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1 – Introdução.
A terapia das doenças infecciosas com fármacos antimicrobianos teve início com
os trabalhos de Louis Pasteur e Robert Koch que, de forma geral, correlacionaram
microrganismos específicos com doenças bem definidas. Atualmente, os microrganismos
são agrupados em cinco classes principais, a saber: vírus, bactérias, fungos, protozoários
e parasitas. Neste sentido, os fármacos utilizados para tratamento destes microrganismos
são, respectivamente, classificados em: antivirais, antibacterianos, antifúngicos,
antiprotozoários e antiparasitários. As classes de antimicrobianos, por sua vez, são
subdividas em subgrupos de acordo com propriedades como espectro de ação,
mecanismos farmacodinâmicos, período em que foi introduzido na prática clínica e
estrutura química.
É interessante salientar que o conceito de infecção pode ser sintetizado como uma
resposta do organismo (processo inflamatório com ou sem o componente imunológico) a
um agente agressor biológico (vírus, bactéria, fungo, protozoário e parasita). Esta
resposta pode aparecer quando um microrganismo invade um local estéril do corpo como
a bexiga (cistite), coração (endocardite) e sangue (septicemia). Por outro lado, a infecção
também se dá em locais do corpo onde normalmente habitados por microrganismos (flora
normal) como faringe, cavidade bucal, trato geniturinário, intestino e pele. Nestes casos, a
infecção pode ser caracterizada por duas situações. Na primeira, há um microrganismo
estranho à flora normal local assim como ocorre nas parasitoses intestinais. Na segunda
situação, a infecção é originada de um desequilíbrio natural da flora local. Esta última
situação pode ser ocasionada por alterações na imunidade e, principalmente, em
decorrência do uso de antimicrobianos de amplo espectro.
3.1 – Penicilinas:
3.2 – Cefalosporinas:
Cefalosporinas de segunda geração: melhor espectro de ação, pois atua, além dos
cocos gram-positivos, contra bactérias gram-negativas. Em geral não tem ação
anaerobicida e seu uso, em geral, é para infecções respiratórias. A cefoxitina é a única
anaerobicida
Cefoxitina: (Kefox®; Cefton®): injetável;
Cefaclor: (Ceclor®): oral;
Cefuroxima: (Zinacef®; Zencef®; Monocef®): oral e injetável;
Cefamandol:
Cefalosporinas de terceira geração: tem boa ação conta bacilos gram-negativos e
anaeróbios. Usadas no tratamento de meningites devido a sua penetração no SNC e ação
contra Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e H. influenza.
Cefotaxima: (Clarofan®; Kefozil®): injetável;
Ceftriaxona: (Rocefin®; Triaxin®; Triaxon®): injetável;
Ceftazidima: (Fortaz®; Kefadim®): injetável;
Cefoperazona: injetável;
Cefdinir: oral;
Cefditorem: oral.
3.3 – Monobactâmicos:
Tem utilização limitada, pois induz resistência facilmente. Tem espectro de ação
contra gram-negativos aeróbios.
Aztreonam: (Azeus®; Azactam®).
3.4 – Carbapenêmicos:
4 – Macrolídeo.
Tetraciclinas e cloranfenicol:
Tetraciclinas:
Inibem reversivelmente os ribossomos 30S. São bacteriostáticos. Também
inibem, pouco, a síntese proteica humana. Pode acentuar manifestações em
situações de estado catabólico;
Divididos em três grupos de acordo com sua lipossolubilidade e espectro de
ação.
o Classe I: tetraciclina (cremes, pomadas e oral); oxitetraciclina
(pomada, injetável, oral); clortetraciclina; demeclociclina; Limeciclina
(oral); metaciclina; rolitetraciclina;
o Classe II: doxiciclina (oral); minociclina (oral);
o Classe III: Tigeciclina. Maior afinidade pela subunidade ribossomal
30S, por isso, o mecanismo de resistência por alteração no sítio de
ligação não é tão eficiente para aquisição de resistência por esses
microrganismos;
A maioria das espécies de microrganismos apresenta algum grau de
resistência com exceção da Chlamydia spp.
A resistência é, normalmente, dada por bombas de efluxo seguida de
alteração no sítio de ligação.
Amplo espectro de ação atuando inclusive sobre protozoários;
Baixo consumo atual – interessante, pois muitas bactérias tornaram-se
sensíveis a estes antimicrobianos inclusive S. aureus MRSA;
Indicação principal: infecções do trato genital, clamydia trachomatis;
Atividades não antibióticas: antimitótico, anti-inflamatório, antiproteinases
(anticolagenases e antigelatinases), antiangiogênica: acne;
Doença periodontal;
Interação com alimentos contendo cátions di e trivalentes: antiácidos a base
de alumínio; sais de ferro; leite, etc;
Contraindicado em gestantes e crianças com menos de oito anos: hipoplasia
do esmalte e coloração dos dentes; crescimento ósseo;
Minociclina: insuficiência hepática fatal – olho na icterícia.
Cloranfenicol:
Aminoglicosídeos:
Quinolonas:
Bactericida por inibir a síntese de DNA bacteriano por meio da inibição da atividade
da DNA girase e topoisomerase IV. Com as pontas de DNA livres ocorre o
desencadeamento de apoptose.
Amplo espectro de ação. Detalhe: contra micobactérias.
Usos clínicos: infecções urinárias; infecções respiratórias; tuberculose e outras
micobactérias; peritonite bacteriana espontânea; infecções gastrintestinais; DST
(gonorreia; clamídia); osteomielites (devido à boa penetração); pé-diabético;
Antibacterianos que interferem no metabolismo do ácido fólico.
Creme
Silglos®; Suladrin®; Furp 1g
Sulfadiazina dermatológico
Sulfadiazina®
Comprimido 500 mg
Sulfacetamida
Queimalive® Pomada 50 mg/g
sódica
BIBLIOGRAFIA: