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diz Palocci
politica.estadao.com.br/noticias/geral,kadafi-abasteceu-campanha-de-lula-com-us-1-milhao-diz-palocci,70002112919
O Estado de S.Paulo
Lula com Kadafi durante encontro em Abuja, Nigéria, em novembro de 2006 Foto: Ricardo
Stuckert
Palocci investe contra Lula desde o início das tratativas das negociações do acordo. Em
setembro, ele fez divulgar uma carta, escrita de próprio punho da cadeia e entregue aos
advogados para ser digitada e impressa, de três páginas e meia. Explosivas, as palavras
do ex-ministro foram endereçadas à presidente nacional do partido, a senadora Gleisi
Hoffmann.
+++ Palocci diz que tramou com Lula contra a Lava Jato
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Cirurgicamente montada e retocada, a carta coloca o PT e Lula contra a parede , ao afirmar
que seus dois governos e de sua sucessora foram corrompidos pelo “tudo pode”, pelos
“petrodolares”. Antes, no dia 6 de setembro, Palocci confessara negociar propinas com a
Odebrecht e incriminara Lula ao revelar um suposto “pacto de sangue” entre o ex-
presidente e o empresário Emílio Odebrecht, em 2010, em que foi acertado R$ 300
milhões em corrupção ao PT.
Já Kadafi sempre manteve relação cordial com o ex-presidente, sendo referido pelo petista
como "amigo" ou "irmão" . Durante seu mandato, Lula se reuniu pessoalmente quatro vezes
com o ditador, que governou o país com mãos de ferro durante 41 anos. Em 2009 foram
duas vezes. Uma delas foi na Cúpula América do Sul- África, realizada na Isla Margarita,
Venezuela, no dia 26 de setembro.
Na época, houve muitas críticas à aproximação de Lula com Kadafi. Aconselhado por seus
assessores mais próximos (o ex-ministro Celso Amorim e o assessor especial da
Presidência Marco Aurélio Garcia), Lula dizia que o Brasil não tinha preconceitos e que se
tratava de uma diplomacia pragmática.
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