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br Arlindo Ugulino Netto; Rayza Prado ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA LOCOMOTOR
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www.medresumos.com.br Arlindo Ugulino Netto; Rayza Prado ● MEDRESUMOS 2016 ● OMF – SISTEMA LOCOMOTOR
O módulo LOCOMOTOR trata do sistema diretamente responsável pelo deslocamento do corpo humano que
são: o sistema esquelético, abrangendo anatomia dos ossos, histologia cartilaginosa e óssea; o sistema muscular
tratando dos músculos do dorso, tórax e membros bem como sua histologia; e, por fim, o sistema articular, que engloba
as estruturas que permitem os movimentos de flexibilidade do corpo. Há também o estudo da formação desses sistemas
e a fisiologia da contração esquelética e lisa.
Este módulo objetiva trazer um estudo fácil e dinamizado e tem por fontes as referências indicadas pelos
professores sendo guiado pelos slides e aulas administradas.
ÓTIMOS ESTUDOS!!!
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Na 3ª semana embrionária, as duas colunas de Mesoderma Paraxial se dividem em corpos cuboides chamados
Somitos que, por sua vez, se dividirão em Esclerótomo, ventromedial e formará vertebras e costelas, e Demomiótomo,
dorsolateral e originará mioblastos e fibroblastos.
HISTOGÊNESE DO OSSO
O osso pode se formar a partir de dois tecidos: mesênquima, principalmente em ossos chatos, ou cartilagem,
ossos longos. São células envoltas por matriz intercelular rica em colágeno e substancia amorfa.
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA
Mesênquima se diferencia em osteoblasto, que formará o tecido osteóide (sem calcificação). Fosfato de cálcio
se deposita neste tecido e as células vão se calcificando até se transformarem em osteócitos. Essa ação do osteoblasto
é mais comum na periferia do osso, tornando-o mais compacto. Internamente, pela ação dos osteoclastos (origem
hematopoiética), o osso apresenta aspecto esponjoso, onde o mesênquima se diferencia em medula óssea que, no
decorrer da vida pós-natal, se transforma em medula óssea amarela.
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OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
A ossificação acontece no fim do período embrionário (8ª semana) nos membros necessitando de
suplementação se cálcio e fósforo materno. Ocorre sobre modelos preexistentes de cartilagem. O centro primário de
ossificação encontra-se na diáfise do osso, as células cartilaginosas se multiplicam e vão sendo calcificadas, desse
modo o pericôndrio recebe camada de osso e passa a ser periósteo. As células hematopoiéticas encontradas no interior
dos ossos longos são formadas a partir da invasão de células de tecido conjuntivo vascularizado que se diferenciam,
bem como há diferenciação em células em osteoblastos. O sentido desse crescimento se dá DIÁFISE → EPÍFISE, e
promove crescimento longitudinal do osso.
O centro secundário de ossificação está nas epífises dos ossos e só começam a se ossificar após o
nascimento, se espalham em direção às extremidades e as únicas regiões que permanecem cartilaginosas são a placa
cartilaginosa epifisária e cartilagem articular (hialina). Quando ocorre a ossificação completa da placa epifisária cessa o
crescimento ósseo e se dá por volta dos 20 anos de idade. A placa tem fundamental importância para detectar
problemas hormonais de crescimento como nanismo e gigantismo.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
Raquitismo: Doença que acomete crianças com deficiência em vitamina D
prejudicando a absorção de cálcio no intestino. A placa cartilaginosa se
desenvolve anormalmente e os ossos ficam arqueados, são encurtados e
deformados e o aparecimento se dá entre 6 meses e 2 anos. Os sintomas são
irritabilidade, atraso na erupção dentária, fraqueza muscular; o tratamento
poder ser por suplementação de vitamina D e cálcio, caso esteja no início, ou,
em casos mais avançados, cirurgia corretiva.
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DESENVOLVIMENTO DO ESTERNO
O esterno se forma a partir de um par de faixas verticais de tecido embrionário, barras esternais, que vão
migrando para a região central e se fundem craniocaudalmente formando molde gelatinoso. A ossificação se conclui no
período fetal, com exceção do processo xifoide que só ossifica na infância.
DESENVOLVIMENTO DO CRÂNIO
O crânio se desenvolve a partir do mesênquima ao redor do encéfalo e consiste em:
Neurocrânio Cartilaginoso: base cartilaginosa do crânio formada pela fusão de várias cartilagens, ossificação
endocondral e inicia-se com o osso occipital, corpo do esfenoide e osso etmoide, forma a base do crânio.
Neurocrânio Membranoso: ossificação que forma a calota craniana é intramembranosa, ocorre no mesênquima
dos lados e da região superior do encéfalo. No feto os ossos do crânio são separados por faixas de tecido
conjuntivo fibroso que permite mobilidade na passagem pela cavidade pélvica no nascimento, as suturas. Há
seis grandes áreas fibrosas onde as suturas se encontram as fontanelas.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
Espinha bífida: não fechamento normal dos arcos vertebrais, podendo externar medula ou nervos.
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Escoliose: desvio da coluna vertebral para um dos lados. Quando congênita, as vertebras da coluna são
assimétricas, tamanhos diferentes ou faltando partes. Cirurgia reparatória.
Síndrome do primeiro arco: há defeito da formação dos arcos faríngeos que dão origem às estruturas da
cabeça e pescoço como mandíbula, maxilar, orelha, nariz. Síndrome de Treacher Collins Subdesenvolvimento
dos ossos da face (defeito nas pálpebras, orelhas deformadas, inclinação para baixo das pálpebras), rara e com
incidência de 1/40000 nascidos vivos. Síndrome de Pierre Robin tem-se então rosto defeituoso com hipoplasia
da mandíbula, fenda palatina, defeito nos olhos e orelha, micrognatia (mandíbula pequena).
Acrania: crânio ausente, pode acompanhar com extensos defeitos na coluna vertebral, é associada a mero ou
anencefalia um a cada 1000 nascimentos.
Microcefalia: crianças nascem com abóbada craniana menor, as fontanelas se fecham no início da infância e as
suturas no primeiro ano, porém não é causada pelo precoce fechamento, é consequência do mal
desenvolvimento do sistema nervoso central em que o cérebro não cresce muito.
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A crista ectodérmica é o que direciona o crescimento do mesênquima do broto e habilita para formar elementos
cartilaginosos específicos.
CORRELAÇÕES CLÍNICAS
Meromelia, Amelia, Micromelia: trata-se da ausência de uma parte (meroamelia) ou de todo o membro
(amelia). A micromelia é quando os segmentos das extremidades estão presentes porém anormalmente curtos.
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As células musculares são especializadas por apresentar a capacidade de realizar a contração, tornando
possível a locomoção dos animais. São células alongadas e são denominadas estriadas ou lisas de acordo com a
presença ou ausência de proteínas contráteis miofibrilares, que se repetem regularmente formando miofilamentos.
A energia mecânica para a contração é retirada da hidrólise do ATP.
Alguns termos são utilizados para células musculares, como: a membrana da célula muscular é denominada
sarcolema, citoplasma é sarcoplasma, o R.E.L. é o retículo sacroplasmático e as mitocôndrias são sarcossomos.
Como as células musculares são alongadas, são comumente chamadas de fibras musculares.
Os três tipos musculares (estriado esquelético, liso e estriado cardíaco) tem origem no mesoderma.
Especialmente o músculo cardíaco, origina-se do mesoderma somático e do mesoderma esplancnopleural. Os músculos
esqueléticos são originados principalmente do mesoderma somático.
ENVOLTÓRIOS
Os envoltórios do músculo esquelético são:
Epimísio: envolvem o músculo e são formados por tecido conjuntivo denso não modelado
Perimisio: deriva do epimísio e envolve os feixes das fibras musculares.
Endomísio: Ele envolve as fibras musculares. É composto por fibras reticulares e por uma lâmina externa
(lamina basal).
OBS: Os tendões e aponeuroses, responsáveis por ligar músculos a ossos e outros tecidos, são contínuos com os
envoltórios do tecido conjuntivo do músculo, agindo utilizando forças contráteis para movimentos.
MICROSCOPIA OPTICA
As fibras musculares são células
multinucleadas em que o núcleo situa-se
perifericamente. Pequenas células satélites
localizam-se em depressões rasas das fibras
musculares atuando como células
regeneradoras. As miofibrilas nas fibras
musculares dispõem-se paralelamente
apresentando estrias causadas pelas bandas
claras (presença de miosina ou actina) e
bandas escuras (presença de miosina e actina).
As bandas escuras são denominadas
Banda A. Seu centro é ocupado por uma área
clara, a Banda H que está dividida ao meio
pela Linha M. As bandas claras são as Bandas
I e estão divididas por uma linha escura, a
Linha Z. A região da miofibrila delimitada entre
duas Linhas Z é denominada Sarcômero, que
é a unidade morfofuncional do músculo. A
contração muscular se dá a partir do momento
que este sarcomero diminui de tamanho
(aproximação das Linhas Z).
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OBS: Túbulos T, Retículo Sarcoplasmático e Tríades. São elementos essenciais para a contração do músculo
esquelético. Os túbulos T são longas invaginações tubulares que se colocam especificamente no plano da junção das
Bandas A e I. Logo, cada sarcômero possui 2 conjuntos de túbulos T. Associados a esses túbulos, está o retículo
sarcoplasmático localizado da mesma maneira desses túbulos. O retículo está envolvido no armazenamento de cálcio
intracelular, formando uma rede em torno de cada miofibrila e apresenta cisternas terminais em cada junção A – I.
Então, duas dessas cisternas sempre estão intimamente apostas a um túbulo T, formando a tríade.
Tríade = 2 Cisternas terminais (Retículo Sarcoplasmático) + Tubulos T
O retículo sarcoplasmatico regula a contração muscular através do sequestro (que leva ao relaxamento) e da liberação
(que leva a contração) de íons cálcio no sarcoplasma. O estímulo desencadeador para a liberação de cálcio é a onda de
despolarização transmitidas pelos túbulos T, que causa a abertura dos canais liberadores de Cálcio das cisternas
terminais, havendo a liberação desse íon na proximidade das miofibrilas.
1. Filamentos Grossos: são compostos por moléculas de miosina alinhadas extremidade por extremidade. Cada
molécula de miosina que a compõe é composta por duas cadeias pesadas idênticas e por dois pares de cadeias
leves.
Meromiosina Leve: semelhante a um bastão compostas por duas cadeias polipeptídicas em forma de
bastão enrolado.
Meromiosina Pesada: são as duas cabeças globulares com as duas porções proximais, formadas por
cadeias polipeptídicas enroladas uma em torno da outra.
2. Filamentos Finos: são compostos por duas cadeias de filamentos de actina F (formada por actinas G,
representadas pelas esferas beges no desenho acima) enrolados um em torno do outro, associados a
tropomiosina (em amarelo no desenho) e troponina (Tn, em azul no desenho). As troponinas são constituídas
por três polipeptídios globulares: o TnT (liga toda a molécula de Troponina a Tropomiosina), a TnC (grande
afinidade por Cálcio) e a TnI (liga-se a actina, impedindo a interação desta com a miosina enquanto a célula
estiver relaxada).
CONTRAÇÃO MUSCULAR
Essa contração obedece a “Lei do Tudo ou Nada” (necessita de um limiar mínimo de excitação para que haja a
contração) e é seguida pelo relaxamento do músculo. A contração do músculo esquelético obedece a seguinte
sequência:
1) Um impulso gerado ao longo do sarcolema é transmitido ao interior da fibra através dos túbulos T, de onde é
transmitido para as cisternas terminais do retículo sarcoplasmático.
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2) Os íons cálcio saem das cisternas, através de canais de liberação de cálcio, devido a despolarização dos túbulos
T. O cálcio cai no citosol e se ligam a subunidade TnC da troponina, alterando sua conformação.
3) A mudança da conformação desloca a tropomiosina para uma posição mais profunda, desmascarando o sítio
ativo (sitio de ligação da miosina) da molécula da actina.
4) O ATP presente na miosina (filamento grosso) é hidrolisado (ATP ADP + Pi), permanecendo ligado a cabeça
da miosina (meromiosina pesada), estabelecendo sua ligação com a actina F, a qual vai estar livre do TnI uma
vez que o cálcio desempenhou o papel de liberar o sitio de ligação da miosina na actina. Esta ligação causa o
encurtamento do sarcômero, caracterizando a contração muscular.
JUNÇÕES MIONEURAIS
É o local onde ocorre a transmissão do impulso do neurônio motor para a fibra muscular esquelética. A porção
terminal de cada ramo arborizado do neurônio dilata-se e cobre as placas motoras terminais de fibras musculares
individuais. As junções mioneurais são formadas pela terminação do axônio, fenda sinaptica e membrana da célula
muscular.
Botulismo: é causado pela ingestão de comida enlatada mal preservada. A toxina clostridiun butolinun
interfere na ligação do acetil colina, causando a paralisia muscular podendo levar a morte.
Miastenia Grave: é uma doença auto imune que o organismo produz anticorpos contra os receptores de
acetilcolina, bloqueando-os. Esse quadro pode levar a infecções pulmonares, comprometimento respiratório e
morte subsequente.
Neurotoxinas: algumas toxinas (bungarotoxina) expelidas por venenos de cobras podem se ligar a receptores
de acetilcolina causando a paralisia, levando a morte.
OBS: A rigidez cadavérica que ocorre após a morte é causada pela falta de ATP, impedindo a dissociação da actina com
a miosina.
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ORGANELAS
As estrias das fibras musculares são idênticas às do músculo esquelético. O mecanismo de
contração também é idêntico, entretanto, há algumas diferenças importantes relacionadas aos
túbulos T e retículo endoplasmático. Este não possui as cisternas terminais e sim pequenas
terminações que formam com os túbulos T as díades.
Com isso, o retículo sarcoplasmático perde grande parte da função de armazenar cálcio.
Desse modo, o cálcio flui para os túbulos T (que possui o dobro do tamanho em relação aos do músculo esquelético) e
penetram nas células musculares.
Diferentemente das fibras musculares esqueléticas, as cardíacas possuem potencial de ação prolongado,
causado pela abertura de canais lentos de cálcio e sódio, possibilitando a entrada lenta e contínua de muitos desses
íons, mantendo a ligação da actina e miosina (contração) por mais tempo.
A despolarização (retorno ao relaxamento) é feita por canais lentos de potássio que possibilitam também um
potencial de ação prolongado.
Hipertrofia cardíaca: não há aumento no numero de fibras miocárdicas, mas as células musculares
cardíacas tornam-se mais longas e com diâmetro maior. Isso causa uma disfunção em todo o processo
cardiovascular
MÚSCULO LISO
As células do músculo liso não possuem estrias e nem túbulos T. Estão presentes nas paredes
das vísceras ocas, vasos sanguíneos ductos das glândulas compostas, trato urinário e gastrointestinal. As
células desse músculo são involuntárias sendo controladas pelo sistema nervoso autônomo.
As fibras musculares lisas são células curtas e fusiformes com núcleo central. O citoplasma
dessas células possuem filamentos finos (compostos por actina, tropomiosina, mas não contém troponina)
e filamentos grossos (compostos por miosina). Na contração, a interação da actina com a miosina é de
longa duração e não obedece a “Lei do Tudo ou Nada”.
Há dois tipos de músculo liso: músculo liso multiunidades e unitário.
Músculo Liso Multiunidades: podem se contrair independentemente uma das outras, pois cada
célula possui suprimento nervoso próprio.
Músculo Liso Unitário: possui junções comunicantes e as fibras nervosas só estão presentes em
algumas células musculares.
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REVISÃO
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A cartilagem possui uma matriz firme flexível resistente as tensões mecânicas e secreta a matriz à qual se torna
presa. A cartilagem está envolvida na formação óssea endocondral (servindo de molde para os ossos) e formação óssea
intra-membranosa (formação de ossos chatos a partir de membranas pré-existentes).
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Tecido conjuntivo especializado, sendo um pouco mais rígido que o TCPD e mais flexível.
Consistência rígida.
Superfície ligeiramente elástica e muito lisa.
Não possui vasos sanguíneos, linfáticos e nervos.
Tem metabolismo baixo.
FUNÇÕES
Suporte de tecidos moles;
Reveste superfícies articulares;
É essencial para formação e crescimento dos ossos longos;
Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações: reveste extremidades ósseas nas articulações protegendo-as
de maiores atritos;
Forma o molde inicial de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário.
CONDROBLASTOS
São células situadas no pericôndrio semelhantes a fibroblastos, e estão próximas à cartilagem, podendo
facilmente multiplicar-se por mitose. Originam os condrócitos: os condroblastos criam lacunas e formam os condrócitos.
CONDRÓCITOS
Os condrócitos, in vivo, ocupam toda a lacuna; nos preparados histológicos aparecem retraídos. Suas principais
características são:
Os periféricos são achatados e os centrais mais arredondados;
Têm núcleo grande, nucléolo proeminente, citoplasma pouco corado, muitas mitocôndrias, RER e Complexo de
Golgi desenvolvido;
Secretam colágeno, principalmente o tipo II, proteoglicanas e glicoproteínas;
Vivem sob baixas tensões de oxigênio, degradando a glicose por mecanismo anaeróbio;
Os nutrientes chegam do sangue por difusão, através da água de solvatação e pelo bombeamento promovido
pelas forças de compressão.
OBS: Os condrócitos são como condroblastos inativos. Porém, alguns raros, ainda têm capacidade de produzir
substâncias.
OBS: Na cartilagem, dentro de uma lacuna, pode haver vários (de 1 a 8) condrócitos (grupos isogênicos), que se
originam, por mitose, de um mesmo condroblasto.
COMPOSIÇÃO DA MATRIZ
É composta por proteoglicanas (condroitina 4 e 6
sulfatada e queratana sulfatada): até 200 moléculas de
proteoglicanas podem estabelecer ligações não covalentes com
01 molécula de ácido hialurônico.
Compostos de agrecana preenchem o interstício entre
os feixes de fibras colágenas.
As cadeias laterais de GAGs das PGs formam pontes
eletrostáticas com o colágeno. A glicoproteína de adesão
condronectina conecta os condrócitos à MEC.
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OBS: O ácido hialurônico liga-se as proteoglicanas, fixando as fibras colágenas, dando à cartilagem a sua resistência
característica. A condronectina vai fixar as fibras colágenas às células da cartilagem.
OBS: A consistência firme da cartilagem se deve às ligações eletrostáticas entre as GAGs sulfatadas e o colágeno, e à
grande quantidade de moléculas de água presas às GAGs (água de solvatação).
CARTILAGEM
A cartilagem não tem vasos sanguíneos, linfáticos ou nervos. Suas células recebem nutrientes do tecido
conjuntivo vascularizado que o envolve. A matriz extracelular é composta por glicosaminoglicanos, proteoglicanos, fibras
de colágeno e fibras elásticas, dando à cartilagem função amortecedora, além disso, cobre a superfície articular dos
ossos, possibilitando o deslizamento sem fricção.
PERICÔNDRIO
O pericôndrio é uma bainha de tecido conjuntivo que cobre a maior parte da cartilagem. É composta por uma
camada fibrosa externa e uma camada celular interna que secreta matriz extracelular. Ela é vascularizada,
fornecendo nutrientes para a cartilagem. Suas funções são de servir como fonte de novos condrócitos para o
crescimento, além da nutrição da cartilagem.
Externa: fibrosa (colágeno tipo I), com fibroblastos e vasos sanguíneos;
Interna: celular (células condrogênicas).
TIPOS DE CARTILAGEM
CARTILAGEM HIALINA
A cartilagem hialina é a mais abundante no corpo e é composta principalmente por fibras de colágeno tipo II.
Podem ser encontrados na superfície articular dos ossos, anéis dos brônquios e traqueia, nariz e laringe. Esta cartilagem
constitui o molde de muitos ossos durante o desenvolvimento embrionário (forma o primeiro esqueleto do embrião).
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OBS: A calcificação é um processo normal e integral da formação endocondral do osso. Ocorre com a degeneração da
cartilagem hialina quando os condrócitos se hipertrofiam e morrem. Assim, a matriz começa a calcificar-se. Esse
processo está envolvido também no envelhecimento causando uma menor mobilidade e dor nas articulações. A
regeneração da cartilagem é pobre, exceto em crianças. Nelas, as células condrogenicas penetram na lesão e forma a
nova cartilagem. Quando a lesão é grande, as células formam um tecido conjuntivo denso, afim de reparar a lesão.
SUPERFÍCIE ARTICULAR
Membrana Sinovial:
Macrófagos (Células A)
Fibroblastos (Células B)
Líquido Sinovial:
Ácido hialurônico
Glicoproteínas (lubricina)
Exsudato plasmático
CARTILAGEM ELÁSTICA
A cartilagem elástica assemelha-se a cartilagem hialina exceto por possuir fibras elásticas na matriz e no
pericôndrio. Está presente no pavilhão da orelha, tuba auditiva interna e externa, epiglote e laringe.
A camada fibrosa externa do pericôndrio é formada por fibras elásticas. As fibras elásticas estão interpostas por
fibras de colágeno tipo II, o que lhe dá uma maior flexibilidade.
FIBROCARTILAGEM
Ao contrário da cartilagem hialina e elástica, ela não possui pericôndrio e sua matriz possui fibras de colágeno tipo
I. Ela está presente nos discos intervertebrais, na sínfise púbica, nos discos articulares e ligadas ao osso.
A fibrocartilagem está associada à cartilagem hialina e ao tecido conjuntivo denso que se assemelha. Ela não
possui grandes quantidades de matriz, mas poucas fibras de colágeno tipo I.
Um exemplo clássico da incidência de fibrocartilagem são discos intervertebrais. Neles, a fibrocartilagem está
interposta entre as coberturas da cartilagem hialina, da superfície articular das vértebras sucessivas. Cada disco contém
um centro gelatinoso chamado núcleo pulposo (composto por células da notocorda emersas em uma matriz rica em
acido hialurônico). Grande parte do núcleo pulposo está envolvida pelo anel fibroso, o qual dá resistência contra forças
de tração enquanto o núcleo resiste a forças de compressão.
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OBS: O disco intervertebral rompido significa o rompimento do anel fibroso através do qual o núcleo pulposo faz
extrusão. Esta condição ocorre principalmente na região lombar das costas, quadro conhecido como hérnia de disco,
causando dor grave e intensa na região dorsal e inferior devido ao deslocamento do núcleo, o qual passa a comprimir os
nervos espinhais inferiores.
MECANISMOS DE REGULAÇÃO
OBS:
Mulher: na puberdade, a mulher produz muito estradiol, inibindo praticamente a produção de matriz
extracelular.
Homem: produz testosterona, que estimula mais a síntese de matriz.
Bebês e Infantes: diz-se que é saudável tomar banhos de Sol para que haja uma maior absorção de
vitamina D no tecido cartilaginoso e ósseo.
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Os ossos formam o esqueleto, estrutura essencial de sustentação do corpo humano. Ele também protege órgãos
vitais como o encéfalo, medula espinhal, coração e pulmão além de servir de local para inserção de músculos,
participando do sistema locomotor e participar do armazenamento de minerais, principalmente o cálcio. Os ossos contêm
uma cavidade interna que abriga a medula óssea, órgão hematopoiético responsável pela produção das células do
sangue.
Todos os ossos são recobertos, tanto na superfície interna como na externa, por camadas de tecido contendo
células osteogênicas. Internamente, tem-se o endósteo (tecido conjuntivo frouxo), que contém uma camada de células
osteogênicas e osteoblastos. Externamente, o osso é revestido pelo periósteo (tecido conjuntivo denso), que nele é
composto por fibras externas de colágeno tipo I e substância fundamental rica em proteoglicanos e glicoproteínas.
MATRIZ ÓSSEA
A matriz óssea, considerada como material extracelular calcificado, é constituída por componentes orgânicos e
inorgânicos. Como não existe a difusão de substancias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos osteócitos
depende de canalículos que perfuram esta matriz. Esses canalículos possibilitam as trocas de moléculas e íons entre os
capilares sanguíneos e os osteócitos.
COMPONENTE INORGÂNICO
A parte inorgânica dos ossos constitui cerca de 65% de seu peso seco. Os principais constituintes são: cálcio,
fósforo, magnésio, citratos e bicarbonato. O cálcio e fósforo estão presentes na forma de cristais de hidroxiapatita que
esta ordenada entre as fibras de colágeno tipo I dando ao osso força e dureza. Os cristais atraem água formando a capa
de hidratação, permitindo trocas de íons com o fluido extracelular.
COMPONENTE ORGÂNICO
O componente orgânico do osso é composto principalmente por fibras de colágeno tipo I, mas também é
possível identificar outras estruturas como glicosaminoglicanos sulfatados (condroitino-sulfato e queratan-sulfato). Estes
glicosaminoglicanos se ligam covalentemente formando os proteoglicanos curtos. Estes por sua vez se ligam ao ácido
hialurônico formando os compostos de agrecanos. É possível também identificar a presença de glicoproteínas
(osteocalcina, osteopontina e sealoproteína).
CÉLULAS OSTEOPROGENITORAS
As células osteoprogenitoras são originárias das mesenquimatosas embrionárias, elas têm a capacidade de
realizar mitose e se diferenciar em osteoblastos. Em condições de baixa de oxigênio, essas células podem diferenciar-se
em células condroblásticas. As células osteoprogenitoras são mais abundantes no período de crescimento ósseo
intenso.
OSTEOBLASTOS
Os osteoblastos são produzidos a partir da
diferenciação das células osteoprogenitoras, sua principal
função é a secreção de matriz óssea orgânica (fibras
colágeno tipo I, proteoglicanos, glicosaminoglicanos).
Estão localizados na superfície dos ossos como células
colunares ou cuboides (semelhante a um arranjo de
epitélio simples). Além disso, os osteoblastos lançam
prolongamentos curtos que entram em contato para
formar as junções comunicantes.
Ao fazer a exocitose da matriz óssea, os
osteoblastos vão se envolvendo por essa matriz, ficando
situados em regiões denominadas lacunas, para formar os
osteócitos.
A maior parte da medula óssea vai ser calcificada
entre a matriz e os osteoblastos formando-se uma
camada delgada que os separam: o osteoide.
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Essas células possuem receptores ainda para hormônios paratireoidianos. Quando esse hormônio se liga aos
receptores, as células secretam ligante osteoprotegerina (OPGL), um fator indutor da diferenciação dos
préosteoclastos em osteoclastos, como o fator osteoclastoestimulante, que ativa os osteoclastos a reabsorverem ossos.
OSTEÓCITOS
Os osteócitos são células ósseas maduras derivadas dos osteoblastos que ficaram aprisionados dentro das
lacunas (um osteócito apenas por lacuna) da matriz extracelular calcificada. Das lacunas, irradiam canalículos que
abrigam os prolongamentos citoplasmáticos dos osteócitos. Esses prolongamentos entram em contato entre si,
formando junções comunicantes, permitindo a comunicação de íons e pequenas moléculas.
Os osteócitos são essenciais para a produção da matriz óssea, e sua morte é seguida por reabsorção da matriz.
OSTEOCLASTOS
São células gigantes e multinucleadas derivadas de um precursor na
medula óssea comum com os monócitos: a célula progenitora granulócita
macrófago. Os osteoclastos desempenham papel na reabsorção óssea
(participam dos processos de remodelação dos ossos) e estão localizadas
nas lacunas de Howship. Um osteoclasto está dividido em 4 regiões:
Zona Basal: maior concentração de organelas. Está mais distante
das lacunas de Howship.
Borda Ondulada: é a parte da célula responsável pela reabsorção
óssea. Ela possui projeções digitiformes, fazendo-a mudar
continuamente de forma ao se projetarem, formando o
compartimento subosteoclástico.
Zona Clara: está localizada na periferia da borda ondulada. Possui
muitos filamentos de actina que formam o anel de actina,
contribuindo para as integrinas da plasmalema da zona clara manter
contato com a periferia óssea da lacuna de Howship.
Zona Vesicular: está localizada entre a zona basal e a borda ondulada. É rica em vesículas endocíticas e
exocíticas que transportam enzimas lisossômicas para o compartimento subosteoclástico.
ESTRUTURA DO OSSO
Os ossos são classificados de acordo com sua forma anatômica
Ossos Longos: Corpo situado entre duas cabeças. Ex: Tíbia
Ossos Curtos: Possuem aproximadamente mesma largura e comprimento. Ex: Ossos do Carpo
Ossos Chatos: São achatados delgados semelhantes a placas. Ex: Ossos da caixa Craniana
Ossos Irregulares: Tem forma irregular. Ex: Esfenoide e Etmoide
Ossos Sesamoides: Formam-se dentro de tendões. Ex: Patela
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A superfície articular dos ossos é revestida por cartilagem hialina, altamente polida, que reduz a fricção dos
ossos que se articulam. A placa epifisária e a metáfise são responsáveis pelo crescimento do osso em comprimento.
A diáfise é coberta pelo periósteo exceto nos tendões e onde os músculos se inserem no osso e na superfície
articular dos ossos. O periósteo é formado por tecido conjuntivo denso não-modelado, rico em fibras colágenas e são
fixas nos ossos pelas fibras de Sharpey. A camada externa ajuda a distribuir o suprimento sanguíneo enquanto a
camada celular interna possui células osteoprogenitoras e osteoblastos.
OBSERVAÇÕES MICROSCÓPICAS
Na observação microscópica é possível identificar dois tipos de ossos: Primário e secundário.
Primário (Imaturo / não lamelar): é o primeiro osso a se formar durante o desenvolvimento fetal e durante a
reparação óssea. Ele é rico em osteócitos e em feixes de colágeno não modelado, que, mais tarde serão
substituídos por osso secundário.
Secundário (maduro / lamelar): é osso maduro composto por lamelas paralelas ou concêntricas. Nesses ossos
apresentam trabéculas que se ligam com lacunas vizinhas formando uma rede de canais intercomunicantes, que
facilitam o fluxo de nutrientes hormônios, íons e produtos do catabolismo dos e para os osteócitos.
HISTOGÊNESE DO OSSO
Durante o desenvolvimento embrionário, a formação do osso pode ocorrer de duas maneiras: intramembranosa
ou endocondral.
O primeiro osso a se formar é o osso primário, que mais tarde será reabsorvido e substituído pelo secundário,
que permanece por toda vida e é reabsorvido lentamente.
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5) Os osteoblastos escavam furos no colar ósseo, permitindo que um botão periósteo, composto por células
osteoprogenitoras, células hematopoiéticas e vasos sanguíneos penetrem nas cavidades dentro do molde da
cartilagem.
6) As células osteoprogenitoras diferenciam-se em osteoblastos, que passam a secretar matriz óssea formando
um complexo cartilagem calcificada/osso calcificado.
7) Os osteoclastos começam a reabsorver o complexo dilatando a cavidade da medula. Com a continuação
desse processo, a diáfise da cartilagem é substituída por osso, exceto nas placas epifisárias.
CALCIFICAÇÃO ÓSSEA
A calcificação começa quando há deposição de fosfato de cálcio sobre a fibrila de colágeno. Esta calcificação é
estimulada por alguns proteoglicanos e pela osteonectina.
2+ 3-
Os osteoblastos liberam vesículas contendo íons Ca e PO 4, cAMP, ATP, pirofosfatase, proteínas ligantes de
2+
cálcio e fosfosserina. A membrana da vesícula da matriz possui numerosas bombas de cálcio, que transportam íons Ca
para dentro da vesícula. Com o aumento da concentração desse íon, ocorre cristalização e o cristal de hidroxiapatita em
crescimento rompe a membrana estourando a vesícula da matriz, liberando seu conteúdo.
A alta concentração de hidroxiapatita de cálcio, liberada pelas vesículas, agem como ninhos de calcificação, e
juntamente com a presença de fatores de calcificação e proteínas ligantes de cálcio, promove a calcificação da matriz.
REMODELAÇÃO ÓSSEA
No adulto, a formação e a reabsorção de osso permanecem em equilíbrio, enquanto o osso é remodelado para
atender às forças aplicadas sobre ele. Entretanto, o osso cortical e o osso esponjoso não são remodelados da mesma
maneira, pois os osteoblastos e as células osteoprogenitoras do osso esponjoso estão contidos dentro dos limites da
medula óssea, e por isso, estão sob influencia direta das células da medula.
A estrutura interna do osso adulto é remodelada continuamente com novo osso sendo formado e o osso morto
ou o que está morrendo, sendo absorvidos. Este processo está relacionado aos seguintes fatos:
Os sistemas de Havers são substituídos continuamente.
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O osso precisa ser reabsorvido em uma área e ser adicionado em outra para adequar-se às mudanças das
tensões exercidas sobre ele (peso, postura, fraturas, etc.).
OBS: as lamelas intersticiais observadas no osso adulto são restos de sistemas de Havers remodelados.
FRATURAS
Após uma lesão, osso sofre uma séria de processos de reparo (formação óssea intramembranosa e endocondral)
responsável pela volta de sua integridade.
A) Vasos sanguíneos são rompidos perto da fratura e a hemorragia causada é a responsável pela formação de
um coágulo de fibrina, interrompendo o suprimento vascular.
B) O coágulo sanguíneo que preenche o local da fratura é invadido por pequenos capilares e por fibroblastos
provenientes do tecido conjuntivo circundante, havendo a formação de tecido de granulação e a migração de
células inflamatórias é intensa. Além disso, há a liberação de mediadores químicos e fatores de crescimento.
C) O coágulo é invadido por células osteoprogenitoras provenientes do endosteo, formando um calo de osso
trabecular. A camada mais profunda das células osteoprogenitoras em proliferação se diferenciam em
osteoblastos e começam a produzir um colar ósseo, aderindo-se ao osso morto. Outras células
osteoprogenitoras (com pouca oxigenação) se diferenciam em condroblastos, gerando uma camada
intermediária de cartilagem.
D) Toda a cartilagem recém-formada passa a ser substituída por osso primário formado por ossificação
endocondral, unindo os fragmentos de ossos por pontes de osso esponjoso, sendo necessário remodelar o local
da lesão. Com isso, há substituição do osso primário por secundário e o desaparecimento do calo. Todo o osso
morto acaba sendo reabsorvido por osteoclastos e substituído por osteoblastos que invadiram a região.
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Nanismo: retardo do crescimento em crianças com deficiência de vitamina D, sem a qual, a mucosa intestinal não
absorve cálcio.
Gigantismo: crescimento exagerado dos ossos em crianças.
Acromegalia: ocorre nos adultos com excesso de secreção de somatotrofina, causando um espessamento
anormal dos ossos.
Osteoporose: diminuição da massa óssea devido à queda dos níveis de estrógeno, diminuindo a atividade de
osteoblastos. Com isso, a reabsorção óssea por meio dos osteoclastos passa a ser maior.
Raquitismo: ocorre em crianças com deficiência em vitamina D. Distúrbios na calcificação das cartilagens, ossos
deformados.
Osteomalácia: deficiência de vitamina D em adultos.
Tumores ósseos:
Condromas (benigno)
Condrossarcomas (maligno)
Osteomas (benigno)
Osteossarcomas (maligno)
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UNIDADE MOTORA
Uma fibra muscular é inervada por um único motoneurônio, mas um
motoneurônio pode inervar várias fibras musculares (o que prova que a
secção de apenas um segmento medular não corresponde, obrigatoriamente,
à paralisia de um músculo, mas apenas uma paresia, ou seja, fraqueza).
Portanto, uma unidade motora pode ser definida como um só neurônio
motor alfa mais as fibras musculares que ele inerva.
As fibras musculares de uma mesma unidade motora ficam muito
dispersas por todo o músculo. Quando é necessário um controle muscular
fino e preciso, tal como nos músculos extraoculares ou nos pequenos
músculos da mão, as unidades motoras só têm poucas fibras musculares.
Entretanto, nos grandes músculos dos membros, tais como o glúteo máximo,
onde não é necessário controle preciso, um nervo motor único pode inervar
várias centenas de fibras musculares. A existência de permite, ainda, que
haja o revezamento para economia de energia determinando quantas e quais
unidades serão usadas.
Dos diversos tipos de unidade, podemos destacar:
Unidade motora R ou Fast fatigable (FF): fibra muscular de grande força e baixo tempo contrátil; larga, grande
e “branca”. Apresenta motoneurônios grandes com axônios calibrosos, com alto limiar de excitabilidade, de
condução e de frequência de disparo. Contudo, apresentam baixa resistência à fadiga. Realizam, praticamente,
um metabolismo anaeróbico (sendo muito pobre em mitocôndrias e em mioglobinas e, por esta razão, são
chamadas de fibras brancas), convertendo glicose até lactato.
Unidade motora L ou Slow (S): fibra muscular de pequena força e tempo contrátil; curta, fina e “vermelha”.
Apresenta motoneurônios pequenos com axônios finos, com baixo limiar de excitabilidade, de condução e de
frequência de disparo. Contudo, apresenta alta resistência à fadiga. Faz metabolismo aeróbico (apresenta
mitocôndrias e mioglobina, demonstrando-se avermelhada), que quebra a glicose por meio do ciclo de Krebs e
Cadeia respiratória. São capazes também de consumir ácidos graxos por meio da β-oxidação.
Unidade motora Intermediária ou Fast, Fatigable Resistent (FFR): intermediária entre as anteriores.
45
OBS : O treinamento constante faz com que a fibra muscular produza mitocôndrias cada vez mais, o que gera um
condicionamento físico adaptativo. Isto quer dizer que, com o passar do desenvolver da atividade física, o indivíduo se
torna cada vez mais capaz de realizar tal atividade com mais facilidade e menos desgaste físico.
ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO
Na placa motora (ou mioneural), região em que há a relação do neurônio motor
α com a fibra muscular por ele inervada, assim que chega o potencial de ação (com
2+
abertura de canais de Ca regulados por voltagem no axônio), ocorre a liberação de
vesículas contendo acetilcolina.
A região muscular associada à placa motora apresenta receptores nicotínicos
que quando a acetilcolina se liga leva a abertura de canais colinérgico que permite a
2+, + +
entrada apenas de íons positivos como Ca Na e K , uma vez que possui cargas
negativas na abertura levando a uma despolarização da célula motora (potencial da
2+
placa motora). Este potencial de ação leva a abertura de canais de Ca volt-
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dependentes nos túbulos T, que promovem um efluxo considerável destes íons a partir dos retículos sarcoplasmáticos,
gerando uma mudança na conformação da actina e miosina que compõe a fibra muscular, o que determina a contração.
O retorno do cálcio para o retículo, para que cesse a contração, se dá pela presença de uma enzima, cálcio
sequestrina, que atrai o íon e também por uma bomba de cálcio presente no membrana do retículo sarcoplasmático.
Uma vez que a acetilcolina tenha cruzado a fenda sináptica e ativado os canais iônicos na membrana pós-
sináptica, ela é imediatamente hidrolisada pela enzima acetilcolinesterase (AchE), o acetil é metabolizado e a colina é
reabsorvida por células satélites para formação de mais acetilcolina. Após a redução das concentrações de ACh na
fenda, os canais iônicos se fecham.
Ao redor das miofibrilas, permitindo a comunicação do meio intracelular como líquido extracelular, existe uma
rede de túbulos, os túbulos T. Os túbulos T se ligam às cisternas terminais do retículo sarcoplasmático, e o potencial de
ação da membrana também propaga ao longo do seu trajeto provocando a contração muscular. O potencial
rapidamente se propaga entre os túbulos através do sarcolema liberando uma grande quantidade de íons cálcio que
estão presentes dentro dos túbulos e se espalham entre as miofibrilas causando a contração, esta permanece enquanto
houver cálcio disponível no meio. O sequestro de cálcio para o retículo sarcoplasmático por meio da calsequestrina e
bomba de cálcio com gasto de energia nos túbulos T, faz com que a contração seja interrompida.
1 2+
OBS : Na medida em que se acrescentam maiores concentrações de Ca na fibra muscular, esta apresenta, cada vez mais, uma
maior força de concentração, até chegar ao seu limite específico.
2
OBS : A sequência de eventos que ocorrem na placa motora pela estimulação do nervo motor pode ser resumida do modo a seguir:
ACh Receptor para ACh do tipo nicotínico e abertura dos canais regulados pela ACh
+
Influxo de Na Geração do potencial da placa motora.
+
Potencial da placa motora (se for suficientemente grande) Abertura dos canais regulados de Na
+
Influxo de Na Geração de potencial de ação muscular.
2+
Potencial de ação muscular Liberação aumentada de Ca Contração da fibra muscular.
Hidrólise imediata da acetilcolina pela AchE Fechamento dos canais regulados pela ACh Repolarização da fibra
muscular.
3
OBS : Caso haja uma alta frequência de impulsos nervosos as vesículas de acetilcolina são diminuídas de tal forma que os impulsos
deixam de ser transmitidos à fibra muscular, é o chamado Fator de Segurança, que leva à fadiga da junção neuromuscular.
Miastenia Gravis
Anticorpos atacam os íons sódio controlados pela acetilcolina, assim, as fibras nervosas não conseguem enviar
sinais suficientes para a contração da fibra muscular. Faz-se o uso de drogas anticolinesterásicas para acúmulo
de acetilcolina. Em casos graves pode causar morte por paralisia dos músculos respiratórios. A Miastenia Gravis
deve ser diferenciada de outra síndrome miastênica bastante conhecida, que é a síndrome de Eaton-Lambert.
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O que mantem a união dos filamentos de actina e miosina são proteínas flexíveis que atuam como arcabouço
chamadas titinas.
As miofibrilas estão suspensas no sarcolema, líquido intracelular rico em potássio, magnésio e fosfato, além de
inúmeras mitocôndrias para fornecimento de energia (ATP) e o retículo sarcoplasmático que as circundam.
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Com a área ativa da actina descoberta, inicia-se o movimento de força das cabeças da miosina em direção aos
braços. A energia do ATP clivado é armazenada e quando há inclinação da cabeça da miosina o Pi liberado da miosina
se solta e liga ao ADP de uma nova área ativa da actina, assim sucessivamente.
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MECANISMO DE CONTRAÇÃO
Como já mencionado, as fibras do músculo liso contém filamentos de actina e miosina responsáveis pela
contração. Esta ocorre inicialmente com o aumento da concentração de íons cálcio no meio intracelular que pode
acontecer por estímulos neurais, hormonais ou estiramento da célula.
2+
O Ca vai se ligar a calmodulina, esse complexo cálcio-calmodulina vai ativar a miosina quinase que por sua vez
provoca a fosforilação da cadeia reguladora na cabeça da miosina permitindo, então, a ligação entre actina e miosina
gerando a contração muscular.
Quando os níveis de cálcio diminuem, uma enzima chamada fosfatase da miosina cliva o fosfato da cadeia leve
reguladora que desfosforila-se cessando a interação actina-miosina. O tempo para o relaxamento muscular depende,
então, da quantidade de fosfatase ativa na célula.
JUNÇÕES NEUROMUSCULARES
As fibras nervosas autônomas que inervam o músculo liso
não fazem contato direto com as células musculares. Há junções
difusas que são responsáveis por secretar substâncias
transmissoras que irão se difundir nas células.
No axônio há interrupções das células de Schwann, as
varicosidades, onde se encontra vesículas como nas placas
motoras do músculo esquelético, umas contém acetilcolina e
outras norepinefrina. Nas células do músculo liso o estímulo pode
ser inibitório ou excitatório, pois possuem os dois receptores,
quando a acetilcolina for substancia inibitória, a norepinefrina será
excitatória e vice versa.
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OBS1: A geração espontânea de potencial de ação no músculo liso pode ocorrer devido ao bombeamento de ions positivos que
podem gerar ondas lentas que quando alcançarem amplitudes suficientes provocam um ou dois potenciais de ação. Isso desencadeia
a contração rítmica da musculatura lisa, como ocorre no intestino.
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O sistema esquelético consiste no conjunto de órgãos rijos e esbranquiçados, denominados ossos, constituídos
por um tecido fundamental, o tecido ósseo, os quais quando reunidos formam o esqueleto, responsável por dar à forma
do corpo humano e ainda desenvolver várias outras funções.
ESQUELETO
Conceito de Esqueleto: conjunto de estruturas responsáveis por constituir o arcabouço de um órgão ou do corpo
humano como um todo, e ainda desempenhar diversas outras funções.
OBS: O esqueleto do corpo humano é constituído por ossos, porém, órgãos como o coração também exibem esqueleto,
não de tecido ósseo e sim de Tecido Conjuntivo Fibroso.
FUNÇÕES DO ESQUELETO
As principais funções do esqueleto são:
Arcabouço
Sustentação
Locomoção
Proteção de órgãos vitais
Armazenamento de Íons
Hematopoese
TIPOS DE ESQUELETO
Esqueleto Articulado: onde os ossos se apresentam unidos uns aos outros.
o Articulado Natural: onde as peças ósseas estão unidas entre si pelos próprios meios de união que os
mantinham unidos quando em vida (cartilagens e ligamentos).
o Articulado Artificial: onde as peças ósseas estão unidas entre si através de peças de metal.
o Articulado Misto: quando na união entre alguns ossos do esqueleto se utilizam os meios naturais, e para
outros se recorre a meios artificiais.
NÚMERO DE OSSOS
Número de Ossos
Ossos do crânio 08
Ossos da face 14
Coluna vertebral 26
Osso hioide 01
Ossículos da orelha 06
Costelas e esterno 25
Membros superiores 64
Membros inferiores 62
Total 206
DIVISÃO DO ESQUELETO
Esqueleto Axial: é constituído pelos ossos que formam o longo eixo do corpo humano: ossos da cabeça, da
coluna vertebral, e do tronco.
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Esqueleto Apendicular: Está representando pelos ossos que formam o arcabouço dos membros superiores e
inferiores. Incluem o cíngulo e a parte livre.
OBS: O osso hioide não se articula com nenhum outro osso do esqueleto, está suspenso através de músculos e de um
ligamento, na face anterior do pescoço, abaixo da mandíbula e acima da laringe.
OSSO FRONTAL
Posição anatômica: face convexa voltada para diante, e a porção do osso que apresenta um recorte (incisura
etmoidal) voltada para baixo.
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Divisão anatômica
Margens: parietal; supra-orbital; esfenoidal
Faces: interna; externa; orbital; temporal
Parte nasal
Face externa:
Arco superciliar
Glabela
Túber frontal
Face interna
Sulco do seio sagital superior
Crista frontal
Face orbital
Face temporal
Linha temporal
Processo zigomático
Parte nasal
Incisura etmoidal
Abertura do seio frontal
OSSO OCCIPTAL
Posição anatômica: face côncava para cima e para diante, grande abertura ( forame magno ) voltada para
baixo e em direção horizontal.
Divisão anatômica:
Margens: mastoidea; lambdoidea.
Faces: externa e interna.
Porções: escamosa; basilar.
Face externa:
Forame magno
Protuberância occiptal externa
Crista occiptal externa
Côndilo do occiptal
Canal do nervo hipoglosso
Canal condilar.
Face interna:
Clivo
Protuberância occiptal interna
Crista occiptal interna
Fossas cerebrais e cerebelares
Sulco do seio sagital superior
Sulco do seio transverso
OSSO PARIETAL
Posição anatômica: face côncava para o plano mediano, e ângulo mais agudo para baixo e para diante.
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Divisão anatômica:
Margens: frontal; occiptal; escamosa; sagital.
Ângulos: frontal; occiptal; esfenoidal; mastoideo.
Faces: externa; interna.
Face externa:
Túber parietal
Face interna:
Sulco da a. Meníngea média
OSSO ETMOIDE
Posição anatômica: saliência óssea com forma de crista de galo (crista etmoidal) voltada para cima e para
diante.
Lâmina vertical
Crista etmoidal
Lâmina perpendicular
Lâmina horizontal
Lâmina cribriforme
Forames da lâmina cribriforme
Massas laterais
Concha nasal superior
Meato superior
Concha nasal média
Meato médio
OSSO ESFENOIDE
Posição anatômica: asas menores para cima e para diante; processos pterigoides para baixo (fosse pterigoidea,
localizada entre ambos os processos, voltada para trás).
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OSSO TEMPORAL
Posição anatômica: parte que lembra uma escama voltada para cima, com a face dessa porção que apresenta
uma saliência alongada (processo zigomático) voltada para o plano lateral, e dirigido horizontalmente e para
diante.
OSSO MAXILA
Posição anatômica: processo frontal para cima e para diante; processo palatino para baixo e para o plano
mediano.
OSSO MANDÍBULA
Posição anatômica: face convexa para diante, margem alveolar para cima.
OSSO ZIGOMÁTICO
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OSSO NASAL
OSSO LACRIMAL
OSSO VÔMER
COLUNA VERTEBRAL
Divisão anatômica: cervical; torácica, lombar, sacrococcígea.
Cervical (7 vértebras isoladas)
Torácica (12 vértebras isoladas)
Lombar (5 vértebras isoladas).
Sacro (5 vértebras)
Coccígeas 3, 4, ou até 5 vértebras
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Posição anatômica de uma vértebra padrão: segmento ósseo cilíndrico (corpo) voltado para diante, saliência
óssea em forma de espinha (processo espinhoso) voltada para trás e para baixo.
Características gerais:
Corpo vertebral
Forame vertebral
Processo transverso
Processos articulares
Processo espinhoso
Pedículo do arco vertebral
Lâmina do arco vertebral
Características regionais:
o Vértebras cervicais: presença dos forames transversários (por onde passam as arteriais vertebrais);
processo espinhoso bifurcado e pouco desenvolvido.
Particularidades:
1ª vertebra cervical (Atlas) - C1: processo espinhoso ausente; corpo vertebral ausente.
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o Vértebras torácicas: presença das fóveas costais superior; inferior e do processo transverso.
OSSO ESTERNO
Posição anatômica: extremidade mais volumosa do osso voltada para cima, face ligeiramente convexa voltada
para diante.
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Manúbrio do esterno
Incisura jugular
Incisura clavicular
Corpo
Ângulo do esterno
Incisuras costais
Processo xifoide
COSTELAS
Posição anatômica: face côncava voltada para dentro, extremidade do osso que apresenta uma saliência em
forma de cabeça voltada para trás; margem do osso aguda e que encontra-se próxima à uma depressão em
forma de sulco voltada para baixo.
Classificação:
o Costelas verdadeiras: representadas pelos 7 primeiros pares no sentido crânio-caudal, unidas
diretamente ao osso esterno através de suas próprias cartilagens costais;
o Costelas falsas: representadas por três pares unidos ao O. esterno através da cartilagem costal do 7º
par;
o Costelas flutuantes: 2 últimos pares, são denominadas flutuantes por não estarem unidas ao O. esterno.
Divisão anatômica:
o Corpo:
Sulco da costela
o Extremidades:
Cabeça da costela
Colo da costela
Tubérculo da costela
ESCÁPULA
Posição anatômica: para diante a face do osso que apresenta uma ampla fossa, para fora o ângulo que
apresenta uma depressão articular.
Incisura da escápula
Fossa subescapular
o Face dorsal:
Espinha da escápula
Fossa supra-espinal
Fossa infra-espinal
Acrômio
o Lateral
Cavidade glenoide da escápula
Tubérculo supraglenoidal
Tubérculo infraglenoidal
CLAVÍCULA
Posição anatômica: extremidade mais volumosa do osso voltada para o plano mediano (onde se articula com o
esterno); para diante, a margem do osso que apresenta sua maior convexidade (que fica voltada medialmente);
e para baixo, a face mais irregular do osso (que apresenta uma depressão em forma de goteira).
ÚMERO
Posição anatômica: para cima e voltado para o plano mediano a extremidade do osso que apresenta uma
saliência articular em forma de esfera; para trás e para baixo, a face da extremidade inferior que apresenta uma
ampla depressão articular.
Divisão anatômica: o osso está dividido em duas epífises, proximal e distal, unidas pela diáfise.
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o Epífises proximal
Cabeça do úmero
Colo anatômico
Colo cirúrgico
Tuberculo maior
Tuberculo menor
Sulco intertubercular
o Diáfise
Tuberosidade do M. Deltoide (face anterior)
Sulco do nervo radial (face posterior)
o Epífises distal
Epicôndilo medial
Epicôndilo lateral
Capítulo do úmero (lateralmente) articula-se com o rádio
Tróclea do úmero (medialmente) articula-se com a ulna
Fossa coronoidea
Fossa radial
Fossa do olécrano (face posterior)
ULNA
Posição anatômica: extremidade mais volumosa do osso voltada para cima, grande incisura encontrada nesta
extremidade voltada para diante, e incisura de menor dimensão voltada para o plano lateral.
Divisão anatômica: o osso está dividido em duas epífises, proximal e distal, unidas pela diáfise.
Olécrano
Incisura troclear
Processo coronoide
Incisura radial
Tuberosidade da ulna
Cabeça da ulna
Processo estiloide da ulna
RÁDIO
Posição anatômica: extremidade achatada do osso voltada para baixo, com saliência em forma de processo
encontrada nessa extremidade voltada para o plano lateral.
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Divisão anatômica: o osso está dividido em duas epífises, proximal e distal, unidas pela diáfise.
o Cabeça do rádio
Circunferência articular
Fóvea articular
Colo do rádio
o Corpo do rádio
Tuberosidade do rádio
o Epífise distal:
Face articular carpal
Processo estiloide do rádio
OSSOS DA MÃO
Divisão anatômica: a mão é dividida para estudo anatômico em três regiões: do carpo; metacarpo; e dos dedos.
o Ossos do carpo:
Fileira proximal (de lateral para medial): escafoide; semilunar; piramidal; pisiforme.
Fileira distal (de lateral para medial): trapézio; trapezoide; capitato; hamato.
o Ossos dos dedos:
Falanges: proximal; média; distal.
Exceção - Polegar: falanges proximal e distal.
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FÊMUR
Posição anatômica: para cima e para o plano mediano a extremidade do osso que apresenta uma saliência
articular em forma de esfera; para trás a face da extremidade distal do osso separada por uma profunda fossa.
PATELA
Posição anatômica: o osso apresenta uma forma triangular. Sendo assim, em posição anatômica, deveremos
voltar o ápice do triângulo para baixo; para o plano lateral e para trás a face articular do osso que apresenta
maiores dimensões (basta apoiar o osso numa mesa sobre a crista que divide as duas faces articulares
posteriores; para onde o osso tender a cair, será o seu lado correspondente).
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TÍBIA
Posição anatômica: extremidade mais volumosa do osso voltada para cima; porção da extremidade distal do
osso que apresenta uma saliência em forma de processo (maléolo medial) voltada para o plano mediano.
FÍBULA
Posição anatômica: para baixo a extremidade mais achatada, com sua face articular voltada para o plano
mediano, e sua margem convexa voltada para diante.
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OSSOS DO PÉ
Ossos do tarso:
o Fileira posterior: Tálus e Calcâneo.
o Fileira anterior: navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforne lateral.
Ossos do metatarso: I; II; III; IV; V.
Ossos dos dedos (pododáctilos):
o Falanges: proximal; média; distal
o Exceção - Hálux: apenas falanges proximal e distal.
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Com relação aos pontos de fixação, devemos entender os conceitos de ponto fixo e móvel. Nos membros, nos
movimentos habituais, a origem sempre será proximal e a inserção distal.
Ponto Fixo (Origem): corresponde ao tendão muscular fixado à peça óssea que durante o trabalho muscular não
sofre deslocamento.
Ponto Móvel (Inserção): corresponde ao tendão muscular fixado à peça óssea que sofre o deslocamento durante
o trabalho muscular.
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Quanto à forma: segue o paradigma utilizado para classificação dos ossos, assim, encontramos músculos:
o Longos: neles o comprimento predomina sobre as outras dimensões, ex: M. Sartório.
o Curtos: apresentam equivalência entre suas dimensões, ex: M. Quadrado Femoral.
o Planos: Neles há o predomínio do comprimento e da largura sobre a espessura, ex: M. Oblíquo Externo
do Abdome.
Quanto ao ponto fixo: Nesta classificação separamos os Mm. de acordo com o número de tendões, ou cabeças,
que ele irá apresentar em sua fixação proximal, assim poderemos identificar três grupos:
o Mm. Bíceps: apresenta 02 tendões em sua fixação proximal, ex: M. Bíceps Braquial (BB).
o Mm. Tríceps: apresenta 03 tendões em sua fixação proximal, ex: M. Tríceps Sural (TS).
o Mm. Quadríceps: apresenta 04 tendões em sua fixação proximal, ex: M. Quadríceps Femoral (QF).
Importância clínica: os músculos estriados esqueléticos são órgãos de importância clínica ligada a capacidade de
absorção de medicamentos pelos constituintes do tecido muscular. Por isso são excelentes vias para administração de
injeções medicamentosas (medicações por via intramuscular).
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Injeção dorso-glútea: A partir da crista ilíaca, traça-se uma linha imaginária vertical, a qual atravessa
longitudinalmente o glúteo máximo, dividindo-o ao meio. Do início da fenda inter-glútea, osso cóccix, traça-se
uma nova linha imaginária que encontra em ângulo reto a linha tracejada a partir da crista ilíaca. Dos 04
quadrantes, a injeção deverá ser realizada no quadrante superior e lateral do M. glúteo máximo.
Injeção Ventro-glútea: Coloca-se a palma da mão no trocânter maior do osso fêmur. Com o dedo médio
localizado na espinha ilíaca ântero-superior, afasta-se o dedo indicador em direção a crista ilíaca. A agulha
deverá ser introduzida no espaço compreendido entre os dedos indicador e o dedo médio.
Injeção no Vasto lateral: Com a palma de uma das mãos palpa-se a extremidade proximal do músculo abaixo
do trocânter maior. A extremidade distal do músculo é palpada com o auxílio de uma das mãos acima do côndilo
lateral do osso fêmur. A introdução da agulha deverá ser feita na parte média do músculo.
Injeção deltoide: mede-se quatro dedos abaixo do acrômio da escapula. Introduza a agulha em um ângulo de
90º.
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ROTEIRO PRÁTICO
MÚSCULOS DA CABEÇA
Superficiais (Mm. da face)
M. Orbicular do olho
M. Nasal
M. Occipitofrontal
M. Prócero
M.levantador do lábio superior e asa
do nariz
M. Risório
M. Abaixador do ângulo da boca
M. Orbicular da boca
M. Mentual
M. Bucinador
Mm. Zigomáticos maior; menor
MÚSCULOS DO PESCOÇO
Superficial: M. Platisma.
Profundo:
M. Esternocleidomastoideo
M. Digástrico
M. Esterno-hióideo
M. Esternotireodeo
M. Milo-hióideo
M.estilo-hióideo
M. Omo-hióideo
M. Tíreo-hióideo
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MÚSCULOS DO TÓRAX
M. Peitoral maior
M. Peitoral menor
M. Serrátil anterior
M. Intercostais internos
M. Intercostais externos
M. Esternal
M. Subclávio
MÚSCULOS DO DORSO
M. Trapézio
M. Latíssimo do dorso
Aponeurose toracolombar
M.serrátil posterior inferior
M.serrátil posterior superior
M. Rombóide maior e menor
M. Levantador da escápula
M. Esplênio da cabeça
M. Psoas (maior) e (menor)
M. Quadrado do lombo
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MM. DO OMBRO
M. Deltóide
M. Subescapular
M. Infraespinal Músculo do “manguito rotador”
M. Supra-espinal
M. Redondo menor
M. Redondo maior
M. DO ANTEBRAÇO/ANTERIOR
M. Palmar longo
M. Braquiorradial
M. Flexor superficial dos
Dedos
M.flexor profundo dos dedos
M.flexor ulnar do carpo
M.flexor radial do carpo
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MM. DA MÃO
M. Oponente do polegar
M. Flexor curto do polegar
M. Abdutor curto do polegar
M. Lumbrical:
M. Lumbrical da mão I
M. Lumbrical da mão II
M. Lumbrical da mão III
M. Lumbrical da mão IV
M. Oponente do dedo mínimo
M. Flexor curto do dedo mínimo
M. Abdutor do dedo mínimo
MM. DO QUADRIL
M. Glúteo máximo
M. Glúteo médio
M. Glúteo mínimo
M. Piriforme
M. Gêmeo superior e inferior
M. Obturador interno
M. Quadrado femural
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MM. DO PÉ
M. Flexor curto do halux
M. Flexor curto dos dedos
M. Abdutor do halux
M. Lumbrical:
M. Lumbrical da mão I
M. Lumbrical da mão II
M. Lumbrical da mão III
M. Lumbrical da mão IV
M. Aponeurose plantar
M. Abdutor do dedo mínimo
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Sistema que tem por função promover a união dos ossos do corpo, podendo permitir ou não mobilidade entre
eles, e faz isso por meio das articulações, que é um ponto de união tanto entre dois ossos como entre osso e cartilagem.
As articulações podem ser em 3 tipos:
Fibrosas: ossos são unidos por tecido rico em fibras colágenas.
Cartilagíneas: ossos unidos por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
Sinoviais: a união acontece por meio de uma cavidade articular unidos por tecido denso não modelado e
ligamentos acessórios, permitindo assim, liberdade de movimentação.
ARTICULAÇÕES FIBROSAS
Como não possuem cavidade articular eos ossos são unidos de forma compacta por tecido fibroso, permitem
pouco ou nenhum movimento. São elas:
Suturas: presentes principalmente no crânio, classificadas de acordo com a forma de suas superfícies.
o Planas: superfícies articulares retas. Ex: internasal, intermaxilar.
o Serratil: aspecto de dentes de serra. Ex: coronal (entre osso frontal e parietal), lambdóidea (entre osso
parietal e occipital) e sagital (entre ossos parietais).
o Escamosa: assemelha-se a uma escama, onde a superfície de um osso se sobrepõe à do outro. Ex:
escamosa (entre osso parietal e temporal), esfeno-escamosa (entre osso esfenóide e temporal).
o Esquindilese: uma parte articula-se em forma de cunha e a outra como um sulco. Ex: esfenovomeral
(entre osso esfenóide e vômer).
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Gonfose: articulação fixa em que um pino encaixa em uma concavidade e que apresenta o periodonto, um
tecido conjuntivo fibroso denso. Ex: Sindesmose dentoalveolar (encaixe dos dentes no alvéolo da maxila ou
mandíbula.
Sindesmose: apesar de ser fibrosa, como há uma distância maior entre os ossos, permite pouco movimento.
Ex: tíbio-fibular (ligamento), membrana interóssea do antebraço e da perna (lâmina).
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS
União por meio de cartilagens que permitem pouco ou nenhum movimento.
Sincondroses: ossos unidos por cartilagem hialina que permite leve curvamento no inicio da vida e também o
crescimento do osso até ser totalmente substituída por tecido ósseo.
o Inter-óssea: entre ossos. Ex: Esfeno-occipital.
o Intra-óssea: dentro do osso. Ex: Manubri-esternal (entre manúbrio e corpo do esterno, nesse caso é
uma variação anatômica).
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Sínfise: unidos por fibrocartilagem, pode promover resistencia e absorção de impacto. Ex: Intervertebral (discos
vertebrais), Manubri-esternal (entre manúbrio e corpo do esterno), púbica (une porções púbicas dos ossos do
quadril).
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Apresentam cavidade articular que permitem amplo movimento e são geralmente reforçadas por ligamentos. Os
ossos são recorbertos por cartilagem articular (hialina) na região da articulação e entre eles há ainda o líquido sinovial
composto de ácido hialurônico que é secretado por células da membrana sinovial e tem como função lubrificar,
amortecer impactos e fornecer nutrientes para a região articular, bem como proteção com a presença de células
fagocíticas.
Outra característica desse tipo de articulação é a presença da cápsula articular que circunda a cavidade e une
os ossos da articulação. Ela possui uma membrana externa, a cápsula fibrosa, de tecido conjuntivo denso modelado
mas permite a movimentação dos ossos dentro da articulação. Está presa no periósteo do ossos prevenindo seus
deslocamentos, é nessa cápsula que encontramos os ligamentos. Internamente à cápsula fibrosa temos a membrana
sinovial composta por tecido frouxo e fibras elasticas e produz o líquido sinovial.
Os ligamentos acessórios que podem ser intracapsular (ligamentos cruzados anterior e posterior do joelho),
extracapsular (ligamento patelar, colateral tibial, colateral fibular) ou ainda à distância (ligamentos esfenomandibular e
estilomandibular).
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Articulações planas: permitem movimentos laterais, para frente e para trás. Ex: intercarpais, intertarsais,
esternoclaviculares, acromioclaviculares, vertebrocostais.
Gínglimo: movimento angular de dobradiça, encaixe de uma face convexa em uma côncava. Ex: articulações do
cotovelo, dos dedos, do joelho.
Trocóide: processo arredondado gira em torno de uma bainha, rotação ao redor de um eixo central. Ex:
articulação rádio-ulnar proximal.
Condilar ou Elipsóideas: encaixe entre projeção oval de um osso com uma depressão oval de outro, permite
movimentos de flexão, extensão, abdução e adução. Ex: articulação do punho e temporomandibular.
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Selar: união reciprocamente côncavas e convexas, permite abdução, adução, flexão e extensão. Ex: articulação
carpo-metacárpica do polegar, calcâneo-cuboídea.
Esferóide: encaixe de uma esfera em um receptáculo, permite movimentos em vários planos. Ex: articulação do
ombro e do quadril.
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