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Conceitos de Desenho

Técnico – Construção
Civil
Conceitos de Desenho
Técnico – Construção
Civil

Nome do Aluno

S e n a c S ã o P a u l o – S ã o P a u l o – 2 0 1 3
© Senac São Paulo 2013

Administração Regional do S enac no E stado de São P aulo

Gerência de Desenvolvimento
Claudio Luiz de Souza Silva

Coordenação Técnica
Richard Martelli

Apoio Técnico
Paulo Roberto Pereira Dias
Abraão Gomes de Godoy

Elaboração do recurso didático


Rosa Katori

Editoração e Revisão
Globaltec Editora Ltda.
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

SUMÁRIO

CapÍtulo 1 – APRESENTAÇÃO / 11
Desenho técnico / 12
Material de desenho técnico / 13
Lápis ou lapiseira / 13
ESQUADROS / 14
Transferidor / 17
Compasso / 18
Régua / Régua paralela / Régua T / 19
Escalímetro / 20
Prancheta / 21
Borracha / 21
Papel / 22
Gabaritos / 22
Exercícios / 25

CapÍtulo 2 – Princípios básicos de Geometria Plana / 30


Ponto / 32
Exercícios / 33
Plano ou superfÍcie plana / 35
Linha / 35
Reta / 36
Semirreta / 37
Segmento de reta / 37
Ponto médio de um segmento / 37
Posição absoluta da reta / 38
Posições entre duas retas / 39
Espaço / 40
Simetria / 40
Símbolos convencionais usados na geometria / 43
Alfabeto grego / 44
Prefixos usados / 45
Exercícios / 46
Ângulos / 48
Ângulo raso / 49
Ângulo adjacentes / 49
Ângulos complementares / 49
Ângulos suplementares / 50
Bissetriz de um ângulo / 50
Propriedade da bissetriz / 50
Ângulos opostos pelo vertice / 50
Ângulo circunscrito / 51

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulo inscrito / 51
Ângulos congruentes ou suplementares / 51
Ângulos alternos / 52
Ângulos opostos pelo vértice / 52
Congruência de ângulos / 52
Ângulos replementares / 53
Ângulos Explementares / 53
Mediatriz / 53
Propriedade da mediatriz / 53
Exercícios / 54
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS / 57

Capítulo 3 – Figuras geometricas planas / 59


Polígonos / 60
Número de diagonais de um polígono / 62
Triângulos / 64
Classificação pelos lados / 64
Classificação pelos ângulos / 65
Altura / 66
Mediana / 67
Bissetriz / 67
Ângulo interno / 67
Ângulo externo / 67
Pontos notáveis do triângulo / 68
G - baricentro / 68
I – Incentro / 68
C – circuncentro / 68
Triângulo equilátero / 71
Soma dos ângulos internos / 71
Semelhança entre triângulos / 72
Elementos do Triângulo retângulo / 72
Nomenclatura dos catetos / 72
Propriedades do triângulo retângulo / 72
Relações mÉtricas no triângulo retângulo / 73
Razões trigonométricas / 74
Lei dos senos / 74
Lei dos cossenos / 74
Quadriláteros / 75
Classificação dos quadriláteros / 75
Paralelogramo / 75
Trapézio / 76
Figuras circulares / 77
Posições relativas de uma reta e uma circunferência / 80
Posições relativas de duas circunferências / 80
Elipse / 81
Exercícios / 82
Respostas dos Exercícios / 84

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Capítulo 4 – Construções geométricas fundamentais / 86


Traçado de perpendiculares / 88
Perpendicular ou Mediatriz pelo ponto médio do segmento AB / 88
Perpendicular a um segmento de reta em qualquer ponto / 89
Perpendicular pela extremidade de um segmento de reta / 89
Perpendicular pela extremidade de um segmento de reta passando pelo
ponto C / 90
Traçado de paralelas e bissetriz / 91
Bissetriz de um ângulo / 91
Bissetriz de um ângulo qualquer de vÉrtice desconhecido / 91
Paralela a uma reta passando pelo ponto P / 92
Paralela a uma reta passando pelo ponto Q / 93
Construção de ângulos / 93
Ângulo de 90º / 93
Ângulo de 45º / 94
Ângulo de 60º / 94
Ângulo de 30º / 94
Ângulo de 75º / 95
Ângulo de 22º30’’ / 95
Dividir um ângulo qualquer AÔB em quatro partes iguais / 95
Construção de triângulos / 96
Construir um triângulo isÓsceles conhecendo a sua base e o raio da
circunferência inscrita / 96
Construir um triângulo equilÁtero conhecendo o lado AB / 96
Construir um triângulo conhecendo os lados AB, BC e a mediana
relativa ao lado AB / 97
Construir um triângulo equilÁtero conhecendo a sua altura / 97
Construção de quadrilÁteros e trapÉzios / 98
Construir um quadrado conhecendo o lado AB / 98
Construir um losango conhecendo o lado e a diagonal maior / 98
Construir um trapézio conhecendo a base maior e a medida dos lados
não paralelos / 99
Divisão de circunferências / 99
Dividir uma circunferência em 3 partes iguais / 99
Dividir uma circunferência em 4 partes iguais / 100
Dividir uma circunferência em 5 partes iguais / 100
Dividir uma circunferência em 7 partes iguais / 101
Dividir uma circunferência em 9 partes iguais / 101
Dividir uma circunferência em 25 partes iguais / 102
Construção de circunferência e tangência / 102
Dados dois pontos, traçar uma circunferência de raio R que passe por
eles / 102
Traçar uma circunferência passando por 3 pontos dados não
alinhados / 103
Localizar o centro de uma circunferência dada / 103
Traçar uma tangente a um ponto dado em uma circunferência / 104
Concordancia de reta com arco de circunferência / 104
Concordar um arco de cirucunferência com um segmento
de reta dado / 104

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Concordar dois segmentos de reta paralelos com um arco de


circunferência / 105
Concordar dois segmentos de reta paralelos orientados em sentidos
contrários, com as suas extremidades em uma mesma perpendicular
com 2 arcos de raios iguais / 105
Espirais verdadeiras / 106
Espirais falsas / 106
Exercícios / 108

Capítulo 5 – Poliedros / 111


Não Poliedros / 112
Poliedros regulares (Também conhecidos como Poliedros de Platão) / 113
Poliedros irregulares ou poliedros Arquimedianos / 114
Poliedros convexos e côncavos / 115
Nomenclatura doS poliedros / 115
Teorema de Euler / 115
Soma dos ângulos internos de todas as faces / 116
Exercícios / 117
Respostas dos Exercícios / 119

Capítulo 6 – Sólidos geométricos / 121
Prismas / 122
Pirâmide / 123
Sólido de revolução / 124
Cilindro / 125
Cone / 125
Esfera / 125
Superfície esférica / 126
Fuso esfÉrico / 127
Cunha esfÉrica / 127
Segmento esférico / 127
SÓlidos de revolução irregulares / 128
Sólidos geométricos truncados / 129
Sólidos geométricos vazados / 129
Exercícios / 130
Respostas dos Exercícios / 132

Capítulo 7 – O Sistema Internacional de Unidades / 133


Como escrever as unidades SI / 136
Nome - em letra minúscula / 136
Nome - formação do plural / 136
Nome - pronúncia correta / 136
Símbolo - não é abreviatura / 137
Símbolo - não é expoente / 137
Símbolo - não tem plural / 137
Unidade Composta / 137
O Grama / 137

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O Prefixo Quilo / 138


Medidas de Tempo / 138
Unidades de Comprimento / 138
A polegada / 140
Exercícios / 142
Unidades de medida de Tempo / 143
Unidades de medida de massa / 145
Quilograma / 145
Unidade de medida de volume / 146
Unidades de medida de área / 147
Área das figuras planas / 148
Perímetro, área e volume / 153
Volume / 153
Exercícios (continuação) / 157
Respostas dos Exercícios / 160

Capítulo 8 – Normas Técnicas / 162


Classificações do desenho técnico / 164
Instrumentos e utensílios utilizados no desenho técnico / 166
Formatos do papel / 166
Legenda / 167
Posição de leitura / 169
Dobragem de folhas / 169
Caligrafia técnica / 171
Proporções / 172
ExercícioS / 175
Tipos de linhas / 177
Exercícios / 181

Capítulo 9 – Sistemas de representação - projeção / 184


Projeção – Perspectiva / 186
Perspectivas com pontos de fuga / 186
Tipos de perspectiva / 189
Projeção – Paralela / 193
Perspectiva Paralela Oblíqua / 194
Perspectivas Dimétrica e Trimétrica / 196
Perspectiva Isométrica / 196
Traçando as perspectivas isométricaS do círculo / 197
Malha isométrica / 198
Curvas em perspectivas isométrica / 199
Exercícios / 201

Capítulo 10 – Sistema triédrico ou três vistas – projeção paralela


ortogonal / 206
Diedro / 208
Épura / 210
Representação da épura / 211
Representação de arestas ocultas / 212

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Representação de Superfícies Inclinadas / 212


Representação de Superfícies Curvas / 214
Linhas de Centro / 215
Representação de Arestas Coincidentes / 216
Exercícios / 218

Capítulo 11 – CorteS, SEÇÕES E DETALHES / 239


CORTE / 240
Regras para traçado de vistas em corte / 240
Representação dos materiais usados (hachuras) / 242
Corte total / 243
Cortes em Desvio (Cortes Compostos) / 245
Meio Corte / 246
Corte parcial / 247
Seção / 248
Rupturas / 250
ExercícioS / 251
Vistas Auxiliares / 254
Vistas Auxiliares Duplas / 255
Outras Representações (Representações em Uma Única Vista) / 256
Outras Representações (Intersecções Geométricas) / 257
Outras Representações (Detalhes Repetitivos) / 258
Outras Representações (Detalhes Ampliados) / 259

Capítulo 12 – Escala / 261


Escala gráfica / 263
Exemplos / 266
Exercícios / 267

Capítulo 13 – Cotagem / 269


Princípios Gerais / 272
Cotagem de cordas e arcos / 280
Cotagem de elementos equidistantes e/ou repetidos / 281
Cotagem de objetos em meio corte / 282
Exercícios / 284

Capítulo 14 – DESENHO PARA CONSTRUÇÃO CIVIL / 289


Desenhos para a construção civil / 290
PROJETO ARQUITETÔNICO / 290
Planta de implantação, localização ou locação / 291
Planta de situação / 293
Planta baixa / 293
Cortes / 295
Fachada / 297
Planta de cobertura / 298
Detalhes construtivos / 298
Perspectiva / 299

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Projetos complementares / 300


Projeto Hidráulica ou HidrosSanitário / 300
Projeto estrutural / 301
Desenhos das formas estruturais / 302
desenhos das armações / 303
Levantamento Topográfico / 303

Capítulo 15 – REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS / 305


Paredes / 306
Portas e portões / 307
Janela / 308
Pisos / 308
Revestimentos / 309
Telhados / 310
Estrutura / 311
Calhas / 312
Coberturas / 313
Inclinação das coberturas / 313
Equipamentos de construção / 314
Aparelhos elétricos / 314
Elementos não visíveis / 315
Representação de vegetação / 317
Representação das informações / 318
Áreas dos ambientes e pisos / 319
Níveis das dependências / 319
Cotas nas aberturas / 320
Cotas Gerais / 322
Símbolos / 324
Projeto HidrosSanitário / 324
Projeto Elétrico / 326
Exercícios / 327

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS / 328

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 1
APRESENTAÇÃO

OBJETIVO
• Apresentar o material para desenho técnico

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Desenho técnico
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica utilizada para transmitir uma
ideia do produto da maneira mais clara possível por meio da representação de forma,
dimensão e posição dos objetos, fornecendo todas as informações precisas e neces-
sárias para a construção de uma peça.
Surgiu da necessidade de representar com precisão máquinas, peças, ferramentas e
outros instrumentos de trabalho e não se limita apenas na fase de construção do pro-
jeto, mas auxiliando nas análises e sendo utilizado para a documentação do projeto.
É através do desenho que os projetistas / designers exteriorizam as suas criações e so-
luções, representando o seu projeto, uma mobília, um espaço, uma casa, um objeto,
um gráfico ou até uma cidade.

Através de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações es-


critas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como lingua-
gem gráfica universal nas áreas de engenharia, arquitetura e produtos.

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Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos deCivil
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

O desenho técnico pode ser desenvolvido:


O
O desenho técnico pode
desenho técnico pode ser
ser desenvolvido:
desenvolvido:

Manualmente:
Manualmente:
Manualmente: Informaticamente:
Digitalmente:
Através de equipamentos e Informaticamente:
Através
Através de
de equipamentos
equipamentos eeinstrumentos Através
Atravésdo
docomputador
computador, ,,dos
equipamentos e
equipamentos
instrumentos manuais adequados Através do computador equipamentos e
instrumentos manuais adequados
manuais adequados. programas
e dos específicos
programas específicos.
programas específicos

O Desenho Técnico é a forma de comunicação entre os profissionais na área de


ODesenho
O DesenhoTécnico
Técnicoééa aengenharia,
formade
forma decomunicação
comunicação entreososprofissionais
arquitetura,entre
designers. profissionaisdas
na áreas
área de
de
engenharia, arquitetura, designers.
engenharia, arquitetura e design.

Material
Material de
de desenho
desenho técnico
Material de desenho técnico
técnico
Para a execução de um bom trabalho é necessário utilizar materiais específicos e de
Para aa execução
Para
maneira execução de um
correta. de um bom
bom trabalho
trabalho éé necessário
necessário utilizar
utilizar materiais
materiais específicos
específicos ee de
de
maneira correta.
maneira correta.
Os principais materiais de desenho técnico são:
Os principais materiais de desenho técnico são:
Os principais materiais de desenho técnico são:
Lápis ou lapiseira
Lápis ou lapiseira
Lápis ou lapiseira

Exemplo de lapiseiras e lápis


Exemplo de lapiseiras e lápis
Exemplo de lápis e lapiseiras
Essencial para o traçado, com vários graus de dureza: um grafite mais macio cria
Essencial
Essencial
traços para
para
mais ootraçado,
traçado,
escuros comvários
com váriosgraus
e normalmente graus
mais dede dureza:
dureza:
espessos, umum
um grafite
grafite mais
mais
mais macio
macio
duro cria cria
tra-
permite
traços
traços mais
finos
ços mais escuros
e traços
escuros e normalmente mais espessos, um grafite mais duro permite
mais claros. mais espessos, um grafite mais duro permite traços
e normalmente
traços finos e traços mais claros.
finos e traços mais claros.
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Conceitos
Conceitos de Desenho Técnico de Geometria
– Construção CivilPlana e Interpretação de Desenho Técnico

Os lápis devem estar sempre apontados


Os lápis devemde preferência
estar com estilete
sempre apontados de epreferência
a ponta deve
com estilete e a
ser em forma de cone ou espátula.
ser em forma de cone ou espatulada.

O grau do grafite varia deO10H


grau(extremamente
do grafite variaduro)
de 10H (extremamente
a 10B (extremamente duro) a 10B (extremame
macio),
classificação que também classificação
é aplicada aosque também
grafites é aplicada
utilizados aos grafites utilizados em lapiseiras
em lapiseiras:
• Classificação
• Classificação H = Hard, indicado como umaHmina
= Hard, indicado como uma mina dura.
dura.
• Classificação B = Bland* ou Black**, indicado uma mina macia* o
• Classificação B = Bland* ou Black**, indicado uma mina macia* ou preta**.
• Classificação HB = Hard/Bland, indicado como uma de dureza m
• Classificação HB = Hard/Bland, indicado como uma de dureza média.
Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 ou 0,3 mm e
Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 mm ou 0,3 mm e variando
grafites quanto à necessidade de peso e espessura dos traços.
os grafites quanto à necessidade de peso e espessura dos traços.
Os grafites mais usados são: 2H, H, F, HB.
Os grafites mais usados são: 2H, H,
Outros HB.de classificação são por números ou letras e números:
tipos
Classificação
Outros tipos de classificação por ou letras
são por números Classificação
e números:por Classificação por letr
números letras números
Classificação por N°Classificação
1 – Macio por B – macio por letras
Classificação 2B, 3B até 6B – muit
números N°letras
2 – Médio HB – médio
e números 2H, 3H até 9H (muit
No 1 – Macio N°B3– –macio
Duro H 3B
2B, – duro
até 6B – muito macio
No 2 – Médio HB – médio 2H, 3H até 9H (muito duro)
No 3 – Duro H – duro
Esquadros
Esquadros

Auxiliam na construção de segmentos de retas paralelas, concorrentes ou a um ângu-


lo determinado entre si.
O jogo é composto por dois esquadros, um com ângulo de 45º- 90º - 45º e o outro
com os ângulos de 30º - 90º - 60º.
Com o uso individual desses esquadros é possível obter facilmente qualquer um des-
ses ângulos.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Com o uso combinado, podem-se obter ângulos de 15º, 75º, 105º, etc.
Embora possam ser utilizados apenas apoiados um no outro, em geral utiliza-se o par
de esquadros apoiado sobre a régua “T” ou a régua paralela.
Em um par de esquadros, a hipotenusa do esquadro de 45º é congruente ao maior
cateto do esquadro com ângulos de 30° e 60º.

As figuras apresentam exemplos de como traçar retas com o auxílio de esquadros:

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulo de 60º Ângulo de 45º

Ângulo de 30º Ângulo de 30º

Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos
Conceitosde
deGeometria
GeometriaPlana
PlanaeeInterpretação
Interpretaçãode
deDesenho
DesenhoTécnico
Técnico
As figuras apresentam exemplos de como combinar os esquadros para obter ângulos
de 15º, 105º, 135º, etc. e sem o auxílio do transferidor.

AÔB = 150º
AÔB = 150º
AÔB
AÔB ==
=150º
150º
150º

CÔD = 75º
CÔD = 75ºo
CÔD
CÔD ==
CÔD =75º
75
75º

EÔF = 135º
EÔF==135º
EÔF 135º
EÔF = 135º
EÔF = 135º

GÔB
GÔB==120º
120º
GÔB = 120º
GÔB
GÔB==120º
120º

Transferidor
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Transferidor
Instrumento
Transferidor utilizado para medir e traçar ângulos, sendo encontrado transferidores
Transferidor
Instrumento
de utilizado
180° (meia volta) e para medir completa).
360°(volta e traçar ângulos, sendo encontrado transferidores
Instrumento
Instrumento utilizado
utilizado para
para medir
medir ee traçar
traçar ângulos,
ângulos, sendo
sendo encontrado
encontrado transferidores
transferidores
de 180° (meia volta) e 360°(volta completa).
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Transferidor

Instrumento utilizado para medir e traçar ângulos, são encontrados transferidores de


180° (meia volta) e 360° (volta completa).
Os ângulos podem ser obtidos no sentido horário ou anti-horário, conforme a situação.

Para medir um ângulo, coloque o centro do transferidor (ponto 0) no vértice do


ângulo, alinhe o segmento de reta OA ou OE com um dos lados do ângulo e o
outro lado do ângulo determinará a medida do ângulo.

O ângulo AÔC mede 70º , na figura acima, podemos ler os seguintes ângulos:
• AÔB = 27º
• AÔD = 120º
• AÔE = 180º
• EÔB = 153º
• EÔC = 110º
• EÔD = 60º
• EÔA = 180º

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Compasso

Utilizado para traçar circunferências, arcos de circunferências e para transportar me-


didas. O compasso tradicional possui uma ponta-seca e uma ponta com grafite.

Uma distância pode ser determinada com o compasso aberto entre a ponta-seca e
o grafite.

Esta distância representa o raio da circunferência ou do arco.

    

Um compasso ideal deve oferecer um ajuste perfeito, não permitindo folgas.


As pontas devem se tocar quando se fecha o compasso, caso contrário o instrumento
está descalibrado.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A ponta de grafite deve ser apontada em “bisel” (oblíquo), feita com o auxílio de
uma lixa.

Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que podem ser úteis
para grandes circunferências.
Alguns modelos possuem extensores para traçar circunferências ainda maiores.
Existem ainda compassos específicos, como o de pontas-secas (usado somente para
transportar medidas), compassos de mola (para pequenas circunferências), compas-
so bomba (para circunferências minúsculas) e compasso de redução (usado para con-
verter escalas).

Régua / Régua paralela / Régua T

A régua é utilizada para medir e executar traços retos.


É recomendável o uso de régua transparente graduada em centímetros e milímetros.

A régua T é utilizada sempre de modo horizontal e para traços de linhas horizontais e


como base para os esquadros no traçado de linhas inclinadas ou horizontais.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A régua paralela, que pode ser substituída pela régua “T”, é utilizada para o traçado
de linhas horizontais, paralelas entre si, no sentido do comprimento da prancheta ou
servir de base, para o apoio dos esquadros, para traçar linhas verticais ou com deter-
minadas inclinações.
O comprimento da régua paralela deve ser um pouco menor do que o da prancheta.

Escalímetro

Instrumento destinado à marcação de medidas, na escala do desenho e pode ser en-


contrado com duas gradações de escala.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O escalímetro convencional utilizado nas áreas de engenharia e arquitetura é aquele


que apresenta as seguintes escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125 ou conhecido
também como escalímetro nº 1.

Prancheta

Geralmente de madeira, em formato retangular, onde se fixam os papéis para os


desenhos.
É importante que a prancheta bem como o banco possibilite ao aluno uma correta
postura ergonômica e a iluminação adequada também são importantes para um
bom trabalho.

Borracha

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

É recomendável utilizar borracha macia, compatível com o trabalho para evitar dani-
ficar a superfície do desenho.
Não utilizar borrachas para tinta, que geralmente são mais abrasivas para a superfície
de desenho.

Papel

Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistên-


cia e durabilidade apropriadas.
A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto
e das facilidades de reprodução.
• Papel transparente: manteiga, vegetal, albanene, poliéster e cronaflex.
• Papel opaco: canson ou sulfite grosso.
É recomendável trabalhar com folhas avulsas para evitar superfícies irregulares.

Os formatos de folhas serão apresentados no capítulo 8.

Gabaritos

São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos vazados, que possibili-
tam a reprodução destes nos desenhos.
O gabarito de círculos é útil para o traçado de pequenos círculos de raios pré-disponíveis.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Outros gabaritos úteis são os de equipamentos sanitários/hidráulicos, de formas


geométricas e de mobiliário.
Para curvas de raio variável usa-se a “curva francesa” ou régua flexível.

Exemplo de curva francesa no traçado de uma planificação

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O material para o módulo de desenho técnico do curso Técnico em Computação


Gráfica - SENAC recomenda o seguinte kit material aluno:

1 TRANSFERIDOR 8312 12CM

VISION - OFFICE / COMPASSO SEM TIRA LINHA / COMPASSO VISION


1
SEM TIRA LINHAS

1 FABER CASTELL / BORRACHA VINIL / BORRACHA TK PLAST PEQ.

1 TRIDENT / ESQUADRO 45 / ESQUADRO 2521 21CM

1 TRIDENT / ESQUADRO 60 / ESQUADRO 2621 21CM

1 TRIDENT / ESCALÍMETRO / ESCALÍMETRO NO.1

1 BLOCO ACERVO ESCOLAR / LAYOUT / LAYOUT LISO A-3

PENTEL – IMPORTADA / LAPISEIRAS / P207 Azul – 07 mm (caso necessário,


1
adquirir grafite 07 mm HB)
PENTEL – IMPORTADA / LAPISEIRAS / P207 Azul – 05 mm (caso necessário,
1
adquirir grafite 05 mm HB)
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1
MDF – A3 **(ver figura)

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Senac São Paulo 24


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Desenhe a figura com o auxÍlio do esquadro 60º e régua.


Dimensões (mm).

2. Desenhe a figura com o auxílio do esquadro 45º e régua.


Dimensões (mm).

3. Desenhe a figura com o auxílio do compasso.


Raio = 48 mm.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

4. Desenhe a figura com o auxílio do compasso, régua e esquadro.


Dimensões (mm).

5. Dividir o espaço útil na folha A4 conforme a figura.


Dimensões (mm).

Inclinação 45º

Inclinação 45º

Inclinação 30º Inclinação 60º

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

6. A partir da uma folha A4, desenhe as figuras a seguir.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 2
princípios básicos
de geometria plana

OBJETIVO
• Apresentar os conceitos básicos de geometria plana (reta, plano e ponto)
• Apresentar os conceitos de ângulos, mediatriz, retas paralelas, bissetriz e per-
pendicular

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Princípios básicos de Geometria Plana


Os estudos iniciais sobre geometria plana estão relacionados à Grécia Antiga e
também pode ser denominada geometria euclidiana em homenagem a Euclides de
Alexandria (360 a.C. - 295 a.C.), grande matemático educado na cidade de Atenas e
frequentador da escola fundamentada nos princípios de Platão.

Os princípios que levaram à elaboração da geometria euclidiana eram baseados nos


estudos do ponto, da reta e do plano conhecidos como entes primitivos que são
aqueles conceitos que não possuem definições.
Os cinco postulados de Euclides são:
• De um ponto a outro ponto podemos traçar uma reta;
• Dada uma reta é sempre possível prolongá-la num sentido e no outro;
• De um ponto dado, com um raio qualquer, podemos descrever um círculo;
• Todos os ângulos retos são iguais;
• Quando duas retas A e B, cortadas por uma transversal S, formarem ângulos in-
ternos do mesmo lado não suplementares, as ditas retas prolongadas suficien-
temente, encontram-se do lado em que a soma dos ângulos internos for menor.
As definições teóricas da geometria de Euclides estão baseadas em axiomas, postula-
dos, definições e teoremas que estruturam a construção de variadas formas planas.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ponto
É a figura geométrica mais simples. A marca de uma ponta de lápis bem fina no papel
dá a ideia do que é um ponto.
A figura apresenta vários pontos identificados com letra maiúscula.

Em desenho geométrico o ponto é representado pela interseção de duas pequenas


linhas e nomeado por uma letra maiúscula.
A figura mostra a representação dos pontos: Ponto A, Ponto B, Ponto C.

A localização do ponto no plano é através das coordenadas abscissa (x) e ordenada (y).

A localização do ponto no espaço é através das coordenadas abscissa (x), ordenada (y)
e cota (z).

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Toda figura geométrica é considerada um conjunto de pontos.


Um ponto pode ser representado graficamente pela intersecção de duas linhas.

Exercícios

1. Identifique a localização dos pontos no plano através das coordenadas abscissa (x)
e ordenada (y).

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ponto Coordenada abscissa (x) Coordenada ordenada (y)

2. Dado o gráfico, determine os seguintes pontos.

Ponto Coordenada X Coordenada Y

A 3 1

B 5 1

C 6 3.5

D 6 5

E 3.5 5

F 3.5 7

G 2 7

H 2 3

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Plano ou superfície plana


Assim como o ponto, o plano não tem definição, mas é possível ter uma ideia obser-
vando o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala.
O plano é ilimitado, não tem começo nem fim, mas no desenho a representação é
delimitado por linhas fechadas.
A identificação é utilizada por letras gregas, por exemplo : α (alfa), β (beta) ou γ (gama).

De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser:

Linha
É o deslocamento de um ponto no espaço e apresenta apenas uma dimensão: o
comprimento.
Em uma linha há uma infinidade de pontos e pode ser curva ou reta.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As curvas são classificadas como:


• Curvas abertas simples são aquelas que possuem extremidades.

• Curvas abertas não simples são aquelas que possuem extremidades mas se inter-
ceptam a si mesmas.

• Curvas fechadas simples são aquelas que não possuem extremidades.

• Curvas fechadas não simples são aquelas que não possuem extremidades mas se
interceptam a si mesmas.

Reta
Reta não tem início nem fim é considerada ilimitada sendo representada por uma
letra minúscula.
A figura representa uma reta, as setas nas extremidades indicam uma reta contínua
indefinidamente nos dois sentidos.

Representação da reta

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Por um único ponto passam infinitas retas.

Semirreta

Semirreta sempre tem origem mas não tem fim.


A figura apresenta duas semirretas em que o ponto A é o ponto de origem das semirretas.

Representação de semirretas

Segmento de reta

Segmento de reta é indicado como o pedaço limitado na reta entre os dois pontos
diferentes A e B, ou 2 pontos distintos.
Indica-se o segmento AB

Representação do segmento de reta

Ponto médio de um segmento

Um ponto P, interno a um segmento AB, é chamado de ponto médio desse segmento


se P divide AB em dois segmentos congruentes

Então, se P é o ponto médio de AB , temos AP = PB.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Posição absoluta da reta

Conforme a posição no espaço, a reta pode ser:


• Vertical – a reta vertical é aquela que coincide com a direção do fio do prumo;
• Horizontal – a reta horizontal é a que segue a linha do horizonte;
• Inclinada – quando não é horizontal nem vertical, a reta é inclinada, sendo a in-
termediária das posições horizontal e vertical como limites.

Por 1 reta passam infinitos planos.

Por 1 reta e um ponto passa apenas 1 plano.

Por 2 retas pode passar apenas 1 plano.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Posições entre duas retas

Tipos Descrição Exemplo

Possui somente um ponto em


Concorrentes
comum.

São concorrentes e não formam


Oblíquas
um ângulo reto.

São coplanares, mantêm sempre


a mesma distância entre si e não
Paralelas tem um ponto em comum.
O paralelismo é indicado pelo
sinal //.

Coincidentes Todos os pontos são comuns.

Transversais Quando cortam 2 retas paralelas.

Encontram-se em um ponto for-


mando um ângulo de 90º.
Perpendiculares
A perpendicularidade é indicada
pelo sinal .

Quando não têm pontos em


Ortogonais comum, mas as suas projeções
formam um ângulo reto.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Espaço
É o lugar geométrico único, é o conjunto universo amplo da geometria euclidiana, no
qual estão os infinitos pontos, as infinitas retas e os infinitos planos.
Por ser único, não há uma representação geométrica para o espaço, pois não há ne-
cessidade de distingui-lo de outro.
• É tridimensional;
• Existem pontos, retas e planos em todos os lugares do espaço e em todas as po-
sições possíveis;
• É ilimitado nas três dimensões.

Simetria
É a preservação da forma e da configuração através de um ponto, uma reta ou um plano.
Com a simetria se obtém uma forma de outra preservando suas características tais
como ângulos, comprimento dos lados, distância, tipos e tamanhos; pode ser obser-
vada em algumas formas geométricas, equações matemáticas ou outros objetos.
Há quatro isometrias no plano: reflexão, translação, rotação e reflexão deslizante.

Na simetria de translação, a figura desliza sobre uma reta, mantendo-se inalterada,


sendo necessárias duas especificações: direção (que pode ser medida em graus) e a
magnitude (que pode ser medida em alguma unidade de comprimento).

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Na simetria de rotação a figura toda gira em torno de um ponto que pode estar na
própria figura ou fora dela, sendo que cada ponto da figura percorre um ângulo com
vértice neste ponto.
A distância ao centro de rotação se mantém constante e a medida do giro é chamada
ângulo de rotação.

Na simetria de reflexão observa-se um eixo, que poderá estar na figura ou fora dela e
que serve de espelho refletindo a imagem da figura desenhada.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A simetria de reflexão deslizante resulta da translação e da reflexão onde os mesmos


elementos são necessários: eixo, direção e magnitude.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Símbolos convencionais usados na geometria

Símbolo Nome
• Ponto
Reta

Plano

AB Reta AB

AB Semirreta AB
AB Segmento AB

AB Arco AB

AOB Ângulo O
Ângulo
Congruente
Triângulo
Perpendicular
// Paralela
≠ Diferente
= Igual
Coincidente
Contém
Maior
Menor
Semelhante
Implica
Equivalente
Ângulo
Circunferência
Diâmetro
Infinito
União
Intersecção

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Existe
Não existe
h Altura
LH Linha do horizonte

Alfabeto Grego

Maiúsculas Minúsculas Nome

A Alfa
B b Beta
Gama
Δ Delta
E Épsilon
Zeta
Eta
Teta
Iota
Capa
Lambda
μ Mi
Ni
Csi
o Ômicron
Π π Pi

Sigma
Tau
Ípsilon
Fi
Xi
Psi
Ω Ômega

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Prefixos usados

Nome Símbolo Fator multiplicador


Yotta Y 1024
Zetta Z 1021
Exa E 1018
Peta P 1015
Tera T 1012
Giga G 109
Mega M 106
Quilo K 103
Hecto H 102
Deca da 101
Deci d 10−1
Centi c 10−2
Mili m 10−3
Micro μ 10−6
Nano 10−9
Pico p 10−12
Femto f 10−15
Atto a 10−18
Zepto z 10−21
Yocto y 10−24

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios (continuação)

3. Quais são os elementos fundamentais da geometria?


4. Que ideia (ponto, reta ou plano) você tem quando observa:
a) a cabeça de um alfinete.
b) o piso da sala de aula.
c) uma corda de violão bem esticada.
d) o encontro de duas paredes.
e) um grão de areia.
f) um campo de futebol.

5. Na figura as retas AB, AC e CD, são identificadas pelas seguintes coordenadas.

Preencha na tabela as coordenadas (x,y) dos pontos.


Reta
AB A= B=
AC A= C=
CD C= D=

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

6. Observe a figura e responda:

a) Quais dos pontos pertencem à reta r?


b) Quais dos pontos pertencem à reta s?
c) Quais dos pontos pertencem às retas r e s?

7. Observe a figura e responda:

a) Os pontos A, F e são colineares.


b) Os pontos E, F e são colineares.
c) Os pontos C, e E são colineares.
d) Os pontos , B e C são colineares.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulos
Ângulo é a abertura formada entre duas semirretas de mesma origem OA e OB.

A unidade de representação do ângulo é o grau (º) cujos submúltiplos são minuto e


o segundo, em grados (gr) ou radianos (rad).
O grau é cada uma das 360 partes em que a circunferência é dividida.

Classificamos um ângulo em agudo, reto ou obtuso.


• Ângulo reto: possui medida igual a 90º (noventa graus).
• Ângulo agudo: possui medida menor que 90º.
• Ângulo obtuso: possui medida maior que 90º.

Senac São Paulo 48


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ao dividirmos um ângulo reto em 90 partes iguais, cada uma dessas mede um grau (1º).
Se dividirmos um grau em 60 partes, cada uma dessas partes medirá um minuto (1’) e
se dividirmos um minuto em 60 partes, cada uma dessas partes será um segundo (1“).
Se dividirmos um ângulo reto em 100 partes iguais, cada uma dessas partes será 1
grado.
• 1o = 60’ (1 grau = 60 minutos)
• 1o = 60” (1 minuto = 60 segundos)
• 1o = 3.600”
• 90o = 100 gr

Exemplo:

• Um ângulo de 45 graus e 15 minutos é indicado por 45º15’.


• Um ângulo de 20 graus, 30 minutos e 45 segundos é indicado por 20º30’45”.

Ângulo raso

Um ângulo que mede exatamente 180 graus.

Ângulos adjacentes

São ângulos que possuem um lado comum.

Ângulos complementares

Dois ângulos são complementares quando a sua soma é igual a um ângulo reto (90º).

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulos suplementares

Dois ângulos são suplementares quando a sua soma é igual a dois ângulos retos (180º).

Bissetriz de um ângulo

Bissetriz de um ângulo é a semirreta que divide o ângulo em dois ângulos iguais.

Propriedade da bissetriz

Os pontos da bissetriz são equidistantes dos lados do ângulo.

Ângulos opostos pelo vértice

Ângulos opostos pelo vértice são ângulos formados por duas retas que se cruzam
como mostra a figura.
Os ângulos opostos pelo vértice são iguais, uma vez que podem coincidir por su-
perposição.

Senac São Paulo 50


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulo circunscrito

É o ângulo, cujo vértice não pertence à circunferência e os lados são tangentes a ela.

Ângulo inscrito

É o ângulo, cujo vértice pertence à circunferência e os lados são secantes a ela.

Ângulos congruentes ou suplementares

Ângulos de lados perpendiculares são considerados congruentes ou suplementares.


• Congruentes: quando dois ângulos são agudos, retos ou obtusos;
• Suplementares: quando dois ângulos são retos ou um deles é agudo e o outro
é obtuso.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

β +β= 180o

Ângulos alternos

Os ângulos alternos e congruentes são formados a partir de duas retas paralelas e


distintas, juntamente com uma transversal.

r // s β

Ângulos opostos pelo vértice

Consideramos ângulos opostos pelo vértice, aqueles que possuem um lado como
sendo semirretas opostas aos lados dos outros.

Congruência de ângulos

Dois ângulos são congruentes se ambos possuírem a mesma medida.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulos replementares

Dois ângulos são replementares se a soma de suas medidas for 360º. Ex.: 150º e 210º.

Ângulos explementares

Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas é igual a 270º.
Ex.: 45º e 225º.

Mediatriz
Uma mediatriz é uma reta que passa perpendicularmente pelo ponto médio de um
segmento dado.

Propriedade da mediatriz

Os pontos da mediatriz são equidistantes dos extremos do segmento de reta.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios (continuação)

8. Determine o ângulo que é o dobro do seu complemento.


9. Determine a medida do ângulo x, nas seguintes figuras.
a)

b)

c)

d)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

10. Determine x,y e z nas figuras.


a)

b)

c)

11. Sendo BD a bissetriz do ângulo CB̂E, determine x+y.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

12. As figuras abaixo estão incompletas. Complete–as de modo que as retas traceja-
das sejam os eixos de simetria.

13. Que simetrias existem neste friso?

14. Complete a figura:

Senac São Paulo 56


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Respostas dos Exercícios

1.
Ponto coordenada abscissa (x) coordenada ordenada (y)
A -5 3
B 6 5
C 4.5 -3.5
D 0 0

2.

3. Ponto, reta e plano.


4.
a) ponto
b) plano
c) reta
d) reta
e) ponto
f) plano

5.
Reta
AB A = 2,3 B = 1.5,2,5
AC A = 2,3 C= 3,1
CD C= 3,1 D = 0,0

Senac São Paulo 57


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

6.
a) P, A, Q
b) M, A, N
c) A

7.
a) D
b) B
c) D
d) A

8.
X = medida do ângulo
90º - x = medida do complemento do ângulo
Então:
X = 2(90º -x) Assim:
X= 180º - 2x
X = 60º
9.
a) 41º
b) 64º
c) 14º
d) 62º

10.
a) 143º, 37º, 143º
b) 36º, 18º, 144º
c) 20º, 60º, 80º, 60º

11. 100º

12. Translação e reflexão do eixo horizontal.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 3
figuras geométricas
planas

OBJETIVO
• Apresentar o conceito de figuras geométricas planas: polígonos, retângulos,
triângulos (isósceles, equilátero) quadrado

Senac São Paulo 59


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Figuras geométricas planas


Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo plano.
Estas figuras planas têm várias formas e os nomes variam de acordo com sua forma.

Polígonos
Polígonos são figuras planas formadas por segmentos consecutivos e fechadas.
São diferenciados por serem convexos ou não, pelo número de lados, pelo número de
lados internos, pelo número de eixos de simetria, etc.
São conhecidos como regulares quando apresentam todos os lados e ângulos com a
mesma medida.

Um polígono é convexo quando o prolongamento de qualquer dos segmentos que o


determina deixa o polígono de um só lado.

Um polígono é côncavo quando o prolongamento de pelo menos um dos seus lados


corta o polígono em duas partes.

Senac São Paulo 60


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulo interno do polígono é o ângulo formado por dois lados consecutivos. Ân-
gulo externo do polígono é o ângulo formado pelo prolongamento de um lado e o
lado consecutivo.

Um polígono é regular se tem todos os lados e todos os ângulos iguais, caso contrário, é
denominado como irregular.

Polígonos regulares

Polígonos irregulares

Senac São Paulo 61


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Apótema de um polígono regular é o segmento de reta que une o centro do polígono


(centro da circunferência circunscrita), ao ponto médio de um de seus lados.

Número de diagonais de um polígono

• no de diagonais determinadas a partir de 1 vértice: (n – 3)


• no de diagonais de um polígono com n lados:

n(n – 3)
d=
2

Senac São Paulo 62


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A classificação de um polígono depende do número de seus lados.

Número de
Nome Polígono
lados

3 Triângulos

4 Quadriláteros

5 Pentágonos

6 Hexágonos

7 Heptágonos

8 Octógonos

9 Eneágonos

10 Decágonos

Senac São Paulo 63


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Alguns polígonos possuem nomes bem particulares:


• polígono com 9 ângulos eneágono;
• polígono com 11 ângulos undecágono;
• polígono com 15 ângulos pentadecágono;
• polígono com 20 ângulos icoságono.

Os polígonos restantes não têm nome próprio: 13 lados é um polígono de


13 lados, 14 lados é um polígono de 14 lados, 16 lados é um um polígono de
16 lados, etc.

Triângulos
São polígonos considerados especiais porque todas as demais figuras poligonais po-
dem ser decompostas em triângulos.
Triângulos possuem 3 lados e três ângulos podem ser classificados de várias maneiras.

Vértices: A, B e C

Lados: AB, BC e AC

Ângulos: , ,

Classificação pelos lados

• Triângulo equilátero: tem 3 lados iguais e três ângulos de 60º.

Senac São Paulo 64


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Triângulo isósceles: têm 2 lados iguais e um diferente chamado base.

Qualquer lado pode ser chamado de base do triângulo, porém, adota-se


como padrão o lado traçado na posição horizontal.

• Triângulo escaleno: tem 3 lados e três ângulos diferentes.

Classificação pelos ângulos

• Acutângulo é o triângulo que tem todos os ângulos agudos (< 90°) formando 180°.

Acutângulo

• Obtusângulo é o triângulo que possui um ângulo obtuso e dois ângulos agudos.

Obtusângulo

Senac São Paulo 65


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Triângulo retângulo é o triângulo que possui um ângulo reto.


Em um triângulo retângulo, denomina-se hipotenusa o lado oposto ao ângulo
reto. Os demais lados chamam-se catetos.
Os ângulos agudos de um triângulo retângulo são complementares (ou seja, sua
soma é igual a 90°).

Todo triângulo apresenta:

3 medianas
3 mediatrizes
3 bissetrizes
3 alturas

Mediana

Mediatriz

Altura

Bissetriz Ponto médio

Altura

É um segmento de reta traçado a partir de um vértice, de forma a encontrar o lado


oposto ao vértice formando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.

Senac São Paulo 66


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Mediana

É o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. BM é uma mediana.

Bissetriz

É a semirreta que divide um ângulo em duas partes iguais. O ângulo B está dividido
ao meio e nesse caso Ê = Ô.

Ângulo interno

É formado por dois lados do triângulo.


Todo triângulo possui três ângulos internos.

Ângulo externo

É formado por um dos lados do triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente


(ao lado).

Senac São Paulo 67


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Pontos notáveis do triângulo

G – baricentro

É o ponto de encontro das 3 medianas do triângulo.


BG = 2GF
AG = 2GE
CG = 2GD

Baricentro

I – incentro

É o ponto de encontro das 3 bissetrizes do triângulo.

Incentro

C – circuncentro

É o ponto de encontro das 3 mediatrizes do triângulo.


O circuncentro é o centro da circunferência circunscrita a um triângulo.

Senac São Paulo 68


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O circuncentro pode ser:


• Interno: se o triângulo for acutângulo.

Circuncentro

• Externo: se o triângulo for obtusângulo.

Circuncentro

• Coincidente: se o triângulo for retângulo.

Circuncentro

• O: ortocentro
É o ponto de encontro das 3 alturas do triângulo.

Senac São Paulo 69


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O ortocentro pode ser:


Interno: se o triângulo for acutângulo.

• Externo: se o triângulo for obtusângulo.

• Coincidente: se o triângulo for retângulo.

- O baricentro e o incentro sempre estão localizados no interior do triângulo.


- O circuncentro e o ortocentro podem estar localizados no exterior do
triângulo.

Senac São Paulo 70


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Triângulo equilátero

Em todo triângulo equilátero, os quatro pontos notáveis (baricentro, incentro, circun-


centro e ortocentro) estão localizados em um único ponto.
• t- lado do triângulo equilátero
• r- raio da circunferência inscrita
• R- raio da circunferência circunscrita
• h- altura do triângulo

Soma dos ângulos internos

Na geometria euclidiana, de acordo com o Teorema Angular de Tales, a soma dos ân-
gulos internos de qualquer triângulo é igual a dois ângulos retos (180° ou π radianos).
Isso permite a determinação da medida do terceiro ângulo, desde que sejam conhe-
cidas as medidas dos outros dois ângulos.

A+B+C = 180º

Senac São Paulo 71


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Semelhança entre triângulos

Dizemos que dois triângulos são semelhantes se, e somente se, possuírem seus três
ângulos ordenadamente congruentes e os lados proporcionais.

Elementos do triângulo retângulo

Os lados de um triângulo retângulo recebem nomes especiais.


Estes nomes são dados de acordo com a posição em relação ao ângulo reto. O lado
oposto ao ângulo reto, é a hipotenusa.
Os lados que formam o ângulo reto (adjacentes a ele) são os catetos.

Letra Lado Triângulo Vértice = Ângulo Medida

a Hipotenusa A = Ângulo reto A = 90º

b Cateto B = Ângulo agudo B < 90º

c Cateto C = Ângulo agudo C < 90º

Nomenclatura dos catetos

Os catetos recebem nomes especiais de acordo com a sua posição em relação ao


ângulo sob análise. Se estivermos operando com o ângulo C, então o lado oposto, in-
dicado por c, é o cateto oposto ao ângulo C e o lado adjacente ao ângulo C, indicado
por b, é o cateto adjacente ao ângulo C.

Ângulo Lado oposto Lado adjacente


C c cateto oposto b cateto adjacente

B b cateto oposto c cateto adjacente

Propriedades do triângulo retângulo

• Ângulos: um triângulo retângulo possui um ângulo reto e dois ângulos agudos


complementares.
• Lados: um triângulo retângulo é formado por três lados, uma hipotenusa (lado
maior) e outros dois lados que são os catetos.

Senac São Paulo 72


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Altura: a altura de um triângulo é um segmento que tem uma extremidade em um


vértice e a outra extremidade do lado oposto ao vértice, sendo que este segmen-
to é perpendicular ao lado oposto ao vértice.
Existem 3 alturas no triângulo retângulo, sendo que duas delas são os catetos. A ou-
tra altura (ver gráfico abaixo) é obtida tomando a base como a hipotenusa, a altura
relativa a este lado será o segmento AD, denotado por h e perpendicular à base.

Relações métricas no triângulo retângulo

Para extrair algumas propriedades, faremos a decomposição do triângulo retângulo


ABC em dois triângulos retângulos menores: ACD e ADB. Dessa forma, o ângulo A
será decomposto na soma dos ângulos CÂD=B e DÂB=C.

Os triângulos retângulos ABC, ADC e ADB são semelhantes.

Triângulo Hipotenusa Cateto maior Cateto menor


ABC a b c
ADC b n h
ADB c h m

Senac São Paulo 73


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Razões trigonométricas

Lei dos senos

Lei dos cossenos

Senac São Paulo 74


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Quadriláteros
É um polígono de quatro lados, quatro vértices, quatro ângulos e duas diagonais.

Lados Vértices

AB A

BC B

CD C

AD D

A soma dos ângulos internos de um quadrilátero é 360º.


A soma dos ângulos externos de um quadrilátero é 360º.

Classificação dos quadriláteros

Paralelogramo

É o quadrilátero que possui lados paralelos dois a dois (lados opostos paralelos).
Seus lados e seus ângulos opostos são congruentes e suas diagonais se cortam no
ponto médio.
Os paralelogramos são classificados como:

Senac São Paulo 75


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Quadrado
As diagonais são iguais e perpendiculares em
seus pontos médios.
Todos os ângulos internos são retos.
Seus lados são iguais.
O quadrado pode ser inscrito em uma circun-
ferência de raio igual a sua semidiagonal.

Retângulo
As diagonais são oblíquas, iguais e se cortam
em seus pontos médios.
Todos os ângulos internos são retos.
Seus lados opostos são iguais.
O retângulo pode ser inscrito em uma circunfe-
rência de raio igual a sua metade da diagonal.

Losango
As diagonais são diferentes, perpendiculares,
se cortam em seus pontos médios e são bisse-
trizes dos ângulos internos.
Nenhum ângulo interno é reto.
Seus lados são iguais.
Não é inscritível.

Paralelogramo obliquângulo
As diagonais são diferentes, oblíquas e se cor-
tam em seus pontos médios.
Nenhum ângulo interno é reto.
Seus lados opostos são iguais.
Não é inscritível.

Trapézio

Chama-se trapézio o quadrilátero que possui somente dois lados opostos paralelos,
denominados como base menor e base maior do trapézio.
A distância medida na perpendicular entre as bases é denominada de altura do trapézio.

Senac São Paulo 76


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Trapézio retângulo
Apresenta dois ângulos de 90º

Trapézio isósceles
Os lados opostos não paralelos são
congruentes.
As diagonais são congruentes.
Os ângulos de uma mesma base são
congruentes.

Os lados opostos não paralelos, não


são congruentes.

Figuras circulares
Nem todas as figuras planas são poligonais. Existem figuras planas delimitadas por curvas.
Dentre elas a de curvatura mais perfeita é o círculo. Círculo é a região do plano limi-
tada por uma curva chamada circunferência.

Elementos de uma circunferência:


• raio – segmento de reta que une um ponto da circunferência ao centro.
• diâmetro – segmento de reta que une dois pontos da circunferência passando
pelo centro.
• arco – porção da circunferência limitada por dois pontos.
• corda – segmento de reta que une dois pontos da circunferência.
• flecha – segmento de reta que une o ponto médio da corda ao ponto médio do
arco correspondente.

Senac São Paulo 77


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Elementos de um círculo:
• Setor circular é a porção do círculo limitada por um arco e pelos raios que pas-
sam pelos seus pontos extremos.

• Coroa circular é a porção do círculo compreendida entre duas circunferências


concêntricas.

• Segmento circular de uma base é a porção do círculo limitada por um arco e pela
corda correspondente.
• Segmento circular de duas bases é a porção do círculo limitada por duas cordas
paralelas e pelos arcos compreendidos entre elas.

Senac São Paulo 78


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Setor de coroa circular é a porção de uma coroa circular limitada por dois raios.

• Lúnula: é a área limitada por dois arcos de duas circunferências secantes.

O instrumento usado para traçar circunferências é o compasso.

Senac São Paulo 79


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

• Reta secante: uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a
circunferência em dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta
que contém uma corda.

• Reta tangente: uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercep-
ta a circunferência em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto
de tangência ou ponto de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o ponto de tan-
gência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à circunferência.

Posições relativas de duas circunferências

Circunferências Circunferências Circunferências Circunferências


exteriores tangentes tangentes concêntricas
exteriores interiores

Circunferências Circunferências Circunferências


interiores secantes secantes
exteriores interiores

Senac São Paulo 80


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Elipse
É o lugar geométrico dos pontos de um plano tal que a soma de suas distâncias a dois
pontos fixos, denominados focos, F1 e F2, é constante, igual a 2a e maior que a distân-
cia entre os focos (2a > 2c).

• F1 e F2 são focos da elipse e a distância entre eles é a distancia focal (2c).


• A1 A2 é o eixo maior da elipse e sua medida é a soma que consta da definição (2a).
• B1 B2 é o eixo menor da elipse e sua medida é a soma que consta da definição (2b).
• O é centro da elipse.
c
• O número e = é a excentricidade da elipse.
a

Senac São Paulo 81


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. A prefeitura de uma cidade mandou colocar, na praça central, uma estátua em


homenagem a Pedro Álvares Cabral. Descubra, na planta a seguir, em que local
essa estátua deve ser colocada, sabendo que ela deverá ficar a uma mesma dis-
tância das três ruas que determinam a praça.

2. Na figura abaixo, F é o ortocentro do triângulo ABC. Determine a medida do ângulo


DF̂E sabendo que os ângulos BÂC e BĈA medem, respectivamente, 58º e 70º.

3. Na figura, a circunferência de centro O está inscrita no setor circular de centro A,


raio AB = 15 cm e ângulo central BÂC = 60º. Determine o raio da circunferência.

Senac São Paulo 82


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

4. Na figura, ABCD é um retângulo, M é ponto médio de AD e o triângulo BMC é


equilátero. Determine a medida do segmento PM, sabendo que BC = 12 cm.

5. Um helicóptero saiu de um ponto A, passou pelo ponto B, navegou de B até C e


retornou ao ponto A, conforme o esquema abaixo. Sabendo que as distâncias AB
e AC são iguais, determine a medida x do ângulo B:

6. Joel, Pedro e Manoel moram em suas respectivas casas, sendo que as casas não
são colineares e estão localizadas na mesma fazenda. Eles desejam abrir um
poço de modo que ele fique à mesma distância das três casas. Supondo que a
fazenda é “plana”, com seus conhecimentos de geometria, que sugestão você
pode dar a eles?
7. Na figura seguinte, o valor de é?

Senac São Paulo 83


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Respostas dos Exercícios

1. A estátua deve ser colocada no incentro do triângulo formado pelas três ruas.

2. 10 cm

3. 5 cm

4. 4 cm

5. x = 65
6. O poço deve se localizar no circuncentro do triângulo, cujos vértices são as três
casas.

7. = 110º

Senac São Paulo 84


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 85


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 4
construções geométricas
fundamentais

OBJETIVO
• Apresentar os conceitos para construção geométrica

Senac São Paulo 86


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Construções geométricas fundamentais


A partir do século V a.C., os matemáticos gregos desenvolveram uma subárea da
Matemática, intimamente ligada à Geometria, conhecida como construções geomé-
tricas com régua e compasso.
Nas construções geométricas são permitidos apenas a régua (não graduada) e o compasso.
A régua serve apenas para desenhar uma reta passando por dois pontos dados e o
compasso serve apenas para desenhar uma circunferência cujo raio é dado por um
segmento e cujo centro é um ponto dado.
Estes instrumentos não podem ser utilizados de nenhuma outra maneira.

Porém o desenhista dispõe de esquadros, réguas paralelas, transferidor e outros ins-


trumentos que permitem soluções mais rápidas, desde que executadas corretamente.
Para simplificar as construções, é comum desenharmos arcos de circunferência em
vez de circunferências, além de segmentos de retas e semirretas em vez de retas.
A maioria dos traçados gráficos em DESENHO TÉCNICO se baseiam na aplicação da
geometria plana, que permitem representar peças ou componentes dos projetos, na
engenharia mecânica, civil e também nas demais.
Os projetistas e desenhistas devem estar familiarizados com a solução gráfica dos traçados.
Nos exemplos a seguir utilizaremos também o esquadro para traçar retas paralelas.

Senac São Paulo 87


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Veja as recomendações para utilizar o compasso:

Ajuste o grafite de Ajuste a abertura do compasso Inicie o traçado da circunfe-


maneira que fique com ao tamanho do raio, diretamen- rência, inclinando o compasso
o comprimento próximo te sobre a escala na direção do traço. Complete,
da ponta metálica e girando a cabeça recartilhada
chanfrado pela parte com os dedos
de fora

Traçado de perpendiculares

Perpendicular ou mediatriz pelo ponto médio do segmento AB

1. Dado o segmento AB.

2. Com a ponta seca em A e abertura maior


que a metade do segmento AB, trace um arco.

3. Com a ponta seca do compasso em B e a


mesma abertura, trace outro arco para obter os
pontos C e D.

4. Unir o ponto C ao ponto D , para traçar a


Mediatriz do segmento AB.

Senac São Paulo 88


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Traçar a mediatriz da reta.

Perpendicular a um segmento de reta em qualquer ponto

1. Dado o segmento de reta AB.


Perpendicular
2. Marcar um ponto C em qualquer parte
do segmento AB.

3. Com a ponta-seca do compasso em C


e uma abertura qualquer, marcar o ponto
1 à esquerda de C e outro ponto 2 à
direita de C.

4. Com a ponta-seca do compasso em 1 e


abertura maior do que a metade de 1-2,
traçar um arco na parte inferior ou
superior do segmento AB.

5. Com a ponta-seca do compasso em 2 e


a mesma abertura, traçar outro arco para
obter o ponto 3.

Perpendicular pela extremidade de um segmento de reta

1. Dado o segmento de reta OA.

2. Com a ponta-seca em O abertura qualquer,


trace um arco sobre OA para obter o ponto P. Perpendicular

3. Com a mesma abertura e com a ponta seca


do compasso em P, marcar os pontos Q e R
sobre o arco anteriormente traçados.

4. Com a ponta seca do compasso em R e Q e


abertura qualquer, traçar dois arcos acima dos
pontos R e Q, para obter o ponto S.

5. Unir o ponto O ao ponto S, para obter a


perpendicular.

Senac São Paulo 89


4. Com a ponta seca do compasso em R e Q e
abertura qualquer, traçar dois arcos acima dos
pontos R e Q, para obter o ponto S.
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil
5. Unir o ponto O ao ponto S, para obter a
perpendicular.
Traçar uma perpendicular pela extremidade do ponto B.

Perpendicular pela extremidade de um segmento de reta passando pelo ponto C

1 . Dado o segmento de reta AB.

2. Com a ponta-seca do compasso em A e Perpendicular


abertura AC, trace um arco.

3. Com a ponta-seca do compasso em B e


abertura BC, trace outro arco para obter o
ponto D.

4. Unir o ponto C ao ponto D, para obter a


perpendicular.

Traçar a perpendicular ao segmento MN passando por um ponto Q.

Senac São Paulo 90


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Traçado de paralelas e bissetriz

Bissetriz de um ângulo

Determinar a bissetriz do ângulo dado.

1. Posicione a ponta-seca do compasso em


O e com uma abertura qualquer trace o
C
arco AB.
2. Com a ponta-seca em A e uma abertura
qualquer trace um arco.

3. Com a ponta-seca em B e a mesma


abertura trace outro arco obtendo o ponto C.

4. Unir o vértice O ao ponto C. O segmento


OC é a bissetriz do ângulo.

Determine a bissetriz:

Bissetriz de uma ângulo qualquer de vértice desconhecido

1. Trace um reta t que cruze as retas r e s


(esta reta pode ser traçada em qualquer
posição com relação a r e s).

2. Traçar a bissetriz dos ângulos formados


pela reta t com as retas r e s.

3. Obter os pontos C e D a partir das


intersecções das bissetrizes.

4. Unir os pontos C e D para obter a


bissetriz de um ângulo qualquer.

Senac São Paulo 91


3. Obter os pontos C e D a partir das
intersecções das bissetrizes.

4. Unir osdepontos
Conceitos C eTécnico
Desenho D para– obter a
Construção Civil
bissetriz de um ângulo qualquer.

Determinar a bissetriz do ângulo formado pelas retas a e b:

Paralela a uma reta passando pelo ponto P

1. Com a ponta-seca do compasso em P e uma abertura qualquer trace um arco


obtendo o ponto O sobre o segmento AB.

2. Com a ponta-seca do compasso em O e a mesma abertura, trace um arco,


passando por P e obtendo o ponto Q.

3. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura PQ , trace um arco


determinando o ponto R.

4. Unir o ponto P ao ponto S, para obter a reta paralela.

Dado a um segmento de reta CD, traçar uma paralela que passa por um ponto X:

Senac São Paulo 92


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Paralela a uma reta passando pelo ponto Q

1. Marcar um ponto O qualquer sobre o segmento MN.

2. Com a ponta seca do compasso em O e abertura OQ, trace uma semi-


circunferência para obter os pontos 1 e 2 sobre o segmento MN.

3. Com aponta seca do compasso em 2 e abertura 1, traçar um arco sobre a semi-


circunferência para obter o ponto P.

4. Unir o ponto Q ao ponto P para obter a paralela.

Construção de ângulos

Ângulo de 90º
1. Dado o segmento AB.

2. Traçar uma perpendicular pela


extremidade A, para obter um ângulo
de 90º.

1. Dado o segmento OB.

2. Traçar uma perpendicular pela


extremidade O, para obter um ângulo
de 90º.

3. Traçar a bissetriz do ângulo de 90º


para obter o ângulo CÔB de 45º.

Senac São Paulo 93


de 90º.

Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulo de 45º

1. Dado o segmento OB.


1. Dado o segmento OB.
2. Traçar uma perpendicular pela
2. Traçar uma perpendicular pela
extremidade O, para obter um ângulo
extremidade O, para obter um ângulo
de 90º.
de 90º.
3. Traçar a bissetriz do ângulo de 90º
3. Traçar a bissetriz do ângulo de 90º
para obter o ângulo CÔB de 45º.
para obter o ângulo CÔB de 45º.

Ângulo de 60º
1. Dado o segmento de reta OB.
1. Dado o segmento de reta OB.
2. Com a ponta-seca do compasso e uma
2. Com a ponta-seca do compasso e uma
abertura qualquer, traçar o arco para
abertura qualquer, traçar o arco para
obter o ponto 1 sobre o segmento AO.
obter o ponto 1 sobre o segmento AO.
3. Com a mesma abertura e ponta-seca
3. Com a mesma abertura e ponta-seca
do compasso no ponto 1, traçar o arco
do compasso no ponto 1, traçar o arco
para obter o ponto 2.
para obter o ponto 2.
4. Unir o ponto O ao ponto 2 para
4. Unir o ponto O ao ponto 2 para
obter o ângulo BÔA de 60º.
obter o ângulo BÔA de 60º.

Ângulo de 30º

1. Dado o segmento de reta OB.

2. Obter o ângulo de 60º.

3. Traçar a bissetriz do ângulo de 60º,


para obter o ângulo AÔB de 30º.

1. Dado o segmento de reta OB.


Senac São Paulo 94

2. Obter o ângulo de 90º.


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Ângulo de 75º

1. Dado o segmento de reta OB.


1. Dado o segmento de reta OB.
2. Obter o ângulo de 90º.
2. Obter o ângulo de 90º.
3. Obter o ângulo de 60º no interior do
3. Obterdeo 90º,
ângulo ângulo de 60ºum
obtendo noângulo
interiorde
do
ângulo de 90º,
30º e outro obtendo um ângulo de
de 60º.
30º e outro de 60º.
4. Traçar a bissetriz do ângulo de 30º
4. Traçar
para obtera dois
bissetriz do ângulo
ângulos de 15º.de 30º
para obter dois ângulos de 15º.
5. Obter o ângulo de 75º através da
5. Obter o do
somatoria ângulo de de
ângulo 75º60º
através
+ 15º.da
somatoria do ângulo de 60º + 15º.

Ângulo de 22º30’
1. Dado o segmento de reta OB.
1. Dado o segmento de reta OB.
2. Obter o ângulo de 90º.
2. Obter o ângulo de 90º.
3. Traçar a bissetriz para obter dois
3. Traçar a bissetriz para obter dois
ângulos de 45º.
ângulos de 45º.
4. Traçar a bissetriz do ângulo de 45º
4. Traçar a bissetriz do ângulo de 45º
para obter o ângulo de 22º30’
para obter o ângulo de 22º30’

Dividir um ângulo qualquer AÔB em quatro partes iguais

1. Dado o ângulo AÔB.

2. Traçar a bissetriz do ângulo AÔB


para obter os ângulos AÔC e CÔB.

3. Traçar a bissetriz dos ângulos AÔC e


CÔB para obter os ângulos AÔD, DÔC,
CÔE e EÔB.

Senac São Paulo 95


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Construção de triângulos
1. Traçar a mediatriz de AB e determinar o
Construir um triângulo isósceles conhecendo a sua base e o raio da circunferência
ponto médio “M”.
inscrita.
2. Com aa mediatriz
1 Traçar ponta-secade do
AB compasso em
e determinar “M”
o ponto
emédio
abertura
“M”.igual ao raio da circunferência,
marcar o ponto O sobre a perpendicular.
2 Com a ponta-seca do compasso em “M” e
abertura igual ao raio da circunferência, marcar
3. Com a ponta-seca do compasso em O e
o ponto O sobre a perpendicular.
abertura OM, traçar a circunferência .
3. Com a pont-seca do compasso em O e aber-
4. Com
tura OM,atraçar
ponta-seca do compasso em A e
a circunferência.
abertura Am, traçar um arco para obter o
4. Com1.a ponta-seca do compasso em A e aber-
ponto
tura AM, traçar um arco para obter o ponto 1.

5.
5. Com
Com aaponta-seca
ponta-secadodo compasso
compasso em em
B eB e
aber-
abertura Bm, traçar
tura BM, traçar umpara
um arco arco parao obter
obter ponto o2.
ponto 2. M
6. Unir o ponto A e B aos pontos 1 e 2 até a
intersecção com a perpendicular traçada pelo
6. Unir o ponto A e B aos pontos 1 e 2 até a
meio de AB para obter o ponto C.
intersecção com a perpendicular traçada
pelo meio de AB para obter o ponto C.

Construir um triângulo equilátero conhecendo o lado AB

1. Dado o lado AB.

2. Com a ponta-seca do compasso em A e


abertura igual ao lado AB, traçar um arco.

3. Com a ponta-seca do compasso em B e


abertura igual ao lado AB, traçar um outro
arco para obter o ponto C.

4. Unir os pontos A e B ao ponto C para


obter a construção do triângulo.

Senac São Paulo 96


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Construir um triângulo conhecendo os lados AB, BC e a mediana relativa ao lado AB

1. Traçar a mediatriz do lado AB e determinar o ponto médio O.

2. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura OC , traçar um arco.

3. Com a ponta-seca do compasso em A e abertura AC, traçar um arco para obter o


ponto C.

4. Unir os pontos A e B ao ponto C para obter o triângulo.

Construir um triângulo equilátero conhecendo a sua altura


1 Dado o segmento AB.

2. Traçar o ângulo de 60º a partir da extremidade A.

3. Traçar a bissetriz do ângulo de 60º.

4. Marcar a altura do triângulo sobre a bissetriz do ângulo de 60º para obter o ponto X.

5. Traçar uma perpendicular que passa pelo ponto x e obter o triângulo.

Senac São Paulo 97


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Construção de quadriláteros e trapézios

Construir um quadrado conhecendo o lado AB

1. Dado o segmento AB.

2. Traçar uma perpendicular ao segmento AB passando pelo ponto A.

3. Com a ponta-seca do compasso em A e abertura igual ao lado AB, traçar um arco


para obter o ponto C sobre a perpendicular.

4. Com a ponta-seca do compasso em B e mesma abertura, traçar um arco.

5. Com a ponta-seca do compasso em C e mesma abertura, traçar um arco para


obter o ponto D.

6. Unir os pontos A, B, C e D para obter o quadrado.

Construir um losango conhecendo o lado e a diagonal maior


1. Seja o segmento AB como a medida da diagonal do losango.

2. Com a ponta-seca do compasso em A e abertura igual ao lado AC, traçar o arco


acima e abaixo da diagonal AB.

3. Com a ponta-seca do compasso em B e mesma abertura, traçar os arcos para obter os


pontos C e D.

4. Unir os pontos A, D, B e C para obter o losango.

1. Seja o segmento AB como a medida da base maior do trapézio.

2. Traçar
Senac a mediatriz
São Paulo para determinar o ponto médio O. 98

3. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura AO ou OB para traçar uma semi-


circunferência.
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Construir um trapézio conhecendo a base maior e a medida dos lados não paralelos
1. Seja o segmento AB como a medida da base maior do trapézio.

2. Traçar a mediatriz para determinar o ponto médio O.

3. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura AO ou OB para traçar uma semi-


circunferência.

4. Com a ponta-seca do compasso em A e em B e a abertura AC (medida dos lados não


paralelos) traçar os pontos C e D sobre a semicircunferência.

5. Unir os pontos A, B, C e D para obter o trapézio isósceles.

Construir um trapezio retângulo conhecendo a base maior, a altura e o ângulo agudo.

Divisão de circunferências

Dividir uma circunferência em 3 partes iguais

1. Dado a circunferência.

2. Traçar o diâmetro vertical AB.

3. Traçar a mediatriz do raio OB para obter sobre a circunferência os pontos C e D.

4. Unir os pontos A, C e D para dividir a circunferência em 3 partes iguais.

1. Dado
Senac a circunferência.
São Paulo 99

2. Traçar o diâmetro vertical AB.


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dividir uma circunferência em 4 partes iguais


1.
1. Dada
Dada uma
uma circunferência.
circunferência.

2.
2. Traçar
Traçar dois
dois diâmetros
diâmetros ortogonais
ortogonais AB
AB ee CD.
CD.

3.
3. Unir
Unir as
as extremidades
extremidades dos
dos diâmetros
diâmetros AB
AB ee CD
CD para
para dividir
dividir aa circunferência
circunferência em
em 44
partes
partes iguais.
iguais.

Dividir uma circunferência em 5 partes iguais


1.
1. Dada
Dada uma
uma circunferência.
circunferência.

2.
2. Traçar
Traçar dois
dois diâmetros
diâmetros ortogonais
ortogonais AB
AB ee CD.
CD.

3.
3. Traçar
Traçar aa mediatriz
mediatriz do
do raio
raio OB
OB para
para obter
obter oo ponto
ponto E.
E.

4.
4. Com
Com aa ponta-
ponta-seca
seca do
do compasso
compasso em
em EE ee abertura
abertura EC,
EC, traçar
traçar um
um arco
arco para
para obter
obter oo
ponto F sobre o diâmetro AB.
ponto F sobre o diâmetro AB.

5.
5. Com
Com aa ponta-seca
ponta-seca dodo compasso
compasso em
em C
C ee abertura
abertura CF,
CF, traçar
traçar um
um arco
arco para
para obter
obter oo
ponto
ponto G
G sobre
sobre aa circunferência.
circunferência.

6.
6. O
O segmento
segmento CG
CG divide
divide aa circunferência
circunferência em
em 55 partes
partes iguais.
iguais.

Senac São Paulo 100


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dividir uma circunferência em 7 partes iguais


1. Da
1. da uma
Dada uma circunferência.
circunferência.

2. Traçar
2. Traçar oo diâmetro
diâmetro horizontal
horizontal AB.
AB.

3. Traçar
3. Traçar aa mediatriz
mediatriz do
do raio
raio OB
OB para
para obter
obter os
os pontos
pontos D,
D, C
C ee E.
E.

4. O
4. O segmento
segmento DC
DC ou
ou CE
CE divide
divide aa circunferência
circunferência em
em 77 partes
partes iguais.
iguais.

Dividir uma circunferência em 9 partes iguais


1. Da
1. da uma
Dada uma circunferência.
circunferência.

2. Traçar
2. Traçar oo diâmetro
diâmetro horizontal
horizontal AB.
AB.

3. Traçar
3. Traçar aa mediatriz
mediatriz do
do raio
raio OB
OB para
para obter
obter os
os pontos
pontos C
C ee D,
D, ee oo ponto
ponto médio
médio M
M
de OB.
de OB.

4. Com
4. Com aa ponta
ponta seca
seca do
do compasso
compasso emem M
M ee abertura
abertura igual
igual ao
ao raio
raio OB,
OB, traçar
traçar um
um arco
arco
para obter o ponto E sobre o prolongamento da mediatriz
para obter o ponto E sobre o prolongamento da mediatriz CD.CD.

5. Com
5. Com aa mesma
mesma abertura
abertura ee ponta-
ponta-seca
seca do
do compasso
compasso em
em E,
E, traçar
traçar um
um arco
arco para
para obter
obter
sobre oo anterior,
sobre anterior, oo ponto
ponto FF..

6. Unir
6. Unir oo ponto
ponto FF ao
ao centro
centro O
O para
para obter,
obter, sobre
sobreaa circunferência,
circunferência, oo ponto
ponto G.
G.
..

7. O
7. O segmento
segmento DG
DG divide
divide aa circunferência
circunferência em
em 99 partes
partes iguais.
iguais.

Senac São Paulo 101


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dividir uma circunferência em 25 partes iguais

1. Dada uma circunferência.


1. Dada uma circunferência.
2. Traçar os diâmetros ortogonais AB e CD.
2. Traçar os diâmetros ortogonais AB e CD.
3. Com a ponta-seca do compasso em D e abertura DO, traçar um arco para obter
3. Com a ponta-seca do compasso em D e abertura DO, traçar um arco para obter
o ponto E sobre a circunferência.
o ponto E sobre a circunferência.
4. Com a ponta-seca em A e abertura AO, traçar um arco para obter o ponto F
4. Com a ponta-seca em A e abertura AO, traçar um arco para obter o ponto F
sobre a circunferência.
sobre a circunferência.
5. Com a ponta-seca em E e abertura EF, traçar um arco para obter o ponto G sobre
5. Com a ponta-seca em E e abertura EF, traçar um arco para obter o ponto G sobre
o diâmetro CD.
o diâmetro CD.
6. O segmento GO divide a circunferência em 10 partes iguais.
6. O segmento GO divide a circunferência em 10 partes iguais.

Construção de circunferência e tangência

Dados dois pontos, traçar uma circunferência de raio R que passe por eles
1. Sejam dados os pontos A, B e raio R.
1. Sejam dados os pontos A, B e raio R.
2. Com a ponta-seca do compasso em A e abertura igual a medida do raio, traçar
2. Com a ponta-seca do compasso em A e abertura igual a medida do raio, traçar
um arco.
um arco.
3. Com a ponta-seca do compasso em B e mesma abertura, traçar outro arco para
3. Com a ponta-seca do compasso em B e mesma abertura, traçar outro arco para
obter o ponto O.
obter o ponto O.
4. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura AO ou OB, traçar a
4. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura AO ou OB, traçar a
circunferência.
circunferência.

Senac São Paulo 102


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Traçar uma circunferência passando por 3 pontos dados não alinhados


1.
1. Sejam
Sejam dados
dados os
os pontos
pontos A,
A, B
B ee C.
C.
2.
2. Unir
Unir o
o ponto
ponto A,
A, B
B ee C.
C.
3.
3. Traçar
Traçar aa mediatriz
mediatriz do
do segmento
segmento AB
AB e
e do
do segmento
segmento BC,
BC, onde
onde as
as mediatrizes
mediatrizes se
se
cruzam para obter o ponto
cruzam para obter o ponto O. O.

4.
4. Com
Com aa ponta-
ponta-seca
seca do
do compasso
compasso em
em O
Oee abertura
abertura AO,
AO, OB
OB ou
ou OC,
OC, traçar
traçar a
a
circunferência.
circunferência.

Localizar o centro de uma circunferência dada


1.
1. Marcar
Marcar sobre
sobre aa circunferência
circunferência quatro
quatro pontos
pontos quaisquer
quaisquer A,
A, B,
B, C
C ee D.
D.
2.
2. Unir
Unir o
o ponto
ponto A
A ao
ao ponto
ponto B
B ee o
o ponto
ponto C
C ao
ao ponto
ponto D.
D.
3.
3. Traçar
Traçar aa mediatriz
mediatriz dos
dos segmentos
segmentos AB
AB ee CD.
CD.
4.
4. A
A intersecção
intersecção das
das mediatrizes
mediatrizes determina
determina o
o centro
centro O
O da
da circunferência.
circunferência.

Senac São Paulo 103


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Traçar uma tangente a um ponto dado em uma circunferência

1.
1.Traçar
Traçaraareta
retaAO.
AO.

2.
2.Com
Comaaponta
pontaseca
secado
docompasso
compassoem
emA,
A,traçar
traçarum
umarco,
arco,determinando
determinandoos
ospontos
pontosBB
eeCCsobre
sobreaareta
retaAO.
AO.

3.
3.Com
Comaaponta-seca
ponta-secado
docompasso
compassoem
emB,
B,traçar
traçarum
umarco
arcopara
paraobter
obterooponto
pontoD.
D.

4.
4.Com
Comaaponta-seca
ponta-secado
docompasso
compassoem
emC,
C,traçar
traçaroutro
outroarco
arcopara
paraobter
obterooponto
pontoD.
D.

5.
5.Traçar
Traçaraareta
retaEF
EFperpendicular
perpendicularààreta
retaAO
AO passando
passandopelo
peloponto
pontoAApara
paraobter
obteraa
tangência
tangência..

Concordância de reta com arco de circunferência


Concordância de um segmento de reta com uma curva ou duas linhas curvas é a li-
gação entre elas, executada de tal forma, que se possa passar de uma para outra, sem
ângulo, inflexão, nem solução de continuidade.

Concordar um arco de circunferência com um segmento de reta dado

1.
1.Seja
Sejadado
dadooosegmento
segmentode
dereta
retaAB.
AB.

2.
2.Traçar
Traçaruma
umaperpendicular
perpendicularpela
pelaextremidade
extremidadeB.
B.

3.
3.Com
Comaaponta-seca
ponta-secado
docompasso
compassoem
emBBeeabertura
aberturaigual
igualao
aoraio
raiodo
doarco,
arco,marcar
marcaroo
centro
centroO.
O.

4.
4.Com
Comaaponta-seca
ponta-secado
docompasso
compassoem
emO
Oeeabertura
aberturaAB,
AB,traçar
traçarooarco
arcoconcordando
concordando
com
comoosegmento
segmentodedereta.
reta.

Senac São Paulo 104


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Concordar dois segmentos de reta paralelos com um arco de circunferência


1. Sejam dados os segmentos de reta AB e CD.

2. Traçar uma perpendicular a estes segmentos unindo o ponto B ao ponto D.

3. Traçar a mediatriz do segmento BD em que a intersecção com a perpendicular


obtém-se o centro O.

4. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura AB, traçar o arco concordando


com os dois segmentos de reta.

Concordar dois segmentos de reta paralelos orientados em sentidos contrários, com


as suas extremidades em uma mesma perpendicular com 2 arcos de raios iguais

1. Sejam dados os segmentos de reta AB e CD.

2. Unir o ponto B ao ponto C.

3. Traçar a mediatriz do segmento BC para obter o ponto E.

4. Traçar as mediatrizes dos segmentos BE e EC, até que a mediatriz dos segmentos
se cruzem com o segmento BC para obter o centro O e O’.

5. Com a ponta-seca do compasso em O e abertura OB, traçar o arco BE.


C para
6. Com a ponta-seca do compasso em O’ e abertura OE, traçar o arco EC,
obter a concordância dos segmentos AB e CD.

Senac São Paulo 105


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Espirais verdadeiras

É a curva que descreve o deslocamento de um ponto em torno de outro (polo) afas-


tando-se dele, e obedecendo a uma determinada lei, que regule e estabeleça uma
relação de velocidade entre o movimento circular (em torno do polo) e retilíneo (se
afastando do polo).
As espirais podem se desenvolver no sentido horário (destrógira) ou no sentido anti-
-horário (levógira).
São espirais verdadeiras: espiral de Arquimedes, logarítmica e hiperbólica.
1. Dividir o passo em um determinado número de partes (mínimo 8) e traçar
circunferências concêntricas correspondentes.

2. Dividir a circunferência no mesmo número de partes.

3. Determinar os pontos por onde passa a espiral e traçar à mão livre ou com o
auxílio da curva francesa.

Espirais falsas

São aquelas que se aproximam das espirais verdadeiras. Estas possuem um número
qualquer de centros (bicêntricas, tricêntricas ou policêntricas).
• Centros – uma espiral falsa pode ter 2 ou mais centros;
• Amplitude – ângulo descrito pelo ponto em cada centro, e é calculada dividindo-
-se 360º pelo número de centros da espiral;
• Passo – é calculado multiplicando o lado do polígono de núcleo pelo número de
centros.

Senac São Paulo 106


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dados os centros A e B construir uma falsa espiral bicêntrica


1. Sobre uma reta localizar o núcleo da espiral (A e B).

2. Com a abertura do compasso em AB e centro em A, traçar o arco 1 até encontrar


com a reta A.

3. Com a abertura do compasso em B1 e centro em B, traçar o arco 1.

4. Com a abertura do compasso em A2 e centro em A, traçar o arco 2-3.

Dados os centros A , B e C construir uma falsa espiral tricêntrica


1. Prolongar os lados do trinagulo ABC
1. Prolongar os lados do triângulo ABC.
2. Com a abertura do compasso AC e centro em A, traçar o arco C1.
2. Com a abertura do compasso em AC e centro em A, traçar o arco C1.
3. Com a abertura do compasso B1 e centro em B, traçar o arco 1-2.
3. Com a abertura do compasso em B1 e centro em B, traçar o arco 1-2.
4. Com a abertura do compasso C2 e centro em C, traçar o arco 2-3.
4. Com a abertura do compasso em C2 e centro em C, traçar o arco 2-3.

5.Com
5. Comaaabertura
abertura do
do compasso
compassoA3
em eA3
centro em A,
e centro emtraçar o arco
A, traçar 3-4. 3-4.
o arco

Senac São Paulo 107


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Dividir a pizza em oito partes iguais.

2. No visor do relógio de parede caíram os pontos indicadores das horas: 1, 2, 4, 5,


7, 8, 10 e 11. Divida o relógio, marcando os pontos que caíram.

Senac São Paulo 108


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

3. As duas circunferências foram divididas em oito partes cada, e seus pontos não
são colineares. Verifique que figura surgirá ao ligar os pontos das duas circunfe-
rências em sequência.

4. Inscrever um quadrado em uma circunferência de raio 4 cm sem usar o centro


da mesma.
5. Construir um círculo equivalente a um quadrado de lado igual a 3 cm.
6. Construir um triângulo equilátero, cujo perímetro é igual ao comprimento de
uma circunferência de raio igual a 5 cm.
7. Desenhar um triângulo escaleno, dados os lados: AB = 4 cm, BC = 3 cm e
CA = 2 cm.
8. Desenhar um triângulo dada a base AB = 4 cm e dois ângulos adjacentes à base
α = 450º e  = 60º.

Senac São Paulo 109


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 110


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 5
POLIEDROS

OBJETIVO
• Poliedros

Senac São Paulo 111


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos
Conceitos
de de
Geometria
Geometria
Plana
Plana
e Interpretação
e Interpretação
de de
Desenho
Desenho
Técnico
Técnico

Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil
Poliedros
Poliedros
Poliedros
Os poliedros são formas geométricas espaciais que apresentam todas as faces
OsOs
planas. Poliedros
poliedros
poliedros
Poliedrossãosão
formas
formas
geométricas
geométricas
espaciais
espaciais
que
que
apresentam
apresentamtodas
todas
as as
faces
faces
planas.
planas.
Os poliedros são formas geométricas espaciais que apresentam todas as faces
Os poliedros são formas geométricas espaciais que apresentam todas as faces planas.
planas.

São consideradas espaciais por apresentarem três dimensões (comprimento, largura


SãoSão
e altura). consideradas
consideradas
espaciais
espaciais
porpor
apresentarem
apresentarem
trêstrês
dimensões
dimensões
(comprimento,
(comprimento,
largura
largura
São
São consideradas
consideradas espaciais
espaciais por
por apresentarem três dimensões
apresentarem três dimensões(comprimento,
(comprimento,largura
largura
e altura).
e altura).
ee altura).
altura).

• Face – cada uma das superfícies poligonais que compõem a superfície do poliedro;
• Face –• cadaFaceuma
– cada
das uma das superfícies
superfícies poligonaispoligonais que compõem
que compõem a superfície
a superfície do do
• •FaceFace– cada
– cada
poliedro; uma
umadasdas
superfícies
superfícies
• Aresta – lado comum a duas faces;
poliedro; poligonais
poligonaisqueque
compõem
compõema superfície
a superfície
do do
poliedro;
•poliedro;
Aresta – lado comum a duas faces;
• Aresta – lado
• Vértice comum
– ponto acomum
duas faces;
a três ou mais arestas.
• •Aresta
•Aresta
– lado
– lado
Vértice –comum
comum
ponto a duas
a duas
comum afaces;
faces;
três ou mais arestas.
• Vértice – ponto comum a três ou mais arestas.
• •Vértice
Vértice
– ponto
– ponto
comum
comum a três
a três
ououmais
mais
arestas.
arestas.
Não Poliedros
Não Poliedros
Não Poliedros
NãoSão
Não sólidos geométricos que possuem algumas superfícies curvas
Poliedros
Poliedros
São sólidos geométricos
São sólidos que possuem
geométricos que algumas
possuem superfícies
algumas curvas
superfícies curvas.
SãoSão
sólidos
sólidos
geométricos
geométricos
queque
possuem
possuem
algumas
algumas
superfícies
superfícies
curvas
curvas

Com 2 bases, que são círculos Toda a superfície curva Com 1 base, que é um
e a superfície lateral curva círculo e a superfície
Com 2 bases, que são círculos Toda a superfície curva Com 1 base, que
lateral é um
curva
ComCom 2 bases,
Com
e a superfície 2lateral
bases,
duas que que
são
bases
curvasão
círculos
que círculosToda
são Toda
Toda
aasuperfície
superfície
a superfície
curva
curva
curva Com
Com
círculo Com
e a1superfície
umabase,
1base
base,
que
queque
é um
um
é um
círculos
e aesuperfície
Os e
a superfície
poliedrosa superfície
lateral
lateral
curva
podem curva
ser classificados de acordo comlateral círculo
círculoe a
círculo
a forma, superfície
e aesuperfície
com lateral
oa superfície
número de
curva
lateralecurva
lados os ângulos formando faces, sendo: curva
lateral
lateral
curva
curva
Os poliedros podem ser
Os poliedros classificados
podem de acordo
ser classificados com a com
de acordo forma, com com
a forma, o número de de lados
o número
Os Ospoliedros
poliedros
lados e oseângulos podem
podem
formando serser
classificados
classificados
faces, sendo: de de
acordo
acordo
comcoma forma,
a forma,
comcom
o número
o número
de de
os ângulos formando faces, sendo: 119
lados
lados
e os
e São
Senac os
ângulos
ângulos
Paulo formando
formando faces,
faces,
sendo:
sendo:
a) Poliedros regulares ou platônicos;
b) Poliedros
Senac São Paulo semirregulares; 119
Senac
Senac
SãoSão
Paulo
Paulo 119119

Senac São Paulo 112


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

c) Poliedros irregulares;
d) Poliedros côncavos e convexos.

Poliedros regulares (também conhecidos como Poliedros de Platão)


Um poliedro convexo é chamado de regular se:
• Todas as faces tem o mesmo número de arestas;
• De cada vértice parte o mesmo número de arestas;
• Suas faces são polígonos regulares, cada um com o mesmo número de lados e,
para todo vértice, converge um mesmo número de arestas.

Existem somente 5 poliedros regulares:

Tetraedro regular – É o menor de todos os poliedros. É formado por quatro triângulos


equiláteros que equivalem a uma pirâmide de base triangular.

     
         Planificação da pirâmide

Hexaedro regular (6 lados) – É formado por seis quadrados regulares e têm a forma
de um cubo.

     
         Planificação do hexaedro

Octaedro regular – É formado por oito triângulos equiláteros iguais e equivale a duas
pirâmides unidas pela base.

       
     Planificação do octaedro

Senac São Paulo 113


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dodecaedro regular – É formado por doze pentágonos regulares e sua forma aproxi-
ma-se de uma esfera.

       
Planificação do dodecaedro

Icosaedro regular – É formado por vinte triângulos equiláteros.

      
Planificação do Icosaedro

Poliedros Irregulares ou Poliedros Arquimedianos


São poliedros cujas faces são polígonos regulares de mais de um tipo.
Todos os seus vértices são congruentes, isto é, as faces que o compõem são arranja-
das numa mesma ordem em torno do vértice.

Existem apenas 13 poliedros arquimedianos:

Senac São Paulo 114


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Poliedros Convexos e Côncavos


• Poliedro convexo: quando um segmento de reta, unindo dois pontos quaisquer
do poliedro, está totalmente dentro do poliedro. Os poliedros convexos não pos-
suem reentrância;
• Poliedro côncavo: quando um segmento de reta, unindo dois pontos do polie-
dro, sai fora do poliedro.

Poliedro convexo Poliedro côncavo

Nomenclatura dos Poliedros


Os poliedros recebem nomes de acordo com o número de faces:
• 4 faces → tetraedro
• 5 faces → pentaedro
• 6 faces → hexaedro
• 7 faces → heptaedro
• 8 faces → octaedro
• 10 faces → decaedro
• 12 faces → dodecaedro
• 20 faces → icosaedro

Teorema de Euler
Em todo poliedro convexo, vale a seguinte relação
V–A+F = 2
Onde V, A e F são os números de vértices, arestas e faces, respectivamente.

Senac São Paulo 115


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O exemplo a seguir apresenta a verificação da relação:

As bolas de futebol são poliedros Arquimedianos (inflados), construídos a partir de


invenção de Leonardo da Vinci. Elas são formadas por 12 pentágonos e 20 hexágonos.

Para calcular a quantidade de vértices através do Teorema de Euler:


12 × 5 + 20
Arestas (A) ×6 = 90
=
2

Vértices (V) = V+32 = 90 +2


V = 60
Soma dos ângulos internos de todas as faces
Em qualquer poliedro convexo a soma (S) dos ângulos de todas as faces é calculada
pela expressão S=(V-2).360.

Senac São Paulo 116


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios
Exercícios

1. Considere os sólidos, indique quais são poliedros.


1. Identifique a localização dos pontos no plano através das coordena
abscesso (x) e ordenada (y).

2. Observe os sólidos e responda:

Senac São Paulo

a) Os que não têm vértice.


b) Os que não têm superfícies curvas.
c) Os que só têm superfícies curvas.
d) Os que têm faces.
e) Os que não têm faces.
f) Os que têm base.

Senac São Paulo 117


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

3. Em um poliedro, a quantidade mínima de arestas que concorrem num mesmo


vértice é 4.
4. As faces de um poliedro são sempre iguais.
5. Existem poliedros com 3 faces.
6. Em cada vértice de um poliedro concorrem sempre o mesmo número de arestas.
7. As faces de um poliedro sempre serão polígonos.
8. Todos os poliedros com 5 faces têm 8 arestas e 5 vértices.
9. O cilindro é um poliedro.
10. Determine qual é o poliedro convexo e fechado que tem 6 vértices e 12 arestas.
11. Determine o nº de vértices de dodecaedro convexo que tem 20 arestas.

Senac São Paulo 118


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios
Respostas dos Exercícios

3. Falso.
1. Identifique
4. Falso. a localização dos pontos no plano através das coordena
abscesso
5. Falso. (x) e ordenada (y).
6. Falso.
7. Verdadeiro.
8. Falso.
9. Falso.
10. Solução: pela relação de Euler, temos: 12 + 2 = 6 + F⇒ F = 14 – 6 = 8. Octaedro!
11. Solução: o dodecaedro possui 12 faces. Pela relação de Euler, temos: 20 + 2 = V + 12
⇒V = 22 – 12 = 10.

Senac São Paulo

Senac São Paulo 119


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 120


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 6
SÓLIDOS
GEOMÉTRICOS

OBJETIVO
• Conhecer os sólidos geométricos

Senac São Paulo 121


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Sólidos Geométricos
Todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano. Quando uma figu-
ra geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um sólido geométrico.
A figura abaixo apresenta a diferença entre planos e sólido geométrico:

Figura plana           Sólido geométrico

Os sólidos geométricos têm três dimensões: comprimento, largura e altura.


Embora existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns, que representam de-
terminadas propriedades, são estudados pela geometria.

Prismas
O prisma é um sólido geométrico formado pelos seguintes elementos: base inferior,
base superior, faces, arestas e vértices.

Senac São Paulo 122


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação
específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo é chamado prisma
triangular.

Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras geométricas
iguais, temos um sólido geométrico regular.
O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome
de cubo.

Pirâmide
A pirâmide é outro sólido geométrico formado por um conjunto de planos que de-
crescem infinitamente.
A pirâmide apresenta os seguintes elementos: base, arestas, vértices e faces.

Senac São Paulo 123


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Existem diferentes tipos de pirâmides que recebem o nome da figura plana que lhe
deu origem.

Sólido de Revolução
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser formados
pela rotação de figuras planas em torno de um eixo.
A figura plana que dá origem ao sólido de revolução chama-se figura geradora. A
linha que gira ao redor do eixo formando a superfície de revolução é chamada linha
geratriz. Rotação significa ação de rodar, dar uma volta completa.

O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução.

Senac São Paulo 124


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Cilindro

É um sólido de revolução gerado através da rotação de um retângulo em torno do


eixo coincidente com um de seus lados.

Cone

É um sólido de revolução gerado através da rotação de um triângulo em torno do eixo


coincidente com um de seus catetos.

Esfera
A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva chamada
superfície esférica.
Podemos imaginar a formação da esfera a partir da rotação de um semicírculo em
torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro.

Senac São Paulo 125


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Veja os elementos da esfera na figura a seguir.

Esfera é o lugar geométrico dos pontos do espaço pertencentes à superfície esférica


e ao seu interior.
O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um de
seus pontos.
Diâmetro da esfera é o segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo dois
de seus pontos.

Superfície Esférica

A superfície esférica de centro O e raio R é o conjunto de pontos do espaço cuja dis-


tância ao ponto O é igual ao raio R.
Se considerarmos a rotação completa de uma semicircunferência em torno do seu
diâmetro, a superfície esférica é o resultado dessa rotação.

Senac São Paulo 126


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Fuso Esférico
Chama-se fuso esférico a superfície gerada pela revolução de uma semicircunferên-
cia em torno do seu diâmetro, em um ângulo de medida α, com 0 < α< 360º, chamado
ângulo do fuso.

Cunha Esférica
Chama-se cunha esférica o sólido gerado pela revolução de um semicírculo em volta
do seu diâmetro, num ângulo de medida α com 0 < α < 360º, chamado ângulo da cunha.

Segmento Esférico
Segmento esférico de uma base é cada parte de uma esfera separadas por um plano
que a intersecta, sendo o círculo a base do segmento esférico.
O contorno de um segmento esférico de uma base é formado por um círculo e a su-
perfície esférica para um dos lados desse círculo, chamada calote esférica.

  Segmento esférico de uma base        Calota esférica

Senac São Paulo 127


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Sólidos de revolução irregulares


São sólidos gerados através da rotação de uma figura plana qualquer, em torno de um
eixo imaginário.

Senac São Paulo 128


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Sólidos geométricos truncados


Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras geo-
métricas: os sólidos geométricos truncados.

Tronco de Tronco de Tronco de Tronco de


prisma cilindro pirâmide cone

Sólidos geométricos vazados


Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos geométri-
cos vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando na parte oca, em
geral também correspondem aos sólidos geométricos que você já conhece.
Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo quadra-
do, foi necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro original. Analisando
os exemplos a seguir, percebemos que podemos construir peças, com a subtração;
união ou intersecção de sólidos.

Sólidos geométricos vazados

União de sólidos

Subtração de sólidos Intersecção de sólidos

Senac São Paulo 129


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Complete as palavras cruzadas.

2. Preencha as tabelas.

Senac São Paulo 130


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

3. O solido representa uma bola de futebol. Indique com X, o nome dos poligonos
das faces deste solido que estão visiveis na figura
3. O solido representa uma bola de futebol. Indique com X, o nome dos poligonos
3. O sólido ) das faces deste
( representa
Quadrilátero
umae solido quefutebol.
hexágono
bola de estão visiveis na figura
Indique com X, o nome dos polígonos
( deste
das faces ) Hexágonos
sólidoequepentágonos
estão visíveis na figura.
(( )) Quadrilátero e hexágono
Pentágonos e trinagulos
(  ) quadrilátero e hexágono
(( )) Hexágonos
Triangulos e eoctogonos
pentágonos
( ) Pentágonos
(  ) hexágonos e trinagulos
e pentágonos
( ) Triangulos e octogonos
(  ) pentágonos e trinagulos
(  ) triangulos e octógonos

4. A figura seguinte mostra um modelo de sombrinha muito usado em países


orientais. Esta figura é uma representação de uma superfície de revolução
4. A figura seguinte mostra um modelo de sombrinha muito usado em países orien-
chamada de:
4. figura
tais. Esta A figura
é umaseguinte mostra um
representação de modelo de sombrinha
uma superfície muito usado
de revolução em de:
chamada países
orientais. Esta figura é uma representação de uma superfície de revolução
A) pirâmide
a. pirâmidechamada de:
B) semiesfera
C) cilindro
b. semiesfera
A)
D)pirâmide
tronco de cone
c. cilindro
B) semiesfera
E ) cone
C) cilindro
d. tronco de cone
D) tronco de cone
e. cone
E ) cone

5. Em um cone de revolução, a altura é igual ao raio da base. Quanto vale o ângulo


formado pelas geratrizes com a altura do cone?
a. 15º 138 Senac São Paulo

b. 30º
c. 45º 138
Senac São Paulo
d. 60º
e. 90°

Senac São Paulo 131


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Respostas dos Exercícios

3. Hexágonos e pentágonos
4. Cone
5. 45º

Senac São Paulo 132


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 7
O SISTEMA
INTERNACIONAL
DE UNIDADES

OBJETIVO
• Sistema Internacional de Unidades
• Reconhecer e calcular a área, o perímetro e o volume

Senac São Paulo 133


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O Sistema Internacional de Unidades


A necessidade de medir é muito antiga e remonta à origem das civilizações.
Por longo tempo cada país, cada região, teve o seu próprio sistema de medidas, ba-
seado em unidades arbitrárias e imprecisas, como por exemplo, aquelas baseadas no
corpo humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado.

Primeiro registro de metrologia do mundo

Isso criava muitos problemas para o comércio, porque as pessoas de uma região não
estavam familiarizadas com o sistema de medida das outras regiões.
Imagine a dificuldade em comprar ou vender produtos cujas quantidades eram expres-
sas em unidades de medida diferentes e que não tinham correspondência entre si.
Em 1789, numa tentativa de resolver o problema, o Governo Republicano francês pe-
diu à Academia de Ciências da França que criasse um sistema de medidas baseado
numa “constante natural”. Assim foi criado o Sistema Métrico Decimal.
Posteriormente, muitos outros países adotaram o sistema, inclusive o Brasil, aderindo
à “Convenção do Metro”.
O Sistema Métrico Decimal adotou, inicialmente, três unidades básicas de medida: o
metro, o litro e o quilograma.

Senac São Paulo 134


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Entretanto, o desenvolvimento científico e tecnológico passou a exigir medições cada


vez mais precisas e diversificadas.
Por isso, em 1960, o Sistema Métrico Decimal foi substituído pelo Sistema Internacio-
nal de Unidades - SI, mais complexo e sofisticado, adotado também pelo Brasil em
1962 e ratificado pela Resolução nº 12 de 1988 do Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial - Conmetro, tornando-se de uso obrigatório em
todo o Território Nacional.
• Principais unidades SI
• Metro para unidade de comprimento (m);
• Quilograma para unidade de massa (kg);
• Segundo para unidade de tempo (s);
• Kelvin para unidade de temperatura termodinâmica (K);
• Candela para unidade de intensidade luminosa (cd);
• Ampère como unidade elétrica (A);
• Mole para a quantidade de substância (mol).

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Instrumentos que determinam as medidas de comprimento, massa, tempo , volume, etc.

Como escrever as unidades SI


As unidades SI podem ser escritas por seus nomes ou representadas por meio de
símbolos.
Exemplos:
• Unidade de comprimento
– nome: metro
– símbolo: m
• Unidade de tempo
– nome: segundo
– símbolo: s

Nome – em letra minúscula


Os nomes das unidades SI são escritos sempre em letra minúscula.
Exemplos: quilograma, newton e metro cúbico.
Exceção: no início de frase e “grau Celsius”.

Nome – formação do plural


A Resolução Conmetro 12/88 estabelece regras para a formação do plural dos nomes
das unidades de medição. Para facilitar a consulta, indicamos na tabela “1” o plural
dos nomes mais utilizados.

Nome – pronúncia correta


O acento tônico recai sobre a unidade e não sobre o prefixo.
Exemplos: micrometro, hectolitro, milissegundo e centigrama.
Exceções: quilômetro, hectômetro, decâmetro, decímetro, centímetro e milímetro.

Senac São Paulo 136


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Símbolo – não é abreviatura


O símbolo é um sinal convencional e invariável utilizado para facilitar e universalizar
a escrita e a leitura das unidades SI. Por isso mesmo não é seguido de ponto.
Certo Errado
segundo s s. ; seg.
metro m m. ; mtr.
quilograma kg Kg. ; kgr.
hora h h. ; hr.

Símbolo – não é expoente


O símbolo não é escrito na forma de expoente.

Certo Errado
250 m 250m
10 g 10g
2 mg 2mg

Símbolo – não tem plural


O símbolo é invariável, não é seguido de “s”.
Certo Errado
Cinco metros 5m 5 ms
Dois quilogramas 2 kg 2 kgs
Oito horas 8h 8 hs

Unidade Composta
Ao escrever uma unidade composta, não misture nome com símbolo.
Certo Errado
quilômetro/h
quilômetro por hora km/h
km/hora
quilômetro/h
metro por segundo m/s
km/hora

Para formar o múltiplo ou submúltiplo de uma unidade, basta colocar o nome do pre-
fixo desejado na frente do nome da unidade. O mesmo se dá com o símbolo.
Exemplo: Para multiplicar e dividir a unidade volt por mil
• quilo + volt = quilovolt; k + V = kV
• mili + volt = milivolt; m + V = mV

O Grama
O grama pertence ao gênero masculino. Por isso, ao escrever e pronunciar essa uni-
dade, seus múltiplos e submúltiplos faça a concordância corretamente.
Exemplos: dois quilogramas; quinhentos miligramas; duzentos e dez gramas; oitocentos
e um gramas.

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O Prefixo Quilo

O prefixo quilo (símbolo k) indica que a unidade está multiplicada por mil.
Portanto, não pode ser usado sozinho.
Certo Errado
quilômetro; km quilômetro; k

Use o prefixo quilo da maneira correta:


Certo Errado
quilômetro kilometro
quilograma kilograma
quilolitro kilolitro

Medidas de Tempo

Ao escrever as medidas de tempo, observe o uso correto dos símbolos para hora,
minuto e segundo.
Certo Errado
9:25h
9h25min6s
9h 25’ 6”

Os símbolos ‘ e “ representam minuto e segundo em unidades de ângulo


plano e não de tempo.

Unidades de Comprimento

É importante compreendermos que medir é comparar com uma medida padrão adotada.
Para medirmos comprimento utilizamos o padrão universal metro. A palavra “metro”
vem do grego métron e significa “o que mede”.
Foi estabelecido inicialmente que a medida do metro seria a décima milionésima par-
te da distância do polo Norte ao Equador, no meridiano que passa por Paris.

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Polo Norte

Equador

No Brasil o metro foi adotado oficialmente em 1928.

Metro padrão hoje (m) é a extensão do trajeto percorrido pela luz, no vácuo,
durante o intervalo de tempo de 1/299 792 458 segundo.

Como a medida padrão metro se torna pequena para medirmos grandes comprimen-
tos, e muito grande quando medimos pequenos comprimentos, foram criados os
múltiplos e submúltiplos do metro.
Os múltiplos e submúltiplos do metro são chamados de unidades secundárias de
comprimento.
Na tabela abaixo vemos as unidades de comprimento, seus símbolos e o valor corres-
pondente em metro.
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
km hm dam m dm cm mm
1 000 m 100 m 10 m m 0,1 m 0,01 m 0,001 m

Como o próprio nome indica, o sistema métrico é decimal, ou seja, cada unidade é
10 vezes maior que a unidade que a antecede.
Sendo assim:
• O metro é 10 vezes maior que o decímetro, 100 vezes maior que o centímetro e
1 000 vezes maior que o milímetro.
• O metro é 10 vezes menor que o decâmetro, 100 vezes menor que o hectômetro
e 1 000 vezes menor que o quilômetro.
Exemplo 1: Transformar 12,45 hm em dm.
Como o decímetro é a terceira casa à direita do hectômetro, caminharemos
com a vírgula três casas para a direita, e se necessário, completaremos o
número com zeros.
Então : 12,45 hm = 12.450 dm

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Exemplo 2: transformar 367 mm em dam.


Como o decímetro é a quarta casa à esquerda do milímetro, caminhare-
mos com a vírgula quatro casas para a esquerda, e se necessário, comple-
taremos o número com zeros.
Então : 367 mm = 0,0367 dam

A polegada
A polegada é outra unidade de medida muito utilizada em mecânica, principalmente
nos conjuntos mecânicos fabricados em países como os Estados Unidos e a Inglaterra.

1 polegada = 2,54 centímetros

Atualmente, a medida polegada é utilizada como referencial para o tamanho de telas


de televisores e monitores de computador.
Exemplo: uma televisão que possui 29 polegadas de tela significa que a medida da
diagonal da tela é aproximadamente 73,66 centímetros.

A medida da tela fornecida em polegadas faz


referência à medida da diagonal da tela em centímetros

Por essa razão, mesmo que o sistema adotado pelo Brasil seja o sistema métrico deci-
mal, é necessário conhecer a polegada e aprender a fazer as conversões para o nosso
sistema.
Outras medidas:
• 1 pé = 30,48 cm.
• 1 palmo = 8 polegadas = 20,32 cm.

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• 1 jarda = 4 palmos = 81 cm.


• 1 passo = 5 pés = 1,52 m.

A polegada se divide em frações ordinárias de denominadores iguais a: 2, 4, 8,16, 32,


64, 128.
Temos, então, as seguintes divisões da polegada:
• 1” = meia polegada
2

• 1” = um quarto de polegada
4
• 1” = um oitavo de polegada
8

• 1” = um dezesseis avos de polegada


16

• 1” = um trinta e dois avos de polegada


32

• 1” = um sessenta e quatro avos de polegada


64

• 1” = um cento e vinte e oito avos de polegada


128

Para converter polegada fracionária em milímetro, multiplique o valor em polegada


fracionária por 25,4.

2” = × 25,4 = 50,8 mm

3” 3 × 25,4 72,2 = 9,525 mm


= =
8 8 8

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Exercícios

1. 2” convertidas em milímetro correspondem a:


a) 9,52 mm;
b) 25,52 mm;
c) 45,8 mm;
d) 50,8 mm

2. Converter polegada fracionária em milímetro:


a) 5” =
32
b) 5”=

c) 3” =
4
d) 1 5” =
8

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Unidades de Medida de Tempo


Relógio de Sol Ampulheta
Século XVI a.C. no Egito Século XIV na Europa

Relógio de pêndulo
Galileu em 1580

Antes de surgir as unidades de medição do tempo e os próprios aparelhos que atu-


almente realizam de forma exata essa medida, o homem se orientava pela posição
do sol, o intervalo de tempo natural decorrido entre as sucessivas passagens do Sol
sobre um dado meridiano dá origem ao dia solar.
1
O segundo (s) é o tempo equivalente a do dia solar médio.
86.400
Hoje, as unidades responsáveis por registrarem e orientarem o nosso cotidiano são
as seguintes: século, década, ano, mês, dia, hora, minuto e segundo.
• Século – 100 anos
• Década – 10 anos
• Ano – aproximadamente 365 dias
• Mês – 30 e 31 dias
• Dia – 24 horas

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• Hora – 60 minutos
• Minuto – 60 segundos
A unidade de tempo escolhida como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo.
Múltiplos
minutos hora dia
min h d
60 s 60 min = 3600 s 24 h = 1440 min = 86400 s
São submúltiplos do segundo:
• décimo de segundo
• centésimo de segundo
• milésimo de segundo
As medidas de tempo não pertencem ao Sistema Métrico Decimal.
Nunca escreva 2,40h como forma de representar 2h 40min, pois o sistema de medidas
de tempo não é decimal.
Observe:

Outras importantes unidades de medida:


• mês (comercial) = 30 dias
• ano (comercial) = 360 dias
• ano (normal) = 365 dias e 6 horas
• ano (bissexto) = 366 dias
• semana = 7 dias
• quinzena = 15 dias
• bimestre = 2 meses
• trimestre = 3 meses
• quadrimestre = 4 meses
• semestre = 6 meses
• biênio = 2 meses
• quinquênio = 5 anos
• década = 10 anos
• século = 100 anos
• milênio = 1000 anos

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Unidades de Medida de Massa

Definimos massa como sendo a quantidade de matéria presente em um corpo e defi-


nimos peso como sendo a ação da força da gravidade sobre essa massa.
Como a força da gravidade varia de acordo com a distância que o objeto se encontra
do centro da Terra, o peso é variável, mas a massa de um corpo é sempre constante.
Em uma mesma região os conceitos de massa e peso podem ser considerados iguais.

Quilograma

A unidade fundamental de massa chama-se quilograma.


O quilograma padrão é mantido na Agência Internacional de Pesos e Medidas, próxi-
mo a Paris. Trata-se de um cilindro de platina com 3,9 cm altura e de diâmetro.

Apesar de o quilograma ser a unidade fundamental de massa, utilizamos na prática o


grama como unidade principal de massa.
Unidade
Múltiplos Submúltiplos
principal
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
kg hg dag g dg cg mg
1000 g 100 g 10 g 1g 0,1 g 0,01 g 0,001 g

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Além do grama e do quilograma, utilizamos outras unidades para medir a massa dos
corpos.
Múltiplos do grama:
• decagrama (dag) – Capacidade equivalente a 10 gramas ⇒ 1 dag = 10 g
• hectograma (hg) – Capacidade equivalente a 100 gramas ⇒ 1 hg = 100 g
• tonelada (t) – Capacidade equivalente a 1000 quilogramas ⇒ 1 t = 1000 kg
Submúltiplos do grama:
• decigrama ( dg ) – Capacidade equivalente a 0,1 gramas ⇒ 1 dg = 0,1 g 1 g = 10 dg
• centigrama ( cg ) – Capacidade equivalente a 0,01 gramas ⇒ 1 cg = 0,01 g 1 g = 100 cg

• miligrama ( mg ) – Capacidade equivalente a 0,001 gramas ⇒ 1 mg = 0,001 g 1 g = 1000 mg

Unidade de Medida de Volume


Definimos volume como o espaço ocupado por um corpo ou a capacidade que ele tem
de comportar alguma substância. As figuras espaciais como o cubo, paralelepípedo,
cone, pirâmide, cilindro, prismas, entre outras, possuem volume. A capacidade de um
corpo é calculada através da multiplicação entre a área da base e a sua altura. A unidade
usual de volume é utilizada de acordo com as unidades das dimensões do corpo.

O metro cúbico (m3) é a unidade fundamental de volume.

Um metro cúbico equivale ao volume de um cubo que tem 1 metro de comprimento,


1 metro de altura e 1 metro de largura:

Senac São Paulo 146


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Unidade
Múltiplos Submúltiplos
Fundamental
quilômetro hectômetro hectômetro decímetro centímetro milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
km3 hm3 dam3 dm 3
cm3 mm3
103m3 106 m3 103 m3 10–3 m3 10-6 m3 10-9 m3
A tabela indica que cada unidade é 1.000 vezes maior que a unidade posicionada à sua
direita e 1.000 vezes menor que a unidade posicionada à sua esquerda:
O metro cúbico é 1.000 vezes maior que o decímetro cúbico, 1.000.000 vezes maior
que o centímetro cúbico e 1.000.000.000 vezes maior que o milímetro cúbico.
O metro cúbico é 1.000 vezes menor que o decâmetro cúbico, 1.000.000 vezes menor
que o hectômetro cúbico e 1.000.000.000 vezes menor que o quilômetro cúbico.

Unidades de Medida de Área


O cálculo de áreas é uma parte da geometria que possui uma variedade de aplicações
no cotidiano.
A área pode ser calculada através do produto entre duas dimensões do plano: com-
primento × largura ou base × altura.
Existem algumas expressões algébricas matemáticas que são associadas às figuras
geométricas, possibilitando o cálculo de suas áreas.
As unidades usuais de áreas, de acordo com o SI, são as seguintes:
• km² = quilômetro quadrado
• hm² = hectômetro quadrado
• dam² = decâmetro quadrado
• m² = metro quadrado
• dm² = decímetro quadrado
• cm² = centímetro quadrado
• mm² = milímetro quadrado

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Área das figuras planas

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Perímetro, Área e Volume


Perímetro é a medida do comprimento de um contorno.
O perímetro da figura é a soma de todos os seus lados:

P = 10 + 8 + 3 + 1 + 2 + 7 + 2 +3
P = 18 + 4 + 9 + 5
P = 22 + 14
P = 36

A unidade de medida utilizada no cálculo do perímetro é a mesma unidade de medi-


da de comprimento: metro, centímetro e quilômetro.

Volume
Quando se fala em volume, estamos nos referindo a corpos ou objetos em três di-
mensões, isto é, largura, altura e profundidade.
O volume é o espaço ocupado por um corpo e é definido como sendo o produto de
uma área pela profundidade.
As unidades de medida de volume são:
• Litros
• Metro cúbico
• Centímetro cúbico

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Paralelepípedo

• Cubo

• Prisma de base triangular

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1. Base triangular

2. Base retangular

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• Cilindro

• Cone

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Exercícios (continuação)

3. Um triângulo isósceles tem base medindo 8 cm e lados iguais com medidas de


5 cm. A área deste triângulo é:
a) 20 cm²
b) 10 cm²
c) 24 cm²
d) 18 cm²
e) 12 cm²

4. Sejam r e s retas paralelas. A medida do ângulo d é 30º e a medida do ângulo c é


45º. A medida de b - a é:

a) 30°
b) 45°
c) 60°
d) 25°
e) 15°

5. Um pedreiro deseja cobrir o piso de uma sala com formato retangular medindo
10 m por 4 m e, para isso, quer usar cerâmicas com medidas de 20 cm por 20 cm.
Considerando o que foi dito, o número mínimo de cerâmicas que serão usadas
é igual a:
a) 3.100
b) 2.100
c) 1.500
d) 1.000
e) 500

6. Um engenheiro deseja construir uma praça com a forma de um círculo. Saben-


do que a praça deve ter uma área de 100π m, pode-se afirmar que o diâmetro da
praça é:
a) 20 m
b) 30 m
c) 40 m
d) 50 m
e) 60 m

Senac São Paulo 157


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

7. A soma das áreas dos três quadrados ao lado é igual a 83 cm. Qual é a área do
quadrado maior?

a) 36 cm²
b) 20 cm²
c) 49 cm²
d) 42 cm²
e) 64 cm²

8. A piscina de um clube tem 2 m de profundidade, 12 m de comprimento e 8 m de


largura. Quantos litros de água são necessários para enchê-la?
9. Um recipiente de xarope tem a capacidade de 150 m, qual o seu valor em cm³?
10. O avô de Cristiane tirou 1  de mel de uma colmeia. Com este mel, quantos vi-
dros de 250 m, ele poderá encher?
11. Um triângulo isósceles tem base medindo 8 cm e lados iguais com medidas de
5 cm. Qual é a área deste triângulo?
12. O projeto de uma casa é apresentado em forma retangular e dividido em quatro
cômodos, também retangulares, conforme ilustra a Figura

Projeto de uma casa de 4 cômodos

Senac São Paulo 158


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Sabendo que a área do banheiro (wc) é igual a 3 m² e que as áreas dos quartos 1 e
2 são, respectivamente, 9 m² e 8 m², então a área total do projeto desta casa, em m2,
é igual a:
a) 24
b) 32
c) 44
d) 72
e) 56

Senac São Paulo 159


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Respostas dos Exercícios

1. d
2. a) 3,969 mm
b) 127,00 mm
c) 19,050 mm
d) 41,275 mm
3. e
4. e
5. d
6. a
7. c
8. 192000 litros
9. 150 cm3
10. 1 vidro
11. 12 cm2
12. 44

Senac São Paulo 160


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 8
NORMAS TÉCNICAS

OBJETIVO
• Normas Técnicas

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Normas Técnicas
Normas são documentos surgidos do processo de normalização, que contêm infor-
mações técnicas para uso de fabricantes e consumidores.
São elaboradas a partir da experiência acumulada na indústria e no uso e a partir dos
conhecimentos tecnológicos alcançados.
A partir de 1900, surgem várias associações destinadas à elaboração de normas, reu-
nindo técnicos, engenheiros e fabricantes.
Em 1901, surge na Inglaterra a primeira associação de normalização com o nome
de Comissão de Normas de Engenharia, atualmente conhecida como BSI – British
Standards Institution (Instituto Britânico de Normalização).
As associações internacionais mais importantes são:
• IEC – International Electrotechnical Comission (Comissão Internacional de Ele-
trotécnica) fundada em 1906;
• ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional
de Normalização) fundada em 1946.
No Brasil as normas que regulam o desenho técnico são aprovadas e editadas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e foram elaboradas pela Comis-
são de Estudo de Desenho Técnico Geral sendo registradas pelo INMETRO (Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasi-
leiras – NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela
International Organization for Standardization – ISSO.
As seguintes normas se aplicam ao desenho técnico no Brasil:
• NBR 10647 – Desenho técnico
– Esta norma tem como objetivo geral definir os termos empregados em desenho
técnico quanto aos aspectos geométricos: projetivos e não projetivos.
– Os desenhos projetivos correspondem às vistas ortográficas e as perspectivas,
enquanto os desenhos não projetivos correspondem aos fluxogramas, organo-
gramas e gráficos.
– A norma trata ainda o grau de elaboração dos desenhos que são: o esboço, o
desenho preliminar, o croqui e o desenho definitivo.
• NBR 10068/87 – Folha de desenho – layout e dimensões
– Esta norma estabelece as características dimensionais da folha de desenho, des-
tacando os formatos delas a partir do formato básico que é designado como A0.
– Além disso, a norma apresenta layout da folha de desenho, onde especifica a
posição da legenda (identificação do desenho), sistemas de reprodução para
arquivamentos e outros itens.

Senac São Paulo 163


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico


– A norma fixa as condições exigidas para a localização e a disposição do espaço
para desenho, espaço para texto e espaço para legenda e respectivos conteúdos.
– Sendo assim, a folha para o desenho deve conter: espaço para desenho, espaço
para texto e espaço para legenda.
• NBR 8196 – Emprego de escalas
– A norma fixa as condições exigidas para o emprego de escalas e suas designa-
ções em desenhos técnicos e como requisito geral, estabelecendo que a desig-
nação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da
indicação da relação e também pode ser abreviada como “ESC” e ser indicada
na folha do desenho.
• NBR 8403/84 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Larguras das
linhas.
– A norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em dese-
nhos técnicos e documentos semelhantes. A característica principal da norma
é a fixação das espessuras para uso em desenho técnico: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35;
0,50; 0,70; 1,00; 1,40; 2,00 mm e a definição de 10 tipos de linhas (contínua, traço
e ponto, traço dois pontos, etc).
• NBR 8402/94 - Execução de caráter para escrita em desenho técnico
– A norma fixa as condições exigidas para a escrita usada em desenhos técnicos,
enfatizando os principais critérios na escrita: legibilidade, uniformidade e ade-
quação à reprodução.
• NBR 10126/87 – Cotagem em desenho técnico
– A norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em desenhos
técnicos em que a cotagem é a representação gráfica no desenho da caracte-
rística do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa
unidade de medida.
– Indica também que de acordo com a área específica, as seguintes normas téc-
nicas devem ser consultadas: NBR 8402, NBR 8403 e NBR 10067.

Classificações do desenho técnico


O desenho técnico obedece aos seguintes critérios
a) Quanto ao aspecto geométrico:
• Desenho projetivo: resultante das projeções de um objeto sobre um ou mais
planos de projeção que coincidem com o próprio desenho e podem apresentar:
– Vista ortográfica: projeção cilíndrica ortogonal do objeto sobre os planos.

Senac São Paulo 164


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

– Perspectiva: projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano.


• Desenho não projetivo: não apresenta correspondência, por meio de projeções
entre a figura e o que está representado. São representados por diagramas, cro-
nogramas, gráficos, esquemas, fluxogramas, etc.
b) Quanto ao grau de elaboração:
• Esboço: estado inicial de elaboração de um projeto, fase de estudos aguardando
melhoramentos.
• Desenho preliminar: estado intermediário da elaboração do projeto, ainda sujei-
to a alterações, também chamado de anteprojeto.
• Desenho definitivo: integrante da solução final do projeto completo, com todos
os elementos necessários para o seu perfeito entendimento. Também pode ser
chamado de projeto para execução.
c) Quanto ao grau de pormenorização:
• Detalhe: desenho de uma parte isolada de difícil compreensão, pode gerar dúvidas,
consequentemente, isolamos esta parte apresentando informações complementares.
• Detalhe do conjunto: desenho que reúne várias partes formando o todo.
d) Quanto à finalidade:
• Fabricação: esquemas, detalhes ou conjuntos.
• Montagem: informações específicas quanto à maneira de montar as peças.
• Ilustração: somente informações visuais.
e) Quanto ao material empregado:
• Lápis, tinta (nanquim ou impressão).
f) Quanto à técnica de execução:
• Desenho à mão livre, desenho com instrumentos, desenho por computador.
g) Quanto ao modo de obtenção:
• Original: desenho matriz que serve para obtenção de novos exemplares.
• Reprodução:
– Cópia – reprodução na mesma grandeza original.
– Ampliação – reprodução porém, maior que a original.
– Redução – reprodução proporcional porem menor que a original.

Senac São Paulo 165


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Instrumentos e utensílios utilizados no desenho técnico


Para uma melhor apresentação do desenho (desenho preciso e límpido), devem ser
utilizados instrumentos adequados.
Com a difusão dos programas de CAD (Computer Aided Design), alguns materiais de
desenho tornaram-se obsoletos.

Formatos do papel
Os formatos de papel para a execução dos desenhos técnicos são padronizados obe-
decendo as normas estabelecidas pela ABNT.
O formato básico, designado por A0 é o do retângulo de lado medindo 841 mm e 1189
mm, tendo área de 1 m². A relação existente entre os lados do retângulo é x2.
A partir desse formato básico derivam os demais da série A pela bipartição ou dupli-
cação sucessiva, que são: A0, A1, A2, A3 e A4 os mais usados, porém existem ainda
formatos menores que A4 e maiores que A0.

As folhas de desenho podem ser utilizadas tanto na horizontal como na vertical. As


dimensões estão em milímetros.
Margem Comprimento Espessura das linhas
Formato Dimensões
Esquerda Outras da Legenda das margens
A0 841 x 189 25 10 175 1,4
A1 594 x 841 25 10 175 1,0
A2 420 x 594 25 10 178 0,7
A3 297 x 420 25 07 178 0,5
A4 210 x 297 25 07 178 0,5

Internamente ao traço que delimita o padrão será feito o traço da margem do desenho.
O lado vertical esquerdo sempre será de 25 mm (para arquivamento do desenho em
classificadores) e nos demais lados 10 mm, com exceção do padrão A4 que será de 5 mm.

Senac São Paulo 166


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Legenda

A legenda é um elemento obrigatório e deve conter todos os dados para a identifica-


ção do desenho (número, origem , título, executor, etc.).
Sempre estará situada no canto inferior direito da folha ou ao longo da folha de
desenho no formato A4.

Senac São Paulo 167


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As legendas nos desenhos variam dependendo das necessidades internas de cada


empresa, e geralmente devem apresentar:
• Nome da repartição, firma ou empresa;
• Título do desenho;
• Nome do projetista/desenhista;
• Escala;
• Número do desenho;
• Datas e assinaturas dos responsáveis pela execução, verificação e aprovação;
• Unidade dimensional linear;
• Símbolo do método de projeção.

Dimensões da legenda:
• Formatos A0 / A1 : L = 175 / H = variável;
• Formatos A2 / A3 / A4 : L = 185 / H = variável.

As figuras mostram exemplos de legendas:

Senac São Paulo 168


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Posição de leitura
Como regra geral na representação e na leitura de desenhos deve-se observar que
eles possam ser lidos da base da folha de desenho ou de sua direita.
A margem de arquivo e a legenda definem os horizontes de escrita e leitura do papel.

Dobragem de folhas
Na dobragem das folhas, o formato final deve ser o A4, facilitando o arquivamento em
pastas. Os formatos devem ser dobrados primeiramente na largura e posteriormente
na altura, de modo a ficar visível o quadro destinado à legenda e o lado esquerdo a
ser fixado no arquivo.
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185 mm.
A parte final a é dobrada ao meio. Veja a figura a seguir:

Senac São Paulo 169


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Dobragem dos formatos A3 e A2

Dobragem do formato A1

Senac São Paulo 170


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

A dobra triangular é criada para não


perfurar a parte superior nos formatos
A0, A1 e A2.

Dobragem do formato A0

Caligrafia técnica
Caligrafia técnica
As letras
As letras e os ealgarismos
algarismosque
quecompõem
compõe aa caligrafia
caligrafia utilizada
utilizada no desenho
desenho técnico
técnico seguem
se-
a normatização da A.B.N.T.
guem a normatização da ABNT. (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 8402
O estilo das letras e dos números adotados é o Gótico Comercial, constituído de tra-
O estilocom
ços simples das espessura
letras e números adotados é o Gótico Comercial, constituído de traços
uniforme.
simples com espessura uniforme.
Pode-se utilizar tanto letras verticais como também inclinadas. A figura a seguir mos-
tra asPode-se
duas formas de tanto
utilizar caligrafia a serem
letras utilizadas.
verticais como também inclinadas. A figura a seguir
mostra as duas formas de caligrafia a serem utilizadas.

Senac São Paulo 171

Senac São Paulo 179


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Proporções

A tabela abaixo apresenta as relações de proporção para letras e algarismos.

Senac São Paulo 172


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Característica Relação
h Altura das letras maiúsculas h
c Altura das letras minúsculas (7/10)h
a Distância mínima entre caracteres (2/10)h
b Distância mínima entre linhas de base (14/10)h
e Distância mínima entre palavras (6/10)h
d Largura de linha (1/10)h

Para facilitar a escrita com caligrafia técnica usamos pautas especiais e linhas-guia.

As proporções de distância para as pautas é mostrada no esquema abaixo e as linhas-


-guia têm uma inclinação de 75º.

Utilize o par de esquadros (45º e 30º) para conseguir o ângulo de 75º.

Senac São Paulo 173


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 174


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

Escreva de acordo com os modelos, o que se pede abaixo:

Senac São Paulo 175


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 176


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Tipos de linhas
Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas, tipos e espessuras dife-
rentes. O conhecimento dessas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos.
Quanto à espessura, as linhas podem ser:
• Grossas
• Finas

A seguir, exemplos dos principais tipos de linha e sua utilização:


• Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço contínuo.

• Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura fina e tracejadas.

• Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formadas por traços
e pontos.

Senac São Paulo 177


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Linhas de corte são de espessura grossa, formadas por traços e pontos. Servem
para indicar cortes e seções.

Exemplo de utilização de linhas.


Fonte: NBR 8403 (ABNT, 1984).

Senac São Paulo 178


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Tabela – Tipos de linhas em desenho. Fonte: NBR 8403 (ABNT, 1984).

Senac São Paulo 179


Conceitos
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civilde Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Em muitas situações, ocorrem cruzamentos de linhasvisíveis com invisíveis ou com


Em muitas
linhassituações,
de eixo. ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com
linhas de eixo.
Nestas
Em situações,
muitas a representação
situações, pode ser
ocorrem cruzamentos de tornada clara com
linhasvisíveis utilizando-se
invisíveis algumas
ou com
convenções
linhas
Nestas de eixo.
situações, que, embora nãopode
a representação normalizadas,
ser tornadapodem ser bastante úteis,
clara utilizando-se em con-
algumas particular
paraque,
Nestas
venções a realização
situações,
embora não eacompreensão
representação
normalizadas,depodem
esboços.
pode ser tornada úteis,
ser bastante clara em
utilizando-se algumas
particular para
Algumas
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a realização destas
que,convenções
embora
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normalizadas,
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128-20:1996.
úteis, em particular
para a realização e compreensão de esboços.
Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 128-20:1996.
Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 128-20:1996.

Senac 188
São Paulo 180
Senac São Paulo

188 Senac São Paulo


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Complete a tabela abaixo, escrevendo as medidas das folhas:


Formato Dimensão Margem
A0
A1
A2
A3
A4

2. Complete as frases nas linhas indicadas:


a) O formato de papel A2 dá origem a dois formatos .
b) O formato de papel A3 dá origem a dois formatos .

3. Assinale a alternativa que corresponde às dimensões de papel formato A4.


( ) 210 x 297    ( ) 297 x 420    ( ) 420 x 594

4. Desenhe as margens e a legenda na folha A4, preenchendo a legenda com caligra-


fia técnica. Este modelo de folha pode ser utilizada para a execução dos desenhos.

Senac São Paulo 181


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Té
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 182


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 183


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 9
SISTEMAS DE
REPRESENTAÇÃO –
PROJEÇÃO

OBJETIVO
• Conhecer e trabalhar com a perspectiva

Senac São Paulo 184


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Sistemas de representação – Projeção


Projetar significa representar graficamente uma figura do espaço num plano (folha de
papel, quadro-negro, etc).
Para produzir uma peça ou um mecanismo é necessário possuir os desenhos destes.
Desenhos projetivos são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou
mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas e são
aplicados em:
• Projeto e construção de rodovias e ferrovias;
• Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais, sistemas
de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento de resíduos;
• Representação de relevos topográficos e cartas náuticas;
• Desenvolvimento de produtos industriais;
• Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos;
• Promoção de vendas com apresentação de ilustrações sobre o produto.
Desenho não projetivo, na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes
dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas etc.
A figura apresenta as subdivisões das projeções.

Senac São Paulo 185


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Projeção – Perspectiva
Existem dois tipos de projeções para mostrar em forma de ilustração os objetos da
maneira como eles são vistos na realidade: perspectiva e paralela.

A projeção paralela é conhecida também como projeção cilíndrica e a pro-


jeção perspectiva é conhecida também como projeção central ou cônica.

Perspectivas com pontos de fuga

Os elementos básicos para representar a perspectiva com pontos de fuga são: linha
do horizonte, ponto de vista, ponto de fuga e linhas de fuga. Veja a descrição a seguir:
• Linha de horizonte: é o elemento da construção em perspectiva que representa o
nível dos olhos do observador (linha horizontal pontilha da LH).

Senac São Paulo 186


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Ponto de vista: na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista


ser identificado por uma linha vertical perpendicular à linha do horizonte (PV). O
ponto de vista revela-se exatamente no cruzamento dessas duas linhas.

Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que localiza


o ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de seus la-
dos, esquerdo ou direito.
• Ponto de fuga: é o ponto localizado na linha do horizonte, para onde todas as
linhas paralelas convergem, quando vistas em perspectiva (PF).

Senac São Paulo 187


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Em alguns tipos de perspectiva são necessários dois ou mais pontos de fuga.


Em situações como estas poderão ter pontos tanto na linha do horizonte quanto
na linha vertical do ponto de vista.
Em alguns casos é possível o ponto ficar fora tanto da linha do horizonte quanto
do ponto de vista.
• Linhas de fuga: são as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva
convergindo para o ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afuni-
lamento dessas linhas em direção ao ponto que geram a sensação visual de pro-
fundidade das faces em escorço dos objetos em perspectiva.

O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permitem a elaboração de esque-


mas gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em ambientes ou
paisagens sem distorção estrutural.
Observações sobre os elementos básicos:
• Modificando-se a posição do observador ou a altura dos olhos modifica-se tam-
bém a perspectiva.
• O ponto de fuga localiza-se sempre na altura dos olhos do observador.

Em relação ao observador e ao horizonte todos os objetos podem assumir três posi-


ções básicas:
• O observador poderá estar acima, no meio ou abaixo do objeto focalizado.

Senac São Paulo 188


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Tipos de perspectiva

Dependendo da posição ou do nível visual em que um objeto esteja em relação ao


observador, a sua representação em perspectiva pode ser aplicada com um, dois ou
três pontos de fuga denominada respectivamente de perspectiva paralela, oblíqua
ou aérea.
• Perspectiva paralela (1PF)
• Perspectiva oblíqua (2PF)
• Perspectiva aérea (3PF)
• Perspectiva de esgoto (3PF)
Com o auxílio ilustrativo de um cubo, acompanhe os exemplos sobre cada uma des-
sas perspectivas:

• Perspectiva paralela (1PF): no desenho em perspectiva paralela, as linhas de fuga


deslocam-se apenas para um ponto (PF). Objetos nessa situação apresentam sua
face frontal paralela ao observador tanto os que estão localizados à sua frente
(cubo B) quanto a sua esquerda (cubo A) ou a direita (cubo C).

Senac São Paulo 189


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Um detalhe a ser observado é que na perspectiva paralela o ponto de vista (PV, li-
nha pontilhada vertical) localiza-se representado em posição perpendicular à linha
do horizonte situado tão próximo ao ponto de fuga que parece estar sobre ele (PF).

• Perspectiva paralela (2PF): no desenho em perspectiva paralela, as linhas de fuga


deslocam-se apenas para um ponto (PF). Objetos nessa situação apresentam sua
face frontal paralela ao observador tanto os que estão localizados à sua frente
(cubo B) quanto à sua esquerda (cubo A) ou à direita (cubo C).
Um detalhe a ser observado é que na perspectiva paralela o ponto de vista (PV,
linha pontilhada vertical) localiza-se representado em posição perpendicular à linha
do horizonte situado tão próximo ao ponto de fuga que parece estar sobre ele (PF).

Senac São Paulo 190


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Perspectiva aérea (3PF): quando observamos um objeto em posição oblíqua a


partir de um nível visual bastante alto, para melhor representá-lo tridimensional-
mente, é necessário o uso de três pontos de fuga.
Dois deles ficam na linha do horizonte e o terceiro é representado na vertical do
ponto de vista.
Em circunstâncias como estas raramente visualizamos a existência de linhas hori-
zontais ou verticais na estrutura do objeto. Todas são convergentes e deslocam-
-se para um dos três pontos de fuga.

Senac São Paulo 191


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Perspectiva de esgoto (3PF): a perspectiva de esgoto tem as mesmas característi-


cas da perspectiva aérea enquanto representação com três pontos de fuga.
A principal diferença está no nível visual muito baixo do observador tornando-
-a oposta no modo de visualização alterando, portanto, a localização do terceiro
ponto de fuga (PF3).
Nesse novo contexto ele é representado acima da linha do horizonte.

Senac São Paulo 192


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Projeção – Paralela

A projeção paralela adota os seguintes elementos:


• figura a ser projetada;
• plano de projeção;
• raio projetante;
• projeção da figura.

Senac São Paulo 193


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Existem diversos sistemas de projeções.

Projeção paralela ortogonal Projeção cônica Projeção paralela oblíqua


Os raios projetantes são parale- Os raios projetantes par- Os raios projetantes são
los entre si e perpendiculares ao tem de um ponto próprio. paralelos entre si e oblí-
plano de projeção (o centro de quos em relação ao plano
projeção é impróprio). de projeção (o centro de
projeção é impróprio, isto
é, a distância é considera-
da infinita

As projeções paralelas ortogonal e oblíqua são subdividas em:

Perspectiva Paralela Oblíqua

A perspectiva cavaleira se caracteriza por sempre representar a peça como vista fron-
tal (vista de frente).
• Cavaleira 30º: as arestas frontais são desenhadas na medida real (sem redução). Já as
arestas laterais (profundidade , indicada como c) são reduzidas a 2/3 do valor real.

c= 2. a/3 ou 2b/3

Senac São Paulo 194


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Cavaleira 45º: as arestas frontais são desenhadas na medida real (sem redução). Já
as arestas laterais (profundidade, indicada como c) são reduzidas a 1/2 do valor real.

c = a /2 ou b / 2

• Cavaleira 60º: as arestas frontais são desenhadas na medida real (sem redução). Já
as arestas laterais (profundidade, indicada como c) são reduzidas a 1/3 do valor real.

c = a/3 ou b/3

As medidas horizontais e verticais, na perspectiva cavaleira, não sofrem redução.


Este tipo de perspectiva é empregado com vantagem quando a peça apresenta super-
fícies curvas. Veja os exemplos em perspectiva cavaleira.

Senac São Paulo 195


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A projeção paralela ortogonal é a mais utilizada pelos engenheiros, arquitetos e téc-


nicos, para representar um objeto tridimensional.

Perspectivas Dimétrica e Trimétrica

Estas perspectivas são caracterizadas pelos ângulos que as direções axonométricas


fazem entre si e pelos coeficientes de redução que determinam as relações entre as
dimensões desenhadas e as dimensões reais.
• Perspectiva dimétrica: como o nome indica, esta perspectiva utiliza duas escalas
de comprimento.
Semelhante a perspectiva cavaleira as dimensões que determinam a profundida-
de (d2) sofrem uma redução de 50% e as demais dimensões são mantidas as reais.

Ângulos

α β

7º10 41º25’
A combinação de ângulos 7º10 e 41º25’ é a mais
utilizada.
10º22’ 39º49’
14º10’ 37º55’
18º40’ 35º40’

• Perspectiva trimétrica: esta perspectiva utiliza três escalas de comprimento. As


dimensões na vertical são mantidas e são aplicados fatores de redução para as
outras dimensões.

Ângulos Fatores de redução

α β d1 d2 d3
5º10 17º50’ 0.9 0.5
9º50’ 24º30’ 0.6
14º30’ 26º40’ 1 0.7
11º50’ 16º 0.8

Perspectiva Isométrica

Esta perspectiva é a que se aproxima mais do real e é também a mais utilizada. Ela
mostra detalhes de formas semelhantes nas três vistas.
Ambos os eixos têm uma inclinação de 30° em relação à linha do horizonte e todas as
dimensões representadas, são reais ou proporcionais ao objeto representado.

Senac São Paulo 196


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Abaixo, as fases de execução do desenho em perspectiva isométrica.

As linhas que não estiverem em 30º (obs. 90º + 30 º = 120º) em relação a horizontal,
estarão a 90º. Portanto o jogo de esquadros será suficiente para todo traçado.

Traçando as perspectivas isométricas do círculo

O círculo em perspectiva isométrica tem sempre a forma de elipse.


Para representar a perspectiva isométrica do círculo, é necessário traçar antes um
quadrado auxiliar em perspectiva, na posição em que o círculo for desenhado.

Senac São Paulo 197


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Acompanhe a sequência para traçar a perspectiva isométrica do círculo.

Trace os eixos isometricos e o quadrado auxlilar.

Divida o quadrado auxiliar em que quatro partes iguais.

Comece o traçado das linhas curvas.

Complete o traçado das linhas curvas.

Malha Isométrica

A malha isométrica é um artifício de desenho cuja finalidade é facilitar a produção


de rascunhos gráficos muito próximos da perspectiva isométrica precisa (com auxí-
lio de instrumentos).
Consiste na malha de triângulos equiláteros formada por retas paralelas aos eixos.

Senac São Paulo 198


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exemplos de traçados com o auxílio da malha isométrica.

Curvas em perspectiva isométrica

Para traçar curvas em perspectiva isométrica, é necessário marcar vários pontos da


curva na perspectiva e interpolar (à mão ou com uma curva francesa) os pontos mar-
cados gerando a curva.
Quanto mais pontos forem marcados, maior será a precisão do desenho.
Para marcar os pontos da curva, deve-se transportar suas “coordenadas” (distâncias
paralelas aos eixos principais, a partir de um ponto de referência conhecido na pers-
pectiva) para a isométrica.

Senac São Paulo 199


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Se a curva está situada numa face plana não isométrica, as coordenadas dos seus pon-
tos deverão ser tomadas segundo direções isométricas, transferindo-se após, ade-
quadamente, para o plano da face.

Para construir a perspectiva de linhas curvas no espaço (não planas), serão necessá-
rias três coordenadas isométricas para cada um dos seus pontos.

Senac São Paulo 200


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Desenhe na malha isométrica, a perspectiva do modelo representado.

Senac São Paulo 201


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

2. Com o auxílio da malha isométrica, desenhe as perspectivas – não desenhe as cotas.


(Dimensões em cm)

Senac São Paulo 202


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Senac São Paulo 211

Senac São Paulo 203


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

3. Desenhe (folha A4) o prédio nos seguintes pontos de perspectivas:


• Perspectiva paralela (1PF);
• Perspectiva oblíqua (2PF);
• Perspectiva aérea (3PF).

Senac São Paulo 204


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 205


Desenho Técnico
Conceitos de Geometria Plana e–Interpretação
Construção Civil
de Desenho Técnico

CAPÍTULO 10
Sistema triédRico ou três
vistas – projeção paralela
ortogonal

OBJETIVO
• Conhecer e trabalhar com projeção ortográfica

Senac São Paulo 206


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Sistema triédrico ou 3 vistas – Projeção paralela ortogonal


A projeção ortogonal de um objeto em plano de projeção é chamada de vista ortográfica.
Podemos representar múltiplas vistas de direções diferentes de forma sistemática da
forma de objetos 3D.
A projeção ortogonal é uma representação bidimensional de um objeto tridimensio-
nal, em engenharia no processo de fabricação é necessária uma descrição completa e
clara da forma e do tamanho de um objeto projetado para ser executado.
Cada vista fornece determinadas informações e a vista frontal ou principal mostra a
verdadeira grandeza e forma de superfícies que são paralelas à frente do objeto.

Senac São Paulo 207


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Diedro

Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si.
Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do
movimento dos ponteiros do relógio.
Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões cha-
madas diedros.

Divisão do espaço em diedros

A norma NBR 10067 (ABNT, 1995) fixa a forma de representação aplicada em dese-
nho técnico.
Normaliza o método de projeção ortográfica, que pode ser no 1º diedro ou no 3º
diedro e os símbolos para representação (Figura 01), a denominação das vistas, a
posição relativa das vistas, a escolha das vistas, a determinação do número de vistas,

Senac São Paulo 208


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

vistas especiais (vista fora de posição, vista auxiliar, elementos repetitivos, detalhes
ampliados, linhas de interseção, vistas de peças simétricas, etc), cortes e seções, e
generalidades.

Símbolos do método de projeção ortogonal no 1o diedro e no 3o diedro


Fonte: NBR 10067 (ABNT, 1995)

No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos Estados Uni-
dos, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no 3ºdiedro.
A figura apresenta a representação em 1º Diedro:

Os rebatimentos normalizados para o 1o diedro mantêm, em relação à vista de frente,


as seguintes posições:
• a vista de cima fica em baixo;
• a vista de baixo fica em cima;
• a vista da esquerda fica à direita;
• a vista da direita fica à esquerda.

Senac São Paulo 209


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparecem as
linhas de limite dos planos de projeções.
Na maioria dos casos, o conjunto formado pelas vistas de frente, vista superior e uma
das vistas laterais é suficiente para representar, com perfeição, o objeto desenhado.

No 1º diedro é mais difundido o uso da


vista lateral esquerda, resultando no
conjunto preferencial composto pelas
vistas de frente, superior e lateral
esquerda, que também são chamadas,
respectivamente, de elevação, planta e
perfil.

Épura

Determinadas as três vistas, é necessário que os três planos de projeções sejam re-
presentados em um mesmo plano.
Para isto, é necessário fazer o rebatimento dos planos: o plano de perfil é rebatido
lateralmente sobre o plano vertical, em um giro de 90° em torno da sua intersecção, e
o plano horizontal é rebatido para baixo, formando assim, a épura.

Senac São Paulo 210


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Representação da Épura

Eliminam-se as linhas de intersecção dos planos e as linhas de chamada (linha que


deixa as projeções em um mesmo alinhamento).

Senac São Paulo 211


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Representação de Arestas Ocultas

Linhas invisíveis ou ocultas: são arestas ou contornos que ficam ocultos para uma
determinada posição do objeto.
No exemplo abaixo a aresta AB como linha invisível ou oculta em relação ao observa-
dor colocado à esquerda do objeto.

Ao ser desenhada na vista ortográfica (vista técnica), representa-se a linha invisível


convencionalmente com linha tracejada.

Representação de Superfícies Inclinadas

A representação de superfícies inclinadas pode ser dividida em dois casos distintos:


• Quando a superfície é perpendicular a um dos planos de projeção e inclinada em
relação aos outros planos.

Senac São Paulo 212


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Superfície Inclinada em Relação aos Três Planos de Projeção.

Observe que o paralelismo existente entre as arestas representadas pelos segmentos


de retas [(1,2) ; (3,4)] e [(1,5);(2,3)] são mantidos nas três projeções.

Senac São Paulo 213


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Representação de Superfícies Curvas

No plano paralelo à superfície, a projeção resultante mantém a forma e a verdadeira


grandeza do círculo, enquanto nos outros dois planos a projeção resultante é um
segmento de reta, cujo comprimento corresponde ao diâmetro do círculo.

Se a superfície circular não possuir paralelismo com nenhum dos três planos de pro-
jeção, mas for perpendicular em relação a um deles, as projeções resultantes terão
dimensões em função do ângulo de inclinação da superfície.

Senac São Paulo 214


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A forma cilíndrica é muito comum de ser encontrada como furos.

Linhas de Centro

Nos desenhos em que aparecem as superfícies curvas é utilizado um novo tipo de


linha, composta de traços e pontos que é denominada linha de centro.
• Indicam os eixos em corpos de rotação.
• Assinalam formas simétricas secundárias
• É a partir da linha de centro que se faz a localização de furos rasgos e partes loca-
lização de furos, rasgos e partes cilíndricas existentes nas peças.

Senac São Paulo 215


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Representação
Representação de de Arestas
Arestas Coincidentes
Coincidentes
Quando na tomada de vista, em um determinado sentido de observação, ocorrer a
sobreposição
Quando de arestas
na tomada (superfícies
de vista, coincidentes),
em um determinado representa-se
sentido aquela ocorrer
de observação, que está
mais próxima de
a sobreposição do arestas
observador.
(superfícies coincidentes), representa-se aquela que está
mais próxima do observador.

Para
Para obter
obter as projeções
as projeções o objeto
o objeto deve deve ser colocado
ser colocado de tal que
de tal forma forma
sua que
vista sua vista
princi-
palprincipal passe
passe a ser a serfrontal.
a vista a vista frontal.
A figura a seguir mostra um objeto suspenso no espaço cujas sombras são
A projetadas
figura a seguir
em mostra um objeto
três planos suspensocomo
posicionados no espaço cujas
se fosse o sombras são projetadas
canto formado por duas
em três planos
paredes posicionados como se fosse o canto formado por duas paredes e o chão.
e o chão.

224 Senac São216


Paulo
Senac São Paulo
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo Senac São Paulo 217


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

Exercícios
Exercícios
1. Assinale com um X a alternativa que contém as vistas ortográficas
correspondentes à perspectiva isométrica abaixo:
1. Assinale com um X a alternativa que contém as vistas ortográficas corresponden-
1. Identifique a localização
tes à perspectiva dos pontos no plano através das
isométrica abaixo: coordena
abscesso (x) e ordenada (y).

2. Complete as projeções:
Senac São Paulo
2. Complete as projeções:

226 Senac São Paulo

Senac São Paulo 218


Conceitos
Conceitos de Geometria
de Desenho Plana –e Construção
Técnico Interpretação de Desenho Técnico
Civil

SenacSenac
São Paulo 219 227
São Paulo
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

228 220
Senac São Paulo
Senac São Paulo
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

3. Desenhe a vista que falta:

3. Desenhe a vista que falta:


3. Desenhe a vista que falta:

Senac São Paulo 229

221 229
SenacSenac São Paulo
São Paulo
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

230 Senac São Paulo

Senac São Paulo 222


Conceitos
Conceitosde
deDesenho
GeometriaTécnico – Construção
Plana e Interpretação de Civil
Desenho Técnico

4. Complete as projeções:
4. Complete as projeções:

Senac São Paulo 223


Senac São Paulo 231
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil
Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

232 Senac São Paulo

Senac São Paulo 224


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

5. Desenhe as vistas essenciais das perspectivas apresentadas:

Senac São Paulo 225


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 226


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 227


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 228


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 229


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 230


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

6. Escreva na “resposta” a letra correspondente à perspectiva correta:

Senac São Paulo 231


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

7. A partir das vistas essenciais, desenhe a perspectiva isométrica correspondente:


a)

b)

c)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

d)

e)

f)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

g)

h)

i)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

j)

l)

m)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

n)

o)

p)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

q)

r)

s)

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 238


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 11
CORTES, SEÇÕES
E DETALHES

OBJETIVO
• Conhecer Cortes, Seções e Detalhes

Senac São Paulo 239


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Corte
O corte é um recurso utilizado em desenho técnico para representar a parte interna
de peça, onde ela é cortada por um ou mais planos (imaginários) e deixa à mostra o
interior da peça.

Regras para traçado de vistas em corte


• Elementos tais como: eixos, pinos, parafusos, porcas, dentes de engrenagem,
chavetas, rebites e nervuras, quando seus eixos longitudinais estiverem no plano
de corte, não serão hachurados.

• A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que se


quer destacar e da posição de onde o observador imagina o corte.
• O plano de corte é indicado através de uma linha estreita (traço ponto), exata-
mente como a linha de simetria, com a diferença de ter nas extremidades um
traço largo.
• O plano de corte deve ser identificado com letras maiúsculas e o ponto de vista
indicado por meio de setas.

Senac São Paulo 240


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• A linha de corte pode coincidir com a linha de simetria.


• As mesmas letras que identificam a linha de corte são utilizadas para identificar a
vista resultante do corte.
• Os furos não recebem hachuras, pois são partes ocas que não foram atingidas
pelo plano de corte.
• Os centros dos furos são determinados pelas linhas de centro, que também de-
vem ser representadas nas vistas em corte.

• Nas vistas em corte não se deve colocar linhas tracejadas para identificar as ares-
tas invisíveis que estão situadas além do plano de corte, só devem ser represen-
tadas se forem necessárias à compreensão da peça.

Senac São Paulo 241


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Representação dos materiais usados (hachuras)

Onde houver intersecção do plano secante com a peça serão colocadas hachuras.
A finalidade das hachuras é indicar as partes maciças, evidenciando as áreas de corte.
As hachuras são constituídas de linhas finas, equidistantes e traçadas a 45° em relação
aos contornos ou aos eixos de simetria da peça.

O espaçamento entre as hachuras deve variar de acordo com o tamanho da área a ser
hachurada.

Senac São Paulo 242


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Havendo necessidade de fazer qualquer inscrição na área hachurada, deve-se inter-


romper as hachuras para deixar bem nítida a inscrição feita.

Em uma mesma peça as hachuras devem ter uma só direção.


Nos desenhos de conjuntos as peças adjacentes devem ser hachuradas em direções
diferentes.

Corte Total
Corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão, onde o plano de corte
atravessa completamente a peça.
Pode ser longitudinal, quando o corte for aplicado no sentido do comprimento da peça
ou transversal quando for aplicado no sentido da largura da peça.

Senac São Paulo 243


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Para facilitar a compreensão dos detalhes internos, podem-se fazer tantos cortes
quantos forem necessários.

Senac São Paulo 244


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Cortes em Desvio (Cortes Compostos)


Quando o plano secante muda de direção, o corte é chamado de corte em desvio ou
corte composto.
O desenho resultante com a rotação da parte oblíqua do plano de corte representa a
verdadeira grandeza do corte contido pelos planos concorrentes.

Exemplo de corte em desvio, onde a disposição do plano secante exige o deslocamen-


to das hachuras para facilitar a identificação das partes cortadas.

Senac São Paulo 245


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O plano de corte também pode ser composto por planos sucessivos, onde é neces-
sário utilizar rupturas para representar a verdadeira grandeza da parte oblíqua e ao
mesmo tempo manter o alinhamento vertical das vistas.
Desta forma, o corte composto apresenta o resultado de um corte reto em que os deta-
lhes das diferentes superfícies do corte composto aparecem em verdadeira grandeza.

Meio Corte
Em peças simétricas é conveniente fazer com que o plano de corte vá somente até a
metade da peça.
Deste modo, a vista em corte representará simultaneamente a forma externa e a in-
terna da peça.

Do mesmo modo que no corte total, o meio corte tanto na parte cortada como na
parte não cortada também não se deve representar cortada e não se deve representar
as arestas invisíveis.
Quando não há representação da linha de corte, as normas determinam quando o eixo
de simetria for vertical, a metade cortada deverá ser representada à direita e, quando
o eixo de simetria for horizontal, a metade cortada deve estar na parte inferior.

Senac São Paulo 246


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Corte Parcial
Nos cortes parciais ou ruptura, apenas uma parte da peça é cortada visando mostrar
algum detalhe interno.
Quando os detalhes estão concentrados em uma determinada parte da peça não ha-
verá necessidade de utilizar um corte completo e, assim sendo para facilitar a execu-
ção do desenho, deve-se utilizar o corte parcial.

Senac São Paulo 247


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Seção
Seção é um corte que representa somente a intersecção do plano secante com a peça.
As seções podem ser representadas sobre a vista, com interrupção da vista, ou reba-
tidas fora da vista, dependendo da situação.

As seções são chamadas de seções transversais porque o plano secante é perpendicu-


lar ao eixo da parte a ser seccionada e o corte resultante é rebatido perpendicular ao
eixo da parte a ser seccionada e o corte resultante é rebatido sobre o plano do papel.
A aplicação de uma seção, desenhada dentro do contorno da vista, sobre o braço do
volante, facilita o entendimento do desenho.

Senac São Paulo 248


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As seções podem ser utilizadas para mostrar a variação da forma de uma peça ao lon-
go de seu comprimento (seções sucessivas).
Nesses casos, como as seções foram desenhadas próximas das vistas, as linhas traço
ponto (linhas de centro) fazem a identificação dos pontos seccionados em cada peça.

Quando as seções forem desenhadas fora do contorno da vista e deslocadas em rela-


ção à posição da vista, é necessário fazer a identificação da posição do plano secante
utilizando linha de corte e letras para vinculação das seções com a peça.

Senac São Paulo 249


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Rupturas

As rupturas são aplicadas em peças de seção longitudinal longas e uniformes, como


eixos, chapas, tubos, etc., imaginando-se a peça partida e tendo sido removida parte
de seu comprimento, cortando-se porém a dimensão real do seu comprimento.
Os desenhos das linhas de rupturas variam em função do material e da forma da peça,
como é mostrado abaixo.

Quando necessário, aplica-se mais de um encurtamento em um mesmo desenho ou


em mais de um sentido.

Senac São Paulo 250


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Considerar que a peça tem 20 de espessura e o material é alumínio. Desenhar a


vista frontal, lateral e o corte.

2. Desenhar o corte indicado. Material: aço.

Senac São Paulo 251


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

3. Desenhar o corte indicado. Material: latão.

4. Desenhar o corte indicado. Material: aço.

Senac São Paulo 252


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

5. Desenhar o corte indicado. Material: latão.

Senac São Paulo 253


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Vistas Auxiliares
Devido à utilização de projeções ortogonais, em nenhuma das vistas principais as
superfícies inclinadas aparecem representadas em suas verdadeiras grandezas.

A representação da forma e da verdadeira grandeza de uma superfície inclinada só será


possível fazendo a sua projeção ortogonal em um plano paralelo à parte inclinada.

A projeção feita no plano auxiliar é chamada de vista auxiliar. As vistas auxiliares são
empregadas para mostrar as formas verdadeiras das superfícies inclinadas contidas nos
objetos representados.
A ABNT recomenda a utilização de vistas parciais, limitadas por linhas de rupturas que
representam somente as partes em que aparecem as formas verdadeiras dos objetos.

Senac São Paulo 254


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As vistas auxiliares devem ter o sentido de observação indicado por uma seta desig-
nada por uma letra, que será usada para identificar a vista resultante daquela direção.

As vistas auxiliares, além de representar a forma do objeto com maior clareza, permi-
te que as cotas sejam referenciadas às verdadeiras grandezas das dimensões cotadas.

Vistas Auxiliares Duplas


Quando o objeto contiver superfícies inclinadas em relação aos três planos de proje-
ções, serão necessárias duas projeções auxiliares para determinar a verdadeira gran-
deza da superfície.
O primeiro rebatimento, no caso a “Vista de A”, sempre é feito de modo a representar
por uma linha a superfície que se quer obter em verdadeira grandeza.

Senac São Paulo 255


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A primeira projeção deverá ser feita em um primeiro plano auxiliar perpendicular à


superfície inclinada e a um dos planos ortográficos.
O segundo rebatimento, no caso a “Vista de B”, é feito no sentido perpendicular à
superfície que se deseja representar em verdadeira grandeza.
A segunda vista auxiliar é obtida pela projeção do objeto em um segundo plano auxi-
liar paralelo à superfície inclinada e perpendicular ao primeiro plano auxiliar.

O primeiro rebatimento: “Vista de A” - primeiro plano auxiliar perpendicular à super-


fície inclinada e a um dos planos ortográficos.
O segundo rebatimento: “Vista de B”- segundo plano auxiliar paralelo à superfície
inclinada e perpendicular ao primeiro plano auxiliar.

Outras Representações (Representações em Uma Única Vista)


Existem objetos que pela simplicidade de suas formas são plenamente caracterizados
por somente duas vistas.
Inserindo uma cota com a utilização dos símbolos que facilitam a identificação das
formas cotadas, a representação pode ser com uma única vista.

Para facilitar a interpretação dos objetos representados com uma só vista, as superfícies
planas são caracterizadas pelo traçado das diagonais dos polígonos que as representam.

Senac São Paulo 256


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As diagonais que identificam a superfície plana são traçadas com linhas finas e
As contínuas.
diagonais que identificam a superfície plana são traçadas com linhas finas e contínuas.

Alguns
Alguns objetos
objetos planos,
planos, tais tais
como como juntas
juntas de vedação,
de vedação, placasplacas etc., que
etc., desde desde
nãoque
con-não
contenham detalhes que necessitem de mais de uma vista, podem ser
tenham detalhes que necessitem de mais de uma vista, podem ser representados em representados
umaemúnica
umavista,
única vista, fazendo-se
fazendo-se a identificação
a identificação das suas com
das suas espessuras espessuras com notas
notas escritas.
escritas.

Outras Representações (Intersecções Geométricas)


Outras Representações
As intersecções (Intersecções
de superfícies Geométricas)
que geram cantos vivos, chamadas de intersecções
reais são representadas por linhas que poderão ser contínuas ou tracejadas
As dependendo
intersecções de
do superfícies
sentido de que geram cantos vivos, chamadas de intersecções reais
observação.
são representadas por linhas que podem ser contínuas ou tracejadas dependendo do
sentido de observação.

266 Senac São Paulo

Senac São Paulo 257


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Quando os cantos de intersecção forem arredondados por meio de superfícies de


concordância, as intersecções serão imaginárias e poderão ser representadas nas vis-
tas por meio de linhas contínuas e finas.
As linhas que representam as intersecções imaginárias não devem atingir as linhas
de contorno.

Comparação das representações das intersecções reais com as intersecções imagi-


nárias.

Outras Representações (Detalhes Repetitivos)


Os detalhes ou os elementos que aparecem repetidamente nos objetos podem ser
representados de forma simplificada.

Senac São Paulo 258


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A quantidade e a especificação dos detalhes ou elementos repetidos são feitas na


cotagem ou por anotações específicas.

Outras Representações (Detalhes Ampliados)


Para melhorar a representação e facilitar a cotagem de pequenos detalhes de um ob-
jeto, faz-se a identificação do detalhe, circundando-o com uma linha fina, contínua e
identificada por uma letra maiúscula, desenhando posteriormente em escala amplia-
da e com identificação.

Senac São Paulo 259


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 260


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 12
Escala

OBJETIVO
• Conhecer e trabalhar com escala

Senac São Paulo 261


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Escala
Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com
o tamanho real da peça.
A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho real. Nos dese-
nhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas ou então são
aumentadas ou reduzidas proporcionalmente.
Definição da NBR 8196 (Emprego de escalas em desenho técnico – procedimentos):
• Escala: relação da dimensão linear de um elemento e/ou um objeto apresentado
no desenho original para a dimensão real do mesmo e/ou do próprio projeto.

Medida do desenho D
Escala = =
Medida real R

As escalas podem ser:


• Escala natural
– É utilizada quando o tamanho do desenho do objeto é igual ao tamanho real do
mesmo, isto é, do mesmo tamanho que o objeto for construído, será também
feito o seu desenho.
– É representada da seguinte forma: Escala 1:1 (lê-se, escala um por um).
• Escala de redução
– 
Escala de redução é a utilizada para representar um objeto em tamanho menor
do que o tamanho real.
– Para a aplicação da escala de redução, basta dividir o valor da medida indicada
no desenho do objeto, pelo valor numérico da escala.
– Essa escala é bastante utilizada em mapas e em plantas de construções civis.
– É representada da seguinte forma: Escala 1:2, 1:3, 1:4, 1:5, 1:10, 1:20, 1:30, 1:40,
1:50, 1:100, etc.
• Escala de ampliação
– Escala de ampliação é utilizada para representar um objeto em tamanho maior
do que o tamanho real.
– É representada da seguinte forma: Escala 2:1 (lê-se, escala dois por um).
– As escalas de ampliação mais utilizadas são: 2:1, 3:1, 4:1, 5:1, 10:1, 20:1, etc.
A figura a seguir apresenta a representação do mesmo retângulo, porém, em escalas
diferentes:

Senac São Paulo 262


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Escala natural 1:1 Escala de redução 1:5 Escala de ampliação 2:1

A indicação é feita na legenda dos desenhos utilizando a palavra ESCALA, seguida dos va-
lores da razão correspondente e a representação pode ser de forma numérica ou gráfica.

1:20, 1/50 (redução)

2:1, 5/1 (ampliação)

Escala numérica Escala gráfica

A norma NBR 8196 da ABNT recomenda, para o desenho técnico, a utilização das se-
guintes escalas:

Escala Gráfica

Escala gráfica é uma linha dividida, ou uma régua graduada que serve para determi-
nar sem cálculos (imediatamente e indiretamente) a distância natural, conhecendo a
distância gráfica e vice-versa.
No exemplo, a escala gráfica correspondente a 1:50 é representada por segmentos
iguais de 2 cm, pois 1 m/50 = 0,02 = 2 cm.

Senac São Paulo 263


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Existem escalas gráficas de plástico (escalímetro), que possuem em uma só peça, seis
escalas diferentes graças a sua forma triangular.
O escalímetro convencional utilizado na engenharia e na arquitetura é aquele que
possui as seguintes escalas:

1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100 e 1:125

Escalímetro

Cada unidade marcada nas escalas do escalímetro correspondem a 1 m. Isto significa


que aquela dada medida corresponde ao tamanho de 1 m na escala adotada

As figuras apresentam o desenho abaixo representado em várias escalas.

Senac São Paulo 264


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Regras para utilização das escalas:


1. Qualquer que seja a escala usada, ela deve ser anotada de modo evidente no
desenho.
2. Quando o desenho for feito com mais de uma escala, todas devem constar cla-
ramente de modo a não deixar dúvidas.
3. Nas escalas escritas sob a forma x:y, o primeiro número x se refere às dimensões
do desenho e o segundo, y, às dimensões do objeto representado.
4. Os valores indicados nas cotas, qualquer que seja a escala, devem ser aqueles
que representem a medida real do objeto. O que deve mudar são as dimensões
do desenho e não as do objeto.
5. Não mudam para desenho em escala os valores de ângulos.

Senac São Paulo 265


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exemplos

Uma porta tem 80 cm de largura, como posso representar essa medida na escala de
1/5 no papel, utilizando uma régua?

medida do desenho D
Escala = =
medida real R

Estabelecendo a seguinte relação: 1/5 = D/R


D= uma medida no desenho a ser calculada
R= a mesma medida feita no objeto (a medida real) = 80 cm

1/5 = D/80
A fórmula é uma regra de três simples.
D = 80/5
D = 16 cm

Conclusão: a porta de 80 cm de largura vai ser representada com 16 cm na escala de


1/5, no papel.
Um terreno tem 10 m de frente, qual medida para representar essa dimensão no pa-
pel, na escala de 1/50?
medida do desenho D
Escala = =
medida real R

Vamos estabelecer a seguinte relação: 1/50 = D/R


Onde:
D= uma medida no desenho a ser calculada
R= a mesma medida feita no terreno (a medida real) = 10 m
1/50 = D/10 Observe que a resposta foi dada na mesma uni-
dade de medida da pergunta do problema, em
D = 10/50
metros (m).
D = 0,2 m Sendo necessário, para a utilização da régua,
transformar essa unidade em centímetros (cm).
Só para lembrar:
1 m = 100 cm, logo; 0,2 m = 20 cm
Conclusão: um terreno de 10 m de frente vai ser representado na escala de 1/50 no
papel, com 20 cm.

Senac São Paulo 266


Conceitos
Conceitos dede Geometria
Geometria Plana
Plana e Interpretação
e Interpretação dede Desenho
Desenho Técnico
Técnico

Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios
Exercícios

Exercícios 1.1. A Aescala


escalausada
usadaem
emuma
umaplanta
plantabaixa
baixaé é1:50.
1:50.Medindo,
Medindo,nonodesenh
desen
umasala
uma salaencontramos
encontramos3,4 3,4cm.
cm.Qual
Qualé éa adimensão
dimensãoreal
realdadasala?
sala?
1. A escala usada em uma planta(Resposta:170
(Resposta:170
baixa é 1:50.
cm Medindo,
cmouou 1,7
1,7 mm ) desenho, a largura de
) no
uma sala encontramos 3,4 cm. Qual é a dimensão real da sala?
(Resposta: 170 cm ou 1,72.
m)
2. Um
Umterreno
terrenoestá
estásendo
sendorepresentado
representadoem
emescala
escalanonodesenho.
desenho.SeSeo
metrosestá
metros
2. Um terreno está sendo representado está representado
representado
em nonodesenho
desenho
escala no desenho. opor
Se por 2424centimetros,
terrenocentimetros,
de qualé é
qual
nonodesenho?
desenho?
12 m está representado no desenho por 24 cm, qual é a escala usada no desenho?
(Resposta:
(Resposta: 1:50)
1:50)
(Resposta: 1:50)
3. Dada a figura abaixo, sem escala,
3.3. Dada
Dada faça a suaabaixo,
a afigura
figura ampliação.
abaixo,sem Utilize
semescala, escala
escala, façaa 2:1.
faça asua
suaampliação.
ampliação.Utilize
Utilizees

4.4.
4. Dada a figura abaixo, sem Dada
Dada
escala, a afigura
faça figura abaixo,sem
a suaabaixo,
redução. sem escala,
escala,
Utilize faça
faça
escala a asua
1:2. suaredução.
redução.Utilize
Utilizeesca
esc

5. Complete as lacunas com osComplete


5.5. valores correspondentes.
Completeasaslacunas
lacunascom
comososvalores
valorescorrespondentes.
correspondentes.

Dimensão do desenho Escala Dimensão da peça

1:1 42

18 1:2

5:1 6

16 2:1

10 100

12 60

Senac
Senac SãoSão Paulo
Paulo

Senac São Paulo 267


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

6. Faça os desenhos a seguir nas escalas 1:2 e 2:1.

Senac São Paulo 268


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 13
cotagem

OBJETIVO
• Conhecer os conceitos de cotagem

Senac São Paulo 269


Conceitos deGeometria
Conceitos de DesenhoPlana
Técnico – Construção
e Interpretação Civil Técnico
de Desenho

Cotagem
Cotagem
Cotas
Cotasouou
dimensões são são
dimensões os números que correspondem
os números às medidas
que correspondem às reais no desenho,
medidas reais no
édesenho,
a representação gráfica no desenho
é a representação gráfica da
nocaracterística
desenho dadimensional dodimensional
característica elemento. do
Oelemento.
desenho técnico deve conter as informações sobre as dimensões do objeto re-
O desenho técnico deve conter as informações sobre as dimensões do objeto
presentado.
representado.

As dimensões irão definir as características geométricas do objeto, dando valores de


tamanho e posição
As dimensões irãoaos diâmetros,
definir aos comprimentos,
as características aos do
geométricas ângulos e adando
objeto, todos os outros
valores de
detalhes
tamanhoque compõem
e posição suadiâmetros,
aos forma espacial.
aos comprimentos, aos ângulos e a todos os
outros detalhes que compõem sua forma espacial.
Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:
Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:

Linha auxiliar
de chamada

Linha de cota

Cota

Senac São Paulo 270


279
Senac São Paulo
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Linha de cota
– São linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades que indicam o limi-
te da linha de cota e podem ser preenchidas ou não, ou por traços inclinados.
– A maioria dos tipos de desenho técnico utiliza as setas preenchidas com linhas
curtas formando ângulos de 15.
– O traço oblíquo com uma linha curta e inclinado a 45° é mais utilizado nos de-
senhos arquitetônicos.

• Linha auxiliar de chamada


– É uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota, deve haver um pe-
queno espaço entre a linha do elemento dimensionado e a linha de chamada
e devem ultrapassar levemente as linhas de cota e são preferencialmente, per-
pendiculares ao ponto cotado.
– Em alguns casos, as linhas de chamada podem ser oblíquas em relação ao ele-
mento dimensionado, porém mantendo o paralelismo entre si.

• Cota
– São numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de seus ele-
mentos.
– As medidas básicas são: comprimento, largura e altura.
– Os números que indicam os valores das cotas devem ter um tamanho que ga-
ranta a legibilidade e não podem ser cortados ou separados por qualquer linha.

Senac São Paulo 271


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico
Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil
Largura = 50
Comprimento = 420

Largura = 50
Comprimento = 420
Altura = 292

Altura = 292

Tanto as linhas auxiliares (linhas de chamada) , como as linhasde cota , são linhas
contínuas e finas.
Tanto as linhas auxiliares (linhas de chamada), como as linhas de cota, são linhas con-
Tanto as linhas auxiliares
A Norma NBR(linhas de chamada)
8402 padroniza , como
as letras as linhasde cota , são linhas
e algarismos.
tínuas e finas.
contínuas e finas.
A Norma NBR 10126 padroniza as cotas.
A Norma NBR 8402 padroniza as letras e os algarismos.
A Norma
A Norma NBR 8402
NBR 10126 padroniza
padroniza as letras e algarismos.
as cotas.
A Norma NBR 10126 padroniza as cotas.
Princípios Gerais
• As
Princípios cotas
Gerais devem ser distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões
necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado com o cuidado
Princípios Gerais
de
• As cotas devemdoserobjeto desenhado,
distribuídas com
pelas vistas o todas
e dar cuidado de nãonecessárias
as dimensões colocar cotas
•para
Asviabilizar
cotas devem ser
desnecessárias. distribuídas pelas vistas e dar todas as dimensões
a construção do objeto desenhado com o cuidado de não colocar
necessárias para viabilizar a construção do objeto desenhado com o cuidado
cotas desnecessárias.
de do objeto desenhado, com o cuidado de não colocar cotas
• As cotas devem ser colocadas uma única vez em qualquer uma das vistas
• As desnecessárias.
cotas devem ser colocadas uma única vez em qualquer uma das vistas que
que compõem o desenho, localizadas no local que representa mais
compõem o desenho, localizadas no local que representa mais claramente o ele-
claramente o elemento que está sendo cotado.
•mento que está
As cotas devemsendo
ser cotado.
colocadas uma única vez em qualquer uma das vistas
que compõem o desenho, localizadas no local que representa mais
claramente o elemento que está sendo cotado.
Cota não
necessária

Cota não
necessária

Cota não
necessária
Cota não
necessária
• As
• As cotas cotas
de um de umoudesenho
desenho ou projeto
projeto devem devem ser
ser expressas emexpressas
uma únicaem uma única
unidade
unidade de medida.
de medida.
• As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única
unidade
Senac de medida.
São Paulo 281

Senac São Paulo 281

Senac São Paulo 272


Conceitos de Geometria Plana e Interpretação de Desenho Técnico

Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida.


Normalmente,
• As cotas devema ser
unidade desem
escritas medida mais da
o símbolo utilizada
unidadenodedesenho
medida.técnico éo
Normalmente,
milímetro desenho técnico é o milímetro.
a unidade de medida mais utilizada no desenho técnico é o milímetro.

Desenho com cotas em mm e m


Desenho com cotas em mm e m

• • Quando
Quando houver
houver necessidade
necessidadededeutilizar
utilizar outras
outras unidades,
unidades, além além daquela
daquela predomi-
predominante,
nante, o símbolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor da cota. da
o símbolo da unidade deve ser indicado ao lado do valor
cota.

Cota em
centímetro

Diâmetro do
furo em

Desenho
Desenhoem
emque
quea amaioria
maioriadas
dascotas estão
cotas emem
estão milímetro
milímetro

• As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota.


• As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de cota.

282 Senac São Paulo

Senac São Paulo 273


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• A escolha das cotas ou a colocação de tolerâncias para limitar os erros dependerá


dos processos utilizados na fabricação do objeto e também da sua utilização futura.

• Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a verdadeira gran-


deza das dimensões.
• As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem ser colo-
cados ACIMA da linha de cota.
• Quando a peça for muito grande deve-se interromper a peça e não a linha de cota.

• Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho. Deve-se evitar o cru-
zamento de linha da cota com qualquer outra linha. As cotas de menor valor de-
vem ficar por dentro das cotas de maior valor para evitar o cruzamento de linhas
de cotas com as linhas de chamada.

• Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura.


• Eixos, linhas de centro, arestas e contornos de objetos não devem ser usados

Senac São Paulo 274


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

como linha de cota, porém podem ser usadas como linha auxiliar. A linha de cen-
tro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a
linha de contorno do objeto.

• Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas que se indi-
cam em porcentagem. A linha de cota utilizada na cotagem de ângulos é traçada
em arco cujo centro está no vértice do ângulo.

• Só é permitido utilizar outro tipo de indicação de limites da cota em espaços


muito pequenos.

• Na cotagem de raios, o limite da cota é definido por somente uma seta que pode
estar situada por dentro ou por fora da linha de contorno da curva.

Senac São Paulo 275


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Em grandes raios, onde o centro esteja fora dos limites disponíveis para cotagem, a
linha de cota deve ser quebrada.

• Deve-se evitar colocar cotas dentro dos desenhos e principalmente, cotas alinha-
das com outras linhas do desenho.

• As cotas de cordas, arcos e ângulos devem ser de acordo com o que mostram as
figuras a seguir.

Senac São Paulo 276


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Sempre que possível, as cotas devem ser colocadas alinhadas.

• São utilizados símbolos para mostrar a identificação das formas cotadas e devem
preceder o valor numérico da cota

• Quando a forma do elemento cotado estiver claramente definida, os símbolos


podem ser omitidos.

Senac São Paulo 277


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As cotas podem ser colocadas:


• Em cadeia (cotagem em série), na qual as cotas de uma mesma direção são refe-
renciadas umas nas outras.
• Tendo um único elemento de referência (cotagem por elemento de referência).
– Cotagem em paralelo
– Cotagem aditiva
Na cotagem em série, durante os processos de fabricação da peça, ocorrerá a soma
sucessiva dos erros cometidos na execução de cada elemento cotado.

Na cotagem por elemento de referência, não ocorrerá a soma dos erros cometidos na
execução de cada cota.

Senac São Paulo 278


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A cotagem aditiva é uma variação simplificada da cotagem em paralelo, que pode ser
usada onde houver problema de espaço.
Na prática a cotagem aditiva não é muito utilizada porque existe a possibilidade de
dificultar a interpretação do desenho e consequentemente gerar problemas na cons-
trução da peça.

Cotagem em paralelo     Cotagem aditiva

A origem é localizada no elemento de referência e as cotas dos outros elementos da


peça são colocadas na frente de pequenas linhas de chamadas que vinculam a cota
ao seu respectivo elemento.

Senac São Paulo 279


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Cotagem de cordas e arcos


A diferença entre a cotagem de cordas e arcos é a forma da linha de cota.
Quando o objetivo é definir o comprimento do arco, a linha de cota deve ser paralela
ao elemento cotado.

Na parte superior (cota de 70): cotagem de arco e na parte inferior (cota de 66): cota-
gem de corda.
Para definir um elemento angular são necessárias pelo menos duas cotas, informan-
do: os comprimentos de seus dois lados ou o comprimento de um dos seus lados
associados ao valor de um dos seus ângulos.

Quando o valor do ângulo for 45º, resultará em ângulos iguais e lados iguais e nesta
situação pode-se colocar uma única linha de cota com o valor dos dois lados ou de
um lado associado ao ângulo.
A cotagem dos chanfros segue os princípios utilizados na cotagem de elementos.

Senac São Paulo 280


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A cotagem dos elementos escareados segue os princípios da cotagem de elementos


angulares.

Cotagem de elementos equidistantes e/ou repetidos

A cotagem de elementos equidistantes pode ser simplificada porque não há necessi-


dade de se colocar todas as cotas.
Os espaçamentos lineares:
• comprimento total e o número de espaços.
• cotar um dos espaços e informar a dimensão e a quantidade de elementos.

Os espaçamentos não equidistantes:


• cotagem dos espaços, indicando a quantidade de elementos.

Senac São Paulo 281


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Cotagem de objetos em meio corte

As vistas em meio corte podem ser utilizadas para cotagem do objeto utilizando linhas
de cota somente com uma seta indicando o limite da cota na parte que aparece em corte.
A ponta da linha de cota que não tem seta deve se estender ligeiramente além do eixo
de simetria.

Erros que devem ser evitados:

Cota em cruzada por linha de cota.

Cotas muito afastadas ou proximas


da linha de cota.

Cota dentro do objeto.

Cota não paralela à linha de cota.

A linha de cota deve ser com


traço fino.

Senac São Paulo 282


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As cotas devem estar acima da linha


de cota.

As linhas auxiliares não devem


cruzar.

A cota não deve ser cortada pela


linha de centro.

Senac São Paulo 283


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Desenhe, em folha A4, as vistas das peças indicadas com as cotas nas escalas
apropriadas.
Projeção 1o diedro

Senac São Paulo 284


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Senac São Paulo 285


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

2. Analise a perspectiva e faça a cotagem na vista ao lado, apenas com as cotas


necessárias.

3. Analise o desenho e escreva os pares de cotas que determinam a localização


dos furos.

Furo Localização

Senac São Paulo 286


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

4. A figura a seguir apresenta o desenho de uma peça com as vistas e cotas.

Quais são os valores das cotas básicas?


• Comprimento
• Largura
• Altura

Senac São Paulo 287


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Anotações

Senac São Paulo 288


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 14
DESENHO PARA
CONSTRUÇÃO CIVIL

OBJETIVO
• Desenhos para a construção civil

Senac São Paulo 289


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Projetos
Existem inúmeros tipos de projetos, tais como: estrutural, arquitetônico, hidráulico,
sanitário, elétrico, de decoração, de urbanização, etc.. De um modo geral as exigên-
cias e normas são muitas parecidas. Nesta apostila vamos retratar os desenhos para a
construção civil e também podem ser utilizados para projetos de arquitetura.

Desenhos para a construção civil


Na construção civil, utilizam-se vários tipos de projetos:
• Projeto arquitetônico;
• Projetos complementares:
• Hidráulico; estrutural; elétrico; prevenção contra incêndios; projeto topográfico.

Projeto Arquitetônico
Conforme a Norma NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura,
as etapas de execução da atividade técnica do projeto de arquitetura são as seguintes,
na sequência indicada (incluídas as siglas).
a) levantamento de dados para arquitetura (LV-ARQ);
b) programa de necessidades de arquitetura (PN-ARQ);
c) estudo de viabilidade de arquitetura (EV-ARQ );
d) estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ );
e) anteprojeto de arquitetura (AP-ARQ) ou de pré-execução (PR-ARQ);
f) projeto legal de arquitetura (PL-ARQ);
g) projeto básico de arquitetura (PB-ARQ) (opcional);
h) projeto para execução de arquitetura (PE-ARQ).

Legenda:
• LV: Levantamento de Dados
• PN: Programa de Necessidades
• EV: Estudo de Viabilidade
• EP: Estudo Preliminar
• AP: Anteprojeto
• PL: Projeto Legal
• PE: Projeto para Execução

Senac São Paulo 290


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Para cada etapa são necessárias as apresentações de documentos técnicos, tais como:
desenhos, memorial descritivo, relatórios, fluxogramas, cronogramas, fotografias ou
outros recursos audiovisuais.
Os desenhos para a construção civil que devem ser apresentados utilizam as nor-
mas de desenho técnico para representação do projeto e variam de complexidade e
quantidades de dados e informações dependendo da etapa do projeto.
O projeto arquitetônico é constituído dos seguintes desenhos:
• planta geral de implantação;
• planta de situação;
• planta do pavimento térreo;
• planta do pavimento superior (Sobrado ou prédio);
• planta da cobertura;
• cortes (longitudinais e transversais);
• elevações (fachadas);
• detalhes construtivos (quando necessário);
• maquetes – opcionais (interior, exterior);
• perspectivas – opcionais (interiores ou exteriores, parciais ou gerais);

Planta de implantação, localização ou locação

É a vista ortográfica principal superior esquemática, apresentando o terreno e a edi-


ficação, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da
construção dentro do terreno para o qual está projetada. Representa graficamente a
marcação no terreno.
A planta deve mostrar o muro, a vegetação, o acesso à residência – o portão (pedestre
e veículos), o passeio público, a orientação magnética (norte geográfico) e apresenta
as dimensões do terreno, os afastamentos da construção em relação aos limites late-
rais, frontal e fundo.
Geralmente é desenhado em escalas médias: 1/200, 1/250, 1/500, etc.
Conforme a NBR 6492/94, alguns dos dados (se disponíveis) que devem constar nas
plantas são:
• sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível existentes e
projetadas;
• indicação do norte;

Senac São Paulo 291


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• indicação das vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas cobertas, pla-
tôs e taludes;
• perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas;
• gerais e níveis principais;
• indicação dos limites externos das edificações: recuos e afastamentos;
• eixos do projeto;
• amarração dos eixos do projeto a um ponto de referência;
• denominação das edificações.
As figuras abaixo apresentam exemplos de planta de localização.

Senac São Paulo 292


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Planta de situação

A planta deve apresentar os elementos necessários para situar o terreno onde a edi-
ficação será construída.
Por abranger uma área relativamente grande, normalmente é desenhado nas escalas:
1/2.000, 1/750, 1/500, 1/1.000, etc.
A planta de situação deve conter:
• curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de coordenadas
referenciais;
• indicação do norte;
• vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os respec-
tivos equipamentos urbanos;
• número do lote ou de antiga edificação que exista ou tenha existido no terreno;
• número das casa ou lotes vizinhos;
• dados que contribuam para a identificação da posição do lote ou terreno.

Planta baixa

É a projeção em plano horizontal resultante de um corte da obra na altura do peitoril


(aproximadamente 1,50 m em relação ao piso de cada pavimento), por meio de um
plano imaginário horizontal.

Senac São Paulo 293


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As figuras apresentam exemplos de planta baixa, observe que os desenhos apresen-


tam os ambientes que compõem o projeto: paredes, portas, janelas, cotas, etc.

Senac São Paulo 294


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Cortes

São projeções verticais de cortes efetuados por planos imaginários verticais.


Podem ser longitudinais, quando feitos no sentido do maior comprimento da obra, e
transversais, quando perpendiculares ao primeiro.

Corte AB Corte BA

Senac São Paulo 295


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As figuras apresentam exemplos de planta baixa, observe que os desenhos apresen-


tam os ambientes que compõem o projeto: paredes, portas, janelas, cotas, etc.

Na planta baixa, o local exato dos cortes é indicado pelas letras como AB ou CD, etc.
em cada extremidade.

Os cortes devem ser efetuados nos cômodos que contenham maior dúvida ou neces-
sidades de maiores esclarecimentos.
Conforme a NBR 6492/94, os cortes devem conter:
• eixos do projeto;
• sistema estrutural;
• indicação das cotas verticais;
• indicação de cotas de nível em osso e acabamento dos diversos pisos;
• caracterização dos elementos do projeto:
• fechamentos externos e internos;

Senac São Paulo 296


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• circulações verticais e horizontais;


• áreas de instalações técnicas e de serviços;
• cobertura/telhado e captação de águas pluviais;
• forros e demais elementos significativos;
• denominação dos diversos compartimentos seccionados;
• marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa, podendo
ainda ser indicadas;
• as alturas das seções horizontais (planta da edificação).

Fachada

É a projeção em plano vertical de uma ou mais faces externas, mostrando os materiais


de acabamento e sua localização.
Geralmente a fachada principal, voltada para a entrada ou o local de melhor visão,
recebe um tratamento estético mais elaborado.
Não confundir fachada com corte e nunca cotar a fachada.

Senac São Paulo 297


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Planta de cobertura

Representa a projeção em plano horizontal das águas ou planos inclinados da cober-


tura e os respectivos complementos como calhas, condutores, cumeeiras e espigões.
Deve mostrar primordialmente: projeção das alvenarias, em linha interrompida, com
traço fino; projeção das águas ou planos inclinados com cumeeiras e espigões; com-
plementos tais como calha de beiral ou de rincão, condutores, rufos, etc.; indicação
do sentido de queda das águas, por meio de setas e platibandas.
Podem ainda conter as cumeeiras de ventilação, telhas de ventilação, lanternins e sheds.

Detalhes construtivos

Desenhos que representam os detalhes construtivos do ambiente em que não é pos-


sível representar com precisão na planta ou nos cortes.

Senac São Paulo 298


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Perspectiva

A perspectiva apresenta os objetos em tridimensionalidade através da representação


gráfica sobre um plano.
O tipo de perspectiva muda conforme o sistema de projeção utilizado e direção dos
raios projetantes.
Em arquitetura as perspectivas mais utilizadas são as axonomométricas ou paralelas
e as cônicas.

Atualmente, as maquetes eletrônicas são utilizadas por representar o projeto com


maior realismo.

Senac São Paulo 299


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Projetos complementares
Além dos desenhos do projeto arquitetônico, o desenhista para construção civil ela-
bora os desenhos para os projetos de hidráulica; estrutural; elétrico; prevenção con-
tra incêndios e projeto topográfico.

Projeto Hidráulica ou Hidrossanitário

O desenho apresenta as tubulações para as áreas molhadas (banheiro, cozinha, área


de serviço, etc.) com os pontos e as tubulações de agua fria, quente, esgoto e pluvial.

Projeto Instalação Eletrica

O desenho apresenta o caminho das tubulações elétricas desde a caixa de entrada


de energia localizada na rua até a chegada aos equipamentos elétricos, a alimentação
de energia elétrica (mono, bi ou trifásico), sistema de medição (quadro padrão, me-

Senac São Paulo 300


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

didor), proteção (chave, fusível ou disjuntor) e distribuição para os diversos pontos


de consumo (tomadas, ponto de luz) e mecanismos de acionamento (interruptores).
Apresenta também os percursos dos condutores e dos fios com suas respectivas bi-
tolas ou dimensões.

Projeto estrutural

Em geral, apresenta três tipos de desenhos devem compor o projeto estrutural de um


edifício em concreto armado, a saber:
• Planta de cargas e locação dos pilares;
• Desenhos das formas estruturais;
• Desenhos das armações.
A planta de cargas e de locação dos pilares geralmente é o primeiro desenho do pro-
jeto estrutural. Apresenta as informações das sondagens do terreno.
O desenho apresenta as seções dos pilares locados em relação a dois eixos de refe-
rência do terreno (em geral o alinhamento e uma das divisas), as cargas que serão
transmitidas aos elementos de fundação (sapatas, estacas, tubulões, etc.) e, posterior-
mente, à camada resistente do solo.

Senac São Paulo 301


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Desenhos das formas estruturais

O desenho para execução de formas de um pavimento apresenta a planta da estrutu-


ra com o conjunto de pilares, vigas e lajes.
Todos os elementos ou detalhes da estrutura, devem estar perfeitamente definidos,
pelas dimensões, localização e posição em relação aos eixos, divisas, ou linhas de
referência e também podem ser apresentados em cortes ou elevações.

Senac São Paulo 302


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Desenhos das armações

Os desenhos de armação apresentam os elementos estruturais (sapatas de fundações,


pilares, vigas, lajes, etc.) e devem conter todos os detalhes necessários à confecção da
armadura, tais como: diâmetro, comprimento e dobradura dos ferros, espaçamento
dos ferros (quando for o caso) e quadros com o cálculo do quantitativo de armação.
A figura a seguir apresenta um exemplo do detalhe da sapata.

Levantamento Topográfico

É o estudo do terreno, visando verificar as divisas, suas dimensões e desníveis, indica


a orientação que é a posição do norte em relação ao terreno.
O levantamento topográfico é dividido em três etapas.
• Planialtimétrico: abrange somente as divisas e os ângulos;
• Altimétrico: abrange as curvas de nível e alturas do terreno;
• Planimétrico: é o levantamento topográfico propriamente dito; apresenta o estu-
do planialtimétrico e altimétrico do terreno.
Curvas de nível: São linhas curvas que indicam as alturas e a inclinação do terreno.
As curvas de nível devem ser apresentadas de metro em metro em um levantamento
topográfico.
Estas curvas são definidas de acordo com a sinuosidade do terreno: quanto mais pró-
xima indica que o terreno possui inclinação, quanto mais espaçadas, indicam que o
terreno é pouco inclinado ou até mesmo plano.

Senac São Paulo 303


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A figura apresenta um exemplo de um desenho com as curvas de nível.

Senac São Paulo 304


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

CAPÍTULO 15
REPRESENTAÇÃO DOS
ELEMENTOS construtivos

OBJETIVO
• Projeto arquitetônico

Senac São Paulo 305


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS


Alguns elementos nos desenhos arquitetônicos são representados através de detalhes.

Paredes
São representadas de acordo com suas espessuras e com simbologia relacionada ao
material que as constitui. Normalmente desenha-se a parede de 15 cm e pode variar
conforme a intenção e necessidade arquitetônica.
a) parede de tijolos:

 
 

 
  de concreto:
b) parede
 

Na escala 1/200 ou outras similares para desenhos muito pequenos, as paredes são
representadas “cheias”.

Senac São Paulo 306


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Portas e portões
Os desenhos representam a(s) folha(s) da esquadria, com linhas auxiliares, se neces-
sário, procurando especificar o movimento da(s) folha(s) e o espaço ocupado.

De abrir / pivotante eixo lateral De abrir / pivotante eixo central

Sanfonada De correr interna - externa

Pantográfica / camarão Porta giratória

Porta pantográfica

Senac São Paulo 307


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Janela
São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a uma maior
interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria.
A figura apresenta a representação da janela em planta abaixo de 1,50 m.

Simbologia
Peitoril

Janela

Parede

Janela de correr

Pisos
Em nível de representação gráfica em planta baixa, os pisos são apenas distintos em
dois tipos: comuns ou impermeáveis.
a) pisos comuns:

Senac São Paulo 308


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

b) pisos impermeáveis:

 
O  tamanho  do  reticulado  é  
O tamanho do reticulado é
uma  simbologia,  não  tendo  
uma simbologia, não tendo
a  ver  necessariamente  com  
a ver necessariamente com
o  tamanho  real  das  lajotas  
o tamanho real das lajotas ou
ou    
dos pisos cerâmicos.
pisos  cerâmicos.  

Revestimentos
A figura apresenta exemplos de revestimentos utilizados para acrescentar grafica-
mente informações sobre os materiais que compõem os elementos representados.

A Norma NBR 6492/94 indica a representação das hachuras utilizadas para a represen-
tação dos materiais mais utilizados nos projetos arquitetônicos.

Senac São Paulo 309


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Telhados
Telhados são construções destinadas a proteger os edifícios da ação das intempéries.
Compõem-se da cobertura, da estrutura e dos condutores de águas pluviais.
Os telhados podem ser de dois tipos:

Senac São Paulo 310


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Superfícies curvas e planas

Estrutura
As estruturas são destinadas a transferir os esforços da cobertura a vigas, lajes, pilares
e ou paredes e compõem-se de tesouras e visamentos secundários.
As tesouras são geralmente de forma triangular.
A figura apresenta um exemplo de estrutura em madeira:

A figura apresenta um exemplo de estrutura metálica:

Senac São Paulo 311


Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

As descrições das terminologias utilizadas são:


• Ripas: pequenas peças de madeira, apoiadas sobre o caibro para sustentação
das telhas.
• Caibros: peça de madeira que sustenta as ripas. Nos telhados, o caibro se assenta
nas cumeeiras, nas terças e nos frechais.
• Cumeeira ou espigão horizontal: terça da parte mais alta do telhado. Grande viga
de madeira, que une os vértices da tesoura e onde se apoiam os caibros do ma-
deiramento da cobertura.
• Terça: viga de madeira apoiada sobre as pernas da tesouras ou sobre paredes,
para sustentação dos caibros, paralela à cumeeira e ao frechal.
• Frechal: terça da parte inferior do telhado, sendo assentada sobre o topo da pa-
rede, servindo de apoio à tesoura.
• Tesoura: viga em treliça plana vertical, formada de barras dispostas de madeira a
compor uma rede de triângulos, tornando o sistema estrutural indeslocável.
• Perna: cada uma das vigas inclinadas que compõe a tesoura.
• Linha: viga horizontal (tensor) que, na tesoura, está sujeita aos esforços de tração.
• Pendural ou montante: viga vertical no centro da tesoura, que vai da cumeeira à
linha da tesoura.
• Mão francesa, escora ou diagonal: são peças de ligação entre a linha e a perna,
encontram-se, em posição oblíqua ao plano da linha. Geralmente trabalham à
compressão.
• Estribo: são ferragens que garantem a união entre as peças das tesouras. Podem
trabalhar a tração ou cisalhamento.

Calhas

São elementos destinados a captar águas pluviais provenientes das coberturas e con-
duzi-las através dos condutores verticais até as caixas de areia.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Coberturas
As coberturas são constituídas por uma ou mais superfícies denominadas “água”, que
podem ser planas, curvas ou mistas, entretanto as planas são as mais utilizadas.

Cobertura meia-água

Cobertura duas-águas

Cobertura quatro-águas

Inclinação das coberturas

Toda cobertura deve ter uma inclinação. Ao se projetar um telhado devemos con-
sultar o fabricante sobre as especificações de seu produto, tais como as inclinações
máximas e mínimas.
Chama-se inclinação da cobertura o ângulo formado pelos planos das coberturas
com o horizonte, é geralmente uniforme em todo o telhado e dependendo da planta
de forma irregular, pode ser diverso.
Se a inclinação for uniforme, ela pode ser definida pela relação entre a altura e a lar-
gura da cobertura.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Equipamentos de construção
Dependendo de suas alturas, podem ser seccionados ou não pelo plano que define
a planta baixa.
Em uma ou outra situação, são normalmente representados pelo número mínimo de
linhas básicas para que identifiquem sua natureza.

Vaso sanitário Tanque Chuveiro Lavatório Balcão com pia

Aparelhos elétricos
Na planta baixa são representados os aparelhos elétricos de porte, de posição fixa ou
semifixa e projetada, pela necessidade de conhecimento de seus posicionamentos,
com vista aos projetos complementares.

Geladeira Fogão Máquina de lavar

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Elementos não visíveis


No desenho da planta baixa deve-se indicar os elementos considerados de importân-
cia pelo projetista, mas situados acima do plano de corte, ou abaixo, mas escondidos
por algum outro elemento arquitetônico. Neste caso, deve-se sempre representar o
contorno do elemento considerado, através do emprego de linhas tracejadas curtas,
de espessura fina, conforme a figura.

Representação da escada na planta baixa

Na escada é sempre indicada a direção da subida com uma seta.


Considerando na planta baixa um corte horizontal feito a 1,20 m do chão, os primei-
ros 8 degraus (em média), devem ser representados com linha cheia continua e o
restante da escada com linha tracejada.
Essa representação é somente para o pavimento inferior.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A figura apresenta a representação das escadas:

A representação da escada no pavimento superior deve apresentar todos os degraus


que são vistos – até o limite de visibilidade da laje.
É conveniente indicar o sentido da escada, e normalmente, é indicado o sentido
ascendente. Caso se indique o sentido descendente, deve-se acrescentar a palavra
“desce” ou a letra “d” junto à seta ou acrescentar “s” ou “sobe” para indicar subida.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A figura apresenta a representação do corte de uma escada:

Representação de vegetação
As figuras apresentam exemplos de representação para os detalhes do paisagismo.
Árvores em planta baixa:

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Árvores em elevação:

Representação das informações

Nome das peças

Em todo e qualquer projeto arquitetônico, independentemente da finalidade da


construção, é indispensável a indicação em todas as peças, de acordo com suas fina-
lidades. Esta denominação deve atender ao seguinte:
• Nomes em letras padronizadas, conforme NBR;
• Nomes sempre na horizontal;
• Utilização sempre de letras maiúsculas;
• Tamanho das letras entre 3 mm e 5 mm;
• Letras de eixo vertical, não inclinadas;
• Colocação convencional no centro das peças.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Áreas dos ambientes e pisos


A indicação das áreas úteis de todas as peças, devem ser indicadas conforme:
• A indicação deve estar sempre abaixo do nome da peça e na unidade m²;
• Precisão de duas casas após a vírgula;
• Letras um pouco menores do que a indicação do nome das peças;
• Algarismos de eixo vertical.

Níveis das dependências


Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada
referência de nível prefixada pelo projetista e igual a 0 (zero).

Nas plantas baixas adota-se o símbolo para informar a cota de altura em


determinados pontos do projeto.
Não é necessário representar a cota de cada peça, apenas nas regiões que apresen-
tem um cota de nivel diferente.

Nos cortes, utiliza-se o símbolo para representar as cotas de cada região


do projeto.
Na colocação, os níveis devem atender ao seguinte:
• Colocados dos dois lados de uma diferença de nível;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta;
• Não marcar sucessão de desníveis iguais (escada);
• Algarismos padronizados pela NBR;
• Escrita horizontal;

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível;


• Indicação sempre em metros.

Cotas nas aberturas

Portas e Janelas

Todas as portas, todos os portões e todas as janelas devem ser cotados na planta bai-
xa, identificando-se largura e altura, de acordo com o seguinte:
• Sempre na ordem “l x h” (largura por altura);

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

• Algarismos padronizados;
• Posicionamento ao longo das folhas;
• Posicionamento interno ou externo à construção (apenas uma opção em um projeto).

80 x 210
130 x 100/ 110

A forma mais recomendada, por ser mais completa, para a representação das infor-
mações relativas às esquadrias é a utilização de códigos e quadro de esquadrias.
Cada esquadria diferente entre si deverá ser acompanhada por um código sequencial
dentro de uma circunferência.
O mesmo código deve aparecer em um quadro, denominado QUADRO de ESQUA-
DRIAS, que descreverá as informações relevantes de tal esquadria.
O quadro deve ser localizado próximo à legenda. Geralmente utiliza‐se para janelas
os códigos J1, J2, J3 e assim por diante; e para portas P1, P2, P3, P4.

Exemplo de quadro de esquadria para janelas e portas

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Cotas Gerais
O projeto de edificação deve ter seus elementos cotados de forma que seja possível
identificar todas as medidas necessárias à sua execução sem recorrer a instrumento
de medição do desenho (régua ou escalímetro).

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

O dimensionamento deve seguir as seguintes indicações gerais:


• As cotas devem ser preferencialmente externas;
• Deve‐se evitar cotas repetidas e repetitivas;
• As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas;
• A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo
que a primeira linha deve ficar afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e
as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0 cm

845
2,5cm 1cm 1cm

15 15 15
300 500

15 10 15 15
200 90 150 200 150

• Todas as peças e as espessuras de paredes devem ser cotadas;


• Todas as dimensões totais devem ser identificadas;
• As aberturas de vãos e esquadrias devem ser cotadas e amarradas aos elementos
construtivos;
• As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho;
• As linhas de cota nunca devem se cruzar;
• Identificar pelo menos três linhas de cota: subdivisão de paredes e esquadrias,
cotas das peças e das paredes, além das cotas totais externas.
Na representação de projetos de arquitetura os elementos usualmente são cotados
em metros ou em centímetros. Deve‐se escolher uma dessas unidades, e adotá‐la em
todo o projeto.

A NBR 6492/94 permite que um desenho seja cotado em metros e que as


dimensões que forem menores que a unidade (1 m) sejam cotadas em
centímetros.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Símbolos
Os símbolos a seguir são frequentemente utilizados na representação de edificações:

Projeto Hidrossanitário
O projeto hidrossanitário apresenta as informações necessárias para a distribuição
de águas dentro da obra, tanto água fria como água quente, a coleta e a entrega na
rede coletora de esgoto.
Também estão presentes neste projeto a disposição das tubulações de coleta de
águas pluviais, quando necessárias
Algumas normas que devem ser seguidas:
• NBR 5626/1998 - Instalação predial de água fria
• NBR 7198 - Água quente
• NBR 8160 - Esgoto sanitário
• NBR 13969/97 - Tanques sépticos
• NBR 10844 - Instalações pluviais

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

A figura a seguir apresenta um exemplo de isométrico de hidráulica:

A seguir os simbolos mais utilizados nos projetos hidraulicos

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Projeto Elétrico
O projeto de uma instalação elétrica de uma edificação consiste em:
• Quantificar e determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica;
• Dimensionar, definir o tipo e o caminho dos condutores e dos condutos;
• Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de co-
mando, de medição de energia elétrica e demais acessórios.

As normas que devem ser seguidas:


• NBR 5410:04 - Instalações elétricas de baixa tensão - procedimento
• NBR 5419:05 - Proteção de estrutura contra descargas atmosféricas - procedimento
• NBR 13534:95 - Instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde -
requisitos para segurança
• NBR 13570:96 - Instalações elétricas em locais de afluência de público - procedimento
• NBR 14306:99 - Proteção elétrica e compatibilidade eletromagnética em redes in-
ternas de telecomunicações em edificações - projeto
• NBR 14639:01 - Posto de serviço - instalações elétricas

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

Exercícios

1. Projeto 1: fazer o levantamento através de croquis e esboço (à mão livre, sem


utilizar régua) de medidas da sua residência. Considere as paredes, aberturas
de janelas e portas, desníveis, escada. Desenhar a planta baixa na escala 1:50 –
conforme o formato de desenho arquitetônico apresentado. O desenho deve
apresentar as cotas, as áreas dos ambientes, etc.
2. Projeto 2: desenhar a planta baixa do projeto a seguir em folha A4 em escala
adequada.

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Conceitos de Desenho Técnico – Construção Civil

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Montenegro, Gildo Aparecido. Desenho Arquitetônico. Editora Blucher: 2001. 4a ed.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6492: Representação de projetos de arquitetura. Rio de
Janeiro. 1994.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8196/99: Emprego de escalas. Rio de Janeiro. 1999.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8403/84: Aplicações de linhas. Rio de Janeiro. 1984.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10068/87: Folha de desenho – leiaute e dimensões. Rio
de Janeiro. 1987.

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