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ANEXO 3.1 Contextualização do meio de atuação Pública e, mais do que isso, ao exercício da função admi-
nistrativa, e a alteração do quadro em que esta última era redação prevista no artigo 1.º do anterior Código, reveste
(a que se refere o n.º 2 do artigo 4.º do Regulamento) rial; exercida, por força da lei e do direito da União Europeia,
1. Conteúdos comuns às áreas funcionais de controlo e 3.1.2 A gestão coletiva de direitos de autor e conexos:
auditoria aos serviços e organismos dependentes ou sob a no texto do Código. para a definição do seu âmbito objetivo de aplicação, que
Novos meios de comunicação e formas de explora-
ção; Além disso, a experiência acumulada ao longo de mais
A cópia privada; de 20 anos de aplicação do Código e a vasta doutrina e ju- de modo mais preciso.
e dos recintos e espetáculos de natureza artística: A lei do comércio eletrónico e a supervisão setorial. 4 Também relativamente ao anterior Código, o ar-
1.1 A Administração Pública e a atividade administra-
tiva Código que, na sua revisão, não podiam ser ignorados.
3.1.3 A defesa da propriedade intelectual no ambiente
digital; particular relevo aos destinatários das suas normas. Nesta
atividade administrativa; 3.1.4 A supervisão e controlo das quantidades de fono- ções que nesta matéria podiam ser úteis à ordem jurídica
1.1.2 O Código do Procedimento Administrativo; portuguesa. clareza e precisão, alterando a sequência dos preceitos e
1.1.3 O princípio do contraditório; e da sua relação com as importações, fabrico e venda de também o seu conteúdo.
1.1.4 A Administração financeira do Estado; suportes materiais a eles destinados; do presente diploma.
1.1.5 O procedimento disciplinar comum e especial; disposições do Código respeitantes aos princípios gerais,
1.1.6 Planos de gestão de riscos de corrupção e infra- espetáculos de natureza artística.
ções conexas. 3.2 Propriedade Intelectual nas aplicáveis à Administração Pública, mas à conduta de
3.2.1 O direito de autor e os direitos conexos; quaisquer entidades, independentemente da sua natureza,
públicas 3.2.2 Áreas de proteção da Propriedade Intelectual; dos mais diversos setores, desde a Administração Pública que exerçam a função administrativa.
às universidades, passando por advogados e magistrados.
dos trabalhadores em funções públicas; conexos:
1.2.2 A carreira especial de inspeção; muitas sugestões que resultaram desse debate. cionamento dos órgãos da Administração Pública. E, no
1.2.3 Os regimes de férias, faltas e licenças; Contudo, o projeto final revelou uma profunda trans- n.º 3, que a Administração Pública se encontra submetida
1.2.4 Duração e organização do tempo de trabalho; blica; formação do Código do Procedimento Administrativo em aos princípios gerais da atividade administrativa e às dis-
Penalidades, crime e contraordenações; vigor.
funções públicas;
prática do crime. apesar de reconhecer que o projeto não efetuou um corte meramente técnico ou de gestão privada.
dos trabalhadores da carreira especial de inspeção; Enunciam-se, em seguida, no n.º 4, as entidades que,
1.2.7 Ética e deontologia na Administração Pública e 3.2.4 Direito de autor e direitos conexos: aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novem-
na atividade de inspeção; Tutela administrativa;
1.2.8 Código de ética e normas de conduta da IGAC. Tutela penal; constava da redação do anterior n.º 2 do mesmo artigo, as
2. Conteúdos específicos da área funcional de controlo Autos, inquérito e prova pericial nas áreas de direitos o regulamento e o ato administrativo, eram de tal forma entidades administrativas independentes. Trata-se apenas
e auditoria aos serviços e organismos dependentes ou sob de autor e conexos. inovatórias que se estava perante um novo Código.
a tutela do membro do governo responsável pela área da
cultura: 3.2.5 Lei do cibercrime. que irão transformar profundamente o modo de funciona- sentido subjetivo.
2.1 Contextualização do meio de atuação 3.3 Legislação sobre os espetáculos de natureza artís-
tica cidadãos, como é o caso do novo regime das conferências tivamente, aos procedimentos administrativos especiais,
interno e externo; no que respeita às garantias reconhecidas no Código aos
2.1.2 O Sistema de controlo interno da administração timédia; que o projeto de revisão do anterior Código do Procedi-
3.3.2 Atividade teatral; mento Administrativo seja agora assumido pelo Governo xível o cotejo entre as garantias já vigentes naqueles pro-
trolo; 3.3.3 Atividade fonográfica; como constituindo um novo Código. cedimentos e o regime garantístico resultante do Código,
3.3.4 Classificação etária e proteção de menores; de modo a permitir que a comparação seja feita quanto ao
funcionamento e atividade; 3.3.5 Regulamento do espetáculo tauromáquico; entre cidadãos e Administração num exercício de respon- resultado global a que se chega em cada procedimento.
2.1.4 A IGAC: atribuições e competências; sabilidades, à semelhança do sucedido com o Código de
2.1.5 A IGAC no contexto do SCI; motores, registos e licenças. Processo Civil, que incute uma matriz muito diferente da cada aos «princípios gerais da atividade administrativa»,
2.1.6 O universo sob a tutela ou superintendência do
membro do governo responsável pela Cultura como uni- gestão, a realização das conferências procedimentais e a posto nesta matéria pelo anterior Código.
Começou por incluir-se no novo Código o princípio da
viços e demais entidades de natureza pública e privada. boa administração, indo ao encontro ao que era sugerido
2.2 As normas e práticas de auditoria transformação seja assumida através de um novo Código pelo direito comparado, com essa ou outra designação, e
2.2.1 As normas e boas práticas de auditoria; do Procedimento Administrativo. a sugestões da doutrina. Integraram-se nesse princípio os
2.2.2 Normas internacionais de auditoria; princípios constitucionais da eficiência, da aproximação
2.2.3 O enquadramento legal da atividade de inspeção resultado de todos os contributos da discussão atrás refe- dos serviços das populações e da desburocratização (ar-
e auditoria; tigo 5.º).
2.2.4 O Manual de auditoria do SCI; em conta os contributos da doutrina e da jurisprudência Também foram incluídos no Código os novos princí-
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novem- portuguesas, assim como do direito comparado, designa-
2.2.5 O regulamento de inspeção da IGAC;
2.2.6 Procedimentos de auditoria; aberta (artigo 17.º), da segurança de dados (artigo 18.º),
2.2.7 Tipologia e fases de auditoria; janeiro. Desde 1996, nunca mais foi objeto de revisão. da União Europeia.
2.2.8 Ferramentas e instrumentos de apoio; No entanto, essa revisão foi-se tornando necessária à
de introduzir alterações, tanto no domínio das definições, ministração eletrónica (artigo 14.º). Duas notas especiais:
toria. ceitos do Código revelavam uma desconformidade com
3. Conteúdos específicos da área funcional de proteção alterações entretanto trazidas ao texto constitucional e ao Pública portuguesa e a União Europeia, à semelhança do
do direito de autor, dos direitos conexos e dos recintos e objetivo de facilitar a interpretação e a aplicação das nor-
espetáculos de natureza artística: mas e dos institutos que ele contém. Assim se procedeu, cente participação da Administração Pública portuguesa
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no processo de decisão da União Europeia, bem como à no conceito de sujeitos privados, pareceu, apesar de tudo,
participação de instituições e organismos da União Euro- largas partes do globo e apresenta-se como mais idónea tal») do título I da mesma parte III abrange os artigos 77.º
para assegurar a imparcialidade do decisor. relação jurídica procedimental. a 81.º A expressão conferência procedimental afigura-se
vez, o que aí se dispõe sobre a administração eletrónica, e Merece realce a previsão da possibilidade da celebra- 9 O artigo 66.º é dedicado à figura do auxílio admi- preferível à de conferência de serviços, de inspiração ita-
ção de acordos endoprocedimentais (artigo 57.º). Através nistrativo. No seu n.º 1, estabelecem-se pressupostos que,
destes, os sujeitos da relação jurídica procedimental po- embora sob uma formulação simplificada, se inspiram no
quando tenha lugar, torna-se numa fase do procedimento
âmbito da discricionariedade procedimental ou o próprio administrativo, que tem características próprias e assume
Pública com os particulares. grande relevo.
Concedeu-se maior densidade aos princípios da igual- que esta possibilidade é legalmente admitida.
diligências de prova. tipos distintos de conferências procedimentais: conferên-
No n.º 2 do mesmo artigo 66.º, estabelecem-se as ga- cias para o exercício de competências em comum e con-
tação de acordos endoprocedimentais, configura-se uma
possível projeção participativa procedimental da contra- documentos administrativos.
dição de pretensões de particulares nas relações jurídico- No n.º 3 ainda do mesmo artigo, prevê-se a situação de
ção entre a justiça e a razoabilidade (artigo 8.º). -administrativas multipolares ou poligonais. recusa do auxílio administrativo solicitado ou de dilação -se como contexto para o exercício conjunto, através de
8 O novo capítulo II do título I da parte III tem por
quer com a reformulação de princípios que já constavam epígrafe «Da relação jurídica procedimental». Divide-se
piedosa. Mais uma vez, em lugar de conceber um regime de per si as suas competências, embora o façam de modo
ex novo, remeteu-se para a competência decisória que o
administrativa num Estado de Direito democrático.
6 A parte II do novo Código deixou de intitular-se de competência.
em paralelo a Administração, os particulares e as pessoas
da Administração Pública». Na verdade, é só destes que de direito privado em defesa de interesses difusos, como agora como artigo 68.º, com alterações. No n.º 1, a refe-
simultâneos titulares de situações jurídicas subjetivas que órgãos participantes emite formalmente no seu contexto
mental, mas tão-só centrada na composição dos órgãos, disciplinam as situações da vida em que todos intervêm e cair a exigência de que não possuam caráter político ou o ato correspondente à sua competência.
que são objeto das relações jurídicas procedimentais. sindical, porque o Tribunal Constitucional se pronunciou
desconcentração dos seus poderes e nos conflitos sobre a Na secção I, procede-se, em primeiro lugar, à qualifi- no sentido da inconstitucionalidade da recusa da legitimi- da realização de conferências de coordenação por acordo
respetiva repartição. cação dos sujeitos da relação jurídica procedimental. No entre os órgãos envolvidos, a possibilidade da realização
Em contrapartida, foi introduzido na parte III um capí-
constantes do artigo 2.º e apuram-se, de entre esse pano-
a partir de uma visão mais moderna do direito adminis-
trativo, se procede à identificação dos sujeitos da relação para a tomada de decisões e ou para a prática de atos pre- entre entidades públicas autónomas.
paratórios no âmbito do procedimento administrativo.
defesa de interesses coletivos, como à defesa coletiva de
No n.º 2 do artigo 65.º, manteve-se, para a parte que se
posiciona perante os sujeitos públicos da relação jurídica interesses individuais, desde que no âmbito do respetivo
escopo institucional. tabelecendo regras sobre os poderes, deveres e ónus dos
administrativo. (interessados na relação jurídica procedimental). Foi uma
7 São muito significativas as transformações intro- opção consciente. Com efeito, não basta para identificar dos interessados e a eventual realização de audiência pú-
duzidas na parte III do novo Código, respeitante ao pro- blica. Merece referência especial o facto de, no n.º 2 do
cedimento administrativo. do Código de Processo nos Tribunais Administrativos.
Para começar, optou-se por disciplinar, em títulos se- No n.º 3, define-se, também em termos mais precisos,
parados, o regime comum do procedimento e os regimes notado, a essa posição substantiva terá de se somar uma a legitimidade para a participação popular procedimental dos, constitui o órgão competente no dever de a convocar.
intervenção formal, por iniciativa própria ou por convo- supletiva.
do ato. 10 As «Garantias de imparcialidade» surgem agora com algumas adaptações, os capítulos III a VII do título I
No capítulo I do título I da parte III, dedicado às «Dis- desta parte III, respeitantes, respetivamente, ao direito à
capítulo II. informação (artigos 82.º a 85.º), aos prazos (artigos 86.º
administrativo, merecem referência especial a prescrição de situações subjetivas ativas e passivas recíprocas. Isso
consagração de um novo princípio da adequação proce- reside no aditamento de um n.º 4 ao artigo 76.º (anterior diversas modificações), aos pareceres (artigos 91.º e 92.º)
dimental, a previsão de acordos endoprocedimentais e a e à extinção do procedimento (artigos 93.º a 95.º).
introdução de preceitos de âmbito genérico respeitantes à 13 No título II desta parte III contém-se a regulação
negativamente, pelo modo como sobre eles se refletem as independentemente de se estar fora de casos de presun- específica do procedimento dos regulamentos. E também
fax ou meios eletrónicos e ao balcão único eletrónico. consequências da respetiva concretização. Pelo contrário, ção legal inilidível de parcialidade, será de todo o modo nesta matéria se inova bastante.
a par de efeitos materiais, existem efeitos jurídicos, bem preciso, à luz das circunstâncias de cada caso, assegurar
a credibilidade da decisão administrativa. Cabe ao legis-
das tarefas de direção do procedimento (e não apenas da respetivo exercício. lador, não apenas neutralizar e reprimir situações mais ou é totalmente inovador o artigo 99.º, ao impor que, da nota
menos declaradas de parcialidade subjetiva, mas também justificativa do projeto de regulamento, conste uma pon-
assegurar um clima na preparação e tomada das decisões deração dos custos e benefícios das medidas projetadas.
do órgão competente para decidir, tal como se encontrava
atos administrativos, e constante do título III da mesma
e de figurarem como titulares ou defensores de situações órgão». O juízo não respeita tanto às condições subjetivas respeita ao regime aplicável ao conteúdo, forma e perfei-
artigo 55.º). A separação entre a responsabilidade de pro- ção da notificação dos atos administrativos e à forma de
mover a tramitação do procedimento e a tarefa decisória Assim sendo, e não sendo apropriado incluir estes órgãos por parte da opinião pública.
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rificar e flexibilizar o regime da nulidade, acentuando-se 19 No que respeita ao regime da execução dos atos
no regime dos prazos para a decisão do procedimento e a possibilidade de atribuição de efeitos putativos aos atos capítulo, o capítulo III da parte IV, um pequeno conjunto
consequências da sua inobservância. nulos em condições mais amplas do que na versão inicial de preceitos sobre os contratos da Administração Pública.
do Código, e admitindo-se a sua reforma e conversão (ar- trativos só pode ser realizada pela Administração nos ca-
tigos 162.º e 164.º).
Por outro lado, pormenoriza-se o regime da anulabili- urgente necessidade pública, devidamente fundamentada
(artigo 176.º). Trata-se de opção sustentada ao longo dos de contratos públicos e o regime substantivo comum dos
atividade administrativa.
Assim, o novo capítulo I da parte IV, dedicado ao re- (artigo 163.º), regulando-se expressamente os efeitos da trina. No essencial, o regime do n.º 2 do artigo 176.º pro-
aspetos estruturais dos regimes que são aplicáveis, tanto
posições que merecem o consenso nas nossas doutrina e no plano procedimental, como no plano substantivo, aos
jurisprudência, como sejam o conceito de regulamento, a esclarecendo-se os efeitos da ratificação, reforma e con- contratos celebrados pela Administração Pública.
versão (artigo 164.º). pecuniárias. Tendo em atenção que o regime de contratação pública
tos e a disciplina das relações entre regulamentos, inova 18 Sobre a revisão dos atos administrativos, o novo Desta opção resulta a desnecessidade de se prever no
no tratamento da invalidade e do regime da invalidade do Código os meios de execução. O conteúdo do regime dos de todos os contratos administrativos, estatuiu-se que, na
regulamento, consagrando, como regra geral, que a inva- entre a revogação propriamente dita e a revogação anula-
tória, passando a designar esta, na esteira da generalidade integralmente aproveitado no novo articulado.
procedimento, é invocável a todo o tempo e por qualquer da doutrina dos países europeus, como «anulação admi- No artigo 177.º, propõe-se a explicitação do que pre-
esteja dependente a aplicação de lei. uma das figuras, em função da sua finalidade e razão de autónoma de proceder à execução; a exigência que a esta
ser, regulando-se com algum pormenor várias situações e decisão é associada de determinar o conteúdo e os termos
matéria da revogação dos regulamentos administrativos. resolvendo-se alguns problemas que têm sido suscitados da execução; a clarificação da função de interpelação ao
Procurando dar resposta às questões colocadas pela dou- cumprimento, que é associada à notificação da decisão de 22 Com a publicação do novo Código do Procedi-
(artigos 167.º e 168.º), dando-se expressão às propostas mento Administrativo, o Governo está consciente de que
de alteração aos artigos 140.º e 141.º do anterior Código, proceder à execução, a qual pode ser feita conjuntamente
passa a prever-se expressamente que os regulamentos de com a notificação do ato exequendo.
execução não podem ser objeto de revogação sem que a doutrina e que, no essencial, são inspiradas pela lei alemã No artigo 182.º, procura-se aperfeiçoar e densificar o
que hoje lhe são colocados.
do procedimento. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re-
trativos e operações materiais de execução ilegais.
Por último, com o novo artigo 183.º pretende-se pre-
dependa a aplicabilidade da lei exequenda (artigo 146.º). encher uma lacuna desde há muito identificada no nosso
16 No capítulo II da parte IV, respeitante ao ato ad- ordenamento jurídico no que respeita à determinação do
favorável), dos seus efeitos (instantâneos ou duradouros)
ministrativo, o novo Código visa adequar o conceito de modo de execução dos atos administrativos por via juris-
ato administrativo ao regime substantivo e procedimental dicional, quando não seja admitida a execução coerciva
pela via administrativa. Associação Sindical dos Juízes Portugueses.
20 Também na secção VI do capítulo II da parte IV,
Freguesias, do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos
orgânico da respetiva autoria (artigo 148.º). conta a boa ou má-fé, a proteção da confiança legítima e a foram introduzidas diversas alterações importantes. Advogados, do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem
Em matéria de cláusulas acessórias, esclarecem-se as
mações e os recursos têm caráter facultativo (n.º 2 do ar-
nova cláusula, a «reserva», típica das decisões de direito dos Advogados, do Conselho Distrital de Faro da Ordem
público (artigo 149.º). e a sua adequação às mudanças da realidade e à evolução indeferimento tácito, em sintonia com o que fica disposto dos Advogados, do Conselho Distrital dos Açores da Or-
Em matéria de eficácia do ato administrativo, o novo no artigo 130.º, para o procedimento declarativo de pri-
da Ordem dos Advogados, da Câmara dos Solicitadores,
meiro grau.
que suscitaram dúvidas, seja sobre a produção diferida ou Além disso, introduz-se, no âmbito das impugnações
indispensável na atual sociedade de risco e de incerteza administrativas, a regulação, até agora omissa, relativa ao
cionários Judiciais, do Sindicato dos Oficiais de Justiça,
a diferença entre publicidade e publicação (artigo 158.º),
final do n.º 3 do artigo 18.º da Constituição, e, agora, com
Justiça e Democracia.
Assim:
outras situações jurídicas passivas sem prévia notificação
(artigo 160.º). direito concede ao titular desse direito, se estiver de boa-
17 No que respeita à invalidade do ato administra- -fé, direito a indemnização nos termos da indemnização artigo 195.º e n.º 4 do artigo 197.º).
por sacrifício. e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo
tivo, introduzem-se modificações mais profundas. decreta o seguinte:
É de salientar a diferenciação entre a anulação admi- hierárquico, simplificando-se a respetiva tramitação (ar-
-se que a nulidade pressupõe a respetiva cominação legal nistrativa e a anulação judicial dos atos administrativos, tigo 195.º). E, por outro lado, determina-se que o órgão Artigo 1.º
competente para conhecer do recurso não fica obrigado à Objeto
proposta de pronúncia do autor do ato ou da omissão, e
que suscitariam dúvidas de interpretação. Em consequên- deve respeitar, na fundamentação da decisão que venha a O presente decreto-lei aprova o novo Código do Pro-
tenciosamente inimpugnáveis, com efeitos retroativos ou tomar, quando não opte por aquela proposta, os requisitos cedimento Administrativo.
alargam-se os casos de nulidade expressamente previstos gerais da fundamentação do ato administrativo (n.º 2 do Artigo 2.º
do prazo de impugnação judicial não torna válido o ato artigo 197.º).
Aprovação
anulável. Merece destaque, ainda, a harmonização, nesta
inexistentes e aos atos que criem obrigações pecuniárias faz parte integrante, o novo Código do Procedimento Ad-
a aplicação do direito da União Europeia (artigo 168.º). administrativos especiais» (artigo 199.º). ministrativo, doravante designado por Código.
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independentemente da sua natureza, adotada no exercício não podendo privilegiar, beneficiar, prejudicar, privar de
dimentais constante dos seus n.os 1, 2 e 5 do artigo 77.º, sua entrada em vigor, sendo as restantes disposições do de poderes públicos ou regulada de modo específico por
dos n.os 3 a 8 do artigo 79.º, do artigo 80.º e dos n.os 1 a 4 disposições de direito administrativo.
e 7 a 8 do artigo 81.º, é imediatamente aplicável, nos ter- tivos que se iniciem após a entrada em vigor do presente 2 A parte II do presente Código é aplicável ao fun- de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas,
mos dos números seguintes, ao procedimento previsto no decreto-lei. cionamento dos órgãos da Administração Pública. instrução, situação económica, condição social ou orien-
3 Os princípios gerais da atividade administrativa e tação sexual.
da data da entrada em vigor do diploma que define os ca- as disposições do presente Código que concretizam pre-
designado por SIR. sos, as formas e os termos em que os atos administrativos
atuação da Administração Pública, ainda que meramente Artigo 7.º
podem ser impostos coercivamente pela Administração,
nadora, nos termos, prazos e condições previstos no ar- técnica ou de gestão privada. Princípio da proporcionalidade
a aprovar no prazo de 60 dias a contar da data da entrada
tigo 22.º desse regime, promover a convocação das enti- em vigor do presente decreto-lei. 4 Para efeitos do disposto no presente Código, inte-
gram a Administração Pública: 1 Na prossecução do interesse público, a Adminis-
dades públicas que devam pronunciar-se sobre o pedido
Artigo 9.º a) Os órgãos do Estado e das regiões autónomas que aos fins prosseguidos.
industrial para a conferência mencionada no n.º 5 do ar- exercem funções administrativas a título principal;
tigo 77.º do Código: Entrada em vigor b) As autarquias locais e suas associações e federações
a) Por sua iniciativa; de direito público;
sua publicação. c) As entidades administrativas independentes;
d) Os institutos públicos e as associações públicas.
nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 21.º do SIR. Artigo 8.º
outubro de 2014. Pedro Passos Coelho Maria Luís
Princípios da justiça e da razoabilidade
von Hafe Teixeira da Cruz Pedro Alexandre Vicente de aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos adminis-
trativos especiais.
Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva. soluções manifestamente desrazoáveis ou incompatíveis
CAPÍTULO II com a ideia de Direito, nomeadamente em matéria de in-
4 Decorrido o prazo mencionado no n.º 2 sem que Promulgado em 2 de janeiro de 2015.
Princípios gerais da atividade administrativa do exercício da função administrativa.
convocação deixa de poder ser exercida, salvo se o inte- Publique-se.
ressado provar que requereu a convocação da mesma no O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Artigo 3.º Artigo 9.º
respetivo procedimento.
Princípio da legalidade Princípio da imparcialidade
5 Verificada a situação prevista na parte inicial do Referendado em 6 de janeiro de 2015.
número anterior, o procedimento administrativo referido 1 Os órgãos da Administração Pública devem atuar
no n.º 1 segue os termos previstos no respetivo regime. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. aqueles que com ela entrem em relação, designadamente,
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como requerer as providências cautelares adequadas. tecedência mínima de cinco dias sobre a data da reunião.
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3 Quando a lei o determinar ou o órgão tiver deli- qualificada ou seja suficiente maioria relativa.
CAPÍTULO III Artigo 40.º
Da competência Controlo da competência
ou expressar opiniões, sobre assuntos relevantes da com- a nova votação e, se aquela situação se mantiver, adia-se
petência daquele. a deliberação para a reunião seguinte, na qual a maioria Artigo 36.º 1 Antes de qualquer decisão, o órgão da Adminis-
relativa é suficiente.
Irrenunciabilidade e inalienabilidade conhecer da questão.
Artigo 28.º
Inobservância das disposições sobre convocação de reuniões
Artigo 33.º
pelo órgão e pode ser arguida pelos interessados.
Empate na votação
A ilegalidade resultante da inobservância das disposi- disposto quanto à delegação de poderes, à suplência e à
ções contidas nos artigos 23.º e 24.º e dos prazos estabe- 1 Em caso de empate na votação, o presidente tem substituição. Artigo 41.º
2 É nulo todo o ato ou contrato que tenha por objeto Apresentação de requerimento a órgão incompetente
os membros do órgão compareçam à reunião e nenhum a renúncia à titularidade ou ao exercício da competência
suscite logo de início oposição à sua realização. creto. conferida aos órgãos administrativos, sem prejuízo da de-
legação de poderes e figuras afins legalmente previstas.
Artigo 29.º
mantiver, adia-se a deliberação para a reunião seguinte. Artigo 37.º petência, disso se notificando o particular.
Quórum
Fixação da competência data da apresentação inicial do requerimento para efeitos
1 Os órgãos colegiais só podem, em regra, deliberar
a maioria relativa é suficiente. da sua tempestividade.
membros com direito a voto. Artigo 42.º
Artigo 34.º de facto que ocorram posteriormente.
quórum previsto no número anterior, deve ser convocada Suplência
Ata da reunião
nova reunião com um intervalo mínimo de 24 horas. 1 Nos casos de ausência, falta ou impedimento do
3 Sempre que se não disponha de forma diferente, afeto for extinto ou deixar de ser competente ou se lhe for titular do órgão ou do agente, cabe ao suplente designado
resumo de tudo o que nela tenha ocorrido e seja relevante atribuída a competência de que inicialmente carecesse. na lei, nos estatutos ou no regimento, agir no exercício da
podem deliberar desde que esteja presente um terço dos competência desse órgão ou agente.
seus membros com direito a voto. deliberações tomadas, designadamente a data e o local da deve o processo ser-lhe remetido oficiosamente.
é de dois o quórum necessário para deliberar, mesmo em Artigo 38.º ao mais antigo.
segunda convocatória. das respetivas votações e as decisões do presidente.
Questões prejudiciais
2 As atas são lavradas pelo secretário e submetidas deres delegados ou subdelegados no órgão ou no agente.
Artigo 30.º
ou no início da reunião seguinte, sendo assinadas, após a Artigo 43.º
Proibição da abstenção
aprovação, pelo presidente e pelo secretário. próprio ou específico ou que seja da competência de ou-
Substituição de órgãos
No silêncio da lei, é proibida a abstenção aos membros 3 Não participam na aprovação da ata os membros
atributiva da competência deste último. Artigo 48.º 1 A resolução dos conflitos de atribuições entre mi- economicidade e da celeridade na preparação da decisão.
Menção da qualidade de delegado ou subdelegado
Artigo 57.º
CAPÍTULO IV por qualquer interessado, mediante requerimento funda-
Acordos endoprocedimentais
Da delegação de poderes essa qualidade no uso da delegação ou subdelegação.
2 A falta de menção da delegação ou subdelegação
Artigo 44.º no ato praticado ao seu abrigo, ou a menção incorreta da órgãos em conflito logo que dele tenham conhecimento. o órgão competente para a decisão final e os interessados
2 O órgão competente para a resolução deve ouvir podem, por escrito, acordar termos do procedimento.
Delegação de poderes os órgãos em conflito, se estes ainda se não tiverem pro-
do ato, mas os interessados não podem ser prejudicados
nunciado, e proferir a decisão no prazo de 30 dias.
tes para decidir em determinada matéria podem, sempre existência da delegação ou subdelegação. na organização de audiências orais para exercício do con-
que para tal estejam habilitados por lei, permitir, através traditório entre os interessados que pretendam uma certa
PARTE III decisão e aqueles que se lhe oponham.
de um ato de delegação de poderes, que outro órgão ou Artigo 49.º
agente da mesma pessoa coletiva ou outro órgão de dife- Do procedimento administrativo
rente pessoa coletiva pratique atos administrativos sobre Poderes do delegante ou subdelegante a decisão final e os interessados também podem celebrar
a mesma matéria.
TÍTULO I
considera-se agente aquele que, a qualquer título, exerça subdelegado sobre o modo como devem ser exercidos os Regime comum procedimento.
poderes delegados ou subdelegados.
de subordinação jurídica. Artigo 58.º
3 Mediante um ato de delegação de poderes, os ór- de avocar, bem como o de anular, revogar ou substituir o CAPÍTULO I Princípio do inquisitório
ato praticado pelo delegado ou subdelegado ao abrigo da Disposições gerais
podem sempre permitir que o seu imediato inferior hie- delegação ou subdelegação.
rárquico, adjunto ou substituto pratiquem atos de admi- órgãos que participem na instrução podem, mesmo que o
nistração ordinária nessa matéria. Artigo 53.º
Artigo 50.º
Iniciativa
Extinção da delegação ou subdelegação
que estabeleça uma particular repartição de competências ou a solicitação dos interessados. nos requerimentos ou nas respostas dos interessados.
entre os diversos órgãos. a) Por anulação ou revogação do ato de delegação ou
5 Os atos praticados ao abrigo de delegação ou sub- subdelegação; Artigo 54.º Artigo 59.º
delegação de poderes valem como se tivessem sido prati- b) Por caducidade, resultante de se terem esgotado os Língua do procedimento Dever de celeridade
cados pelo delegante ou subdelegante. seus efeitos ou da mudança dos titulares dos órgãos dele- A língua do procedimento é a língua portuguesa.
gante ou delegado, subdelegante ou subdelegado.
Artigo 45.º
Artigo 55.º
Poderes indelegáveis CAPÍTULO V Responsável pela direção do procedimento
Não podem ser objeto de delegação, designadamente: ordenando e promovendo tudo o que seja necessário a um
Dos conflitos de atribuições e de competência 1 A direção do procedimento cabe ao órgão compe- seguimento diligente e à tomada de uma decisão dentro
a) A globalidade dos poderes do delegante; tente para a decisão final, sem prejuízo do disposto nos de prazo razoável.
b) Os poderes suscetíveis de serem exercidos sobre o Artigo 51.º números seguintes.
próprio delegado;
Competência para a resolução de conflitos Artigo 60.º
c) Poderes a exercer pelo delegado fora do âmbito da inferior hierárquico seu, o poder de direção do procedi-
respetiva competência territorial. 1 Os conflitos de atribuições são resolvidos: Cooperação e boa-fé procedimental
em contrário ou quando a isso obviarem as condições de
Artigo 46.º a) Pelos tribunais administrativos, mediante processo
Administração Pública e os interessados devem cooperar
Subdelegação de poderes
mentadamente no procedimento concreto ou em diretiva entre si, com vista à fixação rigorosa dos pressupostos de
órgãos de pessoas coletivas diferentes ou no caso de con- interna respeitante a certos procedimentos.
flitos entre autoridades administrativas independentes; decisão e à obtenção de decisões legais e justas.
1 Salvo disposição legal em contrário, o delegante
pode autorizar o delegado a subdelegar. encarregar inferior hierárquico seu da realização de dili- de meios na realização de diligências instrutórias e para
2 O subdelegado pode subdelegar as competências ministérios diferentes; gências instrutórias específicas. a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de
4 No órgão colegial, a delegação prevista no n.º 2 é
dotadas de autonomia, sujeitas ao seu poder de superin-
tendência; dilatórios.
5 A identidade do responsável pela direção do pro-
Artigo 47.º Artigo 61.º
vam órgãos de secretarias regionais diferentes;
Requisitos do ato de delegação e) Pelo secretário regional, quando envolvam pessoas legítimo, requeiram essa informação. Utilização de meios eletrónicos
coletivas dotadas de autonomia sujeitas, ao seu poder de
superintendência. 1 Salvo disposição legal em contrário, na instrução
delegante ou subdelegante especificar os poderes que são Artigo 56.º
delegados ou subdelegados ou os atos que o delegado ou
Princípio da adequação procedimental meios eletrónicos, tendo em vista:
2 Os conflitos de competência são resolvidos pelo
órgão de menor categoria hierárquica que exerça poderes a) Facilitar o exercício de direitos e o cumprimento de
a delegar. de supervisão sobre os órgãos envolvidos. vel pela direção do procedimento goza de discricionarie- deveres através de sistemas que, de forma segura, fácil,
64 65
célere e compreensível, sejam acessíveis a todos os inte- 4 Salvo o disposto em lei especial, os balcões ele- 3 Em caso de recusa de auxílio administrativo re-
ressados; trónicos asseguram a emissão automatizada de atos mera- quaisquer folhas do mesmo. querido nos termos do n.º 1, ou de dilação na sua pres-
b) Tornar mais simples e rápido o acesso dos interessa- tação, a questão é resolvida, consoante o caso, pela au-
dos ao procedimento e à informação; ao processo administrativo em suporte eletrónico, que é
c) Simplificar e reduzir a duração dos procedimentos, eletrónico. definido por diploma próprio.
promovendo a rapidez das decisões, com as devidas ga-
rantias legais. poderes de direção, superintendência ou tutela sobre o
procedimento, não são devidas taxas quando, sempre que CAPÍTULO II órgão solicitado.
2 Quando na instrução do procedimento se utilizem Da relação jurídica procedimental
meios eletrónicos, as aplicações e sistemas informáticos mulas de cálculo não sejam introduzidos nas plataformas
SECÇÃO II
eletrónicas no âmbito das quais correm os procedimentos
procedimento e o órgão competente para a decisão, assim a que dizem respeito. SECÇÃO I Dos interessados no procedimento
6 As taxas referidas no número anterior são, porém, Dos sujeitos do procedimento
e a simplificação e a publicidade do procedimento. devidas sempre que: Artigo 67.º
a) A falta de introdução dos respetivos valores ou fór- Artigo 65.º Capacidade procedimental dos particulares
interessados têm direito:
Sujeitos da relação jurídica procedimental
1 Os particulares têm o direito de intervir pessoal-
taxas; e 1 São sujeitos da relação jurídica procedimental:
respeito; b) No prazo de cinco dias contados do início do proce- representar ou assistir através de mandatário.
b) A obter os instrumentos necessários à comunicação tigo 2.º, quando competentes para a tomada de decisões
de cálculo nas plataformas e notificado o interessado para ou para a prática de atos preparatórios;
proceder ao seu pagamento. capacidade de exercício de direitos segundo a lei civil, a
b) Os particulares legitimados nos termos do n.º 1 do
qual é também aplicável ao suprimento da incapacidade.
artigo 68.º;
previsto, conta de correio eletrónico e assinatura digital Artigo 63.º c) Pessoas singulares e coletivas de direito privado, em
certificada. Artigo 68.º
Comunicações por telefax, telefone ou meios eletrónicos defesa de interesses difusos, segundo o disposto nos n.os 2
e 3 do artigo 68.º; Legitimidade procedimental
Artigo 62.º d) Os órgãos que exerçam funções administrativas, nas
ções da Administração com os interessados ao longo do 1 Têm legitimidade para iniciar o procedimento ou
Balcão único eletrónico
condições previstas no n.º 4 do artigo 68.º
procedimento só podem processar-se através de telefax, para nele se constituírem como interessados os titulares
de direitos, interesses legalmente protegidos, deveres, en-
consideram-se interessados no procedimento os sujeitos
este deve designadamente proporcionar: forem ou possam ser tomadas, bem como as associações,
a) Informação clara e acessível a qualquer interessado a identificação da caixa postal eletrónica de que é titular, coletiva de interesses individuais dos seus associados que
ao abrigo de um dos títulos de legitimação previstos no
artigo 68.º caibam no âmbito dos respetivos fins.
instrução dos correspondentes pedidos e condições para eletrónica.
Artigo 66.º interesses difusos perante ações ou omissões da Adminis-
dido;
Auxílio administrativo dualizados em bens fundamentais como a saúde pública,
dos;
1 Para além dos casos em que a lei imponha a inter-
contacto regular através daqueles meios. território, o urbanismo, a qualidade de vida, o consumo
devidas, quando seja caso disso; 3 As comunicações da Administração com pessoas de bens e serviços e o património cultural:
d) Informação completa sobre a disciplina jurídica dos tente para a decisão final deve, por iniciativa própria, por
proposta do responsável pela direção do procedimento ou a) Os cidadãos no gozo dos seus direitos civis e polí-
vés do balcão eletrónico em causa; a requerimento de um sujeito privado da relação jurídica ticos e os demais eleitores recenseados no território por-
e) Endereço e contacto da entidade administrativa com procedimental, solicitar o auxílio de quaisquer outros ór- tuguês;
ticas com acesso restrito ou para os endereços de correio gãos da Administração Pública, indicando um prazo útil,
competência para a direção do procedimento administra- b) As associações e fundações representativas de tais
eletrónico ou número de telefax ou de telefone indicados quando:
tivo em causa; em qualquer documento por elas apresentado no procedi- interesses;
f) Informação sobre os meios de reação judiciais e ex- mento administrativo. a) O melhor conhecimento da matéria relevante exija c) As autarquias locais, em relação à proteção de tais
trajudiciais de resolução de eventuais litígios. uma investigação para a qual o órgão a quem é dirigida interesses nas áreas das respetivas circunscrições.
Artigo 64.º
2 Os balcões eletrónicos devem poder intermediar 3 Têm, ainda, legitimidade para assegurar a defesa
nos procedimentos a serem desenvolvidos entre os inte- Documentação das diligências e integridade não tenha acesso; de bens do Estado, das regiões autónomas e de autarquias
do processo administrativo locais afetados por ação ou omissão da Administração, os
b) Só o órgão a quem é dirigida a solicitação tenha em
recebendo os atos de uns e outros, mediante a entrega do 1 Das diligências realizadas oralmente são lavrados seu poder documentos ou dados cujo conhecimento seja
correspondente recibo, e transmitindo-o imediatamente. necessário à preparação da decisão; localizado o bem defendido.
3 O tempo que medeia entre a receção pelo balcão essenciais e da data e lugar da realização da diligência a c) A instrução requeira a intervenção de pessoal ou o 4 Têm igualmente legitimidade os órgãos que exer-
eletrónico dos documentos apresentados e a sua entrega que respeitam. çam funções administrativas quando as pessoas coletivas
para a decisão final não disponha. nas quais eles se integram sejam titulares de direitos ou
em caso de justo impedimento, designadamente quando é autuado e paginado de modo a facilitar a inclusão dos interesses legalmente protegidos, poderes, deveres ou su-
documentos que nele são sucessivamente incorporados e 2 À comunicação de documentos ou dados solicita- jeições que possam ser conformados pelas decisões que
a impedir o seu extravio. dos nos termos do número anterior aplicam-se as restri-
ções fixadas na legislação sobre o acesso aos documentos lhes caiba defender interesses difusos que possam ser be-
tente. administrativos. neficiados ou afetados por tais decisões.
66 67
sado, em substituição do ato ou dos atos cuja preparação de modo definitivo, a posição do órgão sobre a matéria da ao respetivo deferimento e na possibilidade da repetição máximo de 10 dias, a contar da apresentação do requeri-
se visava. deliberação a adotar, ou para tomar ele próprio a decisão da conferência, caso essas alterações sejam concretizadas mento, certidão, reprodução ou declaração autenticada de
pelo interessado. documentos de que constem, consoante o pedido, todos
conferências de coordenação. 6 O disposto no número anterior não impede os ór- ou alguns dos seguintes elementos:
6 A ausência de um órgão regularmente convocado gãos participantes na conferência, que não tenham apre-
caso, aplicável o disposto no n.º 7 do artigo 79.º reclamações, recursos ou documentos semelhantes;
dimental deliberativa nada têm a opor ao deferimento do lhes compete, no prazo de oito dias, a contar do termo da
pedido, salvo se invocarem justo impedimento no prazo ou pretensão nestes formulada;
Artigo 78.º conferência.
de oito dias. c) Andamento que tiveram ou situação em que se en-
Instituição das conferências procedimentais contram os documentos a que se refere o n.º 1;
7 Quando na conferência procedimental participem
d) Resolução tomada ou falta de resolução.
todos os órgãos envolvidos nisso, previamente, acordem.
possibilidade da realização de conferências procedimen- escrito no prazo de oito dias, para ser anexado à ata.
tais no âmbito de cada tipo de procedimento depende de 8 O interessado pode ser convocado para estar pre- abrange os documentos classificados ou que revelem se-
atualidade se mantenha. gredo comercial ou industrial ou segredo relativo à pro-
necessário a uma boa decisão. priedade literária, artística ou científica.
autónomas. 3 Quando os elementos constem de procedimentos
Artigo 80.º CAPÍTULO IV informatizados, as certidões, reproduções ou declarações
previstas no n.º 1 são passadas, com a devida autentica-
Audiência dos interessados e audiência pública Do direito à informação ção, no prazo máximo de três dias, por via eletrónica ou
dos ministros competentes para a direção e tutela dos or- 1 Na conferência procedimental, o direito de audi- mediante impressão nos serviços da Administração.
Artigo 82.º
ganismos envolvidos ou para a resolução dos conflitos de
atribuições ou competências entre os órgãos em causa. na qual estejam presentes todos os órgãos participantes, Direito dos interessados à informação Artigo 85.º
3 O ato que institui a possibilidade da realização de e, no caso da conferência de coordenação, em simultâneo Extensão do direito à informação
responsável pela direção do procedimento, sempre que o
procedimento:
anexo da ata da sessão.
a) Determina o órgão competente para convocar e pre- 2 Para o efeito do disposto do número anterior, os gítimo no conhecimento dos elementos que pretendam.
sidir às conferências;
artigo 122.º
dos deveres que lhes são impostos no presente capítulo; 3 Nos procedimentos em que seja obrigatória a au-
c) Habilita os órgãos participantes a delegar em mem- diência pública, a realização desta na pendência da confe- probatórios do interesse legítimo invocado.
sados, as decisões adotadas e quaisquer outros elementos
rência procedimental suspende o prazo para a conclusão solicitados.
da mesma. 3 As informações solicitadas ao abrigo do presente CAPÍTULO V
das conferências procedimentais, segundo o disposto no
presente capítulo; artigo são fornecidas no prazo máximo de 10 dias.
Artigo 81.º Dos prazos
4 Nos procedimentos eletrónicos, a Administração
Conclusão da conferência procedimental
Artigo 86.º
1 O prazo para a realização da conferência procedi- Prazo geral
mental é de 60 dias, prorrogável por mais 30 dias, e, no formação sobre o estado de tramitação do procedimento.
por cada um deles.
dos procedimentos nos quais deveriam ser praticados os mento e na falta de disposição especial ou de fixação pela
Artigo 79.º eletrónica sobre o andamento dos procedimentos abrange
vários atos envolvidos. os elementos mencionados no n.º 2.
Realização da conferência procedimental 2 A conferência procedimental finda: administrativos é de 10 dias.
2 É igualmente de 10 dias o prazo para os interessa-
a) Com a prática do ato ou dos atos que visa preparar; Artigo 83.º
tivamente a uma situação concreta, por iniciativa própria Consulta do processo e passagem de certidões
preparar tenham sido praticados. quais se devam pronunciar ou exercerem outros poderes
no artigo anterior, ou quando requerida por um ou mais 1 Os interessados têm o direito de consultar o pro-
no procedimento.
interessados. 3 No termo da conferência procedimental, o órgão cesso que não contenha documentos classificados ou que
que a ela presidiu elabora uma ata, na qual são registados revelem segredo comercial ou industrial ou segredo rela-
tivo à propriedade literária, artística ou científica. Artigo 87.º
competente no dever de convocar a conferência no prazo os sucessivos passos da conferência e, quando for o caso,
de 15 dias. o ato ou atos decisórios nela praticados, com a respetiva 2 O direito referido no número anterior abrange os Contagem dos prazos
fundamentação, e os restantes atos nela autonomamente À contagem dos prazos são aplicáveis as seguintes re-
praticados por cada órgão participante. dos dados pessoais nos termos da lei.
gras:
e na Internet, no sítio institucional da entidade em causa, ser lesados pelos atos a praticar e que possam ser desde
com a visibilidade adequada à sua compreensão. da data em que este se verificou. logo nominalmente identificadas.
2 Os interessados devem dirigir, por escrito, as suas mentos deve fazer-se por via eletrónica.
anterior nos casos em que a lei a dispense e naqueles em
sediadas no país em que residam ou se encontrem os in- Artigo 106.º que a mesma possa prejudicar a natureza secreta ou con-
de regulamento. teressados. Recibo de entrega de requerimentos
de que o respetivo projeto foi objeto de consulta pública, remetem os requerimentos aos órgãos a quem sejam di- procedimento se destina.
quando tenha sido o caso. da entrega dos requerimentos apresentados.
recebimento.
CAPÍTULO II Artigo 104.º para esse fim. em que o mesmo se iniciou, o serviço por onde corre e o
Procedimento do ato administrativo respetivo objeto.
Forma de apresentação dos requerimentos
Artigo 111.º
1 Os requerimentos dirigidos a órgãos administra-
SECÇÃO I Destinatários das notificações
tivos podem ser apresentados por uma das seguintes for-
Da iniciativa particular mas:
Artigo 107.º sado, salvo quando este tenha constituído mandatário no
Artigo 102.º Outros escritos apresentados pelos interessados procedimento, caso em que devem ser efetuadas a este.
tação a da respetiva entrega;
Requerimento inicial os interessados ou os mandatários, quando constituídos,
data da apresentação a da efetivação do respetivo registo
postal;
casos em que a lei admite o pedido verbal, deve ser for-
mulado por escrito e conter: na pendência do procedimento.
de dados, valendo como data da apresentação a do termo Artigo 108.º
a) A designação do órgão administrativo a que se di- da expedição; Artigo 112.º
d) Envio por transmissão eletrónica de dados, valendo Deficiência do requerimento inicial
rige; Forma das notificações
como data da apresentação a da respetiva expedição; 1 Se o requerimento inicial não satisfizer o disposto
nome, domicílio, bem como, se possível, dos números de e) Formulação verbal, quando a lei admita essa forma no artigo 102.º, o requerente é convidado a suprir as de- 1 As notificações podem ser efetuadas:
identificação civil e identificação fiscal; de apresentação. ficiências existentes. a) Por carta registada, dirigida para o domicílio do no-
c) A exposição dos factos em que se baseia o pedido 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, de- tificando ou, no caso de este o ter escolhido para o efeito,
2 Os requerimentos enviados por telefax ou trans- vem os órgãos e agentes administrativos procurar suprir para outro domicílio por si indicado;
fundamentos de direito;
qualquer dia e independentemente da hora da abertura e a evitar que os interessados sofram prejuízos por virtude
sos; do encerramento dos serviços. ou se for inviável a notificação por outra via;
e) A data e a assinatura do requerente, ou de outrem a 3 A Administração pode estabelecer modelos e sis- formulação dos seus pedidos.
seu rogo, se o mesmo não souber ou não puder assinar; eletrónica automaticamente gerada por sistema incorpo-
f) A indicação do domicílio escolhido para nele ser no- aos interessados os respetivos formulários. identificados e aqueles cujo pedido seja ininteligível. rado em sítio eletrónico pertencente ao serviço do órgão
tificado; competente ou ao balcão único eletrónico;
g) A indicação do número de telefax ou telefone ou a Artigo 109.º d) Por edital, quando seja esta a forma de notificação
Questões que prejudiquem o desenvolvimento
previstos no n.º 1 do artigo 63.º conta pelo órgão ao qual se dirige o requerimento. normal do procedimento forem incertos ou de paradeiro desconhecido;
e) Por anúncio, quando os notificandos forem em nú-
mero superior a 50.
vários pedidos, desde que entre eles exista conexão. pública.
qualquer questão que prejudique o desenvolvimento nor-
2 As notificações previstas na alínea c) do número
querimento, é lavrado termo para este efeito, o qual deve anterior podem ter lugar nos seguintes casos:
a uma pluralidade de pessoas que tenham conteúdo e fun- conter as menções previstas no n.º 1 do artigo 102.º e ser o seu objeto e, nomeadamente, das seguintes questões:
damento idênticos ou substancialmente similares. assinado, depois de datado, pelo requerente e pelo agente a) Incompetência do órgão administrativo;
que receba o pedido. b) Caducidade do direito que se pretende exercer;
Artigo 103.º acesso restrito ou para os endereços de correio eletrónico
c) Ilegitimidade dos requerentes;
Artigo 105.º ou número de telefax ou telefone indicados em qualquer
Local de apresentação dos requerimentos d) Extemporaneidade do pedido.
documento apresentado no procedimento administrativo,
Registo de apresentação de requerimentos quando se trate de pessoas coletivas;
viços dos órgãos aos quais são dirigidos, salvo o disposto órgão incompetente, é aplicável o disposto no artigo 41.º
nos números seguintes. seja o modo por que se efetue, é sempre objeto de registo, nos restantes casos.
na entrada do serviço da Administração por onde corre o Artigo 114.º 3 Quando as informações, documentos ou atos soli-
Notificação dos atos administrativos
em poder da Administração, o ónus previsto no número citados ao interessado sejam necessários à apreciação do
conhecido do notificando no país e, outro, na entrada da pedido por ele formulado, não deve ser dado seguimento
sede da respetiva junta de freguesia. proceda à sua correta identificação junto do responsável ao procedimento, disso se notificando o particular.
destinatários, designadamente os que: pela direção do procedimento.
3 Os interessados podem juntar documentos e pare- Artigo 120.º
muladas; cimento dos factos com interesse para a decisão. Produção antecipada de prova
República ou na publicação oficial da entidade pública,
num jornal de circulação nacional ou local, dependendo sanções, ou causem prejuízos; 1 Havendo justo receio de vir a tornar-se impossí-
do âmbito da matéria em causa, e sempre na Internet, no país estrangeiro, a lei que rege a produção da forma espe- vel ou de difícil realização a produção de qualquer prova
interesses legalmente protegidos, ou afetem as condições com interesse para a decisão, pode o órgão competente,
adequada à sua compreensão. -se a suficiência daquela forma especial por equiparação
do seu exercício. funcional à forma exigida pela lei nacional.
5 Sempre que a notificação seja feita por telefone, a proceder à sua recolha antecipada.
mesma é confirmada nos termos da alínea a) do n.º 1, no 5 As despesas resultantes das diligências de prova
2 Da notificação do ato administrativo devem cons-
dia útil imediato, sem prejuízo de a notificação se consi- tar: antes da instauração do procedimento.
derar feita na data da primeira comunicação. sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 15.º
a) O texto integral do ato administrativo, incluindo a
respetiva fundamentação, quando deva existir; Artigo 117.º SECÇÃO IV
Artigo 113.º
b) A identificação do procedimento administrativo, in- Solicitação de provas aos interessados Da audiência dos interessados
Perfeição das notificações cluindo a indicação do autor do ato e a data deste;
1 A notificação por carta registada presume-se efe- Artigo 121.º
impugnação administrativa do ato e o respetivo prazo, no
Direito de audiência prévia
dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.
necessária. ções e a colaboração noutros meios de prova. 1 Sem prejuízo do disposto no artigo 124.º, os inte-
2 A presunção prevista no número anterior só pode 2 É legítima a recusa às determinações previstas no
3 O texto integral do ato pode ser substituído pela número anterior, quando a obediência às mesmas:
o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presu-
mida, devendo para o efeito a Administração ou o tribu- indicação resumida do seu conteúdo e objeto, quando o nomeadamente, sobre o sentido provável desta.
nal, a requerimento do interessado, solicitar aos correios comercial ou industrial; 2 No exercício do direito de audiência, os interes-
informação sobre a data efetiva da receção. pelo interessado. b) Implicar o esclarecimento de factos cuja revelação sados podem pronunciar-se sobre todas as questões com
3 A notificação por telefax presume-se efetuada na esteja proibida ou dispensada por lei; interesse para a decisão, em matéria de facto e de direito,
c) Importar a revelação de factos puníveis, praticados bem como requerer diligências complementares e juntar
a menção de que a mensagem foi enviada com êxito, bem são na indicação do meio de impugnação administrativa a documentos.
como da data, hora e número de telefax do recetor. utilizar contra o ato notificado não prejudica a utilização
4 A presunção prevista no número anterior pode ser do referido meio no prazo de 30 dias, a contar do trânsito graus; prazos em todos os procedimentos administrativos.
em julgado da decisão jurisdicional. d) For suscetível de causar dano moral ou material ao
data da emissão. próprio interessado ou a alguma das pessoas referidas na Artigo 122.º
nistrativos devem ser notificados no prazo de oito dias. alínea anterior.
5 A notificação por meios eletrónicos considera-se Notificação para a audiência
efetuada, no caso de correio eletrónico, no momento em
SECÇÃO III Artigo 118.º
Da instrução Forma da prestação de informações ou da apresentação de provas responsável pela direção do procedimento determina, em
notificações por via de transmissão eletrónica de dados, cada caso, se a audiência se processa por forma escrita ou
Artigo 115.º oral e manda notificar os interessados para, em prazo não
de provas pelos interessados faz-se por escrito, podendo inferior a 10 dias, dizerem o que se lhes oferecer.
Factos sujeitos a prova também ser feita oralmente, quando tal seja admitido, nos
termos e condições que para o efeito forem fixados.
institucional do órgão competente. 1 O responsável pela direção do procedimento deve 2 Se o interessado não residir no município da sede
conhecer todos os aspetos relevantes para a decisão, em
adequado e necessário à tomada de uma decisão legal e matéria de facto e de direito, indicando também as horas
informática disponibilizada pelo sítio eletrónico institu- e o local onde o processo pode ser consultado.
cional do órgão competente, a notificação considera-se recorrer a todos os meios de prova admitidos em direito. 3 No caso de haver sítio na Internet da entidade em
efetuada no vigésimo quinto dia posterior ao seu envio, 2 Não carecem de prova nem de alegação os factos órgão responsável pela direção do procedimento, salvo se causa onde o processo possa ser consultado, a notificação
notórios, bem como os factos de que o responsável pela o interessado preferir comparecer perante este.
direção do procedimento tenha conhecimento em virtude mesmo para efeitos de o processo poder também ser con-
do exercício das suas funções. Artigo 119.º sultado pelos interessados pela via eletrónica.
3 O responsável pela direção do procedimento deve
mente através de um sistema de filtragem não imputável Falta de prestação de provas Artigo 123.º
ao interessado. conhecimento em virtude do exercício das suas funções. Audiência oral
7 Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do número an-
terior, a notificação por telefone considera-se efetuada na Artigo 116.º 1 Quando o órgão responsável pela direção do pro-
data em que ocorreu a comunicação telefónica. nova notificação ou prescindir-se da prática do ato, con-
Prova pelos interessados
8 A notificação edital considera-se efetuada no dia forme as circunstâncias aconselharem.
conferência, quando tal se justifique e existam os meios
consoante o que ocorrer em último lugar. alegado, sem prejuízo do dever cometido ao responsável apreciada para efeitos de prova, consoante as circunstân- necessários para o efeito.
cias do caso, não dispensando o órgão administrativo de
em que for publicado o último anúncio. anterior. procurar averiguar os factos, nem de proferir a decisão.
76 77
justificação da falta até ao momento fixado para a audiên- 5 A interpelação a que se refere o número anterior PARTE IV
cia, deve proceder-se ao adiamento desta. um contrato.
prazo para a autorização ou aprovação, devendo o órgão Da atividade administrativa
Artigo 128.º competente, nesse caso, emiti-las no prazo de 20 dias.
cedimento deve tentar chegar a acordo com o interessado CAPÍTULO I
Prazos para a decisão dos procedimentos
sobre a nova data da audiência, que, em qualquer caso, se Artigo 131.º
deve realizar dentro dos 20 dias seguintes. 1 Os procedimentos de iniciativa particular devem Do regulamento administrativo
Desistência e renúncia
trato das alegações feitas pelo interessado, podendo este decorrer da lei, podendo o prazo, em circunstâncias ex- SECÇÃO I
riormente. do procedimento, por um ou mais períodos, até ao limite formulados, bem como renunciar aos seus direitos ou in- Disposições gerais
máximo de 90 dias, mediante autorização do órgão com- teresses legalmente protegidos, salvo nos casos previstos
Artigo 124.º petente para a decisão final, quando as duas funções não na lei. Artigo 135.º
Dispensa de audiência dos interessados coincidam no mesmo órgão. Conceito de regulamento administrativo
2 A decisão de prorrogação referida no número an-
entender que o interesse público assim o exige.
não proceder à audiência dos interessados quando: direção do procedimento.
a) A decisão seja urgente; 3 O prazo referido no n.º 1 conta-se, na falta de dis- Artigo 132.º gerais e abstratas que, no exercício de poderes jurídico-
posição especial, da data de entrada do requerimento ou
Deserção
se refere o n.º 2 do artigo anterior e, por facto imputável a nos.
do n.º 3 do mesmo artigo; e fixe prazo para a respetiva conclusão. imputável ao interessado, esteja parado por mais de seis Artigo 136.º
c) Seja razoavelmente de prever que a diligência possa Habilitação legal
comprometer a execução ou a utilidade da decisão; procedimento.
d) O número de interessados a ouvir seja de tal forma daquelas formalidades. 2 A deserção não extingue o direito que o particular
pretendia fazer valer. lei habilitante.
pela forma mais adequada; Artigo 133.º leis que visam regulamentar ou, no caso de regulamentos
e) Os interessados já se tiverem pronunciado no proce- tro dos 10 dias seguintes ao termo dos mesmos prazos.
Falta de pagamento de taxas ou despesas
e objetiva para a sua emissão.
as provas produzidas; de conduzir à emissão de uma decisão com efeitos des-
favoráveis para os interessados caducam, na ausência de consideram-se independentes os regulamentos que visam
a uma decisão inteiramente favorável aos interessados. decisão, no prazo de 180 dias. que a lei faça depender a realização dos atos procedimen-
tais, salvo nos casos previstos no n.º 2 do artigo 15.º atribuições das entidades que os emitam.
2 Nas situações previstas no número anterior, a de- Artigo 129.º
dimento se realizarem o pagamento em dobro da quantia efeitos do disposto no presente capítulo, carecem de lei
Incumprimento do dever de decisão
audiência. em falta nos 10 dias seguintes ao termo do prazo fixado
Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 13.º e no para o seu pagamento.
Artigo 125.º padrões de conduta na vida em sociedade com, entre ou-
Diligências complementares SECÇÃO VI
constitui incumprimento do dever de decisão, conferindo
Após a audiência, podem ser efetuadas, oficiosamente Comunicações prévias práticas».
ou a pedido dos interessados, as diligências complemen- administrativa e jurisdicional adequados.
tares que se mostrem convenientes. Artigo 134.º Artigo 137.º
Artigo 130.º Regime Regulamento devido e sua omissão
SECÇÃO V Atos tácitos
1 A lei pode prever que a produção de determinados 1 Quando a adoção de um regulamento seja neces-
Da decisão e outras causas de extinção do procedimento 1 Existe deferimento tácito quando a lei ou regula- sária para dar exequibilidade a ato legislativo carente de
pelo interessado não dependa da emissão de um ato ad- regulamentação, o prazo para a emissão do regulamento
Artigo 126.º final sobre pretensão dirigida a órgão competente dentro é, no silêncio da lei, de 90 dias.
do prazo legal tem o valor de deferimento.
Relatório do responsável pela direção do procedimento
preenchimento dos correspondentes pressupostos legais e
tificação do ato não for expedida até ao primeiro dia útil regulamentares.
for o órgão competente para a decisão final, elabora um seguinte ao termo do prazo da decisão.
relatório no qual indica o pedido do interessado, resume o 3 O prazo legal de produção de deferimento tácito possibilidade de recurso à tutela jurisdicional.
suspende-se se o procedimento estiver parado por motivo ção prévia do interessado só produza os efeitos visados se
dispensa da audiência dos interessados, quando esta não imputável ao interessado e só se interrompe com a notifi- Artigo 138.º
cação de decisão expressa. dentro de determinado prazo.
Relações entre os regulamentos
zando as razões de facto e de direito que a justificam.
de autorização prévia ou um ato esteja sujeito à aprova-
Artigo 127.º
entidade no exercício de poderes públicos, prescinde-se
Decisão do procedimento
da autorização prévia ou da aprovação desde que o órgão
Salvo se outra coisa resultar da lei ou da natureza das e da possibilidade de esta utilizar os meios adequados à de autonomia regulamentar, salvo se estes configurarem
para as emitir. defesa da legalidade. normas especiais.
78 79
2 Os regulamentos municipais prevalecem sobre os b) Os regulamentos que desrespeitem os regulamentos SECÇÃO V Artigo 151.º
regulamentos das freguesias, salvo se estes configurarem emanados pelo delegante, salvo se a delegação incluir a Menções obrigatórias
Da impugnação de regulamentos administrativos
normas especiais. competência regulamentar;
1 Sem prejuízo de outras referências especialmente
-se a seguinte ordem de prevalência: Artigo 147.º exigidas por lei, devem constar do ato:
a competência para a respetiva emissão. Reclamações e recursos administrativos
a) Decretos regulamentares;
delegação ou subdelegação de poderes, quando exista;
normativo; Artigo 144.º
cação, suspensão, revogação ou declaração de invalidade
c) Portarias; Regime de invalidade de regulamentos administrativos diretamente lesivos dos natários;
d) Despachos. seus direitos ou interesses legalmente protegidos, assim c) A enunciação dos factos ou atos que lhe deram ori-
1 A invalidade do regulamento pode ser invocada a gem, quando relevantes;
todo o tempo por qualquer interessado e pode, também a d) A fundamentação, quando exigível;
SECÇÃO II administrativos.
todo o tempo, ser declarada pelos órgãos administrativos
Da eficácia do regulamento administrativo objeto;
ser exercidos, consoante os casos, mediante reclamação
para o autor do regulamento ou recurso para o órgão com f) A data em que é praticado;
Artigo 139.º formal ou procedimental da qual não resulte a sua incons-
titucionalidade só podem ser impugnados ou declarados competência para o efeito, caso exista.
Publicação 3 À impugnação administrativa de regulamentos é colegial que o emana.
oficiosamente inválidos pela Administração no prazo de
A produção de efeitos do regulamento depende da res- aplicável o disposto nos artigos 189.º e 190.º para a im-
nos casos de carência absoluta de forma legal ou de pre- pugnação facultativa de atos administrativos.
prejuízo de tal publicação poder ser feita também na pu- terição de consulta pública exigida por lei.
blicação oficial da entidade pública, e na Internet, no sítio 3 A declaração administrativa de invalidade produz
CAPÍTULO II jurídicos do ato administrativo.
institucional da entidade em causa. efeitos desde a data de emissão do regulamento e deter-
mina a repristinação das normas que ele haja revogado, Do ato administrativo
Artigo 140.º Artigo 152.º
salvo quando estas sejam ilegais ou tenham deixado por
outro motivo de vigorar, devendo o órgão competente re- Dever de fundamentação
Vigência SECÇÃO I
conhecer o afastamento do efeito repristinatório, quando 1 Para além dos casos em que a lei especialmente o
este se verifique. Disposições gerais exija, devem ser fundamentados os atos administrativos
lecida ou no quinto dia após a sua publicação. 4 A retroatividade da declaração de invalidade não que, total ou parcialmente:
afeta os casos julgados nem os atos administrativos que Artigo 148.º
Artigo 141.º
caso, quando se trate de atos desfavoráveis para os des- Conceito de ato administrativo
Proibição de eficácia retroativa
tinatários.
ou sanções;
SECÇÃO IV
b) Decidam reclamação ou recurso;
interesses legalmente protegidos, ou afetem as condições sem produzir efeitos jurídicos externos numa situação
Da caducidade e da revogação individual e concreta. formulada por interessado, ou de parecer, informação ou
do seu exercício. proposta oficial;
Artigo 145.º Artigo 149.º
a data anterior àquela a que se reporta a lei habilitante.
Caducidade
Cláusulas acessórias
Artigo 142.º e) Impliquem declaração de nulidade, anulação, revo-
1 Os atos administrativos podem ser sujeitos, pelo
Aplicação de regulamentos resolutiva caducam com a verificação destes.
2 Os regulamentos de execução caducam com a re- anterior.
1 Os regulamentos podem ser interpretados, modi- vogação das leis que regulamentam, salvo na medida em
ficados e suspensos pelos órgãos competentes para a sua rios à lei ou ao fim a que o ato se destina, tenham relação 2 Salvo disposição legal em contrário, não carecem
emissão. houver regulamentação desta. de ser fundamentados os atos de homologação de delibe-
atos administrativos de caráter individual e concreto. Artigo 146.º da proporcionalidade. superiores hierárquicos aos seus subalternos em matéria
Revogação
de serviço e com a forma legal.
SECÇÃO III trativos de conteúdo vinculado só é admissível quando a
Artigo 153.º
Da invalidade do regulamento administrativo
da prática do ato. Requisitos da fundamentação
disposto nos números seguintes.
Artigo 143.º 2 Os regulamentos necessários à execução das leis
Invalidade em vigor ou de direito da União Europeia não podem ser Artigo 150.º sucinta exposição dos fundamentos de facto e de direito
objeto de revogação sem que a matéria seja simultanea- Forma dos atos
1 São inválidos os regulamentos que sejam descon- mente objeto de nova regulamentação.
formes com a Constituição, a lei e os princípios gerais de 3 Em caso de inobservância do disposto no número 1 Os atos administrativos devem ser praticados por
direito administrativo ou que infrinjam normas de direito escrito, desde que outra forma não seja prevista por lei ou parte integrante do respetivo ato.
internacional ou de direito da União Europeia. até ao início da vigência do novo regulamento, as normas imposta pela natureza e circunstâncias do ato.
2 São também inválidos: 2 A forma escrita só é obrigatória para os atos dos
a) Os regulamentos que desrespeitem os regulamentos aplicabilidade da lei exequenda.
emanados dos órgãos hierarquicamente superiores ou do-
tados de poderes de superintendência; expressa das normas revogadas. o que não produzem efeitos.
80 81
os fundamentos das decisões, desde que tal não envolva c) Quando os seus efeitos, pela natureza do ato ou por k) Os atos que criem obrigações pecuniárias não pre-
diminuição das garantias dos interessados. disposição legal, dependam de trâmite procedimental ou vistas na lei;
l) Os atos praticados, salvo em estado de necessidade, quando ocorram na pendência de processo impugnatório
Artigo 154.º validade do próprio ato. e respeitem a atos que envolvam a imposição de deveres,
Fundamentação de atos orais
gido. encargos, ónus ou sujeições, a aplicação de sanções ou a
Artigo 158.º restrição de direitos e interesses legalmente protegidos.
1 A fundamentação dos atos orais abrangidos pelo Artigo 162.º
Publicação obrigatória
Regime da nulidade SECÇÃO IV
rimento dos interessados, e para efeitos de impugnação,
tória quando exigida por lei. 1 O ato nulo não produz quaisquer efeitos jurídicos, Da revogação e da anulação administrativas
no prazo de 10 dias. 2 A falta de publicação do ato, quando legalmente independentemente da declaração de nulidade.
2 O não exercício, pelos interessados, da faculdade exigida, implica a sua ineficácia. 2 Salvo disposição legal em contrário, a nulidade é Artigo 165.º
Revogação e anulação administrativas
eventual falta de fundamentação do ato. também a todo o tempo, ser conhecida por qualquer auto-
Artigo 159.º 1 A revogação é o ato administrativo que determina
SECÇÃO II Termos da publicação obrigatória órgãos administrativos competentes para a anulação. a cessação dos efeitos de outro ato, por razões de mérito,
Da eficácia do ato administrativo conveniência ou oportunidade.
2 A anulação administrativa é o ato administrativo
Artigo 155.º regular os respetivos termos, deve a mesma ser feita no de facto decorrentes de atos nulos, de harmonia com os que determina a destruição dos efeitos de outro ato, com
Diário da República ou na publicação oficial da entidade fundamento em invalidade.
Regra geral
1 O ato administrativo produz os seus efeitos desde causa, no prazo de 30 dias, e conter todos os elementos designadamente associados ao decurso do tempo. Artigo 166.º
a data em que é praticado, salvo nos casos em que a lei referidos no n.º 1 do artigo 151.º
Atos insuscetíveis de revogação ou anulação administrativas
ou o próprio ato lhe atribuam eficácia retroativa, diferida Artigo 163.º
ou condicionada. Artigo 160.º Atos anuláveis e regime da anulabilidade
2 O ato considera-se praticado quando seja emitida administrativas:
Eficácia dos atos constitutivos de deveres ou encargos
uma decisão que identifique o autor e indique o destinatá- 1 São anuláveis os atos administrativos praticados
a) Os atos nulos;
cáveis, para cuja violação se não preveja outra sanção. b) Os atos anulados contenciosamente;
Artigo 156.º c) Os atos revogados com eficácia retroativa.
prejuízos ou restrinjam direitos ou interesses legalmente
protegidos, ou afetem as condições do seu exercício, só ser destruídos com eficácia retroativa se o ato vier a ser
Eficácia retroativa 2 Os atos cujos efeitos tenham caducado ou se en-
são oponíveis aos destinatários a partir da respetiva no- anulado por decisão proferida pelos tribunais administra-
1 Têm eficácia retroativa os atos administrativos: tificação. tivos ou pela própria Administração.
nistrativa ou de revogação com eficácia retroativa.
a) Que se limitem a interpretar atos anteriores;
b) A que a lei atribua efeito retroativo. SECÇÃO III competente, dentro dos prazos legalmente estabelecidos. Artigo 167.º
Da invalidade do ato administrativo 4 Os atos anuláveis podem ser anulados pela Admi- Condicionalismos aplicáveis à revogação
2 Fora dos casos abrangidos pelo número anterior, nistração nos prazos legalmente estabelecidos.
o autor do ato administrativo só pode atribuir-lhe eficácia 5 Não se produz o efeito anulatório quando: 1 Os atos administrativos não podem ser revogados
retroativa: Artigo 161.º quando a sua irrevogabilidade resulte de vinculação legal
a) O conteúdo do ato anulável não possa ser outro, por ou quando deles resultem, para a Administração, obriga-
a) Quando a retroatividade seja favorável para os inte- Atos nulos
o ato ser de conteúdo vinculado ou a apreciação do caso ções legais ou direitos irrenunciáveis.
1 São nulos os atos para os quais a lei comine ex- 2 Os atos constitutivos de direitos só podem ser re-
pressamente essa forma de invalidade. legalmente possível; vogados:
remontar a eficácia do ato já existissem os pressupostos
justificativos dos efeitos a produzir; 2 São, designadamente, nulos:
preterida tenha sido alcançado por outra via; a) Na parte em que sejam desfavoráveis aos interesses
b) Quando estejam em causa decisões revogatórias de a) Os atos viciados de usurpação de poder; dos beneficiários;
atos administrativos tomadas por órgãos ou agentes que b) Os atos estranhos às atribuições dos ministérios, ou sem o vício, o ato teria sido praticado com o mesmo con-
das pessoas coletivas referidas no artigo 2.º, em que o seu teúdo. cordância e não estejam em causa direitos indisponíveis;
hierárquico; autor se integre;
Artigo 164.º
res, encargos, ónus ou sujeições constituídos no passado, circunstâncias de facto, em face das quais, num ou noutro
de um crime; Ratificação, reforma e conversão
caso, não poderiam ter sido praticados;
na sequência de anulação administrativa, e não envolva a 1 São aplicáveis à ratificação, reforma e conversão
direito fundamental; dos atos administrativos as normas que regulam a compe- em que o quadro normativo aplicável consinta a precari-
de direitos ou interesses legalmente protegidos. e) Os atos praticados com desvio de poder para fins de zação do ato em causa e se verifique o circunstancialismo
tência para a anulação administrativa dos atos inválidos e
d) Quando a lei o permita ou imponha. interesse privado; específico previsto na própria cláusula.
a sua tempestividade.
f) Os atos praticados sob coação física ou sob coação 2 Os atos nulos só podem ser objeto de reforma ou
Artigo 157.º moral; conversão.
Eficácia diferida ou condicionada g) Os atos que careçam em absoluto de forma legal; 3 Em caso de incompetência, o poder de ratificar o consideram-se constitutivos de direitos os atos adminis-
ato cabe ao órgão competente para a sua prática.
cionada: legalmente exigidos; ou sujeições, salvo quando a sua precariedade decorra da
cedimentais aplicáveis ao novo ato.
a) Quando estiver sujeito a aprovação ou a referendo; i) Os atos que ofendam os casos julgados; 5 Desde que não tenha havido alteração ao regime lei ou da natureza do ato.
b) Quando os seus efeitos ficarem dependentes de con- legal, a ratificação, a reforma e a conversão retroagem os
dição ou termo suspensivos; xistentes;
82 83
conhecimento da superveniência ou da alteração das cir- ato válido com o mesmo conteúdo sana os efeitos por ele
cunstâncias, podendo esse prazo ser prorrogado, por mais tos repristinatórios se a lei ou o ato de revogação assim produzidos, assim como os respetivos atos consequentes.
dois anos, por razões fundamentadas. em julgado, proferida por um tribunal administrativo que, expressamente o determinarem.
julgando em última instância, tenha dado execução a uma 3 Salvo disposição especial, a anulação administra- substituído tiver tido por objeto a imposição de deveres,
tiva produz efeitos retroativos, mas o autor da anulação encargos, ónus ou sujeições, a aplicação de sanções ou a
para o Estado português. pode, na própria decisão, atribuir-lhe eficácia para o fu- restrição de direitos ou interesses legalmente protegidos,
de indemnização pelo sacrifício, mas quando a afetação turo, quando o ato se tenha tornado inimpugnável por via
do direito, pela sua gravidade ou intensidade, elimine ou Artigo 169.º jurisdicional.
precedeu a substituição do ato.
Iniciativa e competência
correspondente ao valor económico do direito eliminado ato revogatório, só não determina a repristinação do ato Artigo 174.º
ou da parte do direito que tiver sido restringida. gação ou anulação administrativas por iniciativa dos ór- Retificação dos atos administrativos
dispuserem.
reclamação ou recurso administrativo. 1 Os erros de cálculo e os erros materiais na expres-
prática do ato revogado, desconheciam sem culpa a exis- Artigo 172.º são da vontade do órgão administrativo, quando manifes-
2 Salvo disposição especial e sem prejuízo do dis-
posto nos números seguintes, são competentes para a re- Consequências da anulação administrativa
tos, podem ser retificados, a todo o tempo, pelos órgãos
do ato. competentes para a revogação do ato.
respetivos superiores hierárquicos, desde que não se trate 1 Sem prejuízo do eventual poder de praticar novo
Artigo 168.º ato administrativo, a anulação administrativa constitui a pedido dos interessados, produz efeitos retroativos e deve
de ato da competência exclusiva do subalterno.
Condicionalismos aplicáveis à anulação administrativa 3 Os atos administrativos podem ser objeto de anu- ser feita sob a forma e com a publicidade usadas para a
1 Os atos administrativos podem ser objeto de anu- prática do ato retificado.
respetivo superior hierárquico. de dar cumprimento aos deveres que não tenha cumprido
lação administrativa no prazo de seis meses, a contar da
SECÇÃO V
de invalidade, ou, nos casos de invalidade resultante de atos administrativos praticados por delegação ou subde- jurídica e de facto existente no momento em que deveria
legação de poderes podem ser objeto de revogação ou de ter atuado. Da execução do ato administrativo
erro do agente, desde o momento da cessação do erro, em
anulação administrativa pelo órgão delegante ou subdele-
anos, a contar da respetiva emissão. gante, bem como pelo delegado ou subdelegado. Artigo 175.º
2 Salvo nos casos previstos nos números seguintes, Objeto
os atos constitutivos de direitos só podem ser objeto de atos administrativos praticados por órgãos sujeitos a su-
perintendência ou tutela administrativa podem ser objeto
contar da data da respetiva emissão. de revogação ou de anulação administrativa pelos órgãos
com poderes de superintendência ou tutela. dência de prazo, e alterar as situações de facto entretanto
jurisdicional, a anulação administrativa só pode ter lugar 6 Os atos administrativos praticados por órgão in-
até ao encerramento da discussão.
em cumprimento de limitações impostas por atos admi-
administrativa pelo órgão competente para a sua prática. ato anulado não tivesse sido praticado. nistrativos.
creverem prazo diferente, os atos constitutivos de direitos
2 A adoção de medidas policiais de coação direta,
de cinco anos, a contar da data da respetiva emissão, nas Artigo 170.º dirigidas à execução de obrigações diretamente decorren-
seguintes circunstâncias: Forma e formalidades tes do quadro normativo aplicável, é objeto de legislação
mas a sua situação jurídica não pode ser posta em causa própria.
1 Salvo disposição especial, o ato de revogação ou se esses danos forem de difícil ou impossível reparação
fício fraudulento com vista à obtenção da sua prática; anulação administrativa deve revestir a forma legalmente e for manifesta a desproporção existente entre o seu inte- Artigo 176.º
b) Apenas com eficácia para o futuro, quando se trate prescrita para o ato revogado ou anulado.
de atos constitutivos de direitos à obtenção de prestações resse na manutenção da situação e o dos interessados na Legalidade da execução
2 Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo ante- concretização dos efeitos da anulação.
periódicas, no âmbito de uma relação continuada; rior, quando a lei não estabelecer forma alguma para o ato
c) Quando se trate de atos constitutivos de direitos de 4 Quando à reintegração ou recolocação de um tra- 1 Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo ante-
revogado ou anulado, ou este tiver revestido forma mais balhador que tenha obtido a anulação de um ato adminis- rior, a satisfação de obrigações e o respeito por limitações
solene do que a legalmente prevista, o ato de revogação trativo se oponha a existência de terceiros com interesse
ou anulação administrativa deve revestir a mesma forma
utilizada na prática do ato revogado ou anulado. tituídas em seu favor por ato administrativo praticado há as formas e termos expressamente previstos na lei, ou em
de restituição das quantias indevidamente auferidas.
mais de um ano, o trabalhador que obteve a anulação tem
os direito a ser provido em lugar ou posto de trabalho vago e fundamentada.
5 Quando, nos casos previstos nos n. 1 e 4, o ato se
2 A execução coerciva de obrigações pecuniárias é
só pode ser objeto de anulação administrativa oficiosa. sempre possível, nos termos do artigo 179.º
6 A anulação administrativa de atos constitutivos tos e interesses legalmente protegidos dos interessados. em lugar ou posto de trabalho a criar no quadro ou mapa
de pessoal da entidade onde exercerá funções. Artigo 177.º
sem culpa a existência da invalidade e tenham auferido, Artigo 171.º
Ato exequendo e decisão de proceder à execução
tirado partido ou feito uso da posição de vantagem em Efeitos Artigo 173.º
que o ato os colocava, no direito de serem indemnizados 1 Os órgãos da Administração Pública não podem
Alteração e substituição dos atos administrativos
1 Por regra, a revogação apenas produz efeitos para
anulação. o futuro, mas o autor da revogação pode, no próprio ato,
atribuir-lhe eficácia retroativa quando esta seja favorável nistrativo exequendo.
o dever de anular o ato administrativo que tenha sido jul- reguladoras da revogação.
gado válido por sentença transitada em julgado, proferida 2 A substituição de um ato administrativo anulável, de execução têm sempre início com a emissão de uma de-
por um tribunal administrativo com base na interpretação ou interesses indisponíveis. ainda que na pendência de processo jurisdicional, por um
84 85
Artigo 193.º probatórios que considerem pertinentes. mente o ato do órgão subalterno ou de fazer valer o seu
7 O requerimento a que se refere o número anterior direito ao cumprimento, por aquele órgão, do dever de
Regime geral decisão. em lei especial.
1 Sempre que a lei não exclua tal possibilidade, o posição de recurso hierárquico contra o ato praticado.
recurso hierárquico pode ser utilizado para: SUBSECÇÃO IV mero anterior são especialmente aplicáveis os princípios
Artigo 196.º da transparência, da igualdade e da concorrência.
Dos recursos administrativos especiais
sujeitos aos poderes hierárquicos de outros órgãos; Rejeição do recurso
b) Reagir contra a omissão ilegal de atos administrati- Artigo 199.º
1 O recurso deve ser rejeitado nos casos seguintes:
vos, por parte de órgãos sujeitos aos poderes hierárquicos Regime necessárias adaptações.
de outros órgãos. a) Quando o ato impugnado não seja suscetível de re-
curso;
b) Quando o recorrente careça de legitimidade; a recursos administrativos: Artigo 202.º
recurso hierárquico necessário dos atos administrativos Regime substantivo
deve ser interposto no prazo de 30 dias e o recurso hie- prazo; poderes de supervisão;
do ato em causa. conhecimento do recurso. pelo Código dos Contratos Públicos ou por lei especial,
dos seus membros, comissões ou secções; sem prejuízo da aplicação subsidiária daquele quando os
c) Para órgão de outra pessoa coletiva que exerça po- tipos dos contratos não afastem as razões justificativas da
Artigo 194.º 2 Quando o recurso haja sido interposto para órgão deres de tutela ou superintendência.
incompetente, é aplicável o disposto no artigo 41.º disciplina em causa.
Interposição 2 No âmbito dos contratos sujeitos a um regime de
Artigo 197.º anterior, pode ainda haver lugar, por expressa disposição
Decisão legal, a recurso para o delegante ou subdelegante dos atos
competência para a decisão se encontrar delegada ou sub- praticados pelo delegado ou subdelegado.
delegada. 3 O recurso tutelar previsto na alínea c) do n.º 1 só administrativa.
salvas as exceções previstas na lei, confirmar ou anular o pode ter por fundamento a inconveniência ou inoportuni-
sentado ao autor do ato ou da omissão ou à autoridade a
quem seja dirigido, que, neste caso, o remete ao primeiro, uma tutela de mérito.
no prazo de três dias. ou substituí-lo, ainda que em sentido desfavorável ao re-
corrente. do ato recorrido ou omitido só é possível se a lei conferir
Artigo 195.º poderes de tutela substitutiva e no âmbito destes.
fica obrigado à proposta de pronúncia do autor do ato ou
Tramitação
cáveis as disposições reguladoras do recurso hierárquico,
que venha a tomar, quando não opte por aquela proposta,
os requisitos previstos no artigo 153.º ORÇAMENTO DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
contrariem a natureza própria deste e o respeito devido à PARA O ANO 2015
autonomia da entidade tutelada.
15 dias, o que tiverem por conveniente sobre o pedido e
os seus fundamentos.
2 No mesmo prazo referido no número anterior, ou ou de diligências complementares. CAPÍTULO III
4 No caso de ter havido incumprimento do dever de
decisão, o órgão competente para decidir o recurso pode Dos contratos da Administração Pública
o recurso e remetê-lo ao órgão competente para dele co- da Região Autónoma dos Açores, o seguinte:
nhecer, notificando o recorrente da remessa do processo competência não for exclusiva deste, ou ordenar a prática Artigo 200.º
administrativo. do ato ilegalmente omitido. Espécies de contratos
CAPÍTULO I
oposição e os elementos constantes do processo demons- Artigo 198.º 1 Os órgãos da Administração Pública podem cele-
Aprovação do orçamento
Prazo para a decisão
autor do ato recorrido revogar, anular, modificar ou subs-
1 Quando a lei não fixe prazo diferente, o recurso a um regime de direito privado. Artigo 1.º
para conhecer do recurso. 2 São contratos administrativos os que como tal são Aprovação
da data da remessa do processo ao órgão competente para
dele conhecer. legislação especial.
recorrido em sentido menos favorável ao recorrente. 2 O prazo referido no número anterior é elevado até
seus fins, os órgãos da Administração Pública podem mapas seguintes:
5 O órgão responsável pelo incumprimento do de- ao máximo de 90 dias, quando haja lugar à realização de
ver de decisão pode praticar o ato ilegalmente omitido na nova instrução ou de diligências complementares. celebrar quaisquer contratos administrativos, salvo se
pendência do recurso hierárquico, disso dando conheci- outra coisa resultar da lei ou da natureza das relações regional, incluindo os orçamentos dos fundos e serviços
superior hierárquico deve apreciar todas as questões sus- a estabelecer. autónomos;
5868 5869
dos encargos que o órgão se propõe suportar, bem como Artigo 9.º
Procedimento concursal
tes, é dispensado o acordo do trabalhador para efeitos de ser assegurados para a prossecução e o exercício das atri-
ter lugar. 1 Deliberado pelo órgão executivo respectivo, nos de objectivos, em conformidade com as disponibilidades
termos do n.º 2 do artigo 6.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 autárquica. orçamentais existentes;
ser desagregado, em função: 3 Quando a mobilidade interna se opere para categoria b) Lista dos postos de trabalho necessários para asse-
tigo 5.º do presente decreto-lei, promover o recrutamento gurar as actividades e os procedimentos referidos na alí-
de trabalhadores necessários à ocupação de todos ou de xidade funcional inferior ao da carreira em que o trabalhador
alguns postos de trabalho previstos, e não ocupados, nos se encontra integrado, ou ao da categoria de que é titular, o
de determinada categoria devam cumprir ou executar; acordo do trabalhador nunca pode ser dispensado. e geográfica, quando necessárias, com a respectiva fun-
b) Da área de formação académica ou profissional dos 4 Quando a mobilidade interna se opere para órgão damentação e em conformidade com as disponibilidades
trabalhadores integrados em determinada carreira ou titu- do Diário da República. orçamentais existentes;
lares de determinada categoria, quando tal área de forma-
ção tenha sido utilizada na caracterização dos postos de anterior observa as injunções decorrentes do disposto no
trabalho contidos nos mapas de pessoal. artigo 6.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, e do na alínea anterior.
artigo 4.º do presente decreto-lei. colocado em situação de mobilidade especial nunca pode
ser dispensado.
apresentados ao órgão deliberativo para aprovação.
em todas as categorias de uma mesma carreira, ou ainda a ocupar e a sua caracterização em função da atribuição, 3 Quando o número de postos de trabalho seja in-
competência ou actividade a cumprir ou a executar, car- respectivo director do agrupamento de escolas.
minada carreira, ou titulares de determinada categoria. reira, categoria, e, quando imprescindível, área de forma- lugar à colocação de pessoal em situação de mobilidade
5 A decisão é tornada pública pelo órgão executivo, ção académica ou profissional que lhes correspondam. Artigo 13.º especial ou, nos termos da lei, sendo o caso, à aplicação
4 Para os efeitos do disposto no número anterior, a Prémios de desempenho
e de publicação no respectivo sítio na Internet. publicitação do procedimento faz referência: de emprego público.
do Ambiente (APA) como reunindo condições de susten- O presente decreto-lei estabelece o regime de consti-
tabilidade e segurança. É a essas plataformas de negocia-
ção que acedem os produtores e operadores de resíduos, de resíduos, nos termos do n.º 2 do artigo 62.º do regime
lançando as suas ordens de compra ou venda de resíduos,
mento: a reintrodução desses bens no circuito produtivo. n.º 173/2008, de 26 de Agosto, e pela Lei n.º 64-A/2008,
de 31 de Dezembro,
Artigo 2.º
Natureza do mercado organizado de resíduos
adequado, se estão instituídos os necessários mecanismos
de segurança da informação e das operações e, ainda, se
regime geral comuns à administração central, regional e de início de vigência do regime do contrato de trabalho ANEXO IV
em funções públicas, aprovado nos termos do artigo 87.º
Por ordem superior se torna público que, por notifica- da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. Posições remuneratórias complementares
de emprego público constituída por tempo indeterminado
ção de 17 de Outubro de 2006, o Ministério dos Negócios até à data da entrada em vigor do presente decreto regu-
Estrangeiros do Reino dos Países Baixos comunicou ter lamentar poderão mudar para as posições remuneratórias Carreira de assistente técnico
o Governo de São Cristóvão e Neves, a 8 de Setembro de constantes do anexo IV, desde que verificados os requisi-
2006, designado a sua autoridade competente nos termos tos legais. Refira-se, aliás, que a solução concretamente Sousa Fernando Teixeira dos Santos. Categoria de coordenador técnico
do artigo 6.º da Convenção Relativa à Supressão da Exi- adoptada permite mesmo que aqueles que já atingiram ou Promulgado em 14 de Julho de 2008. Posições remuneratórias complementares . . . . . . . . . . 5.ª 6.ª
adoptada na Haia em 5 de Outubro de 1961. Publique-se. Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 23 24
Patrice Nisbett, conselheiro jurídico, sucedeu a Theo- evolução remuneratória.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re- O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Categoria de assistente técnico
para emitir as apostilas para a ilha de Neves. Referendado em 15 de Julho de 2008.
Portugueses. Posições remuneratórias complementares . . . . 10.ª 11.ª 12.ª
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . 15 16 17
do Governo, 1.ª série, n.º 148, de 24 de Junho de 1968. Freguesias. de Sousa.
5157
Posições remuneratórias complementares . . . . . . . . . . 3.ª 4.ª procura potencial seja transformada em procura efectiva.
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 15 16
e materiais, proceder à instalação do Julgado de Paz do
Categoria de encarregado operacional Agrupamento dos Concelhos de Palmela e Setúbal.
Assim:
Posições remuneratórias complementares . . . . . . . . . . 6.ª 7.ª Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, ao abrigo
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 13 14 do disposto no n.º 3 do artigo 3.º da Lei n.º 78/2001, de
13 de Julho, e no artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 22/2008,
Categoria de assistente operacional de 1 de Fevereiro, o seguinte:
Posições remuneratórias complementares . . . 9.ª 10.ª 11.ª 12.ª Artigo 1.º
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . 9 10 11 12
celhos de Palmela e Setúbal, que entra em funcionamento
no dia 1 de Agosto de 2008.
Artigo 2.º
à presente portaria.
Artigo 3.º
à criação de mais quatro novos julgados de paz, concre-
sua publicação.
dos Tribunais II (PADT II), aprovado pela Resolução do
Pelo Ministro da Justiça, João Tiago Valente Almeida
Conselho de Ministros n.º 172/2007, de 6 de Novembro.
Os julgados de paz são tribunais de proximidade que
Julho de 2008.
com a vida dos cidadãos, de forma mais simples, rápida
ANEXO
e próxima, mas com todas as garantias da decisão de um
Artigo 1.º
Circunscrição territorial e sede
gios a mediação , ou submissão ao julgamento pelo
na ambicionada mudança do sistema de administração da de Palmela e Setúbal fica situado no concelho de Setúbal,
na Rua do Alferes Pinto Vidigal, 10-A, 1.º
ao mesmo tempo que contribuem para o descongestiona- 2 O local onde o Julgado de Paz do Agrupamento
mento dos tribunais judiciais. dos Concelhos de Palmela e Setúbal fica situado, nos ter-
mos do n.º 1, pode ser alterado por protocolo celebrado
entre o Gabinete de Resolução Alternativa de Litígios e
os respectivos municípios.
ros quatro julgados de paz, que estes tribunais têm visto o
da decisão política de criação de novos julgados de paz, das 9 horas e 15 minutos às 12 horas e 30 minutos e das
definindo prioridades e áreas territoriais de abrangência
sexta-feira.
3220 3221
ríodo inicialmente contratado seja superior a três anos; ou concreto, mais favorável ao trabalhador e melhor garanta
dispensabilidade. a sua audiência e defesa.
Artigo 6.º duração do mesmo, incluindo a renovação, seja superior
Exercício de funções públicas por beneficiários de pensões a três anos. previsto no artigo 178.º na LTFP aplica-se o disposto no
Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas de reforma pagas pela segurança
social ou por outras entidades gestoras de fundos n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, na redação atual.
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
visto nos artigos 78.º e 79.º do Estatuto da Aposentação, Artigo 12.º
Artigo 1.º aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezembro, nológico integradas no Sistema Científico e Tecnológico Compensação em caso de cessação de contrato
na redação atual, é aplicável aos beneficiários de pensões de trabalho em funções públicas
Objeto
de reforma da segurança social e de pensões, de base ou âmbito da revisão da carreira de investigação científica. 1 Em caso de extinção do vínculo de emprego pú-
A presente lei aprova a Lei Geral do Trabalho em Fun- complementares, pagas por quaisquer entidades públicas, blico, na modalidade de contrato de trabalho em funções
ções Públicas. Artigo 8.º públicas por tempo indeterminado celebrado antes da en-
Artigo 2.º Contratos a termo trada em vigor da presente lei, a compensação é calculada
do seguinte modo:
Aprovação
ou controlo, diretamente ou por intermédio de terceiros, a) Em relação ao período de duração do contrato até à
nomeadamente seguradoras e entidades gestoras de fun- data da entrada em vigor da presente lei, o montante da
integrante, a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, dos de pensões ou planos de pensões, a quem venha a ser
abreviadamente designada por LTFP. autorizada a situação de cumulação. àquele momento. por cada ano completo de antiguidade;
3222 3223
4 Se o interessado não for encontrado no seu domi- nos cinco dias imediatamente anteriores à data em que se 4 Sempre que seja necessário, a junta médica pode
cílio ou no local onde tiver indicado estar doente, todas as requerer a colaboração de médicos especialistas e de ou-
faltas dadas são injustificadas, por despacho do dirigente notificá-lo para se apresentar à junta médica, indicando o secutivos de faltas por doença e o parecer da junta médica
máximo do serviço, se o trabalhador não justificar a sua dia, hora e local onde a mesma se realiza. estabelecimentos oficiais, sendo os encargos suportados que considere o trabalhador apto para o serviço.
ausência, mediante apresentação de meios de prova ade- nos termos previstos na alínea a) do n.º 2.
quados, no prazo de dois dias úteis, a contar do conheci- Artigo 32.º
mento do facto, que lhe é transmitido por carta registada, tempo que mediar entre o termo do período de 60 dias e Artigo 28.º Fim do prazo de faltas por doença do pessoal
com aviso de receção. o parecer da junta médica, são consideradas justificadas contratado a termo resolutivo
Obrigatoriedade de submissão à junta médica
por doença.
domiciliária for negativo são consideradas injustificadas 3 Para efeitos do disposto no artigo anterior, o pe- 1 Findo o prazo de 18 meses de faltas por doença, e
ríodo de 60 dias consecutivos de faltas conta-se seguida-
tado a termo resolutivo que não se encontre em condições
registada com aviso de receção, e considerada a dilação de regressar ao serviço é aplicável, desde que preencha os
civil para o outro.
de três dias úteis, até ao momento em que efetivamente requisitos para a aposentação, o disposto na alínea a) do
retome funções. Artigo 25.º
2 Ao pessoal que ainda não reúna os requisitos para
Artigo 21.º Limite de faltas
dadas desde o termo do período de faltas anteriormente a aposentação é rescindido o contrato.
Verificação domiciliária da doença pela ADSE concedido.
dos trabalhadores por períodos sucessivos de 30 dias, até Artigo 33.º
sido mandado apresentar à junta médica e a ela não com- Junta médica
tigo 36.º pareça, é considerado na situação de faltas injustificadas
responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração
a partir da data em que a mesma deveria realizar-se, salvo ciona na dependência da ADSE, sem prejuízo do disposto
-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções no n.º 3.
o serviço de que depende, no prazo de dois dias úteis, a 2 A composição, competência e funcionamento da
dos, neste caso por contrato de avença, cuja remuneração em vigor sobre a matéria. contar da data da não comparência. junta médica referida no número anterior são fixados em
Artigo 26.º decreto regulamentar.
Artigo 29.º
mente à ADSE, por escrito ou pelo telefone, um médico Submissão a junta médica independentemente Parecer da junta médica trados e as autarquias locais podem criar juntas médicas
para esse efeito, que efetua um exame médico adequado, da ocorrência de faltas por doença sediadas junto dos respetivos serviços.
enviando, de imediato, as indicações indispensáveis. 1 O parecer da junta médica deve ser comunicado
1 Quando o comportamento do trabalhador indiciar
Artigo 34.º
Artigo 22.º respetivo serviço.
ção psíquica que comprometa o normal desempenho das Fim do prazo de faltas por doença
Verificação domiciliária da doença suas funções, o dirigente máximo do serviço, por despa-
pelas autoridades de saúde lhador se encontra apto a regressar ao serviço e, nos casos
1 Fora das zonas a que se refere o n.º 1 do artigo an-
no artigo 38.º:
nos casos em que o trabalhador se encontre em exercício doença, com respeito do limite previsto no artigo 25.º, e
de funções. marcar a data de submissão a nova junta médica. a) Requerer, no prazo de 30 dias e através do respetivo
habitual ou daquela em que ele se encontre doente.
caso, de manifesta urgência.
b) Requerer a passagem à situação de licença sem re-
porte, deve o serviço de que depende o trabalhador inspe- indicar um médico por si escolhido para integrar a junta da submissão à junta médica, são equiparadas a serviço muneração.
cionado promover a sua satisfação pela adequada verba médica. efetivo.
orçamental. 2 No caso previsto na alínea a) do número anterior
Artigo 27.º Artigo 30.º
Artigo 23.º
Falta de elementos médicos e colaboração Interrupção das faltas por doença
Intervenção da junta médica de médicos especialistas aplicando-se-lhe o regime correspondente.
1 Se a junta médica não dispuser de elementos su- por doença concedidas pela junta médica ou a aguardar
a primeira apresentação à junta médica só pode regressar automaticamente à situação de licença sem remuneração,
ao serviço antes do termo do período previsto mediante sujeita ao disposto no n.º 5 do artigo 281.º da LTFP.
o qual este deve submeter-se novamente à junta médica.
consecutivos de faltas por doença e não se encontre apto 2 O trabalhador é obrigado, nos prazos fixados pela apresentação à junta médica da CGA, I.P., deve ser notifi-
a regressar ao serviço; junta médica, a: 2 Para efeitos do número anterior, a intervenção da
a) Submeter-se aos exames clínicos que aquela consi- junta médica considera-se de manifesta urgência.
por doença, um comportamento fraudulento.
dos pela mesma, e integralmente suportados pela ADSE; Artigo 31.º 5 Passa igualmente à situação de licença sem remu-
2 No caso previsto na alínea b) do número anterior, b) Apresentar-se à junta médica com os elementos por Cômputo do prazo de faltas por doença
o dirigente do serviço deve fundamentar o pedido de in- ela requeridos. pela junta médica da CGA, I.P., volte a adoecer sem que
tervenção da junta médica. tenha prestado mais de 30 dias de serviço consecutivos,
nos quais não se incluem férias.
Artigo 24.º ainda que relativos a anos civis diferentes:
implica a injustificação das faltas dadas desde o termo do
Pedido de submissão à junta médica
período de faltas anteriormente concedido, a menos que
número anterior:
não seja imputável ao trabalhador a obtenção dos exames das, quando entre elas não mediar um intervalo superior
fora do prazo. a 30 dias, no qual não se incluem os períodos de férias; a) Ocorrer o internamento do trabalhador;
3226 3227
ANEXO blicana e ao pessoal com funções policiais da Polícia de h) Tempos de não trabalho;
por tempo indeterminado ou a termo resolutivo.
(a que se refere o artigo 2.º) sem prejuízo do disposto nas alíneas a) e e) do n.º 1 do a prevenção;
j) Comissões de trabalhadores, associações sindicais e Artigo 7.º
Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas ao vínculo de emprego público: Contrato de trabalho em funções públicas
a) Continuidade do exercício de funções públicas, pre- e saúde no trabalho;
PARTE I k) Mecanismos de resolução pacífica de conflitos co- O vínculo de emprego público constitui-se, em regra,
visto no artigo 11.º; por contrato de trabalho em funções públicas.
letivos;
Disposições gerais l) Greve e lock-out.
a 24.º; Artigo 8.º
nos artigos 28.º a 31.º; 2 Quando da aplicação do Código do Trabalho e le- Vínculo de nomeação
TÍTULO I
Âmbito
seguintes atribuições, competências e atividades:
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação tos nos artigos 145.º a 147.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 149.º,
no n.º 1 do artigo 150.º, e nos artigos 154.º, 159.º e 169.º em quadros permanentes;
a 175.º à Inspeção-Geral de Finanças (IGF). b) Representação externa do Estado;
funções públicas. c) Informações de segurança;
2 A presente lei é aplicável à administração direta e Artigo 3.º d) Investigação criminal;
indireta do Estado e, com as necessárias adaptações, de- Bases do regime e âmbito referências a empregador e empresa ou estabelecimento,
institucional;
serviço, respetivamente. f) Inspeção.
próprio, aos serviços da administração regional e da ad- do vínculo de emprego público:
ministração autárquica. a) Os artigos 6.º a 10.º, sobre as modalidades de vín- plementar, em matéria de acidentes de trabalho e doenças
3 A presente lei é também aplicável, com as adap- culo e prestação de trabalho para o exercício de funções profissionais, é aplicável aos trabalhadores que exercem volvem-se no âmbito de carreiras especiais.
públicas; funções públicas nas entidades referidas nas alíneas b) e 3 Quando as funções referidas nas alíneas b) a f) do
b) Os artigos 13.º a 16.º, relativos às fontes e participa- c) do n.º 1 do artigo 2.º
da República, dos tribunais e do Ministério Público e res- ção na legislação do trabalho; com as necessárias adaptações, o regime da presente lei
petivos órgãos de gestão e outros órgãos independentes. c) Os artigos 19.º a 24.º, relativos às garantias de im- para o contrato de trabalho em funções públicas a termo
4 Sem prejuízo de regimes especiais e com as adap- Artigo 5.º resolutivo.
parcialidade;
d) O artigo 33.º, sobre o procedimento concursal; Legislação complementar
competências, a presente lei é ainda aplicável aos órgãos Artigo 9.º
e serviços de apoio à Assembleia da República. Constam de diploma próprio:
tias do trabalhador e do empregador público; Comissão de serviço
f) Os artigos 79.º a 83.º, relativos às disposições gerais
externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, relati- sobre estruturação das carreiras; penho na Administração Pública;
g) Os artigos 92.º a 100.º, sobre a mobilidade; b) O regime de acidentes de trabalho e doenças profis- comissão de serviço nos seguintes casos:
h) Os artigos 144.º a 146.º, sobre princípios gerais re- sionais dos trabalhadores que exercem funções públicas; a) Cargos não inseridos em carreiras, designadamente
do Estado, não prejudica a vigência: lativos às remunerações; cargos dirigentes;
a) Das normas e princípios de direito internacional que i) Os artigos 176.º a 240.º, sobre o exercício do poder que exercem funções públicas;
disponham em contrário; disciplinar; d) Os estatutos do pessoal dirigente da Administração
j) Os artigos 245.º a 275.º, relativos à reafetação e re- Pública. trabalhador com vínculo de emprego público por tempo
c) Dos instrumentos e normativos especiais previstos qualificação dos trabalhadores; indeterminado.
em diploma próprio.
l) Os artigos 347.º a 386.º, sobre a negociação coletiva. TÍTULO II 2 Na falta de norma especial, aplica-se à comissão
6 A presente lei é também aplicável, com as neces-
sárias adaptações, a outros trabalhadores com contrato de Artigo 4.º Modalidades de vínculo e prestação de trabalho
emprego público de origem e, quando este não exista, a
para o exercício de funções públicas
Remissão para o Código do Trabalho
nas entidades referidas nos números anteriores.
1 É aplicável ao vínculo de emprego público, sem Artigo 6.º Artigo 10.º
Artigo 2.º prejuízo do disposto na presente lei e com as necessárias Noção e modalidades Prestação de serviço
adaptações, o disposto no Código do Trabalho e respetiva
Exclusão do âmbito de aplicação 1 O trabalho em funções públicas pode ser prestado
1 A presente lei não é aplicável a: vistas, nomeadamente em matéria de: de funções públicas é celebrado para a prestação de traba-
tação de serviço, nos termos da presente lei.
a) Gabinetes de apoio dos membros do Governo e dos 2 O vínculo de emprego público é aquele pelo qual e direção, nem horário de trabalho.
titulares dos órgãos referidos nos n.os 2 a 4 do artigo an- uma pessoa singular presta a sua atividade a um empre-
terior; em funções públicas;
b) Entidades públicas empresariais; b) Direitos de personalidade; neração.
c) Igualdade e não discriminação; a) Contrato de tarefa, cujo objeto é a execução de tra-
de regulação da atividade económica dos setores privado, d) Parentalidade; modalidades: balhos específicos, de natureza excecional, não podendo
público e cooperativo e Banco de Portugal. exceder o termo do prazo contratual inicialmente estabe-
com deficiência ou doença crónica; a) Contrato de trabalho em funções públicas; lecido;
f) Trabalhador estudante; b) Nomeação;
Forças Armadas, aos militares da Guarda Nacional Repu- g) Organização e tempo de trabalho; c) Comissão de serviço.
3230 3231
do seu desempenho, em cujo procedimento ele tenha tido a) Na administração direta, pelo dirigente máximo do o serviço, de cabimento orçamental e do reconhecimento
serviço a que pertencem ou com eles conflituantes. intervenção; órgão ou serviço; da sua sustentabilidade futura pelo membro do Governo
f) Com ele colaborem, em situação de paridade hierár- b) Na administração indireta, pelo órgão de direção da responsável pela área das finanças.
termina a revogação da autorização para acumulação de quica, no âmbito do mesmo órgão ou serviço. pessoa coletiva pública. 6 O disposto no número anterior não é aplicável à
4 Para efeitos das proibições constantes dos n.os 1 e 2 As competências inerentes à qualidade de empre- ocupação de posto de trabalho no órgão ou serviço pelo
Artigo 23.º 2, é equiparado ao trabalhador: trabalhador que, nos termos legais, a este deva regressar.
Autorização para acumulação de funções a) O seu cônjuge, não separado de pessoas e bens, as-
b) Nas freguesias, pela junta de freguesia;
até ao segundo grau e pessoa que com ele viva em união
de facto; conselho de administração. previstos, devendo cessar, em primeiro lugar, os vínculos
entidade competente. b) A sociedade em cujo capital o trabalhador detenha, de emprego público a termo.
2 Do requerimento a apresentar para efeitos de acu- direta ou indiretamente, por si mesmo ou conjuntamente
com as pessoas referidas na alínea anterior, uma partici- CAPÍTULO III Artigo 30.º
pação não inferior a 10 %. Planeamento e gestão dos recursos humanos Preenchimento dos postos de trabalho
conforme caracterização resultante daquela auditoria, de- 5 Sem prejuízo do disposto em lei especial, o em-
decidir sobre o montante máximo de cada um dos tipos terminando: pregador público pode limitar-se a utilizar os métodos de
restantes candidatos.
a) A alteração do mapa de pessoal do órgão ou serviço, n.º 2, nos procedimentos concursais para constituição de
bas orçamentais correspondentes a apenas um dos tipos. por forma a prever aquele posto de trabalho; Artigo 35.º
Outros requisitos de recrutamento
no prazo de 15 dias após o início da execução do orça-
mento, devendo discriminar as verbas afetas a cada tipo na presente lei. previamente constituído.
de encargo. 6 O empregador público pode limitar-se a utilizar o
TÍTULO II categoria inferior de carreiras pluricategoriais: método de seleção avaliação curricular nos procedimen-
alterada ao longo da execução orçamental, de acordo com tos concursais para constituição de vínculos de emprego
a) Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cum- público a termo.
o disposto nos números seguintes. Formação do vínculo
5 Quando não seja utilizada a totalidade das verbas
atividade, do órgão ou serviço em causa; Artigo 37.º
CAPÍTULO I b) Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cum- Tramitação do procedimento concursal
integrante do ato. SECÇÃO II denunciar o contrato sem aviso prévio nem necessidade
Período experimental
identifique. às normas legais habilitantes e à existência de adequado demnização.
4 A remessa ao INA da lista referida no n.º 2 com- cabimento orçamental. Artigo 45.º Artigo 48.º
Regras gerais Tempo de serviço durante o período experimental
o correspondente número de diplomados. Artigo 42.º
Aceitação da nomeação
serva o disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 30.º inicial de execução das funções do trabalhador, nas mo- os efeitos legais, como tempo de serviço efetivo.
6 A integração na carreira geral de técnico superior 1 A aceitação é o ato público e pessoal pelo qual o dalidades de contrato de trabalho em funções públicas e 2 O tempo de serviço decorrido no período experi-
nomeado declara aceitar a nomeação. de nomeação, e destina-se a comprovar se o trabalhador mental por trabalhador titular de um vínculo de emprego
3238 3239
beleçam qualquer indemnização em caso de denúncia do TÍTULO III entidades empregadoras públicas envolva a prestação de
efeitos legais, nos seguintes termos: vínculo durante o período experimental. trabalho subordinado;
Modalidades especiais de vínculo k) Quando se trate de órgãos ou serviços em regime de
SECÇÃO III
de emprego público instalação.
b) No caso de período experimental concluído sem su-
Invalidade do vínculo de emprego público
CAPÍTULO I
quando seja o caso. anterior, consideram-se ausentes, designadamente:
Artigo 52.º Contrato de trabalho em funções
Artigo 49.º públicas a termo resolutivo a) Os trabalhadores em situação de mobilidade;
Causas específicas de invalidade b) Os trabalhadores que se encontrem em comissão de
Duração do período experimental do vínculo de emprego público
Artigo 56.º serviço;
1 No contrato de trabalho em funções públicas por
invalidade total ou parcial do vínculo de emprego público Regras gerais noutra carreira, categoria ou órgão ou serviço no decurso
tempo indeterminado, o período experimental tem a se-
guinte duração: as seguintes: do período experimental.
a) 90 dias, para os trabalhadores integrados na carreira a) Declaração de nulidade ou anulação da decisão final ser aposto termo resolutivo, certo ou incerto, nos termos
de assistente operacional e noutras carreiras ou categorias do procedimento concursal que deu origem à constituição previstos nos artigos seguintes.
com idêntico grau de complexidade funcional; do vínculo; 2 Em tudo o que não seja regulado na presente lei,
previstas nas alíneas a) a d) e f) a k) do n.º 1.
b) Declaração de nulidade ou anulação da decisão final
a termo resolutivo o regime do Código do Trabalho, no 4 É vedada a celebração de contrato de trabalho a
novo posto de trabalho pelo trabalhador. que não seja incompatível com o disposto na presente lei.
idêntico grau de complexidade funcional; em situação de requalificação.
3 O regime do contrato de trabalho em funções pú-
de técnico superior e noutras carreiras ou categorias com Artigo 53.º
mento de regulamentação coletiva de trabalho. ou serviços referidos na alínea k) do n.º 1 são obrigatoria-
idêntico grau de complexidade funcional. Efeitos da invalidade mente celebrados a termo resolutivo nos termos previstos
Código do Trabalho em matéria de contrato de trabalho a em lei especial.
1 O vínculo de emprego público declarado nulo ou
termo resolutivo aplicam-se, com as necessárias adapta-
anulado produz efeitos como válido em relação ao tempo ções, à nomeação exercida a título transitório. Artigo 58.º
em que seja executado. 5 A constituição do vínculo de trabalho em funções
a) 30 dias, no contrato a termo certo de duração igual Forma
2 Ao ato modificativo de vínculo que seja invá- públicas a termo resolutivo deve obedecer a um procedi-
duração se preveja vir a ser superior àquele limite. 1 Para além dos requisitos gerais de forma, devem
que não afete as garantias do trabalhador em funções nos n.os 2 a 6 do artigo 36.º constar do contrato a termo resolutivo as seguintes indi-
públicas. 6 Não são aplicáveis ao vínculo de trabalho em fun- cações:
a seis meses e no contrato a termo incerto cuja duração se
preveja não vir a ser superior àquele limite. 3 A nulidade ou a anulação parcial não determina a
invalidade de todo o vínculo, salvo quando se mostre que carreiras, mobilidade e colocação em situação de requa-
este não teria sido constituído sem a parte viciada. pulado;
lificação.
Artigo 57.º termo certo.
um ano.
por estas. Fundamentos para a celebração de contrato de trabalho
em funções públicas a termo resolutivo
peciais podem estabelecer outra duração para o respetivo Artigo 54.º anterior, a indicação do motivo justificativo da aposição
período experimental. 1 Só pode ser aposto termo resolutivo ao contrato do termo deve ser feita pela menção expressa dos factos
Invalidade e cessação do vínculo de trabalho em funções públicas nas seguintes situações, que o integram, devendo estabelecer-se a relação entre a
Artigo 50.º fundamentadamente justificadas: justificação invocada e o termo estipulado.
Contagem do período experimental
de nulidade ou anulação do vínculo de emprego público
aplicam-se as normas sobre cessação. ou que, por qualquer razão, se encontre temporariamente Artigo 59.º
1 O período experimental começa a contar-se a par- impedido de prestar serviço;
Contratos sucessivos
b) Substituição direta ou indireta de trabalhador em re-
lação ao qual esteja pendente em juízo ação de apreciação
da licitude do despedimento; dor, de contrato a termo impede nova admissão a termo
deste, desde que não excedam metade do período expe- prévio.
rimental. situação de licença sem remuneração; período de tempo equivalente a um terço da duração do
estando a outra de boa-fé, seguida de imediata cessação d) Substituição de trabalhador a tempo completo que contrato, incluindo as suas renovações.
não são tidos em conta os dias de faltas, ainda que justifi- da prestação de trabalho, aplica-se o regime da indemni- passe a prestar trabalho a tempo parcial por período de-
cadas, de licença e de dispensa, bem como de suspensão terminado;
do vínculo. seguintes casos:
para o despedimento ilícito ou para a denúncia sem aviso
Artigo 51.º prévio. mento das entidades empregadoras públicas;
4 Para efeitos do previsto no número anterior, a má- o contrato a termo tenha sido celebrado para a sua subs-
Redução e exclusão do período experimental -fé consiste na constituição ou na manutenção do vínculo precisamente definido e não duradouro; tituição;
e denúncia do contrato
com o conhecimento da causa de invalidade.
das entidades empregadoras públicas; serviço após a cessação do contrato.
Artigo 55.º h) Para fazer face ao aumento excecional e temporário
trabalho. da atividade do órgão ou serviço; Artigo 60.º
Convalidação
Duração do contrato a termo
por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho. Cessando a causa da invalidade durante a execução do atividades normais dos órgãos ou serviços;
3 São nulas as disposições do contrato ou de instru- 1 O contrato a termo certo dura pelo período acor-
mento de regulamentação coletiva de trabalho que esta- desde o início da execução. dado, não podendo exceder três anos, incluindo renova-
3240 3241
ções, nem ser renovado mais de duas vezes, sem prejuízo Artigo 65.º preferências em favor dos trabalhadores com responsabi- impliquem perda da remuneração ou diminuição dos dias
do disposto em lei especial. Obrigações sociais
lidades familiares, dos trabalhadores com capacidade de de férias.
2 O contrato a termo incerto dura por todo o tempo trabalho reduzida, pessoa com deficiência ou doença cró-
necessário para a substituição do trabalhador ausente ou 2 O empregador público deve proporcionar ao tra-
para a conclusão da tarefa ou serviço cuja execução jus- de ensino médio ou superior. balhador ações de formação profissional adequadas à sua
tifica a celebração. qualificação, nos termos de legislação especial.
3 No caso da alínea e) do n.º 1 do artigo 57.º, o con- da determinação das obrigações sociais relacionadas com
trato não pode ter duração superior a um ano, incluindo o número de trabalhadores ao serviço. TÍTULO IV Artigo 72.º
renovações. Conteúdo do vínculo de emprego público Garantias do trabalhador
Artigo 66.º
Artigo 61.º 1 É proibido ao empregador público:
Preferência na admissão
Renovação do contrato CAPÍTULO I
1 O contrato a termo certo não está sujeito a reno- nos termos legais, a procedimento concursal de recruta- Direitos, deveres e garantias do trabalhador
vação automática. mento publicitado durante a execução do contrato ou até e do empregador público
2 A renovação do contrato está sujeita à verificação exercício;
das exigências materiais da sua celebração, bem como a de trabalho com características idênticas às daquele para SECÇÃO I
que foi contratado, na modalidade de contrato por tempo trabalho;
forma escrita.
Disposições gerais
objeto de renovação. ou dos colegas;
2 A violação do disposto no número anterior obriga Artigo 70.º
d) Diminuir a remuneração, salvo nos casos previstos
Artigo 62.º Deveres gerais do empregador público e do trabalhador na lei;
correspondente a três meses de remuneração base.
Estipulação de prazo inferior a seis meses 3 Compete ao trabalhador alegar a violação da pre-
previstos na lei;
1 Nos contratos celebrados por prazo inferior a seis dos correspondentes direitos, devem agir de boa-fé. f) Sujeitar o trabalhador a mobilidade, salvo nos casos
do cumprimento do disposto no mesmo número.
2 O empregador público e o trabalhador devem co- previstos na lei;
previsível da tarefa ou serviço a realizar. laborar na obtenção da qualidade do serviço e da produ-
2 Os contratos celebrados por prazo inferior a seis Artigo 67.º
tividade, bem como na promoção humana, profissional e para utilização de terceiros que sobre esses trabalhadores
meses podem ser renovados uma única vez, por período Igualdade de tratamento social do trabalhador. exerçam os poderes de autoridade e direção próprios do
igual ou inferior ao inicialmente contratado. empregador público ou por pessoa por ela indicada, salvo
1 O trabalhador contratado a termo tem os mesmos
Artigo 71.º nos casos especialmente previstos;
Artigo 63.º h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar
Deveres do empregador público
Contratos a termo irregulares objetivas justificarem um tratamento diferenciado.
1 Sem prejuízo de outras obrigações, o empregador por ele indicada;
1 A celebração ou a renovação de contratos a termo fissional ao trabalhador contratado a termo. público deve:
refeitórios, economatos ou outros estabelecimentos dire-
a sua nulidade e gera responsabilidade civil, disciplinar e tamente relacionados com o trabalho, para fornecimento
trabalhador; de bens ou prestação de serviços aos trabalhadores;
financeira dos dirigentes máximos dos órgãos ou serviços CAPÍTULO II
que os tenham celebrado ou renovado. justa e adequada ao trabalho;
Outras modalidades especiais de vínculo mesmo com o seu acordo, havendo o propósito de o pre-
de emprego público
ponto de vista físico como moral;
Artigo 68.º
a termo incerto, quando cesse a situação que justificou a Remissão de formação e aperfeiçoamento necessárias ao seu desen-
mação profissional; volvimento profissional.
sua celebração.
Artigo 64.º vel aos trabalhadores titulares de um vínculo de emprego Artigo 73.º
público o regime previsto no Código do Trabalho em ma- profissional a exija;
Informações téria de trabalho a tempo parcial e de teletrabalho. Deveres do trabalhador
1 O empregador público deve comunicar, no prazo 2 O empregador público não pode excluir o recurso representativas dos trabalhadores;
máximo de cinco dias úteis, à comissão de trabalhadores ao trabalho a tempo parcial por regulamento. presente lei, noutros diplomas legais e regulamentos e no
3 Não é aplicável ao vínculo de emprego público o conta a proteção da segurança e saúde do trabalhador, de- instrumento de regulamentação coletiva de trabalho que
àquela em que o trabalhador esteja filiado, a celebração, regime da comissão de serviço e do trabalho intermitente lhe seja aplicável.
previstos no Código do Trabalho. de trabalho; 2 São deveres gerais dos trabalhadores:
h) Adotar, no que se refere à segurança e saúde no tra-
do contrato a termo. balho, as medidas que decorram, para o órgão ou serviço a) O dever de prossecução do interesse público;
2 O empregador público deve comunicar, no prazo Artigo 69.º
ou para a atividade, da aplicação das prescrições legais e b) O dever de isenção;
máximo de cinco dias úteis, à entidade que tenha compe- Trabalho a tempo parcial e teletrabalho convencionais vigentes; c) O dever de imparcialidade;
para os trabalhadores nomeados
i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação d) O dever de informação;
1 A aplicação do regime do tempo parcial e do tele- e) O dever de zelo;
trabalho a trabalhadores nomeados pode ser determinada f) O dever de obediência;
puérpera ou lactante. pelo empregador mediante requerimento do trabalhador. g) O dever de lealdade;
2 Relativamente aos trabalhadores com vínculo de indicação dos nomes, datas de nascimento e de admissão, h) O dever de correção;
nomeação, o empregador público pode, por regulamento, i) O dever de assiduidade;
que se encontrem disponíveis no órgão ou serviço. estabelecer para a admissão em regime de tempo parcial j) O dever de pontualidade.
3242 3243
3 O dever de prossecução do interesse público con- nos locais de trabalho, bem como nas páginas eletrónicas de despesas extraordinárias comprovadamente feitas pelo
das normas aplicáveis em matéria de segurança e saúde
conhecimento, a todo o tempo, pelos trabalhadores. no trabalho.
dos cidadãos. despendidas. 3 O início de funções do trabalhador tem lugar com
4 O dever de isenção consiste em não retirar vanta- ou serviço sobre determinadas matérias pode ser tornada 2 Em caso de extinção do vínculo pelo trabalhador
gens, diretas ou indiretas, pecuniárias ou outras, para si com justa causa ou quando, tendo sido declarado ilícito o
ou para terceiro, das funções que exerce. de trabalho. despedimento, o trabalhador não opte pela reintegração, -funcional do trabalhador, salvo tratando-se de trabalha-
5 O dever de imparcialidade consiste em desempe- não existe a obrigação de restituir a soma referida no nú- dor integrado em carreira especial cujo ingresso exigiu a
Artigo 76.º
nhar as funções com equidistância relativamente aos inte- mero anterior. aprovação em curso de formação específico.
Poder disciplinar
CAPÍTULO II
pela igualdade dos cidadãos. ser feito por alteração de posicionamento remuneratório
trabalhador ao seu serviço, enquanto vigorar o vínculo de Atividade, local de trabalho e carreiras
6 O dever de informação consiste em prestar ao ci- ou por promoção.
emprego público.
com ressalva daquela que, naqueles termos, não deva ser SECÇÃO I Artigo 83.º
divulgada. SECÇÃO III
Local de trabalho
7 O dever de zelo consiste em conhecer e aplicar as Disposições gerais
Acordos de limitação da liberdade de trabalho
normas legais e regulamentares e as ordens e instruções
Artigo 79.º prestação no local de trabalho correspondente ao posto de
Artigo 77.º
Funções desempenhadas
trabalho atribuído, sem prejuízo das situações de mobili-
utilizando as competências que tenham sido consideradas Pacto de não concorrência dade previstas na presente lei.
adequadas. 2 O trabalhador encontra-se adstrito às deslocações
de regulamentação coletiva de trabalho que, por qualquer funções integrados em carreiras. profissional.
forma, possam prejudicar o exercício da liberdade de tra-
objeto de serviço e com a forma legal.
SECÇÃO II
2 É lícito, porém, o acordo ou a cláusula pela qual a uma categoria integrada numa carreira.
as funções com subordinação aos objetivos do órgão ou Carreiras
serviço.
10 O dever de correção consiste em tratar com res- cumulativamente as seguintes condições: Artigo 84.º
peito os utentes dos órgãos ou serviços e os restantes tra-
a) Constar tal acordo, por forma escrita, do contrato de Carreiras gerais e especiais
balhadores e superiores hierárquicos.
trabalho em funções públicas ou do acordo de cessação Artigo 80.º
do vínculo; Conteúdo funcional são gerais ou especiais.
e nas horas que estejam designadas. b) Tratar-se de atividade cujo exercício possa efetiva-
mente causar prejuízo ao empregador público;
formação e aperfeiçoamento profissional na atividade em
que exerce funções, das quais apenas pode ser dispensado o período de limitação da sua atividade, que pode sofrer legalmente descrito.
respetivas atividades.
por motivo atendível. redução equitativa, em montante equivalente àquele que
3 São especiais as carreiras cujos conteúdos funcio-
o empregador público houver despendido com a sua for- deve ser descrito de forma abrangente, dispensando por-
nais caracterizam postos de trabalho de que apenas um ou
observar os deveres especiais inerentes a essa situação. mação profissional. menorizações relativas às tarefas nele abrangidas.
das respetivas atividades.
3 Em caso de despedimento declarado ilícito ou de Artigo 81.º
SECÇÃO II
Exercício de funções afins quando, cumulativamente:
Poderes do empregador público mento em ato ilícito do empregador público, o montante
1 A descrição do conteúdo funcional nos termos do a) Os respetivos conteúdos funcionais não possam ser
elevado até ao equivalente à remuneração base devida no artigo anterior não prejudica a atribuição ao trabalhador
Artigo 74.º
momento da cessação do vínculo, sob pena de não poder b) Os respetivos trabalhadores se devam sujeitar a de-
Poder de direção ser invocada a cláusula de não concorrência. veres funcionais mais exigentes que os previstos para os
4 São deduzidas no montante da compensação refe- fissional adequada e que não impliquem desvalorização das carreiras gerais;
decorrentes do vínculo de emprego público e das normas rida no número anterior as importâncias percebidas pelo profissional.
em curso de formação específico de duração não inferior
que o regem, fixar os termos em que deve ser prestado o
a seis meses ou deter certo grau académico ou título pro-
trabalho.
nos termos da alínea c) do n.º 2. fissional para integrar a carreira.
Artigo 75.º 5 Tratando-se de trabalhador afeto a atividades cuja confere ao trabalhador o direito a formação profissional
Regulamento interno do órgão ou serviço
não inferior a 10 horas anuais.
acesso a informação particularmente sensível no plano da pode ser preenchido durante o período experimental.
concorrência, a limitação a que se refere o n.º 2 pode ser Artigo 82.º
nos do órgão ou serviço contendo normas de organização prolongada até três anos. Artigo 85.º
Atribuição de funções e desenvolvimento da carreira
e disciplina do trabalho.
Carreiras unicategoriais e pluricategoriais
Artigo 78.º
serviço é ouvida a comissão de trabalhadores ou, na sua trabalhador no posto de trabalho mais adequado às suas 1 As carreiras gerais ou especiais são unicategoriais
Pacto de permanência
aptidões e qualificação profissional, dentro da carreira e ou pluricategoriais, consoante lhes correspondam uma ou
ou os delegados sindicais. 1 É lícito o acordo pelo qual o trabalhador e o em- categoria a que pertence ou que serve de referencial para mais categorias.
o exercício das suas funções.
2 As condições de prestação de trabalho devem fa-
designadamente afixando-o na sede do órgão ou serviço e certo prazo, não superior a três anos, como compensação um conteúdo funcional distinto do das restantes.
3244 3245
cia dos órgãos ou serviços o imponham, os trabalhadores integrado ou ao da categoria de que é titular, o acordo do
integra o das inferiores. podem ser sujeitos a mobilidade. trabalhador nunca pode ser dispensado.
de oito posições remuneratórias; transversal a todos os serviços, organismos e trabalhado- integrado ou ao da categoria de que é titular. 30 km quando o trabalhador pertença a categoria de grau
res da Administração Pública; de complexidade 1 ou 2.
corresponde um número proporcionalmente decrescente
de posições remuneratórias, por forma a que: da titularidade de habilitação adequada do trabalhador e
não pode modificar substancialmente a sua posição. as condições e os termos em que podem ser compensados
i) No caso de carreira desdobrada em duas categorias, demonstração de competências profissionais;
seja de quatro o número mínimo das posições remunera- d) Reconhecimento e motivação, garantindo a diferen- Artigo 94.º
tórias da categoria superior; nas situações previstas no presente artigo.
ii) No caso de carreira desdobrada em três categorias, Forma de operar a mobilidade
na valorização das competências e do mérito;
e) Transparência e imparcialidade, assentando em cri- 1 A mobilidade, em qualquer das suas modalidades, Artigo 96.º
térios objetivos, regras claras e amplamente divulgadas. pode operar:
Dispensa do acordo do órgão ou serviço
gorias, seja de seis, quatro e duas o número mínimo das Artigo 91.º a) Por acordo entre os órgãos ou serviços de origem e de origem para a mobilidade
de destino, mediante a aceitação do trabalhador;
superiores. Efeitos da avaliação do desempenho
Para além dos efeitos previstos no diploma que a regu- e de destino, com dispensa de aceitação do trabalhador;
Artigo 88.º do trabalhador, para efeitos de mobilidade, quando:
Enumeração e caracterização das carreiras gerais dispensa do acordo do órgão ou serviço de origem, me- a) A mobilidade opere para serviço ou unidade orgâ-
diante despacho do membro do Governo, em situações de
1 São gerais as carreiras de: mobilidade entre serviços do ministério que tutela, e com
de prémios de desempenho e efeitos disciplinares. do Porto;
a) Técnico superior;
b) Assistente técnico; termos do artigo seguinte;
CAPÍTULO III do órgão ou serviço de origem, numa situação de mobili-
c) Assistente operacional.
dade relativa ao mesmo trabalhador, ainda que para outro
Mobilidade
2 A caracterização das carreiras gerais, em função serviço de destino.
do número e designação das categorias em que se desdo- Artigo 92.º seguinte.
bram, dos conteúdos funcionais, dos graus de complexi-
Situações de mobilidade
dade funcional e do número de posições remuneratórias
de cada categoria, consta do anexo à presente lei, da qual da mesma carreira ou para carreira de grau de complexi- a beneficiar da dispensa de acordo do órgão ou serviço de
faz parte integrante. dade funcional inferior ao da carreira em que se encontra origem nos três anos subsequentes.
3246 3247
Artigo 97.º prazo de 10 dias, a contar da comunicação da decisão de abertos para atender o público, podendo este período ser
Duração
mobilidade. e da Administração Pública. igual ou inferior ao período de funcionamento.
4 O período de atendimento deve, tendencialmente,
intercarreiras do mesmo grau de complexidade funcional, ter a duração mínima de oito horas diárias e abranger os
exceto nos seguintes casos: dois anos, exceto com o seu acordo, mantendo neste caso verificados os requisitos previstos no n.º 3 e nos termos e
o direito a ajudas de custo. condições previstos em portaria do membro do Governo mente afixadas, de modo visível ao público, nos locais de
atendimento, as horas do seu início e do seu termo.
Artigo 99.º membro do Governo competente no âmbito dos órgãos e 5 Na definição e fixação do período de atendimento
mentares; Consolidação da mobilidade na categoria serviços em cujos mapas de pessoal se encontre prevista deve atender-se aos interesses dos utentes dos serviços e
b) Quando esteja em causa órgão ou serviço, designa- a carreira de origem.
1 A mobilidade na categoria e na mesma atividade, 6 Os serviços podem estabelecer um período exce-
damente temporário, que não possa constituir vínculos de
dentro do mesmo órgão ou serviço, consolida-se definiti- Artigo 100.º cional de atendimento, sempre que o interesse do público
emprego público por tempo indeterminado.
vamente por decisão do respetivo dirigente máximo, com
ou sem o acordo do trabalhador, consoante a constituição Avaliação do desempenho e tempo de serviço
em situação de mobilidade
da situação de mobilidade tenha ou não carecido da acei- organizações representativas dos trabalhadores.
tação do trabalhador. A classificação obtida na avaliação do desempenho e o 7 Fora dos períodos de atendimento, os serviços co-
tempo de exercício de funções em regime de mobilidade
dentro do mesmo órgão ou serviço, consolida-se definiti- à comunicação, que permitam efetuar o respetivo registo
com a mobilidade. vamente por acordo entre o dirigente máximo do serviço
3 Não pode haver lugar, durante o prazo de um ano, referência ou à sua situação jurídico-funcional de origem, para posterior resposta.
e o trabalhador. ou à do vínculo de emprego público por tempo indetermi- 8 Compete ao dirigente máximo dos serviços fixar
orgânica de trabalhador que se tenha encontrado em mo- nado, que na sequência da situação de mobilidade, venha
bilidade e tenha regressado à situação jurídico-funcional a constituir.
por decisão do dirigente máximo do órgão ou serviço de
de origem. trabalho, por forma a garantir o regular cumprimento das
Artigo 98.º condições: CAPÍTULO IV missões que lhe estão cometidas.
9 Por diploma próprio podem ser estabelecidos re-
Situações excecionais de mobilidade a) Com o acordo do órgão ou serviço de origem do tra- Tempo de trabalho gimes de funcionamento especial.
balhador, quando exigido para a constituição da situação
1 A título excecional, o trabalhador pode ser sujeito
de mobilidade; SECÇÃO I Artigo 104.º
a mobilidade, com dispensa do seu acordo, para posto de
trabalho situado a mais de 60 km de distância da sua resi- b) Quando a mobilidade tenha tido, pelo menos, a du-
ração de seis meses ou a duração do período experimental Disposições gerais Registo dos tempos de trabalho
dência, desde que reunidas cumulativamente as seguintes
exigido para a categoria, caso este seja superior;
condições:
Artigo 101.º permita apurar o número de horas de trabalho prestadas
a) A mobilidade ocorra entre unidades orgânicas des- exigido para a constituição da situação de mobilidade ou
Aplicação do Código do Trabalho
concentradas de um mesmo órgão ou serviço; da hora de início e de termo do trabalho, bem como dos
É aplicável aos trabalhadores com vínculo de emprego intervalos efetuados.
viamente no mapa de pessoal. público o regime do Código do Trabalho em matéria de 2 Nos órgãos ou serviços com mais de 50 trabalha-
na unidade orgânica de destino;
tações e sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes. sistemas automáticos ou mecânicos.
d) Sejam atribuídas ajudas de custo durante o período artigo não é precedida nem sucedida de qualquer período 3 Em casos excecionais, devidamente fundamenta-
de mobilidade. experimental. Artigo 102.º dos, o dirigente máximo do órgão de direção do serviço
Tempo de trabalho pode dispensar o registo por sistemas automáticos ou me-
2 A mobilidade depende do prévio apuramento dos tido o posicionamento remuneratório detido na situação cânicos.
trabalhadores disponíveis na unidade ou unidades de ori- jurídico-funcional de origem. 1 Considera-se tempo de trabalho qualquer período
gem e de necessidades na unidade ou unidades orgânicas Artigo 105.º
requalificação, o disposto nas alíneas a) e c) do n.º 3 não ou permanece adstrito à realização da prestação. Limites máximos dos períodos normais de trabalho
é aplicável, podendo ainda o posto de trabalho referido na 2 Para além das situações previstas no número an-
serviço. terior e no Código do Trabalho, são consideradas tempo 1 O período normal de trabalho é de:
quando necessário para a consolidação. de trabalho as interrupções na prestação de trabalho du- a) Oito horas por dia, exceto no caso de horários fle-
rante o período de presença obrigatória autorizadas pelo xíveis e no caso de regimes especiais de duração de tra-
empregador público em casos excecionais e devidamente balho.
nos termos do presente artigo, no prazo e nas condições público e o trabalhador. fundamentados.
estipuladas para o efeito pelo dirigente máximo do órgão 8 Verificada a situação prevista no número anterior, b) 40 horas por semana, sem prejuízo da existência de
ou serviço. cessa o direito à atribuição de ajudas de custo. Artigo 103.º
4 Quando não existam, nas condições previstas no 9 O disposto no presente artigo é aplicável, com as Períodos de funcionamento e de atendimento
necessárias adaptações, às situações de cedência de inte- trabalho.
suficiente para a satisfação das necessidades na unidade resse público, sempre que esteja em causa um trabalhador
ou unidades orgânicas de destino, são aplicados, em cada diário durante o qual os órgãos e serviços exercem a sua 2 O trabalho a tempo completo corresponde ao pe-
órgão ou serviço, critérios objetivos de seleção definidos atividade.
do membro do Governo que exerça poderes de direção, período de funcionamento especial, o período normal de
público. funcionamento não pode iniciar-se antes das oito horas, legalmente previstas.
publicitados nos termos previstos no n.º 2. 3 O período normal de trabalho pode ser reduzido
5 O trabalhador selecionado nos termos do número ção da cedência de interesse público, carece de despacho afixado de modo visível aos trabalhadores. por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho,
de concordância do membro do Governo competente na 3 Considera-se período de atendimento o intervalo
e demonstrando prejuízo sério para a sua vida pessoal, no respetiva área, bem como de parecer prévio favorável dos trabalhadores.
3248 3249
SECÇÃO II 3 Não é permitida a alteração aos intervalos de des- 5 Para efeitos do disposto no n.º 3, a duração média
do trabalho é de oito horas e, nos serviços com funciona- trabalhadores progenitores;
Regimes de duração do trabalho
de vigilância, transporte e tratamento de sistemas eletró- regulamento. tenha a seu cargo neto com idade inferior a 12 anos;
SUBSECÇÃO I 6 As faltas a que se refere o n.º 3 são reportadas ao
Regimes de adaptabilidade e banco de horas interrompidas por motivos técnicos e, bem assim, quanto último dia ou dias do período de aferição a que o débito deferida a confiança judicial ou administrativa do menor,
a trabalhadores que ocupem cargos de administração e de respeita. bem como o cônjuge ou a pessoa em união de facto com
Artigo 106.º direção e outras pessoas com poder de decisão autónomo Artigo 112.º qualquer daqueles ou com progenitor, desde que viva em
que estejam isentos de horário de trabalho. comunhão de mesa e habitação com o menor;
Adaptabilidade Horário rígido e) Trabalhador estudante;
1 São aplicáveis aos trabalhadores com contrato de SUBSECÇÃO II 1 Horário rígido é aquele que, exigindo o cumpri- f) No interesse do trabalhador, sempre que outras cir-
Modalidades de horário
individual e grupal e os regimes de banco de horas, indi- justifiquem;
vidual e grupal, previstos no Código do Trabalho, com as idênticas, separados por um intervalo de descanso. g) No interesse do serviço, quando devidamente fun-
Artigo 110.º
necessárias adaptações. damentado.
2 São aplicáveis aos trabalhadores nomeados os re- Adoção das modalidades de horário
gimes de adaptabilidade individual e de banco de horas
individual previstos no Código do Trabalho, com as ne- a) Serviços de regime de funcionamento comum que
cessárias adaptações. encerram ao sábado:
de trabalho: Período da manhã das 9 horas às 13 horas; Artigo 115.º
Artigo 107.º Período da tarde das 14 horas às 18 horas. Trabalho por turnos
a) Horário flexível;
Aplicação aos trabalhadores nomeados
b) Horário rígido; b) Serviços de regime de funcionamento especial que
c) Horário desfasado; funcionam ao sábado de manhã: nização do trabalho em equipa em que os trabalhadores
vidual e de banco de horas individual aos trabalhadores d) Jornada contínua; ocupam sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a
e) Trabalho por turnos. um determinado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou
13 horas, de segunda-feira a sexta-feira, e até às 12 horas,
2 Para além dos horários referidos no número ante- aos sábados; tes num dado período de dias ou semanas.
número seguinte.
rior, podem ser fixados horários específicos de harmonia
com o previsto na presente lei. -feira a sexta-feira. sempre que o período de funcionamento do órgão ou ser-
segue os termos previstos no Código do Trabalho. 3 Associados às modalidades de horário de trabalho viço ultrapasse os limites máximos do período normal de
previstas no n.º 1 podem ser criados regimes especiais de 3 A adoção do horário rígido não prejudica a possi- trabalho.
prevenção, a definir em diplomas próprios.
SECÇÃO III
ultrapassar os limites máximos dos períodos normais de
de mais do que um intervalo de descanso e com duração
Horário de trabalho Artigo 111.º trabalho.
Horário flexível total os limites neste estabelecidos. 4 A prestação de trabalho por turnos deve obedecer
SUBSECÇÃO I às seguintes regras:
1 Horário flexível é o que permite ao trabalhador de
Disposições gerais Artigo 113.º a) Os turnos são rotativos, estando o respetivo pessoal
um serviço gerir os seus tempos de trabalho, escolhendo
as horas de entrada e de saída. Horário desfasado
sujeito à sua variação regular;
Artigo 108.º 2 A adoção de qualquer horário flexível está sujeita
Definição de horário de trabalho e períodos às seguintes regras:
de funcionamento e de atendimento trabalho;
estabelecer, serviço a serviço ou para determinado grupo
funcionamento dos órgãos ou serviços, especialmente no
ção das horas do início e do termo do período normal de que respeita às relações com o público; fixas diferentes de entrada e de saída. mais de cinco horas de trabalho consecutivo;
trabalho diário ou dos respetivos limites, bem como dos
intervalos de descanso. da manhã e da parte da tarde, as quais não podem ter, no Artigo 114.º
2 O empregador público deve respeitar os períodos seu conjunto, duração inferior a quatro horas; Jornada contínua cluídas no período de trabalho;
de funcionamento e de atendimento na organização dos c) Não podem ser prestadas, por dia, mais de 10 horas
de trabalho; 1 A jornada contínua consiste na prestação ininter- domingo, pelo menos uma vez em cada período de quatro
semanas;
Artigo 109.º aferido à semana, à quinzena ou ao mês. f) A mudança de turno só pode ocorrer após o dia de
considera tempo de trabalho. descanso.
Intervalo de descanso
3 O débito de horas, apurado no final de cada pe-
1 O intervalo de descanso não pode ter duração in- ríodo de aferição, dá lugar à marcação de uma falta, que mente, um dos períodos do dia e determinar uma redução Artigo 116.º
ferior a uma hora nem superior a duas, de modo a que o Regimes de turnos
por cada período igual ou inferior à duração média diária uma hora.
consecutivo, exceto quando se trate de jornada contínua 3 A jornada contínua pode ser adotada nos casos de 1 O regime de turnos é:
do trabalho.
ou regime previsto em norma especial. horários específicos previstos na presente lei e em casos
os dias da semana;
períodos de aferição pode ser transportado para o período nos seguintes: b) Semanal prolongado, quando for prestado em todos
interessado, mais do que um intervalo de descanso e com os cinco dias úteis e no sábado ou domingo;
12 anos ou, independentemente da idade, com deficiência
exceder no total os limites legais. para a quinzena e para o mês. ou doença crónica; -feira a sexta-feira.
3250 3251
em, pelo menos, três períodos de trabalho diário e parcial lei, nem à observância do dever geral de assiduidade e de
quando prestado em apenas dois períodos. cumprimento da duração semanal de trabalho. de regulamentação coletiva de trabalho. do serviço, nomeadamente as atividades a seguir indica-
2 A adoção de qualquer regime de prestação de tra- das, desde que através de instrumento de regulamentação
SUBSECÇÃO III balho não sujeita a horário obedece às seguintes regras: Artigo 121.º
Isenção de horário de trabalho Registo
correspondentes descansos compensatórios:
às tarefas e aos prazos da sua realização; 1 O empregador público deve possuir e manter du- a) Vigilância, transporte e tratamento de sistemas ele-
Artigo 117.º trónicos de segurança;
rante cinco anos a relação nominal dos trabalhadores que
Condições da isenção de horário de trabalho
plano de atividades do serviço, desde que calendarizadas,
a horário;
que chefiem equipas multidisciplinares gozam de isenção c) Fixação de um prazo certo para a realização da ta- centros educativos;
de fiscalização pela IGF ou por outro serviço de inspeção
refa a executar, que não deve exceder o limite máximo de legalmente competente. c) Distribuição e abastecimento de água;
2 Podem ainda gozar de isenção de horário outros 10 dias úteis; d) Ambulâncias, bombeiros e proteção civil;
2 O registo de trabalho suplementar deve conter os
d) Não autorização ao mesmo trabalhador mais do que e) Recolha de lixo e incineração;
uma vez por trimestre. f) Atividades em que o processo de trabalho não possa
da Administração Pública. ser interrompido por motivos técnicos;
coletiva de trabalho. 3 O não cumprimento da tarefa no prazo acordado, g) Investigação e desenvolvimento.
restantes dias úteis, sem prejuízo da duração do período já vencido, o trabalhador tem direito à remuneração cor- 2 Em caso de ausência do trabalhador por períodos
normal de trabalho semanal. úteis. respondente ao período de férias não gozado e respetivo inferiores ao período normal de trabalho diário, os respe-
subsídio. tivos tempos são adicionados para determinação da falta.
6 Sempre que seja possível, o empregador público vence-se no dia 1 de janeiro, sem prejuízo do disposto no 2 No ano da cessação do impedimento prolongado
Código do Trabalho. o trabalhador tem direito a férias nos termos previstos no Artigo 134.º
mesmo agregado familiar o descanso semanal nos mes- 4 Ao período de férias previsto no n.º 1 acresce um artigo 127.º
dia útil de férias por cada 10 anos de serviço efetivamente Tipos de faltas
mos dias. 3 No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de
prestado. decorrido o prazo referido no número anterior ou antes de 1 As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
Artigo 125.º 2 São consideradas faltas justificadas:
aumentada no quadro de sistemas de recompensa do de- 30 de abril do ano civil subsequente.
Duração do descanso semanal obrigatório sempenho, nos termos previstos na lei ou em instrumento
de regulamentação coletiva de trabalho. casamento;
1 Quando o dia de descanso complementar não seja
6 Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes
de segunda-feira a sexta-feira, com exceção dos feriados, prestado no ano de início da suspensão. ou afins;
-se a este um período de 11 horas, correspondente ao pe-
c) As motivadas pela prestação de provas em estabele-
ríodo mínimo de descanso diário estabelecido no n.º 1 do
do trabalhador. Artigo 130.º cimento de ensino;
artigo 123.º d) As motivadas por impossibilidade de prestar traba-
2 O disposto no número anterior não é aplicável a Violação do direito a férias
Artigo 127.º lho devido a facto que não seja imputável ao trabalhador,
trabalhadores titulares de cargos dirigentes e a chefes de
Caso o empregador público, com culpa, obste ao gozo nomeadamente observância de prescrição médica no se-
equipas multidisciplinares. Vínculos de duração inferior a seis meses
das férias nos termos previstos nos artigos anteriores, o
trabalhador recebe, a título de compensação, o triplo da assistida, doença, acidente ou cumprimento de obrigação
a) Quando seja necessária a prestação de trabalho su- remuneração correspondente ao período em falta, o qual legal;
por cada mês completo de duração do contrato. deve obrigatoriamente ser gozado até 30 de abril do ano e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e
pensável para prevenir ou reparar prejuízos graves para o civil subsequente. imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado
órgão ou serviço devidos a acidente ou a risco de acidente devem contar-se todos os dias, seguidos ou interpolados, familiar do trabalhador;
em que foi prestado trabalho. Artigo 131.º
iminente;
b) Quando os períodos normais de trabalho são fracio- Exercício de outra atividade durante as férias ensino de responsável pela educação de menor por mo-
tivo da situação educativa deste, pelo tempo estritamente
da atividade, nomeadamente serviços de limpeza; anterior ao da cessação, salvo acordo das partes.
exercendo cumulativamente, com autorização, ou o em-
Artigo 128.º pregador público a isso o autorizar.
Doença no período de férias h) As dadas por candidatos a eleições para cargos pú-
prejuízo da eventual responsabilidade disciplinar do tra-
de acordo individual sejam garantidos ao trabalhador os balhador, dá ao empregador público o direito de reaver a eleitoral, nos termos da correspondente lei eleitoral;
de férias, são as mesmas suspensas desde que o emprega- i) As motivadas pela necessidade de tratamento ambu-
correspondentes descansos compensatórios.
dor público seja do facto informado, prosseguindo, logo
da qual metade reverte para o Instituto de Gestão Finan-
naquele período. ceira da Segurança Social, I.P., no caso de o trabalhador
anterior, são consideradas as seguintes atividades: ser beneficiário do regime geral de segurança social para período normal de trabalho e só pelo tempo estritamente
acordo, a marcação dos dias de férias não gozados, que necessário;
a) Vigilância, transporte e tratamento de sistemas ele- nos restantes casos. j) As motivadas por isolamento profilático;
trónicos de segurança; podem decorrer em qualquer período.
k) As dadas para doação de sangue e socorrismo;
l) As motivadas pela necessidade de submissão a mé-
saúde ou por atestado médico. todos de seleção em procedimento concursal;
a cada um dos períodos de vencimento posteriores. m) As dadas por conta do período de férias;
centros educativos; 4 Para efeitos de verificação da situação de doença,
o empregador público pode requerer a designação de mé- n) As que por lei sejam como tal consideradas.
c) Ambulâncias, bombeiros e proteção civil; Artigo 132.º
d) Recolha de lixo e incineração;
habitual do trabalhador, do facto lhe dando conhecimento Contacto em período de férias
e) Atividades em que o processo de trabalho não possa sivo à assistência ao cônjuge ou equiparado, ascendentes,
ser interrompido por motivos técnicos;
f) Investigação e desenvolvimento. nar um médico que não tenha qualquer vínculo contratual
anterior ao empregador público. possível, ao respetivo empregador público, a forma como deficientes, quando comprovadamente o trabalhador seja
5 Em caso de desacordo entre os pareceres médicos pode ser eventualmente contactado. a pessoa mais adequada para o fazer.
referidos nos números anteriores, pode ser requerida por
qualquer das partes a intervenção de junta médica. SECÇÃO III
a) As dadas ao abrigo das alíneas a) a h) e n) têm os
Faltas efeitos previstos no Código do Trabalho;
SECÇÃO II ção previsto no n.º 1, bem como de oposição, sem motivo
b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, as da-
Férias SUBSECÇÃO I das ao abrigo das alíneas i) a l) não determinam perda de
doença são considerados dias de férias.
Disposições comuns remuneração;
Artigo 126.º Artigo 129.º c) As dadas ao abrigo da alínea m) têm os efeitos pre-
Artigo 133.º vistos no artigo seguinte.
Direito a férias Efeitos da suspensão do contrato
por impedimento prolongado Noção
1 O trabalhador tem direito a um período de férias
remuneradas em cada ano civil, nos termos previstos no sua duração não podem ser objeto de instrumento de re-
Código do Trabalho e com as especificidades dos artigos gulamentação coletiva de trabalho, salvo tratando-se das
seguintes. período normal de trabalho diário. situações previstas na alínea g) do n.º 2.
3254 3255
6 São consideradas injustificadas as faltas não pre- Artigo 137.º Artigo 140.º trabalho, observando-se o princípio de que para trabalho
vistas no n.º 2. Verificação da situação de doença por médico Impossibilidade de comparência ao exame médico
igual salário igual.
designado pelo empregador público
Artigo 135.º Artigo 145.º
1 O empregador público pode designar um médico
Faltas por conta do período de férias para efetuar a verificação da situação de doença do traba- Direito à remuneração
-se deve, em qualquer caso, informar dessa impossibili-
1 Sem prejuízo do disposto em lei especial, o traba- lhado, nos seguintes casos: dade a entidade que o tiver convocado, até à data prevista 1 A remuneração é devida com o início do exercício
lhador pode faltar dois dias por mês por conta do período para o exame ou, se não tiver sido possível, nas 24 horas de funções, sem prejuízo do regime especial de produção
a) Não se tendo realizado o exame no prazo previsto seguintes. de efeitos da aceitação.
ser utilizados em períodos de meios dias. imputável ao trabalhador ou, sendo caso disso, no prazo
previsto no n.º 2 do artigo 140.º; mensalmente.
a sua realização no domicílio do trabalhador, dentro das
b) Tendo recebido a comunicação prevista no n.º 3 do 48 horas seguintes.
próprio ano ou do ano seguinte. artigo anterior ou, na falta desta, se não tiver obtido indi- direito à remuneração é total ou parcialmente suspenso.
4 O direito à remuneração cessa com a extinção do
Artigo 141.º vínculo de emprego público.
ser comunicadas com a antecedência mínima de 24 horas
ou, se não for possível, no próprio dia, e estão sujeitas a Comunicação do resultado da verificação
autorização, que pode ser recusada se forem suscetíveis 2 Na data em que designar o médico, nos termos do Artigo 146.º
1 O médico que proceda à verificação da situação
de causar prejuízo para o normal funcionamento do órgão número anterior, o empregador público dá cumprimento Componentes da remuneração
ou serviço. ao disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 do artigo anterior.
4 Nos casos em que as faltas determinem perda de atividade. A remuneração dos trabalhadores com vínculo de em-
prego público é composta por:
Artigo 138.º
trabalhador assim o preferir, por dias de férias, na propor- doença deve proceder à comunicação prevista no número a) Remuneração base;
ção de um dia de férias por cada dia de falta, desde que Reavaliação da situação de doença anterior nas 24 horas subsequentes. b) Suplementos remuneratórios;
seja salvaguardado o gozo efetivo de 20 dias de férias ou 1 Para efeitos do disposto no n.º 5 do artigo 128.º, a c) Prémios de desempenho.
da correspondente proporção, se se tratar do ano de ad- reavaliação da situação de doença do trabalhador é feita Artigo 142.º
por intervenção da comissão de reavaliação dos serviços Eficácia do resultado da verificação da situação de doença SECÇÃO II
ao empregador público.
2 Sem prejuízo do previsto no número seguinte, a O empregador público não pode fundamentar qualquer Remuneração base
SUBSECÇÃO II decisão desfavorável para o trabalhador no resultado da
Faltas por doença e justificação da doença designado pelos serviços da segurança social, que preside Artigo 147.º
requerer a intervenção da comissão de reavaliação, nem Tabela remuneratória única
Artigo 136.º até à decisão final, se esta for requerida. 1 A tabela remuneratória única contém a totalidade
Verificação da situação de doença por médico
designado pela segurança social
pelo trabalhador e outro pelo empregador público. Artigo 143.º
1 Para efeitos de verificação da situação de doença dois médicos no caso de: Comunicações e taxas
2 O número de níveis remuneratórios e o montante
a) O trabalhador ou o empregador público não ter pro- 1 As comunicações previstas na presente subsecção
cedido à respetiva designação; devem ser efetuadas por escrito e por meio célere, desig-
área da residência habitual do trabalhador, informando o
trabalhador do requerimento nessa mesma data. meio escrito, desde que possa fazer prova do seu envio. vel pela área das finanças.
2 Os serviços da segurança social referidos no nú-
mero anterior devem, no prazo de 24 horas, a contar da de segurança social a designação de outro médico. a cada nível remuneratório deve manter a proporcionali-
receção do requerimento: valiação é devido o pagamento de uma taxa, nos termos a dade relativa entre cada um dos níveis.
Artigo 139.º
fixar em portaria dos membros do Governo responsáveis
a) Designar o médico, de entre os que integram comis-
Procedimento de reavaliação da doença pelas áreas das finanças e laboral.
sões de verificação de incapacidade temporária;
b) Comunicar a designação do médico ao empregador
público; CAPÍTULO VI garantida (RMMG).
mesma data, comunicar esse pedido à contraparte. Remuneração
Artigo 148.º
ocorrer nas 72 horas seguintes;
SECÇÃO I Retribuição mínima mensal garantida
ao exame médico, sem motivo atendível, tem como con- faculdade. Disposições gerais
3 A contraparte pode indicar o médico nas 24 horas remuneratórios de montante inferior ao da retribuição mí-
seguintes ao conhecimento do pedido. Artigo 144.º nima mensal garantida.
sua observação, informação clínica e os elementos auxi- 4 Os serviços da segurança social devem, no prazo
liares de diagnóstico de que disponha, comprovativos da Princípios gerais Artigo 149.º
sua incapacidade. cumprimento ao disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 do
Fixação da remuneração base
artigo 136.º podem ser afastadas ou derrogadas por instrumento de re-
3 Os serviços de segurança social, caso não possam 5 No prazo de oito dias, a contar da apresentação do gulamentação coletiva de trabalho, salvo quando previsto
cumprir o disposto no número anterior, devem, dentro do requerimento, a comissão deve proceder à reavaliação da expressamente na presente lei. ções remuneratórias das categorias, bem como aos cargos
mesmo prazo, comunicar essa impossibilidade ao empre- 2 A determinação do valor da remuneração deve ser
gador público. da mesma a este e ao empregador público. regulamentar.
3256 3257
2 Na fixação dos níveis remuneratórios correspon- Artigo 153.º na categoria para a posição remuneratória imediatamente mesmo que não se encontrem reunidos os requisitos pre-
dentes às posições remuneratórias das categorias devem, Remuneração em caso de mobilidade
seguinte àquela em que se encontram, nos termos do pre- vistos no n.º 2 do artigo anterior, desde que o trabalhador
em princípio, observar-se as seguintes regras: sente artigo. tenha obtido a menção máxima ou a imediatamente infe-
1 O trabalhador em mobilidade na categoria, em ór- 2 São elegíveis para beneficiar de alteração do po- rior e se inclua nos universos definidos para a alteração
a) Nas carreiras pluricategoriais, os intervalos entre os
níveis remuneratórios são decrescentemente mais peque- de posicionamento remuneratório nos termos e limites do
nos, à medida que as correspondentes posições se tornam ou serviço, onde quer que se encontrem em exercício de artigo anterior.
pode ser remunerado pela posição remuneratória imedia-
superiores; tamente seguinte àquela em que se encontre posicionado ouvido o Conselho Coordenador da Avaliação ou o órgão
na categoria ou, em caso de inexistência desta, pelo nível com competência equiparada, determinar que a alteração
das várias categorias da carreira não se devem sobrepor,
tório em que se encontram: do posicionamento na categoria de trabalhador se opere
na tabela remuneratória única.
nível correspondente à primeira posição da categoria in- a) Uma menção máxima;
ferior até ao correspondente à última posição da categoria categorias nunca pode auferir uma remuneração inferior
superior; à que corresponde à categoria de que é titular. às máximas; ou incluído no universo de trabalhadores incluídos para al-
teração de posicionamento remuneratório e nos termos e
às referidas na alínea anterior, desde que consubstanciem limites fixados no artigo anterior.
da primeira posição da categoria imediatamente superior; função que o trabalhador vai exercer for superior ao nível desempenho positivo. 3 O disposto no número anterior tem como limite a
remuneratório da primeira posição daquela de que é titu-
remuneratórios são constantes. lar, a remuneração do trabalhador é acrescida para o nível 3 Os trabalhadores a que se refere o número ante-
Artigo 150.º decrescente da classificação quantitativa obtida na última mente.
Conceito de remuneração base 4 Não se verificando a hipótese prevista no número avaliação do seu desempenho.
1 A remuneração base é o montante pecuniário cor- do n.º 1. e até ao limite do montante máximo dos encargos fixado públicas, com o teor integral da respetiva fundamentação
respondente ao nível remuneratório da posição remune- e do parecer do Conselho Coordenador da Avaliação ou
ratória onde o trabalhador se encontra na categoria de que entre os órgãos ou serviços, o trabalhador em mobilidade do órgão com competência equiparada, por publicação na
salvo o disposto no número seguinte.
2 A remuneração base anual é paga em 14 mensali-
dades, correspondendo uma delas ao subsídio de Natal e Artigo 154.º muneratório quando, não obstante reunidos os requisitos
outra ao subsídio de férias, nos termos da lei. aplicável o disposto no n.º 8 do artigo anterior.
Opção pela remuneração base
para o universo em causa se tenha previsivelmente esgo- Artigo 158.º
Artigo 151.º 1 Quando o vínculo de emprego público se consti- tado, no quadro da execução orçamental em curso, com a
Subsídio de Natal tua por comissão de serviço, ou haja lugar a cedência de alteração relativa a trabalhador ordenado superiormente. Alteração do posicionamento remuneratório
por opção gestionária
1 O trabalhador tem direito a um subsídio de Natal interesse público, o trabalhador tem o direito de optar, a
todo o tempo, pela remuneração base devida na situação são também consideradas as menções obtidas que sejam 1 O dirigente máximo do serviço, de acordo com as
deve ser pago no mês de novembro de cada ano. superiores às nelas referidas. verbas orçamentais previstas, estabelece as verbas desti-
tempo indeterminado. nadas a suportar os encargos decorrentes de alterações do
tempo de serviço prestado no ano civil, nas seguintes si- 2 No caso de cedência de interesse público para o posicionamento remuneratório na categoria dos trabalha-
tuações: dores do órgão ou serviço.
a) No ano de admissão do trabalhador; refere o número anterior, a remuneração a pagar não pode
b) No ano da cessação do contrato; lado 10 pontos nas avaliações do desempenho referido às
-Ministro. suportar, bem como o universo das carreiras e categorias
doença do trabalhador. Artigo 155.º em que se encontra, contados nos seguintes termos:
Artigo 152.º Cálculo do valor da remuneração horária e diária a) Seis pontos por cada menção máxima; categoria podem ter lugar.
b) Quatro pontos por cada menção imediatamente in-
Remuneração do período de férias ferior à máxima; ser desagregado, quando assim o entenda o dirigente má-
através da fórmula (Rb × 12)/(52 × N), em que Rb é a re-
1 A remuneração do período de férias corresponde muneração base mensal e N o número de horas da normal c) Dois pontos por cada menção imediatamente infe- ximo, em função:
duração semanal do trabalho. rior à referida na alínea anterior, desde que consubstancie
desempenho positivo; a) Da atribuição, competência ou atividade que os tra-
em serviço efetivo, com exceção do subsídio de refeição.
2 Além da remuneração mencionada no número an- d) Dois pontos negativos por cada menção correspon-
terior, o trabalhador tem direito a um subsídio de férias de outra fração de tempo de trabalho inferior ao período de dente ao mais baixo nível de avaliação.
b) Da área de formação académica ou profissional dos
valor igual a um mês de remuneração base mensal, que trabalho diário.
deve ser pago por inteiro no mês de junho de cada ano ou 8 Na falta de lei especial em contrário, a alteração trabalhadores integrados em determinada carreira ou titu-
3 A remuneração diária corresponde a 1/30 da remu- lares de determinada categoria, quando tal área de forma-
em conjunto com a remuneração mensal do mês anterior neração mensal.
do ano em que tiver lugar. ção tenha sido utilizada na caracterização dos postos de
direito ocorrer em momento posterior. trabalho contidos nos mapas de pessoal.
SECÇÃO III
Artigo 157.º
não prejudica o direito ao subsídio de férias, nos termos Alteração do posicionamento remuneratório 4 Para efeitos do disposto nos números anteriores,
Regras especiais de alteração do posicionamento remuneratório as alterações podem não ter lugar em todas as carreiras,
do número anterior.
4 O aumento do período de férias previsto nos n.os 4 Artigo 156.º
ouvido o Conselho Coordenador da Avaliação ou o órgão relativamente a todos os trabalhadores integrados em de-
Regra geral de alteração do posicionamento remuneratório
do Trabalho, respetivamente, não implicam o aumento ou terminada carreira ou titulares de determinada categoria.
5 A decisão é tornada pública por afixação no órgão
de férias. podem ver alterado o seu posicionamento remuneratório ou serviço e divulgação em página eletrónica.
3258 3259
SECÇÃO IV Artigo 161.º Artigo 163.º desempenho, a menção máxima ou a imediatamente in-
Suplementos remuneratórios Suplemento remuneratório de turno Limites remuneratórios
ferior a ela.
1 Os trabalhadores nomeados não podem, em cada versos definidos, são ordenados, dentro de cada universo,
Artigo 159.º
Condições de atribuição dos suplementos remuneratórios terço da remuneração base respetiva, pelo que não pode naquela avaliação.
remuneratório cujo montante varia em função do número ser exigida a sua realização quando exceda aquele limite.
1 São suplementos remuneratórios os acréscimos
de turnos adotado, bem como da natureza permanente ou e após exclusão dos trabalhadores que, nesse ano, tenham
postos de trabalho que apresentam condições mais exi- não do funcionamento do serviços.
gentes relativamente a outros postos de trabalho carac- 2 O acréscimo referido no número anterior, relati-
vamente à remuneração base, varia entre: mantêm-se nos termos da legislação em vigor.
terizados por idêntico cargo ou por idênticas carreira e
categoria. cada universo nos termos do artigo anterior é distribuído,
a) 25 % a 22 %, quando o regime de turnos for perma- Artigo 164.º
nente, total ou parcial;
Isenção de horário de trabalho dor receba o equivalente à sua remuneração base mensal.
primeira parte do número anterior, sendo apenas devidos 4 Não há lugar a atribuição de prémio de desempe-
prolongado, total ou parcial;
a quem os ocupe. nho quando, não obstante reunidos os requisitos previstos
c) 20 % a 15 %, quando o regime de turnos for semanal modalidades previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do ar-
3 São devidos suplementos remuneratórios quando no n.º 1, o montante máximo dos encargos fixado para o
total ou parcial.
universo em causa se tenha esgotado com a atribuição de
termos fixados por lei ou por instrumento de regulamen-
tação coletiva de trabalho. prémio a trabalhador ordenado superiormente.
condições de trabalho mais exigentes:
anterior, tem lugar em regulamento interno ou em instru-
a) De forma anormal e transitória, designadamente as mento de regulamentação coletiva de trabalho. a carreiras especiais e a cargos em que o regime de isen-
ção de horário de trabalho constitua o regime normal de e avaliado.
4 O acréscimo remuneratório inclui o que fosse de-
em dias de descanso semanal, complementar e feriados e vido por trabalho noturno, mas não afasta a remuneração prestação do trabalho. Artigo 168.º
fora do local normal de trabalho; ou por trabalho suplementar. Outros sistemas de recompensa do desempenho
Artigo 165.º
de prestação de trabalho arriscado, penoso ou insalubre, Artigo 162.º Feriados 1 Podem ser criados outros sistemas de recompensa
por turnos, em zonas periféricas, com isenção de horário
e de secretariado de direção. Trabalho suplementar 1 O trabalhador tem direito à remuneração corres-
pondente aos feriados, sem que o empregador público os
de trabalho confere ao trabalhador o direito aos seguintes possa compensar com trabalho suplementar. ria da respetiva categoria.
acréscimos: 2 Os sistemas referidos no número anterior podem
naram a sua atribuição e haja exercício de funções efetivo afastar a aplicação do disposto na presente secção.
ou como tal considerado em lei.
b) 37,5 % da remuneração, nas horas ou frações sub-
sequentes. prestadas ou ao acréscimo de 50 % da remuneração pelo SECÇÃO VI
Descontos
pregador público, na ausência de acordo entre as partes.
Artigo 169.º
gulamentação coletiva de trabalho. feriado, confere ao trabalhador o direito a um acréscimo SECÇÃO V
de 50 % da remuneração por cada hora de trabalho efe- Enumeração
Artigo 160.º tuado. Prémios de desempenho
1 Sobre as remunerações devidas pelo exercício de
3 A compensação horária que serve de base ao cál- funções em órgão ou serviço a que a presente lei é apli-
Trabalho noturno Artigo 166.º
cável incidem:
1 O trabalho noturno deve ser remunerado com um Preparação da atribuição
acréscimo de 25 % relativamente à remuneração do tra- determinação do período normal de trabalho semanal em a) Descontos obrigatórios;
balho equivalente prestado durante o dia. termos médios, que N significa o número médio de horas b) Descontos facultativos.
2 O acréscimo remuneratório previsto no número do período normal de trabalho semanal efetivamente pra-
da execução do orçamento, o universo dos cargos e o das
ticado no órgão ou serviço.
carreiras e categorias onde a atribuição de prémios de de- imposição legal.
mentação coletiva de trabalho, através de uma redução
equivalente dos limites máximos do período normal de 3 São facultativos os descontos que, sendo permiti-
trabalho. regulamentação coletiva de trabalho. dos por lei, carecem de autorização expressa do titular do
em conta as verbas orçamentais destinadas a suportar este direito à remuneração.
3 O disposto no n.º 1 não se aplica ao trabalho pres- 5 É exigível o pagamento de trabalho suplementar tipo de encargos. 4 Na falta de lei especial em contrário, os descontos
tado durante o período noturno, salvo se previsto em ins- cuja prestação tenha sido prévia e expressamente deter-
trumento de regulamentação coletiva de trabalho: minada. com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 a 5
a) Ao serviço de atividades que sejam exercidas exclu- 6 A autorização prévia prevista no número anterior do artigo 158.º
é dispensada em situações de prestação de trabalho suple- Artigo 170.º
siva ou predominantemente durante esse período, desig-
nadamente as de espetáculos e diversões públicas; Artigo 167.º Descontos obrigatórios
Artigo 171.º cebidas e da reclamação ou do pedido formulados, bem este a remeta ao órgão ou serviço em que o trabalhador
Descontos facultativos
o trabalhador tenha sido condenado no âmbito de proce- como a não satisfação destes, executando seguidamente a desempenha funções.
ordem ou instrução. 2 Quando um trabalhador em funções públicas seja
pagamento voluntário; condenado pela prática de crime, aplica-se, com as neces-
menção de cumprimento imediato e sem prejuízo do dis- sárias adaptações, o disposto no número anterior.
posto nos n.os 1 e 2, a comunicação referida na parte final
a) Prémios de seguros de doença ou de acidentes pes-
do número anterior é efetuada após a execução da ordem
soais, de seguros de vida e complementos de reforma e constitua também infração disciplinar.
trabalhador, bem como a outras despesas efetuadas pelo ou instrução.
planos de poupança-reforma; 5 Cessa o dever de obediência sempre que o cum-
b) Quota sindical. por este; primento das ordens ou instruções implique a prática de passíveis de ser considerados infração penal, dá-se obri-
qualquer crime. gatoriamente notícia deles ao Ministério Público compe-
2 Desde que solicitado pelo trabalhador, as quotas tente para promover o procedimento criminal, nos termos
sindicais são obrigatoriamente descontadas na fonte. 3 Com exceção da alínea a) do número anterior, os Artigo 178.º
Prescrição da infração disciplinar
SECÇÃO VII no seu conjunto, um sexto da remuneração. e do procedimento disciplinar
atual.
Cumprimento 1 A infração disciplinar prescreve no prazo de um
Artigo 175.º SECÇÃO II
ano sobre a respetiva prática, salvo quando consubstancie
Artigo 172.º Insuscetibilidade de cessão dos créditos laborais também infração penal, caso em que se sujeita aos prazos Sanções disciplinares
Forma do cumprimento O trabalhador não pode ceder, a título gratuito ou one- de prescrição estabelecidos na lei penal à data da prática
roso, os seus créditos a remunerações na medida em que dos factos. SUBSECÇÃO I
1 O montante da remuneração deve estar à disposi- estes sejam impenhoráveis. 2 O direito de instaurar o procedimento disciplinar Disposições gerais
ção do trabalhador na data do vencimento ou no dia útil prescreve no prazo de 60 dias sobre o conhecimento da
imediatamente anterior. infração por qualquer superior hierárquico. Artigo 180.º
2 No ato do pagamento da remuneração, o empre- CAPÍTULO VII 3 Suspendem os prazos prescricionais referidos nos
números anteriores, por um período até seis meses, a ins- Escala das sanções disciplinares
qual constem a identificação daquela e o nome completo Exercício do poder disciplinar
1 As sanções disciplinares aplicáveis aos trabalha-
dores em funções públicas pelas infrações que cometam
social respetiva, a categoria profissional, o período a que SECÇÃO I são as seguintes:
aproveite, quando em qualquer deles venham a apurar-se
Disposições gerais a) Repreensão escrita;
infrações por que seja responsável.
e o montante líquido a receber. b) Multa;
Artigo 176.º disciplinar opera quando, cumulativamente: c) Suspensão;
Artigo 173.º Sujeição ao poder disciplinar d) Despedimento disciplinar ou demissão.
a) Os processos referidos no número anterior tenham
Tempo do cumprimento 1 Todos os trabalhadores são disciplinarmente res- 2 Aos titulares de cargos dirigentes e equiparados é
1 A obrigação de satisfazer a remuneração, quando ponsáveis perante os seus superiores hierárquicos. de factos disciplinarmente puníveis; aplicável a sanção disciplinar de cessação da comissão de
esta seja periódica, vence-se mensalmente. 2 Os titulares dos órgãos dirigentes dos serviços da b) O procedimento disciplinar subsequente tenha sido serviço, a título principal ou acessório.
administração direta e indireta do Estado são disciplinar- instaurado nos 30 dias seguintes à receção daqueles pro- 3 Não pode ser aplicada mais de uma sanção disci-
3 O empregador público fica constituído em mora cessos, para decisão, pela entidade competente; plinar por cada infração, pelas infrações acumuladas que
exerça a respetiva superintendência ou tutela. c) À data da instauração dos processos e procedimento sejam apreciadas num único processo ou pelas infrações
não puder dispor do montante da remuneração na data do apreciadas em processos apensados.
vencimento. desde a constituição do vínculo de emprego público, em o direito de instaurar procedimento disciplinar.
qualquer das suas modalidades. individual do trabalhador.
4 A alteração da situação jurídico-funcional do tra- 5 O procedimento disciplinar prescreve decorridos
SECÇÃO VIII balhador não impede a punição por infrações cometidas 18 meses, a contar da data em que foi instaurado quando, Artigo 181.º
Garantias dos créditos remuneratórios no exercício da função.
decisão final. Caracterização das sanções disciplinares
Artigo 174.º Artigo 177.º 6 A prescrição do procedimento disciplinar referida 1 A sanção de repreensão escrita consiste em mero
Exclusão da responsabilidade disciplinar
no número anterior suspende-se durante o tempo em que, reparo pela irregularidade praticada.
Compensações e descontos 2 A sanção de multa é fixada em quantia certa e não
1 Na pendência do vínculo de emprego público, o questão, a marcha do correspondente processo não possa pode exceder o valor correspondente a seis remunerações
empregador público não pode compensar a remuneração lhador que atue no cumprimento de ordens ou instruções começar ou continuar a ter lugar. base diárias por cada infração e um valor total correspon-
emanadas de legítimo superior hierárquico e em matéria 7 A prescrição volta a correr a partir do dia em que dente à remuneração base de 90 dias por ano.
nem fazer quaisquer descontos ou deduções no montante cesse a causa da suspensão.
da referida remuneração. ou exigido a sua transmissão ou confirmação por escrito.
2 O disposto no número anterior não se aplica: 2 Considerando ilegal a ordem ou instrução recebi- Artigo 179.º período da sanção.
das, o trabalhador faz expressamente menção desse facto
Efeitos da pronúncia e da condenação em processo penal
ao reclamar ou ao pedir a sua transmissão ou confirmação cada infração, num máximo de 240 dias por ano.
por escrito. 5 A sanção de despedimento disciplinar consiste no
judicial transitada em julgado ou por auto de conciliação,
coletivo seja um trabalhador em funções públicas, a se- com contrato de trabalho em funções públicas, cessando
empregador público; cretaria do tribunal por onde corra o processo, no prazo o vínculo de emprego público.
de 24 horas sobre o trânsito em julgado do despacho de
gador público, quando se acharem liquidadas por decisão comunica, também por escrito, ao seu imediato superior pronúncia ou equivalente, entrega, por termo nos autos, definitivo do órgão ou serviço do trabalhador nomeado,
judicial transitada em julgado ou por auto de conciliação; hierárquico, os termos exatos da ordem ou instrução re- cópia de tal despacho ao Ministério Público, a fim de que cessando o vínculo de emprego público.
3262 3263
7 A sanção de cessação da comissão de serviço con- Artigo 186.º b) A produção efetiva de resultados prejudiciais ao ór-
siste na cessação compulsiva do exercício de cargo diri- Suspensão gão ou serviço ou ao interesse geral, nos casos em que o
gente ou equiparado. de trabalhadores, em violação das normas que regulam o
vínculo de emprego público; necessário da sua conduta;
Artigo 182.º lhadores que atuem com grave negligência ou com grave c) A premeditação;
desinteresse pelo cumprimento dos deveres funcionais e de prestação de serviço.
Efeitos das sanções disciplinares
sua prática;
2 A sanção disciplinar de cessação da comissão de e) O facto de ter sido cometida durante o cumprimento
efeitos previstos na presente lei.
2 A sanção de suspensão determina, por tantos dias de cargos dirigentes e equiparados por qualquer infração de sanção disciplinar ou enquanto decorria o período de
b) Compareçam ao serviço em estado de embriaguez suspensão da sanção disciplinar;
quantos os da sua duração, o não exercício de funções e a ou sob o efeito de estupefacientes ou drogas equiparadas;
perda das remunerações correspondentes e da contagem à de multa. f) A reincidência;
c) Exerçam funções em acumulação, sem autorização
do tempo de serviço para antiguidade. g) A acumulação de infrações.
ou apesar de não autorizados ou, ainda, quando a autori- Artigo 189.º
zação tenha sido concedida com base em informações ou
Medida das sanções disciplinares
elementos, por eles fornecidos, que se revelem falsos ou
incompletos;
prática.
demissão importam a perda de todos os direitos do traba- reguladoras do serviço, do qual haja resultado prejuízos natureza, à missão e às atribuições do órgão ou serviço,
lhador, salvo quanto à reforma por velhice ou à aposen- para o órgão ou serviço ou para terceiros; ao cargo ou categoria do trabalhador, às particulares res-
tação, nos termos e condições previstos na lei, mas não e) Dispensem tratamento de favor a determinada enti- ponsabilidades inerentes à modalidade do seu vínculo de o cumprimento de sanção disciplinar aplicada por virtude
dade, singular ou coletiva; emprego público, ao grau de culpa, à sua personalidade de infração anterior.
e a todas as circunstâncias em que a infração tenha sido 4 A acumulação ocorre quando duas ou mais infra-
dignidade e confiança que aquelas de que foi despedido cometida que militem contra ou a favor dele.
ou demitido exigiam. ções são cometidas na mesma ocasião ou quando uma é
5 A sanção de cessação da comissão de serviço im- cometida antes de ter sido punida a anterior.
Artigo 190.º
plica o termo do exercício do cargo dirigente ou equipa- g) Desobedeçam escandalosamente, ou perante o pú-
rado e a impossibilidade de exercício de qualquer cargo Circunstâncias dirimentes e atenuantes Artigo 192.º
blico e em lugar aberto ao mesmo, às ordens superiores; da responsabilidade disciplinar
dirigente ou equiparado durante o período de três anos, a Suspensão da sanção disciplinar
contar da data da notificação da decisão. i) Violem os procedimentos da avaliação do desempe-
nho, incluindo a aposição de datas sem correspondência disciplinar:
SUBSECÇÃO II com o momento da prática do ato; a c) do n.º 1 do artigo 180.º podem ser suspensas quando,
a) A coação física;
j) Agridam, injuriem ou desrespeitem gravemente su- b) A privação acidental e involuntária do exercício das
Infrações a que são aplicáveis as sanções disciplinares da sua vida, à sua conduta anterior e posterior à infração
perior hierárquico, colega, subordinado ou terceiro, fora
e às circunstâncias desta, se conclua que a simples cen-
Artigo 183.º c) A legítima defesa, própria ou alheia;
exercício das funções; d) A não exigibilidade de conduta diversa; sura do comportamento e a ameaça da sanção disciplinar
Infração disciplinar e) O exercício de um direito ou o cumprimento de um
de que não prestem contas nos prazos legais; dever. da punição.
Considera-se infração disciplinar o comportamento do l) Violem, com culpa grave ou dolo, o dever de impar-
trabalhador, por ação ou omissão, ainda que meramente 2 O tempo de suspensão da sanção disciplinar não
cialidade no exercício das funções;
culposo, que viole deveres gerais ou especiais inerentes à m) Usem ou permitam que outrem use ou se sirva de
função que exerce. disciplinar: repreensão escrita e de multa e a um ano para a sanção
quaisquer bens pertencentes aos órgãos ou serviços, cuja disciplinar de suspensão, nem superior a um e dois anos,
Artigo 184.º respetivamente.
daquele a que se destinam; plar comportamento e zelo;
Repreensão escrita b) A confissão espontânea da infração;
A sanção disciplinar de repreensão escrita é aplicável a tigo 24.º
infrações leves de serviço. guês e a atuação com mérito na defesa da liberdade e da decisão.
Artigo 187.º democracia; 4 A suspensão caduca quando o trabalhador venha
Artigo 184.º Despedimento disciplinar ou demissão d) A provocação; a ser, no seu decurso, condenado novamente em processo
As sanções de despedimento disciplinar ou de demis- e) O acatamento bem intencionado de ordem ou instru- disciplinar.
Multa ção de superior hierárquico, nos casos em que não fosse
são são aplicáveis em caso de infração que inviabilize a
devida obediência. Artigo 193.º
negligência ou má compreensão dos deveres funcionais, previstos na presente lei.
nomeadamente aos trabalhadores que: Prescrição das sanções disciplinares
Artigo 188.º
Cessação da comissão de serviço disciplinar inferior.
relevante para o serviço; pugnável:
1 A sanção disciplinar de cessação da comissão de Artigo 191.º
a) Um mês, nos casos de sanção disciplinar de repre-
sem consequências importantes; Circunstâncias agravantes especiais
dirigentes e equiparados que: da responsabilidade disciplinar
ensão escrita;
quicos, subordinados ou colegas ou para com o público; a) Não procedam disciplinarmente contra os trabalha-
d) Pelo defeituoso cumprimento ou desconhecimento c) Seis meses, nos casos de sanção disciplinar de sus-
disciplinar: pensão;
conhecimento;
superiores, demonstrem falta de zelo pelo serviço; d) Um ano, nos casos de sanções disciplinares de des-
que tenham conhecimento no exercício das suas funções, dos prejudiciais ao órgão ou serviço ou ao interesse geral,
que revista caráter penal; independentemente de estes se terem verificado; comissão de serviço.
3264 3265
previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 180.º é da competência categoria de complexidade funcional superior à do traba-
do dirigente máximo do órgão ou serviço. sua publicação. no prazo de 45 dias, só podendo ser excedido este prazo
4 A passagem de certidões é autorizada pelo instru-
cação de qualquer sanção disciplinar aos dirigentes máxi- tor até ao termo da fase de defesa do trabalhador, sendo
mos dos órgãos ou serviços. gratuita quando requerida por este. cional complexidade. preferindo os que possuam adequada formação jurídica.
5 Ao trabalhador que divulgue matéria de natureza 2 Em casos justificados, a entidade referida no nú-
de municípios, bem como nos serviços municipalizados, secreta, nos termos do presente artigo, é instaurado, por conta-se da data de início da instrução, determinada nos
a aplicação das sanções disciplinares previstas nos n.os 1 esse facto, novo procedimento disciplinar. termos do número seguinte. a nomeação de instrutor de outro órgão ou serviço.
3266 3267
Artigo 214.º quer dos seus representantes referidos no número anterior Artigo 219.º
e é apresentada no lugar onde o procedimento tenha sido Relatório final do instrutor
do procedimento, mas por prazo não superior a 90 dias, Notificação da acusação
instaurado.
sempre que a sua presença se revele inconveniente para o 1 Finda a fase de defesa do trabalhador, o instrutor
serviço ou para o apuramento da verdade. -se apresentada na data da sua expedição.
2 A suspensão prevista no número anterior só pode soal ou, não sendo esta possível, por carta registada com
ter lugar em caso de infração punível com sanção disci- concisão os factos e as razões da sua defesa.
plinar de suspensão ou superior. 20 dias para apresentar a sua defesa escrita. 5 A resposta que revele ou se traduza em infrações haja a repor e seu destino, bem como a sanção disciplinar
3 A notificação da suspensão preventiva é acompa- que entenda justa ou a proposta para que os autos se ar-
quivem por ser insubsistente a acusação, designadamente
infrações imputadas ao trabalhador. por inimputabilidade do trabalhador.
3268 3269
cional idêntica, a decisão cabe à entidade que tenha com- SUBSECÇÃO III
de não suspensão referida no número anterior ou tomá-la Procedimentos disciplinares especiais
fixado no número anterior, até ao limite total de 20 dias. superior no exercício de funções públicas.
não tenha feito. DIVISÃO I
de 24 horas, à entidade que o tenha mandado instaurar, a Artigo 222.º
qual, quando não seja competente para decidir, o envia no Processos de inquérito e sindicância
Notificação da decisão
prazo de dois dias a quem deva proferir a decisão. há lugar a recurso tutelar. Artigo 229.º
7 A sanção disciplinar pode ser agravada ou substi-
Inquérito e sindicância
cessação da comissão de serviço, a entidade competente tuída por sanção disciplinar mais grave em resultado de
a notificação da acusação.
para a decisão apresenta o processo, por cópia integral, à recurso do participante.
autorizar que a notificação do trabalhador seja protelada
Artigo 226.º câncias aos órgãos, serviços ou unidades orgânicas na sua
pelo prazo máximo de 30 dias, quando se trate de sanção
que podem, no prazo de cinco dias, juntar o seu parecer dependência ou sujeitos à sua superintendência ou tutela.
Outros meios de prova 2 O inquérito tem por fim apurar factos determina-
fundamentado. por parte do infrator, desde que da execução da decisão
5 A remessa da decisão, nos termos do número an-
terior, não tem lugar quando o trabalhador a ela se tenha recorrente pode requerer novos meios de prova ou juntar
oposto por escrito durante a fase de instrução. orgânica.
dor punido no exercício das suas funções.
Artigo 230.º
Artigo 220.º tempo. Anúncios e editais
Decisão este o tenha requerido. 2 O membro do Governo pode também determinar
4 Quando o processo tenha sido apresentado às es- a realização de novas diligências probatórias.
1 Junto o parecer referido no n.º 4 do artigo ante- a ele dê início, fá-lo constar por anúncios publicados em
rior, ou decorrido o prazo para o efeito, sendo o caso, a igualmente comunicada à comissão de trabalhadores e à são autorizadas ou determinadas no prazo de cinco dias,
associação sindical. iniciam-se em idêntico prazo e concluem-se no prazo que
às autoridades policiais ou administrativas.
ordenar novas diligências, a realizar no prazo que para o membro do Governo entenda fixar.
Artigo 223.º
tal estabeleça. que tenha razão de queixa ou de agravo contra o regular
2 Antes da decisão, a entidade competente pode so- Início de produção de efeitos das sanções disciplinares Artigo 227.º funcionamento dos órgãos, serviços ou unidades orgâni-
licitar ou determinar a emissão, no prazo de 10 dias, de Regime de subida dos recursos cas sindicados se pode apresentar ao sindicante, no prazo
parecer por parte do superior hierárquico do trabalhador guinte ao da notificação do trabalhador ou, não podendo designado, ou a ele apresentar queixa por escrito e pelo
este ser notificado, 15 dias após a publicação de aviso na 1 Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 203.º correio.
mesmo pertença. 2.ª série do Diário da República.
3 O despacho que ordene a realização de novas di- das decisões que não ponham termo ao procedimento so- tos de identificação do queixoso.
ligências ou que solicite a emissão de parecer é proferido DIVISÃO IV 4 No prazo de 48 horas após a receção da queixa, o
no prazo máximo de 30 dias, a contar da data da receção recorra. sindicante notifica o queixoso, marcando-lhe dia, hora e
do processo. Impugnações local para prestar declarações.
4 A decisão do procedimento é sempre fundamen- sos hierárquicos ou tutelares que, ficando retidos, percam
tada quando não concordante com a proposta formulada Artigo 224.º
por esse facto o efeito útil.
Meios impugnatórios 3 Sobe imediatamente nos próprios autos o recurso
máximo de 30 dias, a contar das seguintes datas: ao crime de desobediência qualificada, sendo a despesa a
Os atos proferidos em processo disciplinar podem ser
a) Da receção do processo, quando a entidade compe- impugnados hierárquica ou tutelarmente, nos termos do admita a dedução da suspeição do instrutor ou não aceite
tente para punir concorde com as conclusões do relatório de pagamento.
os fundamentos invocados para a mesma.
final; nalmente. Artigo 231.º
Artigo 228.º Relatório e trâmites ulteriores
diligências; Artigo 225.º
c) Do termo do prazo fixado para emissão de parecer. Recurso hierárquico ou tutelar Renovação do procedimento disciplinar 1 Concluída a instrução, o inquiridor ou sindicante
1 Quando o ato de aplicação da sanção disciplinar elabora, no prazo de 10 dias, o seu relatório, que remete
5 Na decisão não podem ser invocados factos não 1 O trabalhador e o participante podem interpor re- imediatamente à entidade que mandou instaurar o proce-
constantes da acusação nem referidos na resposta do tra- curso hierárquico ou tutelar dos despachos e das decisões tenha sido judicialmente impugnado com fundamento em dimento.
balhador, exceto quando excluam, dirimam ou atenuem a
sua responsabilidade disciplinar. tor ou pelos superiores hierárquicos daquele. gado pela entidade que mandou instaurar o procedimento
6 O incumprimento dos prazos referidos nos n.os 3 e ser renovada até ao termo do prazo para contestar a ação até ao limite máximo, improrrogável, de 30 dias, quando
4 determina a caducidade do direito de aplicar a sanção. judicial. a complexidade do processo o justifique.
notificação do despacho ou da decisão, ou de 20 dias, a 3 Verificando-se a existência de infrações discipli-
Artigo 221.º contar da publicação do aviso a que se refere o n.º 2 do cumulativamente: nares, a entidade que instaurou os procedimentos instaura
artigo 214.º os procedimentos disciplinares a que haja lugar.
Pluralidade de trabalhadores acusados a) O prazo referido no n.º 1 do artigo 178.º não se en-
3 Quando o despacho ou a decisão não tenham sido
notificados ou quando não tenha sido publicado aviso, o constituir, por decisão da entidade referida no n.º 2, a fase
mesmo facto ou de factos entre si conexos, a entidade que prazo conta-se a partir do conhecimento do despacho ou mento;
tenha competência para sancionar o trabalhador de cargo da decisão. b) O fundamento da impugnação não tenha sido pre- no prazo de 48 horas, a acusação do trabalhador ou dos
viamente apreciado em recurso hierárquico ou tutelar que trabalhadores, seguindo-se os demais termos previstos na
tenha sido rejeitado ou indeferido; presente lei.
cargo ou de carreira ou categoria de complexidade fun- grave prejuízo ao interesse público. procedimento. dos podem, a todo o tempo, constituir advogado.
3270 3271
frequência de formação inadequada, aquando da primeira Artigo 235.º de aplicação da presente lei pode ser disponibilizado tra-
avaliação negativa do trabalhador. ções disciplinares de despedimento disciplinar ou demis-
Requisitos da revisão são, o trabalhador tem direito a restabelecer o vínculo de manutenção do vínculo inicial.
ridos três meses, contados da data em que foi instaurado 1 A revisão do procedimento disciplinar é admitida, 2 O acordo de cedência de interesse público carece
constituído.
a todo o tempo, quando se verifiquem circunstâncias ou
relatório final pela entidade competente. meios de prova suscetíveis de demonstrar a inexistência
6 Quando, no processo de averiguações, sejam de- sanção, o trabalhador tem ainda direito a:
tetados indícios de violação de outros deveres funcionais pudessem ter sido utilizados pelo trabalhador no procedi- de trabalhador com vínculo a empregador fora do âmbito
a) Reconstituir a situação jurídico-funcional atual hi- de aplicação da presente lei, de autorização dos membros
mento disciplinar. potética;
avaliação do desempenho, o instrutor participa-os ao diri- 2 A simples ilegalidade, de forma ou de fundo, do b) Ser indemnizado, nos termos gerais de direito, pelos Administração Pública.
danos morais e patrimoniais sofridos. 3 A cedência de interesse público determina para o
instauração do correspondente procedimento de inquérito damento para a revisão.
ou disciplinar.
DIVISÃO IV vínculo, salvo disposição legal em contrário.
Artigo 233.º
Reabilitação 4 Não pode haver lugar, durante o prazo de um ano,
Tramitação em caso algum ser agravada a pena. a cedência de interesse público para o mesmo órgão ou
Artigo 240.º serviço ou para a mesma entidade de trabalhador que se
do procedimento disciplinar. Regime aplicável
o trabalhador ou, na falta destes, solicita a outro dirigente jurídico-funcional de origem.
máximo de outro órgão ou serviço que o nomeie. Artigo 236.º ser feito cessar, a todo o tempo, por iniciativa de qualquer
peitantes às avaliações e à formação frequentada e ouve, Legitimidade das partes, incluindo o trabalhador, com aviso prévio de
tente para o efeito a entidade à qual cabe a aplicação da 30 dias.
1 O interessado na revisão do procedimento disci- 6 No caso de suspensão do vínculo, a cessação do
tenham tido intervenção nas avaliações negativas. plinar ou, nos casos previstos no n.º 1 do artigo 215.º, o sanção.
3 Quando algum avaliador não possa ser ouvido, o seu representante, apresenta requerimento nesse sentido à 2 A reabilitação é concedida a quem a tenha mere-
averiguante justifica circunstanciadamente esse facto no entidade que tenha aplicado a sanção disciplinar. cido pela sua boa conduta, podendo o interessado utilizar
para o comprovar todos os meios de prova admitidos em presente lei ou no Código do Trabalho, consoante o caso.
2 O requerimento indica as circunstâncias ou meios
todas as diligências feitas para o conseguir. direito.
Artigo 242.º
com os documentos indispensáveis. seu representante, decorridos os prazos seguintes sobre a Regime jurídico da cedência de interesse público
documentos até ao termo da instrução. aplicação das sanções disciplinares de repreensão escrita, 1 O trabalhador cedido fica sujeito ao regime jurí-
prazo máximo de 20 dias, a contar da data da instauração Artigo 237.º
de serviço ou sobre o cumprimento das sanções discipli-
Decisão sobre o requerimento
do órgão ou serviço e ao trabalhador. tempo de suspensão de qualquer sanção:
Artigo 234.º a) Seis meses, no caso de repreensão escrita; 2 A cedência de interesse público sujeita o trabalha-
se deve ou não ser concedida a revisão do procedimento. b) Um ano, no caso de multa;
Relatório e decisão
2 O despacho que não conceda a revisão é impug- c) Dois anos, no caso de suspensão e de cessação da
comissão de serviço; pela entidade cessionária.
da instrução, o averiguante elabora o relatório final fun- Administrativos. d) Três anos, no caso de despedimento disciplinar ou 3 O trabalhador cedido tem direito:
damentado, que remete ao dirigente máximo do órgão ou demissão.
Artigo 238.º a) À contagem, na categoria de origem, do tempo de
serviço, no qual pode propor:
Trâmites
serviço prestado em regime de cedência;
deve haver lugar a procedimento disciplinar por ausência efeitos da condenação ainda subsistentes, sendo registada
de violação dos deveres funcionais; no processo individual do trabalhador. remuneração que lhe competiria na categoria de origem;
3272 3273
3 O número de postos de trabalho necessários é de- Artigo 253.º trabalho vagos naquele serviço integrador que não devam
Aplicação do método de avaliação do desempenho
ser ocupados por reafetação, o dirigente responsável pelo -se por lista nominativa que indique a categoria, escalão,
disponibilidades orçamentais existentes. processo procede a novo processo de seleção para a sua
A aplicação do método de avaliação do desempenho é ocupação, de entre trabalhadores não reafetos através do
feita, independentemente da categoria dos trabalhadores, processo regulado nos artigos anteriores.
ou estabelecimento público periférico sem personalidade nos seguintes termos: 2.ª série do Diário da República.
jurídica, quando se justifique, identificando a carreira e a universos são definidos por postos de trabalho, a que cor- 3 A lista nominativa produz efeitos à data da reafe-
e, em caso de igualdade, à classificação quantitativa; responde uma carreira, categoria, área de atividade, bem
e área geográfica, quando necessárias. 4 Concluído o processo de extinção, o membro do
b) Em caso de empate, recorrendo, sucessivamente, à
5 Os mapas a que se referem os números anteriores Governo responsável pela área da Administração Pública
avaliação obtida no parâmetro de «Resultados», à última
são aprovados nos termos da presente lei. cuja carreira, categoria e habilitações corresponda àque- aprova, por despacho publicado na 2.ª série do Diário da
6 Para efeitos do disposto no n.º 2, incluem-se nos República, a lista nominativa dos trabalhadores que, não
relevante na carreira e no exercício de funções públicas.
efetivos existentes no órgão ou serviço os trabalhadores considerando, designadamente, a experiência anterior na tendo obtido colocação durante o período de mobilidade
que aí exerçam funções em período experimental, regime área de atividade prevista para o posto de trabalho e, ou,
Artigo 254.º
são colocados em situação de requalificação.
Aplicação do método de avaliação públicas. 5 A lista a que se refere o número anterior produz
noutro órgão ou serviço ou se encontrem em situação de de competências profissionais 3 Os universos e critérios de seleção a que se refere efeitos, sem prejuízo das situações de licença sem remu-
licença sem remuneração. o número anterior são estabelecidos por despacho do diri- neração, à data da conclusão do processo.
7 As comissões de serviço do pessoal dirigente se- cias profissionais é feita, independentemente da categoria gente máximo responsável pela coordenação do processo
guem o regime previsto no respetivo estatuto. abrange os trabalhadores referidos no n.º 2 do artigo 2.º
adequação das suas características e qualificações profis- que se extingue.
sionais às exigências inerentes à prossecução das atribui- SUBSECÇÃO II
de trabalho nos termos dos números anteriores, os traba-
ao número de efetivos existentes no órgão ou serviço, há bem como aos correspondentes postos de trabalho. Enquadramento dos trabalhadores em situação de requalificação
6 Na segunda fase do processo de requalificação, o Artigo 262.º de março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 793/76, de 5
trabalhador não está sujeito ao enquadramento específico Direitos dos trabalhadores na primeira
de novembro, 275-A/93, de 9 de agosto, e 503/99, de 20 ocupação de postos de trabalho objeto do recrutamento a
previsto nos n.os 2 e 3, sem prejuízo de outros processos fase do processo de requalificação que se referem o artigo seguinte e o n.º 2 do artigo 266.º
de valorização profissional a que possa vir a ser afeto por zembro, e 80/2013, de 28 de novembro, quando se trate e dele não desistir injustificadamente, desde que se veri-
1 Na primeira fase do processo de requalificação, o fiquem os seguintes requisitos cumulativos:
trabalhador que não se encontre no exercício de funções direta e indireta do Estado.
ou por iniciativa do próprio. tem direito a: i) Seja aberto para categoria não inferior à que detenha
no momento da candidatura;
Artigo 259.º a) Receber a remuneração mensal nos termos do artigo ii) Sejam observadas as regras de aplicação da mobi-
seguinte; nos termos da presente lei, sem prejuízo do cumprimento
lidade estabelecidas para a carreira e categoria do traba-
Trabalhadores abrangidos pela segunda b) Auferir os subsídios de Natal e de férias calculados lhador em causa.
fase do processo de requalificação com base na remuneração a que tiver direito; de requalificação
c) Beneficiar das prestações familiares, nos termos le- Artigo 263.º c) Dever de comparecer e realizar os atos inerentes ao
1 São apenas abrangidos pela segunda fase do pro- gais aplicáveis;
cesso de requalificação os trabalhadores nomeados e os Direitos dos trabalhadores na segunda fase processo de seleção para reinício de funções para que seja
referidos no n.º 4 do artigo 88.º da Lei n.º 12-A/2008, de do processo de requalificação convocado.
27 de fevereiro. 1 Na segunda fase do processo de requalificação, o
2 Aos trabalhadores em regime de contrato de tra- trabalhador goza dos direitos previstos nas alíneas a) a f)
balho em funções públicas por tempo indeterminado não do n.º 1 e nos n.os 2 a 8 do artigo anterior. comportamentos do trabalhador:
legais aplicáveis; a) A recusa não fundamentada de reinício de funções
em serviço;
secção III do capítulo IX. carreira para que reúna os requisitos legalmente fixados; prejuízo do cumprimento dos deveres a que se encontre b) A desistência injustificada do procedimento de sele-
g) Realizar um programa de formação específico. sujeito no âmbito do processo de requalificação. ção ao qual o trabalhador em requalificação seja opositor
3 Na situação prevista no número anterior, sempre obrigatório;
Artigo 260.º que a remuneração percebida pela atividade profissional
Situação jurídica do trabalhador em requalificação seleção para novo posto de trabalho, que não seja justifi-
aposentação ou reforma e de antiguidade no exercício de cada com base no regime de faltas dos trabalhadores em
funções públicas. funções públicas;
juízo de ulteriores alterações, a categoria, escalão, índice 3 O trabalhador em situação de requalificação, que sem prejuízo do disposto no número seguinte.
ou posição e nível remuneratórios detidos no serviço de
origem, à data da colocação naquela situação. fundamentada no decurso destas;
2 Para efeitos do disposto no número anterior, não
são considerados os cargos, categorias ou funções exer- caso, dos previstos nas alíneas e) a g) do n.º 1. de requalificação de qualquer alteração relevante da sua
cidos a título transitório, designadamente em regime de situação, designadamente no que se refere à obtenção de
proteção social que o abranja e de cálculo da pensão de
período experimental. nais, à alteração do seu local de residência permanente ou
mulado total inferior à remuneração auferida àquela data. a referida no n.º 5 do artigo anterior.
qualidade quando exerça funções a título transitório, de- alínea a) do n.º 1.
4 A não aceitação do reinício de funções, incluindo
ainda que integrado em carreira especial, pode consolidar noutras entidades, desde que verificados os pressupostos
artigos 265.º a 267.º estabelecidos na alínea b) do n.º 2, constitui fundamento
percebida, bem como de todas as alterações supervenien- ou demissão.
Artigo 261.º ponsável pela área da Administração Pública, aplicando- tes que relevem para o efeito previsto naqueles números. 5 O trabalhador em situação de requalificação, que
-se, em tudo o mais, o regime geral de consolidação da se encontre a exercer funções a título transitório, está su-
Remuneração do trabalhador em situação de requalificação mobilidade na categoria. o conceito de exercício de atividade profissional privada
6 Durante a situação de requalificação pode o tra- abrange:
qual exerce funções, bem como aos previstos nos núme-
balhador requerer, a qualquer momento, uma licença sem a) Todos os tipos de atividade e de serviços, indepen- ros anteriores, quando sejam suscetíveis de fazer cessar a
com o limite máximo de três vezes o valor do indexante remuneração, nos termos da lei. dentemente da sua duração, regularidade e forma de re- situação de requalificação.
dos apoios sociais (IAS). 7 Durante o processo de requalificação, caso esteja muneração;
2 Na segunda fase do processo de requalificação o DIVISÃO II
trabalhador aufere remuneração equivalente a 40 %, com mente da respetiva natureza, pública ou privada, laboral Reinício de funções e vicissitudes
o limite máximo de duas vezes o valor do IAS. ou de prestação de serviços. da situação de requalificação
presente lei, sem prejuízo do seguinte:
3 As remunerações referidas nos números anterio- Artigo 264.º Artigo 265.º
à categoria de origem, escalão, índice ou posição e nível base mensal por cada ano completo de antiguidade, com Deveres dos trabalhadores na situação de requalificação
Recrutamento de trabalhadores
remuneratórios detidos à data da colocação em situação um máximo correspondente a 30 anos completos de an- em situação de requalificação
tiguidade;
de requalificação. tre no exercício de funções mantém os deveres inerentes 1 Nenhum dos órgãos ou serviços abrangidos pelo
à condição de trabalhador em funções públicas que não
pressuponham a prestação efetiva de trabalho. iniciar procedimento para a contratação de prestação de
alterações, nos termos em que o seja a remuneração dos antes da colocação em situação de requalificação. 2 O trabalhador em situação de requalificação tem, serviço ou recrutar trabalhador, por tempo indeterminado
trabalhadores em exercício de funções. em especial, os seguintes deveres: ou a título transitório, sem prejuízo do regime da mobili-
a) Dever de frequentar as ações de formação profissio- dade, que não se encontre integrado no mapa de pessoal
anterior é assegurado pela Secretaria-Geral do Ministério nal previstas no seu plano de requalificação ou para que para o qual se opera o recrutamento, antes de executado
não pode ser inferior à RMMG. das Finanças, nos termos do Decreto-Lei n.º 74/70, de 2 for indicado;
3278 3279
situação de requalificação para as funções ou os postos de Artigo 268.º zelando pela aplicação de critérios de isenção e transpa- de trabalho com a entidade pública empresarial em causa,
trabalho em causa. Suspensão da situação de requalificação
rência e promovendo o seu reinício de funções, designa- com a correspondente denúncia do respetivo contrato de
2 O procedimento prévio de recrutamento de traba- damente: trabalho em funções públicas.
Artigo 278.º Artigo 281.º denúncia ou exoneração a pedido do trabalhador. desenvolver outra atividade profissional remunerada, nos
Efeitos
termos previstos nos artigos 19.º a 24.º
Factos determinantes Artigo 283.º
Licença sem remuneração para exercício de funções Artigo 286.º
público o impedimento temporário por facto não imputá- do vínculo, com os efeitos previstos nos n.os 1 e 3 do ar- em organismos internacionais Prestação de pré-reforma
vel ao trabalhador que se prolongue por mais de um mês, tigo 277.º
1 A licença sem remuneração para exercício de fun- 1 Na situação de pré-reforma que corresponda à re-
nomeadamente doença.
2 O vínculo de emprego público considera-se sus- efeitos de antiguidade, sem prejuízo do disposto no nú-
penso, mesmo antes de decorrido o prazo de um mês, a mero seguinte. é fixada com base na última remuneração auferida pelo
3 Nas licenças previstas para acompanhamento do dos negócios estrangeiros e pelo serviço a que pertence trabalhador, em proporção do período normal de trabalho
partir do momento em que seja previsível que o impedi-
mento vai ter duração superior àquele prazo. cônjuge colocado no estrangeiro, bem como para o exer- semanal acordado.
cício de funções em organismos internacionais e noutras seguintes modalidades: 2 A prestação referida no número anterior é atuali-
licenças fundadas em circunstâncias de interesse público, zada anualmente em percentagem igual à do aumento de
definitivo. cário ou experimental, com vista a uma integração futura
de antiguidade e pode continuar a efetuar descontos para no respetivo organismo; no pleno exercício das suas funções.
a ADSE ou outro subsistema de saúde de que beneficie, b) Licença para o exercício de funções em quadro de
público nos casos previstos na lei. organismo internacional.
licença. o trabalhador tem direito a retomar o pleno exercício de
Artigo 279.º 2 A licença prevista na alínea a) do número anterior funções, sem prejuízo da sua antiguidade, ou a resolver o
previstas para acompanhamento do cônjuge colocado no contrato, com direito à indemnização prevista nos n.os 2 e
Regresso do trabalhador
ou experimental para que foi concedida. 3 do artigo seguinte.
em circunstâncias de interesse público, o trabalhador tem pelo período de exercício de funções. na situação de pré-reforma que corresponda à suspensão
para retomar a atividade, sob pena de incorrer em faltas direito à ocupação de um posto de trabalho no órgão ou 4 O exercício de funções nos termos do presente ar- da prestação de trabalho são fixadas por decreto regula-
injustificadas. serviço quando terminar a licença. mentar.
3282 3283
Artigo 287.º Artigo 290.º por escrito, até 30 dias antes de o prazo expirar, a vontade
Extinção da situação de pré-reforma Direitos e deveres do empregador público e do trabalhador
de o renovar. das finanças e da Administração Pública podem, previa-
decorrentes da extinção do vínculo mente à autorização prevista no número anterior, reque-
1 A situação de pré-reforma extingue-se: tade de renovar o contrato nos termos do número anterior,
1 Extinto o vínculo, o empregador público deve en- presume-se o acordo do trabalhador, se, no prazo de sete
de idade ou invalidez;
b) Com o regresso ao pleno exercício de funções, por contrário.
cargos que desempenhou. Administração Pública.
acordo entre o trabalhador e o empregador público ou nos
termos do artigo anterior;
c) Com a cessação do contrato. trabalhador o direito a uma compensação, calculada nos
termos previstos no Código do Trabalho para os contratos é dispensada a autorização prevista no n.º 2, observados
público é obrigado a entregar ao trabalhador outros docu- os requisitos enunciados no n.º 1.
a termo certo.
emitidos e que este solicite, designadamente os previstos Artigo 296.º
na legislação de proteção social. Artigo 294.º
no pleno exercício das suas funções, aquele tem direito a Caducidade do contrato de trabalho em funções Compensação pela extinção por acordo
uma indemnização correspondente ao montante das pres- públicas a termo incerto
tações de pré-reforma até à idade legal de reforma. de trabalho e quaisquer outros objetos que sejam pertença
pagas a título de compensação pela extinção do vínculo e,
3 A indemnização referida no número anterior tem sendo caso disso, as decorrentes de créditos já vencidos
por base a última prestação de pré-reforma devida à data danos causados.
5 Cessada a comissão de serviço, o trabalhador re- ou exigíveis em virtude dessa extinção.
da cessação do contrato.
30 ou 60 dias, conforme o contrato tenha durado até seis trabalhador no âmbito do acordo de cessação do vínculo
derado requerente da reforma ou aposentação por velhice corresponde, no máximo, a 20 dias de remuneração base
lugar ao pagamento de indemnização quando prevista em respetivamente. por cada ano completo de antiguidade e é determinada do
ocorrido a extinção da situação de pré-reforma. seguinte modo:
lei especial.
n.º 1 do artigo 57.º, que dê lugar à contratação de vários
CAPÍTULO IX SECÇÃO II da divisão por 30 da remuneração base mensal auferida
anterior deve ser feita, sucessivamente, a partir da verifi- pelo trabalhador;
Extinção do vínculo Causas de extinção comuns cação da diminuição gradual da respetiva ocupação, com b) Em caso de fração de ano, o montante da compen-
a aproximação da conclusão do projeto para o desenvol- sação é calculado proporcionalmente;
SECÇÃO I SUBSECÇÃO I vimento do qual foram contratados.
Disposições gerais Caducidade do vínculo de emprego público superior a 100 vezes a RMMG, sem prejuízo do previsto
nos números seguintes;
Artigo 288.º Artigo 291.º em falta.
Proibição de despedimento ou demissão sem justa causa Situações de caducidade 4 A caducidade do contrato confere ao trabalhador trabalhador até à idade legal de reforma ou aposentação.
o direito a uma compensação calculada nos termos pre-
nos seguintes casos: vistos no Código do Trabalho para os contratos a termo
causa ou por motivos políticos ou ideológicos. incerto.
a) Com a verificação do seu termo; da aposentação, no âmbito do regime de proteção social
Artigo 289.º b) Em caso de impossibilidade superveniente, absoluta SUBSECÇÃO II convergente ou ao abrigo de regime de flexibilização ou
Formas de extinção do vínculo de emprego público e definitiva de o trabalhador prestar o seu trabalho; de antecipação da idade de pensão de velhice no regime
c) Com a reforma ou aposentação do trabalhador, por Extinção por acordo
geral de segurança social, o acordo de cessação carece de
velhice ou invalidez, ou, em qualquer caso, quando o tra-
balhador completar 70 anos de idade. Artigo 295.º
as seguintes: rização prévia do membro do Governo responsável pela
Acordo de cessação do vínculo de emprego público área das finanças.
a) Caducidade; Artigo 292.º
b) Acordo; Reforma ou aposentação por velhice ou invalidez acordo impede o trabalhador de constituir um vínculo de
c) Extinção por motivos disciplinares; servados os seguintes requisitos: trabalho em funções públicas, em qualquer modalidade,
d) Extinção pelo trabalhador com aviso prévio;
ou aposentação do trabalhador, por velhice ou invalidez, a) Comprovada obtenção de ganhos de eficiência e a
e) Extinção pelo trabalhador com justa causa. do Estado, da administração regional e da administração
70 anos de idade. designadamente pela demonstração de que o trabalhador
não requer substituição;
b) Demonstração da existência de disponibilidade or- ção percebida, calculado com aproximação por excesso.
invalidez.
Administração Pública em conformidade com o disposto inerente à compensação a atribuir ao trabalhador. das finanças e da Administração Pública e o membro do
no n.º 2 do artigo 245.º Artigo 293.º
Caducidade do contrato de trabalho em funções número anterior depende de prévia autorização dos mem- toriais de redução de efetivos, por recurso à celebração de
públicas a termo certo
pregador. bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e
da Administração Pública e do membro do Governo que e as condições específicas a aplicar nesses programas, as
são de serviço pode ser denunciada com a antecedência
mínima de 30 dias. empregador público ou o trabalhador não comuniquem, o empregador público. nizações sindicais representativas dos trabalhadores.
3284 3285
fixada pelo tribunal, entre 15 e 45 dias por cada ano com- dos factos que a justificam, nos 30 dias subsequentes ao
no gozo de licença extraordinária. atende-se ao tempo de duração efetiva do contrato. conhecimento desses factos.
3286 3287
2 O número de membros da subcomissão de traba- b) Exercer o controlo de gestão nos respetivos empre- SECÇÃO III
lhadores não pode exceder os seguintes: gadores públicos; substancial do número de trabalhadores do órgão ou ser- Constituição e extinção da comissão de trabalhadores
b) Da composição da comissão de trabalhadores, das constituição e dos seus estatutos e à publicação de aviso 3 Compete exclusivamente às associações sindicais
na 2.ª série do Diário da República.
n.º 34/2008, de 26 de fevereiro, na redação atual. justificam a realização da reunião.
2 A comissão de trabalhadores, a subcomissão ou a ção Pública remete ao magistrado do Ministério Público
comissão coordenadora só pode iniciar as suas atividades no tribunal competente cópia certificada da comunicação SECÇÃO II
depois da publicação dos estatutos e da respetiva compo-
sição, nos termos do número anterior. fundamentada sobre a legalidade da deliberação, nos oito Constituição e organização das associações 5 Os membros da direção das associações sindicais
dias posteriores à publicação do aviso referido no número que não trabalhem no órgão ou serviço podem participar
Artigo 333.º anterior. Artigo 339.º
3 No caso de a deliberação de extinção ser descon- empregador público com a antecedência mínima de seis
Controlo de legalidade da constituição Comunicações ao membro do Governo responsável
e dos estatutos das comissões pela área da Administração Pública horas.
Artigo 342.º
a declaração judicial de nulidade da deliberação.
Número de delegados sindicais
aplica-se do disposto no Código de Trabalho.
nistração Pública remete, no prazo de oito dias, a contar
oficiosamente, ao membro do Governo responsável pela
eleitoral e das mesas de voto, dos documentos de registo área da Administração Pública:
forma:
a) Cópia dos estatutos da associação sindical;
requerimento de registo, bem como a apreciação funda- comissão coordenadora ou a revogação do cancelamento b) Identificação dos membros da direção eleitos, bem
mentada sobre a legalidade da constituição da comissão produz efeitos a partir da publicação do respetivo aviso. como cópia da ata da assembleia que os elegeu. dade orgânica desconcentrada com menos de 50 trabalha-
dores sindicalizados, um;
ao magistrado do Ministério Público da área da sede do 3 O ministério responsável pela área laboral comu-
respetivo órgão ou serviço. CAPÍTULO III nica, oficiosamente, ao membro do Governo responsável dade orgânica desconcentrada com 50 a 99 trabalhadores
sindicalizados, dois;
à lei, o ministério responsável pela área da Administração Associações sindicais
registo da associação sindical.
Pública, no prazo referido no número anterior, notifica os
SECÇÃO I sindicalizados, três;
3 Caso não haja alteração no prazo referido no nú- SECÇÃO III
mero anterior, o ministério responsável pela área da Ad- Disposições gerais
Atividade sindical no órgão ou serviço
sindicalizados, seis;
no n.º 1. Artigo 337.º
Artigo 340.º
Direito de associação sindical unidade orgânica desconcentrada com 500 ou mais traba-
as necessárias adaptações, à constituição e aprovação dos Atividade sindical lhadores sindicalizados, o número resultante da seguinte
estatutos da comissão coordenadora. 1 Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a de- fórmula:
reito de constituir associações sindicais a todos os níveis,
para defesa e promoção dos seus interesses socioprofis- senvolver atividade sindical no órgão ou serviço do em- 6 + [(n - 500): 200]
Artigo 334.º
sionais.
Fusão de serviços 2 As associações sindicais de trabalhadores em fun- sindicais, comissões sindicais e comissões intersindicais.
Em caso de extinção de um serviço e da sua incorpora-
ção num outro, sempre que neste não exista comissão de Trabalho, com as necessárias adaptações. número anterior é arredondado para a unidade imediata-
o normal funcionamento dos órgãos ou serviços. mente superior.
Artigo 338.º Artigo 343.º
Artigo 341.º
fusão ou até que nova estrutura entretanto eleita inicie as Direitos das associações sindicais Informação e consulta de delegado sindical
respetivas funções. Reunião de trabalhadores no local de trabalho
1 Os trabalhadores podem reunir-se no local de tra- 1 Os delegados sindicais gozam do direito a infor-
Artigo 335.º têm, nomeadamente, o direito de:
balho:
Extinção judicial a) Celebrar acordos coletivos de trabalho; suas atribuições.
b) Prestar serviços de caráter económico e social aos a) Fora do horário de trabalho observado pela genera-
Quando não tenha sido requerido o registo da eleição lidade dos trabalhadores, mediante convocação do órgão
seus associados; além de outras referidas na lei ou identificadas em acordo
c) Participar na elaboração da legislação do trabalho; competente da associação sindical, do delegado sindical coletivo de trabalho, as seguintes matérias:
missão coordenadora, num período de seis anos a contar ou da comissão sindical ou intersindical, sem prejuízo do
do último registo, o ministério responsável pela área da d) Participar nos procedimentos relativos aos trabalha- a) A informação sobre a evolução recente e a evolução
normal funcionamento dos serviços, no caso de trabalho
por turnos ou de trabalho suplementar; provável das atividades do órgão ou serviço, do estabele-
gistrado do Ministério Público no tribunal competente, o ou serviços;
b) Durante o horário de trabalho observado pela gene-
qual promove, no prazo de 15 dias, a contar da receção ralidade dos trabalhadores, até um período máximo de 15 e a sua situação financeira;
dessa comunicação, a declaração judicial de extinção da sindicais internacionais. b) A informação e consulta sobre a situação, a estrutura
respetiva comissão.
natureza urgente e essencial.
Artigo 336.º dade processual para defesa dos direitos e interesses co- nomeadamente em caso de ameaça para o emprego;
Cancelamento do registo
individuais legalmente protegidos dos trabalhadores que de desencadear mudanças substanciais a nível da organi-
representem. podem ser convocadas:
zação do trabalho ou dos contratos de trabalho.
missão coordenadora deve ser comunicada ao ministério
responsável pela área da Administração Pública, para que b) Excecionalmente, pelas associações sindicais ou os
se proceda de imediato ao cancelamento do registo da sua respetivos delegados. respetivamente, ao órgão de direção do órgão ou serviço
3292 3293
ou ao dirigente do estabelecimento periférico ou da uni- ção coletiva de trabalho, o número máximo de membros
da direção de associações sindicais representativas de tra-
respeitantes às matérias referidas nos números anteriores. nos termos dos respetivos estatutos, representem interes-
de horas é determinado da seguinte forma: até ao seguinte número máximo de membros da direção: ses de trabalhadores em funções públicas e se encontrem
prazo de 10 dias, salvo se, pela sua complexidade, se jus- devidamente registadas.
tificar prazo maior, que nunca deve ser superior a 30 dias. a) Município em que exercem funções 25 a 49 traba- a) Quatro membros, no caso das confederações sindi-
lhadores sindicalizados, um membro; 3 A negociação coletiva visa:
5 Quando esteja em causa a tomada de decisões por cais que representem, pelo menos, 5 % do universo dos
parte do empregador público, no exercício dos poderes de b) Município em que exercem funções 50 a 99 traba- trabalhadores que exercem funções públicas; a) Obter um acordo sobre as matérias que integram o
lhadores sindicalizados, dois membros; estatuto dos trabalhadores em funções públicas, a incluir
c) Município em que exercem funções 100 a 199 tra- 10 000 associados ou fração correspondente, pelo menos,
conduzidos, por ambas as partes, no sentido de alcançar, balhadores sindicalizados, três membros; a 5000 associados, até ao limite máximo de 10 membros; cáveis a estes trabalhadores;
sempre que possível, o consenso. d) Município em que exercem funções 200 a 499 tra-
balhadores sindicalizados, quatro membros;
vedado o acesso a matérias sujeitas ao regime de segredo e) Município em que exercem funções 500 a 999 tra- dos trabalhadores que exerçam funções na respetiva área. trabalho em funções públicas.
previsto na lei. balhadores sindicalizados, seis membros;
14 Para os efeitos previstos na alínea b) do número Artigo 348.º
Artigo 344.º 1999 trabalhadores sindicalizados, sete membros;
Princípios
Crédito de horas de delegado sindical dos nas associações que fazem parte daquelas estruturas
4999 trabalhadores sindicalizados, oito membros; de representação coletiva de trabalhadores. 1 O empregador público e as associações sindicais
suas funções, de um crédito de 12 horas por mês. 9999 trabalhadores sindicalizados, 10 membros;
2 Até 15 de janeiro de cada ano civil, deve a asso- i) Município em que exercem funções 10 000 ou mais quer aos pedidos de reunião solicitados, quer às propostas
ciação sindical comunicar aos órgãos ou serviços onde os mantém atualizados mecanismos de acompanhamento e
trabalhadores sindicalizados, 12 membros. controlo do sistema de créditos e cedências de interesse
mesmos exercem funções, a identificação dos delegados
sindicais beneficiários do crédito de horas. público previstos nos números anteriores.
6 Para o exercício das suas funções, cada membro
da direção beneficia, nos termos dos números anteriores, Artigo 346.º
Artigo 345.º do crédito de horas correspondente a quatro dias de traba-
Crédito de horas dos membros da direção lho por mês, que pode utilizar em períodos de meio dia, Faltas
de associação sindical mantendo o direito à remuneração. salvo se as partes nisso expressamente acordarem.
7 Até 15 de janeiro de cada ano civil, salvo se a es- cuja identificação é comunicada à DGAEP e ao órgão ou 3 Cada uma das partes pode solicitar à outra as in-
1 Sem prejuízo do disposto em instrumento de re-
gulamentação coletiva de trabalho, o número máximo de diverso, a associação sindical deve comunicar à DGAEP: do direito de negociação coletiva, designadamente os es-
como serviço efetivo, salvo quanto à remuneração. confidenciais, e que sejam considerados indispensáveis à
a) Associações sindicais com um número igual ou in- do crédito de horas e respetivo serviço de origem. fundamentação das propostas e das contrapropostas.
ferior a 200 associados, um membro;
a faltas justificadas, até ao limite de 33 faltas por ano, que
b) Associações sindicais com mais de 200 associados, balhadores em funções públicas, a Administração Pública
salvo quanto à remuneração. e as associações sindicais devem assegurar a apreciação,
limite máximo de 50 membros. funções a identificação dos membros de direção benefici- 3 Quando as faltas determinadas pelo exercício de discussão e resolução das questões colocadas numa pers-
ários do crédito de horas. atividade sindical se prolongarem para além de um mês, petiva global e comum a todos os serviços e organismos e
sindical, as comunicações previstas nos dois números an- respeitante ao trabalhador. da prossecução do interesse público.
distrital beneficiam ainda do crédito de horas, numa das teriores devem ser efetuadas no prazo de 15 dias.
seguintes soluções: 4 O disposto no número anterior não é aplicável aos 5 No processo de negociação para a celebração de
membros da direção cuja ausência no local de trabalho,
de antecedência ou, em caso de impossibilidade, num dos para além de um mês, seja determinada pela cumulação
do crédito de horas. atividades dos órgãos ou serviços nem, em qualquer caso,
correspondente a, pelo menos, 100 associados, até ao li-
nos, 2,5 % do número total de trabalhadores que exercem m) Regime de proteção social convergente; Administração Pública e, no caso das negociações secto- 2.ª série do Diário da República e entram em vigor, após
funções públicas; n) Ação social complementar. riais, pelo que for responsável pelo respetivo setor. a sua publicação, nos mesmos termos das leis.
causa matérias relativas a carreiras especiais, as associa- 2 Não podem ser objeto de negociação coletiva ma- Artigo 353.º 2.ª série do Diário da República, de avisos sobre a data
ções sindicais com assento na Comissão Permanente de térias relativas à estrutura, atribuições e competências da Informação sobre política salarial
da cessação da vigência de acordos coletivos de trabalho.
Concertação Social e as associações sindicais que repre- Administração Pública.
3 A negociação coletiva a que se refere o n.º 1 pode
integrados na carreira especial em causa. até ao fim do primeiro semestre de cada ano, a respetiva mente republicados.
posição sobre os critérios que entendam dever orientar a
Artigo 351.º política salarial a prosseguir no ano seguinte. Artigo 357.º
dicais na negociação coletiva: Procedimento de negociação
Artigo 354.º Aplicação de instrumento de regulamentação
a) Os membros das respetivas direções, portadores de coletiva de trabalho
credencial com poderes bastantes para negociar; Acordo decorrente da negociação
1 No cumprimento do acordo coletivo de trabalho
devem as partes, tal como os respetivos filiados, agir de
direções das associações sindicais, do qual constem ex- boa-fé.
pressamente poderes para negociar. das matérias previstas no artigo anterior, procedendo-se
tivas ou administrativas adequadas ao seu integral e exato atende-se às circunstâncias em que as partes fundamenta-
que estas terminem tendencialmente antes da votação fi- ram a decisão de contratar.
da Administração Pública. nos termos constitucionais, na Assembleia da República. as respetivas propostas de lei à Assembleia da República,
3 As matérias sem incidência orçamental constan- no prazo máximo de 45 dias. ao cumprimento das obrigações dele emergentes, são res-
de negociação coletiva pelo Governo, do seguinte modo: tes do artigo anterior podem ser objeto de negociação a ponsáveis pelo prejuízo causado, nos termos gerais.
qualquer momento, desde que as partes nisso acordem e de acordo, o Governo toma a decisão que entender ade-
que não tenham sido discutidas na negociação geral anual quada. Artigo 358.º
que coordena, e das finanças; precedente.
4 As partes devem fundamentar as suas propostas e Publicidade
CAPÍTULO III
do Governo responsável pelo setor, que coordena, e dos contrapropostas, impendendo sobre elas o dever de tentar
atingir, em prazo adequado, um acordo. Instrumentos de regulamentação em local apropriado, a indicação dos instrumentos de re-
coletiva de trabalho
e da Administração Pública. gulamentação coletiva de trabalho aplicáveis.
negocial tem de ser feita com a antecedência mínima de
5 As entidades referidas no número anterior podem cinco dias úteis, salvo acordo das partes. SECÇÃO I
SECÇÃO II
intervir na negociação coletiva diretamente ou através de Disposições gerais
representantes. critas pelas partes, donde consta um resumo do que tiver Acordo coletivo de trabalho
6 Compete à DGAEP apoiar o membro do Governo ocorrido, designadamente os pontos em que não se tenha
obtido acordo. Artigo 355.º
responsável pela área da Administração Pública no pro- SUBSECÇÃO I
cesso de negociação coletiva. 7 As negociações sectoriais iniciam-se em qualquer Conteúdo de instrumento de regulamentação
altura do ano e têm a duração que for acordada entre as coletiva de trabalho Processo negocial para a celebração do acordo coletivo
partes, aplicando-se-lhes os princípios constantes dos nú-
CAPÍTULO II meros anteriores. Artigo 359.º
8 Ao pessoal com funções de representação externa
Negociação coletiva sobre o estatuto coletiva de trabalho só pode dispor sobre: Proposta
do Estado, bem como ao que desempenhe funções de na-
dos trabalhadores em funções públicas tureza altamente confidencial, é aplicado, em cada caso, a) Suplementos remuneratórios; 1 A celebração de um acordo coletivo de trabalho é
o procedimento negocial adequado à natureza das respe- b) Sistemas de recompensa do desempenho; precedida de um processo de negociação.
Artigo 350.º tivas funções, sem prejuízo dos direitos reconhecidos na
Objeto da negociação coletiva presente lei. desempenho; sentação à outra parte de uma proposta de celebração ou
Artigo 352.º d) Regimes de duração e organização do tempo de tra- de revisão de acordo coletivo de trabalho.
1 São objeto de negociação coletiva, para a celebra- balho; 3 A proposta deve revestir forma escrita, ser devi-
Negociação coletiva suplementar e) Regimes de mobilidade; damente fundamentada e conter os seguintes elementos:
vínculo de emprego público, as seguintes matérias: f) Ação social complementar.
a) Constituição, modificação e extinção do vínculo de próprio e em representação de outras;
emprego público; 2 O instrumento de regulamentação coletiva de tra-
balho não pode: b) Indicação do acordo coletivo de trabalho que se pre-
b) Recrutamento e seleção; conflitos. tende rever, sendo caso disso, e respetiva data de publi-
c) Carreiras; 2 O pedido para negociação suplementar é apresen- a) Contrariar norma legal imperativa; cação.
d) Tempo de trabalho; tado no final da última reunião negocial, ou por escrito, b) Dispor sobre a estrutura, atribuições e competências
e) Férias, faltas e licenças; da Administração Pública; Artigo 360.º
c) Conferir eficácia retroativa a qualquer cláusula que Resposta
cluindo a alteração dos níveis remuneratórios e do mon- não seja de natureza pecuniária.
tante pecuniário de cada nível remuneratório; envolvidas no processo.
g) Formação e aperfeiçoamento profissional; Artigo 356.º de forma escrita e fundamentada, nos 30 dias seguintes à
h) Segurança e saúde no trabalho; termos do número anterior, é obrigatória, não podendo a receção daquela, salvo prazo mais longo convencionado
i) Regime disciplinar; sua duração exceder 15 dias úteis. Publicação e entrada em vigor dos instrumentos pelas partes ou indicado pelo proponente.
de regulamentação coletiva de trabalho
j) Mobilidade; 2 A resposta deve exprimir uma posição relativa a
k) Avaliação do desempenho;
l) Direitos coletivos; obrigatoriamente presidida pelo que for responsável pela trabalho, bem como a sua revogação, são publicados na contrapropondo.
3296 3297
3 A falta de resposta ou de contraproposta, no prazo b) Pelo empregador público, os membros do Governo 3 O acordo coletivo de trabalho aplica-se ainda aos
fixado no n.º 1 e nos termos do número anterior, legitima responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração -se, para todos os efeitos, como integrando o acordo co- restantes trabalhadores integrados em carreira ou em fun-
a entidade proponente a requerer a conciliação. Pública, o que superintenda no órgão ou serviço e o em- letivo de trabalho a que respeita, devendo ser depositada
pregador público nos termos do artigo 27.º
Artigo 361.º trabalho. não sindicalizado ou de associação sindical interessada e
Prioridade em matéria negocial
4 Têm ainda legitimidade para celebrar acordos co- com legitimidade para celebrar o acordo coletivo de tra-
SUBSECÇÃO III balho, relativamente aos seus filiados.
Depósito
4 O direito de oposição previsto no número anterior
dos prémios de desempenho e da duração e organização
tigo 349.º Artigo 368.º
escrita dirigida ao empregador público.
global de encargos daí resultante, bem como à matéria da 5 No caso previsto no número anterior, o processo Procedimento de depósito de acordo coletivo de trabalho 5 No caso de ser aplicável mais do que um acordo
segurança, higiene e saúde no trabalho. negocial decorre conjuntamente. coletivo no âmbito do empregador público, o trabalhador
2 A inviabilidade do acordo inicial sobre as maté- 1 O acordo coletivo de trabalho, bem como a respe-
tiva revogação, é entregue para depósito, na DGAEP, nos não sindicalizado deve indicar por escrito ao empregador
rias referidas no número anterior não justifica a rutura de o acordo coletivo que pretende ver-lhe aplicado.
negociação. do Governo e representantes do empregador público, ou cinco dias subsequentes à data da assinatura.
Artigo 362.º respetivos representantes. é aplicável o instrumento de regulamentação coletiva de
coletivo de trabalho deve ser acompanhada de texto con-
Negociações diretas trabalho que abranja o maior número de trabalhadores no
Artigo 365.º âmbito do empregador público.
1 Na sequência da resposta, devem ter início as ne- de divergência, prevalece sobre os textos a que se refere.
Forma do acordo coletivo de trabalho 3 O acordo e o texto consolidado são entregues em
gociações diretas. Artigo 371.º
1 O acordo coletivo de trabalho reveste a forma es- documento eletrónico, nos termos previstos em portaria
crita, sob pena de nulidade. do membro do Governo responsável pela área da Admi- Determinação temporal da filiação
cessárias consultas aos trabalhadores e aos empregadores 2 Do acordo coletivo de trabalho constam obrigato- nistração Pública.
1 Os acordos coletivos abrangem os trabalhadores
públicos interessados, nos termos da presente lei. riamente as seguintes referências:
satisfazer os seguintes requisitos:
a) Entidades celebrantes; mento do início do processo negocial, bem como os que
Artigo 363.º nelas se filiem durante o período de vigência dos mesmos
Apoio técnico das entidades celebrantes; efeito; acordos.
c) Âmbito de aplicação; 2 Em caso de desfiliação dos trabalhadores ou das
Na preparação da proposta e da resposta e durante as respetivas associações dos sujeitos outorgantes, o acordo
negociações, a DGAEP e os demais órgãos e serviços for- d) Data de celebração;
e) Acordo coletivo de trabalho alterado ou substituído
e respetiva data de publicação, caso exista; público celebrantes; dele expressamente constar ou, sendo o acordo objeto de
e que por elas seja requerida. c) Obedecer ao disposto nos n.os 2 e 3;
f) Prazo de vigência, caso exista; alteração, até à entrada em vigor desta.
g) Estimativa dos órgãos ou serviços e do número de d) Obedecer ao disposto no artigo 365.º 3 No caso de o acordo coletivo de trabalho não ter
SUBSECÇÃO II
prazo de vigência, os trabalhadores ou as respetivas asso-
Celebração e conteúdo elaborada pelas entidades celebrantes. 5 O depósito considera-se feito se não for recusado ciações que se tenham desfiliado dos sujeitos outorgantes
são abrangidos durante o prazo mínimo de um ano.
Artigo 364.º Artigo 366.º trabalho no serviço referido no n.º 1. 4 A opção do trabalhador não sindicalizado pela su-
Legitimidade e representação Conteúdo do acordo coletivo de trabalho partes, sendo devolvidos todos os documentos.
1 Podem celebrar acordos coletivos de carreiras ge-
nos n.os 2 e 3, consoante o caso.
rais, em representação dos trabalhadores, as associações regular: Artigo 369.º
sindicais com legitimidade para a negociação coletiva e,
Alteração do acordo antes da decisão sobre o depósito Artigo 372.º
responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração cular quanto à verificação do cumprimento do acordo e Efeitos da sucessão nas atribuições
Pública. pendente, pode ser introduzida qualquer alteração formal
2 Têm legitimidade para celebrar acordos coletivos aplicação e revisão; 1 Em caso de reorganização de órgãos ou serviços
de carreiras especiais: b) O âmbito temporal, nomeadamente a sobrevigência com transferência das suas atribuições ou competências
para esse efeito.
e o prazo de denúncia do acordo;
a) Pelas associações sindicais, as confederações sindi- c) A definição de serviços mínimos e dos meios neces- o prazo para o depósito previsto no artigo anterior.
sários para os assegurar em caso de greve.
menos, 5 % do número total de trabalhadores integrados SUBSECÇÃO IV ses, a contar da data da transferência, salvo se, entretanto,
2 O acordo coletivo de trabalho deve prever a cons-
na carreira especial em causa; Âmbito pessoal de aplicação outro acordo coletivo de trabalho de empregador público
b) Pelos empregadores públicos, os membros do Go- passar a aplicar-se ao órgão ou serviço integrador.
para interpretar e integrar as suas cláusulas. Artigo 370.º 2 Em caso de transferência de atribuições ou de res-
sados, em função das carreiras objeto dos acordos. Incidência subjetiva dos acordos coletivos de trabalho
Artigo 367.º públicas empresariais ou entidades privadas sob qualquer
1 O acordo coletivo de trabalho obriga os emprega- forma, o instrumento de regulamentação coletiva de tra-
3 Têm legitimidade para celebrar acordos coletivos Comissão paritária
dores públicos abrangidos pelo seu âmbito de aplicação e balho que vincula aquele órgão ou serviço é aplicável a
de empregador público: as associações sindicais outorgantes. estas entidades até ao termo do respetivo prazo de vigên-
a) Pelas associações sindicais, as confederações sindi- no n.º 2 do artigo anterior é regulado pelo acordo coletivo 2 O acordo coletivo de trabalho aplica-se aos traba- cia e, no mínimo, durante 12 meses, a contar da data da
de trabalho. lhadores filiados em associação outorgante ou membros
Social e as restantes associações sindicais representativas 2 A comissão paritária só pode deliberar desde que da associação sindical filiada na união, federação ou con- regulamentação coletiva de trabalho convencional passar
dos respetivos trabalhadores; esteja presente metade dos representantes de cada parte. federação sindical outorgante. a aplicar-se às mesmas entidades.
3298 3299
SUBSECÇÃO V Artigo 376.º Artigo 380.º 3 Nas 48 horas subsequentes à comunicação a que
Âmbito temporal de aplicação Cessação Efeitos da decisão arbitral
se refere o n.º 1, as partes nomeiam o respetivo árbitro,
cuja identificação é comunicada, no prazo de 24 horas, à
Artigo 373.º O acordo coletivo de trabalho pode cessar: 1 A decisão arbitral produz os efeitos do acordo co- outra parte e à DGAEP.
letivo de trabalho.
Vigência a) Mediante revogação por acordo das partes;
b) Por caducidade, nos termos do artigo anterior.
1 O acordo coletivo de trabalho vigora pelo prazo do terceiro árbitro, cuja identificação é comunicada, nas
depósito e publicação previstas para os acordos coletivos 24 horas subsequentes, às entidades referidas no número
que dele constar, não podendo este ser inferior a um ano. Artigo 377.º de trabalho. anterior.
Sucessão de acordos coletivos de trabalho 5 No caso de não ter sido feita a nomeação do ár-
regime: SECÇÃO II
bitro por uma das partes, a DGAEP procede, no prazo de
a) O acordo coletivo de trabalho renova-se nos termos Arbitragem voluntária cinco dias úteis, ao sorteio do árbitro em falta, de entre
nele previstos; pressamente ressalvadas pelas partes. os constantes da lista de árbitros dos representantes dos
Artigo 381.º
nea anterior, o acordo coletivo de trabalho renova-se su- ser invocada para diminuir o nível de proteção global dos Regras gerais da arbitragem voluntária os casos, podendo a parte faltosa oferecer outro, em sua
cessivamente por períodos de um ano. trabalhadores. 1 As partes podem, a todo tempo, recorrer à arbitra- caso, os árbitros nomeados à escolha do terceiro árbitro,
3 O acordo coletivo de trabalho pode ter diferentes gem voluntária. nos termos do número anterior.
lho só podem ser reduzidos por novo acordo de cujo texto
períodos de vigência para cada matéria ou grupo homo- 6 No caso de não ter sido feita a escolha do terceiro
géneo de cláusulas. mais favorável. árbitro, a DGAEP procede ao respetivo sorteio, de entre
guintes.
3 A arbitragem é realizada por três árbitros, um no- os árbitros constantes da lista de árbitros presidentes, no
Artigo 374.º coletivo de trabalho prejudica os direitos decorrentes de prazo de cinco dias úteis.
meado por cada uma das partes e o terceiro escolhido por
Denúncia acordo anterior, salvo se, no novo acordo, forem expres- estes. 7 A DGAEP notifica os representantes da parte tra-
samente ressalvados pelas partes. balhadora e dos empregadores públicos do dia e hora do
por qualquer dos outorgantes, mediante comunicação es- de todos os representantes ou, na falta destes, uma hora
SECÇÃO III
cinco dias úteis. depois, com os que estiverem presentes.
uma proposta negocial. Acordo de adesão
e do termo do respetivo procedimento. Artigo 384.º
cia, a denúncia não pode ser feita com uma antecedência Artigo 378.º
Listas de árbitros
Adesão a acordos coletivos de trabalho e a decisões arbitrais têm o direito a obter das partes, da DGAEP e dos demais
ou da renovação em curso. 1 As listas de árbitros dos representantes dos traba-
3 No caso de o acordo coletivo de trabalho não es- disponham. lhadores e dos empregadores públicos são compostas por
tabelecer um prazo de vigência, a denúncia não pode ser coletivos de empregador público, o empregador público 7 Os árbitros enviam o texto da decisão às partes e oito árbitros e elaboradas, respetivamente, pelas confede-
podem aderir a acordos coletivos de trabalho ou decisões à DGAEP, para efeitos de depósito e publicação, no prazo rações sindicais e pelo membro do Governo responsável
em vigor. arbitrais em vigor. de 15 dias, a contar da decisão. pela área da Administração Pública.
2 A adesão opera-se por acordo entre a entidade in- 8 O regime geral da arbitragem voluntária é subsi- 2 No caso de as listas de árbitros dos representantes
Artigo 375.º teressada e aquela ou aquelas que se lhe contraporiam na diariamente aplicável. dos trabalhadores e, ou, dos empregadores públicos não
negociação do acordo, se nela tivessem participado. terem sido elaboradas nos termos do número anterior, a
Sobrevigência
SECÇÃO III
1 Havendo denúncia, o acordo coletivo de trabalho údo do acordo coletivo de trabalho ou da decisão arbitral,
Arbitragem necessária
renova-se por um período de 18 meses, devendo as partes de um mês.
promover os procedimentos conducentes à celebração de entidade aderente.
4 Aos acordos de adesão aplicam-se as regras refe- Artigo 382.º
novo acordo.
2 Decorrido o período referido no número anterior, Regime aplicável
três, por cada uma das seguintes entidades:
o acordo coletivo de trabalho caduca, mantendo-se, até à coletivos de trabalho.
1 A arbitragem necessária rege-se pelas normas da a) Conselho Superior da Magistratura;
entrada em vigor de um outro acordo coletivo de trabalho
CAPÍTULO IV e Fiscais;
nos contratos no que respeita a: Arbitragem funcionamento do tribunal arbitral e à independência, aos c) Conselho Superior do Ministério Público.
impedimentos e à substituição dos árbitros.
a) Remuneração do trabalhador;
SECÇÃO I 2 O regime geral da arbitragem voluntária é subsi-
b) Duração do tempo de trabalho. diariamente aplicável. 5 As listas de árbitros são comunicadas à DGAEP,
Disposições gerais que garante a sua permanente atualização.
Artigo 383.º 6 O sorteio de árbitros compete à DGAEP, devendo
Artigo 379.º
decorrentes da aplicação da presente lei. Constituição do tribunal arbitral setembro, com as necessárias adaptações.
Admissibilidade
1 A arbitragem necessária é acionada mediante co-
As partes podem, a todo o tempo, acordar em submeter municação fundamentada de qualquer das partes à parte Artigo 385.º
que se lhe contrapõe na negociação do acordo coletivo de Local da arbitragem e apoio
de conflitos coletivos, qualquer das partes pode acionar trabalho e à DGAEP.
questões laborais que resultem, nomeadamente, da inter- 2 A arbitragem é realizada por três árbitros, um no- 1 A arbitragem realiza-se em local previamente in-
que se lhe contrapõe na negociação do acordo coletivo de pretação, integração, celebração ou revisão de um acordo meado por cada uma das partes e o terceiro escolhido por dicado pelo presidente do Conselho Económico e Social,
trabalho e à DGAEP. coletivo de trabalho. estes. em despacho emitido no início de cada ano civil.
3300 3301
b) Por uma das partes, no caso de falta de resposta à 4 Se as partes discordarem sobre o objeto da media- Artigo 396.º
quer das partes no caso de estas e os árbitros estarem de proposta de celebração ou de revisão do acordo coletivo, ção, o mediador decide tendo em consideração a viabili- Aviso prévio de greve
acordo. dade de acordo das partes.
3 Na falta do despacho ou do acordo a que se refe- escrito, à outra parte. 5 O mediador pode realizar todos os contactos, com 1 As entidades com legitimidade para decidirem o
rem os números anteriores, as arbitragens realizam-se nas cada uma das partes em separado, que considere conve- recurso à greve devem dirigir ao empregador público, ao
instalações da DGAEP. nientes e viáveis no sentido da obtenção de um acordo. membro do Governo responsável pela área da Adminis-
um dos árbitros presidentes constante da lista de árbitros tração Pública e aos restantes membros do Governo com-
Administração Pública a disponibilização de instalações convocadas pelo mediador.
para a realização da arbitragem, sempre que se verifique DGAEP. 7 Para a elaboração da proposta, o mediador pode
3 O árbitro a que se refere o número anterior é sor-
do Conselho Económico e Social. teado pela DGAEP, no prazo de cinco dias úteis. solicitar às partes e a qualquer órgão ou serviço os dados
e informações de que estes disponham e que aquele con- caso de órgãos ou serviços que se destinem à satisfação
demais órgãos e serviços e às partes a informação neces- indicação do respetivo objeto. sidere necessários.
sária de que disponham.
Artigo 389.º por carta registada, no prazo de 30 dias, a contar da sua
cionamento do tribunal arbitral. nomeação.
Procedimento de conciliação se realize em órgão ou serviço que se destine à satisfação
9 A proposta do mediador considera-se recusada se
Artigo 386.º 1 As partes são convocadas pelo árbitro conciliador definição de serviços mínimos.
Encargos do processo
para o início do procedimento de conciliação, nos 15 dias -la no prazo de 10 dias, a contar da sua receção.
seguintes à apresentação do pedido. 10 Decorrido o prazo fixado no número anterior, o
2 O procedimento de conciliação tem lugar nas ins- Artigo 397.º
talações da DGAEP. no prazo de cinco dias, a aceitação ou recusa das partes. Obrigações de prestação de serviços durante a greve
2 Constituem encargos do processo: 3 O árbitro deve convidar a participar na concilia-
ção que tenha por objeto a revisão de um acordo coletivo as informações colhidas no decurso do procedimento que
a) Os honorários, despesas de deslocação e estada dos de trabalho as partes no processo de negociação que não
árbitros; não sejam conhecidas da outra parte.
requeiram a conciliação.
b) Os honorários, despesas de deslocação e estada dos aderentes devem assegurar, durante a greve, a prestação
peritos. ponder ao convite no prazo de cinco dias úteis. Artigo 393.º
Arbitragem necessidades.
de conciliação.
portaria do membro do Governo responsável pela área da Os conflitos coletivos podem ser dirimidos por arbitra- consideram-se órgãos ou serviços que se destinam à sa-
Administração Pública, precedida de audição das confe- Artigo 390.º gem, nos termos previstos nos artigos 381.º a 386.º tisfação de necessidades sociais impreteríveis, os que se
derações sindicais com assento na Comissão Permanente Transformação da conciliação em mediação
de Concertação Social.
CAPÍTULO II
o local da arbitragem aplicam-se, com as devidas adapta- termos dos artigos seguintes. institucional;
Greve e proibição do lock-out b) Correios e telecomunicações;
Artigo 391.º
Admissibilidade da mediação SECÇÃO I d) Educação, no que concerne à realização de avalia-
árbitros presidentes. ções finais, de exames ou provas de caráter nacional que
1 As partes podem, a todo o tempo, acordar em sub- Disposições gerais
tenham de se realizar na mesma data em todo o território
meter a mediação os conflitos coletivos, a efetuar pelos nacional;
TÍTULO III serviços públicos de mediação ou outros sistemas de me- Artigo 394.º
Conflitos coletivos de trabalho diação laboral. Direito à greve nerais;
Grau Número
tar pedido de escusa imediatamente após a comunicação Carreira Categorias Conteúdo funcional de complexidade de posições
aplicável a todos os trabalhadores independentemente da funcional remuneratórias
natureza do respetivo vínculo. prevista no artigo anterior.
Técnico superior. . . . . Técnico superior. . . . . . . . . . . 3 14
âmbito de aplicação da presente lei, a definição dos servi- de escusa, e não havendo oposição das partes, procede-se
ços mínimos é feita nos termos do Código do Trabalho e e ou científica, que fundamentam e preparam a decisão.
Elaboração, autonomamente ou em grupo, de pareceres e pro-
suplente. jetos, com diversos graus de complexidade, e execução de
aplicável a todos os trabalhadores independentemente da 3 Havendo oposição das partes, compete ao presi- outras atividades de apoio geral ou especializado nas áreas
natureza do respetivo vínculo. dente do Conselho Económico e Social decidir o requeri-
mento de impedimento ou pedido de escusa. e serviços.
Funções exercidas com responsabilidade e autonomia técnica,
SECÇÃO II ainda que com enquadramento superior qualificado.
Artigo 402.º
Arbitragem dos serviços mínimos lidade, tomando opções de índole técnica, enquadradas por
Procedimento da arbitragem diretivas ou orientações superiores.
SUBSECÇÃO I 1 A arbitragem tem início imediatamente após a no- Assistente técnico. . . . Coordenador técnico . . . . . . . 2 4
Designação de árbitros tificação dos árbitros sorteados, podendo desenvolver-se dade orgânica ou equipa de suporte, por cujos resultados é
em qualquer dia do calendário. responsável.
Artigo 400.º trabalho do pessoal que coordena, segundo orientações e di-
Constituição do colégio arbitral
e administrativa de maior complexidade.
1 No quarto dia posterior ao aviso prévio de greve, Funções exercidas com relativo grau de autonomia e respon-
sabilidade.
que considerem pertinentes.
3304
Grau Número
Carreira Categorias Conteúdo funcional de complexidade de posições
funcional remuneratórias
Assistente operacional . . . . . . 8
enquadradas em diretivas gerais bem definidas e com graus
de complexidade variáveis.
Execução de tarefas de apoio elementares, indispensáveis ao
esforço físico.
Recomenda ao Governo que concretize as medidas políticas ne- transposta pelo Decreto-Lei n.º 145/2006, de 31 de julho,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/2013, de 6 de fevereiro,
conferiu às autoridades de supervisão do setor financeiro
Baixo Alentejo (ULSBA). poderes e instrumentos complementares de supervisão de
A Assembleia da República resolve, nos termos do dis-
ao Governo que:
«conglomerados financeiros».
das entidades financeiras de um conglomerado financeiro prudencial das instituições de crédito e das empresas de
(Diretiva n.º 2011/89/UE). investimento.
492-(2) 492-(3)
5 A ficha referida no número anterior deve garantir 2 É aplicável o disposto no n.º 1 do artigo 10.º do
a privacidade da avaliação psicológica perante terceiros. pressa numa escala de 0 a 20 valores, com valoração até
a presença ou a ausência dos comportamentos em análise. aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro. às centésimas.
referida no n.º 4, a outra pessoa que não o próprio candi- Artigo 13.º o resultado, nos termos do n.º 3 do artigo 10.º do Regime classificativas de Apto e Não apto.
dato constitui quebra do dever de sigilo e responsabiliza referido no número anterior, transmitido ao júri do pro-
Entrevista profissional de selecção
disciplinarmente o seu autor pela infracção. cedimento sob a forma de apreciação global referente à classificativas de Apto e Não apto.
7 O resultado da avaliação psicológica tem uma va- 1 A entrevista profissional de selecção visa avaliar, aptidão do candidato para as funções a exercer. 11 O curso de formação específica é classificado de
lidade de 18 meses, contados da data da homologação da de forma objectiva e sistemática, a experiência profissio- 4 A revelação ou transmissão de elementos que
lista de ordenação final, podendo, durante esse período, com o aproveitamento obtido pelo candidato nas matérias
o resultado ser aproveitado para outros procedimentos de interacção estabelecida entre o entrevistador e o entrevis- ministradas e o nível de competências por ele alcançado.
recrutamento para postos de trabalho idênticos realizados do dever de sigilo e responsabiliza disciplinarmente o
pela mesma entidade avaliadora. comunicação e de relacionamento interpessoal. seu autor pela infracção. cada uma das fases que comportem, é eliminatório pela
2 Por cada entrevista profissional de selecção é ela-
os candidatos a quem tenha sido aplicada a totalidade do Artigo 17.º ordem constante na publicitação, quanto aos facultativos.
método. 13 É excluído do procedimento o candidato que te-
Curso de formação específica
nha obtido uma valoração inferior a 9,5 valores num dos
Artigo 11.º 1 O curso de formação específica visa promover o
Avaliação curricular fase seguintes.
pelo júri, na presença de todos os seus elementos, ou por,
da aprendizagem de conteúdos e temáticas direccionados
1 A avaliação curricular visa analisar a qualificação pelo menos, dois técnicos devidamente credenciados de
para o exercício da função.
dos candidatos, designadamente a habilitação académica CAPÍTULO III
tadamente se torne inviável, privada. avaliação, constam de regulamento próprio do órgão ou Procedimento concursal comum
riência adquirida e da formação realizada, tipo de funções
exercidas e avaliação de desempenho obtida. concursal.
SECÇÃO I
Artigo 18.º
Publicitação do procedimento
de trabalho a ocupar, entre os quais obrigatoriamente os Valoração dos métodos de selecção
seguintes: electrónica. Artigo 19.º
1 Na valoração dos métodos de selecção são adop-
Artigo 14.º tadas diferentes escalas de classificação, de acordo com a Publicitação do procedimento
certificado pelas entidades competentes; Avaliação de competências por portfolio especificidade de cada método, sendo os resultados con-
vertidos para a escala de 0 a 20 valores. 1 O procedimento concursal é publicitado, pela en-
iv) A formação ou experiência profissional que possa Artigo 31.º 2 A lista de ordenação final dos candidatos é unitá-
substituir o nível habilitacional, sendo o caso; termos da presente portaria, determina: Pronúncia dos interessados
ria, ainda que, no mesmo procedimento, lhes tenham sido
a) A exclusão do candidato do procedimento, quando, aplicados diferentes métodos de selecção.
categoria correspondente;
contado:
impossibilite a sua admissão ou avaliação;
e) Opção por métodos de selecção nos termos do n.º 2 a) Da data do recibo de entrega do e-mail; selecção.
do artigo 53.º da LVCR, quando aplicável; b) Da data do registo do ofício, respeitada a dilação de
de emprego público, nos restantes casos. Artigo 35.º
três dias do correio;
os factos constantes da candidatura. c) Da data da notificação pessoal; Critérios de ordenação preferencial
10 O júri ou a entidade empregadora pública, con-
1 Em situações de igualdade de valoração, têm pre-
da República.
é efectuada pessoalmente ou através de correio registado, ferência na ordenação final os candidatos que:
para apresentação dos documentos exigidos quando seja
com aviso de recepção, para o endereço postal do órgão
de admitir que a sua não apresentação atempada se tenha
ou serviço, até à data limite fixada na publicitação. cia as questões suscitadas no prazo de 10 dias úteis.
devido a causas não imputáveis a dolo ou negligência do
candidato.
soalmente é obrigatória a passagem de recibo. superior a 100, o prazo referido no número anterior é de Setembro;
é obrigatória quando se trate de trabalhador colocado em 20 dias úteis. b) Se encontrem em outras situações configuradas pela
-se à data do respectivo registo. lei como preferenciais.
apresentada apenas pela entidade gestora da mobilidade. que tenha sido proferida deliberação, o júri justifica, por
12 A apresentação de documento falso determina a escrito, a razão excepcional dessa omissão e tem-se por 2 A ordenação dos candidatos que se encontrem em
tação a possibilidade de apresentação da candidatura por definitivamente adoptado o projecto de deliberação.
via electrónica, a validação electrónica deve ser feita por participação à entidade competente para efeitos de proce-
submissão do formulário disponibilizado para esse efeito, dimento disciplinar e, ou, penal. lei como preferencial é efectuada, de forma decrescente:
Artigo 29.º suporte um formulário tipo, caso em que é de utilização a) Em função da valoração obtida no primeiro método
obrigatória. utilizado;
Apreciação das candidaturas
Artigo 28.º do n.º 3 do artigo anterior. vamente obtida nos métodos seguintes, quando outra
Apresentação de documentos forma de desempate não tenha sido fixada na publici-
dos elementos apresentados pelos candidatos, designada- Artigo 32.º tação do procedimento.
1 A reunião dos requisitos legalmente exigidos para
mente a reunião dos requisitos exigidos e a apresentação Início da utilização dos métodos de selecção
dos documentos essenciais à admissão ou avaliação. Artigo 36.º
relação jurídica de emprego público. 2 Não havendo lugar à exclusão de qualquer candi-
de cinco dias úteis e pela forma prevista no n.º 3 do ar- Audiência dos interessados e homologação
2 A habilitação académica e profissional é compro- dato, nos cinco dias úteis seguintes à conclusão do pro-
tigo 30.º, para a realização dos métodos de selecção, com
1 À lista unitária de ordenação final dos candidatos
indicação do local, data e horário em que os mesmos de-
documento idóneo, legalmente reconhecido para o efeito. vam ter lugar.
do artigo 32.º e iniciam-se os procedimentos relativos à dos métodos de selecção é aplicável, com as necessárias
utilização dos restantes métodos. 2 No mesmo prazo iniciam-se os procedimentos re-
adaptações, o disposto nos n.os 1 e 3 do artigo 30.º e nos
dos candidatos. n.os 1 a 5 do artigo 31.º
4 Quando o método de avaliação curricular seja uti- o disposto na secção seguinte. 2 No prazo de cinco dias úteis após a conclusão da
lizado no procedimento, pode ser exigida aos candidatos SECÇÃO V audiência dos interessados, a lista unitária de ordenação
SECÇÃO IV Resultados, ordenação final e recrutamento
por eles referidos no currículo que possam relevar para a dos candidatos deliberações do júri, incluindo as relativas à admissão e
Exclusão e notificação de candidatos
apreciação do seu mérito e que se encontrem deficiente- exclusão de candidatos, ou da entidade responsável pela
mente comprovados. Artigo 33.º realização do procedimento, é submetida a homologação
Artigo 30.º
Publicitação dos resultados dos métodos de selecção
do dirigente máximo do órgão ou serviço que procedeu à
Exclusão e notificação sua publicitação.
dias úteis contados da data do pedido.
6 Sempre que um ou mais candidatos exerçam fun- método de selecção intercalar é efectuada através de lista, quando o dirigente máximo seja membro do júri, a homo-
ções no órgão ou serviço que procedeu à publicitação do ordenada alfabeticamente, afixada em local visível e pú- logação da lista é da responsabilidade do membro do Go-
dos interessados nos termos do Código do Procedimento blico das instalações da entidade empregadora pública e
júri ao respectivo serviço de pessoal e àquele entregues disponibilizada na sua página electrónica.
Administrativo. ou tutela sobre o órgão ou serviço.
oficiosamente.
2 Os candidatos referidos no n.º 5 do artigo 51.º da 4 Os candidatos, incluindo os que tenham sido ex-
LVCR são notificados em prazo idêntico. vocados para a realização do método seguinte pela forma cluídos no decurso da aplicação dos métodos de selecção,
exigida a apresentação de outros documentos comprova- prevista no n.º 3 do artigo 30.º
3 A notificação dos candidatos é efectuada por uma são notificados do acto de homologação da lista de orde-
tivos dos factos indicados no currículo desde que expres-
das seguintes formas: nação final.
samente refiram que os mesmos se encontram arquivados Artigo 34.º
no seu processo individual. a) E-mail com recibo de entrega da notificação; 5 A notificação referida no número anterior é efec-
Ordenação final dos candidatos tuada pela forma prevista no n.º 3 do artigo 30.º
8 Os documentos exigidos para efeitos de admissão b) Ofício registado;
c) Notificação pessoal; 6 A lista unitária de ordenação final, após homolo-
trónica, quando expressamente previsto na publicitação, d) Aviso publicado na 2.ª série do Diário da República
cativa de 0 a 20 valores, em resultado da média aritmética afixada em local visível e público das instalações da enti-
de recepção, para o endereço postal do órgão ou serviço, instalações da entidade empregadora pública e da dispo-
até à data limite fixada na publicitação. nibilização na sua página electrónica. método de selecção. electrónica.
492-(10) 492-(11)
1 São aprovados por despacho do membro do Go- reservas de recrutamento em entidade centralizada.
verno responsável pela área da Administração Pública os
modelos de formulário tipo a seguir mencionados: Artigo 55.º
a) Formulário de candidatura; Entrada em vigor
1,20
9300-(430) 9300-(431)