídos e esse 11.3. As empresas que realizam transporte de insumos
procedimento deverá ser registrado. farmacêuticos devem possuir autorização de
9.11. Devem existir procedimentos para assegurar que funcionamento e especial, quando for o caso, e licença
toda impressão esteja em conformidade com as sanitária para esta atividade.
especificações. 11.4. No caso de transporte realizado por terceiros deve
9.12. Os rótulos emitidos para um lote devem ser ser firmado contrato estabelecendo as condições de
conferidos quanto à identidade e a conformidade. A transporte dos insumos farmacêuticos.
conferência deve ser registrada. 11.5. Deve haver programa de qualificação de
9.13. Deve haver procedimentos escritos para promover o transportadores.
uso correto de materiais de embalagem e rotulagem. 11.6. A empresa distribuidora/fracionadora deve fornecer
9.14. Devem existir procedimentos de reconciliação entre à transportadora informação sobre as condições de
as quantidades dos rótulos emitidos, usados e inutilizados. transporte dos insumos farmacêuticos.
Os desvios devem ser registrados, investigados e, quando 11.7. Deve haver procedimento para conferir e avaliar se
necessário, as ações corretivas e preventivas as condições do veículo atendem às especificações
implementadas. estabelecidas para o transporte dos insumos
9.15. As embalagens dos insumos farmacêuticos farmacêuticos, mantendo-se registros.
fracionados devem ser inspecionadas quanto à 12. LABORATÓRIO DE CONTROLE DA
QUALIDADE
238
12.1. Generalidades 12.1.9. Os reagentes e as soluções padrão devem ser
12.1.1. Os procedimentos dos ensaios devem ser preparados e identificados de acordo com procedimentos
aprovados pela Unidade da Qualidade e estar disponíveis escritos e a validade de uso determinada.
nos laboratórios responsáveis pela execução dos ensaios. 12.1.10. Os padrões primários de referência devem ter sua
12.1.2. As especificações, metodologias de análise, origem documentada e serem mantidos nas condições de
farmacopéias, literaturas, manuais dos equipamentos, armazenamento recomendadas pelo fabricante.
padrões de referência e outros materiais necessários 12.1.11. Os padrões secundários de referência devem ser
devem estar à disposição no laboratório de Controle da corretamente preparados, identificados, analisados,
Qualidade. aprovados e armazenados.
12.1.3. A empresa fracionadora deve possuir laboratório 12.1.12. Deve haver água apropriada para as análises
de Controle da Qualidade próprio e capacitado para a realizadas no laboratório de controle da qualidade.
realização das análises físico-químicas e microbiológicas. 12.2. Análises dos Insumos farmacêuticos
12.1.4. A empresa distribuidora, que possuir laboratório 12.2.1. Devem ser realizadas as análises previstas na
de controle da qualidade, deve atender às exigências de farmacopéia para verificar a especificação e a qualidade
instalações, equipamentos, procedimentos e pessoal do insumo farmacêutico.
adequados às análises que realizar. 12.2.1.1. A empresa deverá realizar as análises no insumo
12.1.5. As instalações do Laboratório de Controle da farmacêutico destinado ao fracionamento, no
Qualidade físico-químico e do microbiológico devem ser recebimento.
em salas separadas. 12.2.1.2. Após cada fracionamento, a empresa deverá
12.1.6. Os requisitos mínimos para o Controle da realizar as análises estabelecidas pela Unidade da
Qualidade são os seguintes: Qualidade para verificar que a especificação do insumo
a) Os testes devem ser executados de acordo com farmacêutico não foi alterada durante o fracionamento.
procedimentos escritos, seguindo especificações e 12.2.2. As análises devem ser realizadas conforme
metodologias adotadas como referência; especificação do fabricante do insumo farmacêutico,
b) As metodologias devem ser validadas; devendo ser utilizada como referência, preferencialmente,
c) Os instrumentos devem ser calibrados em intervalos a Farmacopéia Brasileira sendo aceitos compêndios
definidos; internacionais reconhecidos pela autoridade sanitária,
d) Possuir equipamentos e instalações adequadas para a conforme legislação vigente.
realização dos ensaios; 12.2.2.1. Na ausência de monografia oficial e métodos
e) Pessoal qualificado e treinado; gerais inscritos nos compêndios reconhecidos pela
f) Procedimentos disponíveis na área para execução das autoridade sanitária, conforme legislação vigente, as
atividades desenvolvidas; análises devem ser executadas segundo especificações e
g) Devem existir registros de modo a demonstrar que metodologias fornecidas pelo fabricante, desde que
todos os procedimentos tenham sido realmente devidamente validadas.
executados e que quaisquer desvios tenham sido 12.2.3. É permitida a terceirização do controle da
totalmente investigados e documentados. qualidade apenas nas situações previstas pela legislação
12.1.7. As amostras de retenção devem: vigente.
a) Possuir rótulo contendo identificação do insumo de 12.3. Certificado de Análise
forma a garantir a rastreabilidade; 12.3.1. A empresa deve obrigatoriamente fornecer o
b) Serem armazenadas de acordo com as especificações certificado de análise emitido pelo laboratório de controle
do insumo farmacêutico. da qualidade, quando aplicável, e quando solicitado cópia
12.1.7.1. Amostra de retenção de Insumo Farmacêutico do certificado de análise da empresa fabricante do insumo
deve ser conservada pelo por no mínimo 12 (doze) meses farmacêutico.
após a data de vencimento do seu prazo de validade. 12.3.1.1. A empresa distribuidora sem fracionamento que
12.1.7.2. A quantidade de amostra deve ter pelo menos o não realiza análise deverá fornecer certificado de análise
dobro da requerida para efetuar todas as análises previstas do fabricante.
em códigos oficiais. 12.3.2. A empresa fracionadora de insumos deve
12.1.8. O Controle da Qualidade deve ter disponível no especificar claramente em seu certificado de análise os
setor, no mínimo: testes que foram efetivamente feitos pela empresa
a) Especificações; fracionadora e os testes que foram transcritos do
b) Procedimentos de amostragem; certificado de análise terceirizado.
c) Métodos de análise e registros (incluindo folhas 12.3.3. No certificado de análise do insumo farmacêutico
analíticas e/ou caderno de anotações); a ser comercializado devem constar de forma clara e
d) Boletins e/ou certificados analíticos; conclusiva:
e) Registros de monitoramento ambiental, onde a) Nome do insumo farmacêutico e DCB, DCI ou CAS,
especificado; obrigatoriamente nesta ordem, quando aplicável;
f) Registros de validação de métodos; b) Nome do fabricante, quando solicitado pelo cliente;
g) Procedimentos e registros de calibração de c) Número do lote atribuído pelo fabricante e número do
instrumentos e manutenção de equipamentos. lote dado pela empresa; (Redação dada pela RDC 32/10)

239
d) Número da ordem de fracionamento, quando especiais, por exemplo, quando os requisitos de validação
fracionado; são estabelecidos pela primeira vez dentro da empresa.
e) Data de fabricação; Neste caso a validação retrospectiva pode ser útil para
f) Data de validade; estabelecer as prioridades do programa de validação. Caso
g) Cada teste executado, com os limites de aceitação e os os resultados da validação retrospectiva sejam positivos,
resultados obtidos, e referências da metodologia analítica isto indica que o processo não tem necessidade de atenção
utilizada; imediata e pode ser validado de acordo com a
h) Data da emissão do certificado; programação normal.
i) Identificação e assinatura por pessoa autorizada da As empresas fracionadoras deverão efetuar:
Unidade da Qualidade. a) Validação do processo de fracionamento dos insumos
13. VALIDAÇÃO farmacêuticos críticos (por exemplo: higroscópicos,
13.1. Generalidades termolábeis, fotossensíveis) em função do tempo de
Validação é uma evidência documentada de que o exposição ao ambiente;
processo, operado através de parâmetros estabelecidos, b) Validação do processo de limpeza;
pode efetivamente e reprodutivelmente fracionar um c) Qualificação de sistemas de ar;
insumo farmacêutico reunindo especificações d) Qualificação de equipamentos;
predeterminadas e atribuições de qualidade. e) Qualificação de áreas de fracionamento.
Existem três tipos de validação: validações concorrentes 13.2. Política de Validação
ou simultâneas, prospectivas e retrospectivas. A política de validação deve definir as operações que são
13.1.1. Validação concorrente ou simultânea críticas para assegurar a qualidade do insumo
A validação concorrente é realizada durante as operações farmacêutico.
de rotina. Todos os processos devem ser monitorados de 13.3. Documentação
forma mais abrangente possível. A natureza e as 13.3.1. Plano Mestre de Validação
especificações dos testes subseqüentes às operações estão 13.3.1.1. Deve existir um plano mestre de validação que
baseadas na avaliação dos resultados do referido contenha os seguintes tópicos:
monitoramento. a) Objetivo (e os requisitos prévios);
13.1.2. Validação prospectiva b) Apresentação da totalidade das operações, diagrama de
A validação prospectiva é um ato documentado, baseado blocos ou descritivo destacando operações críticas;
na execução do protocolo de validação previamente c) Estrutura organizacional das atividades de validação,
definido, que demonstre que um novo sistema, operação, evidenciando as responsabilidades;
equipamento ou instrumento, ainda não operacionalizado, d) Motivo para inclusão ou exclusão de determinada
satisfaz as especificações funcionais e expectativas de validação;
desempenho. e) Sistema de rastreabilidade para referências e revisões;
13.1.2.1. Se ao final do processo de validação os f) Indicação de treinamentos necessários para o programa
resultados forem aceitáveis, o processo é satisfatório. Se de validação;
os resultados forem insatisfatórios deve-se buscar g) Planejamento e cronograma das atividades a serem
modificação no processo até que o mesmo apresente realizadas;
resultados aceitáveis. Esta forma de validação é essencial h) Referência cruzada a outros documentos;
para limitar o risco de erros. i) Periodicidade e critérios para Revalidação;
13.1.3. Validação retrospectiva j) Relação de equipamentos e instalações que devem ser
A validação retrospectiva é um ato documentado, baseado qualificados;
na revisão e análise de registros históricos, atestando que k) Previsão de elaboração de relatórios de validação.
um sistema, operação, equipamento ou instrumento, já em
uso, satisfaz as especificações funcionais e expectativas 13.3.2. Protocolo de Validação
de desempenho. 13.3.2.1. Deve ser estabelecido um protocolo de validação
13.1.3.1. A validação retrospectiva envolve a verificação que especifique como o processo de validação será
da experiência passada da operação, assumindo-se que a conduzido. O protocolo deve ser aprovado pela Unidade
característica, procedimentos e equipamentos da Qualidade.
permanecem inalterados; a referida experiência e os 13.3.2.2. O protocolo de validação deve especificar:
resultados dos testes de controle das operações são a) Descrição da operação;
avaliados. As dificuldades e os defeitos registrados na b) Descrição dos equipamentos e instalações;
operação são analisados para determinar os limites dos c) Variáveis a serem monitoradas;
parâmetros da mesma. Pode ser realizada uma análise de d) Amostras a serem coletadas (local, freqüência,
tendência para determinar a extensão na quais os quantidade e procedimento de amostragem);
parâmetros da operação se encontram dentro da faixa e) Características/atributos e desempenho a serem
permissível. monitorados, especificando os métodos analíticos;
13.1.3.2. A qualificação retrospectiva não é uma medição f) Limites aceitáveis;
da Garantia da Qualidade em si própria, e nunca deve ser g) Definição de responsabilidades;
aplicada a novas operações ou insumos farmacêuticos. h) Descrição dos métodos utilizados para registro e
Somente pode ser considerada em circunstâncias avaliação dos resultados, incluindo análise estatística;
240
i) Pontos críticos da operação; 13.6.3. O protocolo de validação da limpeza deve
j) Critérios de aceitação; contemplar:
k) Tipo de validação a ser conduzida; a) Os equipamentos e utensílios a serem limpos;
l) Treinamentos necessários para o programa de b) Procedimentos, materiais e agentes utilizados para
validação. limpeza;
13.3.3. Relatório de Validação c) Critérios de escolha e limite residual aceitável dos
13.3.3.1. O relatório de validação deve fazer referência ao agentes de limpeza, quando aplicável;
protocolo e ser elaborado contemplando resultados d) Critérios de aceitação;
obtidos (incluindo a comparação com os critérios de e) Parâmetros monitorados e controlados;
aceitação), desvios, conclusões, mudanças e f) Validação de métodos analíticos, incluindo os limites
recomendações. de detecção e quantificação;
13.3.3.2. Qualquer desvio do protocolo de validação deve g) Procedimentos de amostragem, incluindo os tipos de
ser documentado, investigado e justificado. amostras a serem obtidas e como devem ser coletadas e
13.3.3.3. O processo de validação é satisfatório quando os identificadas;
resultados são aceitáveis. Caso contrário deve-se analisar h) Dados de estudos de recuperação, quando aplicável;
a origem dos desvios encontrados e determinar as I) Número mínimo de três ciclos de limpeza a serem
alterações necessárias, até que o mesmo apresente realizadas consecutivamente;
resultados aceitáveis. j) Critérios microbiológicos quando aplicável.
13.4. Qualificação 13.6.4. Deve ser definido o método de amostragem para
13.4.1. A qualificação deve ser realizada conduzindo as detectar resíduos insolúveis e solúveis. O método de
atividades de: amostragem deve ser adequado para a obtenção de
a) Qualificação de Projeto (QP): avaliação da proposta do amostra representativa de resíduos encontrados nas
projeto de instalações, equipamentos ou sistemas de superfícies dos equipamentos e utensílios, que entrem em
acordo com a finalidade pretendida. contato com o insumo farmacêutico, após a limpeza.
b) Qualificação de Instalação (QI): avaliação da 13.6.5. Os processos de limpeza devem ser monitorados
conformidade dos equipamentos, sistemas e utilidades, em intervalos apropriados depois da validação para
instalada ou modificada, com o projeto aprovado, com as assegurar sua efetividade.
recomendações e/ou com os requerimentos do fabricante 13.6.6. A limpeza dos equipamentos e utensílios deve ser
do equipamento. monitorada por testes analíticos.
c) Qualificação de Operação (QO): conjunto de operações 13.6.7. Deve haver procedimentos para determinação do
que estabelece que equipamentos, sistemas e utilidades tempo máximo da operação contínua de fracionamento,
apresentam desempenho conforme previsto em todas as intervalo entre o final de uma operação de fracionamento
faixas operacionais consideradas. Todos os equipamentos e o início do procedimento de limpeza e determinação da
utilizados na execução dos testes devem ser identificados validade da limpeza.
e calibrados. 13.7. Validação das operações do fracionamento
d) Qualificação de Performance/Desempenho (QD): 13.7.1. Para a validação prospectiva e
verificar que os equipamentos, sistemas e utilidades, concorrente/simultânea, três lotes consecutivos do
quando operando em conjunto são capazes de executar fracionamento devem ser utilizados como referência, mas
com eficácia a reprodutibilidade, os métodos e as pode haver situações onde lotes adicionais são requeridos
especificações definidas no protocolo. para provar a consistência do fracionamento, dependendo
13.5. Validação de Métodos Analíticos da característica do insumo.
13.5.1. A validação de métodos analíticos deve seguir as 13.7.2. Os parâmetros críticos do fracionamento devem
diretrizes da legislação vigente. ser controlados e monitorados durante os estudos do
13.5.2. A validação de métodos analíticos deve ser processo de validação.
realizada com equipamentos qualificados e instrumentos 13.7.3. A validação do fracionamento deve confirmar que
calibrados. as características do insumo farmacêutico não se
13.5.3. Métodos analíticos diferentes daqueles existentes alteraram.
nos compêndios oficiais reconhecidos pela autoridade 13.8. Revalidação
sanitária competente só poderão ser utilizados se Repetição do processo de validação, periódica ou que
estiverem devidamente validados. contemple mudanças aprovadas, de modo a garantir que
13.5.4. No caso de transferência de metodologias do estas não afetem adversamente as características das
fabricante para empresas distribuidoras/fracionadoras a operações nem a qualidade do insumo farmacêutico.
metodologia será considerada validada desde que sejam 13.8.1. Revalidação por mudança
avaliados os parâmetros previstos em legislação vigente. 13.8.1.1. A revalidação deve ser realizada por ocasião da
13.6. Validação de Limpeza introdução de quaisquer mudanças, intencionais ou não,
13.6.1. Os processos de limpeza devem ser validados. que afetem a qualidade do insumo farmacêutico.
13.6.2. A validação de limpeza deve ser direcionada para 13.8.1.2. A revalidação após as mudanças deve ser
situações ou operações do fracionamento onde a realizada de acordo com o controle de mudanças.
contaminação ou a exposição de materiais coloca em risco 13.8.2. Revalidação Periódica
a qualidade do insumo farmacêutico.
241
13.8.2.1. A revalidação periódica deve ser baseada na 16.5. Deve haver um procedimento escrito que defina as
revisão dos dados históricos gerados durante as operações situações em que o insumo farmacêutico deva ser
previstas neste regulamento, tendo por objetivo verificar recolhido.
se o processo se encontra consistente com a última 16.6. Deve ser designada uma pessoa responsável pelas
validação. medidas a serem adotadas e pela coordenação do
13.8.2.2. O intervalo da revalidação periódica deve ser recolhimento no mercado.
definido e documentado. 16.7. A empresa deve dispor de um sistema capaz de
14. CONTROLE DE MUDANÇA recolher, pronta e eficientemente, do mercado insumos
14.1. Um sistema de controle de mudanças deve ser farmacêuticos com desvios da qualidade comprovados.
estabelecido para avaliar todas as mudanças que poderiam 16.8. Os insumos farmacêuticos recolhidos devem ser
afetar o fracionamento e o controle dos insumos identificados e segregados de forma segura, enquanto
farmacêuticos. aguardam decisão sobre seu destino.
14.1.1. Qualquer proposta de mudança deve ser aprovada 16.9. A autoridade sanitária competente deve ser
pela unidade da qualidade. imediatamente informada do desvio da qualidade
14.1.2. O sistema de controle de mudanças deve assegurar comprovado dos insumos farmacêuticos, do mapa de
que todas as mudanças sejam formalmente propostas e distribuição do insumo e planos de recolhimento dos
avaliadas quanto ao impacto sobre a qualidade do mesmos.
produto, justificadas, documentadas e 16.10. Qualquer desvio da qualidade comprovado deve
aprovadas/autorizadas. ser comunicado ao fornecedor do insumo farmacêutico.
14.2. O Controle de Mudança deve contemplar as ações a 16.11. Deve haver procedimentos escritos para o
serem adotadas caso seja proposta uma mudança de recebimento, armazenamento e investigação das causas de
métodos analíticos, utilidades, equipamentos do devolução dos insumos farmacêuticos.
fracionamento ou ainda de qualquer outra mudança que 16.12. Os insumos farmacêuticos devolvidos devem ser
possa afetar a qualidade do insumo farmacêutico. identificados e segregados de forma segura, enquanto
15. REPROVAÇÃO aguardam decisão sobre seu destino.
15.1. Insumos farmacêuticos, materiais de embalagem e 16.13. Os insumos farmacêuticos devolvidos somente
rotulagem, que não se encontram em conformidade com podem ser disponibilizados para venda, após terem sido
as especificações, devem ser identificados como tal e analisados e liberados pela Unidade da Qualidade, de
armazenados de forma a evitar a sua utilização enquanto acordo com procedimentos escritos.
aguardam destruição ou devolução aos fornecedores, 16.14. Os registros dos insumos farmacêuticos devolvidos
conforme procedimentos escritos. devem ser mantidos.
15.2. No caso de lotes de insumos farmacêuticos com 16.15. Todas as decisões e medidas tomadas, resultantes
desvio de qualidade comprovado, baseado em resultados de um de desvio de qualidade originado de uma
de ensaios realizados pela própria devolução, devem ser registradas, assinadas e datadas.
empresa/estabelecimento ou terceiro contratado, com a 16.16. Os registros da devolução devem incluir:
observância dos compêndios oficiais e da legislação a) Nome do cliente;
vigente, a empresa deve comunicar às autoridades b) Nome do insumo, número do lote;
sanitárias competentes, conforme a legislação vigente. c) Quantidade devolvida;
16. RECLAMAÇÃO, RECOLHIMENTO E d) Motivo da devolução;
DEVOLUÇÃO e) Data do recebimento da devolução;
16.1. Todas as reclamações relacionadas ao sistema da f) Destino do insumo devolvido.
qualidade, recebidas verbalmente ou escritas referentes a
insumos farmacêuticos, devem ser registradas. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
16.2. As causas dos possíveis desvios da qualidade devem 16.11.2006
ser registradas, investigadas e avaliadas de acordo com
procedimentos escritos.
16.3. Os registros da reclamação devem incluir:
a) Nome do reclamante;
b) Nome do insumo e número do lote;
c) Descrição da reclamação;
d) Data do recebimento da reclamação;
e) Relato das ações tomadas, assinadas e datadas;
f) Conclusão com ações corretivas tomadas, se necessário;
g) Resposta ao reclamante.
16.4. Os registros das reclamações devem ser mantidos e
periodicamente analisados criticamente para avaliar
tendências e freqüências, a fim de que sejam realizadas as
ações corretivas cabíveis.

242
RDC nº 16, de 02/03/2007 respectiva Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na
(D.O.U de 05.03.2007) sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI),
podendo ser intercambiável com o medicamento genérico
Regulamento técnico para medicamento genérico correspondente. (Redação dada pela RDC 51/07)
2.4. É dever do profissional farmacêutico explicar,
Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 de outubro detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou
de 2014, com exceção dos itens 1 e 2, VI, do Anexo I usuário bem como fornecer toda a orientação necessária
ao consumo racional do medicamento genérico;
ANEXO I 2.5. A substituição do genérico deverá pautar-se na
REGULAMENTO TÉCNICO PARA relação de medicamentos genéricos registrados pela
MEDICAMENTOS GENÉRICOS ANVISA;
2.6. A relação de medicamentos genéricos deverá ser
Este Regulamento tem a finalidade de estabelecer divulgada pela ANVISA por intermédio dos meios de
preceitos e procedimentos técnicos para comunicação.
registro de medicamento genérico no Brasil, descritos nos
itens seguintes. ANEXO II *REVOGADO pela RDC 60/14,
I. Definições utilizadas para registro de medicamentos
genéricos. Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
II. Medidas antecedentes ao registro. 05.03.2007
III. Documentação para registro. IV. Medicamentos que
não serão aceitos como genéricos.
V. Medidas pós-registro.

VI. Critérios para prescrição e dispensação de


medicamentos genéricos.

1. Prescrição
1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável adotarão,
obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira
(DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI);
1.2. Nos serviços privados de saúde, a prescrição ficará a
critério do profissional responsável, podendo ser realizada
sob a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua
falta, sob a Denominação Comum Internacional (DCI) ou
sob o nome comercial;
1.3. No caso de o profissional prescritor decidir pela não-
intercambialidade de sua prescrição, a manifestação
deverá ser efetuada por item prescrito, de forma clara,
legível e inequívoca, devendo ser feita de próprio punho,
não sendo permitidas outras formas de impressão.

2. Dispensação
2.1. Será permitida ao profissional farmacêutico a
substituição do medicamento prescrito pelo medicamento
genérico correspondente, salvo restrições expressas pelo
profissional prescritor;
2.2. Nesses casos, o profissional farmacêutico deverá
indicar a substituição realizada na prescrição, apor seu
carimbo a seu nome e número de inscrição do Conselho
Regional de Farmácia, datar e assinar;
2.3 O medicamento genérico somente será dispensado se
prescrito pela Denominação Comum Brasileira (DCB) ou,
na sua falta, pela Denominação Comum Internacional
(DCI), podendo ser intercambiável com o respectivo
medicamento referência; (Redação dada pela RDC 51/07)
2.3.1 O medicamento de referência poderá ser dispensado
quando prescrito pelo seu nome de marca ou pela

243
RDC nº. 17, de 02/03/2007. ao consumo racional do medicamento similar. (Item e
(D.O.U de 05.03.2007) Redação incluída pela RDC 51/07)

Dispõe sobre o registro de medicamento similar e dá Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
outras providências. 05.03.2007

(Revogada pela Resolução – RDC nº 60, de 10 de outubro


de 2014, com exceção dos itens 1 e 2, VI, do Anexo)

ANEXO
REGULAMENTO TÉCNICO PARA MEDICAMENTO
SIMILAR

ABRANGÊNCIA
Este Regulamento estabelece os critérios para o registro
de Medicamento Similar.
COMPOSIÇÃO
Este Regulamento é composto por cinco partes:
I - Das Medidas Antecedentes ao Registro de
Medicamento Similar - REVOGADO pela RDC 60/14
II - Do Registro REVOGADO pela RDC 60/14
III - Das Medidas do Pós-Registro REVOGADO pela
RDC 60/14
IV - Da Renovação de Registro de Medicamento
Similar REVOGADO pela RDC 60/14
V - Medicamentos que não serão aceitos como
similares REVOGADO pela RDC 60/14

VI. - CRITÉRIOS PARA PRESCRIÇÃO E


DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
SIMILARES.

1. Prescrição
1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as
prescrições pelo profissional responsável adotarão,
obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira
(DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI); (Item e Redação incluída pela RDC
51/07)
1.2. As aquisições de medicamentos, sob qualquer
modalidade de compra, assim como as prescrições
médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS, adotarão
obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira
(DCB) ou, na sua falta, a Denominação Comum
Internacional (DCI). (Redação dada pela RDC 53/07)

2. Dispensação
2.1. A dispensação de medicamentos no âmbito do SUS
será feita mediante a apresentação de receituário emitido
em conformidade com o disposto na Lei n.º 9.787, de
1999, e observará a disponibilidade de produtos no
serviço farmacêutico das unidades de saúde. (Redação
dada pela RDC 53/07)
2.2. É dever do profissional farmacêutico explicar,
detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou
usuário bem como fornecer toda a orientação necessária

244
Armazenamento: Guarda, manuseio e conservação segura
RDC nº. 25, de 29/03/2007 de produtos farmacêuticos.
(D.O.U de 30.03.2007) Fabricante: Detentor da Autorização de Funcionamento
de Empresa (AFE) para fabricação de medicamentos
Dispõe sobre a Terceirização de etapas de produção, de expedida pelo órgão competente do Ministério da Saúde,
análise de controle de qualidade e de armazenamento de conforme previsto na legislação sanitária vigente.
medicamentos. Produção: Todas as operações envolvidas no preparo de
determinado produto farmacêutico, desde o recebimento
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância dos materiais do almoxarifado, passando pelo
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV processamento e embalagem, até a obtenção do produto
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. terminado;
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto Produto Semi-elaborado: substância ou mistura de
no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento substâncias que requeira posteriores processos de
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº. produção, a fim de converter-se em produto a granel.
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no Produto a granel: Material processado que se encontra em
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em sua forma definitiva, e que só requeira ser acondicionado
28 de março 2007, e ou embalado antes de converte-se em produto terminado.
considerando a necessidade de fixar normas relativas à Os injetáveis na sua embalagem primária são
terceirização de processos industriais, controle de considerados produto a granel.
qualidade e de armazenamento de medicamentos; Produto Acabado: Produto que tenha passado por todas as
considerando a MERCOSUL/GMC/Res. nº. 61/00, fases de produção e acondicionamento, pronto para
internalizada pela Resolução -RDC/ANVISA nº. 210, de venda.
4 de agosto de 2003, Terceirização: é a prestação de serviços de terceiros para
considerando o disposto na MERCOSUL/GMC/Res nº. a execução de etapas de produção, análises de controle de
50/02; qualidade ou armazenamento de produtos farmacêuticos.
considerando o disposto no Decreto nº. 3961, de 10 de Titular de Registro: Pessoa jurídica que possui registro de
outubro de 2001; um produto, detentora de direitos sobre ele, responsável
considerando o disposto na Lei 8078, de 11 de setembro pelo produto até o consumidor final.
de 1190; Disposições Gerais
considerando o constante no inciso VI do Art. 16 e arts. Art. 3º Todos os estabelecimentos fabricantes,
75 a 78, especialmente seu parágrafo único, da Lei 6.360, importadores, armazenadores e laboratórios de controle
de 23 de setembro de 1976; e de qualidade de medicamentos, devem cumprir com as
considerando o constante no inciso VI do Art. 18, §3º do diretrizes e exigências sanitárias para a realização de
art. 75 e dos §§ 2º e 3º do artigo 138 do Decreto nº. Terceirização de Etapas de Produção, Análises de
79.094 de 5 de janeiro de 1977, Controle de Qualidade ou Armazenamento de
adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Medicamentos contidos nesta Resolução.
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: Parágrafo único. Em se tratando de empresas do mesmo
Art. 1º Instituir novas regras para a Terceirização de grupo econômico (tidas como coligadas) dentro do
Etapas de Produção, de Análises de Controle de território nacional, que possuam o mesmo sistema de
Qualidade e de Armazenamento de Medicamentos. qualidade, não se caracterizam terceirização as atividades
Das Definições realizadas entre si.
Art. 2º Para efeito desta resolução adotam-se as seguintes Art. 4º A contratada deve possuir instalações,
definições: equipamentos, conhecimento adequado, além de
Empresa contratante: empresa que contrata serviços de experiência e pessoal competente para desempenhar
terceiros, responsável por todos os aspectos legais e satisfatoriamente o serviço solicitado pelo contratante,
técnicos vinculados com o produto ou processo objeto da atendendo os requisitos estabelecidos nos Regulamentos
terceirização. Técnicos correspondentes.
Empresa contratada: empresa que realiza o serviço de Art. 5º A contratante só poderá requerer da contratada a
terceirização, co-responsável pelos aspectos técnicos e terceirização de etapas de produção, controle de qualidade
legais, inerentes à atividade objeto da terceirização. ou armazenamento de produtos farmacêuticos com
Contrato de Terceirização: Documento cujo conteúdo é registro vigente junto à autoridade sanitária no Brasil.
mutuamente acordado e controlado entre as partes Parágrafo único. O registro previsto no caput deste artigo
estabelecendo claramente as atribuições e não se aplica no caso de produção de lotes piloto,
responsabilidades de contratante e contratado. produtos utilizados em pesquisa clínica e placebos,
Controle de Qualidade: Conjunto de medidas destinadas a devidamente documentados de acordo com a legislação
verificar a qualidade de cada lote de medicamentos, específica vigente.
objetivando verificar se satisfazem as normas de Art. 6º Os estabelecimentos das empresas
atividade, pureza, eficácia e segurança. CONTRATANTE e CONTRATADA, devem cumprir
com os regulamentos vigentes nos Estados Partes do
Mercosul, bem como dispor da seguinte documentação:
245
a) Contrato entre a Empresa Titular de Registro de Art.19 A CONTRATANTE e a CONTRATADA devem
produtos farmacêuticos no Estado Parte Produtor e a assegurar que todos os materiais e produtos processados
Empresa Representante no Estado Parte Receptor. cumpram com suas especificações.
b) Contar com os respectivos certificados de Boas Art. 20 É vedada a terceirização de todas as etapas de
Práticas de Fabricação. produção de um mesmo medicamento, salvo nos casos em
Art. 7º Cada contrato de terceirização, deve definir com que a produção de formas farmacêuticas específicas
clareza as etapas de produção, as análises de controle de necessite de tecnologias especiais na linha de produção,
qualidade ou o armazenamento de medicamentos, assim será permitida a terceirização de todas as etapas de
como, qualquer aspecto técnico e operacional acordado a produção, respeitando a proibição de terceirização de
respeito do objeto do contrato. etapas da produção de todos os medicamento registrados
Art. 8º As partes devem garantir o cumprimento das Boas da CONTRATANTE.
Práticas de Fabricação, (Produção, Controle de Qualidade §1º. Nos casos de terceirização de todas as etapas de
ou Armazenamento, conforme o caso) na execução do produção e controle de qualidade de um mesmo
contrato. medicamento, a empresa contratante deve apresentar à
Art. 9º A CONTRATADA não poderá sub-contratar, em área competente pelo registro de medicamentos na
todo ou em parte, o objeto do contrato. Autoridade Sanitária, a documentação prevista na
Art. 10 A CONTRATANTE deve fornecer à legislação vigente.
CONTRATADA todas as informações necessárias para §2º. A ANVISA disponibilizará quais são as formas
que a mesma realize as operações contratadas de acordo farmacêuticas que serão consideradas específicas para a
com o registro junto a autoridade sanitária competente, aplicação do caput deste artigo.
bem como qualquer outra exigência legal. §3º. A empresa CONTRATANTE não será eximida da
Art. 11 Os contratos firmados entre as partes deverão responsabilidade pelo Controle de Qualidade do produto,
estar disponíveis a qualquer momento para apresentação excetuando-se aquele inerente ao processo de produção.
às autoridades sanitárias. Art. 21 A empresa CONTRATADA deve contar com
Art. 12 Todas as alterações PÓS-REGISTRO laboratório de controle de qualidade próprio, devidamente
DECORRENTES DE TERCEIRIZAÇÃO previstas na equipado para realizar todos os controles necessários ao
legislação em vigor deverão ser peticionadas à área de processo de produção.
registro competente da ANVISA. Art. 22 É vedado à empresa Contratante terceirizar etapas
Das Responsabilidades de produção de todos os seus produtos registrados, bem
Art. 13 O contrato deve definir as responsabilidades e como, terceirizar as etapas de produção de um mesmo
atribuições específicas do contratante e do contratado e produto com mais de uma CONTRATADA.
deve ser assinado pelos respectivos representantes legais e Parágrafo único. As etapas mencionadas no caput deste
responsáveis técnicos. artigo não compreendem as etapas de embalagem.
Art. 14 No contrato de terceirização de etapas da Art. 23 Não será permitido terceirizar etapas da Produção
produção ou de controle de qualidade deve constar a ou parte do Controle de Qualidade concomitantemente do
forma pela qual a CONTRATANTE vai exercer sua mesmo produto.
responsabilidade quanto a aprovação de cada lote de Art. 24 A terceirização de etapas de produção de produtos
produto para a venda ou quanto à emissão de certificado farmacêuticos implica na realização, pela contratada, dos
de análise de qualidade. controles em processo e da validação (validação de
Art. 15 Em todos os casos a empresa CONTRATADA, é processo produtivo; validação de limpeza; validação de
solidariamente responsável perante as autoridades metodologia analítica) inerentes a cada atividade os quais
sanitárias, juntamente com a contratante, pelos aspectos devem estar devidamente registrados e documentados.
técnicos, operacionais e legais inerentes à atividade objeto Parágrafo único. nos casos das validações mencionadas
da terceirização. no caput deste artigo, a empresa CONTRATADA deve
Art. 16 A CONTRATANTE deve assegurar que a contar com o suporte técnico e/ou operacional da empresa
CONTRATADA seja informada de qualquer problema CONTRATANTE ou de empresa especializada nessa
associado ao produto, serviços ou ensaios, que possam atividade.
pôr em risco a qualidade do produto, bem como as Art. 25 A contratada deve informar à CONTRATANTE
instalações da contratada, seus equipamentos, seu pessoal, sempre que houver produtos rejeitados (matérias primas,
demais materiais, ou outros produtos. produtos intermediários, a granel e/ou produtos
Art. 17 A responsabilidade do produto a ser liberado para terminados).
consumo é do detentor do registro independente de Parágrafo único. A estocagem e o descarte dos produtos
alguma etapa da sua produção, controle de qualidade ou rejeitados mencionados no caput deste artigo são de
armazenamento ter sido efetuada em terceiros, porém a responsabilidade da empresa contratante e devem
contratada é co-responsável no que lhe compete o objeto observar os procedimentos por ela estabelecidos e
do contrato. documentados.
Da terceirização de etapas de produção Da terceirização de Controle de Qualidade
Art. 18 No caso de terceirização de etapas de produção a Art. 26 Na terceirização de análises de controle de
CONTRATANTE também deverá possuir Autorização de qualidade a CONTRATAda deve realizar a validação de
Funcionamento de Empresa para a atividade ―fabricar‖.
246
métodos analíticos, nos casos onde o método utilizado § 2º. A empresa deverá notificar à ANVISA 30(trinta)
não for farmacopêico. dias antes do início das atividades/serviços de
Art. 27 É proibida a terceirização do ―controle de terceirização.
processo‖ de forma dissociada da ―produção‖. § 3º A ANVISA manifestará no prazo de 30 (trinta) dias
Art. 28 É vedado a terceirização do controle de qualidade quando as notificações de contrato de terceirização não
de um mesmo produto com mais de uma contratada. atenderem integralmente o disposto neste regulamento.
Art. 29 A terceirização do controle de qualidade de Neste caso, a referida notificação perderá a eficácia.
matérias-primas e produtos terminados somente será Art. 36 Na notificação deve constar claramente o(s)
facultada nos seguintes casos: número(s) de registro(s), forma(s) farmacêutica(s),
I - quando a periculosidade ou o grau de complexidade da substância(s) ativa(s) dos medicamentos a serem
análise laboratorial tornar necessária a utilização de terceirizados, conforme formulários presentes no site da
equipamentos ou recursos humanos altamente ANVISA.
especializados; Parágrafo único. O número de registro previsto no caput
II - quando a freqüência com a qual se efetuam certas deste artigo não se aplica no caso de produção de lotes
análises seja tão baixa que se faça injustificável a piloto, produtos utilizados em pesquisa clínica e placebos,
aquisição de equipamentos de alto custo. devidamente documentados de acordo com a legislação
Parágrafo único. A empresa CONTRATANTE deverá específica vigente.
justificar a terceirização das análises de Controle de Art. 37 Todas as etapas de produção, análises de controle
Qualidade, bem como, a CONTRATADA deverá de qualidade ou armazenamento a serem terceirizados
comprovar ser habilitada para tal. devem estar claramente definidos no formulário de
Art. 30 A Contratada escolhida para realização de peticionamento, bem como as responsabilidades de cada
terceirização de Controle de Qualidade deve estar empresa (Contratante e Contratada).
habilitada junto a REBLAS para os ensaios contratados Art. 38 No momento da notificação a última inspeção
ou quando se tratar de fabricante de medicamentos, a sanitária da CONTRATANTE e da CONTRATADA
mesma deve estar na condição satisfatória e com inspeção deverão ter ocorrido há menos de 02 (dois) anos.
atualizada. Art. 39 A empresa Contratada deve estar satisfatória no
Parágrafo único Para os estabelecimentos localizados nos banco de dados da ANVISA ou com Certificado de Boas
demais Estados Partes do Mercosul, as empresas Práticas válido, no momento da notificação e durante toda
contratantes e contratadas devem cumprir com as Boas a vigência do contrato para as linhas produtivas/classes
Práticas vigentes e contar com os respectivos certificados terapêuticas peticionadas.
de cumprimento que corresponda. Parágrafo único. Caso a empresa contratada perca a
Art. 31 É vedada a terceirização de controle de qualidade, condição de satisfatoriedade durante a vigência do
às empresas que não disponham de laboratório de contrato, este não será mais válido perante esta
Controle de Qualidade próprio. Autoridade Sanitária e uma nova notificação deverá ser
Da terceirização do Armazenamento peticionada após o restabelecimento da sua condição de
Art. 32 A empresa contratada para terceirização de satisfatoriedade.
armazenamento deverá possuir a Autorização de Art. 40 Deve ser protocolada uma nova notificação
Funcionamento de Empresa vigente para esta atividade. sempre que ocorrerem as seguintes situações:
Art. 33 Na terceirização de armazenamento, os produtos I. Alteração de empresa Contratada;
farmacêuticos aprovados devem estar com o registro II. Alterações da empresa Contratante;
vigente junto à autoridade sanitária competente. III. Inclusão ou exclusão de produtos e/ou apresentações;
Parágrafo Único Somente será permitida a terceirização IV. Alteração dos tipos de ensaios e/ou metodologia
de armazenamento de produtos farmacêuticos liberados analítica;
para a comercialização pela Garantia da Qualidade, ou V. Alterações de etapas da produção.
setor equivalente, da parte contratante. Parágrafo único. Não será necessário realizar renovação
Art. 34 É vedada a terceirização de armazenamento às das petições vigentes, caso não haja alterações conforme
empresas que não disponham de local de armazenamento descrito no caput deste artigo.
próprio. Art. 41 No caso de rescisão de Contratos de Terceirização
Da Notificação de Terceirização de Etapas de Produção, Controle de Qualidade de
Art. 35. A empresa contratante deverá peticionar por meio Medicamentos ou de armazenamento de Medicamentos, a
de Notificação à ANVISA quando realizar contrato de empresa contratante deve imediatamente comunicar a
terceirização de Etapas de Produção, Controle de ANVISA.
Qualidade e/ou Armazenamento de Medicamentos. Das Disposições finais
§ 1º. A empresa deverá enviar para a ANVISA a seguinte Art.42 Os contratos vigentes na data da publicação desta
documentação: Resolução continuarão válidos, cabendo novo
a) Formulário de Autorização de Terceirização (Fato peticionamento somente na ocorrência de quaisquer das
Gerador: 7179) constante do site da Anvisa; situações previstas no artigo 40.
b) Taxa de vigilância sanitária. Art. 43 As empresas que até o momento da publicação
desta norma possuam terceirização de armazenamento
(contratante e contratada) terão o prazo de 120 (cento e
247
vinte) dias para adequar-se às exigências de que trata esta
Resolução, a contar da data da sua publicação.
Art. 44 A inobservância do disposto nesta Resolução
configura infração de natureza sanitária, sujeitando os
infratores às penalidades previstas na legislação vigente.
Art. 45 Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em
vigor na data de sua publicação.
Art. 46 Revogam-se as Portarias nº. 106, de 24 de julho
de 1996 e a Portaria nº. 59, de 26 de abril de 1996.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
30.03.2007

248
RDC Nº 26, de 30/03/2007 homeopata como uma especialidade da formação
do profissional farmacêutico e o Parecer CFM no- 23, de
Dispõe sobre o registro de medicamentos dinamizados 1993 que reconhece a Medicina Antroposófica como
industrializados homeopáticos, antroposóficos e anti- prática médica; considerando que a Farmacopeia
homotóxicos. Homeopática Brasileira e o Manual de Normas Técnicas
para Farmácias Homeopáticas, edições em vigor, que
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância reconhecem a existência de "formulações homeopáticas"
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV com dois ou mais insumos ativos líquidos ou sólidos;
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto no- considerando que as Farmacopéias Homeopáticas
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto Brasileira, Alemã (GHP/HAB), Americana (HPUS),
no inciso II e nos §§ 1o- e 3o- do art. 54 do Regimento Britânica (BHP), Mexicana e Indiana e também as
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria no- Farmacopéias Européia (Ph. EUR.) e Francesa (PhFr), a
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no Homeopathie- Pharmacotechine et Monographies des
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em Medicaments Courants- Volume I e II, o Código
20 de março de 2007, e Farmacêutico Antroposófico (APC) que contemplam
Considerando a necessidade de implementar ações que métodos de produção e análise pertinentes a todas as
venham contribuir para amelhoria da qualidade da aplicabilidades dos medicamentos dinamizados;
assistência à saúde; considerando o disposto na Lei n.o- considerando que as Farmacopéias Brasileira, Portuguesa,
6.360, de 23 de setembro de 1976 e os arts. 33 e 34 do Alemã, Americana, Britânica, Européia, Francesa,
Decreto n.o- 79.094, de 5 de janeiro de 1977, que permite Japonesa e Mexicana são compêndios reconhecidos pela
o registro de medicamentos homeopáticos ANVISA e contemplam métodos de análise pertinentes a
industrializados com comprovada ação terapêutica; medicamentos dinamizados no que se refere a formas
Considerando o art. 41 da Lei n.o- 9.782, de 26 de janeiro farmacêuticas e insumos inativos; considerando que a
de 1999, que confere a ANVISA poderes para Farmacopéia Homeopática dos Estados Unidos da
desburocratização e agilidade nos procedimentos de América (HPUS) publica uma tabela de potências seguras
registro de medicamentos; permitindo, inclusive, medidas para dispensação de medicamentos dinamizados, na qual
de isenção de registro de medicamentos; considerando o são determinados os limites das potências dos
disposto no artigo 61 da Portaria SVS/MS no- 344, de 12 medicamentos para a dispensação sob prescrição ou de
de maio de 1998 e de suas atualizações; dispensação livre, baseada em dados de toxicidade aguda;
Considerando a definição de medicamento presente no considerando as diferentes aplicabilidades terapêuticas
Art. 4o- inciso II da Lei 5991 de 1973, que pressupõe uma dos medicamentos dinamizados, como a homeopatia, a
ação terapêutica; considerando o parágrafo 269 do homotoxicologia e a medicina antroposófica considerando
Organon da Arte de Curar, 6°- edição, Samuel o risco sanitário peculiar dos medicamentos dinamizados
Hahnemann, que reconhece a existência de medicamentos industrializados, evidenciado por suas características
dinamizados; farmacotécnicas, adota a seguinte Resolução da Diretoria
Considerando o Decreto 57477 de 1965, que dispõe sobre Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
a manipulação, receituário, industrialização e venda de publicação:
produtos utilizados em homeopatia e dá outras
providências; Art. 1º Esta Resolução trata do registro e da notificação de
Considerando o Decreto Lei n.o- 78.841, de 1976, que comercialização de medicamentos dinamizados
aprova a primeira edição da Farmacopéia Homeopática industrializados.
Brasileira; considerando a Portaria no- 1.180, de 1997, § 1º São considerados medicamentos dinamizados os
que aprova a Parte 1 da Segunda Edição da Farmacopéia medicamentos homeopáticos, antroposóficos e anti-
Homeopática Brasileira; homotóxicos, abrangidos nas definições do Art. 2º deste
Considerando a Resolução do Conselho Nacional de regulamento.
Saúde de 15/12/05, que aprova a Política Nacional de § 2º São passíveis de registro e notificação todas as
Práticas Integrativas e Complementares no SUS , a formas farmacêuticas (glóbulos, comprimidos, pós,
Portaria no- 971, de 3 de maio de 2006, que aprova a óvulos, supositórios, cremes, pomadas, géis, soluções
Política Nacional de Práticas Integrativas e orais, soluções injetáveis, soluções oftálmicas, soluções
Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde e a nasais e outras formas farmacêuticas), para uso interno
Portaria no- 1600, de 17 de julho de 2006, que aprova a e/ou externo, respeitando as limitações previstas no
constituição do Observatório das Experiências de presente regulamento.
Medicina Antroposófica no Sistema Único de Saúde; § 3º O disposto no presente regulamento não prejudica a
Considerando a Resolução CFM no- 1000, de 1980, que aplicação de disposições mais estritas a que estejam
reconhece, na União, a Homeopatia como especialidade sujeitas às substâncias entorpecentes, psicotrópicas e
médica, Resolução do CFMV n.°- 625, de 1995, que precursores ou qualquer outro produto submetido a
reconhece a Homeopatia Veterinária como especialidade controle especial.
médica veterinária; Resolução CFF n°- 440, de 2005, que Art. 2º Para fins de registro e da notificação de
reconhece a Farmácia Homeopática e o farmacêutico comercialização de medicamentos dinamizados
considerar as seguintes definições:
249
Medicamentos dinamizados: são preparados a partir de homotoxicologia, cujos métodos de preparação e controle
substâncias que são submetidas a triturações sucessivas devem seguir obrigatoriamente os métodos oficiais
ou diluições seguidas de sucussão, ou outra forma de descritos na Farmacopéia Homeopática Alemã, edição em
agitação ritmada, com finalidade preventiva ou curativa a vigor, ou outras farmacopéias homeopáticas e
serem administrados conforme a terapêutica homeopática, compêndios oficiais, reconhecidos pela ANVISA; cuja
homotoxicológica e antroposófica. fórmula é constituída por substâncias de comprovada ação
Medicamentos homeopáticos de componente único: terapêutica, descrita nas matérias médicas homeopáticas
medicamentos dinamizados preparados a partir de um ou anti-homotóxicas, reconhecidos pela ANVISA,
único insumo ativo, em quaisquer potências, segundo estudos clínicos, ou revistas científicas.
métodos de preparação e controle descritos na São medicamentos passíveis de notificação ou de registro.
Farmacopéia Homeopática Brasileira edição em vigor ou Dinamização: processo de diluição seguido de agitação
outras farmacopéias homeopáticas ou compêndios oficiais ritmada ou de sucussão, e/ou triturações sucessivas do
reconhecidos pela ANVISA, com comprovada indicação insumo ativo, em insumo inerte adequado, cuja finalidade
terapêutica descrita nas matérias médicas homeopáticas é o desenvolvimento da capacidade terapêutica do
ou nos compêndios homeopáticos oficiais, reconhecidos medicamento Diluição: redução da concentração do
pela ANVISA, estudos clínicos, ou revistas científicas. insumo ativo ou ponto de partida pela adição de insumo
São medicamentos passíveis de notificação ou de registro. inerte adequado.
Medicamentos homeopáticos compostos: medicamentos Ponto de partida: Tintura-mãe, droga ou insumo ativo em
dinamizados preparados a partir de dois ou mais insumos uma determinada potencia utilizados como ponto inicial
ativos, em quaisquer potências, com base nos para a obtenção das formas farmacêuticas derivadas e/ou
fundamentos da homeopatia, cujos métodos de preparação medicamento dinamizado Sucussão: consiste na agitação
e controle estejam descritos na Farmacopéia Homeopática vigorosa e ritmada, manual ou mecânica, rigorosamente
Brasileira, edição em vigor, outras farmacopéias no sentido vertical, contra anteparo semirígido, de drogas
homeopáticas, ou compêndios oficiais reconhecidos pela ou fármacos sólidos ou líquidos totalmente solúveis em
ANVISA, com comprovada ação terapêutica descrita nas insumo inerte adequado, em diferentes concentrações,
matérias médicas homeopáticas ou nos compêndios independentemente da escala desejada, a fim de assegurar
homeopáticos oficiais reconhecidos pela ANVISA, a dispersão homogênea do insumo ativo no seio do
estudos clínicos, ou revistas científicas. insumo inerte e de liberar a capacidade terapêutica do
São medicamentos passíveis de registro. insumo ativo.
Medicamentos antroposóficos de componente único: Agitação ritmada: processo que consiste da agitação
medicamentos dinamizados preparados a partir de um vigorosa e ritmada de fármacos sólidos e/ou líquidos
único insumo ativo, em quaisquer potências, com base solúveis dissolvidos em insumo inerte adequado. Pode ser
nos fundamentos da antroposofia, cujos métodos de realizado de forma manual e/ou mecânica
preparação e controle estão descritos nas Farmacopéias Trituração: preparação farmacêutica básica resultante da
Homeopáticas ou Código Farmacêutico Antroposófico ou trituração manual ou mecânica, de drogas ou fármacos
compêndios oficiais reconhecidos pela ANVISA, com insolúveis em etanol/água, misturando-os com insumo
comprovada ação terapêutica descrita nas matérias inerte adequado , independentemente da escala desejada,
médicas homeopáticas ou nos compêndios antroposóficos a fim de assegurar a dispersão homogênea do insumo
oficiais, reconhecidos pela ANVISA, estudos clínicos, ou ativo no seio do insumo inerte e de liberar a capacidade
revistas científicas. terapêutica do insumo ativo
São medicamentos passíveis de notificação ou de registro. Acorde de potência: é um insumo ativo em mais de uma
Medicamentos antroposóficos compostos: medicamentos potência.
dinamizados preparados a partir de dois ou mais insumos Insumo ativo: droga, fármaco ou forma farmacêutica
ativos, em quaisquer potências a partir de tinturas-mãe, ou derivada, utilizada para a preparação do medicamento.
ainda, preparados a partir de um único insumo ativo em Potência: indicação quantitativa do número de etapas
mais de uma potência,com base nos fundamentos da sucessivas dinamizações aos quais foram submetidos os
antroposofia, cujos métodos de preparação e controle insumos ativos da preparação.
constam nas Farmacopéias Homeopáticas e Código Tintura-mãe Homeopática (TM): preparação
Farmacêutico Antroposófico ou compêndios oficiais farmacêutica, na forma de solução,resultante da ação
reconhecidos pela ANVISA, com comprovada a dissolvente e, ou extrativa de um insumo inerte
indicação terapêutica descrita nas matérias médicas hidroalcóolico sobre um determinado insumo ativo,
homeopáticas ou nos compêndios antroposóficos oficiais conforme farmacotécnica descrita nos compêndios
reconhecidos pela ANVISA, estudos clínicos, ou revistas reconhecidos pela ANVISA, a partir da qual são obtidos
científicas. os medicamentos dinamizados.
São medicamentos passíveis de registro.
Medicamentos antihomotóxicos: são medicamentos Art. 3º Para fins de enquadramento das diferentes
dinamizados preparados a partir de um ou mais insumos categorias de medicamentos dinamizados, considera-se
ativos, em quaisquer potências, ou em mais de uma que:
potência (em acordes de potências) das mesmas I- Os medicamentos homeopáticos, de componente único
substâncias, com base nos fundamentos da homeopatia e e/ou compostos, devem atender à farmacotécnica
250
homeopática e apresentar indicação terapêutica de acordo Art. 5º Os medicamentos dinamizados passíveis de
com as informações constantes nas matérias médicas registro devem apresentar indicação terapêutica e atender
homeopáticas, dados toxicológicos, artigos científicos e/ aos requisitos presentes nos Anexos II desta Resolução,
ou estudos clínicos, de acordo com o princípio da devendo o registro ser revalidado a cada cinco anos.
similitude. Art. 6º A obrigatoriedade de prescrição de medicamentos
II- Os medicamentos dinamizados que tenham suas dinamizados industrializados seguirá a Tabela de
indicações terapêuticas definidas segundo os conceitos da Potências para Registro e Notificação de Medicamentos
medicina antroposófica ou homotoxicológica, ainda que Dinamizados, conforme Resolução Específica,
preparados conforme a farmacotécnica homeopática serão considerando os critérios a seguir
classificados como antroposóficos ou anti-homotóxicos, § 1º sob prescrição, quando:
respectivamente. I - em formas farmacêuticas injetáveis;
III- Os medicamentos dinamizados preparados de acordo II - sua composição contiver pelo menos um dos
com a farmacotécnica antroposófica e/ou com indicação componentes ativos em dinamização menor que o valor
terapêutica baseada nos conceitos da medicina descrito na Tabela de Potências para Registro e
antroposófica, serão classificados como medicamentos Notificação de Medicamentos Dinamizados, ou igual ou
antroposóficos. maior que 7CH ou D21, conforme a escala.
IV- Os medicamentos preparados de acordo com a § 2º sem a obrigatoriedade de prescrição, quando:
farmacotécnica antroposófica serão classificados como I - medicamentos contendo dinamização(ões) igual ou
antroposóficos, ainda que suas indicações terapêuticas acima do valor descrito na Tabela de Potências para
sejam baseadas em matérias médicas homeopáticas. Registro e Notificação de Medicamentos Dinamizados e
até 6CH ou 20D, inclusive, II - forma farmacêutica de uso
Art. 4º Fica instituída a notificação de comercialização de externo.
medicamentos dinamizados industrializados, mediante § 3º No caso de substância que não conste na Tabela, cabe
procedimento eletrônico, disponível no site da ANVISA ao fabricante estabelecer e comprovar a segurança de seu
§ 1º Somente os medicamentos dinamizados de um único uso na concentração pretendida, através de estudos
insumo ativo isentos de prescrição, conforme disposto na toxicológicos não clínicos e clínicos adequados ao perfil
Tabela de Potências para Registro e Notificação de da substância.
Medicamentos Dinamizados Industrializados, são
passíveis de notificação; Art. 7º A rotulagem de medicamentos dinamizados deverá
§2º Os medicamentos dinamizados sujeitos à notificação atender, além do regulamento vigente para rotulagem de
devem proceder conforme estabelecido no Anexo I desta medicamento, no que couber, ao seguinte:
Resolução; I - Na rotulagem e em todas as embalagens deve constar a
§ 3º Os medicamentos dinamizados sujeitos a notificação potência,a escala, a via de administração, a forma
não podem mencionar indicação terapêutica; farmacêutica e a denominação do(s) insumo(s) ativo(s)
§4º Os estudos de estabilidade dos medicamentos utilizando a nomenclatura oficial das farmacopéias e
dinamizados notificados devem ser realizados conforme compêndios oficialmente reconhecidas pela ANVISA,
GUIA DE ESTABILIDADE PARA MEDICAMENTOS II - Os medicamentos homeopáticos industrializados
DINAMIZADOS INDUSTRIALIZADOS. sujeitos a notificação, integrantes da Farmacopéia
§ 5º. A notificação será renovada a cada cinco anos Homeopática Brasileira devem ostentar em todas as
respeitando os prazos estabelecidos no Art. 12 da Lei nº. embalagens os dizeres "FARMACOPÉIA
6.360/1976 e § 2º do Art. 8º do Decreto nº 8.077/2013. HOMEOPÁTICA BRASILEIRA" em letra de 1,5 mm,
(Redação dada pela Resolução- RDC nº 106, de 1º de em caixa alta, e conter obrigatoriamente a escala e a
setembro de 2016) potência pertinentes, a via de administração e a forma
§6º A não renovação do CBPFC implicará no farmacêutica.
cancelamento automático da notificação. III - Para os casos de medicamentos dinamizados
§7º Os medicamentos dinamizados de um único insumo industrializados sujeitos a notificação, não inscritos na
podem ser notificados em quaisquer formas Farmacopéia Homeopática Brasileira, mas inscritos em
farmacêuticas, exceto as injetáveis. outras farmacopéias e compêndios reconhecidos pela
§8º A notificação de comercialização deverá ser solicitada ANVISA, incluir a expressão "HOMEOPÁTICO" ou
individualmente para cada produto e por cada forma "ANTROPOSÓFICO" ou "ANTI-HOMOTÓXICO",
farmacêutica. conforme o caso.
§9º Os medicamentos dinamizados sujeitos a notificação IV - Todas as embalagens de medicamentos dinamizados
terão denominação conforme nomenclatura científica, não industrializados sujeito a registro, devem ter o texto
sendo admitida a adoção de marca ou nome de fantasia. "HOMEOPÁTICO" ou "ANTROPOSÓFICO" ou
§ 10. Os medicamentos dinamizados isentos de registros e "ANTIHOMOTÓXICO", de acordo com a aplicabilidade
regularizados mediante notificação ficam sujeitos ao terapêutica comprovada no registro do medicamento
pagamento da Taxa de Fiscalização de Vigilância dinamizado industrializado, em caixa alta e tamanho de
Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de letra de 30% do nome do produto.
1999‖. (Incluído pela Resolução- RDC nº 106, de 1º de
setembro de 2016)
251
V - Os medicamentos dinamizados industrializados outs definitivos devem ser enviados à ANVISA em forma
sujeitos a notificação não poderão ostentar em sua de notificação ao final desse prazo.
rotulagem indicação terapêutica e nome comercial § 5º. A notificação será renovada a cada cinco anos
VI - A rotulagem dos medicamentos dinamizados respeitando os prazos estabelecidos no Art. 12 da Lei nº.
industrializados sujeitos a notificação deve conter a 6.360/1976 e § 2º do Art. 8º do Decreto nº 8.077/2013.
seguinte frase: "Não use este medicamento sem (Incluido pela RDC 106/16)
orientação de seu clínico", em tamanho de letra de 1,5 Art. 12. As alterações, inclusões, notificações e
mm em caixa alta. cancelamentos pós-registro ou notificação de
Art. 8º A bula para medicamentos dinamizados medicamentos dinamizados industrializados serão
industrializados sujeitos a registro seguirá os requisitos disciplinadas conforme o disposto no Anexo III.
constantes no Anexo IV desta Resolução. Os Art. 13. A ANVISA disporá, em Resolução Específica,
medicamentos dinamizados sujeitos a notificação de sobre:
comercialização devem adotar o FOLHETO DE § 1º Guia para realização de estudos de estabilidade de
ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR em substituição à medicamentos dinamizados;
bula, conforme o mesmo Anexo. § 2º Relação de referências bibliográficas oficialmente
Art. 9º Não serão registrados como medicamentos aceitas pela ANVISA no âmbito desta Resolução;
dinamizados as associações de drogas sintéticas, semi- § 3º Tabela de Potências para Registro e Notificação de
sintéticas, fitoterápicos, vitaminas/ sais Medicamentos Dinamizados Industrializados;
minerais/aminoácidos, opoterápicos com insumo( s) Art. 14 A empresa interessada em peticionar o registro ou
ativo(s) dinamizado(s) em uma mesma formulação ou em notificação de comercialização de medicamentos
duas ou mais apresentações em uma mesma embalagem dinamizados industrializados deverá, com antecedência,
para uso concomitante ou seqüencial. realizar a produção de lotes-piloto, de acordo com o Guia
§ 1º Poderão ser registrados como medicamentos para a Produção de Lotes Piloto
dinamizados associações com substâncias biológicas de Medicamentos, em vigor.‖ (NR) (Redação dada pela
desde que inscritas nas farmacopéias e compêndios RDC 4/2015)
reconhecidos pela ANVISA Parágrafo único: ficam excluídos do disposto no caput
§ 2º Não será admitida a adição de corantes, edulcorantes, deste artigo os produtos importados ou daqueles já
flavolizantes, essências ou qualquer outro aditivo (ativo detentores de registro ou cadastro na data de publicação
ou inerte) nas formulações de medicamentos dinamizados desta resolução (Revogado pela RDC 4/2015)
§ 3º Os medicamentos antroposóficos e antihomotóxicos Art. 15. Para finalidade de registro do medicamento
poderão conter em sua composição, tintura-mãe desde que homeopático, deverão ser obedecidas as codificações
esteja prevista nos compêndios reconhecidos pela homeopáticas e a Farmacopéia Homeopática Brasileira,
ANVISA para medicamentos dinamizados. no que se refere à denominação, nomenclatura
Art. 10. São admitidas, no âmbito desta Resolução, homeopática, escala e abreviatura, nome tradicional e
apenas as escalas decimal e centesimal, ficando vedada a símbolos.
interconversão entre escalas. Art. 16. A ANVISA poderá, a qualquer momento e a seu
Art. 11 Por ocasião da primeira renovação após a critério, exigir provas adicionais relativas à identidade e
publicação desta Resolução, os detentores de registro ou qualidade dos componentes, e da segurança e eficácia do
cadastro de medicamentos dinamizados deverão se medicamento, caso ocorram dúvidas ou fatos
adequar a esta Resolução.‖ (NR) (Redação dada pela supervenientes que dêem ensejo a avaliações
RDC 4/2015) complementares, mesmo após a concessão do registro ou
§ 1º A critério da empresa, a adequação a esta Resolução notificação.
poderá ser requerida antes do período de renovação. Tal Art. 17. Os casos não previstos nesta resolução serão
solicitação avaliados adequadamente pela ANVISA.
deverá ser encaminhada à ANVISA em forma de ofício, Art. 18. A ANVISA constituirá, através de Portaria, uma
acompanhando justificativa e todos os documentos Comissão de Apoio Técnico para avaliação de registro de
pertinentes, assim como as notificações que se fizerem medicamentos dinamizados.
necessárias. Esta atualização não altera a data de Art. 19. A Anvisa disponibilizará no prazo de 45 dias o
vencimento dos sucessivos períodos de validade do sistema para a notificação de medicamentos dinamizados.
registro ou cadastro Art. 20. Esta Resolução entra em vigor na data da sua
§ 2º Caso a ANVISA considere necessário, poderá publicação, revogando-se os artigos. 12, 16, 18 e 20 da
solicitar à empresa o enquadramento do(s) produto(s) com Portaria-SNFMF n.°- 17, de 22 de agosto de 1966, o item
análise do cumprimento de exigência em andamento por 8 do Anexo I da RDC 333, de 19 de novembro de 2003, a
ocasião da publicação desta Resolução. Resolução-RDC no- 139 de 29 de maio 2003, o artigo 5o-
§ 3º A publicação desta Resolução não altera os prazos da Resolução-RDC no- 132, de 29 de maio de 2003 e a
para cumprimento de exigências já exaradas pela Resolução-RDC no- 310, de 20 de outubro de 2005.
ANVISA.
§ 4º Caso ocorra alteração na categoria do produto a DIRCEU RAPOSO DE MELLO
empresa terá até 180 (cento oitenta) dias para adequar as
embalagens e bula, ou folheto, conforme o caso. Os lay- ANEXO I
252
NOTIFICAÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO, conforme Anexo IV deste
MEDICAMENTOS DINAMIZADOS regulamento, em substituição à bula.
INDUSTRIALIZADOS. 5.3. A rotulagem dos medicamentos dinamizados
Das medidas de notificação: notificados deve conter as seguintes informações:
1. A notificação deve seguir os critérios: 5.3.1. Denominação do insumo ativo utilizando a
1.1. A notificação deve ser realizada exclusivamente pela nomenclatura oficial das farmacopéias e compêndios
empresa com autorização de funcionamento para fabricar oficialmente reconhecidos pela ANVISA, a potência, a
e/ou importar medicamentos. escala, a via de administração e a forma farmacêutica.
1.2. Apenas as empresas fabricantes, que cumprem com 5.3.2. Uso ("adulto" ou "pediátrico" ou "adulto e
as Boas Práticas de Fabricação e Controle, de acordo com pediátrico").
a legislação vigente, e que estão devidamente 5.3.3. Conteúdo da embalagem, expresso em volume,
autorizadas/licenciadas pela Autoridade Sanitária peso ou número de unidades.
competente, podem notificar e fabricar os medicamentos 5.3.4. Composição: Qualitativa e quantitativa para o
dinamizados insumo ativo, declarando sua escala e potência.
2. Informações para notificação: 5.3.5. É facultada a inclusão de informações adicionais
2.1.Nome do Farmacêutico Responsável e respectivo voltadas para características organolépticas.
número de CRF. 5.3.6. Cuidados de Conservação
2.2 Nome da empresa notificadora. 5.3.7. Incluir as frases: "todo medicamento deve ser
2.3 Número de CNPJ da empresa notificadora. mantido fora do alcance de crianças" e "Para correta
2.4.Endereço completo da empresa notificadora. utilização deste medicamento, solicite orientação do
2.4.1 Número do SAC da empresa notificadora farmacêutico".
2.4.2 Fabricado por (quando for o caso). 5.3.8. Incluir a Frase em destaque "Ao persistirem os
2.4.3 Nome da empresa fabricante. sintomas, o clínico deverá ser consultado".
2.4.4.Número de CNPJ da empresa fabricante. 6. As informações apresentadas na Notificação são de
2.4.5 Endereço completo da empresa fabricante. responsabilidade da empresa e serão objetos de controle
2.4.6. Certificado de Boas Práticas de Fabricação e sanitários pela ANVISA.
Controle informar o número da Resolução RE que 7. A adequação dos medicamentos com cadastro ou
concedeu o CBPFC ou protocolo da solicitação de BPF registro vigente na ANVISA deve ser realizada
desde que a linha pretendida esteja satisfatória na ultima respeitando as seguintes disposições:
inspeção de verificação de BPFC 7.1. Em até 180 (cento e oitenta) dias após a publicação
2.5. Identificação do insumo ativo deste regulamento, todos os medicamentos homeopáticos
2.6. potência e escala do insumo ativo cadastrados na ANVISA como isentos de registro devem
2.7. forma farmacêutica se adequar a este regulamento.
2.8. Prazo de Validade 7.2. Os medicamentos homeopáticos com registro vigente
2.9 relatório de estudo de estabilidade :anexar arquivo que se enquadrarem neste regulamento, podem proceder à
contendo o relatório com os resultados, conforme guia adequação a critério da empresa ou, obrigatoriamente, por
para estabilidade de medicamentos dinamizados ocasião da próxima renovação.
industrializados com acelerado concluído e longa duração 8. É obrigatório a empresa informar na notificação todos
concluído ou resultado parcial do estudo em andamento os locais de fabricação, caso a empresa solicite a
2.10 layout da rotulagem e folheto de orientação ao notificação de medicamento produzido em mais de um
consumidor local de fabricação concomitantemente.
3. Quando houver suspensão da fabricação do produto, a 9. Será disponibilizada, para consulta no site da ANVISA,
empresa deverá notificar a exclusão de comercialização a relação de empresas e produtos notificados, após
deste produto. avaliação das informações fornecidas no ato da
4. É obrigatória a atualização das informações prestadas notificação.
no momento da notificação, para tanto, qualquer alteração 10. As notificações estão isentas do pagamento de taxa.
nos dados informados na notificação eletrônica implica (Revogado pela RDC 106/16)
nova notificação. 11. Os medicamentos notificados deverão adotar as
5. A rotulagem dos medicamentos dinamizados nomenclaturas oficias, não podendo ostentar marca ou
notificados deve atender ao art. 7 desse regulamento e o nome comercial.
disposto a seguir:
5.1 Os medicamentos dinamizados sujeitos a notificação ANEXO II
devem citar, em sua rotulagem, a frase: "medicamento PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO E
dinamizado notificado - RDC no- ......../2007. AFE no- RENOVAÇÃO DE REGISTRO DE MEDICAMENTOS
:...........". DINAMIZADOS.
5.2. Os medicamentos dinamizados notificados devem I- Das Medidas Antecedentes ao Registro:
adotar o FOLHETO DE ORIENTAÇÕES AO 1. Realizar a produção de lotes-piloto de acordo com o
CONSUMIDOR PARA MEDICAMENTOS GUIA PARA A PRODUÇÃO
DINAMIZADOS SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO DE DE LOTES-PILOTO DE MEDICAMENTOS, devendo a
documentação ser arquivada na
253
empresa para fins de controle sanitário‖. (Redação dada solicite o registro de medicamento produzido em mais de
pela RDC 4/2015) um local de fabricação concomitantemente
II- Das Medidas de Registro:
Para fins de registro, a empresa deverá protocolar um 2. INFORMAÇÕES SOBRE A PRODUÇÃO DO
processo único, em conformidade à RE 1 de 06/02/2002 MEDICAMENTO:
com relatórios de produção e controle de qualidade em 2.1 Forma farmacêutica;
separado para cada forma farmacêutica. A empresa deverá 2.2 Fórmula completa (nome, potência, escala e método);
ter cumprido com todas as exigências antecedentes ao 2.3 Descrição detalhada de todas as etapas do processo de
registro e apresentar os seguintes documentos: produção, contemplando inclusive os equipamentos
1. INFORMAÇÕES PARA REGISTRO utilizados;
1.1 Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente 2.4 Descrever a metodologia de controle durante o
preenchidos. processo produtivo;
1.2 Via original do comprovante de pagamento da taxa de 2.5 Tamanhos: mínimo e máximo dos lotes industriais a
fiscalização de vigilância sanitária (GRU). serem produzidos;
1.3 Comprovante de enquadramento de porte da empresa 2.6 Descrição dos critérios de identificação do lote
de acordo com a legislação vigente, exceto para as industrial;
empresas enquadradas como Grande Grupo I. 2.7 Prazo de validade: apresentar resultados do estudo de
1.4 Cópia da Autorização de Funcionamento e do Alvará estabilidade acelerado, acompanhados dos resultados do
Sanitário da empresa. estudo de estabilidade de longa duração, concluído ou em
1.5 Certificado de responsabilidade técnica atualizado, andamento.
emitido pelo Conselho Regional de Farmácia.
1.6 Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle 3. INFORMAÇÕES SOBRE O CONTROLE DE
(BPFC) para a linha de produção na qual o produto será QUALIDADE DO MEDICAMENTO.
fabricado; ou ainda cópia do protocolo de solicitação de Apresentar para o produto acabado, produto a granel,
inspeção para fins de emissão do CBPFC. Este protocolo quando for o caso, insumo ativo e insumo inerte:
será válido desde que a linha de produção pretendida 3.1 Método de análise e especificações.
esteja SATISFATÓRIA na última inspeção de verificação 3.2 Cópia da referencia bibliográfica reconhecida pela
das BPFC. ANVISA , de acordo com a legislação vigente na qual o
1.7 No caso da empresa fabricante do produto ser método de análise está descrito.
diferente da requerente do registro, inclusive nos casos de 3.3 Caso o método de análise tenha sido desenvolvido
terceirização de etapas da produção, apresentar também pela empresa, utilizando-se ou não de referências
os seguintes documentos da empresa fabricante: bibliográficas não reconhecidas pela ANVISA, apresentar
a) Cópia da Autorização de Funcionamento e do Alvará validação de acordo com o GUIA PARA VALIDAÇÃO
Sanitário. DE MÉTODOS ANALÍTICOS E BIOANALÍTICOS em
b) Certificado de responsabilidade técnica atualizado, vigor.
emitido pelo Conselho Regional de Farmácia. 3.4 Enviar informações adicionais de acordo com a
c) Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle legislação vigente sobre controle da Encefalopatia
(BPFC) ou ainda cópia do protocolo de solicitação de Espongiforme Transmissível, ou justificativa da ausência
inspeção para fins de emissão do CBPFC. Este protocolo deste documento, quando for o caso.
será válido desde a empresa esteja SATISFATÓRIA na 3.5. Anexar cópia do laudo de análise do fornecedor
última inspeção de verificação das BPFC. referente a insumos ativos e insumos inertes com os
d) Relatório detalhado de produção, de controle de métodos descritos nas farmacopéias e compêndios
qualidade e "layout" de rotulagem (embalagem primária e reconhecidos pela ANVISA
secundária) e bula de acordo com o Anexo IV deste
regulamento. 4. COMPROVAÇÃO DA INDICAÇÃO, EFICÁCIA E
2. A documentação que compõe o registro do produto, SEGURANÇA DO MEDICAMENTO
tais como: os relatórios de produção e controle de 4.1 O medicamento dinamizado deve apresentar indicação
qualidade, as informações contidas em rótulos, bulas e terapêutica segundo os fundamentos da homeopatia,
embalagens, devem ser apresentados em língua homotoxicologia ou medicina antroposófica, conforme a
portuguesa, atendendo à legislação em vigor. Os categoria em que se enquadre, com embasamento nas
documentos oficiais em outro idioma, utilizados para fins matérias médicas homeopáticas, nas referências
de registro, deverão ser acompanhados de tradução bibliográficas reconhecidos pela ANVISA, estudos
juramentada na forma da lei. clínicos e/ou toxicológicos, patogenesias ou revistas
Os documentos que contenham resultados de testes científicas.
analíticos ou de estudos clínicos, bem como as cópias de 4.2 A indicação terapêutica alegada para o produto deve
referências bibliográficas podem ser apresentados em ser comprovada através do envio de cópias de referências
idioma inglês ou espanhol, sendo obrigatória a tradução bibliográficas citadas.
juramentada para os demais idiomas. a) A indicação terapêutica alegada do medicamento
3. É obrigatório o envio de documentação técnica e legal composto pode ser baseada na indicação isolada de cada
referente a todos os locais de fabricação, caso a empresa componente.
254
b) No caso de medicamento homeopático, deve ser d) Apresentar cópia de notas fiscais comprovando a
apresentada a inscrição de cada insumo ativo em, no comercialização do medicamento por forma farmacêutica.
mínimo, duas matérias médicas homeopáticas. Poderá ser apresentada uma declaração referente às
apresentações comerciais não comercializadas para as
5. PARA PRODUTOS IMPORTADOS apresentar, além quais a empresa tenha interesse em manter o registro,
dos requisitos anteriores: desde que pelo menos uma apresentação daquela forma
5.1 Cópia do Certificado de BPFC emitido pela ANVISA farmacêutica tenha sido comercializada.
para a empresa fabricante, atualizado, por linha de e) Apresentar listagem que contemple todas as alterações
produção. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado e, ou inclusões pós-registro ocorridas durante o último
a empresa fabricante, será aceito o comprovante do período de validade do registro do produto,
pedido de inspeção sanitária à ANVISA acompanhado do acompanhados de cópia do D.O.U., ou na ausência, cópia
certificado de boas práticas de fabricação de produtos do protocolo da (s) petição (ões) correspondente (s). Caso
farmacêuticos por linha de produção, emitido pelo órgão não tenha havido alterações no período de validade do
responsável pela Vigilância Sanitária do país de origem registro apresentar declaração mencionando o fato.
do fabricante. f) Para produtos importados apresentar os respectivos
5.2 PARA PRODUTOS IMPORTADOS A GRANEL laudos de três lotes importados nos últimos três anos do
OU EM SUA EMBALAGEM PRIMÁRIA: Cópia do controle de qualidade físico-químico, químico,
Certificado de BPFC emitido pela ANVISA para empresa microbiológico e, ou biológico, de acordo com a forma
requerente do registro relativo a linha de produção, foco farmacêutica, realizado pelo importador no Brasil.
da importação a granel; ou ainda cópia do protocolo de
solicitação de inspeção para fins de emissão do CBPFC. ANEXO III
Este protocolo será válido desde a empresa esteja PROCEDIMENTOS PARA PÓS REGISTRO DE
SATISFATÓRIA na última inspeção de verificação das MEDICAMENTOS DINAMIZADOS
BPFC. 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS.
5.3 Autorização da empresa fabricante para 1. Objetivos classificar as alterações, inclusões,
comercialização do produto no Brasil, ou justificativa da notificações e cancelamentos pós-registro de
ausência deste documento. medicamentos dinamizados e estabelecer os critérios
5.4 Cópia do certificado de registro do medicamento exigidos pela ANVISA.
emitido pela autoridade sanitária do país de origem, ou 1.1.Cada alteração, inclusão, notificação e cancelamento
documento equivalente. devem ser protocoladas separadamente, acompanhadas da
5.5 Metodologia do controle de qualidade físico-química, documentação pertinente.
química e microbiológica a ser realizada pelo importador, 1.2.Nos casos de alterações e inclusões não previstas
de acordo com a forma farmacêutica do produto (a granel, neste Anexo ou que não satisfaçam a algum dos requisitos
na embalagem primária, e/ou terminado). estabelecidos, a ANVISA poderá estabelecer critérios a
5.6 Havendo a necessidade da importação de amostras serem atendidos 1.3.Recomendações da
para a realização de estudos de estabilidade, é necessário ANVISA para alterações pós-registro de medicamentos
solicitar autorização para importação à ANVISA. dinamizados serão disponibilizadas para consulta no site
5.7 Contar o prazo de validade do produto importado a desta Agência.
granel a partir da data de fabricação do produto no 1.4 Para todos os procedimentos de pós registro deverão
exterior e não da data de embalagem no Brasil, apresentar comprovante de enquadramento de porte da
respeitando o prazo de validade registrado na ANVISA. empresa de acordo com a legislação vigente, exceto para
5.8 Atender às demais normas vigentes para produtos as empresas enquadradas como Grande Grupo I e para as
importados. notificações de texto de bula,de rotulagem, cancelamento
a pedido e retificação de publicação -ANVISA, recursos,
III - MEDIDAS DA REVALIDAÇÃO DE REGISTRO aditamento e entrega de documentação faltosa.
1. A ANVISA poderá realizar a análise de controle de 1.5 Para todos os procedimentos de pós registro deverão
lotes comercializados para fins de monitoração da apresentar via original do comprovante de recolhimento
qualidade e conformidade do medicamento com o da taxa de fiscalização de vigilância sanitária ou de
registrado/notificado, em laboratórios oficiais. isenção de recolhimento nos casos de notificações de
2. Para os medicamentos dinamizados industrializados texto de bula,de rotulagem, cancelamento a pedido,
registrados, as empresas, no primeiro semestre do último retificação de publicação - ANVISA, recursos, aditamento
ano do qüinqüênio de validade do registro/notificação já e entrega de documentação faltosa.
concedido, deverão apresentar a ANVISA os seguintes 2. ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO.
documentos para efeito de renovação de registro: 2.1. Alteração de nome comercial Para alteração de nome
a) Formulários de petição devidamente preenchidos; comercial de medicamentos dinamizados já registrados
b) Via original do comprovante de recolhimento da taxa será exigida a seguinte documentação:
de fiscalização de vigilância sanitária ou da isenção, 2.1.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
quando for o caso; 2.1.2 justificativa técnica referente à solicitação,
c) Certificado de Responsabilidade Técnica atualizado, conforme disposto na legislação vigente;
emitido pelo CRF, de acordo com a legislação vigente;
255
2.1.3 declaração de não comercialização do produto, 2.4.2Cópia de Licença de Funcionamento da empresa
quando cabível; e/ou Alvará Sanitário atualizado;
2.1.4 novos lay-outs de bula (ou folheto), rótulo e/ou 2.4.3 Cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica
cartucho, adequados ao novo nome comercial. atualizado, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia;
2.2. Alteração do prazo de validade Para ampliar o prazo 2.4.4 Declaração da formalização da prestação de serviço
de validade de medicamentos dinamizados já registrados, assinado pelos representantes legais e responsáveis
será exigida a seguinte documentação: técnicos das empresas envolvidas, quando for o caso;
2.2.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; 2.4.5 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
2.2.2 justificativa técnica referente à solicitação; 2.4.6 Justificativa técnica referente à solicitação;
2.2.3 Relatório técnico com os resultados e avaliação do 2.4.7 Localização da nova instalação;
teste de estabilidade de longa duração concluído da menor 2.4.8 Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
dinamização para cada forma farmacêutica, quando Controle (CBPF) para a linha de produção do produto em
aplicável, conforme o GUIA PARA A REALIZAÇÃO questão, emitido pela ANVISA para o novo local de
DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE DE fabrico;
MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor; 2.4.9 Declaração da empresa requerente de que mantém
2.2.4 novos lay-outs de bula (ou folheto), rótulo e/ou inalterados os processos de produção e controle da
cartucho, adequados ao novo prazo de validade. qualidade, nos termos do Decreto n.º 79.094, de 05 de
Em caso de diminuição de prazo de validade , relatório de janeiro de 1977, c/c art. 15 da Lei n.º 6360, de 23 de
farmacovigilancia ou estudo de estabilidade de longa setembro de 1976 - se for o caso;
duração. 2.4.10 Relatórios técnicos e toda documentação de acordo
2.2.5 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar, com a legislação vigente que dispõe sobre o registro de
além dos requisitos anteriores: medicamentos dinamizados - caso haja alteração no
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e processo de produção e/ou no controle da qualidade.
Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a empresa Neste caso, peticionar também a alteração no processo de
fabricante. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado produção do medicamento;
a empresa fabricante, será aceito comprovante do pedido 2.4.11. Novos lay-outs de bula (ou folheto), rótulo e/ou
de inspeção extrazona acompanhado de CBPFC, por linha cartucho, com a identificação do novo local de fabrico.
de produção, emitido pelo órgão responsável pela 2.4.12 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
vigilância sanitária do país fabricante; além dos requisitos anteriores:
b) Tradução juramentada do CBPFC emitido pelo órgão a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
responsável pela vigilância sanitária do país fabricante, ou Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a empresa
justificativa da ausência desse documento. fabricante. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado
2.3. Alteração nos cuidados de conservação. Para a empresa fabricante, será aceito comprovante do pedido
alteração nos cuidados de conservação de medicamentos de inspeção extrazona acompanhado de CBPFC, por linha
dinamizados já registrados, será exigida a seguinte de produção, emitido pelo órgão responsável pela
documentação: vigilância sanitária do país fabricante;
2.3.1FP1 e FP2 devidamente preenchidos; b) Tradução juramentada do CBPFC emitido pelo órgão
2.3.2 justificativa técnica referente à solicitação; responsável pela vigilância sanitária do país fabricante, ou
2.3.3 relatório técnico com os resultados e avaliação do justificativa da ausência desse documento. Fica a critério
teste de estabilidade de longa duração, quando aplicável, da ANVISA, solicitar provas adicionais, caso não se
conforme o GUIA PARA A REALIZAÇÃO DE comprove a equivalência solicitada nos itens anteriores.
ESTUDOS DE ESTABILIDADE DE 2.5. Alteração de insumos inertes:
MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor; Este item trata de modificação do(s) insumo(s) inerte(s)
2.3.4 novos lay-outs de bula (ou folheto), rótulo e/ou da fórmula já registrada (por forma farmacêutica, quando
cartucho, adequados aos novos cuidados de conservação. for o caso). Será exigida a documentação seguinte:
2.4. Alteração do local de fabricação: 2.5.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
Configuram alterações do local de fabricação aquelas 2.5.2 justificativa técnica referente à solicitação;
relacionadas com mudança de endereço da linha completa 2.5.3 descrição da fórmula completa, com designação dos
de fabricação de um medicamento. insumos inertes conforme a DCB, DCI ou a denominação
Previamente, a empresa deverá realizar a produção de um descrita no Chemical Abstract Substance (CAS),
lote-piloto de acordo com o GUIA PARA A respeitando-se essa ordem de prioridade;
PRODUÇÃO DE LOTES PILOTO DE 2.5.4 descrição da quantidade de cada substância expressa
MEDICAMENTOS no novo local de no sistema métrico decimal ou unidade padrão, com
fabricação, devendo a documentação ser arquivada na indicação de sua função na fórmula e a respectiva
empresa para fins de controle referência de especificação de qualidade descrita na
sanitário.‖ Farmacopéia Brasileira ou em outros compêndios
reconhecidos pela ANVISA.
Será exigida a documentação seguinte: 2.5.5 cópia do relatório completo de produção e controle
2.4.1Cópia da Autorização de Funcionamento do novo de qualidade de um lote de cada forma farmacêutica que
local de fabricação; terá o insumo inerte alterado;
256
2.5.6 Documentação e informações adicionais acerca da 2.6.6 No caso de terceirização de etapas da produção,
Encefalopatia Espongiforme Transmissível, de acordo deverá ser anexada cópia da notificação do contrato de
com a legislação vigente, ou justificativa da ausência terceirização aprovado pela GGIMP/ANVISA;
desse(s) documento(s); 2.6.7 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
2.5.7 relatório técnico com os resultados e avaliação do além dos requisitos anteriores:
teste de estabilidade acelerada referente a um lote de cada a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
forma farmacêutica, conforme o GUIA PARA A Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a empresa
REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE DE fabricante. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado
MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor; a empresa fabricante, será aceito comprovante do pedido
2.5.8 Resultados preliminares do estudo de estabilidade de inspeção extrazona acompanhado de CBPFC, por linha
de longa duração de cada forma farmacêutica, conforme o de produção, emitido pelo órgão responsável pela
GUIA PARA A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE vigilância sanitária do país fabricante;
ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS b) Tradução juramentada do CBPFC emitido pelo órgão
DINAMIZADOS em vigor; responsável pela vigilância sanitária do país fabricante, ou
2.5.9 Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação justificativa da ausência desse documento.
e Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA, para a linha 2.7. Alteração no tamanho do lote. Este item trata do
de produção na qual o insumo inerte é fabricado - OU aumento ou diminuição do tamanho de um lote já
justificativa de ausência desse documento; registrado.
2.5.10 Novos lay-outs de bula ou folheto, rótulo e/ou Aplica-se a alterações maiores ou iguais a dez vezes o
cartucho, adequados à nova fórmula. tamanho do lote registrado desde que a capacidade dos
2.5.11 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar, equipamentos utilizados, os princípios de funcionamento
além dos requisitos anteriores: e processo de produção se mantenham.
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Será exigida a seguinte documentação:
Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a empresa 2.7.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
fabricante. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado 2.7.2 Justificativa técnica referente à solicitação;
a empresa fabricante, será aceito comprovante do pedido 2.7.3 Equipamentos utilizados na fabricação do
de inspeção extrazona acompanhado de CBPFC, por linha medicamento com detalhamento da capacidade máxima
de produção, emitido pelo órgão responsável pela individual;
vigilância sanitária do país fabricante; 2.7.4 Definição do tamanho do lote industrial e critérios
b) Tradução juramentada do CBPFC emitido pelo órgão para a identificação do lote;
responsável pela vigilância sanitária do país fabricante, ou 2.7.5 Relatório técnico com os resultados e avaliação do
justificativa da ausência desse documento. teste de estabilidade, conforme o GUIA PARA A
2.6. Alteração de produção do medicamento São REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE DE
consideradas alterações de produção do medicamento: a) MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor;
A mudança no desenho, princípio de funcionamento e 2.7.6 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
capacidade de equipamento, a exceção dos equipamentos além dos requisitos anteriores:
utilizados exclusivamente na embalagem e, ou b) a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e
Mudanças de etapas no processo de produção e, ou no Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a empresa
processo em si; fabricante. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado
c) Mudanças no método ou concentração de impregnação a empresa fabricante, será aceito comprovante do pedido
de insumos ativos. Serão exigidas a documentação e as de inspeção extrazona acompanhado de CBPFC, por linha
provas a seguir: de produção, emitido pelo órgão responsável pela
2.6.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; vigilância sanitária do país fabricante;
2.6.2 Justificativa técnica referente à solicitação; b) Tradução juramentada do CBPFC emitido pelo órgão
2.6.3 cópia de relatórios completos de produção e controle responsável pela vigilância sanitária do país fabricante, ou
de qualidade, com inclusão de cópia da ordem de justificativa da ausência desse documento.
produção; processo de produção detalhado e controle em 2.9 Alteração de potência de insumo(s) ativo(s)
processo, referente a um lote de cada apresentação do Aplica-se à alteração de potência de um ou mais
produto, por forma farmacêutica. insumo(s) ativo(s) de um medicamento já registrado a fim
2.6.4 Relatório técnico com os resultados e avaliação do de adequar o produto à legislação vigente, desde que
teste de estabilidade acelerada, conforme o GUIA PARA permaneçam inalterados a forma farmacêutica,
A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE apresentação e indicação do medicamento.
DE MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor; Será exigida a seguinte documentação:
2.6.5 Resultados preliminares (ou concluídos) do estudo 2.9.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
de estabilidade de longa duração, conforme o GUIA 2.9.2 Justificativa técnica referente à solicitação;
PARA A REA-LIZAÇÃO DE ESTUDOS DE 2.9.3 Relatórios técnicos de acordo com a legislação
ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS vigente que dispõe sobre o registro de medicamentos
DINAMIZADOS em vigor; dinamizados;

257
2.9.4 Lay-outs de novo rótulo, cartucho e bula (ou de inspeção extrazona acompanhado de CBPFC, por linha
folheto), adequados à nova potencia, de acordo com a de produção, emitido pelo órgão responsável pela
legislação vigente; vigilância sanitária do país fabricante;
2.9.5 Serão exigidos em casos de redução de insumos b) Tradução juramentada do CBPFC emitido pelo órgão
ativos: responsável pela vigilância sanitária do país fabricante, ou
2.9.5.1 _Relatório técnico com os resultados e avaliação justificativa da ausência desse documento.
do teste de estabilidade acelerada, conforme o GUIA 3.2 Inclusão de novo acondicionamento. Este item refere-
PARA A REA-LIZAÇÃO DE ESTUDOS DE se ao registro de um novo acondicionamento para um
ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS em vigor - OU produto já registrado, em que: a) a potencia, a escala e a
justificativa para a ausência deste documento forma farmacêutica se mantenham inalteradas; b) os
2.9.5.2 Resultados preliminares (ou concluídos) do estudo mesmos equipamentos sejam utilizados, com exceção dos
de estabilidade de longa duração, conforme o GUIA equipamentos utilizados exclusivamente para embalagem;
PARA A REALI-ZAÇÃO DE ESTUDOS DE c) os mesmos procedimentos operacionais padrões e
ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS em vigor - OU controles sejam empregados e sejam mantidos a mesma
justificativa para a ausência deste documento formulação e os mesmos processos de produção.
2.9.6 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar, O novo registro deferido e publicado no D.O.U. não
além dos requisitos anteriores: cancela o anterior. Caso a empresa não tenha interesse no
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação acondicionamento antigo, deverá solicitar o cancelamento
emitido pela ANVISA para a empresa fabricante ou na do registro. Será exigida a documentação seguinte:
ausência comprovante do pedido de inspeção extrazona, 3.2.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
acompanhado do Certificado de Boas Práticas de 3.22 justificativa técnica referente à solicitação;
Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de 3.2.3 relatório técnico com os resultados e avaliação do
produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância teste de estabilidade acelerada, conforme o GUIA PARA
Sanitária do País fabricante; A REALIZA-ÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE
b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas DE MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor;
de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão 3.2.4 descrição das especificações do material de
responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou acondicionamento primário;
justificativa da ausência deste documento. 3.2.5 Informar o(s) código(s) GTIN de todas as
3 INCLUSÕES PÓS-REGISTRO apresentações
3.1 Inclusão de nova apresentação comercial. Este item 3.2.6. PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
trata do registro de nova apresentação de um produto já além dos requisitos anteriores:
registrado, em que: a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
a) haja alteração apenas na quantidade ou volume da emitido pela ANVISA para a empresa fabricante ou na
unidade farmacotécnica registrada, ou haja ausência comprovante do pedido de inspeção extrazona,
inclusão/retirada de acessórios; acompanhado do Certificado de Boas Práticas de
b) se mantenham inalterados a potencia, escala , forma Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de
farmacêutica, acondicionamento primário; produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância
c) sejam utilizados os mesmos equipamentos, com Sanitária do País fabricante;
exceção dos equipamentos utilizados exclusivamente para b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas
embalagem; de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão
d) sejam empregados os mesmos procedimentos responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou
operacionais padrões e controles e mantidos a mesma justificativa da isenção deste documento.
formulação e o mesmo processo de produção. 3.3 Inclusão de nova forma farmacêutica já aprovada no
O novo registro deferido e publicado no D.O.U. não país. Este item trata da inclusão de nova forma
cancela o registro da apresentação anterior. Caso a farmacêutica para
empresa não tenha interesse na apresentação antiga, um produto já registrado. Será exigida a documentação
deverá solicitar o cancelamento do registro. seguinte:
Será exigida a seguinte documentação: 3.3.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
3.1.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; 3.3.2Justificativa técnica referente à solicitação;
3.1.2 justificativa técnica referente à solicitação; 3.3.3 Relatório técnico completo, de acordo com a
3.1.3 Lay-outs de bula (ou folheto), rótulos e cartuchos, legislação vigente que dispõe sobre o registro de
referentes à nova apresentação. medicamentos dinamizados;
3.1.4 Informar o(s) código(s) GTIN de todas as 3.3.4 Relatório técnico com os resultados e avaliação do
apresentações; teste de estabilidade acelerada, conforme o GUIA PARA
3.1.5 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar, A REALIZA-ÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE
além dos requisitos anteriores: DE MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor;
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação e 3.3.5 Lay-outs de bula (ou folheto), rótulo e/ou cartucho,
Controle (CBPFC) emitido pela ANVISA para a empresa de acordo com a legislação vigente;
fabricante. Caso a ANVISA ainda não tenha inspecionado 3.4.6 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
a empresa fabricante, será aceito comprovante do pedido além dos requisitos anteriores:
258
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação 3.5.4 Lay-outs do novo rótulo, cartucho e bula (ou
emitido pela ANVISA para a empresa fabricante OU NA folheto);
AUSÊNCIA comprovante do pedido de inspeção 3.5.5 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
extrazona,acompanhado do Certificado de Boas Práticas além dos requisitos anteriores:
de Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância emitido pela ANVISA para a empresa fabricante OU NA
Sanitária do País fabricante; AUSÊNCIA comprovante do pedido de inspeção
b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas extrazona,acompanhado do Certificado de Boas Práticas
de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão de Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de
responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância
justificativa da isenção deste documento. Sanitária do País fabricante;
3.4 Inclusão de nova indicação terapêutica - não prevista b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas
em literatura de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão
Este item trata da inclusão de nova indicação terapêutica responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou
um produto já registrado, que não esteja contemplada na justificativa da isenção deste documento.
literatura matérias médicas, Códex Antroposófico, 3.6 Inclusão de nova forma farmacêutica no País. Este
monografias da Comissão C ou D, etc (conforme o caso). item trata da inclusão de nova forma farmacêutica no País
Devem ser mantidas as mesmas potências de insumos para um produto já registrado na mesma indicação
ativos, forma farmacêutica, apresentação e processo terapêutica. Será exigida a seguinte documentação:
produtivo. 3.6.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
Será exigida a seguinte documentação: 3.6.2 Relatórios técnicos e toda a documentação de
3.4.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; acordo com a legislação vigente que dispõe sobre o
3.4.2 Justificativa técnica referente à solicitação; registro de medicamentos dinamizados ;
3.4.3 Documentação referente ao estudo clínico ou pré- 3.6.3 Justificativa para a solicitação;
clínico, ou patogenesia, ou estudo toxicológico, ou dados 3.6.4 Lay-outs de novo cartucho, rótulo e bula (ou
da literatura científica, que justifique a nova indicação folheto), conforme legislação vigente;
proposta - incluindo referências bibliográficas e cópias. 3.6.5 Informar o(s) código(s) GTIN de todas as
3.4.4 Lay-outs de novo rótulo, cartucho e bula (ou apresentações;
folheto). 3.6.6 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar,
3.4.5. PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar, além dos requisitos anteriores:
além dos requisitos anteriores: a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação emitido pela ANVISA para a empresa fabricante ou na
emitido pela ANVISA para a empresa fabricante OU NA ausência comprovante do pedido de inspeção extrazona,
AUSÊNCIA comprovante do pedido de inspeção acompanhado do Certificado de Boas Práticas de
extrazona, acompanhado do Certificado de Boas Práticas Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de
de Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância
produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do País fabricante;
Sanitária do País fabricante; b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas
b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão
de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou
responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou justificativa da isenção deste documento.
justificativa da isenção deste documento. 3.7 Inclusão de local de fabrico.
3.5 Inclusão de nova indicação terapêutica -já prevista em Trata-se de acrescentar um local de fabrico ao já
literatura Este item trata da inclusão de nova indicação registrado.
terapêutica para produtos já registrados, que já esteja Previamente, a empresa deverá realizar a produção de um
contemplada na literatura matérias médicas, Códex lote-piloto de acordo com o GUIA PARA A
Antropos[ofico, monografias da Comissão C ou D, etc PRODUÇÃO DE LOTES-PILOTO DE
(conforme o caso) -e não tenha sido solicitada por ocasião MEDICAMENTOS em vigor, devendo a documentação
do registro. Devem ser mantidas as mesmas potências de ser arquivada na empresa para fins de controle sanitário.‖
insumos ativos, forma farmacêutica, apresentação e Será exigida a seguinte documentação:
processo produtivo. 3.7.1 Cópia da Autorização de Funcionamento do novo
Será exigida a seguinte documentação: local de fabricação publicada no Diário Oficial da União
3.5.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; (DOU);
3.5.2 Justificativa técnica referente à solicitação; 3.7.2 Cópia de Licença de Funcionamento do novo local
3.5.3 Documentação referente à comprovação da de fabricação e/ou Alvará Sanitário atualizado;
indicação terapêutica alegada: 3.7.3 Cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica
referências bibliográficas e cópias. A nova indicação deve atualizado, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia;
ser comprovada com a inscrição em, no mínimo, duas 3.7.4 Declaração da formalização da prestação de serviço
referências. assinado pelos representantes legais e responsáveis
técnicos das empresas envolvidas, quando for o caso;
259
3.7.5 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; legislação vigente para rotulagem. Será exigida a seguinte
3.7.6 Justificativa referente à solicitação; documentação:
3.7.7 Localização da nova instalação; 4.4.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
3.7.8 Declaração da empresa requerente de que mantém 4.4.2 Justificativa técnica referente à solicitação;
inalterados os processos de produção e controle da 4.4.3 Novos lay-outs de rótulo e/ou cartucho.
qualidade, nos termos do Decreto n.º 79.094, de 05 de 4.5 Notificação de alteração de potência de insumo ativo
janeiro de 1977, c/c art. 15 da Lei n.º 6360, de 23 de Aplica-se à alteração de potência de um ou mais
setembro de 1976 - se for o caso; insumo(s) ativo(s) de um medicamento já registrado a fim
3.7.9 Relatórios técnicos e toda documentação de acordo de adequar o produto à legislação vigente, desde que
com a legislação vigente que dispõe sobre o registro de permaneçam inalterados a forma farmacêutica,
medicamentos dinamizados - caso haja alteração no apresentação e indicação do medicamento.
processo de produção e/ou no controle da qualidade. Será exigida a seguinte documentação:
Neste caso, peticionar também a alteração no processo de 4.5.1 Via original do comprovante de recolhimento da
produção do medicamento; taxa de fiscalização de vigilância sanitária ou de isenção,
3.7.10Relatório técnico com os resultados e avaliação do quando for o caso;
teste de estabilidade acelerada, conforme o GUIA PARA 4.5.2 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
A REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE 4.5.3 Justificativa técnica referente à solicitação;
DE MEDICAMENTOS DINAMIZADOS em vigor; 4.5.4 Relatórios técnicos de acordo com a legislação
3.7.11 Novos lay-outs de bula (ou folheto), rótulo e/ou vigente que dispõe sobre o registro de medicamentos
cartucho, identificando o novo local de fabricação de dinamizados;
acordo com a legislação vigente. 4.5.5 Enviar informações adicionais de acordo com a
3.7.12 PARA PRODUTOS IMPORTADOS: apresentar, legislação vigente sobre controle da Encefalopatia
além dos requisitos anteriores: Espongiforme Transmissível, ou justificativa da isenção
a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação deste documento;
emitido pela ANVISA para a empresa fabricante OU NA 4.5.6 Lay-outs de novo rótulo, cartucho e bula (ou
AUSÊNCIA comprovante do pedido de inspeção folheto), adequados à nova formulação, de acordo com a
extrazona, acompanhado do Certificado de Boas Práticas legislação vigente;
de Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de 4.5.7 Relatório técnico com os resultados e avaliação do
produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância teste de estabilidade acelerada, conforme o GUIA PARA
Sanitária do País fabricante; A REALIZA-ÇÃO DE ESTUDOS DE ESTABILIDADE
b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas DE MEDICAMENTOS em vigor - OU justificativa para a
de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão ausência deste documento;
responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou 4.5.8 Resultados preliminares (ou concluídos) do estudo
3.8 Inclusão nome de marca de estabilidade de longa duração, conforme o GUIA
Aplica-se quando um medicamento foi registrado com a PARA A REA-LIZAÇÃO DE ESTUDOS DE
nomenclatura oficial, e a empresa deseja passar a designá- ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS em vigor - OU
lo por nome comercial (de marca ou "de fantasia"). justificativa para a ausência deste documento;
Será exigida a seguinte documentação: 4.5.9 PARA PRODUTOS IMPORTADOS:
3.8.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; a) Cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
3.8.2 Cópia do comprovante de registro em vigor emitido pela ANVISA para a empresa fabricante OU NA
(publicação em D.O.U.); AUSÊNCIA comprovante do pedido de inspeção
3.8.3 Comprovante de comercialização do produto OU extrazona,acompanhado do Certificado de Boas Práticas
justificativa para a ausência deste documento; de Fabricação de Produtos Farmacêuticos, por linha de
3.8.4 Justificativa referente à solicitação. produção, emitido pelo órgão responsável pela Vigilância
Sanitária do País fabricante;
4. NOTIFICAÇÕES PÓS-REGISTRO b) Tradução juramentada do certificado de boas práticas
4.1 Suspensão temporária de fabricação. de fabricação e controle (BPFC) emitido pelo órgão
4.2 Reativação da fabricação de medicamento. responsável pela vigilância sanitária do País fabricante, ou
(REVOGADO PELA RDC 18/14) justificativa da isenção deste documento.
4.3 Notificação da alteração de texto de bula (ou folheto) 5. CANCELAMENTO PÓS-REGISTRO
Esta notificação é válida para todos os medicamentos já 5.1 Cancelamento de registro da apresentação do
registrados até o momento em que seja feito o primeiro medicamento a pedido.
envio eletrônico da bula de acordo com a legislação O cancelamento de registro parcial a pedido consiste no
vigente. cancelamento do registro de determinadas apresentações
Será exigida a seguinte documentação: do medicamento.
4.3.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; Será exigida a seguinte documentação:
4.3.2 Justificativa técnica referente à solicitação; 5.1.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos;
4.3.3 Lay-out da bula de acordo com a legislação vigente. 5.1.2 justificativa referente à solicitação.
4.4 Notificação da alteração de rótulo e/ou cartucho. As 5.2 Cancelamento de registro do medicamento a pedido.
modificações pleiteadas deverão estar de acordo com a O cancelamento total de registro a pedido consiste no
260
cancelamento do registro de todas as apresentações do 6.3.5. Documentação relativa ao cumprimento integral
medicamento. Será exigida a seguinte documentação: das exigências exaradas anteriormente ao arquivamento.
5.2.1 FP1 e FP2 devidamente preenchidos; 6.4 Desarquivamento de processo
5.2.2 Justificativa referente à solicitação. Será exigida a seguinte documentação:
5.3 Cancelamento do registro do medicamento por 6.4.1. Cópias dos FP1 e FP2 protocolados constantes do
transferência de titularidade processo;
Consiste no cancelamento do registro de todas as 6.4.2. Justificativa para o desarquivamento com todos os
apresentações do medicamento, por motivo de fusão, esclarecimentos pertinentes;
cisão, incorporação ou sucessão entre empresas. 6.4.3. Cópia da solicitação de arquivamento feita pela
Será exigida a seguinte documentação: empresa;
5.3.1. Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente 6.4.4. Cópia do ofício da GGMED/ANVISA acatando o
preenchidos; arquivamento da petição;
5.3.2 Justificativa técnica referente à solicitação; 6.4.5. Documentação relativa ao cumprimento integral
5.3.3. Cópia autenticada do ato jurídico de formalização das exigências exaradas anteriormente ao arquivamento.
da fusão, cisão, incorporação ou sucessão; 7.Recursos
5.3.4 Cópia do registro em vigor. 7.1 Recurso por reconsideração de indeferimento Será
5.4 Reativação do registro por ordem judicial exigida a seguinte documentação:
Trata-se da reativação de registro anteriormente cancelado 7.1.1. Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente
ou caduco, ou cuja renovação tenha sido anteriormente preenchidos;
indeferida por ordem judicial. 7.1.2. Justificativa da solicitação, contendo argumentação
Será exigida a seguinte documentação: da empresa e todos os esclarecimentos e documentos
5.4.1. Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente pertinentes;
preenchidos; 7.1.3. Dados gerais da empresa;
5.4.2. Justificativa referente à solicitação, contendo cópia 7.1.4. Procuração, se interposto por terceiros;
autenticada do ato judicial; 7.1.5. Cópia da publicação do indeferimento do pleito em
5.4.3 - Cópia da última publicação referente ao registro / DOU - ou justificativa para a ausência desse documento;
renovação de registro do produto. 7.1.6. Cópia do ofício ou comunicado de indeferimento
6. Arquivamento temporário recebido pela empresa, se houver.
6.1 Arquivamento temporário de petição. Trata-se do 7.2 Recurso contra caducidade de registro
pedido de arquivamento de uma petição secundária por Será exigida a seguinte documentação:
tempo determinado, de acordo com a legislação vigente, e 7.2.1. Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente
a vista de razões fundamentadas. preenchidos;
Será exigida a seguinte documentação: 7.2.2. Justificativa da solicitação, contendo argumentação
6.1.1.Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente da empresa e todos os esclarecimentos e documentos
preenchidos; pertinentes;
6.1.2. Justificativa técnica referente à solicitação; 7.2.3. Dados gerais da empresa;
6.1.3. Cronograma detalhado relativo ao cumprimento 7.2.4. Procuração, se interposto por terceiros;
da(s) exigência (s) ou justificativa da ausência deste 7.2.5. Cópia da publicação do indeferimento do pleito em
documento. DOU;
6.2 Arquivamento temporário de processo 7.2.6. Cópia do ofício de caducidade recebido pela
Trata-se do pedido de arquivamento de uma petição empresa, se houver.
primária por tempo determinado, de acordo com a 8. Retificações de publicação
legislação vigente, e a vista de razões fundamentadas. 8.1 Retificação de publicação - ANVISA Aplica-se
Será exigida a seguinte documentação: 6.2.1.Formulários quando o erro de publicação for de responsabilidade da
de petição FP1 e FP2 devidamente preenchidos; ANVISA. Será exigida a seguinte documentação:
6.2.2. Justificativa técnica referente à solicitação; 8.1.1. Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente
6.2.3. Cronograma detalhado relativo ao cumprimento preenchidos;
da(s) exigência (s) ou justificativa da ausência deste 8.1.2. Justificativa detalhada do pedido de retificação;
documento. 8.1.3. Cópia dos formulários de petição anteriormente
6.3 Desarquivamento de petição: Será exigida a seguinte protocolados, relacionados ao assunto de retificação;
documentação: 8.1.4. Cópia da publicação em D.O.U. pertinente à
6.3.1. Cópias dos FP1 e FP2 protocolados constantes do retificação.
processo; 8.2 Retificação de publicação - EMPRESA Aplica-se
6.3.2. Justificativa para o desarquivamento com todos os quando o erro de publicação for de responsabilidade da
esclarecimentos pertinentes; empresa. Será exigida a seguinte documentação:
6.3.3. Cópia da solicitação de arquivamento feita pela 8.2.1. Formulários de petição FP1 e FP2 devidamente
empresa; preenchidos;
6.3.4. Cópia do ofício da GGMED/ANVISA acatando o 8.2.2. Justificativa detalhada do pedido de retificação;
arquivamento da petição; 8.2.3. Cópia dos formulários de petição anteriormente
protocolados, relacionados ao assunto de retificação;
261
8.2.4. Cópia da publicação em D.O.U. pertinente à antroposófico) a descrição de sinais, sintomas e condições
retificação. clínicas deverá, para melhor compreensão pelo leigo, ser
9. Aditamento redigida em linguagem atual, comprovada a sinonímia
É toda e qualquer complementação ao processo, não entre o termo original e o seu equivalente em uso atual na
exigida formalmente, que se limita ao aprimoramento do clínica médica. Utilizar-se-á terminologia preconizada
conhecimento do objeto do processo, não resultando em pela Classificação Internacional de Doenças, CID 10, ao
manifestação diversa da anteriormente peticionada. referir sinais, sintomas e doenças.
Documentação necessária: 2.2 Indicações do medicamento ou "Para que este
4.6.1 Folha de rosto; medicamento serve?":
4.6.2 Justificativa; Descrever sucintamente qual (is) situação(ões) clínica(s)
4.6.3 Documentação a ser aditada. específica( s) o medicamento se propõe a tratar,
10. Entrega de documentação faltosaÉ a entrega de todo e destacando se é auxiliar no tratamento ou não.
qualquer documento omitido em petição previamente 2.2.1 Frase obrigatória: "A indicação deste medicamento
protocolada, exigido formalmente ou não. Documentação somente poderá ser alterada a critério do prescritor."
necessária: 2.3 Modo de uso ou "Como devo usar este
4.7.1 Folha de rosto; medicamento?":
4.7.2 Justificativa; Descrever como usar o medicamento. Indicar e detalhar a
4.7.3 Documentação a ser aditada. posologia sugerida, descrevendo a dose para cada forma
farmacêutica com as respectivas instruções de uso,
ANEXO IV intervalos de administração, duração do tratamento, bem
BULA e FOLHETO DE ORIENTAÇÕES AO como suas vias de administração.
CONSUMIDOR de MEDICAMENTOS 2.3.1 "De que forma as crianças e adultos devem ingerir o
DINAMIZADOS BULA medicamento?" - indicar instruções específicas, quando
A bula do medicamento dinamizado deverá obedecer, em houver.
ordem e conteúdo, ao seguinte: 2.3.2 Incluir as seguintes expressões com destaque:
1- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO. a) "Antes de usar observe o aspecto do medicamento". -
1.1 Nome comercial ou marca, incluir a descrição do aspecto esperado do medicamento e
1.2 Denominação dos insumos ativos, conforme características organolépticas distintivas que permitam ao
nomenclatura oficial. paciente avaliar a qualidade do mesmo.
1.3 Forma(s) farmacêutica(s), via(s) de administração e b) "Siga corretamente o modo de usar. Não
apresentação(ões). desaparecendo os sintomas, procure orientação do
1.4 Restrição de uso: inserir uma das frases em destaque, prescritor"
conforme o caso: "Uso adulto" ou "uso pediátrico" ou 2.3.3 Para medicamentos vendidos sob prescrição médica,
"uso adulto e pediátrico". acrescentar as seguintes expressões:
1.5 Composição: descrição qualitativa e quantitativa para a) "Não use medicamento sem o conhecimento do
os insumos ativos (conforme nomenclatura oficial) e prescritor".
qualitativa, para os insumos inertes. Mencionar para os Pode ser perigoso para a sua saúde"
insumos ativos a potência / escala . Mencionar abaixo da b) "Siga a orientação do prescritor, respeitando sempre os
composição a graduação alcoólica do produto final, para horários, as doses e a duração do tratamento."
formulações líquidas. c) "Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do
1.6 Peso, volume líquido ou quantidade de unidades, con- prescritor"
forme o caso. d) "Em caso de esquecimento de administração , não
1.7 Identificação da categoria do medicamento. duplicar a quantidade de medicamento na próxima
Mencionar as categorias: "Medicamento homeopático" tomada"
OU " Medicamento antihomotóxico" OU " Medicamento 2.3.4 Alertar o paciente sobre a importância de manter a
antroposófico", conforme o caso. dose e freqüência indicada pelo prescritor. Frases
2. INFORMAÇÕES AO PACIENTE. obrigatórias: "Mantenha sempre a dose e a freqüência
As informações ao paciente são obrigatórias e devem ser indicadas pelo prescritor ou o modo de tomar sugerido
escritas em linguagem acessível e de fácil compreensão e nesta bula"
podem ser na forma de perguntas e respostas, contendo as 2.4. Riscos do medicamento ou "Quando não devo usar
seguintes orientações: este medicamento?":
2.1 Ação esperada do medicamento ou "Como este Descrever as contra-indicações ou limitações da utilização
medicamento funciona?": do medicamento. Este campo da bula deve alertar
Descrever as ações do medicamento conforme os especialmente no tocante aos itens a seguir:
conhecimentos da farmacologia e terapêutica 2.4.1 Advertências: alertar para o aparecimento de
homeopática, antroposófica ou homotoxicológica sintomas novos ou agravação de sintomas atuais, quando
,conforme o caso. cabível, e incluir a frase "Informe ao prescritor o
2.1.1 A terminologia utilizada, retirada das matérias aparecimento de sintomas novos, agravação de sintomas
médicas (no caso de medicamento homeopático), do atuais ou retorno de sintomas antigos"
Códex ou Comissão C (no caso de medicamento
262
2.4.2 Intolerâncias: indicar, em forma de alerta, d) "Não observando o resultado esperado, consulte o
informações relativas aos insumos inertes. prescritor ou farmacêutico".
Podem ser usadas as frases sugeridas a seguir: e) Alertar que o uso inadequado do medicamento pode
"Atenção: este medicamento possui teor alcoólico ___" ; mascarar ou agravar sintomas.
"Este medicamento contém ÁLCOOL."; f) Mencionar que a automedicação pode gerar um
"Este medicamento contém LACTOSE."; diagnóstico falho ou duvidoso.
"Atenção diabéticos: este medicamento contém "Não se automedique, pode ser prejudicial à saúde e
SACAROSE". dificultar o diagnóstico correto do médico"
2.4.3 Incluir as frases de alerta de acordo com o Guia 2.9 Para medicamentos homeopáticos:
para"Frases de Alerta Associadas às Categorias de Risco Mensagens de esclarecimento ou "O que devo saber sobre
de Fármacos Destinados às Mulheres Grávidas". o medicamento homeopático?": acrescentar as seguintes
2.5 Que males este medicamento pode causar?": indicar frases obrigatórias:
quais os tipos mais comuns e freqüência das possíveis a) "Medicamentos homeopáticos são indicados segundo a
agravações do medicamento, obrigatoriamente somente individualidade de cada paciente, e não para doenças
para aqueles dentro da faixa de toxicidade (com tarja) nas específicas".
dinamizações 1CH, 2DH ou menor. Caso este item não b) "A dose do medicamento homeopático é
seja aplicável, não incluir na bula . individualizada para cada paciente".
a) Advertência: "Informe ao prescritor o aparecimento de 3. INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS
reações indesejáveis". DE SAÚDE.
2.6 Conduta em caso de superdose ou "O que fazer se As informações aos profissionais de saúde devem estar de
alguém usar uma grande quantidade deste medicamento acordo com as terminologias preconizadas pela
de uma só vez? " Ou "O que fazer em caso de ingestão Classificação Internacional de Doenças, CID 10, ao
acidental ou intencional do medicamento?" referir sinais, sintomas e doenças.
Descrever a conduta adequada para atendimento 3.1 Características farmacológicas: descrever o
emergencial , especialmente para medicamentos que medicamento com as suas propriedades fundamentadas
contenham insumos ativos nas dinamizações 1CH, 2DH técnico-cientificamente no âmbito da terapêutica proposta
ou menor; (homeopatia, antroposofia ou homotoxicologia).
a) acrescentar a frase: " Em caso de ingestão acidental, 3.2 Indicações terapêuticas: descrever as indicações
e/ou ingestão acima da dose sugerida/prescrita pelo terapêuticas devidamente registradas na ANVISA.
clinico ,ou em casos de sintomas que causem mal estar 3.3 Contra-indicações: descrever, quando houver, as
durante o tratamento, procure seu clinico ou contraindicações específicas ou fatores que limitem a
farmacêutico" utilização do medicamento, como hipersensibilidade aos
2.7 Cuidados de conservação e uso ou "Onde e como insumos ativos (obrigatoriamente para dinamizações
devo guardar este medicamento? Descrever cuidados 1CH, 2DH ou menor) e insumos inertes.
específicos para a guarda do medicamento e 3.4 Posologia sugerida: dose, duração do tratamento e
armazenamento. Incluir as seguintes expressões": vias de administração "Citar a dose máxima diária quando
a) "TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO o insumo ativo for considerado tóxico (tabela HPUS) e a
FORA DO ALCANCE DASCRIANÇAS". dinamização for tal que possa induzir efeitos tóxicos se
b) "Proteger da luz solar e de fontes de radiação eletro consumido além do limite estabelecido"
magnética, como por exemplo: forno de microondas, a) Detalhar a posologia para doenças específicas e
aparelho celular, televisão, etc.". situações especiais, quando for o caso.
c) "Armazenar em local seco e a temperatura ambiente b) Descrever a conduta necessária caso haja esquecimento
(15- 30ºC)". de administração (dose omitida), quando for o caso.
d)" PARA SUA SEGURANÇA, MANTENHA O 3.5 Advertências: descrever as advertências,
MEDICAMENTO NA EMBALAGEM ORIGINAL ATÉ recomendações sobre uso adequado do medicamento e
SEU USO TOTAL" restrições.
e) Este medicamento, depois de aberto, somente poderá a) Salientar risco de uso por via de administração não
ser consumido em___dias", para medicamentos que uma recomendada.
vez abertos, sofram redução de sua estabilidade antes do "As orientações e recomendações previstas na bula estão
final de seu prazo de validade original. relacionadas à via de administração indicada.O uso por
f)Demais cuidados de conservação específicos. outras vias pode envolver risco e devem estar sob a
2.8 Informações Gerais: responsabilidade do prescritor."
a) " Use o medicamento dentro do prazo de validade ". b) Indicar a categoria de risco na gravidez, incluindo as
b) "Contribua com o tratamento: relate ao prescritor todos frases de alerta de acordo com o Guia para "Frases de
os tratamentos que você já fez ou está fazendo. Atenda às Alerta Associadas às Categorias de Risco de Fármacos
sugestões do prescritor, para que seu tratamento seja Destinados às Mulheres Grávidas", quando for o caso.
eficaz" 3.6 Armazenagem: descrever condições de ambiente para
c) "Consulte um clínico regularmente. Ele avaliará conservação/estocagem do produto.
corretamente a evolução do tratamento. Siga corretamente 3.7 Identificação da categoria do medicamento. Usar as
suas orientações". frases:
263
"Este medicamento é homeopático" OU "Este
medicamento é anti-homotóxico" OU "Este medicamento
é antroposófico", conforme o caso.
4. DIZERES LEGAIS:
a) Número do registro na ANVISA/MS; consistindo
obrigatoriamente dos 13 dígitos do registro conforme
publicados no D.O.U.
b) Farmacêutico responsável e respectivo número de
inscrição no conselho regional de farmácia.
c) Nome completo e endereço do fabricante e do titular do
registro (com as indicações de "fabricado por", "embalado
por" e"distribuído por", quando for o caso).
d) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, CNPJ.
e) Telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor da
empresa.
f) Incluir os seguintes dizeres, quando for o caso:
"Venda sob prescrição médica"
"Dispensação sob prescrição médica" (para laboratórios
oficiais).
FOLHETO DE ORIENTAÇÕES AO CONSUMIDOR de
MEDICAMENTOS DINAMIZADOS
O folheto do medicamento dinamizado deverá trazer o
mesmo conteúdo exigido para as bulas, EXCETO os
seguintes itens:
2.2 Indicações do medicamento ou "Para que este
medicamento serve"?
- e subitens.
3. INFORMAÇÕES TÉCNICAS aos profissionais de
saúde –
e subitens

264
RDC nº 58 de 05/09/2007 usuários e dependentes de drogas; das normas para
(D.O.U em 06.09.2007) repressão à produção não autorizada e do tráfico ilícito de
drogas;
Dispõe sobre o aperfeiçoamento do controle e considerando as diretrizes, as prioridades e as
fiscalização de substâncias psicotrópicas anorexígenas e responsabilidades estabelecidas na Política Nacional de
dá outras providências. Medicamentos, instituída pela Portaria n° 3.916/MS/GM,
de 30 de outubro de 1998, que busca garantir condições
Observação: A RESOLUÇÃO DA DIRETORIA para segurança e qualidade dos medicamentos
COLEGIADA - RDC N° 50, DE 25 DE SETEMBRO DE consumidos no país, promover o uso racional e o acesso
2014 dispõe sobre as medidas de controle de da população àqueles considerados essenciais;
comercialização, prescrição e dispensação de Considerando a Resolução MERCOSUL/GMC/RES nº.
medicamentos que contenham as substâncias 39/99, que dispõe sobre as associações de drogas em
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus medicamentos e preparações magistrais que contenham
sais e isômeros, bem como intermediários e dá outras anorexígenos;
providências. Considerando a Resolução n° 273, de 30 de agosto de
1995, do Conselho Federal de Farmácia, que veda ao
Observação: A Lei nº 13.454, de 23 de junho de 2017, farmacêutico por tempo indeterminado a formulação de
publicada no DOU de 26 de junho de 2017, autoriza a produto magistral contendo associações medicamentosas,
produção, a comercialização e o consumo, sob prescrição que tenham em sua formulação as substâncias:
médica no modelo B2, dos anorexígenos sibutramina, dietilpropiona ou anfepramona, d-fenfluramina, l-
anfepramona, femproporex e mazindol. fenfluramina, fenproporex, manzidol, quando associadas
entre si e/ou a outras substâncias de ação no sistema
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância nervoso central (inclusive as benzodiazepinas) e/ou
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV substâncias de ação no sistema endócrino;
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº considerando a Resolução nº 1477, de 11 de julho de
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto 1997, do Conselho Federal de Medicina, que veda aos
no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento médicos a prescrição simultânea de drogas tipo
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº anfetaminas, com um ou mais dos seguintes fármacos:
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no benzodiazepínicos, diuréticos, hormônios ou extratos
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 4 hormonais e laxantes, com finalidade de tratamento da
de setembro de 2007, e obesidade ou emagrecimento;
considerando que a saúde é direito de todos e dever do Considerando o Consenso Latino-Americano de
Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas Obesidade, cuja finalidade é direcionar as recomendações
que visem à redução do risco de doença e de outros sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e na América Latina;
serviços para sua promoção, proteção e recuperação, nos Considerando o elevado risco sanitário relacionado ao
termos do art. 196 da Constituição da República consumo indiscriminado de substâncias psicotrópicas
Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988; anorexígenas e a necessidade de efetivação de medidas
considerando as disposições contidas na Lei n.º 5.991, de regulatórias que possibilitem o uso seguro de tais
17 de dezembro de 1973, e no Decreto n.º 74.170, de 10 substâncias, e
de junho de 1974, acerca do controle sanitário do Considerando a necessidade de aprimorar o regime de
comércio de drogas, medicamentos, insumos controle e fiscalização das substâncias e medicamentos
farmacêuticos e correlatos; sujeitos a controle especial, constantes das listas do
considerando as disposições contidas na Lei n.º 6.360, de Regulamento Técnico aprovado pela Portaria SVS/MS n.º
23 de setembro de 1976, e no Decreto n.º 79.094, de 5 de 344, de 12 de maio de 1998, e suas posteriores
janeiro de 1977, acerca do sistema de vigilância sanitária atualizações, bem como pela Portaria SVS/MS n. º 6, de
a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas os 29 de janeiro de 1999; resolve:
insumos farmacêuticos, correlatos e outros produtos; adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu,
considerando a finalidade institucional da Anvisa de Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
promover a proteção da saúde da população, bem como
suas atribuições legais, conforme estabelecido no art. 6º e Art.1º A prescrição, o aviamento ou a dispensação de
nos incisos I, III, XVIII e XX do art. 7º, da Lei n.º 9.782, medicamentos ou fórmulas medicamentosas que
de 1999; contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas ficam
considerando as disposições contidas na Lei n.º 11.343, de sujeitas à Notificação de Receita ―B2‖, conforme modelo
23 de agosto de 2006, e no Decreto n.º 5.912, de 27 de de talonário instituído nos termos do Anexo I desta
setembro de 2006, acerca das políticas públicas sobre Resolução.
drogas e da instituição do Sistema Nacional de Políticas §1º São consideradas substâncias psicotrópicas
Públicas sobre Drogas – SISNAD; das medidas para anorexígenas todas aquelas constantes da lista ―B2‖ e seu
prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de adendo, assim elencadas na Portaria SVS/MS nº. 344, de
12 de maio de 1998, e suas atualizações.
265
§2º A Notificação de Receita ―B2‖, de cor azul, impressa
às expensas do profissional ou instituição, terá validade
de 30 (trinta) dias contados a partir da sua emissão e
somente dentro da Unidade Federativa que concedeu a
numeração.
§3º Além do estabelecido nesta Resolução, aplicam-se em
relação à Notificação de Receita ―B2‖ todas as
disposições vigentes relativas ao preenchimento da
Notificação de Receita ―B‖, assim como a respectiva
concessão e entrega e demais competências da autoridade
sanitária.
§4º As substâncias psicotrópicas anorexígenas também
ficam sujeitas a todas às exigências estabelecidas na
legislação em vigor, relativas a escrituração e Balanços
Anuais e Trimestrais, assim como no que se refere à
Relação Mensal de Notificações de Receita ―B2‖ –
RMNRB2, conforme modelo instituído no Anexo II desta
Resolução.
ANEXO II
Art. 2° Revogado pela RDC 133/16)
(Observar a Nota Técnica da Anvisa para a Sibutramina)

Art. 3° Fica vedada a prescrição, a dispensação e o


aviamento de fórmulas de dois ou mais medicamentos,
seja em preparação separada ou em uma mesma
preparação, com finalidade exclusiva de tratamento da
obesidade, que contenham substâncias psicotrópicas
anorexígenas associadas entre si ou com as seguintes
substâncias:
I –ansiolíticas, antidepressivas, diuréticas, hormônios ou
extratos hormonais e laxantes;
II – simpatolíticas ou parassimpatolíticas.

Art. 4º Configurada infração por inobservância de


preceitos ético-profissionais, o órgão fiscalizador
comunicará o fato ao Conselho Regional da jurisdição
competente, sem prejuízo das demais cominações penais e
administrativas.

Art. 5° O descumprimento das disposições contidas nesta


Resolução constitui infração sanitária, nos termos da Lei
nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
Art. 6° Esta Resolução entra em vigor 120 dias após a
data de sua publicação.
DIRCEU RAPOSO DE MELLO

Este texto não substitui o publicado no D.O.U em


06.09.2007

ANEXO I MODELO DE TALONÁRIO “B2” PARA


SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS
ANOREXÍGENAS

266
Após análise jurídica da Procuradoria Federal
junto à ANVISA em relação às determinações relativas à
prescrição, à dispensação e ao aviamento de
medicamentos que contenham as substâncias
anorexígenas, esclarecemos que:
Nota Técnica nº. 038 – CPCON / GGFIS /  A revogação ou sustação de uma RDC não afeta
atos regularmente praticados durante a vigência
SUCOM / ANVISA
desta, todos os efeitos da normativa produzidos
anteriormente à data da revogação/sustação são
Brasília, 8 de junho 2015.
válidos, salvo disposição em contrário.
Assunto: Esclarecimentos sobre os efeitos do Decreto  Seguindo a prerrogativa exposta acima, a RDC
Legislativo que susta a Resolução da Diretoria Colegiada 25/2010 na data de sua publicação alterou a
redação do artigo 2° da RDC 58/2007, sendo
nº 52, de 6 de outubro de 2011
assim, a alteração foi efetivada anteriormente à
Com o objetivo de esclarecer questionamentos data de revogação da RDC 25/2010. Uma vez
recorrentes sobre os efeitos do Decreto Legislativo que que uma revogação não retroage à data da edição
susta a Resolução da Diretoria Colegiada nº 52, de 6 de da norma revogada, informamos que a redação
outubro de 2011 informamos o que se segue: atual da RDC 58/2007 é válida com as alterações
O Decreto Legislativo nº 273, de 4 de setembro estabelecidas pela RDC 25/2010.
de 2014, determinou a sustação da Resolução da Diretoria  Portanto, a Notificação de Receita B2 contendo
Colegiada nº 52, de 6 de outubro de 2011. medicamento à base da substância sibutramina
A RDC 52/2011 trazia disposições sobre a deve ser utilizada para tratamento igual ou
proibição do uso das substâncias anfepramona, inferior a 60 (sessenta) dias e para as demais
femproporex e mazindol, seus sais e isômeros, bem como substâncias para o tempo de tratamento igual ou
intermediários e medidas de controle da prescrição e inferior a 30 (trinta) dias.
dispensação de medicamentos que contenham a
substância sibutramina, seus sais e isômeros, bem como Atenciosamente,
intermediários.
Em 26 de setembro de 2014, foi publicada no
Diário Oficial da União a RDC 50/2014, que estabelece Coordenação de Produtos Controlados
que a prescrição, a dispensação e o aviamento de CPCON/GGFIS/SUCOM/ANVISA
medicamentos que contenham as substâncias
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, seus Observação: A Resolução – RDC nº 52, de 10 de outubro
sais e isômeros bem como intermediários, devem ser de 2011 (sustada pelo Decreto Legislativo nº 273, de 4 de
realizados de acordo com a RDC 58/2007 ou a que vier setembro de 2014, publicado no DOU de 5 de setembro
substituí-la (art. 5º). de 2014), revogou a Resolução – RDC nº 25, de 30 de
Ocorre que a RDC 58/2007 teve seu artigo 2° junho de 2010, e os incisos I, III e IV do parágrafo único
alterado pela RDC 25/2010, que passou a vigorar da do artigo 2º da Resolução - RDC Nº 58, de 05 de
seguinte forma: setembro de 2007. Ocorre que a RDC nº 25, de 2010, já
―Art. 2º tinha conferido nova redação ao artigo 2º da Resolução –
§ 1º A Notificação de Receita B2 contendo RDC nº 58, de 2007, que voltou a viger com a sustação da
medicamento à base da substância sibutramina deve ser RDC nº 52/2011 pelo Decreto Legislativo nº 273, de
utilizada para tratamento igual ou inferior a 60 (sessenta) 2014. A Resolução – RDC nº 133, de 15 de dezembro de
dias. 2016 revogou o artigo 2º da RDC nº 58, de 2007.
§ 2º Fica vedada a prescrição, a dispensação e o
aviamento de medicamentos ou fórmulas medicamentosas
que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas
com finalidade exclusiva de tratamento da obesidade
acima das Doses Diárias Recomendadas (DDR),
conforme a seguir especificado:
I - Femproporex: 50,0 mg/dia;
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia;
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)‖
A RDC 52, de 6 de outubro de 2011, revogou a
RDC 25/2010 e os incisos I, III e IV do parágrafo único
do artigo 2º da RDC 58/2007.

267
sanitária vigente, sem prejuízo da responsabilidade civil e
RDC nº. 67, de 8/10/2007 criminal cabíveis.
(D.O.U de 09.10.2007) Art. 4º Em caso de danos causados aos consumidores,
comprovadamente decorrentes de desvios da qualidade na
Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de manipulação de preparações magistrais e oficinais, as
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano farmácias estão sujeitas às penalidades previstas na
em farmácias. legislação sanitária vigente, sem prejuízo das
responsabilidades civil e criminal cabíveis dos
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância responsáveis.
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV Art. 5º Fica concedido um prazo de 360 (trezentos e
do art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. sessenta) dias, a partir da data de publicação desta
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto Resolução de Diretoria Colegiada, para o atendimento dos
no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento itens 2.7 e 2.8. do Anexo III e 180 (cento e oitenta) dias
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº. para atendimento dos demais itens do Anexo III; dos itens
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no 7.1.3, 7.1.7 (letra ―c‖), 7.3.13, 9.2 do Anexo I e dos itens
DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 2.13 e 2.14 do Anexo II.
1º de outubro de 2007, e Art. 6° A partir da data de vigência desta Resolução,
considerando a Portaria nº. 438, de 17 de junho de 2004 ficam revogadas a Resolução RDC nº 33, de 19 de abril
que criou o Grupo de Trabalho - GT responsável pela de 2000, a Resolução-RDC nº 354, de 18 de dezembro de
revisão dos procedimentos instituídos para o atendimento 2003 e a Resolução - RDC nº 214, de 12 de dezembro de
das Boas Práticas de Manipulação, incluindo as 2006.
substâncias de baixo índice terapêutico, medicamentos Art. 7° A partir da publicação desta Resolução, os novos
estéreis, substâncias altamente sensibilizantes, prescrição estabelecimentos devem atender na íntegra às exigências
de medicamentos com indicações terapêuticas não nela contidas, previamente ao seu funcionamento.
registradas na Anvisa, qualificação de matéria prima e Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
fornecedores, garantia da qualidade de medicamentos; publicação.
considerando a Portaria nº. 582, de 28 de setembro de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
2004, que alterou a composição do GT;
considerando a realização da Consulta Pública aprovada ANEXO
pela DICOL e publicada no DOU do dia 20 de abril de REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS
2004 e BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM
considerando a Audiência Pública realizada no dia 24 de FARMÁCIAS (BPMF).
agosto de 2006, 1. OBJETIVOS
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Este Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: exigidos para o exercício das atividades de manipulação
de preparações magistrais e oficinais das farmácias, desde
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Boas suas instalações, equipamentos e recursos humanos,
Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e aquisição e controle da qualidade da matéria-prima,
Oficinais para Uso Humano em farmácias e seus Anexos. armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição,
Art. 2º A farmácia é classificada conforme os 6 (seis) manipulação, fracionamento, conservação, transporte,
grupos de atividades estabelecidos no Regulamento dispensação das preparações, além da atenção
Técnico desta Resolução, de acordo com a complexidade farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à
do processo de manipulação e das características dos garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e
insumos utilizados, para fins do atendimento aos critérios promoção do seu uso seguro e racional.
de Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF). 2. ABRANGÊNCIA
Art. 3º O descumprimento das disposições deste As disposições deste Regulamento Técnico se aplicam a
Regulamento Técnico e seus anexos sujeita os todas as Farmácias que realizam qualquer das atividades
responsáveis às penalidades previstas na legislação nele previstas, excluídas as farmácias que manipulam
Soluções para Nutrição Parenteral, Enteral e Concentrado
Polieletrolítico para Hemodiálise (CPHD).

268
3.
GRUPOS DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA FARMÁCIA

GRUPOS ATIVIDADES/NATUREZA DOS DISPOSIÇÕES A SEREM ATENDIDAS


INSUMOS MANIPULADOS
GRUPO I Manipulação de medicamentos a partir de Regulamento Técnico e Anexo I
insumos/matérias primas, inclusive de
origem vegetal.
GRUPO II Manipulação de substâncias de baixo índice Regulamento Técnico e Anexos I e II
terapêutico
GRUPO III Manipulação de antibióticos, hormônios, Regulamento Técnico e Anexos I e III
citostáticos e substâncias sujeitas a controle
especial.
GRUPO IV Manipulação de produtos estéreis Regulamento Técnico e Anexos I e IV
GRUPO V Manipulação de medicamentos Regulamento Técnico e Anexos I (quando
homeopáticos aplicável) e V
GRUPO VI Manipulação de doses unitárias e Regulamento Técnico, Anexos I (no que couber),
unitarização de dose de medicamentos em Anexo IV (quando couber) e Anexo VI
serviços de saúde

ANEXOS

ANEXO I Boas Práticas de Manipulação em Farmácias


ANEXO II Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo Índice
Terapêutico
ANEXO III Boas Práticas de Manipulação de Antibióticos, Hormônios, Citostáticos e
Substâncias Sujeitas a Controle Especial
ANEXO IV Boas Práticas de Manipulação de Produtos Estéreis
ANEXO V Boas Práticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas
ANEXO VI Boas Práticas para Preparação de Dose Unitária e Unitarização de Doses
de Medicamento em Serviços de Saúde
ANEXO VII Roteiro de Inspeção para Farmácia
ANEXO VIII Padrão Mínimo para Informações ao Paciente, Usuários de Fármacos de
Baixo Índice Terapêutico

269
4. DEFINIÇÕES Bioterápico: preparação medicamentosa de uso
Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as homeopático obtida a partir de produtos biológicos,
seguintes definições: quimicamente indefinidos: secreções, excreções, tecidos e
Água para produtos estéreis: é aquela que atende às órgãos, patológicos ou não, produtos de origem microbiana
especificações farmacopéicas para "água para e alérgenos.
injetáveis&#8221;;. Bioterápico de estoque: Produto cujo insumo ativo é
Água purificada: é aquela que atende às especificações constituído por amostras preparadas e fornecidas por
farmacopéicas para este tipo de água. laboratórios especializados.
Ajuste: operação destinada a fazer com que um instrumento Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF):
de medida tenha desempenho compatível com o seu uso, conjunto de medidas que visam assegurar que os produtos
utilizando-se como referência um padrão de trabalho manipulados sejam consistentemente manipulados e
(padrão de controle). controlados, com padrões de qualidade apropriados para o
Ambiente - espaço fisicamente determinado e especializado uso pretendido e requerido na prescrição.
para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), Calibração: conjunto de operações que estabelecem, sob
caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. condições especificadas, a relação entre os valores
Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma indicados por um instrumento de medição, sistema ou
área. valores apresentados por um material de medida,
Antecâmara: espaço fechado com duas ou mais portas, comparados àqueles obtidos com um padrão de referência
interposto entre duas ou mais áreas, com o objetivo de correspondente.
controlar o fluxo de ar entre ambas, quando precisarem ser Chemical Abstracts Service (CAS): Referência
adentradas. internacional de substâncias químicas.
Área - ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de Colírio: solução ou suspensão estéril, aquosa ou oleosa,
uma das faces. contendo uma ou várias substâncias medicamentosas
Área de dispensação: área de atendimento ao usuário destinadas à instilação ocular.
destinada especificamente para a entrega dos produtos e Contaminação cruzada: contaminação de determinada
orientação farmacêutica. matéria-prima, produto intermediário ou produto acabado
Assistência farmacêutica: conjunto de ações e serviços com outra matéria-prima ou produto, durante o processo de
relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as manipulação.
ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve Controle de qualidade: conjunto de operações
o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma (programação, coordenação e execução) com o objetivo de
de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de verificar a conformidade das matérias primas, materiais de
qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos embalagem e do produto acabado, com as especificações
medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da estabelecidas.
utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre Controle em processo: verificações realizadas durante a
medicamentos e a educação permanente dos profissionais manipulação de forma a assegurar que o produto esteja em
de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso conformidade com as suas especificações.
racional de medicamentos. Data de validade: data impressa no recipiente ou no rótulo
Atenção farmacêutica: é um modelo de prática do produto, informando o tempo durante o qual se espera
farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência que o mesmo mantenha as especificações estabelecidas,
Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, desde que estocado nas condições recomendadas.
comportamentos, habilidades, compromissos e co- Denominação Comum Brasileira (DCB): nome do fármaco
responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e ou princípio farmacologicamente ativo aprovado pelo órgão
recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de federal responsável pela vigilância sanitária.
saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, Denominação Comum Internacional (DCI): nome do
visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovado
resultados definidos e mensuráveis, voltados para a pela Organização Mundial da Saúde.
melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve Desinfetante: saneante domissanitário destinado a destruir,
envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as indiscriminada ou seletivamente, microorganismos, quando
suas especificidades bio-psico-sociais, sob a ótica da aplicado em objetos inanimados ou ambientes.
integralidade das ações de saúde. Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros de
Auto-isoterápico: bioterápico cujo insumo ativo é obtido do qualidade estabelecidos para um produto ou processo.
próprio paciente (cálculos, fezes, sangue, secreções, urina e Dinamização: resultado do processo de diluição seguida de
outros) e só a ele destinado. sucussões e/ou triturações sucessivas do fármaco em
Base galênica: preparação composta de uma ou mais insumo inerte adequado, com a finalidade de
matérias-primas, com fórmula definida, destinada a ser desenvolvimento do poder medicamentoso.
utilizada como veículo/excipiente de preparações Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de
farmacêuticas. drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
a título remunerado ou não.
270
Documentação normativa: procedimentos escritos que manipulação de determinada quantidade (lote) de um
definem a especificidade das operações para permitir o produto.
rastreamento dos produtos manipulados nos casos de Fracionamento: procedimento que integra a dispensação de
desvios da qualidade. medicamentos na forma fracionada efetuado sob a
Droga: substância ou matéria-prima que tenha finalidade supervisão e responsabilidade de profissional farmacêutico
medicamentosa ou sanitária. habilitado, para atender à prescrição ou ao tratamento
Embalagem primária: Acondicionamento que está em correspondente nos casos de medicamentos isentos de
contato direto com o produto e que pode se constituir em prescrição, caracterizado pela subdivisão de um
recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, medicamento em frações individualizadas, a partir de sua
removível ou não, destinado a envasar ou manter, cobrir ou embalagem original, sem rompimento da embalagem
empacotar matérias primas, produtos semi-elaborados ou primária, mantendo seus dados de identificação.
produtos acabados. Franquia: é um contrato onde uma empresa, mediante
Embalagem secundária: a que protege a embalagem pagamento, permite a outra explorar sua marca e seus
primária para o transporte, armazenamento, distribuição e produtos, prestando-lhe contínuo auxilio técnico.
dispensação. Garantia da qualidade: esforço organizado e documentado
Equipamentos de proteção individual (EPIs): equipamentos dentro de uma empresa no sentido de assegurar as
ou vestimentas apropriadas para proteção das mãos (luvas), características do produto, de modo que cada unidade do
dos olhos (óculos), da cabeça (toucas), do corpo (aventais mesmo esteja de acordo com suas especificações.
com mangas longas), dos pés (sapatos próprios para a Germicida: produto que destrói microorganismos,
atividade ou protetores de calçados) e respiratória especialmente os patogênicos.
(máscaras). Heteroisoterápico: Bioterápico cujos insumos ativos são
Especialidade farmacêutica: produto oriundo da indústria externos ao paciente e que, de alguma forma, o
farmacêutica com registro na Agência Nacional de sensibilizam (alérgenos, poeira, pólen, solvente e outros).
Vigilância Sanitária e disponível no mercado. Inativação: processo pelo qual se elimina, por meio de
Estabelecimento de saúde: nome genérico dado a qualquer calor, a energia medicamentosa impregnada nos utensílios e
local ou ambiente físico destinado à prestação de embalagem primária para sua utilização.
assistência sanitária à população em regime de internação Inativação microbiana: eliminação da patogenicidade dos
e/ou não internação, qualquer que seja o nível de auto-isoterápicos e bioterápicos pela ação de agentes físicos
categorização. e/ou químicos.
Farmácia de atendimento privativo de unidade Hospitalar: Injetável: preparação para uso parenteral, estéril e
unidade clínica de assistência técnica e administrativa, apirogênica, destinada a ser injetada no corpo humano.
dirigida por farmacêutico, integrada funcional e Insumo ativo homeopático: droga, fármaco ou forma
hierarquicamente às atividades hospitalares. farmacêutica básica ou derivada que constitui insumo ativo
Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas para o prosseguimento das dinamizações.
magistrais e oficinais, de comércio de drogas, Insumo: Matéria-prima e materiais de embalagem
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, empregados na manipulação e acondicionamento de
compreendendo o de dispensação e o de atendimento preparações magistrais e oficinais.
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra Insumo inerte: substância complementar, de natureza
equivalente de assistência médica. definida, desprovida de propriedades farmacológicas ou
Filtro HEPA: filtro para ar de alta eficiência com a terapêuticas, nas concentrações utilizadas, e empregada
capacidade de reter 99,97% das partículas maiores de como veículo ou excipiente, na composição do produto
0,3µm de diâmetro. final.
Forma Farmacêutica: estado final de apresentação que os Isoterápico: bioterápico cujo insumo ativo pode ser de
princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais origem endógena ou exógena (alérgenos, alimentos,
operações farmacêuticas executadas com ou sem a adição cosméticos, medicamentos, toxinas e outros).
de excipientes apropriados, a fim de facilitar a sua Laboratório Industrial Homeopático: é aquele que fabrica
utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com produtos oficinais e outros, de uso em homeopatia, para
características apropriadas a uma determinada via de venda a terceiros devidamente legalizados perante as
administração. autoridades competentes.
Forma Farmacêutica Básica: preparação que constitui o Local: espaço fisicamente definido dentro de uma área ou
ponto inicial para a obtenção das formas farmacêuticas sala para o desenvolvimento de determinada atividade.
derivadas. Lote ou partida: quantidade definida de matéria prima,
Forma Farmacêutica Derivada: preparação oriunda da material de embalagem ou produto, obtidos em um único
forma farmacêutica básica ou da própria droga e obtida processo, cuja característica essencial é a homogeneidade.
pelo processo de dinamização. Manipulação: conjunto de operações farmacotécnicas, com
Fórmula padrão: documento ou grupo de documentos que a finalidade de elaborar preparações magistrais e oficinais e
especificam as matérias-primas com respectivas fracionar especialidades farmacêuticas para uso humano.
quantidades e os materiais de embalagem, juntamente com Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas para
a descrição dos procedimentos, incluindo instruções sobre o acondicionamento das preparações manipuladas.
controle em processo e precauções necessárias para a
271
Matéria-prima: substância ativa ou inativa com qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos
especificação definida, que se emprega na preparação dos manipuladores.
medicamentos e demais produtos. Produto estéril: aquele utilizado para aplicação parenteral
Matriz: forma farmacêutica derivada, preparada segundo os ou ocular, contido em recipiente apropriado.
compêndios homeopáticos reconhecidos Produto de higiene: produto para uso externo, anti-séptico
internacionalmente, que constitui estoque para as ou não, destinado ao asseio ou à desinfecção corporal,
preparações homeopáticas. compreendendo os sabonetes, xampus, dentifrícios,
Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido enxaguatórios bucais, antiperspirantes, desodorantes,
ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa produtos para barbear e após o barbear, estípticos e outros.
ou para fins de diagnóstico. Quarentena: retenção temporária de insumos, preparações
Medicamento homeopático: toda preparação farmacêutica básicas ou preparações manipuladas, isolados fisicamente
preparada segundo os compêndios homeopáticos ou por outros meios que impeçam a sua utilização,
reconhecidos internacionalmente, obtida pelo método de enquanto esperam decisão quanto à sua liberação ou
diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas, rejeição.
para ser usada segundo a lei dos semelhantes de forma Rastreamento: é o conjunto de informações que permite o
preventiva e/ou terapêutica. acompanhamento e revisão de todo o processo da
Nomenclatura: nome científico, de acordo com as regras preparação manipulada.
dos códigos internacionais de nomenclatura botânica, Reanálise: análise realizada em matéria-prima previamente
zoológica, biológica, química e farmacêutica, assim como analisada e aprovada, para confirmar a manutenção das
Nomes Homeopáticos consagrados pelo uso e os existentes especificações estabelecidas pelo fabricante, dentro do seu
em Farmacopéias, Códices, Matérias Médicas e obras prazo de validade.
científicas reconhecidas, para designação das preparações Recipiente: embalagem primária destinada ao
homeopáticas. acondicionamento, de vidro ou plástico, que atenda aos
Número de lote: designação impressa em cada unidade do requisitos estabelecidos em legislação vigente.
recipiente constituída de combinações de letras, números ou Risco químico: potencial mutagênico, carcinogênico e/ou
símbolos, que permite identificar o lote e, em caso de teratogênico.
necessidade, localizar e revisar todas as operações Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como os
praticadas durante todas as etapas de manipulação. dizeres pintados ou gravados a fogo, pressão ou decalco,
Ordem de manipulação: documento destinado a aplicado diretamente sobre a embalagem primária e
acompanhar todas as etapas de manipulação. secundária do produto.
Perfil de dissolução: representação gráfica ou numérica de Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e
vários pontos resultantes da quantificação do fármaco, ou com porta(s).
componente de interesse, em períodos determinados, Sala classificada ou sala limpa: sala com controle ambiental
associado à desintegração dos elementos constituintes de definido em termos de contaminação por partículas viáveis
um medicamento ou produto, em um meio definido e em e não viáveis, projetada e utilizada de forma a reduzir a
condições específicas. introdução, a geração e a retenção de contaminantes em seu
Prazo de validade: período de tempo durante o qual o interior.
produto se mantém dentro dos limites especificados de Sala de manipulação: Sala destinada à manipulação de
pureza, qualidade e identidade, na embalagem adotada e fórmulas.
estocado nas condições recomendadas no rótulo. Sala de manipulação homeopática: sala destinada à
Preparação: procedimento farmacotécnico para obtenção do manipulação exclusiva de preparações homeopáticas.
produto manipulado, compreendendo a avaliação Sala de paramentação: sala de colocação de EPI’s que serve
farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de barreira física para o acesso às salas de manipulação.
de substâncias ou produtos industrializados, envase, Saneante domissanitário: substância ou preparação
rotulagem e conservação das preparações. destinada à higienização, desinfecção ou desinfestação de
Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia, a ambientes e superfícies.
partir de uma prescrição de profissional habilitado, Sessão de manipulação: tempo decorrido para uma ou mais
destinada a um paciente individualizado, e que estabeleça manipulações sob as mesmas condições de trabalho, por um
em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia mesmo manipulador, sem qualquer interrupção do
e modo de usar. processo.
Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja Soluções Parenterais de Grande Volume (SPGV): solução
fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em em base aquosa, estéril, apirogênica, acondicionada em
Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. recipiente único de 100mL ou mais, com esterilização
Procedimento asséptico: operação realizada com a final.
finalidade de preparar produtos para uso parenteral e ocular Substância de baixo índice terapêutico: é aquela que
com a garantia de sua esterilidade. apresenta estreita margem de segurança, cuja dose
Procedimento operacional padrão (POP): descrição terapêutica é próxima da tóxica.
pormenorizada de técnicas e operações a serem utilizadas Tintura-mãe: é a preparação líquida, resultante da ação
na farmácia, visando proteger e garantir a preservação da dissolvente e/ou extrativa de um insumo inerte sobre uma

272
determinada droga, considerada uma forma farmacêutica 5.7. É de responsabilidade da Administração Pública ou
básica. Privada, responsável pela Farmácia, prever e prover os
Unidade formadora de colônia (UFC): colônias isoladas de recursos humanos, infra-estrutura física, equipamentos e
microrganismos viáveis, passíveis de contagem e obtidas a procedimentos operacionais necessários à
partir da semeadura, em meio de cultura específico. operacionalização das suas atividades e que atendam às
Utensílio: objeto que serve de meio ou instrumento para as recomendações deste Regulamento Técnico e seus Anexos.
operações da manipulação farmacêutica. 5.8. A licença de funcionamento, expedida pelo órgão de
Validação: ato documentado que ateste que qualquer Vigilância Sanitária local, deve explicitar os grupos de
procedimento, processo, material, atividade ou sistema atividades para os quais a farmácia está habilitada. Quando
esteja realmente conduzindo aos resultados esperados. o titular da licença de funcionamento for uma unidade
Verificação: operação documentada para avaliar o hospitalar ou qualquer equivalente de assistência médica, a
desempenho de um instrumento, comparando um parâmetro inspeção para a concessão da licença deve levar em conta
com determinado padrão. o(s) grupo(s) de atividade(s) para os quais a farmácia deste
Vestiário: área para guarda de pertences pessoais, troca e estabelecimento pode ser habilitada.
colocação de uniformes. 5.9. A Farmácia pode se habilitar para executar atividades
5. CONDIÇÕES GERAIS de um ou mais grupos referidos no item 3 deste
5.1. As BPMF estabelecem para as farmácias os requisitos Regulamento, devendo, cumprir todas suas disposições
mínimos para a aquisição e controle de qualidade da gerais bem como as disposições estabelecidas no(s)
matéria-prima, armazenamento, manipulação, anexo(s) específicos(s).
fracionamento, conservação, transporte e dispensação de 5.9.1. No caso de um medicamento se enquadrar nas
preparações magistrais e oficinais, obrigatórios à características de mais de um grupo de atividades, devem
habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício ser atendidas as disposições constantes de todos os anexos
dessas atividades, devendo preencher os requisitos abaixo envolvidos.
descritos e ser previamente aprovadas em inspeções 5.10. Em caráter excepcional, considerado o interesse
sanitárias locais: público, desde que comprovada a inexistência do produto
a) estar regularizada nos órgãos de Vigilância Sanitária no mercado e justificada tecnicamente a necessidade da
competente, conforme legislação vigente; manipulação, poderá a farmácia:
b) atender às disposições deste Regulamento Técnico e dos 5.10.1. Ser contratada, conforme legislação em vigor, para
anexos que forem aplicáveis; o atendimento de preparações magistrais e oficinais,
c) possuir o Manual de Boas Práticas de Manipulação; requeridas por estabelecimentos hospitalares e congêneres.
d) possuir Autorização de Funcionamento de Empresa 5.10.2. Atender requisições escritas de profissionais
(AFE) expedida pela ANVISA, conforme legislação habilitados, de preparações utilizadas na atividade clínica
vigente; ou auxiliar de diagnóstico para uso exclusivamente no
e) possuir Autorização Especial, quando manipular estabelecimento do requerente.
substâncias sujeitas a controle especial. 5.10.3. As preparações de que tratam os itens 5.10.1 e
5.2. As farmácias devem seguir as exigências da legislação 5.10.2 deverão ser rotulados conforme descrito nos itens
sobre gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, em 12.1 e 12.2 do Anexo I deste Regulamento.
especial a RDC/ANVISA n° 306, de 07 de dezembro de 5.10.3.1. Quando se tratar de atendimento não
2004, ou outra que venha atualizá-la ou substituí-la, bem individualizado no lugar do nome do paciente deverá
como os demais dispositivos e regulamentos sanitários, constar do rótulo o nome e endereço da instituição
ambientais ou de limpeza urbana, federais, estaduais, requerente.
municipais ou do Distrito Federal. 5.10.4. As justificativas técnicas, os contratos e as
5.3. As farmácias que mantêm filiais devem possuir requisições devem permanecer arquivadas na farmácia pelo
laboratórios de manipulação funcionando em todas elas, prazo de um ano, à disposição das autoridades sanitárias.
não sendo permitidas filiais ou postos exclusivamente para 5.11. Medicamentos manipulados em farmácia de
coleta de receitas, podendo porém, a farmácia centralizar a atendimento privativo de unidade hospitalar ou qualquer
manipulação de determinados grupos de atividades em sua equivalente de assistência médica, somente podem ser
matriz ou qualquer de suas filiais, desde que atenda às utilizados em pacientes internados ou sob os cuidados da
exigências desta Resolução. própria instituição, sendo vedada a comercialização dos
5.4. Drogarias, ervanárias e postos de medicamentos não mesmos.
podem captar receitas com prescrições magistrais e 5.12. A farmácia pode transformar especialidade
oficinais, bem como não é permitida a intermediação entre farmacêutica, em caráter excepcional quando da
farmácias de diferentes empresas. indisponibilidade da matéria prima no mercado e ausência
5.5. É facultado à farmácia centralizar, em um de seus da especialidade na dose e concentração e ou forma
estabelecimentos, as atividades do controle de qualidade, farmacêutica compatíveis com as condições clínicas do
sem prejuízo dos controles em processo necessários para paciente, de forma a adequá-la à prescrição.
avaliação das preparações manipuladas. 5.12.1. O procedimento descrito no item 5.12. deve ser
5.6. A manipulação e a dispensação de medicamentos realizado somente quando seja justificado tecnicamente ou
contendo substâncias sujeitas a controle especial devem com base em literatura científic.
atender à legislação específica em vigor.
273
5.12.2. O medicamento obtido deve ter seu prazo de 5.18.1. O Responsável pela manipulação, inclusive pela
validade estabelecido conforme as disposições do item 15.4 avaliação das prescrições é o farmacêutico, com registro no
do Anexo I. seu respectivo Conselho Regional de Farmácia.
5.13. Não é permitida à farmácia a dispensação de 5.18.1.1. A avaliação farmacêutica das prescrições, quanto
medicamentos manipulados em substituição a à concentração, viabilidade e compatibilidade físico-
medicamentos industrializados, sejam de referência, química e farmacológica dos componentes, dose e via de
genéricos ou similares. administração, deve ser feita antes do início da
5.14. Não é permitida a exposição ao público de produtos manipulação.
manipulados, com o objetivo de propaganda, publicidade 5.18.2. Quando a dose ou posologia dos produtos prescritos
ou promoção. ultrapassar os limites farmacológicos ou a prescrição
5.16. Franquia em farmácias. apresentar incompatibilidade ou interações potencialmente
5.16.1. Nos casos de franquia, as empresas franqueadoras perigosas, o farmacêutico deve solicitar confirmação
são solidariamente responsáveis pela garantia dos padrões expressa do profissional prescritor. Na ausência ou negativa
de qualidade dos produtos das franqueadas. de confirmação, a farmácia não pode aviar e/ou dispensar o
5.16.2. As farmácias de empresas franqueadoras e empresas produto.
franqueadas devem atender os requisitos deste 5.18.3. Não é permitido fazer alterações nas prescrições de
Regulamento Técnico e os anexos que forem aplicáveis. medicamentos à base de substâncias incluídas nas listas
5.16.3. Deve ser firmado contrato escrito entre constantes do Regulamento Técnico sobre substâncias e
franqueadora e franqueada que estabeleça claramente as medicamentos sujeitos a controle especial e nas suas
atribuições e responsabilidades de cada uma das partes. atualizações.
5.16.4. As análises de controle de qualidade passíveis de 5.18.4. A avaliação da prescrição deve observar os
terceirização poderão ser realizadas pela franqueadora para seguintes itens:
as franqueadas mediante estabelecimento de contrato entre a) legibilidade e ausência de rasuras e emendas;
as partes. b) identificação da instituição ou do profissional prescritor
5.17. Prescrição de medicamentos manipulados. com o número de registro no respectivo Conselho
5.17.1. Os profissionais legalmente habilitados, respeitando Profissional, endereço do seu consultório ou da instituição a
os códigos de seus respectivos conselhos profissionais, são que pertence;
os responsáveis pela prescrição das preparações magistrais c) identificação do paciente;
de que trata este Regulamento Técnico e seus Anexos. d) endereço residencial do paciente ou a localização do
(Redação dada pela RDC 87/08 ) leito hospitalar para os casos de internação;
5.17.2. A prescrição ou indicação, quando realizada pelo e) identificação da substância ativa segundo a DCB ou DCI,
farmacêutico responsável, também deve obedecer aos concentração/dosagem, forma farmacêutica, quantidades e
critérios éticos e legais previstos."(NR) (Redação dada pela respectivas unidades;
RDC 87/08) f) modo de usar ou posologia;
5.17.3. Para a dispensação de preparações magistrais g) duração do tratamento;
contendo substâncias sujeitas a controle especial devem ser i) local e data da emissão;
atendidas todas as demais exigências da legislação h) assinatura e identificação do prescritor.
específica. 5.18.5. A ausência de qualquer um dos itens do 5.18.4 pode
5.17.4. Em respeito à legislação e códigos de ética vigentes, acarretar o não atendimento da prescrição.
os profissionais prescritores são impedidos de prescrever 5.18.6. Com base nos dados da prescrição, devem ser
fórmulas magistrais contendo código, símbolo, nome da realizados e registrados os cálculos necessários para a
fórmula ou nome de fantasia, cobrar ou receber qualquer manipulação da formulação, observando a aplicação dos
vantagem pecuniária ou em produtos que o obrigue a fazer fatores de conversão, correção e equivalência, quando
indicação de estabelecimento farmacêutico, motivo pelo aplicável.
qual o receituário usado não pode conter qualquer tipo de 5.18.7. Quando a prescrição contiver substâncias sujeitas a
identificação ou propaganda de estabelecimento controle especial, deve atender também a legislação
farmacêutico. específica.
5.17.5. No caso de haver necessidade de continuidade do 5.19. Todo o processo de manipulação deve ser
tratamento, com manipulação do medicamento constante de documentado, com procedimentos escritos que definam a
uma prescrição por mais de uma vez, o prescritor deve especificidade das operações e permitam o rastreamento
indicar na receita a duração do tratamento. dos produtos.
5.17.5.1 Na ausência de indicação na prescrição sobre a 5.19.1. Os documentos normativos e os registros das
duração de tratamento, o farmacêutico só poderá efetuar a preparações magistrais e oficinais são de propriedade
repetição da receita, após confirmação expressa do exclusiva da farmácia e devem ser apresentados à
profissional prescritor. Manter os registros destas autoridade sanitária, quando solicitados.
confirmações, datados e assinados pelo farmacêutico 5.19.2. Quando solicitado pelos órgãos de vigilância
responsável." (Inclusão dada pela RDC 87/08) sanitária competentes, devem os estabelecimentos prestar
5.18. Responsabilidade Técnica. as informações e/ou proceder à entrega de documentos, nos
prazos fixados a fim de não obstarem a ação de vigilância e
as medidas que se fizerem necessárias.
274
5.20. Inspeções. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
5.20.1. As farmácias estão sujeitas a inspeções sanitárias Resolução nº 328, de 22 de julho de 1999. Dispõe sobre os
para verificação do cumprimento das Boas Práticas de requisitos exigidos para a dispensação de produtos de
Manipulação em Farmácias, com base nas exigências deste interesse à saúde em farmácias e drogarias. Diário Oficial
Regulamento, devendo a fiscalização ser realizada por da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
equipe integrada, no mínimo, por um profissional Brasília, DF, 26 de julho de 1999, Seção 1.
farmacêutico. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.2. As inspeções sanitárias devem ser realizadas com Nº 33, de 19 de abril de 2000. Aprova o Regulamento
base nas disposições da norma e do Roteiro de Inspeção do Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de
Anexo VII. Medicamentos em Farmácias e seus Anexos. Diário Oficial
5.20.3. Os critérios para a avaliação do cumprimento dos da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
itens do Roteiro de Inspeção, visando à qualidade do Brasília, DF, republicação de 08 de janeiro de 2001, Seção
medicamento manipulado, baseiam-se no risco potencial 1.
inerente a cada item. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.4. Considera-se item IMPRESCINDÍVEL (I) aquele Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o
que pode influir em grau crítico na qualidade, segurança e Regulamento Técnico para o planejamento, programação,
eficácia das preparações magistrais ou oficinais e na elaboração e avaliação de projetos físicos de
segurança dos trabalhadores em sua interação com os estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da
produtos e processos durante a manipulação. República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília,
5.20.5. Considera-se item NECESSÁRIO (N) aquele que DF, 20 de março de 2002, Seção 1.
pode influir em grau menos crítico na qualidade, segurança BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
e eficácia das preparações magistrais ou oficinais e na Nº 79 de 11 de abril de 2003. Compêndios internacionais
segurança dos trabalhadores em sua interação com os reconhecidos, na ausência de monografia oficial de
produtos e processos durante a manipulação. matérias-primas, formas farmacêuticas, correlatos e
5.20.6. Considera-se RECOMENDÁVEL (R) aquele item métodos gerais inscritos na Farmacopéia Brasileira.
que pode influir em grau não crítico na qualidade, BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
segurança e eficácia das preparações magistrais ou oficinais Nº 173, de 8 de julho de 2003 - republicada no DOU de
e na segurança dos trabalhadores em sua interação com os 10/7/03 - Modifica a RDC 328/99. Altera o item 5 do
produtos e processos durante a manipulação. Anexo da Resolução - RDC n.º 328, de 22 de julho de
5.20.7. Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele 1999, que dispõe sobre os requisitos exigidos para a
que oferece subsídios para melhor interpretação dos demais dispensação de produtos de interesse à saúde em farmácias
itens. e drogarias. Diário Oficial da República Federativa do
5.20.8. O item (N) não cumprido após a primeira inspeção Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 9 de julho de 2003,
passa a ser tratado automaticamente como (I) na inspeção Seção 1.
subseqüente. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
5.20.9. O item (R) não cumprido após a primeira inspeção Nº 354 de 18 de dezembro de 2003. Regulamento Técnico
passa a ser tratado automaticamente como (N) na inspeção que trata sobre a manipulação de produtos farmacêuticos,
subseqüente, mas nunca passa a (I). em todas as formas farmacêuticas de uso interno, que
5.20.10. Os itens (I), (N) e (R) devem ser respondidos com contenham substâncias de baixo índice terapêutico, aos
SIM ou NÃO. estabelecimentos farmacêuticos que cumprirem as
5.20.11. São passíveis de sanções aplicadas pelo órgão de condições especificadas. Diário Oficial da República
Vigilância Sanitária competente, as infrações que derivam Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 de
do não cumprimento deste Regulamento Técnico e seus dezembro de 2003, Seção 1.
anexos e dos itens do Roteiro de Inspeção, constante do BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
Anexo VII, considerando o risco potencial à saúde inerente Nº 45 de 12 de março de 2003. Regulamento Técnico de
a cada item, sem prejuízo de outras ações legais que Boas Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP)
possam corresponder em cada caso. em Serviços de Saúde. Diário Oficial da República
6. REFERÊNCIAS. Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, de 13
ASHP technical assistance bulletin on quality assurance for de março de 2003, Seção 1.
pharmacy: prepared sterile products. Am. J. Hosp. Pharm. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
N. 50, p. 2386-2398, 1993. Nº 220 de 21 de setembro de 2004. Regulamento Técnico
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS de Funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica.
HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder
homeopática. 3a ed. Ampliação dos aspectos técnicos e Executivo, Brasília, DF, 23 de setembro de 2004, Seção 1.
práticos das preparações homeopáticas. São Paulo, 2003. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS Nº 306 de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o
FARMACÊUTICOS: Tradução pelo Ministério da Saúde, Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos
autorizada pela Organização Mundial de Saúde OMS. de Serviços de Saúde. Diário Oficial da República
Brasília, p. 146; 1994. Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 de
dezembro de 2004, Seção 1.
275
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC providências. Diário Oficial da República Federativa do
Nº 111 de 29 de abril de 2005. Aprova as instruções para Brasil, Brasília, 29 out. 1976.
utilização da lista das Denominações Comuns Brasileiras. BRASIL. Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder infrações à legislação sanitária federal, estabelece as
Executivo, Brasília, DF, 16 de junho de 2005, Seção 1. sanções respectivas, e dá outras providências. Diário
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 ago.
Nº 80 de 11 de maio de 2006. Dispõe sobre o 1977.
fracionamento de medicamentos em farmácias e drogarias. BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Defesa do Consumidor. Diário Oficial da República
Executivo, Brasília, DF, 12 de maio de 2006, Seção 1. Federativa do Brasil, Brasília, v. 128, nº 176, supl., p. 1, 12
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC set. 1990. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS
Nº 83 de 16 de maio de 2006. Dispõe sobre a revisão e nº3523 de 26 ago. 1998 - Diário Oficial da União 31 ago.
atualização das Denominações Comuns Brasileiras (DCB) 1998 Regulamento Técnico referentes às medidas
para substâncias farmacêuticas. Diário Oficial da República específicas de qualidade do ar em ambientes climatizados.
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 de BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 2.814,
maio de 2006, Seção 1. de 29 de maio de 1998. Trata de procedimentos a serem
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC observados pelas empresas produtoras, importadoras,
Nº 169 de 21 de agosto de 2006. Inclui a Farmacopéia distribuidoras e do comércio farmacêutico,objetivando a
Portuguesa na relação de compêndios oficiais reconhecidos comprovação da identidade e qualidade de medicamentos.
pela ANVISA. Diário Oficial da República Federativa do Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil.
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 04 de setembro de Brasília, 18 nov. de 1998.
2006, Seção 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 116, de
BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas - 22 de novembro de 1995. Trata da admissibilidade de
ABNT - NBR ISO 9000 2: Normas de gestão da qualidade códigos farmacêuticos estrangeiros como referência no
e garantia da qualidade - diretrizes gerais para a aplicação preparo de produtos oficinais. Diário Oficial da União da
das normas ISO 9001, 9002 e 9003.(S.I.) : (s. n.), 2000. República Federativa do Brasil, Brasília, 23 nov. 1995.
BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 300, BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 344, de
de 30 de Janeiro de 1997. Regulamenta o exercício 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre
profissional em Farmácia ou unidade hospitalar. substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
BRASIL. Decreto n° 2181, de 20 de março de 1997. Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil,
Regulamenta o Código de Defesa do Consumidor.Diário Brasília, p. 37, 19 maio. 1998. Republicada no Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, v. 135, Oficial da União da República Federativa do Brasil.
n. 55, p. 5644, 21 mar. 1997. Brasília, 1º de fev. de 1999.
BRASIL. Decreto nº 74.170, de 10 de junho de 1974. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria SVS/MS nº 272, de
Regulamenta a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. 8 de abril de 1998. Aprova o regulamento técnico para fixar
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá Parenteral. Diário Oficial da União da República Federativa
outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 de abril de
do Brasil, Brasília, 11 jun. 1974. 1998, Seção 1.
BRASIL. Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de 1976. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
Regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Sanitária. Portaria n° 500, de 09 de outubro de 1997.
Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico Regulamento Técnico de Soluções Parenterais de Grande
ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que Volume. Diário Oficial da União da República Federativa
determinem dependência física ou psíquica, e dá outras do Brasil, Brasília, v. 135, n. 197, p. 22996, 13 out. 1997.
providências. Diário Oficial da República Federativa do BRASIL. Ministério do Trabalho, Portaria nº 3214, de 08
Brasil, Brasília, 22 dez. 1976. de junho de 1978 - NR 26 : Sinalização de Segurança.
BRASIL. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe Diário Oficial da República Federativa do Brasil , Brasília,
sobre o controle sanitário do comércio de drogas, v. 116, n. 127, p.10423, 06 jul. 1978.
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dar BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria nº 8, de 08 de
outras providências. Diário Oficial da República Federativa maio de 1996- NR 07. Altera Norma Regulamentadora NR-
do Brasil, Brasília, 19 dez. 1973. 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os v. 134, n. 91, p. 8202.
medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São
correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá Paulo. Resolução SS n° 17, de 02 de março de 2005. Diário
outras providências. Oficial do Estado, São Paulo, 03 mar. 2005.
BRASIL. Lei nº 6.368, de 21 de outubro de 1976. Dispõe CFF Resolução nº 357, de 20 de abril de 2001 Aprova o
sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e Regulamento Técnico de Boas Práticas de Farmácia.
uso indevido de substâncias entorpecentes ou que
determinem dependência física ou psíquica, e dá outras
276
CYTRYNBAUM,H.M. Relato Prático da qualificação de 3.1 Responsabilidades e Atribuições
uma área limpa : apostila. [S.I] : Sociedade Brasileira de As atribuições e responsabilidades individuais devem estar
Controle de contaminação, 1997. formalmente descritas e perfeitamente compreensíveis a
BRASIL. Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977. todos os empregados, investidos de autoridade suficiente
Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. para desempenhá-las, não podendo existir sobreposição de
Que submete a sistema de vigilância os medicamentos, atribuições e responsabilidades na aplicação das BPMF.
insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, 3.1.1. Do Farmacêutico.
produtos de higiene, saneantes e outros. O farmacêutico, responsável pela supervisão da
BRASIL. Farmacopéia Brasileira. 2ª Edição 1959. manipulação e pela aplicação das normas de Boas Práticas,
BRASIL. Farmacopéia Brasileira, 4ª edição, Editora Andrei deve possuir conhecimentos científicos sobre as atividades
- São Paulo Brasil. desenvolvidas pelo estabelecimento, previstas nesta
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. 2a ed. Resolução, sendo suas atribuições:
Ateneu, São Paulo: 1997. a) organizar e operacionalizar as áreas e atividades técnicas
GALENICA 16 Médicaments Homéopathiques - Paris - da farmácia e conhecer, interpretar, cumprir e fazer cumprir
Techinique et Documentation - 1980. a legislação pertinente;
GENNARO, A.R. Remington Farmacia. 17a ed. Editorial b) especificar, selecionar, inspecionar, adquirir, armazenar
Medica Panamericana, Buenos Aires, vol. 1 e 2, 1987. as matérias-primas e materiais de embalagem necessários
HOMEOPATHIC PHARMACOPOEIA OF INDIA (HPI) ao processo de manipulação;
Delhi: Government of India. V. 1, 1971 (Reprint 1989). c) estabelecer critérios e supervisionar o processo de
MARTINDALE - The Complete Drug Reference. 32a ed. aquisição, qualificando fabricantes e fornecedores e
Kathleen Parfitt, Pharmaceutical Press, Taunton assegurando que a entrega dos produtos seja acompanhada
Massachusetts, USA, 1999. de certificado de análise emitido pelo fabricante /
Pharmacopée Française e Suplementos. fornecedor;
PHARMACOTECHNIE et Monographies de Médicaments d) notificar à autoridade sanitária quaisquer desvios de
Courants, Lyon: Syndicat des Pharmacies et Laboratoires qualidade de insumos farmacêuticos, conforme legislação
Homéopathiques, 1979, vol. I. em vigor;
PHARMACOTECHNIE et Monographies de Médicaments e) avaliar a prescrição quanto à concentração e
Courants, Lyon: Syndicat des Pharmacies et Laboratoires compatibilidade físico-química dos componentes, dose e
Homéopathiques, 1982, vol. II. via de administração, forma farmacêutica e o grau de risco;
THE HOMEOPATHIC PHARMACOPOEIA OF THE f) assegurar todas as condições necessárias ao cumprimento
UNITED STATES (HPUS). 9a ed. Boston: American das normas técnicas de manipulação, conservação,
Institute of Homeopathy, 1999. transporte, dispensação e avaliação final do produto
USP DI Información de Medicamentos Washington - manipulado;
OPAS g) garantir que somente pessoal autorizado e devidamente
ANEXO I paramentado entre na área de manipulação;
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO EM h) manter arquivo, informatizado ou não, de toda a
FARMÁCIAS documentação correspondente à preparação;
1.OBJETIVOS i) manipular a formulação de acordo com a prescrição e/ou
Estabelecer os requisitos mínimos de Boas Práticas de supervisionar os procedimentos para que seja garantida a
Manipulação em Farmácias (BPMF) a serem observados na qualidade exigida;
manipulação, conservação e dispensação de preparações j) determinar o prazo de validade para cada produto
magistrais, oficinais, bem como para aquisição de matérias- manipulado;
primas e materiais de embalagem. k) aprovar os procedimentos relativos às operações de
2. CONDIÇÕES GERAIS. manipulação, garantindo a correta implementação dos
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das mesmos;
preparações magistrais e oficinais que manipula, conserva, l) assegurar que os rótulos dos produtos manipulados
dispensa e transporta. apresentem, de maneira clara e precisa, todas as
2.2. A farmácia deve assegurar a qualidade físico-química e informações exigidas no item 12 deste Anexo;
microbiológica (quando aplicável) de todos os produtos m) garantir que a validação dos processos e a qualificação
reembalados, reconstituídos, diluídos, adicionados, dos equipamentos, quando aplicáveis, sejam executadas e
misturados ou de alguma maneira manuseados antes da sua registradas e que os relatórios sejam colocados à disposição
dispensação. das autoridades sanitárias;
2.3. É indispensável o acompanhamento e o controle de n) participar de estudos de farmacovigilância e os
todo o processo de manipulação, de modo a garantir ao destinados ao desenvolvimento de novas preparações;
paciente um produto com qualidade, seguro e eficaz. o) informar às autoridades sanitárias a ocorrência de
3. RECURSOS HUMANOS E ORGANIZAÇÃO. reações adversas e/ou interações medicamentosas, não
A farmácia deve ter um organograma que demonstre previstas;
possuir estrutura organizacional e de pessoal suficiente para p) participar, promover e registrar as atividades de
garantir que o produto por ela preparado esteja de acordo treinamento operacional e de educação continuada;
com os requisitos deste Regulamento Técnico.
277
q) manter atualizada a escrituração dos livros de receituário 3.2.4. Nos treinamentos devem ser incluídos:
geral e específicos, podendo ser informatizada; procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou
r) desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e incidente; informações quanto à existência de riscos no
procedimentos relativos aos aspectos operacionais da desenvolvimento das atividades, suas causas e medidas
manipulação; preventivas apropriadas.
s) guardar as substâncias sujeitas a controle especial e 3.2.5. Todo o pessoal, durante os treinamentos, deve
medicamentos que as contenham, de acordo com a conhecer e discutir amplamente os princípios das Boas
legislação em vigor; Práticas de Manipulação em Farmácias, no sentido de
t) prestar assistência e atenção farmacêutica necessárias aos melhorar a compreensão de Garantia da Qualidade por toda
pacientes, objetivando o uso correto dos produtos; a equipe.
u) supervisionar e promover auto-inspeções periódicas. 3.2.6. Os treinamentos realizados devem ter sua efetividade
3.1.2. Da Gerência Superior. avaliada.
São atribuições da gerência superior do estabelecimento: 3.3. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
a) prever e prover os recursos financeiros, humanos e A farmácia deve assegurar a todos os seus trabalhadores a
materiais necessários ao funcionamento do promoção da saúde e prevenção de acidentes, agravos e
estabelecimento; doenças ocupacionais, priorizando as medidas
b) assegurar condições para o cumprimento das atribuições promocionais e preventivas, em nível coletivo, de acordo
gerais de todos os envolvidos, visando prioritariamente a com as características do estabelecimento e seus fatores de
qualidade, eficácia e segurança do produto manipulado; risco, cumprindo Normas Regulamentares (NR) sobre
c) estar comprometido com as atividades de BPMF, Segurança e Medicina do Trabalho.
garantindo a melhoria contínua e a garantia da qualidade; 3.3.1. A admissão dos funcionários deve ser precedida de
d) favorecer e incentivar programa de educação permanente exames médicos, sendo obrigatória a realização de
para todos os envolvidos nas atividades realizadas na avaliações médicas periódicas de todos os funcionários da
farmácia; farmácia, atendendo ao Programa de Controle Médico de
e) gerenciar aspectos técnico-administrativos das atividades Saúde Ocupacional (PCMSO).
de manipulação; 3.3.2. Em caso de lesão exposta, suspeita ou confirmação
f) zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade de enfermidade que possa comprometer a qualidade da
estabelecidas neste Regulamento; preparação magistral, o funcionário deve ser afastado
g) assegurar a atualização dos conhecimentos técnico- temporária ou definitivamente de suas atividades,
científicos relacionados com a manipulação e a sua obedecendo à legislação específica.
aplicação; 3.3.3. Na área de pesagem e salas de manipulação não é
h) garantir a qualidade dos procedimentos de manipulação. permitido o uso de cosméticos, jóias ou quaisquer objetos
3.2. Capacitação dos Recursos Humanos. de adorno de uso pessoal.
Todo o pessoal envolvido nas atividades da farmácia deve 3.3.4. Não é permitido conversar, fumar, comer, beber,
estar incluído em um programa de treinamento, elaborado mascar, manter plantas, alimentos, bebidas, produtos
com base em um levantamento de necessidades e os fumígenos, medicamentos e objetos pessoais nas salas de
registros devem dispor no mínimo das seguintes pesagem e manipulação.
informações: 3.3.5. Todos os empregados devem ser instruídos e
a) documentação sobre as atividades de capacitação incentivados a reportar aos seus superiores imediatos
realizadas; qualquer condição de risco relativa ao produto, ambiente,
b) data da realização e carga horária; equipamento ou pessoal.
c) conteúdo ministrado; 3.3.6. As farmácias são responsáveis pela distribuição dos
d) trabalhadores treinados e suas respectivas assinaturas; Equipamentos de Proteção Individual de forma gratuita, em
e) identificação da equipe que os treinou em cada atividade quantidade suficiente e com reposição periódica, além da
específica. orientação quanto ao uso, manutenção, conservação e
3.2.1. Todo o pessoal, inclusive de limpeza e manutenção, descarte.
deve ser motivado e receber treinamento inicial e 3.3.7. Os funcionários envolvidos na manipulação devem
continuado, incluindo instruções de higiene, saúde, conduta estar adequadamente paramentados, utilizando
e elementos básicos em microbiologia, relevantes para a equipamentos de proteção individual (EPIs), para assegurar
manutenção dos padrões de limpeza ambiental e qualidade a sua proteção e a do produto contra contaminação,
dos produtos. devendo ser feita a colocação e troca dos EPIs sempre que
3.2.2. Visitantes e pessoas não treinadas somente devem ter necessária, sendo a lavagem de responsabilidade da
acesso às salas de manipulação quando estritamente farmácia.
necessário e se previamente informadas sobre a conduta, 3.3.8. A paramentação, bem como a higiene das mãos e
higiene pessoal e uso de vestimentas protetoras, além de antebraços, devem ser realizadas antes do início da
acompanhadas obrigatoriamente por pessoal autorizado. manipulação.
3.2.3. Devem ser feitos treinamentos específicos quando a 3.3.9. Nas salas de manipulação os procedimentos de
farmácia desenvolver atividades constantes dos diferentes higiene pessoal e paramentação devem ser exigidos a todas
anexos desta Resolução. as pessoas, sejam elas funcionários, visitantes,
administradores ou autoridades.
278
3.3.10. A farmácia deve dispor de vestiário para a guarda 4.3. Área ou sala de controle de qualidade: A farmácia deve
dos pertences dos funcionários e colocação de uniformes. dispor de área ou sala para as atividades de controle de
4. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA. qualidade.
A farmácia deve ser localizada, projetada, construída ou 4.4. Sala ou local de pesagem de matérias-primas: A
adaptada, com uma infra-estrutura adequada às atividades a farmácia deve dispor de sala ou local específico para a
serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo: pesagem das matérias-primas, dotada de sistema de
a) área ou sala para as atividades administrativas; exaustão, com dimensões e instalações compatíveis com o
b) área ou sala de armazenamento; volume de matérias-primas a serem pesadas, podendo estar
c) área ou sala de controle de qualidade; localizado dentro de cada sala de manipulação.
d) sala ou local de pesagem de matérias-primas; 4.4.1. As embalagens das matérias-primas devem sofrer
e) sala (s) de manipulação; limpeza prévia antes da pesagem.
f) área de dispensação; 4.5. Sala(s) de manipulação: Devem existir sala(s) de
g) vestiário; manipulação, com dimensões que facilitem ao máximo a
h) sala de paramentação; limpeza, manutenção e outras operações a serem
i) sanitários; executadas e totalmente segregados quando houver
j) área ou local para lavagem de utensílios e materiais de manipulação de:
embalagem; -Sólidos;
k) depósito de material de limpeza. -Semi-sólidos e líquidos;
4.1. Área ou sala para as atividades administrativas: A 4.5.1. A manipulação de substâncias voláteis, tóxicas,
farmácia deve dispor de área ou sala para as atividades corrosivas, cáusticas e irritantes deve ser realizada em
administrativas e arquivos de documentação. capelas com exaustão.
4.2. Área ou sala de armazenamento: deve ter acesso 4.6. Área de dispensação: A farmácia deve possuir área de
restrito somente a pessoas autorizadas e ter capacidade dispensação com local de guarda de produtos manipulados
suficiente para assegurar a estocagem ordenada das e/ou fracionados racionalmente organizado, protegido do
diversas categorias de matérias-primas, materiais de calor, da umidade e da ação direta dos raios solares.
embalagem e de produtos manipulados, quando for o caso. 4.6.1. Os produtos manipulados que contenham substâncias
4.2.1. A área ou sala de armazenamento deve ser mantida sujeitas a controle especial devem ser mantidos nas
limpa, seca e em temperatura e umidade compatíveis com condições previstas no item 4.2.5. deste anexo.
os produtos armazenados. Estas condições de temperatura e 4.7. Sala de Paramentação: A farmácia deve dispor de sala
umidade devem ser definidas, monitoradas e registradas. destinada à paramentação, ventilada, preferencialmente
4.2.2. As matérias-primas, materiais de embalagem e com dois ambientes (barreira sujo/limpo) e servindo como
produtos manipulados devem ser armazenados sob acesso às áreas de pesagem e manipulação. Na sala de
condições apropriadas de modo a preservar a identidade, paramentação ou junto a ela deve haver lavatório com
integridade, qualidade e segurança dos mesmos. provisão de sabonete líquido e anti-séptico, além de recurso
4.2.3. Deve dispor de área ou local segregado e identificado para secagem das mãos. Este lavatório deve ser de uso
ou sistema que permita a estocagem de matérias primas, exclusivo para o processo de paramentação.
materiais de embalagem e produtos manipulados, quando 4.8. Sanitários: Os sanitários e os vestiários devem ser de
for o caso, em quarentena, em condições de segurança. fácil acesso e não devem ter comunicação direta com as
4.2.4. Deve dispor de área ou local segregado e identificado áreas de armazenamento, manipulação e controle da
ou sistema para estocagem de matérias-primas, materiais de qualidade. Os sanitários devem dispor de toalha de uso
embalagem e produtos manipulados, reprovados, individual (descartável), detergente líquido, lixeira
devolvidos ou com prazo de validade vencido, em identificada com pedal e tampa.
condições de segurança. 4.9. Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de
4.2.5. Deve dispor de armário resistente e/ou sala própria, embalagem: A farmácia deve dispor de área específica para
fechados com chave ou outro dispositivo que ofereça lavagem de materiais de embalagem e de utensílios
segurança para a guarda de substâncias e medicamentos utilizados na manipulação, sendo permitida a lavagem em
sujeitos a regime de controle especial. local dentro do próprio laboratório de manipulação, desde
4.2.6. As substâncias de baixo índice terapêutico, além de que estabelecida por procedimento escrito e em horário
qualquer outra matéria-prima que venha a sofrer processo distinto do das atividades de manipulação.
de diluição, com especificação de cuidados especiais, 4.10. Depósito de Material de Limpeza (DML): Os
devem ser armazenadas em local distinto, de acesso restrito, materiais de limpeza e germicidas em estoque devem ser
claramente identificadas como tais sendo a guarda de armazenados em área ou local especificamente designado e
responsabilidade do farmacêutico. identificado, podendo a lavagem deste material ser feita
4.2.7. Deve dispor de local e equipamentos seguros e neste local.
protegidos para o armazenamento de produtos inflamáveis, 4.11. Os ambientes de armazenamento, manipulação e do
cáusticos, corrosivos e explosivos, seguindo normas controle de qualidade devem ser protegidos contra a entrada
técnicas federais, estaduais, municipais e do Distrito de aves, insetos, roedores ou outros animais e poeira.
Federal. 4.12. A farmácia deve dispor de ―Programa de Controle
Integrado de Pragas e Vetores‖, com os respectivos
registros, devendo a aplicação dos produtos ser realizada
279
por empresa licenciada para este fim perante os órgãos 5.2.1. As calibrações dos equipamentos e instrumentos de
competentes. medição devem ser executadas por empresa certificada,
4.13. Os ambientes devem possuir superfícies internas utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de
(pisos, paredes e teto) lisas e impermeáveis, sem Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da
rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente freqüência de uso do equipamento. Deve ser mantido
laváveis. registro das calibrações realizadas dos equipamentos,
4.14. As áreas e instalações devem ser adequadas e instrumentos e padrões.
suficientes ao desenvolvimento das operações, dispondo de 5.2.2. A verificação dos equipamentos deve ser feita por
todos os equipamentos e materiais de forma organizada e pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes do início
racional, evitando os riscos de contaminação, misturas de das atividades diárias, empregando procedimentos escritos
componentes e garantindo a seqüência das operações. e padrões de referência, com orientação específica,
4.15. Os ralos devem ser sifonados e com tampas mantidos os registros.
escamoteáveis. 5.3. Manutenção dos Equipamentos.
4.16. A iluminação e ventilação devem ser compatíveis Todos os equipamentos devem ser submetidos à
com as operações e com os materiais manuseados. manutenção preventiva, de acordo com um programa
4.17. As salas de descanso e refeitório, quando existentes, formal e, quando necessário, corretiva, obedecendo a
devem estar separadas dos demais ambientes. procedimentos operacionais escritos, com base nas
4.18. Devem existir sistemas / equipamentos para combate especificações dos manuais dos fabricantes.
a incêndio, conforme legislação específica. 5.3.1. Todos os sistemas de climatização de ambientes
5. MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS devem ser mantidos em condições adequadas de limpeza,
A farmácia deve ser dotada dos seguintes materiais, conservação, manutenção, operação e controle, de acordo
equipamentos e utensílios básicos: com norma específica.
a) balança (s) de precisão, devidamente calibrada, com 5.4. Utensílios.
registros e instalada em local que ofereça segurança e 5.4.1. Os utensílios utilizados na manipulação de
estabilidade; preparações para uso interno devem ser diferenciados
b) pesos padrão rastreáveis; daqueles utilizados para preparações de uso externo.
c) vidraria verificada contra um padrão calibrado ou 5.4.2. A farmácia deve identificar os utensílios para uso
adquirida de fornecedores credenciados pelos Laboratórios interno e externo.
da Rede Brasileira de Calibração, quando for o caso; 5.5. Mobiliário
d) sistema de purificação de água; O mobiliário deve ser o estritamente necessário ao trabalho
e) refrigerador para a conservação de produtos termolábeis; de cada área, de material liso, impermeável, resistente e de
f) termômetros e higrômetros; fácil limpeza.
g) bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil 6. Limpeza e Sanitização.
limpeza; Os procedimentos operacionais de limpeza e sanitização
h) lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente das áreas, instalações, equipamentos e materiais devem
identificadas; estar disponíveis e de fácil acesso ao pessoal responsável e
i) armário fechado, de material liso, resistente e de fácil operacional.
limpeza, ou outro dispositivo equivalente para guarda de 6.1. Os equipamentos e utensílios devem ser mantidos
matérias-primas e produtos fotolábeis e/ou sensíveis à limpos, desinfetados e guardados em local apropriado.
umidade. 6.2. O lixo e resíduos da manipulação devem ser
5.1. Localização e instalação dos equipamentos. depositados em recipientes tampados, identificados e ser
Os equipamentos devem ser instalados e localizados de esvaziados fora da área de manipulação, com descarte
forma a facilitar a manutenção, e mantidos de forma apropriado, de acordo com a legislação vigente.
adequada às suas operações. 6.3. Os produtos usados na limpeza e sanitização não
5.1.1. A farmácia deve dispor de equipamentos, utensílios e devem contaminar, com substâncias tóxicas, químicas,
vidraria em quantidade suficiente para atender à demanda voláteis e corrosivas as instalações e os equipamentos de
do estabelecimento e garantir material limpo, desinfetado preparação.
ou esterilizado. 6.4. É permitido à farmácia a manipulação de saneantes
5.1.2. As tubulações expostas devem estar identificadas, de domissanitários para consumo próprio, em sala apropriada,
acordo com norma específica. levando em consideração o risco de cada matéria-prima
5.1.3. A farmácia deve possuir pelo menos uma balança em utilizada e desde que atendidas as disposições deste Anexo.
cada laboratório com capacidade/sensibilidade compatíveis 6.4.1. Nos serviços de saúde, a manipulação de saneantes,
com as quantidades a serem pesadas ou possuir uma central inclusive diluição e fracionamento, deve ser realizada sob
de pesagem onde as balanças estarão instaladas, devendo responsabilidade da farmácia, atendidas as disposições do
ser adotados procedimentos que impeçam a contaminação item 6.4.
cruzada e microbiana. 7. MATÉRIAS-PRIMAS E MATERIAIS DE
5.1.4. Os equipamentos de segurança para combater EMBALAGEM
incêndios devem atender à legislação específica. 7.1. Aquisição de matéria-prima e materiais de
5.2. Calibração e Verificação dos Equipamentos embalagem.

280
7.1.1. Compete ao farmacêutico o estabelecimento de 7.1.9. Os recipientes adquiridos e destinados ao envase dos
critérios e a supervisão do processo de aquisição. produtos manipulados devem ser atóxicos, compatíveis
7.1.2. As especificações técnicas de todas as matérias- físico-quimicamente com a composição do seu conteúdo e
primas e dos materiais de embalagem a serem utilizados na devem manter a qualidade e estabilidade dos mesmos
manipulação devem ser autorizadas, atualizadas e datadas durante o seu armazenamento e transporte.
pelos responsáveis. 7.2. Recebimento de matéria-prima e materiais de
7.1.3. As especificações das matérias-primas devem constar embalagem.
de no mínimo: As matérias-primas devem ser recebidas por pessoa
a) Nome da matéria-prima, DCB, DCI ou CAS, quando treinada, identificadas, armazenadas, colocadas em
couber; quarentena, amostradas, analisadas conforme
b) No caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome especificações e rotuladas quanto à sua situação, de acordo
científico, parte da planta utilizada; com procedimentos escritos.
c) Nome e código interno de referência, quando houver; 7.2.1. Todos os materiais devem ser submetidos à inspeção
d) No caso dos insumos farmacêuticos ativos e adjuvantes - de recebimento, para verificar se estão adequadamente
referência de monografia da Farmacopéia Brasileira; identificados, a integridade e condições de limpeza da
ou de outros compêndios internacionais reconhecidos pela embalagem, a correspondência entre o pedido, a nota de
ANVISA, conforme legislação vigente. Na ausência de entrega e os rótulos do material recebido que deverão
monografia oficial pode ser utilizada como referência a conter, no mínimo, as informações listadas a seguir,
especificação estabelecida pelo fabricante. efetuando-se o registro dos dados.
e) Requisitos quantitativos e qualitativos com os a) nome do fornecedor;
respectivos limites de aceitação; b) endereço;
f) Orientações sobre amostragem, ensaios de qualidade, c) telefone;
metodologias de análise e referência utilizada nos d) C.N.P.J.;
procedimentos de controle. e) nome do Insumo Farmacêutico (DCB, DCI e CAS),
g) Condições de armazenamento e precauções. nesta ordem, quando possível;
h) Periodicidade, quando couber, com que devem ser feitos f) no caso de matéria-prima vegetal - nome popular, nome
novos ensaios de cada matéria-prima para confirmação das científico, parte da planta utilizada;
especificações farmacopéicas. g) quantidade e sua respectiva unidade de medida;
7.1.4. A farmácia deve manter cadastro do(s) fornecedor h) número do lote;
(es) dos materiais. i) data de fabricação;
7.1.5. As matérias-primas devem ser adquiridas de j) prazo de validade;
fabricantes/fornecedores qualificados quanto aos critérios k) condições especiais de armazenamento e observações
de qualidade, de acordo com as especificações pertinentes, quando aplicável;
determinadas neste Regulamento. l) data de fracionamento do insumo, quando couber;
7.1.6. Deve haver procedimento operacional escrito, m) nome do Responsável Técnico e seu registro no
detalhando todas as etapas do processo de qualificação dos Conselho Profissional correspondente;
fornecedores, mantidos os registros e os documentos n) origem, com indicação do fabricante.
apresentados por cada fornecedor /fabricante. 7.2.2. Qualquer divergência ou qualquer outro problema
7.1.7. A qualificação do fabricante/fornecedor deve ser feita que possa afetar a qualidade da matéria-prima deve ser
abrangendo no mínimo, os seguintes critérios: analisada pelo farmacêutico para a adoção de providências.
a) Comprovação de regularidade perante às autoridades 7.2.3. Se uma única remessa de material contiver lotes
sanitárias competentes; distintos, cada lote deve ser levado em consideração,
b) Avaliação do fabricante/fornecedor, por meio de análises separadamente, para inspeção, análise e liberação.
de controle de qualidade realizadas pela farmácia e da 7.2.4. Cada lote da matéria-prima deve ser acompanhado do
avaliação dos laudos analíticos apresentados, verificando o respectivo Certificado de Análise do fornecedor, que deve
atendimento às especificações estabelecidas pelo permanecer arquivado, no mínimo, durante 6 (seis) meses
farmacêutico e acertadas entre as partes. após o término do prazo de validade do último produto com
c) Auditorias para verificação do cumprimento das normas ela manipulado.
de Boas Práticas de Fabricação ou de Fracionamento e 7.2.5. Quando se tratar de matéria-prima sujeita a controle
Distribuição de insumos. especial, o Certificado de Análise deve ser arquivado, pelo
d) Avaliação do histórico dos fornecimentos anteriores. período de, no mínimo, 2 (dois) anos após o término do
7.1.8. A avaliação do cumprimento das Boas Práticas de prazo de validade do último produto com ela manipulado.
Fabricação ou de Fracionamento e Distribuição de insumos 7.2.6. Os Certificados de Análise devem ter informações
pelo fabricante/fornecedor, prevista no item ―c‖ do item claras e conclusivas, com todas as especificações acordadas
7.1.7. poderá ser realizada por farmácia individual, por com o farmacêutico, conforme item 7.1.3. Devem ser
grupo de farmácias ou por associações de classes, datados, assinados e com a identificação do nome do
utilizando legislação específica em vigor. fabricante/fornecedor e do seu responsável técnico com
7.1.8.1. A farmácia deve manter cópia do relatório da respectivo registro no conselho de classe.
auditoria.

281
7.2.7. Todos os materiais devem ser mantidos em g) densidade;
quarentena, imediatamente após o recebimento, até que h) avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor.
sejam liberados pelo controle de qualidade. 7.3.10.1. Na ausência de monografia farmacopéica deverá
7.2.8. Os materiais reprovados na inspeção de recebimento ser utilizada, como referência, literatura científica
devem ser segregados e devolvidos ao fornecedor, pertinente.
atendendo a legislação em vigor. 7.3.10.1.1. Somente na inexistência da literatura prevista no
7.2.9. Caso a farmácia fracione matérias-primas para uso item anterior, poderá ser utilizada a especificação fornecida
próprio, deve garantir as mesmas condições de embalagem pelo fornecedor.
do produto original. 7.3.11. Podem ser aceitos os demais ensaios farmacopéicos
7.2.10. Os rótulos das matérias-primas fracionadas devem realizados pelos fabricantes/fornecedores desde que estes
conter identificação que permita a rastreabilidade desde a estejam qualificados pela farmácia.
sua origem. 7.3.11.1. No caso do fornecedor não ser qualificado pela
7.3. Controle de Qualidade da Matéria-Prima e Materiais de farmácia, os ensaios previstos no item 7.3.11. poderão ser
Embalagem. executados por laboratórios de controle de qualidade
7.3.1. A área ou sala destinada ao Controle da Qualidade terceirizados, sob responsabilidade da farmácia.
deve dispor de pessoal suficiente e estar equipada para 7.3.12. Na ausência de monografia oficial e métodos gerais
realizar as análises legalmente estabelecidas. inscritos nos compêndios reconhecidos pela ANVISA,
7.3.2. Deve haver instalações, instrumentos e equipamentos conforme RDC n° 79/03 e suas atualizações, os ensaios de
adequados, procedimentos operacionais padrão aprovados que trata o item 7.3.11 devem ser realizados com base nas
para a realização de amostragem, inspeção e ensaios dos especificações e metodologias fornecidas pelo fabricante,
insumos farmacêuticos e dos materiais de embalagem, além desde que devidamente validadas.
do monitoramento das condições ambientais das áreas 7.3.12.1. Deve ser realizada a transferência da metodologia
envolvidas no processo. analítica validada pelo fabricante para o laboratório
7.3.3. Os aspectos relativos à qualidade, conservação e responsável pela realização das análises.
armazenamento das matérias-primas e materiais de 7.3.13. Devem ser realizados, nas matérias-primas de
embalagem, devem ser mantidos sempre de acordo com o origem vegetal, os testes para determinação dos caracteres
estabelecido neste Regulamento. organolépticos, determinação de materiais estranhos,
7.3.4. As especificações e as respectivas referências pesquisas de contaminação microbiológica (contagem total,
farmacopéicas, Codex ou outras fontes de consultas, fungos e leveduras), umidade e determinação de cinzas
oficialmente reconhecidas, devem estar disponíveis no totais. E ainda, quando aplicáveis, avaliação dos caracteres
estabelecimento. macroscópicos para plantas íntegras ou grosseiramente
7.3.5. A farmácia deve contar com profissional capacitado e rasuradas; caracteres microscópicos para materiais
habilitado para as atividades de controle de qualidade e fragmentados ou pó. Para as matérias-primas líquidas de
dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade origem vegetal, além dos testes mencionados (quando
e efetividade de todas as providências relativas à qualidade aplicáveis), deve ser realizada a determinação da
dos produtos. densidade." (NR) (Redação dada pela RDC 87/08)
7.3.6. As matérias-primas devem ser inspecionadas no 7.3.13.1. Podem ser aceitos os testes de umidade,
recebimento para verificar a integridade física da determinação de cinzas totais, pesquisas de contaminação
embalagem e as informações dos rótulos. microbiológica e caracteres microscópicos para materiais
7.3.7. Os diferentes lotes de matérias-primas devem vir fragmentados ou pós realizados pelos
acompanhados dos respectivos Certificados de Análise fabricantes/fornecedores, desde que estes estejam
encaminhados pelo fornecedor. qualificados pela farmácia.
7.3.8. Os certificados de análise devem conter informações 7.3.13.1.1. No caso do fornecedor não ser qualificado pela
claras e conclusivas com todas as especificações farmácia, os ensaios previstos no item 7.3.13.1. poderão ser
estabelecidas entre o farmacêutico e o executados por laboratórios de controle de qualidade
fornecedor/fabricante. Devem ser datados, assinados com a terceirizados, sob responsabilidade da farmácia.
identificação do Responsável Técnico e o respectivo 7.3.14. A reprovação de insumos deve ser notificada à
número de inscrição no seu Conselho Profissional. Autoridade Sanitária, segundo legislação vigente.
7.3.9. Os certificados de análise devem ser avaliados para 7.3.15. Em caso de terceirização de análises de controle de
verificar o atendimento às especificações. qualidade, o contrato deve ser mutuamente acordado e
7.3.10. As matérias-primas devem ser analisadas, no seu controlado entre as partes, de modo a evitar equívocos na
recebimento, efetuando-se no mínimo os testes abaixo, análise de qualidade. Deve ser firmado um contrato escrito
respeitando-se as suas características físicas e mantendo os entre o contratante e o contratado, que estabeleça
resultados por escrito: claramente as atribuições de cada parte.
a) caracteres organolépticos; 7.3.15.1. O contrato escrito firmado deve estabelecer os
b) solubilidade; métodos de análise utilizados.
c) pH; 7.3.15.2. O contrato deve estabelecer que o contratante
d) peso; pode fazer auditoria nas instalações do contratado.
e) volume; 7.3.15.3. O contratante é responsável pela avaliação da
f) ponto de fusão; qualificação do contratado para realizar os serviços
282
contratados. Além disso, deve ser assegurado, por meio do 7.4.5. Os rótulos das matérias-primas armazenadas devem
contrato firmado, que os princípios das Boas Práticas de apresentar, no mínimo:
Laboratório sejam cumpridos. a) denominação do produto (em DCB, DCI ou CAS) e
7.3.15.4. O contratado deve possuir instalações, código de referência interno, quando aplicável;
equipamentos e conhecimentos adequados, além de b) identificação do fornecedor;
experiência e pessoal qualificado para as atividades c) número do lote atribuído pelo fornecedor e o número
estabelecidas em contrato. dado no recebimento, caso haja algum;
7.3.15.5. O contrato deve prever as ações a serem adotadas d) teor e/ou potência, quando couber;
quando houver reprovação do material. e) data de fabricação, prazo de validade e data de reanálise
7.3.16. Os Certificados de Análise emitidos pela farmácia (quando for o caso);
ou por empresa contratada devem ser avaliados para f) condições de armazenamento e advertência, quando
verificar o atendimento às especificações e conter necessário;
informações claras e conclusivas, com todas as g) a situação interna da matéria-prima (em quarentena, em
especificações, definição dos resultados; datados, assinados análise, aprovado, reprovado).
e com identificação do responsável técnico e respectivo 7.4.6. As substâncias submetidas a processo de diluição
número de inscrição no seu Conselho Profissional. devem estar claramente identificadas com os alertas:
7.3.17. Os equipamentos e instrumentos de medição e a) concentrado: ―ATENÇÃO! ESTA SUBSTÂNCIA
ensaios devem ser periodicamente verificados e calibrados, SOMENTE DEVE SER UTILIZADA QUANDO
de acordo com o item 5.2 deste Anexo. DILUÍDA‖.
7.3.18. Os equipamentos utilizados no laboratório de b) diluído: ―SUBSTÂNCIA DILUÍDA‖ - nome da
controle de qualidade devem ser submetidos à manutenção substância + fator de diluição.
preventiva e corretiva, quando necessário, de acordo com 7.4.7. A farmácia deverá realizar o controle de estoque das
um programa documentado e obedecendo aos matérias-primas registrando as entradas e saídas de cada
procedimentos operacionais escritos. uma delas.
7.3.19. Os registros referentes às calibrações e manutenções 7.4.8. O registro de entrada deve conter, no mínimo, nome
preventivas e corretivas devem ser mantidos por no mínimo da matéria-prima, código interno, lote, número da nota
2 (dois) anos. fiscal e nome do fabricante/fornecedor.
7.3.20. A amostragem dos materiais deve ser executada em 7.4.9. O registro de saída deve ser efetuado por meio da
local específico e sob condições ambientais adequadas, ordem de manipulação do produto no qual a matéria-prima
obedecendo a procedimentos operacionais que impeçam a será utilizada.
contaminação cruzada. 7.5. Água.
7.3.21. Todos os utensílios utilizados no processo de A água utilizada na manipulação de produtos é considerada
amostragem que entrarem em contato com os materiais matéria-prima produzida pela própria farmácia por
devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais purificação da água potável, devendo as instalações e
apropriados. reservatórios serem devidamente protegidos para evitar
7.3.22 A reanálise das matérias-primas, quando realizada, contaminação.
deve ocorrer dentro de seus prazos de validade, 7.5.1. Água Potável: A farmácia deve ser abastecida com
contemplando todos os itens que comprovem sua água potável e, quando possuir caixa d'água própria, ela
especificação e que garantem o seu teor, pureza e deve estar devidamente protegida para evitar a entrada de
integridade. animais de qualquer porte ou quaisquer outros
7.4. Armazenamento. contaminantes, devendo definir procedimentos escritos para
Todos os materiais devem ser armazenados e manuseados a limpeza e manter os registros que comprovem sua
sob condições apropriadas e de forma ordenada, de modo a realização.
preservar a identidade e integridade química, física e 7.5.1.1. Caso se trate de caixa d’água de uso coletivo, a
microbiológica, garantindo a qualidade e segurança dos farmácia deve ter acesso aos documentos referentes à
mesmos. limpeza dos reservatórios, mantendo cópia dos mesmos.
7.4.1. Os materiais armazenados devem ser mantidos 7.5.1.2. A farmácia deve possuir procedimentos escritos
afastados do piso, paredes e teto, com espaçamento para realizar amostragem da água e periodicidade das
apropriado para permitir a limpeza e inspeção. análises.
7.4.2. Os materiais devem ser estocados em locais 7.5.1.3. Devem ser feitos testes físico-químicos e
identificados, de modo a facilitar a sua localização, sem microbiológicos, no mínimo a cada seis meses, para
riscos de troca. monitorar a qualidade da água de abastecimento, mantendo-
7.4.3. Para as matérias-primas que exigem condições se os respectivos registros. As especificações para água
especiais de temperatura, devem existir registros e controles potável devem ser estabelecidas com base na legislação
que comprovem o atendimento a essas especificações. vigente.
7.4.4. Os produtos corrosivos, inflamáveis e explosivos 7.5.1.4. Devem ser realizadas, no mínimo, as seguintes
devem ser armazenados longe de fontes de calor e de análises:
materiais que provoquem faíscas, de acordo com a a) pH
legislação em vigor. b) cor aparente
c) turbidez
283
d) cloro residual livre c) Nome do prescritor e n° de registro no respectivo
e) sólidos totais dissolvidos conselho de classe;
f) contagem total de bactérias d) Descrição da formulação contendo todos os
g) coliformes totais componentes e concentrações;
h) presença de E. coli. e) Data do aviamento.
i) coliformes termorresistentes 8.4. A farmácia deve manter ainda os seguintes registros na
7.5.1.5. É facultado à farmácia terceirizar os testes de que ordem de manipulação:
trata o item anterior, devendo estabelecer para o laboratório a) Número de ordem do Livro de Receituário;
contratado as especificações para água potável, de acordo b) Descrição da formulação contendo todos os
com a legislação vigente. componentes (inclusive os excipientes) e concentrações;
7.5.1.6. A farmácia deve estabelecer e registrar as medidas c) Lote de cada matéria-prima, fornecedor e quantidade
adotadas em caso de laudo insatisfatório da água de pesada;
abastecimento. d) Nome e assinatura dos responsáveis pela pesagem e
7.5.2. Água Purificada: A água utilizada na manipulação manipulação;
deve ser obtida a partir da água potável, tratada em um e) Visto do farmacêutico;
sistema que assegure a obtenção da água com f) Data da manipulação;
especificações farmacopéicas para água purificada, ou de g) No caso da forma farmacêutica ―cápsulas‖ deve constar,
outros compêndios internacionais reconhecidos pela ainda, o tamanho e a cor da cápsula utilizada.
ANVISA, conforme legislação vigente. 8.5. Todas as superfícies de trabalho e os equipamentos da
7.5.2.1. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e área de manipulação devem ser limpos e desinfetados antes
manutenção do sistema de purificação da água com os e após cada manipulação.
devidos registros. 8.6. Devem existir procedimentos operacionais escritos
7.5.2.2. Devem ser feitos testes físico-químicos e para a prevenção de contaminação cruzada.
microbiológicos da água purificada, no mínimo 8.7. Nas etapas do processo de manipulação, quando forem
mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo de utilizadas matérias-primas sob a forma de pó, devem-se
obtenção de água, podendo a farmácia terceirizá-los. tomar precauções especiais, com a instalação de sistema de
7.5.2.3. A farmácia deve possuir procedimento escrito para exaustão de ar, devidamente qualificado, de modo a evitar a
a coleta e amostragem da água. Um dos pontos de sua dispersão no ambiente.
amostragem deve ser o local usado para armazenamento. 8.8. As salas de manipulação devem ser mantidas com
7.5.2.4. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a temperatura e umidade compatíveis com as
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova substâncias/matérias-primas armazenadas/manipuladas. As
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório da condições de temperatura e umidade devem ser definidas,
água purificada. monitoradas e registradas.
7.5.2.5. A água purificada deve ser armazenada por um
período inferior a 24 horas e em condições que garantam a 9. DOS CONTROLES.
manutenção da qualidade da mesma, incluindo a 9.1. Controle de Qualidade das Preparações Magistrais e
sanitização dos recipientes a cada troca de água. Oficinais.
9.1.1. Devem ser realizados, no mínimo, os seguintes
8. MANIPULAÇÃO. ensaios, de acordo com a Farmacopéia Brasileira ou outro
Devem existir procedimentos operacionais escritos para Compêndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em todas as
manipulação das diferentes formas farmacêuticas preparações magistrais e oficinais: (Redação dada pela
preparadas na farmácia. RDC 87/08)
8.1. A farmácia deve garantir que todos os produtos
manipulados sejam rastreáveis. Preparações Ensaios
8.2. Os excipientes utilizados na manipulação de
medicamentos devem ser padronizados pela farmácia de Sólidas Descrição, aspecto,
acordo com embasamento técnico."(NR) (Redação dada caracteres organolépticos,
pela RDC 87/08) peso médio.
8.3. A farmácia deve possuir Livro de Receituário,
informatizado ou não, e registrar as informações referentes Semi-sólidas Descrição, aspecto,
à prescrição de cada medicamento manipulado. caracteres organolépticos,
8.3.1. O Livro de Receituário, informatizado ou não, deve pH (quando aplicável),
conter Termos de Abertura e de Encerramento lavrados peso.
pela Autoridade Sanitária local.
8.3.2. - O registro deve conter, no mínimo, os seguintes Líquidas não-estéreis Descrição, aspecto,
itens: caracteres organolépticos,
a) Número de ordem do Livro de Receituário; pH(quando aplicável), peso
b) Nome e endereço do paciente ou a localização do leito ou volume antes do envase.
hospitalar para os casos de internação;

284
uma demanda previamente estimada pelo estabelecimento,
9.1.2. Os resultados dos ensaios devem ser registrados na de acordo com suas necessidades técnicas e gerenciais, e
ordem de manipulação, junto com as demais informações desde que garanta a qualidade e estabilidade das
da preparação manipulada. O farmacêutico deve avaliar os preparações.
resultados, aprovando ou não a preparação para 10.3. As preparações para compor estoque mínimo devem
dispensação. atender a uma ordem de manipulação específica para cada
9.1.3. Quando realizado o ensaio de peso médio, devem ser lote, seguindo uma formulação padrão. A ordem de
calculados também, o desvio padrão e o coeficiente de manipulação deve conter, no mínimo, as seguintes
variação em relação ao peso médio. informações:
9.2. Monitoramento do Processo Magistral. a) nome e a forma farmacêutica;
9.2.1. O estabelecimento que manipular formas b) relação das substâncias que entram na composição da
farmacêuticas sólidas deve monitorar o processo de preparação e suas respectivas quantidades;
manipulação. c) tamanho do lote;
9.2.2. (Revogado pela RDC 87/08) d) data da preparação;
9.2.2.1.. (Revogado pela RDC 87/08) e) prazo de validade;
f) número de identificação do lote;
9.2.3. Devem ser realizadas análises de teor e uniformidade g) número do lote de cada componente utilizado na
de conteúdo do princípio ativo, de fórmulas cuja unidade formulação;
farmacotécnica contenha fármaco(s) em quantidade igual h) registro devidamente assinado de todas as operações
ou inferior a vinte e cinco miligramas, dando prioridade realizadas;
àquelas que contenham fármacos em quantidade igual ou i) registro dos controles realizados durante o processo;
inferior a cinco miligramas. j) registro das precauções adotadas;
9.2.3.1. A farmácia deve realizar a análise de no mínimo k) registro das observações especiais feitas durante a
uma fórmula a cada dois meses. O número de unidades para preparação do lote;
compor a amostra deve ser suficiente para a realização das l) avaliação do produto manipulado.
análises de que trata o item 9.2.3." (NR) (Redação dada 10.4. Os rótulos das preparações de estoque mínimo, antes
pela RDC 87/08) da dispensação, devem conter: identificação do produto,
9.2.4. As análises das fórmulas devem ser realizadas em data da manipulação, número do lote e prazo de validade.
laboratório analítico próprio ou terceirizado 10.5. Os rótulos das preparações do estoque mínimo,
(preferencialmente da Rede Brasileira de Laboratórios em devem apresentar, no momento da dispensação, as
Saúde - REBLAS)." (NR) (Redação dada pela RDC 87/08) informações estabelecidas no item 12 deste Anexo ,
9.2.4. As análises, tanto do diluído quanto da fórmula, acrescidas do nº de lote da preparação.
devem ser realizadas em laboratório analítico próprio ou 10.6. Após a manipulação, o produto deve ser submetido à
terceirizado (preferencialmente da Rede Brasileira de inspeção visual e conferência de todas as etapas do
Laboratórios em Saúde - REBLAS). processo de manipulação, verificando a clareza e a exatidão
9.2.5. As amostras de que tratam os itens 9.2.2. e 9.2.3. das informações do rótulo.
devem contemplar diferentes manipuladores, fármacos e
dosagens/concentrações, sendo adotado sistema de rodízio. 11. CONTROLE DE QUALIDADE DO ESTOQUE
9.2.6. Deve ser estabelecido em procedimento operacional MÍNIMO.
toda a metodologia para a execução do monitoramento do 11.1. Na manipulação do estoque mínimo, deve ser
processo magistral. realizado o controle em processo, devidamente
9.2.7. Os resultados de todas as análises devem ser documentado, para garantir o atendimento às especificações
registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da estabelecidas para o produto, não sendo permitida sua
Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos. terceirização.
9.2.8. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a 11.2. A farmácia deve possuir procedimentos operacionais
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova escritos e estar devidamente equipada para realizar análise
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório. lote a lote dos produtos de estoque mínimo, conforme os
9.3. Ficam excluídos dos controles de que trata o item 9 os itens abaixo relacionados, quando aplicáveis, mantendo os
medicamentos homeopáticos. registros dos resultados:
10. Manipulação do Estoque Mínimo. a) caracteres organolépticos;
10.1. A farmácia pode manipular e manter estoque mínimo b) pH;
de preparações oficinais constantes do Formulário c) peso médio;
Nacional, devidamente identificadas e de bases galênicas, d) viscosidade;
de acordo com as necessidades técnicas e gerenciais do e) grau ou teor alcoólico;
estabelecimento, desde que garanta a qualidade e f) densidade;
estabilidade das preparações. g) volume;
10.2. A farmácia de atendimento privativo de unidade h) teor do princípio ativo;
hospitalar pode manipular e manter estoque mínimo de i) dissolução;
bases galênicas e de preparações magistrais e oficinais, j) pureza microbiológica.
devidamente identificadas, em quantidades que atendam
285
11.2.1. As análises descritas no item 11.2 devem ser 12.3. Para algumas preparações magistrais ou oficinais são
realizadas conforme metodologia oficial e em amostragem necessários rótulos ou etiquetas com advertências
estatisticamente representativa do tamanho do lote. complementares impressas, tais como: "Agite antes de
11.2.2. A farmácia deve dispor de laboratório de controle usar", "Conservar em geladeira", "Uso interno", "Uso
de qualidade capacitado para realização de controle em Externo", "Não deixe ao alcance de crianças", "Veneno";
processo e análise da preparação manipulada do estoque Diluir antes de usar; e outras que sejam previstas em
mínimo, referidos nas letras ―a‖ a ―g‖ do item 11.2. legislação específica e que venham auxiliar o uso correto
11.2.3. É facultado à farmácia terceirizar o controle de do produto.
qualidade de preparações manipuladas do estoque mínimo, 12.4 Os recipientes utilizados no envase dos produtos
em laboratórios tecnicamente capacitados para este fim, manipulados devem garantir a estabilidade físico-química e
mediante contrato formal, para a realização dos itens microbiológica da preparação.
―h‖,―i‖ e ―j‖ acima referidos. 12.5. As substâncias que compõem as preparações
11.2.4. No caso das bases galênicas, a avaliação da pureza magistrais e oficinais devem ser denominadas de acordo
microbiológica (letra "j" do item 11.2) poderá ser realizada com a DCB ou, na sua ausência, a DCI ou o CAS vigentes,
por meio de monitoramento. Este monitoramento consiste quando houver.
na realização de análise mensal de pelo menos uma base ou 12.6. Rótulos de preparações magistrais contendo
produto acabado que fora feito a partir de base galênica, substâncias sujeitas a controle especial devem conter ainda
devendo ser adotado sistema de rodízio considerando o tipo informações previstas em legislação sanitária específica.
de base, produto e manipulador."(NR) (Redação dada pela
RDC 87/08) 13. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE.
11.3. (Revogado pela RDC 87/08) A empresa deve manter procedimentos escritos sobre a
conservação e transporte, até a dispensação dos produtos
12. ROTULAGEM E EMBALAGEM. manipulados que garantam a manutenção das suas
Devem existir procedimentos operacionais escritos para especificações e integridade.
rotulagem e embalagem de produtos manipulados. Os 13.1. Os medicamentos termossensíveis devem ser
rótulos devem ser armazenados de forma segura e com mantidos em condições de temperatura compatíveis com
acesso restrito. sua conservação, mantendo-se os respectivos registros e
12.1. Toda preparação magistral deve ser rotulada com: controles.
a) nome do prescritor; 13.2. Os produtos manipulados não devem ser armazenados
b) nome do paciente; ou transportados com os seguintes materiais:
c) número de registro da formulação no Livro de a) alimentos e materiais perecíveis;
Receituário; b) animais;
d) data da manipulação; c) solventes orgânicos;
e) prazo de validade; d) gases;
f) componentes da formulação com respectivas e) substâncias corrosivas ou tóxicas;
quantidades; f) pesticidas e agrotóxicos;
g) número de unidades; g) materiais radioativos;
h) peso ou volume contidos; h) outros produtos que possam afetar a qualidade,
i) posologia; segurança e eficácia dos produtos manipulados.
j) identificação da farmácia;
k) C.N.P.J; 14. DISPENSAÇÃO.
l) endereço completo; 14.1. O farmacêutico deve prestar orientação farmacêutica
m) nome do farmacêutico responsável técnico com o necessárias aos pacientes, objetivando o uso correto dos
respectivo número no Conselho Regional de Farmácia. produtos.
12.2. Toda preparação oficinal deve conter os seguintes 14.2. Todas as receitas aviadas devem ser carimbadas pela
dados em seu rótulo: farmácia, com identificação do estabelecimento, data da
a) denominação farmacopéica do produto; dispensação e número de registro da manipulação, de forma
b) componentes da formulação com respectivas a comprovar o aviamento.
quantidades; 14.3. (Revogado pela RDC 87/08)
c) indicações do Formulário Oficial de referência;
d) data de manipulação e prazo de validade; 15. GARANTIA DA QUALIDADE.
e) número de unidades ou peso ou volume contidos A Garantia da Qualidade tem como objetivo assegurar que
f) posologia; os produtos e serviços estejam dentro dos padrões de
g) identificação da farmácia; qualidade exigidos.
h) C.N.P.J.; 15.1. Para assegurar a qualidade das fórmulas manipuladas,
i) endereço completo do estabelecimento; a farmácia deve possuir um Sistema de Garantia da
j) nome do farmacêutico responsável técnico com o Qualidade (SGQ) que incorpore as Boas Práticas de
respectivo número de inscrição no Conselho Regional de Manipulação em Farmácias (BPMF), totalmente
Farmácia. documentado e monitorado.

286
15.2. O Sistema de Garantia da Qualidade para a e, quando for o caso, a Autorização Especial expedida pela
manipulação de fórmulas deve assegurar que: ANVISA, devem estar afixadas em local visível, e a
a) as operações de manipulação sejam claramente inspeção para concessão da licença deve levar em conta
especificadas por escrito e que as exigências de BPMF o(s) grupo(s) de atividades para os quais a farmácia pode
sejam cumpridas; ser habilitada.
b) a aceitação de demanda de manipulações seja compatível 15.5.2. Os Livros de Receituário, Livros de Registro
com a capacidade instalada da farmácia; Específico, os balanços, as receitas, as notificações de
c) os controles necessários para avaliar as matérias-primas receitas e as notas fiscais devem ser mantidos no
sejam realizados de acordo com procedimentos escritos e estabelecimento, de forma organizada, informatizada ou
devidamente registrados; não.
d) os equipamentos sejam calibrados, com documentação 15.5.3. Devem ser mantidos em arquivo os documentos
comprobatória; comprobatórios de: especificações dos materiais utilizados,
e) sejam elaborados procedimentos escritos relativos a análise das matérias-primas, procedimentos operacionais e
todas as operações de manipulação, controle de qualidade e respectivos registros, e relatórios de auto-inspeção.
demais operações relacionadas ao cumprimento das 15.5.4. A documentação deve possibilitar o rastreamento de
BPMF; informações para investigação de qualquer suspeita de
f) a preparação seja corretamente manipulada, segundo desvio de qualidade.
procedimentos apropriados; 15.5.5. Os documentos devem ser aprovados, assinados e
g) a preparação seja manipulada e conservada de forma que datados pelo Responsável Técnico ou pessoa por ele
a qualidade da mesma seja mantida; autorizada. Qualquer alteração introduzida deve permitir o
h) todos os procedimentos escritos sejam cumpridos; conhecimento de seu conteúdo original e, conforme o caso,
i) sejam realizadas auditorias internas de modo a assegurar ser justificado o motivo da alteração.
um processo de melhoria contínua; 15.5.6. Os dados inseridos nos documentos durante a
j) exista um programa de treinamento inicial e contínuo; manipulação devem ser claros, legíveis e sem rasuras.
k) exista a proibição de uso de cosméticos, jóias e 15.5.7. Os documentos referentes à manipulação de
acessórios para o pessoal nas salas de pesagem e fórmulas devem ser arquivados durante 6 (seis) meses após
manipulação; o vencimento do prazo de validade do produto manipulado,
l) a padronização dos excipientes das formulações seja ou durante 2 (dois) anos quando o produto contiver
embasada em critérios técnico-científicos; substâncias sob controle especial, podendo ser utilizado
m) exista um sistema controlado, informatizado ou não, sistema de registro eletrônico de dados ou outros meios
para arquivamento dos documentos exigidos para confiáveis e legais.
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; 15.5.8. Os demais registros para os quais não foram
n) sejam estabelecidos prazos de validade, assim como as estipulados prazos de arquivamento devem ser mantidos
instruções de uso e de armazenamento das fórmulas pelo período de 1(um) ano.
manipuladas. 15.6. Auto - Inspeção.
15.3. O estabelecimento deve possuir Manual de Boas A auto-inspeção é um recurso apropriado para a
Práticas de Manipulação apresentando as diretrizes constatação e avaliação do cumprimento das BPMF,
empregadas pela empresa para o gerenciamento da realizada pela farmácia. Devem ser realizadas, no mínimo
qualidade. uma vez ao ano e suas conclusões devidamente
15.4. Prazo de validade. documentadas e arquivadas.
15.4.1. A determinação do prazo de validade deve ser 15.6.1. Com base nas conclusões das auto-inspeções devem
baseada na avaliação físico-química das drogas e ser estabelecidas as ações corretivas necessárias para
considerações sobre a sua estabilidade. Preferencialmente, assegurar o cumprimento das BPMF.
o prazo de validade deve ser vinculado ao período do 15.7. Atendimento a reclamações.
tratamento. Toda reclamação referente a desvio de qualidade dos
15.4.2. Fontes de informações sobre a estabilidade físico- produtos manipulados deve ser registrada com o nome e
química das drogas devem incluir referências de dados pessoais do paciente, do prescritor, descrição do
compêndios oficiais, recomendações dos produtores das produto, número de registro da formulação no Livro de
mesmas e publicações em revistas indexadas. Receituário, natureza da reclamação e responsável pela
15.4.3. Na interpretação das informações sobre estabilidade reclamação, ficando o farmacêutico responsável pela
das drogas devem ser consideradas todas as condições de investigação, tomada de medidas corretivas e
armazenamento e conservação. esclarecimentos ao reclamante, efetuando também os
15.4.4. Devem ser instituídos procedimentos que definam a registros das providências tomadas.
política da empresa quanto às matérias-primas próximas ao 15.7.1. No caso de produtos devolvidos por motivo de
vencimento. desvios de qualidade comprovados, a farmácia deve
15.5. Documentação. comunicar à autoridade sanitária competente.
A documentação constitui parte essencial do Sistema de 15.7.2. A farmácia deverá afixar, de modo visível, no
Garantia da Qualidade. principal local de atendimento ao público, placa
15.5.1. A licença de funcionamento expedida pela informativa contendo endereço e telefones da autoridade
autoridade sanitária local, a Autorização de Funcionamento
287
sanitária local, orientando os consumidores que desejarem, Índice Terapêutico, em complementação aos requisitos do
encaminhar reclamações sobre produtos manipulados. Regulamento Técnico e Anexo I;
ANEXO II b) dispensação acompanhada pela bula simplificada
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE contendo os padrões mínimos de informações ao paciente
SUBSTÂNCIAS DE BAIXO ÍNDICE TERAPÊUTICO disposto no anexo VIII desta Resolução;
1. OBJETIVO. c) dispensação mediante atenção farmacêutica.
Este anexo fixa os requisitos mínimos para a manipulação 2.7. A farmácia que pretenda manipular substâncias de
de substâncias de baixo índice terapêutico, baixo índice terapêutico, em qualquer uma das formas
complementando os requisitos estabelecidos no farmacêuticas de uso interno, deve solicitar inspeção à
Regulamento Técnico e no ANEXO I. Vigilância Sanitária local. A manipulação destas
2. CONDIÇÕES. substâncias somente poderá ser iniciada após aprovação da
2.1. A manipulação de produtos farmacêuticos, em todas as Vigilância Sanitária local.
formas farmacêuticas de uso interno, que contenham 2.8. A Autoridade Sanitária deve avaliar na inspeção para
substâncias de baixo índice terapêutico somente será concessão de Licença Sanitária, na sua renovação e nas
permitida às farmácias que cumprirem as condições demais ações de fiscalização, se a farmácia atende aos
estabelecidas neste anexo, no Regulamento Técnico e no requisitos das Boas Práticas de Manipulação de Substâncias
Anexo I. de Baixo Índice Terapêutico, conforme estabelecido neste
2.2. Para prescrição de substância sujeita a controle Anexo.
especial, devem ser atendidas as disposições da Portaria 2.9. Considera-se que as disposições constantes deste
SVS/MS 344/98 e suas atualizações. Anexo são requisitos sanitários IMPRESCINDÍVEIS para o
2.3. São consideradas substâncias de baixo índice cumprimento das Boas Práticas de Manipulação de
terapêutico: medicamentos contendo substâncias de baixo índice
ácido valpróico; terapêutico.
aminofilina; 2.10. As farmácias devem apresentar comprovação da
carbamazepina; formulação para os produtos sólidos manipulados, quando
ciclosporina; da utilização de cada substância de baixo índice
clindamicina; terapêutico, por meio de perfil de dissolução.
clonidina; 2.10.1. Os excipientes devem ser padronizados de acordo
clozapina; com a compatibilidade das formulações descrita em
colchicina; compêndios oficiais/farmacopéias/publicações científicas
digitoxina; indexadas.
digoxina; 2.10.2. Este estudo pode ser realizado por empresas
disopiramida; individuais, por grupos de empresas ou associações de
fenitoína; classe, devendo ser garantida a reprodutibilidade dos
lítio; mesmos.
minoxidil; 2.11. Devem ser adotados e registrados os procedimentos
oxcarbazepina; operacionais relativos às etapas descritas a seguir.
prazosina; 2.11.1. A aquisição deve ser precedida da qualificação de
primidona; fornecedores baseada em critérios pré-definidos. Somente
procainamida; podem ser adquiridas matérias-primas que estejam em
quinidina; conformidade com as especificações descritas no Anexo I.
teofilina; 2.11.2. A farmácia deve fixar uma identificação especial na
varfarina; rotulagem das matérias-primas no momento do
verapamil (Cloridrato). recebimento, alertando de que se trata de substância de
2.4. As substâncias clonidina, colchicina, digitoxina, baixo índice terapêutico.
digoxina, minoxidil, prazosina e varfarina são definidas 2.11.3. O armazenamento deve ser realizado em local
para fins deste regulamento como fármacos de baixo índice distinto, de acesso restrito, sob guarda do farmacêutico,
terapêutico, baixa dosagem e alta potência. com especificação de cuidados especiais de armazenamento
2.5. As substâncias ácido valpróico, aminofilina, que garantam a manutenção das suas especificações e
carbamazepina, ciclosporina, clindamicina, clozapina, integridade.
disopiramida, fenitoína, lítio, oxcarbazepina, primidona, 2.11.4. Na pesagem para manipulação deve haver dupla
procainamida, quinidina, teofilina e verapamil, para fins checagem, sendo uma realizada pelo farmacêutico, com
deste regulamento, são definidas como fármacos de baixo registro dessa operação.
índice terapêutico, alta dosagem e baixa potência. 2.11.5. Na homogeneização do produto em processo de
2.6. Para manipulação das substâncias de baixo índice manipulação devem ser empregados os mesmos excipientes
terapêutico, em todas as formas farmacêuticas de uso e a mesma metodologia utilizada para obtenção do produto
interno devem ser observadas as seguintes condições: objeto do perfil de dissolução.
a) observância aos padrões técnicos mínimos referentes às 2.11.6. No processo de encapsulamento devem ser
Boas Práticas de Manipulação de Substâncias de Baixo utilizadas cápsulas com o menor tamanho, de acordo com a
dosagem.
288
2.11.7. O envase e a rotulagem devem seguir as disposições especial, complementando os requisitos estabelecidos no
constantes do Anexo I desta Resolução. Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em
2.11.8. Dispensação mediante atenção farmacêutica com Farmácias e no ANEXO I.
acompanhamento do paciente, que consiste na avaliação e 2 . CONDIÇÕES GERAIS
monitorização do uso correto do medicamento; 2.1. A prescrição de substância sujeita a controle especial
acompanhamento este realizado pelo farmacêutico e por deve obedecer a Portaria SVS/MS 344/98, suas atualizações
outros profissionais de saúde. ou outra norma que a complemente ou substitua. Caso se
2.12. Quando se tratar especificamente de substância de trate de substância de baixo índice terapêutico deve
baixo índice terapêutico, baixa dosagem e alta potência, obedecer ainda às disposições do Anexo II.
devem ainda ser adotados e registrados os procedimentos 2.2. Para a manipulação de hormônios, antibióticos,
relativos às etapas descritas a seguir. citostáticos e substâncias sujeitas a controle especial, em
2.12.1. Na pesagem para diluição deve haver dupla todas as formas farmacêuticas de uso interno devem ser
checagem - operador e farmacêutico, com registro dessa observadas as seguintes condições:
operação. a) observância aos padrões técnicos mínimos de Boas
2.12.2. No processo de diluição e homogeneização deve ser Práticas de Manipulação de Hormônios, Antibióticos,
utilizada a metodologia de diluição geométrica com escolha Citostáticos e Substâncias Sujeitas a Controle Especial, em
e padronização de excipientes, de acordo com o que foi complementação aos requisitos estabelecidos no
utilizado para realização do estudo de perfil de dissolução. Regulamento Técnico e no Anexo I.
2.12.3. Devem ser realizadas análises de teor de cada b) atendimento à legislação específica no caso de
diluído logo após o preparo e monitoramento trimestral do manipulação de substâncias sujeitas a controle especial;
armazenado, podendo haver diminuição do tempo de c) dispensação mediante orientação farmacêutica;
monitoramento dependendo do tipo do diluído. d) No caso de dispensação de antibióticos, deve ser
2.12.3.1. - As amostras para análise de teor devem ser salientada a necessidade de uso do medicamento pelo
coletadas em pelo menos três pontos do diluído e analisadas período mínimo de tratamento preconizado pelo prescritor,
separadamente, para fins de avaliação da sua mesmo que os sintomas tenham desaparecido.
homogeneidade. 2.3. A farmácia que pretenda manipular hormônios,
2.13. Para o monitoramento do processo de manipulação de antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle
formas farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve especial, deve notificar a Vigilância Sanitária local de que
realizar uma análise completa de formulação manipulada se encontra apta a realizar esta atividade.
contendo substância de baixo índice terapêutico. 2.3.1. As farmácias que já desenvolvem as atividades de
2.13.1. O monitoramento deve ser realizado por que trata este item devem notificar a vigilância sanitária
estabelecimento, de forma a serem analisadas no mínimo local que manipulam tais substâncias, dentro do prazo de
uma amostra a cada três meses de formulação contendo até 60 (sessenta) dias a partir da vigência da norma.
substância de baixo índice terapêutico. 2.3.2. A Autoridade Sanitária deve observar na inspeção
2.13.2. As amostras devem contemplar diferentes para concessão de Licença Sanitária, na sua renovação e
manipuladores, fármacos e dosagens, formas farmacêuticas, nas demais ações de fiscalização, se a farmácia que
podendo ser adotado sistema de rodízio. apresentou a Notificação disposta nos itens 2.3 e 2.3.1.,
2.14. Deve estar estabelecida em procedimento operacional atende aos requisitos das Boas Práticas de Manipulação de
toda a metodologia para a execução do monitoramento de hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a
que trata o item 2.13 e seus sub-itens. controle especial.
2.15. Os resultados de todas as análises devem ser 2.4. Somente poderá ser iniciada a manipulação de
registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da substâncias sujeitas a controle especial após a publicação
Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos. em Diário Oficial da Autorização Especial emitida pela
2.16. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a ANVISA.
efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova 2.5. Para a manipulação de preparações estéreis contendo
análise, em caso de resultado de análise insatisfatório. substâncias de que trata este anexo, devem ser atendidas,
3. PADRÃO MÍNIMO PARA INFORMAÇÕES AO ainda, as disposições do Anexo IV.
PACIENTE. 2.6. Considera-se que as disposições constantes deste
3.1. Os padrões mínimos para informações ao paciente Anexo são requisitos sanitários IMPRESCINDÍVEIS para o
usuário de medicamentos a base de substâncias de baixo cumprimento das Boas Práticas de Manipulação de
índice terapêutico são os relacionados no Anexo VIII desta hormônios, antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a
Resolução. controle especial.
ANEXO III 2.7. As farmácias devem possuir salas de manipulação
BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE dedicadas, dotadas cada uma com antecâmara, para a
HORMÔNIOS, ANTIBIÓTICOS, CITOSTÁTICOS E manipulação de cada uma das três classes terapêuticas a
SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL seguir - hormônios, antibióticos e citostáticos, com sistemas
1. OBJETIVO de ar independentes e de eficiência comprovada.
Este anexo fixa os requisitos mínimos exigidos para a 2.7.1. Para fins de atendimento às disposições deste Anexo,
manipulação de medicamentos à base de hormônios, é permitida a manipulação de medicamentos à base de
antibióticos, citostáticos e substâncias sujeitas a controle hormônios, antibióticos e citostáticos, em formas líquidas
289
de uso interno, nas salas correspondentes de que trata o 2.15.2 O armazenamento das matérias-primas
item 2.7. contempladas neste anexo, deve ser realizado em local
2.7.2. Tais salas devem possuir pressão negativa em relação distinto, de acesso restrito, sob guarda do farmacêutico,
às áreas adjacentes, sendo projetadas de forma a impedir o com especificação de cuidados especiais de armazenamento
lançamento de pós no laboratório ou no meio ambiente, que garantam suas especificações e integridade. O
evitando contaminação cruzada, protegendo o manipulador armazenamento de substâncias sujeitas a controle especial
e o meio ambiente. deve seguir as disposições da regulamentação específica.
2.7.3. As farmácias que adotarem as condições abaixo 2.15.3. Na pesagem para diluição, quando for o caso, deve
especificadas estão isentas da utilização das antecâmaras de haver dupla checagem - operador e farmacêutico, com
que trata o item 2.7. registro dessa operação.
2.7.3.1. Salas dedicadas com cabine sem recirculação com 2.15.4. No processo de diluição e homogeneização deve ser
exaustão de 100% em área externa à sala, sendo que esta utilizada a metodologia de diluição geométrica com escolha
deve possuir filtração que elimine partículas e gases e padronização de excipientes.
provenientes da manipulação, considerando pressão 2.15.5. O armazenamento de diluídos de substâncias
negativa no interior da cabine. A sala onde esta instalada a sujeitas a controle especial deve seguir as disposições da
cabine deve ter pressão negativa em relação à área regulamentação específica.
adjacente a ela. .15.6. Na pesagem para manipulação deve haver dupla
2.7.3.2. Salas dedicadas com cabine de contenção máxima checagem, sendo uma realizada pelo farmacêutico, com
(isolador), totalmente fechada, com ventilação própria, à registro dessa operação.
prova de escape de ar operando com pressão negativa. O 2.15.7. No processo de encapsulamento devem ser
trabalho se efetua com luvas de borracha pressas a cabine. utilizadas cápsulas com o menor tamanho, de acordo com a
Para purificar o ar devem ser instalados filtros HEPA em dosagem.
série ou um filtro HEPA e um incinerador. ( Itens 2.7; 2.7.1 2.15.8. O envase e a rotulagem devem seguir as disposições
;2.7.2; 2.7.3; 2.7.3.1 e 2.7.3.2 tem Redação dada pela RDC constantes do Anexo I.
21/09) 2.16. Para o monitoramento do processo de manipulação de
2.8. A pesagem dos hormônios, citostáticos e antibióticos formas farmacêuticas de uso interno, a farmácia deve
deve ser efetuada na respectiva sala de manipulação. realizar uma análise completa de formulação manipulada de
2.8.1. Devem ser adotados procedimentos para evitar cada uma das classes terapêuticas - antibióticos, hormônios
contaminação cruzada. e citostáticos.
2.9. As balanças e bancada devem ser submetidas a 2.16.1. O monitoramento deve ser realizado por
processo rigoroso de limpeza antes e após cada pesagem. estabelecimento, de forma a serem analisadas no mínimo
2.10.Todos os utensílios utilizados na manipulação de uma amostra a cada três meses de cada uma das classes
substâncias constantes deste anexo devem ser separados e terapêuticas elencadas no item 2.16.(NR) (Redação dada
identificados por classe terapêutica. pela RDC 87/08)
2.11. Deve ser assegurado o uso de equipamentos de 2.16.2. As amostras devem contemplar diferentes
proteção individual apropriados, condizentes com os riscos, manipuladores, fármacos e dosagens e formas
os controles e o volume de trabalho, visando proteção e farmacêuticas, podendo ser adotado sistema de rodízio.
segurança dos manipuladores. 2.17. Deve estar estabelecida em procedimento operacional
2.12. Os funcionários diretamente envolvidos na toda a metodologia para a execução do monitoramento de
manipulação de substâncias e produtos de que trata este que trata o item 2.16 e seus sub-itens.
anexo devem ser submetidos a exames médicos específicos, 2.18. Os resultados de todas as análises devem ser
atendendo ao Programa de Controle Médico de Saúde registrados e arquivados no estabelecimento à disposição da
Ocupacional (PCMSO), recomendando-se ainda que seja Autoridade Sanitária, por no mínimo 2 (dois) anos.
adotado sistema de rodízio no trabalho. 2.19. A farmácia deve estabelecer, registrar e avaliar a
2.12.1.Os responsáveis pela elaboração do PCMSO devem efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova
ser comunicados sobre a manipulação de substâncias análise, em caso de resultado de análise insatisfatório.
constantes deste anexo. ANEXO IV
2.13. Deve haver procedimento operacional específico para BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
evitar contaminação cruzada. PRODUTOS ESTÉREIS (BPMPE) EM FARMÁCIAS
2.14. Os excipientes devem ser padronizados de acordo 1. OBJETIVO
com a compatibilidade das formulações descrita em Este Anexo fixa os requisitos mínimos relativos à
compêndios oficiais/farmacopéias/publicações científicas manipulação de preparações estéreis em farmácias,
indexadas. complementando os requisitos estabelecidos no
2.15. Os procedimentos operacionais relativos às etapas Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em
descritas a seguir devem ser adotados e registrados. Farmácias e no Anexo I.
2.15.1. A aquisição deve ser precedida da qualificação de Este anexo destina-se ainda à reconstituição, transferência,
fornecedores baseada em critérios pré-definidos, podendo incorporação e fracionamento de qualquer medicamento
ser adquiridas somente matérias-primas que estejam em estéril destinado à utilização em serviços de saúde.
conformidade com as especificações descritas no Anexo I. Caso a farmácia pretenda manipular Soluções Parenterais
de Grande Volume (SPGV) e estéreis a partir de matérias-
290
primas estéreis deverá seguir regulamentação de boas 3.3.4. O tecido dos uniformes utilizados nas áreas
práticas de fabricação, aplicada à indústria farmacêutica, no classificadas não deve liberar partículas ou fibras e deve
que couber. proteger quanto à liberação de partículas naturais do corpo.
2. CONDIÇÕES GERAIS. 3.3.5. Os uniformes usados na sala de manipulação,
2.1. A farmácia é responsável pela qualidade das inclusive máscaras e luvas, devem ser estéreis e
preparações estéreis em todas as etapas. substituídos a cada sessão de manipulação.
2.2. É indispensável o efetivo monitoramento de todo o 3.3.6. Deve ser assegurado que as luvas estéreis sejam
processo de preparação, de modo a garantir ao paciente a trocadas a cada duas horas de trabalho de manipulação, e
qualidade da preparação a ser administrada. sempre que sua integridade estiver comprometida.
2.3. Para a manipulação de produtos utilizados em Terapia 3.3.7. Os uniformes reutilizáveis devem ser mantidos
de Nutrição Parenteral devem ser obedecidas as disposições separados, em ambiente fechado, até que sejam
da Portaria SVS/MS n° 272, de 08 de abril de 1998 ou apropriadamente lavados e esterilizados, sob a
qualquer outra que venha complementá-la, alterá-la ou responsabilidade da empresa.
substituí-la. 3.3.7.1. A lavagem e esterilização dos uniformes podem ser
2.4. Para a manipulação de produtos usados em terapia realizadas por empresa terceirizada, por meio de contrato
antineoplásica devem ser obedecidas as disposições da formal.
RDC no 220 de setembro de 2004, contempladas neste 3.3.8. O processo de lavagem e esterilização dos uniformes
Anexo, ou qualquer outra que venha alterá-la ou substituí- deve ser validado e seguir procedimentos escritos.
la. 4. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA.
2.5. A manipulação de antineoplásicos e outras substâncias 4.1. A farmácia destinada à manipulação de preparações
com reconhecido risco químico deve seguir critérios rígidos estéreis deve ser localizada, projetada e construída ou
de utilização de equipamentos de proteção coletiva (Cabine adaptada segundo padrões técnicos, contando com uma
de Segurança Biológica) e individual, procedimentos de infra-estrutura adequada às operações desenvolvidas, para
conservação e transporte, prevenção e tratamento em caso assegurar a qualidade das preparações.
de acidentes, de acordo com legislação específica. 4.2. A farmácia deve possuir, além das áreas comuns
3. ORGANIZAÇÃO E PESSOAL. referidas no Anexo I, no mínimo, as seguintes áreas/salas:
3.1. Treinamento. a) sala de limpeza, higienização e esterilização;
Além de atender aos requisitos descritos no item 3.2 do b) sala ou local de pesagem;
Anexo I, todo pessoal deve conhecer os princípios das c) sala de manipulação e envase exclusiva;
BPMPE. d) área para revisão;
3.2. Saúde, Higiene e Conduta. e) área para quarentena, rotulagem e embalagem;
3.2.1. O acesso de pessoas às áreas de preparação de f) sala de paramentação específica (antecâmara).
formulações estéreis deve ser restrito aos operadores 4.3. As farmácias que somente realizam reconstituição,
diretamente envolvidos. transferência, incorporação ou fracionamento de
3.2.2. Os manipuladores de produtos estéreis devem atender especialidades farmacêuticas, devem atender às disposições
a um alto nível de higiene e particularmente devem ser do item 4.2., no que couber.
instruídos a lavar corretamente às mãos e antebraços, com 4.4. Nas salas de pesagem, manipulação e envase, todas as
escovação das unhas, utilizando anti-séptico padronizado, superfícies devem ser revestidas de material resistente aos
antes de entrar na área de manipulação. agentes sanitizantes, lisas e impermeáveis para evitar
3.2.3. Os operadores que fazem a inspeção visual devem ser acúmulo de partículas e microorganismos, possuindo cantos
submetidos a exames oftalmológicos periódicos e ter arredondados.
intervalos de descanso freqüentes no período de trabalho. 4.5. As salas de pesagem, manipulação e envase devem ser
3.3. Vestuário projetadas de modo a evitar superfícies de difícil limpeza e
3.3.1. Os funcionários envolvidos na manipulação de não podem ser usadas portas corrediças.
preparações estéreis devem estar adequadamente 4.6. Os tetos rebaixados devem ser completamente vedados
uniformizados para assegurar a proteção da preparação para evitar a contaminação proveniente do espaço entre o
contra a contaminação e os uniformes devem ser trocados a teto original e o teto de rebaixamento.
cada sessão de manipulação para garantir a higiene 4.7. As tubulações instaladas nas salas de pesagem,
apropriada. manipulação e envase devem ser embutidas na parede.
3.3.2. A colocação dos uniformes e calçados, bem como a 4.8. Sistematicamente deve-se proceder ao controle do
higiene preparatória para entrada nas áreas classificadas, nível de contaminação ambiental do ar e das superfícies,
devem ser realizadas em sala especificamente destinada através de parâmetros estabelecidos, seguindo
para paramentação e seguir procedimento estabelecido para procedimento escrito e com registros dos resultados.
evitar contaminação microbiana e por partículas. 4.9. A sanitização das áreas classificadas constitui aspecto
3.3.3. Os uniformes e calçados utilizados nas áreas particularmente importante e por isso devem ser utilizados
classificadas devem cobrir completamente o corpo, mais de um tipo de desinfetante, com alternância periódica.
constituindo barreira à liberação de partículas provenientes 4.10. Deve ser procedido monitoramento periódico, através
da respiração, tosse, espirro, suor, pele e cabelo. de parâmetros estabelecidos, do processo de sanitização
para detectar o surgimento de microorganismos persistentes
ou resistentes.
291
4.11. Na sala de pesagem, e sala de manipulação e envase 5. EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIOS E UTENSÍLIOS.
não é permitido o uso de pia e ralo, mesmo sifonados. 5.1. Os equipamentos devem ser localizados, projetados,
4.12. O acesso às salas de limpeza, higienização e instalados, adaptados e mantidos de forma a estarem
esterilização; pesagem; manipulação e envase deve ser adequados às operações a serem realizadas.
realizado por meio de antecâmara. 5.2. A estrutura dos equipamentos deve visar a
4.13. Sala de limpeza, higienização e esterilização. minimização dos riscos de erro e permitir que os mesmos
4.13.1. A sala destinada à lavagem, esterilização e sejam efetivamente limpos e assim mantidos para que seja
despirogenização dos recipientes vazios deve ser separada e evitada a contaminação cruzada, o acúmulo de poeiras e
possuir classificação ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico sujeira e, de modo geral, qualquer efeito negativo sobre a
ar). qualidade da manipulação.
4.13.2. A limpeza e higienização de medicamentos, 5.3. Os equipamentos utilizados na manipulação de
produtos farmacêuticos e produtos para saúde utilizados na preparações estéreis devem ser escolhidos de forma que
manipulação de produtos estéreis também deve ser possam ser efetivamente esterilizados por vapor, por
realizada em área classe ISO 8. aquecimento a seco ou outro método.
4.13.3. A sala deve ser contígua à área de manipulação e 5.4. Os equipamentos de lavagem e limpeza devem ser
dotada de passagem de dupla porta para a entrada de escolhidos e utilizados de forma que não constituam fontes
material em condição de segurança. de contaminação.
4.13.4. Deve dispor de meios e equipamentos para limpeza 5.5. Os produtos usados na limpeza e desinfecção não
e esterilização dos materiais antes de sua entrada na sala de devem contaminar os equipamentos de manipulação com
manipulação. substâncias tóxicas, químicas, voláteis e corrosivas.
4.13.5. No caso do produto manipulado necessitar de 5.6. Os desinfetantes e detergentes devem ser monitorados
esterilização final por calor, o processo de esterilização quanto à contaminação microbiana.
poderá ser realizado nesta sala, desde que obedecidos 5.7. Após o término do trabalho de manipulação, os
procedimentos previamente estabelecidos e em horário equipamentos devem ser limpos, desinfetados e
distinto das demais atividades realizadas nesta sala. identificados quanto à sua condição, efetuando-se os
4.14. Sala de pesagem. registros desses procedimentos.
4.14.1. A sala onde é realizada a pesagem deve possuir 5.8. É recomendável que o sistema de filtração de ar do
Classe ISO 7 (10.000 partículas/ pé cúbico de ar) para fluxo laminar não seja desligado ao término do trabalho, a
garantir baixa contagem microbiana e de partículas. menos que, após a sua parada, seja providenciada a limpeza
4.15. Sala de manipulação e envase. e desinfecção do gabinete.
4.15.1. A sala destinada à manipulação e envase de 5.9. O sistema de ar filtrado deve assegurar que o fluxo de
preparações estéreis deve ser independente e exclusiva, ar não espalhe partículas no ambiente.
dotada de filtros de ar para retenção de partículas e 5.10. O ar injetado nas áreas classificadas deve ser filtrado
microorganismos, garantindo os níveis recomendados - por filtros HEPA.
Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar) ou sob fluxo 5.11. Quando a manutenção dos equipamentos for
laminar, Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar), em executada dentro das áreas classificadas, devem ser
área Classe ISO 7 e possuir pressão positiva em relação às utilizados instrumentos e ferramentas também limpos.
salas adjacentes. 5.12. Todos os equipamentos devem ser submetidos à
4.16. Área para revisão. manutenção preventiva, de acordo com um programa
4.16.1. Deve existir área específica para revisão, com formal, e corretiva, quando necessário, obedecendo a
condições de iluminação e contraste adequadas à realização procedimentos operacionais escritos com base nas
da inspeção dos produtos envasados. especificações dos manuais dos fabricantes.
4.17. Área para quarentena, rotulagem e embalagem. 5.12.1. Devem existir registros das manutenções
4.17.1. A área destinada à quarentena, rotulagem e preventivas e corretivas realizadas.
embalagem das preparações deve ser suficiente para 5.13. O equipamento utilizado no tratamento de água deve
garantir as operações de forma racional e ordenada. ser projetado e mantido de forma a assegurar a produção da
4.18. Sala de Paramentação (antecâmara). água com a especificação exigida.
4.18.1. A sala de paramentação deve possuir câmaras 5.14. Deve ser realizada a sanitização do sistema de
fechadas, preferencialmente com dois ambientes (barreira produção de água, de acordo com procedimentos escritos,
sujo/limpo) para troca de roupa. mantendo-se os devidos registros.
4.18.2. As portas de acesso à sala de paramentação e salas 5.15. O sistema de distribuição da água deve garantir que
classificadas devem possuir dispositivos de segurança que não haja contaminação microbiana.
impeçam a abertura simultânea das mesmas. 5.16. Sendo necessário o armazenamento da água, devem
4.18.3. A sala de paramentação deve ser ventilada, com ar ser usados recipientes de aço inoxidável, herméticos e
filtrado, com pressão inferior à da sala de manipulação e munidos de filtro de ar esterilizante.
superior à área externa. 5.17. O mobiliário deve ser construído de material liso,
4.18.4. O lavatório deve possuir torneira ou comando que impermeável, facilmente lavável e que não libere
dispense o contato das mãos para o fechamento. Junto ao partículas, e que seja passível de desinfecção pelos agentes
lavatório deve existir provisão de sabonete líquido ou anti- normalmente utilizados.
séptico e recurso para secagem das mãos. 6. MATERIAIS.
292
6.1. Aquisição, recebimento e armazenamento. 8.2. A manipulação deve ser realizada com técnica
6.1.1. As matérias primas adquiridas devem ser analisadas asséptica, seguindo procedimentos escritos e validados.
para a verificação do cumprimento de todas as 8.3. Deve existir um programa de monitoramento
especificações estabelecidas nos compêndios oficiais ambiental, para garantir a qualidade microbiológica da sala
incluindo a determinação da biocarga. de manipulação, com seus respectivos registros.
6.1.2. Especialidades farmacêuticas e produtos para a saúde 8.4. Deve ser verificado, sistematicamente, o cumprimento
utilizados no preparo de estéreis devem seguir do procedimento de lavagem das mãos e antebraços dos
especificação técnica detalhada pelo farmacêutico e estar manipuladores.
regularizados junto à ANVISA/MS, conforme legislação 8.5. Deve ser verificado o cumprimento dos procedimentos
vigente. de limpeza e desinfecção das áreas, instalações,
6.1.3. Cada lote deve estar acompanhado do Certificado de equipamentos e materiais empregados na manipulação das
Análise emitido pelo fabricante, garantindo a sua pureza preparações estéreis.
físico-química e microbiológica, bem como o atendimento 8.6. Especialidades farmacêuticas, produtos para a saúde e
às especificações estabelecidas. recipientes devem ser limpos e desinfetados antes da
7. ÁGUA. entrada na área de manipulação.
7.1. A água de abastecimento, o sistema de tratamento de 8.7. Especialidades farmacêuticas utilizadas para
água e a água tratada devem ser monitorados regularmente preparação de estéreis devem ser previamente tratadas para
e mantidos os registros desses resultados. garantir a sua assepsia externa e inspecionadas visualmente
7.2 Água para Preparação de Estéreis. quanto à presença de partículas.
7.2.1. A água utilizada na preparação de estéreis deve ser 8.8. Deve ser efetuado, na ordem de manipulação, o
obtida no próprio estabelecimento, por destilação ou por registro do número de lote de cada uma das especialidades
osmose reversa, obedecendo às características farmacêuticas e produtos para a saúde, ou de cada matéria-
farmacopéicas de água para injetáveis. prima, utilizados na manipulação de preparações estéreis,
7.2.2. Em casos excepcionais, quando o consumo de água indicando inclusive os seus fabricantes / fornecedores.
não justificar a instalação de sistema de produção de água 8.9. As embalagens primárias estéreis devem ser
para injetáveis, a farmácia pode utilizar-se de água para transportadas de modo a garantir a manutenção da sua
injetáveis produzida por indústria farmacêutica, sendo neste esterilidade até o envase.
caso desnecessária a realização dos testes previstos nos 8.10. Todas as superfícies de trabalho, inclusive as internas
itens 7.2.6. e 7.2.7 deste anexo. da capela de fluxo laminar, devem ser limpas e desinfetadas
7.2.3. A água para enxágüe de ampolas e recipientes de antes e depois de cada sessão de manipulação efetuando os
envase, deve ter qualidade de água para injetáveis. respectivos registros.
7.2.4. O armazenamento da água não é recomendado, a não 8.11. Devem existir registros das operações de limpeza e
ser que ela seja mantida em recirculação a uma temperatura desinfecção dos equipamentos empregados na
igual ou superior a 80º C. Caso contrário, ela deve ser manipulação.
descartada a cada 24 (vinte e quatro) horas. 8.12. O envase das preparações estéreis deve ser feito em
7.2.5. Deve haver procedimentos escritos para a limpeza e recipiente que atenda aos requisitos deste Regulamento e
manutenção do sistema de obtenção de água para injetáveis, garanta a estabilidade físico-química e microbiológica
com os devidos registros. dessas preparações.
7.2.6. Devem ser feitos os testes físico-químicos e 8.12.1. O recipiente deve manter a esterilidade e
microbiológicos previstos para água purificada, além de apirogenicidade do seu conteúdo durante a conservação,
teste de endotoxinas bacterianas, com o objetivo de transporte e administração.
monitorar o processo de obtenção da água para injetáveis, 8.12.2. Especialidades farmacêuticas, frascos e equipos,
com base em procedimentos escritos. quando utilizados na reconstituição, transferência,
7.2.7. A farmácia deve monitorar a água para preparação de incorporação e fracionamento, devem atender às
estéreis, quanto à condutividade e presença de endotoxinas recomendações da RDC/ANVISA n° 45, de 12/03/2003
bacterianas imediatamente antes de ser usada na suas atualizações, ou outro instrumento legal que venha a
manipulação. substituí-la, observando critérios específicos de
7.2.7.1. No caso da água se destinar a produtos oftálmicos, fotossensibilidade dos produtos.
não será requerido o teste de endotoxinas bacterianas. 8.12.3. O envase de preparações esterilizadas por filtração
7.2.8. Devem ser estabelecidas e registradas as medidas deve ser procedido sob fluxo laminar classe ISO 5, em sala
corretivas e preventivas que serão adotadas em caso de classe ISO 7.
laudo insatisfatório da água. Deve ser avaliada a efetividade 8.13. Deve ser efetuado teste de integridade no filtro
das medidas adotadas, por meio de uma nova análise. esterilizante antes e após o processo de filtração.
7.2.9. O processo de obtenção da água utilizada na 8.14. Todas as soluções devem passar por filtração em
preparação de estéreis deve ser validado. membrana compatível com o método de esterilização final
8. CONTROLE DO PROCESSO DE MANIPULAÇÃO. utilizado. Deverão ser efetuados testes para verificação da
8.1. Devem ser tomadas precauções no sentido de integridade da membrana filtrante antes e após a filtração.
minimizar a contaminação durante todos os estágios da 8.15. Todos os processos de esterilização devem ser
manipulação. validados e sistematicamente monitorados com base em

293
procedimentos escritos. Os resultados devem ser 9.4. Todas as análises realizadas devem ser registradas.
registrados e arquivados. 9.5. Ficam dispensadas dos testes de esterilidade e de
8.15.1. Devem ser definidos procedimentos claros para endotoxinas bacterianas toda preparação estéril, obtida por
diferenciação das preparações esterilizadas, das não reconstituição, transferência, incorporação ou
esterilizadas. fracionamento de especialidades farmacêuticas estéreis,
8.16. Os indicadores biológicos devem ser considerados com prazo de utilização de 48 horas e nos casos de
somente como método adicional para monitoramento da administração prolongada (dispositivos de infusão
esterilização. portáteis), desde que a infusão inicie até 30 horas após o
8.17. No caso de injetáveis, deve ser realizado o preparo, em serviços de saúde.
monitoramento dos produtos intermediários quanto à 10.GARANTIA DA QUALIDADE.
presença de endotoxinas. 10.1. Validação.
8.18. O tempo entre o início da manipulação de 10.1.1. Os equipamentos e as salas classificadas devem ser
determinada solução e sua esterilização ou filtração qualificados/certificados e os ciclos de esterilização e
esterilizante deve ser o menor possível e estabelecido para despirogenização, assim como o sistema de obtenção de
cada produto, levando-se em conta a sua composição. água para preparação de estéreis devem ser validados.
8.19. A eficácia de qualquer procedimento novo deve ser 10.1.2. O procedimento de preparações estéreis deve ser
validada em intervalos regulares ou quando forem feitas validado para garantir a obtenção do medicamento estéril.
modificações significativas no processo ou nos 10.1.2.1. A validação deve seguir protocolo escrito que
equipamentos. inclua a avaliação da técnica adotada, por meio de um
8.20. É obrigatória a revisão e inspeção de todas as procedimento simulado.
unidades de produtos estéreis. 10.1.2.2. A validação deve abranger a metodologia
8.21. Deve ser efetuado teste para verificação da empregada, o manipulador, as condições da área e dos
hermeticidade dos produtos estéreis. equipamentos.
8.22. Deve existir um sistema de identificação que garanta 10.1.2.3. A validação do procedimento de manipulação
a segurança da separação das preparações antes e depois da deve ser realizada antes do efetivo início das atividades da
revisão. farmácia.
8.23. Todo produto estéril, obtido por reconstituição, 10.1.3. Devem ser realizadas revalidações periódicas, no
transferência, incorporação ou fracionamento de mínimo uma vez ao ano.
especialidades farmacêuticas estéreis destinado à utilização 10.1.4. Sempre que houver qualquer alteração nas
em serviços de saúde, deve conter rótulo com as seguintes condições validadas, o procedimento deve ser revalidado.
informações: nome completo do paciente, quarto/leito e 10.1.5. As validações e revalidações devem ser
registro hospitalar (se for o caso), composição qualitativa e documentadas e os documentos arquivados por dois anos.
quantitativa dos produtos e ou nomes das especialidades 10.2. Documentação.
farmacêuticas que compõem a manipulação, volume total, 10.2.1. A documentação e o registro de preparações estéreis
velocidade da infusão, via de acesso, data e hora da devem ser arquivados durante dois anos a partir da data da
manipulação, número seqüencial de controle e condições de manipulação.
temperatura para conservação e transporte, nome e CRF do 11. REQUISITOS ADICIONAIS PARA
farmacêutico responsável e identificação de quem preparou MANIPULAÇÃO/FRACIONAMENTO DE
a manipulação. PREPARAÇÕES ESTÉREIS CONTENDO
9. CONTROLE DE QUALIDADE. CITOSTÁTICOS DEVEM SEGUIR AS SEGUINTES
9.1. As matérias-primas utilizadas na preparação de estéreis DISPOSIÇÕES, ESTABELECIDAS NA RDC No 220 DE
devem ser submetidas aos ensaios farmacopéicos 21 DE SETEMBRO DE 2004 OU OUTRA NORMA QUE
completos, incluindo identificação, quantificação (teor), VENHA A SUBSTITUÍ-LA.
impurezas e determinação da biocarga. 11.1. Todos os medicamentos Citostáticos devem ser
9.2. Os testes de quantificação (teor), impurezas e armazenados em local exclusivo, sob condições
determinação da biocarga podem ser executados por apropriadas, de modo a preservar a identidade e integridade
laboratórios de controle de qualidade terceirizados. dos mesmos.
9.3. O produto estéril pronto para o uso deve ser submetido, 11.2. A farmácia deve possuir sala exclusiva para
além dos previstos no Anexo I, aos seguintes controles: manipulação e fracionamento de citostáticos.
a) inspeção visual de 100% das amostras, para verificar a 11.3. A pressurização da sala de manipulação deve ser
integridade física da embalagem, ausência de partículas negativa em relação ao ambiente adjacente.
estranhas, precipitações e separações de fases; 11.4. Todas as operações devem ser realizadas em Cabine
b) verificação da exatidão das informações do rótulo; de Segurança Biológica (CSB) Classe II B2, que deve ser
c) teste de esterilidade; instalada seguindo orientações contidas em legislação
d) teste de endotoxinas bacterianas, exceto para os produtos específica.
oftálmicos. 11.5. A CSB deve ser validada com periodicidade semestral
9.3.1. As amostras para o teste de esterilidade devem ser e sempre que houver deslocamento e/ou reparos, por
retiradas, segundo técnicas de amostragem que assegurem a pessoal treinado, mantendo-se os registros.
representatividade da amostra, a cada ciclo de
esterilização.
294
11.6. Qualquer interrupção do funcionamento da CSB 11.9.4.2. Na Cabine.
implica na paralisação imediata das atividades de 11.9.4.2.1. Promover a descontaminação de toda a
manipulação dos medicamentos citostáticos. superfície interna da cabine.
11.7. Equipamentos de Proteção Individual. 11.9.4.2.2. Em caso de contaminação direta da superfície
11.7.1. Durante a manipulação devem ser usados: do filtro HEPA, a cabine deverá ser isolada até a
a) dois pares de luvas (tipo cirúrgica) de látex estéreis com substituição do filtro.
punho longo e sem talco, trocados a cada hora ou sempre 11.9.4.3. Ambiental.
que sua integridade estiver comprometida; 11.9.4.3.1. O responsável pela descontaminação deve
b) avental longo ou macacão de uso restrito à sala de paramentar-se antes de iniciar o procedimento.
manipulação, com baixa permeabilidade, frente fechada, 11.9.4.3.2. A área do derramamento, após identificação e
com mangas longas e punho elástico. restrição de acesso, deve ser limitada com compressas
11.7.2. A paramentação, quando reutilizável, deve ser absorventes.
guardada separadamente, em ambiente fechado, até que 11.9.4.3.3. Os pós devem ser recolhidos com compressas
seja lavada. O processo de lavagem deve ser exclusivo a absorventes umedecidas.
este vestuário. 11.9.4.3.4. Os líquidos devem ser recolhidos com
11.7.3. Deve ser feita a inspeção visual do produto final, compressas absorventes secas.
observando a existência de perfurações e/ou vazamentos, 11.9.4.3.5. A área deve ser limpa com água e sabão, em
corpos estranhos ou precipitações na solução. abundância.
11.8. Conservação e Transporte. 11.9.4.3.6. Quando da existência de fragmentos, estes
11.8.1. O transporte do medicamento citostático deve ser devem ser recolhidos e descartados conforme
feito em recipientes isotérmicos exclusivos, protegido de RDC/ANVISA nº. 306, de 07/12/2004, suas atualizações ou
intempéries e da incidência direta da luz solar. outro instrumento que venha substituí-la.
11.8.2. O responsável pelo transporte de medicamentos ANEXO V
citostáticos deve receber treinamento específico de BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE
biossegurança em caso de acidentes e emergências. PREPARAÇÕES HOMEOPÁTICAS (BPMH) EM
11.8.3. Para casos de contaminação acidental no transporte FARMÁCIAS
de medicamentos citostáticos, é compulsória a notificação 1. OBJETIVO.
do ocorrido ao responsável pela manipulação, assim como Este Anexo fixa os requisitos mínimos relativos à
as providências de descontaminação e limpeza, adotadas de manipulação de preparações homeopáticas em Farmácias,
acordo com os protocolos estabelecidos. complementando os requisitos estabelecidos no
11.9. Biossegurança. Regulamento Técnico e no Anexo I.
11.9.1. A farmácia deve dispor de Programa de 2. ORGANIZAÇÃO E PESSOAL.
Biossegurança, devidamente implantado, de acordo com 2.1. Saúde, Higiene, Vestuário e Conduta.
legislação específica. 2.1.1. Os funcionários envolvidos no processo de
11.9.2. A farmácia deve manter um ―Kit‖ de Derramamento manipulação devem estar devidamente higienizados e não
identificado e disponível em todas as áreas onde são odorizados.
realizadas atividades de manipulação, armazenamento e 3. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA
transporte. 3.1. A farmácia para executar a manipulação de
11.9.2.1. O Kit de Derramamento deve conter, no mínimo, preparações homeopáticas deve possuir, além das áreas
luvas de procedimentos, avental de baixa permeabilidade, comuns referidas no Anexo I, as seguintes áreas:
compressas absorventes, proteção respiratória, proteção a) sala exclusiva para a manipulação de preparações
ocular, sabão, descrição do procedimento, formulário para o homeopáticas;
registro do acidente e recipiente identificado para b) área ou local de lavagem e inativação;
recolhimento dos resíduos de acordo com RDC/ANVISA nº c) sala exclusiva para coleta de material para o preparo de
306, de 07/12/2004, suas atualizações ou outro instrumento auto-isoterápicos, quando aplicável.
legal que venha substituí-la. 3.2. Armazenamento.
11.9.3. Devem existir normas e rotinas escritas, revisadas 3.2.1. As matrizes, os insumos ativos e os insumos inertes
anualmente, para a utilização da Cabine de Segurança podem ser armazenados na sala da manipulação
Biológica e dos Equipamentos de Proteção Individual. homeopática ou em área exclusiva.
11.9.4. Em caso de acidente. 3.3. Sala de Manipulação.
Todos os acidentes devem ser registrados em formulário 3.3.1. A sala de manipulação deve ter dimensões adequadas
específico. ao número de funcionários que trabalhem na mesma, e
11.9.4.1. Pessoal. móveis em número e disposição que facilitem o trabalho
11.9.4.1.1. O vestuário deve ser removido imediatamente desenvolvido, bem como sua limpeza e manutenção. A sala
quando houver contaminação. deve estar localizada em área de baixa incidência de
11.9.4.1.2. As áreas da pele atingidas devem ser lavadas radiações e de odores fortes.
com água e sabão. 3.3.2. A sala de manipulação, além dos equipamentos
11.9.4.1.3. Quando da contaminação dos olhos ou outras básicos descritos no Anexo I, quando aplicável, deve ser
mucosas, lavar com água ou solução isotônica em dotada dos seguintes equipamentos específicos:
abundância e providenciar acompanhamento médico. a) alcoômetro de Gay-Lussac;
295
b) balança de uso exclusivo. paciente, obedecidas às exigências da legislação específica
3.3.3. A farmácia que realizar preparo de auto-isoterápico vigente.
deve possuir sala específica para coleta e manipulação até 6.4 A preparação de heteroisoterápicos utilizando
12CH ou 24DH, seguindo os preceitos da Farmacopéia substâncias sujeitas a controle especial deve ser realizada
Homeopática Brasileira, edição em vigor. obedecendo às exigências da legislação específica vigente,
3.3.3.1. Para garantir a efetiva inativação microbiana, deve necessitando neste caso da Autorização Especial emitida
ser realizado monitoramento periódico do processo de pela ANVISA.
inativação, mantendo-se os registros. 6.4.1. A preparação e dispensação de heteroisoterápicos de
3.3.4. Devem existir procedimentos escritos de potências igual ou acima de 6CH ou 12DH com matrizes
biossegurança, de forma a garantir a segurança obtidas de laboratórios industriais homeopáticos não
microbiológica da sala de coleta e manipulação de material necessitam da Autorização Especial emitida pela ANVISA.
para preparo de auto-isoterápico, contemplando os 6.5. O local de trabalho e os equipamentos devem ser
seguintes itens: limpos periodicamente, de forma a garantir a higiene da
a) normas e condutas de segurança biológica, ocupacional e área de manipulação.
ambiental; 6.6. Os utensílios, acessórios e recipientes utilizados nas
b) instruções de uso dos equipamentos de proteção preparações homeopáticas devem ser descartados. Na
individual (EPI); possibilidade de sua reutilização, os mesmos devem ser
c) procedimentos em caso de acidentes; submetidos a procedimentos adequados de higienização e
d) manuseio do material. inativação, atendendo às recomendações técnicas nacionais
3.4. Área ou local de lavagem e inativação. e / ou internacionais.
3.4.1. Deve existir área ou local para limpeza e 6.7. Após a inativação e higienização dos utensílios,
higienização dos utensílios, acessórios e recipientes recipientes e acessórios, estes devem ser guardados ao
utilizados nas preparações homeopáticas, dotados de abrigo de sujidades e odores.
sistema de lavagem e inativação. 6.8. Devem existir procedimentos operacionais padrão para
3.4.2. No caso da existência de uma área específica de todas as etapas do processo de preparações homeopáticas.
lavagem, esta pode ser compartilhada em momentos 7. ROTULAGEM E EMBALAGEM.
distintos para lavagem de outros recipientes, utensílios e 7.1. A rotulagem e a embalagem devem atender requisitos
acessórios utilizados na manipulação de preparações não estabelecidos no Anexo I, com a seguinte
homeopáticas, obedecendo a procedimentos escritos. complementação:
3.4.3. A área ou local de lavagem e inativação deve ser 7.1.1. Insumo ativo.
dotada de estufa para secagem e inativação de materiais, 7.1.1.1. A Tintura-mãe deve ser identificada por meio do
com termômetro, mantendo-se os respectivos registros de rótulo interno ou do fornecedor, de acordo com normas
temperatura e tempo do processo de inativação. internacionais de nomenclatura e legislação específica,
4. LIMPEZA E SANITIZAÇÃO. contendo os seguintes dados:
4.1. Para a limpeza e sanitização de piso, parede e a) nome científico da droga;
mobiliário da sala de manipulação de preparações b) data de fabricação;
homeopáticas devem ser usados produtos que não deixem c) prazo de validade;
resíduos ou possuam odores, sendo indicado o uso de d) parte usada;
sabão, água e soluções sanitizantes. e) conservação;
4.2. Bancadas de trabalho devem ser limpas com solução f) grau alcoólico;
hidroalcoólica a 70% (p/p). g) classificação toxicológica, quando for o caso;
5. MATERIAIS. h) número de lote.
5.1. Os materiais destinados às preparações homeopáticas 7.1.1.2. A Matriz deve ser identificada por meio do rótulo
devem ser armazenados em área ou local apropriado, ao interno ou do fornecedor, de acordo com normas
abrigo de odores. internacionais de nomenclatura e legislação específica,
5.2. A água utilizada para preparações homeopáticas deve contendo os seguintes dados:
atender aos requisitos farmacopéicos estabelecidos para a) dinamização, escala e método;
água purificada. b) insumo inerte e grau alcoólico, quando for o caso;
6. MANIPULAÇÃO c) data da manipulação;
6.1. A identificação do medicamento homeopático prescrito d) prazo de validade (mês/ano);
deve ser realizada conforme nomenclatura específica e e) origem.
ainda apresentar potência, escala, método, forma 7.1.1.2.1 O teor alcoólico das matrizes estocadas deve
farmacêutica, quantidades e unidades. seguir as recomendações da Farmacopéia Homeopática
6.2. A preparação de heteroisoterápicos provenientes de Brasileira.
especialidades farmacêuticas sujeitas à prescrição deve 7.1.2. Formas Farmacêuticas de Dispensação.
estar acompanhada da respectiva receita. 7.1.2.1 Preparação para ser dispensada deve ser identificada
6.3 A preparação de heteroisoterápicos utilizando por meio de rótulo contendo:
especialidades farmacêuticas que contenham substâncias a) nome da preparação;
sujeitas a controle especial, deve ser realizada a partir do b) dinamização, escala e método;
estoque do estabelecimento ou proveniente do próprio c) forma farmacêutica;
296
d) quantidade e unidade; Dose unitarizada: adequação da forma farmacêutica em
e) data da manipulação; doses previamente selecionadas para atendimento a
f) prazo de validade (mês/ano); prescrições nos serviços de saúde.
g) identificação da farmácia com o Cadastro Nacional de Embalagem original para fracionáveis: acondicionamento
Pessoa Jurídica - C.N.P.J., endereço completo, nome do que contém embalagem primária fracionável.
farmacêutico responsável com o respectivo número no Embalagem original: embalagem aprovada junto ao órgão
Conselho Regional de Farmácia; competente.
h) nas preparações homeopáticas magistrais deve constar Embalagem primária fracionada: menor fração da
no rótulo o nome do paciente e do prescritor. embalagem primária fracionável que mantenha a qualidade
8. PRAZO DE VALIDADE. e segurança do medicamento, os dados de identificação e as
8.1. Toda preparação homeopática deve apresentar no características da unidade posológica que a compõem, sem
rótulo o prazo de validade e, quando necessário, a indicação o rompimento da embalagem primária.
das condições para sua conservação. Embalagem primária fracionável: acondicionamento
8.2. O prazo de validade das matrizes e das preparações adequado à subdivisão mediante a existência de
dispensadas deve ser estabelecido caso a caso, conforme a mecanismos que assegurem a presença dos dados de
Farmacopéia Homeopática Brasileira. identificação e as mesmas características de qualidade e
9. CONTROLE DE QUALIDADE. segurança do medicamento em cada embalagem primária
9.1. A farmácia deve avaliar os insumos inertes conforme o fracionada.
item 7.3.10. do Anexo I. Fracionamento em serviços de saúde: procedimento
9.2. O controle de qualidade dos insumos ativos será realizado sob responsabilidade e orientação do
estabelecido, respeitadas as peculiaridades das preparações farmacêutico, que consiste na subdivisão da embalagem
homeopáticas. primária do medicamento em frações menores, a partir da
9.3. Os insumos ativos para os quais existem métodos de sua embalagem original, mantendo os seus dados de
controle de qualidade devem ser adquiridos acompanhados identificação e qualidade.
dos respectivos certificados de análise. Preparação de dose unitária de medicamento: procedimento
9.4. Os insumos ativos para os quais não existem métodos efetuado sob responsabilidade e orientação do
de controle de qualidade, devem ser adquiridos farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de
acompanhados da respectiva descrição de preparo. saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou
9.5. Devem ser realizadas análises microbiológicas das transformação/derivação, desde que se destinem à
matrizes do estoque existente, por amostragem elaboração de doses unitárias visando atender às
representativa, mantendo-se os registros. necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em
9.5.1. A farmácia pode, por meio de processos controlados atendimento nos serviços de saúde.
e registrados, estipular a periodicidade adequada para as Preparação extemporânea: Toda preparação para uso em até
análises de forma a garantir a qualidade de suas matrizes. 48 h após sua manipulação, sob prescrição médica, com
formulação individualizada.
ANEXO VI Prescrição: ato de indicar o medicamento a ser utilizado
BOAS PRÁTICAS PARA PREPARAÇÃO DE DOSE pelo paciente, de acordo com proposta de tratamento
UNITÁRIA E UNITARIZAÇÃO DE DOSES DE farmacoterapêutico, que é privativo de profissional
MEDICAMENTO EM SERVIÇOS DE SAÚDE habilitado e se traduz pela emissão de uma receita.
1. OBJETIVOS. Sala para preparo de doses unitárias e unitarização de doses
Estabelecer os requisitos de Boas Práticas para Preparo de de medicamentos: sala identificada, que se destina às
Dose Unitária e Unitarização de Dose de Medicamento, operações relacionadas à preparação de doses unitárias,
realizada exclusivamente em farmácia privativa de unidade para atender às necessidades dos pacientes em atendimento
hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência nos serviços de saúde.
médica com a finalidade de ajustar às necessidades Subdivisão de formas farmacêuticas: clivagem ou partilha
terapêuticas do paciente e racionalizar o uso dos de forma farmacêutica.
medicamentos. Transformação/derivação: manipulação de especialidade
Este anexo é uma complementação dos requisitos farmacêutica visando ao preparo de uma forma
estabelecidos no Regulamento Técnico de Boas Práticas de farmacêutica a partir de outra.
Manipulação e no ANEXO I, com exceção dos itens 7.3, Unitarização de doses de medicamento: procedimento
8.3, 8.4, 9, 10, 11, 12, 14, 15.4. e respectivos sub-itens, e efetuado sob responsabilidade e orientação do
aqueles relacionados a matérias-primas. farmacêutico, incluindo, fracionamento em serviços de
2. DEFINIÇÕES. saúde, subdivisão de forma farmacêutica ou
Para efeito deste Anexo, são adotadas as seguintes transformação/derivação em doses previamente
definições: selecionadas, desde que se destinem à elaboração de doses
Dose unitária: adequação da forma farmacêutica à unitarizadas e estáveis por período e condições definidas,
quantidade correspondente à dose prescrita, preservadas visando atender às necessidades terapêuticas exclusivas de
suas características de qualidade e rastreamento. pacientes em atendimento nos serviços de saúde.
3. CONDIÇÕES.

297
3.1. O preparo de doses unitárias e a unitarização de doses (transformação/adequação, subdivisão da forma
de medicamentos, desde que preservadas suas farmacêutica ou fracionamento em serviços de saúde).
características de qualidade e rastreabilidade, é permitido 3.4. Devem existir procedimentos operacionais escritos
exclusivamente às farmácias de atendimento privativo de para a prevenção de trocas ou misturas de medicamentos,
unidade hospitalar ou qualquer equivalente de assistência sendo portanto, vedada a realização de procedimentos de
médica. preparação concomitante, de doses unitárias ou unitarização
3.1.1. As farmácias de atendimento privativo de unidade de doses de mais de um medicamento.
hospitalar ou equivalente de assistência médica que realizar 3.5. A escrituração de todas as operações relacionadas com
transformação/derivação de medicamentos devem atender os procedimentos de preparação de dose unitária ou
além das disposições deste anexo, os requisitos abaixo: unitarização de doses do medicamento deve ser legível,
a) Que o procedimento seja exclusivo para elaboração de sem rasuras ou emendas, além de observar a ordem
doses unitárias e unitarização de doses, visando atender às cronológica e ser mantida devidamente atualizada, podendo
necessidades terapêuticas exclusivas de pacientes em ser informatizada ou não.
atendimento nos serviços de saúde; 3.6. A farmácia deve assegurar a qualidade microbiológica,
b) Seja justificado tecnicamente ou com base em literatura química e física de todos os medicamentos submetidos à
científica; preparação de dose unitária ou unitarização de doses.
c) Seja efetuado em caráter excepcional ou quando da 3.7. Para a preparação de dose unitária ou a unitarização de
indisponibilidade da matéria-prima no mercado e ausência doses de especialidades farmacêuticas estéreis devem ser
da especialidade farmacêutica na dose e concentração e ou atendidas ainda as disposições do Anexo IV, no que
forma farmacêutica compatíveis com as necessidades couber.
terapêuticas do paciente; 3.8. Os procedimentos para a preparação de dose unitária
d) Que o medicamento obtido seja para uso extemporâneo. ou a unitarização de doses de medicamento devem seguir
3.2. A preparação de doses unitárias e a unitarização de preceitos farmacotécnicos, de forma a preservar a
doses de medicamentos deve ser realizada sob segurança, eficácia e qualidade do medicamento.
responsabilidade e orientação do farmacêutico que deve 3.9. O prazo de validade dos produtos submetidos à
efetuar os respectivos registros de forma a garantir a preparação de dose unitária ou a unitarização de doses varia
rastreabilidade dos produtos e procedimentos realizados. em função do tipo de operação realizada:
3.3. A preparação de doses unitárias e a unitarização de a) No caso de fracionamento em serviços de saúde sem o
dose do medicamento, deve ser registrada em Livro de rompimento da embalagem primária o prazo de validade
Registro de Receituário, ou seu equivalente eletrônico, será o determinado pelo fabricante;
escriturando as informações referentes a cada b) No caso de fracionamento em serviços de saúde onde há
medicamento, de modo a facilitar o seu rastreamento. o rompimento da embalagem primária, o prazo de validade
3.3.1. O Livro de Registro de Receituário, informatizado ou será, quando não houver recomendação específica do
não, deve estar disponível às autoridades sanitárias, quando fabricante, de no máximo 25% do tempo remanescente
solicitado. constante na embalagem original, desde que preservadas a
3.3.2. O registro deve conter, no mínimo, os seguintes segurança, qualidade e eficácia do medicamento;
itens: c) No caso de preparação de doses unitárias ou a
a) DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas. No unitarização de doses por transformação/adequação ou
caso de fitoterápicos, nomenclatura botânica (gênero e subdivisão da forma farmacêutica, quando não houver
espécie); recomendação específica do fabricante, o período de uso
b) Data da submissão do medicamento ao preparo de doses deve ser o mesmo das preparações extemporâneas.
unitárias ou a unitarização de doses (dd/mm/aaaa); 3.9.1. Para os casos descritos na alínea ―a‖ do item 3.9., a
c) Nome comercial do medicamento ou genérico e nome do farmácia deve preferencialmente adquirir medicamentos
fabricante; disponíveis no mercado em embalagem primária
d) Número do lote e data de validade original (mês/ano); fracionável.
e) Código, número ou outra forma de identificação criada 3.10 O prazo máximo para estoque dos medicamentos já
pelo serviço de saúde (número seqüencial correspondente à submetidos à preparação de dose unitarizada é de 60 dias,
escrituração do medicamento no Livro de Registro de respeitada a forma farmacêutica e o prazo de validade
Receituário) e data de validade após a submissão do estabelecido no item 3.9.
medicamento ao preparo de doses unitárias ou a 3.11. A embalagem primária do produto submetido à
unitarização de doses; preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses
f) Forma farmacêutica, concentração da substância ativa deve garantir que as características do medicamento não
por unidade posológica e quantidade de unidades, antes e sejam alteradas, preservando a qualidade, eficácia e
após a submissão do medicamento ao preparo de doses segurança do mesmo.
unitárias ou a unitarização de doses; 3.11.1. Devem existir procedimentos operacionais escritos
g) Identificação do profissional que efetuou a atividade de para as operações de rotulagem e embalagem de
preparação de doses unitárias ou a unitarização de doses do medicamentos submetidos ao preparo de dose unitária ou
medicamento; unitarizada.
h) Tipo de operação realizada na preparação de doses 3.12. A rotulagem deve garantir a rastreabilidade do
unitárias ou a unitarização de doses medicamento submetido a preparação de dose unitária ou
298
unitarizada, contendo, no mínimo, as seguintes 3.15. A sala destinada às atividades de preparação de dose
informações: unitária ou unitarizada de medicamento deve estar
a) DCB ou, na sua falta, DCI, em letras minúsculas, ou devidamente identificada e suas dimensões devem estar
nomenclatura botânica (gênero e espécie), no caso de compatíveis com o volume das operações, devendo possuir
fitoterápicos; no mínimo:
b) Concentração da substância ativa por unidade a) Bancada revestida de material liso, resistente e de fácil
posológica, com exceção de medicamentos com mais de limpeza;
quatro fármacos; b) Pia com água corrente;
c) Data de validade após submissão do produto ao preparo c) Instrumento cortante, equipamentos, utensílios, vidrarias
de dose unitária ou a unitarização de doses conforme item e demais materiais para uso exclusivo nas atividades de
3.9. (mês/ano); preparação de dose unitária ou unitarizada de medicamento
d) Nome do farmacêutico responsável pela atividade de e que permita sua limpeza e sanitização;
preparação de dose unitária ou unitarizada ou respectivo d) Lixeira com tampa, pedal e saco plástico, devidamente
CRF; identificada.
e) Via de administração, quando restritiva; 3.16. Em caráter excepcional, nos casos de baixa demanda
f) Número, código ou outra forma de identificação que ou que envolvam alta tecnologia não disponível na farmácia
garanta a rastreabilidade do produto submetido à de atendimento privativo de unidade hospitalar ou
preparação de dose unitária ou unitarizada e dos equivalente de assistência médica, podem ser contratados
procedimentos realizados conforme previsto no item 3.2. serviços de farmácias para o preparo de dose unitária e
3.13. Os medicamentos sujeitos a controle especial devem unitarização de dose do medicamento, desde que atendidas
seguir legislação específica. as disposições desta Resolução de Diretoria Colegiada.
3.14. Para exercer as atividades de preparação de dose 3.16.1. As farmácias somente poderão realizar as atividades
unitária ou unitarizada de medicamento, o serviço de saúde previstas neste anexo para atender ao disposto no item
deve possuir infra-estrutura adequada às operações anterior, devendo ser formalizado contrato escrito entre as
correspondentes, dispondo de todos os equipamentos e partes.
materiais de forma organizada, objetivando evitar os riscos
de contaminação, misturas ou trocas de medicamentos, sem
prejuízo das demais normas sanitárias vigentes.
16. prazosin.
17. primidona.
ANEXO VII - ROTEIRO DE INSPEÇÃO 18. procainamida.
PARA FARMÁCIA 19. quinidina.
(ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI AQUI 20. teofilina.
DISPONIBILIZADO. CONSULTE O SITE DA 21. varfarina.
ANVISA) 22. verapamil (cloridrato).
Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
09.10.2007

ANEXO VIII
PADRÃO MÍNIMO PARA INFORMAÇÕES AO
PACIENTE
(ATENÇÃO O ANEXO NÃO FOI AQUI
DISPONIBILIZADO EM SUA INTEGRALIDADE.
CONSULTE O SITE DA ANVISA)
O anexo traz modelos para seguintes fármacos:
1. ácido valpróico.
2. aminofilina
3. carbamazepina.
4. ciclosporina.
5. clindamicina.
6. clonidina (cloridrato).
7. clozapina.
8. colchicina.
9. Digitoxina.
10. digoxina.
11. disopiramida.
12. fenitoina.
13. lítio.
14 .minoxidil.
15. oxcarbazepina.
299
DIRCEU RAPOSO DE MELLO
RDC nº 96, de 17/12/2008 ANEXO
(D.O.U de 18.12.2008) REGULAMENTO
Art. 1º Este Regulamento se aplica à propaganda,
Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja
outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou a divulgação ou promoção comercial de medicamentos de
promoção comercial de medicamentos. produção nacional ou estrangeira, quaisquer que sejam as
formas e meios de sua veiculação, incluindo as transmitidas
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância no decorrer da programação normal das emissoras de rádio
Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 11, e televisão.
inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 TÍTULO I
de abril de 1999, e conforme artigo 11, inciso IV, do REQUISITOS GERAIS
Regimento Interno, aprovado nos termos do Anexo I da Art. 2º Para efeito deste Regulamento são adotadas as
Portaria nº 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, seguintes definições:
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião DENOMINAÇÃO COMUM BRASILEIRA/DCB -
realizada em 21 de novembro de 2008; Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
Considerando a Constituição Federal de 1988; ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela
Considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976; vigilância sanitária.
Considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977, DENOMINAÇÃO COMUM INTERNACIONAL/DCI -
que regulamenta a Lei nº 6.360, de 24 de setembro de Denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente
1976; ativo recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro de 1999; EMPRESA - Pessoa jurídica, de direito público ou privado,
Considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999; que exerça como atividade principal ou subsidiária a
Considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de 2006; produção, manipulação, comércio, fornecimento,
Considerando o Decreto nº 78.992, de 21 de dezembro de distribuição e divulgação de medicamentos, insumos
1976, que regulamenta a Lei nº 6.368, de 21 de outubro de farmacêuticos e outros produtos que sejam anunciados
1976; como medicamento.
Considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, MARCA NOMINATIVA - É aquela constituída por uma
sobre infrações sanitárias, ou mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano,
Considerando a Lei nº 9.294 de 15 de julho de 1996; compreendendo, também, os neologismos e as combinações
Considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de outubro de 1996, de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos.
que regulamenta a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996; MARCA FIGURATIVA - É aquela constituída por
Considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990; desenho, figura ou qualquer forma estilizada de letra e
Considerando o Decreto nº. 2.181, de 20 de março de número, isoladamente.
1997; MARCA MISTA - É aquela constituída pela combinação
Considerando a Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990; de elementos nominativos e figurativos ou de elementos
Considerando a Lei nº. 10.742, de 6 de outubro de 2003; nominativos com grafia apresentada de forma estilizada.
Considerando a RDC nº. 26, de 30 de março de 2007; MATERIAL CIENTÍFICO - Artigos científicos publicados
Considerando a Portaria nº. 3.916, de 30 de outubro de e livros técnicos.
1998, que define a Política Nacional de Medicamentos; MATERIAL DE AJUDA VISUAL - peça publicitária
Considerando a publicação do Ministério da Saúde e da utilizada exclusivamente pelos propagandistas com o
Agência Nacional de Vigilância Sanitária intitulada Estudo objetivo de apresentar aos profissionais prescritores e
Comparado - Regulamentação da PROPAGANDA DE dispensadores os medicamentos com informações e
MEDICAMENTOS; linguagem uniformizadas pela empresa.
Considerando a necessidade de atualização do Regulamento MEDICAMENTO BIOLÓGICO - Medicamento biológico
Técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e que contém molécula com atividade biológica conhecida, e
Informação de Medicamentos; que tenha passado por todas as etapas de fabricação
Adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu (formulação, envase, liofilização, rotulagem, embalagem,
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. armazenamento, controle de qualidade e liberação do lote
Art. 1º O Regulamento anexo a esta Resolução se aplica à de produto biológico para uso).
propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo MENSAGEM RETIFICADORA - É aquela elaborada para
objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de esclarecer e corrigir erros e equívocos causados pela
medicamentos, de produção nacional ou estrangeira, veiculação de propagandas enganosas e/ou abusivas, e/ou
quaisquer que sejam as formas e meios de sua veiculação, que apresentem informações incorretas e incompletas
incluindo as transmitidas no decorrer da programação sendo, portanto, capazes de induzir, direta ou indiretamente,
normal das emissoras de rádio e televisão. o consumidor a erro e a se comportar de forma prejudicial à
Art. 2º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em sua saúde e segurança.
vigor 180 (cento e oitenta) dias após a sua publicação. MONOGRAFIA - Material elaborado mediante uma
compilação de informações técnico-científicas provenientes
300
de estudos publicados, livros técnicos e informações violência, explora o medo ou superstições, se aproveita da
contidas na documentação de registro submetida à Anvisa, deficiência de julgamento e de experiência da criança,
visando munir o profissional de saúde com variadas desrespeita valores ambientais ou que seja capaz de induzir
informações sobre determinado medicamento, apresentando o usuário a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à
resumos com informações equilibradas, ou seja, resultados sua saúde ou segurança.
satisfatórios e não satisfatórios, e conclusões fiéis à PROPAGANDA/PUBLICIDADE ENGANOSA - É
original. qualquer modalidade de informação ou comunicação de
NIVEL DE EVIDÊNCIA I - Nível de estudo I: Ensaios caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou que,
clínicos randomizados, com desfecho e magnitude de por qualquer outro modo, mesmo por omissão de dado
efeitos clinicamente relevantes, correspondentes à hipótese essencial do produto, seja capaz de induzir o consumidor a
principal em tese, com adequado poder e mínima erro, a respeito da natureza, características, qualidade,
possibilidade de erro alfa. Meta-análises de ensaios clínicos quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros
de nível II, comparáveis e com validade interna, com dados sobre produtos e serviços.
adequado poder final e mínima possibilidade de erro alfa. PROPAGANDA/PUBLICIDADE INDIRETA - É aquela
NIVEL DE EVIDÊNCIA II - Nível de estudo II: Ensaio que, sem mencionar o nome dos produtos, utiliza marcas,
clínico randomizado que não preenche os critérios do nível símbolos, designações e/ou indicações capaz de identificá-
I. Análise de hipóteses secundárias de estudos nível I. los e/ou que cita a existência de algum tipo de tratamento
PATROCÍNIO - Custeio total ou parcial da produção de para uma condição específica de saúde.
material, programa de rádio ou televisão, evento, projeto REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA - Conjunto padronizado
comunitário, atividade cultural, artística, esportiva, de de elementos descritivos que permite a identificação de
pesquisa ou de atualização científica, concedido como documentos utilizados, possibilitando sua localização e
estratégia de marketing, bem como custeio dos obtenção direta por um leitor interessado.
participantes das atividades citadas. SUBSTÂNCIA ATIVA - Qualquer substância que
PEÇA PUBLICITÁRIA - Cada um dos elementos apresente atividade farmacológica ou outro efeito direto no
produzidos para uma campanha publicitária ou de diagnóstico, tais como: cura, alívio, tratamento ou
promoção de vendas, com funções e características prevenção de doenças; ou afete qualquer função do
próprias, que seguem a especificidade e a linguagem de organismo humano.
cada veículo. Exemplos: anúncio, encarte, filmete, spot, VACINAS - Produtos biológicos que contêm uma ou mais
jingle, cartaz, cartazete, painel, letreiro, display, folder, substâncias antigênicas que, quando inoculados, são
banner, móbile, outdoor, busdoor, visual aid etc. capazes de induzir imunidade específica ativa e proteger
PESSOA FÍSICA - aquela que, de forma direta ou indireta, contra a doença causada pelo agente infeccioso que
seja responsável por atividades relacionadas à produção, originou o antígeno.
manipulação, comércio, fornecimento, distribuição e Art. 3º Somente é permitida a propaganda ou publicidade
divulgação de medicamentos, insumos farmacêuticos e de medicamentos regularizados na Anvisa.
outros produtos que sejam anunciados como medicamento. § 1º A propaganda ou publicidade deve ser procedente de
PREPARAÇÃO MAGISTRAL - É aquela preparada na empresas regularizadas perante o órgão sanitário
farmácia, de forma individualizada, para ser dispensada competente, quando assim a legislação o exigir, ainda que a
atendendo a uma prescrição de um profissional habilitado, peça publicitária esteja de acordo com este Regulamento.
respeitada a legislação vigente, que estabelece sua § 2º Todas as alegações presentes na peça publicitária
composição, forma farmacêutica, posologia e modo de referentes à ação do medicamento, indicações, posologia,
usar. modo de usar, reações adversas, eficácia, segurança,
PREPARAÇÃO OFICINAL - É aquela preparada na qualidade e demais características do medicamento devem
farmácia, cuja fórmula esteja inscrita nas farmacopéias, ser compatíveis com as informações registradas na Anvisa.
compêndios ou formulários reconhecidos pelo Ministério
da Saúde. §3º O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO - São aqueles propaganda ou publicidade de medicamentos isentos de
realizados por farmácias e drogarias, as quais, na intenção prescrição devem estar disponíveis pela empresa no Serviço
de fidelizar o consumidor, possibilitam aos clientes, em de Atendimento ao Consumidor (SAC) e no serviço de
troca da compra de produtos, a participação em sorteios, atendimento aos profissionais prescritores e dispensadores
ganho de prêmios ou descontos na compra de produtos, de medicamentos. (Redação dada pela RDC 23/09)
entre outros benefícios. §4º O conteúdo das referências bibliográficas citadas na
PROPAGANDA/PUBLICIDADE - Conjunto de técnicas e propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob
atividades de informação e persuasão com o objetivo de prescrição devem estar disponíveis no serviço de
divulgar conhecimentos, tornar mais conhecido e/ou atendimento aos profissionais prescritores e dispensadores
prestigiado determinado produto ou marca, visando exercer de medicamentos. (Redação dada pela RDC 23/09)
influência sobre o público por meio de ações que objetivem
promover e/ou induzir à prescrição, dispensação, aquisição Art. 4º Não é permitida a propaganda ou publicidade
e utilização de medicamento. enganosa, abusiva e/ou indireta.
PROPAGANDA/PUBLICIDADE ABUSIVA - É aquela Parágrafo único - Fica vedado utilizar técnicas de
que incita a discriminação de qualquer natureza, a comunicação que permitam a veiculação de imagem e/ou
301
menção de qualquer substância ativa ou marca de Art. 9º É permitido na propaganda ou publicidade de
medicamentos, de forma não declaradamente publicitária, medicamentos:
de maneira direta ou indireta, em espaços editoriais na I - utilizar figuras anatômicas, a fim de orientar o
televisão; contexto cênico de telenovelas; espetáculos profissional de saúde ou o paciente sobre a correta
teatrais; filmes; mensagens ou programas radiofônicos; utilização do produto;
entre outros tipos de mídia eletrônica ou impressa. II - informar o sabor do medicamento;
Art. 5º As empresas não podem outorgar, oferecer, III - utilizar expressões tais como: "seguro", ―eficaz‖; e
prometer ou distribuir brindes, benefícios e vantagens aos ―qualidade‖, em combinação ou isoladamente, desde que
profissionais prescritores ou dispensadores, aos que complementadas por frases que justifiquem a veracidade da
exerçam atividade de venda direta ao consumidor, bem informação, as quais devem ser extraídas de estudos
como ao público em geral. veiculados em publicações científicas e devem estar
Art. 6º As informações exigidas neste Regulamento, devidamente referenciadas;
quando exibidas em linguagem escrita, devem ser IV - utilizar expressões tais como: ?absoluta?, ―excelente‖,
apresentadas em cores que contrastem com o fundo do ―máxima‖, ―ótima‖, ―perfeita‖, ―total‖ relacionadas à
anúncio, devem estar dispostas no sentido predominante da eficácia e à segurança do medicamento, quando fielmente
leitura da peça publicitária e devem permitir a sua imediata reproduzidas de estudos veiculados em publicações
visualização, guardando entre si as devidas proporções de científicas e devidamente referenciadas;
distância, indispensáveis à legibilidade e destaque. V - quando constar das propriedades aprovadas no registro
Parágrafo único: No caso de propaganda ou publicidade do medicamento na Anvisa, informar que o medicamento
veiculada na televisão, quando as informações escritas não pode ser utilizado por qualquer faixa etária, inclusive por
forem locucionadas, elas deverão ser exibidas pelo tempo intermédio de imagens; (Redação dada pela RDC 23/09)
suficiente à leitura. VI - quando determinado pela Anvisa, publicar mensagens
Art. 7º As informações sobre medicamentos devem ser tais como: "Aprovado", "Recomendado por especialista", "o
comprovadas cientificamente. mais freqüentemente recomendado" ou "Publicidade
Art. 8º É vedado na propaganda ou publicidade de Aprovada pela Vigilância Sanitária'', pelo ''Ministério da
medicamentos: Saúde", ou mensagem similar referente a órgão congênere
I - estimular e/ou induzir o uso indiscriminado de Estadual, Municipal e do Distrito Federal;
medicamentos; VII - fazer menção à quantidade de países onde o
II - sugerir ou estimular diagnósticos ao público em geral; medicamento é comercializado e/ou fabricado, desde que os
III - incluir imagens de pessoas fazendo uso do países sejam identificados na peça publicitária.
medicamento; Art. 10 Os programas de fidelização realizados em
IV - anunciar um medicamento como novo, depois de farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, não podem
transcorridos dois anos da data de início de sua ter medicamentos como objeto de pontuação, troca, sorteios
comercialização no Brasil; ou prêmios.
V - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou mistas Parágrafo único - Todo o material publicitário de
de instituições governamentais, entidades filantrópicas, divulgação e o regulamento dos programas de fidelização
fundações, associações e/ou sociedades médicas, devem informar sobre a restrição prevista no caput deste
organizações não-governamentais, associações que artigo.
representem os interesses dos consumidores ou dos Art. 11 A comparação de preços dirigida aos consumidores
profissionais de saúde e/ou selos de certificação de somente poder feita entre medicamentos que sejam
qualidade; intercambiáveis nos termos da Lei nº 9.787/99.
VI - sugerir que o medicamento possua características §1º Somente aos profissionais prescritores é permitida a
organolépticas agradáveis, tais como: "saboroso", comparação de preço entre medicamentos que não sejam
"gostoso", "delicioso" ou expressões equivalentes; bem intercambiáveis, com base em informações mercadológicas,
como a inclusão de imagens ou figuras que remetam à desde que tenham o mesmo princípio ativo.
indicação do sabor do medicamento; §2º A comparação deve ser feita entre os custos de
VII - empregar imperativos que induzam diretamente ao tratamento ou, no caso de medicamentos de uso contínuo,
consumo de medicamentos, tais como: ―tenha‖, ―tome‖, entre as doses diárias definidas.
―use‖, ―experimente‖; §3º A propaganda ou publicidade de medicamentos
VIII - fazer propaganda ou publicidade de medicamentos e biológicos, assim classificados conforme regulamento
(ou) empresas em qualquer parte do bloco de receituários específico, não pode apresentar comparação de preços,
médicos; mesmo que elas tenham a mesma indicação.
IX - criar expectativa de venda; §4º Quando informado um valor porcentual do desconto
X - divulgar como genéricos os medicamentos manipulados e/ou o preço promocional do medicamento, o preço integral
ou industrializados que não sejam genéricos, nos termos da praticado pela farmácia ou drogaria também deve ser
Lei nº 9.787/99; informado.
XI - usar expressões ou imagens que possam sugerir que a §5º Quando as farmácias e drogarias anunciarem descontos
saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não usar o para medicamentos, seja por intermédio de anúncios
medicamento. veiculados na televisão, rádio, impressos, faixas ou
qualquer outro meio, devem ter disponível, em local visível
302
ao público, lista dos medicamentos anunciados com o preço produto; a substância ativa, segundo a DCB/DCI; a
reduzido conforme artigo 18 deste Regulamento. apresentação, incluindo a concentração, forma farmacêutica
Art. 12 É permitido oferecer, aos prescritores e e a quantidade; o número de registro na Agência Nacional
dispensadores, material com a relação de medicamentos de Vigilância Sanitária; o nome do detentor do registro; e o
genéricos em lista que contemple o número de registro na preço dos medicamentos listados.
Anvisa, o nome do detentor do registro, a apresentação, Parágrafo único. No caso dos medicamentos isentos de
incluindo a concentração, a forma farmacêutica e a prescrição médica, ficam permitidas outras formas de
quantidade, o nome do medicamento de referência e o comunicação, que não sejam as listas, desde que incluam as
respectivo detentor do registro, ficando dispensadas as demais informações exigidas por este Regulamento.
informações dos artigos 17, 22, 23 e 27 deste Art. 19 Quando as farmácias e drogarias utilizarem frases
Regulamento."(NR). (Redação dada pela RDC 23/09) para informar a redução de preços para grupos de
Art. 13 É permitido somente às distribuidoras de medicamentos, tais como: desconto para anticoncepcionais,
medicamentos, farmácias e drogarias receberem catálogo de ?genéricos com 30% de desconto?, não podem ser
produtos contendo as seguintes informações: nome utilizados outros argumentos de cunho publicitário.
comercial dos medicamentos, incluindo àqueles sujeitos à Art. 20 Na propaganda ou publicidade dirigida aos
retenção de receita; a substância ativa de acordo com a profissionais habilitados a dispensar ou prescrever
DCB/DCI; a apresentação, incluindo a concentração, forma medicamentos, as informações referentes ao preço máximo
farmacêutica e quantidade; o número de registro ao consumidor devem mencionar a respectiva fonte, bem
na Agência Nacional de Vigilância Sanitária; e o respectivo como informar apresentação, incluindo concentração, forma
preço, ficando dispensadas as informações dos artigos 17, farmacêutica e quantidade do medicamento.
22, 23 e 27." (NR) (Redação dada pela RDC 23/09) Art. 21 No caso específico de ser apresentado o nome e/ou
Art. 14 A propaganda ou publicidade de medicamentos não imagem de profissional de saúde, como respaldo das
pode utilizar designações, símbolos, figuras ou outras propriedades anunciadas do medicamento, é obrigatório
representações gráficas, ou quaisquer indicações que constar, de maneira clara, na mensagem publicitária, o
possam tornar a informação falsa, incorreta, ou que nome do profissional interveniente e seu número de
possibilitem interpretação falsa, equívoco, erro e/ou inscrição no respectivo Conselho ou outro órgão de registro
confusão em relação à verdadeira natureza, composição, profissional.
procedência, qualidade, forma de uso, finalidade e/ou
características do produto. TÍTULO II
Art. 15 As comparações realizadas de forma direta ou REQUISITOS PARA A PROPAGANDA OU
indireta entre quaisquer medicamentos, isentos de PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
prescrição ou não, devem estar baseadas em informações INDUSTRIALIZADOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
extraídas de estudos comparativos, veiculados em Art. 22 A propaganda ou publicidade de medicamentos
publicações científicas, preferencialmente com níveis de isentos de prescrição médica deve cumprir os requisitos
evidência I ou II, e especificar a referência bibliográfica gerais, sem prejuízo do que, particularmente, se estabeleça
completa. para determinados tipos de medicamentos, sendo exigido
Parágrafo único - As comparações relacionadas à constar as seguintes informações:
biodisponibilidade e à bioequivalência de princípios ativos I - nome comercial do medicamento, quando houver;
poderão ser feitas com base em estudos aprovados pela II - nome da substância ativa de acordo com a DCB e, na
Anvisa emitidos por laboratórios certificados, desde que sua falta, a DCI ou nomenclatura botânica, que deverá ter,
devidamente referenciados." (NR) (Redação dada pela RDC no mínimo, 50% do tamanho do nome comercial;
23/09) III - número de registro na Anvisa, contemplando, no
Art. 16 Quando se tratar de medicamento genérico, de mínimo, nove dígitos, com exceção das peças publicitárias
acordo com a Lei nº 9.787/99 e suas regulamentações, a veiculadas em rádio;
propaganda ou publicidade deve incluir a frase: IV - no caso dos medicamentos de notificação simplificada,
"Medicamento Genérico - Lei nº 9.787/99‖;. a seguinte frase: ?MEDICAMENTO DE NOTIFICAÇÃO
Art. 17 A propaganda ou publicidade de medicamentos que SIMPLIFICADA RDC Anvisa Nº......../2006. AFE
apresentem efeitos de sedação e/ou sonolência, conforme a nº:..........................?, com exceção das peças publicitárias
bula do medicamento registrada na Anvisa, deve apresentar veiculadas em rádio;
a advertência: ?(nome comercial do medicamento ou, no V - as indicações;
caso dos medicamentos genéricos, a substância ativa) é um VI - data de impressão das peças publicitárias;
medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere VII - a advertência: "SE PERSISTIREM OS SINTOMAS,
máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO", que deve
prejudicadas.?, ficando dispensada a advertência do artigo observar o artigo 6º.
23 deste Regulamento. a) Os requisitos dos incisos II, V, VI e VII aplicam-se às
Parágrafo único. A advertência a que se refere o caput desse formulações oficinais, tendo como embasamento técnico-
artigo deverá obedecer aos critérios do artigo 24. científico a literatura nacional e internacional, oficialmente
Art. 18 Os preços dos medicamentos, quando informados reconhecida e relacionada no anexo II deste Regulamento.
ao público em geral, devem ser indicados por meio de listas b) A emissora de rádio, a partir da venda do espaço
nas quais devem constar somente o nome comercial do promocional, deve ter à disposição do consumidor e da
303
autoridade sanitária, a informação sobre o número de c) a cartela obedecerá ao gabarito RTV de filmagem no
registro ou, no caso dos medicamentos de notificação tamanho padrão de 36,5cmx27cm (trinta e seis e meio
simplificada, a Resolução que autoriza a fabricação, centímetros por vinte e sete centímetros);
importação e/ou comercialização do medicamento. d) as letras apostas na cartela serão da família tipográfica
c) Quando direcionada ao público em geral, os termos Humanist 777 Bold ou Frutiger 55 Bold, corpo 38, caixa
técnicos da propaganda ou publicidade de medicamentos alta.
isentos de prescrição médica deverão ser escritos de III - Na internet, a advertência deve ser exibida
maneira a facilitar a compreensão do público. permanentemente e de forma visível, inserida em retângulo
d) No caso de medicamentos com mais que dois e até de fundo branco, emoldurada por filete interno, em letras de
quatro substâncias ativas, a veiculação dos nomes das cor preta, padrão Humanist 777 Bold ou Frutiger 55 Bold,
substâncias ativas na propaganda ou publicidade pode ser caixa alta, respeitando a proporção de dois décimos do total
feita com, no mínimo, 30% do tamanho do nome do espaço da propaganda.
comercial.(Redação dada pela RDC 23/09) Art. 25 Fica proibida a veiculação, na televisão, de
e) No caso de medicamentos com mais de quatro fármacos propaganda ou publicidade de medicamentos nos intervalos
que tenham algum impedimento técnico de cumprir o dos programas destinados a crianças, conforme
disposto no item imediatamente anterior, pode ser utilizado classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem
na propaganda ou publicidade o nome genérico do fármaco/ como em revistas de conteúdo dedicado a este público."
substância ativa que justifique a indicação terapêutica do (NR) (Redação dada pela RDC 23/09)
produto seguida da expressão "+ ASSOCIAÇÃO", em Art. 26 Na propaganda ou publicidade de medicamentos
tamanho correspondente a 50% do tamanho do nome isentos de prescrição é vedado:
comercial." (NR) (Redação dada pela RDC 23/09) I - usar expressões tais como: "Demonstrado em ensaios
f) No caso de complexos vitamínicos e ou minerais, e ou de clínicos", "Comprovado cientificamente";
aminoácidos pode ser utilizado na propaganda ou II - sugerir que o medicamento é a única alternativa de
publicidade as expressões Polivitamínico e ou, Poliminerais tratamento e/ou fazer crer que são supérfluos os hábitos de
e ou Poliaminoácidos, como designação genérica, vida saudáveis e/ou a consulta ao médico; (Redação dada
correspondendo a 50% do tamanho do nome comercial do pela RDC 23/09)
produto. (Redação dada pela RDC 23/09) III - apresentar nome, imagem e/ou voz de pessoa leiga em
Art. 23 A propaganda ou publicidade de medicamentos medicina ou farmácia, cujas características sejam
isentos de prescrição médica deve, também, veicular facilmente reconhecidas pelo público em razão de sua
advertência relacionada à substância ativa do medicamento, celebridade, afirmando ou sugerindo que utiliza o
conforme tabela do anexo III. medicamento ou recomendando o seu uso;
Parágrafo único. No caso de não ser contemplada alguma IV - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o
substância ativa ou associação na tabela do anexo III, a uso de medicamento a excessos etílicos ou gastronômicos;
propaganda ou publicidade deve veicular a seguinte V - usar de linguagem direta ou indireta relacionando o uso
advertência: ?(nome comercial do medicamento ou, no caso de medicamento ao desempenho físico, intelectual,
dos medicamentos genéricos, a substância ativa) É UM emocional, sexual ou à beleza de uma pessoa, exceto
MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. quando forem propriedades aprovadas pela Anvisa;
PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A VI - apresentar de forma abusiva, enganosa ou assustadora
BULA?. representações visuais das alterações do corpo humano
Art. 24 A advertência a que se refere o artigo 23 deve ser causadas por doenças ou lesões;
contextualizada na peça publicitária, de maneira que seja VII - incluir mensagens, símbolos e imagens de qualquer
pronunciada pelo personagem principal, quando veiculada natureza dirigidas a crianças ou adolescentes, conforme
na televisão; proferida pelo mesmo locutor, quando classificação do Estatuto da Criança e do Adolescente.
veiculada em rádio; e, quando impressa, deve causar o
mesmo impacto visual que as demais informações presentes TÍTULO III
na peça publicitária, apresentando-se com, no mínimo, 35% REQUISITOS PARA PROPAGANDA OU
do tamanho da maior fonte utilizada. PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
I - A locução das advertências de que trata o caput deste INDUSTRIALIZADOS DE VENDA SOB PRESCRIÇÃO
artigo deve ser cadenciada, pausada e perfeitamente Art. 27 A propaganda ou publicidade de medicamentos de
audível. venda sob prescrição deve cumprir os requisitos gerais, sem
II - Se a propaganda ou publicidade de televisão não prejuízo do que, particularmente, se estabeleça para
apresentar personagem principal, as advertências devem determinados tipos de medicamentos, e fica restrita aos
observar os seguintes requisitos: meios de comunicação destinados exclusivamente aos
a) após o término da mensagem publicitária, a advertência profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar
será exibida em cartela única, com fundo azul, em letras tais produtos, devendo incluir informações essenciais
brancas, de forma a permitir a perfeita legibilidade e referentes:
visibilidade, permanecendo imóvel no vídeo; I - ao nome comercial do medicamento, quando houver;
b) a locução deve ser diferenciada, cadenciada, pausada e
perfeitamente audível;

304
II - ao nome da substância ativa de acordo com a DCB e, na Art. 31 As afirmações relacionadas à biodisponibilidade e à
sua falta, a DCI ou nomenclatura botânica, que deverá ter, bioequivalência de princípios ativos poderão ser feitas com
no mínimo, 50% do tamanho do nome comercial; base em estudos aprovados pela Anvisa emitidos por
III - ao número de registro na Anvisa, contemplando no laboratórios certificados, desde que devidamente
mínimo os nove dígitos; referenciados" (NR). (Redação dada pela RDC 23/09)
IV - às indicações; Art. 32 A propaganda ou publicidade de medicamentos sob
V - às contra-indicações; controle especial, sujeitos à venda sob prescrição médica,
VI - aos cuidados e advertências (contemplando as reações com notificação de receita ou retenção de receita, além de
adversas e interações com medicamentos, alimentos e observar as disposições deste regulamento técnico, somente
álcool); pode ser efetuada em revistas de conteúdo exclusivamente
VII - à posologia; técnico, referentes a patologias e medicamentos, dirigidas
VIII - à classificação do medicamento em relação à direta e unicamente a profissionais de saúde habilitados a
prescrição e dispensação; prescrever e/ou dispensar medicamentos.
IX - à data de impressão das peças publicitárias impressas. §1° Ficam excluídas das revistas mencionadas no caput
§1º As informações exigidas por este artigo devem se deste artigo, aquelas que possuam matérias de cunho
apresentar com fonte de, no mínimo, dois milímetros. sociocultural e outras que não sejam técnico-científicas.
§2º Na propaganda ou publicidade de vacinas, deverá §2° É permitida a veiculação de propaganda ou publicidade
constar, ainda, a informação sobre o número de doses dos medicamentos citados no caput deste artigo, em cópia
necessárias para uma completa imunização. fiel de artigo técnico-científico referente à substância ativa
Art. 28 Na propaganda ou publicidade de medicamentos de do medicamento divulgado e publicado em revistas
venda sob prescrição, quando forem destacados os mencionadas no caput, especificando a referência
benefícios do medicamento no texto da peça publicitária, bibliográfica completa, bem como em material de ajuda
devem ser destacadas, pelo menos, uma contra-indicação e visual de uso exclusivo do propagandista e monografias do
uma interação medicamentosa mais freqüente, dentre medicamento.
aquelas exigidas no artigo 27, incisos, V e VI, causando
impacto visual ao leitor e obedecendo à proporcionalidade TÍTULO IV
de 20% do tamanho da maior fonte utilizada. REQUISITOS PARA AMOSTRAS GRÁTIS
Art. 29 A propaganda ou publicidade de medicamentos de Art. 33 A distribuição de amostras grátis de medicamentos
venda sob prescrição veiculada na internet deve ser somente pode ser feita pelas empresas aos profissionais
acessível, exclusivamente, aos profissionais habilitados a prescritores em ambulatórios, hospitais, consultórios
prescrever ou dispensar medicamentos, por meio de sistema médicos e odontológicos.
de cadastramento eletrônico, devendo ser apresentado um § 1º É vedado distribuição de amostras grátis de
termo de responsabilidade informando sobre a restrição vacinas. (Redação dada pela RDC 23/09)
legal do acesso. § 2º É vedada a distribuição de amostras grátis de
Parágrafo único. As bulas dos medicamentos de venda sob preparações magistrais.
prescrição médica veiculadas na internet, sem acesso § 3º É vedada a distribuição de amostras grátis de
restrito, devem ser atualizadas, reproduzir fielmente as medicamentos isentos de prescrição.
aprovadas pela Anvisa e não podem apresentar Art. 34 As amostras grátis de medicamentos de venda sob
designações, símbolos, figuras, desenhos, imagens, slogans prescrição médica devem conter 50% do conteúdo da
e quaisquer argumentos de cunho publicitário em relação apresentação original registrada na Anvisa e comercializada
aos medicamentos. pela empresa, com exceção dos antibióticos, que deverão
Art. 30 Quaisquer afirmações, citações, tabelas ou ter a quantidade suficiente para o tratamento de um
ilustrações relacionadas a informações científicas devem paciente, e dos anticoncepcionais e medicamentos de uso
ser extraídas de estudos clínicos, veiculados em publicações contínuo, que deverão ter a quantidade de 100% do
científicas, preferencialmente com níveis de evidência I ou conteúdo da apresentação original registrada na Anvisa e
II. comercializada pela empresa.
§1º As afirmações, citações, tabelas ou outras ilustrações a Art. 35 As embalagens das amostras grátis devem conter a
que se refere o caput do artigo devem ser fielmente expressão ''AMOSTRA GRÁTIS'' não removível.
reproduzidas e especificar a referência bibliográfica. § 1º As embalagens secundárias das amostras grátis não
§ 2º A criação de gráficos, quadros, tabelas e ilustrações de podem veicular designações, símbolos, figuras, imagens,
mecanismos de ação para transmitir informações, que não desenhos, slogans e quaisquer argumentos de cunho
estejam assim representadas nos estudos científicos, deve publicitário, exceto quando aprovado pela Anvisa, para
expressar com rigor a veracidade das informações e constar na embalagem original.
especificar a referência bibliográfica completa. § 2º Os dizeres de rotulagem e o layout das amostras grátis
§3º Os gráficos, tabelas e ilustrações de mecanismos de não contemplados neste artigo, bem como as bulas,
ação de que trata este artigo devem ser verdadeiros, exatos, etiquetas e prospectos, devem se apresentar idênticos aos
completos, não tendenciosos, bem como não podem ser aprovados para constar na embalagem original.
apresentados de forma que possibilitem erro ou confusão §3º O número de registro constante na amostra grátis deve
quanto às características do medicamento através do conter os treze dígitos correspondentes à embalagem
impacto visual.
305
original, registrada e comercializada, da qual se fez a material científico contendo o nome comercial do
amostra. medicamento, a substância ativa e o nome da empresa.
§ 4° Deve constar da rotulagem da amostra grátis o número Art. 40 O material de propaganda ou publicidade de
de lote, e a empresa deve manter atualizado e disponível à medicamentos deve ser distribuído aos participantes dos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária o quadro de eventos que estiverem com a identificação de sua categoria
distribuição de amostras por um período mínimo de dois profissional claramente visível nos crachás.
anos. Art. 41 A identificação dos espaços na área de exposição e
§ 5° A distribuição de amostras grátis de medicamentos à no interior dos auditórios e similares pode apresentar o
base de substâncias sujeitas a controle especial dar-se-á nome comercial do medicamento, quando for o caso,
também mediante os dispositivos regulamentados na juntamente com a respectiva substância ativa e/ou o nome
legislação sanitária vigente. da empresa, podendo ser utilizada a marca figurativa ou
mista do produto presente na embalagem aprovada pela
TÍTULO V Anvisa.
REQUISITOS PARA MATERIAL INFORMATIVO DE Parágrafo único - Fica proibido a utilização de designações,
MEDICAMENTOS MANIPULADOS símbolos, figuras, imagens, desenhos, slogans e quaisquer
Art. 36 - Para a divulgação de informações sobre argumentos de cunho publicitário em relação aos
medicamentos manipulados é facultado às farmácias o medicamentos. (NR) (Redação dada pela RDC 23/09)
direito de fornecer, exclusivamente aos profissionais Art. 42 Qualquer apoio ou patrocínio, total ou parcial, aos
habilitados a prescrever medicamentos, material profissionais de saúde para participação em eventos
informativo que contenha somente os nomes das científicos, nacionais ou internacionais, não deve estar
substâncias ativas utilizadas na manipulação de fórmulas condicionado à prescrição, dispensação e/ou propaganda ou
magistrais, segundo a sua Denominação Comum Brasileira publicidade de algum tipo de medicamento.
ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional ou a §1º O patrocínio por uma ou mais empresas, de quaisquer
nomenclatura botânica, bem como as respectivas indicações eventos, simpósios, congressos, reuniões, conferências e
terapêuticas, fielmente extraídas de literatura especializada assemelhados, públicos ou privados, seja ele parcial ou
e publicações científicas, devidamente referenciadas. total, deve ser exposto com clareza no ato da inscrição dos
Parágrafo único. O material informativo a que se refere o participantes e nos anais, quando estes existirem.
caput desse artigo não pode veicular nome comercial, §2º Os palestrantes de qualquer sessão científica que
preço, designações, símbolos, figuras, imagens, desenhos, estabeleçam relações com laboratórios farmacêuticos ou
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em tenham qualquer outro interesse financeiro ou comercial
relação à substância ativa. devem informar potencial conflito de interesses aos
Art. 37 É vedado fazer propaganda ou publicidade de organizadores dos congressos, com a devida indicação na
empresas em blocos de receituários médicos. programação oficial do evento e no início de sua palestra,
bem como, nos anais, quando estes existirem.
TÍTULO VI Art. 43 Os organizadores de eventos científicos que
REQUISITOS PARA A VISITA DE permitam a propaganda ou publicidade de medicamentos
PROPAGANDISTAS devem informar a Anvisa, com antecedência de três meses,
Art. 38 Quando as informações técnicas sobre os a realização de quaisquer eventos científicos regionais,
medicamentos industrializados e manipulados forem nacionais e internacionais, contemplando local e data de
levadas aos profissionais prescritores ou dispensadores por realização, bem como as categorias de profissionais
intermédio de propagandistas das empresas, elas deverão participantes.
ser transmitidas com intuito de promover a prescrição e
dispensação do medicamento de forma adequada e TÍTULO VIII
condizente com a Política Nacional de Medicamentos. REQUISITOS PARA CAMPANHAS SOCIAIS
§1º Nas suas ações de propaganda ou publicidade, os Art. 44 A divulgação de campanha social deve ter como
propagandistas devem limitar-se às informações científicas único objetivo informar ações de responsabilidade social da
e características do medicamento registradas na Anvisa. empresa, não podendo haver menção a nomes de
§2º A visita do propagandista não pode interferir na medicamentos, nem publicidade destes produtos, da mesma
assistência farmacêutica, nem na atenção aos pacientes, forma que nenhuma propaganda ou publicidade de
bem como não pode ser realizada na presença de pacientes medicamentos pode se referir às ações de campanhas
e seus respectivos acompanhantes, ficando a critério das sociais da empresa.
instituições de saúde a regulamentação das visitas dos
propagandistas. TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS
TÍTULO VII Art. 45 Fica estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta)
REQUISITOS PARA PROPAGANDA OU dias, a contar da data de publicação deste regulamento, para
PUBLICIDADE EM EVENTOS CIENTÍFICOS as empresas e pessoas físicas responsáveis pela propaganda,
Art. 39 Nos eventos científicos pode ser distribuído aos publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja
profissionais de saúde não habilitados a prescrever ou a divulgação, promoção ou comercialização de
dispensar medicamentos e aos estudantes da área de saúde
306
medicamentos se adequarem às novas disposições deste subindo em rol de caracteres, com locução em ?off?,
regulamento. cadenciada, sem fundo musical e perfeitamente audível.
Parágrafo único. Excetuam-se do prazo disposto no caput as II - Em rádio, a mensagem retificadora deve ser lida sem
amostras grátis, que deverão se adequar no prazo de 360 fundo musical e com locução cadenciada e perfeitamente
(trezentos e sessenta) dias, a contar da data de publicação audível.
deste regulamento. III - Nos jornais, revistas, mídia exterior e congêneres, a
Art. 46 A concessão de redução no preço de medicamento, mensagem retificadora deve ser publicada em fundo
bem como a sua aquisição de forma gratuita condicionada branco, emoldurado por filete interno e com letras de cor
ao envio de cupons, cartões ou qualquer outro meio ou preta, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55.
material, ou ao fornecimento de quaisquer dados que IV - Na Internet, a mensagem retificadora deve ser inserida
permitam identificar o paciente, o profissional prescritor, a em fundo branco, emoldurado por filete interno, com letras
instituição à qual o profissional está vinculado ou o local da de cor preta, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55.
prescrição, fica sob regulamentação da Câmara de V - Caso o espaço publicitário seja suficiente, a mensagem
Regulação de Medicamentos. deve ser veiculada em cartela única, com as letras em
Art. 47 Os materiais citados nos artigos 12, 13, caput do tamanho legível. Caso não seja suficiente, a mensagem
artigo 18 e 39 não poderão utilizar designações, símbolos, deve ser exibida seqüencialmente e de forma perfeitamente
figuras, imagens, desenhos, marcas figurativas ou mistas, legível.
slogans e quaisquer argumentos de cunho publicitário em VI - O responsável pode ser notificado para apresentar, no
relação aos medicamentos." (NR) (Redação dada pela RDC prazo de dez dias contados do recebimento da notificação,
23/09) prorrogável uma única vez por igual período, modificações
Art. 48 Após a publicação da decisão condenatória que na mensagem retificadora e no plano de mídia apresentados
aplicar a sanção de mensagem retificadora, o responsável para adequá-los aos requisitos impostos de acordo com as
será notificado para apresentar o plano de mídia da normas estabelecidas nesta Resolução.
propaganda ou publicidade veiculada de forma irregular e Art. 50 Cumpridos todos os requisitos, o responsável será
uma proposta de mensagem retificadora com o respectivo notificado para proceder à divulgação da mensagem
plano de mídia provisório. retificadora nos meios de comunicação, devendo, em
§ 1º A mensagem retificadora deve contemplar: seguida, comprovar a execução completa do plano de mídia
I - declaração de que a empresa ou pessoa física foi da seguinte forma:
condenada em processo administrativo sanitário, instaurado I - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
pela Anvisa e/ou autoridade sanitária local, a divulgar televisão e no rádio, deve ser juntada aos autos a nota fiscal
mensagem de retificação e esclarecimento para compensar discriminada, comprovando que a mensagem foi divulgada
propaganda ou publicidade de produto sujeito à vigilância nos veículos, horários e freqüências previstos no plano de
sanitária veiculada em desconformidade com a legislação mídia, bem como a gravação da mensagem veiculada;
sanitária federal; II - em relação às mensagens retificadoras veiculadas em
II - listar as irregularidades, identificadas na propaganda e jornais e revistas, deve ser juntado aos autos um exemplar
analisadas no processo administrativo sanitário, que de cada publicação na qual a mensagem foi divulgada;
culminaram na aplicação da mensagem retificadora, III - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
esclarecendo os erros, equívocos e enganos causados e mídia exterior e congêneres, devem ser juntadas aos autos,
prestando as informações corretas e completas sobre o além da nota fiscal discriminada, comprovando que a
produto divulgado; mensagem foi divulgada conforme previsto no plano de
III - No caso de medicamentos isentos de prescrição, mídia, fotos com os negativos da mensagem inserida nos
veicular a seguinte advertência: ?Todo medicamento respectivos meios;
também oferece riscos. Para evitar danos à sua saúde, IV - em relação às mensagens retificadoras veiculadas na
informe-se.? Internet, deve ser juntado aos autos documento
IV - No caso de medicamentos de venda sob prescrição, comprovando que a mensagem foi divulgada nos sítios
informar as contra-indicações, cuidados, advertências, eletrônicos especificados no plano de mídia, bem como a
reações adversas e interações medicamentosas do impressão da página contendo a data.
medicamento, bem como veicular a seguinte advertência: §1º Após a divulgação da mensagem retificadora, seguida
?Informações equilibradas e avaliadas criteriosamente são da comprovação da execução completa do plano de mídia,
essenciais para a prescrição e o uso racional de será expedido um despacho atestando o regular
medicamentos.? cumprimento da sanção, com a conseqüente extinção do
§2º O plano de mídia provisório poderá ser modificado e/ou processo administrativo sanitário.
adaptado, assim como poderão ser impostos outros §2º No caso de não cumprimento da sanção de mensagem
requisitos que levarão em consideração o tipo de produto retificadora, o responsável ficará sujeito às conseqüências e
divulgado, o risco sanitário e o público atingido. penalidades previstas na legislação sanitária.
Art. 49 A veiculação da mensagem retificadora deve Art. 51 Durante a apuração do ilícito, quando se tratar de
observar os seguintes requisitos: propaganda, publicidade ou informação que representem
I - Na televisão, a mensagem retificadora deve ser risco sanitário iminente à saúde pública, pode a entidade
veiculada em texto escrito sobre fundo verde, sem imagens, sanitária, como medida cautelar, determinar a suspensão da
com letras brancas, padrão Humanist 777 ou Frutiger 55, veiculação do material publicitário ou informativo, com a
307
duração necessária para a realização de análises ou outras Este texto não substitui o publicado no D.O.U em
providências requeridas. 18.12.2008
Art. 52 As empresas devem informar a todo seu pessoal de
comercialização e divulgação de medicamentos, incluindo
as agências de publicidade, sobre este Regulamento
Técnico e as responsabilidades no seu cumprimento.
Art. 53 A Anvisa, a qualquer tempo, poderá expedir atos
regulamentares relativos à matéria, com o propósito de
atualizar a regulamentação sobre a propaganda,
publicidade, promoção e informação de produtos sujeitos à
vigilância sanitária.
Art. 54 Ficam expressamente revogadas a RDC 102/2000,
RDC 199/2004, RDC 197/2004 e demais Resoluções que
dispõem de forma contrária.

308
ANEXO II (TABELA)

PRINCÍPIO ATIVO ALERTAS PARA USO EM PROPAGANDA


1. Ácido acetilsalicílico Não use este medicamento em caso de gravidez,
gastrite ou úlcera do estômago e suspeita de dengue ou
catapora.
2. Ácido ascórbico (vitamina C) Não use este medicamento em caso de doença grave
dos rins.
3. Bicarbonato de sódio Não use este medicamento se você tem restrição ao
consumo de sal, insuficiência dos rins, do coração ou
do fígado.
4. Bisacodil Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
5. Cânfora Não use este medicamento em crianças menores de
dois anos de idade.
6. Carbonato de Cálcio Não use este medicamento em caso de doença dos rins.

7. Carvão vegetal Não use este medicamento em crianças com diarréia


aguda e persistente.
8. Cloridrato de ambroxol Não use este medicamento em crianças menores de
dois anos de idade.
9. Cloridrato de fenilefrina Não use este medicamento em caso de doenças do
coração, pressão alta e glaucoma.

10. Dipirona sódica Não use este medicamento durante a gravidez e em


crianças menores de três meses de idade.
11. Dropropizina Não use este medicamento em caso de tosse com
secreção e em crianças menores de dois anos de idade.
12. Hidróxido de alumínio Não use este medicamento em caso de doença dos rins
e dor abdominal aguda.
13. Hidróxido de magnésio Não use este medicamento em caso de doença dos
rins.
14. Ibuprofeno Não use este medicamento em casos de úlcera, gastrite,
doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a
antiinflamatórios.
15. Mebendazol Não use este medicamento em crianças menores de um
ano de idade.
16. Naproxeno. Não use este medicamento em casos de úlcera, gastrite,
doença dos rins ou se você já teve reação alérgica a
antiinflamatórios.
17. Nicotina Não use este medicamento se você é fumante com
problemas cardíacos.
18. Paracetamol Não use junto com outros medicamentos que
contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de
doença grave do fígado.
19. Picossulfato de sódio Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
20. Plantago ovata Forsk Não use este medicamento em caso de doenças
intestinais graves.
21. Sulfato ferroso Não use este medicamento se você tem problemas
gastrointestinais.

309
RDC nº 44, de 17/08/2009 I - Autorização de Funcionamento de Empresa
(D.O.U de 18.08.2009) (AFE) expedida pela Anvisa;
II - Autorização Especial de Funcionamento
Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas (AE) para farmácias, quando aplicável;
para o controle sanitário do funcionamento, da III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
dispensação e da comercialização de produtos e órgão Estadual ou Municipal de Vigilância
da prestação de serviços farmacêuticos em Sanitária, segundo legislação vigente;
farmácias e drogarias e dá outras providências. IV - Certidão de Regularidade Técnica, emitido
pelo Conselho Regional de Farmácia da
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de respectiva jurisdição; e
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas,
lhe confere o inciso IV do art. 11 do conforme a legislação vigente e as
Regulamento da ANVISA aprovado pelo especificidades de cada estabelecimento.
Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e §1º - O estabelecimento deve manter a Licença
tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ ou Alvará Sanitário e a Certidão de
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno Regularidade Técnica afixados em local visível
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº ao público.
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, §2º - Adicionalmente, quando as informações a
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e seguir indicadas não constarem dos documentos
a Consulta Pública Nº 69, de 11 de julho de mencionados no parágrafo anterior, o
2007, publicada no Diário Oficial da União Nº estabelecimento deverá manter afixado, em
134, de 13 de julho de 2007, seção 1, pág. 86, local visível ao público, cartaz informativo
em reunião realizada em 14 de julho de 2009, contendo:
resolve: I - razão social;
II - número de inscrição no Cadastro Nacional
CAPÍTULO I de Pessoa Jurídica;
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS III - número da Autorização de Funcionamento
de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa;
Art. 1º - Esta Resolução estabelece os critérios IV - número da Autorização Especial de
e condições mínimas para o cumprimento das Funcionamento (AE) para farmácias, quando
Boas Práticas Farmacêuticas para o controle aplicável;
sanitário do funcionamento, da dispensação e da V - nome do Farmacêutico Responsável
comercialização de produtos e da prestação de Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido do
serviços farmacêuticos em farmácias e número de inscrição no Conselho Regional de
drogarias. Farmácia;
§1º - Para fins desta Resolução, entende-se por VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e
Boas Práticas Farmacêuticas o conjunto de VII - números atualizados de telefone do
técnicas e medidas que visam assegurar a Conselho Regional de Farmácia e do órgão
manutenção da qualidade e segurança dos Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária.
produtos disponibilizados e dos serviços
prestados em farmácias e drogarias, com o fim Art. 3º - As farmácias e as drogarias devem ter,
de contribuir para o uso racional desses obrigatoriamente, a assistência de farmacêutico
produtos e a melhoria da qualidade de vida dos responsável técnico ou de seu substituto,
usuários. durante todo o horário de funcionamento do
§2º - O disposto nesta Resolução se aplica às estabelecimento, nos termos da legislação
farmácias e drogarias em todo território vigente.
nacional e, no que couber, às farmácias Art. 4º - Esses estabelecimentos têm a
públicas, aos postos de medicamentos e às responsabilidade de garantir e zelar pela
unidades volantes. manutenção da qualidade e segurança dos
§3º - Os estabelecimentos de atendimento produtos objeto desta Resolução, bem como
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer pelo uso racional de medicamentos, a fim de
outra equivalente de assistência médica ficam evitar riscos e efeitos nocivos à saúde.
sujeitos às disposições contidas em legislação Parágrafo único - As empresas responsáveis
específica. pelas etapas de produção, importação,
distribuição, transporte e dispensação são
CAPÍTULO II solidariamente responsáveis pela qualidade e
DAS CONDIÇÕES GERAIS segurança dos produtos farmacêuticos objetos
Art. 2º - As farmácias e drogarias devem de suas atividades específicas.
possuir os seguintes documentos no
estabelecimento: CAPÍTULO III

310
DA INFRA-ESTRUTURA FÍSICA qualquer porte, sujidades ou quaisquer outros
Seção I contaminantes, devendo definir procedimentos
Das Condições Gerais escritos para a limpeza da caixa d'água e manter
Art. 5º - As farmácias e drogarias devem ser os registros que comprovem sua realização.Ser
localizadas, projetadas, dimensionadas, independente de forma a não permitir a
construídas ou adaptadas com infraestrutura comunicação com residências ou qualquer outro
compatível com as atividades a serem local distinto do estabelecimento.
desenvolvidas, possuindo, no mínimo, §1º - Tal comunicação somente é permitida
ambientes para atividades administrativas, quando a farmácia ou drogaria estiverem
recebimento e armazenamento dos produtos, localizadas no interior de galerias de shoppings
dispensação de medicamentos, depósito de e supermercados.
material de limpeza e sanitário. §2º - As farmácias e drogarias localizadas no
Art. 6º - As áreas internas e externas devem interior de galerias de shoppings e
permanecer em boas condições físicas e supermercados podem compartilhar as áreas
estruturais, de modo a permitir a higiene e a não comuns destes estabelecimentos destinadas para
oferecer risco ao usuário e aos funcionários. sanitário, depósito de material de limpeza e
§1º - As instalações devem possuir superfícies local para guarda dos pertences dos
internas (piso, paredes e teto) lisas e funcionários.
impermeáveis, em perfeitas condições, Art. 14º - As farmácias magistrais devem
resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente observar as exigências relacionadas à
laváveis. infraestrutura física estabelecidas na legislação
§2º - Os ambientes devem ser mantidos em boas específica de Boas Práticas de Manipulação de
condições de higiene e protegidos contra a Preparações Magistrais e Oficinais para Uso
entrada de insetos, roedores ou outros animais. Humano.
§3º - As condições de ventilação e iluminação
devem ser compatíveis com as atividades Seção II
desenvolvidas em cada ambiente. Do Ambiente Destinado aos Serviços
§4º - O estabelecimento deve possuir Farmacêuticos
equipamentos de combate a incêndio em Art. 15º - O ambiente destinado aos serviços
quantidade suficiente, conforme legislação farmacêuticos deve ser diverso daquele
específica. destinado à dispensação e à circulação de
Art. 7º - O programa de sanitização, incluindo pessoas em geral, devendo o estabelecimento
desratização e desinsetização, deve ser dispor de espaço específico para esse fim.
executado por empresa licenciada para este fim §1º - O ambiente para prestação dos serviços
perante os órgãos competentes. que demandam atendimento individualizado
Parágrafo único - Deve ser mantido, no deve garantir a privacidade e o conforto dos
estabelecimento, os registros da execução das usuários, possuindo dimensões, mobiliário e
atividades relativas ao programa de que trata infra-estrutura compatíveis com as atividades e
este artigo. serviços a serem oferecidos.
Art. 8º - Os materiais de limpeza e germicidas §2º - O ambiente deve ser provido de lavatório
em estoque devem estar regularizados junto a contendo água corrente e dispor de toalha de
Anvisa e serem armazenados em área ou local uso individual e descartável, sabonete líquido,
especificamente designado e identificado. gel bactericida e lixeira com pedal e tampa.
Art. 9º - O sanitário deve ser de fácil acesso, §3º - O acesso ao sanitário, caso exista, não
possuir pia com água corrente e dispor de toalha deve se dar através do ambiente destinado aos
de uso individual e descartável, sabonete serviços farmacêuticos.
líquido, lixeira com pedal e tampa. §4º - O conjunto de materiais para primeiros-
Parágrafo único - O local deve permanecer em socorros deve estar identificado e de fácil acesso
boas condições de higiene e limpeza. nesse ambiente.
Art. 10º - Deve ser definido local específico
para guarda dos pertences dos funcionários no Art. 16º - O procedimento de limpeza do espaço
ambiente destinado às atividades para a prestação de serviços farmacêuticos deve
administrativas. ser registrado e realizado diariamente no início e
Art. 11º - As salas de descanso e refeitório, ao término do horário de funcionamento.
quando existentes, devem estar separadas dos §1º - O ambiente deve estar limpo antes de
demais ambientes. todos os atendimentos nele realizados, a fim de
Art. 12º - O estabelecimento deve ser minimizar riscos à saúde dos usuários e dos
abastecido com água potável e, quando possuir funcionários do estabelecimento.
caixa d'água própria, ela deve estar devidamente §2º - Após a prestação de cada serviço deve ser
protegida para evitar a entrada de animais de verificada a necessidade de realizar novo

311
procedimento de limpeza, a fim de garantir o II - prover as condições necessárias para o
cumprimento ao parágrafo anterior. cumprimento desta Resolução, assim como das
demais normas sanitárias federais, estaduais e
CAPÍTULO IV municipais vigentes e aplicáveis às farmácias e
DOS RECURSOS HUMANOS drogarias;
Seção I III - assegurar as condições necessárias à
Das Condições Gerais promoção do uso racional de medicamentos no
Art. 17º - Os funcionários devem permanecer estabelecimento; e
identificados e com uniformes limpos e em boas IV - prover as condições necessárias para
condições de uso. capacitação e treinamento de todos os
Parágrafo único - O uniforme ou a profissionais envolvidos nas atividades do
identificação usada pelo farmacêutico deve estabelecimento.
distingui-lo dos demais funcionários de modo a
facilitar sua identificação pelos usuários da Seção III
farmácia ou drogaria. Da Capacitação dos Funcionários
Art. 18º - Para assegurar a proteção do Art. 24º - Todos os funcionários devem ser
funcionário, do usuário e do produto contra capacitados quanto ao cumprimento da
contaminação ou danos à saúde, devem ser legislação sanitária vigente e aplicável às
disponibilizados aos funcionários envolvidos na farmácias e drogarias, bem como dos
prestação de serviços farmacêuticos Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) do
equipamentos de proteção individual (EPI’s). estabelecimento.
Art. 25º - Todo o pessoal, inclusive de limpeza
Seção II e manutenção, deve receber treinamento inicial
Das Responsabilidades e Atribuições e continuado com relação à importância do
Art. 19º - As atribuições e responsabilidades autocuidado, incluídas instruções de higiene
individuais devem estar descritas no Manual de pessoal e de ambiente, saúde, conduta e
Boas Práticas Farmacêuticas do estabelecimento elementos básicos em microbiologia, relevantes
e ser compreensíveis a todos os funcionários. para a qualidade dos produtos e serviços
Art. 20º - As atribuições do farmacêutico oferecidos aos usuários.
responsável técnico são aquelas estabelecidas Art. 26º - Deve ser fornecido treinamento
pelos conselhos federal e regional de farmácia, inicial e contínuo quanto ao uso e descarte de
observadas a legislação sanitária vigente para EPI’s, de acordo com o Plano de Gerenciamento
farmácias e drogarias. de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS,
Parágrafo único - O farmacêutico responsável conforme legislação específica.
técnico pode delegar algumas das atribuições Art. 27º - Nos treinamentos, os funcionários
para outro farmacêutico, com exceção das devem ser instruídos sobre procedimentos a
relacionadas à supervisão e responsabilidade serem adotados em caso de acidente e episódios
pela assistência técnica do estabelecimento, bem envolvendo riscos à saúde dos funcionários ou
como daquelas consideradas indelegáveis pela dos usuários das farmácias e drogarias.
legislação específica dos conselhos federal e Art. 28º - Devem ser mantidos registros de
regional de farmácia. cursos e treinamentos dos funcionários
Art. 21º - A prestação de serviço farmacêutico contendo, no mínimo, as seguintes informações:
deve ser realizada por profissional devidamente I - descrição das atividades de capacitação
capacitado, respeitando-se as determinações realizadas;
estabelecidas pelos conselhos federal e regional II - data da realização e carga horária;
de farmácia. III - conteúdo ministrado;
Art. 22º - Os técnicos auxiliares devem realizar IV - trabalhadores treinados e suas respectivas
as atividades que não são privativas de assinaturas;
farmacêutico respeitando os Procedimentos V - identificação e assinatura do profissional,
Operacionais Padrão (POP’s) do equipe ou empresa que executou o curso ou
estabelecimento e o limite de atribuições e treinamento; e
competências estabelecidos pela legislação VI - resultado da avaliação.
vigente, sob supervisão do farmacêutico
responsável técnico ou do farmacêutico CAPÍTULO V
substituto. DA COMERCIALIZAÇÃO E
Art. 23º - São atribuições do responsável legal DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS
do estabelecimento: Seção I
I - prover os recursos financeiros, humanos e Dos Produtos com Dispensação ou
materiais necessários ao funcionamento do Comercialização Permitidas
estabelecimento;

312
Art. 29º - Além de medicamentos, o comércio e demais produtos, em ambiente seguro e diverso
dispensação de determinados correlatos poderá da área de dispensação, devendo a sua
ser extensivo às farmácias e drogarias em todo identificação indicar claramente que não se
território nacional, conforme relação, requisitos destinam ao uso ou comercialização.
e condições estabelecidos em legislação §2º - No caso do parágrafo anterior, o
sanitária específica. farmacêutico deve notificar imediatamente a
autoridade sanitária competente, informando os
Seção II dados de identificação do produto, de forma a
Da Aquisição e Recebimento permitir as ações sanitárias pertinentes.
Art. 30º - Somente podem ser adquiridos
produtos regularizados junto a Anvisa, Seção III
conforme legislação vigente. Das Condições de Armazenamento
§1º - A regularidade dos produtos consiste no Art. 35º - Todos os produtos devem ser
registro, notificação ou cadastro, conforme a armazenados de forma ordenada, seguindo as
exigência determinada em legislação sanitária especificações do fabricante e sob condições
específica para cada categoria de produto. que garantam a manutenção de sua identidade,
§2º - A legislação sanitária pode estabelecer, integridade, qualidade, segurança, eficácia e
ainda, a isenção do registro, notificação ou rastreabilidade.
cadastro de determinados produtos junto a §1º - O ambiente destinado ao armazenamento
Anvisa. deve ter capacidade suficiente para assegurar o
Art. 31º - As farmácias e drogarias devem armazenamento ordenado das diversas
estabelecer, documentar e implementar critérios categorias de produtos.
para garantir a origem e qualidade dos produtos §2º - O ambiente deve ser mantido limpo,
adquiridos. protegido da ação direta da luz solar, umidade e
§1º - A aquisição de produtos deve ser feita por calor, de modo a preservar a identidade e
meio de distribuidores legalmente autorizados e integridade química, física e microbiológica,
licenciados conforme legislação sanitária garantindo a qualidade e segurança dos mesmos.
vigente. §3º - Para aqueles produtos que exigem
§2º - O nome, o número do lote e o fabricante armazenamento em temperatura abaixo da
dos produtos adquiridos devem estar temperatura ambiente, devem ser obedecidas às
discriminados na nota fiscal de compra e serem especificações declaradas na respectiva
conferidos no momento do recebimento. embalagem, devendo a temperatura do local ser
Art. 32º - O recebimento dos produtos deve ser medida e registrada diariamente.
realizado em área específica e por pessoa §4º - Deve ser definida em Procedimento
treinada e em conformidade com Procedimento Operacional Padrão (POP) a metodologia de
Operacional Padrão (POP) e com as disposições verificação da temperatura e umidade,
desta especificando faixa de horário para medida
Resolução. considerando aquela na qual há maior
Art. 33º - Somente é permitido o recebimento probabilidade de se encontrar a maior
de produtos que atendam aos critérios definidos temperatura e umidade do dia.
para a aquisição e que tenham sido §5º - O Procedimento Operacional Padrão
transportados conforme especificações do (POP) deverá definir medidas a serem tomadas
fabricante e condições estabelecidas na quando forem verificadas condições
legislação sanitária específica. inadequadas para o armazenamento,
Art. 34º - No momento do recebimento deverá considerando o disposto nesta
ser verificado o bom estado de conservação, a Resolução.
legibilidade do número de lote e prazo de Art. 36º - Os produtos devem ser armazenados
validade e a presença de mecanismo de em gavetas, prateleiras ou suporte equivalente,
conferência da autenticidade e origem do afastados do piso, parede e teto, a fim de
produto, além de observadas outras permitir sua fácil limpeza e inspeção.
especificidades legais e regulamentares vigentes Art. 37º - O estabelecimento que realizar
sobre rótulo e embalagem, a fim de evitar a dispensação de medicamentos sujeitos a
exposição dos usuários a produtos falsificados, controle especial deve dispor de sistema
corrompidos, adulterados, alterados ou segregado (armário resistente ou sala própria)
impróprios para o uso. com chave para o seu armazenamento, sob a
§1º - Caso haja suspeita de que os produtos guarda do farmacêutico, observando as demais
sujeitos às normas de vigilância sanitária condições estabelecidas em legislação
tenham sido falsificados, corrompidos, específica.
adulterados, alterados ou impróprios para o uso, Art. 38º - Os produtos violados, vencidos, sob
estes devem ser imediatamente separados dos suspeita de falsificação, corrupção, adulteração

313
ou alteração devem ser segregados em ambiente FARMACÊUTICO. ) (Art. 41 Redação dada
seguro e diverso da área de dispensação e pela RDC 41/12)
identificados quanto a sua condição e destino, § 1°. Os medicamentos isentos de prescrição e
de modo a evitar sua entrega ao consumo. de mesmo princípio ativo ou de mesmos
§1º - Esses produtos não podem ser princípios ativos (no caso de associações)
comercializados ou utilizados e seu destino deve devem permanecer organizados em um mesmo
observar legislação específica federal, estadual local e serem identificados, de forma visível e
ou municipal. ostensiva ao usuário, com a Denominação
§2º - A inutilização e o descarte desses produtos Comum Brasileira (DCB) do(s) princípio(s)
deve obedecer às exigências de legislação ativo(s) ou, em sua falta, da Denominação
específica para Gerenciamento de Resíduos de Comum Internacional (DCI), de modo a
Serviços de Saúde, assim como normas permitir a fácil identificação dos produtos pelo
estaduais ou municipais complementares. usuário.
§3º - Quando o impedimento de uso for § 2°. Os medicamentos isentos de prescrição
determinado por ato da autoridade de vigilância devem ser dispostos de forma separada dos
sanitária ou por iniciativa do fabricante, demais produtos comercializados na área de
importador ou distribuidor, o recolhimento autosserviço. (NR)
destes produtos deve seguir regulamentação
específica. Seção V
§4º - A política da empresa em relação aos Da Dispensação de Medicamentos
produtos com o prazo de validade próximo ao Art. 42º - O estabelecimento farmacêutico deve
vencimento deve estar clara a todos os assegurar ao usuário o direito à informação e
funcionários e descrita no Manual de Boas orientação quanto ao uso de medicamentos.
Práticas Farmacêuticas do estabelecimento. §1º - O estabelecimento deve manter a
Art. 39º - O armazenamento de produtos disposição dos usuários, em local de fácil
corrosivos, inflamáveis ou explosivos deve ser visualização e de modo a permitir a imediata
justificado em Procedimento Operacional identificação, lista atualizada dos medicamentos
Padrão (POP), o qual deve determinar sua genéricos comercializados no país, conforme
guarda longe de fontes de calor e de materiais relação divulgada pela Anvisa e disponibilizada
que provoquem faíscas e de acordo com a no seu sítio eletrônico no endereço http:
legislação específica. //www.anvisa.gov. br.
§2º - São elementos importantes da orientação,
Seção IV entre outros, a ênfase no cumprimento da
Da Organização e Exposição dos Produtos posologia, a influência dos alimentos, a
Art. 40º - Os produtos de dispensação e interação com outros medicamentos, o
comercialização permitidas em farmácias e reconhecimento de reações adversas potenciais
drogarias nos termos da legislação vigente e as condições de conservação do produto.
devem ser organizados em área de circulação Art. 43º - Os medicamentos sujeitos à
comum ou em área de circulação restrita aos prescrição somente podem ser dispensados
funcionários, conforme o tipo e categoria do mediante apresentação da respectiva receita.
produto. Art. 44º - O farmacêutico deverá avaliar as
§1º - Os medicamentos deverão permanecer em receitas observando os seguintes itens:
área de circulação restrita aos funcionários, não I - legibilidade e ausência de rasuras e emendas;
sendo permitida sua exposição direta ao alcance II - identificação do usuário;
dos usuários do estabelecimento. III - identificação do medicamento,
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição concentração, dosagem, forma farmacêutica e
poderão permanecer ao alcance dos usuários quantidade;
para obtenção por meio de autosserviço no IV - modo de usar ou posologia;
estabelecimento." (NR) (Redação dada pela V - duração do tratamento;
RDC 41/12) VI - local e data da emissão; e
§3º - Os demais produtos poderão permanecer VII - assinatura e identificação do prescritor
expostos em área de circulação comum. com o número de registro no respectivo
Art. 41. Na área destinada aos medicamentos, conselho profissional.Esclarecer eventuais
deve estar exposto cartaz, em local visível ao problemas ou dúvidas detectadas no momento
público, contendo a seguinte orientação, de da avaliação da receita.
forma legível e ostensiva, permitindo a fácil Art. 45º - Não podem ser dispensados
leitura a partir da área de circulação comum: medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis
"MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR ou que possam induzir a erro ou confusão.
EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A Art. 46º - No momento da dispensação dos
AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM O medicamentos deve ser feita à inspeção visual

314
para verificar, no mínimo, a identificação do §1º - O sítio eletrônico deve utilizar apenas o
medicamento, o prazo de validade e a domínio ".com.br", e deve conter, na página
integridade da embalagem. principal, os seguintes dados e informações:
Art. 47º - A dispensação de medicamentos I - razão social e nome fantasia da farmácia ou
genéricos, no que tange a intercambialidade, drogaria responsável pela dispensação, CNPJ,
deve ser feita de acordo com o disposto na endereço geográfico completo, horário de
legislação específica. funcionamento e telefone;
Art. 48º - Para o fracionamento de II - nome e número de inscrição no Conselho do
medicamentos devem ser cumpridos os critérios Farmacêutico Responsável Técnico;
e condições estabelecidos na legislação III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo
específica. órgão Estadual ou Municipal de Vigilância
Art. 49º - A dispensação de medicamentos Sanitária, segundo legislação vigente;
sujeitos a controle especial deve atender às IV - Autorização de Funcionamento de Empresa
disposições contidas na legislação específica. (AFE) expedida pela Anvisa;
Art. 50º - É vedada a captação de receitas V - Autorização Especial de Funcionamento
contendo prescrições magistrais e oficinais em (AE) para farmácias, quando aplicável; e
drogarias, ervanárias e postos de medicamentos, VI - link direto para informações sobre:
ainda que em filiais da mesma empresa, bem a) nome e número de inscrição no Conselho do
como a intermediação entre empresas. Farmacêutico, no momento do atendimento;
Art. 51º - A política da empresa em relação aos b) mensagens de alerta e recomendações
produtos com o prazo de validade próximo ao sanitárias determinadas pela Anvisa;
vencimento deve estar clara a todos os c) condição de que os medicamentos sob
funcionários e descrita no Procedimento prescrição só serão dispensados mediante a
Operacional Padrão (POP) e prevista no Manual apresentação da receita e o meio pelo qual deve
de Boas Práticas Farmacêuticas do ser apresentada ao estabelecimento (fac-símile;
estabelecimento. e-mail ou outros).
§1º - O usuário deve ser alertado quando for §2º - É vedada a oferta de medicamentos na
dispensado produto com prazo de validade Internet em sítio eletrônico que não pertença a
próximo ao seu vencimento. farmácias ou drogarias autorizadas e licenciadas
§2º - É vedado dispensar medicamentos cuja pelos órgãos de vigilância sanitária
posologia para o tratamento não possa ser competentes.
concluída no prazo de validade. Art. 54º - É vedada a utilização de imagens,
propaganda, publicidade e promoção de
Subseção I medicamentos de venda sob prescrição médica
Da solicitação remota para dispensação de em qualquer parte do sítio eletrônico.
medicamentos §1º - A divulgação dos preços dos
Art. 52º - Somente farmácias e drogarias medicamentos disponíveis para compra na
abertas ao público, com farmacêutico farmácia ou drogaria deve ser feita por meio de
responsável presente durante todo o horário de listas nas quais devem constar somente:
funcionamento, podem realizar a dispensação de I - o nome comercial do produto;
medicamentos solicitados por meio remoto, II - o(s) princípio(s) ativo(s), conforme
como telefone, fac-símile (fax) e Internet. Denominação Comum Brasileira;
§1º - É imprescindível a apresentação e a III - a apresentação do medicamento, incluindo
avaliação da receita pelo farmacêutico para a a concentração, forma farmacêutica e a
dispensação de medicamentos sujeitos à quantidade;
prescrição, solicitados por meio remoto. IV - o número de registro na Anvisa;
§2º - É vedada a comercialização de V - o nome do detentor do registro; e
medicamentos sujeitos a controle especial VI - o preço do medicamento.
solicitados por meio remoto. §2º - As listas de preços não poderão utilizar
§3º - O local onde se encontram armazenados os designações, símbolos, figuras, imagens,
estoques de medicamentos para dispensação desenhos, marcas figurativas ou mistas, slogans
solicitada por meio remoto deverá e quaisquer argumentos de cunho publicitário
necessariamente ser uma farmácia ou drogaria em relação aos medicamentos.
aberta ao público nos termos da legislação §3º - As propagandas de medicamentos isentos
vigente. de prescrição e as propagandas e materiais que
Art. 53º - O pedido pela Internet deve ser feito divulgam descontos de preços devem atender
por meio do sítio eletrônico do estabelecimento integralmente ao disposto na legislação
ou da respectiva rede de farmácia ou drogaria. específica.
§4º - As frases de advertências exigidas para os
medicamentos isentos de prescrição devem ser

315
apresentadas em destaque, conforme legislação símbolos, figuras, imagens, marcas figurativas
específica. ou mistas, slogans e quaisquer argumentos de
Art. 55º - As farmácias e drogarias que cunho publicitário em relação a medicamentos.
realizarem a dispensação de medicamentos Art. 59º - É responsabilidade do
solicitados por meio da Internet devem informar estabelecimento farmacêutico detentor do sítio
o endereço do seu sítio eletrônico na eletrônico, ou da respectiva rede de farmácia ou
Autorização de Funcionamento (AFE) expedida drogaria, quando for o caso, assegurar a
pela Anvisa. confidencialidade dos dados, a privacidade do
Art. 56º - O transporte do medicamento para usuário e a garantia de que acessos indevidos ou
dispensação solicitada por meio remoto é não autorizados a estes dados sejam evitados e
responsabilidade do estabelecimento que seu sigilo seja garantido.
farmacêutico e deve assegurar condições que Parágrafo único - Os dados dos usuários não
preservem a integridade e qualidade do produto, podem ser utilizados para qualquer forma de
respeitando as restrições de temperatura e promoção, publicidade, propaganda ou outra
umidade descritas na embalagem do forma de indução de consumo de
medicamento pelo detentor do registro, além de medicamentos.
atender as Boas Práticas de Transporte previstas
na legislação específica. Seção VI
§1º - Os produtos termossensíveis devem ser Da dispensação de outros produtos
transportados em embalagens especiais que Art. 60º - O usuário dos produtos
mantenham temperatura compatível com sua comercializados em farmácias e drogarias,
conservação. conforme legislação vigente, tem o direito a
§2º - Os medicamentos não devem ser obter informações acerca do uso correto e
transportados juntamente com produtos ou seguro, assim como orientações sobre as
substâncias que possam afetar suas condições ideais de armazenamento.
características de qualidade, segurança e
eficácia. CAPÍTULO VI
§3º - O estabelecimento deve manter DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) Art. 61º - Além da dispensação, poderá ser
contendo as condições para o transporte e criar permitida às farmácias e drogarias a prestação
mecanismos que garantam a sua inclusão na de serviços farmacêuticos conforme requisitos e
rotina de trabalho de maneira sistemática. condições estabelecidos nesta Resolução.
§4º - No caso de terceirização do serviço de §1º - São considerados serviços farmacêuticos
transporte, este deve ser feito por empresa passíveis de serem prestados em farmácias ou
devidamente regularizada conforme a legislação drogarias a atenção farmacêutica e a perfuração
vigente. de lóbulo auricular para colocação de brincos.
Art. 57º - É permitida às farmácias e drogarias a §2º - A prestação de serviço de atenção
entrega de medicamentos por via postal desde farmacêutica compreende a atenção
que atendidas as condições sanitárias que farmacêutica domiciliar, a aferição de
assegurem a integridade e a qualidade dos parâmetros fisiológicos e bioquímico e a
produtos, conforme legislação vigente. administração de medicamentos.
Art. 58º - O estabelecimento farmacêutico deve §3º - Somente serão considerados regulares os
assegurar ao usuário o direito à informação e serviços farmacêuticos devidamente indicados
orientação quanto ao uso de medicamentos no licenciamento de cada estabelecimento,
solicitados por meio remoto. sendo vedado utilizar qualquer dependência da
§1º - Para os fins deste artigo, deve ser farmácia ou drogaria como consultório ou outro
garantido aos usuários meios para comunicação fim diverso do licenciamento, nos termos da lei.
direta e imediata com o Farmacêutico §4º - A prestação de serviços farmacêuticos em
Responsável Técnico, ou seu substituto, farmácias e drogarias deve ser permitida por
presente no estabelecimento. autoridade sanitária mediante prévia inspeção
§2º - Junto ao medicamento solicitado deve ser para verificação do atendimento aos requisitos
entregue cartão, ou material impresso mínimos dispostos nesta Resolução, sem
equivalente, com o nome do farmacêutico, prejuízo das disposições contidas em normas
telefone e endereço do estabelecimento, sanitárias complementares estaduais e
contendo recomendação ao usuário para que municipais.
entre em contato com o farmacêutico em caso §5º - É vedado à farmácia e drogaria prestar
de dúvidas ou para receber orientações relativas serviços não abrangidos por esta Resolução.
ao uso do medicamento. Art. 62º - O estabelecimento deve manter
§3 - O cartão ou material descrito no parágrafo disponível, para informar ao usuário, lista
anterior não poderá utilizar designações, atualizada com a identificação dos

316
estabelecimentos públicos de saúde mais disponibilizado pelo estabelecimento
próximos, contendo a indicação de endereço e farmacêutico no domicílio do usuário, nos
telefone. termos desta Resolução.
Parágrafo único - A prestação de atenção
Seção I farmacêutica domiciliar por farmácias e
Da Atenção Farmacêutica drogarias somente é permitida a
Art. 63º - A atenção farmacêutica deve ter estabelecimentos devidamente licenciados e
como objetivos a prevenção, detecção e autorizados pelos órgãos sanitários competentes.
resolução de problemas relacionados a
medicamentos, promover o uso racional dos Subseção II
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e
qualidade de vida dos usuários. Bioquímico Permitidos
§1º - Para subsidiar informações quanto ao Art. 69º - A aferição de parâmetros fisiológicos
estado de saúde do usuário e situações de risco, ou bioquímico oferecida na farmácia e drogaria
assim como permitir o acompanhamento ou a deve ter como finalidade fornecer subsídios para
avaliação da eficácia do tratamento prescrito por a atenção farmacêutica e o monitoramento da
profissional habilitado, fica permitida a aferição terapia medicamentosa, visando à melhoria da
de determinados parâmetros fisiológicos e sua qualidade de vida, não possuindo, em
bioquímico do usuário, nos termos e condições nenhuma hipótese, o objetivo de diagnóstico.
desta Resolução. §1º - Os parâmetros fisiológicos cuja aferição é
§2º - Também fica permitida a administração de permitida nos termos desta Resolução são
medicamentos, nos termos e condições desta pressão arterial e temperatura corporal.
Resolução. §2º - O parâmetro bioquímico cuja aferição é
Art. 64 - Devem ser elaborados protocolos para permitida nos termos desta Resolução é a
as atividades relacionadas à atenção glicemia capilar.
farmacêutica, incluídas referências §3º - Verificada discrepância entre os valores
bibliográficas e indicadores para avaliação dos encontrados e os valores de referência
resultados. constantes em literatura técnico-científica
§1º - As atividades devem ser documentadas de idônea, o usuário deverá ser orientado a
forma sistemática e contínua, com o procurar assistência médica.
consentimento expresso do usuário. §4º - Ainda que seja verificada discrepância
§2º - Os registros devem conter, no mínimo, entre os valores encontrados e os valores de
informações referentes ao usuário (nome, referência, não poderão ser indicados
endereço e telefone), às orientações e medicamentos ou alterados os medicamentos
intervenções farmacêuticas realizadas e aos em uso pelo paciente quando estes possuam
resultados delas decorrentes, bem como restrição de "venda sob prescrição médica".
informações do profissional responsável pela Art. 70° - As medições do parâmetro
execução do serviço (nome e número de bioquímico de glicemia capilar devem ser
inscrição no Conselho Regional de Farmácia). realizadas por meio de equipamentos de
Art. 65º - As ações relacionadas à atenção autoteste.
farmacêutica devem ser registradas de modo a Parágrafo único - A aferição de glicemia
permitir a avaliação de seus resultados. capilar em farmácias e drogarias realizadas por
Parágrafo único - Procedimento Operacional meio de equipamentos de autoteste no contexto
Padrão deverá dispor sobre a metodologia de da atenção farmacêutica não é considerada um
avaliação dos resultados. Teste Laboratorial Remoto - TLR, nos termos
Art. 66º - O farmacêutico deve orientar o da legislação específica.
usuário a buscar assistência de outros Art. 71º - Para a medição de parâmetros
profissionais de saúde, quando julgar fisiológicos e bioquímico permitidos deverão
necessário, considerando as informações ou ser utilizados materiais, aparelhos e acessórios
resultados decorrentes das ações de atenção que possuam registro, notificação, cadastro ou
farmacêutica. que sejam legalmente dispensados de tais
Art. 67º - O farmacêutico deve contribuir para a requisitos junto a Anvisa.
farmacovigilância, notificando a ocorrência ou Parágrafo único - Devem ser mantidos
suspeita de evento adverso ou queixa técnica às registros das manutenções e calibrações
autoridades sanitárias. periódicas dos aparelhos, segundo
regulamentação específica do órgão competente
Subseção I e instruções do fabricante do equipamento.
Da Atenção Farmacêutica Domiciliar Art. 72º - Os Procedimentos Operacionais
Art. 68º - A atenção farmacêutica domiciliar Padrão (POP’s) relacionados aos procedimentos
consiste no serviço de atenção farmacêutica de aferição de parâmetros fisiológicos e

317
bioquímico devem indicar claramente os Da Perfuração do Lóbulo Auricular para
equipamentos e as técnicas ou metodologias Colocação de Brincos
utilizadas, parâmetros de interpretação de Art. 78º - A perfuração do lóbulo auricular
resultados e as referências bibliográficas deverá ser feita com aparelho específico para
utilizadas. esse fim e que utilize o brinco como material
Parágrafo único - O Procedimento Operacional perfurante.
Padrão (POP) deve incluir os equipamentos de Parágrafo único - É vedada a utilização de
proteção individual (EPI’s) a serem utilizados agulhas de aplicação de injeção, agulhas de
para a medição de parâmetros fisiológicos e suturas e outros objetos para a realização da
bioquímico, assim como trazer orientações perfuração.
sobre seu uso e descarte. Art. 79º - Os brincos e a pistola a serem
Art. 73º - Os procedimentos que gerem resíduos oferecidos aos usuários devem estar
de saúde, como materiais perfurocortantes, gaze regularizados junto à Anvisa, conforme
ou algodão sujos com sangue, deverão ser legislação vigente.
descartados conforme as exigências de §1º - Os brincos deverão ser conservados em
legislação específica para Gerenciamento de condições que permitam a manutenção da sua
Resíduos de Serviços de Saúde. esterilidade.
§2º - Sua embalagem deve ser aberta apenas no
Da Administração de Medicamentos ambiente destinado à perfuração, sob a
Art. 74º - Fica permitida a administração de observação do usuário e após todos os
medicamentos nas farmácias e drogarias no procedimentos de assepsia e anti-sepsia
contexto do acompanhamento necessários para evitar a contaminação do
farmacoterapêutico. brinco e uma possível infecção do usuário.
Parágrafo único - É vedada a administração de
medicamentos de uso exclusivo hospitalar. Art. 80º - Os procedimentos relacionados à
Art. 75º - Os medicamentos para os quais é anti-sepsia do lóbulo auricular do usuário e das
exigida a prescrição médica devem ser mãos do aplicador, bem como ao uso e assepsia
administrados mediante apresentação de receita do aparelho utilizado para a perfuração deverão
e após sua avaliação pelo farmacêutico. estar descritos em Procedimentos Operacionais
§1º - O farmacêutico deve entrar em contato Padrão (POP’s).
com o profissional prescritor para esclarecer §1º - Deve estar descrita a referência
eventuais problemas ou dúvidas que tenha bibliográfica utilizada para o estabelecimento
detectado no momento da avaliação da receita. dos procedimentos e materiais de anti-sepsia e
§2º - A data de validade do medicamento deve assepsia.
ser verificada antes da administração. §2º - Procedimento Operacional Padrão (POP)
Art. 76º - Os medicamentos adquiridos no deverá especificar os equipamentos de proteção
estabelecimento, a serem utilizados na prestação individual a serem utilizados, assim como
de serviços de que trata esta seção, cujas apresentar instruções para seu uso e descarte.
embalagens permitam múltiplas doses, devem
ser entregues ao usuário após a administração, Seção III
no caso de sobra. Da Declaração de Serviço Farmacêutico
§1º - O usuário deve ser orientado quanto às Art. 81º - Após a prestação do serviço
condições de armazenamento necessárias à farmacêutico deve ser entregue ao usuário a
preservação da qualidade do produto. Declaração de Serviço Farmacêutico.
§2º - É vedado o armazenamento em farmácias §1º - A Declaração de Serviço Farmacêutico
e drogarias de medicamentos cuja embalagem deve ser elaborada em papel com identificação
primária tenha sido violada. do estabelecimento, contendo nome, endereço,
Art. 77º - Para a administração de telefone e CNPJ, assim como a identificação do
medicamentos deverão ser utilizados materiais, usuário ou de seu responsável legal, quando for
aparelhos e acessórios que possuam registro, o caso.
notificação, cadastro ou que sejam legalmente §2º - A Declaração de Serviço Farmacêutico
dispensados de tais requisitos junto a Anvisa. deve conter, conforme o serviço farmacêutico
Parágrafo único - Devem ser mantidos prestado, no mínimo, as seguintes informações:
registros das manutenções e calibrações I - atenção farmacêutica:
periódicas dos aparelhos, segundo a) medicamento prescrito e dados do prescritor
regulamentação específica do órgão competente (nome e inscrição no conselho profissional),
e instruções do fabricante do equipamento. quando houver;
b) indicação de medicamento isento de
Seção II prescrição e a respectiva posologia, quando
houver;

318
c) valores dos parâmetros fisiológicos e
bioquímico, quando houver, seguidos dos CAPÍTULO VII
respectivos valores considerados normais; DA DOCUMENTAÇÃO
d) frase de alerta, quando houver medição de Art. 85º - Deve ser elaborado Manual de Boas
parâmetros fisiológicos e bioquímico: "ESTE Práticas Farmacêuticas, específico para o
PROCEDIMENTO NÃO TEM FINALIDADE estabelecimento, visando ao atendimento ao
DE DIAGNÓSTICO E NÃO SUBSTITUI A disposto nesta Resolução, de acordo com as
CONSULTA MÉDICA OU A REALIZAÇÃO atividades a serem realizadas.
DE EXAMES LABORATORIAIS ―; Art. 86º - O estabelecimento deve manter
e) dados do medicamento administrado, quando Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s), de
houver: acordo com o previsto no Manual de Boas
1. nome comercial, exceto para genéricos; Práticas Farmacêuticas, no mínimo, referentes
2. denominação comum brasileira; às atividades relacionadas a:
3. concentração e forma farmacêutica; I - manutenção das condições higiênicas e
4. via de administração; sanitárias adequadas a cada ambiente da
5. número do lote; e farmácia ou drogaria;
6. número de registro na Anvisa. II - aquisição, recebimento e armazenamento
f) orientação farmacêutica; dos produtos de comercialização permitida;
g) plano de intervenção, quando houver; e III - exposição e organização dos produtos para
h) data, assinatura e carimbo com inscrição no comercialização;
Conselho Regional de Farmácia (CRF) do IV - dispensação de medicamentos;
farmacêutico responsável pelo serviço. V - destino dos produtos com prazos de
II - perfuração do lóbulo auricular para validade vencidos;
colocação de brincos: VI - destinação dos produtos próximos ao
a) dados do brinco: vencimento;
1. nome e CNPJ do fabricante; e VII - prestação de serviços farmacêuticos
2. número do lote. permitidos, quando houver;
b) dados da pistola: VIII - utilização de materiais descartáveis e sua
1. nome e CNPJ do fabricante; e destinação após o uso; e
2. número do lote. IX - outros já exigidos nesta Resolução.
c) data, assinatura e carimbo com inscrição no Art. 87º - Os Procedimentos Operacionais
Conselho Regional de Farmácia (CRF) do Padrão (POP) devem ser aprovados, assinados e
farmacêutico responsável pelo serviço. datados pelo farmacêutico responsável técnico.
§3º - É proibido utilizar a Declaração de Serviço §1º - Qualquer alteração introduzida deve
Farmacêutico com finalidade de propaganda ou permitir o conhecimento de seu conteúdo
publicidade ou para indicar o uso de original e, conforme o caso, ser justificado o
medicamentos para os quais é exigida motivo da alteração.
prescrição médica ou de outro profissional §2º - Devem estar previstas as formas de
legalmente habilitado. divulgação aos funcionários envolvidos com as
§4º - A Declaração de Serviço Farmacêutico atividades por eles realizadas.
deve ser emitida em duas vias, sendo que a §3º - Deve estar prevista revisão periódica dos
primeira deve ser entregue ao usuário e a Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para
segunda permanecer arquivada no fins de atualização ou correções que se façam
estabelecimento. necessárias.
Art. 82º - Os dados e informações obtidos em Art. 88º - O estabelecimento deve manter
decorrência da prestação de serviços registros, no mínimo, referentes a:
farmacêuticos devem receber tratamento I - treinamento de pessoal;
sigiloso, sendo vedada sua utilização para II - serviço farmacêutico prestado, quando
finalidade diversa à prestação dos referidos houver;
serviços. III - divulgação do conteúdo dos Procedimentos
Art. 83º - Os Procedimentos Operacionais Operacionais Padrão (POP’s) aos funcionários,
Padrão (POP’s) relacionados devem conter de acordo com as atividades por eles realizadas;
instruções sobre limpeza dos ambientes, uso e IV - execução de programa de combate a
assepsia dos aparelhos e acessórios, uso e insetos e roedores;
descarte dos materiais perfurocortantes e anti- V - manutenção e calibração de aparelhos ou
sepsia aplicada ao profissional e ao usuário. equipamentos, quando exigido; e
Art. 84º - A execução de qualquer serviço VI - outros já exigidos nesta Resolução.
farmacêutico deve ser precedida da anti-sepsia Art. 89º - Toda documentação deve ser mantida
das mãos do profissional, independente do uso no estabelecimento por no mínimo 5 (cinco)
de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). anos, permanecendo, nesse período, à

319
disposição do órgão de vigilância sanitária Art. 97º - As farmácias e drogarias devem
competente para fiscalização. possuir Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde - PGRSS, conforme
CAPÍTULO VIII legislação específica.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E Art. 98º - Os estabelecimentos abrangidos por
TRANSITÓRIAS esta Resolução terão o prazo de seis meses para
Art. 90º - É vedado utilizar qualquer promover as adequações necessárias ao
dependência da farmácia ou da drogaria como cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas
consultório ou outro fim diverso do para o controle sanitário do funcionamento, da
licenciamento. dispensação e da comercialização de produtos e
Parágrafo único - É vedada a oferta de outros da prestação de serviços farmacêuticos.
serviços que não estejam relacionados com a Art. 99º - O descumprimento das disposições
dispensação de medicamentos, a atenção contidas nesta Resolução constitui infração
farmacêutica e a perfuração de lóbulo auricular, sanitária, nos termos da Lei Nº 6.437, de 20 de
nos termos desta Resolução. agosto de 1977, sem prejuízo das
Art. 91º - A promoção e a propaganda de responsabilidades civil, administrativa e penal
produtos sujeitos às normas de vigilância cabíveis.
sanitária realizadas em farmácias e drogarias Art. 100º - Cabe ao Sistema Nacional de
devem obedecer às disposições normativas Vigilância Sanitária, além de garantir a
descritas em legislação específica. fiscalização do cumprimento desta norma, zelar
Parágrafo único - O mesmo regulamento pela uniformidade das ações segundo os
deverá ser observado quanto às regras para princípios e normas de regionalização e
programas de fidelização realizados em hierarquização do Sistema Único de Saúde.
farmácias e drogarias, dirigidos ao consumidor, Art. 101º - Ficam revogadas as Resoluções da
e anúncios de descontos para medicamentos. Diretoria Colegiada - RDC Nº 328, de 22 de
Art. 92º - As farmácias e drogarias podem julho de 1999, RDC Nº 149, de 11 de junho de
participar de campanhas e programas de 2003, a RDC Nº 159, de 20 de junho de 2003,
promoção da saúde e educação sanitária RDC Nº 173, de 8 de julho de 2003 e RDC Nº
promovidos pelo Poder Público. 123, de 12 de maio de 2005.
Art. 93º - Fica permitido às farmácias e Art. 102º - Esta Resolução entra em vigor na
drogarias participar de programa de coleta de data de sua publicação.
medicamentos a serem descartados pela DIRCEU RAPOSO DE MELLO
comunidade, com vistas a preservar a saúde Diretor-Presidente
pública e a qualidade do meio ambiente,
considerando os princípios da biossegurança de Este texto não substitui o publicado no D.O.U
empregar medidas técnicas, administrativas e em 18.08.2009
normativas para prevenir acidentes, preservando
a saúde pública e o meio ambiente.
Parágrafo único - As condições técnicas e
operacionais para coleta de medicamentos
descartados devem atender ao disposto na
legislação vigente.
Art. 94º - As farmácias que possuírem atividade
de manipulação de medicamentos para uso
humano, além dos requisitos estabelecidos nesta
Resolução, devem atender às Boas Práticas de
Manipulação de Medicamentos para Uso
Humano, conforme legislação específica.
Art. 95º - As farmácias e drogarias que
realizarem a manipulação ou dispensação de
produtos sujeitos ao controle especial devem
atender, complementarmente, as disposições de
legislação específica vigente sobre o tema.
Art. 96º - Os estabelecimentos que realizem a
dispensação de medicamentos na forma INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN Nº
fracionada, a partir de suas embalagens 9, DE 17/08/2009.
originais, além dos requisitos estabelecidos
nesta Resolução, devem atender às Boas Dispõe sobre a relação de produtos permitidos
Práticas para Fracionamento de Medicamentos, para dispensação e comercialização em
conforme legislação específica. farmácias e drogarias.

320
produtos para autoteste, destinado a utilização
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de por leigos.
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que §4º - Os produtos permitidos no caput somente
lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento podem ser comercializados se estiverem
da Anvisa, aprovado pelo Decreto Nº 3.029, de regularizados junto a Anvisa, nos termos da
16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto legislação vigente.
nos parágrafos 1° e 3° do art. 54 e no inciso II
do art. 55 do Regimento Interno aprovado nos Art. 4º - Além do disposto nos artigos
termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da anteriores, fica permitida a comercialização dos
ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada seguintes produtos em farmácias e drogarias:
no DOU de 21 de agosto de 2006, em reunião I - mamadeiras, chupetas, bicos e protetores de
realizada em 14 de julho de 2009, resolve: mamilos, observando-se a Lei Nº 11.265, de 3
de janeiro de 2006 e os regulamentos que
CAPÍTULO I compõem a Norma Brasileira de
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Comercialização de Alimentos para Lactentes e
Crianças de 1º Infância, Bicos, Chupetas e
Art. 1º - Fica aprovada a relação de produtos Mamadeiras (NBCAL);
permitidos para dispensação e comercialização II - lixas de unha, alicates, cortadores de unhas,
em farmácias e drogarias, nos termos da palitos de unha, afastadores de cutícula, pentes,
legislação vigente. escovas, toucas para banho, lâminas para
§1º - O disposto nesta Resolução se aplica às barbear e barbeadores;
farmácias e drogarias em todo território III - brincos estéreis, desde que o
nacional e, no que couber, às farmácias estabelecimento preste o serviço de perfuração
públicas, aos postos de medicamentos e às de lóbulo auricular, conforme disposto em
unidades volantes. legislação específica; e
§2º - Os estabelecimentos de atendimento IV - essências florais, empregadas na
privativo de unidade hospitalar ou de qualquer floralterapia.
outra equivalente de assistência médica ficam §1º - Não é permitida a venda de piercings e
sujeitos às disposições contidas em legislação brincos comuns não utilizados no serviço de
específica. perfuração de lóbulo auricular.
§2º - A comercialização de essências florais,
CAPÍTULO II empregadas na floralterapia, somente é
DA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS permitida em farmácias.
PERMITIDOS Art. 5º - É vedado o comércio de lentes de grau,
exceto quando não houver no município
Seção I estabelecimento específico para esse fim,
Dos Produtos e Correlatos conforme legislação vigente.
Art. 2º - Além de medicamentos, a dispensação
e o comércio de determinados correlatos fica Seção II
extensivo às farmácias e drogarias em todo Dos Alimentos
território nacional, nos termos e condições
sanitárias estabelecidas nesta Instrução Art. 6º - Também fica permitida a venda dos
Normativa. seguintes alimentos para fins especiais:
Art. 3º - É permitida às farmácias e drogarias a I. alimentos para dietas com restrição de
comercialização de medicamentos, plantas nutrientes:
medicinais, drogas vegetais, cosméticos, a) alimentos para dietas com restrição de
perfumes, produtos de higiene pessoal, produtos carboidratos:
médicos e para diagnóstico in vitro. 1. Alimentos para dietas com restrição de
§1º - A dispensação de plantas medicinais é sacarose, frutose e/ou glicose (dextrose);
privativa de farmácias e ervanarias, observados 2. Alimentos para dietas com restrição de outros
o acondicionamento adequado e a classificação mono e/ou dissacarídios;
botânica. 3. Adoçantes com restrição de sacarose, frutose
§2º - Entre os produtos médicos, é permitida a e/ou glicose - adoçante dietético.
comercialização dos produtos que tenham como b) alimentos para dietas com restrição de
possibilidade de uso a utilização por leigos em gorduras;
ambientes domésticos, conforme especificação c) alimentos para dietas com restrição de
definida em concordância com o registro do proteínas;
produto junto a Anvisa. d) alimentos para dietas com restrição de sódio;
§3º - Entre os produtos para diagnóstico in vitro, II - alimentos para ingestão controlada de
é permitida a comercialização apenas dos nutrientes:

321
a) alimentos para controle de peso: IV - novos alimentos.
1. alimentos para redução ou manutenção de Parágrafo único - Os alimentos citados acima
peso por substituição parcial das refeições ou somente podem ser comercializados quando em
para ganho de peso por acréscimo às refeições; formas de apresentação não convencionais de
2. alimentos para redução de peso por alimentos, tais como comprimidos, tabletes,
substituição total das refeições; drágeas, cápsulas, saches ou similares.
b) alimentos para praticantes de atividades Art. 9º - Fica permitida a venda de chás.
físicas: Art. 10º - Os alimentos permitidos nos artigos
1. repositores hidroeletrolíticos para praticantes anteriores desta seção somente podem ser
de atividade física; comercializados se estiverem regularizados
2. repositores energéticos para atletas; Junto a Anvisa.
3. alimentos protéicos para atletas; Parágrafo único - A identificação dos alimentos
4. alimentos compensadores para praticantes de cuja comercialização é permitida nos termos dos
atividade física; artigos anteriores pode ser baseada nas
5. aminoácidos de cadeia ramificada para informações contidas em sua rotulagem, quanto
atletas; à finalidade a que se destinam, conforme
c) alimentos para dietas para nutrição enteral: legislação específica.
1. alimentos nutricionalmente completos para Art. 11º - Além dos alimentos citados nos
nutrição enteral; artigos anteriores, fica permitida a venda de
2. alimentos para suplementação de nutrição mel, própolis e geléia real.
enteral; §1º - Os produtos mencionados no caput devem
3. alimentos para situações metabólicas estar regularizados no Ministério da
especiais para nutrição enteral; Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
4. módulos de nutrientes para nutrição enteral; §2º - Quando esses produtos estiverem
d) alimentos para dietas de ingestão controlada registrados junto a Anvisa como opoterápicos,
de açúcares; deverão ser obedecidos os critérios e condições
III - alimentos para grupos populacionais estabelecidas para medicamentos.
específicos: Art. 12º - Não é permitida indicação ou
a) alimentos de transição para lactentes e referência do uso dos alimentos permitido por
crianças de primeira infância; esta norma com finalidade terapêutica, seja para
b) alimentos à base de cereais para alimentação prevenção ou tratamento de sintomas ou
infantil; doenças.
c) complementos alimentares para gestantes ou
nutrizes; CAPÍTULO III
d) alimentos para idosos; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
e) fórmulas infantis; TRANSITÓRIAS
Parágrafo único - Caso o estabelecimento
farmacêutico opte pela comercialização de Art. 13º - É vedado utilizar qualquer
alimentos destinados a pacientes com diabetes dependência da farmácia ou da drogaria para
mellitus, citados no inciso I do art. 6º, estes outro fim diverso do licenciamento, conforme
devem ficar em local destinado unicamente a disposto na legislação vigente.
estes produtos, de maneira separada de outros Parágrafo único - É vedado às farmácias e
produtos e alimentos. drogarias comercializar, expor à venda, ter em
Art. 7º - Fica permitida a venda dos seguintes depósito para vender ou, de qualquer forma,
suplementos vitamínicos e/ou minerais: distribuir ou entregar ao consumo produtos não
I - vitaminas isoladas ou associadas entre si; permitidos por esta Instrução Normativa.
II - minerais isolados ou associados entre si; Art. 14º - Os estabelecimentos abrangidos por
III - associações de vitaminas com minerais; e esta Instrução Normativa terão o prazo de seis
IV - produtos fontes naturais de vitaminas e ou meses para promover as adequações necessárias
minerais, legalmente regulamentados por ao cumprimento do disposto nesta Instrução
Padrão de Identidade Qualidade (PIQ) de Normativa.
conformidade com a legislação pertinente; Art. 15º - O descumprimento das disposições
Art. 8º - Fica permitida a venda das seguintes contidas nesta Instrução Normativa constitui
categorias de alimentos: infração sanitária, nos termos da Lei Nº 6.437,
I - substâncias bioativas com alegações de de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
propriedades funcionais e/ou de saúde; responsabilidades civil, administrativa e penal
II - probióticos com alegações de propriedades cabíveis.
funcionais e/ou de saúde; Art. 16º - Cabe ao Sistema Nacional de
III - alimentos com alegações de propriedade Vigilância Sanitária, além de garantir a
funcional e/ou de saúde; e fiscalização do cumprimento desta norma, zelar

322
pela uniformidade das ações segundo os
princípios e normas de regionalização e
hierarquização do Sistema Único de Saúde.
Art. 17º - Esta Instrução Normativa entra em
vigor na data de sua publicação.

DIRCEU RAPOSO DE MELLO

Publicação – DOU nº 157, de 18 de agosto de


2009, Seção 1, p.82 e 83

IN 10/09 – REVOGADA PELA RDC 41/12


Ementa: Aprova a relação dos medicamentos
isentos de prescrição que poderão permanecer
ao alcance dos usuários para obtenção por meio
de auto-serviço em farmácias e drogarias.

323
distribuição de amostras grátis de medicamentos
RDC n° 60 de 26/11/2009 no Brasil.

(DOU de 27.11.2009) Art. 2º Para efeito deste Regulamento são


adotadas as seguintes definições:
Dispõe sobre a distribuição de Amostra Grátis I - AMOSTRA GRÁTIS - medicamento com a
no país quantidade total ou específica da apresentação
registrada na Anvisa destinado à distribuição
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de gratuita aos profissionais prescritores como
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que ferramenta de publicidade.
lhe confere o inciso IV do art. 11 do II - EMPRESA - Pessoa física ou jurídica, de
Regulamento da ANVISA aprovado pelo direito público ou privado, que exerça como
Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e atividade principal ou subsidiária o comércio,
tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ venda, fornecimento e distribuição de drogas,
1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno medicamentos, insumos farmacêuticos e
aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº correlatos, equiparando-se à mesma, para os
354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, efeitos deste regulamento, as unidades dos
republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, órgãos da Administração direta ou indireta,
em reunião realizada em 24 de novembro de federal, estadual, do Distrito Federal, dos
2009; Territórios, dos Municípios e entidades
considerando a Constituição Federal de 1988; paraestatais, incumbidas de serviços
considerando a Lei nº 6.360, de 23 de setembro correspondentes;
de 1976; III - MEDICAMENTO - Produto farmacêutico,
considerando o Decreto nº 79.094, de 5 de tecnicamente obtido ou elaborado, com
janeiro de 1977, que regulamenta a Lei nº 6.360, finalidade profilática, curativa, paliativa ou para
de 24 de setembro de 1976; fins de diagnóstico;
considerando a Lei nº 9.782, de 26, de janeiro IV - MEDICAMENTO BIOLÓGICO -
de 1999; Medicamento que contém molécula com
considerando a Lei nº 9.787, de 10 de fevereiro atividade biológica conhecida, já registrada no
de 1999; Brasil e que tenha passado por todas as etapas
considerando a Lei nº 11.343 de 23 de agosto de de fabricação formulação, envase, liofilização,
2006; rotulagem, embalagem, armazenamento,
considerando o Decreto nº 5.912, de 27 de controle de qualidade e liberação do lote de
setembro de 2006, que regulamenta a Lei no produto biológico para uso);
11.343, de 23 de agosto de 2006; V - PREPARAÇÃO MAGISTRAL DE
considerando a Lei nº 6.437, de 20 de agosto de MEDICAMENTO - É aquela preparada na
1977; farmácia, de forma individualizada, para ser
considerando a Lei nº 9.294, de 15 de julho de dispensada atendendo a uma prescrição de um
1996; profissional habilitado, respeitada a legislação
considerando o Decreto nº 2.018, de 1º de vigente, que estabelece sua composição, forma
outubro de 1996, que regulamenta a Lei nº farmacêutica, posologia e modo de usar;
9.294, de 15 de julho de 1996; VI - PRESCRITORES - Profissionais de saúde
considerando a Lei nº 8.078, de 11 de setembro autorizados legalmente para a prescrição de
de 1990; medicamentos no país.
considerando o Decreto nº 2.181, de 20 de
março de 1997; Art. 3º A distribuição de amostras grátis de
considerando a Portaria nº 3.916, de 30 de medicamentos somente pode ser feita pelas
outubro de 1998, que define a Política Nacional empresas aos profissionais prescritores,
de Medicamentos; mediante aceitação documentada, em
considerando a Portaria Anvisa nº 640, de 10 de ambulatórios, hospitais, consultórios médicos e
Junho de 2009, que instituiu Grupo de Trabalho odontológicos.
para elaboração de regulamento sobre amostra § 1º É vedada a distribuição de amostras grátis
grátis de medicamentos; de produtos biológicos que necessitem de
Adota a seguinte Resolução de Diretoria cuidados especiais de conservação e transporte,
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a conforme registro na Anvisa.
sua publicação. § 2º É vedada a distribuição de amostras grátis
CARLOS GABRIEL SURJUS de preparações magistrais de medicamentos.
Art. 4º Somente é permitida a distribuição de
Art. 1º Esta Resolução se aplica a todas as amostras grátis de medicamentos registrados na
empresas que realizam a produção e/ou

324
Anvisa e de apresentações comercializadas pela embalagem secundária e ao longo da
empresa. embalagem primária;
IV - As embalagens secundárias das amostras
Art. 5º As amostras grátis de medicamentos grátis devem conter a expressão "VENDA
devem conter no mínimo 50% da quantidade PROIBIDA", não removível, de forma clara,
total de peso, volume líquido ou unidades ostensiva e precisa;
farmacotécnicas da apresentação registrada na V - As embalagens secundárias das amostras
Anvisa e comercializada pela empresa. grátis de medicamentos de venda sob prescrição
§1º- As amostras grátis de anticoncepcionais médica devem conter a expressão "USO SOB
deverão apresentar 100% da quantidade de peso, PRESCRIÇÃO MÉDICA'', não removível, em
volume líquido ou unidades farmacotécnicas da substituição à expressão "VENDA SOB
apresentação registrada na Anvisa e PRESCRIÇÃO MÉDICA", exigida em norma
comercializada pela empresa. específica.
§2º - A empresa titular de registro do
medicamento deverá entregar ao prescritor uma Art. 8º As Comissões de Farmácia e Terapêutica
quantidade de amostras grátis de antibióticos dos hospitais devem estabelecer os critérios para
suficientes para o tratamento completo do o recebimento e dispensação das amostras grátis
paciente. prescritas pelo médico, designando responsável
para o cumprimento desses critérios, além do
Art. 6º A fabricação das amostras grátis de armazenamento e controle do prazo de validade
medicamentos deve seguir fielmente as das amostras.
condições aprovadas no registro do § 1º Na ausência da Comissão de Farmácia e
medicamento, respeitando as diretrizes de Boas Terapêutica, o profissional farmacêutico e ou
Práticas de Fabricação de medicamentos. profissional prescritor deve garantir nos
§ 1º As amostras grátis de medicamentos devem ambulatórios e hospitais a adequada
apresentar os mesmos mecanismos de conservação das amostras grátis, sendo o
rastreabilidade e autenticidade definidos pela responsável pelo seu armazenamento, controle
autoridade sanitária para os medicamentos do prazo de validade e dispensação.
originais. § 2º Nos consultórios, os profissionais
§ 2º As embalagens das amostras grátis de prescritores devem garantir a adequada
medicamentos podem diferir apenas quanto ao conservação das amostras grátis, sendo os
seu tamanho ou volume, sendo expressamente responsáveis pelo seu armazenamento e controle
proibido alterar o material de embalagem do prazo de validade.
aprovado no registro. §3º Os prescritores devem entregar a quantidade
de amostras grátis de antibióticos suficientes
Art. 7° A rotulagem e a bula das amostras grátis para o tratamento completo do paciente.
de medicamentos devem se apresentar idênticas
às aprovadas no registro para a respectiva Art. 9º A distribuição de amostras grátis de
apresentação do medicamento, observando os medicamentos à base de substâncias sujeitas a
seguintes aspectos: controle especial deverá observar também os
I - As embalagens das amostras grátis não dispositivos constantes da Portaria 344/98, de
podem veicular designações, símbolos, figuras, 12 de maio de 1998 e da Portaria nº 06 de 29 de
imagens, desenhos, slogans e quaisquer janeiro de 1999, e suas atualizações.
argumentos de cunho publicitário, exceto
quando aprovado pela Anvisa para constar na Art. 10 A entrega da amostra grátis pelo
embalagem do medicamento registrado e profissional prescritor ao paciente deve ser
comercializado; realizada de forma a garantir o uso racional do
II - O número de registro constante na amostra medicamento.
grátis deve conter os treze (13) dígitos
correspondentes à apresentação do Art. 11 A empresa titular de registro do
medicamento, registrada e comercializada, da medicamento tem a responsabilidade de
qual se originou amostra. arquivar por, no mínimo, 02 (dois) anos após a
III - As embalagens das amostras grátis devem expiração da validade do lote da amostra grátis
conter a expressão ''AMOSTRA GRÁTIS'' não todos os documentos relacionados à produção,
removível, em caixa alta, com caracteres nunca distribuição e farmacovigilância da amostra
inferiores a 70% (setenta por cento) do tamanho grátis, contendo, no mínimo, as seguintes
do nome comercial ou, na sua falta, do nome do informações:
princípio ativo, em tonalidades contrastantes ao I - Registro das solicitações de amostras grátis
padrão daquelas, inseridas no terço médio da realizadas pelos profissionais prescritores;

325
II - Número do lote das amostras grátis § 2º As empresas deverão observar o disposto
distribuídas, acompanhado da identificação no art. 170 do Decreto 79.094/1977.
nominal e número de registro nos respectivos Art. 19 Ficam revogadas as disposições
conselhos dos profissionais prescritores que constantes dos artigos 33 a 35 e do parágrafo
receberam as amostras grátis; único do artigo 45 da RDC 96/2008 a partir da
III - Nota fiscal com a descrição da apresentação publicação desta Resolução.
da amostra grátis, incluindo o número do lote; Art. 20 Esta Resolução entra em vigor na data
de sua publicação.
Art. 12 As empresas titulares de registro de DIRCEU RAPOSO DE MELLO
medicamentos devem encaminhar anualmente a
Anvisa informações de produção e distribuição Este texto não substitui o publicado no D.O.U
de amostras grátis juntamente com o relatório de em 27.11.2009
comercialização apresentado a Anvisa.
RDC nº 23, de 17 de junho de 2010 – alterou os
Art. 13 As empresas devem estabelecer prazos para adequação a norma, prorrogandodo
mecanismos para o transporte adequado das até 30 de novembro de 2010
amostras grátis, incluindo aquele realizado pelos
representantes que distribuem as amostras aos
profissionais prescritores, garantindo a
manutenção da qualidade, segurança e eficácia
dos medicamentos.

Art. 14 Os procedimentos adotados para


notificações de eventos adversos de
medicamentos devem ser os mesmos para
amostras grátis.
Parágrafo único. As notificações de eventos
adversos devem especificar de forma clara
quando se tratar de medicamentos registrados e
comercializados ou de amostras grátis.

Art. 15 Os procedimentos de recolhimento


adotados para os medicamentos devem ser os
mesmos para amostras grátis.
Parágrafo único. Os procedimentos referentes à
solicitação de anuência prévia para mensagens
de recolhimento adotados para o medicamentos
devem ser os mesmos para amostras grátis,
incluindo o valor da taxa.

Art. 16 A Anvisa, sempre que necessário,


exigirá informações sobre a produção,
distribuição e uso das amostras grátis.

Art. 17 A inobservância ou desobediência ao


disposto neste regulamento configura infração
de natureza sanitária sujeitando o infrator ao
processo, penalidades e sanções previstas na Lei
6.437, de 20 de agosto de 1977, e em outros
específicos.
Art. 18 Fica estabelecido o prazo de 90
(noventa) dias, a contar da data de sua
publicação, para as empresas se adequarem às
novas disposições desta Resolução.
§ 1º Fica restabelecida a vigência dos itens
2.1.8.1.1, 2.1.8.1.2, 17.1, 17.2 e 17.3 do Anexo
da Resolução - RDC 333/2003 durante o
período de transição de 90 dias de que trata o
caput deste artigo.

326
RDC nº 71, de 22/12/2009 garantia das pessoas portadoras de deficiência,
(D.O.U de 23.12.2009) nos termos do inciso II do art. 23 da
Constituição;
Dispões sobre os rótulos de todos os considerando as disposições previstas pela Lei
medicamentos registrados e comercializados no n°. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá
Brasil prioridade de atendimento às pessoas que
especifica, e dá outras providências;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de considerando as disposições previstas pela Lei
Vigilância Sanitária - Anvisa, no uso da n°. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 estabelece normas gerais e critérios básicos para
do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. a promoção da acessibilidade das pessoas
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o portadoras de deficiência ou com mobilidade
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 reduzida, e dá outras providências;
do Regimento Interno aprovado nos termos do considerando as disposições previstas pelo
Anexo I da Portaria nº. 354 da Anvisa, de 11 de Decreto nº. 5.296, de 02 de dezembro de 2004,
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de que Regulamenta a Lei n°. 10.048, de 8 de
agosto de 2006, em reunião realizada 16 em novembro de 2000, que dá prioridade de
dezembro de 2009; atendimento às pessoas que especifica, e a Lei
considerando que a saúde é direito de todos e n°. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
dever do Estado, garantido mediante políticas estabelece normas gerais e critérios básicos para
sociais e econômicas que visem à redução do a promoção da acessibilidade das pessoas
risco de doença e de outros agravos e ao acesso portadoras de deficiência ou com mobilidade
universal e igualitário às ações e serviços para reduzida, e dá outras providências;
sua promoção, proteção e recuperação, nos considerando as diretrizes estabelecidas pela
termos do art. 196 da Constituição da República Comissão Brasileira de Braille - CBB, e pela
Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988; Associação Brasileira de Normas Técnicas -
considerando a Lei nº. 6.360, de 23 de setembro ABNT, quanto a utilização do sistema Braille;
de 1976, e o Decreto nº. 79.094, de 5 de janeiro considerando o documento Standard Rules on
de 1977, que dispõe sobre o sistema de the Equalization of opportunities for person
vigilância sanitária a que ficam sujeitos os with disabilities adotado pela Assembléia Geral
medicamentos; considerando a Lei nº. 9.787, de das Organizações das Nações Unidas;
10 de fevereiro de 1999, que altera a Lei nº. considerando as diretrizes, as prioridades e as
6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe responsabilidades estabelecidas na Política
sobre o medicamento genérico e sobre a Nacional de Medicamentos, instituída pela
utilização de nomes genéricos em produtos Portaria n°. 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de
farmacêuticos; 1998, e aprovada pelo CNS pela Resolução n°.
considerando a Lei nº. 5.991, de 17 de 338, de 20 maio de 2004, que busca garantir
dezembro de 1973, e o Decreto nº. 74.170, de condições para segurança e qualidade dos
10 de junho de 1974 que dispõe sobre o controle medicamentos utilizados no país, promover o
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, uso racional e o acesso da população àqueles
insumos farmacêuticos e correlatos; considerados essenciais;
considerando a Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de considerando a importância do acesso à
1977, que dispõe sobre as infrações à legislação informação imparcial e de qualidade para
sanitária federal e estabelece as respectivas orientar o autocuidado e a automedicação
penalidades; disposta no Report of the 4th WHO -
considerando o direito à informação, às pessoas Consultative Group on the Role of the
assistidas, sobre sua saúde conforme previsto Pharmacist;
nos termos do inciso V do art. 7º da Lei considerando que as informações sobre
Orgânica da Saúde (LOS), Lei nº. 8.080, de 19 medicamentos devem orientar pacientes e
de setembro de 1990; profissionais de saúde, favorecendo o uso
considerando o direito à informação adequada e racional, os rótulos de medicamentos devem
clara sobre os diferentes produtos e serviços, conter informações que permitam identificá-lo,
com especificação correta de quantidade, armazená-lo e rastreá-lo adequadamente, além
características, composição, qualidade e preço, de informar sobre riscos sanitários para algumas
bem como sobre os riscos que apresentem, populações especiais e dispor que outras
conforme o previsto pelo inciso III do art. 6° do informações para o uso seguro do medicamento
Código de Defesa do Consumidor, Lei nº. 8078, estarão dispostas na sua bula;
de 11 de setembro de 1990; considerando as disposições específicas da
considerando que compete à União cuidar da Resolução - RDC n°. 59, de 24 de novembro de
saúde e assistência pública, da proteção e 2009 que dispõe sobre a implantação do Sistema

327
Nacional de Controle de Medicamentos e sem exigência de prescrição médica, utilizada
definição dos mecanismos para rastreamento de para o acondicionamento de medicamentos com
medicamentos, por meio de tecnologia de destinação hospitalar;
captura, armazenamento e transmissão IX - embalagem múltipla: embalagem
eletrônica de dados e dá outras providências; secundária de medicamentos de venda sem
considerando a competência da Anvisa, no exigência de prescrição médica dispensados
cumprimento de suas atribuições exclusivamente nas embalagens primárias;
regulamentares, quanto a implementação de X - embalagem primária: embalagem que
ações para agilizar a operacionalização de suas mantém contato direto com o medicamento;
atividades administrativas quanto ao registro, XI - embalagem secundária: embalagem externa
atualização e revalidação de produtos; do produto, que está em contato com a
considerando a Medida Provisória no. 2.190-34, embalagem primária ou envoltório
de 23 de agosto de 2001 que instituiu a isenção intermediário, podendo conter uma ou mais
do recolhimento de taxa para acréscimo ou embalagens primárias;
alteração de registro, referente aos rótulos de XII - envoltório intermediário: embalagem
medicamentos; adota a seguinte Resolução da opcional que está em contato com a embalagem
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, primária e constitui um envoltório ou qualquer
determino a sua publicação: outra forma de proteção removível, podendo
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico conter uma ou mais embalagens primárias,
que estabelece as diretrizes para a rotulagem de conforme aprovação da Anvisa;
medicamentos. XIII - restrição de uso: limitação de uso de um
CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES INICIAIS medicamento quanto à população alvo, podendo
Seção I - Objetivo ser para uso pediátrico, para uso adulto ou para
Art. 2º Este Regulamento possui o objetivo de uso adulto e pediátrico;
aprimorar a forma e o conteúdo dos rótulos de XIV - restrição de prescrição: limitação de
todos os medicamentos registrados e prescrição de um medicamento de acordo com a
comercializados no Brasil, visando garantir o sua categoria de venda, podendo ser de venda
acesso à informação segura e adequada em prol sem exigência de prescrição médica, venda sob
do uso racional de medicamentos. prescrição médica, com ou sem retenção de
Seção II - Abrangência receita, de acordo com norma específica;
Art. 3º Este Regulamento se aplica a todos os V - restrição de destinação: limitação do
medicamentos registrados na Anvisa. estabelecimento alvo para a venda do
Seção III - Definições medicamento, sendo que uma mesma
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico apresentação pode ter mais de uma destinação,
são adotadas as seguintes definições: podendo ser comercial, hospitalar, institucional
I - bula: documento legal sanitário que contém e profissional/ empresa especializada;
informações técnico-científicas e orientadoras XVI - rótulo: identificação impressa ou
sobre os medicamentos para o seu uso racional; litografada, bem como dizeres pintados ou
II - destinação comercial: venda permitida para gravados a fogo, pressão ou decalco, aplicados
farmácias e drogarias; diretamente sobre recipientes, vasilhames,
III - destinação hospitalar: venda permitida para invólucros, envoltórios ou qualquer outro
hospitais, clínicas e ambulatórios; protetor de embalagem;
IV - destinação institucional: venda permitida XVII - Sistema Braille: processo de leitura e
para os programas governamentais com destino escrita em relevo, com base em 64 (sessenta e
aos postos de dispensação de medicamentos quatro) símbolos resultantes da combinação de
vinculados ao Sistema Único de Saúde; 6 (seis) pontos, dispostos em duas colunas de 3
V - destinação profissional/ empresa (três) pontos; e,
especializada: venda permitida para XVIII - Uso restrito a hospitais: medicamentos
profissionais ou empresa especializada; cuja administração é permitida apenas em
VI - embalagem: invólucro, recipiente ou ambiente hospitalar, independentemente da
qualquer forma de acondicionamento removível, restrição de destinação, definidos em norma
ou não, destinado a cobrir, empacotar, envasar, específica.
proteger ou manter, especificamente ou não, CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS
medicamentos; PARA OS RÓTULOS DE MEDICAMENTOS
VII - embalagem de transporte: embalagem Seção I - Das informações para as embalagens
utilizada para transporte de medicamentos secundárias
acondicionados em suas embalagens primárias Art. 5° Os rótulos das embalagens secundárias
ou secundárias; de medicamentos devem conter as seguintes
VIII - embalagem hospitalar: embalagem informações:
secundária de medicamentos de venda com ou I - o nome comercial do medicamento;

328
II - a denominação genérica de cada princípio XVIII - telefone do Serviço de Atendimento ao
ativo, em letras minúsculas, utilizando a Consumidor (SAC) da empresa titular do
Denominação Comum Brasileira (DCB); registro ou de sua responsabilidade; e,
III - a concentração de cada princípio ativo, por XIX - a sigla "MS" adicionada ao número de
unidade de medida ou unidade farmacotécnica, registro no Ministério da Saúde conforme
conforme o caso; publicado em Diário Oficial da União (DOU),
IV - a via de administração; sendo necessários os treze dígitos.
V - a quantidade total de peso líquido, volume e § 1° No caso de medicamento genérico e
unidades farmacotécnicas, conforme o caso; imunoterápico, é proibido usar nome comercial,
VI - a quantidade total de acessórios dosadores devendo ser adotada apenas a denominação
que acompanha as apresentações, quando genérica.
aplicável; § 2° No caso de medicamentos injetáveis
VII - a forma farmacêutica; classificados como Soluções Parenterais de
VIII - a restrição de uso por faixa etária, na face Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de
principal, incluindo a frase, em caixa alta, "USO cloreto de sódio, água para injeção, solução de
ADULTO", "USO ADULTO E PEDIÁTRICO glicose e outros açúcares e eletrólitos, é
ACIMA DE___", "USO PEDIÁTRICO facultativo usar nome comercial, podendo ser
ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, adotada apenas a denominação genérica.
em meses ou anos, para qual foi aprovada no § 3° No caso de medicamentos fitoterápicos,
registro o uso do medicamento, ou "USO deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de indicando espécie (Gênero + epíteto específico)
medicamentos sem restrição de uso por idade, para sua a denominação genérica; a
conforme aprovado no registro; concentração de cada princípio ativo deve ser
IX - a composição qualitativa, conforme expressa pela concentração de cada derivado
Denominação Comum Brasileira (DCB), e vegetal e a composição do medicamento deve
quantitativa de cada princípio ativo, incluindo, indicar a relação real, em peso ou volume, do
quando aplicável, a equivalência sal base; derivado vegetal utilizado a correspondência em
X - os cuidados de conservação, indicando a marcadores e a descrição do derivado.
faixa de temperatura e condições de § 4° No caso de medicamentos dinamizados,
armazenamento, conforme estudo de deve-se descrever os insumos utilizando a
estabilidade do medicamento; nomenclatura das farmacopéias e compêndios
XI - o nome e endereço da empresa titular do reconhecidos pela Anvisa para sua a
registro no Brasil; denominação genérica e a concentração de cada
XII - o nome e endereço da empresa fabricante, principio ativo deve ser expressa pela potência e
quando ela diferir da empresa titular do registro, escala de cada insumo ativo.
citando a cidade e o estado, precedidos pela § 5° É facultativo incluir a composição
frase "Fabricado por:" e inserindo a frase qualitativa dos excipientes, conforme
"Registrado por:" antes dos dados da empresa Denominação Comum Brasileira (DCB), ou dos
titular do registro; insumos inertes, no caso dos medicamentos
XIII - o nome e endereço da empresa fabricante, dinamizados.
quando o medicamento for importado, citando a § 6° É facultativo incluir informações sobre a
cidade e o país precedidos pela frase "Fabricado empresa responsável pela comercialização do
por" e inserindo a frase "Importado por:" antes medicamento, informando o seu nome e
dos dados da empresa titular do registro; endereço, citando a cidade e o estado precedidos
XIV - o nome e endereço da empresa pela frase "Comercializado por" e incluindo a
responsável pela embalagem do medicamento, frase "Registrado por:" antes dos dados da
quando ela diferir da empresa titular do registro detentora do registro e informar
ou fabricante, citando a cidade e o estado ou, se § 7° É permitido incluir a logomarca da empresa
estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela farmacêutica titular do registro, bem como das
frase "Embalado por:" e inserindo a frase empresas fabricantes e responsáveis pela
"Registrado por:" ou "Importando por:", embalagem e comercialização do medicamento,
conforme o caso, antes dos dados da empresa desde que não prejudiquem a presença das
titular do registro; informações obrigatórias.
XV - o número do Cadastro Nacional de Pessoa Art. 6° Nos rótulos das embalagens secundárias
Jurídica (CNPJ) do titular do registro; de medicamentos devem ser inseridas as
XVI - a expressão "Indústria Brasileira", quando seguintes frases de advertência:
aplicável; I - "TODO MEDICAMENTO DEVE SER
XVII - o nome do responsável técnico, número MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS
de inscrição e sigla do Conselho Regional de CRIANÇAS", em caixa alta; e,
Farmácia da empresa titular do registro;

329
II - "Informações ao paciente, indicações, medicamentos, desde que a mesma contenha o
contra-indicações e precauções: vide bula" ou nome da empresa
"Informações ao profissional de saúde, e seja informada a etapa da cadeia de sua
indicações, contra-indicações e precauções: vide responsabilidade, incluindo as frases:
bula", conforme o tipo de bula disponibilizada "Fabricado por:", "Comercializado por";
na embalagem do medicamento, de acordo com "Embalado por", e não se prejudique a
norma específica. legibilidade das informações exigidas para a
Art. 7° No caso de contra-indicação, precaução embalagem primária.
ou advertência para o uso de princípios ativos, § 6º É permitido incluir as demais informações
classe terapêutica e excipientes, devem-se previstas para a embalagem secundária na
incluir, em negrito, as frases de advertências embalagem primária, desde que não
previstas em norma específica. prejudiquem a legibilidade das informações
Seção II - Das informações para as embalagens obrigatórias.
primárias Art. 9° A impossibilidade de fazer constar na
Art. 8° Os rótulos das embalagens primárias de embalagem primária todas as informações
medicamentos devem conter as seguintes exigidas nesta Resolução, deve ser justificada à
informações: Anvisa no momento da notificação, do registro
I - o nome comercial do medicamento; ou pósregistro.
II - a denominação genérica de cada princípio Seção III - Das informações para as caixas de
ativo, em letras minúsculas, utilizando a transporte
Denominação Comum Brasileira (DCB); Art. 10. Os rótulos das caixas de transporte de
III - a concentração de cada princípio ativo, por medicamentos devem conter, impressas ou
unidade de medida ou unidade farmacotécnica, etiquetadas, as seguintes informações mínimas:
conforme o caso; I - o nome comercial do medicamento;
IV - a via de administração; II - a denominação genérica de cada princípio
V - o nome da titular do registro ou sua ativo, em letras minúsculas, utilizando a
logomarca desde que a mesma contenha o nome Denominação Comum Brasileira (DCB);
da empresa; e, III - a concentração de cada princípio ativo, por
VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao unidade de medida ou unidade farmacotécnica,
Consumidor (SAC), da empresa titular do conforme o caso;
registro ou de sua responsabilidade. IV - a forma farmacêutica;
§ 1° No caso de medicamento genérico e V - o nome da titular do registro ou sua
imunoterápico, é proibido usar nome comercial, logomarca desde que a mesma contenha o nome
devendo ser adotada apenas a denominação da empresa;
genérica. VI - os cuidados de conservação, indicando a
§ 2° No caso de medicamentos injetáveis faixa de temperatura e condições de
classificados como Soluções Parenterais de armazenamento, conforme estudo de
Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de estabilidade do medicamento.
cloreto de sódio, água para injeção, solução de § 1° No caso de medicamento genérico e
glicose e outros açúcares e eletrólitos, é imunoterápico, é proibido usar nome comercial,
facultativo usar nome comercial, podendo ser devendo ser adotada apenas a denominação
adotada apenas a denominação genérica. genérica.
§ 3° No caso de medicamentos fitoterápicos, § 2° No caso de medicamentos injetáveis
deve-se utilizar a nomenclatura botânica, classificados como Soluções Parenterais de
indicando espécie (Gênero + epíteto específico) Pequeno Volume (SPPV), tais como solução de
para sua a denominação genérica e a cloreto de sódio, água para injeção, solução de
concentração de cada princípio ativo deve ser glicose e outros açúcares e eletrólitos, é
expressa pela concentração de cada derivado facultativo usar nome comercial, podendo ser
vegetal. adotada apenas a denominação genérica.
§ 4° No caso de medicamentos dinamizados, § 3° No caso de medicamentos fitoterápicos,
deve-se descrever os insumos utilizando a deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
nomenclatura das farmacopéias e compêndios indicando espécie (Gênero + epíteto específico)
reconhecidos pela Anvisa para sua a para sua a denominação genérica e a
denominação genérica e a concentração de cada concentração de cada princípio ativo deve ser
principio ativo deve ser expressa pela potência e expressa pela concentração de cada derivado
escala de cada insumo ativo. vegetal.
§ 5º É permitido incluir o nome ou as § 4° No caso de medicamentos dinamizados,
logomarcas das empresas responsáveis pela deve-se descrever os insumos utilizando a
fabricação, embalagem e comercialização dos nomenclatura das farmacopéias e compêndios
reconhecidos pela Anvisa para sua a

330
denominação genérica e a concentração de cada § 4° No caso de limitação no campo de
principio ativo deve ser expressa pela potência e impressão para utilizar a denominação genérica
escala de cada insumo ativo. do princípio ativo de produtos biológicos, ela
Seção IV - Da disposição das informações nos pode ser abreviada conforme aprovado no
rótulos registro.
Art. 11. As letras utilizadas nos rótulos para Art. 13. A concentração por unidade de medida
identificação do nome comercial do ou unidade farmacotécnica de cada princípio
medicamento e para a denominação genérica ativo que for disposto na identificação do
dos princípios ativos, devem ser de fácil leitura medicamento, deve estar no mesmo campo de
e ostentar o mesmo destaque. impressão, abaixo ou ao lado, do nome
Art. 12. A denominação genérica de cada comercial ou da denominação genérica dos
princípio ativo deve ser disposta nos rótulos princípios ativos, com tamanho mínimo de 50%
imediatamente abaixo do nome comercial, da altura do maior caractere do nome comercial.
respeitando as seguintes regras de Parágrafo único. Para medicamentos genéricos,
proporcionalidade: a concentração deve estar disposta abaixo da
I - para os medicamentos com até dois denominação genérica dos princípios ativos com
princípios ativos, o nome genérico de cada um tamanho mínimo de 50% da altura do maior
deve ser disposto com tamanho mínimo de 50% caractere da denominação genérica.
da altura do maior caractere do nome comercial; Art. 14. A descrição da forma farmacêutica
II - para os medicamentos com três ou mais pode ser disposta com a quantidade total de
princípios ativos, o nome genérico de cada um peso líquido, volume ou unidades
deve ser disposto com tamanho mínimo de 30% farmacotécnicas do medicamento.
da altura do maior caractere do nome comercial. Art. 15. As impressões do nome comercial,
§ 1° No caso de limitação no campo de denominação genérica de cada princípio ativo e
impressão para descrever os princípios ativos respectivas concentrações, devem ser repetidas
conforme Denominação Comum Brasileira nos rótulos das embalagens primárias
(DCB), englobando o nome do sal e da base, destrutíveis, com mais de uma dose, visando
deve constar no rótulo o nome da substância permitir a identificação do medicamento durante
base com tamanho mínimo de 50% da altura do todo o tratamento.
maior caractere do nome comercial e, Art. 16. No caso de serem incluídas as
imediatamente após, o nome do sal, com logomarcas das empresas farmacêuticas: titular
tamanho mínimo de 30% da altura do maior do registro, fabricante e responsáveis pela
caractere da base. comercialização e embalagem do medicamento,
§ 2° No caso de limitação no campo de elas devem ter dimensão máxima de 50% do
impressão para descrever os três ou mais tamanho do nome comercial ou, na sua
princípios ativos, deve constar no rótulo a ausência, da denominação genérica dos
denominação genérica do princípio ativo que princípios ativos.
melhor justifique a indicação terapêutica do Art. 17. Não podem constar nos rótulos dos
produto seguida da frase "+ ASSOCIAÇÃO", medicamentos, designações, símbolos, figuras,
com tamanho mínimo de 50% da altura do representações gráficas ou quaisquer indicações
maior caractere do nome comercial e a que possam tornar a informação falsa e
composição do medicamento, qualitativa e incorreta, que possibilitem interpretação falsa,
quantitativa de todos os princípios ativos deve equívoco, erro e confusão em relação à
estar disposta no rótulo, em uma das faces da verdadeira natureza, composição, procedência,
embalagem secundária ou, na sua ausência, na qualidade, forma de uso, finalidade e
embalagem primária. características do medicamento.
§ 3° No caso de limitação no campo de § 1° É proibido:
impressão para descrever todos os princípios I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do
ativos dos polivitamínicos, poliminerais e medicamento;
poliaminoácidos, podem ser adotadas as II - incluir selos, marcas nominativas,
palavras: Polivitamínico, Polimineral e figurativas ou mistas de instituições
Poliaminoácido, como denominação genérica, governamentais, entidades filantrópicas,
com tamanho mínimo de 50% da altura do fundações, associações e sociedades médicas,
maior caractere do nome comercial, e a organizações não-governamentais, associações
composição do medicamento, qualitativa e que representem os interesses dos consumidores
quantitativa de todos os princípios ativos deve ou dos profissionais de saúde e selos de
estar disposta no rótulo, em uma das faces da certificação de qualidade, exceto se exigidos em
embalagem secundária ou, na sua ausência, na normas específicas;
embalagem primária. III - inclusão de imagens ou figuras que
remetam à indicação do sabor do medicamento;

331
IV - usar expressões ou imagens que possam selo de segurança, conforme características do
sugerir que a saúde de uma pessoa poderá ser caput deste artigo.
afetada por não usar o medicamento; e, Art. 21. As embalagens de medicamentos
V - utilizar rótulos com layout semelhante ao de devem conter mecanismos de identificação e
um medicamento com o mesmo princípio ativo, segurança que possibilitem o rastreamento do
forma farmacêutica e concentração, registrado produto desde a fabricação até o momento da
anteriormente por outra empresa. dispensação, conforme dispostos em normas
§ 2° É permitido: específicas.
I - utilizar figuras anatômicas, a fim de orientar Art. 22. É facultativo incluir nas embalagens
o profissional de saúde ou o paciente sobre a secundárias de medicamentos ou, na sua
correta utilização do produto; e, ausência, nas embalagens primárias, o código de
II - informar o sabor do medicamento. barras GTIN de identificação do produto, caso
Art. 18. É permitido incluir em outro idioma as elas contenham mecanismos de identificação e
mesmas informações exigidas para os rótulos de segurança que possibilitem o rastreamento do
medicamentos, desde que não prejudiquem a produto desde a fabricação até o momento da
legibilidade das informações obrigatórias e dispensação.
estejam de acordo com as informações Parágrafo único. É permitido colocar o Código
constantes do registro do medicamento. de Barras GTIN na face lateral da embalagem,
Seção V - Das informações e dispositivos para sobre a faixa de restrição de prescrição,
rastreabilidade do medicamento estruturando uma abertura na mesma.
Art. 19. O número do lote, data de fabricação Art. 23. É facultativo incluir nas embalagens
(mês/ano) e data de validade (mês/ano), devem secundárias de medicamentos ou, na sua
ser impressos nas embalagens de medicamentos ausência, nas embalagens primárias, a tinta
de forma facilmente compreensível, legível e reativa e sob a mesma a palavra "Qualidade" e a
indelével, utilizando letras com a maior logomarca da empresa titular do registro caso
dimensão possível para a sua fácil leitura e elas contenham mecanismos de identificação e
identificação. segurança que possibilitem o rastreamento do
§ 1° A legibilidade destas informações deve ser produto desde a fabricação até o momento da
garantida sem a utilização de instrumentos dispensação.
ópticos, a não ser para aquelas pessoas que § 1° A tinta reativa deve ser disposta em uma
necessitem de correção visual. das laterais, na altura da faixa vermelha ou
§ 2° Nas embalagens secundárias é proibido preta, sendo para isto permitido abrir uma janela
usar exclusivamente de relevo negativo ou nas referidas faixas que permita a fixação da
positivo, sem cor ou com cor que não mantenha tinta.
nítido e permanente o contraste com a cor do § 2° Os medicamentos sem exigência de
suporte para a impressão das informações prescrição médica devem colocar a tinta reativa
exigidas no caput deste artigo. na altura do local que corresponde à faixa de
§ 3° É facultativo imprimir nas embalagens restrição de uso.
primárias a data de fabricação (mês/ano). § 3° Qualquer outro local da face externa da
Art. 20. As embalagens secundárias devem embalagem pode ser utilizado desde que seja
conter lacre ou selo de segurança que seja justificado tecnicamente, não afete as demais
irrecuperável após seu rompimento e permita exigências legais e seja colocada uma indicação
detectar qualquer tentativa de rompimento, para ao consumidor do local onde se deve raspar.
garantir a inviolabilidade das embalagens. Seção VI - Das informações para as pessoas
§ 1º Quando utilizado a colagem de abas, ela portadoras de deficiência visual
deve garantir os requisitos descritos no caput Art. 24. As embalagens secundárias de
deste artigo para ser considerada um lacre de medicamentos que são dispensados para o
segurança. paciente devem conter em sistema Braille, sem
§ 2º Quando utilizado selos de segurança, além afetar a legibilidade das informações, o nome
das características descritas no caput deste comercial do medicamento ou, na sua falta, a
artigo, eles não podem permitir a recolagem e denominação genérica de cada princípio ativo
devem conter a identificação personalizada do pela Denominação Comum Brasileira (DCB).
laboratório. § 1° No caso de medicamentos fitoterápicos,
§ 3º No caso de embalagens que permitam o deve-se utilizar a nomenclatura botânica,
acesso às embalagens primárias por mais de indicando espécie (Gênero + epíteto específico).
uma extremidade, ambas devem atender aos § 2° No caso de medicamentos dinamizados,
requisitos contidos no caput deste artigo. deve-se descrever cada insumo ativo utilizando
§ 4° Quando o medicamento for disponibilizado a nomenclatura das farmacopéias e compêndios
exclusivamente em embalagem primária e for reconhecidos pela Anvisa.
passível de abertura, ela deverá conter lacre ou

332
§ 3° No caso de medicamentos com mais de Seção II - Dos medicamentos de venda sem
quatro princípios ativos, pode-se informar o exigência de prescrição médica
nome do princípio ativo que justifique a Art. 29. Os rótulos das embalagens secundárias
indicação terapêutica do produto seguida da dos medicamentos com venda sem exigência de
expressão "+ associação". prescrição médica, além das informações
§ 4° No caso de medicamentos identificados mínimas exigidas nesta Resolução, devem
pela denominação genérica de cada princípio conter:
ativo, em que haja limitação no campo de I - a frase, em negrito: "Siga corretamente o
impressão para o sistema Braille, pode-se modo de usar, não desaparecendo os sintomas
utilizar apenas o nome da base do princípio procure orientação médica";
ativo. II - a indicação do medicamento, conforme
CAPÍTULO III disposto para o princípio ativo e classe
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA OS terapêutica em norma específica; e,
RÓTULOS DE MEDICAMENTOS III - as contra-indicações de uso do
Seção I - Dos medicamentos de venda sob medicamento.
prescrição médica Art. 30. Os rótulos das embalagens primárias
Art. 25. Os rótulos das embalagens secundárias dos medicamentos sem exigência de prescrição
dos medicamentos com venda sob prescrição médica, disponibilizados exclusivamente em
médica devem possuir faixa vermelha, em toda embalagem primária, além das informações
a sua extensão, no seu terço médio inferior e exigidas nesta Resolução, devem possuir:
com largura não inferior a um quinto da maior I - a frase "EXIJA A BULA", em caixa alta,
face. com tamanho mínimo de 30% da altura do
Parágrafo único. É proibido colocar as faixas no maior caractere do nome comercial ou, na sua
rodapé das embalagens, devendo-se respeitar o ausência, da denominação genérica;
limite mínimo de 10 mm nas bases das II - a sigla "MS" adicionada ao número de
embalagens ou na extremidade contrária a sua registro no Ministério da Saúde, conforme
abertura. publicado em Diário Oficial da União (DOU),
Art. 26. Na faixa vermelha deve ser utilizada a sendo necessários os treze dígitos; e,
referência de cor vermelha PANTONE 485C, III - a restrição de uso por faixa etária, incluindo
que pode ser obtida através da mistura de a frase, em caixa alta, "USO ADULTO", "USO
pigmentos de qualquer fabricante de tintas, com ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE___",
variações máximas e mínimas aceitáveis para "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE ____",
este tom, e ser aplicado um verniz sobre ela. indicando a idade mínima, em meses ou anos,
§ 1° É proibida a utilização de cores nos rótulos para qual foi aprovada no registro o uso do
de medicamentos que possam causar confusão medicamento, ou "USO ADULTO e
ou erro na identificação da faixa vermelha. PEDIÁTRICO", no caso de medicamentos sem
§ 2° É permitido utilizar o PANTONE 485C restrição de uso por idade, conforme aprovado
fora da faixa vermelha apenas na: no registro.
I - descrição da concentração; Seção III - Dos medicamentos à base de
II - descrição da quantidade do medicamento; substâncias sujeitas a controle especial
III - descrição da via de administração; Art. 31. Os rótulos das embalagens secundárias
IV - frase "Amostra Grátis", seja nas letras ou dos medicamentos à base de substâncias sujeitas
em fundo vermelho; a controle especial devem possuir uma faixa em
V - frase "Nova Fórmula"; e, toda sua extensão, no seu terço médio inferior e
VI - frase "Agite antes de usar". na cor vermelha ou preta, conforme definido em
Art. 27. No interior da faixa vermelha dos norma específica e suas atualizações, para a
medicamentos de venda sob prescrição médica substância ou lista à qual pertence.
deve ser incluída apenas a frase, em caixa alta, Parágrafo único. É proibida a colocação das
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA". faixas no rodapé das embalagens, devendo-se
Parágrafo único. É permitida a inscrição respeitar o limite mínimo de 10 mm nas bases
qualitativa de todos os excipientes na face das embalagens ou na extremidade contrária sua
lateral da embalagem, sobre a faixa vermelha, abertura.
estruturando uma abertura na mesma, utilizando Art. 32. Na faixa preta, deve ser utilizada a
letras com a maior dimensão possível para a sua referência de cor preta PANTONE PROCESSO
fácil leitura e identificação. BLACK C, que pode ser obtida através da
Art. 28. Os rótulos das embalagens primárias mistura de pigmentos de qualquer fabricante de
dos medicamentos com venda sob prescrição tintas, com variações máximas e mínimas
médica devem possuir a frase, em caixa alta, aceitáveis para este tom, e ser aplicado um
"VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA". verniz sobre ela.

333
§ 1° A faixa preta deve ter largura não inferior a indicações e precauções: vide Memento
um terço da maior face e exclui a exigência de Terapêutico".
faixa vermelha. Seção VII - Dos medicamentos com destinação
§ 2° É proibida a utilização de cores nos rótulos institucional
que possam causar confusão ou erro na Art. 39. Os rótulos das embalagens primárias e
identificação da faixa preta. secundárias de todos os medicamentos com
Art. 33. Na faixa vermelha devem ser utilizadas destinação institucional, independente da
as especificações definidas nesta Resolução para restrição de prescrição, devem possuir a frase,
os medicamentos com venda sob prescrição em caixa alta, "PROIBIDA VENDA AO
médica. COMÉRCIO", com tamanho mínimo de 30% da
Art. 34. No interior da faixa dos medicamentos altura do maior caractere do nome comercial ou,
à base de substâncias sujeitas a controle na sua ausência, da denominação genérica.
especial, devem ser incluídas, em caixa alta, as Parágrafo único. Nos rótulos das embalagens
frases definidas em norma específica e suas secundárias, a frase deve ser disposta logo
atualizações, para acima da faixa de restrição de prescrição, ou em
a substância ou lista à qual pertence. posicionamento equivalente no caso de
Art. 35. Os rótulos das embalagens primárias inexistência da mesma, em sua face principal.
dos medicamentos a base de substâncias sujeitas Art. 40. Os medicamentos com destinação
a controle especial devem possuir as frases institucional e de venda sob prescrição médica,
definidas em norma específica e suas com ou sem retenção de receita, podem
atualizações, para a substância ou lista a qual substituir a palavra "VENDA" por "USO" nas
pertence. frases exigidas para os rótulos das embalagens
Seção IV - Dos medicamentos com destinação primárias e secundárias.
hospitalar Seção VIII - Dos medicamentos destinados ao
Art. 36. Os rótulos das embalagens secundárias Ministério da Saúde
dos medicamentos com destinação Art. 41. Os rótulos das embalagens dos
exclusivamente hospitalar devem possuir a medicamentos com destinação institucional
frase, em caixa alta, "EMBALAGEM destinados ao Ministério da Saúde, para
HOSPITALAR", com tamanho mínimo de 30% distribuição através de programas de saúde
da altura do maior caractere do nome comercial pública, devem obedecer à identificação
ou, na sua ausência, da denominação genérica. padronizada e descrita no Manual de
Seção V - Dos medicamentos de uso restrito a Identificação Visual para Embalagens de
hospitais Medicamentos, instituído por norma específica.
Art. 37. Os rótulos das embalagens secundárias Seção IX - Dos medicamentos genéricos
de todos os medicamentos com uso restrito a Art. 42. Para os medicamentos genéricos, deve
hospitais, definidos em norma específica, devem ser adotada para sua identificação, a
possuir a frase, em caixa alta, "USO RESTRITO denominação genérica de cada princípio ativo,
A HOSPITAIS", com tamanho mínimo de 30% em letras minúsculas, utilizando a Denominação
da altura do maior caractere do nome comercial Comum Brasileira (DCB), sendo expressamente
ou, na sua ausência, da denominação genérica. proibido o uso de nome comercial.
§ 1° A frase deve ser disposta logo acima da Art. 43. Os rótulos de todas as embalagens dos
faixa de restrição de prescrição, na face medicamentos genéricos devem possuir, com
principal da embalagem. tamanho de 30% da altura do maior caractere da
§ 2° No caso de medicamentos com destinação denominação genérica, localizada
hospitalar, a frase "USO RESTRITO A imediatamente abaixo desta e com o mesmo
HOSPITAIS" dispensa a inclusão da frase destaque, a frase "Medicamento genérico Lei nº.
"EMBALAGEM HOSPITALAR". 9.787, de 1999".
Seção VI - Dos medicamentos oriundos dos Art. 44. Os rótulos das embalagens secundárias
Laboratórios Oficiais dos medicamentos genéricos devem possuir o
Art. 38. No caso de medicamentos oriundos de logotipo que os identifica, impresso dentro de
Laboratórios Oficiais para os quais são uma faixa amarela disposta em sua face
disponibilizados Mementos Terapêuticos ao principal e faces laterais, no seu terço médio
invés de bulas para os profissionais de saúde, inferior e com largura não inferior a um quinto
seguindo o estabelecido em norma específica, da maior face.
substituir a frase "Informações ao profissional § 1° É proibido colocar a faixa no rodapé das
de saúde, indicações, contra-indicações e embalagens, devendo-se respeitar o limite
precauções: vide bula" exigida para os rótulos mínimo de 10 mm nas bases das embalagens ou
das embalagens secundárias, por "Informações na extremidade contrária a sua abertura.
ao profissional de saúde, indicações, contra- § 2° Nas embalagens secundárias de
medicamentos de venda sob prescrição médica,

334
com ou sem retenção de receita, a faixa amarela principal da embalagem secundária do
deve ficar justaposta logo acima da faixa medicamento, entretanto, todas as proporções
vermelha. estabelecidas no logotipo devem ser
§ 3° Nas embalagens secundárias de rigorosamente mantidas, conforme Anexo I
medicamentos à base de substâncias sujeitas a desta Resolução.
controle especial para as quais é exigida a faixa § 1° Para embalagens de orientação horizontal
preta, constantes na norma específica e suas deve ser utilizada a versão vertical do logotipo
atualizações, a faixa amarela deve ficar com as seguintes características:
justaposta logo abaixo da faixa preta. I - a largura (w) deve ser igual a um quinto da
§ 4° Nas embalagens secundárias de largura da maior face; e
medicamentos que podem ser vendidos sem II - a altura (h) deve ser igual a 1,25 w.
exigência de prescrição médica, a faixa amarela § 2° Para embalagens de orientação vertical
deve estar no local correspondente ao que seria deve ser utilizada a versão horizontal do
o da faixa vermelha. logotipo, onde o retângulo tem as seguintes
Art. 45. Nas embalagens primárias dos dimensões:
medicamentos sem exigência de prescrição I - a altura (h) deve ser um quinto da altura da
médica, que sejam disponibilizados em maior face; e
embalagens múltiplas e comercializados II - a largura (w) deve ser igual a 2,5 h.
exclusivamente em embalagem primária, deve Art. 49. É permitido imprimir informações
ser incluída a faixa amarela com o logotipo do exigidas para os rótulos nas laterais da faixa
medicamento genérico. amarela, caso necessário.
Art. 46. Na faixa amarela, deve ser utilizada a Seção X - Dos medicamentos dinamizados
referência de cor amarela PANTONE 116C, que Art. 50. Os rótulos das embalagens dos
pode ser obtida através da mistura de pigmentos medicamentos dinamizados devem conter a
de qualquer fabricante de tintas, com variações frase, conforme a categoria do medicamento,
máximas e mínimas aceitáveis para este tom, e em negrito: "Medicamento Homeopático",
ser aplicado um verniz sobre ela. "Medicamento Antroposófico" ou
§ 1° É proibida a utilização da cor amarela "Medicamento Anti-homotóxico".
PANTONE 116C fora da faixa amarela e em Art. 51. Os rótulos das embalagens dos
embalagens de medicamentos que não sejam medicamentos dinamizados devem atender ao
genéricos. disposto em normas específicas sobre o registro
§ 2° É proibida a utilização de cores nos rótulos e notificação de medicamentos dinamizados,
que possam causar confusão ou erro na além do disposto nesta Resolução.
identificação da faixa amarela. Seção XI - Dos medicamentos fitoterápicos
Art. 47. O logotipo do medicamento genérico Art. 52. Os rótulos das embalagens de
consiste em uma letra "G" estilizada e as medicamentos fitoterápicos devem conter a
palavras "Medicamento Genérico" escritas na frase "MEDICAMENTO FITOTERÁPICO",
cor azul PANTONE 276C, inseridas em um em caixa alta e com tamanho mínimo de 30% da
retângulo amarelo altura do
PANTONE 116C. maior caractere do nome comercial.
§ 1° As palavras "Medicamento Genérico" Art. 53. Os medicamentos fitoterápicos que
devem ser escritas com a letra tipo "Frutiger utilizarem como princípios ativos derivados
Bold Condensed". vegetais, como extrato, suco e óleo, podem
§ 2° A palavra "Medicamento" deve ter o especificá-los logo após ou abaixo do nome
mesmo comprimento da palavra "Genérico", ou botânico.
seja, a letra "M" deve iniciar no mesmo ponto Seção XII - Dos medicamentos para
da letra "G" e as letras "o" devem terminar nos reconstituição e uso oral
mesmos pontos. Art. 54. No caso de medicamentos nas formas
§ 3° O logotipo pode ser disposto na versão farmacêuticas pó ou granulado, para suspensão
horizontal e deve ser composto pelas palavras ou solução, de uso oral, deve-se:
"Medicamento" escrito logo acima da palavra I - indicar na embalagem primária a posição
"Genérico", precedido pela letra "G", conforme precisa, de forma clara e de fácil leitura, até
modelo no Anexo I desta Resolução. onde o usuário deve acrescentar o diluente;
§ 4° O logotipo pode ser disposto na versão II - inserir a frase "Modo de preparar: vide
vertical e deve ser composto pela letra "G", pela bula", no rótulo da embalagem secundária e
palavra "Medicamento", escrita logo abaixo e primária;
pela palavra "Genérico" logo abaixo desta, III - inserir a frase: "Após preparo, manter
conforme modelo no Anexo I desta Resolução. _____ por ____", indicando o cuidado de
Art. 48. O tamanho do logotipo de medicamento conservação e prazo de validade da solução ou
genérico é variável conforme o tamanho da face suspensão reconstituída, no rótulo da

335
embalagem primária ou da secundária, no caso definidas em instrução normativa específica,
de limitação no campo de impressão da deve ser respeitada a padronização de cores para
embalagem primária, caso o cuidado de a gravação dos dizeres estabelecida na norma
conservação do medicamento depois de específica.
preparado diferir do cuidado de conservação Art. 60. As ampolas de vidro dos
antes de aberto. medicamentos, definidos em instrução
Seção XIII - Dos medicamentos com prazo de normativa específica, devem ser identificadas
validade alterado após aberto por dois anéis de cor estabelecida na norma
Art. 55. No caso de medicamentos cujo prazo de específica, impressos na haste, com largura
validade original reduzir após aberto, inserir a mínima de 0,6 mm.
frase: "Após aberto, valido por ____", indicando § 1° Quando o medicamento for constituído por
após de validade após aberto, no rótulo da apenas um princípio ativo, os dois anéis devem
embalagem primária ou da secundária, no caso ser da mesma cor indicada para a família.
de limitação no campo de impressão da § 2° Quando se tratar de associação com no
embalagem primária. máximo dois princípios ativos, cada anel deve
Seção XIV - Dos medicamentos para Terapia corresponder à cor indicada para a respectiva
de Reidratação Oral (TRO) família.
Art. 56. Nos rótulos das embalagens dos § 3° No caso do princípio ativo ser um
medicamentos para Terapia de Reidratação Oral antagonista, um dos anéis deve ser branco e o
(TRO) deve ser expressa a quantidade dos outro da cor indicada para a família do princípio
princípios ativos em unidades de massa ou ativo a ser antagonizado.
massa/volume, e na forma de mEq/L. Art. 61. As embalagens de SPPV que não
§ 1° Em caso de concentração de sódio entre 40 permitam a identificação por anéis devem ser
e 60 mEq/L, deve-se incluir a frase "Para diferenciados pelos critérios de cores de
prevenção da desidratação e manutenção da impressão no rótulo e colocação de faixa com
hidratação após a fase de reidratação".§ 2° largura mínima de 3mm na parte superior do
Quando o teor de sódio for igual a 90 mEq/L, rótulo, com a cor correspondente a do anel de
deve-se incluir a frase "Para reidratação e ruptura, definida em instrução normativa
manutenção da hidratação". específica.
Seção XV - Das Soluções Parenterais de Seção XVI - Das Soluções Parenterais de
Pequeno Volume (SPPV) Grande Volume (SPGV)
Art. 57. Os rótulos das embalagens primárias Art. 62. Os rótulos das embalagens das SPGV,
das SPPV devem apresentar dimensões de modo além das informações mínimas exigidas nesta
a envolver, no máximo, 3/4 da área total do Resolução, devem conter:
corpo do recipiente e o espaço livre para I - a composição qualitativa e quantitativa,
permitir a visualização do conteúdo do percentual;
recipiente deve ser no sentido longitudinal do II - conteúdo eletrolítico em mEq/L ou mmol/L;
mesmo e ocupar a maior área possível, e,
conforme figura 1 do Anexo II. III - osmolaridade; e
Art. 58. As informações impressas no rótulo da IV - volume total.
embalagem primária das SPPV devem estar Art. 63. No caso da SPGV, de sistema fechado,
dispostas paralelamente ao maior eixo do que possuam apenas um sítio destinado a
recipiente, com a margem esquerda do rótulo colocação do equipo, deve-se incluir a frase
começando o mais próximo possível da base, e "Não é indicada a adição de outro
devem permitir a leitura integral do texto medicamento."
quando o recipiente for seguro pela haste ou Seção XVII - Dos Concentrados
gargalo, conforme figura 2 do Anexo II. Polieletrolíticos para Hemodiálise (CPHD)
§ 1° Quando o nome comercial, a denominação Art. 64. Os rótulos das embalagens dos CPHD
genérica do princípio ativo, a concentração e devem apresentar:
volume total puderem ser impressos dentro de I - faixa vermelha, com a cor vermelha
180º da circunferência do recipiente, a PANTONE VERMELHO 485 C e largura
impressão pode ser feita de forma perpendicular correspondente a um quinto da maior face do
ao seu maior eixo, de acordo com a figura 3 do rótulo, com os dizeres "Uso sob prescrição
Anexo II. médica";
§ 2° Para seringas preenchidas, o texto deve ser II - faixa no cabeçalho, com largura
orientado no sentido "agulha - êmbolo" e de correspondente a um quinto da menor face do
forma a não comprometer a visualização da sua rótulo, de cor azul PANTONE BLUE 072C.
graduação. Parágrafo único. Deve ser respeitado o limite
Art. 59. Para a rotulagem das embalagens mínimo de 10 mm nas bases das rotulagens,
primárias das SPPV contendo as substâncias

336
como caracterização daquilo que se entende § 2° A data de fabricação do conjunto das
como rodapé. apresentações deve ser a data da montagem do
Art. 65. Para a denominação genérica dos conjunto das apresentações para uso
CPHD, utilizar o nome de dois sais da concomitante ou seqüencial.
formulação seguidos da expressão: "+ § 3° A data de validade da apresentação final
ASSOCIAÇÃO". Parágrafo único. A seqüência deve ser a data da primeira apresentação a
de sais a ser utilizada deve seguir a ordem: vencer.
sódio, potássio e cálcio. Art. 71. Os rótulos das embalagens primárias
Art. 66. Os rótulos das embalagens dos CPHD, das formas farmacêuticas sólidas ou outras
além das informações mínimas exigidas nesta previamente fracionadas para uso concomitante
Resolução, devem conter: ou seqüencial devem possuir na parte frontal um
I - composição qualitativa, de acordo com a retângulo, ou outra marcação divisória, em
Denominação Comum Brasileira (DCB), e destaque, incluindo e indicando as unidades
quantitativa dos sais expressas em p/v (g/L) ou farmacotécnicas a serem administradas por dose
p/p (g/g) no concentrado e mEq/L dos íons ou e, no verso, devem constar a denominação
mMol/L das moléculas, após diluição, genérica de cada princípio ativo e concentrações
atendendo aos limites estabelecidos no correspondentes àquela unidade farmacotécnica.
AnexoIII; Seção XXI - Dos medicamentos com
II - o modo de preparo, incluindo a proporção dessecantes desprendidos em sua embalagem
de diluição a ser empregada. Art. 72. Quando na embalagem do medicamento
Art. 67. Nos rótulos das embalagens dos CPHD houver dessecantes desprendidos em seu
deve ser incluída, em negrito, a frase "USO interior, na própria unidade do dessecante
RESTRITO EM HEMODIÁLISE". devem constar:
Seção XVIII - Dos polivitamínicos, I - os dizeres, em caixa alta: "PERIGO. NÃO
poliminerais e poliaminoácidos COMER";
Art. 68. Nos rótulos das embalagens dos II - a frase "Conteúdo: ____.", indicando a
polivitamínicos, poliminerais e substância que constitui o dessecante.
poliaminoácidos, deve constar a formulação Art. 73. É facultativo usar imagem, com no
qualitativa e quantitativa por unidade mínimo 10 mm de diâmetro, de um rosto de
farmacotécnica e o teor percentual de cada boca aberta ingerindo um sólido dentro de um
princípio ativo na dose/posologia diária máxima círculo com uma faixa diagonal, ambos na cor
preconizada, expresso claramente em índices vermelha, ou, de uma caveira, com ossos
percentuais, relativos à Ingestão Diária cruzados atrás ou abaixo do crânio da caveira,
Recomendada (IDR). ambos de cor preta, conforme figuras do Anexo
Seção XIX - Dos medicamentos com IV, informando sobre a proibição de ingestão do
envoltórios intermediários dessecante.
Art. 69. Os envoltórios intermediários devem CAPÍTULO IV
possuir todas as informações mínimas exigidas DAS ALTERAÇÕES DE ROTULAGEM DE
para as embalagens primárias, quando ele MEDICAMENTOS
impedir a visualização das informações Seção I - Das notificações de alterações de
dispostas nas embalagens primárias. rotulagem
Parágrafo único. Quando o envoltório Art. 74. São passíveis de notificação de
intermediário é utilizado para garantir a alteração de rotulagem, com implementação
estabilidade do medicamento, conforme imediata sem manifestação prévia da Anvisa, as
demonstrado em estudo de estabilidade, ele atualizações de informações nos rótulos a seguir
deve possuir a frase: "Apenas remover o relacionadas:
envoltório para o uso". I - à Lista de Denominação Comum Brasileira
Seção XX - Dos medicamentos com duas ou (DCB);
mais apresentações para uso concomitante ou II - ao Vocabulário Controlado;
seqüencial III - ao novo enquadramento dos medicamentos
Art. 70. As embalagens secundárias e primárias quanto à restrição de uso e prescrição que venha
dos medicamentos com duas ou mais a ser exigida em norma específica;
apresentações para uso concomitante ou IV - à incorporação de frases de alerta que
seqüencial devem conter as suas datas de venha a ser exigida em norma específica;
fabricação, validade e número de lote. V - aos Dizeres Legais, quanto ao Telefone do
§ 1° O numero do lote da apresentação final Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC),
deve ser correspondente ao da montagem do e ao nome do responsável técnico, número de
conjunto das apresentações para uso inscrição e sigla do Conselho Regional de
concomitante ou seqüencial. Farmácia;

337
VI - aos Dizeres Legais, quanto à razão social registrada que contemplará nova destinação,
das empresas internacionais; e deve ser peticionada a inclusão de rotulagem.
VII - aos Dizeres Legais, quanto à razão social Parágrafo único. O novo rótulo poderá diferir do
das empresas nacionais, após aprovação da rótulo aprovado anteriormente apenas no que se
Anvisa da alteração de razão social. refere às informações específicas exigidas para a
Art. 75. Após qualquer alteração de rotulagem, nova destinação.
relacionada à notificação de alteração de
rotulagem, as empresas terão um prazo máximo CAPÍTULO V
de 180 (cento e oitenta) dias para começarem a DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
fabricar medicamentos com os novos rótulos a TRANSITORIAS
partir da data da notificação, sendo este o tempo Art. 80. As empresas devem notificar a
previsto para esgotamento de estoque. adequação da rotulagem, atendendo ao disposto
Seção II - Das alterações de rotulagem nesta Resolução, e disponibilizar os novos
relacionadas ao pós-registro e renovação rótulos nas embalagens dos medicamentos
Art. 76. As alterações das informações dispostas fabricados ou importados para venda no
na rotulagem de correntes de uma mudança pós- mercado nacional em até 540 (quinhentos e
registro devem ser disponibilizadas quarenta) dias a partir da publicação desta
concomitantemente à implementação da Resolução.
mudança. § 1° Os novos rótulos deverão contemplar
Parágrafo único. Os novos modelos de informações em conformidade com as
rotulagem deverão ser submetidos por meio de aprovadas no registro, pós-registro ou
notificação de rotulagem via peticionamento renovação dos medicamentos.
eletrônico em até 30 dias da aprovação, § 2° Os novos rótulos deverão ser
contendo o modelo mais recente de rotulagem já disponibilizados no prazo previsto no caput
peticionado e a alteração das informações deste artigo independentemente de manifestação
aprovadas nesta petição.‖ (NR) (Redação dada prévia da Anvisa.§ 3° As notificações de
pela RDC 73/16) adequação das rotulagens serão verificadas
Art. 77. No caso de alterações qualitativas durante a análise de pós-registro e renovações
excipientes aprovadas pela Anvisa, em que a de registro, momento no qual poderão ser feitas
empresa desejar manter o nome comercial e a exigências caso a rotulagem não se enquadre no
mesma indicação terapêutica, os rótulos das estabelecido nesta Resolução.
embalagens secundárias e, na sua ausência, da Art. 81. Compete à autoridade sanitária
primária, devem conter a frase "Nova Fórmula" estadual, municipal e federal proceder, nas
próxima ao nome comercial ou, na sua ausência, inspeções rotineiras nas indústrias farmacêuticas
da denominação genérica, com tamanho mínimo ou importadoras de medicamentos, à verificação
de 30% da altura do seu maior caractere. dos rótulos dos medicamentos, conforme o
Parágrafo único. Esta frase é obrigatória por no disposto nesta Resolução e aprovado no
mínimo um ano depois de aprovada a alteração. registro, pós-registro e renovação dos
Seção III- Da inclusão de informações não medicamentos, respeitando-se o prazo de
previstas nos rótulos de medicamentos adequação.
Art. 78. Caso seja identificada a necessidade de Art. 82. O descumprimento das disposições
incluir alguma informação não prevista nesta contidas nesta Resolução e no regulamento por
Resolução nos rótulos de medicamentos, as ela aprovado constituem infração sanitária, nos
empresas deverão peticionar uma alteração de termos da Lei n° 6.437, de 20 de agosto de
rotulagem acompanhada de justificativa técnica. 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
§ 1° A inclusão de informações somente poderá administrativa e penal cabíveis.
ser implementada com a aprovação expressa da Art. 83. Ficam revogados os artigos 4° e 5° da
Anvisa, que será publicada em Diário Oficial da Portaria nº. 802, de 8 de outubro de 1998; a
União (DOU). Resolução - RDC n°. 9, de 2 de janeiro de 2001;
§ 2° As empresas terão um prazo máximo de e a Resolução - RDC nº. 333, de 19 de
180 (cento e oitenta) dias para começarem a novembro de 2003, com exceção do item 3 do
fabricar medicamentos com os novos rótulos a Anexo, referente à regulamentação de nomes
partir da aprovação da petição pela Anvisa, comerciais, e do item 17 do Anexo, cuja
sendo este o tempo previsto para esgotamento vigência foi restabelecida pela Resolução - RDC
de estoque. nº. 60 de 26 de novembro de 2009 durante o
Seção IV- Da inclusão de rótulo para período de transição de 90 dias.
apresentações com nova destinação Art. 84. Esta Resolução entra em vigor na data
Art. 79. Para incluir novo rótulo para de sua publicação.
apresentação de medicamento anteriormente DIRCEU RAPOSO DE MELLO.

338
Este texto não substitui o publicado no D.O.U Diretor-Presidente
em 23.12.2009

Observação: suspensão do prazo para adequação


às regras de rotulagem de medicamentos
estabelecidas pela RDC nº 71, de 22 de
dezembro de 2009 no artigo 80.

RDC Nº 26, DE 16/06/2011


(D.O.U de 17.06.2011)

Dispõe sobre a suspensão do prazo para


adequação às regras de rotulagem de
medicamentos estabelecidas pela RDC nº 71, de
22 de dezembro de 2009.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que
lhe confere o inciso IV do art. 11 do
Regulamento aprovado pelo Decreto Nº 3.029,
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54
do Regimento Interno aprovado nos termos do
Anexo I da Portaria Nº 354 da Anvisa, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de
agosto de 2006, em reunião realizada em
14/06/2011 e considerando a Lei Nº. 6.360, de
23 de setembro de 1976, e o Decreto Nº. 79.094,
de 5 de janeiro de 1977, que dispõe sobre o
sistema de vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos;
considerando a Lei Nº. 5.991, de 17 de
dezembro de 1973, e o Decreto Nº. 74.170, de
10 de junho de 1974 que dispõe sobre o controle
sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos;
considerando a Lei Nº. 6.437, de 20 de agosto
de 1977, que dispõe sobre as infrações à
legislação sanitária federal e estabelece as
respectivas penalidades;
considerando a Medida Provisória no. 2.190-34,
de 23 de agosto de 2001 que instituiu a isenção
do recolhimento de taxa para acréscimo ou
alteração de registro, referente aos rótulos de
medicamentos;
considerando o elevado número de
questionamentos oriundos de entidades
representativas dos diferentes segmentos
produtivos farmacêuticos, bem como as
sugestões de adequações resultantes da análise
do corpo técnico da Anvisa, adota a seguinte
Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-
Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1º Fica sobrestado o prazo para a
adequação das embalagens de medicamentos
disposto no Art. 80 da Resolução da Diretoria
Colegiada nº 71, de 22 de dezembro de 2009.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

339
RDC Nº 17 DE 16/04/2010 Art. 3º Os medicamentos registrados somente
(D.O.U de 19.04.2010) devem ser fabricados por empresas devidamente
licenciadas e autorizadas para esta atividade,
Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação que devem ser regularmente inspecionadas pelas
de Medicamentos. autoridades nacionais competentes.
Art. 4º Esta resolução não abrange todos os
A Diretoria Colegiada da Agência aspectos de segurança ocupacional ou proteção
Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da ambiental, os quais são regulamentados por
atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 legislação específica.
do regulamento aprovado pelo Decreto No- Parágrafo único. O fabricante deve garantir a
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o segurança dos trabalhadores e tomar as medidas
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. necessárias para a proteção do meio ambiente.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos
do Anexo I da Portaria Nº 354 da ANVISA, de CAPÍTULO III
11 de agosto de 2006, republicada no DOU de DEFINIÇÕES
21 de agosto de 2006, em reunião realizada em Art. 5° Para efeito desta resolução, são adotadas
12 de abril de 2010, as seguintes definições:
Adota a seguinte Resolução da Diretoria I - ação corretiva: ação adotada para eliminar a
Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, causa de uma não conformidade detectada ou
determino a sua publicação: outra situação indesejável;
II - ação preventiva: ação adotada para eliminar
TÍTULO I a causa de uma potencial não conformidade ou
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS outra potencial situação indesejável;
CAPÍTULO I III - ajuste: operação destinada a fazer com que
OBJETIVO um instrumento de medição tenha desempenho
Art. 1º Esta resolução possui o objetivo de compatível com o seu uso;
estabelecer os requisitos mínimos a serem IV - amostras de referência: amostras de
seguidos na fabricação de medicamentos para matérias-primas e de produtos terminados
padronizar a verificação do cumprimento das mantidas pelo fabricante, devidamente
Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos identificadas, por um período definido. A
(BPF) de uso humano durante as inspeções quantidade de amostra deve ter pelo menos o
sanitárias. dobro da quantidade necessária para efetuar
§ 1º Fica internalizada a Resolução GMC n° todas as análises previstas;
15/09 - "Boas Práticas de Fabricação de V - amostra representativa: quantidade de
Produtos Farmacêuticos e Mecanismo de amostra estatisticamente calculada,
Implementação no âmbito do MERCOSUL", representativa do universo amostrado, tomada
que estabeleceu a adoção do Relatório n° 37 da para fins de análise para liberação do lote de
OMS (WHO Technical Report Series 908), material ou produto;
publicado em 2003. VI - antecâmara: espaço fechado com duas ou
§ 2º Podem ser adotadas ações alternativas às mais portas, interposto entre duas ou mais áreas
descritas nesta resolução de forma a de classes de limpeza distintas, com o objetivo
acompanhar o avanço tecnológico ou atender a de controlar o fluxo de ar entre ambas, quando
necessidades específicas de determinado precisarem ser adentradas. A antecâmara é
medicamento, desde que essas sejam validadas projetada de forma a ser utilizada para pessoas,
pelo fabricante e que a qualidade do materiais ou equipamentos;
medicamento seja assegurada. VII - área: espaço físico delimitado, onde são
realizadas operações sobre condições
CAPÍTULO II ambientais específicas;
ABRANGÊNCIA VIII - área limpa: área com controle ambiental
Art. 2º Os estabelecimentos fabricantes de definido em termos de contaminação por
medicamentos devem cumprir as diretrizes desta partículas viáveis e não viáveis, projetada,
resolução em todas as operações envolvidas na construída e utilizada de forma a reduzir a
fabricação de medicamentos, incluindo os introdução, geração e retenção de contaminantes
medicamentos em desenvolvimento destinados em seu interior;
a ensaios clínicos. IX - área segregada: instalações que oferecem
Parágrafo único. As atividades relacionadas às separação completa e total de todos os aspectos
substâncias sujeitas ao controle especial, ou de uma operação, incluindo movimentação de
medicamentos que as contenham, deverão pessoal e equipamentos, com procedimentos,
obedecer ao disposto em legislação específica, controles e monitoramento bem estabelecidos.
além dos requisitos contidos nesta resolução. Pode incluir barreiras físicas bem como

340
sistemas de ar separados, mas não XIX - documentação de lote: todos os
necessariamente implica em prédios distintos; documentos associados à fabricação de um lote
X - calibração: conjunto de operações que de produto a granel ou produto terminado.
estabelece, sob condições especificadas, a Fornecem um histórico de cada lote de produto
relação entre os valores indicados por um e de todas as circunstâncias pertinentes à
instrumento ou sistema de medição ou valores qualidade do produto final;
representados por uma medida materializada ou XX - droga vegetal: planta medicinal, ou suas
um material de referência, e os valores partes, que contenham as substâncias, ou classes
correspondentes das grandezas estabelecidos de substâncias, responsáveis pela ação
por padrões; terapêutica, após processos de coleta,
XI - contaminação: a introdução não desejada estabilização e/ou secagem, podendo ser íntegra,
de impurezas de natureza química ou rasurada, triturada ou pulverizada;
microbiológica, ou de matéria estranha, em XXI - embalagem: todas as operações, incluindo
matéria-prima, produto intermediário e/ou o envase e a rotulagem, pelas quais o produto a
produto terminado durante as etapas de granel deve passar, a fim de tornar-se produto
amostragem, produção, embalagem ou terminado. Normalmente, o envase de produtos
reembalagem, armazenamento ou transporte; estéreis não é considerado parte do processo de
XII - contaminação cruzada: contaminação de embalagem, visto que esses em sua embalagem
determinada matéria-prima, produto primária são considerados produtos a granel;
intermediário, produto a granel ou produto XXII - especificação: documento que descreve
terminado por outra matéria-prima, produto em detalhes os requisitos que os materiais
intermediário, produto a granel ou produto utilizados durante a fabricação, produtos
terminado, durante o processo de produção; intermediários ou produtos terminados devem
XIII - controle em processo: verificações cumprir. As especificações servem como base
realizadas durante a produção de forma a para a avaliação da qualidade;
monitorar e, se necessário, ajustar o processo XXIII - fabricação: todas as operações
para garantir que o produto se mantenha envolvidas no preparo de determinado
conforme suas especificações. O controle do medicamento, incluindo a aquisição de
ambiente ou dos equipamentos também pode ser materiais, produção, controle de qualidade,
considerado como parte do controle em liberação, estocagem, expedição de produtos
processo; terminados e os controles relacionados;
XIV - critério de aceitação: critério que XXIV - fabricante: detentor da Autorização de
estabelece os limites de aceitação de Funcionamento para fabricação de
especificações de matérias-primas, produtos ou medicamentos, expedida pelo órgão competente
processos/ sistemas; do Ministério da Saúde, conforme previsto na
XV - data de validade: data estabelecida nas legislação sanitária vigente;
embalagens de medicamentos (usualmente em XXV - fórmula-mestra/fórmula-padrão:
rótulos) até a qual se espera que o produto documento ou grupo de documentos que
permaneça dentro das especificações, desde que especificam as matérias-primas e os materiais
armazenado corretamente. Essa data é de embalagem com as suas respectivas
estabelecida por lote, somando-se o prazo de quantidades, juntamente com a descrição dos
validade à data de fabricação; procedimentos e precauções necessárias para a
XVI - data de reteste: data estabelecida pelo produção de determinada quantidade de produto
fabricante do insumo, baseada em estudos de terminado. Além disso, fornece instruções sobre
estabilidade, após a qual o material deve ser o processamento, inclusive sobre os controles
reanalisado para garantir que ainda está em processo;
adequado para uso imediato, conforme testes XXVI - insumo farmacêutico ativo: qualquer
indicativos de estabilidade definidos pelo substância introduzida na formulação de uma
fabricante do insumo e mantidas as condições forma farmacêutica que, quando administrada
de armazenamento préestabelecidas. A data de em um paciente, atua como ingrediente ativo.
reteste somente é aplicável quando o prazo de Tais substâncias podem exercer atividade
validade não foi estabelecido pelo fabricante do farmacológica ou outro efeito direto no
insumo; diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de
XVII - derivado de droga vegetal: produtos de uma doença, podendo ainda afetar a estrutura e
extração da droga vegetal: extrato, tintura, óleo, funcionamento do organismo humano;
cera, exsudado e outros; XXVII - instalação: espaço físico delimitado
XVIII - desvio de qualidade: afastamento dos acrescido das máquinas, aparelhos,
parâmetros de qualidade estabelecidos para um equipamentos e sistemas auxiliares utilizados
produto ou processo: para executar os processos;

341
XXVIII - lote: quantidade definida de matéria- lote, certificados de análise correspondentes,
prima, material de embalagem ou produto entre outros;
processado em um ou mais processos, cuja XXXVIII - operação crítica: operação no
característica essencial é a homogeneidade. Às processo de fabricação que pode afetar a
vezes pode ser necessário dividir um lote em qualidade do medicamento;
sub-lotes, que serão depois agrupados para XXXIX - ordem de produção: documento ou
formar um lote final homogêneo. Em fabricação conjunto de documentos que servem como base
contínua, o lote deve corresponder a uma fração para a documentação do lote. Devem ser
definida da produção, caracterizada pela preenchidos com os dados obtidos durante a
homogeneidade; produção e que contemple as informações da
XXIX - marcador: composto ou classe de fórmula mestra/fórmula padrão;
compostos químicos (ex: alcalóides, XL - pessoa designada: profissional capacitado
flavonóides, ácidos graxos etc.) presentes na designado pela empresa para a execução de uma
matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo determinada atividade;
correlação com o efeito terapêutico, que é XLI - pior caso: uma ou mais condições que
utilizado como referência no controle de apresentem as maiores possibilidades de defeito
qualidade da matéria-prima vegetal e dos do produto ou do processo, quando comparadas
medicamentos fitoterápicos; com as condições ideais. Tais condições não
XXX - material de embalagem: qualquer necessariamente implicam em desvios no
material, incluindo material impresso, produto ou processo;
empregado na embalagem de um medicamento. XLII - Plano Mestre de Validação (PMV):
Exclui-se dessa definição outra embalagem documento geral que estabelece as estratégias e
utilizada para transporte ou expedição. Os diretrizes de validação adotadas pelo fabricante.
materiais de embalagem são classificados como Ele provê informação sobre o programa de
primários ou secundários, de acordo com o grau trabalho de validação, define detalhes,
de contato com o produto; responsabilidades e cronograma para o trabalho
XXXI - matéria-prima: qualquer substância, a ser realizado;
seja ela ativa ou inativa, com especificação XLIII - padrão de referência: são exemplares de
definida, utilizada na produção de fármacos, impurezas, produtos de degradação,
medicamentos. Exclui-se dessa definição os reagentes, dentre outros, altamente
materiais de embalagem; caracterizados e da mais elevada pureza, cujo
XXXII - matéria-prima vegetal: planta valor é aceito sem referência a outros padrões;
medicinal fresca, droga vegetal ou derivado de XLIV - padrão secundário (padrão de trabalho):
droga vegetal; padrão utilizado na rotina laboratorial, cujo
XXXIII - medicamento: produto farmacêutico, valor é estabelecido por comparação a um
tecnicamente obtido ou elaborado, com padrão de referência;
finalidade profilática, curativa, paliativa ou para XLV - Procedimento Operacional Padrão
fins de diagnóstico; (POP): procedimento escrito e autorizado que
XXXIV - medicamento fitoterápico: fornece instruções para a realização de
medicamento obtido empregando-se operações não necessariamente específicas a um
exclusivamente matérias-primas ativas vegetais. dado produto ou material, mas de natureza geral
É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e (por exemplo, operação, manutenção e limpeza
dos riscos de seu uso, assim como pela de equipamentos; validação; limpeza de
reprodutibilidade e constância de sua qualidade. instalações e controle ambiental; amostragem e
Sua eficácia e segurança são validadas por meio inspeção). Certos procedimentos podem ser
de levantamentos etnofarmacológicos, de usados para suplementar a documentação mestre
utilização, documentações tecnocientíficas ou de produção de lote de um produto específico;
evidências clínicas. Não se considera XLVI - produção: todas as operações
medicamento fitoterápico aquele que, na sua envolvidas no preparo de determinado
composição, inclua substâncias ativas isoladas, medicamento, desde o recebimento dos
de qualquer origem, nem as associações destas materiais do almoxarifado, passando pelo
com extratos vegetais; processamento e embalagem, até a obtenção do
XXXV - nomenclatura botânica: gênero e produto terminado;
espécie; XLVII - produto a granel: qualquer produto que
XXXVI - nomenclatura botânica oficial tenha passado por todas as etapas de produção,
completa: gênero, espécie, variedade, autor do sem incluir o processo de embalagem. Os
binômio e família; produtos estéreis em sua embalagem primária
XXXVII - número de lote: combinação definida são considerados produto a granel;
de números e/ ou letras que identifica de forma
única um lote em seus rótulos, documentação de

342
XLVIII - produto devolvido: produto terminado, produtos intermediários, a granel ou terminados.
expedido e comercializado, devolvido ao Esses devem ser mantidos isolados fisicamente
fabricante; ou por outros meios eficazes, enquanto
XLIX - produto intermediário: produto aguardam uma decisão sobre sua liberação,
parcialmente processado que deve ser rejeição ou reprocessamento;
submetido a etapas subseqüentes de fabricação LVIII - reanálise: análise realizada em matéria-
antes de se tornar um produto a granel; prima, previamente analisada e aprovada, para
L - produto terminado: produto que tenha confirmar a manutenção das especificações
passado por todas as etapas de produção, estabelecidas pelo fabricante, dentro do seu
incluindo rotulagem e embalagem final; prazo de validade;
LI - Protocolo (ou Plano) de Validação (PV): LIX - reconciliação: comparação entre a
documento que descreve as atividades a serem quantidade teórica e real nas diferentes etapas
realizadas na validação de um projeto de produção de um lote de produto;
específico, incluindo o cronograma, LX - recuperação: incorporação total ou parcial
responsabilidades e os critérios de aceitação de lotes anteriores de qualidade comprovada a
para a aprovação de um processo produtivo, outro lote, em uma etapa definida da produção;
procedimento de limpeza, método analítico, LXI - Relatório de Validação (RV): documento
sistema computadorizado ou parte destes para no qual os registros, resultados e avaliação de
uso na rotina; um programa de validação são consolidados e
LII - qualificação: conjunto de ações realizadas sumarizados. Pode também conter propostas de
para atestar e documentar que quaisquer melhorias;
instalações, sistemas e equipamentos estão LXII - remessa ou entrega: a quantidade de um
propriamente instalados e/ou funcionam determinado material fornecida em resposta a
corretamente e levam aos resultados esperados. uma ordem de compra. Uma única remessa
A qualificação é freqüentemente uma parte da pode incluir um ou mais volumes e materiais
validação, mas as etapas individuais de pertencentes a mais de um lote;
qualificação não constituem, sozinhas, uma LXIII - reprocesso: repetição de uma ou mais
validação de processo; etapas que já fazem parte do processo de
LIII - Qualificação de Desempenho (QD): fabricação estabelecido em um lote que não
verificação documentada que o equipamento ou atende às especificações;
sistema apresenta desempenho consistente e LXIV - responsável técnico: a pessoa
reprodutível, de acordo com parâmetros e reconhecida pela autoridade regulatória nacional
especificações definidas, por períodos como tendo a responsabilidade de garantir que
prolongados. Em determinados casos, o cada lote de produto terminado tenha sido
termo"validação de processo" também pode ser fabricado, testado e aprovado para liberação em
utilizado; consonância com as leis e normas em vigor no
LIV - Qualificação de Instalação (QI): conjunto país;
de operações realizadas para assegurar que as LXV - revalidação: repetição parcial ou total
instalações (tais como equipamentos, infra- das validações de processo, de limpeza ou de
estrutura, instrumentos de medição, utilidades e método analítico para assegurar que esses
áreas de fabricação) utilizadas nos processos continuam cumprindo com os requisitos
produtivos e ou em sistemas computadorizados estabelecidos;
estão selecionados apropriadamente e LXVI - sistemas computadorizados: ampla
corretamente instalados de acordo com as escala de sistemas incluindo, mas não limitados
especificações estabelecidas; a equipamento de fabricação automatizado,
LV - Qualificação de Operação (QO): conjunto equipamento de laboratório automatizado,
de operações que estabelece, sob condições controle de processo, processo analítico,
especificadas, que o sistema ou subsistema execução de fabricação, gerenciamento das
opera conforme previsto, em todas as faixas informações de laboratório, planejamento dos
operacionais consideradas. Todos os recursos de fabricação e sistemas de
equipamentos utilizados na execução dos testes gerenciamento de documentos e monitoramento.
devem ser identificados e calibrados antes de Um sistema computadorizado é formado por
serem usados; hardware, software e componentes de rede,
LVI - Qualificação de Projeto (QP): evidência somados às funções controladas e
documentada que as instalações, sistemas de documentação relacionada;
suporte, utilidades, equipamentos e processos LXVII - Solução Parenteral de Grande Volume
foram desenhados de acordo com os requisitos (SPGV): solução estéril e apirogênica, destinada
de BPF; à aplicação parenteral em dose única, cujo
LVII - quarentena: retenção temporária de volume é de 100mL ou superior. Estão incluídas
matérias-primas, materiais de embalagem,

343
nesta definição as soluções para irrigação e II - ações sistemáticas necessárias para
soluções para diálise peritoneal; assegurar com confiança adequada que um
LXVIII - validação: ato documentado que atesta produto (ou serviço) cumpre seus requisitos de
que qualquer procedimento, processo, qualidade. A totalidade dessas ações é chamada
equipamento, material, atividade ou sistema de "garantia da qualidade".
realmente e consistentemente leva aos Art. 8º Dentro de uma organização, a garantia
resultados esperados; da qualidade é utilizada como ferramenta de
LXIX - validação concorrente: validação gerenciamento. Em situações contratuais, a
realizada durante a rotina de produção de garantia da qualidade também serve para gerar
produtos destinados à venda; confiança em seus fornecedores.
LXX - validação de limpeza: evidência Art. 9º Os conceitos de garantia da qualidade,
documentada que demonstre que os BPF e controle de qualidade estão inter-
procedimentos de limpeza removem resíduos a relacionados e contemplados no gerenciamento
níveis pré-determinados de aceitação, levando da qualidade. Eles estão descritos nesta
em consideração fatores tais como tamanho do resolução de forma que sejam enfatizadas as
lote, dosagem, dados toxicológicos, solubilidade suas relações e sua importância para a
e área de contato do equipamento com o fabricação de medicamentos.
produto;
LXXI - validação de processo (VP): evidência CAPÍTULO I
documentada que atesta com um alto grau de GARANTIA DA QUALIDADE
segurança que um processo específico produzirá Art. 10. A "Garantia da qualidade" é um
um produto de forma consistente, que cumpra conceito muito amplo e deve cobrir todos os
com as especificações pré-definidas e aspectos que influenciam individual ou
características de qualidade; coletivamente a qualidade de um produto.
LXXII - validação de sistemas § 1º Abrange a totalidade das providências
computadorizados: evidência documentada que adotadas com o objetivo de garantir que os
atesta com um alto grau de segurança que uma medicamentos estejam dentro dos padrões de
análise de sistema computadorizado, controles e qualidade exigidos, para que possam ser
registros são realizados corretamente e que o utilizados para os fins propostos.
processamento dos dados cumpre com § 2º A Garantia da Qualidade incorpora as BPF
especificações pré-determinadas; e outros fatores, incluindo o projeto e o
LXXIII - validação prospectiva: validação desenvolvimento de um produto, que não estão
realizada durante o estágio de desenvolvimento contemplados no objetivo desta resolução.
do produto, com base em uma análise de risco Art. 11. O sistema de garantia da qualidade
do processo produtivo, o qual é detalhado em apropriado à fabricação de medicamentos deve
passos individuais; estes por sua vez, são assegurar que:
avaliados com base em experiências I - os medicamentos sejam planejados e
para determinar se podem ocasionar situações desenvolvidos de forma que sejam consideradas
críticas; e as exigências de BPF e outros requisitos, tais
LXXIV - validação retrospectiva: envolve a como os de boas práticas de laboratório (BPL) e
avaliação da experiência passada de produção, boas práticas clínicas (BPC);
sob a condição de que a composição, II - as operações de produção e controle sejam
procedimentos e equipamentos permanecem claramente especificadas em documento
inalterados. formalmente aprovado e as exigências de BPF
cumpridas;
TÍTULO II III - as responsabilidades de gestão sejam
GERENCIAMENTO DA QUALIDADE NA claramente especificadas nas descrições dos
INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS: cargos;
FILOSOFIA E ELEMENTOS ESSENCIAIS IV - sejam tomadas providências para a
Art. 6º O gerenciamento da qualidade determina fabricação, distribuição e uso correto de
a implementação da "Política da Qualidade", ou matérias-primas e materiais de embalagem;
seja, as intenções e diretrizes globais relativas à V - sejam realizados todos os controles
qualidade, formalmente expressa e autorizada necessários nas matérias- primas, produtos
pela administração superior da empresa. intermediários e produtos a granel, bem como
Art. 7º Os elementos básicos do gerenciamento outros controles em processo, calibrações e
da qualidade devem ser: validações;
I - infra-estrutura apropriada ou "sistema de VI - o produto terminado seja corretamente
qualidade", englobando instalações, processado e conferido em consonância com os
procedimentos, processos e recursos procedimentos definidos;
organizacionais; e

344
VII - os medicamentos não sejam apropriados para o uso pretendido e requerido
comercializados ou distribuídos antes que os pelo registro.
responsáveis tenham se certificado de que cada § 1º O cumprimento das BPF está orientado
lote de produção tenha sido produzido e primeiramente à diminuição dos riscos inerentes
controlado de acordo com os requisitos do a qualquer produção farmacêutica, os quais não
registro e quaisquer outras normas relevantes à podem ser detectados somente pela realização
produção, ao controle e à liberação de de ensaios nos produtos terminados.
medicamentos; § 2º Os riscos são constituídos essencialmente
VIII - sejam fornecidas instruções e tomadas as por contaminação- cruzada, contaminação por
providências necessárias para garantir que os partículas, troca ou mistura de produto.
medicamentos sejam armazenados pelo § 3º As BPF determinam que:
fabricante, distribuídos e subseqüentemente I - todos os processos de fabricação devam ser
manuseados, de forma que a qualidade seja claramente definidos e sistematicamente
mantida por todo o prazo de validade; revisados em função da experiência adquirida.
IX - haja um procedimento de auto-inspeção e/ Além disso, devem ser capazes de fabricar
ou auditoria interna de qualidade que avalie medicamentos dentro dos padrões de qualidade
regularmente a efetividade e aplicabilidade do exigidos, atendendo às respectivas
sistema de garantia da qualidade; especificações;
X - os desvios sejam relatados, investigados e II - sejam realizadas as qualificações e
registrados; validações necessárias;
XI - haja um sistema de controle de mudanças; e III - sejam fornecidos todos os recursos
XII - sejam conduzidas avaliações regulares da necessários, incluindo:
qualidade de medicamentos, com o objetivo de a)pessoal qualificado e devidamente treinado;
verificar a consistência do processo e assegurar b) instalações e espaço adequados e
sua melhoria contínua. identificados;
Art. 12. O fabricante é responsável pela c) equipamentos, sistemas computadorizados e
qualidade dos medicamentos por ele fabricados, serviços adequados;
assegurando que sejam adequados aos fins a que d) materiais, recipientes e rótulos apropriados;
se destinam, cumpram com os requisitos e) procedimentos e instruções aprovados e
estabelecidos em seu registro e não coloquem os vigentes;
pacientes em risco por apresentarem segurança, f) armazenamento e transporte adequados; e
qualidade ou eficácia inadequada. g) instalações, equipamentos e pessoal
§ 1º O cumprimento deste objetivo é qualificado para controle em processo.
responsabilidade da administração superior da IV - as instruções e os procedimentos devam ser
empresa e exige a participação e o compromisso escritos em linguagem clara, inequívoca e serem
dos funcionários em todos os níveis da aplicáveis de forma específica às instalações
organização, das empresas fornecedoras e dos utilizadas;
distribuidores. V - os funcionários devam ser treinados para
§ 2º Para que o objetivo seja atingido de desempenharem corretamente os
forma confiável, deve haver um sistema da procedimentos;
Garantia da Qualidade totalmente estruturado e VI - devam ser feitos registros (manualmente
corretamente implementado, que incorpore as e/ou por meio de instrumentos de registro)
BPF. durante a produção para demonstrar que todas
§ 3º O sistema da Garantia da Qualidade as etapas constantes nos procedimentos e
deve estar totalmente documentado e ter sua instruções foram seguidas e que a quantidade e
efetividade monitorada. a qualidade do produto obtido estejam em
§ 4º Todas as partes do sistema de conformidade com o esperado. Quaisquer
Garantia da Qualidade devem contar com desvios significativos devem ser registrados e
pessoal competente e habilitado, além de investigados;
possuir espaço, equipamentos e instalações VII - os registros referentes à fabricação e
suficientes e adequadas. distribuição, que possibilitam o rastreamento
completo de um lote, sejam arquivados de
CAPÍTULO II maneira organizada e de fácil acesso;
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO PARA VIII - o armazenamento seja adequado e a
MEDICAMENTOS (BPF) distribuição dos produtos minimize qualquer
Art. 13. Boas Práticas de Fabricação é a parte da risco à sua qualidade;
Garantia da Qualidade que assegura que os IX - esteja implantado um sistema capaz de
produtos são consistentemente produzidos e recolher qualquer lote, após sua comercialização
controlados, com padrões de qualidade ou distribuição; e

345
X - as reclamações sobre produtos equipamentos ou processos, que possa afetar a
comercializados devam ser examinadas, qualidade do produto, direta ou indiretamente,
registradas e as causas dos desvios da qualidade, deve ser qualificado e/ou validado.
investigadas e documentadas. Devem ser Art. 19. A qualificação e a validação não devem
tomadas medidas com relação aos produtos com ser consideradas exercícios únicos. Após a
desvio da qualidade e adotadas as providências aprovação do relatório de qualificação e/ou
no sentido de prevenir reincidências. validação deve haver um programa contínuo de
monitoramento, o qual deve ser embasado em
CAPÍTULO III uma revisão periódica.
SANITIZAÇÃO E HIGIENE Art. 20. O compromisso da manutenção da
Art. 14. A fabricação de medicamentos exige situação de qualificação/ validação deve estar
um alto nível de sanitização e higiene que descrito nos documentos relevantes da empresa,
devem ser observados em todas as suas etapas. como o manual da qualidade ou plano mestre de
§ 1º As atividades de sanitização e higiene validação.
devem abranger pessoal, instalações, Art. 21. A responsabilidade pela realização da
equipamentos e utensílios, materiais de validação deve ser claramente definida.
produção e recipientes, produtos para limpeza e Art. 22. Os estudos de validação são uma parte
desinfecção e qualquer outro aspecto que possa essencial das BPF e devem ser conduzidos de
constituir fonte de contaminação para o produto. acordo com protocolos pré-definidos e
§ 2º As fontes potenciais de contaminação aprovados.
devem ser eliminadas por meio de um amplo Art. 23. Relatórios de qualificação e validação
programa de sanitização e higiene. contendo resultados e conclusões devem ser
preparados e arquivados.
CAPÍTULO IV Art. 24. Os processos e procedimentos devem
QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO ser estabelecidos com base nos resultados da
Art. 15. Em consonância com as BPF, a validação realizada.
empresa deve identificar quais os trabalhos de Art. 25. Devem ser validados também os
qualificação e validação são necessários para procedimentos de limpeza, os métodos
comprovar que todos os aspectos críticos de analíticos e os sistemas computadorizados.
operação estejam sob controle.
Art. 16. Os elementos chave de um programa de CAPÍTULO V
qualificação e validação de uma empresa devem RECLAMAÇÕES
ser claramente definidos e documentados em Art. 26. Todas as reclamações e demais
um plano mestre de validação. informações referentes a produtos com possíveis
Art. 17. A qualificação e a validação devem desvios da qualidade devem ser cuidadosamente
estabelecer e fornecer evidências documentadas investigadas e registradas de acordo com
de que: procedimentos escritos.
I - as instalações, utilidades, sistemas Parágrafo único. Devem ser adotadas as ações
computadorizados, equipamentos e processos preventivas e corretivas, quando o desvio de
foram projetados em consonância com as qualidade for comprovado.
exigências de BPF (qualificação de projeto ou Art. 27. Deve ser designada pessoa responsável
QP); pelo recebimento das reclamações e pelas
II - as instalações, utilidades, sistemas medidas a serem adotadas.
computadorizados e equipamentos foram § 1º Essa pessoa deve dispor de pessoal de
construídos e instalados de acordo com as suas apoio suficiente para auxiliá-la em sua função.
especificações de projeto (qualificação de § 2º Se a pessoa designada não for o
instalação ou QI); responsável técnico, este deve estar ciente de
III - as instalações, utilidades, sistemas qualquer reclamação, investigação ou
computadorizados e equipamentos operam de recolhimento.
acordo com suas especificações planejadas Art. 28. Deve haver procedimentos escritos que
(qualificação de operação ou QO); e descrevam as ações a serem adotadas em caso
IV - um processo específico produzirá de reclamação relacionada a possíveis desvios
consistentemente um produto que atenda suas de qualidade de um produto, incluindo a
especificações e atributos de qualidade necessidade de realizar um possível
(validação de processo ou VP, também chamada recolhimento.
em alguns casos de qualificação de desempenho Art. 29. Deve ser dada atenção especial a
ou QD). reclamações decorrentes de possíveis
Art. 18. Qualquer aspecto da operação, falsificações ou cargas roubadas.
incluindo mudanças significativas nas Parágrafo único. Deve haver procedimentos
instalações, local, sistemas computadorizados, escritos que descrevam as ações a serem

346
adotadas, incluindo a comunicação às Parágrafo único. A empresa deve ser capaz de
autoridades sanitárias competentes. iniciar um recolhimento de forma imediata em
Art. 30. Qualquer reclamação referente a desvio toda a cadeia de distribuição.
da qualidade deve ser registrada, conter os Art. 38. Deve existir procedimento escrito que
detalhes originais fornecidos pelo reclamante e descreva a armazenagem de produtos recolhidos
ser completamente investigada. em uma área segura e separada, enquanto se
Parágrafo único. A pessoa designada pela decide sobre seu destino.
Garantia da Qualidade deve ser envolvida na Art. 39. Todas as autoridades sanitárias
investigação do desvio em questão. competentes dos países para os quais o produto
Art. 31. Se for detectado um desvio da tenha sido enviado, devem ser imediatamente
qualidade em algum lote do produto, ou se informadas sobre qualquer intenção de
houver suspeita de desvio em determinado lote, recolhimento de produto que apresente ou esteja
deve ser levada em consideração a possibilidade sob suspeita de desvio da qualidade.
de que outros lotes apresentem o mesmo Art. 40. Os registros de distribuição de lotes
problema e, portanto, esses devem ser devem estar prontamente disponíveis e devem
verificados. conter informações suficientes sobre
Parágrafo único. Se outros lotes contiverem distribuidores e clientes diretos, incluindo os
produto reincorporado do lote com desvio, esses produtos exportados, as amostras para ensaios
devem ser especialmente investigados. clínicos e as amostras médicas, de forma a
Art. 32. Todas as decisões e medidas tomadas permitir um recolhimento efetivo.
como resultado de determinada reclamação Art. 41. O progresso do processo de
devem ser registradas e referenciadas nos recolhimento deve ser monitorado e registrado.
registros do lote correspondente. § 1º Os registros devem incluir a disposição do
Art. 33. Os registros de reclamações devem ser produto.
regularmente revisados com a finalidade de § 2º Deve ser emitido um relatório final,
detectar quaisquer indícios de problemas incluindo uma reconciliação entre as
específicos ou recorrentes, que exijam maior quantidades distribuídas e recolhidas dos
atenção e possam justificar o recolhimento dos produtos, de acordo com a legislação sanitária
produtos comercializados. vigente.
Art. 34. As autoridades sanitárias competentes Art. 42. A efetividade das providências de
devem ser informadas pelo fabricante ou recolhimento deve ser testada e avaliada
detentor do registro quando for detectado periodicamente.
qualquer desvio significativo de qualidade no CAPÍTULO VII
processo de fabricação, deterioração de produto, CONTRATO DE PRODUÇÃO E/OU
roubo de carga ou quando estiver sendo ANÁLISE
investigado qualquer outro problema que tenha Art. 43. Os contratos de produção e/ou análise
impacto na qualidade do produto. devem ser claramente definidos, acordados e
controlados, de forma a evitar interpretações
CAPÍTULO VI errôneas que possam resultar em um produto,
RECOLHIMENTO DE PRODUTOS processo ou análise de qualidade insatisfatória.
Art. 35. Deve haver um sistema que retire
imediata e efetivamente do mercado os produtos Seção I
que apresentem desvios da qualidade ou que Geral
estejam sob suspeita, de acordo com legislação Art. 44. Todas as condições estabelecidas no
sanitária específica vigente. contrato de produção e/ou análise, incluindo
Art. 36. Deve ser designada uma pessoa quaisquer propostas de mudança em condições
responsável pelas medidas a serem adotadas e técnicas ou de outra natureza, devem estar de
pela coordenação do recolhimento do produto acordo com o registro do produto.
no mercado. Art. 45. O contrato deve permitir ao contratante
§ 1º Essa pessoa deve dispor de pessoal de auditar as instalações do contratado.
apoio suficiente para auxiliá-la em todos os Art. 46. No caso de contrato de análise, a
aspectos do recolhimento e com o grau de aprovação final para liberação do produto para
urgência necessário. comercialização deve ser realizada pela pessoa
§ 2º Normalmente, essa pessoa não deve designada da Garantia da Qualidade da empresa
pertencer ao departamento de vendas e, caso contratante.
não seja o responsável técnico, esse deve ser Art. 47. As diretrizes relativas à terceirização de
informado de qualquer ação efetuada. etapas de produção e de análises de controle de
Art. 37. Devem ser estabelecidos procedimentos qualidade contidas nesta resolução não excluem
para a organização de qualquer atividade de o cumprimento de determinações estabelecidas
recolhimento. em legislação específica vigente.

347
e verificado de acordo com as exigências do
Seção II registro.
Do Contratante Art. 56. Os aspectos técnicos do contrato devem
Art. 48. O contratante é responsável por avaliar ser estabelecidos por pessoas competentes, com
a competência do contratado em realizar conhecimento adequado em tecnologia
corretamente os processos ou testes contratados, farmacêutica, controle de qualidade e BPF.
pela aprovação das atividades do contrato, bem Art. 57. Todos os procedimentos de produção e
como por assegurar em contrato que os controle de qualidade devem estar de acordo
princípios de BPF descritos nesta resolução com o registro do produto envolvido e devem
sejam seguidos. ser acordados por ambas as partes.
Art. 49. O contratante deve fornecer ao Art. 58. O contrato deve descrever claramente
contratado todas as informações necessárias as responsabilidades pela aquisição, ensaios de
para a realização das operações contratadas de controle e liberação dos materiais, pela
forma correta, de acordo com o registro do produção e pela realização dos controles de
produto e quaisquer outras exigências legais. qualidade, incluindo os controles em processo,
Parágrafo único. O contratante deve assegurar assim como a responsabilidade pela
que o contratado seja informado de quaisquer amostragem.
problemas associados ao produto, processo ou Art. 59. Os registros de produção, de análise e
ensaios que possam colocar em risco as de distribuição, bem como as amostras de
instalações, os equipamentos, o pessoal, os referência, devem ser mantidos pelo contratante
materiais ou outros produtos. ou estarem disponíveis.
Art. 50. O contratante deve assegurar que todos Parágrafo único. Quaisquer registros relevantes
os produtos processados e materiais entregues para avaliação da qualidade de um produto
pelo contratado cumpram com suas objeto de reclamações ou de suspeita de desvios
especificações e que esses sejam liberados pela devem estar acessíveis e especificados nos
pessoa designada da Garantia da Qualidade. procedimentos sobre desvios/recolhimento do
contratante.
Seção III Art. 60. O contrato deve descrever o
Do Contratado gerenciamento de matérias- primas, produtos
Art. 51. O contratado deve possuir instalações, intermediários, a granel e terminados, caso
equipamentos e conhecimentos adequados, além sejam reprovados.
de experiência e pessoal qualificado, para Parágrafo único. O contrato deve descrever
desempenhar satisfatoriamente o serviço também o procedimento a ser seguido caso a
solicitado pelo contratante. análise contratada demonstre que o produto
§ 1º A contratação de fabricação somente pode testado deva ser reprovado.
ser efetuada por fabricantes que detenham
Autorização de Funcionamento e Licença CAPÍTULO VIII
Sanitária para a atividade de fabricar. AUTO-INSPEÇÃO E AUDITORIAS DE
§ 2º As partes devem cumprir as regras QUALIDADE
instituídas em legislação específica. Art. 61. A auto-inspeção deve avaliar o
Art. 52. É vedado ao contratado terceirizar cumprimento das BPF por parte do fabricante
qualquer parte do trabalho confiado a ele no em todos os seus aspectos.
contrato. § 1º O programa de auto-inspeção deve ser
Art. 53. O contratado deve abster-se de qualquer planejado para detectar qualquer desvio na
atividade que possa afetar de forma negativa a implementação das BPF e para recomendar as
qualidade do produto fabricado e/ ou analisado ações corretivas necessárias.
para o contratante. § 2º As auto-inspeções devem ser realizadas de
forma rotineira e, além disso, podem ser
Seção IV realizadas em ocasiões especiais, como por
Do Contrato exemplo, no caso de recolhimentos, rejeições
Art. 54. Deve haver um contrato escrito entre o repetidas de produtos ou antes de uma inspeção
contratante e o contratado que estabeleça a ser realizada por uma autoridade sanitária.
claramente as responsabilidades de cada parte. § 3º O pessoal responsável pela auto-inspeção
Art. 55. O contrato deve estabelecer claramente deve ser capaz de avaliar a implementação das
como a pessoa designada da Garantia da BPF de forma objetiva.
Qualidade, ao liberar cada lote do produto para § 4º Todas as recomendações de ações
venda ou emitir o certificado de análise, exerce corretivas devem ser implementadas.
sua plena responsabilidade e assegura que cada § 5º O procedimento de auto-inspeção deve ser
lote tenha sido fabricado documentado e deve haver um programa eficaz
de acompanhamento.

348
III - ações corretivas recomendadas.
Seção I
Itens para Auto-Inspeção Seção V
Ações de Acompanhamento
Art. 62. Deve ser estabelecido procedimento Art. 66. Deve haver um programa eficaz de
escrito para a auto-inspeção. acompanhamento das atividades de auto-
Parágrafo único. O procedimento pode incluir inspeção pela Garantia da Qualidade.
questionários sobre requisitos de BPF Parágrafo único. A administração da
abrangendo pelo menos os seguintes aspectos: empresa deve avaliar tanto os relatórios de auto-
I - pessoal; inspeção como as ações corretivas
II - instalações, incluindo vestiários; recomendadas, se necessárias.
III - manutenção de prédios e equipamentos;
IV - armazenamento de matérias-primas, Seção VI
materiais de embalagem, produtos Auditoria da Qualidade
intermediários e produtos terminados; Art. 67. A complementação da auto-inspeção
V - equipamentos; com auditorias da qualidade pode ser necessária.
VI - produção e controles em processo; § 1º A auditoria da qualidade consiste no exame
VII - controle de qualidade; e na avaliação de todo ou parte de determinado
VIII - documentação; sistema da qualidade, com o objetivo específico
IX - sanitização e higiene; de aperfeiçoá-lo.
X - programas de validação e revalidação; § 2º Em geral, é realizada por especialistas
XI - calibração de instrumentos ou sistemas de externos, independentes, ou por equipe
medição; designada pela gerência para tal finalidade.
XII - procedimentos de recolhimento; § 3º As auditorias podem ser estendidas aos
XIII - gerenciamento de reclamações; fornecedores e aos contratados.
XIV - controle de rótulos; Seção VII
XV - resultados de auto-inspeções anteriores e Auditorias e Qualificação dos Fornecedores
quaisquer medidas corretivas tomadas; Art. 68. A pessoa designada pela Garantia da
XVI - sistemas computadorizados relevantes às Qualidade deve ter responsabilidade conjunta
Boas Práticas de Fabricação; com outros departamentos relevantes para
XVII - transporte de medicamentos e aprovar fornecedores confiáveis de matérias-
intermediários; e primas e de materiais de embalagem que
XVIII - gerenciamento de resíduos. cumpram as especificações estabelecidas.
Art. 69. Antes dos fornecedores serem incluídos
Seção II na lista de fornecedores qualificados, esses
Equipe de Auto-Inspeção devem ser avaliados seguindo procedimento ou
Art. 63. A Garantia da Qualidade deve nomear programa previamente definido.
uma equipe para conduzir a auto-inspeção, § 1º A avaliação deve incluir o atendimento aos
formada por profissionais qualificados, requisitos legais, bem como considerar o
especialistas em suas próprias áreas de atuação e histórico do fornecedor e a natureza dos
familiarizados com as BPF. materiais a serem fornecidos.
Parágrafo único. Os membros da equipe podem § 2º Quando necessária a realização de
ser profissionais da própria empresa ou auditorias, essas devem comprovar a capacidade
especialistas externos. do fornecedor em atender aos padrões das BPF.

Seção III
Freqüência da Auto-Inspeção CAPÍTULO IX
Art. 64. A freqüência com que as auto-inspeções PESSOAL
são conduzidas deve estar estabelecida em Art. 70. O estabelecimento e a manutenção de
procedimento. um sistema de Garantia da Qualidade e a
Parágrafo único. A freqüência pode depender fabricação de medicamentos dependem das
das características da empresa, devendo ser pessoas que os realizam.
preferencialmente anual. § 1º Deve haver pessoal qualificado em
quantidade suficiente para desempenhar todas as
Seção IV atividades pelas quais o fabricante é
Relatório de Auto-Inspeção responsável.
Art. 65. Deve ser elaborado um relatório após o § 2º Todas as responsabilidades individuais
término de uma auto-inspeção, que deve incluir: devem estar estabelecidas em documentos
I - resultados da auto-inspeção; formalmente aprovados e devem ser claramente
II - avaliação e conclusões; e compreendidas por todos os envolvidos.

349
II - microbiologia;
Seção I III - tecnologia e ciências farmacêuticas;
Geral IV - farmacologia e toxicologia;
V - fisiologia; e
Art. 71. O fabricante deve possuir um número VI - outras ciências afins.
adequado de funcionários com as qualificações Art. 77. Os responsáveis pela Produção,
necessárias e experiência prática. Controle e Garantia da Qualidade devem
Parágrafo único. As responsabilidades exercer em conjunto, determinadas atividades
atribuídas a qualquer funcionário não devem ser relativas à qualidade, tais como:
tão extensas a ponto de apresentar riscos à I - autorização dos procedimentos e
qualidade do produto. documentos, inclusive suas atualizações;
Art. 72. A empresa deve possuir um II - monitoramento e controle do ambiente de
organograma. fabricação;
§ 1º Todos os funcionários em cargos de III - estabelecimento e monitoramento das
responsabilidade devem ter suas atribuições condições de higiene;
específicas escritas e autoridade suficiente para IV - validação de processo e calibração de
desempenhá-las. instrumentos analíticos;
§ 2º Suas atribuições podem ser delegadas a V - treinamento, incluindo a aplicação dos
substitutos designados, que possuam o nível de princípios de garantia da qualidade;
qualificação satisfatório. VI - aprovação e monitoramento de
§ 3º Não deve haver faltas ou sobreposições não fornecedores de materiais;
justificáveis nas responsabilidades do pessoal no VII - aprovação e monitoramento dos
que se refere à aplicação das BPF. fabricantes contratados;
Art. 73. Todo o pessoal deve conhecer os VIII - especificações e monitoramento das
princípios das BPF e receber treinamento inicial condições de armazenamento de materiais e
e contínuo, incluindo instruções de higiene, de produtos;
acordo com as necessidades. IX - controles em processo;
Parágrafo único. Todo o pessoal deve ser X - arquivo de documentos/ registros;
motivado a apoiar a empresa na manutenção dos XI - monitoramento do cumprimento das BPF; e
padrões de qualidade. XII - inspeção, investigação e amostragem, de
Art. 74. Devem ser tomadas medidas para evitar modo a monitorar fatores que possam afetar a
que pessoas não autorizadas entrem nas áreas de qualidade do produto.
produção, armazenamento e controle de Art. 78. O responsável pela produção detém as
qualidade. seguintes responsabilidades:
Parágrafo único. O pessoal que não trabalha I - assegurar que os produtos sejam produzidos
nessas áreas não deve usá-las como passagem e armazenados de acordo com procedimentos
para outras áreas. apropriados, com o objetivo de alcançar a
qualidade exigida;
Seção II II - aprovar as instruções relativas às operações
Pessoal Chave de produção, inclusive os controles em
Art. 75. O pessoal chave inclui os responsáveis processo, e assegurar a estrita implementação
por produção, garantia da qualidade, controle de das mesmas;
qualidade e o responsável técnico. III - assegurar que os registros de produção
§ 1º Os cargos chave devem ser ocupados por sejam avaliados e assinados por uma pessoa
pessoas que trabalham em tempo integral. designada;
§ 2º Os responsáveis pela produção e controle IV - verificar a manutenção das instalações e
de qualidade devem ser independentes entre si. dos equipamentos;
§ 3º Em algumas empresas pode ser necessário V - assegurar que as validações dos processos,
delegar algumas das funções; no entanto, a as calibraçõese controle dos equipamentos
responsabilidade não pode ser delegada. sejam executados e registrados e que
Art. 76. O pessoal chave responsável pela osrelatórios estejam disponíveis; e
produção, garantia da qualidade e controle de VI - assegurar que seja realizado treinamento
qualidade de medicamentos deve possuir inicial e contínuo adequados às necessidades do
experiência prática e a qualificação exigida pela pessoal da área de produção.
legislação. Art. 79. O responsável pelo Controle de
Parágrafo único. Seu nível de instrução deve Qualidade detém as seguintes
incluir os estudos de uma combinação dos responsabilidades:
seguintes campos de conhecimento: I - aprovar ou rejeitar as matérias-primas, os
I - química (analítica ou orgânica) ou materiais de embalagem e os produtos
bioquímica;

350
intermediários, a granel e terminados em relação IV - todas as verificações e testes necessários
à sua especificação; foram realizados, consideradas as condições e
II - avaliar os registros analíticos dos lotes; registros de fabricação;
III - assegurar que sejam realizados todos os V - quaisquer mudanças planejadas, desvios na
ensaios necessários; fabricação ou no controle de qualidade foram
IV - participar da elaboração das instruções para notificados e investigados antes da liberação.
amostragem, as especificações, os métodos de Tais mudanças podem precisar de notificação e
ensaio e os procedimentos de controle de aprovação da autoridade regulatória.
qualidade; VI - quaisquer medidas adicionais de
V - aprovar e monitorar as análises realizadas, amostragem, inspeção, testes e verificações
sob contrato; foram realizadas ou iniciadas, para atender às
VI - verificar a manutenção das instalações e mudanças planejadas ou aos desvios
dos equipamentos do controle de qualidade; encontrados;
VII - assegurar que sejam feitas as validações VII - toda documentação necessária de
necessárias, inclusive a validação dos métodos produção e controle de qualidade foi concluída e
analíticos e calibração dos equipamentos de aprovada pelos respectivos responsáveis;
controle; e VIII - auditorias, auto-inspeções e verificações
VIII - assegurar que sejam realizados pontuais apropriadas foram realizadas por
treinamentos iniciais e contínuos do pessoal da equipes experientes e treinadas;
área de Controle de Qualidade, de acordo com IX - que o controle de qualidade atestou o
as necessidades do setor. cumprimento integral das especificações; e
Art. 80. O responsável pela Garantia da X - todos os fatores relevantes foram
Qualidade detém as seguintes considerados, incluindo quaisquer outros não
responsabilidades: especificamente associados ao lote de produção
I - revisar a documentação dos lotes produzidos; sob revisão.
II - aprovar ou rejeitar os produtos terminados Art. 83. Se determinado lote não atender às
para comercialização; especificações ou apresentar qualquer
III - aprovar em caráter final todos os divergência, esse deve ser investigado.
documentos relacionados às Boas Práticas de § 1º Se necessário, a investigação deve ser
Fabricação; estendida aos demais lotes do mesmo produto
IV - assegurar o correto cumprimento das ou de outros produtos que possam ter
atividades de validação; vinculação com o desvio detectado.
V - coordenar as atividades relacionadas à § 2º Deve haver registro da investigação, que
investigação de desvios e adoção de medidas deve conter a conclusão e as ações de
preventivas e corretivas; acompanhamento necessárias.
VI - investigar apropriadamente as reclamações Art. 84. O Responsável Técnico deve assegurar
recebidas; o cumprimento das exigências técnicas e
VII - coordenar o sistema de controle de regulatórias relativas à qualidade dos produtos
mudanças; terminados.
VIII - coordenar e participar do programa de Art. 85. O Responsável Técnico deve ainda
auto-inspeções e auditorias; assegurar a realização de outras atividades,
IX - assegurar a execução de um programa incluindo as seguintes:
contínuo de treinamento; e I - implementação e estabelecimento do sistema
X - coordenar as ações de recolhimento. da qualidade;
Art. 81. A liberação de um lote ou produto II - desenvolvimento do manual de qualidade da
terminado pode ser delegada a uma pessoa com empresa;
qualificação e experiência apropriadas, a qual III - auto-inspeções;
irá liberar o produto de acordo com os IV - auditorias externas (auditorias de
procedimentos aprovados, por meio da revisão fornecedores); e
da documentação do lote. V - programas de validação.
Art. 82. A pessoa designada para aprovação e
liberação de um lote deve sempre assegurar que CAPÍTULO X
os seguintes requisitos foram cumpridos: TREINAMENTO
I - o lote foi fabricado de acordo com o registro Art. 86. O fabricante deve treinar as pessoas
do produto; envolvidas com as atividades de garantia da
II - os princípios e diretrizes de Boas Práticas de qualidade, produção, controle de qualidade, bem
Fabricação foram seguidos; como todo pessoal cujas atividades possam
III - os processos de fabricação e controle foram interferir na qualidade do produto, mediante um
validados; programa escrito e definido.

351
Art. 87. O pessoal recém contratado deve terminados até que sua condição de saúde não
receber treinamento específico à sua posição de represente risco ao produto.
trabalho, além de treinamento básico sobre a Art. 95. Todos os funcionários devem ser
teoria e prática de BPF. instruídos e incentivados a relatar a seu
§ 1º Também deve ser dado treinamento supervisor imediato quaisquer condições
contínuo e a sua efetividade prática deve ser relativas à produção, ao equipamento ou ao
avaliada periodicamente. pessoal, que considerem que possam interferir
§ 2º Devem estar disponíveis os programas adversamente nos produtos.
aprovados de treinamento e devem ser mantidos Art. 96. Deve ser evitado o contato direto entre
os registros de treinamento. as mãos do operador e as matérias-primas,
Art. 88. O pessoal que trabalha em áreas limpas, materiais de embalagem primária, produtos
em áreas onde há risco de contaminação e ainda intermediários ou a granel.
áreas de manipulação de materiais altamente Art. 97. Os funcionários devem usar
ativos, tóxicos, infecciosos ou sensibilizantes, vestimentas limpas e apropriadas a cada área de
deve receber treinamento específico. produção para que seja assegurada a proteção do
Art. 89. O conceito de garantia da qualidade e produto contra contaminação.
todas as medidas que auxiliam seu Parágrafo único. Os uniformes, caso sejam
entendimento e implementação devem ser reutilizáveis, devem ser guardados em
totalmente discutidos durante as sessões de ambientes fechados até que sejam lavados e
treinamento. quando for o caso, desinfetados ou esterilizados.
Art. 90. Visitantes ou pessoal não treinado Art. 98. Os uniformes devem ser fornecidos
preferencialmente não devem adentrar as áreas pelo fabricante conforme procedimentos
de produção e controle de qualidade. escritos.
Parágrafo único. Caso a entrada seja inevitável, Parágrafo único. A lavagem dos uniformes é de
os visitantes ou pessoal não treinado devem responsabilidade da empresa.
receber informações relevantes previamente, em Art. 99. Para que seja assegurada a proteção dos
particular sobre higiene pessoal, bem como funcionários, o fabricante deve disponibilizar
sobre a utilização de vestimenta de proteção Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e
apropriada, devendo ser acompanhados por Equipamento de Proteção Individual (EPI) de
profissional designado. acordo com as atividades desenvolvidas.
Art. 91. As equipes de consultores e de Art. 100. É proibido fumar, comer, beber,
contratados devem ser qualificadas para os mascar ou manter plantas, alimentos, bebidas,
serviços de treinamento que prestam. Devem ser fumo e medicamentos pessoais no laboratório
incluídas evidências da qualificação nos de controle de qualidade, nas áreas de produção
registros de treinamento. e armazenamento, ou em quaisquer outras áreas
em que tais ações possam influir adversamente
CAPÍTULO XI na qualidade do produto.
HIGIENE PESSOAL Art. 101. Procedimentos de higiene pessoal,
Art. 92. Todo o pessoal deve ser submetido a incluindo o uso das vestimentas apropriadas,
exames periódicos de saúde, incluindo os de devem ser aplicados a todos que entrarem nas
admissão e de demissão. áreas de produção.
Parágrafo único. Os funcionários que conduzem
inspeções visuais também devem ser CAPÍTULO XII
submetidos a exames de acuidade visual INSTALAÇÕES
periodicamente. Art. 102. As instalações devem ser localizadas,
Art. 93. Todo o pessoal deve ser treinado nas planejadas, construídas, adaptadas e mantidas de
práticas de higiene pessoal. forma que sejam adequadas às operações a
§ 1º Todas as pessoas envolvidas nos processos serem realizadas.
de fabricação devem cumprir com as normas de
higiene e, particularmente, devem ser instruídas Seção I
a lavarem suas mãos adequadamente antes de Geral
entrarem nas áreas de produção. Art. 103. O projeto deve minimizar o risco de
§ 2º Devem ser afixados e observados sinais erros e possibilitar a limpeza e manutenção, de
instrutivos para a lavagem de mãos. modo a evitar a contaminação cruzada, o
Art. 94. As pessoas com suspeita ou acúmulo de poeira e sujeira ou qualquer efeito
confirmação de enfermidade ou lesão exposta adverso que possa afetar a qualidade dos
que possa afetar de forma adversa a qualidade produtos.
dos produtos não devem manusear matérias- Art. 104. Devem ser tomadas medidas para
primas, materiais de embalagem, produtos evitar a contaminação cruzada e facilitar a
intermediários e a granel ou produtos limpeza quando houver dispersão de pós, como

352
durante as operações de amostragem, pesagem, Art. 115. O biotério deve ser isolado das demais
mistura, processamento e embalagem de pós. áreas, possuir entrada separada e sistema de
Art. 105. As instalações devem estar situadas ventilação exclusivo.
em um local que, quando considerado
juntamente com as medidas para proteger o Seção III
processo de fabricação, apresente risco mínimo Áreas de Armazenamento
de causar qualquer contaminação de materiais Art. 116. As áreas de armazenamento devem ter
ou produtos. capacidade suficiente para possibilitar o estoque
Art. 106. As instalações utilizadas na fabricação ordenado de materiais e produtos: matérias-
de medicamentos devem ser projetadas e primas, materiais de embalagem, produtos
construídas de forma a possibilitar a limpeza intermediários, a granel e terminados, em sua
adequada. condição de quarentena, aprovado, reprovado,
Art. 107. As instalações devem ser mantidas em devolvido ou recolhido, com a separação
bom estado de conservação, higiene e limpeza. apropriada.
Parágrafo único. Deve ser assegurado que as Art. 117. As áreas de armazenamento devem ser
operações de manutenção e reparo não projetadas ou adaptadas para assegurar as
representem qualquer risco à qualidade dos condições ideais de estocagem; devem ser
produtos. limpas, secas, organizadas e mantidas dentro de
Art. 108. As instalações devem ser limpas e, limites de temperatura compatíveis com os
quando aplicável, desinfetadas de acordo com materiais armazenados.
procedimentos escritos detalhados. Parágrafo único. Nos casos em que forem
Parágrafo único. Devem ser mantidos registros necessárias condições especiais de
das limpezas. armazenamento, tais como temperatura e
Art. 109. O fornecimento de energia elétrica, a umidade, essas devem ser providenciadas,
iluminação, a temperatura, a umidade e a controladas, monitoradas e registradas.
ventilação das instalações devem ser Art. 118. As áreas de recebimento e expedição
apropriados, de modo a não afetar direta ou devem ser separadas e devem proteger os
indiretamente a qualidade dos medicamentos materiais e produtos das variações climáticas.
durante os processos de fabricação ou o § 1º Na impossibilidade de separação,
funcionamento adequado dos equipamentos. procedimentos apropriados devem ser adotados
Art. 110. As instalações devem ser planejadas e para evitar misturas.
equipadas de forma a oferecer a máxima § 2º As áreas de recebimento devem ser
proteção contra a entrada de insetos, pássaros ou projetadas e equipadas para permitir que os
outros animais. recipientes sejam limpos, se necessário, antes do
Parágrafo único. Deve haver um procedimento armazenamento.
para controle de pragas e roedores. Art. 119. Os produtos em quarentena devem
Art. 111. As instalações devem ser planejadas estar em área restrita e separada na área de
para garantir o fluxo lógico de materiais e armazenamento.
pessoal. § 1º A área deve ser claramente demarcada e o
acesso à mesma somente pode ser efetuado por
Seção II pessoas autorizadas.
Áreas Auxiliares § 2º Qualquer outro sistema que substitua a
quarentena física deve oferecer níveis de
Art. 112. As salas de descanso e refeitórios segurança equivalentes.
devem ser separados das áreas de fabricação e Art. 120. O armazenamento de materiais ou
controle. produtos devolvidos, reprovados ou recolhidos
Art. 113. As instalações dos vestiários e deve ser efetuado em área identificada e isolada
sanitários devem ser facilmente acessíveis e fisicamente.
apropriadas para o número de usuários. Art. 121. Materiais altamente ativos e
Parágrafo único. Os sanitários não devem ter radioativos, narcóticos, outros medicamentos
comunicação direta com as áreas de produção perigosos e substâncias que apresentam riscos
ou armazenamento. especiais de abuso, incêndio ou explosão devem
Art. 114. As áreas de manutenção devem estar ser armazenados em áreas seguras e protegidas,
situadas em locais separados das áreas de identificadas e quando apropriado devidamente
produção. segregadas, de acordo com legislação específica
Parágrafo único. Se as ferramentas e peças de vigente.
reposição forem mantidas nas áreas de Art. 122. Deve ser dada atenção especial à
produção, essas devem estar em salas ou amostragem e ao armazenamento seguro dos
armários reservados para este fim. materiais de embalagem impressos, por serem

353
considerados críticos à qualidade dos errônea de qualquer etapa de fabricação ou
medicamentos quanto a sua rotulagem. controle.
Art. 123. Deve haver uma área específica para Art. 129. Nas áreas onde as matérias-primas, os
amostragem de matérias-primas. materiais de embalagem primários, os produtos
Parágrafo único. A amostragem deve ser intermediários ou a granel estiverem expostos
conduzida de forma a evitar contaminação ou ao ambiente, as superfícies interiores (paredes,
contaminação cruzada. piso e teto) devem ser revestidas de material
liso, impermeável, lavável e resistente, livres de
Seção IV juntas e rachaduras, de fácil limpeza, que
Área de Pesagem permita a desinfecção e não libere partículas.
Art. 124. As áreas destinadas à pesagem das Art. 130. As tubulações, luminárias, pontos de
matérias-primas podem estar localizadas no ventilação e outras instalações devem ser
almoxarifado ou na área de produção, devendo projetadas e instaladas de modo a facilitar a
ser específicas e projetadas para esse fim, limpeza.
possuindo sistema de exaustão independente e Parágrafo único. Sempre que possível, o acesso
adequado que evite a ocorrência de para manutenção deve estar localizado
contaminação cruzada. externamente às áreas de prodção.
Art. 131. Os ralos devem ser de tamanho
Seção V adequado, instalados de forma a evitar os
Áreas de Produção refluxos de líquidos ou gases e mantidos
Art. 125. Devem ser utilizadas instalações fechados quando não estiverem em uso.
segregadas e dedicadas para a produção de Parágrafo único. Deve ser evitada a instalação
determinados medicamentos, tais como certas de canaletas abertas; se necessárias, essas
preparações biológicas (ex. microorganismos devem ser rasas para facilitar a limpeza e a
vivos) e os materiais altamente sensibilizantes desinfecção.
(ex. penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos Art. 132. As áreas de produção devem possuir
e demais derivados beta-lactâmicos), de forma a sistema de tratamento de ar adequado aos
minimizar o risco de danos graves à saúde produtos manipulados, às operações realizadas e
devido à contaminação cruzada. ao ambiente externo.
§ 1º Em alguns casos, tais como materiais § 1º O sistema de tratamento deve incluir
altamente sensibilizantes, a segregação deve filtração de ar adequada para evitar
também ocorrer entre eles. contaminação e contaminação cruzada, controle
§ 2º A produção de certos produtos altamente de temperatura e, quando necessário, de
ativos como alguns antibióticos, certos umidade e de diferenciais de pressão.
hormônios, substâncias citotóxicas deve ser § 2º As áreas de produção devem ser
realizada em áreas segregadas. regularmente monitoradas a fim de assegurar o
§ 3º Em casos excepcionais, como sinistros cumprimento das especificações.
(incêndio, inundação etc.) ou situações de Art. 133. As instalações para a embalagem de
emergência (guerra etc.) o princípio do trabalho medicamentos devem ser especificamente
em campanha nas mesmas instalações pode ser planejadas e construídas de forma a evitar
aceito, desde que sejam tomadas precauções misturas ou contaminação cruzada.
específicas e sejam feitas as validações Art. 134. As áreas de produção devem ser bem
necessárias (incluindo validação de limpeza). iluminadas, particularmente onde se realizam
Art. 126. Quando forem produzidos controles visuais.
medicamentos altamente ativos ou altamente
sensibilizantes devem ser utilizados sistemas Seção VI
adequados de tratamento do ar na exaustão. Áreas de Controle de Qualidade
Art. 127. As instalações físicas devem estar Art. 135. Os laboratórios de controle de
dispostas, segundo o fluxo operacional qualidade devem ser separados das áreas de
contínuo, de forma a permitir que a produção produção.
corresponda à seqüência das operações de Parágrafo único. As áreas em que são
produção e aos níveis exigidos de limpeza. empregados ensaios biológicos, microbiológicos
Art. 128. As áreas de produção, incluindo as de ou de radioisótopos devem ser separadas umas
armazenamento de materiais em processo, das outras.
devem permitir o posicionamento lógico e Art. 136. Os laboratórios de controle de
ordenado dos equipamentos e dos materiais, de qualidade devem ser adequados às operações
forma a minimizar o risco de mistura entre que se destinam.
diferentes medicamentos ou seus componentes, § 1º Deve existir espaço suficiente para evitar
evitar a ocorrência de contaminação cruzada e misturas e contaminação cruzada.
diminuir o risco de omissão ou aplicação

354
§ 2º Deve haver espaço para armazenamento reativas, aditivas ou absortivas de forma a
adequado de amostras, padrões de referência (se interferir na qualidade do produto.
necessário, com refrigeração), solventes, Art. 148. Todo equipamento em desuso ou com
reagentes e registros. defeito deve ser retirado das áreas de produção e
Art. 137. As áreas onde forem realizados os do controle de qualidade.
ensaios microbiológicos, biológicos ou com Parágrafo único. Quando não for possível, o
radioisótopos devem ser independentes e equipamento em desuso ou com defeito deve
separadas e contar com instalações estar devidamente identificado para evitar seu
independentes, especialmente o sistema de ar. uso.
Art. 138. Pode ser necessária a utilização de Art. 149. Equipamentos fechados devem ser
salas separadas para proteger determinados utilizados sempre que apropriado.
instrumentos de interferências elétricas, Parágrafo único. Quando são utilizados
vibrações, contato excessivo com umidade e equipamentos abertos, ou quando são abertos
outros fatores externos durante qualquer operação, devem ser tomadas
. precauções para minimizar a contaminação.
CAPÍTULO XIII Art. 150. Os equipamentos não dedicados
EQUIPAMENTOS devem ser limpos de acordo com procedimentos
Art. 139. Os equipamentos devem ser de limpeza validados para evitar a contaminação
projetados, construídos, adaptados, instalados, cruzada.
localizados e mantidos de forma que sejam Art. 151. No caso de equipamentos dedicados,
compatíveis com as operações a serem devem ser utilizados procedimentos de limpeza
realizadas. validados, considerando resíduos de agentes de
Parágrafo único. O projeto e a localização dos limpeza, contaminação microbiológica e
equipamentos devem minimizar os riscos de produtos de degradação, quando aplicável.
erros, permitirem limpeza e manutenção Art. 152. Devem ser mantidos os desenhos
adequadas, de maneira a evitar a contaminação atualizados dos equipamentos e dos sistemas de
cruzada, acúmulo de poeira, sujeira e evitar suporte críticos.
efeito negativo na qualidade dos produtos.
Art. 140. Os equipamentos devem ser instalados CAPÍTULO XIV
de forma a minimizar qualquer risco de erro ou MATERIAIS
contaminação. Art. 153. Estão incluídos no conceito de
Art. 141. A tubulação fixa deve ser claramente materiais as matérias- primas, os materiais de
identificada, conforme legislação vigente, para embalagem, os gases, os solventes, os materiais
indicar o conteúdo e, quando aplicável, a auxiliares ao processo, os reagentes e os
direção do fluxo. materiais de rotulagem.
Art. 142. Todas as tubulações e dispositivos
devem ser adequadamente identificados e deve- Seção I
se dar preferência ao uso de conexões ou Geral
adaptadores não-intercambiáveis para gases e Art. 154. Nenhum material utilizado em
líquidos perigosos. operações tais como limpeza, lubrificação de
Art. 143. As balanças e instrumentos de medida equipamentos e controle de pragas deve entrar
das áreas de produção e de controle de em contato direto com o produto.
qualidade devem possuir a faixa de trabalho e a Parágrafo único. Os materiais devem ser de
precisão requeridas, devendo ser periodicamente qualidade apropriada a fim de minimizar os
calibrados. riscos à saúde.
Art. 144. Os equipamentos de produção devem Art. 155. Todos os materiais de entrada e os
ser limpos, conforme procedimentos de limpeza produtos terminados devem ser colocados em
aprovados e validados, quando couber. quarentena imediatamente após o recebimento
Art. 145. Os equipamentos e instrumentos ou produção, até que sejam liberados para uso
analíticos devem ser adequados aos métodos ou comercialização.
realizados. Art. 156. Todos os materiais e produtos devem
Art. 146. Os equipamentos de lavagem, limpeza ser armazenados nas condições apropriadas
e secagem devem ser escolhidos e utilizados de estabelecidas pelo fabricante, de forma ordenada
forma a não representar uma fonte de para permitir a segregação de lotes e rotação do
contaminação. estoque, obedecendo à regra primeiro que
Art. 147. Os equipamentos utilizados na expira, primeiro que sai.
produção não devem apresentar quaisquer riscos Art. 157. A água utilizada na fabricação de
para os produtos. produtos farmacêuticos deve ser adequada para
Parágrafo único. As partes destes equipamentos o uso a que se pretende.
em contato direto com o produto não devem ser

355
Seção II V - data de fabricação, data de reteste ou prazo
Matérias-Primas de validade e quando aplicável, a data de
Art. 158. A aquisição de matérias-primas deve reanálise.
ser realizada por uma equipe qualificada e § 2º É permitida a identificação por sistema
treinada. eletrônico validado. Neste caso, não é
Art. 159. As matérias-primas devem ser necessário constar no rótulo todas as
adquiridas somente de fornecedores aprovados informações acima descritas.
pela empresa, preferencialmente, diretamente do Art. 165. Deve haver procedimentos ou medidas
produtor. adequadas para assegurar a identidade do
§ 1º As especificações estabelecidas pelo conteúdo de cada recipiente de matéria- prima.
fabricante relativas às matérias-primas devem Parágrafo único. Os recipientes dos quais
ser discutidas com os fornecedores. tenham sido retiradas amostras devem ser
§ 2º Todos os aspectos da produção e do identificados.
controle das matérias- primas, o processo de Art. 166. Somente as matérias-primas liberadas
aquisição, o manuseio, a rotulagem e as pelo departamento de controle de qualidade e
exigências referentes à embalagem, assim como que estejam dentro do prazo previsto para sua
os procedimentos de reclamação e reprovação, utilização devem ser utilizadas.
devem ser discutidos entre o fabricante e os Art. 167. As matérias-primas devem ser
fornecedores. manuseadas somente por funcionários
Art. 160. Para cada entrega, os recipientes designados, de acordo com procedimentos
devem ser verificados no mínimo quanto à escritos.
integridade da embalagem e do lacre, bem como Parágrafo único. As matérias-primas devem ser
quanto à correspondência entre o pedido, a nota cuidadosamente pesadas ou medidas, em
de entrega e os rótulos dos fornecedores. recipientes limpos e corretamente identificados.
Art. 161. Todos os materiais recebidos devem Art. 168. As matérias-primas pesadas ou
ser verificados de forma que seja assegurado medidas, assim como seus respectivos pesos ou
que a entrega esteja em conformidade com o volumes, devem ser conferidas por outro
pedido. funcionário ou sistema automatizado de
§ 1º Os recipientes devem ser limpos e rotulados conferência, devendo ser mantidos os registros.
com as informações necessárias. Art. 169. As matérias-primas pesadas ou
§ 2º Quando forem utilizados rótulos de medidas para cada lote de produção devem ser
identificação interna, esses devem ser anexados mantidas juntas e visivelmente identificadas
aos recipientes de forma que as informações como tal.
originais sejam mantidas.
Art. 162. As avarias nos recipientes ou Seção III
quaisquer outros problemas que possam afetar a Material de Embalagem
qualidade da matéria-prima devem ser
registrados, relatados ao departamento de Art. 170. A aquisição, o manuseio e o controle
controle de qualidade e investigados. de qualidade dos materiais de embalagem
Art. 163. Se uma entrega de material contiver primários, secundários e de materiais impressos
diferentes lotes, cada lote deve ser devem ser realizados da mesma forma que para
individualmente amostrado, analisado e as matérias- primas.
liberado. Art. 171. Os materiais de embalagem impressos
Art. 164. As matérias-primas colocadas na área devem ser armazenados em condições seguras
de armazenamento devem estar adequadamente de modo a excluir a possibilidade de acesso não
identificadas. autorizado.
§ 1º Os rótulos devem conter, pelo menos, as § 1º Rótulos em bobinas devem ser utilizados
seguintes informações: sempre que possível.
I - nome da matéria-prima e o respectivo código § 2º Rótulos fracionados e outros materiais
interno de referência, quando aplicável; impressos soltos devem ser armazenados e
II - nome do fabricante e respectivo número de transportados em recipientes fechados e
lote; separados de forma a evitar misturas.
III - quando aplicável, número do lote atribuído § 3º Os materiais de embalagem devem ser
pelo fornecedor e o número do lote dado pela enviados para produção apenas por pessoal
empresa no momento do recebimento; designado, seguindo procedimento aprovado e
IV - situação da matéria-prima no documentado.
armazenamento (em quarentena, em análise, Art. 172. Cada lote de material de embalagem,
aprovado, reprovado, devolvido); e incluindo material impresso, deve receber um
número específico de referência ou marca de
identificação.

356
Art. 173. Os materiais impressos, embalagens § 1º Essa recuperação deve ser feita de acordo
primárias ou secundárias desatualizados e com um procedimento definido, após a
obsoletos devem ser destruídos e esse avaliação dos riscos envolvidos, incluindo
procedimento deve ser registrado. qualquer efeito possível sobre o prazo de
Art. 174. Todos os produtos e materiais de validade.
embalagem a serem utilizados devem ser § 2º A recuperação deve ser registrada.
verificados no ato da entrega ao departamento Art. 181. A necessidade de testes adicionais de
de embalagem em relação à quantidade, qualquer produto terminado que tenha sido
identidade e conformidade com as instruções de reprocessado, ou que tenha sofrido
embalagem. incorporação, deve ser considerada pelo
Controle de Qualidade.
Seção IV
Produtos Intermediários e a Granel Seção VII
Art. 175. Os produtos intermediários e os Produtos Recolhidos
produtos a granel devem ser mantidos sob Art. 182. Os produtos recolhidos devem ser
condições especificas determinadas para cada identificados e armazenados separadamente em
produto. uma área segura até que haja uma decisão sobre
Art. 176. Os produtos intermediários e os seu destino.
produtos a granel adquiridos, devem ser Parágrafo único. A decisão deve ser tomada o
manuseados no recebimento como se fossem mais rápido possível e em conformidade com a
matérias-primas. legislação específica sobre recolhimento de
medicamentos.
Seção V
Produtos Terminados Seção VIII
Art. 177. Os produtos terminados devem ser Produtos Devolvidos
mantidos em quarentena até sua liberação final. Art. 183. Os produtos devolvidos devem ser
Parágrafo único. Após a liberação, os produtos destruídos, a menos que seja possível assegurar
terminados devem ser armazenados como que sua qualidade continua satisfatória; nesses
estoque disponível, de acordo com as condições casos, podem ser considerados para revenda,
estabelecidas pelo fabricante. nova rotulagem, ou medidas alternativas
somente após avaliação crítica realizada pela
Seção VI área da qualidade, conforme procedimento
Materiais Reprovados, Recuperados e escrito.
Reprocessados § 1º Devem ser considerados na avaliação, a
Art. 178. Os materiais e os produtos reprovados natureza do produto, quaisquer condições
devem ser identificados como tal e armazenados especiais de armazenamento, sua condição e
separadamente, em áreas restritas. histórico, bem como o tempo decorrido desde
Parágrafo único. Tais materiais e produtos sua expedição.
podem ser devolvidos aos fornecedores ou, § 2º Em caso de dúvida sobre a qualidade, os
quando aplicável, reprocessados ou destruídos produtos devolvidos não devem ser
dentro de um prazo justificável e a ação adotada considerados adequados para nova expedição ou
deve ser aprovada por pessoa designada. reutilização.
Art. 179. O reprocesso ou recuperação de § 3º Qualquer medida tomada deve ser
produtos reprovados deve ser excepcional. registrada.
§ 1º O reprocesso ou recuperação é permitido
apenas se a qualidade do produto final não for Seção IX
afetada, as suas especificações forem atendidas Reagentes e Meios de Cultura
e ainda se for realizado em consonância com um Art. 184. Deve haver registros para o
procedimento definido e autorizado após recebimento e a preparação de reagentes e
avaliação dos riscos envolvidos. meios de cultura.
§ 2º Deve ser mantido registro do reprocesso ou Art. 185. Os reagentes preparados devem ser
da recuperação. elaborados de acordo com procedimentos
§ 3º Um lote reprocessado ou recuperado deve escritos, apropriadamente rotulados e mantidos
receber um novo número de lote. os registros da preparação.
Art. 180. A introdução de lotes anteriores ou § 1º O rótulo deve indicar a concentração, a data
parte desses, em conformidade com a qualidade de preparo, o fator de padronização, o prazo de
exigida, em um lote do mesmo produto em uma validade, a data da próxima padronização e as
etapa definida da fabricação deve ser autorizada condições de armazenamento.
previamente. § 2º O rótulo deve ser assinado e datado pela
pessoa que preparou o reagente.

357
Art. 186. Devem ser feitos controles positivos, Parágrafo único. As substâncias tóxicas e
assim como negativos, para que seja verificada materiais inflamáveis devem ser guardados em
a adequação dos meios de cultura. locais de acesso restrito, conforme exigido pela
Parágrafo único. O tamanho do inóculo legislação vigente.
utilizado nos controles positivos deve ser Art. 195. O material residual deve ser coletado
apropriado à sensibilidade exigida. em recipientes adequados, mantido em local
especifico e eliminado de forma segura em
Seção X intervalos regulares e freqüentes, de acordo com
Padrões de Referência as normas sanitárias.
Art. 187. Devem ser utilizados padrões de Parágrafo único. O material residual não deve
referência oficiais, sempre que existirem. ser acumulado.
Parágrafo único. Na ausência desses, devem ser
utilizados padrões de referência devidamente Seção XII
caracterizados. Materiais Diversos
Art. 188. Um padrão de referência não Art. 196. Não deve ser permitido que os
adquirido de uma farmacopéia reconhecida deve produtos raticidas, inseticidas, agentes
ser do mais elevado grau de pureza possível de fumigantes e materiais sanitizantes contaminem
ser obtido e cuidadosamente caracterizado a fim os equipamentos, as matérias-primas, os
de garantir sua identidade, teor, qualidade, materiais de embalagem, os materiais em
pureza e potência. processo ou os produtos terminados.
§ 1º Os procedimentos analíticos qualitativos e
quantitativos empregados para caracterizar um CAPÍTULO XV
padrão de referência devem ser mais extensos DOCUMENTAÇÃO
do que os utilizados para controlar a identidade, Art. 197. A documentação constitui parte
teor, qualidade, pureza e potência do fármaco ou essencial do sistema de Garantia da Qualidade e
medicamento. deve estar relacionada com todos os aspectos
§ 2º Os procedimentos analíticos utilizados para das BPF.
caracterizar um padrão de referência não devem § 1º A documentação tem como objetivo definir
se basear apenas em testes de comparação a um as especificações de todos os materiais e os
padrão de referência anteriormente métodos de fabricação e controle, a fim de
caracterizado. assegurar que todo pessoal envolvido na
§ 3º A documentação de caracterização deve fabricação saiba decidir o que fazer e quando
estar disponível e ser mantida sob a fazê-lo.
responsabilidade de uma pessoa designada. § 2º A documentação tem a finalidade de
Art. 189. Os padrões de referência oficiais garantir que a pessoa designada tenha todas as
devem ser utilizados somente para o propósito informações necessárias para decidir acerca da
descrito na respectiva monografia. liberação de determinado lote de medicamento
Art. 190. Os padrões de referência devem ser para venda, possibilitar um rastreamento que
armazenados de acordo com as recomendações permita a investigação da história de qualquer
do fabricante. lote sob suspeita de desvio da qualidade e
Parágrafo único. Devem ser seguidas as assegurar a disponibilidade dos dados
recomendações do fabricante quanto à correta necessários para validação, revisão e análise
utilização, incluindo o pré-tratamento estatística.
(dessecação, correção de teor etc.) dessas § 3º Todos os documentos devem estar
substâncias. facilmente disponíveis, reunidos em uma única
Art. 191. Todos os padrões secundários ou de pasta ou separados.
trabalho devem ser padronizados em relação a
um padrão de referência. Seção I
Art. 192. Caso necessário, devem ser realizadas Geral
verificações apropriadas em intervalos regulares Art. 198. Os documentos devem ser redigidos,
com a finalidade de assegurar a padronização revisados, aprovados e distribuídos somente a
dos padrões secundários. pessoas designadas.
Art. 193. Todos os padrões de referência devem Parágrafo único. Devem atender a todas as
ser armazenados e utilizados de forma que não etapas de fabricação autorizadas pelo registro.
afetem negativamente a sua qualidade. Art. 199. Os documentos devem ser aprovados,
Seção XI assinados e datados pela pessoa designada.
Materiais Residuais Parágrafo único. Nenhum documento deve ser
Art. 194. Devem ser tomadas providências modificado sem autorização e aprovação
quanto à guarda apropriada e segura dos prévias.
materiais residuais a serem eliminados.

358
Art. 200. O conteúdo dos documentos não pode § 7º Durante o período de retenção, os dados
ser ambíguo. devem estar prontamente disponíveis.
§ 1º O título, a natureza e o seu objetivo devem
ser apresentados de forma clara, precisa e Seção II
correta. Rótulos
§ 2º Deve ser disposto de forma ordenada e ser Art. 206. A identificação afixada nos
de fácil verificação. recipientes, nos equipamentos, nas instalações e
§ 3º Os documentos reproduzidos devem ser nos produtos deve ser clara, sem ambigüidade e
legíveis e ter garantida a sua fidelidade em em formato aprovado pela empresa, contendo os
relação ao original. dados necessários.
Art. 201. Os documentos devem ser Parágrafo único. Podem ser utilizadas além do
regularmente revisados e atualizados. texto, cores diferenciadas que indiquem sua
§ 1º Quando determinado documento for condição (em quarentena, aprovado, reprovado,
revisado, deve haver um sistema que impeça o limpo, dentre outras).
uso inadvertido da versão obsoleto. Art. 207. Todos os produtos terminados devem
§ 2º Os documentos obsoletos devem ser ser identificados, conforme legislação vigente.
mantidos por um período específico de tempo Art. 208. Os rótulos dos padrões de referência e
definido em procedimento. documentos que os acompanham devem indicar
Art. 202. Quando os documentos exigirem a a concentração, a data de fabricação, a data em
entrada de dados, estes devem ser claros, que o lacre foi aberto, as condições de
legíveis e indeléveis. armazenamento e, quando aplicável, o prazo de
Parágrafo único. Deve ser deixado espaço validade e o número de controle.
suficiente para cada entrada de dados.
Art. 203. Toda alteração efetuada em qualquer Seção III
documento deve ser assinada, datada e Especificações e Ensaios de Controle de
possibilitar a leitura da informação original. Qualidade
Parágrafo único. Quando for o caso, deve ser Art. 209. Os métodos de controle de qualidade
registrado o motivo da alteração. devem ser validados antes de serem adotados na
Art. 204. Deve ser mantido registro de todas as rotina, levando-se em consideração as
ações efetuadas de tal forma que todas as instalações e os equipamentos disponíveis.
atividades significativas referentes à fabricação Parágrafo único. Os métodos analíticos
de medicamentos possam ser rastreadas. compendiais não requerem validação, entretanto
Parágrafo único. Todos os registros devem ser antes de sua implementação, devem existir
retidos por, pelo menos, um ano após o evidências documentadas de sua adequabilidade
vencimento do prazo de validade do produto nas condições operacionais do laboratório.
terminado. Art. 210. Todas as especificações de matérias-
Art. 205. Os dados podem ser registrados por primas, materiais de embalagem e produtos
meio de sistema de processamento eletrônico, terminados devem estar devidamente
por meios fotográficos ou outros meios autorizadas, assinadas e datadas, bem como
confiáveis. mantidas pelo Controle de Qualidade ou
§ 1º As fórmulas mestras/fórmulas padrão e os Garantia da Qualidade.
Procedimentos Operacionais Padrão relativos ao Art. 211. Devem ser realizados ensaios nos
sistema em uso devem estar disponíveis e a produtos intermediários e no produto a granel,
exatidão dos dados registrados deve ser quando couber.
verificada. Parágrafo único. Devem também existir
§ 2º Se o registro dos dados for feito por meio especificações relacionadas à água, aos
de processamento eletrônico, somente pessoas solventes e aos reagentes (ácidos e bases)
designadas podem modificar os dados contidos utilizados na produção.
nos computadores. Art. 212. Devem ser realizadas revisões
§ 3º Deve haver registro das alterações periódicas das especificações para que sejam
realizadas. atualizadas conforme as novas edições da
§ 4º O acesso aos computadores deve ser restrito farmacopéia nacional ou outros compêndios
por senhas ou outros meios. oficiais.
§ 5º A entrada de dados considerados críticos, Art. 213. As farmacopéias, os padrões de
quando inserida manualmente em um sistema, referência, as referências de espectrometria e
deve ser conferida por outra pessoa designada. outros materiais de referência necessários
§ 6º Os registros eletrônicos dos dados dos lotes devem estar à disposição no laboratório de
devem ser protegidos por meio de cópias em fita controle de qualidade.
magnética, microfilme, impressão em papel ou
outros meios. Seção IV

359
Especificações para Matérias-Primas e IV - forma farmacêutica e detalhes de
Materiais de Embalagem embalagem;
Art. 214. As especificações das matérias- V - referências utilizadas na amostragem e nos
primas, dos materiais de embalagem primária e ensaios de controle;
dos materiais impressos devem possuir uma VI - requisitos qualitativos e quantitativos, com
descrição, incluindo no mínimo: os respectivos limites de aceitação;
I - código interno de referência e nome VII - condições e precauções a serem tomadas
conforme DCB, se houver; no armazenamento, quando for o caso; e
II - referência da monografia farmacopéica, se VIII - prazo de validade.
houver; e
III - requisitos quantitativos e qualitativos com Seção VII
os respectivos limites de aceitação. Fórmula Mestra/Padrão
§ 1º Dependendo da prática adotada pela Art. 218. Deve existir uma fórmula
empresa, podem ser adicionados outros dados às mestra/padrão autorizada para cada produto e
especificações, tais como: tamanho de lote a ser fabricado.
I - identificação do fornecedor e do produtor Art. 219. A fórmula mestra/padrão deve incluir:
original dos materiais; I - o nome do produto com o código de
II - amostra do material impresso; referência relativo à sua especificação;
III - orientações sobre a amostragem, os testes II - descrição da forma farmacêutica,
de qualidade e as referências utilizada nos concentração do produto e tamanho do lote;
procedimentos de controle; III - lista de todas as matérias-primas a serem
IV - condições de armazenamento e as utilizadas (com suas respectivas DCB); com a
precauções; e quantidade utilizada de cada uma, usando o
V - período máximo de armazenamento antes nome genérico e referência que são exclusivos
que seja realizada nova análise. para cada material. Deve ser feita menção a
§ 2º Os materiais de embalagem devem atender qualquer substância que possa desaparecer no
às especificações dando ênfase a sua decorrer do processo;
compatibilidade com os medicamentos. IV - declaração do rendimento final esperado,
§ 3º O material deve ser examinado em relação com os limites aceitáveis, e dos rendimentos
à presença de defeitos e marcas de identificação intermediários, quando for o caso;
corretas. V - indicação do local de processamento e dos
Art. 215. Os documentos com a descrição dos equipamentos a serem utilizados;
procedimentos de ensaio de controle devem VI - os métodos (ou referência a eles) a serem
indicar a freqüência de execução de ensaios de utilizados no preparo dos principais
cada matéria-prima, conforme determinado por equipamentos, como limpeza (especialmente
sua estabilidade. após mudança de produto), montagem,
calibração e esterilização;
Seção V VII - instruções detalhadas das etapas a serem
Especificações para Produtos Intermediários e a seguidas na produção (verificação dos materiais,
Granel pré-tratamentos, a seqüência da adição de
Art. 216. As especificações dos produtos materiais, tempos de mistura, temperaturas etc.);
intermediários e a granel devem estar VIII - instruções relativas a quaisquer controles
disponíveis sempre que estes materiais forem em processo com seus limites de aceitação;
adquiridos ou expedidos, ou se os dados sobre IX - exigências relativas ao acondicionamento
os produtos intermediários forem utilizados na dos produtos, inclusive sobre o recipiente, a
avaliação do produto final. rotulagem e quaisquer condições especiais de
Parágrafo único. Essas especificações devem ser armazenamento; e
compatíveis com as especificações relativas às X - quaisquer precauções especiais a serem
matérias-primas ou aos produtos terminados. observadas.

Seção VI Seção VIII


Especificações para Produtos Terminados Instruções de Embalagem
Art. 217. As especificações para produtos Art. 220. Deve haver instruções autorizadas
terminados devem incluir: quanto ao processo de embalagem, relativas a
I - nome genérico do produto e marca ou cada produto e ao tamanho e tipo de
denominação comercial, quando for o caso; embalagem.
II - nome(s) do(s) princípio(s) ativo(s) com suas § 1º As instruções devem incluir os seguintes
respectivas DCB; dados:
III - fórmula ou referência à mesma; I - nome do produto;

360
II - descrição de sua forma farmacêutica, sua V - identificação do(s) operador(es) das
concentração e via de administração, quando for diferentes etapas de produção e, quando
o caso; apropriado, da (s) pessoa (s) que verifica (m)
III - tamanho da embalagem, expresso em cada uma dessas operações;
número, peso ou volume do produto contido no VI - número dos lotes e/ou o número de controle
recipiente final; analítico e a quantidade de cada matéria-prima
IV - listagem completa de todo material de utilizada, incluindo o número de lote e a
embalagem necessário para um tamanho de lote quantidade de qualquer material recuperado ou
padrão, incluindo as quantidades, os tamanhos e reprocessado que tenha sido adicionado;
os tipos, com o código ou número de referência VII - qualquer operação ou evento relevante
relativo às especificações de cada material; observado na produção e os principais
V - amostra ou reprodução dos materiais equipamentos utilizados;
utilizados no processo de embalagem, indicando VIII - controles em processo realizados, a
o local onde o número do lote do produto e sua identificação da (s) pessoa (s) que os tenha (m)
data de vencimento devem ser impressos ou executado e os resultados obtidos;
gravados; IX - quantidades obtidas de produto nas
VI - precauções especiais, tais como a diferentes etapas da produção (rendimento),
verificação dos equipamentos e da área onde se juntamente com os comentários ou explicações
realizará a embalagem, a fim de garantir a sobre qualquer desvio significativo do
ausência de materiais impressos de produtos rendimento esperado; e
anteriores nas linhas de embalagem; X - observações sobre problemas especiais,
VII - descrição das operações de embalagem e incluindo detalhes como a autorização assinada
dos equipamentos a serem utilizados; e para cada alteração da fórmula de fabricação ou
VIII - detalhes dos controles em processo, instruções de produção.
juntamente com as instruções para a
amostragem e os critérios de aceitação. Seção X
Registros de Embalagem de Lotes
Seção IX Art. 224. Devem ser mantidos registros da
Registros de Produção de Lotes embalagem de cada lote ou parte de lote, de
Art. 221. Devem ser mantidos registros da acordo com as instruções de embalagem.
produção de cada lote. Parágrafo único. Os registros devem ser
Parágrafo único. Os registros devem se basear preparados de forma a evitar erros de
na fórmula mestra/padrão aprovada e em uso, transcrição.
evitando erros de transcrição. Art. 225. Antes do início de qualquer operação
Art. 222. Antes de iniciar um processo de de embalagem, deve ser verificado se os
produção, deve ser verificado se os equipamentos e a estação de trabalho estão
equipamentos e o local de trabalho estão livres livres de produtos anteriores, documentos ou
de produtos anteriormente produzidos, assim materiais não exigidos para as operações de
como se os documentos e materiais necessários embalagem planejadas, e que o equipamento
para o processo planejado estão disponíveis. está limpo e adequado para uso.
§ 1º Deve ser verificado se os equipamentos Parágrafo único. Tais verificações devem ser
estão limpos e adequados para uso. registradas.
§ 2º Tais verificações devem ser registradas. Art. 226. Durante o processo de embalagem,
Art. 223. Durante o processo de produção, todas todas as etapas desenvolvidas devem ser
as etapas desenvolvidas devem ser registradas, registradas, contemplando o tempo inicial e o
contemplando o tempo inicial e o final de final de execução de cada operação.
execução de cada operação. § 1º Os registros da execução de cada etapa
§ 1º Os registros da execução de tais etapas devem ser datados pelos executores, claramente
devem ser devidamente datados pelos identificados por assinatura ou senha eletrônica
executores, claramente identificados por e ratificados pelo supervisor da área.
assinatura ou senha eletrônica e ratificados pelo § 2º Os registros dos lotes de produção devem
supervisor da área. conter pelo menos as seguintes informações:
§ 2º Os registros dos lotes de produção devem I - o nome do produto, o número do lote e a
conter pelo menos as seguintes informações: quantidade de produto a granel a ser embalado,
I - nome do produto; bem como o número do lote e a quantidade
II - número do lote que estiver sendo fabricado; planejada de produto terminado que será obtida,
III - datas e horários de início e término das a quantidade realmente obtida e a reconciliação;
principais etapas intermediárias de produção; II - a(s) data(s) e o(s) horário(s) das operações
IV - nome da pessoa responsável por cada etapa de embalagem;
da produção;

361
III - o nome da pessoa responsável pela I - nome do material descrito na nota de
realização da operação de embalagem; entrega e nos recipientes;
IV - a identificação dos operadores nas etapas II - denominação interna e/ou código do
principais; material;
V - verificações feitas quanto à identificação e à III - a data do recebimento;
conformidade com as instruções para IV - o nome do fornecedor e do nome do
embalagem, incluindo os resultados dos fabricante;
controles em processo; V - o lote ou número de referência do
VI - detalhes das operações de embalagem fabricante;
realizadas, incluindo referências aos VI - a quantidade total e o número de
equipamentos, às linhas de embalagem recipientes recebidos;
utilizadas e, quando necessário, as instruções e VII - o número atribuído ao lote após o
registros relativos ao armazenamento de recebimento; e
produtos não embalados; VIII - qualquer comentário relevante (por
VII - amostras dos materiais de embalagem exemplo, o estado dos recipientes).
impressos utilizados, incluindo amostras Art. 230. Deve haver Procedimento Operacional
contendo a aprovação para a impressão e Padrão para a identificação interna dos produtos
verificação regular (quando apropriado), armazenados em quarentena e liberados
contendo o número de lote, a data de fabricação, (matérias-primas, materiais de embalagem e
o prazo de validade e qualquer impressão outros materiais).
adicional; Art. 231. Os Procedimentos Operacionais
VIII - observações sobre quaisquer problemas Padrão devem estar disponíveis para cada
especiais, incluindo detalhes acerca de qualquer instrumento e equipamento (por exemplo,
desvio das instruções de embalagem, com utilização, calibração, limpeza, manutenção) e
autorização por escrito da pessoa designada; colocados próximos aos equipamentos.
IX - as quantidades de todos os materiais de Art. 232. Deve haver Procedimento Operacional
embalagem impressos com o número de Padrão para amostragem e ser definida a área
referência ou identificação, e produtos a granel responsável e as pessoas designadas pela coleta
entregues para serem embalados; e de amostras.
X - as quantidades de todos os materiais Art. 233. As instruções de amostragem devem
utilizados, destruídos ou devolvidos ao estoque incluir
e a quantidade obtida do produto, a fim de que I - o método e o plano de amostragem;
possa ser feita uma reconciliação correta. II - os equipamentos a serem utilizados;
III - quaisquer precauções a serem observadas
Seção XI para evitar contaminação do material ou
Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e qualquer comprometimento em sua qualidade;
Registros IV - a(s) quantidade(s) da(s) amostra(s) a ser
Art. 227. Os Procedimentos (em) coletadas(s);
Operacionais Padrão e os registros associados a V - instruções para qualquer subdivisão
possíveis ações adotadas, quando apropriado, necessária da amostra;
relacionadas aos resultados obtidos devem estar VI - tipo de recipiente a ser utilizado no
disponíveis quanto a: acondicionamento das amostras, rotulagem,
I - montagem e qualificação de bem como se o procedimento de amostragem
equipamentos; deve ser realizado em condições assépticas ou
II - aparato analítico e calibração; não; e
III - manutenção, limpeza e sanitização; VII - quaisquer precauções a serem observadas,
IV - pessoal, incluindo qualificação, principalmente quanto à amostragem de
treinamento, uniformes e higiene; material estéril ou nocivo.
V - monitoramento ambiental; Art. 234. Deve haver um Procedimento
VI - controle de pragas; Operacional Padrão descrevendo os detalhes do
VII - reclamações; sistema de numeração dos lotes, com o objetivo
VIII - recolhimentos; e de assegurar que cada lote de produto
IX - devoluções. intermediário, a granel ou terminado seja
Art. 228. Deve haver Procedimentos identificado com um número de lote específico.
Operacionais Padrão e registros para o Art. 235. O Procedimento Operacional Padrão
recebimento de matéria-prima e de materiais de que trata da numeração de lotes deve assegurar
embalagem primário e material impresso. a rastreabilidade durante todas as etapas de
Art. 229. Os registros dos recebimentos produção, incluindo embalagem.
devem incluir, no mínimo: Art. 236. O Procedimento Operacional Padrão
para numeração de lotes deve assegurar que os

362
números de lotes não serão usados de forma informática, gerenciamento de desvios em
repetida, o que também se aplica ao tecnologia da informação, recuperação de dados
reprocessamento. e backup.
Parágrafo único. A atribuição de um número de
lote deve ser imediatamente registrada. CAPÍTULO XVI
Art. 237. Deve haver procedimentos escritos BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO
relativos aos ensaios de controle realizados nos Art. 245. As operações de produção devem
materiais e nos produtos, nas diferentes etapas seguir Procedimentos Operacionais Padrão
de fabricação, descrevendo os métodos e os escritos, claramente definidos, aprovados e em
equipamentos a serem utilizados. conformidade com o registro aprovado, com o
Parágrafo único. Os ensaios realizados devem objetivo de obter produtos que estejam dentro
ser regisrados. dos padrões de qualidade exigidos.
Art. 238. Os registros de análises devem incluir
ao menos os seguintes dados: Seção I
I - o nome do material ou produto e, quando Geral
aplicável, a forma farmacêutica; Art. 246. Todo o manuseio de materiais e
II - o número do lote e, quando apropriado, o produtos, tais como recebimento e limpeza,
fabricante e/ ou fornecedor; quarentena, amostragem, armazenagem,
III - referências às especificações relevantes e rotulagem, dispensação, processamento,
procedimentos de testes; embalagem e distribuição, deve ser feito de
IV - os resultados dos ensaios, incluindo acordo com procedimentos ou instruções
observações e cálculos, bem como referência a escritas e, quando necessário, registrado.
quaisquer especificações (limites); Art. 247. Qualquer desvio das instruções ou dos
V - data(s) e número(s) de referência do(s) procedimentos deve ser evitado.
ensaio(s); Parágrafo único. Caso ocorram, os desvios
VI - identificação das pessoas que tenham devem ser autorizados e aprovados por escrito
realizado os ensaios; por pessoa designada pela Garantia da
VII - identificação das pessoas que tenham Qualidade, com a participação do Controle de
conferido os ensaios e os cálculos; e Qualidade, quando aplicável.
VIII - declaração de aprovação ou reprovação Art. 248. Devem ser realizadas verificações
(ou outra decisão), datada e assinada por pessoa sobre rendimentos e reconciliação de
designada. quantidades para assegurar que não haja
Art. 239. Devem estar disponíveis discrepâncias fora dos limites aceitáveis.
procedimentos escritos quanto à aprovação ou Art. 249. As operações com produtos distintos
reprovação de materiais e produtos e, não devem ser realizadas simultaneamente ou
particularmente, quanto à liberação para venda consecutivamente na mesma sala ou área, a
do produto terminado por pessoa designada. menos que não haja risco de mistura ou
Art. 240. Devem ser mantidos registros da contaminação cruzada.
distribuição de cada lote de um produto de Art. 250. Durante o processamento, todos os
forma a, por exemplo, facilitar o recolhimento materiais, recipientes com granel, equipamentos
do lote, se necessário. e as salas e linhas de embalagem utilizadas
Art. 241. Devem ser mantidos registros para devem ser identificadas com a indicação do
equipamentos principais e críticos, tais como produto ou material processado, sua
qualificação, calibração, manutenção, limpeza concentração (quando aplicável) e o número do
ou reparos, incluindo data e identificação das lote.
pessoas que realizaram essas operações. § 1º A indicação deve mencionar a etapa de
Art. 242. Os registros do uso dos equipamentos produção.
e das áreas onde os produtos estiverem sendo § 2º Quando aplicável, deve ser registrado
processados devem ser feitos em ordem também o nom do produto processado
cronológica. anteriormente.
Art. 243. Deve haver procedimentos escritos Art. 251. O acesso às instalações de produção
atribuindo responsabilidade pela limpeza e pela deve ser restrito ao pessoal autorizado.
sanitização, e descrevendo em detalhes Art. 252. Os produtos não farmacêuticos e os
freqüência, métodos, equipamentos e materiais não sujeitos à vigilância sanitária não devem ser
de limpeza a serem utilizados, bem como fabricados em áreas ou com equipamentos
instalações e equipamentos a serem limpos. destinados à fabricação de medicamentos.
Art. 244. Devem estar disponíveis § 1º Excetuam-se do disposto no caput os
procedimentos para sistemas computadorizados produtos veterinários, que contenham
definindo regras de segurança (usuários/senhas), exclusivamente insumos cuja segurança para
manutenção de sistemas e infra-estrutura uso humano já tenha sido demonstrada e

363
aprovada, os quais devem cumprir os requisitos substâncias citotóxicas e outros materiais
de BPF desta Resolução. altamente ativos.
§ 2º Excetuam-se do disposto no caput a § 4º Atenção especial também deve ser dada a
fabricação de produtos para saúde, produtos de produtos cuja contaminação pode ocasionar
higiene, cosméticos e/ou alimentos em área e/ou maiores danos aos usuários, como aqueles
equipamentos compartilhados com a fabricação administrados por via parenteral ou aplicados
de medicamentos se houver comprovação em ferimentos abertos, produtos administrados
técnica de que os materiais empregados em grandes doses e/ou por longos períodos de
possuem especificações de qualidade tempo.
compatíveis ou superiores aos demais materiais Art. 256. A ocorrência de contaminação cruzada
usados na fabricação de medicamentos e se deve ser evitada por meio de técnicas
forem cumpridas as seguintes exigências: apropriadas ou de medidas organizacionais, tais
I – afabricação de tais produtos deve ser como:
realizada de acordo com todos os requisitos de I - produção em áreas exclusivas e fechadas (ex.
BPF referentes a instalações, equipamentos, as penicilinas, as cefalosporinas, os
sistemas, utilidades, pessoal e materiais carbapenêmicos, os demais derivados beta-
previstos nesta Resolução; e lactâmicos, os preparados biológicos com
II – a fabricação de tais produtos deve ser organismos vivos, determinados hormônios,
precedida de uma análise de risco contemplando substâncias citotóxicas e outros materiais
a identificação, análise e avaliação dos riscos, a altamenteativos);
sua mitigação e a decisã II - produção em campanha (separação por
o quanto à aceitabilidade dos riscos tempo) seguida por limpeza apropriada de
remanescentes.‖ (NR) (Redação dada pela RDC acordo com um procedimento validado. Para os
33/15) produtos elencados na alínea(a), o princípio do
Art. 253. Os controles em processo não devem trabalho em campanha somente é aplicável em
representar qualquer risco à qualidade do casos excepcionais como sinistros ou situações
produto, nem riscos de contaminação cruzada de emergência;
ou mistura. III - utilização de antecâmaras, diferenciais de
pressão e insuflamento de ar e sistemas de
Seção II exaustão;
Prevenção de Contaminação Cruzada e IV - redução do risco de contaminação causado
Contaminação Microbiana durante a Produção pela recirculação ou reentrada de ar não tratado
Art. 254. Quando são usados materiais e ou tratado de forma insuficiente;
produtos em pó na produção, devem ser V - uso de vestimentas de proteção onde os
tomadas precauções especiais para evitar a produtos ou materiais são manipulados;
geração e disseminação de pós. VI - utilização de procedimentos validados de
Parágrafo único. Devem ser tomadas limpeza e de descontaminação;
providências para o controle apropriado do ar VII - utilização de "sistema fechado" de
(por exemplo, insuflamento e exaustão de ar produção;
dentro das especificações previamente VIII - ensaios de resíduos; e
estabelecidas). IX - utilização de rótulos em equipamentos que
Art. 255. A contaminação de uma matéria-prima indiquem o estado de limpeza.
ou de determinado produto por outro material Art. 257. Deve ser verificada periodicamente a
ou produto deve ser evitada. eficácia das medidas adotadas para prevenir a
§ 1º O risco de contaminação cruzada acidental contaminação cruzada.
decorre da liberação descontrolada de pós, Parágrafo único. Essa verificação deve ser feita
gases, vapores, aerossóis, ou organismos em conformidade com Procedimentos
provenientes dos materiais e produtos em Operacionais Padrão.
processo, de resíduos nos equipamentos, da Art. 258. As áreas de produção onde estiverem
introdução de insetos, da roupa dos operadores, sendo processados produtos susceptíveis à
de sua pele etc. contaminação por microrganismos devem ser
§ 2º A significância do risco varia com o tipo de monitoradas periodicamente, por exemplo,
contaminante e com o produto que foi monitoramento microbiológico e de material
contaminado. particulado, quando apropriado.
§ 3º Dentre os contaminantes mais perigosos
estão os materiais altamente sensibilizantes (ex. Seção III
as penicilinas, as cefalosporinas, os Operações de Produção
carbapenêmicos e demais derivados beta- Art. 259. Antes do início de qualquer operação
lactâmicos), os preparados biológicos com de produção devem ser adotadas as providências
organismos vivos, certos hormônios, necessárias para que as áreas detrabalho e os

364
equipamentos estejam limpos e livres de em uma etiqueta anexada ao instrumento ou
qualquer matéria- prima, produtos, resíduos de equipamento.
produtos, rótulos ou documentos que não sejam Art. 269. As operações de reparo e manutenção
necessários para a nova operação a ser iniciada. não devem apresentar qualquer risco à
Art. 260. Todos os controles em processo e qualidade dos produtos.
controles ambientais devem ser realizados e
registrados. Seção IV
Art. 261. Devem ser instituídos meios para Operações de Embalagem
indicar falhas nos equipamentos ou utilidades. Art. 270. Na programação das operações de
Parágrafo único. Os equipamentos com defeito embalagem devem existir procedimentos que
devem ser retirados de uso até que sejam minimizem a ocorrência de risco de
consertados. contaminação cruzada, de misturas ou de
Art. 262. Após o uso, os equipamentos de substituições.
produção devem ser limpos dentro do prazo Parágrafo único. Produtos diferentes não devem
determinado, de acordo com procedimentos ser embalados próximos uns aos outros, a
detalhados. menos que haja separação física ou um sistema
Parágrafo único. Os equipamentos limpos alternativo que forneça garantia equivalente.
devem ser armazenados em local limpo e seco Art. 271. Antes de iniciar as operações de
de forma a evitar contaminação. embalagem, devem ser tomadas medidas para
Art. 263. Devem ser definidos os limites de assegurar que a área de trabalho, as linhas de
tempo em que o equipamento e/ou recipiente embalagem, as máquinas de impressão e outros
pode permanecer sujo antes de ser realizado o equipamentos estejam limpos e livres de
procedimento de limpeza e após a limpeza antes quaisquer produtos, materiais ou documentos
de novo uso. utilizados anteriormente e que não sejam
Parágrafo único. Os limites de tempo devem ser necessários para a operação corrente.
baseados em dados de validação. § 1º A liberação da linha deve ser realizada de
Art. 264. Os recipientes utilizados no envase acordo com procedimentos e lista de
devem ser limpos antes da operação. verificação.
Parágrafo único. Deve-se ter o cuidado de evitar § 2º A verificação deve ser registrada.
e de remover quaisquer contaminantes, tais Art. 272. O nome e o número de lote do produto
como, fragmentos de vidro e partículas de em processo devem ser exibidos em cada etapa
metal. de embalagem ou na linha de embalagem.
Art. 265. Qualquer desvio significativo do Art. 273. As etapas de envase e de fechamento
rendimento esperado deve ser investigado e devem ser imediatamente seguidas pela etapa de
registrado. rotulagem.
Art. 266. Deve ser assegurado que a tubulação Parágrafo único. Se o disposto no caput não for
ou outros equipamentos utilizados para o possível, devem ser aplicados procedimentos
transporte de produtos de uma área para outra apropriados para assegurar que não ocorram
estejam conectados de forma correta. misturas ou erros de rotulagem.
Art. 267. As tubulações utilizadas no transporte Art. 274. Deve ser verificado e registrado o
de água purificada ou água para injetáveis e, correto desempenho das operações de impressão
quando apropriado, outros tipos de tubulação, realizadas separadamente ou no decorrer do
devem ser sanitizadas e mantidas de acordo com processo de embalagem.
procedimentos escritos que determinem os Parágrafo único. Deve ser dada maior atenção
limites de contaminação microbiana e as às impressões manuais, as quais devem ser
medidas a serem adotadas em caso de conferidas em intervalos regulares.
contaminação. Art. 275. A fim de se evitar mistura/troca
Art. 268. Os equipamentos e instrumentos deve ser tomado cuidado especial quando forem
utilizados nos procedimentos de medições, utilizados rótulos avulsos ou quando forem
pesagens, registros e controles devem ser feitas grandes quantidades de impressão fora da
submetidos à manutenção e à calibração a linha de embalagem, bem como quando forem
intervalos pré-estabelecidos e os registros de adotadas operações de embalagem manual.
tais operações devem ser mantidos. § 1º Deve-se dar preferência a rótulos de
§ 1º Para assegurar um funcionamento alimentação por rolos a rótulos avulsos, para
satisfatório, os instrumentos devem ser evitar misturas.
verificados diariamente ou antes de serem § 2º A verificação em linha de todos os
utilizados para ensaios analíticos. rótulos por meios eletrônicos pode ser útil para
§ 2º As datas de calibração, manutenção e evitar misturas, mas devem ser feitas
futuras calibrações devem estar claramente verificações para garantir que quaisquer leitores
estabelecidas e registradas, preferencialmente eletrônicos de códigos, contadores de rótulos ou

365
aparelhos similares estejam funcionando até que a sua qualidade tenha sido julgada
corretamente. satisfatória.
§ 3º Quando os rótulos são anexados Parágrafo único. O Controle de
manualmente, devem ser realizados controles Qualidade não deve resumirse às operações
em processo com maior freqüência. laboratoriais, deve participar e ser envolvido em
Art. 276. As informações impressas e todas as decisões que possam estar relacionadas
gravadas em relevo nos materiais de embalagem à qualidade do produto.
devem ser nítidas e resistentes ao desgaste e Art. 282. A independência do controle de
adulteração. qualidade em relação à produção é fundamental.
Art. 277. A inspeção em linha do produto Art. 283. Cada fabricante (detentor de
durante a embalagem deve incluir regularmente, uma autorização de fabricação) deve possuir um
pelo menos, as seguintes verificações: departamento de Controle de Qualidade.
I - aspecto geral das embalagens; § 1º O Departamento de Controle de
II - se as embalagens estão completas; Qualidade deve estar sob a responsabilidade de
III - se estão sendo utilizados os produtos uma pessoa com qualificação e experiência
e os materiais de embalagem corretos; apropriadas, que tenha um ou vários
IV - se as impressões realizadas estão laboratórios de controle à sua disposição.
corretas; e § 2º Devem estar disponíveis recursos
V - o funcionamento correto dos adequados para garantir que todas as atividades
monitores da linha de embalagem. de controle de qualidade sejam realizadas com
Parágrafo único. As amostras retiradas eficácia e confiabilidade.
na linha de embalagem para inspeção em linha § 3º As exigências básicas para o
não devem retornar ao processo de embalagem controle de qualidade são as seguintes:
sem a devida avaliação. I - instalações adequadas, pessoal
Art. 278. Os produtos envolvidos em treinado e procedimentos aprovados devem
ocorrências anormais durante o procedimento de estar disponíveis para amostragem, inspeção e
embalagem somente devem ser reintroduzidos análise de matérias-primas, materiais de
após serem submetidos à inspeção, investigação embalagem, produtos intermediários, a granel e
e aprovação por pessoa designada. terminados. Quando necessário, devem existir
Parágrafo único. Devem ser mantidos procedimentos aprovados para o monitoramento
registros detalhados dessas operações. ambiental;
Art. 279. Qualquer discrepância, II - amostras de matérias-primas,
significativa ou incomum, observada durante a materiais de embalagem, produtos
reconciliação da quantidade do produto a granel, intermediários, a granel e terminados devem ser
dos materiais de embalagem impressos e do coletadas por meio de procedimentos aprovados
número de unidades embaladas, deve ser e por pessoal qualificado pelo Controle de
investigada e justificada satisfatoriamente antes Qualidade;
que o lote seja liberado. III - devem ser realizadas qualificações e
Art. 280. Após a conclusão de cada validações necessárias relacionadas ao controle
operação, todos os materiais de embalagem de qualidade;
codificados com o número de lote não utilizados IV - devem ser feitos registros (manual
devem ser destruídos, devendo o processo de ou por meio eletrônico) demonstrando que todos
destruição ser registrado. os procedimentos de amostragem, inspeção e
Parágrafo único. Para que os materiais testes foram de fato realizados e que quaisquer
impressos não codificados sejam devolvidos ao desvios foram devidamente registrados e
estoque, devem ser seguidos procedimentos investigados;
escritos. V - os produtos terminados devem
possuir a composição qualitativa e quantitativa
CAPÍTULO XVII de acordo com o descrito no registro; os
BOAS PRÁTICAS DE CONTROLE DE componentes devem ter a pureza exigida, devem
QUALIDADE estar em recipientes apropriados e devidamente
rotulados;
Art. 281. O Controle de Qualidade é VI - devem ser registrados os resultados
responsável pelas atividades referentes à das análises realizadas nos materiais e produtos
amostragem, às especificações e aos ensaios, intermediários, a granel e terminados;
bem como à organização, à documentação e aos VII - nenhum lote de produto deve ser
procedimentos de liberação que garantam que aprovado antes da avaliação da conformidade
os ensaios sejam executados e que os materiais com as especificações constantes no registro por
e os produtos terminados não sejam aprovados pessoa(s) designada(s); e

366
VIII - devem ser retidas amostras Art. 291. Cada recipiente contendo
suficientes de matérias primas e produtos para amostra deve ser identificado e conter as
permitir uma análise futura; o produto retido seguintes informações:
deve ser mantido em sua embalagem final, a I - o nome do material amostrado;
menos que a embalagem seja excepcionalmente II - o número do lote;
grande. III - o número do recipiente do qual a
Art. 284. O controle de qualidade tem amostra foi retirada;
como outras atribuições estabelecer, validar e IV - o número da amostra;
implementar todos os procedimentos de controle V - a assinatura da pessoa responsável
de qualidade, avaliar, manter e armazenar os pela coleta; e
padrões de referência, garantir a rotulagem VI - a data da amostragem.
correta dos reagentes, padrões e outros materiais Art. 292. Os resultados fora de
de sua utilização, garantir que a estabilidade dos especificação obtidos durante os testes de
ingredientes ativos e medicamentos seja materiais ou produtos devem ser investigados de
monitorada, participar da investigação de acordo com um procedimento aprovado.
reclamações relativas à qualidade do produto e Parágrafo único. As investigações devem
participar do monitoramento ambiental. ser concluídas, as medidas corretivas e
Parágrafo único. Todas essas operações preventivas adotadas e os registros mantidos.
devem ser realizadas em conformidade com
procedimentos escritos e, quando necessário, Seção II
registradas. Ensaios Necessários Matérias-Primas e
Art. 285. O pessoal do controle de Materiais de Embalagem
qualidade deve ter acesso às áreas de produção
para amostragem e investigação. Art. 293. Antes que as matérias-primas e
os materiais de embalagem sejam liberados para
Seção I uso, o responsável pelo Controle de Qualidade
Controle de Matérias-Primas e Produtos deve garantir que esses foram testados quanto à
Intermediários, a Granel e Terminados conformidade com as especificações.
Art. 294. Devem ser realizados ensaios
Art. 286. Todos os ensaios devem seguir de identificação nas amostras retiradas de todos
procedimentos escritos e aprovados. os recipientes de matéria-prima.
Parágrafo único. Os resultados devem ser Art. 295. É permitido amostrar somente
verificados pelo responsável antes que os uma parte dos volumes quando um
materiais ou produtos sejam liberados ou procedimento de qualificação de fornecedores
reprovados. tenha sido estabelecido para garantir que
Art. 287. As amostras devem ser nenhum volume de matériaprima tenha sido
representativas do lote do material do qual incorretamente rotulado.
foram retiradas, segundo procedimentos escritos § 1º A qualificação deve levar em
e aprovados. consideração ao menos os seguintes aspectos:
Art. 288. A amostragem deve ser I - a natureza e a classificação do
realizada de forma a evitar a ocorrência de fabricante e do fornecedor e o seu grau de
contaminação ou outros efeitos adversos sobre a conformidade com os requisitos de Boas
qualidade do produto amostrado. Práticas de Fabricação;
Parágrafo único. Os recipientes II - o sistema de garantia da qualidade do
amostrados devem ser identificados e fabricante da matéria-prima;
cuidadosamente fechados após a amostragem. III - as condições sob as quais as
Art. 289. Durante a amostragem deve ser matérias-primas são produzidas e controladas; e
tomado o cuidado de evitar contaminações ou IV - a natureza da matéria-prima e do
misturas do material que está sendo amostrado. medicamento no qual será utilizada.
§ 1º Todos os equipamentos utilizados na § 2º Com tal qualificação, é possível a
amostragem e que entrarem em contato com os isenção do teste de identificação em amostras
materiais devem estar limpos. retiradas de cada recipiente de matéria prima
§ 2º Alguns materiais particularmente nos seguintes casos:
perigosos ou potentes requerem precauções I - matérias-primas oriundas de uma
especiais. planta mono produtora; ou
Art. 290. Os equipamentos utilizados na II - matérias-primas adquiridas
amostragem devem estar limpos e, se diretamente do fabricante, ou em recipientes
necessário, esterilizados e guardados lacrados no fabricante, no qual haja um
separadamente dos demais equipamentos histórico confiável e sejam realizadas auditorias
laboratoriais.

367
regulares da qualidade no sistema de garantia da Art. 301. As amostras retidas de cada
qualidade do fabricante. lote de produto terminado devem ser mantidas
§ 3º A isenção prevista no parágrafo por, pelo menos, 12 (doze) meses após o
anterior não se aplica para os seguintes casos: vencimento, exceto para Soluções Parenterais
I - matérias-primas fornecidas por de Grande Volume (SPGV), que devem ser
intermediários, tais como importadores e conservadas por, no mínimo, 30 (trinta) dias
distribuidores, quando o fabricante é após o vencimento.
desconhecido ou não auditado pelo fabricante § 1º Os produtos terminados devem ser
do medicamento; mantidos em suas embalagens finais e
II - matérias-primas fracionadas; e armazenados sob as condições recomendadas.
III - matérias-primas utilizadas para § 2º Se o produto for embalado em
produtos parenterais. embalagens grandes, excepcionalmente as
Art. 296. Cada lote de material de amostras podem ser guardadas em recipientes
embalagem impresso deve ser examinado antes menores com as mesmas características e
do uso. armazenadas sob as condições recomendadas.
Art. 297. Em substituição à realização de § 3º As amostras de substâncias ativas
testes de controle de qualidade, o fabricante devem ser retidas por, pelo menos, um ano após
pode aceitar o certificado de análise emitido o vencimento dos prazos de validade dos
pelo fornecedor, desde que a sua confiabilidade produtos finais aos quais tenham dado origem.
seja estabelecida por meio de avaliação § 4º Amostras de outras matérias-primas
periódica dos resultados apresentados e de (excipientes), exceto solventes, gases e água,
auditorias às suas instalações, o que não exclui a devem ser retidas pelo período mínimo de dois
necessidade da realização do teste de anos após seu respectivo prazo de validade, se
identificação. assim permitirem os respectivos estudos de
§ 1º Os certificados emitidos pelo estabilidade efetuados pelo fabricante da
fornecedor devem ser originais e ter sua matéria-prima.
autenticidade assegurada. § 5º As quantidades de amostras de
§ 2º Os certificados devem conter as materiais e produtos retidos devem ser
seguintes informações: suficientes para possibilitar que sejam
I - identificação do fornecedor, realizadas, pelo menos, duas análises completas.
assinatura do funcionário responsável;
II - nome e número de lote do material Seção VI
testado; Estudos de Estabilidade
III - descrição das especificações e dos
métodos utilizados; e Art. 302. O Controle de qualidade deve
IV - descrição dos resultados dos ensaios avaliar a qualidade e a estabilidade dos produtos
e a data em que tenham sido realizados. terminados e, quando necessário, das matérias-
primas, dos produtos intermediários e a granel.
Seção III Art. 303. Devem ser estabelecidas datas
Controle em Processo e especificações de validade com base nos testes
de estabilidade relativos a condições de
Art. 298. Devem ser mantidos registros armazenamento.
de controle em processo, os quais devem fazer Art. 304. Deve ser desenvolvido e
parte da documentação do lote. implementado um programa escrito de estudo
de estabilidade, incluindo os seguintes
Seção IV elementos:
Produtos Terminados I - descrição completa do produto
envolvido no estudo;
Art. 299. Para a liberação dos lotes deve II - todos os parâmetros dos métodos e
ser assegurada a conformidade com as dos ensaios, que devem descrever os
especificações estabelecidas mediante ensaios procedimentos dos ensaios de potência, pureza,
laboratoriais. características físicas, testes microbiológicos
Art. 300. Os produtos que não atenderem (quando aplicável), bem como as evidências
às especificações estabelecidas devem ser documentadas de que os ensaios realizados são
reprovados. indicadores da estabilidade do produto;
III - previsão quanto à inclusão de um
Seção V número suficiente de lotes;
Amostras de Referência IV - cronograma de ensaio para cada
produto;

368
V - instruções sobre condições especiais do lote, e ainda após qualquer interrupção
de armazenamento; significativa do trabalho; e
VI - instruções quanto à retenção II - produtos que tenham sido
adequada de amostras; e esterilizados por calor em sua embalagem final -
VII - um resumo de todos os dados as amostras devem incluir recipientes das zonas
obtidos, incluindo a avaliação e as conclusões potencialmente mais frias de cada carga.
do estudo. Art. 311. O teste de esterilidade realizado
Art. 305. A estabilidade de um produto no produto final deve ser considerado apenas
deve ser determinada antes da comercialização e como uma das últimas medidas de controle
deve ser repetida após quaisquer mudanças utilizadas para assegurar a esterilidade do
significativas nos processos de produção, produto.
equipamentos, materiais de embalagem e outras Art. 312. A esterilidade dos produtos
que possam influir na estabilidade do produto. terminados é assegurada por validação do ciclo
de esterilização, no caso de produtos
TÍTULO III esterilizados terminalmente e por meio de
PRODUTOS ESTÉREIS simulação com meios de cultura para produtos
fabricados assepticamente.
Art. 306. As diretrizes aqui apresentadas § 1º A documentação do lote e os
não substituem nenhuma seção anterior, mas registros de monitoramento ambiental devem
reforçam pontos específicos sobre a fabricação ser examinados em conjunto com os resultados
de preparados estéreis, a fim de minimizar os dos testes de esterilidade.
riscos de contaminação por substâncias § 2º O procedimento do teste de
pirogênicas, partículas viáveis ou não viáveis. esterilidade deve ser validado para cada
produto.
CAPÍTULO I § 3º Os métodos farmacopéicos devem
CONSIDERAÇÕES GERAIS ser utilizados para a validação e desempenho do
teste de esterilidade.
Art. 307. A produção de preparações Art. 313. Para produtos injetáveis, a água
estéreis deve ser realizada em áreas limpas, cuja para injetáveis, os produtos intermediários e os
entrada de pessoal e de materiais deve ser feita produtos terminados devem ser monitorados
através de antecâmaras. para endotoxinas, utilizando um método
Parágrafo único. As áreas devem ser farmacopéico que tenha sido validado para cada
mantidas dentro de padrões de limpeza produto.
apropriados e, devem conter sistemas de § 1º Para soluções parenterais de grande
ventilação que utilizem filtros de eficiência volume, tal monitoramento de água ou
comprovada. intermediários também deve ser feito, além dos
Art. 308. As diversas operações testes requeridos pela monografia aprovada do
envolvidas no preparo dos materiais (por ex.: produto terminado.
recipientes e tampas), no preparo do produto, no § 2º Quando uma amostra é reprovada
envase e na esterilização devem ser realizadas em um teste, a causa da reprovação deve ser
em áreas separadas dentro da área limpa. investigada e ações corretivas adotadas, quando
Art. 309. As operações de fabricação são necessário.
divididas em duas categorias: a primeira, onde Art. 314. Os lotes que não foram
os produtos são esterilizados terminalmente e a aprovados no teste inicial de esterilidade não
segunda, onde parte ou todas as etapas do podem ser aprovados com base em um segundo
processo são conduzidas assepticamente. teste, salvo se for realizada uma investigação e o
resultado demonstrar claramente que o teste
CAPÍTULO II inicial não era válido.
CONTROLE DE QUALIDADE Parágrafo único. A investigação deve
contemplar, entre outros aspectos, o tipo de
Art. 310. As amostras coletadas para o microrganismo encontrado, os registros sobre as
ensaio de esterilidade devem ser representativas condições ambientais e sobre o processamento
da totalidade do lote e/ou sub-lote, devendo ser dos lotes, bem como os registros e
dada atenção especial às partes do lote que procedimentos laboratoriais utilizados no teste
representem maior risco de contaminação, como inicial.
por exemplo:
I - produtos que tenham passado por CAPÍTULO III
processo de envase asséptico - as amostras SANITIZAÇÃO
devem incluir os recipientes do início e do fim

369
Art. 315. A sanitização das áreas limpas
é um aspecto particularmente importante na Art. 319. As áreas limpas para a
fabricação de produtos estéreis. fabricação de produtos estéreis são classificadas
§ 1º Essas áreas devem ser limpas e de acordo com as suas condições ambientais.
sanitizadas freqüentemente, de acordo com um § 1º Cada etapa de fabricação requer uma
programa específico aprovado pela Garantia da condição ambiental apropriada "em operação",
Qualidade. para minimizar o risco de contaminação
§ 2º As áreas devem ser monitoradas microbiológica e por partículas do produto ou
regularmente para a detecção do surgimento de dos materiais utilizados.
microorganismos resistentes. § 2º Para alcançar as condições "em
§ 3º Tendo em vista a limitada eficácia operação", as áreas devem ser desenhadas para
da radiação ultravioleta, esta não deve ser atingir certos níveis especificados de pureza do
utilizada como substituta nas operações de ar na condição "em repouso". A condição "em
desinfecção química. repouso" é definida como aquela onde a
Art. 316. Os desinfetantes e os instalação está finalizada, os equipamentos de
detergentes devem ser monitorados para produção instalados e em funcionamento, mas
detectar possível contaminação microbiana; sua não existem pessoas presentes. A condição "em
eficácia deve ser comprovada; as diluições operação" é definida como aquela em que a área
devem ser mantidas em recipientes previamente está em funcionamento para uma operação
limpos e não devem ser guardadas por longos definida e com um número especificado de
períodos de tempo, a menos que sejam pessoas presentes.
esterilizadas. § 3º As áreas limpas utilizadas na
§ 1º Os recipientes parcialmente fabricação de produtos estéreis são classificadas
esvaziados não devem ser completados. em quatro diferentes graus, sendo eles:
§ 2º Os desinfetantes e detergentes I - grau A: zona de alto risco operacional,
utilizados nas áreas grau A e B devem ser por exemplo, envase e conexões assépticas.
esterilizados antes do uso ou ter sua esterilidade Normalmente estas operações devem ser
comprovada. realizadas sob fluxo unidirecional. Os sistemas
Art. 317. Deve ser realizado um controle de fluxo unidirecional devem fornecer uma
microbiológico das diferentes classes das áreas velocidade de ar homogênea de
limpas durante a operação. aproximadamente 0.45m/s ± 20% na posição de
§ 1º Quando forem realizadas operações trabalho;
assépticas, o monitoramento deve ser freqüente II - grau B: em áreas circundantes às de
e os métodos, tais como placas de sedimentação, grau A para preparações e envase assépticos; e
amostragem volumétrica de ar e de superfícies III - grau C e D: áreas limpas onde são
(ex. swab e placas de contato) devem ser realizadas etapas menos críticas na fabricação
utilizados. de produtos estéreis.
§ 2º As áreas não devem ser § 4º A classificação do ar para os quatro
contaminadas pelos métodos de amostragem graus é dada na Tabela 2 disposta no ANEXO.
utilizados. § 5º Para alcançar os graus B, C e D, o
§ 3º Os resultados de monitoramento número de trocas de ar deve ser apropriado ao
devem ser revisados para fins de liberação do tamanho da sala, aos equipamentos nela
produto terminado. existentes e ao número de pessoas que nela
§ 4º Superfícies e pessoal devem ser trabalhem.
monitorados após a realização de operações § 6º O número de trocas totais do ar da
críticas. área deve ser no mínimo de 20 trocas/hora em
Art. 318. Devem ser estabelecidos uma sala com padrão de fluxo de ar adequado e
limites de alerta e de ação para a detecção de com filtros de alta eficiência de retenção de
contaminação microbiológica, e para o partículas apropriados (filtros HEPA - high
monitoramento de tendência da qualidade do ar efficiency particule air).
nas instalações. § 7º Os diferentes sistemas de
Parágrafo único. Os limites expressos em classificação de partículas para áreas limpas
unidades formadoras de colônia (UFC) para o estão apresentados na Tabela 3 disposta no
monitoramento microbiológico das áreas limpas ANEXO.
em operação encontram-se descritos na Tabela 1 Art. 320. A condição "em repouso"
disposta no ANEXO. descrita na Tabela 2 deve ser alcançada após a
conclusão das operações, na ausência de pessoal
CAPÍTULO IV e após um curto período de recuperação.
FABRICAÇÃO DE PREPARAÇÕES § 1º A condição "em operação" para o
ESTÉREIS grau A deve ser mantida nos arredores

370
imediatos do produto sempre que ele estiver Art. 327 O manuseio de matérias-primas
exposto ao ambiente. estéreis e materiais, a não ser que sujeitos a
§ 2º Pode haver dificuldade na esterilização ou filtração esterilizante, deve ser
demonstração de conformidade à classificação realizado em um ambiente grau A circundado
de ar no ponto de envase, durante esta operação, por um ambiente grau B.
devido à formação de partículas/gotículas Art. 328. A preparação de soluções que
provenientes do próprio produto. são esterilizadas por filtração durante o processo
Art. 321. Devem ser estabelecidos deve ser realizada em uma área no mínimo grau
limites de alerta e de ação para o monitoramento C.
microbiológico e de partículas. Parágrafo único. Se as soluções não
Parágrafo único. Caso os limites sejam forem esterilizadas por filtração, a preparação
excedidos, ações corretivas devem ser tomadas, dos materiais e produtos deve ser feita em um
de acordo com o descrito nos procedimentos ambiente grau A circundado por um ambiente
operacionais. grau B.
Art. 322. Os graus de cada área de Art. 329. O manuseio e envase de
produção são especificados nos itens a seguir e produtos preparados assepticamente, assim
devem ser selecionados pelo fabricante com como o manuseio de equipamentos previamente
base na natureza do processo e nas validações esterilizados deve ser feito em um ambiente
correspondentes. grau A, circundado por um ambiente grau B.
Art. 330. A transferência de recipientes
Seção I parcialmente fechados, tais como os utilizados
Produtos Esterilizados Terminalmente em liofilização, deve ser realizada em ambiente
grau A circundado por ambiente grau B antes de
Art. 323. Os materiais e a maioria dos completamente fechados, ou a transferência
produtos devem ser preparados em um ambiente deve ocorrer em bandejas fechadas, em um
no mínimo grau D para serem alcançadas baixas ambiente grau B.
contagens microbianas e de partículas, Art. 331. A preparação e envase de
adequadas para filtração e esterilização. pomadas, cremes, suspensões e emulsões
Parágrafo único. Quando o produto está estéreis deve ser feita em ambiente grau A,
sujeito a um alto risco de contaminação circundado por ambiente grau B, quando o
microbiana (ex. por ser altamente suscetível a produto é exposto e não é posteriormente
crescimento microbiano, necessita ser mantido filtrado.
por um longo período de tempo antes da
esterilização, ou não é processado em Seção III
recipientes fechados), a preparação deve ser Produção
feita em ambiente grau C.
Art. 324. O envase dos produtos Art. 332. Devem ser tomadas precauções
esterilizados terminalmente deve ser feito em no sentido de minimizar a contaminação durante
um ambiente, no mínimo, grau C. todas as etapas de produção, incluindo as etapas
Parágrafo único. Quando o produto está anteriores à esterilização.
sujeito a um risco de contaminação pelo Art. 333. Preparações contendo
ambiente (ex. processo de envase lento, microorganismos vivos não podem ser
recipientes com uma grande abertura ou produzidas ou envasadas nas áreas utilizadas
exposição destes por mais de alguns segundos para a produção de outros medicamentos.
antes do fechamento), o envase deve ser Parágrafo único. Vacinas feitas com
realizado em ambiente grau A, circundado por microrganismos inativados ou com extratos
uma área, no mínimo, grau C. bacterianos podem ser envasadas, após sua
Art. 325. O preparo de outros produtos inativação, nas mesmas instalações de outros
estéreis, isto é, pomadas, cremes, suspensões e medicamentos, desde que os procedimentos de
emulsões, assim como os enchimentos dos inativação e limpeza sejam validados.
respectivos recipientes devem ser conduzidos, Art. 334. A validação dos processos
em geral, em ambiente de grau C, antes da assépticos deve incluir a simulação desses,
esterilização final. utilizando meios de cultura.
§ 1º A forma do meio de cultura utilizado
Seção II deve geralmente ser equivalente à forma
Preparação Asséptica farmacêutica do produto.
§ 2º O processo de simulação deve imitar
Art. 326. Os materiais devem ser da forma mais fiel possível as operações de
manuseados em um ambiente no mínimo grau D rotina, incluindo todas as etapas críticas
após a lavagem. subseqüentes.

371
§ 3º As condições de pior caso devem ser Art. 341. O tempo entre o início do
consideradas na simulação. preparo de uma determinada solução e sua
§ 4º A simulação deve ser repetida em esterilização deve ser o menor possível.
intervalos regulares e sempre que houver Parágrafo único. Deve ser estabelecido
alteração significativa nos equipamentos e um tempo máximo permitido para cada produto,
processos. que leve em consideração sua composição e o
§ 5º O número de recipientes utilizados método de armazenamento recomendado.
em uma simulação com meio de cultura deve Art. 342. Todo gás que entre em contato
ser suficiente para assegurar a confiabilidade da direto com produto, como os destinados a
avaliação. auxiliar no processo de filtração ou envase de
§ 6º Para pequenos lotes, o número de soluções, deve ser submetido à filtração
recipientes utilizados na simulação deve ser no esterilizante.
mínimo igual ao tamanho do lote do produto. Parágrafo único. A integridade dos filtros
Art. 335. Deve ser tomado cuidado para críticos de gases e de ar deve ser confirmada
que os processos de validação não influam após o uso.
negativamente nos processos de produção. Art. 343. A biocarga dos produtos deve
Art. 336. As fontes de provisão de água, ser monitorada antes da esterilização.
os equipamentos de tratamento de água e a água Parágrafo único. Deve ser estabelecido
tratada devem ser monitorados regularmente um limite máximo de contaminação antes da
quanto à presença de contaminantes químicos e esterilização, que esteja relacionado com
biológicos e, quando for o caso, deve também aeficiência do método utilizado e com o risco de
ser feito o controle para endotoxinas, a fim de contaminação por substâncias pirogênicas.
que a água atenda às especificações apropriadas Art. 344. Todas as soluções,
para seu uso. especialmente as soluções parenterais de grande
Parágrafo único. Devem ser mantidos volume devem ser submetidas à filtração para
registros dos resultados do monitoramento e das redução de biocarga, se possível imediatamente
medidas adotadas em caso de desvio. antes do seu processo de enchimento.
Art. 337. As atividades desenvolvidas Art. 345. Quando soluções aquosas
nas áreas limpas devem ser as mínimas forem colocadas em recipientes selados, os
possíveis, especialmente quando estiverem orifícios compensadores de pressão devem estar
sendo realizadas operações assépticas. protegidos, por exemplo, com filtros
§ 1º O movimento das pessoas deve ser hidrofóbicos que impeçam a passagem de
metódico e controlado, com a finalidade de microrganismos.
evitar um desprendimento excessivo de Art. 346. Os componentes, recipientes de
partículas e de microrganismos. produtos a granel, equipamentos e/ou quaisquer
§ 2º A temperatura e a umidade do outros artigos necessários na área limpa onde
ambiente não devem ser desconfortavelmente estiverem sendo desenvolvidas atividades
altas devido à natureza dos uniformes utilizados. assépticas devem ser esterilizados e, sempre que
Art. 338. A presença de recipientes e possível, transferidos para as áreas limpas
materiais que gerem partículas nas áreas limpas através de esterilizadores de dupla porta
deve ser reduzida ao mínimo e evitada embutidos na parede.
completamente quando estiver sendo realizado Parágrafo único. Outros procedimentos
um processo asséptico. utilizados com o fim de não introdução de
Art. 339. Após o processo final de contaminantes na área limpa podem ser aceitos
limpeza ou de esterilização, o manuseio de em algumas circunstâncias (por exemplo,
componentes, recipientes de produtos a granel e invólucro triplo).
equipamentos deve ser efetuado de tal modo que Art. 347. Qualquer procedimento novo
esses não sejam contaminados novamente. de fabricação deve ser validado para
Parágrafo único. Cada etapa do comprovação de sua eficácia.
processamento dos componentes, recipientes de Parágrafo único. A validação deve ser
produto a granel e equipamentos deve ser repetida a intervalos regulares ou quando forem
identificada adequadamente. feitas modificações significativas no processo
Art. 340. O intervalo entre a lavagem, a ou nos equipamentos.
secagem e a esterilização de componentes,
recipientes de produtos a granel e equipamentos, CAPÍTULO V
bem como, o intervalo entre a esterilização e o ESTERILIZAÇÃO
uso, deve ser o menor possível e estar
submetido a um limite de tempo apropriado às Art. 348. Quando possível, os produtos
condições de armazenamento validadas. devem preferencialmente ser esterilizados por
calor em seu recipiente final.

372
Parágrafo único. Quando a utilização do verificada por controles positivos. Se forem
método de esterilização por calor não for utilizados, devem ser tomadas precauções
possível devido à instabilidade da formulação, rigorosas para evitar a contaminação microbiana
um método alternativo deve ser utilizado a partir deles.
precedido de filtração e/ou processo asséptico. Art. 355. Devem ser estabelecidos meios
Art. 349. A esterilização pode ser feita claros para diferenciação dos produtos e
mediante a aplicação de calor seco ou úmido, materiais que tenham sido esterilizados daqueles
por irradiação com radiação ionizante, por que não o foram.
outros agentes esterilizantes gasosos ou por § 1º Cada recipiente, bandeja ou outro
filtração esterilizante com subseqüente tipo de transportador de produtos ou de
enchimento asséptico dos recipientes finais materiais deve ser visivelmente identificado
estéreis. com o nome do material ou do produto, seu
Parágrafo único. Cada método tem suas número de lote e a indicação se foi ou não
aplicações e limitações particulares. Quando for esterilizado.
possível e praticável, a escolha do método deve § 2º Quando apropriado, podem ser
ser a esterilização por calor. utilizados indicadores tais como fitas de
Art. 350. A contaminação autoclave, para indicar se determinado lote (ou
microbiológica das matérias-primas deve ser sublote) foi ou não submetido ao processo de
mínima e sua biocarga deve ser monitorada esterilização, porém, esses indicadores não
quando a necessidade para tal tenha sido fornecem informações confiáveis que
indicada. comprovem que o lote foi de fato esterilizado.
Art. 351. Todos os processos de Art. 356. Devem ser mantidos os
esterilização devem ser validados, considerando registros de cada ciclo de esterilização.
as diferentes cargas. Parágrafo único. Os registros devem ser
§ 1º O processo de esterilização deve aprovados como parte do procedimento de
corresponder ao declarado no relatório técnico liberação do lote.
do Registro do Produto. Seção I
§ 2º Deve ser dada atenção especial Esterilização Terminal
quando forem utilizados métodos de Subseção I
esterilização que não estejam de acordo com Esterilização por Calor
aqueles descritos nas farmacopéias ou outros
compêndios oficiais, bem como quando forem Art. 357. Cada ciclo de esterilização por
utilizados para a esterilização de produtos que calor deve ser registrado com equipamentos
não sejam soluções aquosas ou oleosas simples. apropriados, com exatidão e precisão
Art. 352. Antes da adoção de qualquer adequadas, (por exemplo: um gráfico de
processo de esterilização, a sua eficácia e sua tempo/temperatura com escala suficientemente
adequabilidade devem ser comprovadas por ampla).
meio de testes físicos (inclusive testes de § 1º A temperatura deve ser registrada a
distribuição e penetração de calor) e pelo uso de partir de uma sonda instalada no ponto mais frio
indicadores biológicos, no sentido de que sejam da câmara de esterilização, ponto esse
atingidas as condições de esterilização desejadas determinado durante o processo de qualificação.
em todos os pontos de cada tipo de carga a ser § 2º A temperatura deve ser conferida,
processada. preferencialmente contra um segundo sensor de
§ 1º O processo deve ser submetido à temperatura independente, localizado na mesma
revalidação periódica, pelo menos anualmente, e posição.
sempre que tiverem sido realizadas mudanças § 3º Os registros do ciclo de esterilização
significativas na carga a ser esterilizada ou no devem fazer parte da documentação do lote.
equipamento. § 4º Podem também ser utilizados
§ 2º Os resultados devem ser registrados. indicadores químicos e biológicos, não devendo
Art. 353. Para uma esterilização efetiva, esses substituir os controles físicos.
todo o material deve ser submetido ao Art. 358. Deve ser dado tempo suficiente
tratamento requerido e o processo deve ser para que a totalidade da carga atinja a
planejado de forma a assegurar a efetiva temperatura necessária, antes que sejam
esterilização. iniciadas as medições do tempo de esterilização.
Art. 354. Os indicadores biológicos Parágrafo único. O tempo deve ser
devem ser considerados apenas como um determinado para cada tipo de carga a ser
método adicional de monitoramento dos processada.
processos de esterilização. Eles devem ser Art. 359. Após a fase de temperatura
estocados e utilizados de acordo com as máxima do ciclo de esterilização por calor,
instruções do fabricante e sua qualidade devem ser tomadas as precauções necessárias

373
para impedir a contaminação da carga § 2º Se for inserido ar dentro da câmara,
esterilizada durante a fase de resfriamento. este deve ser filtrado através de filtro de
Parágrafo único. Qualquer fluído ou gás retenção microbiológica.
utilizado na fase de resfriamento que entre em § 3º Quando o processo de esterilização
contato direto com o produto ou material não por calor seco for também utilizado para
deve ser fonte de contaminação microbiológica. remoção de pirogênios, devem ser realizados
ensaios que utilizem endotoxinas, como parte da
Subseção II validação.
Esterilização por Calor Úmido
Subseção IV
Art. 360. A esterilização por calor úmido Esterilização por Radiação
é indicada somente no caso de materiais
permeáveis ao vapor e de soluções aquosas. Art. 364. A esterilização por radiação é
§ 1º A temperatura e a pressão devem ser utilizada principalmente em materiais e
utilizadas para monitorar o processo. produtos sensíveis ao calor. Por outro lado,
§ 2º A sonda do registrador de muitos medicamentos e alguns materiais de
temperatura deve ser independente da sonda embalagem são sensíveis à radiação.
utilizada pelo controlador da autoclave e deve § 1º Esse método somente deve ser
haver um indicador de temperatura, cuja leitura aplicado quando não há efeitos nocivos ao
durante o processo de esterilização deve ser produto, comprovados experimentalmente.
rotineiramente verificada por comparação com § 2º A radiação ultravioleta não é um
os valores obtidos no gráfico. método aceitável de esterilização.
§ 3º No caso de autoclaves que Art. 365. Se a esterilização por radiação
disponham de um dreno na parte inferior da for realizada por contrato com terceiros, o
câmara de esterilização, também é necessário fabricante tem a responsabilidade de garantir
registrar a temperatura nessa posição durante que as exigências previstas no artigo anterior
todo o processo de esterilização. sejam cumpridas e que o processo de
§ 4º Quando uma fase de vácuo faz parte esterilização seja validado.
do ciclo de esterilização devem ser feitos Parágrafo único. As responsabilidades do
controles periódicos da hermeticidade da operador da planta de radiação (ex. uso da dose
câmara. correta) devem ser especificadas.
Art. 361. Os materiais a serem Art. 366. Durante o processo de
esterilizados (quando não são produtos contidos esterilização as doses de radiação utilizadas
em recipientes selados) devem ser embrulhados devem ser medidas.
em materiais que permitam a remoção de ar e a § 1º Devem ser utilizados dosímetros que
penetração de vapor, mas que evitem a sejam independentes da dose aplicada e que
recontaminação após a esterilização. indiquem a quantidade real das doses de
Parágrafo único. Todas as partes da carga radiação recebidas pelo produto.
da autoclave devem estar em contato com o § 2º Os dosímetros devem ser incluídos
vapor saturado ou com a água, à temperatura na carga em número suficiente e tão próximos
exigida e durante todo o tempo estipulado. uns dos outros que permitam assegurar que há
Art. 362. Deve ser assegurado que o sempre um dosímetro na câmara de radiação.
vapor utilizado na esterilização seja de § 3º Quando forem utilizados dosímetros
qualidade adequada ao processo e que não plásticos, esses também devem ser utilizados
contenha aditivos em quantidades que possam dentro do limite de tempo estabelecido por suas
causar contaminação do produto ou do calibrações.
equipamento. § 4º As leituras dos valores de absorção
dos dosímetros devem ser feitas logo após a
Subseção III exposição à radiação.
Esterilização por Calor Seco § 5º Os indicadores biológicos somente
podem ser utilizados como meio de controle
Art. 363. A esterilização por calor seco adicional.
pode ser adequada para líquidos não aquosos ou § 6º Discos coloridos sensíveis à
produtos em pó. radiação podem ser utilizados para diferenciar
§ 1º O processo de esterilização por calor as embalagens que foram submetidas à radiação
seco deve incluir a circulação forçada de ar daquelas que não foram; esses não podem ser
dentro da câmara de esterilização e a considerados como indicadores de garantia da
manutenção de pressão positiva, a fim de evitar esterilidade.
a entrada de ar não estéril.

374
§ 7º Toda a informação obtida durante o Parágrafo único. Os registros devem
processo deve ser registrada na documentação fazer parte da documentação do lote.
do lote. Art. 376. Os indicadores biológicos
Art. 367. Os efeitos de variações da devem ser conservados e utilizados conforme as
densidade do material a ser esterilizado devem instruções do fabricante e seu desempenho deve
ser considerados na validação do processo de ser conferido por meio de controles positivos.
esterilização. Art. 377. Para cada ciclo de esterilização
Art. 368. Os procedimentos para a devem ser mantidos registros de duração do
manipulação dos materiais devem assegurar que ciclo de esterilização, da pressão, da
não há possibilidade de mistura entre os temperatura e da umidade dentro da câmara
produtos irradiados e os não irradiados. durante o processo e da concentração do gás
Parágrafo único. Cada embalagem deve utilizado.
ter um indicador sensível às radiações que § 1º A pressão e a temperatura devem ser
identifique aquelas que foram irradiadas. registradas em gráfico durante todo o ciclo.
Art. 369. A dose de radiação total deve § 2º Os registros devem fazer parte da
ser aplicada por um período de tempo pré- documentação do lote.
estabelecido. Art. 378. Após a esterilização, a carga
deve ser armazenada de forma controlada, sob
Subseção V condições de ventilação, para que o gás residual
Esterilização por Gases e Fumigantes e os produtos reativos presentes decaiam a
níveis aceitáveis.
Art. 370. Os métodos de esterilização por Parágrafo único. Este processo deve ser
gases ou fumigantes somente devem ser usados validado.
quando não houver nenhum outro método
disponível. Seção II
Art. 371. Vários gases e fumigantes Processo Asséptico e Esterilização por Filtração
podem ser usados para esterilização (ex. óxido
de etileno, vapores de peróxido de hidrogênio). Art. 379. O processo asséptico deve
Parágrafo único. O óxido de etileno deve manter a esterilidade de um produto que é
ser utilizado somente quando nenhum outro preparado a partir de componentes, os quais
método for aplicável. foram esterilizados por um dos métodos
Art. 372. Durante a validação do anteriormente mencionados.
processo, deve ser comprovado que não há Parágrafo único. As condições de
efeitos nocivos para o produto e que o tempo de operação devem prevenir a contaminação
ventilação é suficiente para que os resíduos do microbiana.
gás e dos produtos reativos estejam abaixo do Art. 380. Durante o processo asséptico
limite definido como aceitável para o produto. deve ser dada atenção especial aos seguintes
Estes limites devem ser incorporados às itens, de forma a manter a esterilidade dos
especificações. componentes e produtos:
Art. 373. Deve ser assegurado o contato I - o ambiente;
direto entre o gás e os microorganismos. II - o pessoal;
§ 1º Precauções devem ser adotadas para III - as superfícies críticas;
evitar a presença de organismos que possam IV - os procedimentos de esterilização e
estar contidos em materiais tais como cristais ou de transferência de recipientes/tampas;
proteínas secas. V - o período máximo de
§ 2º A natureza e a quantidade dos armazenamento do produto antes do envase; e
materiais de embalagem podem afetar VI - o filtro esterilizante.
significativamente o processo. Art. 381. Determinadas soluções e
Art. 374. Antes de serem submetidos à líquidos, que não podem ser esterilizados em
ação do gás, os materiais devem alcançar e seus recipientes finais, podem ser filtrados para
manter o equilíbrio com a temperatura e a recipientes previamente esterilizados, através de
umidade exigidas pelo processo. filtros previamente esterilizados (de acordo com
Parágrafo único. O tempo utilizado nesse recomendações do fabricante), com
processo deve ser considerado, de modo a especificação de tamanho de poro de 0,2 m (ou
minimizar o tempo anterior à esterilização. menor), sendo fundamental que esse possua
Art. 375. Cada ciclo de esterilização documentação comprovando que foi
deve ser monitorado com indicadores biológicos adequadamente submetido a desafio
adequados, em número apropriado, distribuídos bacteriológico.
por toda a carga. Parágrafo único. Os filtros podem
remover bactérias e fungos, mas podem permitir

375
a passagem de certos organismos diminutos(ex. volume de lote, características físico-químicas
micoplasmas). O filtro deve ser validado para do produto etc. devem ter sido considerados na
comprovar que efetivamente esteriliza o produto validação da filtração esterilizante.
nas condições reais de processo, sem causar § 1º Quaisquer diferenças significativas
alterações prejudiciais em sua composição. no processo em relação aos parâmetros
Art. 382. Devido aos potenciais riscos considerados na validação devem ser registradas
adicionais do método de filtração quando e investigadas.
comparado com outros processos de § 2º Os resultados destas verificações
esterilização, é recomendável a utilização de devem ser anotados na documentação do lote.
filtros esterilizantes redundantes (dois filtros em Art. 388. O mesmo filtro não deve ser
série) ou um filtro esterilizante adicional utilizado por mais que um dia de trabalho, a
imediatamente antes do envase. menos que tal uso tenha sido validado.
Parágrafo único. Os filtros esterilizantes Art. 389. O filtro não deve afetar o
podem ser de camada simples ou dupla. produto, removendo seus ingredientes ou
Art. 383. A filtração esterilizante final acrescentando outras substâncias.
deve ser realizada o mais próximo possível do
ponto de enchimento. Seção III
Art. 384. Não devem ser utilizados filtros Pessoal
que soltem fibras.
Parágrafo único. A utilização de filtros Art. 390. Somente o número mínimo
de amianto deve ser absolutamente excluída. requerido de pessoas deve estar presente nas
Art. 385. A integridade do filtro deve ser áreas limpas; isto é particularmente importante
conferida por um método apropriado, tais como durante os processos assépticos. Se possível, as
o ensaio de ponto de bolha, fluxo difusivo ou inspeções e os controles devem ser realizados
teste de retenção/declínio de pressão, do lado de fora dessas áreas.
imediatamente após o uso. Recomenda-se Art. 391. Todo pessoal (inclusive de
também a realização do teste de integridade do limpeza e de manutenção) que desenvolva
filtro antes do uso. atividades nessas áreas deve receber
§ 1º Os parâmetros para o teste de treinamento inicial e regular em disciplinas
integridade (líquido molhante, gás teste, pressão relevantes à produção de produtos estéreis,
de teste, temperatura do teste, critério de incluindo referência a questões de higiene
aprovação etc.) para cada filtro esterilizante pessoal, conceitos básicos de microbiologia e
específico devem ser descritos em procedimentos para a correta paramentação em
procedimento. Estes parâmetros devem estar áreas limpas.
correlacionados com o teste de desafio Parágrafo único. Caso seja necessário o
bacteriológico realizado previamente e essa ingresso nessas áreas de pessoas que não
correlação deve estar documentada. tenham recebido treinamento, devem ser
§ 2º Caso seja utilizado o próprio tomados cuidados específicos quanto à
produto como líquido molhante, o estudo de supervisão das mesmas.
desenvolvimento dos parâmetros de teste de Art. 392. Os funcionários que estiverem
integridade deve estar documentado. participando de atividades relacionadas à
Art. 386. A integridade dos filtros produção de produtos em substrato de tecido
críticos deve ser confirmada após o uso. São animal ou de culturas de microrganismos
considerados filtros críticos todos aqueles diferentes daqueles utilizados no processo de
destinados a filtrar fluído que entram em contato fabricação em curso, não devem entrar nas áreas
direto com o produto (por exemplo, filtros de de produção de produtos estéreis, a menos que
gases, de ar, filtros de respiro de tanques). sejam aplicados procedimentos de
Recomenda-se também a realização do teste de descontaminação previamente estabelecidos.
integridade desses filtros antes do uso. Art. 393. A adoção de altos padrões de
§ 1º A integridade dos outros filtros higiene pessoal e de limpeza é essencial. As
esterilizantes deve ser confirmada em intervalos pessoas envolvidas na fabricação de
apropriados. medicamentos devem ser instruídas para
§ 2º Deve-se considerar um maior rigor comunicar a seu superior qualquer alteração de
no monitoramento da integridade dos filtros nos sua condição de saúde, que possa contribuir na
processos que envolvem condições drásticas, disseminação de contaminantes.
como por exemplo, a circulação de ar em alta § 1º É recomendável a realização de
temperatura. exames periódicos de saúde.
Art. 387. O tempo de filtração bem como § 2º As ações a serem tomadas com
todas as outras condições operacionais tais relação às pessoas que possam estar
como temperatura, diferenciais de pressão, introduzindo riscos microbiológicos indevidos

376
devem ser tomadas por pessoal competente Art. 400. As roupas utilizadas nas áreas
designado para tal. limpas devem ser lavadas ou limpas, de forma a
Art. 394. As roupas de uso pessoal não evitar a liberação de contaminantes nas áreas
devem ser trazidas para dentro das áreas limpas. onde vão ser utilizadas.
§ 1º As pessoas que entrarem nos § 1º É recomendável contar com uma
vestiários destas áreas já devem estar com os lavanderia destinada exclusivamente para este
uniformes padrão da fábrica. tipo de roupa.
§ 2º Os processos de troca de roupa e de § 2º Roupas danificadas pelo uso podem
higienização devem seguir procedimentos aumentar o risco de liberação de partículas.
escritos, elaborados para minimizar a § 3º As operações de limpeza e
contaminação da área limpa de paramentação ou esterilização das roupas devem seguir os
a introdução de contaminantes nas áreas limpas. Procedimentos Operacionais Padrão - POPs.
Art. 395. Os relógios de pulso e as jóias § 4º O uso de vestimentas descartáveis
não devem ser usados nas áreas limpas, bem pode ser necessário.
como produtos cosméticos que possam
desprender partículas. Seção IV
Art. 396. As roupas utilizadas devem ser Instalações
apropriadas ao processo e à classificação da área
limpa onde o pessoal estiver trabalhando, Art. 401. Todas as instalações, sempre
devendo ser observado: que possível, devem ser projetadas de modo a
I - grau D: o cabelo, a barba e o bigode evitar a entrada desnecessária do pessoal de
devem estar cobertos. Devem ser usadas supervisão e de controle.
vestimentas protetoras e sapatos fechados Parágrafo único. As áreas de grau B
próprios para a área ou protetores de calçados. devem ser projetadas de forma tal que todas as
Medidas apropriadas devem ser tomadas a fim operações possam ser observadas do lado de
de evitar qualquer contaminação proveniente fora.
das áreas externas; Art. 402. Nas áreas limpas, todas as
II - grau C: o cabelo, a barba e o bigode superfícies expostas devem ser lisas,
devem estar cobertos. Devem ser usadas impermeáveis, a fim de minimizar o acúmulo ou
vestimentas apropriadas, amarradas no pulso e a liberação de partículas ou microrganismos,
com gola alta. A roupa não pode soltar fibras ou permitindo a aplicação repetida de agentes de
partículas. Além disso, devem ser usados limpeza e desinfetantes, quando for o caso.
sapatos fechados próprios para a área ou Art. 403. Para reduzir o acúmulo de
protetores de calçados; e poeira e facilitar a limpeza, nas áreas limpas não
III - graus A/B: deve ser utilizado capuz devem existir superfícies que não possam ser
que cubra totalmente o cabelo, a barba e o limpas.
bigode; sua borda inferior deve ser colocada § 1º As instalações devem ter o mínimo
para dentro da vestimenta. Deve ser utilizada de saliências, prateleiras, armários e
máscara de rosto, a fim de evitar que sejam equipamentos.
espalhadas gotas de suor. Devem ser usadas § 2º As portas devem ser projetadas de
luvas esterilizadas de borracha, sem pó, além de forma a evitar a existência de superfícies que
botas desinfetadas ou esterilizadas. As barras da não possam ser limpas; as portas corrediças não
calça devem ser colocadas para dentro das devem ser utilizadas.
botas, assim como as mangas colocadas para Art. 404. Os forros devem ser selados de
dentro das luvas. A roupa protetora não deve forma que seja evitada a contaminação
soltar nenhuma fibra ou partícula e deve reter as proveniente do espaço acima deles.
partículas liberadas pelo corpo de quem a esteja Art. 405. As tubulações, dutos e outras
utilizando. utilidades devem ser instalados de forma que
Art. 397. As roupas de uso pessoal não não criem espaços de difícil limpeza.
devem ser trazidas para as áreas de Art. 406. As pias e os ralos, sempre que
paramentação que dão acesso às áreas de graus possível, devem ser evitados e não devem
B e C. existir nas áreas A/B onde estiverem sendo
Art. 398. Todos os funcionários que realizadas operações assépticas.
estiverem trabalhando em salas de grau A e B § 1º Quando precisarem ser instalados,
devem receber roupas limpas e esterilizadas a devem ser projetados, localizados e mantidos de
cada sessão de trabalho. modo a minimizarem os riscos de contaminação
Art. 399. As luvas devem ser microbiana, devem conter sifões eficientes,
regulamente desinfetadas durante as operações, fáceis de serem limpos e que sejam adequados
assim como as máscaras e luvas trocadas a cada para evitar refluxo de ar e líquidos.
sessão de trabalho.

377
§ 2º As canaletas no solo, caso presentes, equipamentos ou operações, para as zonas de
devem ser abertas, de fácil limpeza e estar produção de maior risco.
conectadas a ralos externos, de modo que a Art. 411. Um sistema de alarme deve ser
introdução de contaminantes microbianos seja instalado para indicar a ocorrência de falhas no
evitada. sistema de ventilação.
Art. 407. Os vestiários das áreas limpas § 1º Deve ser colocado um indicador de
devem ser projetados sob a forma de diferencial de pressão entre as áreas onde tal
antecâmaras fechadas e utilizados de modo a diferença for importante.
permitir a separação de diferentes estágios de § 2º As diferenças de pressão devem ser
troca de roupa, minimizando assim, a registradas regularmente.
contaminação microbiana e de partículas Art. 412. Deve ser evitado o acesso
oriundas das roupas protetoras. desnecessário de materiais e pessoas às áreas
§ 1º Os vestiários devem ser insuflados críticas.
de modo efetivo, com ar filtrado. Parágrafo único. Quando necessário, o
§ 2º A utilização de vestiários separados acesso deve ser realizado através de barreiras
de entrada e de saída das áreas limpas pode ser físicas.
necessária em algumas ocasiões. Seção V
§ 3º As instalações destinadas à Equipamentos
higienização das mãos devem ser localizadas
somente nos vestiários, nunca nos lugares onde Art. 413. Não devem ser utilizadas
se efetuam operações assépticas. esteiras transportadoras que interliguem áreas
Art. 408. As duas portas de antecâmaras limpas de grau A ou B às áreas que apresentem
não podem estar simultaneamente abertas, grau de classificação de ar inferior, a menos que
devendo haver um sistema que impeça que tal a própria esteira transportadora seja
fato ocorra. continuamente esterilizada (por exemplo: um
Parágrafo único. Deve existir um sistema túnel esterilizador).
de alarme, sonoro e/ou visual que alerte para a Art. 414. Quando possível, os
situação indicada. equipamentos utilizados na produção de
Art. 409. As áreas limpas devem ter um produtos estéreis devem ser escolhidos de forma
sistema de ventilação que insufle ar filtrado e que possam ser esterilizados por vapor, por
que mantenha uma pressão positiva das áreas calor seco ou por outro método.
em relação às zonas circundantes. Art. 415. Sempre que for possível, a
§ 1º A ventilação deve ser eficiente e disposição dos equipamentos e das utilidades
adequada às condições exigidas. deve ser projetada e instalada de modo que as
§ 2º As salas adjacentes de diferentes operações de manutenção e de reparo possam
graus devem possuir uma pressão diferencial de ser feitas pelo lado de fora das áreas limpas.
aproximadamente 10 -15 pascais (valor de Parágrafo único. Os equipamentos que
referência). tiverem de ser removidos para manutenção
§ 3º Especial atenção deve ser dada às devem ser novamente esterilizados depois de ser
zonas de maior risco, onde o ar filtrado entra em remontados, sempre que possível.
contato com os produtos e os componentes Art. 416. Quando a manutenção dos
limpos. equipamentos for feita dentro de áreas limpas,
§ 4º Pode ser necessário que as diversas devem ser utilizados instrumentos e ferramentas
recomendações relativas ao suprimento de ar e também limpos/desinfetados.
aos diferenciais de pressão sejam modificadas Parágrafo único. Se os padrões de
no caso de ser necessária a contenção de limpeza exigidos e/ou de assepsia das áreas não
materiais patogênicos, altamente tóxicos, tiverem sido mantidos durante o serviço de
radioativos ou materiais com vírus vivos ou manutenção, as áreas devem ser limpas e
bacterianos. desinfetadas para que a produção seja
§ 5º Em algumas operações, pode ser reiniciada.
necessária a utilização de instalações destinadas Art. 417. Todos os equipamentos,
à descontaminação e ao tratamento do ar que incluindo os esterilizadores, os sistemas de
estiver saindo da área limpa. filtração de ar e os sistemas de produção de
Art. 410. Deve ser demonstrado que o água, devem ser submetidos a um plano de
sistema de ar não constitui risco de manutenção periódica, validação e
contaminação. monitoramento.
Parágrafo único. Deve ser assegurado Parágrafo único. Deve ser documentada
que o sistema de ar não permita a disseminação a aprovação do uso dos equipamentos após o
de partículas originadas das pessoas, serviço de manutenção.

378
Art. 418. As instalações de tratamento e Art. 422. A entrada e a retirada de
de distribuição de água devem ser projetadas, materiais do isolador são algumas das principais
construídas e mantidas de forma a assegurar a fontes de contaminação. Portanto, devem existir
produção confiável de água de qualidade procedimentos para a realização dessas
apropriada. operações.
§ 1º O sistema não deve ser operado Art. 423. A classificação do ar requerida
além de sua capacidade instalada. para o ambiente circundante ao isolador
§ 2º Deve ser considerada a previsão de depende do seu desenho e da sua aplicação.
um programa de monitoramento e de Parágrafo único. O ambiente circundante
manutenção do sistema de água. deve ser controlado e para processos assépticos
§ 3º A água para injetáveis deve ser deve haver uma classificação de no mínimo
produzida, estocada e distribuída de maneira a grau D.
prevenir o crescimento de microorganismos. Art. 424. Os isoladores somente devem
ser utilizados após validação. A validação deve
Seção VI considerar todos os fatores críticos da
Finalização das Etapas de Fabricação tecnologia de isoladores como, por exemplo, a
qualidade interna e externa do isolador,
Art. 419. Os recipientes devem ser sanitização, processo de transferência de
selados mediante procedimentos adequados, materiais e integridade do isolador.
devidamente validados. Art. 425. O monitoramento deve ser
§ 1º Amostras devem ser controladas em realizado rotineiramente e deve incluir testes de
relação a sua integridade, segundo vazamento do isolador e das luvas/mangas.
procedimentos estabelecidos.
§ 2º No caso de recipientes fechados a Seção VIII
vácuo, as amostras devem ser controladas para Tecnologia de Sopro/Envase/Selagem
verificar a manutenção do vácuo conforme (Blow/fill/seal technology)
período de tempo pré-determinado. Art. 426. As unidades de
Art. 420. Os recipientes finais que sopro/envase/selagem são equipamentos
contenham produtos parenterais devem ser desenhados para, em operação contínua, formar
inspecionados individualmente. recipientes a partir de granulados
§ 1º Se a inspeção for visual, deve ser termoplásticos, envasar e selar.
feita sob condições adequadas e controladas de § 1º Equipamentos de
luz e de contraste. sopro/envase/selagem usados para operações
§ 2º Os operadores destinados a este assépticas, os quais sejam dotados de um
trabalho devem ser submetidos a exames de sistema de insuflamento de ar grau A, podem
acuidade visual periódicos, considerando as ser instalados em ambiente no mínimo grau C,
lentes corretivas, se for o caso, e ter intervalos desde que sejam utilizadas vestimentas para
de descanso freqüentes no período de trabalho. grau A/B.
§ 3º Se forem utilizados outros métodos § 2º O ambiente deve cumprir com os
de inspeção, o processo deve ser validado e o limites de partículas viáveis e não viáveis.
desempenho do equipamento deve ser § 3º Os equipamentos de
verificado periodicamente. Os resultados devem sopro/envase/selagem usados na produção de
ser registrados. produtos esterilizados terminalmente devem ser
instalados em ambiente no mínimo grau D.
Seção VII Art. 427. Devem ser atendidos no
Tecnologia de Isoladores mínimo os seguintes requisitos:
I - desenho e qualificação de
Art. 421. A utilização da tecnologia de equipamentos;
isoladores para minimizar as intervenções II - validação e reprodutibilidade da
humanas nas áreas de produção pode resultarem limpeza no local, bem como sua esterilização no
um significativo decréscimo do risco de local;
contaminação microbiológica proveniente do III - classificação de limpeza da área
ambiente em produtos preparados onde o equipamento está instalado;
assepticamente. IV - treinamento e vestimenta dos
Parágrafo único. Para atingir este operadores; e
objetivo, o isolador deve ser desenhado, V - intervenções nas zonas críticas do
projetado e instalado de forma que o ar em seu equipamento, incluindo qualquer montagem
interior possua a qualidade requerida para o asséptica anterior ao início do envase.
processo.
TÍTULO IV

379
PRODUTOS BIOLÓGICOS Art. 433. Os processos de produção de
CAPÍTULO I biológicos têm uma variabilidade intrínseca e,
ABRANGÊNCIA portanto, a natureza dos subprodutos não é
constante. Por esta razão, na fabricação de
Art. 428. O objetivo deste Título é produtos biológicos é ainda mais crítico o
complementar as "Boas Práticas para a cumprimento das recomendações estabelecidas
Fabricação de Medicamentos", reforçando os pelas BPF, durante todas as fases de produção.
pontos específicos sobre a fabricação de Art. 434. O controle de qualidade dos
produtos biológicos. produtos biológicos quase sempre implica no
Art. 429. Os procedimentos emprego de técnicas biológicas que têm uma
regulamentares necessários para o controle de variabilidade maior que as determinações físico-
produtos biológicos são, em grande parte, químicas. O controle durante o processo adquire
determinados pela origem dos produtos e pelas grande importância na produção dos produtos
tecnologias de fabricação utilizadas. biológicos, porque certos desvios da qualidade
Parágrafo único. Os procedimentos de podem não ser detectados nos ensaios de
fabricação contidos nesta resolução incluem controle de qualidade realizados no produto
medicamentos cujos ativos foram obtidos por terminado.
meio de:
I - crescimento de cepas de CAPÍTULO III
microrganismos e de células eucarióticas; PESSOAL
II - extração de substâncias a partir de
tecidos ou fluidos biológicos de origem humana, Art. 435. Durante a jornada de trabalho,
animal ou vegetal (alergênicos); o pessoal não deve passar das áreas onde se
III - técnica de DNA recombinante manipulam microrganismos ou animais vivos
(rDNA); para instalações onde se trabalha com outros
IV - técnica de hibridoma; e produtos ou organismos, a menos que se
V - multiplicação de microrganismos em apliquem medidas de descontaminação
embriões ou em animais. claramente definidas, incluindo a troca de
Art. 430. Os produtos biológicos uniforme e calçados.
fabricados com estas tecnologias incluem Art. 436. O pessoal designado para a
alergênicos, antígenos, vacinas, hormônios, produção deve ser distinto do pessoal
citocinas, enzimas, derivados de plasma responsável pelo cuidado dos animais.
humano, soros hiperimunes (heterólogos), Art. 437. Todo pessoal envolvido direta
imunoglobulinas (incluindo anticorpos ou indiretamente na produção, manutenção,
monoclonais), produtos de fermentação controle e biotérios deve ser imunizado com
(incluindo produtos derivados de rDNA). vacinas específicas e, quando necessário,
submetido a provas periódicas para detecção de
CAPÍTULO II sinais de doenças infecto-contagiosas.
CONSIDERAÇÕES GERAIS Art. 438. Quando se fabricam vacinas
BCG, o acesso às áreas de produção deve ser
Art. 431. A fabricação de produtos restrito ao pessoal cuidadosamente monitorado
biológicos deve ser feita de acordo com os por exames médicos periódicos.
princípios básicos das Boas Práticas de Art. 439. No caso da fabricação de
Fabricação (BPF). Em conseqüência, os pontos derivados de sangue ou de plasma humano,
tratados neste Título são considerados deve-se imunizar o pessoal com a vacina contra
complementares às normas gerais estabelecidas a hepatite B.
nas "Boas Práticas para a Fabricação de
Medicamentos" e relacionam-se CAPÍTULO IV
especificamente com a produção e controle de INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
qualidade de medicamentos biológicos.
Art. 432. A forma como os produtos Art. 440. Deve-se evitar a disseminação
biológicos são produzidos, controlados e pelo ar dos microrganismos patógenos
administrados tornam certas precauções manipulados na produção.
especiais necessárias. Ao contrário dos produtos Art. 441. As áreas utilizadas para
farmacêuticos convencionais, que normalmente processamento de tecidos animais e
são fabricados e controlados por técnicas microrganismos não utilizados no processo de
químicas e físicas reprodutíveis, os produtos produção, assim como as destinadas aos ensaios
biológicos são fabricados com tecnologias que com animais ou microrganismos, devem ser
envolvem processos e materiais biológicos separadas das instalações utilizadas para a
passíveis de variabilidade. produção de produtos biológicos estéreis, com

380
sistemas de ventilação independentes e pessoal III - transferir os materiais biológicos
distinto. com segurança;
Art. 442. Nas áreas utilizadas para a IV - trocar de vestuário quando entrar em
produção de produtos em campanha, o desenho áreas produtivas diferentes;
e a disposição das instalações e equipamentos V - limpar e descontaminar
devem permitir limpeza e sanitização efetivas cuidadosamente os equipamentos;
após a produção e, quando necessário, VI - tomar precauções contra os riscos de
descontaminação por meio de esterilização e/ou contaminação causados pela recirculação do ar
fumigação. Todos os processos utilizados no ambiente limpo ou pelo retorno acidental do
devem ser validados. ar eliminado;
Art. 443. Os microrganismos vivos VII - utilizar "sistemas fechados" na
devem ser manipulados em equipamentos e com produção;
procedimentos que assegurem a manutenção da VIII - tomar precauções para prevenir a
pureza das culturas, bem como, protejam o formação de aerossóis (principalmente por
operador da contaminação com o referido centrifugação e misturas);
microrganismo. IX - proibir a entrada de amostras de
Art. 444. Produtos biológicos, como espécimes patológicas não utilizadas no
vacinas com microrganismos mortos, toxóides, processo de produção nas áreas utilizadas para a
extratos de bactérias, inclusive os preparados produção de substâncias biológicas; e
pelas técnicas de DNA recombinante podem, X - utilizar recipientes esterilizados e,
uma vez inativados, ser envasados nas mesmas quando apropriado, recipientes com carga
instalações utilizadas para outros produtos, microbiana documentadamente baixa.
desde que se tomem medidas adequadas de Art. 448. A preparação de produtos
descontaminação após o envase, incluindo estéreis deve ser realizada em área limpa com
limpeza e esterilização. pressão positiva de ar.
Art. 445. Produtos biológicos Parágrafo único. Todos os organismos
provenientes de microrganismos esporulados considerados patógenos devem ser manipulados
devem ser manipulados em instalações com pressão negativa de ar, em locais
exclusivas para este grupo de produtos, até que especialmente reservados para esse propósito,
se termine o processo de inativação. de acordo com as normas de isolamento para o
§ 1º Quando em uma instalação ou produto em questão.
conjunto de instalações são realizadas Art. 449. As áreas onde se manipulam
preparações de microrganismos esporulados, microorganismos patógenos devem ter sistema
deve ser produzido somente um produto de cada exclusivo de circulação do ar e este não deve ser
vez. recirculado.
§ 2º Quando se tratar de Bacillus § 1º O ar deve ser eliminado através de
anthracis, Clostridium botulinum e Clostridium filtros esterilizantes cujo funcionamento e
tetani, em todas as etapas devem ser utilizadas eficiência devem ser verificados
instalações segregadas e dedicadas periodicamente.
exclusivamente para cada um desses produtos. § 2º Os filtros utilizados devem ser
Art. 446. As etapas até a inativação viral incinerados após o descarte.
da fabricação de produtos derivados do sangue Art. 450. Quando forem utilizados
ou plasma humanos devem ser realizadas em microorganismos patógenos na produção,
instalações e equipamentos destinados devem existir sistemas específicos de
exclusivamente para esse propósito. descontaminação de efluentes.
§ 1º Após a inativação viral, podem ser Art. 451. As tubulações, válvulas e filtros
envasados nas mesmas instalações utilizadas de ventilação dos equipamentos devem ser
para outros produtos estéreis, desde que se projetados de forma a facilitar sua limpeza e
tomem medidas adequadas de descontaminação esterilização.
após o envase, incluindo limpeza e esterilização.
§ 2º Todos os processos utilizados devem CAPÍTULO V
ser validados e o risco deve ser avaliado. INSTALAÇÕES PARA OS ANIMAIS
Art. 447. A contaminação cruzada deve
ser evitada por meio da adoção das seguintes Art. 452. Os animais empregados na
medidas, quando aplicável: produção e no controle de qualidade devem ser
I - realizar a produção e o envase em alojados em instalações independentes das
áreas segregadas; demais áreas da empresa, que possuam sistemas
II - evitar a produção de diferentes independentes de ventilação.
produtos ao mesmo tempo, a menos que estejam Art. 453. O projeto das instalações e os
em áreas fisicamente segregadas; materiais de construção utilizados devem

381
permitir a manutenção das áreas em condições fabricados irão consistentemente atender as suas
higiênicas e possuir proteção contra entrada de especificações.
insetos e de outros animais. § 3º A documentação associada à
Art. 454. O pessoal que trabalha com validação deve incluir:
animais deve utilizar vestimentas de uso I - Procedimentos Operacionais Padrão
exclusivo da área. (POP);
Art. 455. As instalações para o cuidado II - especificações;
dos animais devem incluir área de isolamento III - Plano Mestre de Validação (PMV);
para a quarentena de animais que ingressam e IV - protocolos e relatórios de
área adequada para armazenar os alimentos. qualificação; e
Art. 456. Devem existir instalações V - protocolos e relatórios de validação.
adequadas para inoculação de animais.
Parágrafo único. Esta atividade deve ser CAPÍTULO II
realizada em área separada daquelas onde há RELAÇÃO ENTRE VALIDAÇÃO E
animais mortos. QUALIFICAÇÃO
Art. 457. Deve existir instalação para a
desinfecção das gaiolas, se possível, com Art. 462. A validação e a qualificação
esterilização por vapor. são essencialmente componentes de mesmo
Art. 458. É necessário controlar e conceito.
registrar o estado de saúde dos animais § 1º O termo qualificação é normalmente
utilizados. utilizado para equipamentos, utilidades e
Art. 459. São necessárias precauções sistemas, enquanto validação aplicada a
especiais quando se utilizam macacos na processos.
produção ou no controle de qualidade. § 2º A qualificação constitui-se uma
Art. 460. O acondicionamento, parte da validação.
armazenamento, transporte, tratamento e
disposição final de resíduos gerados por CAPÍTULO III
animais, inclusive dejetos e cadáveres, devem VALIDAÇÃO
ser realizados de forma segura e seguir a Seção I
regulamentação específica.
Abordagens para Validação
TÍTULO V
VALIDAÇÃO Art. 463. Existem duas abordagens
CAPÍTULO I básicas para a validação - uma baseada em
INTRODUÇÃO evidências obtidas por meio de testes (validação
concorrente e prospectiva) e uma baseada na
Art. 461. A validação é uma parte análise de dados históricos (validação
essencial de Boas Práticas de Fabricação (BPF), retrospectiva).
sendo um elemento da garantia da qualidade § 1º Sempre que possível, a validação
associado a um produto ou processo em prospectiva é preferível.
particular. § 2º A validação retrospectiva não é mais
§ 1º Os princípios básicos da garantia da encorajada e não é aplicável à fabricação de
qualidade têm como objetivo a produção de produtos estéreis.
produtos adequados ao uso pretendido. Estes Art. 464. A validação concorrente e a
princípios são: validação prospectiva podem incluir:
I - a qualidade, a segurança e a eficácia I - testes exaustivos do produto, o qual
devem ser projetadas e definidas para o produto; pode envolver amostragem abrangente (com a
II - a qualidade não pode ser estimativa dos limites de confiança para os
inspecionada ou testada no produto; e resultados individuais) e a demonstração da
III - cada etapa crítica do processo de homogeneidade intra e entre lotes;
fabricação deve ser validada. Outras etapas do II - simulação das condições do
processo devem estar sob controle para que os processo;
produtos sejam consistentemente produzidos e III - testes de desafio/pior caso, os quais
que atendam a todas as especificações definidas determinam a robustez do processo; e
e requisitos de qualidade. IV - controle dos parâmetros do processo
§ 2º A validação de processos e sistemas monitorados durante as corridas normais de
é fundamental para se atingir os objetivos. É por produção para se obter informações adicionais
meio do projeto e validação que um fabricante sobre a confiabilidade do processo.
pode estabelecer com confiança que os produtos
Seção II

382
Escopo da Validação provar que os aspectos críticos de suas
operações estão sob controle.
Art. 465. Deve haver um sistema § 1º Mudanças significativas nas
eficiente e apropriado, incluindo estrutura instalações, equipamentos, sistemas e processos
organizacional e da documentação, pessoal que possam afetar a qualidade do produto
suficientee recursos financeiros para a devem ser validadas.
realização da validação no prazo previsto. § 2º Uma avaliação de risco deve ser
Parágrafo único. A Gerência e as pessoas utilizada para determinar o escopo e a extensão
responsáveis pela Garantia da Qualidade devem da validação.
estar envolvidas.
Art. 466. Os responsáveis pela realização CAPÍTULO IV
da validação devem possuir experiência e QUALIFICAÇÃO
qualificação apropriadas e representar diferentes
departamentos dependendo do trabalho de Art. 475. A qualificação deve estar
validação a ser realizado. completa antes da validação ser conduzida.
Art. 467. Deve haver um programa Parágrafo único. O processo de
específico para as atividades de validação. qualificação deve constituirse em processo
Art. 468. A validação deve ser realizada sistemático e lógico, bem como ser iniciado
de um modo estruturado, de acordo com pelas fases de projeto das instalações,
procedimentos e protocolos documentados. equipamentos e utilidades.
Art. 469. A validação deve ser realizada: Art. 476. Dependendo da função e
I - para instalações, equipamentos, operação do equipamento, utilidade ou sistema,
utilidades (ex: água, ar, ar comprimido, vapor), em determinadas situações, somente se fazem
sistemas, processos e procedimentos; necessárias a qualificação de instalação (QI) e a
II - em intervalos periódicos; e qualificação de operação (QO), assim como a
III - quando mudanças maiores forem operação correta do equipamento, utilidades ou
introduzidas. sistemas pode ser considerada um indicador
Parágrafo único. Requalificações ou suficiente de seu desempenho (QD).
revalidações periódicas podem ser substituídas, Parágrafo único. Os equipamentos,
quando apropriado, pela avaliação periódica dos utilidades e sistemas devem ser periodicamente
dados e informações. monitorados e calibrados, além de ser
Art. 470. A validação deve ser realizada submetidos à manutenção preventiva.
de acordo com protocolos escritos. Art. 477. Os principais equipamentos,
Parágrafo único. Ao final, deve ser bem como as utilidades e sistemas críticos,
elaborado um relatório da validação. necessitam da qualificação de instalação (QI),
Art. 471. A validação deve ser conduzida de operação (QO) e de desempenho (QD).
durante um período de tempo, por exemplo, até
que sejam avaliados no mínimo três lotes CAPÍTULO V
consecutivos (escala industrial) para demonstrar CALIBRAÇÃO E VERIFICAÇÃO
a consistência do processo. Situações de "pior
caso" devem ser consideradas. Art. 478. A calibração e verificação de
Art. 472. Deve haver uma clara distinção equipamentos, instrumentos e outros aparelhos,
entre controle em processo e validação. utilizados na produção e controle de qualidade,
Parágrafo único. O controle em processo devem ser realizadas em intervalos regulares.
abrange testes realizados durante a produção de Art. 479. O pessoal responsável pela
cada lote de acordo com especificações e realização da calibração e manutenção
métodos estabelecidos na fase de preventiva deve possuir treinamento e
desenvolvimento, com o objetivo de monitorar o qualificação apropriados.
processo continuamente. Art. 480. Um programa de calibração
Art. 473. Quando uma nova fórmula ou deve estar disponível e deve fornecer
método de fabricação é adotado, devem ser informações tais como padrões de calibração e
tomadas medidas para demonstrar a sua limites, pessoas designadas, intervalos de
adequabilidade ao processo de rotina. calibração, registros e ações a serem adotadas
Parágrafo único. O processo definido, quando forem identificados problemas.
utilizando materiais e equipamentos Art. 481. Os padrões utilizados em
especificados, deve resultar em rendimento calibração devem ser rastreáveis à Rede
consistente de um produto de qualidade Brasileira de Calibração.
requerida. Art. 482. Os equipamentos, instrumentos
Art. 474. Os fabricantes devem e outros aparelhos calibrados devem ser
identificar o que é necessário validar para etiquetados, codificados ou de alguma forma

383
identificados para indicar o status de calibração protocolo deve ser aprovada antes de ser
e a data da próxima recalibração. adotada.
Art. 483. Quando o equipamento, o
instrumento ou outro aparelho não for utilizado CAPÍTULO VIII
por certo período de tempo, seu estado de RELATÓRIOS DE QUALIFICAÇÃO E
funcionamento e calibração devem ser VALIDAÇÃO
verificados antes do uso com intuito de
demonstrar satisfatoriedade. Art. 489. Devem ser elaborados
relatórios das qualificações e validações
CAPÍTULO VI realizadas.
PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO Art. 490. Os relatórios devem refletir os
protocolos seguidos e contemplar, no mínimo, o
Art. 484. O PMV deve conter os título, o objetivo do estudo, bem comofazer
elementos chave do programa de validação. referência ao protocolo, detalhes de materiais,
Deve ser conciso e claro, bem como conter, no equipamentos, programas e ciclos utilizados e
mínimo: ainda, os procedimentos e métodos que foram
I - uma política de validação; utilizados.
II - estrutura organizacional das Art. 491. Os resultados devem ser
atividades de validação; avaliados, analisados e comparados com os
III - sumário/relação das instalações, critérios de aceitação previamente estabelecidos.
sistemas, equipamentos e processos que se § 1º Os resultados devem atender aos
encontram validados e dos que ainda deverão critérios de aceitação.
ser validados (situação atual e programação); § 2º Desvios e resultados fora dos limites
IV - modelos de documentos (ex: modelo devem ser investigados pela empresa.
de protocolo e de relatório) ou referência a eles; § 3º Se os desvios forem aceitos, devem
V - planejamento e cronograma; ser justificados.
VI - controle de mudanças; e § 4º Quando necessário, devem ser
VII - referências a outros documentos conduzidos estudos adicionais.
existentes. Art. 492. Os Departamentos responsáveis
pelos trabalhos de qualificação e validação
CAPÍTULO VII devem aprovar o relatório completo.
PROTOCOLOS DE QUALIFICAÇÃO E Art. 493. A conclusão do relatório deve
VALIDAÇÃO expressar de forma clara se a qualificação e/ou
validação foi considerada bem sucedida.
Art. 485. Devem existir protocolos de Art. 494. A Garantia da Qualidade deve
qualificação e validação que descrevam os aprovar o relatório depois da revisão final. O
estudos a serem conduzidos. critério de aprovação deve estar de acordo com
Art. 486. Os protocolos devem incluir, o sistema de garantia da qualidade da empresa.
no mínimo, as seguintes informações: Art. 495. Quaisquer desvios encontrados
I - objetivos do estudo; durante o processo de validação devem ser
II - local/planta onde será conduzido o investigados e documentados. Podem ser
estudo; necessárias ações corretivas.
III - responsabilidades;
IV - descrição dos procedimentos a CAPÍTULO IX
serem seguidos; ESTÁGIOS DA QUALIFICAÇÃO
V - equipamentos a serem usados,
padrões e critérios para produtos e processos Art. 496. Existem quatro estágios de
relevantes; qualificação:
VI - tipo de validação; I - qualificação de projeto (QP);
VII - processos e/ou parâmetros; II - qualificação de instalação (QI);
VIII - amostragem, testes e requisitos de III - qualificação de operação (QO); e
monitoramento; e IV - qualificação de desempenho (QD).
IX - critérios de aceitação. Art. 497. Todos os procedimentos para
Art. 487. Deve haver uma descrição de operação, manutenção e calibração devem ser
como os resultados dos estudos de qualificação preparados durante a qualificação.
e validação serão analisados. Art. 498. Devem ser realizados
Art. 488. O protocolo deve estar treinamentos dos operadores e os registros
aprovado antes do início da validação devem ser mantidos.
propriamente dita. Qualquer mudança no
Seção I

384
Qualificação de Projeto Art. 509. A requalificação deve ser
realizada de acordo com um cronograma
Art. 499. A qualificação de projeto deve definido.
fornecer evidências documentadas de que as Parágrafo único. A freqüência de
especificações do projeto foram atendidas de requalificação pode ser determinada com base
acordo com os requerimentos do usuário e as em fatores como a análise de resultados
Boas Práticas de Fabricação. relacionados com a calibração, verificação e
manutenção.
Seção II Art. 510. Deve haver requalificação
Qualificação de Instalação periódica, bem como requalificação após
mudanças (tais como mudanças em utilidades,
Art. 500. A qualificação de instalação sistemas, equipamentos, trabalhos de
deve fornecer evidências documentadas de que manutenção e deslocamentos).
a instalação foi finalizada de forma satisfatória. Parágrafo único. Pode haver um
Art. 501. Especificações de compra, programa de revisão periódica para os
desenhos, manuais, listas de partes dos equipamentos que forneça suporte para a
equipamentos e detalhes do fornecedor devem avaliação da periodicidade da requalificação.
ser verificados durante a qualificação de Art. 511. A necessidade de
instalação. requalificação após mudanças deve ser
Art. 502. Instrumentos de controle e considerada pelo procedimento de controle de
medidas devem ser calibrados. mudanças.

Seção III Seção VI


Qualificação de Operação Revalidação

Art. 503. A qualificação operacional Art. 512. Processos e procedimentos


deve fornecer evidências documentadas de que devem ser submetidos à revalidação para
as utilidades, sistemas ou equipamentos e todos garantir que se mantenham capazes de atingir os
os seus componentes operam de acordo com as resultados esperados.
especificações operacionais. Art. 513. A necessidade de revalidação
Art. 504. Os testes devem ser desenhados após mudanças deve ser considerada pelo
para demonstrar operação satisfatória nas faixas procedimento de controle de mudanças.
normais de operação, bem como nos limites de Art. 514. A revalidação deve ser feita de
suas condições operacionais (incluindo acordo com um cronograma definido.
condições de pior caso). Art. 515. A freqüência e a extensão da
Art. 505. Os controles de operação, revalidação periódica devem ser determinadas
alarmes, interruptores, painéis e outros com base em uma avaliação de risco e na
componentes operacionais devem ser testados. revisão de dados históricos (programa de
Art. 506. As medidas realizadas de revisão periódica).
acordo com uma abordagem estatística devem
ser minuciosamente descritas. Seção VII
Revalidação Periódica
Seção IV
Qualificação de Desempenho Art. 516. Devem ser realizadas
revalidações periódicas, para verificar mudanças
Art. 507. A qualificação de desempenho no processo que podem ocorrer gradualmente ao
deve fornecer evidências documentadas de que longo de um período de tempo, ou pelo desgaste
as utilidades, sistemas ou equipamentos e todos dos equipamentos.
os seus componentes demonstrem desempenho Art. 517. Quando uma revalidação
consistente de acordo com as especificações de periódica for realizada, os seguintes documentos
uso em rotina. devem ser considerados:
Art. 508. Os resultados dos testes devem I - fórmula mestra e especificações;
ser coletados durante um período de tempo para II - procedimentos operacionais;
demonstrar consistência. III - registros (ex., registros de
calibração, manutenção e limpeza); e
Seção V IV - métodos analíticos.
Requalificação
Seção VIII
Revalidação após Mudanças

385
Art. 518. A revalidação após mudança processos e procedimentos já validados,
deve ser realizada quando a mudança puder podendo ou não ter influência na qualidade dos
afetar o processo, procedimento, qualidade do produtos fabricados.
produto e/ou as características do produto. Art. 523. O procedimento deve descrever
Parágrafo único. A revalidação deve ser as ações a serem adotadas, incluindo a
considerada como parte do procedimento de necessidade e a extensão da qualificação ou
controle de mudança. validação a serem realizadas.
Art. 519. A extensão da revalidação Art. 524. As mudanças devem ser
depende da natureza e da significância da formalmente requisitadas, documentadas e
mudança. aprovadas antes da implementação. Os registros
Art. 520. As mudanças não devem afetar devem ser mantidos.
adversamente a qualidade do produto ou as CAPÍTULO XI
características do processo. PESSOAL
Art. 521. As mudanças que requeiram
revalidação devem ser definidas no plano de Art. 525. Deve ser demonstrado que o
validação e podem incluir: pessoal possui qualificação apropriada, quando
I - alteração de materiais de partida relevante.
(incluindo propriedades físicas como densidade, Art. 526. O pessoal que requer
viscosidade ou distribuição de tamanho de qualificação inclui, por exemplo: z
partículas, que afetem o processo ou produto); I - analistas de laboratório;
II - alteração do fabricante de matérias- II - pessoal responsável pela execução de
primas; III - transferência de processo para outra procedimentos críticos;
planta (incluindo mudança de instalações que III - pessoal responsável por realizar
influenciem o processo); entrada de dados em sistemas
IV - alterações do material de computadorizados; e
embalagem primária (ex: substituição de IV - avaliadores de risco.
plástico por vidro);
V - alterações no processo de fabricação TÍTULO VI
(ex: tempos de mistura, temperaturas de ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
secagem); CAPÍTULO I
VI - alterações no equipamento (ex: EXIGÊNCIAS GERAIS PARA SISTEMAS DE
adição de sistemas de detecção automática, ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
instalação de novo equipamento, revisões
maiores do maquinário ou dos aparatos e Art. 527. Os sistemas de produção,
avarias); armazenamento e distribuição de água para uso
VII - alterações na área de produção e farmacêutico devem ser planejados, instalados,
sistemas de suporte (ex: rearranjo de áreas, novo validados e mantidos de forma a garantir a
método de tratamento de água); produção de água de qualidade apropriada.
VIII - aparecimento de tendências de § 1º Os sistemas não devem ser operados
qualidade negativas; além de sua capacidade planejada.
IX - aparecimento de novas descobertas § 2º A água deve ser produzida,
baseadas no conhecimento corrente (ex: novas armazenada e distribuída de forma a evitar
tecnologias); e contaminação microbiológica, química ou
X - alterações em sistemas de suporte; física.
Parágrafo único. Alterações de Art. 528. Qualquer manutenção ou
equipamentos que envolvam a substituição do modificação não planejada deve ser aprovada
equipamento por um equivalente normalmente pela Garantia da Qualidade.
não requerem revalidação. Por exemplo, uma Art. 529. As fontes de água e a água
bomba centrífuga nova que esteja substituindo tratada devem ser monitoradas regularmente
um modelo mais antigo não necessariamente quanto à qualidade química e microbiológica.
implica revalidação. § 1º O desempenho dos sistemas de
purificação, armazenamento e distribuição deve
CAPÍTULO X ser monitorado.
CONTROLE DE MUDANÇAS § 2º Os registros dos resultados do
monitoramento e das ações tomadas devem ser
Art. 522. A empresa deve estabelecer um mantidos por um período definido de tempo.
sistema de gerenciamento de mudanças com o Art. 530. O grau de tratamento da água
objetivo de manter sob controle as alterações deve considerar a natureza e o uso pretendido
que venham a ter impacto sobre sistemas e do intermediário ou produto terminado, bem
equipamentos qualificados, bem como sobre

386
como a etapa no processo de produção na qual a purificação, deve ser apropriado à aplicação em
água é utilizada. questão.
Art. 531. Quando a sanitização química Parágrafo único. Os seguintes itens
dos sistemas de água fizer parte do programa de devem ser considerados ao selecionar o método
controle de biocontaminação, deve ser utilizado de tratamento da água:
um procedimento para garantir que o agente I - a especificação da qualidade da água;
sanitizante foi retirado com eficácia. II - o rendimento ou eficiência do
sistema de purificação;
CAPÍTULO II III - a qualidade da água de alimentação
ESPECIFICAÇÕES DE QUALIDADE DA e as alterações sazonais; e
ÁGUA IV - a confiabilidade e a robustez dos
Seção I equipamentos de tratamento de água em
Água Potável funcionamento.
Art. 540. As especificações para os
Art. 532. A água potável deve ser equipamentos de purificação da água, sistemas
fornecida sob pressão positiva contínua em um de armazenamento e distribuição devem
sistema de encanamento sem quaisquer defeitos considerar os seguintes itens:
que possam levar à contaminação de qualquer I - risco de contaminação a partir de
produto. lixívias de materiais de contato;
Art. 533. Devem ser realizados testes II - impacto adverso de materiais de
periodicamente para confirmar que a água contato adsorvíveis;
atende aos padrões exigidos para água potável. III - projeto que permita a sanitização do
sistema, quando exigido;
Seção II IV - resistência à corrosão;
Água Purificada V - ser livre de vazamentos;
VI - configuração para evitar a
Art. 534. A água purificada deve cumprir proliferação microbiológica;
com as especificações das farmacopéias aceitas VII - tolerância a agentes de limpeza e
pela ANVISA. sanitização (térmicos e/ou químicos);
Art. 535. O sistema de purificação de VIII - capacidade do sistema e
água deve ser projetado de forma a evitar a exigências de produção; e
contaminação e proliferação microbiológicas. IX - instalação de todos os instrumentos,
pontos de amostragem necessários para permitir
Seção III que todos os parâmetros críticos do sistema
Água para Injetáveis sejam monitorados.
Art. 541. O projeto, a configuração e o
Art. 536. A água para injetáveis deve desenho dos equipamentos de purificação da
cumprir com as especificações das farmacopéias água e dos sistemas de armazenamento e
aceitas pela ANVISA. distribuição também devem considerar as
Art. 537. A água para injetáveis deve ser seguintes variáveis físicas:
utilizada em preparações de produtos estéreis. I - espaço disponível para a instalação;
Parágrafo único. A água para injetáveis II - cargas estruturais sobre os prédios;
também deve ser utilizada no enxágüe final após III - possibilidade de acesso adequado
limpeza de equipamentos e componentes que para manutenção; e
entram em contato com produtos estéreis. IV - capacidade de manusear produtos
Art. 538. O vapor, quando entrar em químicos de regeneração e sanitização química
contato com um produto estéril em seu com segurança.
recipiente final ou em equipamentos para
preparação de produtos estéreis, deve atender às Seção II
especificações para água para injetáveis, quando Produção de Água Potável
condensado.
Art. 542. A qualidade da água potável
CAPÍTULO III deve ser monitorada de forma rotineira.
MÉTODOS DE PURIFICAÇÃO DA ÁGUA § 1º Devem ser realizados testes
Seção I adicionais, caso haja qualquer alteração na fonte
Considerações Gerais da água bruta, nas técnicas de tratamento ou na
configuração do sistema.
Art. 539. O método escolhido de § 2º Se a qualidade da água potável
purificação da água, ou seqüência de etapas de mudar significativamente, o uso direto dessa
água em processos farmacêuticos, ou como água

387
de alimentação para etapas posteriores de microbiológicas de filtros de areia, filtros multi-
tratamento, deve ser revisto e o resultado da meios, leitos de carvão ativado e abrandadores,
revisão deve ser documentado. no caso da existência destes.
Art. 543. Nos casos em que a água § 1º Devem ser adotadas medidas para o
potável for derivada de um sistema próprio para controle de contaminação, como retrolavagem,
o tratamento de água bruta, as etapas de sanitização química ou térmica e regeneração
tratamento da água utilizadas e a configuração freqüente, de forma a evitar a contaminação do
do sistema devem ser documentadas. sistema e formação de biofilmes.
Parágrafo único. As alterações no § 2º Deve-se considerar a possibilidade
sistema ou em seu funcionamento não devem de todos os componentes de tratamento da água
ser realizadas até que se conclua a revisão e a serem mantidos com fluxo contínuo para inibir
alteração seja aprovada pela Garantia da o crescimento de microorganismos.
Qualidade. Art. 548. Devem ser adotados
Art. 544. Nos casos em que a água mecanismos de controle microbiológico e
potável é armazenada e distribuída, os sistemas sanitização para os sistemas de água purificada
de armazenamento devem permitir a mantidos em temperatura ambiente, pois esses
manutenção da qualidade da água antes do seu são particularmente suscetíveis à contaminação
uso. microbiológica, principalmente quando os
§ 1º Após qualquer armazenamento, equipamentos ficarem estáticos durante
devem ser realizados testes de acordo com uma períodos de pouca ou nenhuma demanda de
metodologia definida. água.
§ 2º Quando a água é armazenada, o seu
uso deve garantir uma renovação suficiente para Seção IV
prevenir estagnação. Produção de Água para Injetáveis
Art. 545. O equipamento e os sistemas
utilizados para produzir água potável devem Art. 549. Os seguintes itens devem ser
permitir a drenagem e sanitização. considerados no planejamento de um sistema de
Parágrafo único. Os tanques de produção de água para injetáveis:
armazenamento devem ser fechados com I - a qualidade da água de alimentação;
respiradores protegidos adequadamente e devem II - a especificação exigida de qualidade
permitir a inspeção visual, drenagem e da água;
sanitização. III - a otimização do tamanho do gerador
de água, a fim de evitar freqüentes
Seção III inícios/paradas do sistema; e
Produção de Água Purificada IV - as funções de descarga e
esvaziamento.
Art. 546. Os seguintes itens devem ser
considerados ao configurar um sistema de CAPÍTULO IV
purificação de água: SISTEMAS DE PURIFICAÇÃO,
I - a qualidade da água de alimentação e ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE
sua variação sazonal; ÁGUA
II - a especificação exigida de qualidade Seção I
da água; Geral
III - a seqüência exigida de etapas de
purificação; Art. 550. O sistema de armazenamento e
IV - a extensão exigida do pré- distribuição deve ser configurado para evitar a
tratamento para proteger os passos finais de recontaminação da água após o tratamento e
purificação; deve ser submetido a uma combinação de
V - a otimização do desempenho, monitoramento online e offline para garantir
incluindo rendimento e eficiência da unidade de que a especificação apropriada da água seja
tratamento; mantida.
VI - a localização adequada dos pontos
de amostragem, de forma a evitar contaminação; Seção II
e Materiais que Entram em Contato com Sistemas
VII - a adoção de instrumentos para de Água para Uso Farmacêutico
medida de alguns parâmetros do sistema, por
exemplo: fluxo, pressão, temperatura, Art. 551. Os materiais que entram em
condutividade, pH e carbono orgânico total. contato com a água para uso farmacêutico,
Art. 547. Deve ser feita a avaliação incluindo a tubulação, válvulas e armações,
periódica de possíveis contaminações lacres, diafragmas e instrumentos devem ser

388
selecionados para satisfazer os seguintes sistema após intervenções para manutenção ou
objetivos: modificação.
I - compatibilidade: todos os materiais Parágrafo único. As técnicas de
usados devem ser compatíveis com a sanitização ou esterilização empregadas devem
temperatura e as substâncias químicas utilizadas ser consideradas durante o planejamento do
pelo sistema ou dentro dele; projeto do sistema e seu desempenho deve ser
II - prevenção de vazamento: todos os comprovado durante as atividades de
materiais que entram em contato com a água qualificação.
para uso farmacêutico não podem apresentar Art. 553. Sistemas que funcionam e são
vazamentos dentro da faixa de temperatura de mantidos em temperaturas elevadas, na faixa de
trabalho; 70-80ºC, em geral, são menos suscetíveis à
III - resistência à corrosão: a água contaminação microbiológica do que sistemas
purificada e a água para injetáveis são altamente mantidos em temperaturas mais baixas.
corrosivas. Para evitar falha do sistema e Parágrafo único. Quando se exigem
contaminação da água, os materiais temperaturas mais baixas, devido aos processos
selecionados devem ser apropriados, o processo de tratamento de água empregados ou às
de soldagem deve ser controlado exigências de temperatura para a água em uso,
cuidadosamente, e todos os vedantes e devem ser tomadas precauções especiais pra
componentes devem ser compatíveis com a evitar o ingresso e a proliferação de
tubulação utilizada. O sistema deve ser contaminantes microbiológicos.
submetido à passivação após a instalação inicial
ou após modificação. Quando a passivação é Seção IV
realizada, o sistema deve ser totalmente limpo Capacidade de Recipientes para
antes do uso, e o processo de passivação deve Armazenamento
ser realizado em consonância com um
procedimento documentado claramente Art. 554. A capacidade do recipiente de
definido; armazenamento deve ser determinada com base
IV - acabamento interno liso: devem ser nos seguintes requisitos:
utilizadas superfícies internas lisas que ajudam a I - é necessário estabelecer uma
eviter aspereza e fissuras no sistema de água capacidade intermediária entre a capacidade de
para uso farmacêutico; geração do sistema de água e o consumo nos
V - soldagem: os materiais selecionados diferentes pontos de uso;
do sistema devem ser facilmente soldados, de II - o equipamento de tratamento da água
forma controlada; deve funcionar continuamente por períodos
VI - desenho de flanges ou juntas: significativos de tempo para evitar ineficiência e
quando são utilizadas flanges ou juntas, devem desgaste, o que ocorre quando o equipamento é
ter desenho higiênico ou sanitário. Devem ser ligado e desligado com freqüência; e
realizadas verificações para garantir que os III - a capacidade deve ser suficiente para
lacres corretos são usados e que estão oferecer reserva de curto prazo em caso de falha
encaixados e ajustados corretamente; do equipamento de tratamento da água ou de
VII - documentação: todos os incapacidade de produção devido à sanitização
componentes do sistema devem ser plenamente ou ciclo de regeneração.
documentados; e
VIII - materiais: devem ser utilizados Seção V
materiais adequados que possam ser Controle de Contaminação de Recipientes para
considerados como elementos sanitários do Armazenamento
sistema.
Art. 555. Os seguintes itens devem ser
Seção III considerados para o controle eficiente de
Sanitização do Sistema e Controle da Carga contaminação:
Microbiológica I - o espaço entre a superfície da água e a
tampa do reservatório é uma área de risco em
Art. 552. Os equipamentos de tratamento que gotas de água e ar podem entrar em contato
de água e os sistemas de armazenamento e em temperaturas que incentivam a proliferação
distribuição utilizados para água purificada e de microorganismos;
água para injetáveis devem ser projetados a fim II - os reservatórios devem ser
de evitar a contaminação microbiológica configurados para evitar zonas mortas em que
durante o uso e proporcionar o emprego de possa haver contaminação microbiológica;
técnicas de sanitização ou esterilização do III - filtros de ventilação são colocados
em reservatórios para permitir que o nível

389
interno de líquido flutue. Os filtros devem reter sazonais que venham a afetar a qualidade da
bactérias, devem ser hidrofóbicos e devem ser água para uso farmacêutico.
configurados idealmente para permitir teste de
integridade no local. Testes offline também são Seção II
aceitáveis; e Monitoramento Contínuo do Sistema
IV - quando são utilizadas válvulas de
alívio de pressão e discos de ruptura em Art. 564. Após a conclusão da
reservatórios para protegê-los contra qualificação do sistema de água, deve ser
pressurização excessiva, tais componentes realizada revisão dos dados obtidos, adotadas
devem ter desenho sanitário. ações corretivas e adequação dos procedimentos
operacionais, caso necessário. Após a revisão,
Seção VI deve ser estabelecido um plano de
Exigências para a Tubulação de Distribuição de monitoramento de rotina.
Água Art. 565. O monitoramento deve incluir
uma combinação de monitoramento online de
Art. 556. A distribuição de água parâmetros de processo, bem como testes offline
purificada e de água para injetáveis deve ser para verificação do atendimento às
realizada utilizando preferencialmente um anel especificações químicas e microbiológicas.
de circulação contínua. § 1º As amostras offline devem ser
Parágrafo único. A proliferação de coletadas de pontos de uso e pontos específicos
contaminantes dentro do tanque de de amostragem.
armazenamento e do anel de distribuição deve § 2º As amostras dos pontos de uso
ser controlada. devem ser coletadas de forma similar à adotada
Art. 557. A filtração não deve ser quando a água está sendo utilizada.
utilizada nos anéis de distribuição ou em pontos Art. 566. Devem ser realizados testes
de uso para controlar a biocontaminação. Tais para garantir o cumprimento da especificação
filtros podem mascarar a contaminação do farmacopéica.
sistema. Art. 567. Deve ser realizada análise de
Art. 558. Quando trocadores de calor são tendência dos dados de monitoramento.
empregados para aquecer ou resfriar água para
uso farmacêutico dentro de um sistema, devem CAPÍTULO VI
ser tomadas precauções para evitar que o MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE ÁGUA
equipamento de aquecimento ou resfriamento
contamine a água. Art. 568. Deve ser estabelecido um
Art. 559. As bombas de circulação programa de manutenção do sistema de água,
devem ter desenho sanitário que evitem a que considere os seguintes itens:
contaminação do sistema. I - freqüência definida para
Art. 560. A utilização de técnicas de equipamentos e instrumentos do sistema;
controle de biocontaminação deve ser II - programa de calibração;
considerada isoladamente ou em conjunto, a fim III - procedimentos para tarefas
de evitar a utilização de água fora das específicas;
especificações estabelecidas. IV - controle das peças a serem
utilizadas;
CAPÍTULO V V - cronograma e instruções de
CONSIDERAÇÕES OPERACIONAIS manutenção;
Seção I VI - registro, revisão e aprovação do
Qualificação serviço executado; e
VII - registro e revisão de problemas e
Art. 561. Todos os sistemas de água para falhas durante a manutenção.
uso farmacêutico são considerados sistemas
críticos de qualidade e de impacto direto, CAPÍTULO VII
portanto devem ser qualificados. REVISÕES DO SISTEMA
Art. 562. O processo de qualificação
deve seguir procedimentos previamente escritos Art. 569. Os sistemas de água (água
e aprovados. Os dados obtidos devem ser purificada e água para injetáveis) devem ser
devidamente registrados e revisados para revisados em intervalos regulares adequados.
aprovação. § 1º A equipe de revisão deve incluir
Art. 563. Devem ser consideradas no representantes das áreas de engenharia, garantia
processo de qualificação possíveis variações da qualidade, operações e manutenção.

390
§ 2º A revisão deve considerar tópicos Art. 575. Deve existir uma
tais como: documentação detalhada do sistema e essa deve
I - mudanças realizadas desde a última ser mantida atualizada. Esta descrição pode
revisão; incluir diagramas do sistema e sua infra-
II - desempenho do sistema; estrutura tecnológica (hardware, software etc.).
III - confiabilidade; Parágrafo único. Devem estar descritos
IV - tendências de qualidade; os princípios, objetivos, itens de segurança,
V - falhas; alcance do sistema e suas principais
VI - investigações; características de uso, interface com outros
VII - resultados fora de especificação sistemas e procedimentos.
obtidos durante monitoramento; Art. 576. O software é um componente
VIII- alterações na instalação; crítico do sistema informatizado. O usuário do
IX - atualização da documentação de sistema computadorizado deve garantir que
instalação; todos os passos de construção do software
X - livros de registros; e foram realizados de acordo com o sistema de
XI - situação da lista atual de garantia da qualidade.
procedimentos operacionais. Art. 577. O sistema deve incluir, quando
aplicável, a verificação da entrada de dados e
TÍTULO VII seu processamento.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Art. 578. Antes de iniciar a utilização de
COMPUTADORIZADOS um sistema informatizado, deve-se testar e
confirmar a capacidade do sistema em
Art. 570. A introdução de um sistema de armazenar os dados desejados, assegurando
informação computadorizado na cadeia infra-estrutura tecnológica necessária ao seu
produtiva, incluindo armazenagem, distribuição pleno funcionamento.
e controle de qualidade não exime a necessidade Parágrafo único. Quando houver
de atender a outros itens da norma. substituição de um sistema manual por um
§ 1º Quando sistemas computadorizados informatizado, os dois devem funcionar em
substituirem operações manuais, não pode haver paralelo como parte dos testes e validação.
impacto na qualidade do produto. Art. 579. As entradas e modificações de
§ 2º Deve-se considerar o risco de perder dados somente podem ser realizadas por pessoas
aspectos de qualidade do sistema anterior pela autorizadas.
redução do envolvimento dos operadores. § 1º Devem ser tomadas medidas que
Art. 571. Deve existir cooperação entre o não permitam que pessoas não autorizadas
pessoal chave e as pessoas responsáveis pelo incluam, excluam ou alterem dados no sistema,
sistema computadorizado. podendo ser utilizadas medidas de segurança,
§ 1º As pessoas que ocupam posições de tais como utilização de senhas, código pessoal,
responsabilidade devem possuir treinamento perfis de acesso, chaves ou acesso restrito aos
para o gerenciamento e utilização dos sistemas terminais do sistema.
que se encontram sob sua responsabilidade. § 2º Deve ser estabelecido um
§ 2º Deve-se assegurar que pessoas com procedimento de gerenciamento de acesso,
conhecimento necessário estejam disponíveis definindo como emitir, alterar e cancelar as
para assessorar nos aspectos de projeto, senhas das pessoas que não são mais autorizadas
desenvolvimento, validação e operação do a entrar ou alterar dados no sistema, incluindo a
sistema computadorizado. alteração da senha pessoal.
Art. 572. A extensão da validação § 3º Deve ser dada preferência a sistemas
depende de uma série de fatores, incluindo o uso que permitam registrar a tentativa de acesso de
pretendido do sistema, o tipo de validação a ser pessoas não autorizadas.
realizada (retrospectiva, concorrente e Art. 580. Quando dados críticos são
prospectiva) e inserção de novos elementos. inseridos manualmente (exemplo: valor pesado,
Art. 573. A validação deve ser número de lote de um insumo pesado) deve
considerada parte do ciclo de vida de um haver uma conferência adicional assegurando a
sistema computadorizado, que compreende as precisão dos dados inseridos.
etapas de planejamento, especificação, Parágrafo único. A conferência pode ser
programação, teste, documentação, operação, realizada por um segundo operador ou por
monitoramento, manutenção e mudança. meios eletrônicos validados.
Art. 574. Os sistemas computadorizados Art. 581. O sistema deve registrar a
devem ser instalados em locais onde fatores identificação dos operadores que entrem ou
externos não interfiram em seu funcionamento. confirmem dados críticos. A autorização para
alteração de dados deve ser restrita.

391
§ 1º Qualquer alteração de dados críticos Parágrafo único. Quaisquer falhas e
deve ser documentada, descrevendo a razão da medidas corretivas adotadas devem ser
alteração. registradas.
§ 2º Quando houver alteração de dados, Art. 588. Devem ser estabelecidos
devem ser mantidos os registros de todas as procedimentos para registrar e analisar os erros
entradas, alterações, usuários e datas. do sistema e permitir que sejam adotadas as
Art. 582. As alterações em sistemas ou medidas corretivas.
programas devem ser realizadas de acordo com Art. 589. No caso da contratação de
procedimentos e metodologias de serviços de desenvolvimento e manutenção de
desenvolvimento de sistemas. sistemas computadorizados deve haver um
§ 1º Os procedimentos devem definir a contrato formal incluindo as responsabilidades
validação, verificação, aprovação e do contratado.
implementação da mudança. Art. 590. Quando a liberação de lotes
§ 2º Qualquer alteração deve ser para a venda é realizada utilizando sistema
registrada e implementada somente com a computadorizado, o sistema deve reconhecer
concordância da pessoa responsável pela parte que somente a(s) pessoa(s) designada(s)
envolvida do sistema. pode(m) liberar os lotes e que seja registrado o
§ 3º Qualquer alteração significativa responsável por efetuar esta operação.
deve ser validada.
Art. 583. Nos casos de auditorias de TÍTULO VIII
qualidade deve ser possível a obtenção de BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃODE
cópias impressas dos dados armazenados MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
eletronicamente.
Art. 584. Os dados devem ser Art. 591. Este Título complementa as
armazenados de forma segura, por meios físicos Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos,
ou eletrônicos contra danos acidentais ou considerando a necessidade de direcionamento
intencionais. específico do controle de medicamentos
§ 1º Os dados armazenados devem ser fitoterápicos.
verificados quanto à acessibilidade, durabilidade Parágrafo único. Este Título trata
e exatidão. exclusivamente de medicamentos fitoterápicos e
§ 2º Caso seja proposta mudança nos não abrange a combinação de materiais de
equipamentos ou softwares, as verificações origem vegetal com os de origens animal e
mencionadas devem ser realizadas em uma mineral, substâncias ativas isoladas, entre
freqüência apropriada para o meio de outras.
armazenamento em uso.
Art. 585. Os dados devem ser protegidos CAPÍTULO I
por meio da realização de cópias de segurança CONSIDERAÇÕES GERAIS
(backup) em intervalos regulares.
§ 1º Os dados de backup devem ser Art. 592. Devido à complexidade
armazenados por um tempo definido e em local inerente às plantas medicinais, a produção e o
separado e seguro. processamento exercem influência direta sobre a
§ 2º Devem existir procedimentos que qualidade dos medicamentos fitoterápicos.
assegurem o processo de restauração e Parágrafo único. A aplicação das Boas
manutenção dos dados da cópia de segurança. Práticas de Fabricação de Medicamentos
§ 3º Dados perdidos devem ser tratados Fitoterápicos é uma ferramenta essencial para
como desvios. garantir a qualidade do produto.
Art. 586. Devem existir alternativas para
os sistemas que estejam em operação, no caso CAPÍTULO II
de incidentes em seu funcionamento. GARANTIA DE QUALIDADE
§ 1º O tempo necessário para
implementar o uso destas alternativas deve estar Art. 593. Além do uso de adequadas
relacionado com a possível urgência da técnicas analíticas para caracterizar os
necessidade em utilizá-los. medicamentos fitoterápicos, a garantia de
§ 2º A informação necessária para qualidade também exige o controle das
efetuar um recolhimento deve estar disponível matérias-primas vegetais bem como
em um curto espaço de tempo. processos e metodologias analíticas
Art. 587. Os procedimentos a serem validadas.
seguidos no caso de falhas ou interrupção do Parágrafo único. Um sistema apropriado
funcionamento do sistema devem ser definidos de garantia de qualidade deve ser aplicado na
e validados. fabricação de medicamentos fitoterápicos.

392
CAPÍTULO III Art. 600. Os equipamentos devem ser
SANITIZAÇÃO E HIGIENE higienizados por meio de procedimentos
específicos de limpeza adequados ao processo e
Art. 594. Devido à sua origem, os devidamente validados, a fim de evitar
materiais vegetais podem conter contaminantes contaminação.
microbiológicos.
Parágrafo único. Para evitar alterações e CAPÍTULO X
reduzir qualquer tipo de contaminação, é AMOSTRAS E PADRÕES DE REFERÊNCIA
necessário um nível adequado de sanitização e
higiene em todas as etapas do processo de Seção I
fabricação.
CAPÍTULO IV Padrão de Referência para Identificação de
VALIDAÇÃO Droga Vegetal
Art. 601. Na inexistência de monografia
Art. 595. A empresa deve apresentar contendo descrição da droga vegetal em
justificativa técnica para a determinação dos farmacopéias reconhecidas pela ANVISA, pode
testes a serem utilizados durante a validação de ser utilizado como referência, o laudo de
limpeza e de processo. identificação emitido por profissional habilitado
ou a descrição em publicação técnico-científica
CAPÍTULO V indexada e perfil cromatográfico ou prospecção
AUTO- INSPEÇÃO fitoquímica.

Art. 596. Ao menos um membro da Seção II


equipe de auto-inspeção deve ter experiência e Padrão de Referência para Controle de
/ou qualificação técnica na área de Qualidade da Matéria-Prima Ativa e do
medicamentos fitoterápicos. Medicamento
Fitoterápico
CAPÍTULO VI
PESSOAL Art. 602. O padrão de referência pode ser
uma substância definida quimicamente (por
Art. 597. A liberação de medicamentos exemplo, um componente ativo conhecido ou
fitoterápicos para o mercado deve ser autorizada uma substância marcadora ou uma classe de
por pessoa que tenha experiência e qualificação compostos químicos presentes na matéria-prima
técnica nos aspectos específicos do vegetal) ou um extrato padrão.
processamento e do controle de qualidade de § 1º Deve-se utilizar padrões de
medicamento fitoterápicos. referência oficializados pela Farmacopéia
Brasileira ou outros códigos autorizados pela
CAPÍTULO VII legislação vigente, ou ainda padrões de
TREINAMENTO referência devidamente caracterizados.
§ 2º O padrão de referência deve ter
Art. 598. Todo pessoal envolvido na qualidade apropriada para este fim.
fabricação deve ter treinamento adequado e § 3º Todos os padrões de referência
periódico em Boas Práticas de Fabricação e em devem ser armazenados em condições
áreas de conhecimento específico, apropriadas a apropriadas para evitar a degradação.
medicamentos fitoterápicos e plantas § 4º Para os padrões de referência
medicinais. caracterizados deve-se apresentar laudo de
análise completo, incluindo ressonância
CAPÍTULO VIII magnética nuclear, espectrometria de massas
HIGIENE PESSOAL (alta resolução), infravermelho, ponto de fusão
e/ou HPLC (pureza com base na área relativa do
Art. 599. Todo pessoal envolvido na pico).
fabricação deve ser treinado em Boas Práticas § 5º O extrato padrão deve ser
de higiene pessoal, bem como ser protegido do referenciado em relação a um padrão primário,
contato com matérias-primas vegetais para comprovação da identidade e do teor de
potencialmente alergênicas, por meio de roupa e marcador.
equipamento de proteção individual adequados.
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO IX DOCUMENTAÇÃO
EQUIPAMENTOS Seção I

393
Especificações § 1º Se a atividade terapêutica dos
constituintes for conhecida, esta informação
Art. 603. As especificações para deve constar da documentação.
matérias-prima vegetais e medicamentos § 2º Nos casos em que a atividade
fitoterápicos têm o objetivo de definir a terapêutica dos constituintes não puder ser
qualidade, e garantir a segurança e eficácia. As determinada quantitativamente, as
especificações devem incluir, ao menos, as especificações devem ser baseadas na
seguintes informações, quando aplicável: determinação de marcadores.
I - matéria-prima vegetal: § 3º Em ambos os casos a especificação
a) Nomenclatura botânica oficial; de teor deve estar definida.
b) parte da planta utilizada; Art. 606. Quando o medicamento
c) testes de identificação para princípios fitoterápico possuir associações de espécies
ativos ou marcadores conhecidos. Uma amostra vegetais em que a determinação quantitativa de
de padrão deve ser disponibilizada para fins de um marcador por espécie não for possível,
identificação; poderá ser apresentado o perfil cromatográfico
d) descrição com base em exame visual que contemple a presença de ao menos uma
(macroscópico) e/ou microscópico; substância característica de cada espécie do
e) testes de pureza e integridade, medicamento, complementado pelo doseamento
incluindo: cinzas totais e/ou cinzas insolúveis de pelo menos um marcador, desde que seja
em ácido clorídrico, umidade, perda por devidamente justificado.
secagem, pesquisa de matérias estranhas e
metais pesados; CAPÍTULO XII
f) testes para determinação de CONTROLE DE QUALIDADE
contaminação microbiológica, resíduos de
pesticidas e fumigantes, radioatividade e Art. 607. Todo pessoal do controle de
micotoxinas, se aplicável; qualidade deve ter o conhecimento, experiência,
g) outros testes apropriados, incluindo qualificação técnica e ser treinado para
solventes residuais utilizados na extração do realização de análises em droga vegetal,
derivado; e derivado de droga vegetal e medicamentos
h) análises qualitativas e quantitativas fitoterápicos.
sobre os princípios ativos e/ou marcadores
quando conhecidos, ou classes de compostos TÍTULO IX
químicos característicos da espécie. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
II - medicamentos fitoterápicos: TRANSITÓRIAS
a) Testes para determinação de Art. 608. Fica concedido o prazo de um
contaminação microbiológica; ano para elaboração de todos os protocolos e
b) uniformidade de peso, tempo de outros documentos necessários para a validação
desintegração, dureza e friabilidade, dos sistemas computadorizados que já se
viscosidade, consistência e tempo de dissolução, encontrem instalados, devendo a conclusão dos
quando aplicável; estudos de validação ocorrer no prazo máximo
c) aparência física tais como, cor, odor, de 3 (três) anos a partir da data de publicação
forma, tamanho e textura; dessa resolução.
d) perda por secagem ou conteúdo de Parágrafo único. Para os sistemas
água; adquiridos a partir da data de publicação desta
e) testes de identificação, determinação resolução, a validação deverá ser realizada
qualitativa de substâncias relevantes das plantas antesdo seu uso na rotina em que é aplicado.
(por exemplo, cromatogramas fingerprint); Art. 609. A Diretoria Colegiada
f) quantificação dos marcadores, e publicará atualizações desta resolução, com
métodos analíticos disponíveis; e vistas ao acompanhamento do desenvolvimento
g) testes limite para solventes residuais. de novas tecnologias do setor farmacêutico.
Art. 604. As matérias-primas vegetais Art. 610. A inobservância ao disposto na
derivadas que contenham organismos presente resolução configura infração de
geneticamente modificados devem cumprir as natureza sanitária, na forma da Lei n° 6437, de
normas específicas vigentes. 20 de agosto de 1977, sujeitando o infrator às
Art. 605. Os testes de controle de penalidades previstas nesse diploma legal.
qualidade e especificações para medicamentos Art. 611. Ficam revogadas a Portaria
fitoterápicos devem contemplar a determinação SVS/MS Nº 500, de 09 de outubro de 1997 e a
qualitativa e quantitativa dos principais Resolução RDC Nº 210, de 04 de agosto de
componentes ativos. 2003.

394
Art. 612. Esta resolução entra em vigor
na data de sua publicação.

DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO


Este texto não substitui o publicado no D.O.U
em 19.04.2010

395
RDC Nº 10, DE 21/03/2011
(D.O.U em 24.03.2011) CAPÍTULO II
DO REGULAMENTO
Dispõe sobre a garantia da qualidade de
medicamentos importados e dá outras Art. 5º A empresa importadora é responsável
providências. pela qualidade, eficácia e segurança dos
medicamentos que importar.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Art. 6º As empresas legalmente autorizadas para
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que desenvolver atividade de importação, à exceção
lhe confere o inciso IV do art. 11 do das empresas fabricantes, somente poderão
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.029, importar medicamentos em sua forma terminada
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o e em sua embalagem original.
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 Art. 7º O fabricante do medicamento é
do Regimento Interno aprovado nos termos do responsável pela realização, em todos os lotes,
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de ensaios de controle de qualidade completos,
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 em conformidade com o registro do
de agosto de 2006, em reunião realizada em 1º medicamento na ANVISA.
de fevereiro de 2011, Parágrafo único. O Certificado de Liberação do
Lote juntamente com seu laudo analítico,
Adota a seguinte Resolução da Diretoria emitidos pela empresa fabricante, de acordo
Colegiada e eu, Diretor-Presidente Substituto, com as especificações estabelecidas no registro,
determino a sua publicação: deverão acompanhar o medicamento.
Art. 8º Todas as importadoras devem possuir
laboratório de controle de qualidade e local de
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico armazenamento próprios, incluindo local
que estabelece os requisitos mínimos para a específico para armazenamento de amostras de
garantia da qualidade de medicamentos referência. A empresa ainda deve possuir
importados, nos termos desta Resolução. capacidade técnica e operacional para realizar as
atividades necessárias.
CAPÍTULO I Parágrafo único. É vedada a terceirização de
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS armazenamento às empresas que não disponham
Seção I de local de armazenamento próprio, conforme
Objetivo legislação específica.
Art. 2º Este Regulamento possui o objetivo de Art. 9º O laboratório próprio da importadora
garantir a qualidade dos medicamentos situado em território nacional é responsável pela
importados. realização de ensaios completos de controle de
qualidade, em conformidade com o registro do
Seção II medicamento na ANVISA, para cada carga
Abrangência recebida, lote a lote, de todos os medicamentos
Art. 3º Este Regulamento se aplica a empresas importados.
que detenham autorização de funcionamento Parágrafo único. Não será permitida a
para atividade de importação de medicamentos contratação de serviços de terceiros para a
junto a ANVISA. realização de ensaios de controle de qualidade,
Parágrafo único. Excetuam-se deste salvo nos casos previstos em legislação vigente.
regulamento os medicamentos biológicos Art. 10 A empresa importadora fica isenta da
disciplinados por legislação específica. realização de ensaios completos de controle de
qualidade dispostos no artigo 9º, devendo
Seção III realizar para cada carga recebida, lote a lote, no
Definições mínimo os testes registrados para teor e
Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico produtos de degradação, desde que atenda aos
são adotadas as seguintes definições: seguintes requisitos:
I- Importadora: empresa que detenham I-os medicamentos sejam importados
autorização de funcionamento para atividade de em sua forma terminada e em sua
importação de medicamentos junto a ANVISA, embalagem original;
detentora do registro do medicamento no Brasil, II - a empresa importadora deve
inclusive nos casos de importação terceirizada. possuir Certificado válido de Boas
II- Certificado de Liberação do Lote: Práticas de Fabricação ou Boas
documento emitido pela empresa fabricante do Práticas de Distribuição e
medicamento ou pela importadora que atesta Armazenagem, conforme o caso,
que determinado lote de medicamento tenha emitido pela ANVISA;
sido liberado para comercialização.

396
III- as empresas envolvidas no anteriormente pela ANVISA e cujas empresas
processo produtivo devem possuir solicitantes da inspeção protocolem o pedido de
Certificado de Boas Práticas de Certificação de Boas Práticas de Fabricação no
Fabricação válido, emitido pela prazo mínimo de 120 dias antes dos
ANVISA, por importadora solicitante, vencimentos dos certificados vigentes.
para a linha produtiva em questão; § 2º Os registros gerados de acordo com
IV-as condições de temperatura e o inciso IV devem identificar o(s) nome(s) do(s)
umidade durante cada operação de medicamento(s), número(s) de lote(s), hora e
transporte devem ser registradas data de expedição pela exportadora e recepção
continuamente, por equipamento no almoxarifado da importadora.
calibrado, com comprovação que o § 3º Em caso de desvios de temperatura
medicamento foi mantido dentro das e/ou umidade, a isenção prevista neste artigo
condições de armazenamento deve ser aplicada somente após processo de
preconizadas no registro do investigação formal, pela Garantia de
medicamento na ANVISA. A umidade Qualidade, que conclua a ausência de impacto
poderá não ser monitorada, salvo em na qualidade, eficácia e segurança do
situações específicas justificadas medicamento. Esta investigação deve considerar
tecnicamente; informações técnicas, incluindo dados dos
V- as condições de transporte devem estudos de estabilidade acelerado e longa
estar validadas para os medicamentos duração concluídos, conforme legislação
sob refrigeração; sanitária específica.
VI- a empresa importadora deve § 4º A empresa responsável pela
assegurar que a exportadora possui importação deve emitir o Certificado de
procedimentos operacionais padrão Liberação do Lote juntamente com seu laudo
que especifiquem os detalhes relativos analítico, sob a responsabilidade do
às operações de transporte, incluindo o Farmacêutico Responsável.
acondicionamento e tamanho da carga, § 5º A documentação que comprova o
o número de registradores de atendimento aos requisitos dispostos nesse
temperatura e umidade e posição dos artigo, deverá estar disponível sempre que
mesmos, de forma a garantir solicitado pelos órgãos de vigilância sanitária e
representatividade em relação à carga; durante a inspeção sanitária para verificação do
VII- o sistema da Garantia de cumprimento de Boas Práticas.
Qualidade da empresa importadora
deve ser capaz de verificar os registros CAPÍTULO III
e avaliar tecnicamente a documentação DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
pertinente ao lote do medicamento TRANSITÓRIAS
importado, entre estes, condições
físicas da carga recebida, registros de Art. 11. Os estabelecimentos abrangidos
temperatura e umidade que por esta Resolução devem atender na íntegra às
comprovem que o medicamento foi exigências nela contidas.
mantido dentro das condições Art. 12. O descumprimento das
preconizadas no registro, de modo a disposições contidas nesta resolução e no
garantir a qualidade, eficácia e regulamento por ela aprovado constitui infração
segurança; e sanitária, nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de
VIII-o departamento de Controle de agosto de 1977, sem prejuízo das
Qualidade da empresa importadora responsabilidades civil, administrativa e penal
deve realizar todas as análises cabíveis.
completas, em conformidade com o Art.13. Fica revogada a
registro do medicamento, de no Portaria/SVS/MS nº185 de 08 de março de
mínimo dois lotes anualmente, no caso 1999, publicada em 9 de março de 1999,
de importação acima de oitos republicada em 15 de março de 1999.
cargas/ano de cada medicamento. Para Art. 14. Esta Resolução entra em vigor
importação menor ou igual a oito na data de sua publicação.
cargas/ano recebidas de cada DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
medicamento, devem ser realizadas Este texto não substitui o publicado no D.O.U
todas as análises completas, de no em 24.03.2011
mínimo, dois lotes a cada dois anos.
§ 1º Considera-se cumprida a exigência
do inciso III, quando as empresas envolvidas no
processo produtivo já tiverem sido certificadas

397
RDC Nº 20, DE 05/05/2011 Art. 4º A prescrição dos medicamentos
(D.O.U de 09.05.2011) abrangidos por esta Resolução deverá ser
realizada por profissionais legalmente
Dispõe sobre o controle de medicamentos à habilitados.
base de substâncias classificadas como CAPÍTULO III
antimicrobianos, de uso sob prescrição, DA RECEITA
isoladas ou em associação. Art. 5º A prescrição de medicamentos
antimicrobianos deverá ser realizada em
A Diretoria Colegiada da Agência receituário privativo do prescritor ou do
Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da estabelecimento de saúde, não havendo,
atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, portanto modelo de receita específico.
do Regulamento da Agência Nacional de Parágrafo único. A receita deve ser
Vigilância Sanitária, aprovado pelo Decreto n.º prescrita de forma legível, sem rasuras, em 2
3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o (duas) vias e contendo os seguintes dados
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 obrigatórios:
do Regimento Interno aprovado nos termos do I - identificação do paciente: nome
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 completo, idade e sexo;
de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 II -nome do medicamento ou da
de agosto de 2006, em reunião realizada em 27 substância prescrita sob a forma de
de abril de 2011, adota a seguinte Resolução da Denominação Comum Brasileira (DCB), dose
Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, ou concentração, forma farmacêutica, posologia
determino sua publicação: e quantidade (em algarismos arábicos );
III - identificação do emitente: nome do
CAPÍTULO I profissional com sua inscrição no Conselho
DA ABRANGÊNCIA Regional ou nome da instituição, endereço
Art. 1º Esta Resolução estabelece os completo, telefone, assinatura e marcação
critérios para a prescrição, dispensação, gráfica (carimbo); e
controle, embalagem e rotulagem de IV - data da emissão.
medicamentos à base de substâncias Art. 6º A receita de antimicrobianos é
classificadas como antimicrobianos de uso sob válida em todo o território nacional, por 10
prescrição, isoladas ou em associação, conforme (dez) dias a contar da data de sua emissão.
Anexo I desta Resolução Art. 7º A receita poderá conter a
Parágrafo único. Esta Resolução também prescrição de outras categorias de
se aplica a sais, éteres, ésteres e isômeros das medicamentos desde que não sejam sujeitos a
substâncias antimicrobianas constantes de seu controle especial.
Anexo I. Parágrafo único. Não há limitação do
Art. 2º As farmácias e drogarias número de itens con-tendo medicamentos
privadas, assim como as unidades públicas de antimicrobianos prescritos por receita.
dispensação municipais, estaduais e federais que Art. 8º Em situações de tratamento
disponibilizam medicamentos mediante prolongado a receita poderá ser utilizada para
ressarcimento, a exemplo das unidades do aquisições posteriores dentro de um período de
Programa Farmácia Popular do Brasil, devem 90 (noventa) dias a contar da data de sua
dispensar os medicamentos contendo as emissão
substâncias listadas no Anexo I desta § 1º Na situação descrita no caput deste
Resolução, isoladas ou em associação, mediante artigo, a receita deverá conter a indicação de uso
retenção de receita e escrituração nos termos contínuo, com a quantidade a ser utilizada para
desta Resolução. cada 30 (trinta) dias
Art.3° As unidades de dispensação § 2º No caso de tratamentos relativos aos
municipais, estaduais e federais, bem como as programas do Ministério da Saúde que exijam
farmácias de unidades hospitalares ou de períodos diferentes do mencionado no caput
quaisquer outras unidades equivalentes de deste artigo, a receita/prescrição e a dispensação
assistência médica, públicas ou privadas, que deverão atender às diretrizes do programa.
não comercializam medicamentos devem CAPÍTULO IV
manter os procedimentos de controle específico DA DISPENSAÇÃO E DA RETENÇÃO DE
de prescrição e dispensação já existentes para os RECEITA
medicamentos que contenham substâncias Art. 9º A dispensação em farmácias e
antimicrobianas. drogarias públicas e privadas dar-se-á mediante
CAPÍTULO II a retenção da 2ª (segunda) via da receita,
DA PRESCRIÇÃO devendo a 1ª (primeira) via ser devolvida ao
paciente.

398
§ 1º O farmacêutico não poderá aceitar Art. 14. As farmácias públicas que
receitas posteriores ao prazo de validade disponibilizam medicamentos mediante
estabelecido nos termos desta Resolução. ressarcimento, a exemplo das unidades do Pro-
§ 2º As receitas somente poderão ser grama Farmácia Popular do Brasil, devem
dispensadas pelo farmacêutico quando realizar a escrituração por meio de Livro de
apresentadas de forma legível e sem rasuras. Registro Específico para Antimicrobianos ou
§ 3º No ato da dispensação devem ser por meio de sistema informatizado, previamente
registrados nas duas vias da receita os seguintes avaliado e aprovado pela vigilância sanitária
dados: local, devendo obedecer ao prazo máximo sete
I - a data da dispensação; (7) dias para escrituração, a contar da data da
II - a quantidade aviada do dispensação.
antimicrobiano; Art. 15. Todos os estabelecimentos que
III - o número do lote do medicamento utilizarem Livro de Registro Específico para
dispensado; e antimicrobianos deverão obedecer aos prazos
IV - a rubrica do farmacêutico, atestando estabelecidos no cronograma mencionado no
o atendimento, no verso da receita. artigo 13 desta Resolução.
Art. 10. A dispensação de Art. 16. Os monitoramentos sanitário e
antimicrobianos deve atender essencialmente ao farmacoepidemiológico do consumo dos
tratamento prescrito, inclusive mediante antimicrobianos devem ser realizados pelos
apresentação comercial fracionável, nos termos entes que compõem o Sistema Nacional de
da Resolução RDC nº 80/2006 ou da que vier a Vigilância Sanitária, cabendo à Anvisa o
substituí-la. estabelecimento de critérios para execução.
Art. 11. Esta Resolução não implica
vedações ou restrições à venda por meio CAPÍTULO VI
remoto, devendo, para tanto, ser observadas as DA EMBALAGEM, ROTULAGEM, BULA E
Boas Práticas Farmacêuticas em Farmácias e AMOSTRAS GRÁTIS
Drogarias, estabelecidas na Resolução RDC nº. Art. 17. As bulas e os rótulos das
44/2009 ou na que vier a substituí-la. embalagens dos medicamentos contendo
Art. 12. A receita deve ser aviada uma substâncias antimicrobianas da lista constante
única vez e não poderá ser utilizada para do Anexo I desta Resolução devem conter, em
aquisições posteriores, salvo nas situações caixa alta, a frase: "VENDA SOB
previstas no artigo 8º desta norma. PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER
Parágrafo único. A cada vez que o VENDIDO COM RETENÇÃO DA
receituário for atendido dentro do prazo RECEITA".
previsto, deverá ser obedecido o procedimento Parágrafo único. Nos rótulos das
constante no § 3º do artigo 9º desta Resolução embalagens secundárias, a frase deve estar
disposta dentro da faixa vermelha, nos termos
CAPÍTULO V da Resolução RDC nº.71/2009 ou da que vier a
DA ESCRITURAÇÃO E DO substituí-la.
MONITORAMENTO Art. 18. Será permitida a fabricação e
Art. 13. A Anvisa publicará, no prazo de distribuição de amostras grátis desde que
180 (cento e oitenta) dias contados da atendidos os requisitos definidos na Resolução
publicação desta Resolução, o cronograma para RDC nº. 60/2009 ou na que vier a substituí-la.
o credenciamento e escrituração da Art. 19. A adequação das rotulagens e
movimentação de compra e venda dos bulas dos medicamentos contendo as
medicamentos objeto desta Resolução no substâncias antimicrobianas da lista constante
Sistema Nacional de Gerenciamento de do Anexo I desta Resolução, deverão obedecer
Produtos Controlados (SNGPC), conforme aos prazos estabelecidos na Resolução RDC
estabelecido na Resolução RDC nº 27/2007 ou nº.71/2009 e Resolução RDC nº.47/2009 ou
na que vier a substituíla. naquelas que vierem a substituí-las.
Parágrafo único. Em localidades ou Parágrafo único. As farmácias e
regiões desprovidas de internet, a vigilância drogarias poderão dispensar os medicamentos à
sanitária local poderá autorizar o controle da base de antimicrobianos que estejam em
escrituração desses medicamentos em Livro de embalagens com faixas vermelhas, ainda não
Registro Específico para Antimicrobianos ou adequadas, desde que fabricados dentro dos
por meio de sistema informatizado, previamente prazos previstos no caput deste artigo.
avaliado e aprovado, devendo obedecer ao prazo
máximo sete (7) dias para escrituração, a contar CAPÍTULO VII
da data da dispensação. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

399
Art. 20. É vedada a devolução, por LISTA DE ANTIMICROBIANOS
pessoa física, de medicamentos antimicrobianos REGISTRADOS NA ANVISA
industrializados ou manipulados para drogarias *Atualização dada pela RDC 174, de
e farmácias. 15/09/2017.
§ 1º Excetua-se do disposto no caput
deste artigo a devolução por motivos de desvios (Não se aplica aos antimicrobianos de uso
de qualidade ou de quantidade que os tornem exclusivo hospitalar)
impróprios ou inadequados ao consumo, ou 1. Ácido clavulânico
decorrentes de disparidade com as indicações 2. Ácido fusídico
constantes do recipiente, da embalagem, 3. Ácido nalidíxico
rotulagem ou mensagem publicitária, a qual 4. Ácido oxolínico
deverá ser avaliada e documentada pelo 5. Ácido pipemídico
farmacêutico. 6. Amicacina
§ 2º Caso seja verificada a pertinência da 7. Amoxicilina
devolução, o farmacêutico não poderá reintegrar 8. Ampicilina
o medicamento ao estoque comercializável em 9. Axetilcefuroxima
hipótese alguma, e deverá notificar 10. Azitromicina
imediatamente a autoridade sanitária 11. Aztreonam
competente, informando os dados de 12. Bacitracina
identificação do produto, de forma a permitir as 13. Besifloxacino
ações sanitárias pertinentes. 14. Brodimoprima
Art. 21. Os estabelecimentos deverão 15. Capreomicina
manter à disposição das autoridades sanitárias, 16. Carbenicilina
por um período de 2 (dois) anos a 17. Cefaclor
documentação referente à compra, venda, 18. Cefadroxil
transferência, perda e devolução das substâncias 19. Cefalexina
antimicrobianas bem como dos medicamentos 20. Cefalotina
que as contenham. 21. Cefazolina
Art. 22. Para efeitos desta Resolução 22. Cefepima
serão adotadas as definições contidas em seu 23. Cefodizima
Anexo II. 24. Cefoperazona
Art. 23. Cabe ao Sistema Nacional de 25. Cefotaxima
Vigilância Sanitária, além de garantir a 26. Cefoxitina
fiscalização do cumprimento desta norma, zelar 27. Cefpodoxima
pela uniformidade das ações segundo os 28. Cefpiroma
princípios e normas de regionalização e 29. Cefprozil
hierarquização do Sistema Único de Saúde. 30. Ceftadizima
Art. 24. Caberá à área técnica 31. Ceftarolina fosamila
competente da ANVISA a adoção de medidas 32. Ceftriaxona
ou procedimentos para os casos não previstos 33. Cefuroxima
nesta Resolução. 34. Ciprofloxacina
Art. 25. O descumprimento das 35. Claritromicina
disposições contidas nesta Resolução constitui 36. Clindamicina
infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437, 37. Clofazimina
de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das 38. Clorfenesina
responsabilidades civil, administrativa e penal 39. Cloranfenicol
cabíveis. 40. Cloxacilina
Art. 26. Ficam revogadas as Resoluções 41. Dactinomicina
de Diretoria Colegiada RDC nº 44, de 26 de 42. Daptomicina
outubro de 2010, publicada no DOU de 28 de 43. Dapsona
outubro de 2010, Seção 1, pág 76, RDC nº 61, 44. Dicloxacilina
de 17 de dezembro de 2010, publicada no DOU 45. Difenilsulfona
de 22 de dezembro de 2010, Seção 1, pág 94, e 46. Diidroestreptomicina
RDC nº 17, de 15 de abril de 2011, publicada no 47. Diritromicina
DOU de 18 de abril de 2011, Seção 1, pág 65, 48. Doripenem
Art. 27. Esta Resolução entra em vigor 49. Doxiciclina
na data de sua publicação. 50. Eritromicina
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO 51. Ertapenem
52. Espectinomicina
ANEXO I 53. Espiramicina

400
54. Estreptomicina 114. Sulfametoxipirimidina
55. Etambutol 115. Sulfatiazol
56. Etionamida 116. Sultamicilina
57. Fosfomicina 117. Tazobactam
58. Ftalilsulfatiazol 118. Tedizolida
59. Gatifloxacina 119. Teicoplanina
60. Gemifloxacino 120. Telitromicina
61. Gentamicina 121. Tetraciclina
62. Gramicidina 122. Tianfenicol
63. Imipenem 123. Ticarcilina
64. Isoniazida 124. Tigeciclina
65. Levofloxacina 125. Tirotricina
66. Linezolida 126. Tobramicina
67. Limeciclina 127. Trimetoprima
68. Lincomicina 128. Trovafloxacina
69. Lomefloxacina 129. Vancomicina
70. Loracarbef
71. Mandelamina ANEXO II - GLOSSÁRIO
72. Meropenem Antimicrobiano - substância que previne
73. Metampicilina a proliferação de agentes infecciosos ou
74. Metronidazol microorganismos ou que mata agentes
75. Minociclina infecciosos para prevenir a disseminação da
76. Miocamicina infecção.
77. Mitomicina Concentração - concentração é a razão
78. Moxifloxacino entre a quantidade ou a massa de uma
79. Mupirocina substância e o volume total do meio em que esse
80. Neomicina composto se encontra.
81. Netilmicina Desvio de qualidade - afastamento dos
82. Nitrofural parâmetros de qualidade definidos e aprovados
83. Nitrofurantoína no registro do medicamento.
84. Nitroxolina Dispensação - ato do profissional
85. Norfloxacina farmacêutico de proporcionar um ou mais
86. Ofloxacina medicamentos a um paciente, geralmente, como
87. Oxacilina resposta à apresentação de uma receita
88. Oxitetraciclina elaborada por um profissional autorizado. Neste
89. Pefloxacina ato, o farmacêutico informa e orienta ao
90. Penicilina G paciente sobre o uso adequado desse
91. Penicilina V medicamento. São elementos importantes desta
92. Piperacilina orientação, entre outros, a ênfase no
93. Pirazinamida cumprimento do regime posológico, a influência
94. Polimixina B dos alimentos, a interação com outros
95. Pristinamicina medicamentos, o reconhecimento de reações
96. Protionamida adversas potenciais e as condições de
97. Retapamulina conservação do produto.
98. Rifabutina Dose - quantidade total de medicamento
99. Rifamicina que se administra de uma única vez no paciente.
100. Rifampicina Escrituração -procedimento de registro,
101. Rifapentina manual ou informatizado, da movimentação
102. Rosoxacina (entrada, saída, perda e transferência) de
103. Roxitromicina medicamentos sujeitos ao controle sanitário e
104. Sulbactam definido por legislação vigente, bem como de
105. Sulfacetamida outros dados de interesse sanitário.
106. Sulfadiazina Farmacoepidemiologia - estuda o uso e
107. Sulfadoxina os efeitos dos medicamentos na população em
108. Sulfaguanidina geral.
109. Sulfamerazina Livro de registro específico de
110. Sulfanilamida antimicrobianos - documento para escrituração
111. Sulfametizol manual de dados de interesse sanitário
112. Sulfametoxazol autorizado pela autoridade sanitária local. A
113. Sulfametoxipiridazina

401
escrituração deve ser realizada pelo
farmacêutico ou sob sua supervisão.
Monitoramento farmacoepidemiológico -
acompanhamento sistemático de indicadores
farmacoepidemiológicos relacionados com o
consumo de medicamentos em populações com
a finalidade de subsidiar medidas de intervenção
em saúde pública, incluindo educação sanitária
e alterações na legislação específica vigente.
Este monitoramento é composto de três
componentes básicos: i) coleta de dados; ii)
análise regular dos dados; e iii) ampla e
periódica disseminação dos dados.
Monitoramento sanitário -
acompanhamento sistemático de indicadores
operacionais relativos ao credenciamento de
empresas no sistema, retenção de receitas,
escrituração, envio de arquivos eletrônicos e
eficiência do sistema de gerenciamento de
dados com a finalidade de subsidiar, entre
outros instrumentos de vigilância sanitária, a
fiscalização sanitária. Este monitoramento é
composto de três componentes básicos: i) coleta
de dados; ii) análise regular dos dados; e iii)
ampla e periódica disseminação dos dados.
Posologia -incluem a descrição da dose
de um medicamento, os intervalos entre as
administrações e o tempo do tratamento. Não
deve ser confundido com "dose" -quantidade
total de um medicamento que se administra de
uma só vez.
Receita -documento, de caráter sanitário,
normalizado e obrigatório mediante a qual
profissionais legalmente habilitados e no âmbito
das suas competências, prescrevem aos
pacientes os medicamentos sujeitos a
prescrição, para sua dispensação por um
farmacêutico ou sob sua supervisão em farmácia
e drogarias ou em outros estabelecimentos de
saúde, devidamente autorizados para a
dispensação de medicamentos.
Sistema Nacional de Gerenciamento de
Produtos Controlados (SNGPC) - instrumento
informatizado para captura e tratamento de
dados sobre produção, comércio e uso de
substâncias ou medicamentos.
Tratamento prolongado -terapia
medicamentosa a ser utilizada por período
superior a trinta dias

Este texto não substitui o publicado no D.O.U


em 09.05.2011

402
RDC Nº 24, DE 14 DE JUNHO DE com alegações de propriedades funcionais, entre
2011 outros, que não apresentam finalidade
(Retificada em DOU nº 117, de 20 de junho de terapêutica ou medicinal.
2011)
Dispõe sobre o registro de medicamentos Seção III
específicos. Definições
Art. 4º Para efeito desta Resolução são adotadas
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de as seguintes definições:
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que I – ácidos graxos ômega-3: óleo de ácidos
lhe confere o inciso IV do art. 11 do graxos de cadeia longa purificados obtidos a
Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, partir de peixes como aqueles das famílias:
de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o Ammodytidae, Carangidae, Clupeidae,
disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. 54 Engraulidae, Osmeridae, Salmonídeos,
do Regimento Interno aprovado nos termos do Scrombidae e Gadidae que contém ácidos
Anexo I da Portaria nº. 354 da ANVISA, de 11 graxos ômega-3, principalmente os ácidos
de agosto de 2006, republicada no Diário eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico
Oficial da União (DOU) de 21 de agosto de (DHA), naturalmente presentes em organismos
2006, em reunião realizada em 7 de junho de marinhos; (DHA), ácidos) presentes
2011. II - aminoácidos: classe de moléculas orgânicas
adota a seguinte Resolução da Diretoria que estão diretamente relacionadas à síntese
Colegiada (RDC) e eu, Diretor Presidente, protéica, sendo as seguintes substâncias, assim,
determino a sua publicação: ordenadas: glicina, alanina, valina, leucina,
Art. 1º Fica aprovado o regulamento técnico que isoleucina, fenilalanina, asparagina, glutamina,
estabelece os requisitos para o registro e a triptofana, prolina, serina, treonina, tirosina,
renovação de registro de medicamentos hidroxiprolina, cisteína, cistina, metionina,
específicos, nos termos desta Resolução. ácido aspárgico, ácido glutâmico, lisina,
arginina e histidina;
CAPÍTULO I III - antiácidos: substâncias que atuam contra
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS azia, desconforto estomacal, dor de estômago,
Seção I dispepsia ou neutralizam a acidez do trato
Objetivo gastrointestinal;
Art. 2º Esta Resolução possui o objetivo de IV - Concentrado Polieletrolítico para
definir a categoria de medicamentos específicos Hemodiálise (CPHD): concentrado de
e estabelecer os requisitos mínimos para seu eletrólitos, com ou sem glicose, apresentado na
registro e renovação de registro. forma sólida ou líquida para emprego na terapia
de diálise renal, após diluição recomendada pelo
Seção II fabricante e utilizando equipamento específico;
Abrangência V - Certificado de Responsabilidade Técnica
Art. 3º Esta Resolução se aplica aos produtos (CRT): certificado emitido pelo Conselho
que se enquadram na categoria de Regional de Farmácia que ateste a existência de
medicamentos específicos. profissional farmacêutico responsável pela
§ 1º São considerados medicamentos atividade desenvolvida;
específicos os produtos farmacêuticos, VI - derivado vegetal: produto da extração da
tecnicamente obtidos ou elaborados, com planta medicinal in natura ou da droga vegetal,
finalidade profilática, curativa ou paliativa não podendo ocorrer na forma de extrato, tintura,
enquadrados nas categorias de medicamento alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e
novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico outros;
ou notificado e cuja (s) substância (s) ativa (s), VII - doença de baixa gravidade: doença auto-
independente da natureza ou origem, não é limitante, de evolução benigna, que pode ser
passível de ensaio de bioequivalência, frente a tratada sem acompanhamento médico;
um produto comparador. VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas
§ 2º As empresas interessadas no registro de partes, que contenham as substâncias, ou classes
medicamentos específicos deverão cumprir na de substâncias, responsáveis pela ação
íntegra os dispositivos desta Resolução e demais terapêutica, após processos de coleta,
normas complementares. estabilização, quando aplicável, e secagem,
§ 3º Esta Resolução não se aplica aos podendo estar na forma íntegra, rasurada,
suplementos vitamínicos e minerais, outros triturada ou pulverizada;
alimentos contendo novos ingredientes, IX - excipiente: substância adicionada ao
substâncias bioativas, suplementos medicamento com a finalidade de prevenir
hidroeletrolíticos para atletas, além de alimentos alterações, corrigir e/ou melhorar as

403
características organolépticas, e secreções animais destinada a fim terapêutico
biofarmacotécnicas e tecnológicas do ou medicinal;
medicamento; XVIII - perfil cromatográfico: padrão
X - fitofármaco: substância purificada e isolada cromatográfico de constituintes característicos,
a partir de matéria-prima vegetal com estrutura obtido em condições definidas, que possibilite a
química definida e atividade farmacológica. É identificação da espécie vegetal em estudo e a
utilizada como ativo em medicamentos com diferenciação de outras espécies;
propriedade profilática, paliativa ou curativa. XIX - planta medicinal: espécie vegetal,
Não são considerados fitofármacos compostos cultivada ou não, utilizada com propósitos
isolados que sofram qualquer etapa de semi- terapêuticos;
síntese ou modificação de sua estrutura química. XX - produtos para a prevenção da desidratação
XI - Ingestão Diária Recomendada (IDR): é a e para a manutenção da hidratação: soluções
quantidade de proteína, vitaminas e minerais prontas para uso e/ou soluções concentradas
que deve ser consumida diariamente para para serem diluídas e/ou pós ou grânulos para
atender às necessidades nutricionais da maior diluição em água para prevenção da
parte dos indivíduos e grupos de pessoas de uma desidratação e para a manutenção da hidratação
população sadia, de acordo com o estabelecido oral;
na RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005, da XXI - própolis: produto de características físicas
Anvisa, ou suas atualizações; resinosas e composição variável, coletada a
XII - marcador: composto ou classe de partir de várias espécies vegetais e que sofre
compostos químicos (ex: alcalóides, adição de secreções da abelha, sendo
flavonóides, ácidos graxos, etc.) presentes na classificada como opoterápico.
matéria-prima vegetal, preferencialmente tendo XXII – própolis específica: própolis com
correlação com o efeito terapêutico, que é marcadores químicos definidos, diferenciados
utilizado como referência no controle da qualitativa e quantitativamente, conforme a
qualidade da matéria-prima vegetal e do região geográfica de origem.
medicamento fitoterápico; XXIII – proteínas: moléculas orgânicas
XIII - matéria-prima vegetal: compreende a constituídas por aminoácidos, atuam como
planta medicinal, a droga vegetal ou o catalisadores e contribuem com a sustentação
derivado vegetal; estrutural da célula.
XIV - medicamento isento de prescrição XXIV - prospecção fitoquímica: testes de
médica: produto farmacêutico, tecnicamente triagem, qualitativos ou semiquantitativos, que
obtido ou elaborado, com finalidade profilática, utilizam reagentes de detecção específicos para
curativa ou paliativa, cujo grupo e as indicações evidenciar a presença de grupos funcionais
terapêuticas estão descritos Resolução da característicos na matéria-prima vegetal e que
Diretoria Colegiada nº 138, de 29 de maio de auxiliam na identificação da espécie vegetal e a
2003, da Anvisa, que dispõe sobre o diferenciação de outras espécies;
enquadramento na categoria de venda de XXV - sistema fechado: sistema de
medicamentos, ou suas atualizações, e ainda, administração de solução parenteral que,
para vitaminas e minerais, isolados ou durante todo o preparo e administração, não
associados entre si, com níveis de posologia permite o contato da solução com o meio
diária abaixo do definido pela Portaria SVS/MS ambiente;
nº 40, de 16 de janeiro de 1998, que estabelece XXVI - soluções para irrigação e soluções para
normas para níveis de dosagens diárias de diálise peritoneal: soluções em base aquosa,
vitaminas e minerais em medicamentos, ou suas estéreis, apirogênicas, acondicionadas em
atualizações; recipiente único com capacidade de 100 ml ou
XV - nomenclatura botânica completa: espécie, mais, esterilizadas terminalmente;
autor do binômio, variedade, quando aplicável, XXVII - Soluções Parenterais (SP): solução
e família; injetável, estéril e apirogênica, de grande ou
XVI - Nutrição Parenteral (NP): solução ou pequeno volume, própria para administração por
emulsão, composta basicamente de via parenteral;
carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e XXVIII - Soluções Parenterais de Grande
minerais, estéril e apirogênica, acondicionada Volume (SPGV): solução parenteral
em recipientes de vidro ou plástico, destinada à acondicionada em recipiente de dose única, em
administração intravenosa em pacientes sistema fechado, com um volume nominal igual
desnutridos ou não, em regime hospitalar, ou acima de 100 mL e até volume máximo de
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou 1000 mL;
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas; XXIX - Soluções Parenterais de Pequeno
XVII - opoterápico: preparação obtida a partir Volume (SPPV): solução parenteral
de glândulas, tecidos, outros órgãos

404
acondicionada em recipiente com a capacidade XIII – medicamentos à base de derivados
inferior a 100 mL; vegetais associados a vitaminas e/ou minerais
XXX - via parenteral: acesso para administração e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou
de medicamentos que alcancem espaços fitofármaco;
internos do organismo, incluindo vasos XIV – medicamentos de uso tópico à base de
sanguíneos, órgãos e tecidos; Cânfora, com exceção daqueles previstos na
Notificação Simplificada de Medicamentos,
CAPÍTULO II conforme RDC nº 199, de 26 de outubro de
DA CATEGORIA DE MEDICAMENTOS 2006, que instituiu o Regulamento Técnico para
ESPECÍFICOS a Notificação Simplificada de Medicamentos,
Art. 5º Os seguintes produtos se enquadram para ou suas atualizações;
efeitos desta Resolução na categoria de Parágrafo único. O medicamento que pertencer
medicamentos específicos: à categoria de medicamento específico não
I – soluções para irrigação, diálise, enemas e poderá solicitar registro junto à Anvisa como
expansores plasmáticos; genérico, fitoterápico, dinamizado, similar,
II – Concentrados Polieletrolíticos para biológico ou novo.
Hemodiálise (CPHD); Art. 6º As vitaminas, minerais e aminoácidos,
III – nutrição parenteral; isoladas ou associadas, continuam também a ser
IV – soluções de grande e de pequeno volume, regidas pela Portaria SVS/MS nº 40, de 16 de
parenterais ou não, tais como, água para injeção, janeiro de 1998, que estabelece normas para
soluções de glicose, cloreto de sódio, demais níveis de dosagens diárias de vitaminas e
compostos eletrolíticos ou açúcares e minerais em medicamentos, ou suas
poliálcoois; atualizações;
V – opoterápicos isolados ou associados entre si Parágrafo único. Caso a legislação brasileira não
e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou defina os valores dos Níveis Máximos (NM) de
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou segurança dos produtos a que se refere o
fitofármaco; ―caput‖ deste artigo, podem ser aplicados os
VI – medicamentos à base de fitofármaco ou níveis máximos de segurança de outros países,
associações deste as vitaminas e/ou minerais desde que seja apresentada a comprovação do
e/ou aminoácidos e/ou proteínas; nível máximo de segurança regulamentado
VII– medicamentos à base de rutina e/ou através de códigos oficiais desses países.
quercitina e/ou hesperidina e/ou diosmina e/ou Art. 7º Os CPHD continuam também a ser
troxerrutina e/ou cumarina, isolados ou regidos pela RDC nº 8, de 10 de janeiro de
associados entre si; 2001, que aprovou o regulamento técnico que
VIII - produtos para a prevenção da institui as Boas Práticas de Fabricação e
desidratação e para a manutenção da hidratação; Controle (BPFC) do Concentrado
IX – antiácidos isolados ou associados entre si Polieletrolítico para Hemodiálise, ou suas
e/ou a antifiséticos, com exceção daqueles atualizações.
previstos na Lista de Medicamento Referência Art. 8º Os produtos para a prevenção da
da Anvisa e na Notificação Simplificada de desidratação e para a manutenção da hidratação
Medicamentos, conforme RDC nº 199, de 26 de oral continuam também a ser regidos pela
outubro de 2006, que instituiu o Regulamento Portaria SVS/MS nº 108, de 25 de julho de
Técnico para a Notificação Simplificada de 1991, que normatiza a composição de produtos
Medicamentos, ou suas atualizações; para terapia de desidratação oral, de acordo com
X – medicamentos à base de silimarina e/ou os conceitos de reidratação, manutenção e
acetilmetionina e/ou metionina e/ou colina e/ou prevenção em terapia de reidratação oral
betaína e/ou ornitina e/ou acetilcisteína e/ou contidos nas normas de controle de doenças
ácidos biliares, isolados ou associados entre si, diarréicas do Ministério da Saúde, ou suas
conforme finalidade de uso definida pelo Painel atualizações.
de Avaliação de Hepatoprotetores, publicado Art. 9º Os produtos para nutrição parenteral
pela Anvisa, na RDC nº 41, de 26 de fevereiro continuam também a ser regidos pela Portaria
de 2003, ou suas atualizações; SVS/MS nº 272, de 08 de abril de 1998, que
XI – medicamentos à base de vitaminas e/ou aprovou o regulamento técnico que fixa os
minerais de uso tópico ou injetável; requisitos mínimos exigidos para a terapia de
XII – medicamentos à base de vitaminas e/ou NP, ou suas atualizações.
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas Art. 10 Os medicamentos a base de silimarina
isolados ou associados entre si, para uso oral, e/ou acetilmetionina e/ou metionina e/ou colina
com pelo menos um dos componentes acima e/ou betaína e/ou ornitina e/ou acetilcisteína
dos limites nutricionais estabelecidos pela IDR; e/ou ácidos biliares, isolados ou associados
entre si, continuam também a ser regidos pelo

405
anexo da RDC nº 41, de 26 de janeiro de 2003, Relatório Técnico
da Anvisa, que publicou o Painel de avaliação Art. 15 O relatório técnico deve conter as
de hepatoprotetores, ou suas atualizações. seguintes informações:
I – relatório de estabilidade do medicamento;
CAPÍTULO III II – dados do derivado vegetal, do fitofármaco,
DO REGISTRO DE PRODUTOS do derivado de síntese ou semisíntese e do
NACIONAIS opoterápico, quando presentes;
Seção I III – layout das embalagens primária e
Das Medidas Antecedentes secundária, modelo de bula, e rótulo, conforme
Art. 11 Previamente à apresentação do processo legislação vigente;
de registro de medicamento específico, a IV - documentação referente a cada local de
empresa interessada deverá realizar a produção fabricação, caso a empresa solicite o registro em
de lotes-piloto, de acordo com o Guia para a mais de um local de fabricação;
produção de lotes-piloto de medicamentos, V - relatório de produção;
devendo a documentação ser arquivada na VI - controle de qualidade; e
empresa para fins de controle sanitário. VII – relatório técnico com informações de
(Redação dada pela Resolução – RDC nº 4, de segurança e eficácia, quando aplicável.
28 de janeiro de 2015).
Art. 12 Todos os documentos para registro Seção IV
deverão ser encaminhados na forma de uma via Relatório de Estabilidade
impressa numerada e rubricada em todas as Art. 16 A empresa deverá apresentar resultados
folhas pelo responsável técnico pela empresa. do estudo de estabilidade acelerado concluído
Parágrafo único. Acompanhando a acompanhado do estudo de estabilidade de
documentação, deverá ser apresentada a folha longa duração em andamento de 3 (três) lotes-
de rosto, conforme modelo disposto no Anexo II piloto, ou estudos de estabilidade de longa
desta Resolução, e índice com numeração das duração já concluídos, todos de acordo com a
respectivas páginas das documentações. Resolução – RE nº 01, de 29 de julho de 2005,
Adicionar ao processo cópia de especificações, da Anvisa, que publicou o Guia para a
métodos analíticos, referências bibliográficas e, realização de estudos de estabilidade de
quando aplicável, validação de metodologia medicamentos, ou suas atualizações.
analítica em mídia eletrônica, com arquivos em § 1º Decorrido o prazo de validade declarado
formato aceito pela Anvisa. para o medicamento, a empresa
Art. 13 Toda a documentação deverá ser deverá protocolar, na forma de complementação
apresentada em idioma português, acompanhada de informações ao processo, relatório de
da documentação original, quando não se tratar resultados e avaliação final do estudo de
de tradução juramentada na forma da lei. estabilidade de longa duração dos três lotes
Art. 14 A empresa deverá protocolar um apresentados no pedido de registro, de acordo
processo para cada medicamento específico, com o cronograma previamente apresentado,
com relatórios separados para cada forma assim como a declaração do prazo de validade e
farmacêutica, apresentando os seguintes cuidados de conservação definitivos, sob pena
documentos: de configuração de infração sanitária.
I - formulários de petição (FP); § 2º Para medicamentos com três ou mais
II - via original do comprovante de concentrações e formulações proporcionais, a
recolhimento da taxa de fiscalização de empresa deverá apresentar os resultados do
vigilância sanitária, ou isenção, quando for o estudo de estabilidade das concentrações menor
caso; e maior.
III - cópia da licença de funcionamento da § 3º Para medicamentos acondicionados em
empresa (alvará sanitário), atualizada, ou embalagens de volumes diferentes aceitos os
protocolo da solicitação da renovação da estudos de estabilidade do maior e menor
referida licença; volume, desde que comprovem as mesmas
IV - cópia do CRT, atualizado, emitido pelo características, de acordo com o Guia de
Conselho Regional de Farmácia; estabilidade reduzido publicado no sítio
V - (Revogado pela Resolução – RDC nº 4, de eletrônico da Agência Nacional de Vigilância
28 de janeiro de 2015) Sanitária.
VI - cópia do CBPFC, atualizado, emitido pela
Anvisa para a linha de produção na qual o Seção V
medicamento especifico será fabricado; e Relatório de Produção e Controle de
VII - relatório técnico. Qualidade
Art. 17 O relatório de produção deve conter as
Seção III seguintes informações:

406
I - forma farmacêutica; Do Derivado Vegetal
II - descrição detalhada da fórmula conforme a Art. 20 Quando a empresa fabricante do
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em medicamento específico for também produtora
sua ausência, a Denominação Comum do derivado vegetal, deve ser apresentado laudo
Internacional (DCI) ou a denominação utilizada de análise da droga vegetal, indicando o método
no Chemical Abstracts Service (CAS); utilizado, especificação e resultados obtidos
III - descrição da quantidade de cada para um lote dos ensaios abaixo descritos.
componente expresso no Sistema Internacional I - testes de autenticidade, caracterização
de unidades (SI) por unidade farmacotécnica, organoléptica, identificação macroscópica e
indicando sua função na fórmula; microscópica;
IV - tamanhos mínimo e máximo dos lotes II - descrição da droga vegetal em farmacopéias
industriais a serem produzidos; reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência,
V - descrição de todas as etapas do processo de publicação técnico-científica indexada ou laudo
produção, contemplando os equipamentos de identificação emitido por profissional
utilizados; habilitado
VI - metodologia de controle do processo III - testes de pureza e integridade, incluindo:
produtivo; e a) cinzas totais e/ou cinzas insolúveis em ácido
VII – descrição dos critérios de identificação do clorídrico;
lote industrial b) umidade e/ou perda por dessecação;
Art. 18 O relatório de controle de qualidade c) pesquisa de matérias estranhas;
deve apresentar as seguintes informações gerais: d) pesquisa de contaminantes microbiológicos; e
I - controle da Encefalopatia Espongiforme e) pesquisa de metais pesados;
Transmissível (EET) de acordo com a legislação IV - método de estabilização, quando
vigente; empregado, secagem e conservação utilizada,
II – laudo de análise de todas as matérias-primas com seus devidos controles, quando cabível;
utilizadas e do produto final, contendo as V - método para eliminação de contaminantes,
especificações empregadas; quando empregado, e a pesquisa de eventuais
III - referências farmacopeicas consultadas e alterações;
reconhecidas pela Anvisa, de acordo com a VI - avaliação da ausência de aflatoxinas, a ser
legislação vigente; e realizada quando citada em monografia
IV – especificação do material de embalagem específica em farmacopéia reconhecida ou
primária do medicamento. quando existir citação em literatura científica da
§ 1º Quando não forem utilizadas referências necessidade dessa avaliação ou de contaminação
farmacopeicas reconhecidas pela Anvisa, deve da espécie por aflatoxinas;
ser apresentada descrição detalhada de todas as VII - local de coleta;
metodologias utilizadas no controle de VIII - perfil cromatográfico ou prospecção
qualidade, com métodos analíticos validados de fitoquímica; e
acordo com a Resolução – RE nº 899, de 29 de IX - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou
maio de 2003, da Anvisa, que publicou o "Guia controle biológico.
de validação de métodos analíticos e Art. 21 O relatório de controle de qualidade
bioanalíticos", ou suas atualizações, indicando a deve apresentar laudo de análise do derivado
fonte de desenvolvimento. vegetal, indicando o método utilizado,
§ 2º Em caso de SPGV, a empresa deve enviar especificação e resultados obtidos para um lote
laudo de análise da embalagem primária, dos ensaios abaixo descritos:
conforme ensaios preconizados na RDC nº 29, I - solventes, excipientes e/ou veículos
de 17 de abril de 2007, da Anvisa, que dispõe utilizados na extração do derivado;
sobre as regras referentes ao registro e II - relação aproximada droga vegetal: derivado
comercialização para a substituição do sistema vegetal;
de infusão aberto para fechado em SPGV, ou III - testes de pureza e integridade, incluindo:
suas atualizações. a) pesquisa de contaminantes microbiológicos;
Art. 19 Os testes referentes ao controle da b) pesquisa de metais pesados; e
qualidade do medicamento específico, quando c) resíduos de solventes (para extratos que não
terceirizados, devem atender ao preconizado na sejam obtidos por etanol e/ou água);
RDC nº 25, de 29 de março de 2007, da Anvisa, IV - método para eliminação de contaminantes,
que dispõe sobre as regras referentes à quando empregado, e a pesquisa de eventuais
terceirização de etapas de produção, análises de alterações;
controle de qualidade e de armazenamento de V - caracterização físico-química do derivado
medicamentos, ou suas atualizações. vegetal incluindo:

Subseção I

407
a) caracterização organoléptica, resíduo seco, cada espécie da associação deve ser
pH, teor alcoólico e densidade (para extratos devidamente justificada.
líquidos); § 3º Na hipótese do ensaio descrito no inciso V,
b) umidade/perda por dessecação, solubilidade e não sendo uma farmacopéia reconhecida pela
densidade aparente (para extratos secos); Anvisa, a empresa deve descrever
c) densidade, índice de refração, rotação óptica detalhadamente todas as metodologias utilizadas
(para óleos essenciais); e no controle de qualidade.
d) índice de acidez, de éster, de iodo (para óleos
fixos); Subseção II
VI - avaliação da ausência de aflatoxinas, a ser Do Fitofármaco, Derivado de Síntese ou
realizado quando citado em monografia Semi-síntese
específica em Farmacopéia reconhecida ou Art. 24 Quando a empresa fabricante do
quando existir citação em literatura científica da medicamento específico for também a produtora
necessidade dessa avaliação ou de contaminação do fitofármaco, deverá ser apresentado relatório
da espécie por aflatoxinas; descritivo que contemple as etapas de extração,
VII - perfil cromatográfico ou prospecção isolamento e purificação do fitofármaco,
fitoquímica; e metodologia, equipamentos, solventes e/ou
VIII - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou excipientes utilizados.
controle biológico. Parágrafo único. Outros § 1º Deverá ser enviado laudo de análise do
testes podem ser adicionados ou substituir os fitofármaco que contemple os requisitos
descritos no inciso V de acordo com monografia mínimos de identidade e qualidade, conforme
farmacopeica respectiva. monografia farmacopeica reconhecida pela
Art. 22 Quando a empresa não for a produtora Anvisa.
do derivado vegetal, deverá enviar laudo de § 2º Na ausência de monografia farmacopeica
análise do fornecedor, contendo as seguintes reconhecida pela Anvisa, deverão ser
informações: I - nomenclatura botânica apresentadas as referências bibliográficas das
completa; II - parte da planta utilizada; III - fontes de desenvolvimento da metodologia
solventes, excipientes e/ou veículos utilizados analítica, junto às informações do fabricante do
na extração do derivado; IV - relação insumo ativo que identifique os requisitos de
aproximada droga vegetal: derivado vegetal; e qualidade adotados.
V - descrição do método para eliminação de Art. 25 Quando a empresa fabricante do
contaminantes, quando utilizado, e a pesquisa medicamento específico não for a produtora do
de eventuais alterações. fitofármaco, deverá ser enviado laudo do
Art. 23 O relatório de controle de qualidade fornecedor contendo a descrição dos solventes,
deve apresentar laudo de análise do produto excipientes e/ou veículos utilizados para
acabado indicando o método utilizado, obtenção do fitofármaco.
especificação e resultados obtidos para um lote, Art. 26 A empresa solicitante de registro de
dos ensaios abaixo descritos: I - perfil medicamento específico, cuja substância ativa
cromatográfico ou prospecção fitoquímica; II - esteja identificada no inciso VII do Art. 5º desta
análise quantitativa do(s) marcador(es) Resolução e seja derivada de síntese ou semi-
específico(s) de cada espécie ou controle síntese, deverá apresentar cópia da
biológico; III - resultados de todos os testes documentação, abaixo discriminada, em papel
realizados no controle da qualidade para um lote timbrado da empresa fabricante do fármaco.
do medicamento de acordo com a forma I - relatório descritivo contendo dados gerais da
farmacêutica solicitada; IV - especificações do empresa fabricante do fármaco, inclusive o
material de embalagem primária; V - controle endereço completo da mesma, além das etapas
dos excipientes utilizados na fabricação do de síntese envolvidas, metodologia,
medicamento por método estabelecido em equipamentos, solventes, excipientes e/ou
farmacopéia reconhecida. reagentes utilizados;
§ 1º Para associações de espécies vegetais em II - rota de síntese do fármaco, com descrição
que a determinação quantitativa de um das moléculas intermediárias, seus nomes
marcador por espécie não é possível, poderá(ão) químicos e solventes utilizados e com
ser apresentado(s) o(s) perfil(is) determinação dos pontos críticos da produção e
cromatográfico(s), que contemple(m) a presença ensaios de controle em processos bem
de ao menos um marcador específico para cada definidos;
espécie na associação, complementado pela III - laudo de análise do fármaco, com descrição
determinação quantitativa do maior número das metodologias e referências empregadas no
possível de marcadores específicos para cada controle de qualidade, de acordo com os
espécie. § 2º A impossibilidade técnica de requisitos mínimos de identidade e qualidade
determinação quantitativa de um marcador para adotados;

408
IV - quantificação dos contaminantes, de acordo do extrato de própolis, deverá ser apresentado
com a rota de síntese do fármaco; laudo de análise que contemple os requisitos
V - metodologia analítica adotada e resultados mínimos de identidade e qualidade validados,
dos testes de determinação dos prováveis contendo as seguintes informações:
polimorfos do fármaco, no caso de fármacos a) Própolis in natura
que apresentem polimorfismo; e I – características sensoriais: aspecto, cor, sabor
VI - dados sobre os teores dos estereoisômeros, e odor;
cuja proporção possa comprometer a eficácia e a II – requisitos físico-químicos: perda por
segurança do medicamento, no caso de dessecação, teor de cinzas totais, cinzas
fármacos que apresentam quiralidade; insolúveis em ácido clorídrico;
Parágrafo único. Fica facultado ao fabricante do III – determinação de: solúveis em etanol, teor
fármaco enviar diretamente a Anvisa a de ceras, teor de fenóis totais, teor de
documentação explicitada neste artigo, flavonóides, análise qualitativa de marcadores
devidamente identificada com o número do específicos (perfil cromatográfico ou
processo a que se relaciona. prospecção fitoquímica), análise quantitativa de
marcadores específicos ou controle biológico;
Subseção III Do Opoterápico IV – contaminantes: pesquisa e identificação de
Art. 27 Quando a empresa fabricante do patógenos, coliformes, fungos e leveduras,
medicamento específico for também a empresa metais pesados, determinação de material
produtora do opoterápico, deverá apresentar estranho;
relatório descritivo contendo etapas de produção V – informações sobre a espécie da abelha e as
da preparação de origem animal, metodologia, espécies da flora presentes no local da colméia
equipamentos, solventes e/ou excipientes onde foi coletada a própolis.
utilizados. Parágrafo único. Deverá ser b) Extrato de própolis
apresentado laudo de análise que contemple os I – características organolépticas: aspecto, cor,
requisitos mínimos de identidade e qualidade sabor e odor;
validados da preparação farmacêutica de origem II – requisitos físico-químicos: a) extrato
animal. líquido: determinação do extrato seco,
Art. 28 Quando a empresa fabricante do densidade, teor alcoólico e pH; b) extrato seco:
medicamento específico não for a empresa umidade, perda por dessecação e densidade
produtora do opoterápico, deve ser apresentado aparente;
laudo de análise do fornecedor que contemple III – determinação de: teor de fenóis totais, teor
os requisitos mínimos de identidade e qualidade de flavonóides, análise qualitativa de
validados. marcadores específicos (perfil cromatográfico
§ 1º Para os ácidos graxos ômega-3, deverá ser ou prospecção fitoquímica), análise quantitativa
apresentado laudo de análise, conforme de marcadores específicos ou controle
requisitos mínimos de identidade e qualidade biológico;
definidos pela Farmacopéia Européia, em sua IV – contaminantes: pesquisa e identificação de
última edição, ou outro compêndio oficial patógenos, coliformes, fungos e leveduras,
reconhecido pela Anvisa, de acordo a real metais pesados, determinação de material
tipificação do ácido graxo ômega-3 utilizado. estranho;
§ 2º No laudo de análise descrito no § 1º, deverá Art. 30 Quando a empresa fabricante do
ser indicado a referência do método empregado, medicamento específico não for a produtora do
a especificação e resultados obtidos para um extrato de própolis, deverá ser apresentado
lote dos ensaios abaixo descritos: laudo de análise do fornecedor, contendo as
I – características físico-químicas incluindo: a) informações descritas acima para o extrato
características organolépticas; b) solubilidade; acompanhado da descrição da espécie da abelha
c) absorbância; e d) material insaponificável. e das espécies da flora específica presentes no
II – testes de pureza e integridade incluindo: a) local da colméia e compatíveis com o raio de
pesquisa de anisidina, peróxido, oligômeros, atuação da abelha.
estearina, resíduos de solvente e resíduos de
pesticida; b) pesquisa de metais pesados: Seção VI
mercúrio, cádmio, chumbo e arsênio; c) Dos Modelos de Bula, Rótulo e Embalagem
pesquisa de contaminantes microbiológicos; d) Art. 31 A empresa deverá apresentar modelo de
pesquisa de dioxinas, furanos e bula e layout das embalagens primária e
bifenilpoliclorados. secundária do medicamento, conforme
III – identificação; e legislação específica.
IV – doseamento. § 1º Para as associações contendo derivados
Art. 29 Quando a empresa fabricante do vegetais, opoterápicos, vitaminas, minerais,
medicamento específico for também a produtora aminoácidos, proteínas, fitofármacos estão

409
mantidas as obrigações de tabela informativa do VI - medicamentos específicos que possuem
quantitativo percentual da IDR, quando bula padronizada, desde que a bula apresentada
estabelecido, conforme legislação específica. para fins de registro ou renovação esteja em
§ 2º Para os medicamentos que contenham conformidade com a bula padronizada
ácidos graxos ômega-3, deverão ser informados, disponibilizada pela Anvisa.
junto à tabela informativa do quantitativo da § 1º A Anvisa publicará as bulas padronizadas
IDR dos nutrientes, os valores de gordura de medicamentos específicos em ato normativo
poliinsaturada ômega-3 total, além do específico.
quantitativo dos ácidos eicosapentaenóico - § 2º Os medicamentos registrados com base no
EPA e docosahexaenóico - DHA. disposto no inciso VI:
I - não poderão solicitar alterações pós-registro
Seção VII Da Segurança e Eficácia relativas a segurança e eficácia, tais como
Art. 32 O relatório técnico deve conter alterações de posologia, inclusão de indicação
informações sobre segurança e eficácia terapêutica, inclusão de via de administração ou
comprovadas por: ampliação de uso; (Redação dada pela
I - relatório de segurança e eficácia pré-clínica e Resolução – RDC nº 97, de 1º de agosto de
clínica; ou 2016)
II - dados de literatura técnico-científica que II - não poderão apresentar, nos seus textos de
contemple essas informações; ou bula, informações de segurança e eficácia
III – tradicionalidade de uso diferente das descritas na bula padronizada;
Art. 33 Estão isentos da comprovação de (Redação dada pela Resolução – RDC nº 97, de
eficácia e segurança: (Redação dada pela 1º de agosto de 2016)
Resolução – RDC nº 97, de 1º de agosto de III - deverão atualizar seus textos de bula
2016) conforme modelo, sempre que a bula
I - medicamentos à base de associações entre padronizada do medicamento for atualizada pela
vitaminas e/ou minerais e o derivado vegetal de Anvisa. (Redação dada pela Resolução – RDC
Panax ginseng C. A. Mey, com padronização de nº 97, de 1º de agosto de 2016)
marcador e posologia diária definida pela Lista §3º As solicitações de inclusão ou alteração das
de Medicamentos de Registro Simplificado, bulas padronizadas devem ser encaminhadas à
publicada pela Instrução Normativa - IN nº 05, Anvisa, por meio de carta, contendo a
de 11 de dezembro de 2008, da Anvisa, ou suas justificativa da solicitação e documentação
atualizações, cujos níveis de dosagem diária técnica que embasa a alteração. (Redação dada
para vitaminas e minerais estejam abaixo do pela Resolução – RDC nº 97, de 1º de agosto de
definido pela Portaria SVS/MS nº 40, de 16 de 2016)
janeiro de 1998, ou suas atualizações, com §4º Os medicamentos para os quais existe bula
indicação terapêutica para a prevenção e padronizada e que optarem por não adotar o
recuperação em casos de fadiga física e modelo de bula disponibilizado pela Anvisa
psíquica, atuando como adaptógeno, e deverão comprovar sua segurança e eficácia,
suplementação vitamínico-mineral; conforme o disposto no art. 32. (Redação dada
II - medicamentos à base de própolis de uso pela Resolução – RDC nº 97, de 1º de agosto de
tópico, na cavidade bucal, com as indicações de 2016)
uso: como antiinflamatório, anti-séptico e Art. 34 Para os medicamentos à base de
cicatrizante; e (Redação dada pela Resolução – vitaminas e/ou minerais de uso tópico
RDC nº 97, de 1º de agosto de 2016) classificados como medicamentos isentos de
III - medicamentos à base de vitaminas e/ou prescrição médica, além de outros à base de
minerais e/ou aminoácidos, isolados ou cânfora, deverão ser apresentados dados de
associados entre si, de uso oral classificados literatura técnico-científica que suportam a
como medicamentos isentos de prescrição finalidade terapêutica pretendida para a
médica; (Redação dada pela Resolução – RDC associação.
nº 97, de 1º de agosto de 2016) Art. 35 Para os antiácidos isolados ou
IV - produtos para a prevenção da desidratação associados a antifiséticos será considerada a
e para a manutenção da hidratação; (Redação quantidade de cada íon e sua capacidade
dada pela Resolução – RDC nº 97, de 1º de neutralizante, devendo ser apresentados dados
agosto de 2016) de literatura técnico-científica que suportam as
V - Os CPHD conforme regido pela Resolução doses pretendidas, junto à justificativa técnico-
da Diretoria Colegiada - RDC nº 8, de 10 de científica de racionalidade da associação.
janeiro de 2001, que aprovou o regulamento Art. 36 Para os medicamentos à base dos
técnico que institui as BPFC do CPHD, ou suas hepatoprotetores identificados no inciso X do
atualizações. Art. 5º desta Resolução devem ser apresentados
dados de literatura técnicocientífica indexada

410
dos componentes ativos isolados nas dosagens medicamento específico deverão ser
pretendidas. apresentadas publicações técnico-científicas que
Art. 37 Para os medicamentos à base de serão avaliadas conforme os seguintes critérios:
vitaminas e/ou minerais sob prescrição médica, I - indicação de uso episódico ou para curtos
para os opoterápicos isolados ou associados a períodos de tempo;
vitaminas e/ou minerais e/ou aminoácidos deve II - indicação para doenças de baixa gravidade
ser apresentado estudo de eficácia e segurança ou relacionada à melhoria ou manutenção da
clínica ou dados da literatura que comprovem a saúde;
eficácia e segurança da associação, nas doses III - coerência das indicações terapêuticas
pretendidas, através de estudos clínicos propostas com as comprovadas pelo uso
publicados em literatura técnico-científica tradicional;
indexada e justificativa técnico-científica de IV - ausência de grupos ou substâncias químicas
racionalidade da associação. tóxicas, ou presentes dentro de limites
§ 1º Para os medicamentos à base de ácidos comprovadamente seguros;
graxos ômega-3 associados a vitaminas e/ou V - comprovação de continuidade de uso seguro
minerais, para uso oral, com níveis de dosagem por período igual ou superior a 10 anos no
diária abaixo do definido pela Portaria SVS/MS Brasil; e
nº 40, de 16 de janeiro de 1998, ou suas VI - racionalidade das associações de ativos.
atualizações, sem prescrição médica, de acordo § 1º Não serão permitidas alterações das
com o estabelecido pela RDC nº 138, de 29 de seguintes características do medicamento
maio de 2003, ou suas atualizações, não serão durante o período de comercialização igual ou
exigidos estudos de comprovação de eficácia superior a 10 anos: substância(s) ativa(s):
clínica. qualitativa e quantitativa, forma farmacêutica
§ 2º Para os medicamentos à base de própolis incluindo sistema de liberação, posologia e
com as indicações terapêuticas ou forma de uso indicação terapêutica.
diferente daquelas descritas no inciso II do Art. § 2º Deverá ser apresentado o Documento de
33 desta Resolução, deverá ser apresentado Descrição do Sistema de Farmacovigilância
estudo de eficácia e segurança clínica de uso do (DDSF) e Relatório Periódico de
medicamento ou dados da literatura que Farmacovigilância (RPF) para o medicamento,
comprovem a eficácia e segurança, através de de acordo com a regulamentação sanitária em
estudos clínicos publicados em literatura vigor.
técnico-científica indexada, considerando a § 3º Deverão ser apresentados material de bula,
própolis específica utilizada embalagem e de fins publicitários do
§ 3º Os estudos com a própolis específica medicamento que comprove que o produto fora
somente serão válidos para produtos baseados utilizado durante o período mínimo de
nela própria. comercialização definido no inciso V do
§ 4º Para os medicamentos à base de ―caput‖ deste artigo, para a indicação
opoterápicos isolados ou associados entre si terapêutica proposta.
e/ou a derivados vegetais e/ou vitaminas e/ou Parágrafo único. Para os medicamentos
minerais e/ou aminoácidos e/ou proteínas e/ou específicos que comprovarem segurança e
fitofármacos os requisitos para comprovação de eficácia por tradicionalidade de uso, deve ser
segurança e eficácia encontram-se estabelecidos inserida a seguinte frase na bula, embalagem e
na Tabela I do Anexo I desta Resolução. material publicitário: "Medicamento registrado
Art. 38 Para os medicamentos à base de com base no uso tradicional, não sendo
associações definidas pelo inciso XIII e do art. recomendado seu uso por período prolongado".
5º desta Resolução, bem como aqueles à base
dos ativos: rutina e/ou quercitina e/ou CAPÍTULO IV Do Registro de Produtos
hesperidina e/ou diosmina, além de outros à Importados
base da associação ativa troxerrutina e Art. 40 Os fabricantes ou seus representantes
cumarina, os requisitos para comprovação de que pretenderem comercializar medicamentos
segurança e eficácia encontram-se estabelecidos específicos produzidos em território estrangeiro,
na Tabela I do Anexo I desta Resolução. além de cumprir os requisitos dessa Resolução
Parágrafo Único. Para finalidade terapêutica referentes à fabricação nacional, devem
diferente daquelas apresentadas na Tabela I do apresentar:
Anexo I, a empresa deverá enviar o relatório de I - autorização da empresa fabricante, detentora
segurança e eficácia clínica para o medicamento do registro e/ou da marca, para o registro,
e justificativa técnico-científica de racionalidade representação comercial ou uso da marca no
da associação. Brasil, quando aplicável;
Art. 39 Para comprovação de segurança e
eficácia pela tradicionalidade de uso do

411
II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a devida autorização para a importação. Art. 46
empresa fabricante, atualizado, por linha de Decorrido o prazo de validade declarado para o
produção; medicamento, a empresa deverá protocolar, na
III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do forma de complementação de informações ao
protocolo do pedido de inspeção para este fim, processo, relatório de resultados e avaliação
para a linha de produção da empresa requerente final do estudo de estabilidade de longa duração
do registro, quando se tratar de importação de dos 3 (três) lotes apresentados no pedido de
produto a granel ou em sua embalagem registro, de acordo com o cronograma
primária; previamente apresentado, assim como a
IV - laudo de análise com especificação e declaração do prazo de validade e cuidados de
referência bibliográfica, ou descrição de conservação definitivos, sob pena de
metodologia de controle da qualidade físico- configuração de infração sanitária.
química, química, microbiológica e biológica
que o importador realizará, de acordo com a CAPÍTULO IV DAS MEDIDAS PÓS-
forma farmacêutica e apresentação: produto REGISTRO
acabado, a granel ou na embalagem primária; Seção I
V - comprovação do registro do produto, Das Alterações, Inclusões, Suspensão,
emitida pelo órgão responsável pela vigilância Reativação e Cancelamento Pós-Registro Art.
sanitária do país de origem. 47 As alterações, inclusões, suspensão,
§ 1º Na impossibilidade do cumprimento do reativação e cancelamento pós registro de
disposto no inciso V deste artigo, deverá ser medicamento específico devem seguir os
apresentada comprovação de registro em vigor, procedimentos especificados na RDC nº 48, de
emitida pela autoridade sanitária do país em que 6 de outubro de 2009, da Anvisa, que dispõe
seja comercializado ou autoridade sanitária sobre a realização de ―alterações, inclusões,
internacional e aprovado em ato próprio da suspensão, reativação e cancelamento pós-
Anvisa. registro de medicamentos‖, ou suas
§ 2º No caso de a Anvisa ainda não ter atualizações.
realizado inspeção na empresa fabricante, será Parágrafo único. Para as alterações pós-registro
aceito comprovante do pedido de inspeção de fabricante de fármaco, de acordo com o
sanitária à Anvisa, acompanhado de cópia do estabelecido no Art. 26 desta Resolução,
CBPFC de produtos farmacêuticos por linha de deverão ser obedecidos os procedimentos
produção, emitido pelo órgão responsável pela especificados para o assunto, na RDC nº 48, de
vigilância sanitária do país fabricante. 6 de outubro de 2009, ou suas atualizações.
§ 3º A Anvisa poderá, conforme legislação
específica, efetuar a inspeção da empresa Seção II Da Renovação de Registro
fabricante no país ou bloco de origem. Art. 48 Todas as empresas, no primeiro
Art. 41 Deve ser enviada à Anvisa cópia dos semestre do último ano do qüinqüênio de
resultados e da avaliação do teste de validade do registro, deverão apresentar à
estabilidade na embalagem primária de Anvisa os seguintes documentos para efeito de
comercialização, de acordo com a Resolução – renovação:
RE nº 01, de 29 de julho de 2005, da Anvisa, I – Formulário de Petição – FP devidamente
que publicou o Guia para a Realização de preenchido;
Estudos de Estabilidade de Medicamentos. II - via original do comprovante de
Art. 42 O prazo de validade do produto recolhimento da taxa de fiscalização de
importado a granel deve ser contado a partir da vigilância sanitária ou de isenção, quando for o
data de fabricação do produto no exterior, e não caso;
da data de embalagem no Brasil, respeitando o III - cópia do CRT, atualizado, emitido pelo
prazo de validade registrado na Anvisa. Conselho Regional de Farmácia;
Art. 43 Todo o material relativo ao produto, tais IV - cópia da licença de funcionamento da
como os relatórios de produção e controle da empresa (alvará sanitário), atualizada, ou
qualidade, e as informações contidas em rótulos, protocolo da solicitação da renovação da
bulas e embalagens deve estar em idioma referida licença;
português, atendendo à legislação em vigor. V - cópia do CBPFC, atualizado, para a linha de
Art. 44 Os documentos oficiais em idioma produção na qual o produto classificado como
estrangeiro, usados para fins de registro, medicamento específico será fabricado;
expedidos pelas autoridades sanitárias, devem VI - demonstração da existência de um sistema
ser acompanhados de tradução juramentada na de farmacovigilância na empresa para
forma da lei. monitoração de falhas terapêuticas e efeitos
Art. 45 Havendo necessidade de importar colaterais indesejáveis, de acordo com
amostras, a empresa deve solicitar à Anvisa a legislação específica;

412
VII - última versão de layout de bula, rótulo e § 4º Para os casos em que as alterações da
embalagem que acompanha o produto; VIII – formulação impliquem em novos estudos de
lista com as alterações do produto que segurança e eficácia para o medicamento, serão
contemple todas as alterações e/ou inclusões concedidos 18 meses de prazo para protocolo do
pós-registro ocorridas durante o último período relatório conclusivo, nos termos dispostos nesta
de validade do registro do produto, Resolução, a partir da data de sua publicação.
acompanhados de cópia do DOU, ou na Art. 51 A Anvisa poderá realizar análise de
ausência, cópia do(s) protocolo(s) da(s) controle de lotes comercializados para
petição(ões) correspondente(s); monitoração da qualidade e da conformidade do
IX - relatórios de segurança e eficácia e medicamento com as informações apresentadas
relatórios de produção, controle da qualidade, no registro ou renovação de registro.
conforme determinado por essa Resolução, caso Art. 52 A Anvisa poderá, a qualquer momento,
não tenham sido previamente apresentados; exigir provas adicionais relativas à identidade e
X – resultados do estudo de estabilidade de qualidade dos componentes, da segurança e da
acompanhamento, de acordo com o Guia de eficácia de um medicamento, em caso de
Estabilidade de Medicamentos, publicado pela dúvidas ou ocorrências que dêem ensejo a
Anvisa na RE nº 01, de 29 de julho de 2005, ou avaliações complementares, mesmo após a
suas atualizações; e XI - cópia de notas fiscais concessão do registro.
comprovando a comercialização do Art. 53 O descumprimento das disposições
medicamento em, no mínimo, uma nota por contidas nesta Resolução e no regulamento por
forma farmacêutica. ela aprovado constitui infração sanitária, nos
§ 1º Poderá ser apresentada uma declaração termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de
referente às apresentações comerciais não 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil,
comercializadas para as quais a empresa tenha administrativa e penal cabíveis.
interesse em manter o registro, desde que pelo Art. 54 Fica revogada a Resolução de Diretoria
menos uma apresentação daquela forma Colegiada da Anvisa - RDC nº 132, de 29 de
farmacêutica tenha sido comercializada. § maio de 2003.
2º Devem ser enviados relatórios periódicos de Art. 55 Esta Resolução entra em vigor na data
farmacovigilância, de acordo com a legislação da sua publicação.
específica. DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
Art. 49 Para a renovação do registro de produtos Diretor-Presidente
importados deverão ser apresentados, além do
disposto no art. 48 desta Resolução, laudo de
análise de três lotes importados nos últimos três
anos do controle da qualidade físico-química,
química, microbiológica e biológica, de acordo
com a forma farmacêutica, realizados pelo
importador no Brasil.

CAPÍTULO V Das Disposições Finais e


Transitórias
Art. 50 Para os medicamentos registrados em
outras categorias, a adequação a esta Resolução
deverá ocorrer no momento da renovação de
registro do produto.
§ 1º Para as petições que estejam protocoladas
na Anvisa, serão concedidas três meses para
protocolo de adequações necessárias ao
cumprimento do disposto nesta Resolução,
contados a partir da data de sua publicação.
§ 2º Será aceita a adequação de formulações
com supressão de ativos, desde que comprovada
segurança, eficácia e qualidade para a nova
formulação, nos termos desta Resolução.
§ 3º Serão concedidos 12 meses de prazo para
protocolo das adequações que tratam do
relatório de estabilidade para as novas
formulações, a partir da data de publicação
desta Resolução.

413
ANEXO I Tabela I – Segurança e Eficácia
Associação ativa Finalidade Terapêutica Requisitos de segurança e
eficácia
Medicamentos a base de um Manutenção/Melhoria da Estudo de eficácia clínica da
derivado vegetal, conforme saúde Tratamento/Alívio associação, ou dados de literatura
padronização dos marcadores e de sintomas de publicados em literatura técnico-
posologia diária definida pela IN determinada científica indexada dos
05/08, ou atualizações, associado a doença/desordem/condiçã componentes ativos isolados nas
vitaminas e/ou minerais e/ou o Profilaxia/Prevenção de dosagens pretendidas
aminoácidos (com níveis de determinada acompanhados da justificativa
dosagem diária abaixo do definido doença/desordem/condiçã técnico científica de racionalidade
pela Portaria 40/98, ou suas o Auxiliar no tratamento da associação.
atualizações); de
doença/desordem/condiçã
Medicamentos a base de um o
derivado vegetal: Panax ginseng C.
A. Mey ou Aesculus
hippocastanum L. ou Ginkgo
biloba L., conforme padronização
de marcadores e posologia diária
definida pela IN 05/08, ou
atualizações, associado a vitaminas
e/ou minerais e/ou aminoácidos
(com níveis de dosagem diária
abaixo do definido pela Portaria
40/98, ou suas atualizações) e/ou
rutina;

Medicamentos a base de rutina


e/ou quercitina e/ou hesperidina
e/ou diosmina, isolados ou
associados entre si
Medicamentos à base da associação Medicamentos à base da Evidência técnicocientífica da
de troxerrutina e cumarina; associação de troxerrutina racionalidade da associação; e
e cumarina; estudos clínicos de segurança e
Medicamentos à base de um eficácia para o medicamento nas
derivado vegetal, conforme doses pretendidas, ou dados de
padronização de marcadores e literatura que comprovem a
posologia diária definida pela IN segurança e eficácia da associação
05/08, ou atualizações, associado à ativa através de clínicos da
vitaminas e/ou minerais e/ou associação publicados em literatura
aminoácidos e/ou proteínas e/ou técnico-científica indexada.
fitofármacos e/ou própolis;
Medicamentos à base de um ou Conforme relatório de Evidência técnicocientífica da
mais derivados vegetais associados segurança e eficácia pré- racionalidade da associação e
a vitaminas e/ou minerais e/ou clínico e clínico estudos pré-clínicos e clínicos de
aminoácidos e/ou proteínas e/ou segurança e eficácia para o
fitofármacos; medicamento nas doses
pretendidas.
Medicamentos à base de
opoterápicos isolados ou
associados entre si e/ou a derivados
vegetais e/ou vitaminas e/ou
minerais e/ou aminoácidos e/ou
proteínas e/ou fitofármacos;

Medicamentos à base de
fitofármaco ou associações deste as
vitaminas e/ou minerais e/ou

414
aminoácidos e/ou proteínas;
Medicamentos à base de
hepatoprotetores associados a
vitaminas e/ou minerais e/ou
aminoácidos e/ou proteínas e/ou
fitofármacos.

ANEXO II - FOLHA DE ROSTO DO PROCESSO DE REGISTRO E PÓS-


REGISTRO DE MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS
Não disponibilizado. Acessar no site da ANVISA

415
RDC Nº 17 DE 28/03/2013 à mesma, para efeitos desta Resolução, as unidades dos
(D.O.U de 01/04/2013) órgãos de administração direta ou indireta, federal ou
estadual, do Distrito Federal, dos municípios que
Dispõe sobre os critérios para peticionamento de desenvolvam estas atividades;
Autorização de Funcionamento (AFE) e de Autorização VI - estabelecimento: unidade da empresa destinada ao
Especial (AE) de farmácias e drogarias. comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de VII - farmácia: estabelecimento de manipulação de
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas,
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei nº 9.782, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos,
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1º e 3º do art. compreendendo o de dispensação e o de atendimento
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de equivalente de assistência médica;
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto VIII - filial ou sucursal: qualquer estabelecimento
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto constituído juridicamente e com seu próprio CNPJ, que
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei nº esteja ligado a outro que tenha ou detenha o poder de
9.782, de 1999, no art. 35 do Decreto nº 3.029, de 16 de comando sobre este;
abril de 2009, e o Programa de Melhoria do Processo IX - formulário de petição (FP): instrumento para
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da inserção de dados que permitam identificar o solicitante
Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião e o objeto solicitado, disponível durante o
realizada em 28 de março de 2013, adota a seguinte peticionamento, realizado no sítio eletrônico da
Resolução da Diretoria Colegiada, e eu, Diretor- ANVISA (http://www.anvisa.gov.br);
Presidente, determino a sua publicação: X - Guia de Recolhimento da União (GRU): guia
instituída pela Secretaria do Tesouro Nacional e
CAPÍTULO I utilizada no âmbito da ANVISA como forma de
recolhimento da Taxa de Fiscalização de Vigilância
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Sanitária;
Art. 1º. Esta Resolução tem o objetivo de estabelecer os XI - insumo farmacêutico: droga ou substância aditiva
critérios relativos à concessão, renovação, ou complementar de qualquer natureza, destinada a
cancelamento a pedido, alteração, retificação de emprego em medicamento;
publicação e recurso administrativo contra o XII - insumos sujeitos a controle especial: substâncias
indeferimento de Autorização de Funcionamento (AFE) constantes das listas anexas à Portaria nº 344, de 12 de
e de Autorização Especial (AE) de farmácias e maio de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do
drogarias. Ministério da Saúde ou de outro ato normativo que
Art. 2º. Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as venha a substituí-la;
seguintes definições: XIII - licença: ato privativo do órgão de saúde
I - Autorização de Funcionamento (AFE): ato privativo competente dos Estados, do Distrito Federal e dos
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, contendo Municípios, contendo permissão para o funcionamento
permissão para que as farmácias e drogarias exerçam as dos estabelecimentos que desenvolvam qualquer
atividades sob regime de vigilância sanitária, mediante atividade sob regime de vigilância sanitária;
comprovação de requisitos técnicos e administrativos XIV - matriz: estabelecimento da empresa que
específicos; representa sua sede, ou seja, aquele que tem primazia
II - Autorização Especial (AE): ato privativo da na direção e a que estão subordinados todos os demais,
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que, nos chamados de filiais ou sucursais;
termos desta Resolução, concede às farmácias XV - órgão sanitário competente: Agência Nacional de
permissão para o exercício da atividade de manipulação Vigilância Sanitária e órgãos de vigilância sanitária dos
das substâncias sujeitas a controle especial, bem como Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
dos medicamentos que as contenham; XVI - peticionamento eletrônico: pedido realizado em
III - caducidade: estado ou condição da autorização que ambiente Internet, por meio do formulário de petição,
se tornou caduca, perdendo sua validade pelo decurso identificado por um número de transação, cujo assunto
do prazo legal; é objeto de controle e fiscalização da ANVISA e que
IV - drogaria: estabelecimento de dispensação e possui uma única modalidade:
comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos e a) petição eletrônica: tipo de petição selecionada
correlatos em suas embalagens originais; durante o peticionamento eletrônico, realizada em
V - empresa: pessoa física ou jurídica, de direito ambiente exclusivamente virtual - Internet, sem
público ou privado, que exerça como atividade necessidade de envio à Agência dos documentos em
principal ou subsidiária o comércio de medicamentos, papel. O formulário de petição é preenchido em
insumos farmacêuticos, produtos para saúde, ambiente Internet, e seus dados são diretamente
cosméticos, produtos de higiene, perfumes ou de enviados ao sistema de informações da ANVISA;
substâncias sujeitas a controle especial, equiparando-se

416
XVII - protocolo: ato de entrada do peticionamento na Dos Pedidos de Concessão, Renovação, Cancelamento,
ANVISA e que possui uma única modalidade: Alteração, Retificação de Publicação e Reconsideração
a) protocolo eletrônico (on line): recebimento da de Indeferimento
petição pela ANVISA em ambiente exclusivamente Art. 6º. Para as petições de concessão de Autorização
virtual - Internet, sem necessidade de remeter à de Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE),
ANVISA a documentação em papel; o documento de instrução é a licença sanitária ou o
XVIII - representante legal: pessoa física ou jurídica relatório de inspeção, ambos emitidos pelo órgão
investida de poderes legais para praticar atos em nome sanitário competente.
do Agente Regulado, preposta de gerir ou administrar Parágrafo único. O documento de que trata o caput
seus negócios no âmbito da ANVISA; deverá apresentar os dados atualizados e ser referente
XIX - responsável técnico: profissional legalmente ao ano corrente.
habilitado pela autoridade sanitária para a atividade que Art. 7º. Para as petições de renovação e alteração de
a empresa realiza na área de produtos abrangidos por Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização
este Regulamento; e Especial (AE), exceto a alteração de responsável
XX - Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária técnico, o documento de instrução é a licença sanitária
(TFVS): tributo instituído pela Lei nº 9.782, de 26 de ou o relatório de inspeção, ambos emitidos pelo órgão
janeiro de 1999, devido em razão do exercício regular sanitário competente.
do poder de polícia pela ANVISA, e cujos fatos § 1º O documento de que trata o caput deverá
geradores estão descritos no Anexo II da mencionada apresentar os dados atualizados e ser referente ao ano
Lei. corrente.
§ 2º Caso a licença sanitária ou o relatório de inspeção
CAPÍTULO II do ano corrente ainda não tenham sido emitidos,
aceitar-se-á o documento relativo ao ano imediatamente
DAS DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES anterior, desde que o requerimento do exercício atual
Seção I tenha sido devidamente protocolizado no órgão
Dos Critérios Gerais para Peticionamento e Análise sanitário competente.
Art. 3º. A Autorização de Funcionamento (AFE) e a § 3º Nas petições de Autorização Especial (AE), o
Autorização Especial (AE) de que trata esta Resolução relatório de inspeção com parecer técnico conclusivo e
serão concedidas através de processos distintos, por a licença sanitária descritiva devem ser emitidos pelo
estabelecimento, e possuem validade de um ano a órgão sanitário competente e informar explicitamente a
contar da data da publicação das respectivas concessões satisfatoriedade do estabelecimento quanto ao
iniciais no Diário Oficial da União (DOU). cumprimento dos requisitos para manipulação de
Art. 4º. O ato administrativo de concessão, renovação, insumos sujeitos a controle especial, nos termos da
cancelamento, alteração, retificação de publicação ou Resolução RDC nº 67, de 17 de agosto de 2007, da
reconsideração de indeferimento da Autorização de Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998, ou atos
Funcionamento de Empresa (AFE) ou da Autorização normativos posteriores que vierem a substituí-las.
Especial (AE) somente produzirá efeitos a partir da sua § 4º Caso a licença não descreva a capacidade do
publicação no Diário Oficial da União (DOU). estabelecimento para a manipulação de substâncias
§ 1º Excetuam-se do disposto no caput as alterações sujeitas a controle especial, é obrigatória a apresentação
relativas à mudança de responsável técnico e adicional de declaração, relatório de inspeção, auto de
representante legal, que não serão publicadas no Diário vistoria ou qualquer outro documento, emitido pelo
Oficial da União (DOU). órgão de vigilância sanitária local, que ateste sua
§ 2º A produção de efeitos de que trata o caput também capacidade para a manipulação dessas substâncias.
estará condicionada à regularidade do estabelecimento Art. 8º. A renovação da Autorização de Funcionamento
autorizado perante o órgão sanitário local competente, (AFE) e/ou da Autorização Especial (AE) deve ser
consubstanciada na emissão da licença sanitária, e do realizada anualmente, para cada estabelecimento de
responsável técnico, perante o Conselho Regional de farmácia ou drogaria.
Farmácia, na forma do art. 15 da Lei nº 5.991, de 17 de § 1º Para fins de renovação, o vencimento da
dezembro de 1973. Autorização de Funcionamento (AFE) ou da
Art. 5º. O peticionamento de concessão, renovação, Autorização Especial (AE) será correspondente à data
cancelamento, alteração, retificação de publicação e da publicação da sua concessão inicial no Diário Oficial
reconsideração de indeferimento de Autorização de da União (DOU).
Funcionamento de Empresa (AFE) e de Autorização § 2º A petição de renovação da Autorização de
Especial (AE) de farmácias e drogarias dar-se-á Funcionamento (AFE) ou da Autorização Especial
exclusivamente por meio de petição eletrônica (on line) (AE) deverá ser protocolizada no período
e protocolo eletrônico, sendo dispensado o envio dos compreendido entre 180 (cento e oitenta) e 60
documentos físicos à sede da ANVISA em Brasília. (sessenta) dias anteriores à data de vencimento da
Seção II respectiva AFE ou AE.

417
§ 3º A petição protocolizada em data anterior ou Nacional de Pessoal Jurídica - CNPJ com as
posterior ao período fixado no § 2º será indeferida pela informações atualizadas.
ANVISA em razão de sua intempestividade. Art. 14º. Para alteração de responsável técnico, o
§ 4º Findo o prazo estabelecido no § 2º sem que tenha documento de instrução poderá ser a licença sanitária
sido efetivada a protocolização da petição de vigente, emitida pelo órgão sanitário competente, desde
renovação, a Autorização de Funcionamento (AFE) ou que contenha os dados do novo responsável.
a Autorização Especial (AE) será considerada caduca, Parágrafo único. Caso a licença sanitária não esteja
perdendo a validade ao término de sua vigência. atualizada, o documento de instrução é o
§ 5º As caducidades da Autorização de Funcionamento Certificado/Certidão de Regularidade Técnica vigente,
(AFE) e Autorização Especial (AE) não serão com dados atualizados.
publicadas no Diário Oficial da União (DOU), sendo Art. 15º. Para o cancelamento da Autorização de
que sua publicização ocorrerá por meio do site da Funcionamento (AFE) ou da Autorização Especial
ANVISA (www.anvisa.gov.br). (AE), o interessado deverá protocolar petição contendo
§ 6º A farmácia ou drogaria cuja Autorização de a justificativa concisa do pleito.
Funcionamento (AFE) ou Autorização Especial (AE) Art. 16º. Para as petições de reconsideração de
caducar ou for cancelada, deverá peticionar a concessão indeferimento da Autorização de Funcionamento (AFE)
de uma nova AFE ou AE, para fins de regularização. e da Autorização Especial (AE) e retificação de
Art. 9º. As petições de renovação de Autorização de publicação, a interessada deverá apresentar justificativa
Funcionamento (AFE) e Autorização Especial (AE), concisa do pleito e anexar virtualmente cópia de
protocoladas dentro dos prazos do § 2º do art. 8º, que documentos que fundamentem seu pedido.
não forem publicadas pela ANVISA no Diário Oficial Art. 17º. As atividades pleiteadas durante o
da União (DOU) até a data de seus respectivos peticionamento de ampliação de atividades ou
vencimentos serão renovadas automaticamente, com a concessão de Autorização de Funcionamento (AFE)
publicação da renovação no DOU. devem constar na licença sanitária encaminhada.
Parágrafo único. A ANVISA poderá, a qualquer tempo, § 1º Poderão ser autorizadas as seguintes atividades:
indeferir a petição de renovação da Autorização de I - dispensação de medicamentos sujeitos a controle
Funcionamento (AFE) ou da Autorização Especial especial;
(AE) que tenha sido renovada automaticamente, nos II - dispensação de medicamentos não sujeitos a
termos deste artigo, em razão da conclusão controle especial;
insatisfatória de sua análise. III - manipulação de produtos oficinais;
Art. 10º. A alteração da Autorização de Funcionamento IV - manipulação de produtos magistrais;
(AFE) ou da Autorização Especial (AE) caberá nas V - prestação de serviços farmacêuticos;
seguintes hipóteses: VI - comércio de cosméticos, de perfumes, de produtos
I - mudança de razão social; de higiene, de correlatos, de alimentos e de plantas
II - mudança de endereço; medicinais; e
III - mudança de responsável técnico; VII - manipulação de medicamentos estéreis.
IV - mudança de representante legal; § 2º O exercício das atividades de prestação de serviços
V - alteração por ampliação de atividades; ou farmacêuticos e comércio de alimentos deve atender
VI - alteração por redução de atividades. aos requisitos e condições estabelecidos na Resolução
Parágrafo único. Os prazos de validade da Autorização de Diretoria Colegiada RDC nº 44, de 17 de agosto de
de Funcionamento (AFE) e da Autorização Especial 2009, e Instrução Normativa nº 09, de 17 de agosto de
(AFE) não são interrompidos ou cessados em 2009.
decorrência de alterações na AFE ou na AE ocorridas Art. 18º. A Autorização Especial (AE) dos
durante seus períodos de vigência. estabelecimentos de farmácias de manipulação
Art. 11º. No caso de indeferimento de pedidos relativos contemplará a atividade de manipulação de insumos
à Autorização de Funcionamento (AFE) ou à farmacêuticos sujeitos a controle especial.
Autorização Especial (AE), caberá recurso Seção III
administrativo nos termos da RDC nº 25, de 4 de abril Do Protocolo Eletrônico (On Line) para o
de 2008. Peticionamento
Art. 12º. Nos peticionamentos e protocolos, o Art. 19º. O peticionamento, em petição eletrônica, terá
documento de instrução da petição deverá ser sua protocolização efetivada eletronicamente (on line).
digitalizado e apensado no ambiente virtual durante o Art. 20º. O protocolo eletrônico do documento está
peticionamento eletrônico. sujeito ao pagamento da Taxa de Fiscalização de
Art. 13º. Para as petições de alteração da Autorização Vigilância Sanitária, nos casos em que houver
de Funcionamento (AFE) ou da Autorização Especial incidência da mesma.
(AE) por mudança de razão social ou de representante § 1º A efetivação do protocolo ocorrerá em até 2 (dois)
legal, o documento de instrução é a licença sanitária, dias úteis, a contar da data do pagamento da Taxa de
emitida pelo órgão sanitário competente. Fiscalização de Vigilância Sanitária, e desde que
Parágrafo único. Na mudança de razão social, a licença respeitados os prazos dispostos no § 2º do art. 6º desta
sanitária atualizada poderá ser substituída pelo Cadastro Resolução.

418
§ 2º O prazo para pagamento da taxa é de 30 (trinta)
dias corridos, a contar da data da emissão da Guia de
Recolhimento da União - GRU, gerada ao final do
peticionamento no sítio eletrônico da ANVISA,
conforme estabelecem os dispositivos da Resolução
RDC nº 222, de 28 de dezembro de 2006, alterada pela
RDC nº 76, de 23 de outubro de 2008.
§ 3º O não pagamento da taxa no prazo estipulado pelo
§ 2º resultará no cancelamento automático do
peticionamento no sistema de informações da ANVISA
e na não protocolização do pedido.
Art. 21º. Nos assuntos em que não incidir pagamento da
Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária, ou seja,
nas alterações de responsável técnico, alterações de
representante legal, retificações, reconsiderações de
indeferimento, cancelamentos a pedido e cumprimento
de exigências, a protocolização eletrônica será realizada
imediata e automaticamente após a conclusão do
peticionamento.
Art. 22º. O registro eletrônico do pedido, após a
conclusão do peticionamento, não comprova a
protocolização, garantindo apenas a gravação do pedido
no sistema de informações da ANVISA.
Parágrafo único. O comprovante de registro eletrônico
do pedido não substituirá, para fins legais, o
comprovante de protocolização.
Art. 23º. O comprovante de protocolização e o
acompanhamento do pedido poderão ser obtidos no
sítio eletrônico da ANVISA
(http://www.anvisa.gov.br), informando-se o número da
transação do peticionamento eletrônico.

CAPÍTULO III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Art. 24º. Aplica-se o disposto no art. 9º às petições de
renovação de AFE e AE de farmácias e drogarias em
trâmite na ANVISA na data de publicação desta
Resolução.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput aos
requerimentos de renovação de AFE e AE que
estiverem em exigência na data de publicação desta
Resolução.
Art. 25º. A AE cujo vencimento ocorra entre 30 a 60
dias após a publicação desta Resolução poderá ser
objeto de petição de renovação pelo prazo de 30 dias
contados dessa publicação.
Art. 26º. O descumprimento das disposições contidas
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
das responsabilidades civil, administrativa e penal
cabíveis.
Art. 27º. Ficam revogadas a Resolução RDC nº 01, de
13 de janeiro de 2010, a Resolução RDC nº 01, de 04
de janeiro de 2012, e a Instrução Normativa nº 02, de
13 de janeiro de 2010.
Art. 28º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação oficial.

DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

419
RDC Nº 16, DE 01/04/2014 controle especial, bem como o cultivo de plantas que
possam originar substâncias sujeitas a controle especial,
Dispõe sobre os Critérios para Peticionamento de mediante comprovação de requisitos técnicos e
Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização administrativos específicos, constantes desta
Especial (AE) de Empresas. Resolução; IV - caducidade: estado ou condição da
autorização que se tornou caduca, perdendo sua
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de validade pelo decurso do prazo legal;
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe V – comércio varejista de produtos para saúde:
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, compreende as atividades de comercialização de
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. produtos para saúde de uso leigo, em quantidade que
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do não exceda a normalmente destinada ao uso próprio e
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de diretamente a pessoa física para uso pessoal ou
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto doméstico;
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto VI - distribuidor ou comércio atacadista: compreende o
nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º comércio de medicamentos, insumos farmacêuticos,
9.782, de 1999, no art. 35 do Decreto n.º 3.029, de 16 produtos para saúde, cosméticos, produtos de higiene
de abril de 1999, e o Programa de Melhoria do pessoal, perfumes e saneantes, em quaisquer
Processo de Regulamentação da Agência, instituído por quantidades, realizadas entre pessoas jurídicas ou a
meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em profissionais para o exercício de suas atividades;
reunião realizada em 25 de março de 2014, adota a VII - documentos para instrução: documentos
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, e eu, apresentados para instrução de processos ou petições
DiretorPresidente, determino a sua publicação: relativos à Autorização de Funcionamento (AFE) e
Autorização Especial (AE);
CAPÍTULO I VIII - empresa: pessoa jurídica, de direito público ou
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS privado, que explore como objeto principal ou
subsidiário as atividades discriminadas na Seção III do
Seção I Capítulo I desta Resolução, equiparando-se à mesma as
Objetivo unidades dos órgãos de administração direta ou
Art. 1º Esta Resolução tem o objetivo de estabelecer os indireta, federal ou estadual, do Distrito Federal e dos
critérios relativos à concessão, renovação, alteração, municípios que desenvolvam estas atividades;
retificação de publicação, cancelamento, bem como IX – envase ou enchimento de gases medicinais:
para a interposição de recurso administrativo contra o operação referente ao acondicionamento de gases
indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos medicinais em cilindros e líquidos criogênicos em
de Autorização de Funcionamento (AFE) e Autorização tanques criogênicos ou caminhões-tanque;
Especial (AE) de empresas e estabelecimentos que X - estabelecimento: unidade da empresa constituída
realizam as atividades elencadas na Seção III do juridicamente e com CNPJ (Cadastro Nacional da
Capítulo I com medicamentos e insumos farmacêuticos Pessoa Jurídica) devidamente estabelecido;
destinados a uso humano, substâncias sujeitas a XI - filial: qualquer estabelecimento vinculado a outro
controle especial, produtos para saúde, cosméticos, que detenha o poder de comando sobre este;
produtos de higiene pessoal, perfumes, saneantes e XII - formulário de petição (FP): instrumento para
cultivo de plantas que possam originar substâncias inserção de dados que permitem identificar o solicitante
sujeitas a controle especial. e o objeto solicitado, disponível durante o
peticionamento, realizado no sítio eletrônico da Anvisa
Seção II (http://www.anvisa.gov.br);
Definições XIII – licença sanitária: documento emitido pela
Art. 2º Para efeitos desta Resolução são adotadas as autoridade sanitária competente dos Estados, do
seguintes definições: Distrito Federal e dos Municípios, onde constam as
I - autoridade sanitária: Agência Nacional de Vigilância atividades sujeitas a vigilância sanitária que o
Sanitária e entes/órgãos de vigilância sanitária dos estabelecimento está apto a exercer;
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; XIV - matriz: estabelecimento da empresa que
II - Autorização de Funcionamento (AFE): ato de representa sua sede, ou seja, aquele que tem primazia
competência da Agência Nacional de Vigilância na direção e a que estão subordinados todos os demais,
Sanitária, contendo autorização para o funcionamento chamados de filiais;
de empresas ou estabelecimentos, instituições e órgãos, XV - autoridade sanitária: Agência Nacional de
concedido mediante o cumprimento dos requisitos Vigilância Sanitária e vigilância sanitária dos Estados,
técnicos e administrativos constantes desta Resolução; do Distrito Federal e dos Municípios;
III – Autorização Especial (AE): ato de competência da XVI - peticionamento eletrônico: requerimento
Agência Nacional de Vigilância Sanitária que autoriza realizado em ambiente Internet, por meio do formulário
o exercício de atividades que envolvem insumos de petição identificado por um número de transação,
farmacêuticos, medicamentos e substâncias sujeitas a cujos dados são diretamente enviados ao sistema de

420
informações da Anvisa, sem necessidade de envio da a indicação das plantas, a localização, a extensão do
documentação física à Agência; cultivo, a estimativa da produção e o local da extração
XVII – peticionamento manual: requerimento realizado devem ser avaliados durante a inspeção pela autoridade
em ambiente Internet por meio do formulário de sanitária local competente e constar do respectivo
petição, identificado por um número de transação, cujos relatório de inspeção.
documentos serão fisicamente protocolados na Anvisa; § 3º As substâncias proscritas e as plantas que as
XVIII – produto para saúde de uso leigo: produto originam, bem como as plantas proscritas, conforme o
médico ou produto diagnóstico para uso in vitro de uso Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, somente
pessoal que não dependa de assistência profissional poderão ser empregadas nas atividades de estudo e
para sua utilização, conforme especificação definida no pesquisa quando devidamente autorizadas pela Anvisa
registro ou cadastro do produto junto à Anvisa; por meio de Autorização Especial Simplificada para
XIX - responsável legal: pessoa física designada em estabelecimentos de ensino e pesquisa, conforme
estatuto, contrato social ou ata de constituição legislação específica.
incumbida de representar a empresa, ativa e Art. 5° Não é exigida AFE dos seguintes
passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais; estabelecimentos ou empresas:
XX - responsável técnico: profissional legalmente I - que exercem o comércio varejista de produtos para
habilitado pelo respectivo conselho profissional para a saúde de uso leigo;
atividade que a empresa realiza na área de produtos II - filiais que exercem exclusivamente atividades
abrangidos por esta Resolução; administrativas, sem armazenamento, desde que a
XXI - requisitos técnicos: critérios técnicos e matriz possua AFE;
operacionais estabelecidos nesta Resolução exigidos III – que realizam o comércio varejista de cosméticos,
das empresas ou estabelecimentos para fins de produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes;
Autorização de Funcionamento (AFE) ou Autorização IV - que exercem exclusivamente atividades de
Especial (AE), sem prejuízo dos requisitos previstos em fabricação, distribuição, armazenamento, embalagem,
normas específicas, complementares e suplementares exportação, fracionamento, transporte ou importação,
da Anvisa, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; de matérias-primas, componentes e insumos não
e sujeitos a controle especial, que são destinados à
XXII - substâncias e plantas sujeitas a controle fabricação de produtos para saúde, cosméticos,
especial: aquelas relacionadas nas listas do Anexo I da produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes; e
Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. V – que realizam exclusivamente a instalação,
manutenção e assistência técnica de equipamentos para
Seção III saúde.
Abrangência Art. 6º As farmácias e drogarias deverão seguir o
Art. 3º A AFE é exigida de cada empresa que realiza as disposto na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
atividades de armazenamento, distribuição, embalagem, 17, de 28 de março de 2013.
expedição, exportação, extração, fabricação, Art. 7º Os estabelecimentos detentores de AFE para a
fracionamento, importação, produção, purificação, atividade de distribuição ou fabricação de produtos para
reembalagem, síntese, transformação e transporte de saúde poderão comercializar produtos para saúde no
medicamentos e insumos farmacêuticos destinados a varejo, sem a necessidade de AFE específica para a
uso humano, cosméticos, produtos de higiene pessoal, referida atividade, desde que sejam cumpridas as
perfumes saneantes e envase ou enchimento de gases exigências da legislação local acerca do licenciamento
medicinais. de estabelecimentos.
Parágrafo único. A AFE é exigida de cada Art. 8º As fabricantes e envasadoras de gases
estabelecimento que realiza as atividades descritas no medicinais deverão seguir o disposto nesta Resolução e
caput com produtos para saúde. na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 32, de 5
Art. 4º A AE é exigida para as atividades descritas no de julho de 2011.
art. 3º ou qualquer outra, para qualquer fim, com
substâncias sujeitas a controle especial ou com os CAPÍTULO II
medicamentos que as contenham, segundo o disposto DO PETICIONAMENTO E ANÁLISE
na Portaria SVS/MS nº 344, de 1998 e na Portaria Art. 9º O requerimento de concessão, renovação,
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999. cancelamento, alteração, retificação de publicação,
§ 1º A AE é também obrigatória para as atividades de cumprimento de exigência e aditamento, bem como a
plantio, cultivo e colheita de plantas das quais possam interposição de recurso administrativo contra o
ser extraídas substâncias sujeitas a controle especial e indeferimento de pedidos relativos aos peticionamentos
somente é concedida à pessoa jurídica de direito de AFE e AE de empresas e estabelecimentos que
público ou privado que tenha por objetivo o estudo, a realizem as atividades abrangidas por esta Resolução
pesquisa, a extração ou a utilização de princípios ativos dar-se-á por meio de peticionamento eletrônico ou
obtidos daquelas plantas. peticionamento manual.
§ 2º Para a concessão e renovação da autorização Art. 10. Os critérios para o peticionamento, o
tratada no § 1º, o plano da atividade a ser desenvolvida, recolhimento de taxa e as atividades inerentes a cada

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tipo de AFE e AE estão estabelecidos na Resolução da constar no relatório de inspeção emitido pela autoridade
Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de dezembro sanitária local competente.
de 2006. Art. 15. A documentação de instrução dos pedidos de
§ 1° A AFE deve ser peticionada por cada empresa que concessão, renovação, cancelamento a pedido,
realiza atividades com medicamentos, insumos alteração, retificação de publicação e recurso
farmacêuticos, cosméticos, produtos de higiene pessoal, administrativo de AFE e AE deve ser apresentada
perfumes e saneantes, utilizando-se o Cadastro conforme descrição a seguir:
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da matriz da I – para concessão em favor de:
empresa, e é extensiva a todos os estabelecimentos a) fabricantes: relatório de inspeção que ateste o
filiais. cumprimento dos requisitos técnicos desta Resolução
§ 2º No caso de atividades realizadas com produtos para as atividades e classes pleiteadas, emitido pela
para saúde, o peticionamento da AFE deve ser por autoridade sanitária local competente;
estabelecimento, utilizando-se o Cadastro Nacional da b) varejistas de produto para a saúde: contrato social
Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento que irá com objeto compatível com a atividade pleiteada;
realizar a atividade peticionada. c) outras empresas: relatório de inspeção ou documento
§ 3° A AE deve ser peticionada utilizando o Cadastro equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). técnicos desta Resolução para as atividades e classes
§ 4º A AE a ser obtida para as atividades que não pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária local
estejam enquadradas no art. 3º desta Resolução não está competente.
condicionada à concessão de AFE. II – para renovações: relatório de inspeção ou
Art. 11. O ato administrativo público de concessão, documento equivalente que ateste o cumprimento dos
renovação, cancelamento, alteração e retificação de requisitos técnicos desta Resolução para as atividades e
publicação de AFE e AE somente produzirá efeitos a classes pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária
partir de sua publicação no Diário Oficial da União local competente ou licença sanitária vigente com os
(DOU). dados atualizados.
§1º Excetuam-se do disposto no caput as alterações III – para as seguintes alterações:
relativas à mudança de responsável técnico e a) ampliação ou redução de atividades ou classes de
responsável legal, que deverão ser peticionadas produtos: relatório de inspeção ou documento
eletronicamente pela empresa ou estabelecimento para equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos
alteração do cadastro, no prazo de 30 dias após técnicos desta Resolução para as atividades e classes
consolidação da alteração, e serão atualizadas pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária local
automaticamente, sem publicação no DOU. competente ou licença sanitária vigente com os dados
§ 2º Excetua-se do caput o indeferimento de retificação atualizados;
de publicação, cuja decisão será comunicada b) alteração de endereço: relatório de inspeção ou
diretamente à empresa. documento equivalente que ateste o cumprimento dos
requisitos técnicos desta Resolução para as atividades e
Seção I classes pleiteadas, emitidos pela autoridade sanitária
Dos Requisitos Técnicos e Documentos para Instrução local competente ou licença sanitária vigente com os
dados atualizados;
Art. 12. A concessão, renovação, cancelamento a c) alteração de endereço por ato público: declaração
pedido, alteração, retificação de publicação e a emitida pela autoridade competente ou a cópia do ato
retratação de recurso administrativo de AFE e AE público que originou a alteração;
dependem: d) alteração de razão social: Cadastro Nacional de
I – do cumprimento dos requisitos técnicos contidos Pessoa Jurídica (CNPJ) com dados atualizados;
nesta Resolução; e e) alteração por modificação na extensão do CNPJ da
II – da análise e deferimento dos documentos para matriz, exclusivamente em virtude de ato declaratório
instrução anexados ao formulário de petição da Receita Federal do Brasil: CNPJ com dados
devidamente preenchido e protocolado via atualizados; f) alteração de responsável técnico:
peticionamento eletrônico ou peticionamento manual. documento de regularidade técnica atualizado e emitido
Parágrafo único. Quando se tratar de AE, além do pelo respectivo Conselho de Classe profissional;
cumprimento do disposto nos incisos I e II, também g) alteração de responsável legal: cópia da respectiva
devem ser cumpridas as exigências contidas na Portaria alteração de contrato social devidamente consolidada
SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria SVS/MS nº 6, ou a ata de assembleia devidamente registrada na Junta
de 1999. Comercial.
Art. 13. O cadastro das filiais deve ser realizado e IV – para retificações de publicação, cancelamentos a
mantido atualizado pela empresa no banco de dados da pedido e recursos administrativos: ofício com a
Anvisa. justificativa técnica para o pleito, com a juntada de
Art. 14. Os requisitos técnicos devem ser verificados no quaisquer documentos que a empresa ou
ato da inspeção sanitária e estas informações devem estabelecimento julgue necessários para a comprovação

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de erro de publicação, justificativa para o cancelamento para saúde, cosméticos, produtos de higiene pessoal,
ou reforma da decisão de indeferimento. perfumes e saneantes.
§ 1º No peticionamento de concessão por empresas que Art. 20. A petição de renovação de AFE e AE deve ser
tiveram AFE ou AE canceladas por caducidade, o protocolada no período compreendido entre 60
relatório de inspeção ou documento equivalente podem (sessenta) e 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data
ser substituídos pela licença sanitária vigente com os de vencimento, que corresponde a 1 (um) ano após a
dados atualizados. data de publicação da concessão inicial no DOU.
§ 2º No peticionamento de renovação, caso os § 1º A petição protocolada em data anterior ou posterior
documentos requeridos ainda não tenham sido ao período fixado no caput deste artigo será indeferida
emitidos, será aceito como documento de instrução a pela Anvisa em razão da sua intempestividade.
licença sanitária relativa ao exercício imediatamente § 2º Findo o prazo estabelecido no caput deste artigo
anterior, desde que o requerimento do exercício atual sem que tenha sido efetivado o protocolo da petição de
tenha sido devidamente protocolado na autoridade renovação, a respectiva AFE ou AE será considerada
sanitária local competente, em data anterior ao caduca ao término de sua vigência.
vencimento. § 3º A caducidade da AFE e da AE não será publicada
§ 3º No peticionamento de renovação, as empresas no DOU e poderá ser consultada no cadastro da
transportadoras de medicamentos, sem armazenagem, empresa ou estabelecimento no site da Anvisa.
ficam dispensadas de apresentar licença sanitária ou § 4º A empresa ou estabelecimento cuja AFE ou AE
documento equivalente referente a ano corrente, nos caducar, tiver seu requerimento de renovação
casos em que a legislação local dispensar sua indeferido ou for cancelada, deve peticionar a
renovação. concessão de uma nova AFE ou AE para fins de
§ 4º Nos peticionamentos relativos à AE, a licença regularização.
sanitária, o relatório de inspeção ou o documento Art. 21. As petições de renovação de AFE e AE
equivalente devem informar explicitamente que o protocoladas dentro dos prazos previstos no caput do
estabelecimento cumpre os requisitos de controle art. 20, cuja decisão não seja publicada pela Anvisa no
especial constantes da Portaria SVS/MS nº 344, de DOU até a data de seus respectivos vencimentos, serão
1998 e da Portaria SVS/MS nº 6, de 1999. consideradas automaticamente renovadas.
Art. 16. A Anvisa pode, a qualquer momento, § 1º. O protocolo de renovação é documento apto para a
obedecido o devido processo legal, cancelar a AFE e a comprovação da regularidade da autorização das
AE das empresas ou estabelecimentos caso ocorram empresas e estabelecimentos, caso não haja nenhum ato
fatos que justifiquem tal medida. publicado em contrário no DOU.
Art. 17. Para fins de tomada de decisão acerca dos § 2º A Anvisa pode, a qualquer tempo, indeferir a
peticionamentos de concessão, renovação e alteração de petição de renovação de AFE ou AE que tenha sido
AFE e AE, o relatório de inspeção ou documento renovada automaticamente, nos termos deste artigo, em
equivalente que ateste o cumprimento dos requisitos razão da conclusão insatisfatória de sua análise.
técnicos desta Resolução para a atividade pleiteada,
deve ter sido emitido pela autoridade sanitária local Seção III
competente em até 12 (doze) meses anteriores à data de Da Alteração
protocolização do pedido. Art. 22. A alteração da AFE ou da AE cabe nas
Art. 18. A apresentação de documentos ilegíveis ou a seguintes hipóteses:
ausência de documentos de instrução ensejará o I – ampliação de atividades;
indeferimento das petições de AFE e AE. Seção II Da II – redução de atividades;
Renovação III – ampliação de classes de produtos;
Art. 19. A AFE e a AE de empresas ou IV – redução de classes;
estabelecimentos que realizem as atividades de V – alteração de endereço;
armazenamento, distribuição, embalagem, expedição, VI – alteração de razão social;
exportação, extração, fracionamento, importação, VII – alteração por modificação na extensão do CNPJ
purificação, reembalagem, síntese, transformação e da matriz, exclusivamente em virtude de ato
transporte de medicamentos, insumos farmacêuticos, declaratório da Receita Federal do Brasil;
substâncias sujeitas a controle especial ou os VIII – alteração de responsável técnico; e
medicamentos que as contenham, o cultivo de plantas IX – alteração de responsável legal. Parágrafo único. A
que possam originar substâncias sujeitas a controle ampliação e redução de classes de produtos somente é
especial, bem como o envase ou enchimento de gases permitida entre cosméticos, produtos de higiene pessoal
medicinais devem ser renovadas anualmente, a partir da e perfumes e entre medicamentos e insumos
data da publicação da sua concessão inicial no DOU. farmacêuticos. Art. 23. Os pedidos de alterações da
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não AFE e da AE deverão ocorrer de forma individual e
se aplica à AFE e à AE concedidas para as atividades separada em cada AFE e AE da empresa e de seus
de fabricação ou produção de medicamentos e insumos estabelecimentos, quando aplicável.
farmacêuticos e para quaisquer atividades de produtos Parágrafo único. Os prazos de validade da AFE e da AE
não são interrompidos nem prorrogados em decorrência

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de alterações que surgirem durante seus respectivos a) instalações, equipamentos e aparelhagem técnica
períodos de vigência. necessários e em condições adequadas à finalidade a
que se propõem, incluindo qualificações e calibrações;
Seção IV b) sistema da qualidade estabelecido;
Do Cancelamento c) política de validação e qualificação claramente
definida, nos casos em que seja exigido pela norma de
Art. 24. O cancelamento da AFE e AE a pedido da boas práticas de fabricação específica;
empresa ou estabelecimento deve ser peticionado nos d) sistemas de utilidades de suporte ao processo
seguintes casos: produtivo em condições adequadas à finalidade a que se
I – encerramento de atividades; ou propõem; e) condições de higiene, armazenamento e
II - encerramento de atividades com substâncias sujeitas operação adequadas às necessidades do produto, de
a controle especial ou com os medicamentos que as forma a reduzir o risco de contaminação ou alterações
contenham, bem como com as plantas que podem de suas características;
originar tais substâncias. f) recursos humanos capacitados ao desempenho das
Parágrafo único. O cancelamento da AFE ou da AE não atividades de produção, controle da qualidade, garantia
afasta a responsabilidade da empresa ou da qualidade e demais atividades de suporte;
estabelecimento pelos produtos que ainda estiverem no g) meios para a inspeção e o controle de qualidade dos
mercado. produtos que industrialize, incluindo especificações e
métodos analíticos;
Seção V h) procedimentos operacionais padrão e demais
Do Recurso Administrativo documentos necessários concluídos e aprovados;
Art. 25. No caso de indeferimento de pedidos relativos i) meios capazes de eliminar ou reduzir elementos de
à AFE e AE, é cabível recurso administrativo nos poluição decorrente da industrialização procedida, que
termos da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº causem efeitos nocivos à saúde; e
25, de 4 de abril de 2008. j) para fabricantes de produtos para saúde, também
Art. 26. O recurso administrativo deve ser interposto devem ser apresentadas evidências do cumprimento do
uma única vez para cada expediente indeferido. plano de desenvolvimento de projeto até, no mínimo, a
fase de definição de dados de entrada de projeto.
CAPÍTULO III CAPÍTULO IV
DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA
FABRICANTES DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA
IMPORTADORES, DISTRIBUIDORES,
Art. 27. Os fabricantes de medicamentos, insumos ARMAZENADORES, TRANSPORTADORES,
farmacêuticos, produtos para a saúde, cosméticos, EXPORTADORES E FRACIONADORES
produtos de higiene pessoal, perfumes e saneantes,
deverão apresentar as informações gerais e cumprir os Art. 28. Os importadores, distribuidores,
requisitos técnicos a seguir relacionados, os quais serão armazenadores, transportadores e exportadores de
avaliados na inspeção pela autoridade sanitária local medicamentos, insumos farmacêuticos, produtos para
competente: saúde, cosméticos, produtos para higiene pessoal,
I – informações gerais: perfumes e saneantes e fracionadores de insumos
a) contrato social ou ata de constituição registrada na farmacêuticos, deverão apresentar as informações
junta comercial e suas alterações, se houver; gerais e cumprir os requisitos técnicos a seguir
b) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) relacionados, os quais serão avaliados na inspeção pela
contemplando a atividade econômica pleiteada; autoridade sanitária local competente:
c) autorização ou alvará referente à localização e I – informações gerais:
ocupação, planta arquitetônica, proteção ambiental, a) contrato social ou ata de constituição registrada na
segurança de instalações e segurança dos trabalhadores; junta comercial e suas alterações, se houver;
d) organograma e definição dos cargos, b) Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
responsabilidades e da qualificação necessária para seus contemplando a atividade econômica pleiteada;
ocupantes; c) autorização ou alvará referente à localização e
e) comprovação do registro de responsabilidade técnica ocupação, planta arquitetônica, proteção ambiental,
realizada pelo profissional legalmente habilitado junto segurança de instalações e segurança dos trabalhadores;
ao respectivo conselho de classe; e d) contratos de prestação de serviços diversos ou
f) contratos de prestação de serviços diversos ou documentos equivalentes, os quais devem ser
documentos equivalentes, os quais devem ser realizados somente com empresas autorizadas e
realizados somente com empresas autorizadas e licenciadas pela autoridade competente, quando
licenciadas pela autoridade competente, quando aplicável;
aplicável. e) comprovação do registro de responsabilidade técnica
II – requisitos técnicos: realizada pelo profissional legalmente habilitado junto
ao respectivo conselho de classe; e

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f) para distribuidores e armazenadores de I - contrato social ou ata de constituição registrada na
medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos para junta comercial e suas alterações, se houver;
saúde, Manual de Boas Práticas de Distribuição e II - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) com
Armazenagem. o código e a descrição da atividade econômica referente
II – requisitos técnicos: à atividade peticionada; e
a) existência de instalações, equipamentos e III - comprovação da responsabilidade técnica realizada
aparelhagem técnica necessários e em condições por profissional legalmente habilitado.
adequadas à finalidade a que se propõem, incluindo CAPÍTULO VI
qualificações e calibrações; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
b) existência de recursos humanos qualificados e Art. 30. Ficam revogados a partir da entrada em vigor
devidamente capacitados ao desempenho das atividades desta Resolução os seguintes regulamentos: os itens 2,
da empresa ou estabelecimento, incluindo, no caso de 3 e 6 da Instrução Normativa nº 1, de 30 de setembro de
importadora de medicamentos, a garantia da qualidade 1994; a Portaria SVS/MS nº 182, de 20 de novembro de
dos medicamentos, a investigação de desvio de 1996; os artigos 3º, 5º, 6º, 9º e 10 da Portaria SVS/MS
qualidade e demais atividades de suporte; nº 344, de 12 de maio de 1998; os artigos 2º, 4º, 5º, 6º,
c) condições de higiene, armazenamento e operação 7º, 9º, 11, 12 e 13 da Instrução Normativa do Anexo e o
adequadas às necessidades do produto, de forma a Anexo I da Portaria SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de
reduzir o risco de contaminação ou alteração de suas 1999; a Portaria SVS/MS nº 1.052, de 29 de dezembro
características; d) procedimentos operacionais padrão de 1998; o parágrafo único do art. 10, o art. 12 e o
para recepção, identificação, controles de estoque e Anexo I da Portaria SVS/MS nº 802, de 8 de outubro de
armazenamento de produtos acabados, devolvidos ou 1998; a Resolução nº 329, de 22 de julho de 1999; a
recolhidos; Resolução nº 327, de 22 de julho de 1999; a Resolução
e) programa de autoinspeção, com abrangência, da Diretoria Colegiada - RDC nº 128, de 9 de maio de
frequência, responsabilidades de execução e ações 2002; a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº
decorrentes das não conformidades; 158, de 31 de maio de 2002; e a Resolução da Diretoria
f) área separada, identificada e de acesso restrito para o Colegiada - RDC nº 183, de 5 de outubro de 2006.
armazenamento de produtos ou substâncias sujeitas a Parágrafo único. O § 1º do art. 11 desta Resolução
controle especial; somente terá efeito a partir da disponibilização do
g) sistema de controle de estoque que possibilite a peticionamento e divulgação da data de implementação
emissão de inventários periódicos; pela Anvisa.
h) sistema formal de investigação de desvios de Art. 31. Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra
qualidade e medidas preventivas e corretivas adotadas em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua
após a identificação das causas; publicação
i) sistema da qualidade estabelecido; Art. 32. A partir da entrada em vigor desta Resolução,
j) plano para gerenciamento de resíduos; ficam mantidas as internalizações das seguintes
k) áreas de recebimento e expedição adequadas e Resoluções MERCOSUL: GMC n° 3/99 – ―Registro de
protegidas contra variações climáticas; Empresas de Produtos Domisanitários‖; GMC nº 05/05
l) mecanismos que assegurem que fornecedores e – ―Regulamento Técnico sobre Autorização de
clientes estejam devidamente regularizados junto às Funcionamento/ Habilitação de Empresas de Produtos
autoridades sanitárias competentes, quando aplicável; e de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, suas
m) para transportadores, relação do quantitativo e Modificações y Cancelamento‖; GMC nº 132/96 –
identificação dos veículos próprios ou de terceiros sob Alterações da Autorização de Funcionamento das
sua responsabilidade, disponibilizados para o Empresas Solicitantes de Registro de Produtos
transporte, que deverão ser munidos dos equipamentos Farmacêuticos do Estado Parte Receptor; e GMC nº
necessários à manutenção das condições específicas de 24/96 – Registro de Empresas Domisanitarios.
transporte requeridas para cada produto sujeito à Parágrafo único. Os estabelecimentos filiais de
vigilância sanitária. empresas que realizem atividades referentes a produtos
para saúde para os quais é exigida AFE nos termos
CAPÍTULO V desta Resolução terão o prazo de um ano, contado a
DOS REQUISITOS TÉCNICOS PARA ATIVIDADES partir de 04 de agosto de 2014, para requerer à
COM SUBSTÂNCIAS OU MEDICAMENTOS ANVISA a referida autorização.‖ (NR) (Redação dada
SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL pela RDC 40/14)
Art. 29. Para as atividades com substâncias ou Art. 33. O descumprimento das disposições contidas
medicamentos sujeitos a controle especial deverão ser nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
apresentados os seguintes documentos, bem como da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
deverão ser cumpridos os requisitos técnicos contidos das responsabilidades civil, administrativa e penal
na Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria cabíveis.
SVS/MS nº 6, de 1999, a serem avaliados na inspeção
pela autoridade sanitária local competente: DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO

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RDC Nº 22, DE 29/04/2014 III - aprimorar as ações de vigilância sanitária
relacionadas ao monitoramento sanitário e
Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de farmacoepidemiológico e controle dos medicamentos e
Produtos Controlados –SNGPC, revoga a Resolução insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução;
de Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, IV - contribuir com a produção de conhecimento sobre
e dá outras providências. estudos de utilização de medicamentos e
farmacoepidemiologia; e
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de V - subsidiar a gestão de riscos associados aos
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe medicamentos e aos insumosfarmacêuticos na pós-
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, comercialização e no pós-uso.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do CAPÍTULO II
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de DAS DEFINIÇÕES
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto Art. 5º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto seguintes definições:
nos incisos III, do art. I - autenticidade: garantia de que os dados ou
2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o informações sejam verdadeiros e fidedignos, tanto na
Programa de Melhoria do Processo de Regulamentação origem quanto no destino;
da Agência, instituído por meio da Portaria nº 422, de II - cadastro: identificação e inclusão dos dados da
16 de abril de 2008, em reunião realizada em 15 de empresa no sistema de segurança da Anvisa para fins de
abril de 2014, adota a seguinte Resolução de Diretoria acesso ao peticionamento eletrônico, obtenção de
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua Autorização de Funcionamento e demais serviços e
publicação: sistemas disponibilizados no âmbito da Anvisa;
III - cadastro de órgãos de vigilância sanitária:
CAPÍTULO I identificação e inclusão dos dados do órgão de
DA ABRANGÊNCIA E DOS OBJETIVOS vigilância e da autoridade sanitária no cadastro de
Art. 1º Esta Resolução estabelece a utilização do instituições da Anvisa;
Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos IV - credenciamento: o ato de adesão do
Controlados - SNGPC, por farmácias e drogarias, como estabelecimento ao SNGPC mediante realização do
um sistema de informação de vigilância sanitária para a inventário inicial e envio pelo farmacêutico responsável
escrituração de dados de produção,manipulação, técnico e recebimento pela base de dados da Anvisa;
distribuição, prescrição, dispensação e consumo de V - Certificado de Escrituração Digital: documento
medicamentos e insumos farmacêuticos. emitido pelo SNGPC, após o credenciamento, que
Art. 2º O SNGPC abrange os medicamentos sujeitos ao comprova, perante a autoridade sanitária competente,
controle especial a que se refere a Portaria SVS/MS nº que o estabelecimento está apto a efetuar a escrituração
344, de 12 de maio de 1998, e os medicamentos sanitária;
antimicrobianos a que se refere a Resolução de VI - Certificado de Transmissão Regular: documento
Diretoria Colegiada RDC nº 20, de 5 de maio de 2011, complementar que pode ser solicitado pela autoridade
ou as que vierem substituí-las. sanitária e pelas distribuidoras às farmácias e drogarias
Art. 3º Todas as farmácias e drogarias devem, abrangidas por esta Resolução, com a finalidade de
obrigatoriamente, utilizar o SNGPC para escrituração atestar a regularidade na transmissão eletrônica dos
sanitária dos medicamentos, insumos farmacêuticos e dados;
preparações e/ou especialidades farmacêuticas de que VII - dado: sequência de símbolos quantificados ou
trata esta Resolução. quantificáveis que são a base para a geração da
Parágrafo único. As farmácias e drogarias de natureza informação;
pública e os estabelecimentos de atendimento privativo VIII - disponibilidade: facilidade de acesso ou de
de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente recuperação de dados ou informações;
de assistência médica não estão sujeitos a esta IX - escrituração sanitária: procedimento de registro da
Resolução enquanto o módulo específico do SNGPC movimentação das entradas e saídas de medicamentos e
não for disponibilizado e implantado no âmbito do insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução no
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. SNGPC;
Art. 4º São objetivos do SNGPC:I - capturar e analisar X - arquivo XML: arquivo eletrônico padronizado a ser
os dados provenientes da produção, manipulação, transmitido ao SNGPC;
distribuição, prescrição, dispensação, consumo de XI - estabelecimento: unidade da empresa destinada à
medicamentos e insumos farmacêuticos para gerar manipulação de insumos farmacêuticos e dispensação
informações, em seus diversos detalhamentos; de medicamentos e preparações sujeitos a esta
II - otimizar as ações de controle sobre os Resolução, caracterizada por ter Cadastro Nacional da
procedimentos de escrituração de medicamentos e Pessoa Jurídica (CNPJ) único cadastrado junto à
insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução; Anvisa e à Receita Federal do Brasil;

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XII - gestor de segurança: pessoa física incumbida de b) apreensão ou recolhimento pela autoridade sanitária;
administrar e controlar o acesso de usuários ao sistema c) roubo ou furto;
de segurança da Anvisa, devendo representar a empresa d) avaria;
no âmbito dos sistemas informatizados da Agência e ser e) desvio de qualidade;
habilitado a efetuar ações nos sistemas da Anvisa; f) exclusão da lista atualizada de insumos sujeitos à
XIII - gestor do SNGPC: profissional vinculado ao presente Resolução;
órgão ou autoridade sanitária em âmbito federal, g) coleta de amostra para controle da qualidade;
estadual, regional, municipal ou do Distrito Federal que h) erro ou perda no processo de produção e/ou de
administra o cadastro do órgão e dos profissionais a ele manipulação;
vinculados; i) coleta de amostra para fins de análise fiscal por parte
XIV - inconsistência: discordância de dados da autoridade sanitária; e
identificada durante o registro do inventário ou durante j) devolução ou recolhimento ao fabricante;
a escrituração sanitária, relacionados com o cadastro XXV - responsável legal: pessoa física designada em
das empresas, números de registro dos medicamentos, estatuto, contrato social ou ata, incumbida de
códigos da Denominação Comum Brasileira, dentre representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e
outros; extrajudiciais, o Agente Regulado pessoa jurídica;
XV - informação: é o dado valorado, provido de XXVI - farmacêutico responsável técnico: profissional
significado, passível de análise, comparação ou farmacêutico legalmente habilitado e inscrito no
interpretação; Conselho Regional de Farmácia, nos termos da lei,
XVI - instabilidade do SNGPC: problema de natureza incumbido de promover assistência técnica à farmácia
operacional caracterizado como falha, interrupção ou ou drogaria;
ausência de comunicação na transmissão e acesso de XXVII - saída: movimentação representada pela venda,
dados ou informações; perda, transferência e/ou transformação de
XVII - integridade: garantia de não violação dos ativos medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos
de informação, na origem, no trânsito ou no destino; manipulados acabados;
XVIII - interoperabilidade: possibilidade de ser operado XXVIII - senha: código eletrônico pessoal, sigiloso e
de forma integrada ou conjunta; intransferível cadastrado nos sistemas da Anvisa para
XIX - inventário inicial: declaração de todo o estoque fins de identificação e obtenção de acesso às transações
de medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a e operações em ambiente Internet;
esta Resolução, a ser informado por meio de envio de XXIX - sigilo: condição inerente aos dados e
arquivo XML; informações que necessitam de medidas especiais de
XX - monitoramento farmacoepidemiológico: proteção contra revelação não autorizada;
acompanhamento sistemático de indicadores XXX - sistema informatizado: aplicativo elaborado
farmacoepidemiológicos relacionados com o consumo para servir como ferramenta tecnológica necessária à
de medicamentos em populações, com a finalidade de realização dos atos, procedimentos e operações
subsidiar medidas de intervenção em saúde pública, relacionados com o SNGPC;
incluindo educação sanitária, e alterações na legislação XXXI - transferência: movimentação de medicamentos,
específica vigente; insumos farmacêuticos e produtos manipulados
XXI - monitoramento sanitário: acompanhamento acabados entre estabelecimentos da mesma rede ou
sistemático de indicadores operacionais relativos ao empresa, identificados pelo mesmo número de raiz
credenciamento de empresas no sistema, retenção de referente ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas –
receitas, escrituração, envio de arquivos eletrônicos e CNPJ.
eficiência do sistema de gerenciamento de dados, com a
finalidade de subsidiar, entre outros instrumentos de CAPÍTULO III
vigilância sanitária, a fiscalização sanitária, DO ACESSO E DO CREDENCIAMENTO
compreendendo três componentes básicos: Art. 6º O acesso ao SNGPC pressupõe a realização e
a) coleta de dados; atualização dos cadastros do estabelecimento, do gestor
b) análise regular dos dados; e de segurança, do farmacêutico responsável técnico e do
c) ampla e periódica disseminação dos dados; responsável legal junto à Anvisa.
XXII - movimentação: todas as atividades do Art. 7º O acesso ao SNGPC é feito por meio de senha
estabelecimento relacionadas com a entrada (compra ou pessoal, sigilosa e intransferível.
transferência) e a saída (venda/dispensação, Parágrafo único. O uso indevido da senha e os prejuízos
transformação, transferência ou perda) de decorrentes da eventual quebra de seu sigilo serão de
medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a esta responsabilidade do farmacêutico responsável técnico e
Resolução; do responsável legal do estabelecimento.
XXIII - padrão de transmissão: documento XML Art. 8º O credenciamento do estabelecimento no
adequado ao Esquema XML do SNGPC; SNGPC efetivar-se-á com a realização do inventário
XXIV - perda: movimentação representada pelos inicial pelo farmacêutico responsável técnico, mediante
seguintes casos: acesso ao SNGPC e envio do arquivo XML.
a) vencimento do prazo de validade;

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Art. 9º. Efetivado o credenciamento no SNGPC, o seu inventário antes de iniciar suas atividades e
Certificado de Escrituração Digital deve ser impresso e informar a autoridade sanitária local.
permanecer à disposição para fins de fiscalização. Art. 13. A transferência de estoque de medicamentos e
Parágrafo único. Sempre que for realizada a insumos farmacêuticos sujeitos a esta Resolução fica
substituição do farmacêutico responsável pela permitida nos casos de encerramento, alteração das
transmissão de dados ao SNGPC, poderá ser impresso atividades ou junção de estabelecimentos, e deve ser
um novo Certificado de Escrituração Digital com os escriturada no SNGPC.
dados atualizados. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o
estabelecimento que receber os medicamentos e
CAPÍTULO IV insumos farmacêuticos deve escriturar a movimentação
DA ESCRITURAÇÃO E DO CONTROLE DO de entrada através de nota fiscal emitida pelo
ESTOQUE estabelecimento que encerrou suas atividades.
Art. 10. Os estabelecimentos devem realizar a Art. 14. O farmacêutico responsável técnico deve
escrituração de toda e qualquer movimentação e o notificar qualquer inconsistência relacionada a
controle do estoque de medicamentos e insumos medicamentos e insumos farmacêuticos por meio de
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução por meio de funcionalidade disponível no ambiente do SNGPC.
sistema informatizado compatível com as § 1º Quando houver inconsistências que impeçam o
especificações e padrão de transmissão estabelecidos envio de arquivo XML, as movimentações desta
pela Anvisa, de modo a garantir a interoperabilidade inconsistência devem ser escrituradas no sistema
entre os sistemas. informatizado do estabelecimento para controle e
§ 1º A escrituração é de responsabilidade do fiscalização pela autoridade sanitária.
farmacêutico responsável técnico ou seu substituto § 2º Corrigida a inconsistência que impede o envio de
legal devidamente cadastrado e associado no SNGPC. arquivo XML, as movimentações devem voltar a ser
§ 2º Devem ser escriturados os dados exigidos escrituradas no SNGPC.
conforme normas específicas vigentes para os Art. 15. O estoque físico dos medicamentos e
medicamentos e insumos farmacêuticos sujeitos a esta substâncias sujeitas a controle especial deve ser
Resolução. qualitativa e quantitativamente idêntico ao escriturado
§ 3º Os dados da escrituração sanitária devem ser no SNGPC, bem como no sistema informatizado do
transmitidos eletronicamente em arquivos no intervalo estabelecimento, observando-se o prazo de escrituração.
de, no mínimo, 1 (um) e, no máximo, 7 (sete) dias Art. 16. Todo o estoque movimentado pelo
consecutivos, ainda que nenhuma movimentação no estabelecimento deve estar devidamente escriturado,
estoque do estabelecimento tenha ocorrido no sendo este comercializável ou não.
respectivo período.
§ 4º A transmissão eletrônica deve ser realizada e CAPÍTULO V
atualizada, no mínimo, uma vez por semana. DO SISTEMA INFORMATIZADO E DO PADRÃO
§ 5º Para os insumos farmacêuticos, deve ser SNGPC
escriturado o número do lote do fabricante. Art. 17. O sistema informatizado utilizado pelo
§ 6º A escrituração deve ser mantida no sistema estabelecimento deve ser desenvolvido ou adaptado
informatizado do estabelecimento, para controle e segundo os requisitos e as especificações estabelecidos
fiscalização pela autoridade sanitária. pela Anvisa.
Art. 11. Na falta de farmacêutico substituto, a Art. 18. O sistema informatizado do estabelecimento,
escrituração deve ser obrigatoriamente transmitida ao que gera os arquivos XML para envio ao SNGPC, deve
final dos períodos de ausências do farmacêutico ter acesso restrito ao farmacêutico responsável técnico
responsável técnico, por meio do envio de arquivos sem ou seu substituto legal devidamente cadastrado e
movimentação de medicamentos sujeitos a controle associado no SNGPC.
especial, conforme Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, § 1º O farmacêutico responsável técnico pode delegar a
ou a que vier a substituí-la.Art. 12. A substituição terceiros, sob sua responsabilidade, o acesso parcial ao
definitiva ou eventual do farmacêutico responsável sistema informatizado para fins de inserção dos dados.
técnico no SNGPC deve ser precedida de finalização do § 2º É função do farmacêutico responsável técnico a
inventário, de modo que as transmissões da escrituração geração e envio dos arquivos XML ao SNGPC.
possam ter continuidade pelo substituto ou pelo novo Art. 19. O sistema informatizado do estabelecimento
farmacêutico deve garantir:
responsável técnico. I - a realização periódica de cópia de segurança dos
§ 1º Na hipótese do caput deste artigo, o novo dados de escrituração, que deve permanecer arquivada
farmacêutico responsável técnico ou o substituto deve no estabelecimento por 2 (dois) anos; e
conferir o inventário previamente finalizado. II - a geração de relatórios atualizados dos estoques e
§ 2º Nos casos em que houver divergência entre os movimentações de medicamentos e insumos
dados do inventário finalizado anteriormente e o farmacêuticos sujeitos a esta Resolução, com
estoque existente no estabelecimento, o substituto ou o informações necessárias para sua conferência e
novo farmacêutico responsável técnico deve corrigir rastreabilidade.

428
Art. 20. O desenvolvimento, aquisição e manutenção do I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do
sistema informatizado para fins desta Resolução são de cadastro e liberação do acesso ao sistema para os
responsabilidade de cada estabelecimento. profissionais de vigilância sanitária no âmbito do
Art. 21. O sistema informatizado utilizado pelo respectivo Estado, Regional ou do Distrito Federal;
estabelecimento deve assegurar o sigilo, a integridade, a II - a atribuição de acesso com perfil de gestor
autenticidade e a disponibilidade dos dados e municipal do SNGPC no âmbito dos Municípios ou
informações, de modo a viabilizar a execução de ações áreas administrativas do respectivo Estado, Regional e
de fiscalização, monitoramento, gerenciamento e Distrito Federal, conforme indicação e escolha da
controle de riscos pela autoridade sanitária competente, autoridade competente de cada município ou área
bem como garantir a proteção da imagem, da honra e da administrativa; e
privacidade das pessoas. III - cooperar com a orientação e capacitação de
Parágrafo único. É vedado disponibilizar a terceiros não profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado
autorizados dados ou informações relacionadas à dos municípios ou áreas administrativas sob sua
comercialização e uso de medicamentos e insumos jurisdição acerca dos procedimentos para
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução, capazes de operacionalização do SNGPC e do uso de informação
identificar e individualizar padrões ou hábitos de para a tomada de decisão e ação.
prescrição, dispensação ou consumo desses produtos, Art. 28. Ao gestor municipal do SNGPC cabe, entre
salvo nos casos permitidos pela legislação vigente. outras atribuições:
Art. 22. Os requisitos e as especificações dos Padrões I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do
SNGPC, bem como suas eventuais alterações, são cadastro e liberação do acesso ao sistema para os
aprovados em ato próprio e permanecerão disponíveis profissionais de vigilância sanitária no âmbito do
no sítio eletrônico da Anvisa para viabilizar o município; e
desenvolvimento ou a atualização dos sistemas II - cooperar com a orientação e capacitação de
informatizados utilizados pelos estabelecimentos. profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado
Art. 23. A Anvisa disponibiliza ambientes de testes acerca dos procedimentos para operacionalização do
para validação de arquivos enviados ao SNGPC em seu SNGPC e do uso de informação para a tomada de
sítio eletrônico na internet, de modo a viabilizar o decisão e ação.
desenvolvimento ou a adaptação dos sistemas Art. 29. A responsabilidade pela atualização dos dados
informatizados de que trata esta Resolução. referentes aos gestores do SNGPC, no âmbito nacional,
estadual, regional, do Distrito Federal ou municipal,
CAPÍTULO VI junto às instâncias responsáveis pela atribuição de
DA GESTÃO DO SNGPC E DA FISCALIZAÇÃO acesso ao sistema com perfil de gestor fica a cargo das
PELO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA respectivas autoridades sanitárias.
SANITÁRIA Art. 30. O acesso ao SNGPC pelos profissionais de
Art. 24. As autoridades sanitárias da União, dos vigilância sanitária dar-se-á mediante liberação de
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios terão acesso pelo gestor do SNGPC do respectivo Estado,
acesso a dados e informações por meio do SNGPC, em Regional,
seus diversos detalhamentos, acerca da produção, Distrito Federal ou Município e abrange os dados e
manipulação, distribuição, prescrição, dispensação e informações relativos ao seu âmbito de atuação.
consumo de medicamentos e insumos farmacêuticos Art. 31. Os dados e informações técnicas e operacionais
sujeitos a esta Resolução, no âmbito de suas respectivas obtidos por meio do SNGPC devem receber tratamento
atribuições legais. sigiloso, salvo para impossibilitar a ocorrência de
Art. 25. A gestão do SNGPC, em âmbito nacional, é circunstâncias de risco à saúde da população.
exercida pela Anvisa. Art. 32. Compete à autoridade sanitária dos Estados, do
Art. 26. Ao gestor nacional do SNGPC cabe, entre Distrito Federal e dos Municípios a fiscalização dos
outras atribuições: estabelecimentos quanto ao cumprimento desta
I - a responsabilidade pela elaboração e atualização do Resolução.
cadastro e liberação do acesso ao sistema para os Parágrafo único. A Anvisa poderá prestar cooperação
profissionais de vigilância sanitária no âmbito federal; técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
II - a atribuição de acesso com perfil de gestor estadual aos Municípios, bem como atuar em circunstâncias
do SNGPC no âmbito dos Estados e do Distrito especiais de risco à saúde, observada a autonomia
Federal, conforme indicação e escolha da autoridade federativa e a diretriz constitucional da descentralização
competente da respectiva Unidade da Federação; eIII - das ações no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
cooperar com a orientação e capacitação de Art. 33. Não deverá ser objeto de autuação a falta de
profissionais de vigilância sanitária e do setor regulado regularidade na transmissão das movimentações e
acerca dos procedimentos para operacionalização do emissão de relatórios quando o motivo for estritamente
SNGPC e do uso de informação para a tomada de instabilidade operacional do próprio SNGPC.Art. 34.
decisão e ação. Configurada infração por inobservância de preceitos
Art. 27. Ao gestor estadual, distrital e regional do legais, a autoridade sanitária deve tomar medidas
SNGPC cabe, entre outras atribuições: necessárias dentro de sua competência e poderá

429
comunicar o fato ao Conselho Profissional competente
e acompanhar seu desdobramento.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 35. A escrituração de medicamentos e insumos
farmacêuticos sujeitos a esta Resolução substitui a
escrituração realizada por meio de livro de registro ou
sistema informatizado previamente autorizado pela
autoridade sanitária competente, estabelecidos na
Portaria SVS/MS nº 344, de 1998, e na Portaria
SVS/MS nº 6, de 29 de janeiro de 1999, ou as que
vierem substituí-las.
§ 1º Fica excepcionalmente admitida a adoção de
rotinas não informatizadas pelo SNGPC, mediante
manutenção do livro de registro, em municípios
desprovidos de acesso à internet, condicionada à
autorização pela autoridade sanitária local.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, cabe à autoridade
sanitária local comunicar o fato à área técnica da
Anvisa responsável pela gestão do SNGPC.
§ 3º Fica excepcionalmente admitida a adoção de
rotinas não informatizadas pelo SNGPC, mantendo-se a
escrituração no sistema informatizado do
estabelecimento, nos casos de apresentações comerciais
fracionáveis e para os medicamentos ou insumos
farmacêuticos com inconsistência.
Art. 36. Os estabelecimentos deverão manter a
escrituração sanitária atualizada conforme os prazos
estabelecidos nesta Resolução, para o fim de obtenção
do Certificado de Transmissão Regular.
Parágrafo único. Durante a inspeção sanitária local,
caso seja verificada divergência entre o estoque físico e
o estoque no SNGPC, deverá ser considerada a
existência de arquivos não enviados e/ou não validados
no prazo previsto pelo § 4º do art. 10.
Art. 37. Fica estabelecida a interface entre o SNGPC e
o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos –
SNCM para os medicamentos sujeitos a esta Resolução.
Art. 38. A área técnica competente da Anvisa adotará
medidas ou procedimentos para os casos não previstos
nesta Resolução.
Art. 39. Sem prejuízo de outras cominações legais,
inclusive penais, de que sejam passíveis os
responsáveis técnicos e legais, a empresa responderá
administrativa e civilmente por infração sanitária
resultante da inobservância desta Resolução e demais
normas complementares, nos termos da Lei nº 6.437, de
20 de agosto de 1977.
Art. 40. Ficam revogadas a Resolução de Diretoria
Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, a Instrução
Normativa nº 7, de 24 de abril de 2007, e a Instrução
Normativa nº 11,de 31 de outubro de 2007.
Art. 41. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação.

DIRCEU BRAS APARECIDO BARBANO

430
RDC N° 26 DE 13/05/2014 § 4º Não se considera medicamento fitoterápico ou
(D.O.U 14.05.14) produto tradicional fitoterápico aquele que inclua na
sua composição substâncias ativas isoladas ou
Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos altamente purificadas, sejam elas sintéticas,
e o registro e a notificação de produtos tradicionais semissintéticas ou naturais e nem as associações dessas
fitoterápicos. com outros extratos, sejam eles vegetais ou de outras
fontes, como a animal.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 5º Os medicamentos fitoterápicos são passíveis de
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe registro e os produtos tradicionais fitoterápicos são
conferem os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, passíveis de registro ou notificação.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. § 6º Os medicamentos e produtos obtidos de fungos
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do multicelulares e algas deverão ser avaliados conforme
Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de esta Resolução até que tenham regulamentação
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto específica.
de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto § 7º Conforme previsto no Art. 22 do Decreto no 8.077,
nos incisos III, do art. de 14 de agosto de 2013, as plantas medicinais sob a
2º, III e IV, do art. 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o forma de droga vegetal, doravante denominadas chás
Programa de Melhoria do Processo de Regulamentação medicinais, serão dispensadas de registro, devendo ser
da Agência, instituído por meio da Portaria nº 422, de notificadas de acordo com o descrito nesta Resolução
16 de abril de 2008, em reunião realizada em 8 de maio na categoria de produto tradicional fitoterápico.
de 2014, adota a seguinte Resolução da Diretoria § 8º Os chás medicinais notificados não podem conter
Colegiada e eu, Diretor-Presidente , determino a sua excipientes em suas formulações, sendo constituídos
publicação: apenas de drogas vegetais.
§ 9º Não são objeto de registro ou notificação as
CAPÍTULO I preparações elaboradas pelos povos e comunidades
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS tradicionais do país sem fins lucrativos e não
Seção I industrializadas.
Objetivo
Art. 1º Esta Resolução define as categorias de Seção III
medicamento fitoterápico e produto tradicional Definições
fitoterápico e estabelece os requisitos mínimos para o Art. 3º Para efeito desta Resolução, são adotadas as
registro e renovação de registro de medicamento seguintes definições:
fitoterápico, e para o registro, renovação de registro e I - algas: seres vivos eucarióticos autotróficos que
notificação de produto tradicional fitoterápico. sintetizam clorofila;
Seção II II - chá medicinal: droga vegetal com fins medicinais a
Abrangência ser preparada por meio de infusão, decocção ou
Art. 2º Esta Resolução se aplica a produtos maceração em água pelo consumidor;
industrializados que se enquadram nas categorias de III - controle biológico: método alternativo à análise
medicamentos fitoterápicos e produtos tradicionais quantitativa dos marcadores da matéria-prima vegetal e
fitoterápicos. do produto acabado, baseado na avaliação da atividade
§ 1º São considerados medicamentos fitoterápicos os biológica proposta para o fitocomplexo;
obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas IV - decocção: preparação, destinada a ser feita pelo
ativas vegetais cuja segurança e eficácia sejam baseadas consumidor, que consiste na ebulição da droga vegetal
em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela em água potável por tempo determinado. Método
constância de sua qualidade. indicado para partes de drogas vegetais com
§ 2º São considerados produtos tradicionais consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas,
fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de caules, sementes e folhas coriáceas ou que contenham
matérias-primas ativas vegetais cuja segurança e substâncias de interesse com baixa solubilidade em
efetividade sejam baseadas em dados de uso seguro e água;
efetivo publicados na literatura técnico-científica e que V - derivado vegetal: produto da extração da planta
sejam concebidos para serem utilizados sem a medicinal fresca ou da droga vegetal, que contenha as
vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de substâncias responsáveis pela ação terapêutica,
prescrição ou de monitorização. podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil,
§ 3º Os produtos tradicionais fitoterápicos não podem cera, exsudato e outros;
se referir a doenças, distúrbios, condições ou ações VI - documentação técnico-científica: documentação
consideradas graves, não podem conter matérias-primas baseada em referências bibliográficas, publicação
em concentração de risco tóxico conhecido e não científica indexada, brasileira ou internacional, e
devem ser administrados pelas vias injetável e publicação técnica, como as expedidas pelas
oftálmica. autoridades sanitárias e governamentais, a exemplo das
farmacopeias reconhecidas pela Anvisa;VII - doença de

431
baixa gravidade: doença auto-limitante, de evolução XVIII - matéria-prima vegetal: compreende a planta
benigna, que pode ser tratada sem acompanhamento medicinal, a droga vegetal ou o derivado vegetal;
médico; XIX - nomenclatura botânica: espécie (gênero + epíteto
VIII - droga vegetal: planta medicinal, ou suas partes, específico);
que contenham as substâncias responsáveis pela ação XX - nomenclatura botânica completa: espécie, autor
terapêutica, após processos de coleta/colheita, do binômio, variedade, quando aplicável, e família;XXI
estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo - notificação: prévia comunicação à Anvisa informando
estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou que se pretende fabricar, importar e/ou comercializar
pulverizada; produtos tradicionais fitoterápicos;
IX - efetividade: capacidade de promover resultado XXII - perfil cromatográfico: padrão cromatográfico de
biológico observado durante utilização no ser humano; constituintes característicos, obtido em condições
X - fitocomplexo: conjunto de todas as substâncias, definidas, que possibilite a identificação da espécie
originadas do metabolismo primário ou secundário, vegetal em estudo e a diferenciação de outras espécies;
responsáveis, em conjunto, pelos efeitos biológicos de XXIII - planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou
uma planta medicinal ou de seus derivados; não, utilizada com propósitos terapêuticos;
XI - fitoterápico: produto obtido de matéria-prima ativa XXIV - planta medicinal fresca: a planta medicinal
vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade usada logo após a colheita/coleta sem passar por
profilática, curativa ou paliativa, incluindo qualquer processo de secagem;
medicamento fitoterápico e produto tradicional XXV - registro: instrumento por meio do qual o
fitoterápico, podendo ser simples, quando o ativo é Ministério da Saúde, no uso de sua atribuição
proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou específica, determina a inscrição prévia no órgão ou na
composto, quando o ativo é proveniente de mais de entidade competente, pela avaliação do cumprimento de
uma espécie vegetal; caráter jurídico-administrativo e técnico-científico
XII - folheto informativo: folheto que acompanha os relacionada com a eficácia, segurança e qualidade
produtos tradicionais fitoterápicos contendo destes produtos, para sua introdução no mercado e sua
informações de composição e uso do produto para comercialização ou consumo;
instruir o consumidor; XXVI - relação "droga vegetal : derivado vegetal":
XIII - fungos multicelulares: seres vivos eucarióticos expressão que define a relação entre uma quantidade de
multinucleados que não sintetizam clorofila, não droga vegetal e a respectiva quantidade de derivado
armazenam amido como substância de reserva e, em vegetal obtida. O valor é dado como um primeiro
sua maioria, não possuem celulose na parede celular; número, fixo ou na forma de um intervalo,
XIV - infusão: preparação, destinada a ser feita pelo correspondente à quantidade de droga utilizada, seguido
consumidor, que consiste em verter água potável de dois pontos (:) e, depois desses, o número
fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou correspondente à quantidade obtida de derivado
abafar o recipiente por um período de tempo vegetal;
determinado. Método indicado para partes de drogas XXVII - relatório de estudo de estabilidade: documento
vegetais de consistência menos rígida, tais como folhas, por meio do qual se apresentam os resultados do plano
flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias de estudo de estabilidade, incluindo as provas e
ativas voláteis ou ainda com boa solubilidade em água; critérios de aceitação, características do lote que foi
XV - insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV): submetido ao estudo, quantidade das amostras,
matéria-prima ativa vegetal, ou seja, droga ou derivado condições do estudo, métodos analíticos e material de
vegetal, utilizada no processo de fabricação de um acondicionamento;
fitoterápico; XXVIII - relatório técnico: documento apresentado pela
XVI - maceração com água: preparação, destinada a ser empresa, descrevendo os elementos que compõem e
feita pelo consumidor, que consiste no contato da droga caracterizam o produto, e que esclareça as suas
vegetal com água potável, a temperatura ambiente, por peculiaridades, finalidades, modo de usar, as indicações
tempo determinado, específico para cada droga vegetal. e contraindicações e outras informações que
Método indicado para drogas vegetais que possuam possibilitem à autoridade sanitária proferir decisão
substâncias que se degradem com o aquecimento; sobre o pedido de registro; e
XVII - marcador: substância ou classe de substâncias XXIX - uso tradicional: aquele alicerçado no longo
(ex.: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.) histórico de utilização no ser humano demonstrado em
utilizada como referência no controle da qualidade da documentação técnico-científica, sem evidências
matéria-prima vegetal e do fitoterápico, conhecidas ou informadas de risco à saúde do usuário.
preferencialmente tendo correlação com o efeito
terapêutico. O marcador pode ser do tipo ativo, quando CAPÍTULO II
relacionado com a atividade terapêutica do DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS
fitocomplexo, ou analítico, quando não demonstrada, FITOTERÁPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS
até o momento, sua relação com a atividade terapêutica FITOTERÁPICOS NACIONAIS
do fitocomplexo; Seção I
Das medidas antecedentes ao registro

432
Art. 4º O solicitante do registro deverá requerer à apresentados, os quais devem ser juntados à petição na
Farmacopeia Brasileira a inclusão dos constituintes do ordem disposta nesta Resolução.
fitoterápico na lista da Denominação Comum Brasileira § 3º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão
(DCB) caso esses ainda não estejam presentes nessa do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação.
lista. Seção III
Relatório técnico
Seção II Art. 8º O relatório técnico deve conter as seguintes
Documentação informações:
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados I - dados das matérias-primas vegetais, incluindo:
em via impressa numerada, com assinatura do a) nomenclatura botânica completa; e
responsável técnico nos Formulários de Petição (FP), b) parte da planta utilizada;
laudos, relatórios, declarações e na folha final do II - layout dos rótulos das embalagens primária e
processo. secundária;
§ 1º O solicitante do registro deverá adicionar à III - layout de bula para medicamento fitoterápico ou
documentação impressa CD-ROM ou DVD contendo folheto informativo para produto tradicional
arquivo eletrônico em formato pdf. fitoterápico;
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos IV - documentação referente a cada local de fabricação,
casos de submissão dos documentos em meio caso a empresa solicite o registro em mais de um local
eletrônico. de fabricação;
Art. 6º Toda documentação expedida por autoridades V - relatório do estudo de estabilidade;
sanitárias ou governamentais em idioma estrangeiro VI - relatório de produção;
usada para fins de registro deverá ser acompanhada de VII - relatório de controle da qualidade;
tradução juramentada. VIII - relatório de segurança e eficácia/efetividade,
Art. 7º A empresa deverá protocolar um processo para quando aplicável;
cada medicamentofitoterápico ou produto tradicional IX - descrição de sistema de farmacovigilância,
fitoterápico, apresentando os seguintes documentos: conforme RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os
preenchidos, carimbados e assinados; detentores de registro de medicamentos de uso humano,
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização ou suas atualizações; e
de Vigilância Sanitária - TFVS e respectiva Guia de X - laudo de controle da qualidade de um lote do
Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o fitoterápico para cada um dos fornecedores
caso; qualificados, sendo aceitos, no máximo, três
III - cópia da autorização de funcionamento, emitida fornecedores de IFAV por forma farmacêutica a ser
pela Anvisa para a empresa solicitante do registro do registrada.
medicamento; § 1º No caso de existência de mais de um fornecedor,
IV - cópia do Certificado de Boas Práticas de deverá ser apresentado laudo de controle da qualidade
Fabricação e Controle (CBPFC), válido, emitido pela de três lotes para o primeiro fornecedor e de um lote
Anvisa, para a linha de produção na qual o fitoterápico para cada um dos fornecedores adicionais.
será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de § 2º Para cada forma farmacêutica, os fornecedores
solicitação de inspeção para fins de emissão do devem apresentar especificações semelhantes quanto ao
certificado de BPFC; marcador, teor, tipo de solvente, extrato utilizado e
V - relatório técnico separado para cada forma relação droga : derivado vegetal a fim de garantir a
farmacêutica; e manutenção das especificações do produto acabado.
VI - cópia do Certificado de Responsabilidade Técnica
(CRT), atualizado, emitido pelo Conselho Regional de Seção IV
Farmácia. Relatório do estudo de estabilidade
§ 1º As empresas fabricantes de medicamentos Art. 9º A empresa solicitante do registro ou notificação
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos, deverá apresentar relatório do estudo de estabilidade
conforme RDC nº 17, de 16 de abril de 2010, que acelerado concluído acompanhado do estudo de
dispõe sobre as boas práticas de fabricação de estabilidade de longa duração em andamento de três
medicamentos, ou suas atualizações; enquanto as lotes-piloto, ou estudos de estabilidade de longa
empresas fabricantes de produtos tradicionais duração já concluídos, todos de acordo com a
fitoterápicos devem possuir CBPF para medicamentos Resolução - RE nº 1, de 29 de julho de 2005, que
ou CBPF para produtos tradicionais fitoterápicos, publicou o Guia para a realização de estudos de
conforme RDC nº 13, de 14 de março de 2013, que estabilidade, ou suas atualizações.
dispõe sobre as boas práticas de fabricação de produtos Parágrafo único. Decorrido o prazo de validade
tradicionais fitoterápicos, ou suas atualizações. declarado para o medicamento ou para o produto
§ 2º Logo após a folha de rosto do peticionamento, tradicional fitoterápico, a empresa deverá protocolar, na
deve ser inserido um índice dos documentos a serem forma de complementação de informações ao processo,
relatório do estudo de estabilidade de longa duração dos

433
três lotes de um fornecedor e um lote para cada Na hipótese de o método não ser estabelecido em
fornecedor adicional, apresentados no pedido de farmacopeia reconhecida pela Anvisa, deve-se
registro, de acordo com o cronograma previamente descrever detalhadamente todas as metodologias
apresentado, assim como a declaração do prazo de utilizadas no controle da qualidade.
validade e dos cuidados de conservação definitivos. Parágrafo único. Quando não forem utilizadas
Seção V referências farmacopeicas reconhecidas pela Anvisa,
Relatório de produção e controle da qualidade deve ser apresentada descrição detalhada de todas as
Art. 10. O relatório de produção deve conter as metodologias utilizadas no controle da qualidade e ser
seguintes informações: enviada cópia de toda a documentação técnico-
I - forma farmacêutica; científica utilizada para embasar o método analítico
II - descrição detalhada da fórmula conforme a aplicado, os métodos analíticos devem ser validados de
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em sua acordo com o Guia de validação de métodos
ausência, a Denominação Comum Internacional (DCI) analíticos e bioanalíticos, publicado pela Anvisa na RE
ou a denominação utilizada no Chemical Abstracts nº 899, de 29 de maio de 2003, ou suas atualizações.
Service (CAS), nessa ordem de prioridade; Art. 12. Quando terceirizados, os testes referentes ao
III - descrição da quantidade de cada componente controle da qualidade do fitoterápico deverão ser
expressa no Sistema Internacional de unidades (SI) por executados em laboratórios habilitados na Rede
unidade farmacotécnica, indicando sua função na Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde
fórmula; (REBLAS) ou por empresas fabricantes que tenham
IV - definição dos tamanhos mínimo e máximo dos CBPFC para fabricar medicamentos.
lotes industriais a serem produzidos; Parágrafo único. A terceirização do controle da
V - descrição de todas as etapas do processo de qualidade de produtos tradicionais fitoterápicos poderá
produção, por meio de fluxograma, contemplando os ser feita ainda com empresas que possuam CBPFC para
equipamentos utilizados e o detalhamento da fabricar produtos tradicionais fitoterápicos.
capacidade máxima individual; Subseção I
VI - metodologia do controle em processo; e Da droga vegetal
VII - descrição dos critérios de identificação do lote Art. 13. Deve ser apresentado laudo de análise da droga
industrial. vegetal, indicando o método utilizado, especificação e
Art. 11. O relatório de controle da qualidade deve resultados obtidos para um lote dos ensaios abaixo
apresentar as seguintes informações: descritos:
I - dados sobre o controle da Encefalopatia I - caracterização (cor);
Espongiforme Transmissível (EET), conforme RDC nº II - identificação macroscópica e microscópica;
305, de 14 de novembro de 2002, que proibiu, em todo III - descrição da droga vegetal em farmacopeias
o território nacional, enquanto persistirem as condições reconhecidas pela Anvisa, ou, em sua ausência, em
que configurem risco à saúde, o ingresso e a outra documentação técnico-científica, ou laudo de
comercialização de matéria-prima e produtos acabados, identificação emitido por profissional habilitado;
semielaborados ou a granel para uso em seres humanos, IV - grau de cominuição, quando se tratar de chás
cujo material de partida seja obtido a partir de medicinais ou drogas vegetais utilizadas como produto
tecidos/fluidos de animais ruminantes, relacionados às final ao consumidor;
classes de medicamentos, cosméticos e produtos para a V - testes de pureza e integridade, incluindo:
saúde, conforme discriminado, e RDC nº 68, de 28 de a) determinação de matérias estranhas;
março de 2003, que estabelece as condições para b) determinação de água;
importação, comercialização, exposição ao consumo c) determinação de cinzas totais;
dos produtos incluídos na RDC nº 305, de 14 de d) determinação de cinzas insolúveis em ácido
novembro de 2002, ou suas atualizações, quando clorídrico, a ser realizada quando
cabível; citada, em documentação técnico-científica, a
II - laudo de análise de todas as matérias-primas necessidade dessa avaliação;
utilizadas e do produto acabado, contendo o método e) determinação de metais pesados;
utilizado, especificação e resultados obtidos; f) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
III - referências farmacopeicas consultadas e g) determinação de radioatividade, quando aplicável;
reconhecidas pela Anvisa para o controle dos IFAV e h) determinação de contaminantes microbiológicos;
produto acabado, conforme RDC nº 37, de 6 de julho i) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando
de 2009, que trata da admissibilidade das farmacopeias citados, em documentação técnico-científica, a
estrangeiras, ou suas atualizações; necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação
IV - especificações do material de embalagem primária; da espécie por micotoxinas;VI - detalhes da
e coleta/colheita e das condições de cultivo, quando
V - controle dos excipientes utilizados na produção do cultivada;
medicamento fitoterápico ou do produto tradicional VII - métodos de estabilização, quando empregado,
fitoterápico por método estabelecido em farmacopeia secagem e conservação utilizados, com seus devidos
reconhecida. controles, quando aplicável;

434
VIII - método para eliminação de contaminantes, § 9º Para os casos em que for detectada a presença de
quando empregado, e a pesquisa de eventuais resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua
alterações; inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de
IX - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva 31 de agosto de 2016)
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela
Anvisa, com comparação que possa garantir a Art. 14. Quando a droga vegetal for adquirida de
identidade da droga vegetal; e fornecedores, o fabricante do fitoterápico deverá enviar
X - análise quantitativa do(s) marcador(es) ou controle laudo do fornecedor, contendo obrigatoriamente as
biológico. informações constantes no art. 8º, inciso I, e art. 13,
§ 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve incisos IV, VI, VII e VIII, e laudo de análise da droga
ser tecnicamente justificada. vegetal realizado pelo fabricante do fitoterápico,
§ 2º Os chás medicinais notificados estão isentos da contendo os demais requisitos do art. 13.
exigência descrita no inciso X deste artigo. § 1º Quando a droga vegetal for utilizada para obtenção
§ 3º Quando o fitoterápico acabado tiver como IFAV do derivado pelo fabricante do fitoterápico, e se o laudo
um derivado vegetal, o laudo de análise da droga do fornecedor da droga vegetal informar o método
vegetal que originou o derivado fica isento das utilizado, especificação e resultados referentes aos
exigências descritas no inciso V, alíneas ―e‖, ―f‖, ―g‖ e testes de pureza e integridade descritos no art. 13,
―i‖. inciso V desta Resolução, os mesmos testes não
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da precisam ser realizados pelo fabricante do fitoterápico,
publicação desta Resolução para que as empresas bastando apresentar os constantes no laudo do
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e fornecedor.
tricotecenos. Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de § 2º Quando a droga vegetal for utilizada diretamente
janeiro de 2018, para apresentação de avaliações de como o produto acabado, mesmo que o laudo do
resíduos de agrotóxicos e afins.‖ (NR) (Redação dada fornecedor da droga vegetal informe o método
pela RDC 93/16. Prazo suspenso pela Resolução – utilizado, especificação e resultados referentes a algum
RDC nº 196, de 22 de dezembro de 2017, para que as dos testes de pureza e integridade descritos no art. 13,
empresas apresentem as análises de ocratoxinas, inciso V desta Resolução, os mesmos testes precisam
fumonisinas, tricotecenos e resíduos de agrotóxicos em ser realizados pelo fabricante do fitoterápico, devendo
fitoterápicos) ser apresentados no laudo da droga vegetal.

§ 5º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser Subseção II


apresentada, por meio de petição específica, para os Do derivado vegetal
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles Art. 15. Quando a empresa fabricante do fitoterápico
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais utilizar derivados vegetais no seu processo de
oriundas da agricultura orgânica. (Incluído pela fabricação, deve ser apresentado laudo de análise do
Resolução – RDC nº 105, de 31 de agosto de 2016) derivado vegetal, indicando o método utilizado,
§ 6º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de especificação e resultados obtidos para um lote dos
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas ensaios abaixo descritos:
as petições de registro e pós-registro em que seja I - solventes e excipientes utilizados na extração do
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da derivado;
isenção prevista no parágrafo anterior. Prazo suspenso II - relação aproximada droga vegetal: derivado vegetal;
pela Resolução – RDC nº 196, de 22 de dezembro de III - testes de pureza e integridade, incluindo:
2017, para que as empresas apresentem as análises de a) determinação de metais pesados;
ocratoxinas, fumonisinas, tricotecenos e resíduos de b) determinação de resíduos de agrotóxicos e afins;
agrotóxicos em fitoterápicos) c) determinação de resíduos de solventes (para extratos
§ 7º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no que não sejam obtidos com etanol e/ou água);
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de d) determinação de contaminantes microbiológicos;
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise e) determinação de micotoxinas, a ser realizada quando
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme citados, em documentação técnico-científica, a
previsto em Farmacopeia oficial, além dos constantes necessidade dessa avaliação ou relatos da contaminação
da ―Lista de agrotóxicos selecionados para análise‖. da espécie por micotoxinas;
(Incluído pela Resolução – RDC nº 105/16) IV - método para eliminação de contaminantes, quando
§ 8º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá empregado, e a pesquisa de eventuais alterações;
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos V - caracterização físico-química do derivado vegetal,
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região incluindo:
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante a) para extratos fluidos: caracterização, resíduo seco,
ou fornecedor, nas mesmas situações previstas nos pH, teor alcoólico e densidade relativa;
parágrafos 5º e 6º . (Incluído pela Resolução – RDC nº b) para extratos secos: determinação de água,
105, de 31 de agosto de 2016) solubilidade e densidade aparente;

435
c) para óleos essenciais: determinação da densidade, Do produto acabado
índice de refração e rotação óptica; Art. 16. Deve ser apresentado laudo de análise do
d) para óleos fixos: determinação do índice de acidez, produto acabado, indicando o método utilizado,
de ésteres e de iodo; especificação e resultados obtidos para um lote dos
VI - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva ensaios abaixo descritos:
imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela I - perfil cromatográfico, acompanhado da respectiva
Anvisa, com comparação que possa garantir a imagem em arquivo eletrônico reconhecido pela
identidade do derivado vegetal; e Anvisa, com comparação que possa garantir a
VII - análise quantitativa dos marcadores ou controle identidade das matérias primas vegetais;
biológico. II - análise quantitativa dos marcadores específicos de
§ 1º Outros testes podem ser adicionados ou substituir cada espécie ou controle biológico; e
os descritos no inciso V de acordo com monografia III - resultados de todos os testes realizados no controle
farmacopeica reconhecida. da qualidade para um lote do fitoterápico, de acordo
§ 2º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve com a forma farmacêutica solicitada.
ser tecnicamente justificada. § 1º A opção por marcadores ativos ou analíticos deve
§ 3º Quando a empresa não for a produtora do derivado ser tecnicamente justificada.
vegetal, não é necessário constar em seu laudo os § 2º Para associações de espécies vegetais em que a
ensaios descritos nos incisos I, II e IV do art. 15, sendo determinação quantitativa de um marcador por espécie
necessário enviar laudo de fornecedor, contendo as não é possível, poderão ser apresentados os perfis
informações constantes do art. 8º, inciso I, e art. 15, cromatográficos que contemplem a presença de ao
incisos I, II e IV. menos um marcador específico para cada espécie na
§ 4º A Anvisa dará um prazo de dois anos a partir da associação, complementado pela determinação
publicação desta Resolução para que as empresas quantitativa do maior número possível de marcadores
apresentem as análises de ocratoxinas, fumonisinas e específicos para cada espécie.
tricotecenos. Fixa, ainda, como prazo final o dia 1º de § 3º Para associações de espécies vegetais em que a
janeiro de 2018, para apresentação de avaliações de identificação de marcadores não seja possível para
resíduos de agrotóxicos e afins.‖ (NR) (Redação dada alguma espécie no produto acabado, devem ser
pela RDC 93/16) apresentados:
§ 5º A empresa fabricante do fitoterápico deve a - a justificativa da impossibilidade técnica de
apresentar laudo da droga vegetal, emitido pelo identificação na associação de um marcador específico
fornecedor do derivado vegetal, com as informações de determinada espécie;
descritas no art. 14 desta Resolução. b - a documentação comprobatória de que os métodos
§ 6º A análise de resíduos de agrotóxicos deve ser analíticos normalmente aplicados em diferentes
apresentada, por meio de petição específica, para os comprimentos de onda para a identificação na
fitoterápicos registrados, ficando isentos aqueles associação foram investigados;
comprovadamente obtidos a partir de espécies vegetais c - a identificação dos marcadores nas espécies
oriundas da agricultura orgânica. vegetais, durante o controle em processo, quando a
§ 7º A partir de 1º de janeiro de 2018, a análise de identificação ainda for possível;
resíduos de agrotóxicos deve ser apresentada em todas d - a identificação realizada imediatamente antes da
as petições de registro e pós-registro em que seja introdução do IFAV no produto acabado;
solicitado laudo de controle de qualidade, à exceção da e - os estudos de desenvolvimento do produto e dos
isenção prevista no parágrafo anterior. lotes piloto, incluindo os perfis analíticos durante a
§ 8º Para plantas medicinais cultivadas ou coletadas no adição gradual dos IFAV; e
Brasil que não comprovarem o sistema orgânico de f - o controle do registro dos lotes (histórico dos lotes).
obtenção, deverá ser apresentado laudo da análise
qualitativa e quantitativa dos resíduos, conforme Seção VI
previsto em Farmacopeia oficial além dos constantes Relatório de segurança e eficácia/efetividade
da ―Lista de agrotóxicos selecionados para análise‖. Subseção I
§ 9º O laudo a que se refere o parágrafo 7° deverá Dos medicamentos fitoterápicos
apresentar, adicionalmente, a análise de outros resíduos Art. 17. A segurança e a eficácia dos medicamentos
de agrotóxicos com potencial de ocorrência na região fitoterápicos devem ser comprovadas por uma das
de cultivo ou coleta, a serem definidos pelo fabricante opções seguintes:
ou fornecedor, nas mesmas situações previstas nos I - ensaios não clínicos e clínicos de segurança e
parágrafos 6º e 7º. eficácia; ouII - registro simplificado, que deverá ser
§ 10 Para os casos em que for detectada a presença de comprovado por:
resíduos de agrotóxicos, deverá ser demonstrada sua a) presença na Lista de medicamentos fitoterápicos de
inocuidade. (Incluído pela Resolução – RDC nº 105, de registro simplificado, conforme Instrução Normativa-
31 de agosto de 2016) IN n° 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações;
ou
Subseção III

436
b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso § 5º Os ensaios clínicos previamente publicados em
bem estabelecido da Comunidade Europeia documentação técnico científica devem apresentar
(Community herbal monographs with well-established resultados positivos estatisticamente significativos para
use) elaboradas pelo Comitê de Produtos Medicinais a indicação terapêutica proposta.Art. 19. Quando a
Fitoterápicos (Committe on Herbal Medicinal Products comprovação da segurança e eficácia for efetuada por
- HMPC) da European Medicines Agency (EMA). meio da Lista de medicamentos fitoterápicos de registro
§ 1º Os medicamentos fitoterápicos que forem simplificado, conforme IN n° 2, de 13 de maio de 2014,
originados de matéria-prima vegetal listada no Anexo II ou suas atualizações, o solicitante deve seguir
desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as integralmente as especificações ali definidas.
especificações ali dispostas. Art. 20. Quando a comprovação da segurança e eficácia
§ 2º Quando a droga vegetal ou o derivado que se for efetuada por meio das monografias de fitoterápicos
pretende registrar constar tanto da Lista de de uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, o
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado solicitante deve seguir integralmente todas as
brasileira, quanto de monografias de fitoterápicos de informações constantes nessas monografias.
uso bem estabelecido da Comunidade Europeia, devem Art. 21. Para o registro de associações, todos os dados
ser seguidas as especificações da Lista de de segurança e eficácia deverão ser apresentados para a
medicamentos fitoterápicos de registro simplificado associação que se pretende registrar.
brasileira. Parágrafo único. As documentações técnico-científicas
Art. 18. Os ensaios não clínicos e clínicos de segurança podem ser apresentadas para as espécies vegetais em
e eficácia deverão seguir os parâmetros: separado de forma complementar aos dados de
I - quando não existirem ensaios não clínicos que segurança e eficácia.
comprovem a segurança, esses deverão ser realizados
seguindo, como parâmetro mínimo, a última versão Subseção II
publicada pela Anvisa do Guia para a condução de Dos produtos tradicionais fitoterápicos
estudos não clínicos de toxicologia e segurança Art. 22. A segurança e a efetividade dos produtos
farmacológica necessários ao desenvolvimento de tradicionais fitoterápicos devem ser comprovadas por
medicamentos, no que for aplicável a medicamentos uma das opções seguintes:
fitoterápicos; e I - comprovação de uso seguro e efetivo para um
II - quando não existirem ensaios clínicos que período mínimo de 30 anos; ou II - registro
comprovem a segurança e eficácia, esses deverão ser simplificado, que deverá ser comprovado por:
realizados seguindo as Boas Práticas Clínicas (BPC), a a) presença na Lista de produtos tradicionais
norma vigente para realização de pesquisa clínica, a fitoterápicos de registro simplificado, conforme IN n°
RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, que aprova o 2, de 13 de maio de 2014, ou suas atualizações; ou
regulamento para a realização de pesquisa clínica, o b) presença nas monografias de fitoterápicos de uso
guia de ―Instruções operacionais: tradicional da Comunidade Europeia (Community
Informações necessárias para a condução de ensaios herbal monographs with traditional use) elaboradas
clínicos com fitoterápicos‖, publicado pela OMS/MS, pelo HMPC do EMA.
em 2008, e as determinações do Conselho Nacional de § 1º Não podem constar na composição dos produtos
Saúde (CNS), estabelecidas por meio da Resolução nº tradicionais fitoterápicos as espécies descritas no
446, de 11 de agosto de 2011, e da Resolução nº 251, Anexo I desta Resolução.
de 7 de agosto de 1997, ou suas atualizações. § 2º Os produtos tradicionais fitoterápicos que forem
§ 1º Quando existirem em documentação técnico- originados de matéria-prima vegetal listada no Anexo II
científica ensaios não clínicos e clínicos publicados, desta Resolução devem obrigatoriamente cumprir as
esses devem ser apresentados à Anvisa para avaliação especificações ali dispostas.
individual quanto à qualidade e à representatividade do § 3º Quando a droga vegetal ou o derivado que se
estudo. Sendo válidos, não precisam ser realizados pretende registrar constar tanto da Lista de produtos
novos estudos pelo solicitante do registro, devendo ser tradicionais fitoterápicos de registro simplificado
apresentada à Anvisa a cópia de toda a documentação brasileira, quanto de monografias de fitoterápicos de
técnico-científica a eles correspondente. uso tradicional da Comunidade Europeia, devem ser
§ 2º Os ensaios apresentados devem ter sido realizados seguidas as especificações da Lista de produtos
com a mesma droga vegetal (quando essa for o produto tradicionais fitoterápicos de registro simplificado
acabado) ou derivado vegetal, indicação terapêutica e brasileira.
posologia que se pretende registrar. § 4º O tempo de uso tradicional deverá ser comprovado
§ 3º Todos os estudos clínicos conduzidos em território para o IFAV na formulação, podendo haver alterações
nacional devem ser submetidos à anuência prévia da de excipientes, desde que se comprove que essas
Anvisa, segundo a RDC nº 39, de 5 de junho de 2008, alterações não promoveram mudanças significativas no
ou suas atualizações. perfil cromatográfico do produto.
§ 4º A aprovação prévia dos estudos conduzidos em Art. 23. O uso tradicional deverá ser comprovado por
território nacional é obrigatória para a utilização dos meio de documentações técnico-científicas, que serão
resultados desses estudos para fins de registro. avaliadas conforme os seguintes critérios:

437
I - o produto seja concebido para ser utilizado sem a separado e a justificativa da racionalidade da
vigilância de um médico para fins de diagnóstico, de associação.
prescrição ou de monitorização;
II - alegação que não envolva via de administração CAPÍTULO III
injetável e oftálmica;III - alegação que não se refira a DO REGISTRO DE MEDICAMENTOS
parâmetros clínicos e ações amplas; FITOTERÁPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS
IV - coerência das informações de uso propostas com as FITOTERÁPICOS IMPORTADOS
relatadas nas documentações técnico-científicas; Art. 30. Os fabricantes ou seus representantes que
V - ausência de IFAV de risco tóxico conhecido ou pretenderem comercializar fitoterápicos produzidos em
grupos ou substâncias químicas tóxicas em território estrangeiro, além de cumprir os requisitos
concentração superior aos limites comprovadamente desta Resolução referentes à fabricação nacional, terão
seguros; e que apresentar:
VI - comprovação de continuidade de uso seguro por I - autorização da empresa fabricante para o registro,
período igual ou superior a 30 (trinta) anos para as representação comercial e uso da marca no Brasil,
alegações de uso propostas. quando aplicável;
Art. 24. A alegação de uso do produto tradicional II - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa para a
fitoterápico deverá ser comprovada por meio das empresa fabricante, atualizado, por linha de produção;
documentações técnico-científicas listadas no Anexo III III - cópia do CBPFC emitido pela Anvisa ou do
desta Resolução, ou suas atualizações, e em pelo menos protocolo do pedido de inspeção para esse fim, para a
três delas deverão constar as seguintes informações: linha de produção da empresa requerente do registro,
I - nomenclatura botânica e parte da planta utilizada; quando se tratar de importação de produto a granel ou
II - droga ou derivado vegetal utilizado; e em sua embalagem primária;
III - alegações de uso e via de administração. IV - laudo de análise com metodologia, especificação e
Parágrafo único. A referência não pode citar outra resultados de controle da qualidade que o importador
referência utilizada na comprovação como fonte realizará, de acordo com a forma farmacêutica e
primária. apresentação, com o produto acabado, a granel ou na
Art. 25. As seguintes informações devem ser embalagem primária; e
apresentadas para a droga ou derivado vegetal que se V - comprovação do registro do produto, emitida pelo
pretende registrar: órgão responsável pela vigilância sanitária do país de
I - modo de preparo; e origem.
II - concentração da droga vegetal ou relação § 1º Na impossibilidade de apresentação do documento
droga:derivado, quando se tratar de derivado. solicitado no inciso V, deverá ser apresentada
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo comprovação de registro em vigor, emitida pela
devem ser referenciadas em pelo menos uma autoridade sanitária do país em que seja comercializado
documentação técnico-científica listada no Anexo III, ou autoridade sanitária internacional e aprovado em ato
ou suas atualizações, desta Resolução. próprio da Anvisa.
Art. 26. A posologia a ser pleiteada para o produto § 2º No caso de a Anvisa ainda não ter realizado
tradicional fitoterápico deve ser baseada em extensa inspeção na empresa fabricante, será aceito
revisão nas documentações técnico-científicas dispostas comprovante do pedido de inspeção sanitária à Anvisa,
no Anexo III desta Resolução, ou suas atualizações, acompanhado de cópia do CBPFC, por linha de
devendo ser selecionada a informação mais frequente produção, emitido pelo órgão responsável pela
dentre as referências encontradas. vigilância sanitária do país fabricante.
Parágrafo único. As documentações técnico-científicas § 3º A Anvisa poderá efetuar a inspeção da empresa
utilizadas devem obrigatoriamente relatar a fabricante no país ou bloco de origem.
nomenclatura botânica e não apenas o nome popular da Art. 31. Deve ser enviada à Anvisa cópia dos resultados
espécie vegetal. e da avaliação do teste de estabilidade na embalagem
Art. 27. Quando a comprovação da segurança e primária de comercialização seguindo o "Guia para a
efetividade for efetuada por registro simplificado pela realização de estudos de estabilidade‖ publicado pela
presença na Lista de produtos tradicionais fitoterápicos Anvisa na RE nº 1, de 29 de julho de 2005, ou suas
de registro simplificado, conforme IN 2, de 13 de maio atualizações.
de 2014, ou suas atualizações, o solicitante deve seguir Art. 32. O prazo de validade do produto importado a
integralmente as especificações ali definidas. granel deve ser contado a partir da data de fabricação
Art. 28. Quando a comprovação da segurança e do produto no exterior e não da data de embalagem no
efetividade for efetuada por meio do registro Brasil, respeitando o prazo de validade registrado na
simplificado, utilizando-se as monografias de uso Anvisa.
tradicional do EMA, deverão ser seguidas todas as Art. 33. Todo o material relativo ao produto, tais como
informações constantes nessas monografias. os relatórios de produção e controle da qualidade e as
Art. 29. Não existindo documentação técnico-científica informações contidas em rótulos, bulas, folhetos e
para um produto tradicional fitoterápico em associação, embalagens devem estar em idioma português.
devem ser apresentados dados das espécies em

438
Art. 34. Havendo necessidade de importar amostras, pela Anvisa no momento do registro ou em petições de
deve-se solicitar à Anvisa a devida autorização prévia alterações pós-registro, sujeitando-se os infratores às
para a importação. medidas sanitárias cabíveis.
Art. 37. Para a renovação do registro de produtos
CAPÍTULO IV importados deverão ser apresentados, além do disposto
DA RENOVAÇÃO DO REGISTRO no art. 35, laudos analíticos do controle da qualidade de
Art. 35. Todas as empresas, com antecedência máxima três lotes importados nos últimos três anos, de acordo
de doze meses e mínima de seis meses da data de com a forma farmacêutica, realizados pelo importador
vencimento do registro já concedido, deverão no Brasil.
apresentar à Anvisa os seguintes documentos para
efeito de renovação:
I - FP devidamente preenchido;
II - via original do comprovante de recolhimento da CAPÍTULO V
taxa de fiscalização de vigilância sanitária ou de DA NOTIFICAÇÃO DE PRODUTOS
isenção, quando for o caso; TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS
III - cópia do Certificado de Boas Práticas de Art. 38. Somente será permitida a notificação como
Fabricação e Controle (CBPFC) válido, emitido pela produto tradicional fitoterápico daqueles IFAV que se
Anvisa para a linha de produção na qual o fitoterápico encontram listados na última edição do Formulário de
será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira (FFFB) e que
solicitação de inspeção para fins de emissão do possuam monografia específica de controle da
certificado de BPFC; qualidade publicada em farmacopeia reconhecida pela
IV - Relatórios Periódicos de Farmacovigilância (RPF) Anvisa, de acordo com os seguintes critérios:
para o medicamento ou produto tradicional fitoterápico I - deve ser realizada uma notificação individual por
com fichas de notificação de eventos adversos produto, conforme esta Resolução, por meio do sítio
preenchidas, caso esses tenham sido relatados, eletrônico da Anvisa;
conforme RDC nº 4, de 10 de fevereiro de 2009, que II - A empresa deverá proceder com nova notificação
Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os sempre que houver inclusões ou alterações em
detentores de registro de medicamentos de uso humano, quaisquer informações prestadas por meio da
ou suas atualizações; notificação eletrônica.; e (Redação dada pela RDC
V - resultados dos estudos de estabilidade de 106/16)
acompanhamento; III - para a notificação será considerada a concentração,
VI - listagem que contemple todas as alterações e a droga ou o derivado vegetal e a alegação de uso
inclusões pós-registro ocorridas durante o último específica descrita no FFFB, podendo haver alterações
período de validade do registro do medicamento ou nos excipientes desde que justificadas.
produto, acompanhada de cópia do Diário Oficial da § 1º Quando o produto tradicional fitoterápico a ser
União (DOU) ou, na ausência, cópia do(s) protocolo(s) notificado for um chá medicinal, fica esse produto
da(s) petição(ões) correspondente(s); e isento da apresentação de testes de estabilidade, desde
VII - cópia das notas fiscais comprovando a que o prazo de validade estabelecido para o produto
comercialização do fitoterápico e a relação de seja de até 1 (um) ano.
estabelecimentos compradores, em um máximo de três § 2º Pode ser aceito um prazo de validade maior para
notas fiscais emitidas no País, por forma farmacêutica e um chá medicinal, desde que o fabricante apresente
concentração. estudos de estabilidade, conforme definido no art. 9º
§ 1º Poderá ser apresentada uma declaração referente às desta Resolução, que garantam a manutenção das
apresentações comerciais não comercializadas para as características do produto no período proposto,
quais a empresa tenha interesse em manter o registro, conforme o Guia para realização de estudos de
desde que pelo menos uma apresentação daquela forma estabilidade, publicado pela Anvisa na RE nº 1, de 29
farmacêutica tenha sido comercializada. de julho de 2005, ou suas atualizações.
§ 2º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão § 3º No momento da notificação, o solicitante deve
do pedido de renovação de registro, mas impedirá sua apresentar o método utilizado, especificação e
aprovação. resultados obtidos dos testes dispostos nos artigos 13,
§ 3º Nos casos dispostos nesta Resolução em que for 14, 15 e 16 dessa Resolução, devendo esses dados estar
solicitada a apresentação de Relatório de disponíveis para fins de inspeção ou de auditoria.
Farmacovigilância, ou Plano de Minimização de Risco, § 4º No momento da notificação, o solicitante deve
a documentação deverá ser protocolada por meio de apresentar os estudos de estabilidade dispostos no art.
expediente direcionado à área da Anvisa responsável 9º desta Resolução.
pela farmacovigilância de medicamentos. § 5º A relação de produtos tradicionais fitoterápicos
Art. 36. As alterações na bula, no folheto informativo e notificados e de fabricantes cadastrados será
nas rotulagens devem ser solicitadas por notificação disponibilizada para consulta no sítio eletrônico da
específica, não podendo ser inseridas em bula, folheto Anvisa imediatamente após a realização da notificação.
informativo e rotulagens informações não aprovadas

439
Art. 38-A. Os produtos tradicionais fitoterápicos isentos ou suas atualizações; e os dos produtos tradicionais
de registros e regularizados mediante notificação ficam fitoterápicos devem seguir o disposto no Capítulo VIII
sujeitos ao pagamento da Taxa de Fiscalização de desta Resolução.
Vigilância Sanitária instituída pela Lei nº 9.782, de 26
de janeiro de 1999.‖ (Redação dada pela RDC 106/16) CAPÍTULO VIII
Art. 39. Quando se tratar de um chá medicinal, deixa de DA EMBALAGEM E DO FOLHETO
ser obrigatória a exigência constante no inciso II do art. INFORMATIVO DE PRODUTOS TRADICIONAIS
16, exceto nos casos em que for solicitado um prazo de FITOTERÁPICOS
validade superior a 1 (um) ano. Art. 48. Deve ser utilizada fonte Times New Roman,
Art. 40. O fabricante deve adotar, integral e com tamanho mínimo de 10 pt (dez pontos) e
exclusivamente, os modelos de embalagem e folheto espaçamento simples entre as letras no folheto
informativo dispostos no Capítulo VIII e Anexo IV informativo.
desta Resolução. Art. 49. As letras utilizadas nas embalagens dos
Art. 41. O fabricante deve adotar, integral e produtos tradicionais fitoterápicos devem ser de fácil
exclusivamente, as informações padronizadas na última leitura.
edição do FFFB. Art. 50. Não poderão constar nas embalagens e folheto
Art. 42. As informações apresentadas na notificação são informativo de produtos tradicionais fitoterápicos,
de responsabilidade do fabricante e objeto de controle designações, nomes geográficos, símbolos, figuras,
sanitário pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. desenhos ou quaisquer indicações que possibilitem
Art. 43. O fabricante deve realizar todos os testes interpretação falsa, erro e confusão quanto à origem,
descritos na monografia farmacopeica específica procedência, natureza, forma de uso, finalidade de uso,
reconhecida. composição ou qualidade, que atribuam ao produto
Art. 44. Apenas as empresas fabricantes que possuam finalidades diferentes daquelas propostas no registro ou
Certificado de Boas Práticas de Fabricação e Controle notificação.
(CBPFC) para medicamentos ou produtos tradicionais § 1° É proibido:
fitoterápicos podem notificar e fabricar os produtos I - incluir imagens de pessoas fazendo uso do produto
abrangidos por esta Resolução. tradicional fitoterápico;
II - incluir selos, marcas nominativas, figurativas ou
CAPÍTULO VI mistas de instituições governamentais, entidades
DA RENOVAÇÃO DA NOTIFICAÇÃO filantrópicas, fundações, associações e sociedades
Art. 45. A renovação da notificação será feita no sítio médicas, organizações não governamentais, associações
eletrônico da Anvisa com antecedência máxima de doze que representem os interesses dos consumidores ou dos
meses e mínima de seis meses da data de vencimento profissionais de saúde e selos de certificação de
da notificação já concedida. qualidade, exceto se exigidos em normas específicas;
Parágrafo único. No momento da renovação de que III - incluir imagens ou figuras que remetam à
trata o caput, deverão ser apresentados: indicação do sabor do produto tradicional fitoterápico;
I - os testes de controle da qualidade exigidos nos IV - usar expressões ou imagens que possam sugerir
artigos 13, 15 e 16 desta norma realizados com o último que a saúde de uma pessoa poderá ser afetada por não
lote fabricado; e usar o produto tradicional fitoterápico;
II - o último estudo de estabilidade de acompanhamento V - usar expressões ou imagens que possam sugerir que
concluído, o qual não precisará ser apresentado apenas o produto possua um efeito potencialmente mais
quando se tratar do estabelecido no § 1º do art. 38. intenso que a de um outro medicamento fitoterápico ou
de um produto tradicional fitoterápico registrado ou
CAPÍTULO VII notificado;
DAS EMBALAGENS, BULA E DO FOLHETO VI - utilizar rótulos com layout semelhante ao de um
INFORMATIVO medicamento fitoterápico ou de um produto tradicional
Art. 46. Os medicamentos fitoterápicos devem fitoterápico registrado ou notificado anteriormente por
obrigatoriamente ser acompanhados de bula, conforme outra empresa;
RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009, que ―Estabelece VII - utilizar rótulos com layout semelhante para
regras para elaboração, harmonização, atualização, medicamento fitoterápico e produto tradicional
publicação e disponibilização de bulas de fitoterápico registrado ou notificado pela mesma
medicamentos para pacientes e profissionais de saúde‖, empresa;
ou suas atualizações; e os produtos tradicionais VIII - utilizar rótulos com o termo medicamento ou
fitoterápicos devem ser acompanhados de folheto algum outro que tenha sinonímia com esse; e
informativo, conforme o Capítulo VIII e Anexo IV IX - utilizar o termo produto natural ou congêneres que
desta Resolução. transmitam a ideia de que o produto é inócuo.
Art. 47. Os layouts dos rótulos das embalagens primária § 2° É permitido:
e secundária de medicamentos fitoterápicos devem I - utilizar figuras anatômicas a fim de orientar o
seguir a RDC nº 71, de 22 de dezembro de 2009, que consumidor sobre a correta utilização do produto; e
Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos, II - informar o sabor do produto tradicional fitoterápico.

440
Art. 51. No caso de serem incluídas na embalagem do b) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como
produto tradicional fitoterápico as logomarcas das IFAV uma droga vegetal que será utilizada em forma
empresas titulares do registro ou notificação, farmacêutica, a concentração de cada princípio ativo
fabricantes e responsáveis pela embalagem, elas devem deve ser expressa pela quantidade de cada droga
ter dimensão máxima de 50% (cinquenta por cento) do vegetal, em peso, da droga utilizada e a
tamanho do nome comercial e não prejudicar a correspondência em marcadores; ou
presença das informações obrigatórias. c) quando o produto tradicional fitoterápico for
Seção I constituído de droga vegetal que será utilizada como
Da embalagem chá medicinal, a concentração de cada droga vegetal
Art. 52. As embalagens devem garantir a proteção do será dada pela quantidade expressa como dose
produto contra contaminações e efeitos da luz e individual da droga vegetal;
umidade e apresentar lacre ou selo de segurança que IV - a via de administração;
garanta a inviolabilidade do produto. V - a quantidade total de peso líquido, volume e
Art. 53. Os produtos tradicionais fitoterápicos deverão unidades farmacotécnicas, conforme o caso;
possuir embalagens primária e secundária. VI - a quantidade total de acessórios dosadores que
Parágrafo único. Na hipótese de a empresa fazer constar acompanham as apresentações,
em uma embalagem única todas as informações quando aplicável;
previstas nas Subseções I e II desta Seção, de forma VII - a forma farmacêutica;VIII - a restrição de uso por
legível, o produto tradicional fitoterápico poderá ter faixa etária, na face principal, incluindo a frase, em
apenas a embalagem primária.Art. 54. Nos chás caixa alta, "USO ADULTO", "USO ADULTO E
medicinais, recomenda-se que a embalagem contenha PEDIÁTRICO ACIMA DE___", "USO PEDIÁTRICO
doses individualizadas ou um medidor apropriado à ACIMA DE ____", indicando a idade mínima, em
dose a ser utilizada. meses ou anos, para qual foi aprovada no registro ou
Art. 55. As embalagens devem conter mecanismos de notificação o uso do produto tradicional fitoterápico, ou
identificação e segurança que possibilitem o "USO ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto
rastreamento do produto desde a fabricação até o tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade,
momento da dispensação. conforme aprovado no registro ou notificação;
Art. 56. É facultativo incluir nas embalagens IX - a frase: ―Produto registrado com base no uso
secundárias ou, na sua ausência, nas embalagens tradicional, não sendo recomendado seu uso por
primárias, a tinta reativa e sob a mesma a palavra período prolongado.‖;
"Qualidade" e a logomarca da empresa titular do X - a frase: "Utilizado como", complementado pela
registro, caso elas contenham mecanismos de respectiva alegação de uso, conforme aprovado no
identificação e segurança que possibilitem o registro ou notificação;
rastreamento do produto desde a fabricação até o XI - a frase: "Se os sintomas persistirem, procure
momento da dispensação. orientação de um profissional de saúde.";
§ 1° Os medicamentos fitoterápicos sem exigência de XII - as contraindicações do produto;
prescrição médica e os produtos tradicionais XIII - os cuidados de conservação, indicando a faixa de
fitoterápicos devem colocar a tinta reativa na altura do temperatura e condições de armazenamento, conforme
local que corresponde à faixa de restrição de uso. estudo de estabilidade do produto tradicional
§ 2° Qualquer outro local da face externa da fitoterápico;
embalagem pode ser utilizado, desde que seja XIV - nome e endereço completo da empresa titular do
justificado tecnicamente, não afete as demais registro ou da notificação no Brasil;
exigências legais e seja colocada uma indicação ao XV - o nome e endereço da empresa fabricante, quando
consumidor do local onde se deve raspar. ela diferir da empresa titular do registro ou da
notificação, citando a cidade e o estado, precedidos pela
Subseção I frase ―Fabricado por:‖ e inserindo a frase ‖Registrado
Das informações para embalagem secundária por:‖ antes dos dados da empresa titular do registro ou
Art. 57. Nos rótulos das embalagens secundárias dos ―Notificado por:‖ antes dos dados da empresa titular da
produtos tradicionais fitoterápicos, devem ser inseridas notificação;
exclusivamente as seguintes informações: XVI - o nome e endereço da empresa fabricante,
I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico; quando o produto tradicional fitoterápico for
II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura importado, citando a cidade e o país precedidos pela
botânica; frase ―Fabricado por:‖ e
III - concentração do IFAV, conforme o caso: inserindo a frase ―Importado por:‖ antes dos dados da
a) quando o produto tradicional fitoterápico tiver como empresa titular do registro ou da notificação;
IFAV um derivado vegetal, a concentração de cada XVII - o nome e endereço da empresa responsável pela
princípio ativo deve ser expressa pela quantidade de embalagem do produto tradicional fitoterápico, quando
cada derivado vegetal, em peso ou volume, a ela diferir da empresa titular do registro ou da
correspondência em marcadores e a descrição do notificação ou fabricante, citando a cidade e o estado
derivado; ou, se estrangeira, a cidade e o país, precedidos pela

441
frase ―Embalado por:‖ e inserindo a frase ―Registrado II - nomenclatura popular, seguida da nomenclatura
por:‖ ou ―Notificado por:‖, conforme o caso, ou botânica;
―Importado por:‖, conforme o caso, antes dos dados da III - concentração do IFAV, conforme o inciso III do
empresa titular do registro ou da notificação; art. 57;
XVIII - número do Cadastro Nacional de Pessoa IV - a via de administração;
Jurídica (CNPJ) da empresa titular do registro ou da V - o nome do titular do registro ou sua logomarca,
notificação; desde que essa contenha o nome da empresa;
XIX - a expressão "Indústria Brasileira", quando VI - o telefone do Serviço de Atendimento ao
aplicável; Consumidor (SAC) da empresa titular do registro ou da
XX - nome do responsável técnico e respectivo número notificação;
de Conselho Regional de Farmácia (CRF); VII – número do lote; e
XXI - o telefone do Serviço de Atendimento ao VIII – prazo de validade.
Consumidor (SAC) da empresa titular do registro ou da § 1º É permitido incluir o nome ou as logomarcas das
notificação; empresas responsáveis pela fabricação e embalagem
XXII - número do lote; dos medicamentos, desde que essa contenha o nome da
XXIII - data de fabricação; empresa e seja informada a etapa da cadeia de sua
XXIV - prazo de validade;XXV - código de barras; responsabilidade, incluindo as frases: "Fabricado por:",
XXVI - o nome comercial do medicamento ou, na sua "Embalado por:", e que não se prejudique a legibilidade
falta, a denominação genérica de cada princípio ativo das informações exigidas para a embalagem primária.
pela Denominação Comum Brasileira (DCB) em § 2º É permitido incluir as demais informações
sistema Braille; e previstas para a embalagem secundária na embalagem
XXVII - a frase em caixa alta e negrito: PRODUTO primária, desde que sejam inseridas integralmente e não
TRADICIONAL FITOTERÁPICO. prejudiquem a legibilidade das informações
§ 1º Poderá ser adicionada uma imagem da parte das obrigatórias.
espécies vegetais utilizadas no produto tradicional § 3º É facultativo incluir a data de fabricação do
fitoterápico. produto tradicional fitoterápico.
§ 2º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico
registrado, deve ser inserida a sigla "MS" adicionada ao Seção II
número de registro no Ministério da Saúde, conforme Do folheto informativo
publicado em Diário Oficial da União (DOU), sendo Art. 60. Quanto à forma, o folheto informativo do
necessários os treze dígitos. produto tradicional fitoterápico deve, além do disposto
§ 3º Quando se tratar de produto tradicional fitoterápico no art. 48:
notificado, deve ser inserida a frase: "PRODUTO I - apresentar colunas de texto com, no mínimo, 50 mm
NOTIFICADO NA ANVISA nos termos da RDC nº (cinquenta milímetros) de largura e ter o texto alinhado
XX/XXXX", completando com o número desta à esquerda ou justificado, hifenizado ou não;
Resolução, sucedido pelo ano de sua publicação. II - quando houver necessidade, o limite de redução do
§ 4º Para os chás medicinais para os quais não seja espaçamento entre letras será de -10% (menos dez por
necessária a realização dos estudos de estabilidade, os cento);
cuidados de conservação a serem informados devem III - utilizar caixa alta e negrito para destacar os itens
ser: conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C) padrões do folheto informativo, descritos nos incisos I,
e proteger da luz e umidade. II e III, bem como para as perguntas padrão dispostas
Art. 58. Nos rótulos das embalagens secundárias dos no Anexo IV;
produtos tradicionais fitoterápicos devem ser inseridas IV - possuir texto itálico apenas para nomes científicos;
as seguintes frases de advertência: e
I - "MANTER FORA DO ALCANCE DAS V - ser impresso na cor preta em papel branco de forma
CRIANÇAS", em caixa alta; e que, quando o folheto informativo estiver sobre uma
II - "Informações ao paciente, posologia, modo de usar superfície, a visualização da impressão na outra face
e efeitos indesejáveis: vide folheto informativo". não interfira na leitura.
Parágrafo único. No caso de contraindicação, precaução § 1° Para a impressão de folheto informativo em
ou advertência para o uso de princípios ativos, classe formato especial, com fonte ampliada, deve ser
terapêutica e excipientes, deve-se incluir, em negrito, as utilizada a fonte Verdana com tamanho mínimo de 24
frases de advertências previstas na RDC nº 137, de 20 pt (vinte e quatro pontos), com o texto corrido, não
de maio de 2003, ou suas atualizações. devendo apresentar colunas.
Subseção II § 2° Para a impressão de folheto informativo em
Das informações para embalagem primária formato especial, em Braille, o arranjo dos pontos e o
Art. 59. Os rótulos das embalagens primárias de espaçamento entre as celas Braille devem atender às
produto tradicional fitoterápico devem conter as diretrizes da Comissão Brasileira de Braille (CBB) e
seguintes informações: das Normas Brasileiras de Acessibilidade editadas pela
I - nome comercial do produto tradicional fitoterápico; Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

442
Art. 61. Quanto ao conteúdo, o folheto informativo protocolo das adequações necessárias, contados a partir
deve conter integral e exclusivamente as informações da data de publicação desta Resolução.
padronizadas no Anexo IV, seguindo a ordem Art. 68. A Anvisa poderá realizar auditorias e solicitar
estabelecida no Anexo. análise fiscal para monitoramento da qualidade e da
Art. 62. Nenhuma informação além das dispostas nesta conformidade do medicamento fitoterápico e do
Resolução pode estar presente no folheto informativo. produto tradicional fitoterápico com as informações
apresentadas no registro/renovação/notificação.
CAPÍTULO IX Art. 69. O disposto na presente Resolução não
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS prejudica a aplicação de disposições mais estritas a que
Art. 63. Os produtos que, até a vigência da presente estejam sujeitas as substâncias entorpecentes,
norma, eram classificados como medicamentos psicotrópicas e precursores ou qualquer outro produto
fitoterápicos, que não possuam comprovação de submetido a controle especial, conforme o disposto na
segurança e eficácia por meio de estudos não clínicos e RDC nº 39, de 9 de julho de 2012, que ―Dispõe sobre a
clínicos, e que passarem a se enquadrar na categoria de atualização do Anexo I, Listas de substâncias
produtos tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob
desta Resolução, deverão ser reclassificados como controle especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de
produtos tradicionais fitoterápicos no momento da maio de 1998 e dá outras providências‖, ou suas
primeira renovação após a publicação desta Resolução. atualizações.
Parágrafo único. A adequação prevista no caput deste Art. 70. No momento da primeira renovação após a
artigo será obrigatória, devendo a empresa, para tanto, publicação desta Resolução, será aceita a adequação de
adequar a embalagem e o folheto informativo conforme formulações com supressão de espécies vegetais ativas,
disposto nesta Resolução, e disponibilizá-los no desde que comprovadas a segurança,
período máximo de seis meses após a aprovação da eficácia/efetividade e qualidade para a nova
adequação, não sendo exigidas informações adicionais formulação, nos termos desta Resolução.Art. 71. Se um
de segurança e eficácia/efetividade. produto for registrado por registro simplificado com
Art. 64. Os medicamentos fitoterápicos registrados que base na Lista de registro simplificado brasileira ou nas
não possuam comprovação de segurança e eficácia por monografias de uso bem estabelecido ou de uso
meio de estudos não clínicos e clínicos e que não tradicional do EMA e a espécie vegetal tida como ativo
passarem a se enquadrar na categoria de produtos deixar de constar na lista de registro simplificado
tradicionais fitoterápicos, nos termos do art. 2º desta brasileira ou a monografia do EMA vier a ser revogada,
Resolução, deverão apresentar os estudos não clínicos e o detentor do registro terá três meses, a partir da
clínicos até o momento da segunda renovação a partir revogação, para apresentar dados adicionais de
da data de publicação desta Resolução para que possam segurança e eficácia/efetividade, conforme determina
permanecer na categoria de medicamentos esta Resolução, e manter o registro.
fitoterápicos, sob pena de terem seus registros Parágrafo único. As modificações implementadas
cancelados. conforme adequação prevista no caput devem estar
Art. 65. Em relação aos produtos que até a vigência da disponíveis ao consumidor no período máximo de seis
presente norma eram enquadrados como medicamentos meses após a sua aprovação pela Anvisa.
fitoterápicos e que a partir da publicação desta Art. 72. Quando da atualização das listas de registro
Resolução se enquadrem na categoria de produtos simplificado de medicamentos fitoterápicos e produtos
tradicionais fitoterápicos e forem passíveis de tradicionais fitoterápicos, empresas que possuam
notificação, nos termos do art. 38º, deve-se solicitar o fitoterápicos registrados contendo espécies que
cancelamento do registro do medicamento no prazo sofreram modificações que impliquem necessidade de
legal estabelecido, com antecedência mínima de 180 novo desenvolvimento de produto e/ou nova
dias, e posteriormente proceder à notificação do metodologia analítica e/ou nova validação e/ou novo
produto até o momento da primeira estudo de estabilidade terão um prazo de até três anos
renovação de registro após a publicação desta para adequação, prazo esse contado a partir da data de
Resolução. publicação da alteração dessas listas, nas seguintes
Parágrafo único. Caso todas as informações condições:
apresentadas na notificação estejam corretas, a Anvisa I – para as petições já protocoladas na Anvisa ou que
procederá ao cancelamento do registro venham a ser protocoladas em até um ano da
concomitantemente à liberação da notificação do publicação das listas de registro simplificado;
produto. II – para produtos já registrados que venham a ter
Art. 66. Os produtos que se encontrarem regularmente renovações a ser peticionadas em até três anos de
notificados no momento da publicação desta Resolução publicação das listas de registro simplificado, nos
deverão se ajustar ao estabelecido nesta Resolução até o termos do Parágrafo 2º do art. 8º do Decreto nº
momento da sua primeira renovação. 8.077/2013;
Art. 67. Para as petições que já estejam protocoladas na § 1º - As demais petições não citadas nos Incisos I e II
Anvisa, será concedido o prazo de 6 (seis) meses para devem ser protocoladas adequadas ao disposto nas
listas de registro simplificado de medicamentos

443
fitoterápicos e produtos tradicionais fitoterápicos Calotropis procera Petiveria alliacea
atualizadas. Cannabis spp. Piptadenia macrocarpa
§ 2º - Ao fim do período descrito nos Incisos I e II, caso Catha edulis Piptadenia peregrina
a alteração não tenha sido implementada, será Claviceps paspali Plumbago scandens
publicado o indeferimento do registro do produto. (folhas e raízes)
§ 3º - A adequação prevista nos Incisos I e II pode Combretum glaucocarpum Prestonia amazonica
ocorrer antes desse prazo a critério da empresa. (folhas)
§ 4º - Nos casos particulares em que for detectado risco Conocybe spp. Psylocybe spp.
sanitário os prazos poderão ser alterados por decisão da Consolida ajacis Pteridium aquilinum
Anvisa. Cnidoscolus phyllacanthus Rhizopus oligosporus
Art. 73. Ficam revogadas as Resoluções de Diretoria (folhas e espinhos)
Colegiada da Anvisa - RDC nº 14, de 31 de março de Crotalaria spp. Salvia divinorum
2010, e RDC nº 10, de 9 de março de 2010, a Cryptostegia grandiflora Senecio spp.
Resolução - RE nº 90, de 16 de março de 2004, e a
Cynoglossum officinale Sida acuta
Instrução Normativa - IN nº 5, de 31 de março de 2010.
Datura spp. (folhas, frutos e Sophora secundiflora
Art. 74. Esta Resolução entra em vigor na data da sua
sementes)
publicação.
Dieffenbachia seguinte Spartium junceum
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO Epidermophyton floccosum Spigelia anthelmia
ANEXO I Erythroxylum coca Stropharia cubensis
Euphorbia tirucalli (látex) Strychnos gaulthieriana
LISTA DE ESPÉCIES QUE NÃO PODEM SER Ficus pumila (folhas e Strychnos ignatii
UTILIZADAS NA COMPOSIÇÃO DE PRODUTOS látex) (Ignatia amara)
TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS Geotrichum candidum Thevetia peruviana
Abrus precatorius Heliotropium spp. Gloriosa superba Gloriosa superba
(sementes e raízes) Gymnopilus spp. Tussilago farfara
Acorus calamus Ipomoea carnea subsp. Haemadictyon spp. Virola sebifera
Fistulosa(folhas)
Ageratum conyzoides Ipomoea burmanni spp. - todas ou quaisquer espécies do gênero.
(Rivea corymbosa) Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies
Aleurites fordii (folhas, Ipomoea hederacea citadas as quais também estão proibidas.
frutos e sementes)
Aleurites moluccanus Ipomoea violacea ANEXO II
(sementes e frutos (Ipomoea tricolor) LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS COM
Allamanda catártica Jatropha curcas RESTRIÇÕES PARA O REGISTRO/NOTIFICAÇÃO
Amanita spp Lantana camara (frutos e DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS E
folhas) PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS
Anadenanthera peregrina Lithraea brasiliensis Arnica spp. O IFAV só pode ser
Anadenanthera Lithraea molleoides utilizado para uso
macrocarpa(sementes e externo
folhas) Espécies com alcaloides A exposição diária de
Argemone mexicana Lobelia inflata pirrolizidínicos alcaloides pirrolizidínicos
(folhas, flores e sementes) não pode ser superior a 1
Argyreia nervosa Argyreia nervosa
Mentha pulegium Só pode ser utilizado se a
Aristolochia spp. Manihot esculenta
posologia proposta para o
Asarum spp. Melia azedarach (parte
produto não exceder uma
aérea e frutos)
dosagem diária de tujona
Asclepias curassavica Microsporum audouinni
de 3 a 6 mg
Aspergillus fumigates Microsporum canis
Aspergillus nidulans Nerium oleander
Ricinus communis Só pode ser utilizado o
Aspergillus niger Nicotiana glauca IFAV óleo fixo obtido
Aspergillus sydowi Nicotiana tabacum exclusivamente das
Aspergillus terréus Opuntia cylindrica sementes
Baccharis coridifolia Palicourea marcgravii Solanum (quaisquer Se o IFAV é para qualquer
Banisteriopsis caapi Papaver bracteatum espécies) uso que não o externo, não
Brugmansia arbórea Pedilanthus pode conter mais que 10
tithymaloides mg (dez miligramas) de
Brugmansia suaveolens Peganum harmala alcaloides esteroidais
Brunfelsia uniflora Petasites spp Symphytum officinale O IFAV só pode ser

444
utilizado para uso externo 16-CARDOSO, CMZ. Manual de controle de qualidade
de matérias – primas vegetais para farmácia magistral.
Deve-se verificar as sinonímias botânicas das espécies Pharmabooks. 2009.
citadas as quais também terão restrições. 17-CARVALHO, J.C.T. Fitoterápicos anti-
inflamatórios: aspectos químicos, farmacológicos e
ANEXO III aplicações terapêuticas. Ribeirão Preto, Brasil:
Tecmedd Editora, 2004.
LISTA DE REFERÊNCIAS PARA A 18-CARVALHO, J.C.T. Formulário Médico-
COMPROVAÇÃO DA TRADICIONALIDADE DE Farmacêutico de Fitoterapia. 2º Edição, Pharmabooks,
USO 2005.
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e emprego de plantas usadas em fitoterapia no Nordeste 62-SILVA JÚNIOR, A.A. Essentia herba: plantas
Brasileiro. 3ª ed. Editora UFC. Fortaleza, 2007. bioativas. Florianópolis: Epagri, 2006. v.2.
42-MATOS, F.J.A.; VIANA, G.S.B.; BANDEIRA, 63-SIMÕES, C.M.O. et. al. Plantas da medicina
M.A.M. Guia fitoterápico. Fortaleza. 2001. popular no Rio Grande do Sul. 5ª ed. Editora da
43-MCKENNA, D. J. et al. Botanical medicines - The Universidade UFRGS. 1998.
desk reference for major herbal supplements. New 64-SOUSA, M.P. et al. Constituintes químicos ativos e
York, USA: Haworth Herbal Press, 2002 propriedades biológicas de plantas medicinais
44-MELO-DINIZ et al. Memento de plantas brasileiras. 2 ed. Fortaleza, Brasil: Editora UFC, 2004.
medicinais. As plantas como alternativa terapêutica. 65-TRAMIL. Hacia una farmacopea caribeña
Aspectos populares e científicos. Ed. UFPB. 2006. 45- (TRAMIL 7). Santo Domingo: Editora Lionel
Monografias, dissertações ou teses aprovadas em Germonsén Robineau, 1995.
instituições de ensino superior nacionais ou 66-VIANA, G.; LEAL, L. K.; VASCONCELOS, S.
internacionais. Plantas medicinais da Caatinga: atividades biológicas e
46-NEWALL, C.A.; ANDERSON, L.A.; potencial terapêutico. Fortaleza: Expressão Gráfica e
PHILLIPSON, J.D. Herbal medicines-a guide for Editora, 2013.
health-care professionals. London, Reino Unido: The 67-WITCHL, M et al. Herbal drugs and
Pharmaceutical Press. phytopharmaceuticals. A handbook for practice on a
1996. scientific basis. 3 ed. Medpharm. CRC Press.
47-Monografias do Natural Health Products Washington. 2004.
Directorate’s (NHPD), disponíveis em: http://www.hc-
sc.gc.ca/dhp-mps/prodnatur/applications/licen- ANEXO IV
prod/monograph/indexeng.php INFORMAÇÕES A SEREM DISPONIBILIZADAS
48-MILLS, S.; BONE, K. The essential guide to herbal NO FOLHETO INFORMATIVO DO PRODUTO
safety. St. Louis, USA: Elsevier Churchill Livingstone, TRADICIONAL FITOTERÁPICO
2005.
49-MILLS, S.; BONE, K. Principles and practice of I -identificação do produto tradicional fitoterápico:
phytotherapy - Modern herbal medicine. St. Louis, a) nome comercial;
USA: Elsevier Churchill Livingstone, 1999. b) nomenclatura popular, seguida da nomenclatura
50-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO botânica completa;
monographs on selected medicinal plants. Vol. 1. 1999. c) parte da planta utilizada; e
51-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO d) a frase em negrito:
monographs on selected medicinal plants. Vol. 2. 2004. Produto registrado com base no uso tradicional, não
52-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO sendo recomendado seu uso por período prolongado.
monographs on selected medicinal plants. Vol. 3. 2007. II - informações quanto às apresentações e composição:
53-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO a) a forma farmacêutica;
monographs on selected medicinal plants. Vol. 4. 2009. b) a composição qualitativa e quantitativa, por unidade
54-OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO de medida ou unidade farmacotécnica, sendo que a
monographs on medicinal plants commonly used in the concentração deve seguir o disposto no inciso III do art.
Newly Independent States (NIS). 2010. 57;
55-PANIZZA, S.T.; VEIGA, R.S. & ALMEIDA, M.C. c) para os excipientes, descrever a composição
Uso tradicional de plantas medicinais e fitoterápicos. qualitativa, conforme DCB;
São Luís: CONBRAFITO, 2012. d) a quantidade total de peso, volume líquido e
56-PEREIRA, M.A.S., et al. Implantação da fitoterapia unidades farmacotécnicas, conforme o caso;
no município de Jardinópolis – SP. Ribeirão Preto: e) a quantidade total de acessórios dosadores que
Legis Summa, 2008. acompanham as apresentações, quando aplicável;
f) a via de administração, em caixa alta e negrito;
g) a frase, em caixa alta e negrito, "

446
USO ADULTO" ou "USO ADULTO E PEDIÁTRICO Não há casos relatados que o uso deste produto interaja
ACIMA DE___" ou "USO PEDIÁTRICO ACIMA DE com outros produtos, como plantas, medicamentos e
____", indicando a idade mínima, em meses ou anos, alimentos".
para qual foi aprovada no registro ou na notificação o Incluir as frases:
uso do produto tradicional fitoterápico, ou "USO "Caso os sintomas persistam ou piorem, ou apareçam
ADULTO e PEDIÁTRICO", no caso de produto reações indesejadas não descritas na embalagem ou no
tradicional fitoterápico sem restrição de uso por idade, folheto informativo, interrompa seu uso e procure
conforme aprovado no registro ou notificação; orientação do profissional de saúde";
h) para a forma farmacêutica líquida, quando o solvente "Se você utiliza medicamentos de uso contínuo, busque
for alcoólico, mencionar a graduação alcoólica do orientação de profissional de saúde antes de utilizar este
produto final; e produto"; e
i) para produtos com forma farmacêutica líquida e em "Este produto não deve ser utilizado por período
gotas, informar a equivalência de gotas para cada superior ao indicado, ou continuamente, a não ser por
mililitro (gotas/mL) e massa por gota (mg/gota); orientação de profissionais de saúde".
III -informações ao paciente: ―Informe ao seu profissional de saúde todas as plantas
1.PARA QUÊ ESTE PRODUTO É INDICADO? medicinais e fitoterápicos que estiver tomando.
Descrever as alegações de uso devidamente registradas Interações podem ocorrer entre produtos e plantas
na Anvisa. medicinais e mesmo entre duas plantas medicinais
2.COMO ESTE PRODUTO FUNCIONA? quando administradas ao mesmo tempo.
Descrever, sumarizadamente, as ações do produto em "Este produto contém álcool no teor de _____."
linguagem acessível à população. (informando o teor alcoólico).
Informar o tempo médio estimado para início da ação 5.ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO
farmacológica do produto, quando aplicável. GUARDAR ESTE PRODUTO?
3.QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE PRODUTO? Descrever os cuidados específicos de conservação,
Incluir as contraindicações relatadas na documentação indicando a faixa de temperatura e condições de
técnico-científica. armazenamento do produto, conforme estudo de
Incluir as seguintes frases em negrito: "Este produto é estabilidade.
contraindicado para uso por (informando a populaçã Informar o prazo de validade do produto a partir da data
o especial conforme aprovado no registro ou de fabricação, aprovada no registro ou notificação,
notificação). citando o número de meses.
"Este produto é contraindicado para menores de _____" Incluir as seguintes frases em negrito:
(citando a idade em meses ou anos)._______", ―Número de lote e datas de fabricação e validade: vide
"Mulheres grávidas ou amamentando não devem embalagem.‖;
utilizar este produto, já que não há estudos que possam ―Não use produto com prazo de validade vencido.‖
garantir a segurança nessas situações". ―Para sua segurança, guarde o produto na embalagem
No caso de contraindicação para o uso de princípios original.‖;
ativos, classe terapêutica e excipientes, incluir, em Incluir os cuidados específicos de conservação do
negrito, as frases de alerta previstas na RDC no 137, de produto tradicional fitoterápico uma vez abertos ou
20 de maio de 2003, ou suas atualizações. preparados para uso, quando sofram redução do prazo
4.O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE de validade original ou alteração do cuidado de
PRODUTO? conservação original.
Descrever as advertências e precauções para o uso Para os chás medicinais para os quais não seja
adequado do produto, conforme aprovado no registro necessária a realização dos estudos de estabilidade, os
ou notificação. cuidados de conservação a serem informados devem
Incluir alterações de condições fisiológicas, informando ser: conservar em temperatura ambiente (de 15 a 30º C)
aquelas que possam afetar a capacidade de dirigir e proteger da luz e umidade.
veículos e operar máquinas. Mesmo quando não há Incluir a frase em negrito:
relatos, é necessário incluir a frase em negrito: " ―Após aberto, válido por_____‖ (indicando o tempo de
Não há casos relatados que o uso deste produto interfira validade após aberto, conforme estudo de estabilidade
na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas". do produto tradicional fitoterápico).
No caso de advertências e precauções para o uso de Descrever as características físicas e organolépticas do
princípios ativos, classe terapêutica e excipientes, produto e outras características do produto, conforme
incluir, em negrito, as frases de alerta previstas na RDC aprovado no registro ou notificação.
137 de 20 de maio de 2003, ou suas atualizações. Incluir as frases em negrito:
Incluir interações relatadas na literatura científica com "Antes de usar, observe o aspecto do produto. Caso ele
outros produtos, como plantas, medicamentos e esteja no prazo de validade e você observe alguma
alimentos. Mesmo quando não há relatos, é necessário mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para
incluir a frase em negrito: " saber se poderá utilizá-lo‖; e
"Este produto deve ser mantido fora do alcance das
crianças."

447
6.COMO DEVO USAR ESTE PRODUTO? Para soluções para diluição ou pós ou granulados para
Descrever as principais orientações sobre o modo solução, suspensão ou emulsão de uso oral, incluir:
correto de preparo, manuseio e aplicação do produto. - o procedimento detalhado para reconstituição e/ou
Inserir a frase: Os produtos tradicionais fitoterápicos diluição antes da administração;
não devem ser administrados pelas vias injetável e - o(s) diluente(s) a ser(em) utilizado(s);
oftálmica. - o volume final do produto preparado; e
Descrever a posologia, incluindo as seguintes - concentração do produto preparado.
informações; 7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME
-dose para forma farmacêutica e concentração, ESQUECER DE USAR ESTE PRODUTO?
expressas, quando aplicável, em unidades de medida ou Descrever a conduta necessária, caso haja esquecimento
unidade farmacotécnica correspondente em função ao de administração (dose omitida), quando for o caso.
tempo; Incluir a seguinte frase, em negrito:
- a dose inicial e de manutenção, quando aplicável; "Em caso de dúvidas, procure orientação de
- intervalos de administração (em minutos ou horas); profissional de saúde."
- vias de administração; 8.QUAIS OS MALES QUE ESTE PRODUTO PODE
- orientações para cada alegação de uso nos casos de ME CAUSAR?
posologias distintas; Informar as reações adversas, explicitando os sinais e
- orientações para uso adulto e/ou uso pediátrico, de sintomas relacionados a cada uma. Quando não se
acordo com o aprovado no registro ou notificação; e conhece a frequência delas, deve-se incluir a frase em
- orientações sobre o monitoramento e ajuste de dose negrito: ―A frequência de ocorrência dos efeitos
para populações especiais. indesejáveis não é conhecida .‖; e
Incluir o risco de uso por via de administração não Incluir as frases:
recomendada, quando aplicável. ―Informe ao seu profissional de saúde o aparecimento
Conforme a característica da forma farmacêutica, de reações indesejáveis pelo uso do produto. Informe
incluir as frases em negrito: também à empresa através do seu Serviço de
"Este produto não deve ser partido, aberto ou Atendimento ao Consumidor (SAC).‖
mastigado.", no caso de comprimidos revestidos, "Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
cápsulas e compridos de liberação modificada e outras Notificações em Vigilância Sanitária
formas farmacêuticas que couber, ou "Este produto não - NOTIVISA, disponível em www.____________, ou
deve ser cortado.", no caso de adesivos e outras que para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal."
couber. (incluindo no espaço o endereço eletrônico atualizado
Quando se tratar de chá medicinal, incluir as frases, do NOTIVISA).
conforme o caso: 9.O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA
1. se utilizada por infusão, deverá constar a seguinte QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA
frase: "colocar (o número de) mL ou (o número de) DESTE PRODUTO?
medida de água fervente sobre (o número de) g ou (o nú Descrever os sintomas que caracterizam a superdose e
mero de) medida do produto em um recipiente orientar quanto às medidas preventivas que amenizam o
apropriado. Abafar por cerca de 15 minutos, coar, se dano até a obtenção de socorro, quando aplicável.
necessário, e utilizar"; Inserir as frases em negrito:
2. se utilizada por decocção, deverá constar a seguinte "Em caso de uso de grande quantidade deste produto,
frase: "colocar (o número de)g ou (o número de) procure rapidamente socorro médico e leve a
medida do produto em (o número de) quantidade de embalagem ou folheto informativo, se possível."
água fria e ferver por cerca de 3 a 5 minutos, deixar em "Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se
contato por aproximadamente 15 minutos, coar, se você precisar de mais orientações sobre como
necessário, e utilizar"; ou proceder."
3. se utilizada por maceração com água, deverá constar Quando não se têm relatos de casos de superdose, deve-
a seguinte frase: "cobrir (o número de) g ou (o número se incluir a frase em negrito: ―
de) medida do produto com (o número de) mL ou (o Não há casos de superdose relatados‖.
número de) medida de água e deixar em temperatura IV – dizeres legais: Informara sigla "MS" mais o
ambiente por (o número de) horas; agitar número de registro no Ministério da Saú
ocasionalmente, coar, se necessário, e utilizar"; de, quando se tratar de produto tradicional fitoterápico
4. incluir a frase: "Preparar imediatamente antes do uso registrado, conforme publicado em Diário Oficial da
". Essa frase é dispensada para algumas espécies União (DOU), sendo necessários os 9 (nove) dígitos
vegetais em que há a orientação de preparo para mais iniciais.
de uma dose a ser utilizada no mesmo dia. Inserir, quando se tratar de produto tradicional
5. incluir a frase: "Siga corretamente o modo de usar. fitoterápico notificado, a seguinte frase:
Em caso de dúvidas sobre este produto, procure "PRODUTO NOTIFICADO NA ANVISA nos termos
orientação com seu farmacêutico ou profissional de da RDC nº XX/XXXX", completando com o número da
saúde. Não desaparecendo os sintomas, procure Resolução vigente, sucedido pelo ano de sua
orientação de seu profissional de saúde.". publicação.

448
Informar o nome, número de inscrição e sigla do Anvisa com o qual o folheto foi harmonizado e/ou
Conselho Regional de Farmácia do responsável técnico atualizado).
da empresa titular do registro ou notificação. Incluir símbolo da reciclagem de papel.
Informar o nome e endereço da empresa titular do Redação dada pela RDC 66/14
registro ou notificação no Brasil.
Informar o número do Cadastro Nacional de Pessoa Anexo V (Incluido pela RDC 105/16)
Jurídica (CNPJ) do titular do registro ou notificação. Lista de agrotóxicos selecionados para análise
Inserir a expressão ―Indústria Brasileira‖, quando
aplicável. 1 2,4-D
Informar o telefone do Serviço de Atendimento ao
Consumidor (SAC), de responsabilidade da empresa 2 Abamectina
titular do registro ou notificação. 3 Acefato
Informar o nome e endereço da empresa fabricante, 4 Acetamiprido
quando ela diferir da empresa titular do registro ou
notificação, citando a cidade e o estado precedidos pela 5 Acrinatrina
frase ―Fabricado por:‖ e inserindo a frase ―Registrado 6 Alacloro
por: ou Notificado por:‖ antes dos dados da detentora 7 Aldicarbe
do registro.
Informar o nome e endereço da empresa fabricante, 8 Aldrin
quando o produto for importado, citando a cidade e o 9 Aletrina
país precedidos pela frase ―Fabricado por‖ e inserindo a 10 Ametrina
frase ―Importado por:‖ antes dos dados da empresa
titular do registro ou notificação. 11 Atrazina
Informar o nome e endereço da empresa responsável 12 Azaconazole
pela embalagem do produto, quando ela diferir da 13 Azinfós-Etílico
empresa titular do registro ou notificação, ou fabricante,
citando a cidade e o estado ou, se estrangeira, a cidade e 14 Azinfós-metílico
o país, precedidos pela frase ―Embalado por:‖ e 15 Azoxistrobina
inserindo a frase ―Registrado por: ou Notificado por:‖
16 Benalaxil
ou ―Importado por:‖, conforme o caso, antes dos dados
da empresa titular do registro ou notificação; 17 Benfuracarbe
Informar, se descrito na embalagem do produto, o nome 18 Bentazona
e endereço da empresa responsável pela
19 Bifentrina
comercialização do produto, citando a cidade e o estado
precedidos pela frase ―Comercializado por‖ e incluindo 20 Bitertanol
a frase ―Registrado por: ou Notificado por:‖ antes dos 21 Boscalida
dados da detentora do registro ou notificação.
É facultativo incluir a logomarca da empresa 22 Bromacila
farmacêutica titular do registro ou notificação, bem 23 Bromopropilato
como das em presas fabricantes e responsáveis pela 24 Bromuconazol
embalagem e comercialização do produto, desde que
não prejudiquem a presença das informações 25 Bupirimate
obrigatórias e estas empresas estejam devidamente 26 Buprofenzina
identificadas nos dizeres legais. 27 Cadusafós
Incluir as seguinte frases, quando for o caso:
―Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo 28 Captana
os sintomas procure orientação médica.‖ 29 Carbaril
―Venda proibida ao comércio. (para os produtos com 30 Carbendazim
destinação institucional).‖
Incluir, exceto nos textos de bula a serem submetidos 31 Carbofenotiona
eletronicamente à Anvisa, uma das seguintes frases, 32 Carbofurano
conforme o caso, em negrito: 33 Carbosulfano
―Este folheto informativo foi aprovado pela Anvisa em
(dia/mês/ano)‖ (informando a data de publicação do 34 Carboxina
folheto no Bulário Eletrônico). 35 Cianazina
―Este folheto informativo foi atualizado conforme
36 Ciazofamida
Folheto Informativo Padrão aprovado pela Anvisa em
(dia/mês/ano)‖ 37 Ciflutrina
(informando a data de publicação do respectivo Folheto 38 Cimoxanil
Informativo na área de bulas do sítio eletrônico da
39 Cipermetrina

449
40 Ciproconazol 85 Endossulfam
41 Ciprodinil 86 Endrin
42 Ciromazina 87 Epoxiconazol
43 Cletodim 88 Esfenvalerato
44 Clofentezina 89 Espinosade
45 Clomazona 90 Espirodiclofeno
46 Clorantraniliprole 91 Espiromesifeno
47 Clordano 92 Etefom
48 Clorfenapir 93 Etiofencarb
49 Clorfenvinfós 94 Etiona
50 Clorfluazurom 95 Etofenproxi
51 Clorimurom-etílico 96 Etoprofós
52 Clormequate 97 Etoxissulfurom
53 Clorotalonil 98 Etrinfos
54 Clorpirifós 99 Famoxadona
55 Clorpirifós-metílico 100 Fembuconazol
56 Clorprofan 101 Fenamidona
57 Clortal-dimetílico 102 Fenamifós
58 Clortiofós 103 Fenarimol
59 Clotianidina 104 Fenazaquina
60 Cresoxim-metílico 105 Fenhexamide
61 DDT 106 Fenitrotiona
62 Deltametrina 107 Fenotrina
63 Diafentiurom 108 Fenpiroximato
64 Dialate 109 Fenpropatrina
65 Diazinona 110 Fenpropimorfe
66 Diclofluanide 111 Fentiona
67 Diclofope 112 Fentoato
68 Diclorana 113 Fenvalerato
69 Diclorvós 114 Fipronil
70 Dicofol 115 Flonicamida
71 Dicrotofos 116 Fluasifope-p
72 Dieldrin 117 Fludioxonil
73 Difenoconazol 118 Flufenoxurom
74 Diflubenzurom 119 Flumetralina
75 Dimetoato 120 Fluquinconazol
76 Dimetomorfe 121 Fluroxipir-meptílico
77 Dinocape 122 Flusilazol
78 Dinoseb 123 Flutriafol
79 Dissulfotom 124 Folpete
80 Ditianona 125 Fomesafem
81 Ditiocarbamatos (CS2) 126 Foransulfurom
82 Diurom 127 Forato
83 Dodemorfe 128 Formetanato
84 Dodina 129 Fosalona

450
130 Fosfamidona 175 Mirex
131 Fosmete 176 Monocrotofós
132 Fostiazato 177 Neburon
133 Furatiocarbe 178 Nuarimol
134 Glifosato 179 Oxadixil
135 Halossulfurom-metílico 180 Oxamil
136 Haloxifope-metílico 181 Oxassulfurom
137 Haloxifope-p-metílico 182 Óxido de fembutatina
138 HCH (alfa+beta+delta) 183 Oxifluorfem
139 Heptacloro 184 Paclobutrazol
140 Heptenofós 185 Paration
141 Hexaclorobenzeno 186 Parationa-metílica
142 Hexaconazol 187 Pencicurom
143 Hexazinona 188 Penconazol
144 Hexitiazoxi 189 Pendimetalina
145 Imazalil 190 Permetrina
146 Imazetapir 191 Picoxistrobina
147 Imibenconazol 192 Piraclostrobina
148 Imidacloprido 193 Pirazofós
149 Indoxacarbe 194 Piridabem
150 Iprodiona 195 Piridafentiona
151 Iprovalicarbe 196 Piridato
152 Isoxaflutol 197 Pirifenoxi
153 Lactofem 198 Pirimetanil
154 Lambda-cialotrina 199 Pirimicarbe
155 Lindano 200 Pirimifós-etílico
156 Linurom 201 Pirimifós-metílico
157 Lufenurom 202 Piriproxifem
158 Malationa 203 Procimidona
159 Mandipropamida 204 Procloraz
160 Mepiquate 205 Profenofós
161 Metalaxil-m 206 Profoxidim
162 Metamidofós 207 Prometrina
163 Metamitrona 208 Propamocarbe
164 Metconazol 209 Propanil
165 Metidationa 210 Propargito
166 Metiocarbe 211 Propiconazol
167 Metolacloro 212 Propoxur
168 Metomil 213 Protioconazol
169 Metoxicloro 214 Protiofós
170 Metoxifenozida 215 Quinalfos
171 Metribuzim 216 Quintozeno
172 Metsulfurom 217 Quizalofope-p-etílico
173 Mevinfós 218 Quizalofope-p-tefurílico
174 Miclobutanil 219 Simazina

451
220 Sulfentrazona
221 Sulfluramida
222 Sulfometurom-metílico
223 Tebuconazol
224 Tebufempirada
225 Tebufenozida
226 Tebutiurom
227 Teflubenzurom
228 Terbufós
229 Tetraconazol
230 Tetradifona
231 Tiabendazol
232 Tiacloprido
233 Tiametoxam
234 Tiobencarbe
235 Tiodicarbe
236 Tiofanato-metílico
237 Tolifluanida
238 Triadimefom
239 Triadimenol
240 Triazofós
241 Triciclazol
242 Triclorfom
243 Tridemorfe
244 Trifloxistrobina
245 Triflumizol
246 Trifluralina
247 Triforina
248 Vamidotiona
249 Vinclozolina
250 Zoxamida

452
RDC N° 50, DE 25/09/2014 de Receita "B2", de acordo com a Resolução de
(D.O.U 26/09/14) Diretoria Colegiada - RDC Nº 58, de 05 de setembro de
2007, ou aquela que vier substituí-la, ficando
Dispõe sobre as medidas de controle de condicionados às medidas de controle definidas nesta
comercialização, prescrição e dispensação de Resolução.
medicamentos que contenham as substâncias § 1º A Notificação de Receita "B2" pode conter a
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, quantidade de medicamento correspondente a, no
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá máximo, 30 (trinta) dias de tratamento.
outras providências. § 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a No-
tificação de Receita "B2" contendo medicamento à base
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de de sibutramina, que poderá conter a quantidade de
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe medicamento correspondente a, no máximo, 60
confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da (sessenta) dias de tratamento." (NR) (Redação dada
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado pela RDC 133/16)
pelo Decreto No- 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo Art. 6º As prescrições de medicamentos que contenham
em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art. as substâncias tratadas nesta norma deverão ser
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do acompanhadas de Termo de Responsabilidade do
Anexo I da Portaria No- 354 da ANVISA, de 11 de Prescritor, conforme modelos constantes dos Anexo I e
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto Anexo II desta Resolução, a ser preenchido em três
de 2006, em reunião realizada em 23 de setembro de vias.
2014, Adota a seguinte Resolução da Diretoria § 1° As vias preenchidas deverão ter a seguinte
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino sua destinação:
publicação: I - arquivada no prontuário do paciente;
II - arquivada na farmácia ou drogaria dispensadora;
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico para o III - em poder do paciente.
controle de comercialização, prescrição e dispensação § 2° O Termo de Responsabilidade a que se refere o
de medicamentos que contenham as substâncias caput deverá ser assinado pelo paciente, e será o
anfepramona, femproporex, mazindol e documento comprobatório de que recebeu as
sibutramina, seus sais e isômeros, bem como seus informações prestadas pelo prescritor.
intermediários. Art. 7º Todo e qualquer evento adverso relacionado ao
Art. 2° O registro de medicamentos que contenham as uso de medicamento que contenha as substâncias
substâncias tratadas nesta norma somente poderá ser tratadas nesta norma, bem como intermediários, são de
concedido mediante a apresentação de dados que notificação compulsória ao Sistema Nacional de
comprovem a eficácia e segurança, de acordo com as Vigilância Sanitária.
normas sanitárias vigentes. Parágrafo único. A responsabilidade pela notificação
caberá:
Art. 3º Fica vedada a prescrição e a dispensação de I - aos profissionais de saúde;
medicamentos que contenham as substâncias tratadas II - aos detentores do registro de medicamentos;
nesta norma acima das Doses Diárias Recomendadas III - aos estabelecimentos que dispensem esses
(DDR), conforme a seguir especificado: medicamentos.
I - Femproporex: 50,0 mg/dia; Art. 8° As empresas detentoras do registro dos
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia; medicamentos à base das substâncias tratadas nesta
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia; norma deverão apresentar à ANVISA os Relatórios
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e Periódicos referentes aos produtos a cada 6 (seis)
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR) (Redação dada pela meses.
RDC 133/16) Parágrafo único. A elaboração dos relatórios deve
respeitar as orientações contidas na Resolução de
Art. 4º Somente será permitido o aviamento de Diretoria Colegiada – RDC Nº 04, de 10 de fevereiro de
fórmulas magistrais de medicamentos que contenham 2009, que dispõe sobre as normas de farmacovigilância
as substâncias tratadas nesta norma nos casos em que o para os detentores de registro de medicamentos de uso
prescritor tenha indicado que o medicamento deve ser humano, e na Instrução Normativa Nº 14, de 27 de
manipulado, em receituário próprio, na forma do item outubro de 2009, que aprovou os guias técnicos para a
5.17 do Anexo da Resolução de Diretoria Colegiada – elaboração de Planos de Farmacovigilância, de Planos
RDC Nº 67, de 08 de outubro de 2007, que dispõe de Minimização de Riscos e do Relatório Periódico.
sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Art. 9º A manipulação de fórmulas que contenham
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, substâncias tratadas nesta norma está vedada, com
que deve acompanhar a Notificação de Receita "B2". exceção daquelas presentes em medicamentos
Art. 5º A prescrição, dispensação e o aviamento de me- registrados com prova de eficácia e segurança nos
dicamentos que contenham as substâncias tratadas nesta termos do art. 2°.
norma deverão ser realizados por meio da Notificação

453
Art. 10. As farmácias que manipularem formulações 1. O medicamento contendo a substância sibutramina:
contendo as substâncias tratadas nesta norma deverão a. Foi submetido a um estudo realizado após a
apresentar à área de farmacovigilância da ANVISA aprovação do produto, com 10.744 (dez mil, setecentos
relatório semestral sobre as notificações de suspeitas de e quarenta e quatro) pacientes com sobrepeso ou
eventos adversos. obesos, com 55 (cinqüenta e cinco) anos de idade ou
§ 1º A ausência de notificações no período definido no mais, com alto risco cardiovascular, tratados com
caput não desobriga a apresentação do relatório, que sibutramina e observou-se um aumento de 16%
deverá conter as justificativas de ausência de (dezesseis por cento) no risco de infarto do miocárdio
notificações. não fatal, acidente vascular cerebral não fatal, parada
§ 2º Para o cumprimento no disposto no caput o cardíaca ou morte cardiovascular comparados com os
responsável técnico pela farmácia deverá cadastrar-se pacientes que não usaram o medicamento; e
no Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância b. Portanto, a utilização do medicamento está restrita às
Sanitária - NOTIVISA, disponível no sítio eletrônico da indicações e eficácia descritas no item 2, e respeitando-
Anvisa na internet, ou no sistema que venha a substituí- se rigorosamente as contraindicações descritas no item
lo. 3 e as precauções descritas no item 4.
Art. 11. A farmácia deverá preencher os campos
específicos do Termo de Responsabilidade do 2. As indicações e eficácia dos medicamentos contendo
Prescritor que acompanha a notificação de receita sibutramina estão sujeitas às seguintes restrições:
definida no art. 6º desta Resolução, reter uma via e a. A eficácia do tratamento da obesidade deve ser
entregar a outra via para o paciente. medida pela perda de peso de pelo menos de 5% (cinco
Art.12. O monitoramento de todo e qualquer evento por cento) a 10% (dez por cento) do peso corporal
adverso relacionado ao uso de medicamento que inicial acompanhado da diminuição de parâmetros
contenha as substâncias tratadas nesta norma, bem metabólicos considerados fatores de risco da obesidade;
como intermediários, será realizado por meio do e
Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância b. o medicamento deve ser utilizado como terapia
Sanitária NOTIVISA disponível no sítio eletrônico da adjuvante, como parte de um programa de
ANVISA na internet, ou o sistema que venha a gerenciamento de peso para pacientes obesos com
substituí-lo. índice de massa corpórea (IMC) > ou = a 30 kg/m2
Parágrafo único. Deverão ser cadastrados no sistema (maior ou igual a trinta quilogramas por metro
NOTIVISA: quadrado), num prazo máximo de 2 (dois) anos,
I - o responsável técnico pela farmácia ou drogaria que devendo ser acompanhado por um programa de
dispense apenas medicamentos industrializados e reeducação alimentar e atividade física compatível com
manipulados; as condições do usuário.
II - os profissionais prescritores." (NR) (Redação dada
pela RDC 133/16) 3. O uso da sibutramina está contra-indicado em
Art. 13. O descumprimento das disposições contidas pacientes:
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos a. Com índice de massa corpórea (IMC) menor que 30
da Lei Nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo kg/m2 (trinta quilogramas por metro quadrado);
das responsabilidades civil, administrativa e penal b. Com histórico de diabetes mellitus tipo 2 com pelo
cabíveis. menos outro fator de risco (i.e., hipertensão controlada
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua por medicação, dislipidemia, prática atual de
publicação. tabagismo, nefropatia diabética com evidência
DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO de microalbuminúria);
c. Com histórico de doença arterial coronariana (angina,
ANEXO I história de infarto do miocárdio), insuficiência cardíaca
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO congestiva, taquicardia, doença arterial obstrutiva
PRESCRITOR PARA USO DO MEDICAMENTO periférica, arritmia ou doença cerebrovascular (acidente
CONTENDO A SUBSTÂNCIA SIBUTRAMINA vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório);
Eu, Dr.(a) d. Hipertensão controlada inadequadamente, > 145/90
____________________________________, mmHg (maior que cento e quarenta e cinco por noventa
registrado no Conselho Regional de Medicina do milímetros de mercúrio);
Estado sob o número ___________________, sou o e. Com idade acima de 65 (sessenta e cinco) anos,
responsável pelo tratamento e acompanhamento do(a) crianças e adolescentes;
paciente _____________________________, do sexo f. Com histórico ou presença de transtornos
_________________, com idade de ______ anos alimentares, como bulimia e anorexia; ou
completos, com diagnóstico de g. Em uso de outros medicamentos de ação central para
________________________________, para quem redução de peso ou tratamento de transtornos
estou indicando o medicamento à base de psiquiátricos.
SIBUTRAMINA.
Informei ao paciente que:

454
4. As precauções com o uso dos medicamentos à base Informei ao paciente que:
de sibutramina exigem que: 1. Deve informar à farmácia responsável pela
a. Ocorra a descontinuidade do tratamento em pacientes manipulação do medicamento relatos de eventos
que não responderem à perda de peso após 4 (quatro) adversos durante o uso do medicamento; e
semanas de tratamento com dose diária máxima de 15 2. É responsabilidade do responsável técnico da
mg/dia (quinze miligramas por dia), considerando-se Farmácia notificar ao Sistema Nacional de Vigilância
que esta perda deve ser de, pelo menos, 2 kg (dois Sanitária, por meio do sistema NOTIVISA, as suspeitas
quilogramas), durante estas 4 (quatro) primeiras de eventos adversos de que tome conhecimento.
semanas; e 3. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao
b. Haja a monitorização da pressão arterial e da paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro
frequência cardíaca durante todo o tratamento, pois o sistema de contato:
uso da sibutramina tem como efeito colateral o ______________________________
aumento, de forma relevante, da pressão arterial e da Assinatura e carimbo do(a) farmacêutico(a):
frequência cardíaca, o que pode determinar a _____________________________ C.R.F.: _________
descontinuidade do tratamento. Data: ____/____/_____
Assinatura do (a) paciente:______________________
5. O uso da sibutramina no Brasil está em período de Data: ____/____/_____
monitoramento do seu perfil de segurança, conforme
RDC/ANVISA Nº XX/20XX. ANEXO II
TERMO DE RESPONSABILIDADE DO
6. O paciente deve informar ao médico prescritor toda e PRESCRITOR PARA USO DE MEDICAMENTO
qualquer intercorrência clínica durante o uso do CONTENDO AS SUBSTÂNCIAS
medicamento. ANFEPRAMONA, FEMPROPOREX, MAZINDOL
Eu, Dr.(a)
7. É responsabilidade de o médico prescritor notificar ____________________________________,
ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, por meio registrado no Conselho Regional de Medicina do
do sistema NOTIVISA, as suspeitas de eventos Estado sob o número ___________________, sou o
adversos de que tome conhecimento. responsável pelo tratamento e acompanhamento do(a)
paciente _____________________________, do sexo
8. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao ___________________, com idade de ______ anos
paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro completos, com diagnóstico de
sistema de contato:____________________.Assinatura ____________________,
e carimbo do(a) médico(a):__________C.R.M.: ______ para quem estou indicando o medicamento à base de
Data: ____/____/_____ _________________.
A ser preenchido pelo(a) paciente: Informei ao paciente que:
Eu, _______________________________________, 1. Não há dados técnicos e científicos que demontrem a
Carteira de Identidade Nº: ____________, Órgão eficácia e a segurança do uso desse medicamento no
Expedidor_________________, residente na rua controle da obesidade.
______________________, Cidade 2. O uso desse medicamento no Brasil foi autorizado e
________________________, Estado _________, é monitorado pela RDC/ANVISA Nº 50 de 25 de
telefone ___________________, recebi pessoalmente setembro de 2014.
as informações sobre o tratamento que vou fazer. 3. O paciente deve informar ao médico prescritor toda e
Entendo que este remédio é só meu e que não devo qualquer intercorrência clínica durante o uso do
passá-lo para ninguém. medicamento.
Assinatura: ___________________________________ 4. É responsabilidade de o médico prescritor notificar
Data: ____/____/_____ ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, por meio
A ser preenchido pela Farmácia de manipulação no do sistema NOTIVISA, as suspeitas de eventos
caso de o medicamento ter sido prescrito com indicação adversos de que tome conhecimento.
de ser manipulado: 5. Para viabilizar e facilitar o contato, disponibilizo ao
Eu, Dr.(a) paciente os seguintes telefones, e-mail, fax, ou outro
____________________________________, sistema de
registrado(a) no Conselho Regional de Farmácia do contato:_____________________________________.
Estado sob o número ___________________, sendo o ____________________________________________.
responsável técnico da Assinatura e carimbo do(a) médico(a):
Farmácia_______________________________, ____________________________ C.R.M.: _________
situada no endereço Data: ____/____/_____
______________________________, sou responsável A ser preenchido pelo(a) paciente:
pelo aviamento e dispensação do medicamento Eu, _______________________________________,
contendo sibutramina para o paciente Carteira de Identidade Nº: ____________, Órgão
___________________________. Expedidor _________________, residente na rua

455
________________________,Cidade
_______________, Estado _________, telefone
___________________, recebi pessoalmente as
informações sobre o tratamento que vou fazer. Entendo
que este remédio é só meu e que
não devo passá-lo para ninguém.
Assinatura:
_____________________________________
Data: ____/____/_____

456
RDC Nº 58, DE 10/10/2014 § 1º As empresas detentoras de registros de
(D.O.U 13/10/14) medicamentos similares intercambiáveis, terão o prazo
de 1 (um) ano a contar de sua inclusão na relação a que
Dispõe sobre as medidas a serem adotadas junto à se refere o art. 2º para notificar à ANVISA a adaptação
Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos da bula, nos termos do caput deste artigo.
para a intercambialidade de medicamentos similares § 2º A adaptação prevista no parágrafo anterior é de
com o medicamento de referência. implementação imediata e não depende de
manifestação da ANVISA.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de § 3º Os medicamentos similares intercambiáveis que
Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe não tiverem suas bulas alteradas no prazo definido no §
confere os incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, 1º deste artigo não poderão ser comercializados no país.
de 26 de janeiro de 1999, o inciso V, e §§ 1° e 3° do art. § 4º Os medicamentos produzidos até a notificação da
5 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo alteração de bula poderão ser comercializados até o
I da Portaria nº 650 da ANVISA, de 29 de maio de término de sua validade.
2014, tendo em vista os incisos III, do art. 2º, III e IV,
do art. 7º da Lei nº 9.782, de 1999, o Programa de Art. 5º Para efeito de avaliação das petições de
Melhoria do Processo de Regulamentação da Agência, renovação de registro de medicamentos similares cujos
instituído por meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de estudos de equivalência farmacêutica,
2008, em reunião realizada em 09 de outubro de 2014, biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou
adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, bioisenção ainda não tenham sido analisados, a
Diretor-Presidente, determino a sua publicação: ANVISA publicará Instrução Normativa definindo os
critérios e ordem de sua avaliação.
Art. 1º Esta Resolução determina as medidas a serem
adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de Art. 6º O Anexo I da RDC nº 47/2009 fica acrescido da
medicamentos para a intercambialidade de seguinte redação:
medicamentos similares com os respectivos I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
medicamentos de referência. ...
§ 1º A adoção das medidas previstas nesta Resolução é "Para medicamentos constantes da relação a que se
obrigatória para todos os titulares de registro de refere o art. 2º da RDC n° 58, de 10 de outubro de
medicamentos cujos estudos mencionados no art. 2º 2014, incluir a frase: MEDICAMENTO SIMILAR
tenham sido aprovados pela Anvisa. EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE
§ 2º Os medicamentos isentos de prescrição não são REFERÊNCIA"
objeto desta Resolução.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro
Art. 2º Será considerado intercambiável o medicamento de 2015.
similar cujos estudos de equivalência farmacêutica,
biodisponibilidade relativa/bioequivalência ou DIRCEU BRÁS APARECIDO BARBANO
bioisenção tenham sido apresentados, analisados e Diretor-Presidente
aprovados pela ANVISA.
Parágrafo único. A ANVISA publicará em seu sítio
eletrônico a relação dos medicamentos similares
indicando os medicamentos de referência com os quais
são intercambiáveis.

Art. 3º A informação a respeito da intercambialidade a


que se refere o art. 2º constará na bula do medicamento
similar.

Art. 4º O peticionamento da notificação de alteração de


texto de bula deverá ser eletrônico, conforme código de
assunto específico e seguir o guia de submissão
eletrônica de texto de bula.

457
RDC N°98, DE 01/08/2016 a) Reações adversas com causalidades conhecidas e
(D.O.U 03/08/16) reversíveis após suspensão de uso do medicamento;
b) Baixo potencial de toxicidade, quando reações graves
Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o ocorrem apenas com a administração de grande
enquadramento de medicamentos como isentos de quantidade do produto, além de apresentar janela
prescrição e o reenquadramento como medicamentos terapêutica segura;
sob prescrição, e dá outras providências. c) Baixo potencial de interação medicamentosa e alimen
tar, clinicamente significante.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de III-Indicação parao tratamento, prevenção ou alívio de
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe sinais e sintomas de doenças não graves e com evolução
conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da inexistente ou muito lenta, sendo que os sinais e
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ sintomas devem ser facilmente detectáveis pelo
1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do paciente, seu cuidador ou pelo farmacêutico, sem
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada-RDC nº necessidade de monitoramento laboratorial ou consulta
61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte com o prescritor;
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado IV-Utilização por curto período de tempoou por tempo
em reunião realizada em 19 de julho de 2016, e eu, previsto em bula, exceto para os de uso preventivo, bem
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. como para os medicamentos específicos e fitoterápicos
indicados para doenças de baixa gravidade;
DISPOSIÇÕES INICIAIS V – Ser manejável pelo paciente, seu cuidador, ou
Art. 1º Esta Resolução estabelece os critérios e mediante orientação pelo farmacêutico;
procedimentos para o enquadramento de medicamentos VI - Baixo potencial de risco ao paciente, nas seguintes
como isentos de prescrição (MIPs), o reenquadramento condições:
desses medicamentos como sob prescrição, e para a a) Mau uso com a utilização do medicamento para
devida adequação do registro. finalidade diferente da preconizada em bula;
Art. 2º Para efeito desta Resolução são adotadas as b) Abuso com a utilização do medicamento em
seguintes definições: quantidade superior ao preconizado ou por período supe
I - Medicamentos isentos de prescrição – são os rior ao recomendado;e
medicamentos que podem ser dispensados sem c) Intoxicação.
exigência de prescrição; VII-Não apresentar potencial dependência, ainda que
II - Medicamentos sob prescrição – são os seja utilizado conforme preconizado em bula.
medicamentos cuja dispensação é restrita à apresentação Parágrafo Único.
de prescrição, inclusive os sujeitos a controle especial. Para fitoterápicos, o tempo de uso conforme previsto no
III - Lista de medicamentos isentos de prescrição Inciso I, poderá ser demonstrado para a droga ou
(LMIP) – relação dos medicamentos enquadrados pela derivado vegetal específico que se pretende registrar.
Anvisa como isentos de prescrição nos termos desta Art. 4º Não são passíveis de enquadramento como
Resolução. medicamentos isentos de prescrição:
I-As a presentações do medicamento cuja via de
CRITÉRIOS PARA O ENQUADRAMENTO administração seja a parenteral;
Art.3º Para um medicamento ser enquadrado como II - As apresentações que tenham indicação sob
isento de prescrição, é necessário que comprove os prescrição.
critérios estabelecidos a seguir: Art. 5º É permitido que em um mesmo processo de
I-Tempo mínimo de comercialização do princípio ativo registro coexistam apresentações isentas e sob
ou da associação de princípios ativos, com as mesmas prescrição, desde que diferenciadas por concentração ou
indicações, via de administração e faixa terapêutica forma farmacêutica ou unidades farmacotécnicas.
de: Parágrafo Único.
a) 10 (Dez) anos sendo, no mínimo, 5 (cinco) anos Para as apresentações isentas de prescrição médica, o
Brasil como medicamento sob prescrição ou; texto e o layout de bula e rotulagem deverão conter,
b) 5 (cinco) anos no exterior como medicamento isento obrigatoriamente, as informações estabelecidas em
de prescrição cujos critérios para seu enquadramento resolução específica.
sejam compatíveis com os estabelecidos nesta Art. 6º O enquadramento como MIP para medicamentos
Resolução. dinamizados segue a regulamentação específica.
II-Segurança, segundo avaliação da causalidade,
gravidade e frequência de eventos adversos e DA SOLICITAÇÃO DO ENQUADRAMENTO
intoxicação, baixo potencial de causar dano à saúde Art.7º Atendidos os critérios estabelecidos nos arts. 3º a
quando obtido sem orientação de um prescritor, o 5º desta Resolução, os detentores de registro de
considerando sua forma farmacêutica, princípio ativo, medicamentos na ANVISA poderão, a qualquer
concentração do princípio ativo, via de administração e momento, solicitar o enquadramento como
Posologia, devendo o produto apresentar: Medicamento Isento de Prescrição.
Parágrafo Único.

458
Os detentores de registro de medicamentos classificados Nenhuma mudança além das decorrentes da alteração
como novos , específicos e fitoterápicos poderão da categoria de venda poderá ser realizada nas
requerer o enquadramento desde o momento da sol informações constantes no texto de bula.
icitação de registro nesta ANVISA. Art.13. Os medicamentos enquadrados como isentos de
Art. 8º O enquadramento de princípios ativos isolados prescrição só poderão ser disponibilizados em
como medicamentos isentos de prescrição não garante autosserviço após adequação do material de bula e
que a associação em dose fixa ou razão fixa de dose seja rotulagem.
enquadrada como MIP, devendo essas, cumprir com os
critérios estabelecidos no art. 3º desta Resolução. DISPOSIÇÕES FINAIS
Parágrafo único. Art.14. Os medicamentos atualmente registrados como
Excetua-se do disposto no caput os prazos estabelecidos isentos de prescrição permanecerão assim enquadrados.
no inciso I do art.3º desta Resolução. Art. 15. A revisão do enquadramento de um
Art. 9º A petição de solicitação de enquadramento de medicamento como isento de prescrição poderá ocorrer
medicamentos como isento de prescrição deverá estar a qualquer momento.
acompanhada dos seguintes documentos: § 1º A ANVISA poderá exigir provas adicionais
I – Comprovante de pagamento, ou de isenção, da Taxa relativas às condições de enquadramento para os
de Fiscalização de Vigilância Sanitária (TFVS), medicamentos já enquadrados como isentos de
mediante Guia de Recolhimento da União (GRU); prescrição.
II – Racional técnico para o enquadramento, abordando § 2º As empresas detentoras de medicamentos
os critérios estabelecidos no art. 3º desta Resolução; reenquadrados como sob prescrição deverão proceder à
III – Relatório Periódico de Farmacovigilância com adequação de seus registros, observando os
dados cumulativos de acordo com o tempo mínimo de procedimentos, prazos e condições dispostos nos arts.
comercialização estabelecido no inciso I do art. 3º desta 11 e 12 desta Resolução.
Resolução; Art. 16. O tempo previsto para o esgotamento de
IV – Plano de Minimização de Risco, quando aplicável, estoque seguirá os prazos estabelecidos em
e; regulamentação específica.
V – Formulário de avaliação de enquadramento do Art. 17.
medicamento devidamente preenchido e acompanhado O descumprimento das disposições contidas nesta
da documentação comprobatória, conforme Anexo I. Resolução constitui infração sanitária, nos termos da
Art. 10. A decisão da ANVISA quanto à avaliação das Lei nº 6437/1977, sem prejuízo das responsabilidades
solicitações de enquadramento de medicamentos como civil, administrativa e penal cabíveis.
isentos de prescrição será objeto de publicação no Art. 18. Ficam revogadas a Resolução de Diretoria
Diário Oficial da União, por meio de instrução Colegiada RDC nº 138, de 29 de maio de 2003 e o art.
normativa específica. 15 da Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 134, de
§1º A relação dos medicamentos enquadrados como 29 de maio de 2003.
isentos de prescrição será disponibilizada na página Art. 19. Esta Resolução entra em vigor 30 dias a contar
eletrônica da ANVISA, por meio da LMIP. da data de sua publicação.
§ 2º A LMIP será atualizada após a publicação da JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
instrução normativa citada no caput deste artigo.
DA ADEQUAÇÃO ANEXO I FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO
Art. 11. A cada publicação da decisão de ENQUADRAMENTO DOS MEDICAMENTOS
enquadramento efetuada pela ANVISA, todas as COMO ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
empresas detentoras de registro de medicamentos a (preenchimento em língua portuguesa)
serem enquadrados como MIP deverão submeter, via IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA SOLICITANTE
peticionamento exclusivamente eletrônico, em até 180 Razão social:
(cento e oitenta) dias após a publicação, a ―solicitação CNPJ:
de alteração da categoria de venda‖, que deverá estar Número do telefone (com DDD):
acompanhada dos seguintes documentos: Número do fax (com DDD):
I – Comprovante de pagamento, ou de isenção, da Endereço eletrônico:
TFVS, mediante GRU; REPRESENTANTE LEGAL
II – Formulários de petição devidamente preenchidos e Nome:
assinados; CPF:
III - Justificativada petição e, RESPONSÁVEL TÉCNICO
IV – Novo layout de bula e rotulagem. Nome:
Art. 12. A empresa deverá submeter uma ―notificação Profissão:
de alteração de texto de bula‖ em até 30 (trinta) dias Conselho Regional de:
após aprovação da solicitação de alteração da categoria Inscrição:
de venda. UF:
Parágrafo Único. Local e data Representante Legal
Responsável Técnico

459
Responsável Clínico c) Anos de comercialização como isento de prescrição e
comprovante de enquadramento como isentos de
1) AVALIAÇÃO DO ENQUADRAMENTO DOS prescrição no país onde o produto é comercializado:
MEDICAMENTOS COMO ISENTOS DE d) Dados de farmacovigilância (análise global das
PRESCRIÇÃO notificações; avaliação de causalidade dos casos
Referente a: (indicar aqui todos os assuntos aos quais se
requer avaliação): 6) PLANO DE MINIMIZAÇÃO DE RISCO: (quando
classe terapêutica aplicável)
princípio ativo a) Perfil de segurança do produto (riscos identificáveis e
indicação potenciais, além de uma discussão
concentração máxima específica de riscos associados a mudança).
b) Medidas de minimização de risco (como será
2) CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO realizado o monitoramento pela empresa?)
Composição do Produto [princípio(s) ativo(s)]:
Classe terapêutica:
Indicação
terapêutica:
Concentração:
Forma farmacêutica:
Vias de administração:
Modo de usar:
Posologia:
Duração de tratamento:
Apresentação comercial:

3) COMPROVAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS


CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO COMO
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO
a)Segurança (considerando os prazos estabelecidos no
art 3º, item I. ):
RESUMO:
DOCUMENTOS:
b) Sinal ou sintoma identificável pelo paciente:
RESUMO:
DOCUMENTOS:
c) Período de utilização e facilidade de uso pelo
paciente:
RESUMO:
DOCUMENTOS:
d) Potencial de risco ao paciente (mau
uso/abuso/intoxicação)
RESUMO:
DOCUMENTOS :
e) Potencial de risco ao paciente (dependência)
RESUMO:
DOCUMENTOS:
f) Via de Administração

4) HISTÓRICO DE USO NO BRASIL (caso haja):


a) Anos de comercialização
b) Estimativa de unidades comercializadas
c) Dados de farmacovigilância no Brasil (análise global
das notificações; avaliação de causalidade dos casos
ocorridos no Brasil; avaliação do perfil benefício/risco
do medicamento como MIP)

5) HISTÓRICO DE USO EM OUTROS PAÍSES:


a) País:
b) Anos de comercialização:

460
INSTRUÇÃO NORMATIVA - IN N° 11,
DE 29/09/2016

(Publicada em DOU nº 189, de 30 de setembro


de 2016)

Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de


prescrição.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso das atribuições
que lhe conferem o art.15, III e IV aliado ao
art. 7º, III e IV, da Lei n.º 9.782, de 26 de
janeiro de 1999, o art. 53, VI, §§ 1º e 3º do
Regimento Interno aprovado nos termos do
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada
– RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, em
reunião realizada em 20 de setembro de 2016,
resolve:

Art. 1º. Fica instituída a lista de medicamentos


isentos de prescrição – LMIP nos termos do
art. 10 da Resolução da Diretoria Colegiada -
RDC N° 98, de 1º de agosto de 2016.

Art. 2º.Esta Instrução Normativa entra em


vigor na data de sua publicação.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.

ANEXO – LISTA DE MEDICAMENTOS


ISENTOS DE PRESCRIÇÃO

461
Grupos Terapêuticos Indicações Terapêuticas: Observações Observações
Antiacneicos e tópicos adstringentes Acne, acne vulgar, rosácea, espinhas Restrição: Retinóides
Antiácidos, Antieméticos, Acidez estomacal, dor de estômago, dispepsia, enjôo, náusea, vômito, epigastralgia, má Restrições:Metoclopramida,
Acidez estomacal. azia, desconforto digestão, queimação, pirose, esofagite péptica, distensão abdominal, cinetose, hérnia de Bromoprida, Mebeverina,
Eupépticos, Enzimas digestivas hiato Inibidor da Bomba de
Proton
Antibacterianos tópicos Infecções bacterianas da pele Permitidos: bacitracina e
neomicina
Antidiarreicos Diarréia, disenteria Restrições:Loperamida infantil,
Opiáceos
Antiespasmódicos Cólica, cólica menstrual, dismenoréia, desconforto pré-menstrual, cólica Restrição: Mebeverina
biliar/renal/intestinal
Anti-histamínicos Alergia, coceira, prurido, coriza, rinite alérgica, urticária, picada de inseto, ardência, ardor, Restrições: Adrenérgicos,
Antiseborréicos conjuntivite alérgica, prurido senil, prurido nasal, prurido ocular alérgico, febre do feno, Corticóides (exceto
dermatite atópica, eczemas Caspa, dermatite seborreica, seborréia, oleosidade hidrocortisona de uso tópico)
Anti-sépticos orais, Antisépticos buco- Aftas, dor de garganta, profilaxia das cáries
faríngeos
Anti-sépticos nasais, fluidificantes Anti-sépticos nasais, fluidificantes nasais, umectantes nasais
nasais, umectantes nasais
Anti-sépticos oculares Anti-sépticos oculares Restrições: Adrenérgicos, (exceto
nafazolina com concentração <
0,1%), Corticóides
Anti-sépticos da pele e mucosas Assaduras, dermatite de fraldas, dermatite de contato, dermatite amoniacal, intertrigo
mamário/ perianal/ interdigital/ axilar, odores dos pés e axilas

Anti-sépticos urinários Disúria, dor/ardor/desconforto para urinar


Anti-sépticos vaginais tópicos Higiene íntima, desodorizante
Aminoácidos, Vitaminas, Minerais suplemento vitamínico e/ou mineral pós-cirúrgico/cicatrizante, suplemento vitamínico e/ou
mineral como auxiliar nas anemias carenciais suplemento vitamínico e/ou mineral em dietas
restritivas e inadequadas, suplemento vitamínico e/ou mineral em doenças
crônicas/convalescença, suplemento vitamínico e/ou mineral em idosos, suplemento
vitamínico e/ou mineral em períodos de crescimento acelerado, suplemento vitamínico e/ou
mineral na gestação e aleitamento, suplemento vitamínico e/ou mineral para recém-nascidos,
lactentes e crianças em fase de crescimento, suplemento vitamínico e/ou mineral para
prevenção do raquitismo, suplemento vitamínico e/ou mineral para a prevenção/tratamento
auxiliar na desmineralização óssea pré e pós menopausal, suplemento vitamínico e minerais
antioxidantes, suplemento vitamínico e/ou mineral para prevenção de cegueira
noturna/xeroftalmia, suplemento vitamínico como auxiliar do sistema imunológico

462
Antiinflamatórios Lombalgia, mialgia, torcicolo, dor articular, artralgia, Inflamação da garganta, dor muscular, Permitidos: Naproxeno,
dor na perna, dor varicosa, contusão, hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, ibuprofeno, cetoprofeno. Tópicos
lumbago, dor pós-traumática, dor ciática, bursite, distensões, flebites superficiais, não esteroidais
inflamações varicosas, quadros dolorosos da coluna vertebral, lesões leves oriundas da
prática esportiva
Antiflebites Dor nas pernas, dor varicosa, sintomas de varizes, dores das pernas relacionadas a varizes,
dores após escleroterapia venosa
Antifiséticos, Antiflatulentos, Eructação, flatulência, empachamento, estufamento, aerofagia pósoperatória, gases,
Carminativos meteorismo
Antifúngicos, Antimicóticos Micoses de pele, frieira, micoses de unha, pano branco, infecções fúngicas das unhas, Permitidos: Tópicos
onicomicoses, dermatomicoses, pitiríase versicolor, tínea das mãos, tínea dos pés, pé de
atleta, tínea do corpo, micose de praia, tínea da virilha,candidíase cutânea, monilíase
cutânea, dermatite seborreica, dermatomicoses superficiais, vulvovaginites,
dermatiteperianal, balanopostite, candidíase vaginal,candidíase oral
Anti-hemorroidários Sintomas de hemorróidas Permitidos: Tópicos

Antiparasitários orais, Antihelmínticos Verminoses Permitidos: Mebendazol,


Levamizol.

Antiparasitários tópicos, Escabicidas, Piolhos, sarna, escabiose, carrapatos, pe diculose, lêndea


Ectoparasiticidas
Antitabágicos Alívio dos sintomas decorrente do abandono do hábito de fumar, alívio dos sintomas da Restrição: Bupropiona
síndrome de abstinência

Analgésicos, Antitérmicos, Dor, dor de dente, dor de cabeça, dor abdominal e pélvica, enxaqueca, sintomas da gripe, Permitidos: analgésicos (exceto
Antipiréticos sintomas do resfriados, febre, cefaléia, dores reumáticas, nevralgias, lombalgia, mialgia, narcóticos)
torcicolo, dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular, contusão,
hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, lumbago, dor pós-traumática, dor
ciática, bursite, distensões
Ceratolíticos Descamação, esfoliação da pele, calos, verrugas, verruga plantar, verruga vulgar
Cicatrizantes Feridas, escaras, fissuras de pele e mucosas, rachaduras
Colagogos, Coleréticos Distúrbios digestivos, distúrbios hepáticos
Descongestionantes nasais tópicos Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido Restrições: vasoconstritores

463
Descongestionantes nasais sistêmicos Congestão nasal, obstrução nasal, nariz entupido Permitido: fenilefrina
Emolientes e lubrificantes cutâneos e de Hidratante, dermatoses hiperqueratóticas, dermatoses secas, pele seca e áspera, ictiose
mucosas vulgar, hiperqueratose palmar e plantar, ressecamento da pele, substituto artificial da saliva,
saliva artificial para tratamento da xerostomia
Emolientes, lubrificantes e adstringentes Secura nos olhos, falta de lacrimejamento, irritação ocular
oculares
Expectorantes, balsâmicos, mucolíticos. Sedativos da tosse Tosse, tosse seca, tosse produtiva, tosse irritativa, tosse com catarro,
mucofluidificante

Laxantes, Catárticos Prisão de ventre, obstipação intestinal, constipação intestinal, intestino preso

Rehidratante oral Hidratação oral, reidratação oral

Relaxantes musculares Torcicolo, contratura muscular, dor muscular, lumbago, entorses

Rubefacientes Vermelhidão, rubor

Tônicos orais Estimulante do apetite, astenia

464
RDC Nº 133, DE 15/12/16
§ 2º Excetua-se do disposto no parágrafo anterior a
Altera a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº Notificação de Receita "B2" contendo
50/14, que dispõe sobre as medidas de controle de medicamento à base de sibutramina, que poderá
comercialização, prescrição e dispensação de conter a quantidade de medicamento
medicamentos que contenham as substâncias correspondente a, no máximo, 60 (sessenta) dias
anfepramona, femproporex, mazindol e sibutramina, de tratamento.‖ (NR)
seus sais e isômeros, bem como intermediários e dá
outras providências.
Art. 3° O art. 12 da Resolução da Diretoria
Colegiada – RDC n° 50, de 2014, passa a vigorar
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de com as seguintes alterações:
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, ―Art.12. O monitoramento de todo e qualquer
da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. evento adverso relacionado ao uso de
53, V, §§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado medicamento que contenha as substâncias tratadas
nos termos do Anexo I da Resolução da Diretoria nesta norma, bem como intermediários, será
Colegiada – RDC n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, realizado por meio do Sistema Nacional de
resolve adotar a seguinte Resolução da Diretoria Notificações para a Vigilância Sanitária-
Colegiada, conforme deliberado em reunião NOTIVISA disponível no sítio eletrônico da
realizada em 30 de novembro de 2016, adota a ANVISA na internet, ou o sistema que venha a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, substituí-lo. Parágrafo único. Deverão ser
Diretor-Presidente Substituto, determino a sua cadastrados no sistema NOTIVISA:
publicação. I - o responsável técnico pela farmácia ou drogaria
que dispense apenas medicamentos
Art. 1º O art. 3º da Resolução de Diretoria industrializados e manipulados;
Colegiada – RDC nº 50 de 25 de setembro de II - os profissionais prescritores.‖ (NR)
2014, passa a vigorar com as seguintes alterações:
Art. 4º Fica revogado o art. 2º da Resolução da
"Art. 3º Fica vedada a prescrição e a dispensação Diretoria Colegiada - RDC nº 58, de 2007.
de medicamentos que contenham as substâncias
tratadas nesta norma acima das Doses Diárias Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de
Recomendadas (DDR), conforme a seguir sua publicação.
especificado:
I - Femproporex: 50,0 mg/dia; FERNANDO MENDES GARCIA NETO Diretor-
II - Fentermina: 60,0 mg/ dia; Presidente Substituto
III - Anfepramona: 120,0 mg/dia;
IV - Mazindol: 3,00 mg/dia, e
V - Sibutramina: 15 mg/dia" (NR)

Art. 2º O art. 5º da Resolução de Diretoria


Colegiada – RDC nº 50, de 2014, passa a vigorar
com as seguintes alterações:

―Art. 5º A prescrição, dispensação e o aviamento


de medicamentos que contenham as substâncias
tratadas nesta norma deverão ser realizados por
meio da Notificação de Receita "B2", de acordo
com a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº
58, de 05 de setembro de 2007, ou aquela que vier
substituí- la, ficando condicionados às medidas de
controle definidas nesta Resolução.

§ 1º A Notificação de Receita "B2" pode conter a


quantidade de medicamento correspondente a, no
máximo, 30 (trinta) dias de tratamento.

465
RDC Nº 145, DE 21/03/2017

(D.O.U. 22/03/2017)

Proíbe em todo o território nacional a fabricação,


importação e comercialização, assim como o uso em
serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de


Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V,
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme
deliberado em reunião realizada em 07 de março de
2017, adota a seguinte Resolução da Diretoria
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:

Art. 1º Ficam proibidos em todo o território nacional a


fabricação, a importação e a comercialização, assim
como o uso em serviços de saúde, dos termômetros e
esfigmomanômetros com coluna de mercúrio.
§ 1º Os termômetros e esfigmomanômetros com coluna
de mercúrio abrangidos por esta Resolução são os
produtos que possuem uma coluna transparente,
contendo mercúrio no seu interior, com a finalidade de
aferir valores de temperatura corporal (no caso do
termômetro) e pressão arterial (no caso do
esfigmomanômetro), indicados para uso em diagnóstico
em saúde.
§ 2º A proibição estabelecida no caput deste artigo não
se aplica aos produtos para pesquisa, para calibração de
instrumentos ou para uso como padrão de referência.
Art. 2° Os produtos relacionados no §1º do art. 1º desta
Resolução, que forem retirados de uso, deverão seguir a
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 306, de
2004, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, ou
outra que vier a substituí-la.
Art. 3º Os cadastros na Anvisa de produtos relacionados
no §1º do art. 1º, vigentes na data de entrada em vigor
desta Resolução, serão automaticamente cancelados.
Art. 4º O descumprimento das disposições contidas
nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
das responsabilidades civil, administrativa e penal
cabíveis.
Art. 5º. Esta Resolução entrará em vigor em 1º de
janeiro de 2019.
JARBAS BARBOSA DA SILVA JÚNIOR
Diretor-Presidente

466
RDC Nº 197, DE 26/12/2017 V- Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia
(CIVP): documento reconhecido internacionalmente,
Dispõe sobre os requisitos mínimos para o que comprova a realização de vacinação ou profilaxia.
funcionamento dos serviços de vacinação humana. VI- erro de Vacinação: qualquer evento evitável que
pode levar ao uso inapropriado de
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de vacinas ou causar dano a um paciente. Pode estar
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe relacionado à prática profissional e
conferem o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da procedimentos, com possibilidade de acontecer se as
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o art. 53, V, §§ normas e técnicas não forem cumpridas;
1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos do VII- Evento Adverso Pós-Vacinação (EAPV): Qualquer
Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° ocorrência após à aplicação da
61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a seguinte vacina e que, não necessariamente, possui uma relação
Resolução da Diretoria Colegiada, conforme deliberado causal com o produto;
em reunião realizada em 12 dezembro de 2017, e eu, VIII- profissional legalmente habilitado: profissional
Diretor-Presidente, determino a sua publicação. com formação superior ou técnica com suas
competências atribuídas por lei;
CAPÍTULO I IX- responsável Legal ou Representante Legal: Pessoa
Das disposições iniciais física investida de poderes legais para praticar atos em
Seção I nome da pessoa jurídica;
Do objetivo X- responsável Técnico (RT): Profissional legalmente
habilitado, formalmente designado pelo Responsável
Art. 1º Esta Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Legal para manter as rotinas e os procedimentos de um
tem por objetivo estabelecer os serviço;
requisitos mínimos para o funcionamento dos serviços XI- sala de Vacinação: ambiente envolto por paredes
que realizam a atividade de em todo seu perímetro e pelo menos uma porta,
vacinação humana. destinada à administração das vacinas;
XII- vacinação Extramuros de Serviços Privados:
Seção II atividade vinculada a um serviço de vacinação
Da abrangência licenciado, que ocorre de forma esporádica, isto é,
através de sazonalidade
Art. 2º Esta Resolução se aplica a todos os serviços que ou
realizam a atividade de vacinação no país, sejam eles programa de saúde ocupacional, praticada fora do
públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares. estabelecimento, destinada a uma população específica
em um ambiente determinado e autorizada pelos órgãos
Seção III sanitários competentes das secretarias estaduais ou
Das definições municipais de saúde;
XIII- vacinas: medicamentos imunobiológicos que
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as contêm uma ou mais substâncias antigênicas que,
seguintes definições: quando inoculadas, são capazes de induzir imunidade
I- alvará de licenciamento ou equivalente: documento específica ativa, a fim de proteger contra, reduzir a
emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, severidade ou combater a(s) doença(s) causada(s) pelo
Distrito Federal ou dos Municípios, contendo permissão agente que originou o(s) antígeno(s).
para a prestação do serviço sob regime de vigilância
sanitária; CAPÍTULO II
II- ambiente: espaço fisicamente determinado e Dos requisitos para o funcionamento do serviço de
especializado para o desenvolvimento de vacinação
determinada(s) atividade(s), caracterizado por Seção I
dimensões e instalações diferenciadas, Das condições organizacionais
podendo constituir-se de uma sala ou de uma área;
III- área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais Art. 4º O estabelecimento que realiza o serviço de
de uma das faces; vacinação deve estar devidamente licenciado para esta
IV- campanha de Vacinação Pública: constitui atividade pela autoridade sanitária competente.
estratégia de vacinação de um determinado número de Art. 5º O estabelecimento que realiza serviço de
pessoas em curto espaço de tempo, com o objetivo do vacinação deve estar inscrito e manter seus dados
controle de uma doença de forma intensiva ou a atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos
ampliação das coberturas vacinais para de Saúde –CNES.
complementação do trabalho da rotina, promovida por Art. 6º O estabelecimento que realiza serviço de
órgãos públicos de saúde; vacinação deve afixar, em local visível ao usuário, o
Calendário Nacional de Vacinação do SUS, com a
indicação das vacinas disponibilizadas neste calendário.

467
III- sala de vacinação, que deve conter, no mínimo:
Seção II a) pia de lavagem;
Dos recursos humanos b) bancada;
c) mesa;
Art. 7º O estabelecimento que realiza o serviço de d) cadeira;
vacinação deve ter um Responsável Técnico e um e) caixa térmica de fácil higienização;
substituto. f) equipamento de refrigeração exclusivo para guarda e
Art. 8º O serviço de vacinação deve contar com conservação de vacinas, com
profissional legalmente habilitado para termômetro de momento com máxima e mínima;
desenvolver as atividades de vacinação durante todo o g) local para a guarda dos materiais para administração
período em que o serviço for oferecido. das vacinas;
Art. 9º Os profissionais envolvidos nos processos de h) recipientes para descarte de materiais
vacinação devem ser periodicamente capacitados pelo perfurocortantes e de resíduos biológicos;
serviço nos seguintes temas relacionados à vacina: i) maca; e
I- conceitos básicos de vacinação; j) termômetro de momento, com máxima e mínima,
II- conservação, armazenamento e transporte; com cabos extensores para as caixas térmicas.
III- preparo e administração segura; § 1º Em situações de urgência, emergência e em caso de
IV- gerenciamento de resíduos; necessidade, a aplicação de
V- registros relacionados à vacinação; vacinas pode ser realizada no ponto de assistência ao
VI- processo para investigação e notificação de eventos paciente.
adversos pós-vacinação e erros de vacinação; § 2º O equipamento de refrigeração para guarda e
VII- Calendário Nacional de Vacinação do SUS conservação de vacinas deve estar
vigente; Regularizado perante a Anvisa.
VIII- a higienização das mãos; e
IX- conduta a ser adotada frente às possíveis Seção IV
intercorrências relacionadas à vacinação. Do gerenciamento de tecnologias e dos processos
Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas
contendo data, horário, carga horária, conteúdo Art. 11 O serviço de vacinação deve realizar o
ministrado, nome e a formação ou capacitação gerenciamento de suas tecnologias e processos
profissional do instrutor e dos profissionais envolvidos conforme as atividades desenvolvidas e que contemple,
nos processos de vacinação. minimamente:
I- meios eficazes para o armazenamento das vacinas,
Seção III garantindo sua conservação, eficácia e segurança,
Da infraestrutura mesmo diante de falha no fornecimento de energia
elétrica;
Art. 10 O estabelecimento que realiza o serviço de II- registro diário da temperatura máxima e da
vacinação deve dispor de instalações físicas adequadas temperatura mínima dos equipamentos
para as atividades de vacinação de acordo com a destinados à conservação das vacinas, utilizando-se de
Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n° 50, de 21 instrumentos devidamente calibrados que possibilitem
de fevereiro de 2002, ou regulamentação que venha a monitoramento contínuo da temperatura;
substituí-la, e devendo ser dotado, no mínimo, dos III- utilização somente de vacinas registradas ou
seguintes itens obrigatórios: autorizadas pela Anvisa; e
I- área de recepção dimensionada de acordo com a IV- demais requisitos da gestão de tecnologias e
demanda e separada da sala de processos conforme normas sanitárias aplicáveis aos
vacinação; serviços de saúde.
II- sanitário; e Art. 12 O serviço de vacinação deve adotar
III - sala de vacinação, que deve conter, no mínimo: procedimentos para preservar a qualidade e a
a) pia de lavagem; integridade das vacinas quando houver necessidade de
b) bancada; transportá-las.
c) mesa; § 1º As vacinas deverão ser transportadas em caixas
d) cadeira; térmicas que mantenham as condições de conservação
e) caixa térmica de fácil higienização; indicadas pelo fabricante.
f) equipamento de refrigeração exclusivo para guarda e § 2º A temperatura ao longo de todo o transporte deve
conservação de vacinas, com termômetro de momento ser monitorada com o registro das temperaturas mínima
com máxima e mínima; e máxima.
g) local para a guarda dos materiais para administração Art. 13 Os serviços de vacinação devem garantir
das vacinas; atendimento imediato às possíveis
h) recipientes para descarte de materiais intercorrências relacionadas à vacinação.
perfurocortantes e de resíduos biológicos;
II- sanitário; e

468
Parágrafo único. O serviço de vacinação deve garantir o Seção VI
encaminhamento ao serviço de maior complexidade Da Emissão de Certificado Internacional de Vacinação
para a continuidade da atenção, caso necessário. ou Profilaxia (CIVP)
Art. 14 A administração de vacinas em
estabelecimentos privados e que não estejam Art 18 O serviço de vacinação poderá emitir o CIVP.
contempladas no Calendário Nacional de Vacinação do Parágrafo único. O serviço de vacinação deverá ser
SUS somente serão realizadas mediante prescrição credenciado pela Anvisa para a emissão do CIVP.
médica. Art. 19 A emissão do CIVP deverá seguir os padrões
Parágrafo único. A dispensação deve necessariamente definidos pela ANVISA.
estar vinculada a administração da vacina. § 1º A emissão do CIVP deverá ser realizada de forma
gratuita.
Seção V § 2º A emissão do CIVP deverá ser registrada em
Dos Registros e Notificações das Vacinações sistema de informação estabelecido pela ANVISA.
CAPÍTULO III
Art. 15 Compete aos serviços de vacinação: Das Disposições Finais ou Transitórias
I- registrar as informações referentes às vacinas
aplicadas no cartão de vacinação e no sistema de Art. 20 As vacinações realizadas pelos serviços de
informação definido pelo Ministério da Saúde; vacinação serão consideradas válidas para fins legais
II- manter prontuário individual, com registro de todas em todo o território nacional.
as vacinas aplicadas, acessível aos usuários e Art. 21 O descumprimento das disposições contidas
autoridades sanitárias; nesta resolução e no regulamento por ela aprovado
III- manter no serviço, acessíveis à autoridade sanitária, constitui infração sanitária, nos termos da Lei nº. 6.437,
documentos que comprovem a origem das vacinas de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das
utilizadas; responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.
IV- notificar a ocorrência de eventos adversos pós- Art. 22 Os serviços de vacinação que se encontram, no
vacinação (EAPV) conforme determinações do momento da publicação desta Resolução da Diretoria
Ministério da Saúde; Colegiada, com licença vigente para esta atividade terão
V- notificar a ocorrência de erros de vacinação no o prazo de 06 (seis) meses, contados a partir da data de
sistema de notificação da Anvisa; e publicação desta Resolução, para promover as
VI- investigar incidentes e falhas em seus processos que adequações necessárias para o cumprimento dos
podem requisitos estabelecidos nesta norma.
ter contribuído para a ocorrência de erros de vacinação. Parágrafo único. O prazo para adequação ao requisito
Art. 16 – No cartão de vacinação deverão constar, de disposto no § 2º, art. 10 será de 02 (dois anos), contados
forma legível, no mínimo as seguintes informações: a partir da data de publicação desta Resolução.
I- dados do vacinado (nome completo, documento de Art. 23 Esta Resolução da Diretoria Colegiada entra em
identificação, data de nascimento); vigor na data de sua publicação.
II- nome da vacina;
III- dose aplicada; JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.
IV- data da vacinação;
V- número do lote da vacina;
VI- nome do fabricante;
VII- identificação do estabelecimento;
VIII- identificação do vacinador; e
IX- data da próxima dose, quando aplicável.

Seção VI
Da realização de Vacinação Extramuros por Serviços
Privados

Art. 17 Os serviços de vacinação privados podem


realizar vacinação extramuros mediante autorização da
autoridade sanitária competente.
§ 1º A atividade de vacinação extramuros deve observar
todas as diretrizes desta Resolução relacionadas aos
recursos humanos, ao gerenciamento de tecnologias e
processos, e aos registros e notificações.
§ 2º A atividade de vacinação extramuros deve ser
realizada somente por estabelecimento de vacinação
licenciado.

469
RDC Nº 200, DE 26/12/2017. princípio ativo proveniente de uma forma farmacêutica,
a partir de sua curva concentração/tempo na circulação
Dispõe sobre os critérios para a concessão e renovação sistêmica ou sua excreção na urina, medida com base no
do registro de medicamentos com princípios ativos pico de exposição e na magnitude de exposição ou
sintéticos e semissintéticos, classificados como novos, exposição parcial;
genéricos e similares, e dá outras providências. III - biodisponibilidade relativa - comparação da
biodisponibilidade de dois produtos sob um mesmo
(Publicada no DOU nº 248, de 28 de dezembro de 2017) desenho experimental;
(Republicada no DOU nº 20, de 29 de janeiro de 2018) IV - bioequivalência - consiste na demonstração de
biodisponibilidades equivalentes entre produtos, quando
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de estudados sob um mesmo desenho experimental;
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe V - biolote - lote utilizado para comprovação de
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da equivalência farmacêutica e bioequivalência;
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, VI - Certificado de boas práticas de fabricação (CBPF) -
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos documento emitido pela Anvisa atestando que
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC determinado estabelecimento cumpre com as Boas
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a Práticas de Fabricação dispostas na legislação sanitária
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme em vigor (Resolução RDC nº 39, de 14/08/2013);
deliberado em reunião realizada em 12 de dezembro de VII - Código ATC (Anatomical Therapeutic Chemical)
2017, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua - sigla utilizada para a classificação Anatômica
publicação: Terapêutica Química dos fármacos em diferentes grupos
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que e subgrupos, de acordo com o órgão ou sistema sobre o
estabelece os requisitos mínimos para a concessão e qual atuam e segundo as suas propriedades químicas,
renovação do registro de medicamentos com princípios farmacológicas e terapêuticas (OMS, 2013);
ativos sintéticos e semissintéticos, classificados como VIII - controle de qualidade - conjunto de medidas
novos, genéricos e similares, nos termos desta destinadas a garantir, a qualquer momento, a produção
Resolução. de lotes de medicamentos que satisfaçam às normas de
atividade, pureza, eficácia e inocuidade;
CAPÍTULO I IX - Denominação Comum Brasileira (DCB) -
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS nomenclatura genérica atribuída aos insumos
farmacêuticos, de acordo com a relação estabelecida
Seção I Objetivo pela Farmacopéia Brasileira;
Art. 2º Esta Resolução possui o objetivo de estabelecer X - embalagem - invólucro, recipiente ou qualquer
os critérios e a documentação mínima necessária para a forma de acondicionamento,
concessão e renovação do registro de medicamentos removível ou não, destinada a cobrir, empacotar,
com princípios ativos sintéticos e semissintéticos, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não,
classificados como novos, genéricos e similares, medicamentos (Lei nº 6.360, de 23/09/1976, e
visando garantir a qualidade, segurança e eficácia destes Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
medicamentos. XI - embalagem primária - embalagem que mantém
Seção II contato direto com o medicamento (Resolução RDC nº
Abrangência 71, de 22/12/2009);
Art. 3º Este Regulamento se aplica a todos os XII - embalagem secundária - embalagem externa do
medicamentos com princípios ativos sintéticos e produto, que está em contato
semissintéticos, classificados como novos, genéricos e com a embalagem primária ou envoltório intermediário,
similares, com exceção dos regidos por legislação podendo conter uma ou mais embalagens primárias
específica vigente. (Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
XIII - embalagem secundária funcional - aquela que
Seção III oferece proteção adicional ou
Definições serve para liberar a dose do produto;
Art. 4º Para efeito desta Resolução são adotadas as XIV - envoltório intermediário - embalagem opcional
seguintes definições: que está em contato com a embalagem primária e
I - acessório - complemento destinado a dosar, conduzir constitui um envoltório ou qualquer outra forma de
ou executar a administração da forma farmacêutica ao proteção removível, podendo conter uma ou mais
paciente, comercializado dentro da embalagem embalagens primárias, conforme aprovação da Anvisa
secundária, junto com o medicamento e sem o contato (Resolução RDC nº 71, de 22/12/2009);
direto com a forma farmacêutica (Resolução RDC nº XV - Estudo de Equivalência Farmacêutica - conjunto
31, de 11/08/2010); de ensaios físico-químicos, quando aplicáveis,
II - biodisponibilidade - indica a velocidade e a microbiológicos e biológicos, que comprovam que dois
extensão de absorção de um medicamentos são equivalentes farmacêuticos
(Resolução RDC nº 31, de 11/08/2010);

470
XVI - equivalentes farmacêuticos - medicamentos que XXIV - medicamento - produto farmacêutico,
possuem mesma forma tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade
farmacêutica, mesma via de administração e mesma profilática, curativa, paliativa ou para fins de
quantidade da mesma substância diagnóstico (Lei nº 5.991,
ativa, isto é, mesmo sal ou éster da molécula de 17/12/1973);
terapêutica, podendo ou não conter excipientes XXV - medicamento de referência - produto inovador
idênticos, desde que bem estabelecidos para a função registrado no órgão federal responsável pela vigilância
destinada; Devem cumprir com os mesmos requisitos da sanitária e comercializado no País, cuja eficácia,
monografia individual da Farmacopeia Brasileira, segurança e qualidade foram comprovadas
preferencialmente, ou com os de outros compêndios cientificamente junto ao órgão federal competente, por
oficiais, normas ou regulamentos específicos ocasião do registro (Lei nº 9.787, de 10/02/1999);
aprovados/referendados pela Anvisa ou, na ausência XXVI - medicamento genérico - medicamento similar a
desses, com outros padrões de qualidade e desempenho. um produto de referência ou inovador, que se pretende
Formas farmacêuticas de liberação modificada que ser com este intercambiável, geralmente produzido após
requerem reservatório ou excesso podem conter ou não a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de
a mesma quantidade da substância ativa, desde que outros direitos de exclusividade, comprovada a sua
liberem quantidades idênticas da mesma substância eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB
ativa em um mesmo intervalo posológico (Resolução ou, na sua ausência, pela DCI (Lei nº 9.787, de
RDC nº 31, de 11/08/2010); 10/02/1999);
XVII - formulações proporcionais - formulações de XXVII - medicamento similar - aquele que contém o
medicamentos em que todos os componentes da mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a
formulação estão exatamente na mesma proporção em mesma concentração, forma farmacêutica, via de
todas as diferentes administração, posologia e indicação terapêutica, e que
dosagens ou a razão entre os excipientes e o peso total é equivalente ao medicamento registrado no órgão
da formulação estiver dentro dos limites para alteração federal responsável pela vigilância sanitária, podendo
moderada de excipientes, estabelecidos na legislação diferir somente em características relativas ao tamanho
específica vigente para o pós-registro de medicamentos; e forma do produto, prazo de validade, embalagem,
XVIII - inovação radical - desenvolvimento de nova rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser
molécula não registrada no país; identificado por nome comercial ou marca; (Medida
XIX - inovação incremental - desenvolvimento de Provisória nº 2.190-34, de 2001);
melhorias em relação a um medicamento já registrado XXVIII - medicamento novo - medicamento com
no país; Insumo Farmacêutico Ativo - IFA novo no país;
XX - insumo farmacêutico ativo (IFA) - qualquer XXIX - medicamento inovador - medicamento com
substância introduzida na formulação de uma forma inovação incremental, com desenvolvimento de
farmacêutica que, quando administrada em um paciente, melhorias em relação a um medicamento já registrado
atua como ingrediente ativo. Tais substâncias podem no país, incluindo novos sais, isômeros ou mistura de
exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto isômeros, ésteres ou éteres de moléculas anteriormente
no diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma registradas;
doença, podendo ainda afetar a estrutura e XXX - nome de medicamento - é a designação do
funcionamento do organismo humano; (Resolução RDC produto farmacêutico tecnicamente elaborado, para
nº 17, de 16/04/2010 e Resolução RDC nº 45, de distingui-lo de outros, ainda que do mesmo detentor do
09/08/2012); registro;
XXI - lote - quantidade definida de matéria-prima, XXXI - número do lote - designação impressa na
material de embalagem ou produto processado em um etiqueta de um medicamento e de produtos abrangidos
ou mais processos, cuja característica essencial é a pela Lei nº 6.360, de 23/09/1976, que permita
homogeneidade. Às vezes pode ser necessário dividir identificar o lote ou a partida a que pertençam e, em
um lote em sub-lotes, que serão depois agrupados para caso de necessidade, localizar e rever todas as
formar um lote final homogêneo. Em fabricação operações de fabricação e inspeção praticadas durante a
contínua, o lote deve corresponder a uma fração produção (Lei nº 6.360, de 23/09/1976);
definida da produção, caracterizada pela XXXII - produto a granel - qualquer produto que tenha
homogeneidade (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010); passado por todas as etapas
XXII - lote piloto - lote de produto farmacêutico de produção, sem incluir o processo de embalagem. Os
produzido por um processo representativo e reprodutivo produtos estéreis em sua
de um lote de produção em escala industrial (Instrução embalagem primária são considerados produto a granel
Normativa IN nº 02, de 30/03/2009); (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010);
XXIII - matérias-primas - substâncias ativas ou inativas XXXIII - produto terminado - produto que tenha
que se empregam na passado por todas as etapas de
fabricação de medicamentos, tanto as que permanecem produção, incluindo rotulagem e embalagem final
inalteradas quanto as passíveis de sofrer modificações (Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010);
(Lei nº 6.360, de 23/09/1976);

471
XXXIV - produto intermediário - produto parcialmente Art. 9º Caso a empresa solicite concomitantemente ao
processado contendo o IFA registro a inclusão de mais de um local de fabricação do
e que deve ser submetido a etapas subsequentes de medicamento ou mais de um local de fabricação do
fabricação antes de se tornar um produto a granel insumo farmacêutico ativo (IFA), deverá apresentar
(Adaptado da Resolução RDC nº 17, de 16/04/2010). toda a documentação e provas adicionais exigidas na
legislação específica vigente de alterações pós-registro.
CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo único. Para os casos em que a legislação
Art. 5º Todos os documentos deverão ser encaminhados específica vigente de alterações pós-registro solicitar a
por via impressa numerada e rubricada em todas as apresentação de protocolo de estudos de estabilidade,
folhas. para o registro deverá ser apresentado o estudo
§ 1º A documentação deverá ser apresentada de acordo acelerado completo e o de longa duração em
com a ordem disposta nesta Resolução, acompanhada andamento.
de índice com numeração das respectivas páginas das Art. 10. Os medicamentos novos e similares deverão
documentações. adotar obrigatoriamente nome de medicamento,
§ 2º O solicitante do registro deverá adicionar à conforme legislação específica vigente. Art. 11. As
documentação impressa, mídia eletrônica contendo apresentações do medicamento a serem registradas
arquivo em formato PDF, que permita a realização de deverão estar de acordo com o regime posológico e a
busca textual e cópia, com todos os requisitos do caput indicação terapêutica do medicamento.
deste artigo. Art. 12. A Anvisa poderá, a seu critério e mediante
§ 3º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos justificativa técnica, exigir provas adicionais de
casos de submissão em meio eletrônico. qualidade de medicamentos e requerer novos estudos
Art. 6º Os documentos oficiais em idioma estrangeiro para comprovação de qualidade, segurança e eficácia.
usados para fins de registro, expedidos pelas § 1º A Anvisa poderá solicitar à empresa os dados
autoridades sanitárias, deverão ser acompanhados de brutos dos ensaios clínicos e não clínicos, assim como
tradução juramentada na forma da lei. os dados de qualidade do medicamento.
Art. 7º Para efeito do disposto neste Regulamento, § 2º A exigência de provas adicionais poderá ocorrer
existindo legislação ou guias específicos, estes deverão mesmo após a concessão do registro.
ser atendidos e as respectivas provas deverão ser Art. 13. Nos casos dispostos na norma em que for
apresentadas. solicitada a apresentação de Plano ou Relatório de
Parágrafo único. A Anvisa poderá requerer, a seu Farmacovigilância, ou Plano de Minimização de Risco,
critério e mediante justificativa técnica, testes e ou o Sumário Executivo referente ao período de cinco
documentos que deverão ser apresentados nos casos não anos do Relatório Periódico de Farmacovigilância, a
previstos nesta Resolução, ou que não satisfaçam a documentação deverá ser protocolada por meio de
algum dos quesitos especificados. expediente direcionado à área da Anvisa responsável
Art. 8º O tamanho de lote a ser registrado será referente pela farmacovigilância de medicamentos, após o
ao lote utilizado para a comprovação de segurança e peticionamento da solicitação de registro ou renovação.
eficácia demonstradas através de equivalência Art. 14. O relatório de ensaios clínicos, quando
farmacêutica, bioequivalência e estudos clínicos, solicitado, deverá conter, além do disposto nos
conforme o caso. requisitos específicos, as seguintes informações:
§ 1º O tamanho de lote a ser considerado para I - referências bibliográficas, quando disponíveis;
aprovação do registro dos medicamentos genéricos e II - todas as informações clínicas disponíveis,
similares deverá ter como referência o tamanho de lote favoráveis e desfavoráveis ao medicamento em estudo.
utilizado para comprovação de equivalência
farmacêutica e bioequivalência. Será permitida a CAPÍTULO III DOS REQUISITOS GERAIS PARA
aprovação de uma faixa para tamanho de lote industrial, O REGISTRO
desde que toda a documentação e provas exigidas sejam Seção I Das Medidas Antecedentes ao Registro de
apresentadas conforme legislação específica vigente de Medicamento Novo
alterações pós-registro. Art 15. Todos os estudos clínicos conduzidos em
§ 2º O tamanho de lote a ser considerado para território nacional para fins de registro devem seguir a
aprovação do registro de medicamento novo deverá ser legislação específica vigente para pesquisa clínica.
aquele referente ao tamanho de lote utilizado para Parágrafo único. A aprovação prévia do
comprovação de segurança e eficácia. A Anvisa poderá desenvolvimento clínico conduzido em território
considerar, para aprovação do registro, um tamanho de nacional é obrigatória para a utilização dos resultados
lote diferente do descrito no caput deste artigo, desde para fins de registro.
que seja apresentado o histórico de alterações de Art. 16. O solicitante do registro deverá solicitar para a
formulações, processos produtivos, tamanhos de lotes e Farmacopéia Brasileira a inclusão do IFA e excipiente
locais de fabricação realizadas ao longo do na lista da Denominação Comum Brasileira (DCB) caso
desenvolvimento clínico e os resultados dos estudos de esse ainda não esteja presente na lista. Seção II Das
comparabilidade realizados com o medicamento que se Medidas Antecedentes ao Registro de Medicamento
pretende registrar. Inovador

472
Art 17. Todos os estudos clínicos conduzidos em IV - layout das embalagens primária e secundária de
território nacional para fins de registro devem seguir a cada apresentação do medicamento, referente a cada
legislação específica vigente para pesquisa clínica. local de fabricação;
Parágrafo único. A aprovação prévia do V - cópia do Certificado de Boas Práticas de Fabricação
desenvolvimento clínico conduzido em território (CBPF) válido emitido pela Anvisa, para a linha de
nacional é obrigatória para a utilização dos resultados produção na qual o medicamento, objeto de registro,
para fins de registro. será fabricado, ou ainda, cópia do protocolo de
Art. 18. Todos os registros a serem peticionados por solicitação de inspeção para fins de emissão do
meio das categorias descritas na Seção VII e VIII do certificado de BPFC; e
Capítulo V deverão encaminhar o Protocolo contendo o § 1º No caso de existir mais de um local de fabricação
Racional Clínico para Provas de Segurança e Eficácia ou de etapas de produção, deverá ser apresentado a
para avaliação prévia da Anvisa. documentação descrita no inciso V para cada empresa
Seção III Das Medidas Antecedentes ao Registro de envolvida na cadeia produtiva do medicamento.
Medicamento Genérico e Similar § 2º Para os casos em que a Anvisa e a autoridade
Art. 19. O solicitante do registro deverá consultar a lista reguladora competente do país fabricante do
de medicamentos de referência disponível no portal da medicamento em questão concluírem pela equivalência
Anvisa, para verificar se há medicamento de referência das medidas e controles aplicados para a comprovação
eleito na concentração e forma farmacêutica para o de boas práticas de fabricação, poderá ser apresentado
medicamento que se pretende registrar. documento de comprovação de boas práticas emitido
Parágrafo único. Na ausência de medicamento de pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do país
referência eleito, deve ser protocolada junto à Anvisa fabricante.
solicitação de eleição de medicamento de referência, § 3º Para os produtos intermediários poderá ser
conforme legislação específica vigente. apresentado documento de comprovação de boas
Art. 20. Não serão admitidos para fins de registro como práticas de fabricação emitido pelo órgão responsável
medicamento genérico ou similar: pela Vigilância Sanitária do país fabricante.
I - produtos biológicos, imunoterápicos, derivados do § 4º No caso de produtos importados a cópia do
plasma e sangue humano; protocolo de solicitação de inspeção para fins de
II - medicamentos fitoterápicos; emissão do certificado de BPFC deverá ser
III - medicamentos específicos; acompanhada de cópia de documento de comprovação
IV - medicamentos dinamizados; de boas práticas de fabricação de produtos
V - medicamentos de notificação simplificada; farmacêuticos por linha de produção válido, emitido
VI - antissépticos de uso hospitalar; pelo órgão responsável pela Vigilância Sanitária do país
VII - produtos com fins diagnósticos e contrastes fabricante.
radiológicos; § 5º A falta do CBPF válido não impedirá a submissão
VIII- radiofármacos; do pedido de registro, mas impedirá sua aprovação.
IX - gases medicinais; e Art. 23. Além do rol de documentos contidos no art. 22,
X - outras classes de medicamentos que venham a para os medicamentos importados, deverá ser informada
possuir legislação específica para a fase do medicamento a importar como produto
seu registro. terminado, produto a granel ou na embalagem primária.
Parágrafo único. Para medicamento novo, deverão ser
Seção IV Da Documentação Administrativa Art. 21. apresentadas, quando disponíveis, as informações sobre
O pedido de registro de medicamento nos termos desta eventuais compromissos assumidos junto a outras
Resolução deverá ser individualizado por forma agências quanto à realização de estudos
farmacêutica. complementares de segurança clínica, eficácia clínica,
Parágrafo único. Para os medicamentos genéricos e farmacologia clínica ou toxicologia não-clínica. A não
similares em que as diferentes concentrações para a apresentação destas informações não impedirá a
mesma forma farmacêutica tiverem diferentes submissão do pedido de registro.
medicamentos de referência eleitos o processo deverá
ser o mesmo. Seção V Da Documentação Técnica da Qualidade
Art. 22. Todas as petições protocoladas deverão estar Art. 24. No ato do protocolo de pedido de registro de
acompanhadas dos seguintes documentos: um medicamento, o solicitante do registro deverá
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente apresentar relatório técnico contendo as seguintes
preenchidos e assinados; informações:
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização I - sobre o insumo farmacêutico ativo (IFA): a)
de Vigilância Sanitária - TFVS e respectiva Guia de nomenclatura: Denominação Comum Brasileira (DCB);
Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o b) estrutura: fórmula estrutural, incluindo
caso; estereoquímica relativa e absoluta, fórmula molecular, e
III - modelo de texto de bula; massa molecular relativa;
c) propriedades físico-químicas: forma física, relação
estequiométrica entre a forma química de apresentação

473
do IFA e seu componente farmacodinamicamente ativo, referências de especificações de qualidade descritas na
ponto de fusão, solubilidade, tamanho de partícula e Farmacopéia Brasileira ou em outros códigos oficiais
pKa; autorizados pela legislação específica vigente;
d) nome do(s) fabricante(s) do(s) IFA(s) com os c) descrição detalhada sobre a proporção qualitativa e
respectivo(s) endereço(s) e documento do órgão oficial quantitativa dos produtos intermediários utilizados na
sanitário do país de origem comprovando autorização fórmula do produto terminado; e
para a atividade de fabricar IFA; d) justificativa quanto à presença de sulco no
e) descrição do processo de síntese: fluxograma do comprimido com os devidos testes.
processo de síntese, incluindo fórmula molecular, IV - sobre a produção do produto terminado:
estruturas químicas dos materiais de partida, a) dossiê de produção referente a 1 (um) lote;
intermediários e respectivas nomenclaturas, solventes, b) nome e responsabilidade de cada fabricante incluindo
catalisadores, reagentes e o IFA, contemplando a terceirizados e cada local de fabricação proposto
estereoquímica; envolvido na produção e nos testes a serem realizados,
f) elucidação da estrutura e outras características e incluindo controle de qualidade e estudos de
impurezas: confirmação da estrutura com base na rota estabilidade acelerado e de longa duração;
de síntese e em análise espectral, contemplando o c) fluxograma com as etapas do processo de fabricação
espectro de infravermelho da molécula e outras análises mostrando onde os materiais entram no processo,
necessárias à correta identificação e quantificação da(s) identificando os pontos críticos do processo e os pontos
molécula(s), e informação sobre potencial isomerismo de controle, testes intermediários e controle do produto
estrutural e geométrico, rotação óptica específica, índice final;
de refração, quiralidade, potencial de formar d) informação sobre tamanhos de lotes do produto
polimorfos, discriminando as suas características e de terminado, descrição das etapas do processo de
outros polimorfos relacionados ao IFA, e informações fabricação, incluindo todos os parâmetros utilizados, do
sobre impurezas; controle em processo e dos produtos intermediários;
g) controle de qualidade: especificações, justificativa e) lista dos equipamentos envolvidos na produção,
das especificações para IFA não farmacopeico, métodos identificados por princípio de funcionamento (classe) e
analíticos utilizados e validação e laudo de análise de desenho (subclasse) com suas respectivas capacidades;
um lote emitido pelo fabricante do IFA; e f) controle das etapas críticas com a informação sobre
h) estabilidade: um resumo sobre os tipos de estudos os testes e critérios de aceitação realizados nos pontos
conduzidos e os resultados, conforme legislação críticos identificados no processo de fabricação, além
específica vigente, incluindo os resultados de estudos de dos controles em processo; e
degradação forçada e condições de stress e respectivos g) relatório sumário da validação do processo de
procedimentos analíticos, bem como as conclusões fabricação, incluindo lotes, definição das etapas críticas
sobre o prazo de validade ou data de reteste e material de fabricação com as respectivas justificativas,
de embalagem. parâmetros avaliados, e indicação dos resultados
obtidos e conclusão.
II - sobre o desenvolvimento da formulação:
a) resumo sobre o desenvolvimento da formulação, V - sobre o controle de qualidade das matérias-primas:
levando em consideração a via de administração e a) especificações, métodos analíticos e laudo analítico
utilização, assim como o sistema de embalagem; para os excipientes, acompanhados de referência
b) informações sobre a compatibilidade do IFA com os bibliográfica, feitos pelo fabricante do medicamento;
excipientes, características físico-químicas principais do b) informações adicionais para os excipientes de origem
IFA que possam influenciar na performance do produto animal de acordo com a legislação específica vigente
terminado; sobre controle da Encefalopatia Espongiforme
c) documentos com os detalhes de fabricação, Transmissível; e
caracterização, e controles com referência bibliográfica c) especificações, métodos analíticos e laudo analítico
para suportar os dados de segurança para excipientes para o insumo farmacêutico ativo, acompanhados de
usados pela primeira vez em um medicamento ou em referência bibliográfica, realizados pelo fabricante do
uma nova via de administração; medicamento.
d) dados e discussão sobre a avaliação de eficácia do VI - sobre o controle de qualidade do produto
sistema conservante utilizado(s) na formulação; e terminado:
e) justificativa no caso de excesso de ativo. a) especificações, métodos analíticos e laudo de análise,
acompanhados de referência bibliográfica, incluindo
III - sobre o produto terminado: relatórios de validação de método analítico; e
a) descrição detalhada sobre a fórmula completa, b) gráfico do perfil de dissolução, quando aplicável.
designando os componentes conforme a Denominação VII - sobre a embalagem primária e embalagem
Comum Brasileira (DCB); secundária funcional;
b) informação sobre a quantidade de cada componente a) descrição do material de embalagem; e
da fórmula e suas respectivas funções, incluindo os b) relatório com especificações, método analítico e
componentes da cápsula, e indicação das respectivas resultados do controle de qualidade de embalagem.

474
VIII - sobre o envoltório intermediário: descrição do analíticos com as respectivas validações para IFA não
material de constituição do envoltório intermediário e farmacopeico.
suas especificações; § 10. Em cumprimento ao inciso VI, além dos
IX - sobre os acessórios que acompanham o dispositivos anteriores, as empresas que pretendam
medicamento em sua embalagem comercial: descrição importar medicamentos terão que apresentar
do material de constituição do acessório e suas metodologia e laudo analítico de controle de qualidade
especificações; e físico-química, química, microbiológica e biológica e
X - sobre os estudos de estabilidade do produto respectivas validações, realizados pelo importador, de
terminado: acordo com a forma farmacêutica do produto acabado,
a) relatório com os resultados dos estudos de granel ou na embalagem primária.
estabilidade acelerada e de longa duração conduzidos
com 3 (três) lotes, protocolos usados, incluindo § 11. Em cumprimento ao inciso IX, deve ser
conclusões com relação aos cuidados de conservação e apresentado o respectivo número de registro para
prazo de validade; solução diluente/reconstituinte que acompanhar o
b) resultados de estudos de estabilidade para medicamento a ser registrado.
medicamentos que, após abertos ou preparados, possam § 12. Em cumprimento ao inciso IX, na hipótese de a
sofrer alteração no seu prazo de validade original ou solução diluente/reconstituinte não ter sido registrada na
cuidado de conservação original; e Anvisa, a empresa deverá apresentar documentação
c) resultados do estudo de fotoestabilidade ou conforme legislação específica vigente.
justificativa técnica para a isenção do estudo; § 13. Em cumprimento ao inciso IX o acessório deverá
§ 1º As informações explicitadas no inciso I e suas obrigatoriamente estar em quantidade e graduação
alíneas devem demonstrar autenticidade de origem do(s) adequadas considerando sua posologia, quando
IFA(s), sendo facultado ao(s) fabricante(s) deste(s) aplicável.
enviar à ANVISA, no prazo de 30 (trinta) dias após o § 14. Com relação ao prazo de validade disposto na
protocolo do registro, a referida documentação, alínea a do inciso X, no caso do produto a granel
devidamente identificada com o número do processo a importado, o prazo deverá ser contado a partir da data
que se relaciona. de sua
§ 2º Em cumprimento ao inciso I, devem ser fabricação no exterior e não da data de embalagem aqui
apresentados para IFA registrado na ANVISA o número no Brasil, respeitando-se o prazo de validade registrado
de processo de registro e o número de registro do IFA, na Anvisa.
em substituição aos documentos das alíneas b, e, f e h.
§ 3º Em cumprimento à alínea g do inciso I, devem ser CAPÍTULO IV
enviadas justificativas das especificações para IFA não DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA O
farmacopeico. REGISTRO DE MEDICAMENTO
§ 4º Em cumprimento à alínea b do inciso II, na NOVO
hipótese de associações, deve-se apresentar discussão Seção I
sobre a compatibilidade entre os ativos e entre estes e os Do Registro de Medicamento Novo
excipientes. Art. 25. Esta seção se refere ao registro de medicamento
§ 5º Em cumprimento ao inciso II, para os com Insumo Farmacêutica
medicamentos genéricos e similares deve ser enviado o Ativo novo - IFA.
relatório de desenvolvimento do método de dissolução, Art. 26. A petição de registro descrita nesta seção, além
conforme legislação específica vigente. da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
§ 6º Em cumprimento à alínea a) do inciso III na III, deverá estar acompanhada de:
ausência da DCB para algum excipiente utilizado na I - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
formulação apresentar o protocolo de solicitação de específico, contendo: a) relatório de ensaios não-
inclusão na lista da DCB ou a justificativa de ausência clínicos; e b) relatório de ensaios clínicos fase I, II e III.
emitida pela Farmacopeia Brasileira. II - plano de Farmacovigilância, de acordo com a
§ 7º As informações explicitadas nos incisos III e IV e legislação específica vigente.
suas alíneas devem ser apresentadas conforme disposto § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
no Anexo I. um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
§ 8º Em cumprimento à alínea a) do inciso IV, nos de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância
casos em que a solicitação de registro se referir a mais disposto no inciso II.
de uma concentração, o dossiê de produção deverá ser § 2º No caso de medicamentos comercializados em
apresentado para a maior e menor concentração, desde outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
que as formulações sejam qualitativamente iguais, registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
sejam proporcionais e sejam fabricadas no mesmo local medicamento.
e com mesmo processo produtivo. Art. 27. A empresa poderá apresentar,
§ 9º Em cumprimento à alínea c do inciso V, deve ser excepcionalmente, o relatório de ensaios clínicos
enviada justificativa das especificações e dos métodos contendo estudos de fase II concluídos e estudos de fase
III iniciados com vistas a requerer o registro de

475
medicamento novo destinado à prevenção ou tratamento menores quando comparados com uma associação com
de doenças de grave ameaça à vida ou altamente doses conhecidas.
debilitantes, desde que seja demonstrada para ambos os III - Plano de Farmacovigilância adequado à nova
casos como necessidade médica não atendida Parágrafo associação em dose fixa, de acordo com a legislação
único. Em casos específicos nos quais os estudos de específica vigente.
fase III não sejam aplicáveis e os estudos de fase II §1º O relatório de eficácia e segurança deve incluir
sejam suficientes para comprovação da eficácia e informações acerca das interações farmacocinéticas e
segurança do medicamento, a empresa poderá submeter farmacodinâmicas entre os IFAs que compõem a
o pedido de registro após a conclusão dos estudos de associação.
fase II. § 2º Em situações específicas relacionadas à segurança,
CAPÍTULO V DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
PARA O REGISTRO DE MEDICAMENTO de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância
INOVADOR disposto no inciso III.
Seção I Do Registro de Nova Associação Art. 28. Esta § 3º No caso de medicamentos comercializados em
seção se refere ao registro de medicamento composto outros países, deverá ser apresentado Relatório de
por uma nova combinação de dois ou mais IFAs já Farmacovigilância atualizado do medicamento.
registrados no país em:
I - uma razão fixa de doses em uma mesma unidade Seção III Do Registro de Nova Forma Farmacêutica
farmacotécnica doravante denominada associação em Art. 31. Esta seção se refere ao registro de nova forma
dose fixa; ou farmacêutica no país, para um medicamento já
II - uma razão fixa de doses em diferentes unidades registrado.
farmacotécnicas em uma mesma embalagem, para uso Art. 32. A petição de registro descrita nesta seção, além
concomitante ou sequencial, doravante denominada kit. da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
Parágrafo único. Nos casos em que um ou mais IFAs, III, deverá estar acompanhada de:
ou novos sais, isômeros ou mistura de isômeros, ésteres, I - justificativa técnica;
éteres, complexos ou derivados deste(s) IFA(s) que II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
compõem a associação não for(em) registrada(s) no específico, contendo os resultados de estudos clínicos
país, a petição de registro dessa associação deverá de fase III e fase I e II, se aplicável; e
cumprir os mesmos requisitos previstos para o registro III - plano de Farmacovigilância adequado à nova forma
de medicamento novo. farmacêutica, de acordo com a legislação específica
Art. 29. O registro de novas associações na forma de kit vigente.
será permitido apenas quando: § 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos
I - for farmacotecnicamente justificada a de fase II e III podem ser substituídos por prova de
impossibilidade de se registrar uma associação em dose biodisponibilidade relativa quando o medicamento
fixa em qualquer forma farmacêutica e houver claro proposto estiver dentro da faixa terapêutica aprovada.
benefício do kit para saúde pública ou § 2º Em situações específicas relacionadas à segurança,
II - for farmacotecnicamente justificada a um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
impossibilidade de se registrar uma associação em dose de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
fixa em qualquer forma farmacêutica e o kit demonstre § 3º No caso de medicamentos comercializados em
aumento de adesão ao tratamento e a relevância clínica outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
desse aumento tenha sido adequadamente investigada e registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
comprovada para a população alvo. medicamento.
Seção II Do Registro de Nova Associação em Dose Seção IV Do Registro de Nova Concentração
Fixa Art 33. Esta seção se refere ao registro de nova
Art. 30. A petição de registro descrita nesta seção, além concentração no país para um medicamento registrado
da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo na mesma forma farmacêutica.
III, deverá estar acompanhada de: Art. 34. A petição de registro descrita nesta seção, além
I - justificativa técnica da racionalidade da associação; e da documentação citada
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia nas Seções IV e V do Capítulo III, deverá estar
específico, contendo: a) ensaios não-clínicos, quando acompanhada de:
aplicável; b) ensaios clínicos de fase I e II, quando I - justificativa técnica;
aplicável, e estudos de fase III para cada indicação II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia
terapêutica, provando que: específico, contendo os
1. associações com as mesmas doses dos IFAs tenham resultados de estudos clínicos de fase III e fase I e II, se
um efeito aditivo ou sinérgico sem aumento dos riscos aplicável; e
quando comparados com cada IFA isoladamente ou III - plano de Farmacovigilância adequado à nova
com combinações entre eles com um número menor de concentração, de acordo com a
IFAs; ou legislação específica vigente.
2. a associação com dose menor de pelo menos um dos § 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos
IFAs obtenha o mesmo benefício com riscos iguais ou de fase II e III podem ser substituídos por prova de

476
biodisponibilidade relativa quando o medicamento § 2º No caso de medicamentos comercializados em
proposto estiver dentro da faixa terapêutica aprovada. outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
§ 2º Em situações específicas relacionadas à segurança, registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido medicamento.
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
§ 3º No caso de medicamentos comercializados em Seção VII Do Registro de Medicamento com
outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de Mesmo(s) IFA(s) de Medicamento Novo já
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do Registrado
medicamento. Art. 39. Esta seção se refere ao registro de um
medicamento no caso em que já exista medicamento
Seção V novo registrado com o(s) mesmo(s) IFA(s).
Do Registro de Nova Via de Administração Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se
Art. 35. Esta seção se refere ao registro de nova via de aplica aos medicamentos enquadrados como genéricos e
administração no país para similares para os quais haja viabilidade técnica para a
um medicamento já registrado na mesma forma realização de equivalência farmacêutica e estudo de
farmacêutica, mesma concentração e biodisponibilidade relativa (bioequivalência) para
mesma indicação terapêutica. comprovação de eficácia e segurança do medicamento.
Art. 36. A petição de registro descrita nesta seção, além Art. 40. A petição de registro descrita nesta seção, além
da documentação citada da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
nas Seções IV e V do Capítulo III, deverá estar III, deverá estar acompanhada de:
acompanhada de: I - justificativa técnica;
I - justificativa técnica; II - racional clínico do desenvolvimento do
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com guia medicamento;
específico, contendo os III - relatório de Segurança e Eficácia de acordo com
resultados de estudos clínicos de fase III e fase I e II, se guia específico, contendo: a) dados de literatura
aplicável; e. científica obtidos de revistas internacionais indexadas
III - plano de Farmacovigilância adequado à nova via de com apresentação do artigo completo, se aplicável; b)
administração, de acordo relatório de ensaios não-clínicos, se aplicável; e c)
com a legislação específica vigente. relatório de ensaios clínicos de fase I, II e III, se
§ 1º Em cumprimento ao inciso II, os estudos clínicos aplicável.
de fase II e III podem ser IV - plano de Farmacovigilância, de acordo com a
substituídos por prova de biodisponibilidade relativa legislação específica vigente.
quando o medicamento proposto § 1º Em situações específicas relacionadas à segurança,
estiver dentro da faixa terapêutica aprovada. um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido
§ 2º Em situações específicas relacionadas à segurança, de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido § 2º No caso de medicamentos comercializados em
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. outros países, Relatório de Farmacovigilância
§ 3º No caso de medicamentos comercializados em atualizado do medicamento.
outros países, deverá ser apresentado junto ao pedido de
registro o Relatório de Farmacovigilância atualizado do Seção VIII Do Registro de Medicamento com
medicamento. Inovação Diversa
Art. 41. Esta seção se refere ao registro de um
Seção VI Do registro de Nova Indicação Terapêutica medicamento no caso em que há uma inovação no
Art. 37. Esta seção se refere ao registro de nova medicamento já registrado no país que não se
indicação terapêutica no país, para um medicamento já correlacione a nenhuma das categorias de registro
registrado na mesma forma farmacêutica e mesma anteriormente propostas.
concentração. Art. 42. A petição de registro descrita nesta seção, além
Art. 38. A petição de registro descrita nesta seção, além da documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo
da documentação citada na Seção IV do Capítulo III, III, deverá estar acompanhada de:
deverá estar acompanhada de: I - justificativa técnica;
I - justificativa técnica; II - racional clínico do desenvolvimento do
II - relatório de segurança e eficácia de acordo com o medicamento;
guia específico, contendo os resultados de estudos II - relatório de Segurança e Eficácia de acordo com
clínicos de fase III e fase I e II, se aplicável; e. guia específico, contendo: a) dados de literatura
III - plano de Farmacovigilância adequado à nova científica obtidos de revistas internacionais indexadas
indicação terapêutica, de acordo com a legislação com apresentação do artigo completo, se aplicável; b)
específica vigente. relatório de ensaios não-clínicos, se aplicável; e c)
§ 1º Em situações específicas relacionadas à segurança, relatório de ensaios clínicos de fase I, II e III, se
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido aplicável.
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância.

477
IV - plano de Farmacovigilância, de acordo com a Recolhimento da União-GRU, ou isenção, quando for o
legislação específica vigente. caso;
§ 1º Em situações específicas relacionadas à segurança, III - sumário executivo em português referente ao
um Plano de Minimização de Risco poderá ser exigido período de cinco anos do Relatório Periódico de
de forma adicional ao Plano de Farmacovigilância. Farmacovigilância do mesmo período; e
§ 2º No caso de medicamentos comercializados em IV - documento comprobatório de venda no último
outros países, Relatório de Farmacovigilância quinquênio de vigência do registro, contendo os
atualizado do medicamento. números das notas fiscais emitidas no Brasil e a relação
de estabelecimentos compradores em um mínimo de 1
Seção IX Dos Estudos de Biodisponibilidade (uma) nota fiscal emitida no País, por forma
Relativa farmacêutica e concentração. Parágrafo único. No caso
Art. 43. Para a petição de medicamento novo ou de laboratórios oficiais, deverá ser apresentada
inovador para a qual for necessária a apresentação dos justificativa de não comercialização quando não houver
estudos de biodisponibilidade relativa nos termos desta a produção do medicamento no período referido no
Resolução deverão ser protocolados os estudos de inciso IV.
acordo com as orientações disponíveis na página
eletrônica da ANVISA. CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS
CAPÍTULO V Art. 48. A empresa detentora ou fabricante do
DOS REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA O medicamento poderá ser inspecionada para verificação
REGISTRO DE MEDICAMENTO GENÉRICO E in loco de dados e informações da petição de concessão
SIMILAR e renovação do registro, a critério da Anvisa.
Art. 49. Será divulgada informação na página eletrônica
Seção I Dos Estudos de Equivalência Farmacêutica e da Anvisa com a decisão final da análise técnica da
Perfil de Dissolução solicitação do registro do medicamento.
Art. 44. A petição de solicitação de registro de Art. 50. A Anvisa poderá emitir orientação técnica
medicamentos similares e genéricos, além da sobre a aplicabilidade desta Resolução para os casos
documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo III, específicos de registro de medicamento, tal como a
deverá estar acompanhada de certificado de apresentação de dados para a comprovação de
equivalência farmacêutica e certificado de perfil de segurança e eficácia para as inovações incrementais, nas
dissolução e relatório de desenvolvimento do método de hipóteses que se fizerem necessárias.
dissolução, conforme legislação específica vigente. Art. 51. O descumprimento das disposições contidas
Parágrafo único. Este artigo não se aplica caso a nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
fabricação do medicamento genérico ou similar e do da Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
medicamento de referência for realizada em um mesmo das responsabilidades civil, administrativas e penal
local de fabricação, com formulação, processo de cabíveis.
produção e equipamentos idênticos. Art. 52. Ficam revogadas a Resolução RDC nº 60, de 10
de outubro de 2014, e a Resolução RDC nº 20, de 13 de
Seção II Dos Estudos de Bioequivalência maio de 2015.
Art. 45. Para a petição de solicitação de registro de Art. 53. As petições de concessão de registro de
medicamentos similares e genéricos, além da medicamentos novos, genéricos e similares
documentação citada nas Seções IV e V do Capítulo III, protocoladas antes da data de vigência desta Resolução,
deverão ser protocolados os estudos de bioequivalência ou que já se encontram em análise na Gerência-Geral de
de acordo com as orientações disponíveis na página Medicamentos, serão analisadas conforme as
eletrônica da ANVISA. Resoluções vigentes à época do protocolo.
Art. 46. O estudo de bioequivalência ou testes para a Art. 53-A. Para as petições de concessão de registro de
bioisenção deverão ser realizados, obrigatoriamente, medicamentos novos, genéricos e similares
com o mesmo lote utilizado no estudo de equivalência protocoladas após a data de vigência desta Resolução e
farmacêutica. com lotes fabricados antes de 12/01/2015 em
substituição ao relatório sumário de validação poderá
CAPÍTULO VI DA RENOVAÇÃO DE REGISTRO ser apresentado:
Art. 47. Para efeito de renovação do registro do I - a avaliação das etapas críticas do processo
medicamento na Anvisa, todas as empresas, no primeiro produtivo; e
semestre do último ano do quinquênio de validade do II - justificativa técnica da ausência das demais
registro já concedido, deverão apresentar: informações constantes no relatório sumário de
I - formulários de petição, FP1 e FP2, devidamente validação de processo.
preenchidos e assinados; Art. 54. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
II - comprovante de pagamento da Taxa de Fiscalização publicação.
de Vigilância SanitáriaTFVS e respectiva Guia de
JARBAS BARBOSA DA SILVA JR.

478
ANEXO I - RELATÓRIO DE PRODUÇÃO
ANEXO I

RELATÓRIO DE PRODUÇÃO

Cabeçalho
Princípio Ativo (DCB)
Nome de medicamento
Complemento diferencial
Forma Farmacêutica
Concentração
Classe Terapêutica e código ATC

Nome e endereço da empresa


fabricante do IFA

Fórmula Mestra
Substância Número Quantidade % p/p da forma Função na Referências de
DCB farmacêuti ca Fórmula especificação do
controle de
qualidade

Informações do lote
Tamanho do lote
piloto/biolote
Tamanho de lote
1
industrial
Números dos lotes Lote 1 (Biolote) Lote 2 Lote 3
pilotos ou industriais
1
fabricados

Número de lote do
IFA utilizado na
produção dos lotes

2
Dossiê de produção

Processo produtivo
Nome e Endereço completo
3
(incluindo cidade, país e CNPJ)
Lista de equipamentos (incluindo
identificação por tipo, automação,
capacidade de trabalho, desenho e princípio
de funcionamento)
Descrição do processo
4
farmacotécnico
Metodologias de controle em processo
(incluindo referência bibliográfica –
Validação)

479
Fluxograma de produção
5
Etapa Substância Operação Parâmetr os da Equipamento Controle em
6 7 8
Unitária operação unitária processo

1. Tamanho de lote industrial a ser aprovado no registro, conforme Parágrafos do Art. 8º.
2. Enviar uma cópia do dossiê produção referente ao lote/biolote. E para os outros dois lotes enviar
apenas as cópias dos laudos de análise do controle de qualidade do medicamento, das fichas de
pesagens e das fichas de cálculo de rendimento das etapas de manipulação, embalagem e final.
3. Nome e responsabilidade de cada fabricante, incluindo terceirizados e cada local de fabricação
proposto envolvido na produção, incluindo o controle de qualidade;
4. Descrever o processo na forma de tópicos numerando cada uma das etapas;
5. De acordo com a numeração da descrição do processo farmacotécnico;
6. Indicar a ordem de adição das substâncias na etapa em que esta ocorrer;
7. Informações referentes a velocidade, temperatura, tempo, etc... Valores numéricos associados
podem ser apresentados como faixas esperadas. Faixas numéricas para etapas críticas devem
ser justificadas. Em certos casos condições ambientais (ex.: baixa umidade para produtos
efervescentes) devem ser listados;
8. Informar quais os testes que serão realizados e em qual etapa ocorrerão.

480
RDC Nº 222, de 28/03/2018 I. abrigo externo: ambiente no qual ocorre o
armazenamento externo dos coletores de resíduos;
Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos II. abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o
Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras armazenamento temporário dos coletores de resíduos;
providências. III. acondicionamento: ato de embalar os resíduos
segregados em sacos ou recipientes que evitem
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às
Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam
confere o art. 15, III e IV aliado ao art. 7º, III, e IV, da adequados física e quimicamente ao conteúdo
Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao art. 53, V, acondicionado;
§§ 1º e 3º do Regimento Interno aprovado nos termos IV. agentes biológicos: microrganismos capazes ou não
do Anexo I da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC de originar algum tipo de infecção, alergia ou
n° 61, de 3 de fevereiro de 2016, resolve adotar a toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias,
seguinte Resolução da Diretoria Colegiada, conforme fungos, vírus, clamídias, riquétsias, micoplasmas,
deliberado em reunião realizada em 20 de março de parasitas e outros agentes, linhagens celulares, príons e
2018, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua toxinas;
publicação. V. armazenamento externo: guarda dos coletores de
resíduos em ambiente exclusivo, com acesso facilitado
CAPÍTULO I para a coleta externa;
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS VI. armazenamento interno: guarda do resíduo contendo
produto químico ou rejeito radioativo na área de
Seção I Objetivo trabalho, em condições definidas pela legislação e
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre os requisitos de normas aplicáveis a essa atividade;
Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de VII. armazenamento temporário: guarda temporária dos
Serviços de Saúde. coletores de resíduos de serviços de saúde, em ambiente
próximo aos pontos de geração, visando agilizar a
Seção II Abrangência coleta no interior das instalações e otimizar o
Art. 2º Esta Resolução se aplica aos geradores de deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
resíduos de serviços de saúde RSS cujas atividades destinado à apresentação para coleta externa;
envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, VIII. aterro de resíduos perigosos - Classe I: local de
sejam eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou disposição final de resíduos perigosos no solo, sem
militares, incluindo aqueles que exercem ações de causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os
ensino e pesquisa. impactos ambientais e utilizando procedimentos
§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como específicos de engenharia para o confinamento destes;
geradores de RSS todos os serviços cujas atividades IX. carcaça de animal: produto de retalhação de animal;
estejam relacionadas com a atenção à saúde humana ou X. cadáver de animal: corpo animal após a morte;
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; XI. classe de risco 1 (baixo risco individual e para a
laboratórios analíticos de produtos para saúde; comunidade): agentes biológicos conhecidos por não
necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem causarem doenças no homem ou nos animais adultos
atividades de embalsamamento (tanatopraxia e sadios;
somatoconservação); serviços de medicina legal; XII. classe de risco 2 (moderado risco individual e
drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; limitado risco para a comunidade): inclui os agentes
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; biológicos que provocam infecções no homem ou nos
centros de controle de zoonoses; distribuidores de animais, cujo potencial de propagação na comunidade e
produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores de de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os
materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades quais existem medidas terapêuticas e profiláticas
móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; eficazes;
serviços de piercing e tatuagem, salões de beleza e XIII. classe de risco 3 (alto risco individual e moderado
estética, dentre outros afins. risco para a comunidade): inclui os agentes biológicos
§ 2º Esta Resolução não se aplica a fontes radioativas que possuem capacidade de transmissão por via
seladas, que devem seguir as determinações da respiratória e que causam patologias humanas ou
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, e às animais, potencialmente letais, para as quais existem
indústrias de produtos sob vigilância sanitária, que usualmente medidas de tratamento ou de prevenção.
devem observar as condições específicas do seu Representam risco se disseminados na comunidade e no
licenciamento ambiental. meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a
Seção III pessoa;
Definições XIV. classe de risco 4 (elevado risco individual e
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as elevado risco para a comunidade): classificação do
seguintes definições: Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que
representam grande ameaça para o ser humano e para os

481
animais, implicando grande risco a quem os manipula, possa produzir gotejamento, vazamento ou
com grande poder de transmissibilidade de um derramamento espontaneamente ou sob compressão
indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e mínima;
de tratamento para esses agentes XXVII. gerenciamento dos resíduos de serviços de
XV. coleta e transporte externos: remoção dos resíduos saúde: conjunto de procedimentos de gestão, planejados
de serviços de saúde do abrigo externo até a unidade de e implementados a partir de bases científicas, técnicas,
tratamento ou outra destinação, ou disposição final normativas e legais, com o objetivo de minimizar a
ambientalmente adequada, utilizando-se de técnicas que geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento
garantam a preservação das condições de seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos
acondicionamento; trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos
XVI. coletor: recipiente utilizado para acondicionar os recursos naturais e do meio ambiente;
sacos com resíduos; XXVIII. hemoderivados: produtos oriundos do sangue
XVII. coletor com rodas ou carro de coleta: recipiente total ou do plasma, obtidos por meio de processamento
com rodas utilizado para acondicionar e transportar físico-químico ou biotecnológico;
internamente os sacos com resíduos; XXIX. identificação dos resíduos de serviços de saúde:
XVIII. compostagem: processo biológico que acelera a conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos
decomposição do material orgânico, tendo como riscos presentes nos resíduos acondicionados, de forma
produto final o composto orgânico; clara e legível em tamanho proporcional aos sacos,
XIX. decaimento radioativo: desintegração natural de coletores e seus ambientes de armazenamento,
um núcleo atômico por meio da emissão de energia em conforme disposto no Anexo II desta Resolução;
forma de radiação; XXX. instalação radiativa: unidade ou serviço no qual
XX. destinação final ambientalmente adequada: se produzam, processam, manuseiam, utilizam,
destinação de resíduos que inclui a reutilização, a transportam ou armazenam fontes de radiação,
reciclagem, a compostagem, a recuperação e o excetuando-se as Instalações Nucleares definidas em
aproveitamento energético ou outras destinações norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear
admitidas pelos órgãos competentes do Sistema (CNEN);
Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema XXXI. licença ambiental: ato administrativo pelo qual o
Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema órgão ambiental competente estabelece as condições,
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), restrições e medidas de controle ambiental que devem
entre elas a disposição final ambientalmente adequada, ser obedecidas para localizar, instalar, ampliar e operar
observando normas operacionais específicas de modo a empreendimentos ou atividades utilizadores dos
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a recursos ambientais considerados efetiva ou
minimizar os impactos ambientais adversos; potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
XXI. disposição final ambientalmente adequada: forma, possam causar degradação ambiental;
distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando XXXII. licença sanitária: documento emitido pelo órgão
normas operacionais específicas de modo a evitar danos sanitário competente dos Estados, Distrito Federal ou
ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os dos Municípios, contendo permissão para o
impactos ambientais adversos; funcionamento dos estabelecimentos que exerçam
XXII. equipamento de proteção individual (EPI): atividades sob regime de vigilância sanitária;
dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo XXXIII. líquidos corpóreos: líquidos originados no
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis corpo humano, limitados para fins desta resolução, em
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho; líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural,
XXIII. equipamento de proteção coletiva (EPC): articular, ascítico e amniótico;
dispositivos ou produtos de uso coletivo utilizados pelo XXXIV. logística reversa: instrumento de
trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis desenvolvimento econômico e social caracterizado por
de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho e de um conjunto de ações, procedimentos e meios
terceiros; destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
XXIV. ficha de informações de segurança de produtos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
químicos (FISPQ): ficha que contém informações reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
essenciais detalhadas dos produtos químicos, produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
especialmente sua identificação, seu fornecedor, sua adequada;
classificação, sua periculosidade, as medidas de XXXV. Manejo dos resíduos de serviços de saúde:
precaução e os procedimentos em caso de emergência; atividade de manuseio dos resíduos de serviços de
XXV. fonte radioativa selada: fonte radioativa saúde, cujas etapas são a segregação,
encerrada hermeticamente em uma cápsula, ou ligada acondicionamento, identificação, transporte interno,
totalmente a material inativo envolvente, de forma que armazenamento temporário, armazenamento externo,
não possa haver dispersão de substância radioativa em coleta interna, transporte externo, destinação e
condições normais e severas de uso; disposição final ambientalmente adequada dos resíduos
XXVI. forma livre: saturação de um líquido em um de serviços de saúde;
resíduo que o absorva ou o contenha, de forma que

482
XXXVI. metal pesado: qualquer substância ou propriedades físicas, físicoquímicas ou biológicas, com
composto contendo antimônio, cádmio, cromo (IV), vistas à transformação em insumos ou novos produtos;
chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, XLVII. recipiente vazio de medicamento: embalagem
telúrio e tálio; primária de medicamentos usada em sua preparação ou
XXXVII. nível de dispensa: valor estabelecido por administração, que tenha sido esvaziado em decorrência
norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear da total utilização ou transferência de seu conteúdo
(CNEN), tal que fontes de radiação com concentração deste para outro recipiente;
de atividade ou atividade total igual ou inferior a esse XLVIII. redução de carga microbiana: aplicação de
valor podem ser dispensadas de controle regulatório e processo que visa à inativação microbiana das cargas
ser liberado pelas vias convencionais, sob os aspectos biológicas contidas nos resíduos;
de proteção radiológica; XLIX. rejeitos: resíduos sólidos que, depois de
XXXVIII. nível III de inativação microbiana: processo esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
físico ou outros processos para a redução ou eliminação recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
da carga microbiana, tendo como resultado a inativação economicamente viáveis, não apresente outra
de bactérias vegetativas, fungos, vírus lipofílicos e possibilidade que não a disposição final ambientalmente
hidrofílicos, parasitas e micobactérias com redução adequada;
igual ou maior que 6Log10, e inativação de esporos do L. rejeito radioativo: material que contenha
B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com radionuclídeo em quantidade superior aos limites de
redução igual ou maior que 4Log10; dispensa especificados nas normas da Comissão
XXXIX. patogenicidade: é a capacidade que tem o Nacional de Energia Nuclear (CNEN), para o qual a
agente infeccioso de, uma vez instalado no organismo reutilização é imprópria ou não prevista;
do homem e dos animais, produzir sintomas em maior LI. resíduos de serviços de saúde (RSS): todos os
ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados; resíduos resultantes das atividades exercidas pelos
XL. periculosidade: qualidade ou estado de ser geradores de resíduos de serviços de saúde, definidos
perigoso; nesta Resolução;
XLI. plano de gerenciamento dos resíduos de serviços LII. resíduo perigoso: aquele que, em razão de suas
de saúde (PGRSS): documento que aponta e descreve características de inflamabilidade, corrosividade,
todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos reatividade, toxicidade, patogenicidade,
de serviços de saúde, observadas suas características e carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
riscos, contemplando os aspectos referentes à geração, apresenta significativo risco à saúde pública ou à
identificação, segregação, acondicionamento, coleta, qualidade ambiental ou à saúde do trabalhador, de
armazenamento, transporte, destinação e disposição acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
final ambientalmente adequada, bem como as ações de LIII. resíduo sólido: material, substância, objeto ou bem
proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio descartado, resultante de atividades humanas em
ambiente; sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se
XLII. plano de proteção radiológica (PPR): documento está obrigado a proceder, nos estados sólido ou
exigido para fins de licenciamento de instalações semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
radiativas, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
(CNEN); lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
XLIII. príon: estrutura proteica alterada relacionada d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou
como agente etiológico das diversas formas de economicamente inviáveis em face da melhor
encefalite espongiforme; tecnologia disponível;
XLIV. produto para diagnóstico de uso in vitro: LIV. resíduos de serviços de saúde do Grupo A:
reagentes, padrões, calibradores, controles, materiais, resíduos com a possível presença de agentes biológicos
artigos e instrumentos, junto com as instruções para seu que, por suas características, podem apresentar risco de
uso, que contribuem para realizar uma determinação infecção, elencados no Anexo I desta Resolução;
qualitativa, quantitativa ou semiquantitativa de uma LV. resíduos de serviços de saúde do Grupo B: resíduos
amostra biológica e que não estejam destinados a contendo produtos químicos que podem apresentar risco
cumprir função anatômica, física ou terapêutica alguma, à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de
que não sejam ingeridos, injetados ou inoculados em suas características de inflamabilidade, corrosividade,
seres humanos e que são utilizados unicamente para reatividade e toxicidade, elencados no Anexo I desta
provar informação sobre amostras obtidas do organismo Resolução;
humano; LVI. resíduos de serviços de saúde do Grupo C: rejeitos
XLV. quimioterápicos antineoplásicos: produtos radioativos, elencados no Anexo I desta Resolução;
químicos que atuam ao nível celular com potencial de LVII. resíduos de serviços de saúde do Grupo D:
produzirem genotoxicidade, citotoxicidade, resíduos que não apresentam risco biológico, químico
mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade; ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo
XLVI. reciclagem: processo de transformação dos ser equiparados aos resíduos domiciliares, elencados no
resíduos sólidos que envolve a alteração de suas Anexo I desta Resolução;

483
LVIII. resíduos de serviços de saúde do Grupo E: II - descrever os procedimentos relacionados ao
resíduos perfurocortantes ou escarificantes, tais como: gerenciamento dos RSS quanto à geração, à segregação,
lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, ao acondicionamento, à identificação, à coleta, ao
brocas, limas endodônticas, fios ortodônticos cortados, armazenamento, ao transporte, ao tratamento e à
próteses bucais metálicas inutilizadas, pontas disposição final ambientalmente adequada;
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos III - estar em conformidade com as ações de proteção à
capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório IV - estar em conformidade com a regulamentação
(pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri), sanitária e ambiental, bem como com as normas de
elencados no Anexo I desta Resolução; coleta e transporte dos serviços locais de limpeza
LIX. reutilização: processo de aproveitamento dos urbana;
resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física V - quando aplicável, contemplar os procedimentos
ou físico-química; locais definidos pelo processo de logística reversa para
LX. sala de utilidades: ambiente destinado à limpeza, os diversos RSS;
desinfecção e guarda dos materiais e roupas utilizados VI - estar em conformidade com as rotinas e processos
na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de higienização e limpeza vigentes no serviço gerador
de resíduos; de RSS;
LXI. segregação: separação dos resíduos, conforme a VII - descrever as ações a serem adotadas em situações
classificação dos Grupos estabelecida no Anexo I desta de emergência e acidentes decorrentes do
Resolução, no momento e local de sua geração, de gerenciamento dos RSS;
acordo com as características físicas, químicas, VIII - descrever as medidas preventivas e corretivas de
biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos; controle integrado de vetores e pragas urbanas,
LXII. transporte interno: traslado dos resíduos dos incluindo a tecnologia utilizada e a periodicidade de sua
pontos de geração até o abrigo temporário ou o abrigo implantação;
externo. IX - descrever os programas de capacitação
LXIII. tratamento: Etapa da destinação que consiste na desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador
aplicação de processo que modifique as características abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o
físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo setor de limpeza e conservação;
ou eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à X - apresentar documento comprobatório da capacitação
saúde pública; e treinamento dos funcionários envolvidos na prestação
LXIV. unidade geradora de resíduos de serviço de de serviço de limpeza e conservação que atuem no
saúde: unidade funcional dentro do serviço no qual é serviço, próprios ou terceiros de todas as unidades
gerado o resíduo. geradoras;
XI - apresentar cópia do contrato de prestação de
CAPÍTULO II serviços e da licença ambiental das empresas
DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE prestadoras de serviços para a destinação dos RSS; e
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE XII - apresentar documento comprobatório de operação
Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas de venda ou de doação dos RSS destinados à
as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recuperação, à reciclagem, à compostagem e à logística
recursos materiais e da capacitação dos recursos reversa.
humanos envolvidos. Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos X
Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano e XII devem ser mantidos arquivados, em meio físico
de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as ou eletrônico, por no mínimo cinco anos, para fins de
regulamentações federais, estaduais, municipais ou do inspeção sanitária, a critério da autoridade sanitária
Distrito Federal. competente.
§ 1º Para obtenção da licença sanitária, caso o serviço Art. 7º O PGRSS deve ser monitorado e mantido
gere exclusivamente resíduos do Grupo D, o PGRSS atualizado, conforme periodicidade definida pelo
pode ser substituído por uma notificação desta condição responsável por sua elaboração e implantação.
ao órgão de vigilância sanitária competente, seguindo as Art. 8º O estabelecimento que possua serviços
orientações locais. geradores de RSS com licenças sanitárias
§ 2º Caso o serviço gerador possua instalação radiativa, individualizadas deve ter PGRSS único que contemple
adicionalmente, deve atender às regulamentações todos os serviços existentes. Parágrafo único. Nas
específicas da CNEN. edificações não hospitalares nas quais houver serviços
§ 3º Os novos geradores de resíduos terão prazo de 180 individualizados, os respectivos RSS dos Grupos A e E
(cento e oitenta) dias, a partir do início do podem ter o armazenamento externo de forma
funcionamento, para apresentar o PGRSS. compartilhada.
Art. 6º No PGRSS, o gerador de RSS deve: Art. 9º O serviço gerador de RSS deve manter cópia do
I - estimar a quantidade dos RSS gerados por grupos, PGRSS disponível para consulta dos órgãos de
conforme a classificação do Anexo I desta resolução; vigilância sanitária ou ambientais, dos funcionários, dos
pacientes ou do público em geral.

484
Art. 10 O serviço gerador de RSS é responsável pela § 1º O coletor não necessitará de tampa para
elaboração, implantação, implementação e fechamento sempre que ocorrer a substituição imediata
monitoramento do PGRSS. do saco para acondicionamento após a realização de
Parágrafo único. A elaboração, a implantação e o cada procedimento.
monitoramento do PGRSS pode ser terceirizada. § 2ºApós sua substituição, o saco para
acondicionamento usado deve ser fechado e transferido
CAPÍTULO III para o carro de coleta.
DAS ETAPAS DO MANEJO Art. 18 Os RSS líquidos devem ser acondicionados em
recipientes constituídos de material compatível com o
Seção I Segregação, acondicionamento e líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques,
identificação com tampa que garanta a contenção do RSS e
Art. 11 Os RSS devem ser segregados no momento de identificação conforme o Anexo II desta resolução.
sua geração, conforme classificação por Grupos Art. 19 Os recipientes de acondicionamento para RSS
constante no Anexo I desta Resolução, em função do químicos no estado sólido devem ser constituídos de
risco presente. material rígido, resistente, compatível com as
Art. 12 Quando, no momento da geração de RSS, não características do produto químico acondicionado e
for possível a segregação de acordo com os diferentes identificados conforme o Anexo II desta Resolução.
grupos, os coletores e os sacos devem ter seu manejo Art. 20 Os rejeitos radioativos devem ser
com observância das regras relativas à classificação do acondicionados conforme procedimentos definidos pelo
Anexo I desta Resolução. supervisor de proteção radiológica, com certificado de
Art. 13 Os RSS no estado sólido, quando não houver qualificação emitido pela CNEN, ou equivalente de
orientação específica, devem ser acondicionados em acordo com normas da CNEN, na área de atuação
saco constituído de material resistente a ruptura, correspondente.
vazamento e impermeável. Art. 21 Os RSS do Grupo D devem ser acondicionados
§ 1º Devem ser respeitados os limites de peso de cada de acordo com as orientações dos órgãos locais
saco, assim como o limite de 2/3 (dois terços) de sua responsáveis pelo serviço de limpeza urbana.
capacidade, garantindo-se sua integridade e fechamento. Art. 22 A identificação dos RSS deve estar afixada nos
§ 2º É proibido o esvaziamento ou reaproveitamento carros de coleta, nos locais de armazenamento e nos
dos sacos. sacos que acondicionam os resíduos.
Art. 14 Os sacos para acondicionamento de RSS do § 1º Os sacos que acondicionam os RSS do Grupo D
grupo A devem ser substituídos ao atingirem o limite de não precisam ser identificados.
2/3 (dois terços) de sua capacidade ou então a cada 48 § 2º A identificação de que trata este artigo deve estar
(quarenta e oito) horas, independentemente do volume, afixada em local de fácil visualização, de forma clara e
visando o conforto ambiental e a segurança dos usuários legível, utilizando-se símbolos e expressões descritos no
e profissionais. Anexo II, cores e frases, e outras exigências
Parágrafo único. Os sacos contendo RSS do grupo A de relacionadas à identificação de conteúdo e à
fácil putrefação devem ser substituídos no máximo a periculosidade específica de cada grupo de RSS.
cada 24 (vinte e quatro) horas, independentemente do § 3º A identificação dos sacos para acondicionamento
volume. deve estar impressa, sendo vedado o uso de adesivo.
Art. 15 Os RSS do Grupo A que não precisam ser Art. 23 Os RSS gerados pelos serviços de atenção
obrigatoriamente tratados e os RSS após o tratamento domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos
são considerados rejeitos e devem ser acondicionados pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa
em saco branco leitoso. Parágrafo único. Os rejeitos, treinada para a atividade e encaminhados à destinação
tratados ou não, acondicionados em sacos brancos final ambientalmente adequada.
leitosos devem ser encaminhados para disposição final Parágrafo único. O transporte destes RSS pode ser feito
ambientalmente adequada. no próprio veículo utilizado para o atendimento e deve
Art. 16 Quando houver a obrigação do tratamento dos ser realizado em coletores de material resistente, rígido,
RSS do Grupo A, estes devem ser acondicionados em identificados e com sistema de fechamento dotado de
sacos vermelhos. Parágrafo único. O saco vermelho dispositivo de vedação, garantindo a estanqueidade e o
pode ser substituído pelo saco branco leitoso sempre não tombamento.
que as regulamentações estaduais, municipais ou do Art. 24 O descarte de produtos para saúde oriundos de
Distrito Federal exigirem o tratamento indiscriminado explante deve seguir o disposto na Resolução da
de todos os RSS do Grupo A, exceto para Diretoria Colegiada - RDC nº 15, de 2012, ou outra que
acondicionamento dos RSS do subgrupo A5. vier a substituí-la. Seção II Coleta e transporte interno
Art. 17 O coletor do saco para acondicionamento dos Art. 25 O transporte interno dos RSS deve ser realizado
RSS deve ser de material liso, lavável, resistente à atendendo a rota e a horários previamente definidos, em
punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com tampa coletor identificado de acordo com o Anexo II desta
provida de sistema de abertura sem contato manual, Resolução.
com cantos arredondados. Art. 26 O coletor utilizado para transporte interno deve
ser constituído de material liso, rígido, lavável,

485
impermeável, provido de tampa articulada ao próprio IV - ser construído com piso, paredes e teto de material
corpo do equipamento, cantos e bordas arredondados. resistente, lavável e de fácil higienização, com aberturas
Parágrafo Único. Os coletores com mais de para ventilação e com tela de proteção contra acesso de
quatrocentos litros de capacidade devem possuir válvula vetores;
de dreno no fundo. V - ser identificado conforme os Grupos de RSS
armazenados;
Seção III Armazenamento interno, temporário e VI - ser de acesso restrito às pessoas envolvidas no
externo manejo de RSS;
Art. 27 No armazenamento temporário e externo de VII - possuir porta com abertura para fora, provida de
RSS é obrigatório manter os sacos acondicionados proteção inferior contra roedores e vetores, com
dentro de coletores com a tampa fechada. dimensões compatíveis com as dos coletores utilizados;
Art. 28 Os procedimentos para o armazenamento VIII - ter ponto de iluminação;
interno devem ser descritos e incorporados ao PGRSS IX - possuir canaletas para o escoamento dos efluentes
do serviço. Parágrafo único. A coleta e o transporte de lavagem, direcionadas para a rede de esgoto, com
externo dos RSS devem ser compatíveis com os Planos ralo sifonado com tampa;
Municipais e do Distrito Federal de Gestão Integrada de X - possuir área coberta para pesagem dos RSS, quando
Resíduos Sólidos e com as demais normativas couber;
aplicáveis. XI - possuir área coberta, com ponto de saída de água,
Art. 29 O abrigo temporário de RSS deve: para higienização e limpeza dos coletores utilizados.
I - ser provido de pisos e paredes revestidos de material Art. 36 O abrigo externo dos RSS do Grupo B deve,
resistente, lavável e impermeável; ainda:
II - possuir ponto de iluminação artificial e de água, I - respeitar a segregação das categorias de RSS
tomada elétrica alta e ralo sifonado com tampa; químicos e incompatibilidade química, conforme os
III - quando provido de área de ventilação, esta deve ser Anexos III e IV desta Resolução;
dotada de tela de proteção contra roedores e vetores; II - estar identificado com a simbologia de risco
IV - ter porta de largura compatível com as dimensões associado à periculosidade do RSS químico, conforme
dos coletores; e Anexo II desta Resolução;
V - estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO III - possuir caixa de retenção a montante das canaletas
DE RESÍDUOS". para o armazenamento de RSS líquidos ou outra forma
Art. 30 O armazenamento temporário pode ser de contenção validada;
dispensado no caso em que o fluxo de recolhimento e IV - possuir sistema elétrico e de combate a incêndio,
transporte justifique. que atendam os requisitos de proteção estabelecidos
Art. 31 A sala de utilidades ou expurgo pode ser pelos órgãos competentes.
compartilhada para o armazenamento temporário dos Art. 37 É proibido o armazenamento dos coletores em
RSS dos Grupos A, E e D, devendo ser compatível com uso fora de abrigos.
a área a ser ocupada pelos coletores em uso. Parágrafo Único. O armazenamento interno de RSS
Parágrafo único. Na hipótese descrita no caput, a sala de químico ou rejeito radioativo pode ser feito no local de
utilidades ou expurgo deve conter também a trabalho onde foram gerados.
identificação com a inscrição "ABRIGO
TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS". Seção IV Coleta e transporte externos
Art. 32 RSS de fácil putrefação devem ser submetidos a Art. 38 Os veículos de transporte externo dos RSS não
método de conservação em caso de armazenamento por podem ser dotados de sistema de compactação ou outro
período superior a vinte e quatro horas. sistema que danifique os sacos contendo os RSS, exceto
Art. 33 O gerenciamento de rejeitos radioativos, grupo para os RSS do Grupo D.
C, deve obedecer ao Plano de Proteção Radiológica do Art. 39 O transporte externo de rejeitos radioativos,
Serviço, as Normas da CNEN e demais normas deve seguir normas específicas, caso existam e as
aplicáveis. normas da CNEN.
Art. 34 O abrigo externo deve ter, no mínimo, um
ambiente para armazenar os coletores dos RSS do Seção V
Grupo A, podendo também conter os RSS do grupo E, e Destinação
outro ambiente exclusivo para armazenar os coletores Art. 40 Os RSS que não apresentam risco biológico,
de RSS do grupo D. químico ou radiológico podem ser encaminhados para
Art. 35 O abrigo externo deve: reciclagem, recuperação, reutilização, compostagem,
I - permitir fácil acesso às operações do transporte aproveitamento energético ou logística reversa.
interno; Art. 41 Os rejeitos que não apresentam risco biológico,
II - permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa; químico ou radiológico devem ser encaminhados para
III - ser dimensionado com capacidade de armazenagem disposição final ambientalmente adequada.
mínima equivalente à ausência de uma coleta regular, Art. 42 As embalagens primárias vazias de
obedecendo à frequência de coleta de cada grupo de medicamentos cujas classes farmacêuticas constem no
RSS; Art. 59 desta Resolução devem ser descartadas como

486
rejeitos e não precisam de tratamento prévio à sua § 5º Após o tratamento, os rejeitos devem ser
destinação. encaminhados para disposição final ambientalmente
Art. 43 Sempre que não houver indicação específica, o adequada.
tratamento do RSS pode ser realizado dentro ou fora da Art. 47 Os RSS resultantes de atividades de vacinação
unidade geradora. Parágrafo único. Os RSS tratados com microrganismos vivos, atenuados ou inativados
devem ser considerados como rejeitos. incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de
Art. 44 O tratamento dos RSS que apresentem múltiplos validade, com conteúdo inutilizado ou com restos do
riscos deve obedecer à seguinte sequência: produto e seringas, quando desconectadas, devem ser
I - na presença de risco radiológico associado, tratados antes da disposição final ambientalmente
armazenar para decaimento da atividade do adequada.
radionuclídeo até que o nível de dispensa seja atingido; Parágrafo Único. As agulhas e o conjunto seringa-
II - na presença de risco biológico associado contendo agulha utilizadas na aplicação de vacinas, quando não
agente biológico classe de risco 4, encaminhar para desconectadas, devem atender às regras de manejo dos
tratamento; e resíduos perfurocortantes.
III - na presença de riscos químico e biológico, o Art. 48 Os RSS resultantes da atenção à saúde de
tratamento deve ser compatível com ambos os riscos indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de
associados. Parágrafo único. Após o tratamento, o contaminação biológica por agentes classe de risco 4,
símbolo de identificação relativo ao risco do resíduo por microrganismos com relevância epidemiológica e
tratado deve ser retirado. risco de disseminação, causadores de doença emergente
Art. 45 A destinação dos medicamentos recolhidos ou que se tornem epidemiologicamente importantes, ou
apreendidos, objetos de ações de fiscalização sanitária, cujos mecanismos de transmissão sejam desconhecidos,
deve seguir a determinação prevista no art. 59 desta devem ser tratados antes da disposição final
Resolução. ambientalmente adequada.
Parágrafo Único. É responsabilidade do serviço Art. 49 As bolsas de sangue e de hemocomponentes
providenciar o tratamento previsto no Art. 59 desta rejeitadas por contaminação, por má conservação, com
resolução. prazo de validade vencido e oriundas de coleta
incompleta; as sobras de amostras de laboratório
CAPÍTULO IV DO GERENCIAMENTO DOS contendo sangue ou líquidos corpóreos; bem como os
GRUPOS DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE recipientes e materiais resultantes do processo de
SAÚDE assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre, devem ser tratados antes da
Seção I Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A - disposição final ambientalmente adequada.
Subgrupo A1 § 1º As sobras de amostras de laboratório contendo
Art. 46 As culturas e os estoques de microrganismos; os sangue ou líquidos corpóreos podem ser descartadas
resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os diretamente no sistema de coleta de esgotos, desde que
de medicamentos hemoderivados; os meios de cultura e atendam respectivamente as regras estabelecidas pelos
os instrumentais utilizados para transferência, órgãos ambientais e pelos serviços de saneamento
inoculação ou mistura de culturas; e os resíduos de competentes.
laboratórios de manipulação genética devem ser § 2º Caso o tratamento venha a ser realizado fora da
tratados. unidade geradora ou do serviço, estes RSS devem ser
§ 1º Devem ser submetidos a tratamento, utilizando acondicionados em saco vermelho e transportados em
processos que vierem a ser validados para a obtenção de recipiente rígido, impermeável, resistente à punctura,
redução ou eliminação da carga microbiana, em ruptura, vazamento, com tampa provida de controle de
equipamento compatível com Nível III de inativação fechamento e identificado.
microbiana.
§ 2º As culturas e os estoques de microrganismos, bem Seção II Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A
como os meios de cultura e os instrumentais utilizados - Subgrupo A2
para transferência, inoculação ou mistura de culturas Art. 50 Os RSS do Subgrupo A2 devem ser tratados
contendo microrganismos das classes de risco 1 e 2 antes da disposição final ambientalmente adequada.
podem ser tratados fora da unidade geradora, desde que § 1º Os RSS referidos no caput devem ser
este tratamento ocorra nas dependências do serviço de acondicionados de maneira compatível com o processo
saúde. de tratamento.
§ 3º As culturas e os estoques de microrganismos, bem § 2º O tratamento pode ser realizado fora da unidade
como os meios de cultura e os instrumentais utilizados geradora, desde que ocorra nas dependências do
para transferência, inoculação ou mistura de culturas serviço.
contendo microrganismos das classes de risco 3 e 4 § 3º Quando houver necessidade de outra solução, em
devem ser tratados na unidade geradora. função do porte do animal, deve haver autorização
§ 4º Estes RSS devem ser acondicionados de maneira prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes.
compatível com o processo de tratamento. § 4º Após o tratamento, os rejeitos devem ser
acondicionados em saco branco leitoso e identificados

487
com a inscrição "PEÇAS ANATÔMICAS DE a tratamento antes da disposição final ambientalmente
ANIMAIS". adequada.
Art. 51 Os RSS do Subgrupo A2 contendo § 1º Quando submetidos a processo de solidificação
microrganismos com alto risco de transmissibilidade, devem ser destinados conforme o risco presente.
alto potencial de letalidade ou que representem risco § 2º É vedado o encaminhamento de RSS na forma
caso sejam disseminados no meio ambiente, devem ser líquida para disposição final em aterros sanitários.
submetidos, na unidade geradora, a tratamento que Art. 59 Os resíduos de medicamentos contendo
atenda ao Nível III de Inativação Microbiana. Parágrafo produtos hormonais e produtos antimicrobianos;
único. Quando houver necessidade de outra solução, em citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;
função do porte do animal, deve haver autorização digitálicos, imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
prévia dos órgãos de saúde e ambiental competentes. descartados por serviços assistenciais de saúde,
farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos
Seção III Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A ou apreendidos, devem ser submetidos a tratamento ou
- Subgrupo A3 dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I.
Art. 52 Os RSS do Subgrupo A3 devem ser destinados Art. 60 Para o acondicionamento dos RSS do Grupo B
para sepultamento, cremação, incineração ou outra devem ser observadas as incompatibilidades químicas
destinação licenciada pelo órgão ambiental competente. descritas no Anexos IV e V desta Resolução. Parágrafo
Parágrafo único. Quando forem encaminhados para único. Os RSS do Grupo B destinados à recuperação ou
incineração, os RSS devem ser acondicionados em reutilização devem ser acondicionados em recipientes
sacos vermelhos e identificados com a inscrição individualizados, observados os requisitos de segurança
"PEÇAS ANATÔMICAS". e compatibilidade.
Art. 61 As embalagens e os materiais contaminados por
Seção IV Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A produtos químicos, exceto as embalagens primárias
- Subgrupo A4 vazias de medicamentos cujas classes farmacêuticas
Art. 53 Os RSS do Subgrupo A4 não necessitam de constem no Art. 59 desta Resolução, devem ser
tratamento prévio. Parágrafo único. Os RSS do submetidos ao mesmo manejo do produto químico que
Subgrupo A4 devem ser acondicionados em saco os contaminou.
branco leitoso e encaminhados para a disposição final § 1º As embalagens primárias vazias podem ser
ambientalmente adequada. utilizadas para acondicionamento de RSS do Grupo B,
Art. 54 Os cadáveres e as carcaças de animais podem observada a compatibilidade química, conforme Anexo
ter acondicionamento e transporte diferenciados, IV desta Resolução.
conforme o porte do animal, de acordo com a § 2º As embalagens primárias vazias de produtos
regulamentação definida pelos órgãos ambientais e químicos com algum tipo de periculosidade, submetidas
sanitários. à limpeza com técnicas validadas ou reconhecidas, são
consideradas rejeitos e devem ser encaminhadas para
Seção V Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo A disposição final ambientalmente adequada.
- Subgrupo A5 § 3º Somente as embalagens vazias de produtos
Art. 55 Os RSS do Subgrupo A5 devem ser químicos sem periculosidade podem ser encaminhadas
encaminhados para tratamento por incineração. para processos de reciclagem.
Parágrafo único. Os RSS referidos no caput devem ser Art. 62 As embalagens secundárias de medicamentos
segregados e acondicionados em saco vermelho duplo, não contaminadas devem ser descaracterizadas quanto
como barreira de proteção, e contidos em recipiente às informações de rotulagem, podendo ser
exclusivo devidamente identificado. encaminhadas para reciclagem.
Art. 63 As excretas de pacientes tratados com
Seção VI Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo B quimioterápicos antineoplásicos podem ser lançadas em
Art. 56 O gerenciamento dos RSS do Grupo B deve rede coletora de esgotos sanitários, conectada à estação
observar a periculosidade das substâncias presentes, de tratamento, desde que atendam às normas e diretrizes
decorrentes das características de inflamabilidade, da concessionária do sistema de coleta e tratamento de
corrosividade, reatividade e toxicidade. Parágrafo único. esgotos sanitários ou lançadas diretamente em corpos
As características dos produtos químicos estão hídricos após tratamento próprio no serviço.
identificadas nas Fichas de Informações de Segurança Art. 64 Os medicamentos hemoderivados devem ter
de Produtos Químicos (FISPQ), não se aplicando aos seu manejo como resíduo do Grupo B sem
produtos farmacêuticos e cosméticos. periculosidade.
Art. 57 Os RSS do Grupo B, no estado sólido e com Art. 65 Os resíduos de produtos e insumos
características de periculosidade, sempre que farmacêuticos sujeitos a controle especial devem
considerados rejeitos, devem ser dispostos em aterro de atender à regulamentação sanitária em vigor.
resíduos perigosos - Classe I. Art. 66 Os reveladores utilizados em radiologia devem
Art. 58 Os RSS do Grupo B com características de ser tratados, podendo ser submetidos a processo de
periculosidade, no estado líquido, devem ser submetidos neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem
posteriormente lançados na rede coletora de esgoto com

488
tratamento, atendendo às determinações dos órgãos de absorver o dobro do volume do líquido presente na
meio ambiente e do serviço de saneamento. embalagem.
Art. 67 Os fixadores usados em radiologia, quando não Art. 77 Os RSS de fácil putrefação contaminados com
submetidos a processo de recuperação da prata, devem radionuclídeos, depois de acondicionados e
ser encaminhados para tratamento antes da disposição identificados como rejeito radioativo, devem ser
final ambientalmente adequada. mantidos sob refrigeração ou por outro processo que
Art. 68 Os RSS sólidos contendo metais pesados, evite a decomposição, durante o período de
quando não submetidos a tratamento devem ser armazenamento para decaimento.
dispostos em aterro de resíduos perigosos - Classe I, Art. 78 As sobras de alimentos provenientes de
conforme orientação do órgão ambiental competente. pacientes submetidos à terapia com iodo 131, depois de
Parágrafo único. O descarte de pilhas, baterias, acondicionadas, devem ter seu nível de radiação
acumuladores de carga e lâmpadas fluorescentes deve medido.
ser feito de acordo com as normas ambientais vigentes. §1º Quando os valores de atividade ou de concentração
Art. 69 A destinação dos RSS líquidos contendo metais de atividade forem superiores aos níveis de dispensa, o
pesados acima dos limites de descarte deve obedecer as RSS deve ser considerado como rejeito radioativo e
orientações dos órgãos ambientais competentes. deve observar as condições de conservação de RSS de
Parágrafo único. Os RSS contendo mercúrio (Hg) na fácil putrefação.
forma líquida devem ser acondicionados em recipientes §2ºComo alternativa ao disposto no §1º, as sobras
sob selo d'água e encaminhados para recuperação ou destes alimentos podem ser trituradas na sala de
para outra destinação que esteja de acordo com as decaimento ou nas instalações sanitárias do quarto
regras definidas pelo órgão ambiental competente. terapêutico, e posteriormente direcionadas para a rede
Art. 70 Os RSS do Grupo B que não apresentem coletora de esgotos com tratamento.
periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente não § 3º Quando os valores de atividade ou de concentração
necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a de atividade forem inferiores ou iguais aos níveis de
processo de recuperação ou reutilização. dispensa, os resíduos sólidos podem ser descartados
Art. 71 A destinação dos resíduos dos equipamentos como resíduos do Grupo D e os resíduos líquidos na
automatizados e dos reagentes de laboratórios clínicos, rede coletora de esgotos com tratamento.
incluindo os produtos para diagnóstico de uso in vitro Art. 79 Quando o processo de decaimento do elemento
deve considerar todos os riscos presentes, conforme radioativo atingir o nível do limite de dispensa
normas ambientais vigentes. estabelecido pelas normas vigentes, o rótulo de
"REJEITO RADIOATIVO" deve ser retirado,
Seção VII Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo permanecendo a identificação dos demais riscos
C - Rejeitos Radioativos presentes.
Art. 72 Os rejeitos radioativos devem ser segregados de Parágrafo único. A retirada da identificação de risco
acordo com o radionuclídeo ou natureza da radiação, radiológico deve ser precedida de medição da radiação.
estado físico, concentração e taxa de exposição. Seção VIII Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo D
Art. 73 Os recipientes de acondicionamento de rejeitos Art. 80 Os RSS do Grupo D, quando não encaminhados
radioativos devem ser adequados às características para reutilização, recuperação, reciclagem,
físicas, químicas, biológicas e radiológicas dos rejeitos, compostagem, logística reversa ou aproveitamento
possuir vedação e ter o seu conteúdo identificado, energético, devem ser classificados como rejeitos.
conforme especificado nas normas vigentes. § 1º Os rejeitos sólidos devem ser dispostos conforme
Art. 74 Os RSS químicos radioativos devem ser as normas ambientais vigentes.
acondicionados em coletores próprios, identificados § 2º Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede
quanto aos riscos radiológico e químico presentes, e coletora de esgotos.
armazenados no local de decaimento até atingir o limite Art. 81 O lançamento de rejeitos líquidos em rede
de dispensa. coletora de esgotos, conectada à estação de tratamento,
Art. 75 Os RSS perfurocortantes radioativos devem ser deve atender às normas ambientais e às diretrizes do
transportados do local de geração até o local de serviço de saneamento. Parágrafo único. Quando não
armazenamento para decaimento em recipiente houver acesso à sistema de coleta e tratamento de
blindado. Parágrafo único. É vedada a separação do esgoto por empresa de saneamento, estes efluentes
conjunto seringa agulha contendo radionuclídeos, assim devem ser tratados em sistema ambientalmente
como reencape manual de agulhas. licenciado antes do lançamento em corpo receptor.
Art. 76 Os rejeitos radioativos devem ser armazenados Art. 82 Artigos e materiais utilizados na área de
em condições adequadas, para o decaimento do trabalho, incluindo vestimentas e Equipamento de
elemento radioativo, podendo ser realizado na própria Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem
sala de manipulação ou em sala específica, identificada sinais ou suspeita de contaminação química, biológica
como "SALA DE DECAIMENTO". Parágrafo único. O ou radiológica, podem ter seu manejo realizado como
armazenamento de rejeitos radioativos líquidos deve ser RSS do Grupo D.
feito sobre bacia de contenção, bandeja, recipiente ou Art. 83 Os procedimentos de segregação,
material absorvente com capacidade de conter ou acondicionamento e identificação dos coletores dos

489
resíduos do Grupo D, para fins de reciclagem, devem III - símbolos, expressões, padrões de cores adotadas
estar descritos no PGRSS. para o gerenciamento de RSS;
Art. 84 Só podem ser destinados para compostagem IV - localização dos ambientes de armazenamento e dos
forrações de animais de biotérios que não tenham risco abrigos de RSS;
biológico associado, os resíduos de flores, podas de V - ciclo de vida dos materiais;
árvores, jardinagem, sobras de alimentos e de seu pré- VI - regulamentação ambiental, de limpeza pública e de
preparo, restos alimentares de refeitórios e restos vigilância sanitária, relativas aos RSS;
alimentares de pacientes que não estejam em VII - definições, tipo, classificação e risco no manejo
isolamento. dos RSS;
Art. 85 Os restos e sobras de alimentos só podem ser VIII - formas de reduzir a geração de RSS e reutilização
utilizados como ração animal, se forem submetidos a de materiais;
processo que garanta a inocuidade do composto, com a IX - responsabilidades e tarefas;
concordância do órgão competente do Ministério da X - identificação dos grupos de RSS;
Agricultura e de Vigilância Sanitária. XI - utilização dos coletores dos RSS;
XII - uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
Seção IX Resíduos de Serviços de Saúde do Grupo E e Coletiva (EPC);
Art. 86 Os materiais perfurocortantes devem ser XIII - biossegurança;
descartados em recipientes identificados, rígidos, XIV - orientações quanto à higiene pessoal e dos
providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e ambientes;
vazamento. XV - orientações especiais e treinamento em proteção
Art. 87 Os recipientes de acondicionamento dos RSS do radiológica quando houver rejeitos radioativos;
Grupo E devem ser substituídos de acordo com a XVI - providências a serem tomadas em caso de
demanda ou quando o nível de preenchimento atingir acidentes e de situações emergenciais;
3/4 (três quartos) da capacidade ou de acordo com as XVII - visão básica do gerenciamento dos resíduos
instruções do fabricante, sendo proibidos seu sólidos no município ou Distrito Federal;
esvaziamento manual e seu reaproveitamento. XVIII - noções básicas de controle de infecção e de
Parágrafo único. Admite-se o emprego de tecnologia contaminação química; e
que promova o esvaziamento automatizado de XIX - conhecimento dos instrumentos de avaliação e
recipientes plásticos específicos com posterior controle do PGRSS.
descontaminação, possibilitando sua reutilização.
Art. 88 Os RSS do Grupo E, quando contaminados por CAPÍTULO VI
agentes biológicos, químicos e substâncias radioativas, DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
devem ter seu manejo de acordo com cada classe de Art. 92 Fica revogada a Resolução da Diretoria
risco associada. Parágrafo único. O recipiente de Colegiada RDC Anvisa nº 306, de 7 de dezembro de
acondicionamento deve conter a identificação de todos 2004, a partir da entrada em vigor desta Resolução.
os riscos presentes. Art. 93 Fica revogado o item 7 do Anexo 2 da
Art. 89 As seringas e agulhas, inclusive as usadas na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 305, de 14
coleta laboratorial de amostra de doadores e de de novembro de 2002.
pacientes, e os demais materiais perfurocortantes que Art. 94 O descumprimento das disposições contidas
não apresentem risco químico, biológico ou radiológico nesta Resolução constitui infração sanitária, nos termos
não necessitam de tratamento prévio à disposição final da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo
ambientalmente adequada. das responsabilidades civil, administrativa e penal
Parágrafo único. É permitida a separação do conjunto cabíveis.
seringa agulha com auxílio de dispositivos de Art. 95 Esta Resolução entra em vigor 180 (cento e
segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape oitenta) dias a partir da data da sua publicação.
manual de agulhas. JARBAS BARBOSA DA SILVA JR
(Publicada no DOU nº 61, de 29 de março de 2018)
CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA OCUPACIONAL
Art. 90 O serviço deve garantir que os trabalhadores
sejam avaliados periodicamente, seguindo a legislação
específica, em relação à saúde ocupacional, mantendo
registros desta avaliação.
Art. 91 O serviço deve manter um programa de
educação continuada para os trabalhadores e todos os
envolvidos nas atividades de gerenciamento de
resíduos, mesmo os que atuam temporariamente, que
contemplem os seguintes temas:
I - sistema adotado para o gerenciamento dos RSS;
II - prática de segregação dos RSS;

490
ANEXO I - CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

GRUPO A
-Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de
infecção.

Subgrupo A1
- Culturas e estoques de micro-organismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos
hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais
utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética.
- Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou
certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco
de disseminação ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido.
- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou
com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do
processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.

Subgrupo A2
- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de
experimentação com inoculação de microrganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de
serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos
ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.

Subgrupo A3
- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas
ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

Subgrupo A4
- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e de
pesquisa, entre outros similares.
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de pacientes que
não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e
risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante
ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.
- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que
gere este tipo de resíduo.
- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos
na forma livre.
- Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos
ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.
- Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos
de experimentação com inoculação de microrganismos.
- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual póstransfusão.

Subgrupo A5
-Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou confirmados, bem como
quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram
contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade para príons.
- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos órgãos sanitários
competentes.
Referência: World Health Organization, 2010. WHO Tables on Tissue Infectivity Distribution in Transmissible
Spongiform Encephalopathies.

GRUPO B

491
- Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente,
dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
- Produtos farmacêuticos
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório,
inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.

GRUPO C
- Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de dispensa especificados em norma
da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista.
– Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa e ensino na área da saúde,
laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de
Proteção Radiológica aprovado para a instalação radiativa.

GRUPO D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros e máscaras descartáveis,
resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não
entraram em contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares não
classificados como A1.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde. - Forrações de animais de biotérios sem risco biológico
associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.

GRUPO E Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de
vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de
micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de
coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

ANEXO II IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

O grupo A é identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contornos
pretos, acrescido da expressão RESÍDUO INFECTANTE.

O grupo B é identificado por meio de símbolo e frase de risco associado à periculosidade do resíduo químico.
Observação - outros símbolos e frases do GHS também podem ser utilizados.

492
O grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta ou
púrpura) em rótulo de fundo amarelo, acrescido da expressão MATERIAL RADIOATIVO, REJEITO RADIOATIVO
ou RADIOATIVO.

O grupo D deve ser identificado conforme definido pelo órgão de limpeza urbana.
O grupo E é identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto,
acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE.

ANEXO III - SUBSTÂNCIAS QUE DEVEM SER SEGREGADAS, ACONDICIONADAS EM IDENTIFICADAS


SEPARADAMENTE
- Ácidos
- Asfixiantes
- Bases
- Brometo de etídio
- Carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas
- Compostos orgânicos halogenados
- Compostos orgânicos não halogenados
- Corrosivas
- Criogênicas
- De combustão espontânea
- Ecotóxicas
- Explosivas
- Formalina ou formaldeído
- Gases comprimidos
- Líquidos inflamáveis

493
- Materiais reativos com a água
- Materiais reativos com o ar
- Mercúrio e compostos de mercúrio
- Metais pesados
- Mistura sulfocrômica
- Óleos
- Oxidantes
- Resíduo fotográfico
- Sensíveis ao choque
- Soluções aquosas
- Venenos
Fonte: Chemical Waste Management Guide. University of Florida - Division of
Environmental Health & Safety - abril de 2001

ANEXO IV - INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA ENTRE AS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS


PELOS GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Anexo não disponibilizado. Acesso no site da ANVISA

ANEXO V LISTA DAS PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS EM SERVIÇOS DE SAÚDE QUE


REAGEM COM EMBALAGENS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE (PEAD)
Anexo não disponibilizado. Acesso no site da ANVISA

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