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ANEXO 3.1 Contextualização do meio de atuação Pública e, mais do que isso, ao exercício da função admi-
nistrativa, e a alteração do quadro em que esta última era redação prevista no artigo 1.º do anterior Código, reveste
(a que se refere o n.º 2 do artigo 4.º do Regulamento) rial; exercida, por força da lei e do direito da União Europeia,
1. Conteúdos comuns às áreas funcionais de controlo e 3.1.2 A gestão coletiva de direitos de autor e conexos:
auditoria aos serviços e organismos dependentes ou sob a no texto do Código. para a definição do seu âmbito objetivo de aplicação, que
– Novos meios de comunicação e formas de explora-
ção; Além disso, a experiência acumulada ao longo de mais
– A cópia privada; de 20 anos de aplicação do Código e a vasta doutrina e ju- de modo mais preciso.
e dos recintos e espetáculos de natureza artística: – A lei do comércio eletrónico e a supervisão setorial. 4 — Também relativamente ao anterior Código, o ar-
1.1 A Administração Pública e a atividade administra-
tiva Código que, na sua revisão, não podiam ser ignorados.
3.1.3 A defesa da propriedade intelectual no ambiente
digital; particular relevo aos destinatários das suas normas. Nesta
atividade administrativa; 3.1.4 A supervisão e controlo das quantidades de fono- ções que nesta matéria podiam ser úteis à ordem jurídica
1.1.2 O Código do Procedimento Administrativo; portuguesa. clareza e precisão, alterando a sequência dos preceitos e
1.1.3 O princípio do contraditório; e da sua relação com as importações, fabrico e venda de também o seu conteúdo.
1.1.4 A Administração financeira do Estado; suportes materiais a eles destinados; do presente diploma.
1.1.5 O procedimento disciplinar comum e especial; disposições do Código respeitantes aos princípios gerais,
1.1.6 Planos de gestão de riscos de corrupção e infra- espetáculos de natureza artística.
ções conexas. 3.2 Propriedade Intelectual nas aplicáveis à Administração Pública, mas à conduta de
3.2.1 O direito de autor e os direitos conexos; quaisquer entidades, independentemente da sua natureza,
públicas 3.2.2 Áreas de proteção da Propriedade Intelectual; dos mais diversos setores, desde a Administração Pública que exerçam a função administrativa.
às universidades, passando por advogados e magistrados.
dos trabalhadores em funções públicas; conexos:
1.2.2 A carreira especial de inspeção; muitas sugestões que resultaram desse debate. cionamento dos órgãos da Administração Pública. E, no
1.2.3 Os regimes de férias, faltas e licenças; Contudo, o projeto final revelou uma profunda trans- n.º 3, que a Administração Pública se encontra submetida
1.2.4 Duração e organização do tempo de trabalho; blica; formação do Código do Procedimento Administrativo em aos princípios gerais da atividade administrativa e às dis-
– Penalidades, crime e contraordenações; vigor.
funções públicas;
prática do crime. apesar de reconhecer que o projeto não efetuou um corte meramente técnico ou de gestão privada.
dos trabalhadores da carreira especial de inspeção; Enunciam-se, em seguida, no n.º 4, as entidades que,
1.2.7 Ética e deontologia na Administração Pública e 3.2.4 Direito de autor e direitos conexos: aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novem-
na atividade de inspeção; – Tutela administrativa;
1.2.8 Código de ética e normas de conduta da IGAC. – Tutela penal; constava da redação do anterior n.º 2 do mesmo artigo, as
2. Conteúdos específicos da área funcional de controlo – Autos, inquérito e prova pericial nas áreas de direitos o regulamento e o ato administrativo, eram de tal forma entidades administrativas independentes. Trata-se apenas
e auditoria aos serviços e organismos dependentes ou sob de autor e conexos. inovatórias que se estava perante um novo Código.
a tutela do membro do governo responsável pela área da
cultura: 3.2.5 Lei do cibercrime. que irão transformar profundamente o modo de funciona- sentido subjetivo.
2.1 Contextualização do meio de atuação 3.3 Legislação sobre os espetáculos de natureza artís-
tica cidadãos, como é o caso do novo regime das conferências tivamente, aos procedimentos administrativos especiais,
interno e externo; no que respeita às garantias reconhecidas no Código aos
2.1.2 O Sistema de controlo interno da administração timédia; que o projeto de revisão do anterior Código do Procedi-
3.3.2 Atividade teatral; mento Administrativo seja agora assumido pelo Governo xível o cotejo entre as garantias já vigentes naqueles pro-
trolo; 3.3.3 Atividade fonográfica; como constituindo um novo Código. cedimentos e o regime garantístico resultante do Código,
3.3.4 Classificação etária e proteção de menores; de modo a permitir que a comparação seja feita quanto ao
funcionamento e atividade; 3.3.5 Regulamento do espetáculo tauromáquico; entre cidadãos e Administração num exercício de respon- resultado global a que se chega em cada procedimento.
2.1.4 A IGAC: atribuições e competências; sabilidades, à semelhança do sucedido com o Código de
2.1.5 A IGAC no contexto do SCI; motores, registos e licenças. Processo Civil, que incute uma matriz muito diferente da cada aos «princípios gerais da atividade administrativa»,
2.1.6 O universo sob a tutela ou superintendência do
membro do governo responsável pela Cultura como uni- gestão, a realização das conferências procedimentais e a posto nesta matéria pelo anterior Código.
Começou por incluir-se no novo Código o princípio da
viços e demais entidades de natureza pública e privada. boa administração, indo ao encontro ao que era sugerido
2.2 As normas e práticas de auditoria transformação seja assumida através de um novo Código pelo direito comparado, com essa ou outra designação, e
2.2.1 As normas e boas práticas de auditoria; do Procedimento Administrativo. a sugestões da doutrina. Integraram-se nesse princípio os
2.2.2 Normas internacionais de auditoria; princípios constitucionais da eficiência, da aproximação
2.2.3 O enquadramento legal da atividade de inspeção resultado de todos os contributos da discussão atrás refe- dos serviços das populações e da desburocratização (ar-
e auditoria; tigo 5.º).
2.2.4 O Manual de auditoria do SCI; em conta os contributos da doutrina e da jurisprudência Também foram incluídos no Código os novos princí-
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novem- portuguesas, assim como do direito comparado, designa-
2.2.5 O regulamento de inspeção da IGAC;
2.2.6 Procedimentos de auditoria; aberta (artigo 17.º), da segurança de dados (artigo 18.º),
2.2.7 Tipologia e fases de auditoria; janeiro. Desde 1996, nunca mais foi objeto de revisão. da União Europeia.
2.2.8 Ferramentas e instrumentos de apoio; No entanto, essa revisão foi-se tornando necessária à
de introduzir alterações, tanto no domínio das definições, ministração eletrónica (artigo 14.º). Duas notas especiais:
toria. ceitos do Código revelavam uma desconformidade com
3. Conteúdos específicos da área funcional de proteção alterações entretanto trazidas ao texto constitucional e ao Pública portuguesa e a União Europeia, à semelhança do
do direito de autor, dos direitos conexos e dos recintos e objetivo de facilitar a interpretação e a aplicação das nor-
espetáculos de natureza artística: mas e dos institutos que ele contém. Assim se procedeu, cente participação da Administração Pública portuguesa
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no processo de decisão da União Europeia, bem como à no conceito de sujeitos privados, pareceu, apesar de tudo,
participação de instituições e organismos da União Euro- largas partes do globo e apresenta-se como mais idónea tal») do título I da mesma parte III abrange os artigos 77.º
para assegurar a imparcialidade do decisor. relação jurídica procedimental. a 81.º A expressão conferência procedimental afigura-se
vez, o que aí se dispõe sobre a administração eletrónica, e Merece realce a previsão da possibilidade da celebra- 9 — O artigo 66.º é dedicado à figura do auxílio admi- preferível à de conferência de serviços, de inspiração ita-
ção de acordos endoprocedimentais (artigo 57.º). Através nistrativo. No seu n.º 1, estabelecem-se pressupostos que,
destes, os sujeitos da relação jurídica procedimental po- embora sob uma formulação simplificada, se inspiram no
quando tenha lugar, torna-se numa fase do procedimento
âmbito da discricionariedade procedimental ou o próprio administrativo, que tem características próprias e assume
Pública com os particulares. grande relevo.
Concedeu-se maior densidade aos princípios da igual- que esta possibilidade é legalmente admitida.
diligências de prova. tipos distintos de conferências procedimentais: conferên-
No n.º 2 do mesmo artigo 66.º, estabelecem-se as ga- cias para o exercício de competências em comum e con-
tação de acordos endoprocedimentais, configura-se uma
possível projeção participativa procedimental da contra- documentos administrativos.
dição de pretensões de particulares nas relações jurídico- No n.º 3 ainda do mesmo artigo, prevê-se a situação de
ção entre a justiça e a razoabilidade (artigo 8.º). -administrativas multipolares ou poligonais. recusa do auxílio administrativo solicitado ou de dilação -se como contexto para o exercício conjunto, através de
8 — O novo capítulo II do título I da parte III tem por
quer com a reformulação de princípios que já constavam epígrafe «Da relação jurídica procedimental». Divide-se
piedosa. Mais uma vez, em lugar de conceber um regime de per si as suas competências, embora o façam de modo
ex novo, remeteu-se para a competência decisória que o
administrativa num Estado de Direito democrático.
6 — A parte II do novo Código deixou de intitular-se de competência.
em paralelo a Administração, os particulares e as pessoas
da Administração Pública». Na verdade, é só destes que de direito privado em defesa de interesses difusos, como agora como artigo 68.º, com alterações. No n.º 1, a refe-
simultâneos titulares de situações jurídicas subjetivas que órgãos participantes emite formalmente no seu contexto
mental, mas tão-só centrada na composição dos órgãos, disciplinam as situações da vida em que todos intervêm e cair a exigência de que não possuam caráter político ou o ato correspondente à sua competência.
que são objeto das relações jurídicas procedimentais. sindical, porque o Tribunal Constitucional se pronunciou
desconcentração dos seus poderes e nos conflitos sobre a Na secção I, procede-se, em primeiro lugar, à qualifi- no sentido da inconstitucionalidade da recusa da legitimi- da realização de conferências de coordenação por acordo
respetiva repartição. cação dos sujeitos da relação jurídica procedimental. No entre os órgãos envolvidos, a possibilidade da realização
Em contrapartida, foi introduzido na parte III um capí-
constantes do artigo 2.º e apuram-se, de entre esse pano-
a partir de uma visão mais moderna do direito adminis-
trativo, se procede à identificação dos sujeitos da relação para a tomada de decisões e ou para a prática de atos pre- entre entidades públicas autónomas.
paratórios no âmbito do procedimento administrativo.
defesa de interesses coletivos, como à defesa coletiva de
No n.º 2 do artigo 65.º, manteve-se, para a parte que se
posiciona perante os sujeitos públicos da relação jurídica interesses individuais, desde que no âmbito do respetivo
escopo institucional. tabelecendo regras sobre os poderes, deveres e ónus dos
administrativo. (interessados na relação jurídica procedimental). Foi uma
7 — São muito significativas as transformações intro- opção consciente. Com efeito, não basta para identificar dos interessados e a eventual realização de audiência pú-
duzidas na parte III do novo Código, respeitante ao pro- blica. Merece referência especial o facto de, no n.º 2 do
cedimento administrativo. do Código de Processo nos Tribunais Administrativos.
Para começar, optou-se por disciplinar, em títulos se- No n.º 3, define-se, também em termos mais precisos,
parados, o regime comum do procedimento e os regimes notado, a essa posição substantiva terá de se somar uma a legitimidade para a participação popular procedimental dos, constitui o órgão competente no dever de a convocar.
intervenção formal, por iniciativa própria ou por convo- supletiva.
do ato. 10 — As «Garantias de imparcialidade» surgem agora com algumas adaptações, os capítulos III a VII do título I
No capítulo I do título I da parte III, dedicado às «Dis- desta parte III, respeitantes, respetivamente, ao direito à
capítulo II. informação (artigos 82.º a 85.º), aos prazos (artigos 86.º
administrativo, merecem referência especial a prescrição de situações subjetivas ativas e passivas recíprocas. Isso

consagração de um novo princípio da adequação proce- reside no aditamento de um n.º 4 ao artigo 76.º (anterior diversas modificações), aos pareceres (artigos 91.º e 92.º)
dimental, a previsão de acordos endoprocedimentais e a e à extinção do procedimento (artigos 93.º a 95.º).
introdução de preceitos de âmbito genérico respeitantes à 13 — No título II desta parte III contém-se a regulação
negativamente, pelo modo como sobre eles se refletem as independentemente de se estar fora de casos de presun- específica do procedimento dos regulamentos. E também
fax ou meios eletrónicos e ao balcão único eletrónico. consequências da respetiva concretização. Pelo contrário, ção legal inilidível de parcialidade, será de todo o modo nesta matéria se inova bastante.
a par de efeitos materiais, existem efeitos jurídicos, bem preciso, à luz das circunstâncias de cada caso, assegurar
a credibilidade da decisão administrativa. Cabe ao legis-
das tarefas de direção do procedimento (e não apenas da respetivo exercício. lador, não apenas neutralizar e reprimir situações mais ou é totalmente inovador o artigo 99.º, ao impor que, da nota
menos declaradas de parcialidade subjetiva, mas também justificativa do projeto de regulamento, conste uma pon-
assegurar um clima na preparação e tomada das decisões deração dos custos e benefícios das medidas projetadas.
do órgão competente para decidir, tal como se encontrava
atos administrativos, e constante do título III da mesma

e de figurarem como titulares ou defensores de situações órgão». O juízo não respeita tanto às condições subjetivas respeita ao regime aplicável ao conteúdo, forma e perfei-
artigo 55.º). A separação entre a responsabilidade de pro- ção da notificação dos atos administrativos e à forma de
mover a tramitação do procedimento e a tarefa decisória Assim sendo, e não sendo apropriado incluir estes órgãos por parte da opinião pública.
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rificar e flexibilizar o regime da nulidade, acentuando-se 19 — No que respeita ao regime da execução dos atos
no regime dos prazos para a decisão do procedimento e a possibilidade de atribuição de efeitos putativos aos atos capítulo, o capítulo III da parte IV, um pequeno conjunto
consequências da sua inobservância. nulos em condições mais amplas do que na versão inicial de preceitos sobre os contratos da Administração Pública.
do Código, e admitindo-se a sua reforma e conversão (ar- trativos só pode ser realizada pela Administração nos ca-
tigos 162.º e 164.º).
Por outro lado, pormenoriza-se o regime da anulabili- urgente necessidade pública, devidamente fundamentada
(artigo 176.º). Trata-se de opção sustentada ao longo dos de contratos públicos e o regime substantivo comum dos
atividade administrativa.
Assim, o novo capítulo I da parte IV, dedicado ao re- (artigo 163.º), regulando-se expressamente os efeitos da trina. No essencial, o regime do n.º 2 do artigo 176.º pro-
aspetos estruturais dos regimes que são aplicáveis, tanto
posições que merecem o consenso nas nossas doutrina e no plano procedimental, como no plano substantivo, aos
jurisprudência, como sejam o conceito de regulamento, a esclarecendo-se os efeitos da ratificação, reforma e con- contratos celebrados pela Administração Pública.
versão (artigo 164.º). pecuniárias. Tendo em atenção que o regime de contratação pública
tos e a disciplina das relações entre regulamentos, inova 18 — Sobre a revisão dos atos administrativos, o novo Desta opção resulta a desnecessidade de se prever no
no tratamento da invalidade e do regime da invalidade do Código os meios de execução. O conteúdo do regime dos de todos os contratos administrativos, estatuiu-se que, na
regulamento, consagrando, como regra geral, que a inva- entre a revogação propriamente dita e a revogação anula-
tória, passando a designar esta, na esteira da generalidade integralmente aproveitado no novo articulado.
procedimento, é invocável a todo o tempo e por qualquer da doutrina dos países europeus, como «anulação admi- No artigo 177.º, propõe-se a explicitação do que pre-

esteja dependente a aplicação de lei. uma das figuras, em função da sua finalidade e razão de autónoma de proceder à execução; a exigência que a esta
ser, regulando-se com algum pormenor várias situações e decisão é associada de determinar o conteúdo e os termos
matéria da revogação dos regulamentos administrativos. resolvendo-se alguns problemas que têm sido suscitados da execução; a clarificação da função de interpelação ao
Procurando dar resposta às questões colocadas pela dou- cumprimento, que é associada à notificação da decisão de 22 — Com a publicação do novo Código do Procedi-
(artigos 167.º e 168.º), dando-se expressão às propostas mento Administrativo, o Governo está consciente de que
de alteração aos artigos 140.º e 141.º do anterior Código, proceder à execução, a qual pode ser feita conjuntamente
passa a prever-se expressamente que os regulamentos de com a notificação do ato exequendo.
execução não podem ser objeto de revogação sem que a doutrina e que, no essencial, são inspiradas pela lei alemã No artigo 182.º, procura-se aperfeiçoar e densificar o
que hoje lhe são colocados.
do procedimento. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re-
trativos e operações materiais de execução ilegais.
Por último, com o novo artigo 183.º pretende-se pre-
dependa a aplicabilidade da lei exequenda (artigo 146.º). encher uma lacuna desde há muito identificada no nosso
16 — No capítulo II da parte IV, respeitante ao ato ad- ordenamento jurídico no que respeita à determinação do
favorável), dos seus efeitos (instantâneos ou duradouros)
ministrativo, o novo Código visa adequar o conceito de modo de execução dos atos administrativos por via juris-
ato administrativo ao regime substantivo e procedimental dicional, quando não seja admitida a execução coerciva
pela via administrativa. Associação Sindical dos Juízes Portugueses.
20 — Também na secção VI do capítulo II da parte IV,
Freguesias, do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos
orgânico da respetiva autoria (artigo 148.º). conta a boa ou má-fé, a proteção da confiança legítima e a foram introduzidas diversas alterações importantes. Advogados, do Conselho Distrital de Coimbra da Ordem
Em matéria de cláusulas acessórias, esclarecem-se as
mações e os recursos têm caráter facultativo (n.º 2 do ar-
nova cláusula, a «reserva», típica das decisões de direito dos Advogados, do Conselho Distrital de Faro da Ordem
público (artigo 149.º). e a sua adequação às mudanças da realidade e à evolução indeferimento tácito, em sintonia com o que fica disposto dos Advogados, do Conselho Distrital dos Açores da Or-
Em matéria de eficácia do ato administrativo, o novo no artigo 130.º, para o procedimento declarativo de pri-
da Ordem dos Advogados, da Câmara dos Solicitadores,
meiro grau.
que suscitaram dúvidas, seja sobre a produção diferida ou Além disso, introduz-se, no âmbito das impugnações
indispensável na atual sociedade de risco e de incerteza administrativas, a regulação, até agora omissa, relativa ao
cionários Judiciais, do Sindicato dos Oficiais de Justiça,
a diferença entre publicidade e publicação (artigo 158.º),
final do n.º 3 do artigo 18.º da Constituição, e, agora, com
Justiça e Democracia.
Assim:
outras situações jurídicas passivas sem prévia notificação
(artigo 160.º). direito concede ao titular desse direito, se estiver de boa-
17 — No que respeita à invalidade do ato administra- -fé, direito a indemnização nos termos da indemnização artigo 195.º e n.º 4 do artigo 197.º).
por sacrifício. e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo
tivo, introduzem-se modificações mais profundas. decreta o seguinte:
É de salientar a diferenciação entre a anulação admi- hierárquico, simplificando-se a respetiva tramitação (ar-
-se que a nulidade pressupõe a respetiva cominação legal nistrativa e a anulação judicial dos atos administrativos, tigo 195.º). E, por outro lado, determina-se que o órgão Artigo 1.º
competente para conhecer do recurso não fica obrigado à Objeto
proposta de pronúncia do autor do ato ou da omissão, e
que suscitariam dúvidas de interpretação. Em consequên- deve respeitar, na fundamentação da decisão que venha a O presente decreto-lei aprova o novo Código do Pro-
tenciosamente inimpugnáveis, com efeitos retroativos ou tomar, quando não opte por aquela proposta, os requisitos cedimento Administrativo.
alargam-se os casos de nulidade expressamente previstos gerais da fundamentação do ato administrativo (n.º 2 do Artigo 2.º
do prazo de impugnação judicial não torna válido o ato artigo 197.º).
Aprovação
anulável. Merece destaque, ainda, a harmonização, nesta

inexistentes e aos atos que criem obrigações pecuniárias faz parte integrante, o novo Código do Procedimento Ad-
a aplicação do direito da União Europeia (artigo 168.º). administrativos especiais» (artigo 199.º). ministrativo, doravante designado por Código.
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Artigo 3.º Artigo 5.º ANEXO

Impugnações administrativas necessárias (a que se refere o artigo 2.º)


com os respetivos fins.
Boas práticas administrativas
2 — Os atos administrativos praticados em estado de
1 — As impugnações administrativas existentes à data 1 — No prazo de um ano, a contar da data da entrada CÓDIGO DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO necessidade, com preterição das regras estabelecidas no
em vigor do presente decreto-lei, o Governo aprova, por
rias quando previstas em lei que utilize uma das seguintes Resolução do Conselho de Ministros, um «Guia de boas não pudessem ter sido alcançados de outro modo, mas os
expressões: práticas administrativas». PARTE I
Disposições gerais da responsabilidade da Administração.
sária»; orientador e enuncia padrões de conduta a assumir pela
Administração Pública. Artigo 4.º
recurso; CAPÍTULO I Princípio da prossecução do interesse público
Artigo 6.º e da proteção dos direitos e interesses dos cidadãos
Disposições preliminares
Norma transitória
impugnado. Artigo 1.º
Definições interesses legalmente protegidos dos cidadãos.
administrativas necessárias é de 10 dias, passando a ser de janeiro, mantém-se em vigor até à data da entrada em Artigo 5.º
esse o prazo a observar quando seja previsto prazo infe- vigor do diploma referido no n.º 2 do artigo 8.º sucessão ordenada de atos e formalidades relativos à for-
rior na legislação existente à data da entrada em vigor do mação, manifestação e execução da vontade dos órgãos Princípio da boa administração
presente decreto-lei. da Administração Pública. 1 — A Administração Pública deve pautar-se por crité-
3 — As impugnações administrativas necessárias pre- Artigo 7.º
rios de eficiência, economicidade e celeridade.
vistas na legislação existente à data da entrada em vigor Norma revogatória de documentos devidamente ordenados em que se tradu-
É revogado o Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novem- zem os atos e formalidades que integram o procedimento
eficácia do ato impugnado. administrativo.
4 — São revogadas as disposições incompatíveis com bro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro.
burocratizada.
o disposto nos n.os 2 e 3. Artigo 2.º
Artigo 8.º
Âmbito de aplicação Artigo 6.º
Artigo 4.º Aplicação no tempo e produção de efeitos
Princípio da igualdade
Conferências procedimentais
princípios gerais, ao procedimento e à atividade adminis-

independentemente da sua natureza, adotada no exercício não podendo privilegiar, beneficiar, prejudicar, privar de
dimentais constante dos seus n.os 1, 2 e 5 do artigo 77.º, sua entrada em vigor, sendo as restantes disposições do de poderes públicos ou regulada de modo específico por
dos n.os 3 a 8 do artigo 79.º, do artigo 80.º e dos n.os 1 a 4 disposições de direito administrativo.
e 7 a 8 do artigo 81.º, é imediatamente aplicável, nos ter- tivos que se iniciem após a entrada em vigor do presente 2 — A parte II do presente Código é aplicável ao fun- de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas,
mos dos números seguintes, ao procedimento previsto no decreto-lei. cionamento dos órgãos da Administração Pública. instrução, situação económica, condição social ou orien-
3 — Os princípios gerais da atividade administrativa e tação sexual.
da data da entrada em vigor do diploma que define os ca- as disposições do presente Código que concretizam pre-
designado por SIR. sos, as formas e os termos em que os atos administrativos
atuação da Administração Pública, ainda que meramente Artigo 7.º
podem ser impostos coercivamente pela Administração,
nadora, nos termos, prazos e condições previstos no ar- técnica ou de gestão privada. Princípio da proporcionalidade
a aprovar no prazo de 60 dias a contar da data da entrada
tigo 22.º desse regime, promover a convocação das enti- em vigor do presente decreto-lei. 4 — Para efeitos do disposto no presente Código, inte-
gram a Administração Pública: 1 — Na prossecução do interesse público, a Adminis-
dades públicas que devam pronunciar-se sobre o pedido
Artigo 9.º a) Os órgãos do Estado e das regiões autónomas que aos fins prosseguidos.
industrial para a conferência mencionada no n.º 5 do ar- exercem funções administrativas a título principal;
tigo 77.º do Código: Entrada em vigor b) As autarquias locais e suas associações e federações
a) Por sua iniciativa; de direito público;
sua publicação. c) As entidades administrativas independentes;
d) Os institutos públicos e as associações públicas.
nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 21.º do SIR. Artigo 8.º
outubro de 2014. — Pedro Passos Coelho — Maria Luís
Princípios da justiça e da razoabilidade
von Hafe Teixeira da Cruz — Pedro Alexandre Vicente de aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos adminis-
trativos especiais.
Jorge Manuel Lopes Moreira da Silva. soluções manifestamente desrazoáveis ou incompatíveis
CAPÍTULO II com a ideia de Direito, nomeadamente em matéria de in-
4 — Decorrido o prazo mencionado no n.º 2 sem que Promulgado em 2 de janeiro de 2015.
Princípios gerais da atividade administrativa do exercício da função administrativa.
convocação deixa de poder ser exercida, salvo se o inte- Publique-se.
ressado provar que requereu a convocação da mesma no O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Artigo 3.º Artigo 9.º
respetivo procedimento.
Princípio da legalidade Princípio da imparcialidade
5 — Verificada a situação prevista na parte inicial do Referendado em 6 de janeiro de 2015.
número anterior, o procedimento administrativo referido 1 — Os órgãos da Administração Pública devem atuar
no n.º 1 segue os termos previstos no respetivo regime. O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. aqueles que com ela entrem em relação, designadamente,
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Artigo 19.º Artigo 22.º


administrativas e a proximidade com os interessados. Princípio da cooperação leal com a União Europeia Suplência do presidente e do secretário
2 — Os meios eletrónicos utilizados devem garantir a
da isenção administrativa e à confiança nessa isenção. disponibilidade, o acesso, a integridade, a autenticidade, 1 — Sempre que o direito da União Europeia imponha 1 — Salvo disposição legal, estatutária ou regimental
a confidencialidade, a conservação e a segurança da in- à Administração Pública a obrigação de prestar informa- em contrário, intervêm como suplentes do presidente e do
Artigo 10.º formação. ções, apresentar propostas ou de, por alguma outra forma,
Princípio da boa-fé
ausência ou impedimento, respetivamente, o vogal mais
mites estabelecidos na Constituição e na lei, está sujeita antigo e o vogal mais moderno.
1 — No exercício da atividade administrativa e em to- às garantias previstas no presente Código e aos princípios tal estabelecido. 2 — No caso de os vogais possuírem a mesma antigui-
das as suas formas e fases, a Administração Pública e os gerais da atividade administrativa.
particulares devem agir e relacionar-se segundo as regras 4 — Os serviços administrativos devem disponibilizar rida no número anterior é cumprida no quadro da coope- como suplentes, respetivamente, o vogal de mais idade e
da boa-fé. ração leal que deve existir entre a Administração Pública o vogal mais jovem.
2 — No cumprimento do disposto no número anterior, Pública e divulgá-los de forma adequada, de modo a que e a União Europeia. 3 — Em caso de conflito entre o presidente e o órgão

PARTE II órgão a competência para o dirimir.


e o objetivo a alcançar com a atuação empreendida. mações, realizar consultas, apresentar alegações, efetuar
pagamentos e impugnar atos administrativos. Dos órgãos da Administração Pública
Artigo 23.º
Artigo 11.º 5 — Os interessados têm direito à igualdade no acesso
Reuniões ordinárias
Princípio da colaboração com os particulares CAPÍTULO I
algum, o uso de meios eletrónicos implicar restrições ou 1 — Na falta de determinação legal, estatutária ou re-
1 — Os órgãos da Administração Pública devem atuar Natureza e regime dos órgãos gimental ou de deliberação do órgão, cabe ao presidente a
em estreita colaboração com os particulares, cumprindo- com a Administração por meios não eletrónicos. fixação dos dias e horas das reuniões ordinárias.
Artigo 20.º
Órgãos as reuniões devem ser comunicadas a todos os membros
estimular as suas iniciativas e receber as suas sugestões do órgão, de forma a garantir o seu conhecimento seguro
e informações. com a Administração Pública. 1 — São órgãos da Administração Pública os centros e oportuno.
2 — A Administração Pública é responsável pelas in-
Artigo 15.º Artigo 24.º
que não obrigatórias. coletiva.
Princípio da gratuitidade
Reuniões extraordinárias
Artigo 12.º
Princípio da participação
gratuito, na medida em que leis especiais não imponham e permanentes ou temporários. convocação do presidente, salvo disposição especial.
2 — O presidente é obrigado a proceder à convocação
custos suportados pela Administração. no quadro das normas legais e estatutárias aplicáveis. sempre que pelo menos um terço dos vogais lho solicitem
participação dos particulares, bem como das associações
por escrito, indicando o assunto que desejam ver tratado.
CAPÍTULO II 3 — A convocatória da reunião deve ser feita para um
das taxas ou das despesas referidas no número anterior.
nadamente através da respetiva audiência nos termos do dos 15 dias seguintes à apresentação do pedido, mas sem-
Dos órgãos colegiais
presente Código.
da reunião extraordinária.
Artigo 13.º Artigo 21.º
Artigo 16.º
Presidente e secretário
e especificada, os assuntos a tratar na reunião.
Princípio da decisão Princípio da responsabilidade
A Administração Pública responde, nos termos da lei, rida nos termos do n.º 2, podem os requerentes efetuá-la
se pronunciar sobre todos os assuntos da sua competência pelos danos causados no exercício da sua atividade.
que lhes sejam apresentados e, nomeadamente, sobre os presidente e um secretário, a eleger pelos membros que
Artigo 17.º o compõem.
Princípio da administração aberta outras funções que lhe sejam atribuídas, abrir e encerrar publicitando-a mediante publicação num jornal de circu-
das leis ou do interesse público. 1 — Todas as pessoas têm o direito de acesso aos ar- lação nacional ou local e nos locais de estilo usados para
2 — Não existe o dever de decisão quando, há menos das leis e a regularidade das deliberações. a notificação edital.
3 — O presidente pode, ainda, suspender ou encerrar
querimento, o órgão competente tenha praticado um ato
à segurança interna e externa, à investigação criminal, ao cionais o justifiquem, mediante decisão fundamentada, a mínima de 48 horas.
mesmo particular com os mesmos fundamentos. sigilo fiscal e à privacidade das pessoas. incluir na ata da reunião, podendo a decisão ser revogada
3 — Os órgãos da Administração Pública podem deci- 2 — O acesso aos arquivos e registos administrativos em recurso imediatamente interposto e votado favoravel- Artigo 25.º
dir sobre coisa diferente ou mais ampla do que a pedida, é regulado por lei. Ordem do dia
quando o interesse público assim o exija. dos membros com direito a voto.
Artigo 18.º
Artigo 14.º Princípio da proteção dos dados pessoais
incluir os assuntos que para esse fim lhe forem indicados
Princípios aplicáveis à administração eletrónica
Os particulares têm direito à proteção dos seus dados administrativos ou normas regulamentares ou pedindo a por qualquer vogal, desde que sejam da competência do

como requerer as providências cautelares adequadas. tecedência mínima de cinco dias sobre a data da reunião.
60 61

Artigo 31.º tenha havido pronúncia sobre a questão prejudicial, salvo


bros com a antecedência de, pelo menos, 48 horas sobre Formas de votação
aprovada, logo na reunião a que diga respeito, em minuta
a data da reunião. prejuízos para interesses públicos ou privados.
1 — As deliberações são antecedidas de discussão das tização e novamente submetida a aprovação. 2 — A suspensão cessa:
petência conferida no n.º 1 ao presidente é devolvida aos respetivas propostas sempre que qualquer membro do ór-
vogais que convoquem a reunião. a facilitar a sucessiva inclusão das novas atas e a impedir
em contrário, são tomadas por votação nominal, devendo o seu extravio. sentar perante o órgão administrativo ou o tribunal com-
Artigo 26.º votar primeiramente os vogais e, por fim, o presidente. 6 — As deliberações dos órgãos colegiais só se tornam petente nos 30 dias seguintes à notificação da suspensão;
2 — As deliberações que envolvam um juízo de valor eficazes depois de aprovadas as respetivas atas ou depois
Objeto das deliberações
sobre comportamentos ou qualidades de pessoas são to- para conhecimento da questão prejudicial estiver parado,
tantes da minuta cessa se a ata da mesma reunião não as por culpa do interessado, por mais de 30 dias;
inclua na ordem do dia da reunião. caso de dúvida fundada, determinar que seja essa a forma reproduzir.
para a votação. de resolução imediata do assunto causar graves prejuízos
casos em que, numa reunião ordinária, pelo menos dois Artigo 35.º para interesses públicos ou privados.
terços dos membros do órgão reconheçam a urgência de tomadas por escrutínio secreto é feita pelo presidente do Registo na ata do voto de vencido
órgão colegial após a votação, tendo presente a discussão 3 — Se não for declarada a suspensão ou esta cessar, o
do dia. que a tiver precedido.
da ata o seu voto de vencido, enunciando as razões que mas a respetiva decisão não produz quaisquer efeitos fora
Artigo 27.º o justifiquem. do procedimento em que for proferida.
ou se considerem impedidos. 2 — Aqueles que ficarem vencidos na deliberação to-
Reuniões públicas
mada e fizerem registo da respetiva declaração de voto na Artigo 39.º
1 — As reuniões dos órgãos da Administração Pública Artigo 32.º ata ficam isentos da responsabilidade que daquela even-
não são públicas, salvo disposição legal em contrário. tualmente resulte. Conflitos de competência territorial
Maioria exigível nas deliberações
3 — Quando se trate de pareceres a dar a outros órgãos
1 — As deliberações são tomadas por maioria absoluta
das declarações de voto apresentadas.

3 — Quando a lei o determinar ou o órgão tiver deli- qualificada ou seja suficiente maioria relativa.
CAPÍTULO III Artigo 40.º
Da competência Controlo da competência
ou expressar opiniões, sobre assuntos relevantes da com- a nova votação e, se aquela situação se mantiver, adia-se
petência daquele. a deliberação para a reunião seguinte, na qual a maioria Artigo 36.º 1 — Antes de qualquer decisão, o órgão da Adminis-
relativa é suficiente.
Irrenunciabilidade e inalienabilidade conhecer da questão.
Artigo 28.º
Inobservância das disposições sobre convocação de reuniões
Artigo 33.º
pelo órgão e pode ser arguida pelos interessados.
Empate na votação
A ilegalidade resultante da inobservância das disposi- disposto quanto à delegação de poderes, à suplência e à
ções contidas nos artigos 23.º e 24.º e dos prazos estabe- 1 — Em caso de empate na votação, o presidente tem substituição. Artigo 41.º
2 — É nulo todo o ato ou contrato que tenha por objeto Apresentação de requerimento a órgão incompetente
os membros do órgão compareçam à reunião e nenhum a renúncia à titularidade ou ao exercício da competência
suscite logo de início oposição à sua realização. creto. conferida aos órgãos administrativos, sem prejuízo da de-
legação de poderes e figuras afins legalmente previstas.
Artigo 29.º
mantiver, adia-se a deliberação para a reunião seguinte. Artigo 37.º petência, disso se notificando o particular.
Quórum
Fixação da competência data da apresentação inicial do requerimento para efeitos
1 — Os órgãos colegiais só podem, em regra, deliberar
a maioria relativa é suficiente. da sua tempestividade.
membros com direito a voto. Artigo 42.º
Artigo 34.º de facto que ocorram posteriormente.
quórum previsto no número anterior, deve ser convocada Suplência
Ata da reunião
nova reunião com um intervalo mínimo de 24 horas. 1 — Nos casos de ausência, falta ou impedimento do
3 — Sempre que se não disponha de forma diferente, afeto for extinto ou deixar de ser competente ou se lhe for titular do órgão ou do agente, cabe ao suplente designado
resumo de tudo o que nela tenha ocorrido e seja relevante atribuída a competência de que inicialmente carecesse. na lei, nos estatutos ou no regimento, agir no exercício da
podem deliberar desde que esteja presente um terço dos competência desse órgão ou agente.
seus membros com direito a voto. deliberações tomadas, designadamente a data e o local da deve o processo ser-lhe remetido oficiosamente.

é de dois o quórum necessário para deliberar, mesmo em Artigo 38.º ao mais antigo.
segunda convocatória. das respetivas votações e as decisões do presidente.
Questões prejudiciais
2 — As atas são lavradas pelo secretário e submetidas deres delegados ou subdelegados no órgão ou no agente.
Artigo 30.º
ou no início da reunião seguinte, sendo assinadas, após a Artigo 43.º
Proibição da abstenção
aprovação, pelo presidente e pelo secretário. próprio ou específico ou que seja da competência de ou-
Substituição de órgãos
No silêncio da lei, é proibida a abstenção aos membros 3 — Não participam na aprovação da ata os membros

quando no exercício de funções consultivas. respeita.


62 63

2 — Os atos de delegação ou subdelegação de poderes Artigo 52.º


exerce como competência própria e exclusiva os poderes estão sujeitos a publicação, nos termos do artigo 159.º Resolução administrativa dos conflitos

atributiva da competência deste último. Artigo 48.º 1 — A resolução dos conflitos de atribuições entre mi- economicidade e da celeridade na preparação da decisão.
Menção da qualidade de delegado ou subdelegado
Artigo 57.º
CAPÍTULO IV por qualquer interessado, mediante requerimento funda-
Acordos endoprocedimentais
Da delegação de poderes essa qualidade no uso da delegação ou subdelegação.
2 — A falta de menção da delegação ou subdelegação
Artigo 44.º no ato praticado ao seu abrigo, ou a menção incorreta da órgãos em conflito logo que dele tenham conhecimento. o órgão competente para a decisão final e os interessados
2 — O órgão competente para a resolução deve ouvir podem, por escrito, acordar termos do procedimento.
Delegação de poderes os órgãos em conflito, se estes ainda se não tiverem pro-
do ato, mas os interessados não podem ser prejudicados
nunciado, e proferir a decisão no prazo de 30 dias.
tes para decidir em determinada matéria podem, sempre existência da delegação ou subdelegação. na organização de audiências orais para exercício do con-
que para tal estejam habilitados por lei, permitir, através traditório entre os interessados que pretendam uma certa
PARTE III decisão e aqueles que se lhe oponham.
de um ato de delegação de poderes, que outro órgão ou Artigo 49.º
agente da mesma pessoa coletiva ou outro órgão de dife- Do procedimento administrativo
rente pessoa coletiva pratique atos administrativos sobre Poderes do delegante ou subdelegante a decisão final e os interessados também podem celebrar
a mesma matéria.
TÍTULO I
considera-se agente aquele que, a qualquer título, exerça subdelegado sobre o modo como devem ser exercidos os Regime comum procedimento.
poderes delegados ou subdelegados.
de subordinação jurídica. Artigo 58.º
3 — Mediante um ato de delegação de poderes, os ór- de avocar, bem como o de anular, revogar ou substituir o CAPÍTULO I Princípio do inquisitório
ato praticado pelo delegado ou subdelegado ao abrigo da Disposições gerais
podem sempre permitir que o seu imediato inferior hie- delegação ou subdelegação.
rárquico, adjunto ou substituto pratiquem atos de admi- órgãos que participem na instrução podem, mesmo que o
nistração ordinária nessa matéria. Artigo 53.º
Artigo 50.º
Iniciativa
Extinção da delegação ou subdelegação

que estabeleça uma particular repartição de competências ou a solicitação dos interessados. nos requerimentos ou nas respostas dos interessados.
entre os diversos órgãos. a) Por anulação ou revogação do ato de delegação ou
5 — Os atos praticados ao abrigo de delegação ou sub- subdelegação; Artigo 54.º Artigo 59.º
delegação de poderes valem como se tivessem sido prati- b) Por caducidade, resultante de se terem esgotado os Língua do procedimento Dever de celeridade
cados pelo delegante ou subdelegante. seus efeitos ou da mudança dos titulares dos órgãos dele- A língua do procedimento é a língua portuguesa.
gante ou delegado, subdelegante ou subdelegado.
Artigo 45.º
Artigo 55.º
Poderes indelegáveis CAPÍTULO V Responsável pela direção do procedimento
Não podem ser objeto de delegação, designadamente: ordenando e promovendo tudo o que seja necessário a um
Dos conflitos de atribuições e de competência 1 — A direção do procedimento cabe ao órgão compe- seguimento diligente e à tomada de uma decisão dentro
a) A globalidade dos poderes do delegante; tente para a decisão final, sem prejuízo do disposto nos de prazo razoável.
b) Os poderes suscetíveis de serem exercidos sobre o Artigo 51.º números seguintes.
próprio delegado;
Competência para a resolução de conflitos Artigo 60.º
c) Poderes a exercer pelo delegado fora do âmbito da inferior hierárquico seu, o poder de direção do procedi-
respetiva competência territorial. 1 — Os conflitos de atribuições são resolvidos: Cooperação e boa-fé procedimental
em contrário ou quando a isso obviarem as condições de
Artigo 46.º a) Pelos tribunais administrativos, mediante processo
Administração Pública e os interessados devem cooperar
Subdelegação de poderes
mentadamente no procedimento concreto ou em diretiva entre si, com vista à fixação rigorosa dos pressupostos de
órgãos de pessoas coletivas diferentes ou no caso de con- interna respeitante a certos procedimentos.
flitos entre autoridades administrativas independentes; decisão e à obtenção de decisões legais e justas.
1 — Salvo disposição legal em contrário, o delegante
pode autorizar o delegado a subdelegar. encarregar inferior hierárquico seu da realização de dili- de meios na realização de diligências instrutórias e para
2 — O subdelegado pode subdelegar as competências ministérios diferentes; gências instrutórias específicas. a tomada da decisão num prazo razoável, abstendo-se de
4 — No órgão colegial, a delegação prevista no n.º 2 é
dotadas de autonomia, sujeitas ao seu poder de superin-
tendência; dilatórios.
5 — A identidade do responsável pela direção do pro-
Artigo 47.º Artigo 61.º
vam órgãos de secretarias regionais diferentes;
Requisitos do ato de delegação e) Pelo secretário regional, quando envolvam pessoas legítimo, requeiram essa informação. Utilização de meios eletrónicos
coletivas dotadas de autonomia sujeitas, ao seu poder de
superintendência. 1 — Salvo disposição legal em contrário, na instrução
delegante ou subdelegante especificar os poderes que são Artigo 56.º
delegados ou subdelegados ou os atos que o delegado ou
Princípio da adequação procedimental meios eletrónicos, tendo em vista:
2 — Os conflitos de competência são resolvidos pelo
órgão de menor categoria hierárquica que exerça poderes a) Facilitar o exercício de direitos e o cumprimento de
a delegar. de supervisão sobre os órgãos envolvidos. vel pela direção do procedimento goza de discricionarie- deveres através de sistemas que, de forma segura, fácil,
64 65

célere e compreensível, sejam acessíveis a todos os inte- 4 — Salvo o disposto em lei especial, os balcões ele- 3 — Em caso de recusa de auxílio administrativo re-
ressados; trónicos asseguram a emissão automatizada de atos mera- quaisquer folhas do mesmo. querido nos termos do n.º 1, ou de dilação na sua pres-
b) Tornar mais simples e rápido o acesso dos interessa- tação, a questão é resolvida, consoante o caso, pela au-
dos ao procedimento e à informação; ao processo administrativo em suporte eletrónico, que é
c) Simplificar e reduzir a duração dos procedimentos, eletrónico. definido por diploma próprio.
promovendo a rapidez das decisões, com as devidas ga-
rantias legais. poderes de direção, superintendência ou tutela sobre o
procedimento, não são devidas taxas quando, sempre que CAPÍTULO II órgão solicitado.
2 — Quando na instrução do procedimento se utilizem Da relação jurídica procedimental
meios eletrónicos, as aplicações e sistemas informáticos mulas de cálculo não sejam introduzidos nas plataformas
SECÇÃO II
eletrónicas no âmbito das quais correm os procedimentos
procedimento e o órgão competente para a decisão, assim a que dizem respeito. SECÇÃO I Dos interessados no procedimento
6 — As taxas referidas no número anterior são, porém, Dos sujeitos do procedimento
e a simplificação e a publicidade do procedimento. devidas sempre que: Artigo 67.º
a) A falta de introdução dos respetivos valores ou fór- Artigo 65.º Capacidade procedimental dos particulares
interessados têm direito:
Sujeitos da relação jurídica procedimental
1 — Os particulares têm o direito de intervir pessoal-
taxas; e 1 — São sujeitos da relação jurídica procedimental:
respeito; b) No prazo de cinco dias contados do início do proce- representar ou assistir através de mandatário.
b) A obter os instrumentos necessários à comunicação tigo 2.º, quando competentes para a tomada de decisões
de cálculo nas plataformas e notificado o interessado para ou para a prática de atos preparatórios;
proceder ao seu pagamento. capacidade de exercício de direitos segundo a lei civil, a
b) Os particulares legitimados nos termos do n.º 1 do
qual é também aplicável ao suprimento da incapacidade.
artigo 68.º;
previsto, conta de correio eletrónico e assinatura digital Artigo 63.º c) Pessoas singulares e coletivas de direito privado, em
certificada. Artigo 68.º
Comunicações por telefax, telefone ou meios eletrónicos defesa de interesses difusos, segundo o disposto nos n.os 2
e 3 do artigo 68.º; Legitimidade procedimental
Artigo 62.º d) Os órgãos que exerçam funções administrativas, nas
ções da Administração com os interessados ao longo do 1 — Têm legitimidade para iniciar o procedimento ou
Balcão único eletrónico
condições previstas no n.º 4 do artigo 68.º
procedimento só podem processar-se através de telefax, para nele se constituírem como interessados os titulares
de direitos, interesses legalmente protegidos, deveres, en-
consideram-se interessados no procedimento os sujeitos
este deve designadamente proporcionar: forem ou possam ser tomadas, bem como as associações,
a) Informação clara e acessível a qualquer interessado a identificação da caixa postal eletrónica de que é titular, coletiva de interesses individuais dos seus associados que
ao abrigo de um dos títulos de legitimação previstos no
artigo 68.º caibam no âmbito dos respetivos fins.
instrução dos correspondentes pedidos e condições para eletrónica.
Artigo 66.º interesses difusos perante ações ou omissões da Adminis-
dido;
Auxílio administrativo dualizados em bens fundamentais como a saúde pública,
dos;
1 — Para além dos casos em que a lei imponha a inter-
contacto regular através daqueles meios. território, o urbanismo, a qualidade de vida, o consumo
devidas, quando seja caso disso; 3 — As comunicações da Administração com pessoas de bens e serviços e o património cultural:
d) Informação completa sobre a disciplina jurídica dos tente para a decisão final deve, por iniciativa própria, por
proposta do responsável pela direção do procedimento ou a) Os cidadãos no gozo dos seus direitos civis e polí-
vés do balcão eletrónico em causa; a requerimento de um sujeito privado da relação jurídica ticos e os demais eleitores recenseados no território por-
e) Endereço e contacto da entidade administrativa com procedimental, solicitar o auxílio de quaisquer outros ór- tuguês;
ticas com acesso restrito ou para os endereços de correio gãos da Administração Pública, indicando um prazo útil,
competência para a direção do procedimento administra- b) As associações e fundações representativas de tais
eletrónico ou número de telefax ou de telefone indicados quando:
tivo em causa; em qualquer documento por elas apresentado no procedi- interesses;
f) Informação sobre os meios de reação judiciais e ex- mento administrativo. a) O melhor conhecimento da matéria relevante exija c) As autarquias locais, em relação à proteção de tais
trajudiciais de resolução de eventuais litígios. uma investigação para a qual o órgão a quem é dirigida interesses nas áreas das respetivas circunscrições.
Artigo 64.º
2 — Os balcões eletrónicos devem poder intermediar 3 — Têm, ainda, legitimidade para assegurar a defesa
nos procedimentos a serem desenvolvidos entre os inte- Documentação das diligências e integridade não tenha acesso; de bens do Estado, das regiões autónomas e de autarquias
do processo administrativo locais afetados por ação ou omissão da Administração, os
b) Só o órgão a quem é dirigida a solicitação tenha em
recebendo os atos de uns e outros, mediante a entrega do 1 — Das diligências realizadas oralmente são lavrados seu poder documentos ou dados cujo conhecimento seja
correspondente recibo, e transmitindo-o imediatamente. necessário à preparação da decisão; localizado o bem defendido.
3 — O tempo que medeia entre a receção pelo balcão essenciais e da data e lugar da realização da diligência a c) A instrução requeira a intervenção de pessoal ou o 4 — Têm igualmente legitimidade os órgãos que exer-
eletrónico dos documentos apresentados e a sua entrega que respeitam. çam funções administrativas quando as pessoas coletivas
para a decisão final não disponha. nas quais eles se integram sejam titulares de direitos ou
em caso de justo impedimento, designadamente quando é autuado e paginado de modo a facilitar a inclusão dos interesses legalmente protegidos, poderes, deveres ou su-
documentos que nele são sucessivamente incorporados e 2 — À comunicação de documentos ou dados solicita- jeições que possam ser conformados pelas decisões que
a impedir o seu extravio. dos nos termos do número anterior aplicam-se as restri-
ções fixadas na legislação sobre o acesso aos documentos lhes caiba defender interesses difusos que possam ser be-
tente. administrativos. neficiados ou afetados por tais decisões.
66 67

SECÇÃO III 5 — Sempre que a situação de incompatibilidade pre-


Das garantias de imparcialidade
dias.
a entidade prestadora de serviços comunicar desde logo o de intervir no procedimento ou em ato ou contrato de di- 3 — Sendo reconhecida procedência ao pedido, é ob-
servado o disposto nos artigos 71.º e 72.º
Artigo 69.º
toda a sua atividade relacionada com o mesmo.
Casos de impedimento duvidar seriamente da imparcialidade da sua conduta ou Artigo 76.º
Artigo 70.º decisão e, designadamente:
1 — Salvo o disposto no n.º 2, os titulares de órgãos da Sanções
Arguição e declaração do impedimento a) Quando, por si ou como representante ou gestor de
negócios de outra pessoa, nele tenha interesse parente ou 1 — São anuláveis nos termos gerais os atos ou con-
natureza, se encontrem no exercício de poderes públicos,
agentes impedidos ou em cuja preparação tenha ocorrido
em ato ou contrato de direito público ou privado da Ad- nistração Pública, deve o mesmo comunicar desde logo o com quem viva em condições análogas às dos cônjuges;
ministração Pública, nos seguintes casos: facto ao respetivo superior hierárquico ou ao presidente b) Quando o titular do órgão ou agente, o seu cônjuge do disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 69.º
do órgão colegial, consoante os casos. ou pessoa com quem viva em condições análogas às dos 2 — A omissão do dever de comunicação a que alude
2 — Quando a causa de impedimento incidir sobre ou- o n.º 1 do artigo 70.º constitui falta grave para efeitos dis-
tantes ou como gestores de negócios de outra pessoa; tras entidades que, sem a natureza daquelas a quem se re- ciplinares.
ou devedor de pessoa singular ou coletiva com interesse
b) Quando, por si ou como representantes ou gestores 3 — A prestação de serviços em violação do disposto
direto no procedimento, ato ou contrato;
de negócios de outra pessoa, nele tenham interesse o seu devem as mesmas comunicar desde logo o facto a quem c) Quando tenha havido lugar ao recebimento de dádi-
tenha o poder de proceder à respetiva substituição. vas, antes ou depois de instaurado o procedimento, pelo indemnizar a Administração Pública e terceiros de boa-fé
3 — Até ser proferida a decisão definitiva ou praticado pelos danos resultantes da anulação do ato ou contrato.
reta ou até ao segundo grau da linha colateral, bem como o ato, qualquer interessado pode requerer a declaração do
qualquer pessoa com quem vivam em economia comum suspeição não prejudica a invocação da anulabilidade dos
ou afim na linha reta;
ou com a qual tenham uma relação de adoção, tutela ou constituam a sua causa.
apadrinhamento civil; 4 — Compete ao superior hierárquico ou ao presidente o titular do órgão ou agente, ou o seu cônjuge ou pessoa
c) Quando, por si ou como representantes ou gestores do órgão colegial conhecer da existência do impedimento razoabilidade de dúvida séria sobre a imparcialidade da
com quem viva em condições análogas às dos cônjuges,
de negócios de outra pessoa, tenham interesse em ques- e declará-lo, ouvindo, se considerar necessário, o titular atuação do órgão, revelada na direção do procedimento,
e a pessoa com interesse direto no procedimento, ato ou
do órgão ou agente. contrato; na prática de atos preparatórios relevantes para o sentido
situação se verifique em relação a pessoa abrangida pela 5 — Tratando-se do impedimento do presidente do ór- da decisão ou na própria tomada da decisão.
alínea anterior; e) Quando penda em juízo ação em que sejam parte o
gão colegial, a decisão do incidente compete ao próprio titular do órgão ou agente, o seu cônjuge ou pessoa com
órgão, sem intervenção do presidente.
6 — O disposto nos n.os 3 a 5 aplica-se, com as neces- CAPÍTULO III
em linha reta ou pessoa com quem viva em economia co-
a resolver; sárias adaptações, às situações referidas no n.º 2. Da conferência procedimental
perito ou mandatário o seu cônjuge ou pessoa com quem ou pessoa com quem viva em condições análogas às dos
Artigo 71.º cônjuges, parente em linha reta ou pessoa com quem viva Artigo 77.º
viva em condições análogas às dos cônjuges, parente ou
afim em linha reta ou até ao segundo grau da linha cola- Efeitos da arguição do impedimento em economia comum.
Conceito e modalidades

economia comum ou com a qual tenham uma relação de


adoção, tutela ou apadrinhamento civil; ressado na relação jurídica procedimental deduzir suspei- exercício em comum ou conjugado das competências de
pender a sua atividade no procedimento, logo que façam diversos órgãos da Administração Pública, no sentido de
f) Quando se trate de recurso de decisão proferida por a comunicação a que se refere o n.º 1 do artigo anterior promover a eficiência, a economicidade e a celeridade da
ou tenham conhecimento do requerimento a que se refere poderes públicos que intervenham no procedimento, ato atividade administrativa.
pessoas referidas na alínea b) ou com intervenção destas.
ou contrato. 2 — As conferências procedimentais podem dizer res-
salvo determinação em contrário de quem tenha o poder
2 — Excluem-se do disposto no número anterior: de proceder à respetiva substituição. Artigo 74.º
a) As intervenções que se traduzam em atos de mero várias decisões conjugadas.
Formulação do pedido
expediente, designadamente atos certificativos; 3 — As conferências procedimentais relativas a vários
b) A emissão de parecer, na qualidade de membro do de urgência ou de perigo, as quais carecem, todavia, de
ratificação pela entidade que os substituir. plexo, em que há lugar à tomada de diferentes decisões
formalidade seja requerida pelas normas aplicáveis; indicando com precisão os factos que o justifiquem. por diferentes órgãos, podem assumir uma das seguintes
Artigo 72.º 2 — O pedido do titular do órgão ou agente só é for- modalidades:
n.º 2 do artigo 195.º Efeitos da declaração do impedimento
entidade a quem for dirigido.
3 — Sob pena das sanções cominadas pelos n.os 1 e 3
do artigo 76.º, não pode haver lugar, no âmbito do proce- relação jurídica procedimental, é sempre ouvido o titular através de um único ato de conteúdo complexo, que subs-
dimento administrativo, à prestação de serviços de con- salvo se houver avocação pelo órgão competente para o do órgão ou o agente visado. titui a prática, por cada um deles, de atos administrativos
sultoria, ou outros, a favor do responsável pela respetiva efeito. 4 — Os pedidos devem ser formulados logo que haja autónomos;
direção ou de quaisquer sujeitos públicos da relação jurí- 2 — Tratando-se de órgão colegial, se não houver ou b) Conferência de coordenação, destinada ao exercício
dica procedimental, por parte de entidades relativamente não puder ser designado suplente, o órgão funciona sem ou a suspeição.
às quais se verifique qualquer das situações previstas no o membro impedido.
n.º 1, ou que hajam prestado serviços, há menos de três Artigo 75.º de atos administrativos autónomos.
Artigo 73.º Decisão sobre a escusa ou suspeição
relação jurídica procedimental. Fundamento da escusa e suspeição
1 — A competência para decidir da escusa ou suspei-
um procedimento devem juntar uma declaração de que se 1 — Os titulares de órgãos da Administração Pública e ção é deferida nos termos referidos nos n.os 4 a 6 do ar- rativa e de coordenação podem terminar pela celebração
respetivos agentes, bem como quaisquer outras entidades tigo 70.º de um contrato entre os órgãos participantes e o interes-
68 69

sado, em substituição do ato ou dos atos cuja preparação de modo definitivo, a posição do órgão sobre a matéria da ao respetivo deferimento e na possibilidade da repetição máximo de 10 dias, a contar da apresentação do requeri-
se visava. deliberação a adotar, ou para tomar ele próprio a decisão da conferência, caso essas alterações sejam concretizadas mento, certidão, reprodução ou declaração autenticada de
pelo interessado. documentos de que constem, consoante o pedido, todos
conferências de coordenação. 6 — O disposto no número anterior não impede os ór- ou alguns dos seguintes elementos:
6 — A ausência de um órgão regularmente convocado gãos participantes na conferência, que não tenham apre-

caso, aplicável o disposto no n.º 7 do artigo 79.º reclamações, recursos ou documentos semelhantes;
dimental deliberativa nada têm a opor ao deferimento do lhes compete, no prazo de oito dias, a contar do termo da
pedido, salvo se invocarem justo impedimento no prazo ou pretensão nestes formulada;
Artigo 78.º conferência.
de oito dias. c) Andamento que tiveram ou situação em que se en-
Instituição das conferências procedimentais contram os documentos a que se refere o n.º 1;
7 — Quando na conferência procedimental participem
d) Resolução tomada ou falta de resolução.
todos os órgãos envolvidos nisso, previamente, acordem.
possibilidade da realização de conferências procedimen- escrito no prazo de oito dias, para ser anexado à ata.
tais no âmbito de cada tipo de procedimento depende de 8 — O interessado pode ser convocado para estar pre- abrange os documentos classificados ou que revelem se-
atualidade se mantenha. gredo comercial ou industrial ou segredo relativo à pro-
necessário a uma boa decisão. priedade literária, artística ou científica.
autónomas. 3 — Quando os elementos constem de procedimentos
Artigo 80.º CAPÍTULO IV informatizados, as certidões, reproduções ou declarações
previstas no n.º 1 são passadas, com a devida autentica-
Audiência dos interessados e audiência pública Do direito à informação ção, no prazo máximo de três dias, por via eletrónica ou
dos ministros competentes para a direção e tutela dos or- 1 — Na conferência procedimental, o direito de audi- mediante impressão nos serviços da Administração.
Artigo 82.º
ganismos envolvidos ou para a resolução dos conflitos de
atribuições ou competências entre os órgãos em causa. na qual estejam presentes todos os órgãos participantes, Direito dos interessados à informação Artigo 85.º
3 — O ato que institui a possibilidade da realização de e, no caso da conferência de coordenação, em simultâneo Extensão do direito à informação
responsável pela direção do procedimento, sempre que o
procedimento:
anexo da ata da sessão.
a) Determina o órgão competente para convocar e pre- 2 — Para o efeito do disposto do número anterior, os gítimo no conhecimento dos elementos que pretendam.
sidir às conferências;
artigo 122.º
dos deveres que lhes são impostos no presente capítulo; 3 — Nos procedimentos em que seja obrigatória a au-
c) Habilita os órgãos participantes a delegar em mem- diência pública, a realização desta na pendência da confe- probatórios do interesse legítimo invocado.
sados, as decisões adotadas e quaisquer outros elementos
rência procedimental suspende o prazo para a conclusão solicitados.
da mesma. 3 — As informações solicitadas ao abrigo do presente CAPÍTULO V
das conferências procedimentais, segundo o disposto no
presente capítulo; artigo são fornecidas no prazo máximo de 10 dias.
Artigo 81.º Dos prazos
4 — Nos procedimentos eletrónicos, a Administração
Conclusão da conferência procedimental
Artigo 86.º
1 — O prazo para a realização da conferência procedi- Prazo geral
mental é de 60 dias, prorrogável por mais 30 dias, e, no formação sobre o estado de tramitação do procedimento.
por cada um deles.
dos procedimentos nos quais deveriam ser praticados os mento e na falta de disposição especial ou de fixação pela
Artigo 79.º eletrónica sobre o andamento dos procedimentos abrange
vários atos envolvidos. os elementos mencionados no n.º 2.
Realização da conferência procedimental 2 — A conferência procedimental finda: administrativos é de 10 dias.
2 — É igualmente de 10 dias o prazo para os interessa-
a) Com a prática do ato ou dos atos que visa preparar; Artigo 83.º
tivamente a uma situação concreta, por iniciativa própria Consulta do processo e passagem de certidões
preparar tenham sido praticados. quais se devam pronunciar ou exercerem outros poderes
no artigo anterior, ou quando requerida por um ou mais 1 — Os interessados têm o direito de consultar o pro-
no procedimento.
interessados. 3 — No termo da conferência procedimental, o órgão cesso que não contenha documentos classificados ou que
que a ela presidiu elabora uma ata, na qual são registados revelem segredo comercial ou industrial ou segredo rela-
tivo à propriedade literária, artística ou científica. Artigo 87.º
competente no dever de convocar a conferência no prazo os sucessivos passos da conferência e, quando for o caso,
de 15 dias. o ato ou atos decisórios nela praticados, com a respetiva 2 — O direito referido no número anterior abrange os Contagem dos prazos
fundamentação, e os restantes atos nela autonomamente À contagem dos prazos são aplicáveis as seguintes re-
praticados por cada órgão participante. dos dados pessoais nos termos da lei.
gras:

adiamento não superior a 10 dias. quer formalidades;


que constem dos processos a que tenham acesso.
reuniões da conferência podem ter lugar presencialmente projeto, atividade, regulação de um bem ou situação que evento a partir do qual o prazo começa a correr;
ou por videoconferência. constitua o objeto da conferência. Artigo 84.º c) O prazo fixado suspende-se nos sábados, domingos
5 — Cada um dos órgãos convocados tem o dever de e feriados;
Certidões independentes de despacho
de seis meses, incluem-se os sábados, domingos e feria-
salvo se os órgãos acordarem nas alterações necessárias interessados, independentemente de despacho e no prazo dos;
70 71

2 — A decisão de ordenar ou alterar qualquer medida CAPÍTULO VIII Artigo 98.º


respetivamente, por 24 ou 48 horas; provisória não carece de audiência prévia, deve ser fun- Publicitação do início do procedimento
f) O termo do prazo que coincida com dia em que damentada e fixar prazo para a sua vigência. Da extinção do procedimento
e participação procedimental
o serviço perante o qual deva ser praticado o ato não
fundamentada. Artigo 93.º
período normal, transfere -se para o primeiro dia útil Causas de extinção
seguinte; visórias são passíveis de impugnação junto dos tribunais
administrativos. data em que o mesmo se iniciou, do seu objeto e da forma
blico quando for concedida tolerância de ponto, total ou final ou por qualquer dos outros factos previstos no pre- como se pode processar a constituição como interessados
parcial. Artigo 90.º sente Código. e a apresentação de contributos para a elaboração do re-
gulamento.
Caducidade das medidas provisórias Artigo 94.º
Artigo 88.º ser estabelecidos os termos de acompanhamento regular
Salvo disposição especial, as medidas provisórias ca- Decisão final
Dilação ducam quando: do procedimento por acordo endoprocedimental com as
1 — Quando os interessados residam ou se encontrem a) Seja proferida decisão definitiva no procedimento; volvidos e com as autarquias locais em relação à proteção
fora do continente e neste se localize o serviço por onde b) Expire o prazo que lhes tenha sido fixado ou a res- de interesses nas áreas das respetivas circunscrições.
cedimento e que não hajam sido decididas em momento
petiva prorrogação; anterior.
c) Expire o prazo fixado na lei para a decisão final; 2 — À decisão final proferida através de meios eletró- Artigo 99.º
de decorridos:
nicos deve ser aposta assinatura eletrónica ou outro meio Projeto de regulamento
seguintes à instauração do procedimento.
trarem no território das regiões autónomas;
b) 15 dias, se os interessados residirem ou se encontra- CAPÍTULO VII identificado.
rem em país estrangeiro europeu; deve incluir uma ponderação dos custos e benefícios das
Dos pareceres medidas projetadas.
Artigo 95.º
ou se os interessados residirem em país estrangeiro fora
da Europa. Artigo 91.º Impossibilidade ou inutilidade superveniente Artigo 100.º
Espécies de pareceres 1 — O procedimento é declarado extinto quando o ór- Audiência dos interessados
gão competente para a decisão verifique que a finalidade 1 — Tratando-se de regulamento que contenha dispo-
terior é igualmente aplicável se o procedimento correr a que ele se destinava ou o objeto da decisão se tornaram
em serviço localizado numa Região Autónoma e os in- soante sejam ou não exigidos por lei, e são vinculativos sições que afetem de modo direto e imediato direitos ou
impossíveis ou inúteis. interesses legalmente protegidos dos cidadãos, o respon-
2 — A declaração da extinção a que se refere o número sável pela direção do procedimento submete o projeto de
anterior é sempre fundamentada, podendo ser impugnada
ou no continente. para a decisão.
2 — Salvo disposição expressa em contrário, os pare- nos termos gerais.
3 — As dilações previstas nas alíneas b) e c) do n.º 1 tituído no procedimento.
são também aplicáveis aos procedimentos que corram em ceres legalmente previstos consideram-se obrigatórios e
não vinculativos. 2 — A audiência dos interessados pode ser escrita ou
serviços localizados nas regiões autónomas. TÍTULO II
4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, dos artigos 122.º e 123.º
Artigo 92.º Procedimento do regulamento e do ato
gua do interessado estrangeiro ou numa outra língua que Forma e prazos dos pareceres administrativo não proceder à audiência quando:
este possa entender sem constrangimentos excessivos, há
lugar a uma dilação de 30 dias. 1 — Os pareceres devem ser sempre fundamentados e Artigo 96.º a) A emissão do regulamento seja urgente;
b) Seja razoavelmente de prever que a diligência possa
indicadas na consulta. Objeto comprometer a execução ou a utilidade do regulamento;
2 — O responsável pela direção do procedimento deve Além do disposto no título anterior, o procedimento do c) O número de interessados seja de tal forma elevado
praticados através de meios eletrónicos.
solicitar, sempre que possível em simultâneo, aos órgãos regulamento e do ato administrativo regem-se, respetiva-
mente, pelos capítulos I e II do presente título. proceder-se a consulta pública;
CAPÍTULO VI que, perante a marcha do procedimento, estejam reunidos d) Os interessados já se tenham pronunciado no proce-
os pressupostos para tanto. dimento sobre as questões que importam à decisão.
Das medidas provisórias 3 — Na falta de disposição especial, os pareceres são CAPÍTULO I
4 — Nas situações previstas no número anterior, a de-
Artigo 89.º pela direção do procedimento fixar, fundamentadamente, Procedimento do regulamento administrativo cisão final deve indicar os fundamentos da não realização
Admissibilidade de medidas provisórias prazo diferente. da audiência.
Artigo 97.º
deve ser inferior a 15 dias nem superior a 45 dias. Petições dos prazos do procedimento administrativo.
gão competente para a decisão final, oficiosamente ou
Artigo 101.º
provisórias que se mostrem necessárias, se houver justo procedimento prosseguir e vir a ser decido sem o parecer,
receio de, sem tais medidas, se constituir uma situação Consulta pública
salvo disposição legal expressa em contrário.
de facto consumado ou se produzirem prejuízos de di- 6 — No caso de o parecer obrigatório ser vinculativo, ser fundamentadas, sem o que a Administração não toma
a decisão final só pode ser proferida sem a prévia emissão conhecimento delas. anterior ou quando a natureza da matéria o justifique, o
daquele desde que o responsável pela direção do proce-
dimento tenha interpelado, no prazo de 10 dias, o órgão
mostrem superiores aos que se pretendam evitar com a competente para o emitir, sem que este o tenha feito no para o efeito, à sua publicação na 2.ª série do Diário da
respetiva adoção. prazo de 20 dias a contar dessa interpelação. que tome em relação a elas. República ou na publicação oficial da entidade pública,
72 73

e na Internet, no sítio institucional da entidade em causa, ser lesados pelos atos a praticar e que possam ser desde
com a visibilidade adequada à sua compreensão. da data em que este se verificou. logo nominalmente identificadas.
2 — Os interessados devem dirigir, por escrito, as suas mentos deve fazer-se por via eletrónica.
anterior nos casos em que a lei a dispense e naqueles em
sediadas no país em que residam ou se encontrem os in- Artigo 106.º que a mesma possa prejudicar a natureza secreta ou con-
de regulamento. teressados. Recibo de entrega de requerimentos

de que o respetivo projeto foi objeto de consulta pública, remetem os requerimentos aos órgãos a quem sejam di- procedimento se destina.
quando tenha sido o caso. da entrega dos requerimentos apresentados.
recebimento.
CAPÍTULO II Artigo 104.º para esse fim. em que o mesmo se iniciou, o serviço por onde corre e o
Procedimento do ato administrativo respetivo objeto.
Forma de apresentação dos requerimentos
Artigo 111.º
1 — Os requerimentos dirigidos a órgãos administra-
SECÇÃO I Destinatários das notificações
tivos podem ser apresentados por uma das seguintes for-
Da iniciativa particular mas:
Artigo 107.º sado, salvo quando este tenha constituído mandatário no
Artigo 102.º Outros escritos apresentados pelos interessados procedimento, caso em que devem ser efetuadas a este.
tação a da respetiva entrega;
Requerimento inicial os interessados ou os mandatários, quando constituídos,
data da apresentação a da efetivação do respetivo registo
postal;
casos em que a lei admite o pedido verbal, deve ser for-
mulado por escrito e conter: na pendência do procedimento.
de dados, valendo como data da apresentação a do termo Artigo 108.º
a) A designação do órgão administrativo a que se di- da expedição; Artigo 112.º
d) Envio por transmissão eletrónica de dados, valendo Deficiência do requerimento inicial
rige; Forma das notificações
como data da apresentação a da respetiva expedição; 1 — Se o requerimento inicial não satisfizer o disposto
nome, domicílio, bem como, se possível, dos números de e) Formulação verbal, quando a lei admita essa forma no artigo 102.º, o requerente é convidado a suprir as de- 1 — As notificações podem ser efetuadas:
identificação civil e identificação fiscal; de apresentação. ficiências existentes. a) Por carta registada, dirigida para o domicílio do no-
c) A exposição dos factos em que se baseia o pedido 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, de- tificando ou, no caso de este o ter escolhido para o efeito,
2 — Os requerimentos enviados por telefax ou trans- vem os órgãos e agentes administrativos procurar suprir para outro domicílio por si indicado;
fundamentos de direito;
qualquer dia e independentemente da hora da abertura e a evitar que os interessados sofram prejuízos por virtude
sos; do encerramento dos serviços. ou se for inviável a notificação por outra via;
e) A data e a assinatura do requerente, ou de outrem a 3 — A Administração pode estabelecer modelos e sis- formulação dos seus pedidos.
seu rogo, se o mesmo não souber ou não puder assinar; eletrónica automaticamente gerada por sistema incorpo-
f) A indicação do domicílio escolhido para nele ser no- aos interessados os respetivos formulários. identificados e aqueles cujo pedido seja ininteligível. rado em sítio eletrónico pertencente ao serviço do órgão
tificado; competente ou ao balcão único eletrónico;
g) A indicação do número de telefax ou telefone ou a Artigo 109.º d) Por edital, quando seja esta a forma de notificação
Questões que prejudiquem o desenvolvimento
previstos no n.º 1 do artigo 63.º conta pelo órgão ao qual se dirige o requerimento. normal do procedimento forem incertos ou de paradeiro desconhecido;
e) Por anúncio, quando os notificandos forem em nú-
mero superior a 50.
vários pedidos, desde que entre eles exista conexão. pública.
qualquer questão que prejudique o desenvolvimento nor-
2 — As notificações previstas na alínea c) do número
querimento, é lavrado termo para este efeito, o qual deve anterior podem ter lugar nos seguintes casos:
a uma pluralidade de pessoas que tenham conteúdo e fun- conter as menções previstas no n.º 1 do artigo 102.º e ser o seu objeto e, nomeadamente, das seguintes questões:
damento idênticos ou substancialmente similares. assinado, depois de datado, pelo requerente e pelo agente a) Incompetência do órgão administrativo;
que receba o pedido. b) Caducidade do direito que se pretende exercer;
Artigo 103.º acesso restrito ou para os endereços de correio eletrónico
c) Ilegitimidade dos requerentes;
Artigo 105.º ou número de telefax ou telefone indicados em qualquer
Local de apresentação dos requerimentos d) Extemporaneidade do pedido.
documento apresentado no procedimento administrativo,
Registo de apresentação de requerimentos quando se trate de pessoas coletivas;
viços dos órgãos aos quais são dirigidos, salvo o disposto órgão incompetente, é aplicável o disposto no artigo 41.º
nos números seguintes. seja o modo por que se efetue, é sempre objeto de registo, nos restantes casos.

SECÇÃO II 3 — A notificação prevista na alínea d) do n.º 1 é feita


objeto do requerimento, o número de documentos juntos
e o nome do requerente. por reprodução e publicação do conteúdo do edital na In-
Das notificações
ternet, no sítio institucional da entidade pública, e ainda:
Artigo 110.º a) No caso de incerteza das pessoas a notificar, por afi-
nas regiões autónomas. apresentados os recebidos pelo correio na mesma distri-
Notificação do início do procedimento
buição. por onde corre o procedimento administrativo;
vistos no número anterior são remetidos aos órgãos com- 3 — O registo é anotado nos requerimentos, mediante 1 — O início do procedimento é notificado às pessoas
petentes pelo registo do correio, ou por via eletrónica, no a menção do respetivo número e data.
74 75

na entrada do serviço da Administração por onde corre o Artigo 114.º 3 — Quando as informações, documentos ou atos soli-
Notificação dos atos administrativos
em poder da Administração, o ónus previsto no número citados ao interessado sejam necessários à apreciação do
conhecido do notificando no país e, outro, na entrada da pedido por ele formulado, não deve ser dado seguimento
sede da respetiva junta de freguesia. proceda à sua correta identificação junto do responsável ao procedimento, disso se notificando o particular.
destinatários, designadamente os que: pela direção do procedimento.
3 — Os interessados podem juntar documentos e pare- Artigo 120.º
muladas; cimento dos factos com interesse para a decisão. Produção antecipada de prova
República ou na publicação oficial da entidade pública,
num jornal de circulação nacional ou local, dependendo sanções, ou causem prejuízos; 1 — Havendo justo receio de vir a tornar-se impossí-
do âmbito da matéria em causa, e sempre na Internet, no país estrangeiro, a lei que rege a produção da forma espe- vel ou de difícil realização a produção de qualquer prova
interesses legalmente protegidos, ou afetem as condições com interesse para a decisão, pode o órgão competente,
adequada à sua compreensão. -se a suficiência daquela forma especial por equiparação
do seu exercício. funcional à forma exigida pela lei nacional.
5 — Sempre que a notificação seja feita por telefone, a proceder à sua recolha antecipada.
mesma é confirmada nos termos da alínea a) do n.º 1, no 5 — As despesas resultantes das diligências de prova
2 — Da notificação do ato administrativo devem cons-
dia útil imediato, sem prejuízo de a notificação se consi- tar: antes da instauração do procedimento.
derar feita na data da primeira comunicação. sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 15.º
a) O texto integral do ato administrativo, incluindo a
respetiva fundamentação, quando deva existir; Artigo 117.º SECÇÃO IV
Artigo 113.º
b) A identificação do procedimento administrativo, in- Solicitação de provas aos interessados Da audiência dos interessados
Perfeição das notificações cluindo a indicação do autor do ato e a data deste;
1 — A notificação por carta registada presume-se efe- Artigo 121.º
impugnação administrativa do ato e o respetivo prazo, no
Direito de audiência prévia
dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja útil.
necessária. ções e a colaboração noutros meios de prova. 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 124.º, os inte-
2 — A presunção prevista no número anterior só pode 2 — É legítima a recusa às determinações previstas no
3 — O texto integral do ato pode ser substituído pela número anterior, quando a obediência às mesmas:
o facto de a notificação ocorrer em data posterior à presu-
mida, devendo para o efeito a Administração ou o tribu- indicação resumida do seu conteúdo e objeto, quando o nomeadamente, sobre o sentido provável desta.
nal, a requerimento do interessado, solicitar aos correios comercial ou industrial; 2 — No exercício do direito de audiência, os interes-
informação sobre a data efetiva da receção. pelo interessado. b) Implicar o esclarecimento de factos cuja revelação sados podem pronunciar-se sobre todas as questões com
3 — A notificação por telefax presume-se efetuada na esteja proibida ou dispensada por lei; interesse para a decisão, em matéria de facto e de direito,
c) Importar a revelação de factos puníveis, praticados bem como requerer diligências complementares e juntar
a menção de que a mensagem foi enviada com êxito, bem são na indicação do meio de impugnação administrativa a documentos.
como da data, hora e número de telefax do recetor. utilizar contra o ato notificado não prejudica a utilização
4 — A presunção prevista no número anterior pode ser do referido meio no prazo de 30 dias, a contar do trânsito graus; prazos em todos os procedimentos administrativos.
em julgado da decisão jurisdicional. d) For suscetível de causar dano moral ou material ao
data da emissão. próprio interessado ou a alguma das pessoas referidas na Artigo 122.º
nistrativos devem ser notificados no prazo de oito dias. alínea anterior.
5 — A notificação por meios eletrónicos considera-se Notificação para a audiência
efetuada, no caso de correio eletrónico, no momento em
SECÇÃO III Artigo 118.º
Da instrução Forma da prestação de informações ou da apresentação de provas responsável pela direção do procedimento determina, em
notificações por via de transmissão eletrónica de dados, cada caso, se a audiência se processa por forma escrita ou
Artigo 115.º oral e manda notificar os interessados para, em prazo não
de provas pelos interessados faz-se por escrito, podendo inferior a 10 dias, dizerem o que se lhes oferecer.
Factos sujeitos a prova também ser feita oralmente, quando tal seja admitido, nos
termos e condições que para o efeito forem fixados.
institucional do órgão competente. 1 — O responsável pela direção do procedimento deve 2 — Se o interessado não residir no município da sede
conhecer todos os aspetos relevantes para a decisão, em
adequado e necessário à tomada de uma decisão legal e matéria de facto e de direito, indicando também as horas
informática disponibilizada pelo sítio eletrónico institu- e o local onde o processo pode ser consultado.
cional do órgão competente, a notificação considera-se recorrer a todos os meios de prova admitidos em direito. 3 — No caso de haver sítio na Internet da entidade em
efetuada no vigésimo quinto dia posterior ao seu envio, 2 — Não carecem de prova nem de alegação os factos órgão responsável pela direção do procedimento, salvo se causa onde o processo possa ser consultado, a notificação
notórios, bem como os factos de que o responsável pela o interessado preferir comparecer perante este.
direção do procedimento tenha conhecimento em virtude mesmo para efeitos de o processo poder também ser con-
do exercício das suas funções. Artigo 119.º sultado pelos interessados pela via eletrónica.
3 — O responsável pela direção do procedimento deve
mente através de um sistema de filtragem não imputável Falta de prestação de provas Artigo 123.º
ao interessado. conhecimento em virtude do exercício das suas funções. Audiência oral
7 — Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do número an-
terior, a notificação por telefone considera-se efetuada na Artigo 116.º 1 — Quando o órgão responsável pela direção do pro-
data em que ocorreu a comunicação telefónica. nova notificação ou prescindir-se da prática do ato, con-
Prova pelos interessados
8 — A notificação edital considera-se efetuada no dia forme as circunstâncias aconselharem.
conferência, quando tal se justifique e existam os meios
consoante o que ocorrer em último lugar. alegado, sem prejuízo do dever cometido ao responsável apreciada para efeitos de prova, consoante as circunstân- necessários para o efeito.
cias do caso, não dispensando o órgão administrativo de
em que for publicado o último anúncio. anterior. procurar averiguar os factos, nem de proferir a decisão.
76 77

justificação da falta até ao momento fixado para a audiên- 5 — A interpelação a que se refere o número anterior PARTE IV
cia, deve proceder-se ao adiamento desta. um contrato.
prazo para a autorização ou aprovação, devendo o órgão Da atividade administrativa
Artigo 128.º competente, nesse caso, emiti-las no prazo de 20 dias.
cedimento deve tentar chegar a acordo com o interessado CAPÍTULO I
Prazos para a decisão dos procedimentos
sobre a nova data da audiência, que, em qualquer caso, se Artigo 131.º
deve realizar dentro dos 20 dias seguintes. 1 — Os procedimentos de iniciativa particular devem Do regulamento administrativo
Desistência e renúncia
trato das alegações feitas pelo interessado, podendo este decorrer da lei, podendo o prazo, em circunstâncias ex- SECÇÃO I
riormente. do procedimento, por um ou mais períodos, até ao limite formulados, bem como renunciar aos seus direitos ou in- Disposições gerais
máximo de 90 dias, mediante autorização do órgão com- teresses legalmente protegidos, salvo nos casos previstos
Artigo 124.º petente para a decisão final, quando as duas funções não na lei. Artigo 135.º
Dispensa de audiência dos interessados coincidam no mesmo órgão. Conceito de regulamento administrativo
2 — A decisão de prorrogação referida no número an-
entender que o interesse público assim o exige.
não proceder à audiência dos interessados quando: direção do procedimento.
a) A decisão seja urgente; 3 — O prazo referido no n.º 1 conta-se, na falta de dis- Artigo 132.º gerais e abstratas que, no exercício de poderes jurídico-
posição especial, da data de entrada do requerimento ou
Deserção
se refere o n.º 2 do artigo anterior e, por facto imputável a nos.

do n.º 3 do mesmo artigo; e fixe prazo para a respetiva conclusão. imputável ao interessado, esteja parado por mais de seis Artigo 136.º
c) Seja razoavelmente de prever que a diligência possa Habilitação legal
comprometer a execução ou a utilidade da decisão; procedimento.
d) O número de interessados a ouvir seja de tal forma daquelas formalidades. 2 — A deserção não extingue o direito que o particular
pretendia fazer valer. lei habilitante.

pela forma mais adequada; Artigo 133.º leis que visam regulamentar ou, no caso de regulamentos
e) Os interessados já se tiverem pronunciado no proce- tro dos 10 dias seguintes ao termo dos mesmos prazos.
Falta de pagamento de taxas ou despesas
e objetiva para a sua emissão.
as provas produzidas; de conduzir à emissão de uma decisão com efeitos des-
favoráveis para os interessados caducam, na ausência de consideram-se independentes os regulamentos que visam
a uma decisão inteiramente favorável aos interessados. decisão, no prazo de 180 dias. que a lei faça depender a realização dos atos procedimen-
tais, salvo nos casos previstos no n.º 2 do artigo 15.º atribuições das entidades que os emitam.
2 — Nas situações previstas no número anterior, a de- Artigo 129.º
dimento se realizarem o pagamento em dobro da quantia efeitos do disposto no presente capítulo, carecem de lei
Incumprimento do dever de decisão
audiência. em falta nos 10 dias seguintes ao termo do prazo fixado
Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 13.º e no para o seu pagamento.
Artigo 125.º padrões de conduta na vida em sociedade com, entre ou-
Diligências complementares SECÇÃO VI
constitui incumprimento do dever de decisão, conferindo
Após a audiência, podem ser efetuadas, oficiosamente Comunicações prévias práticas».
ou a pedido dos interessados, as diligências complemen- administrativa e jurisdicional adequados.
tares que se mostrem convenientes. Artigo 134.º Artigo 137.º
Artigo 130.º Regime Regulamento devido e sua omissão
SECÇÃO V Atos tácitos
1 — A lei pode prever que a produção de determinados 1 — Quando a adoção de um regulamento seja neces-
Da decisão e outras causas de extinção do procedimento 1 — Existe deferimento tácito quando a lei ou regula- sária para dar exequibilidade a ato legislativo carente de
pelo interessado não dependa da emissão de um ato ad- regulamentação, o prazo para a emissão do regulamento
Artigo 126.º final sobre pretensão dirigida a órgão competente dentro é, no silêncio da lei, de 90 dias.
do prazo legal tem o valor de deferimento.
Relatório do responsável pela direção do procedimento
preenchimento dos correspondentes pressupostos legais e
tificação do ato não for expedida até ao primeiro dia útil regulamentares.
for o órgão competente para a decisão final, elabora um seguinte ao termo do prazo da decisão.
relatório no qual indica o pedido do interessado, resume o 3 — O prazo legal de produção de deferimento tácito possibilidade de recurso à tutela jurisdicional.
suspende-se se o procedimento estiver parado por motivo ção prévia do interessado só produza os efeitos visados se
dispensa da audiência dos interessados, quando esta não imputável ao interessado e só se interrompe com a notifi- Artigo 138.º
cação de decisão expressa. dentro de determinado prazo.
Relações entre os regulamentos
zando as razões de facto e de direito que a justificam.
de autorização prévia ou um ato esteja sujeito à aprova-
Artigo 127.º
entidade no exercício de poderes públicos, prescinde-se
Decisão do procedimento
da autorização prévia ou da aprovação desde que o órgão
Salvo se outra coisa resultar da lei ou da natureza das e da possibilidade de esta utilizar os meios adequados à de autonomia regulamentar, salvo se estes configurarem
para as emitir. defesa da legalidade. normas especiais.
78 79

2 — Os regulamentos municipais prevalecem sobre os b) Os regulamentos que desrespeitem os regulamentos SECÇÃO V Artigo 151.º
regulamentos das freguesias, salvo se estes configurarem emanados pelo delegante, salvo se a delegação incluir a Menções obrigatórias
Da impugnação de regulamentos administrativos
normas especiais. competência regulamentar;
1 — Sem prejuízo de outras referências especialmente
-se a seguinte ordem de prevalência: Artigo 147.º exigidas por lei, devem constar do ato:
a competência para a respetiva emissão. Reclamações e recursos administrativos
a) Decretos regulamentares;
delegação ou subdelegação de poderes, quando exista;
normativo; Artigo 144.º
cação, suspensão, revogação ou declaração de invalidade
c) Portarias; Regime de invalidade de regulamentos administrativos diretamente lesivos dos natários;
d) Despachos. seus direitos ou interesses legalmente protegidos, assim c) A enunciação dos factos ou atos que lhe deram ori-
1 — A invalidade do regulamento pode ser invocada a gem, quando relevantes;
todo o tempo por qualquer interessado e pode, também a d) A fundamentação, quando exigível;
SECÇÃO II administrativos.
todo o tempo, ser declarada pelos órgãos administrativos
Da eficácia do regulamento administrativo objeto;
ser exercidos, consoante os casos, mediante reclamação
para o autor do regulamento ou recurso para o órgão com f) A data em que é praticado;
Artigo 139.º formal ou procedimental da qual não resulte a sua incons-
titucionalidade só podem ser impugnados ou declarados competência para o efeito, caso exista.
Publicação 3 — À impugnação administrativa de regulamentos é colegial que o emana.
oficiosamente inválidos pela Administração no prazo de
A produção de efeitos do regulamento depende da res- aplicável o disposto nos artigos 189.º e 190.º para a im-
nos casos de carência absoluta de forma legal ou de pre- pugnação facultativa de atos administrativos.
prejuízo de tal publicação poder ser feita também na pu- terição de consulta pública exigida por lei.
blicação oficial da entidade pública, e na Internet, no sítio 3 — A declaração administrativa de invalidade produz
CAPÍTULO II jurídicos do ato administrativo.
institucional da entidade em causa. efeitos desde a data de emissão do regulamento e deter-
mina a repristinação das normas que ele haja revogado, Do ato administrativo
Artigo 140.º Artigo 152.º
salvo quando estas sejam ilegais ou tenham deixado por
outro motivo de vigorar, devendo o órgão competente re- Dever de fundamentação
Vigência SECÇÃO I
conhecer o afastamento do efeito repristinatório, quando 1 — Para além dos casos em que a lei especialmente o
este se verifique. Disposições gerais exija, devem ser fundamentados os atos administrativos
lecida ou no quinto dia após a sua publicação. 4 — A retroatividade da declaração de invalidade não que, total ou parcialmente:
afeta os casos julgados nem os atos administrativos que Artigo 148.º
Artigo 141.º
caso, quando se trate de atos desfavoráveis para os des- Conceito de ato administrativo
Proibição de eficácia retroativa
tinatários.
ou sanções;
SECÇÃO IV
b) Decidam reclamação ou recurso;
interesses legalmente protegidos, ou afetem as condições sem produzir efeitos jurídicos externos numa situação
Da caducidade e da revogação individual e concreta. formulada por interessado, ou de parecer, informação ou
do seu exercício. proposta oficial;
Artigo 145.º Artigo 149.º
a data anterior àquela a que se reporta a lei habilitante.
Caducidade
Cláusulas acessórias
Artigo 142.º e) Impliquem declaração de nulidade, anulação, revo-
1 — Os atos administrativos podem ser sujeitos, pelo
Aplicação de regulamentos resolutiva caducam com a verificação destes.
2 — Os regulamentos de execução caducam com a re- anterior.
1 — Os regulamentos podem ser interpretados, modi- vogação das leis que regulamentam, salvo na medida em
ficados e suspensos pelos órgãos competentes para a sua rios à lei ou ao fim a que o ato se destina, tenham relação 2 — Salvo disposição legal em contrário, não carecem
emissão. houver regulamentação desta. de ser fundamentados os atos de homologação de delibe-
atos administrativos de caráter individual e concreto. Artigo 146.º da proporcionalidade. superiores hierárquicos aos seus subalternos em matéria
Revogação
de serviço e com a forma legal.
SECÇÃO III trativos de conteúdo vinculado só é admissível quando a
Artigo 153.º
Da invalidade do regulamento administrativo
da prática do ato. Requisitos da fundamentação
disposto nos números seguintes.
Artigo 143.º 2 — Os regulamentos necessários à execução das leis
Invalidade em vigor ou de direito da União Europeia não podem ser Artigo 150.º sucinta exposição dos fundamentos de facto e de direito
objeto de revogação sem que a matéria seja simultanea- Forma dos atos
1 — São inválidos os regulamentos que sejam descon- mente objeto de nova regulamentação.
formes com a Constituição, a lei e os princípios gerais de 3 — Em caso de inobservância do disposto no número 1 — Os atos administrativos devem ser praticados por
direito administrativo ou que infrinjam normas de direito escrito, desde que outra forma não seja prevista por lei ou parte integrante do respetivo ato.
internacional ou de direito da União Europeia. até ao início da vigência do novo regulamento, as normas imposta pela natureza e circunstâncias do ato.
2 — São também inválidos: 2 — A forma escrita só é obrigatória para os atos dos
a) Os regulamentos que desrespeitem os regulamentos aplicabilidade da lei exequenda.
emanados dos órgãos hierarquicamente superiores ou do-
tados de poderes de superintendência; expressa das normas revogadas. o que não produzem efeitos.
80 81

os fundamentos das decisões, desde que tal não envolva c) Quando os seus efeitos, pela natureza do ato ou por k) Os atos que criem obrigações pecuniárias não pre-
diminuição das garantias dos interessados. disposição legal, dependam de trâmite procedimental ou vistas na lei;
l) Os atos praticados, salvo em estado de necessidade, quando ocorram na pendência de processo impugnatório
Artigo 154.º validade do próprio ato. e respeitem a atos que envolvam a imposição de deveres,
Fundamentação de atos orais
gido. encargos, ónus ou sujeições, a aplicação de sanções ou a
Artigo 158.º restrição de direitos e interesses legalmente protegidos.
1 — A fundamentação dos atos orais abrangidos pelo Artigo 162.º
Publicação obrigatória
Regime da nulidade SECÇÃO IV
rimento dos interessados, e para efeitos de impugnação,
tória quando exigida por lei. 1 — O ato nulo não produz quaisquer efeitos jurídicos, Da revogação e da anulação administrativas
no prazo de 10 dias. 2 — A falta de publicação do ato, quando legalmente independentemente da declaração de nulidade.
2 — O não exercício, pelos interessados, da faculdade exigida, implica a sua ineficácia. 2 — Salvo disposição legal em contrário, a nulidade é Artigo 165.º
Revogação e anulação administrativas
eventual falta de fundamentação do ato. também a todo o tempo, ser conhecida por qualquer auto-
Artigo 159.º 1 — A revogação é o ato administrativo que determina
SECÇÃO II Termos da publicação obrigatória órgãos administrativos competentes para a anulação. a cessação dos efeitos de outro ato, por razões de mérito,
Da eficácia do ato administrativo conveniência ou oportunidade.
2 — A anulação administrativa é o ato administrativo
Artigo 155.º regular os respetivos termos, deve a mesma ser feita no de facto decorrentes de atos nulos, de harmonia com os que determina a destruição dos efeitos de outro ato, com
Diário da República ou na publicação oficial da entidade fundamento em invalidade.
Regra geral
1 — O ato administrativo produz os seus efeitos desde causa, no prazo de 30 dias, e conter todos os elementos designadamente associados ao decurso do tempo. Artigo 166.º
a data em que é praticado, salvo nos casos em que a lei referidos no n.º 1 do artigo 151.º
Atos insuscetíveis de revogação ou anulação administrativas
ou o próprio ato lhe atribuam eficácia retroativa, diferida Artigo 163.º
ou condicionada. Artigo 160.º Atos anuláveis e regime da anulabilidade
2 — O ato considera-se praticado quando seja emitida administrativas:
Eficácia dos atos constitutivos de deveres ou encargos
uma decisão que identifique o autor e indique o destinatá- 1 — São anuláveis os atos administrativos praticados
a) Os atos nulos;
cáveis, para cuja violação se não preveja outra sanção. b) Os atos anulados contenciosamente;
Artigo 156.º c) Os atos revogados com eficácia retroativa.
prejuízos ou restrinjam direitos ou interesses legalmente
protegidos, ou afetem as condições do seu exercício, só ser destruídos com eficácia retroativa se o ato vier a ser
Eficácia retroativa 2 — Os atos cujos efeitos tenham caducado ou se en-
são oponíveis aos destinatários a partir da respetiva no- anulado por decisão proferida pelos tribunais administra-
1 — Têm eficácia retroativa os atos administrativos: tificação. tivos ou pela própria Administração.
nistrativa ou de revogação com eficácia retroativa.
a) Que se limitem a interpretar atos anteriores;
b) A que a lei atribua efeito retroativo. SECÇÃO III competente, dentro dos prazos legalmente estabelecidos. Artigo 167.º
Da invalidade do ato administrativo 4 — Os atos anuláveis podem ser anulados pela Admi- Condicionalismos aplicáveis à revogação
2 — Fora dos casos abrangidos pelo número anterior, nistração nos prazos legalmente estabelecidos.
o autor do ato administrativo só pode atribuir-lhe eficácia 5 — Não se produz o efeito anulatório quando: 1 — Os atos administrativos não podem ser revogados
retroativa: Artigo 161.º quando a sua irrevogabilidade resulte de vinculação legal
a) O conteúdo do ato anulável não possa ser outro, por ou quando deles resultem, para a Administração, obriga-
a) Quando a retroatividade seja favorável para os inte- Atos nulos
o ato ser de conteúdo vinculado ou a apreciação do caso ções legais ou direitos irrenunciáveis.
1 — São nulos os atos para os quais a lei comine ex- 2 — Os atos constitutivos de direitos só podem ser re-
pressamente essa forma de invalidade. legalmente possível; vogados:
remontar a eficácia do ato já existissem os pressupostos
justificativos dos efeitos a produzir; 2 — São, designadamente, nulos:
preterida tenha sido alcançado por outra via; a) Na parte em que sejam desfavoráveis aos interesses
b) Quando estejam em causa decisões revogatórias de a) Os atos viciados de usurpação de poder; dos beneficiários;
atos administrativos tomadas por órgãos ou agentes que b) Os atos estranhos às atribuições dos ministérios, ou sem o vício, o ato teria sido praticado com o mesmo con-
das pessoas coletivas referidas no artigo 2.º, em que o seu teúdo. cordância e não estejam em causa direitos indisponíveis;
hierárquico; autor se integre;
Artigo 164.º
res, encargos, ónus ou sujeições constituídos no passado, circunstâncias de facto, em face das quais, num ou noutro
de um crime; Ratificação, reforma e conversão
caso, não poderiam ter sido praticados;
na sequência de anulação administrativa, e não envolva a 1 — São aplicáveis à ratificação, reforma e conversão
direito fundamental; dos atos administrativos as normas que regulam a compe- em que o quadro normativo aplicável consinta a precari-
de direitos ou interesses legalmente protegidos. e) Os atos praticados com desvio de poder para fins de zação do ato em causa e se verifique o circunstancialismo
tência para a anulação administrativa dos atos inválidos e
d) Quando a lei o permita ou imponha. interesse privado; específico previsto na própria cláusula.
a sua tempestividade.
f) Os atos praticados sob coação física ou sob coação 2 — Os atos nulos só podem ser objeto de reforma ou
Artigo 157.º moral; conversão.
Eficácia diferida ou condicionada g) Os atos que careçam em absoluto de forma legal; 3 — Em caso de incompetência, o poder de ratificar o consideram-se constitutivos de direitos os atos adminis-
ato cabe ao órgão competente para a sua prática.
cionada: legalmente exigidos; ou sujeições, salvo quando a sua precariedade decorra da
cedimentais aplicáveis ao novo ato.
a) Quando estiver sujeito a aprovação ou a referendo; i) Os atos que ofendam os casos julgados; 5 — Desde que não tenha havido alteração ao regime lei ou da natureza do ato.
b) Quando os seus efeitos ficarem dependentes de con- legal, a ratificação, a reforma e a conversão retroagem os
dição ou termo suspensivos; xistentes;
82 83

conhecimento da superveniência ou da alteração das cir- ato válido com o mesmo conteúdo sana os efeitos por ele
cunstâncias, podendo esse prazo ser prorrogado, por mais tos repristinatórios se a lei ou o ato de revogação assim produzidos, assim como os respetivos atos consequentes.
dois anos, por razões fundamentadas. em julgado, proferida por um tribunal administrativo que, expressamente o determinarem.
julgando em última instância, tenha dado execução a uma 3 — Salvo disposição especial, a anulação administra- substituído tiver tido por objeto a imposição de deveres,
tiva produz efeitos retroativos, mas o autor da anulação encargos, ónus ou sujeições, a aplicação de sanções ou a
para o Estado português. pode, na própria decisão, atribuir-lhe eficácia para o fu- restrição de direitos ou interesses legalmente protegidos,
de indemnização pelo sacrifício, mas quando a afetação turo, quando o ato se tenha tornado inimpugnável por via
do direito, pela sua gravidade ou intensidade, elimine ou Artigo 169.º jurisdicional.
precedeu a substituição do ato.
Iniciativa e competência
correspondente ao valor económico do direito eliminado ato revogatório, só não determina a repristinação do ato Artigo 174.º
ou da parte do direito que tiver sido restringida. gação ou anulação administrativas por iniciativa dos ór- Retificação dos atos administrativos
dispuserem.
reclamação ou recurso administrativo. 1 — Os erros de cálculo e os erros materiais na expres-
prática do ato revogado, desconheciam sem culpa a exis- Artigo 172.º são da vontade do órgão administrativo, quando manifes-
2 — Salvo disposição especial e sem prejuízo do dis-
posto nos números seguintes, são competentes para a re- Consequências da anulação administrativa
tos, podem ser retificados, a todo o tempo, pelos órgãos
do ato. competentes para a revogação do ato.
respetivos superiores hierárquicos, desde que não se trate 1 — Sem prejuízo do eventual poder de praticar novo
Artigo 168.º ato administrativo, a anulação administrativa constitui a pedido dos interessados, produz efeitos retroativos e deve
de ato da competência exclusiva do subalterno.
Condicionalismos aplicáveis à anulação administrativa 3 — Os atos administrativos podem ser objeto de anu- ser feita sob a forma e com a publicidade usadas para a
1 — Os atos administrativos podem ser objeto de anu- prática do ato retificado.
respetivo superior hierárquico. de dar cumprimento aos deveres que não tenha cumprido
lação administrativa no prazo de seis meses, a contar da
SECÇÃO V
de invalidade, ou, nos casos de invalidade resultante de atos administrativos praticados por delegação ou subde- jurídica e de facto existente no momento em que deveria
legação de poderes podem ser objeto de revogação ou de ter atuado. Da execução do ato administrativo
erro do agente, desde o momento da cessação do erro, em
anulação administrativa pelo órgão delegante ou subdele-
anos, a contar da respetiva emissão. gante, bem como pelo delegado ou subdelegado. Artigo 175.º
2 — Salvo nos casos previstos nos números seguintes, Objeto
os atos constitutivos de direitos só podem ser objeto de atos administrativos praticados por órgãos sujeitos a su-
perintendência ou tutela administrativa podem ser objeto
contar da data da respetiva emissão. de revogação ou de anulação administrativa pelos órgãos
com poderes de superintendência ou tutela. dência de prazo, e alterar as situações de facto entretanto
jurisdicional, a anulação administrativa só pode ter lugar 6 — Os atos administrativos praticados por órgão in-
até ao encerramento da discussão.
em cumprimento de limitações impostas por atos admi-
administrativa pelo órgão competente para a sua prática. ato anulado não tivesse sido praticado. nistrativos.
creverem prazo diferente, os atos constitutivos de direitos
2 — A adoção de medidas policiais de coação direta,
de cinco anos, a contar da data da respetiva emissão, nas Artigo 170.º dirigidas à execução de obrigações diretamente decorren-
seguintes circunstâncias: Forma e formalidades tes do quadro normativo aplicável, é objeto de legislação
mas a sua situação jurídica não pode ser posta em causa própria.
1 — Salvo disposição especial, o ato de revogação ou se esses danos forem de difícil ou impossível reparação
fício fraudulento com vista à obtenção da sua prática; anulação administrativa deve revestir a forma legalmente e for manifesta a desproporção existente entre o seu inte- Artigo 176.º
b) Apenas com eficácia para o futuro, quando se trate prescrita para o ato revogado ou anulado.
de atos constitutivos de direitos à obtenção de prestações resse na manutenção da situação e o dos interessados na Legalidade da execução
2 — Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo ante- concretização dos efeitos da anulação.
periódicas, no âmbito de uma relação continuada; rior, quando a lei não estabelecer forma alguma para o ato
c) Quando se trate de atos constitutivos de direitos de 4 — Quando à reintegração ou recolocação de um tra- 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo ante-
revogado ou anulado, ou este tiver revestido forma mais balhador que tenha obtido a anulação de um ato adminis- rior, a satisfação de obrigações e o respeito por limitações
solene do que a legalmente prevista, o ato de revogação trativo se oponha a existência de terceiros com interesse
ou anulação administrativa deve revestir a mesma forma
utilizada na prática do ato revogado ou anulado. tituídas em seu favor por ato administrativo praticado há as formas e termos expressamente previstos na lei, ou em
de restituição das quantias indevidamente auferidas.
mais de um ano, o trabalhador que obteve a anulação tem
os direito a ser provido em lugar ou posto de trabalho vago e fundamentada.
5 — Quando, nos casos previstos nos n. 1 e 4, o ato se
2 — A execução coerciva de obrigações pecuniárias é
só pode ser objeto de anulação administrativa oficiosa. sempre possível, nos termos do artigo 179.º
6 — A anulação administrativa de atos constitutivos tos e interesses legalmente protegidos dos interessados. em lugar ou posto de trabalho a criar no quadro ou mapa
de pessoal da entidade onde exercerá funções. Artigo 177.º
sem culpa a existência da invalidade e tenham auferido, Artigo 171.º
Ato exequendo e decisão de proceder à execução
tirado partido ou feito uso da posição de vantagem em Efeitos Artigo 173.º
que o ato os colocava, no direito de serem indemnizados 1 — Os órgãos da Administração Pública não podem
Alteração e substituição dos atos administrativos
1 — Por regra, a revogação apenas produz efeitos para
anulação. o futuro, mas o autor da revogação pode, no próprio ato,
atribuir-lhe eficácia retroativa quando esta seja favorável nistrativo exequendo.
o dever de anular o ato administrativo que tenha sido jul- reguladoras da revogação.
gado válido por sentença transitada em julgado, proferida 2 — A substituição de um ato administrativo anulável, de execução têm sempre início com a emissão de uma de-
por um tribunal administrativo com base na interpretação ou interesses indisponíveis. ainda que na pendência de processo jurisdicional, por um
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ciosos de impugnação ou condenação à prática de ato


determina o conteúdo e os termos da execução. dos respetivos efeitos. devido. interessados a qualquer momento, devendo a decisão ser
3 — A decisão de proceder à execução é notificada ao 2 — As reclamações e os recursos têm caráter faculta- tomada no prazo de cinco dias.
destinatário, com a cominação de um prazo razoável para previstas na lei processual tributária, durante a trami- tivo, salvo se a lei os denominar como necessários. 4 — Na apreciação do pedido, deve verificar-se se as
o cumprimento da obrigação exequenda.
4 — A notificação da decisão de proceder à execução clamações e os recursos de atos administrativos podem ter
tivos ou judiciais, em relação à execução coerciva de por fundamento a ilegalidade ou inconveniência do ato pra- em caso afirmativo, a suspensão da execução.
administrativo exequendo. atos administrativos. ticado. 5 — O disposto nos n.os 2 a 4 não prejudica o pedido de
Artigo 178.º comuns e requerer providências cautelares para prevenir Artigo 186.º nos termos da legislação aplicável.
a adoção de operações materiais de execução ou promo-
Princípios aplicáveis
ver a remoção das respetivas consequências, quando tais Legitimidade
Artigo 190.º
operações sejam ilegais, por serem adotadas:
1 — Têm legitimidade para reclamar ou recorrer: Efeitos sobre prazos
a) Em cumprimento de decisão nula de proceder à exe-
cução, por violação do disposto no n.º 1 do artigo 177.º;
b) Sem que tenha sido emitida e ou notificada ao exe- mente protegidos que se considerem lesados pela prática administrativo necessário suspende o prazo da respetiva
os direitos e interesses dos particulares. cutado a decisão de proceder à execução; ou omissão do ato administrativo; interposição.
c) Em desconformidade com o conteúdo e termos de- 2 — Nos demais casos, a reclamação não suspende o
por lei, só pode ser exercida com observância dos direi- terminados na decisão de proceder à execução ou com os do artigo 68.º
tos fundamentais e no respeito pela dignidade da pessoa princípios consagrados no artigo 178.º
humana. caso couberem.
3 — A utilização de meios de impugnação administra-
Artigo 183.º
Artigo 179.º administrativo depois de praticado.
Execução pela via jurisdicional
Execução de obrigações pecuniárias que só retoma o seu curso com a notificação da decisão
Sempre que, nos termos do presente Código e demais Artigo 187.º
legislação aplicável, a satisfação de obrigações ou o res- decurso do respetivo prazo legal.
Prazo em caso de omissão
peito por limitações decorrentes de atos administrativos 4 — A suspensão do prazo prevista no número anterior
As reclamações e recursos contra a omissão ilegal de não impede o interessado de propor ações nos tribunais
ção, esta pode solicitar a respetiva execução ao tribunal atos administrativos podem ser apresentados no prazo de
tal como regulado na legislação do processo tributário. administrativo competente, nos termos do disposto na lei um ano. trativa, bem como de requerer a adoção de providências
processual administrativa.
órgão competente emite, nos termos legais, uma certidão cautelares.
com valor de título executivo, que remete ao competente Artigo 188.º
SECÇÃO VI
Início dos prazos de impugnação
processo administrativo. SUBSECÇÃO II
Da reclamação e dos recursos administrativos 1 — O prazo da reclamação e dos recursos pelos inte-
3 — Nos casos em que, nos termos da lei, a Adminis- Da reclamação
SUBSECÇÃO I
ressados a quem o ato administrativo deva ser notificado
só corre a partir da data da notificação, ainda que o ato
Regime geral Artigo 191.º
tenha sido objeto de publicação obrigatória.
2 — O prazo da reclamação e dos recursos por quais- Regime geral
Artigo 184.º quer outros interessados dos atos que não tenham de ser
Artigo 180.º Princípio geral obrigatoriamente publicados começa a correr do seguinte
-se, para o autor, da prática ou omissão de qualquer ato
facto que primeiro se verifique:
Execução para entrega de coisa certa 1 — Os interessados têm o direito de: administrativo.
a) Notificação; 2 — Não é possível reclamar-se de ato que decida an-
a) Impugnar os atos administrativos perante a Admi- b) Publicação;
nistração Pública, solicitando a sua revogação, anulação, c) Conhecimento do ato ou da sua execução. fundamento em omissão de pronúncia.
sárias para tomar posse administrativa da mesma. modificação ou substituição;
b) Reagir contra a omissão ilegal de atos administrati-
Artigo 181.º reclamação deve ser apresentada no prazo de 15 dias.
vos, em incumprimento do dever de decisão solicitando a omissão ilegal de ato administrativo conta-se da data do
Execução para prestação de facto
emissão do ato pretendido.
incumprimento do dever de decisão. Artigo 192.º
Se o obrigado não cumprir prestação de facto fungível Notificação dos contrainteressados e prazo para a decisão
dentro do prazo fixado, o órgão competente pode deter- ser exercidos, consoante os casos, mediante reclamação Artigo 189.º
minar que a execução seja realizada diretamente ou por ou recurso, nos termos da presente secção. Efeitos das impugnações de atos administrativos
intermédio de terceiro, ficando, neste caso, todas as des- 3 — As reclamações e os recursos são deduzidos por para a decisão deve notificar aqueles que possam ser pre-
judicados pela sua procedência para alegarem, no prazo
conta do obrigado. os fundamentos que invoca, podendo juntar os elementos atos administrativos suspendem os respetivos efeitos. de 15 dias, o que tiverem por conveniente sobre o pedido
probatórios que considere convenientes. e os seus fundamentos.
Artigo 182.º sivo, salvo nos casos em que a lei disponha o contrário ou
Artigo 185.º a reclamação é de 30 dias, podendo confirmar, revogar,
Garantias dos executados
cer do recurso, oficiosamente ou a pedido do interessado,
Natureza e fundamentos
1 — Os executados podem impugnar administrativa e o ato ilegalmente omitido.
contenciosamente o ato exequendo e, por vícios próprios,
facultativos, conforme dependa, ou não, da sua prévia suspensão não cause prejuízo de maior gravidade para o do prazo referido no número anterior, sem que haja sido
utilização a possibilidade de acesso aos meios conten- interesse público.
86 87

citadas pelo recorrente, excetuadas aquelas cuja decisão Artigo 201.º


adequado para satisfação da sua pretensão. deduzido oposição. esteja prejudicada pela solução dada a outras.
4 — O indeferimento do recurso hierárquico neces- Procedimentos pré-contratuais
SUBSECÇÃO III corrente ou os contrainteressados podem requerer que o sário ou o decurso dos prazos referidos nos n.os 1 e 2,
Do recurso hierárquico tações que estejam, ou sejam suscetíveis de estar, subme-

Artigo 193.º probatórios que considerem pertinentes. mente o ato do órgão subalterno ou de fazer valer o seu
7 — O requerimento a que se refere o número anterior direito ao cumprimento, por aquele órgão, do dever de
Regime geral decisão. em lei especial.
1 — Sempre que a lei não exclua tal possibilidade, o posição de recurso hierárquico contra o ato praticado.
recurso hierárquico pode ser utilizado para: SUBSECÇÃO IV mero anterior são especialmente aplicáveis os princípios
Artigo 196.º da transparência, da igualdade e da concorrência.
Dos recursos administrativos especiais
sujeitos aos poderes hierárquicos de outros órgãos; Rejeição do recurso
b) Reagir contra a omissão ilegal de atos administrati- Artigo 199.º
1 — O recurso deve ser rejeitado nos casos seguintes:
vos, por parte de órgãos sujeitos aos poderes hierárquicos Regime necessárias adaptações.
de outros órgãos. a) Quando o ato impugnado não seja suscetível de re-
curso;
b) Quando o recorrente careça de legitimidade; a recursos administrativos: Artigo 202.º
recurso hierárquico necessário dos atos administrativos Regime substantivo
deve ser interposto no prazo de 30 dias e o recurso hie- prazo; poderes de supervisão;
do ato em causa. conhecimento do recurso. pelo Código dos Contratos Públicos ou por lei especial,
dos seus membros, comissões ou secções; sem prejuízo da aplicação subsidiária daquele quando os
c) Para órgão de outra pessoa coletiva que exerça po- tipos dos contratos não afastem as razões justificativas da
Artigo 194.º 2 — Quando o recurso haja sido interposto para órgão deres de tutela ou superintendência.
incompetente, é aplicável o disposto no artigo 41.º disciplina em causa.
Interposição 2 — No âmbito dos contratos sujeitos a um regime de
Artigo 197.º anterior, pode ainda haver lugar, por expressa disposição
Decisão legal, a recurso para o delegante ou subdelegante dos atos
competência para a decisão se encontrar delegada ou sub- praticados pelo delegado ou subdelegado.
delegada. 3 — O recurso tutelar previsto na alínea c) do n.º 1 só administrativa.
salvas as exceções previstas na lei, confirmar ou anular o pode ter por fundamento a inconveniência ou inoportuni-
sentado ao autor do ato ou da omissão ou à autoridade a
quem seja dirigido, que, neste caso, o remete ao primeiro, uma tutela de mérito.
no prazo de três dias. ou substituí-lo, ainda que em sentido desfavorável ao re-
corrente. do ato recorrido ou omitido só é possível se a lei conferir
Artigo 195.º poderes de tutela substitutiva e no âmbito destes.
fica obrigado à proposta de pronúncia do autor do ato ou
Tramitação
cáveis as disposições reguladoras do recurso hierárquico,
que venha a tomar, quando não opte por aquela proposta,
os requisitos previstos no artigo 153.º ORÇAMENTO DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
contrariem a natureza própria deste e o respeito devido à PARA O ANO 2015
autonomia da entidade tutelada.
15 dias, o que tiverem por conveniente sobre o pedido e
os seus fundamentos.
2 — No mesmo prazo referido no número anterior, ou ou de diligências complementares. CAPÍTULO III
4 — No caso de ter havido incumprimento do dever de
decisão, o órgão competente para decidir o recurso pode Dos contratos da Administração Pública
o recurso e remetê-lo ao órgão competente para dele co- da Região Autónoma dos Açores, o seguinte:
nhecer, notificando o recorrente da remessa do processo competência não for exclusiva deste, ou ordenar a prática Artigo 200.º
administrativo. do ato ilegalmente omitido. Espécies de contratos
CAPÍTULO I
oposição e os elementos constantes do processo demons- Artigo 198.º 1 — Os órgãos da Administração Pública podem cele-
Aprovação do orçamento
Prazo para a decisão
autor do ato recorrido revogar, anular, modificar ou subs-
1 — Quando a lei não fixe prazo diferente, o recurso a um regime de direito privado. Artigo 1.º
para conhecer do recurso. 2 — São contratos administrativos os que como tal são Aprovação
da data da remessa do processo ao órgão competente para
dele conhecer. legislação especial.
recorrido em sentido menos favorável ao recorrente. 2 — O prazo referido no número anterior é elevado até
seus fins, os órgãos da Administração Pública podem mapas seguintes:
5 — O órgão responsável pelo incumprimento do de- ao máximo de 90 dias, quando haja lugar à realização de
ver de decisão pode praticar o ato ilegalmente omitido na nova instrução ou de diligências complementares. celebrar quaisquer contratos administrativos, salvo se
pendência do recurso hierárquico, disso dando conheci- outra coisa resultar da lei ou da natureza das relações regional, incluindo os orçamentos dos fundos e serviços
superior hierárquico deve apreciar todas as questões sus- a estabelecer. autónomos;
5868 5869

x) Regular as situações em que um membro da Ordem


anterior, são aprovados, mantidos ou alterados:
parecer quanto à verificação, no relatório de actividades, de 25 de Outubro, na parte referente à racionalização de
procedimentos aplicáveis nesse caso; a) Nos municípios, pela assembleia municipal;
do cumprimento da estratégia inicialmente definida; efectivos.
b) Nas freguesias, pela assembleia de freguesia.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re-
bastonário; cálculo e forma de cobrança de honorários devidos pela giões Autónomas, a Associação Nacional de Municípios
v) Criar e definir as atribuições e competências do con- prestação de serviços por membros da Ordem, prevendo, Portugueses e a Associação Nacional de Freguesias. Artigo 4.º
selho directivo; nesse âmbito, que, no exercício de serviços previamente Gestão dos recursos humanos em função dos mapas de pessoal
vi) Adaptar, face à redefinição da estrutura orgânica, as contratados, os técnicos oficiais de contas ficam dispen- n.º 23/98, de 26 de Maio.
actuais atribuições e competências dos restantes órgãos; sados do cumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 10.º Assim:
vii) Adaptar, face à redefinição da estrutura orgânica,
dada pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 162/99, de 13 de condições aí previstas é precedido de aprovação do órgão
as regras de eleição para os órgãos da Ordem; tituição, o Governo decreta o seguinte:
Maio; executivo.
aa) Em sede de procedimento disciplinar, aperfeiçoar 2 — O sentido e a data da deliberação referida no nú-
j) Estabelecer que a capacidade eleitoral passiva, após
algumas regras, designadamente em matéria de direito de CAPÍTULO I mero anterior são expressamente mencionados no proce-
a aplicação de sanção superior à advertência, se readquire
participação, de apresentação de diligências de prova e de dimento do recrutamento.
automaticamente, passados cinco anos da sua aplicação; Disposições gerais
l) Tipificar como infracção passível de pena de suspen-
Artigo 5.º
certa e não pode exceder o quantitativo correspondente a Artigo 1.º
estabelecido no Código Deontológico, da documentação Orçamentação e gestão das despesas com pessoal
10 vezes o salário mínimo nacional mais elevado em vi- Objecto
utilização para fins diferentes dos legais e regulamenta- gor à data da prática da infracção e que, cumulativamente
com qualquer das penas, pode ser imposta a restituição de 1 — O presente decreto-lei procede à adaptação à ad-
res das importâncias que lhes sejam entregues pelos seus ministração autárquica do disposto na Lei n.º 12-A/2008,
quantias, documentos e ou honorários. portar os encargos previstos no n.º 1 do artigo 7.º da Lei
clientes ou entidades patronais e o não cumprimento das n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro.
Artigo 3.º 31 de Dezembro. 2 — Compete ao órgão executivo decidir sobre o mon-
à execução das contabilidades;
tante máximo de cada um dos seguintes encargos:
Duração à administração autárquica do Decreto-Lei n.º 200/2006,
de 25 de Outubro, na parte referente à racionalização de a) Com o recrutamento de trabalhadores necessários à
que tenham induzido em erro a deliberação que teve por efectivos.
base a sua inscrição na Ordem, bem como a condenação 180 dias. nos mapas de pessoal aprovados e, ou;
Aprovada em 23 de Julho de 2009.
doloso relativo a matérias de índole profissional dos téc- tências, às áreas metropolitanas e comunidades intermu- categoria dos trabalhadores que se mantenham em exer-
nicos oficiais de contas; nicipais. cício de funções;
Gama.
Promulgada em 31 de Agosto de 2009. trabalhadores do órgão ou serviço.
pelos técnicos oficiais de contas; CAPÍTULO II
Publique-se. 3 — O trabalho prestado em categorias específicas na
Gestão de recursos humanos, vinculação e carreiras
titular de qualquer órgão da instituição por mais de dois O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
mandatos consecutivos; gatório ou complementar, e nos feriados, não é abrangido
Referendada em 31 de Agosto de 2009. Artigo 2.º
pelo limite remuneratório fixado no n.º 2 do artigo 161.º
Aplicação
contabilidade de qualquer entidade bem como, até 30 de de Sousa. aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro.
Setembro de cada ano, a relação de cada uma dessas enti-
excepção das normas respeitantes ao regime jurídico da
dades com o volume de negócios do membro em causa;

no exercício da sua profissão, gozam de atendimento pre- locais.


ferencial em todos os serviços das Direcções-Gerais dos Artigo 6.º
da relação jurídica de emprego público ao abrigo da qual Contratos de prestação de serviços
o Consumo;
exercem as respectivas funções.
A celebração de contratos de avença e tarefa com pes-

e das sociedades de contabilidade; A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que regula os


s) Permitir a criação de secções regionais por delibera- de deliberação favorável do órgão executivo.
do presente decreto-lei:
ção do conselho directivo, às quais incumbem as funções
definidas no regulamento a elaborar para o efeito; tarmente, o regime jurídico aplicável a cada modalidade Artigo 7.º
pal; Alteração do posicionamento remuneratório: opção gestionária
prevê, no n.º 2 do respectivo artigo 3.º, a sua aplicação, b) Nas freguesias, à junta de freguesia;
mentos;
designadamente no que respeita às competências em ma- selho de administração.
téria administrativa dos respectivos órgãos. do n.º 2 do artigo 5.º, o órgão executivo delibera sobre os
Assim, o presente decreto-lei vem proceder à adapta- Artigo 3.º encargos a suportar decorrentes de alterações do posicio-
cepção, organização e criação, para os seus membros, de namento remuneratório na categoria dos trabalhadores do
Mapas de pessoal
sistemas de formação obrigatória; órgão ou serviço.
v) Permitir à Ordem o direito a adoptar e usar símbolo, 1 — Os municípios e as freguesias dispõem de mapas
desempenho das funções públicas em contexto municipal de pessoal aprovados, mantidos ou alterados, nos termos
pelo conselho directivo; e de freguesia. da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. o montante máximo, com as desagregações necessárias,
5870 5871

dos encargos que o órgão se propõe suportar, bem como Artigo 9.º
Procedimento concursal
tes, é dispensado o acordo do trabalhador para efeitos de ser assegurados para a prossecução e o exercício das atri-

ter lugar. 1 — Deliberado pelo órgão executivo respectivo, nos de objectivos, em conformidade com as disponibilidades
termos do n.º 2 do artigo 6.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 autárquica. orçamentais existentes;
ser desagregado, em função: 3 — Quando a mobilidade interna se opere para categoria b) Lista dos postos de trabalho necessários para asse-
tigo 5.º do presente decreto-lei, promover o recrutamento gurar as actividades e os procedimentos referidos na alí-
de trabalhadores necessários à ocupação de todos ou de xidade funcional inferior ao da carreira em que o trabalhador
alguns postos de trabalho previstos, e não ocupados, nos se encontra integrado, ou ao da categoria de que é titular, o
de determinada categoria devam cumprir ou executar; acordo do trabalhador nunca pode ser dispensado. e geográfica, quando necessárias, com a respectiva fun-
b) Da área de formação académica ou profissional dos 4 — Quando a mobilidade interna se opere para órgão damentação e em conformidade com as disponibilidades
trabalhadores integrados em determinada carreira ou titu- do Diário da República. orçamentais existentes;
lares de determinada categoria, quando tal área de forma-
ção tenha sido utilizada na caracterização dos postos de anterior observa as injunções decorrentes do disposto no
trabalho contidos nos mapas de pessoal. artigo 6.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, e do na alínea anterior.
artigo 4.º do presente decreto-lei. colocado em situação de mobilidade especial nunca pode
ser dispensado.
apresentados ao órgão deliberativo para aprovação.
em todas as categorias de uma mesma carreira, ou ainda a ocupar e a sua caracterização em função da atribuição, 3 — Quando o número de postos de trabalho seja in-
competência ou actividade a cumprir ou a executar, car- respectivo director do agrupamento de escolas.
minada carreira, ou titulares de determinada categoria. reira, categoria, e, quando imprescindível, área de forma- lugar à colocação de pessoal em situação de mobilidade
5 — A decisão é tornada pública pelo órgão executivo, ção académica ou profissional que lhes correspondam. Artigo 13.º especial ou, nos termos da lei, sendo o caso, à aplicação
4 — Para os efeitos do disposto no número anterior, a Prémios de desempenho
e de publicação no respectivo sítio na Internet. publicitação do procedimento faz referência: de emprego público.

Artigo 8.º a) À área de formação académica quando, nos casos da


alínea c) do n.º 1 do artigo 44.º da Lei n.º 12-A/2008, de do n.º 2 do artigo 5.º, o órgão executivo respectivo fixa, em regime de comissão de serviço, cedência de interesse
Alteração do posicionamento remuneratório: excepção 27 de Fevereiro, exista mais do que uma no mesmo nível público e de mobilidade interna.
habilitacional; 5 — Para efeitos do n.º 3, não se inclui nos efectivos
nho pode ter lugar, com as desagregações necessárias do existentes no serviço:
27 de Fevereiro, o órgão executivo respectivo, ouvido o montante disponível em função de tais universos.
2 — É aplicável à atribuição de prémios de desempe- entidade num dos regimes referidos no número anterior;
petência equiparada, e nos limites fixados pela decisão não dependa exclusivamente, de habilitações literárias. nho, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 b) O pessoal que se encontre em qualquer situação de
a 5 do artigo 7.º
a posição remuneratória imediatamente seguinte àquela Artigo 10.º o respectivo regime.
CAPÍTULO III
Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública Autárquica
Racionalização de efectivos Artigo 17.º
de desempenho, a menção máxima ou a imediatamente Transição para as carreiras gerais
inferior. Artigo 14.º
o presidente da junta de freguesia, nos municípios e nas Âmbito
da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, carecem de ho-
mologação do órgão executivo respectivo, prévia à lista
da Avaliação, ou o órgão com competência equiparada, em que regula o processo de racionalização de efectivos, nominativa referida no artigo 109.º da mesma lei.
pode determinar que a alteração do posicionamento na aplica-se, com as adaptações constantes do presente capí-
Gestão Pública Autárquica (CEAGPA). tulo, aos serviços da administração autárquica. Artigo 18.º
categoria de trabalhador referido no n.º 3 do artigo 47.º 2 — O CEAGPA decorre na Fundação para os Estudos
da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, se opere para e Formação Autárquica (Fundação CEFA) nos termos fi- Conversão das situações de mobilidade
Artigo 15.º
xados na portaria que o regulamenta.
em que se encontra. Processo de racionalização de efectivos encontravam em situação de mobilidade para, ou de, en-
3 — O disposto no número anterior tem como limite a Artigo 11.º tidade excluída do âmbito de aplicação objectivo da Lei
Cedência de interesse público lização de efectivos, bem como a responsabilidade pelo n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, transitaram, por força
decurso do mesmo, competem: do artigo 102.º da mesma lei e sem outras formalidades,
mente. no artigo 58.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, a) À assembleia municipal, no caso dos serviços mu- público.
4 — As alterações do posicionamento remuneratório nicipais;
mara municipal ou da junta de freguesia, nos municípios b) À assembleia de freguesia, no caso dos serviços das
damentadas e tornadas públicas com o teor integral da juntas de freguesia;
c) Ao conselho de administração, no caso dos serviços de mobilidade aplicável antes da conversão.
ordenador da Avaliação, ou do órgão com competência a suspensão do estatuto de origem deste. municipalizados.
Artigo 16.º Artigo 19.º
do Diário da República, por afixação nas instalações da Artigo 12.º
Procedimento em caso de racionalização de efectivos Regulamentação
Mobilidade interna — Acordos
apropriada. 1 — Com a entrada em vigor da deliberação que deter-
mina a racionalização de efectivos, o órgão responsável
n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. balhador. pela gestão do pessoal elabora: decreto-lei aprovados por portaria dos membros do Go-
5872

verno responsáveis pelas áreas das autarquias locais e da


Administração Pública.

Julho de 2009. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sou-


sa — Fernando Teixeira dos Santos — Rui Carlos Perei-
ra — Francisco Carlos da Graça Nunes Correia.
cados. Estes incentivos, a conceder de forma igualitária
Promulgado em 25 de Agosto de 2009.
Publique-se.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. incentivando a sua adesão aos mercados.
Referendado em 26 de Agosto de 2009.
de regulação no âmbito do acompanhamento e controlo,
de Sousa. des gestoras de mercados organizados de resíduos, assim
como da articulação entre as plataformas electrónicas dos
mercados organizados e a plataforma SIRAPA (Sistema

regime geral da gestão de resíduos.


A Directiva n.º 2008/98/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 19 de Novembro, relativa aos resíduos,
estabelece como condição essencial para que um subpro-
duto saia do âmbito da gestão de resíduos a garantia de
escoamento para posterior utilização. O mercado organi-
mover as trocas comerciais de diversos tipos de resíduos,

processos de desclassificação de resíduos.


Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re-
giões Autónomas.
de resíduos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 178/2006, de Foi ouvida a Comissão Nacional de Protecção de Da-
5 de Setembro, a fixar, ainda que muito sumariamente, o dos.
enquadramento e os princípios que devem orientar o mer- Assim:
cado organizado de resíduos, remetendo a sua disciplina
para diploma próprio, nos termos do n.º 2 do artigo 62.º tituição, o Governo decreta o seguinte:
O presente decreto-lei visa precisamente estabelecer o re-

organizado de resíduos, bem como as regras aplicáveis às CAPÍTULO I


transacções nele realizadas e aos respectivos operadores.
O mercado organizado de resíduos surge, assim, como Disposições gerais
um espaço de negociação, tal como indicado pelo n.º 1 do
Artigo 1.º
Objecto

do Ambiente (APA) como reunindo condições de susten- O presente decreto-lei estabelece o regime de consti-
tabilidade e segurança. É a essas plataformas de negocia-
ção que acedem os produtores e operadores de resíduos, de resíduos, nos termos do n.º 2 do artigo 62.º do regime
lançando as suas ordens de compra ou venda de resíduos,

mento: a reintrodução desses bens no circuito produtivo. n.º 173/2008, de 26 de Agosto, e pela Lei n.º 64-A/2008,
de 31 de Dezembro,

Artigo 2.º
Natureza do mercado organizado de resíduos
adequado, se estão instituídos os necessários mecanismos
de segurança da informação e das operações e, ainda, se

fixados nos planos de gestão de resíduos — desta forma

um único mercado organizado de resíduos.


Resta dizer que se a legislação em vigor permite já que simbioses industriais, contribuindo para a modernização
tecnológica dos respectivos produtores.

mente para valorização, resíduos de todas as categorias,


5155 5156

A Convenção foi ratificada a 6 de Dezembro de 1968, ANEXO I


n.º 23/98, de 26 de Maio.
n.º 50, de 28 de Fevereiro de 1969. Assim: Carreira de técnico superior
A Convenção entrou em vigor para a República Portu-
Categoria de técnico superior
Eleição para o conselho pedagógico do Centro
de Estudos Judiciários de 1969. tituição, o Governo decreta o seguinte:
neratórias . . . 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª 9.ª 10.ª 11.ª 12.ª 13.ª 14.ª
Artigo 1.º
do artigo 166.º da Constituição e da alínea i) do n.º 1 do no artigo 3.º da Convenção são a Procuradoria-Geral da
Objecto ratórios da
ções, conforme o aviso publicado no Diário do Governo, tabela única 11 15 19 23 27 31 35 39 42 45 48 51 54 57
o conselho pedagógico do Centro de Estudos Judiciários
a seguinte personalidade: 1.ª série, n.º 78, de 2 de Abril de 1969.
ANEXO II
Jorge Reis Novais.
2008. — O Director, Luís Serradas Tavares.
Aprovada em 18 de Julho de 2008. Carreira de assistente técnico
de assistente técnico e de assistente operacional.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama. Categoria de coordenador técnico
Artigo 2.º
Níveis remuneratórios das categorias das carreiras gerais Posições remuneratórias . . . . . . . . . . . . . 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . 14 17 20 22
Os níveis remuneratórios correspondentes às posições
Eleição para o Conselho Superior dos Tribunais
Categoria de assistente técnico
Administrativos e Fiscais superior, de assistente técnico e de assistente operacional
A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que define e constam dos anexos I, II e III ao presente decreto regula- Posições remuneratórias . . . . 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª 9.ª
do artigo 166.º da Constituição e da alínea b) do n.º 1 do regula os regimes de vinculação, de carreiras e de remu- mentar, do qual fazem parte integrante.
única . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 7 8 9 10 11 12 13 14
Artigo 3.º
Fiscais os seguintes membros: Posições remuneratórias complementares ANEXO III
Efectivos: a primeira uma carreira unicategorial e as demais pluri-
categoriais. 1 — Nas categorias das carreiras de assistente técnico
Carreira de assistente operacional
Alfredo José de Sousa. e de assistente operacional são criadas as posições remu-
Mário António de Sousa Aroso de Almeida. tigo 69.º, que, por decreto regulamentar, se identifiquem neratórias complementares a que correspondem os níveis Categoria de encarregado geral operacional
Bernardo Mascarenhas Almeida Azevedo. os níveis remuneratórios correspondentes às posições re-
Catarina Teresa Rola Sarmento e Castro. muneratórias das categorias. regulamentar, do qual faz parte integrante. Posições remuneratórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.ª 2.ª
Ora, o objecto do presente decreto regulamentar é dar
Suplentes: Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 12 14
gerais respeita. ridas no número anterior são consideradas para efeitos de
Eduardo Jorge Glória Quinta Nova. Categoria de encarregado operacional
Carlos Manuel de Andrade Miranda. de 27 de Fevereiro.
Maria Teresa Filipe de Moraes Sarmento. 3 — Todos os trabalhadores que constem da lista no- Posições remuneratórias . . . . . . . . 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
respectivas categorias, em estreita conformidade com os
Carlos Alberto Fernandes Pinto. princípios e regras estabelecidos na Lei n.º 12-A/2008, de
27 de Fevereiro. de 27 de Fevereiro, podem vir a ser posicionados, veri- única . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 9 10 11 12
Aprovada em 18 de Julho de 2008.
ficados os requisitos legais, nas posições remuneratórias Categoria de assistente operacional
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
complementares.
posições remuneratórias complementares para os actuais Artigo 4.º Posições remuneratórias . . . . . . . . 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª
trabalhadores.
Entrada em vigor
única . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 2 3 4 5 6 7 8

regime geral comuns à administração central, regional e de início de vigência do regime do contrato de trabalho ANEXO IV
em funções públicas, aprovado nos termos do artigo 87.º
Por ordem superior se torna público que, por notifica- da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. Posições remuneratórias complementares
de emprego público constituída por tempo indeterminado
ção de 17 de Outubro de 2006, o Ministério dos Negócios até à data da entrada em vigor do presente decreto regu-
Estrangeiros do Reino dos Países Baixos comunicou ter lamentar poderão mudar para as posições remuneratórias Carreira de assistente técnico
o Governo de São Cristóvão e Neves, a 8 de Setembro de constantes do anexo IV, desde que verificados os requisi-
2006, designado a sua autoridade competente nos termos tos legais. Refira-se, aliás, que a solução concretamente Sousa — Fernando Teixeira dos Santos. Categoria de coordenador técnico
do artigo 6.º da Convenção Relativa à Supressão da Exi- adoptada permite mesmo que aqueles que já atingiram ou Promulgado em 14 de Julho de 2008. Posições remuneratórias complementares . . . . . . . . . . 5.ª 6.ª
adoptada na Haia em 5 de Outubro de 1961. Publique-se. Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 23 24
Patrice Nisbett, conselheiro jurídico, sucedeu a Theo- evolução remuneratória.
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re- O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Categoria de assistente técnico
para emitir as apostilas para a ilha de Neves. Referendado em 15 de Julho de 2008.
Portugueses. Posições remuneratórias complementares . . . . 10.ª 11.ª 12.ª
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . 15 16 17
do Governo, 1.ª série, n.º 148, de 24 de Junho de 1968. Freguesias. de Sousa.
5157

Carreira de assistente operacional definitivamente com os critérios casuísticos que vinham


sendo utilizados para a criação destes novos tribunais de
Categoria de encarregado geral operacional

Posições remuneratórias complementares . . . . . . . . . . 3.ª 4.ª procura potencial seja transformada em procura efectiva.
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 15 16
e materiais, proceder à instalação do Julgado de Paz do
Categoria de encarregado operacional Agrupamento dos Concelhos de Palmela e Setúbal.
Assim:
Posições remuneratórias complementares . . . . . . . . . . 6.ª 7.ª Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, ao abrigo
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . . . . . . . . . 13 14 do disposto no n.º 3 do artigo 3.º da Lei n.º 78/2001, de
13 de Julho, e no artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 22/2008,
Categoria de assistente operacional de 1 de Fevereiro, o seguinte:
Posições remuneratórias complementares . . . 9.ª 10.ª 11.ª 12.ª Artigo 1.º
Níveis remuneratórios da tabela única . . . . . 9 10 11 12
celhos de Palmela e Setúbal, que entra em funcionamento
no dia 1 de Agosto de 2008.

Artigo 2.º

à presente portaria.

Artigo 3.º
à criação de mais quatro novos julgados de paz, concre-
sua publicação.
dos Tribunais II (PADT II), aprovado pela Resolução do
Pelo Ministro da Justiça, João Tiago Valente Almeida
Conselho de Ministros n.º 172/2007, de 6 de Novembro.
Os julgados de paz são tribunais de proximidade que
Julho de 2008.
com a vida dos cidadãos, de forma mais simples, rápida
ANEXO
e próxima, mas com todas as garantias da decisão de um

matéria de arrendamento, condomínio, pequenas dívidas REGULAMENTO INTERNO DO JULGADO DE PAZ


e demarcação de prédios. DO AGRUPAMENTO
DOS CONCELHOS DE PALMELA E SETÚBAL

Artigo 1.º
Circunscrição territorial e sede
gios — a mediação —, ou submissão ao julgamento pelo

na ambicionada mudança do sistema de administração da de Palmela e Setúbal fica situado no concelho de Setúbal,
na Rua do Alferes Pinto Vidigal, 10-A, 1.º
ao mesmo tempo que contribuem para o descongestiona- 2 — O local onde o Julgado de Paz do Agrupamento
mento dos tribunais judiciais. dos Concelhos de Palmela e Setúbal fica situado, nos ter-
mos do n.º 1, pode ser alterado por protocolo celebrado
entre o Gabinete de Resolução Alternativa de Litígios e
os respectivos municípios.
ros quatro julgados de paz, que estes tribunais têm visto o

tendo sido atingido, durante o ano de 2007, o número de


15 000 processos entrados. Constata-se igualmente que o Artigo 2.º
tempo médio de resolução dos conflitos se tem mantido Funcionamento

1 — O horário de funcionamento do Julgado de Paz do


tra a boa capacidade de resposta dos julgados de paz. Agrupamento dos Concelhos de Palmela e Setúbal é das

de julgados de paz se realiza hoje no quadro da execução e 30 minutos, de segunda-feira a sexta-feira.


do Plano de Desenvolvimento da Rede dos Julgados de 2 — O horário de atendimento do Julgado de Paz do

da decisão política de criação de novos julgados de paz, das 9 horas e 15 minutos às 12 horas e 30 minutos e das
definindo prioridades e áreas territoriais de abrangência
sexta-feira.
3220 3221

Artigo 3.º 2 — No prazo de 10 dias, a contar da data de início de Artigo 9.º


Contagem dos prazos Aplicação no tempo
Os prazos previstos na LTFP contam-se nos termos do início de funções. 1 — Ficam sujeitos ao regime previsto na LTFP apro-
Código do Procedimento Administrativo. vada pela presente lei os vínculos de emprego público e
O Presidente da República decreta, nos termos do ar- Artigo 4.º pensão suspende o respetivo pagamento. constituídos ou celebrados antes da sua entrada em vigor,
tigo 135.º, alínea a) da Constituição, o seguinte: 4 — O disposto no presente artigo não é aplicável aos salvo quanto a condições de validade e a efeitos de factos
É nomeado, sob proposta do Governo, o ministro ple- Publicação
reformados por invalidez ou por incapacidade para o tra- ou situações totalmente anteriores àquele momento.
balho cuja pensão total seja inferior a uma vez e meia o
por extrato: valor do indexante dos apoios sociais (IAS).
República de Fiji.
Assinado em 3 de junho de 2014.
finitivas de órgão ou serviço ou de categoria; 3 — Independentemente do prazo de vigência do ins-
Publique-se.
b) Os contratos por tempo indeterminado, bem como
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. os atos que determinam, relativamente aos trabalhadores até ao dia 20 de cada mês, os montantes abonados nesse podem proceder à revisão parcial deste instrumento para
contratados, mudanças definitivas de órgão ou serviço ou mês por beneficiário.
Referendado em 12 de junho de 2014.
de categoria; a entrada em vigor da presente lei.
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. — O Mi- c) As comissões de serviço; previsto no número anterior constitui o dirigente máximo 4 — Os acordos coletivos de trabalho em vigor podem
d) Os atos de cessação das modalidades de vínculo de da entidade pública pessoal e solidariamente responsável, ser denunciados no prazo de um ano, a contar da entrada
Parente Chancerelle de Machete. emprego público referidas nas alíneas anteriores. em vigor da presente lei.
das importâncias que esta venha a abonar indevidamente
em consequência daquela omissão. Artigo 10.º
7 — O regime fixado no presente artigo tem natureza
Âmbito de aplicação subjetivo dos acordos
ou contratado. imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas, coletivos de trabalho
O Presidente da República decreta, nos termos do ar- Artigo 5.º gerais ou especiais, em contrário.
tigo 135.º, alínea a) da Constituição, o seguinte:
Outras formas de publicitação Artigo 7.º
É nomeado, sob proposta do Governo, o ministro ple-
nipotenciário de 1.ª classe Luís Manuel Barreira de Sousa 1 — São afixados no órgão ou serviço e inseridos em Duração dos contratos a termo certo para a execução
como Embaixador de Portugal não residente na Malásia. página eletrónica, por extrato: de projetos de investigação e desenvolvimento
à data da entrada em vigor da presente lei.
Assinado em 3 de junho de 2014.
b) Os contratos a termo resolutivo e as respetivas re- ser exercidos no prazo de 60 dias, a contar da entrada em
Publique-se.
novações; vigor da presente lei.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. c) Os contratos de prestação de serviço e as respetivas termo estipulado deve corresponder à duração previsível
renovações; dos projetos, não podendo exceder seis anos.
Referendado em 12 de junho de 2014. d) As cessações das modalidades de vínculo referidas revogada pela presente lei.
O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. — O Mi- nas alíneas anteriores.
ao inicialmente contratado, desde que a duração máxima Artigo 11.º
Parente Chancerelle de Machete. do contrato, incluindo a renovação, não exceda seis anos.
Novo regime disciplinar
3 — Os contratos de duração superior a três anos estão
1 — O regime disciplinar previsto na LTFP é imedia-
veis pelas áreas das finanças e da Administração Pública
e da tutela: instaurados e às penas em curso de execução na data da

ríodo inicialmente contratado seja superior a três anos; ou concreto, mais favorável ao trabalhador e melhor garanta
dispensabilidade. a sua audiência e defesa.
Artigo 6.º duração do mesmo, incluindo a renovação, seja superior
Exercício de funções públicas por beneficiários de pensões a três anos. previsto no artigo 178.º na LTFP aplica-se o disposto no
Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas de reforma pagas pela segurança
social ou por outras entidades gestoras de fundos n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, na redação atual.
alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
visto nos artigos 78.º e 79.º do Estatuto da Aposentação, Artigo 12.º
Artigo 1.º aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezembro, nológico integradas no Sistema Científico e Tecnológico Compensação em caso de cessação de contrato
na redação atual, é aplicável aos beneficiários de pensões de trabalho em funções públicas
Objeto
de reforma da segurança social e de pensões, de base ou âmbito da revisão da carreira de investigação científica. 1 — Em caso de extinção do vínculo de emprego pú-
A presente lei aprova a Lei Geral do Trabalho em Fun- complementares, pagas por quaisquer entidades públicas, blico, na modalidade de contrato de trabalho em funções
ções Públicas. Artigo 8.º públicas por tempo indeterminado celebrado antes da en-
Artigo 2.º Contratos a termo trada em vigor da presente lei, a compensação é calculada
do seguinte modo:
Aprovação
ou controlo, diretamente ou por intermédio de terceiros, a) Em relação ao período de duração do contrato até à
nomeadamente seguradoras e entidades gestoras de fun- data da entrada em vigor da presente lei, o montante da
integrante, a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, dos de pensões ou planos de pensões, a quem venha a ser
abreviadamente designada por LTFP. autorizada a situação de cumulação. àquele momento. por cada ano completo de antiguidade;
3222 3223

Artigo 15.º Artigo 17.º


Faltas por doença Justificação da doença
sação é o previsto na LTFP. doente, quando for o caso.
1 — A falta por motivo de doença devidamente com-
provada não afeta qualquer direito do trabalhador, salvo por motivo de doença deve indicar o local onde se encon- 2 — Quando tiver havido internamento e este cessar, o
termo a compensação é calculada do seguinte modo: o disposto nos números seguintes. tra e apresentar o documento comprovativo previsto nos
2 — Sem prejuízo de outras disposições legais, a falta números seguintes, no prazo de cinco dias úteis. documento de alta ou, no caso de ainda não estar apto a
a) Em relação ao período de duração do contrato até à
data da entrada em vigor da presente lei, o montante da passada por estabelecimento hospitalar, centro de saúde,
compensação é o previsto no Regime do Contrato de Tra- comprovativo da doença nos termos do disposto no artigo
a) A perda da totalidade da remuneração diária nos pri- incluindo as modalidades de atendimento complementar anterior, contando-se os prazos nele previstos a partir do
e permanente, ou instituições destinadas à prevenção ou dia em que teve alta.
de 11 de setembro, na redação atual; nas situações de faltas seguidas ou interpoladas;
3 — Cada declaração de doença é válida pelo período
b) A perda de 10 % da remuneração diária, a partir do dos no Serviço Nacional de Saúde, de modelo aprovado que o médico indicar como duração previsível da doença,
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas o qual não pode exceder 30 dias.
sação é o previsto na LTFP. áreas da saúde e da Administração Pública.
3 — A contagem dos períodos de três e 27 dias a que 3 — A doença pode, ainda, ser comprovada, através de do período previsto pelo médico, deve ser entregue nova
Artigo 13.º se referem, respetivamente, as alíneas a) e b) do número
Situações vigentes de licença extraordinária anterior é interrompida sempre que se verifique a retoma médico privativo dos serviços, por médico de outros esta- artigo anterior.
da prestação de trabalho. belecimentos públicos de saúde, bem como por médicos
Artigo 19.º
ocorrência de três dias sucessivos e não interpolados de Doença ocorrida no estrangeiro
médica objeto do respetivo acordo.
n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, 64-A/2008, de 31 de de- do mesmo número.
5 — A falta por motivo de doença nas situações a que pode, igualmente, ser efetuada por estabelecimento parti- si ou por interposta pessoa, comunicar o facto ao serviço
Lei n.º 80/2013, de 28 de novembro, mantêm-se nessa si- se refere a alínea a) do n.º 2 não implica a perda da remu- cular com autorização legal de funcionamento, concedida no prazo de sete dias úteis.
neração base diária nos casos de internamento hospitalar, pelo Ministério da Saúde.
2 — Aos trabalhadores que ainda se encontrem em li- faltas por motivo de cirurgia ambulatória, doença por tu- ou dificultem em termos que afastem a sua exigibilidade,
cença extraordinária são reduzidas em 50 % as percenta- berculose e doença com início no decurso do período de da doença nos termos do n.º 1 implica, se não for devida- os documentos comprovativos de doença ocorrida no es-
gens da remuneração ilíquida a considerar para efeitos de
deste período.
6 — Os documentos comprovativos da doença podem se encontra doente e entregues ou enviados ao respetivo
anterior. efeitos de carreira quando ultrapassem 30 dias seguidos serviço no prazo de 20 dias úteis, a contar nos termos do
3 — O valor da subvenção mensal, calculado nos ter- ou interpolados em cada ano civil.
mos do número anterior, não pode, em qualquer caso, ser levando, neste último caso, a data da respetiva expedição
superior a duas vezes o valor do IAS. para efeitos de cumprimento dos prazos de entrega fixa- na redação atual.
4 — Para efeitos de determinação da subvenção a que decorrentes da própria deficiência. dos neste artigo, se a data da sua entrada nos serviços for 3 — Se a comunicação e o documento comprovativo
se referem os números anteriores, considera-se a remune- 8 — As faltas por doença implicam sempre a perda do posterior ao limite dos referidos prazos. de doença foram enviados através do correio, sob registo,
ração que o trabalhador auferia na situação de mobilidade subsídio de refeição. releva a data da respetiva expedição para efeitos do cum-
especial sem o limite a que se refere o n.º 3 do artigo 31.º 9 — O disposto nos números anteriores não prejudica ser remetido por via eletrónica pelas entidades referidas primento dos prazos referidos nos números anteriores, se
da lei referida no n.º 1. nos n.os 2 a 4, no momento da certificação da situação de a data da sua entrada nos serviços for posterior ao limite
o recurso a faltas por conta do período de férias.
5 — O disposto nos n.os 2 e 3 não prejudica a aplicação doença, ao serviço em que o trabalhador exerce funções daqueles prazos.
Artigo 16.º ou a organismo ao qual seja cometida a competência de
Carreira contributiva facultado ao trabalhador cópia do referido documento ou termos dos números anteriores implica, se não for devi-
abrange a proibição de exercer qualquer atividade profis- documento comprovativo desse envio. damente fundamentada, a injustificação das faltas dadas
sional remunerada em órgãos, serviços e organismos das 1 — Durante o período de faltas por motivo de doença
até à data da receção da comunicação ou da entrada dos
administrações públicas, bem como associações públicas Artigo 18.º documentos.
e entidades públicas empresariais, independentemente da
Meios de prova Artigo 20.º
convergente, determinada em função da remuneração re-
Verificação domiciliária da doença
laboral ou de aquisição de serviços. levante para o efeito à data da ocorrência da falta.
2 — O período de faltas por motivo de doença a que 1 — Salvo nos casos de internamento, de atestado mé-
casos em que o trabalhador em situação de licença extra- se refere o artigo anterior é equivalente à entrada de quo-
n.º 2 do artigo anterior e conter: ocorrida no estrangeiro, pode o dirigente competente, se
funções ocorre no âmbito de um contrato celebrado pelo invalidez, velhice e morte. a) A identificação do médico;
serviço ou entidade públicos ali referidos com sociedades 3 — Nas situações a que se refere o número anterior, o b) O número da cédula profissional do médico; doença.
valor a considerar para efeitos de equivalência a entrada 2 — Quando a doença não implicar a permanência no
tenha uma relação. de quotizações é determinado com base na remuneração saúde ao abrigo do qual é comprovada a doença;
de referência. d) O número do bilhete de identidade ou o número do ter referência a esse facto.
Artigo 14.º cartão do cidadão do trabalhador; 3 — Nos casos previstos no número anterior, o traba-
ção, a que se refere a alínea b) do n.º 2 do artigo anterior, e) A identificação do subsistema de saúde e o número
Normas aplicáveis aos trabalhadores integrados de beneficiário do trabalhador;
no regime de proteção social convergente
respeita unicamente à remuneração de referência. efetuada a verificação domiciliária, num mínimo de três
O disposto nos artigos 15.º a 41.º é aplicável aos tra- serviço; dias por semana e de dois períodos de verificação diária,
balhadores integrados no regime de proteção social con- g) A duração previsível da doença; de duas horas e meia cada um, compreendidos entre as 9
vergente. anterior, nos termos a definir pela CGA, I.P. h) Indicação de ter havido ou não internamento; e as 19 horas.
3224 3225

4 — Se o interessado não for encontrado no seu domi- nos cinco dias imediatamente anteriores à data em que se 4 — Sempre que seja necessário, a junta médica pode
cílio ou no local onde tiver indicado estar doente, todas as requerer a colaboração de médicos especialistas e de ou-
faltas dadas são injustificadas, por despacho do dirigente notificá-lo para se apresentar à junta médica, indicando o secutivos de faltas por doença e o parecer da junta médica
máximo do serviço, se o trabalhador não justificar a sua dia, hora e local onde a mesma se realiza. estabelecimentos oficiais, sendo os encargos suportados que considere o trabalhador apto para o serviço.
ausência, mediante apresentação de meios de prova ade- nos termos previstos na alínea a) do n.º 2.
quados, no prazo de dois dias úteis, a contar do conheci- Artigo 32.º
mento do facto, que lhe é transmitido por carta registada, tempo que mediar entre o termo do período de 60 dias e Artigo 28.º Fim do prazo de faltas por doença do pessoal
com aviso de receção. o parecer da junta médica, são consideradas justificadas contratado a termo resolutivo
Obrigatoriedade de submissão à junta médica
por doença.
domiciliária for negativo são consideradas injustificadas 3 — Para efeitos do disposto no artigo anterior, o pe- 1 — Findo o prazo de 18 meses de faltas por doença, e
ríodo de 60 dias consecutivos de faltas conta-se seguida-
tado a termo resolutivo que não se encontre em condições
registada com aviso de receção, e considerada a dilação de regressar ao serviço é aplicável, desde que preencha os
civil para o outro.
de três dias úteis, até ao momento em que efetivamente requisitos para a aposentação, o disposto na alínea a) do
retome funções. Artigo 25.º
2 — Ao pessoal que ainda não reúna os requisitos para
Artigo 21.º Limite de faltas
dadas desde o termo do período de faltas anteriormente a aposentação é rescindido o contrato.
Verificação domiciliária da doença pela ADSE concedido.
dos trabalhadores por períodos sucessivos de 30 dias, até Artigo 33.º
sido mandado apresentar à junta médica e a ela não com- Junta médica
tigo 36.º pareça, é considerado na situação de faltas injustificadas
responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração
a partir da data em que a mesma deveria realizar-se, salvo ciona na dependência da ADSE, sem prejuízo do disposto
-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções no n.º 3.
o serviço de que depende, no prazo de dois dias úteis, a 2 — A composição, competência e funcionamento da
dos, neste caso por contrato de avença, cuja remuneração em vigor sobre a matéria. contar da data da não comparência. junta médica referida no número anterior são fixados em
Artigo 26.º decreto regulamentar.
Artigo 29.º
mente à ADSE, por escrito ou pelo telefone, um médico Submissão a junta médica independentemente Parecer da junta médica trados e as autarquias locais podem criar juntas médicas
para esse efeito, que efetua um exame médico adequado, da ocorrência de faltas por doença sediadas junto dos respetivos serviços.
enviando, de imediato, as indicações indispensáveis. 1 — O parecer da junta médica deve ser comunicado
1 — Quando o comportamento do trabalhador indiciar
Artigo 34.º
Artigo 22.º respetivo serviço.
ção psíquica que comprometa o normal desempenho das Fim do prazo de faltas por doença
Verificação domiciliária da doença suas funções, o dirigente máximo do serviço, por despa-
pelas autoridades de saúde lhador se encontra apto a regressar ao serviço e, nos casos
1 — Fora das zonas a que se refere o n.º 1 do artigo an-
no artigo 38.º:
nos casos em que o trabalhador se encontre em exercício doença, com respeito do limite previsto no artigo 25.º, e
de funções. marcar a data de submissão a nova junta médica. a) Requerer, no prazo de 30 dias e através do respetivo
habitual ou daquela em que ele se encontre doente.
caso, de manifesta urgência.
b) Requerer a passagem à situação de licença sem re-
porte, deve o serviço de que depende o trabalhador inspe- indicar um médico por si escolhido para integrar a junta da submissão à junta médica, são equiparadas a serviço muneração.
cionado promover a sua satisfação pela adequada verba médica. efetivo.
orçamental. 2 — No caso previsto na alínea a) do número anterior
Artigo 27.º Artigo 30.º
Artigo 23.º
Falta de elementos médicos e colaboração Interrupção das faltas por doença
Intervenção da junta médica de médicos especialistas aplicando-se-lhe o regime correspondente.
1 — Se a junta médica não dispuser de elementos su- por doença concedidas pela junta médica ou a aguardar
a primeira apresentação à junta médica só pode regressar automaticamente à situação de licença sem remuneração,
ao serviço antes do termo do período previsto mediante sujeita ao disposto no n.º 5 do artigo 281.º da LTFP.
o qual este deve submeter-se novamente à junta médica.
consecutivos de faltas por doença e não se encontre apto 2 — O trabalhador é obrigado, nos prazos fixados pela apresentação à junta médica da CGA, I.P., deve ser notifi-
a regressar ao serviço; junta médica, a: 2 — Para efeitos do número anterior, a intervenção da
a) Submeter-se aos exames clínicos que aquela consi- junta médica considera-se de manifesta urgência.
por doença, um comportamento fraudulento.
dos pela mesma, e integralmente suportados pela ADSE; Artigo 31.º 5 — Passa igualmente à situação de licença sem remu-
2 — No caso previsto na alínea b) do número anterior, b) Apresentar-se à junta médica com os elementos por Cômputo do prazo de faltas por doença
o dirigente do serviço deve fundamentar o pedido de in- ela requeridos. pela junta médica da CGA, I.P., volte a adoecer sem que
tervenção da junta médica. tenha prestado mais de 30 dias de serviço consecutivos,
nos quais não se incluem férias.
Artigo 24.º ainda que relativos a anos civis diferentes:
implica a injustificação das faltas dadas desde o termo do
Pedido de submissão à junta médica
período de faltas anteriormente concedido, a menos que
número anterior:
não seja imputável ao trabalhador a obtenção dos exames das, quando entre elas não mediar um intervalo superior
fora do prazo. a 30 dias, no qual não se incluem os períodos de férias; a) Ocorrer o internamento do trabalhador;
3226 3227

nominativa referida no artigo 109.º da Lei n.º 12-A/2008,


cionários Civis Tuberculosos regem-se pelo disposto no de 27 de fevereiro, na redação atual, exceto no respeitante
Decreto-Lei n.º 48 359, de 27 de abril de 1968, alterado de 17 de novembro, e pelas Leis n.os 64-B/2011, de 30 de
dezembro, 66/2012, de 31 de dezembro, e 63/2013, de 29
de 11 de agosto. ou no órgão ou serviço; de agosto;
mes clínicos que a junta médica da CGA, I.P., determinar, 4 — As faltas a que se referem os números anteriores b) Até ao início de vigência da revisão: f) O Decreto-Lei n.º 259/98, de 18 de agosto, alterado
implicando a recusa da sua realização a injustificação das não descontam para efeitos de antiguidade, promoção e pelo Decreto-Lei n.º 169/2006, de 17 de agosto, e pelas
faltas dadas desde a data que lhe tiver sido fixada para a progressão. Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, 66/2012, de 31
normativas aplicáveis em 31 de dezembro de 2008, com
respetiva apresentação. Artigo 38.º as alterações decorrentes dos artigos 156.º a 158.º, 166.º de dezembro, e 68/2013, de 29 de agosto;
Faltas para reabilitação profissional e 167.º da LTFP e 113.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de g) O Decreto-Lei n.º 100/99, de 31 de março, alterado
fevereiro, na redação atual; pela Lei n.º 117/99, de 11 de agosto, pelos Decretos-Leis
não está sujeito ao decurso de qualquer prazo. 1 — O trabalhador que for considerado, pela junta mé- ii) Aos procedimentos concursais para as carreiras em n.os 503/99, de 20 de novembro, 70-A/2000, de 5 de maio,
dica a que se refere o artigo 33.º, incapaz para o exercício causa é aplicável o disposto na alínea d) do n.º 1 do ar-
das suas funções, mas apto para o desempenho de outras tigo 37.º da LTFP, bem como no n.º 11 do artigo 28.º da 181/2007, de 9 de maio, pelas Leis n.os 59/2008, de 11 de
Portaria n.º 83-A/2009, de 22 de janeiro, alterada e repu-
da remessa do respetivo processo à CGA, I.P. blicada pela Portaria n.º 145-A/2011, de 6 de abril;
concursais para ocupação de postos de trabalho previstos iii) O n.º 3 do artigo 110.º da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de 31 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, e
Artigo 35.º nos mapas de pessoal dos órgãos ou serviços, desde que pelo Decreto-Lei n.º 36/2013, de 11 de março;
Verificação de incapacidade h) O Decreto-Lei n.º 324/99, de 18 de agosto, alterado
início da referida vigência. pela Lei n.º 12-A/2008 de 27 de fevereiro;
1 — Os processos de aposentação por incapacidade a frequentar ações de formação para o efeito. i) O Decreto-Lei n.º 325/99, de 18 de agosto, alterado
que seja aplicável o disposto no artigo anterior são consi- 2 — Enquanto não haja reinício de funções nos termos 2 — A revisão das carreiras a que se refere o número pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro.
do número anterior, o trabalhador encontra-se em regime anterior deve assegurar:
de faltas para reabilitação profissional. 2 — Mantêm-se em vigor os regulamentos publicados
simplificada, com as seguintes especificidades: a) A observância das regras relativas à organização das
faltas por doença. carreiras previstas na LTFP e no seu artigo 149.º, desig-
Artigo 39.º nadamente quanto aos conteúdos e deveres funcionais, ao
número de categorias e às posições remuneratórias;
Junta médica de recurso
pecuniário calculado nos termos do n.º 1 do artigo 104.º c) A Portaria n.º 62/2009, de 22 de janeiro.
quando a junta médica considerar o exame médico direto
mente ao parecer da junta médica competente, considerar
sem acréscimos; 3 — Todas as referências aos diplomas ora revogados
que depende requerer a sua apresentação a uma junta mé- c) As alterações de posicionamento remuneratório em
comparência do subscritor, quando esta seja considerada função das últimas avaliações de desempenho e da respe-
dica de recurso, não podendo esta deixar de se pronunciar presente lei.
para os efeitos do artigo anterior, quando aplicável. tiva diferenciação assegurada por um sistema de quotas;
saúde, devidamente comprovado. d) As perspetivas de evolução remuneratória das ante- Artigo 43.º
mero anterior é constituída por um médico indicado pelo riores carreiras, elevando-as apenas de forma sustentável. Disposição transitória
2 — A junta médica referida no n.º 2 do artigo anterior
1 — A legislação referente ao pessoal com funções po-
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 498/72, de 9 de dezembro, pela ADSE ou pelas juntas médicas previstas no n.º 3 do liciais da Polícia de Segurança Pública, a que se refere o
4 — O regime fixado no presente artigo tem natureza n.º 2 do artigo 2.º da LTFP, deve ser aprovada até 31 de
de medicina, designado pelos membros do Governo res- dezembro de 2014.
imperativa, prevalecendo sobre quaisquer outras normas
efeito de justificação de faltas por doença. 2 — Até à data de entrada em vigor da lei especial pre-
Pública, que preside. vista no número anterior, o pessoal com funções policiais
contrário, não podendo ser afastado ou modificado pelas
mesmas. da Polícia de Segurança Pública continua a reger-se pela
Artigo 40.º lei aplicável antes da entrada em vigor da LTFP.
gravidade e rápida evolução o justifique. Artigo 42.º
Subsídio por assistência a familiares
Artigo 36.º Norma revogatória Artigo 44.º
Aos trabalhadores em regime de contrato de trabalho
Submissão à junta médica da Caixa Geral de Aposentações, I.P., 1 — São revogados: Entrada em vigor
no decurso da doença
1 — A presente lei entra em vigor no primeiro dia do
O trabalhador pode, no decurso da doença, requerer a -Lei n.º 89/2009, de 9 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro; segundo mês seguinte ao da sua publicação.
sua apresentação à junta médica da CGA, I.P., aplicando- n.º 133/2012, de 27 de junho. b) Os artigos 16.º a 18.º da Lei n.º 23/2004, de 22 de
junho, alterada pelo Decreto-Lei n.º 200/2006, de 25 de das normas da Lei do Orçamento do Estado em vigor.
nos artigos 32.º e 34.º, conforme os casos. Artigo 41.º
Revisão das carreiras, dos corpos especiais e dos níveis
Aprovada em 28 de março de 2014.
Artigo 37.º remuneratórios das comissões de serviço dos artigos que ora se revogam;
Faltas por doença prolongada Assunção A. Esteves.
Leis n.os 64-A/2008, de 31 de dezembro, 3-B/2010, de 28
termos legalmente previstos, mantêm-se as carreiras que Promulgada em 3 de junho de 2014.
de abril, 34/2010, de 2 de setembro, 55-A/2010, de 31 de
tratamento oneroso e ou prolongado, conferem ao traba- ainda não tenham sido objeto de extinção, de revisão ou
de decisão de subsistência, designadamente as de regime Publique-se.
31 de dezembro, e 66-B/2012, de 31 de dezembro, e pelo
máximo de ausência previsto no artigo 25.º. especial e as de corpos especiais, bem como a integração O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Decreto-Lei n.º 47/2013, de 5 de abril, com exceção das
dos respetivos trabalhadores, sendo que:
normas transitórias abrangidas pelos artigos 88.º a 115.º; Referendada em 5 de junho de 2014.
d) A Lei n.º 58/2008, de 9 de setembro, alterada pelo
áreas das finanças, da Administração Pública e da saúde. trabalhadores, a execução das transições através da lista Decreto-Lei n.º 47/2013, de 5 de abril; O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
3228 3229

ANEXO blicana e ao pessoal com funções policiais da Polícia de h) Tempos de não trabalho;
por tempo indeterminado ou a termo resolutivo.
(a que se refere o artigo 2.º) sem prejuízo do disposto nas alíneas a) e e) do n.º 1 do a prevenção;
j) Comissões de trabalhadores, associações sindicais e Artigo 7.º
Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas ao vínculo de emprego público: Contrato de trabalho em funções públicas
a) Continuidade do exercício de funções públicas, pre- e saúde no trabalho;
PARTE I k) Mecanismos de resolução pacífica de conflitos co- O vínculo de emprego público constitui-se, em regra,
visto no artigo 11.º; por contrato de trabalho em funções públicas.
letivos;
Disposições gerais l) Greve e lock-out.
a 24.º; Artigo 8.º
nos artigos 28.º a 31.º; 2 — Quando da aplicação do Código do Trabalho e le- Vínculo de nomeação
TÍTULO I
Âmbito
seguintes atribuições, competências e atividades:
Artigo 1.º
Âmbito de aplicação tos nos artigos 145.º a 147.º, nos n.os 1 e 2 do artigo 149.º,
no n.º 1 do artigo 150.º, e nos artigos 154.º, 159.º e 169.º em quadros permanentes;
a 175.º à Inspeção-Geral de Finanças (IGF). b) Representação externa do Estado;
funções públicas. c) Informações de segurança;
2 — A presente lei é aplicável à administração direta e Artigo 3.º d) Investigação criminal;
indireta do Estado e, com as necessárias adaptações, de- Bases do regime e âmbito referências a empregador e empresa ou estabelecimento,
institucional;
serviço, respetivamente. f) Inspeção.
próprio, aos serviços da administração regional e da ad- do vínculo de emprego público:
ministração autárquica. a) Os artigos 6.º a 10.º, sobre as modalidades de vín- plementar, em matéria de acidentes de trabalho e doenças
3 — A presente lei é também aplicável, com as adap- culo e prestação de trabalho para o exercício de funções profissionais, é aplicável aos trabalhadores que exercem volvem-se no âmbito de carreiras especiais.
públicas; funções públicas nas entidades referidas nas alíneas b) e 3 — Quando as funções referidas nas alíneas b) a f) do
b) Os artigos 13.º a 16.º, relativos às fontes e participa- c) do n.º 1 do artigo 2.º
da República, dos tribunais e do Ministério Público e res- ção na legislação do trabalho; com as necessárias adaptações, o regime da presente lei
petivos órgãos de gestão e outros órgãos independentes. c) Os artigos 19.º a 24.º, relativos às garantias de im- para o contrato de trabalho em funções públicas a termo
4 — Sem prejuízo de regimes especiais e com as adap- Artigo 5.º resolutivo.
parcialidade;
d) O artigo 33.º, sobre o procedimento concursal; Legislação complementar
competências, a presente lei é ainda aplicável aos órgãos Artigo 9.º
e serviços de apoio à Assembleia da República. Constam de diploma próprio:
tias do trabalhador e do empregador público; Comissão de serviço
f) Os artigos 79.º a 83.º, relativos às disposições gerais
externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, relati- sobre estruturação das carreiras; penho na Administração Pública;
g) Os artigos 92.º a 100.º, sobre a mobilidade; b) O regime de acidentes de trabalho e doenças profis- comissão de serviço nos seguintes casos:
h) Os artigos 144.º a 146.º, sobre princípios gerais re- sionais dos trabalhadores que exercem funções públicas; a) Cargos não inseridos em carreiras, designadamente
do Estado, não prejudica a vigência: lativos às remunerações; cargos dirigentes;
a) Das normas e princípios de direito internacional que i) Os artigos 176.º a 240.º, sobre o exercício do poder que exercem funções públicas;
disponham em contrário; disciplinar; d) Os estatutos do pessoal dirigente da Administração
j) Os artigos 245.º a 275.º, relativos à reafetação e re- Pública. trabalhador com vínculo de emprego público por tempo
c) Dos instrumentos e normativos especiais previstos qualificação dos trabalhadores; indeterminado.
em diploma próprio.
l) Os artigos 347.º a 386.º, sobre a negociação coletiva. TÍTULO II 2 — Na falta de norma especial, aplica-se à comissão
6 — A presente lei é também aplicável, com as neces-
sárias adaptações, a outros trabalhadores com contrato de Artigo 4.º Modalidades de vínculo e prestação de trabalho
emprego público de origem e, quando este não exista, a
para o exercício de funções públicas
Remissão para o Código do Trabalho
nas entidades referidas nos números anteriores.
1 — É aplicável ao vínculo de emprego público, sem Artigo 6.º Artigo 10.º
Artigo 2.º prejuízo do disposto na presente lei e com as necessárias Noção e modalidades Prestação de serviço
adaptações, o disposto no Código do Trabalho e respetiva
Exclusão do âmbito de aplicação 1 — O trabalho em funções públicas pode ser prestado
1 — A presente lei não é aplicável a: vistas, nomeadamente em matéria de: de funções públicas é celebrado para a prestação de traba-
tação de serviço, nos termos da presente lei.
a) Gabinetes de apoio dos membros do Governo e dos 2 — O vínculo de emprego público é aquele pelo qual e direção, nem horário de trabalho.
titulares dos órgãos referidos nos n.os 2 a 4 do artigo an- uma pessoa singular presta a sua atividade a um empre-
terior; em funções públicas;
b) Entidades públicas empresariais; b) Direitos de personalidade; neração.
c) Igualdade e não discriminação; a) Contrato de tarefa, cujo objeto é a execução de tra-
de regulação da atividade económica dos setores privado, d) Parentalidade; modalidades: balhos específicos, de natureza excecional, não podendo
público e cooperativo e Banco de Portugal. exceder o termo do prazo contratual inicialmente estabe-
com deficiência ou doença crónica; a) Contrato de trabalho em funções públicas; lecido;
f) Trabalhador estudante; b) Nomeação;
Forças Armadas, aos militares da Guarda Nacional Repu- g) Organização e tempo de trabalho; c) Comissão de serviço.
3230 3231

Artigo 14.º PARTE II


a todo o tempo, por qualquer das partes, mesmo quando
Articulação de acordos coletivos Vínculo de emprego público
celebrado com cláusula de prorrogação tácita, com aviso de emprego público estão sujeitos ao regime de incompa-
prévio de 60 dias e sem obrigação de indemnizar. 1 — Os acordos coletivos de trabalho são articulados,
devendo o acordo coletivo de carreira indicar as matérias TÍTULO I
que podem ser reguladas pelos acordos coletivos de em- Artigo 20.º
pregador público. Trabalhador e empregador Incompatibilidade com outras funções
2 — Na falta de acordo coletivo de carreira ou da in-
de um vínculo de emprego público.
4 — A nulidade dos contratos de prestação de serviço de empregador público apenas pode regular as matérias CAPÍTULO I de exclusividade.
não prejudica a produção plena dos seus efeitos durante o relativas a segurança e saúde no trabalho e duração e or-
tempo em que tenham estado em execução, sem prejuízo Trabalhador Artigo 21.º
da responsabilidade civil, financeira e disciplinar em que a suplementos remuneratórios. Acumulação com outras funções públicas
incorre o seu responsável. SECÇÃO I
1 — O exercício de funções públicas pode ser acumu-
Requisitos para a constituição do vínculo
Artigo 11.º CAPÍTULO II de emprego público
Continuidade do exercício de funções públicas 2 — O exercício de funções públicas pode ser acumu-
Participação dos trabalhadores
Artigo 17.º
na legislação do trabalho
lidade de vínculo de emprego público, em qualquer dos Requisitos relativos ao trabalhador
órgãos ou serviços a que a presente lei é aplicável, releva Artigo 15.º nos seguintes casos:
1 — Além de outros requisitos especiais que a lei pre-
Direito de participação na elaboração
a) Participação em comissões ou grupos de trabalho;
da legislação do trabalho b) Participação em conselhos consultivos e em comis-
os trabalhadores, mantendo aquele exercício de funções, sões de fiscalização ou outros órgãos colegiais de fiscali-
mudem definitivamente de órgão ou serviço. a) Nacionalidade portuguesa, quando não dispensada zação ou controlo de dinheiros públicos;
pela Constituição, por convenção internacional ou por lei
Artigo 12.º trabalho, nos termos do presente capítulo. especial; ção não superior à fixada em despacho dos membros do
Jurisdição competente 2 — Considera-se legislação do trabalho, para efeitos b) 18 anos de idade completos;
do disposto no número anterior, a legislação respeitante
ao regime jurídico aplicável aos trabalhadores com vín- do cumprimento da duração semanal do trabalho, não se
desempenhar; sobreponha em mais de um quarto ao horário inerente à
matérias: d) Robustez física e perfil psíquico indispensáveis ao função principal;
exercício das funções; d) Realização de conferências, palestras, ações de for-
TÍTULO III a) Constituição, modificação e extinção do vínculo de
Fontes e participação na legislação do trabalho emprego público; natureza.
b) Recrutamento e seleção;
c) Tempo de trabalho; Artigo 22.º
CAPÍTULO I d) Férias, faltas e licenças; no n.º 2 do artigo 15.º da Constituição. Acumulação com funções ou atividades privadas
e) Remuneração e outras prestações pecuniárias;
Fontes 1 — O exercício de funções públicas não pode ser acu-
f) Formação e aperfeiçoamento profissional; Artigo 18.º
g) Segurança e saúde no trabalho;
Artigo 13.º Grau académico ou título profissional
h) Regime disciplinar;
Fontes específicas do contrato de trabalho i) Mobilidade; 1 — O exercício de funções públicas pode ser condi-
em funções públicas cionado à titularidade de grau académico ou título profis- as funções públicas.
j) Avaliação do desempenho.
1 — O contrato de trabalho em funções públicas pode k) Direitos coletivos; sional, nos termos definidos nas normas reguladoras das
ser regulado por instrumento de regulamentação coletiva l) Regime de proteção social convergente; carreiras.
de trabalho, nos termos da presente lei. m) Ação social complementar. 2 — A falta do requisito previsto no número anterior,
2 — São ainda atendíveis os usos, desde que não con- quando exigível, determina a nulidade do vínculo de em-
trariem normas legais e de instrumentos de regulamenta- prego público. sejam desenvolvidas de forma permanente ou habitual e
Artigo 16.º se dirijam ao mesmo círculo de destinatários.
ção coletiva e sejam conformes com princípios de boa fé. 3 — A perda, a título definitivo, do grau ou do título
Exercício do direito de participação referidos no n.º 1 determina a cessação do vínculo de em- 3 — O exercício de funções públicas pode ser acumu-
trabalho convencionais são o acordo coletivo de trabalho, prego público, por caducidade. lado com funções ou atividades privadas que:
o acordo de adesão e a decisão de arbitragem voluntária. a) Não sejam legalmente consideradas incompatíveis
SECÇÃO II com as funções públicas;
relativo às matérias previstas no artigo anterior só pode
Garantias de imparcialidade ainda que parcialmente, ao das funções públicas;
Governo da República, pelas assembleias legislativas das c) Não comprometam a isenção e a imparcialidade exi-
6 — O acordo coletivo de carreira é a convenção cole- regiões autónomas e pelos governos regionais, depois de Artigo 19.º gidas pelo desempenho das funções públicas;
as comissões de trabalhadores e associações sindicais se
Incompatibilidades e impedimentos
terem podido pronunciar sobre eles. ou para os direitos e interesses legalmente protegidos dos
o trabalhador exerça funções. cidadãos.
7 — O acordo coletivo de empregador público é a con- cável o disposto nos artigos 472.º a 475.º do Código do em funções públicas estão exclusivamente ao serviço do
venção coletiva aplicável no âmbito do órgão ou serviço interesse público, tal como é definido, nos termos da lei, 4 — No exercício das funções ou atividades privadas
onde o trabalhador exerça funções. na redação atual. pelos órgãos competentes da Administração.
3232 3233

do seu desempenho, em cujo procedimento ele tenha tido a) Na administração direta, pelo dirigente máximo do o serviço, de cabimento orçamental e do reconhecimento
serviço a que pertencem ou com eles conflituantes. intervenção; órgão ou serviço; da sua sustentabilidade futura pelo membro do Governo
f) Com ele colaborem, em situação de paridade hierár- b) Na administração indireta, pelo órgão de direção da responsável pela área das finanças.
termina a revogação da autorização para acumulação de quica, no âmbito do mesmo órgão ou serviço. pessoa coletiva pública. 6 — O disposto no número anterior não é aplicável à

4 — Para efeitos das proibições constantes dos n.os 1 e 2 — As competências inerentes à qualidade de empre- ocupação de posto de trabalho no órgão ou serviço pelo
Artigo 23.º 2, é equiparado ao trabalhador: trabalhador que, nos termos legais, a este deva regressar.
Autorização para acumulação de funções a) O seu cônjuge, não separado de pessoas e bens, as-
b) Nas freguesias, pela junta de freguesia;
até ao segundo grau e pessoa que com ele viva em união
de facto; conselho de administração. previstos, devendo cessar, em primeiro lugar, os vínculos
entidade competente. b) A sociedade em cujo capital o trabalhador detenha, de emprego público a termo.
2 — Do requerimento a apresentar para efeitos de acu- direta ou indiretamente, por si mesmo ou conjuntamente
com as pessoas referidas na alínea anterior, uma partici- CAPÍTULO III Artigo 30.º
pação não inferior a 10 %. Planeamento e gestão dos recursos humanos Preenchimento dos postos de trabalho

c) Remuneração a auferir, quando aplicável; Artigo 28.º


titui infração disciplinar grave.
Planeamento da atividade e gestão dos recursos humanos de trabalho previstos no mapa de pessoal, nos termos do
desenvolver e respetivo conteúdo; presente artigo.
e) Justificação do manifesto interesse público na acu-
mulação, quando aplicável; cício orçamental as atividades de natureza permanente ou terminado ou a termo, consoante a natureza permanente
ou transitória da atividade, tal como consta do mapa de
públicas, quando aplicável; pessoal.
no n.º 4. unidades orgânicas e os recursos financeiros disponíveis.
7 — É aplicável, com as necessárias adaptações, o dis- 2 — O planeamento a que se refere o número anterior
de conflito. deve incluir eventuais alterações a introduzir nas unida-
emprego público por tempo indeterminado.
novembro, na redação atual. pessoal.

CAPÍTULO II devem acompanhar a proposta de orçamento.


Empregador público Artigo 29.º
de emprego público a termo ou sem vínculo de emprego
lidade no desempenho de funções públicas. Mapas de pessoal público, mediante procedimento concursal.
Artigo 25.º
Artigo 24.º Delimitação do empregador público 1 — Os órgãos e serviços preveem anualmente o res-
petivo mapa de pessoal, tendo em conta as atividades, de tados, os membros do Governo responsáveis pelas áreas
Proibições específicas 1 — O empregador público é o Estado ou outra pessoa das finanças e da Administração Pública podem autorizar
a sua execução. a realização de um procedimento concursal a que possam
nos termos da presente lei. 2 — O mapa de pessoal contém a indicação do número
público fora do caso previsto no número anterior.
autónomo ou subordinado, serviços no âmbito do estudo, público quando um trabalhador com vínculo de emprego 6 — O recrutamento de trabalhadores com vínculo de
para o desenvolvimento das respetivas atividades, carac-
terizados em função: emprego público a termo ou sem vínculo de emprego pú-
sua atividade a título definitivo para outra pessoa coletiva blico pode ainda ocorrer noutras situações especialmente
ou decisão ou à de órgãos ou serviços colocados sob sua pública que esteja sujeita à presente lei. a) Da atribuição, competência ou atividade que o seu previstas na lei, em razão de aptidão científica, técnica ou
direta influência. 3 — Para efeitos de aplicação das regras do Código do ocupante se destina a cumprir ou a executar;
2 — Os trabalhadores não podem beneficiar, pessoal e b) Do cargo ou da carreira e categoria que lhes corres- referido no número anterior.
indevidamente, de atos ou tomar parte em contratos em empregador público é equiparado à empresa. pondam;
c) Dentro de cada carreira e, ou, categoria, quando im- samente mencionado no procedimento de recrutamento.
orgânicas colocados sob sua direta influência. Artigo 26.º
3 — Para efeitos do disposto nos números anteriores, nal de que o seu ocupante deva ser titular;
Pluralidade de empregadores públicos d) Do perfil de competências transversais da respetiva
consideram-se colocados sob direta influência do traba- de interesse público, nos termos previstos na presente lei.
lhador os órgãos ou serviços que:
bro do Governo responsável pela área da Administração Artigo 31.º
a) Estejam sujeitos ao seu poder de direção, superin-
nos termos do Código do Trabalho.
tendência ou tutela; 2 — Para efeitos do regime referido no número ante- à especificidade do posto de trabalho. Orçamentação e gestão das despesas com pessoal
rior, os empregadores públicos consideram-se sempre em 1 — O orçamento dos órgãos ou serviços deve prever
c) Tenham sido por ele instituídos, ou relativamente a relação de colaboração.
cujo titular tenha intervindo como representante do em- os seguintes encargos relativos aos trabalhadores:
Artigo 27.º orgânicas desconcentradas. a) Encargos relativos a remunerações;
procedimentos em causa; 4 — O mapa de pessoal é aprovado pela entidade com- b) Encargos relativos aos postos de trabalho previstos
Exercício das competências inerentes à qualidade
de empregador público
dores por ele designados; recrutamento;
c) Encargos com alterações do posicionamento remu-
neratório;
Estado, são exercidas: d) Encargos relativos a prémios de desempenho.
3234 3235

conforme caracterização resultante daquela auditoria, de- 5 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, o em-
decidir sobre o montante máximo de cada um dos tipos terminando: pregador público pode limitar-se a utilizar os métodos de
restantes candidatos.
a) A alteração do mapa de pessoal do órgão ou serviço, n.º 2, nos procedimentos concursais para constituição de
bas orçamentais correspondentes a apenas um dos tipos. por forma a prever aquele posto de trabalho; Artigo 35.º
Outros requisitos de recrutamento
no prazo de 15 dias após o início da execução do orça-
mento, devendo discriminar as verbas afetas a cada tipo na presente lei. previamente constituído.
de encargo. 6 — O empregador público pode limitar-se a utilizar o
TÍTULO II categoria inferior de carreiras pluricategoriais: método de seleção avaliação curricular nos procedimen-
alterada ao longo da execução orçamental, de acordo com tos concursais para constituição de vínculos de emprego
a) Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cum- público a termo.
o disposto nos números seguintes. Formação do vínculo
5 — Quando não seja utilizada a totalidade das verbas
atividade, do órgão ou serviço em causa; Artigo 37.º
CAPÍTULO I b) Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cum- Tramitação do procedimento concursal

Recrutamento atividade, de outro órgão ou serviço ou que se encontrem


alínea d) do mesmo número. obedecendo aos seguintes princípios:
em situação de requalificação;
Artigo 33.º c) Trabalhadores integrados em outras carreiras;
a) A composição do júri do procedimento integra tra-
d) Sendo o caso, trabalhadores que exerçam os respe-
Procedimento concursal
tuais insuficiências orçamentais no âmbito das restantes serviço e, quando a área de formação exigida revele a sua
despesas com pessoal. 1 — O recrutamento é decidido pelo dirigente máximo conveniência, de entidades privadas;
do órgão ou serviço. indivíduos sem vínculo de emprego público previamente
2 — O recrutamento é feito por procedimento concur- constituído.
de trabalho previstos no mapa de pessoal e anteriormente dos candidatos;
ocupados, podem as correspondentes verbas orçamentais sal publicitado, designadamente através de publicação na
2.ª série do Diário da República. 2 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, podem
recrutamento de trabalhadores. ainda candidatar-se a procedimento destinado ao recruta-
a referência ao número de postos de trabalho a ocupar e ordenação final dos candidatos colocados em situação de
Artigo 32.º respetiva caracterização, de acordo com atribuição, com-
Celebração de contratos de prestação de serviço prescindível, área de formação académica ou profissional se encontrem a cumprir ou a executar idêntica atribuição,
que lhes correspondam. competência ou atividade.
pode ter lugar quando, cumulativamente: 4 — Para os efeitos do disposto no número anterior, a
publicitação do procedimento faz referência: Artigo 36.º
a) Se trate da execução de trabalho não subordinado, Métodos de seleção
a) À área de formação académica, quando exista mais responsável pela área da Administração Pública.
para a qual se revele inconveniente o recurso a qualquer
modalidade de vínculo de emprego público; do que uma no mesmo nível habilitacional, nas carreiras 1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes,
de complexidade funcional classificadas de grau 3; são métodos de seleção obrigatórios os seguintes:
procedimento concursal para carreira especial ser regula-
c) Seja comprovada pelo prestador do serviço a regula-
ridade da sua situação fiscal e perante a segurança social. na carreira não dependa, ou não dependa exclusivamente,
de habilitações literárias, nas carreiras de complexidade pela área da Administração Pública e do membro do Go-
funcional classificadas de grau 1 ou 2. ção;
tutela sobre o órgão ou serviço em cujo mapa de pessoal
Artigo 34.º competências exigíveis ao exercício da função. se contenha a previsão da carreira.
bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e Exigência de nível habilitacional Artigo 38.º
da Administração Pública, relativamente à verificação do
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, prir ou a executar a atribuição, competência ou atividade Determinação do posicionamento remuneratório
requisito previsto na alínea a) do número anterior, sendo
titular do nível habilitacional e, quando aplicável, da área no recrutamento de candidatos em situação de requalifi-
dos mesmos membros do Governo.
de formação, correspondentes ao grau de complexidade
aquela atribuição, competência ou atividade, os métodos
anterior podem, excecionalmente, autorizar a celebração de seleção são os seguintes:
de trabalho para cuja ocupação o procedimento é publi-
citado. negociação com o empregador público, a qual tem lugar:
a) Avaliação curricular, incidente especialmente sobre
a) Imediatamente após o termo do procedimento con-
pode prever a possibilidade de candidatura de quem, não ou execução da atribuição, competência ou atividade em cursal; ou
sendo titular da habilitação exigida, considere dispor da causa e o nível de desempenho nelas alcançado;
devam suportar os referidos contratos, estejam inscritos b) Entrevista de avaliação das competências exigíveis pecífico ou da aquisição de certo grau académico ou de
suficientes para a substituição daquela habilitação. ao exercício da função.
3 — A substituição da habilitação nos termos referidos
no número anterior não é admissível quando, para o exer- 3 — Os métodos referidos no número anterior podem
cício de determinada profissão ou função, implicadas na
aplicando-se-lhes, nesse caso, os métodos previstos para
exija título ou o preenchimento de certas condições. os restantes candidatos. em situação de requalificação antecede a que tenha lugar
4 — O júri analisa, preliminarmente, a formação e, ou, com os restantes candidatos.
de trabalho com recurso à constituição de um vínculo de 3 — A negociação entre o empregador público e cada
candidato ao procedimento concursal. ou outros métodos legalmente previstos. um dos candidatos efetua-se por escrito, pela ordem em
3236 3237

com vínculo de emprego público informar previamente o que vai ocupar.


empregador da carreira, da categoria e da posição remu- ao posicionamento do candidato na categoria de origem, responsável pela área da Administração Pública.
neratória que detêm nessa data. quando dela seja titular no âmbito de um vínculo de em- a) Período experimental do vínculo, que corresponde
4 — Em casos excecionais, devidamente fundamenta- prego público constituído por tempo indeterminado. compromisso de honra:
ao tempo inicial de execução do vínculo de emprego pú-
7 — O CEAGP é regulamentado por portaria do mem- blico;
bro do Governo responsável pela área da Administração
público pode optar por enviar uma proposta de adesão a Pública. Constituição e da lei.»
os candidatos. CAPÍTULO II
4 — O termo de aceitação é assinado pelo órgão com-
5 — O acordo ou a proposta de adesão são objeto de petente para a nomeação.
Forma, período experimental e invalidades
fundamentação escrita pelo empregador público. 5 — A competência prevista no número anterior pode,
6 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a SECÇÃO I a solicitação do órgão ou serviço, ainda que por iniciativa vínculo, este cessa os seus efeitos automaticamente, sem
direito a qualquer indemnização ou compensação.
com o que se lhe siga na ordenação final dos candidatos, Forma
diplomática ou consular.
6 — A entidade competente para a assinatura do termo
Artigo 40.º que detinha anteriormente.
ximo proposto e não aceite por qualquer dos candidatos Forma do contrato de trabalho em funções públicas financeira e disciplinar, recusar-se a fazê-lo. 5 — Por ato fundamentado da entidade competente, o
que o antecedam naquela ordenação. 7 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, a falta
1 — O contrato está sujeito à forma escrita e dele deve tivo termo, quando o trabalhador manifestamente revele
constar a assinatura das partes. tica do ato de nomeação, o qual não pode ser repetido no não possuir as competências exigidas pelo posto de tra-
licenciatura ou de grau académico superior quando esteja 2 — Do contrato devem ainda constar, pelo menos, as procedimento em que foi praticado. balho que ocupa.
seguintes indicações:
Artigo 46.º
a) Nome ou denominação e domicílio ou sede dos con- Artigo 43.º
carreira geral de técnico superior. Avaliação do trabalhador durante o período experimental
8 — Após o encerramento do procedimento concursal, traentes; Prazo para aceitação
a documentação relativa ao respetivo processo negocial é 1 — Durante o período experimental, o trabalhador é
aplicável; 1 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, o prazo
pública e de livre acesso.
9 — O disposto nos números anteriores pode ser apli- c) Atividade contratada, carreira, categoria e remune- o efeito, que procede, no final, à avaliação do trabalhador.
ração do trabalhador; 2 — Nos vínculos de emprego público a termo, o júri
d) Local e período normal de trabalho; do período experimental é substituído pelo superior hie-
de emprego público seja a nomeação. e) Data do início da atividade; rárquico imediato do trabalhador.
f) Data de celebração do contrato; anterior pode ser prorrogado, por períodos determinados,
10 — Não dispondo da faculdade prevista no número pela entidade competente para a assinatura do respetivo
anterior, o posicionamento do trabalhador nomeado tem termo.
que tenham sido publicitadas. frequentadas.
profissional, o prazo previsto no n.º 1 é automaticamente
Artigo 39.º na data da sua celebração. 20 valores, considerando-se concluído com sucesso o pe-
prorrogado para o termo destas situações.
4 — Quando o contrato não contenha a assinatura das
Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública avaliação não inferior a 14 ou a 12 valores, consoante se
Artigo 44.º trate ou não, respetivamente, de carreira ou categoria de
1 — Observados os condicionalismos referidos no ar- pregador público deve proceder à sua correção, no prazo
Efeitos da aceitação grau 3 de complexidade funcional.
nente, o dirigente máximo do empregador público pode para o efeito.
optar, em alternativa à publicitação de procedimento con- todos os efeitos legais, designadamente os de perceção de
Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da Ad- remuneração e de contagem do tempo de serviço.
de Estudos Avançados em Gestão Pública (CEAGP). 2 — Nos casos de ausência por maternidade, paterni-
oficiais de contratos, bem como prever a sua informatiza- aplicáveis, com as necessárias adaptações, à constituição,
pregador público remete à Direção Geral da Qualificação ção e desmaterialização. composição, funcionamento e competência do júri, bem
dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA) a lista do de nomeação definitiva retroage à data da publicitação do
número de postos de trabalho a ocupar, bem como a res- Artigo 41.º resultados da avaliação final.
ato de aceitação.
petiva caracterização, nos termos do artigo 33.º Forma da nomeação 3 — Nos casos previstos no n.º 3 do artigo anterior, a
3 — A caracterização dos postos de trabalho cujo nú- contagem do tempo de serviço decorrente de nomeação Artigo 47.º
mero consta da lista referida no número anterior toma em 1 — A nomeação reveste a forma de despacho e pode Denúncia pelo trabalhador
consistir em mera declaração de concordância com pro-

integrante do ato. SECÇÃO II denunciar o contrato sem aviso prévio nem necessidade
Período experimental
identifique. às normas legais habilitantes e à existência de adequado demnização.
4 — A remessa ao INA da lista referida no n.º 2 com- cabimento orçamental. Artigo 45.º Artigo 48.º
Regras gerais Tempo de serviço durante o período experimental
o correspondente número de diplomados. Artigo 42.º
Aceitação da nomeação
serva o disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 30.º inicial de execução das funções do trabalhador, nas mo- os efeitos legais, como tempo de serviço efetivo.
6 — A integração na carreira geral de técnico superior 1 — A aceitação é o ato público e pessoal pelo qual o dalidades de contrato de trabalho em funções públicas e 2 — O tempo de serviço decorrido no período experi-
nomeado declara aceitar a nomeação. de nomeação, e destina-se a comprovar se o trabalhador mental por trabalhador titular de um vínculo de emprego
3238 3239

beleçam qualquer indemnização em caso de denúncia do TÍTULO III entidades empregadoras públicas envolva a prestação de
efeitos legais, nos seguintes termos: vínculo durante o período experimental. trabalho subordinado;
Modalidades especiais de vínculo k) Quando se trate de órgãos ou serviços em regime de
SECÇÃO III
de emprego público instalação.
b) No caso de período experimental concluído sem su-
Invalidade do vínculo de emprego público
CAPÍTULO I
quando seja o caso. anterior, consideram-se ausentes, designadamente:
Artigo 52.º Contrato de trabalho em funções
Artigo 49.º públicas a termo resolutivo a) Os trabalhadores em situação de mobilidade;
Causas específicas de invalidade b) Os trabalhadores que se encontrem em comissão de
Duração do período experimental do vínculo de emprego público
Artigo 56.º serviço;
1 — No contrato de trabalho em funções públicas por
invalidade total ou parcial do vínculo de emprego público Regras gerais noutra carreira, categoria ou órgão ou serviço no decurso
tempo indeterminado, o período experimental tem a se-
guinte duração: as seguintes: do período experimental.
a) 90 dias, para os trabalhadores integrados na carreira a) Declaração de nulidade ou anulação da decisão final ser aposto termo resolutivo, certo ou incerto, nos termos
de assistente operacional e noutras carreiras ou categorias do procedimento concursal que deu origem à constituição previstos nos artigos seguintes.
com idêntico grau de complexidade funcional; do vínculo; 2 — Em tudo o que não seja regulado na presente lei,
previstas nas alíneas a) a d) e f) a k) do n.º 1.
b) Declaração de nulidade ou anulação da decisão final
a termo resolutivo o regime do Código do Trabalho, no 4 — É vedada a celebração de contrato de trabalho a
novo posto de trabalho pelo trabalhador. que não seja incompatível com o disposto na presente lei.
idêntico grau de complexidade funcional; em situação de requalificação.
3 — O regime do contrato de trabalho em funções pú-
de técnico superior e noutras carreiras ou categorias com Artigo 53.º
mento de regulamentação coletiva de trabalho. ou serviços referidos na alínea k) do n.º 1 são obrigatoria-
idêntico grau de complexidade funcional. Efeitos da invalidade mente celebrados a termo resolutivo nos termos previstos
Código do Trabalho em matéria de contrato de trabalho a em lei especial.
1 — O vínculo de emprego público declarado nulo ou
termo resolutivo aplicam-se, com as necessárias adapta-
anulado produz efeitos como válido em relação ao tempo ções, à nomeação exercida a título transitório. Artigo 58.º
em que seja executado. 5 — A constituição do vínculo de trabalho em funções
a) 30 dias, no contrato a termo certo de duração igual Forma
2 — Ao ato modificativo de vínculo que seja invá- públicas a termo resolutivo deve obedecer a um procedi-
duração se preveja vir a ser superior àquele limite. 1 — Para além dos requisitos gerais de forma, devem
que não afete as garantias do trabalhador em funções nos n.os 2 a 6 do artigo 36.º constar do contrato a termo resolutivo as seguintes indi-
públicas. 6 — Não são aplicáveis ao vínculo de trabalho em fun- cações:
a seis meses e no contrato a termo incerto cuja duração se
preveja não vir a ser superior àquele limite. 3 — A nulidade ou a anulação parcial não determina a
invalidade de todo o vínculo, salvo quando se mostre que carreiras, mobilidade e colocação em situação de requa-
este não teria sido constituído sem a parte viciada. pulado;
lificação.
Artigo 57.º termo certo.
um ano.
por estas. Fundamentos para a celebração de contrato de trabalho
em funções públicas a termo resolutivo
peciais podem estabelecer outra duração para o respetivo Artigo 54.º anterior, a indicação do motivo justificativo da aposição
período experimental. 1 — Só pode ser aposto termo resolutivo ao contrato do termo deve ser feita pela menção expressa dos factos
Invalidade e cessação do vínculo de trabalho em funções públicas nas seguintes situações, que o integram, devendo estabelecer-se a relação entre a
Artigo 50.º fundamentadamente justificadas: justificação invocada e o termo estipulado.
Contagem do período experimental
de nulidade ou anulação do vínculo de emprego público
aplicam-se as normas sobre cessação. ou que, por qualquer razão, se encontre temporariamente Artigo 59.º
1 — O período experimental começa a contar-se a par- impedido de prestar serviço;
Contratos sucessivos
b) Substituição direta ou indireta de trabalhador em re-
lação ao qual esteja pendente em juízo ação de apreciação
da licitude do despedimento; dor, de contrato a termo impede nova admissão a termo
deste, desde que não excedam metade do período expe- prévio.
rimental. situação de licença sem remuneração; período de tempo equivalente a um terço da duração do
estando a outra de boa-fé, seguida de imediata cessação d) Substituição de trabalhador a tempo completo que contrato, incluindo as suas renovações.
não são tidos em conta os dias de faltas, ainda que justifi- da prestação de trabalho, aplica-se o regime da indemni- passe a prestar trabalho a tempo parcial por período de-
cadas, de licença e de dispensa, bem como de suspensão terminado;
do vínculo. seguintes casos:
para o despedimento ilícito ou para a denúncia sem aviso
Artigo 51.º prévio. mento das entidades empregadoras públicas;
4 — Para efeitos do previsto no número anterior, a má- o contrato a termo tenha sido celebrado para a sua subs-
Redução e exclusão do período experimental -fé consiste na constituição ou na manutenção do vínculo precisamente definido e não duradouro; tituição;
e denúncia do contrato
com o conhecimento da causa de invalidade.
das entidades empregadoras públicas; serviço após a cessação do contrato.
Artigo 55.º h) Para fazer face ao aumento excecional e temporário
trabalho. da atividade do órgão ou serviço; Artigo 60.º
Convalidação
Duração do contrato a termo
por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho. Cessando a causa da invalidade durante a execução do atividades normais dos órgãos ou serviços;
3 — São nulas as disposições do contrato ou de instru- 1 — O contrato a termo certo dura pelo período acor-
mento de regulamentação coletiva de trabalho que esta- desde o início da execução. dado, não podendo exceder três anos, incluindo renova-
3240 3241

ções, nem ser renovado mais de duas vezes, sem prejuízo Artigo 65.º preferências em favor dos trabalhadores com responsabi- impliquem perda da remuneração ou diminuição dos dias
do disposto em lei especial. Obrigações sociais
lidades familiares, dos trabalhadores com capacidade de de férias.
2 — O contrato a termo incerto dura por todo o tempo trabalho reduzida, pessoa com deficiência ou doença cró-
necessário para a substituição do trabalhador ausente ou 2 — O empregador público deve proporcionar ao tra-
para a conclusão da tarefa ou serviço cuja execução jus- de ensino médio ou superior. balhador ações de formação profissional adequadas à sua
tifica a celebração. qualificação, nos termos de legislação especial.
3 — No caso da alínea e) do n.º 1 do artigo 57.º, o con- da determinação das obrigações sociais relacionadas com
trato não pode ter duração superior a um ano, incluindo o número de trabalhadores ao serviço. TÍTULO IV Artigo 72.º
renovações. Conteúdo do vínculo de emprego público Garantias do trabalhador
Artigo 66.º
Artigo 61.º 1 — É proibido ao empregador público:
Preferência na admissão
Renovação do contrato CAPÍTULO I
1 — O contrato a termo certo não está sujeito a reno- nos termos legais, a procedimento concursal de recruta- Direitos, deveres e garantias do trabalhador
vação automática. mento publicitado durante a execução do contrato ou até e do empregador público
2 — A renovação do contrato está sujeita à verificação exercício;
das exigências materiais da sua celebração, bem como a de trabalho com características idênticas às daquele para SECÇÃO I
que foi contratado, na modalidade de contrato por tempo trabalho;
forma escrita.
Disposições gerais
objeto de renovação. ou dos colegas;
2 — A violação do disposto no número anterior obriga Artigo 70.º
d) Diminuir a remuneração, salvo nos casos previstos
Artigo 62.º Deveres gerais do empregador público e do trabalhador na lei;
correspondente a três meses de remuneração base.
Estipulação de prazo inferior a seis meses 3 — Compete ao trabalhador alegar a violação da pre-
previstos na lei;
1 — Nos contratos celebrados por prazo inferior a seis dos correspondentes direitos, devem agir de boa-fé. f) Sujeitar o trabalhador a mobilidade, salvo nos casos
do cumprimento do disposto no mesmo número.
2 — O empregador público e o trabalhador devem co- previstos na lei;
previsível da tarefa ou serviço a realizar. laborar na obtenção da qualidade do serviço e da produ-
2 — Os contratos celebrados por prazo inferior a seis Artigo 67.º
tividade, bem como na promoção humana, profissional e para utilização de terceiros que sobre esses trabalhadores
meses podem ser renovados uma única vez, por período Igualdade de tratamento social do trabalhador. exerçam os poderes de autoridade e direção próprios do
igual ou inferior ao inicialmente contratado. empregador público ou por pessoa por ela indicada, salvo
1 — O trabalhador contratado a termo tem os mesmos
Artigo 71.º nos casos especialmente previstos;
Artigo 63.º h) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar
Deveres do empregador público
Contratos a termo irregulares objetivas justificarem um tratamento diferenciado.
1 — Sem prejuízo de outras obrigações, o empregador por ele indicada;
1 — A celebração ou a renovação de contratos a termo fissional ao trabalhador contratado a termo. público deve:
refeitórios, economatos ou outros estabelecimentos dire-
a sua nulidade e gera responsabilidade civil, disciplinar e tamente relacionados com o trabalho, para fornecimento
trabalhador; de bens ou prestação de serviços aos trabalhadores;
financeira dos dirigentes máximos dos órgãos ou serviços CAPÍTULO II
que os tenham celebrado ou renovado. justa e adequada ao trabalho;
Outras modalidades especiais de vínculo mesmo com o seu acordo, havendo o propósito de o pre-
de emprego público
ponto de vista físico como moral;
Artigo 68.º
a termo incerto, quando cesse a situação que justificou a Remissão de formação e aperfeiçoamento necessárias ao seu desen-
mação profissional; volvimento profissional.
sua celebração.
Artigo 64.º vel aos trabalhadores titulares de um vínculo de emprego Artigo 73.º
público o regime previsto no Código do Trabalho em ma- profissional a exija;
Informações téria de trabalho a tempo parcial e de teletrabalho. Deveres do trabalhador
1 — O empregador público deve comunicar, no prazo 2 — O empregador público não pode excluir o recurso representativas dos trabalhadores;
máximo de cinco dias úteis, à comissão de trabalhadores ao trabalho a tempo parcial por regulamento. presente lei, noutros diplomas legais e regulamentos e no
3 — Não é aplicável ao vínculo de emprego público o conta a proteção da segurança e saúde do trabalhador, de- instrumento de regulamentação coletiva de trabalho que
àquela em que o trabalhador esteja filiado, a celebração, regime da comissão de serviço e do trabalho intermitente lhe seja aplicável.
previstos no Código do Trabalho. de trabalho; 2 — São deveres gerais dos trabalhadores:
h) Adotar, no que se refere à segurança e saúde no tra-
do contrato a termo. balho, as medidas que decorram, para o órgão ou serviço a) O dever de prossecução do interesse público;
2 — O empregador público deve comunicar, no prazo Artigo 69.º
ou para a atividade, da aplicação das prescrições legais e b) O dever de isenção;
máximo de cinco dias úteis, à entidade que tenha compe- Trabalho a tempo parcial e teletrabalho convencionais vigentes; c) O dever de imparcialidade;
para os trabalhadores nomeados
i) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação d) O dever de informação;
1 — A aplicação do regime do tempo parcial e do tele- e) O dever de zelo;
trabalho a trabalhadores nomeados pode ser determinada f) O dever de obediência;
puérpera ou lactante. pelo empregador mediante requerimento do trabalhador. g) O dever de lealdade;
2 — Relativamente aos trabalhadores com vínculo de indicação dos nomes, datas de nascimento e de admissão, h) O dever de correção;
nomeação, o empregador público pode, por regulamento, i) O dever de assiduidade;
que se encontrem disponíveis no órgão ou serviço. estabelecer para a admissão em regime de tempo parcial j) O dever de pontualidade.
3242 3243

3 — O dever de prossecução do interesse público con- nos locais de trabalho, bem como nas páginas eletrónicas de despesas extraordinárias comprovadamente feitas pelo
das normas aplicáveis em matéria de segurança e saúde
conhecimento, a todo o tempo, pelos trabalhadores. no trabalho.
dos cidadãos. despendidas. 3 — O início de funções do trabalhador tem lugar com
4 — O dever de isenção consiste em não retirar vanta- ou serviço sobre determinadas matérias pode ser tornada 2 — Em caso de extinção do vínculo pelo trabalhador
gens, diretas ou indiretas, pecuniárias ou outras, para si com justa causa ou quando, tendo sido declarado ilícito o
ou para terceiro, das funções que exerce. de trabalho. despedimento, o trabalhador não opte pela reintegração, -funcional do trabalhador, salvo tratando-se de trabalha-
5 — O dever de imparcialidade consiste em desempe- não existe a obrigação de restituir a soma referida no nú- dor integrado em carreira especial cujo ingresso exigiu a
Artigo 76.º
nhar as funções com equidistância relativamente aos inte- mero anterior. aprovação em curso de formação específico.
Poder disciplinar
CAPÍTULO II
pela igualdade dos cidadãos. ser feito por alteração de posicionamento remuneratório
trabalhador ao seu serviço, enquanto vigorar o vínculo de Atividade, local de trabalho e carreiras
6 — O dever de informação consiste em prestar ao ci- ou por promoção.
emprego público.
com ressalva daquela que, naqueles termos, não deva ser SECÇÃO I Artigo 83.º
divulgada. SECÇÃO III
Local de trabalho
7 — O dever de zelo consiste em conhecer e aplicar as Disposições gerais
Acordos de limitação da liberdade de trabalho
normas legais e regulamentares e as ordens e instruções
Artigo 79.º prestação no local de trabalho correspondente ao posto de
Artigo 77.º
Funções desempenhadas
trabalho atribuído, sem prejuízo das situações de mobili-
utilizando as competências que tenham sido consideradas Pacto de não concorrência dade previstas na presente lei.
adequadas. 2 — O trabalhador encontra-se adstrito às deslocações
de regulamentação coletiva de trabalho que, por qualquer funções integrados em carreiras. profissional.
forma, possam prejudicar o exercício da liberdade de tra-
objeto de serviço e com a forma legal.
SECÇÃO II
2 — É lícito, porém, o acordo ou a cláusula pela qual a uma categoria integrada numa carreira.
as funções com subordinação aos objetivos do órgão ou Carreiras
serviço.
10 — O dever de correção consiste em tratar com res- cumulativamente as seguintes condições: Artigo 84.º
peito os utentes dos órgãos ou serviços e os restantes tra-
a) Constar tal acordo, por forma escrita, do contrato de Carreiras gerais e especiais
balhadores e superiores hierárquicos.
trabalho em funções públicas ou do acordo de cessação Artigo 80.º
do vínculo; Conteúdo funcional são gerais ou especiais.
e nas horas que estejam designadas. b) Tratar-se de atividade cujo exercício possa efetiva-
mente causar prejuízo ao empregador público;
formação e aperfeiçoamento profissional na atividade em
que exerce funções, das quais apenas pode ser dispensado o período de limitação da sua atividade, que pode sofrer legalmente descrito.
respetivas atividades.
por motivo atendível. redução equitativa, em montante equivalente àquele que
3 — São especiais as carreiras cujos conteúdos funcio-
o empregador público houver despendido com a sua for- deve ser descrito de forma abrangente, dispensando por-
nais caracterizam postos de trabalho de que apenas um ou
observar os deveres especiais inerentes a essa situação. mação profissional. menorizações relativas às tarefas nele abrangidas.
das respetivas atividades.
3 — Em caso de despedimento declarado ilícito ou de Artigo 81.º
SECÇÃO II
Exercício de funções afins quando, cumulativamente:
Poderes do empregador público mento em ato ilícito do empregador público, o montante
1 — A descrição do conteúdo funcional nos termos do a) Os respetivos conteúdos funcionais não possam ser
elevado até ao equivalente à remuneração base devida no artigo anterior não prejudica a atribuição ao trabalhador
Artigo 74.º
momento da cessação do vínculo, sob pena de não poder b) Os respetivos trabalhadores se devam sujeitar a de-
Poder de direção ser invocada a cláusula de não concorrência. veres funcionais mais exigentes que os previstos para os
4 — São deduzidas no montante da compensação refe- fissional adequada e que não impliquem desvalorização das carreiras gerais;
decorrentes do vínculo de emprego público e das normas rida no número anterior as importâncias percebidas pelo profissional.
em curso de formação específico de duração não inferior
que o regem, fixar os termos em que deve ser prestado o
a seis meses ou deter certo grau académico ou título pro-
trabalho.
nos termos da alínea c) do n.º 2. fissional para integrar a carreira.
Artigo 75.º 5 — Tratando-se de trabalhador afeto a atividades cuja confere ao trabalhador o direito a formação profissional
Regulamento interno do órgão ou serviço
não inferior a 10 horas anuais.
acesso a informação particularmente sensível no plano da pode ser preenchido durante o período experimental.
concorrência, a limitação a que se refere o n.º 2 pode ser Artigo 82.º
nos do órgão ou serviço contendo normas de organização prolongada até três anos. Artigo 85.º
Atribuição de funções e desenvolvimento da carreira
e disciplina do trabalho.
Carreiras unicategoriais e pluricategoriais
Artigo 78.º
serviço é ouvida a comissão de trabalhadores ou, na sua trabalhador no posto de trabalho mais adequado às suas 1 — As carreiras gerais ou especiais são unicategoriais
Pacto de permanência
aptidões e qualificação profissional, dentro da carreira e ou pluricategoriais, consoante lhes correspondam uma ou
ou os delegados sindicais. 1 — É lícito o acordo pelo qual o trabalhador e o em- categoria a que pertence ou que serve de referencial para mais categorias.
o exercício das suas funções.
2 — As condições de prestação de trabalho devem fa-
designadamente afixando-o na sede do órgão ou serviço e certo prazo, não superior a três anos, como compensação um conteúdo funcional distinto do das restantes.
3244 3245

cia dos órgãos ou serviços o imponham, os trabalhadores integrado ou ao da categoria de que é titular, o acordo do
integra o das inferiores. podem ser sujeitos a mobilidade. trabalhador nunca pode ser dispensado.

Artigo 86.º de unidades orgânicas flexíveis com o nível de secção ou abranger:


da necessidade de coordenar, pelo menos, 10 assistentes culos de emprego público por tempo indeterminado e se
Graus de complexidade funcional
técnicos do respetivo setor de atividade.
ambas as modalidades; do trabalhador que não se encontre colocado em situação
trabalho que devam ser ocupados por encarregados gerais de requalificação nunca pode ser dispensado.
graus de complexidade funcional: b) Mobilidade dentro do mesmo órgão ou serviço ou
entre dois órgãos ou serviços;
operacionais do respetivo setor de atividade. c) Mobilidade relativa a trabalhadores em efetividade Artigo 95.º
obrigatória, ainda que acrescida de formação profissional
adequada; requalificação; Dispensa do acordo do trabalhador para a mobilidade
trabalho que devam ser ocupados por encarregados ope-
b) Grau 2, quando se exija a titularidade do 12.º ano de d) Mobilidade a tempo inteiro ou a tempo parcial. 1 — É dispensado o acordo do trabalhador para a mo-
escolaridade ou de curso que lhe seja equiparado; da necessidade de coordenar, pelo menos, 10 assistentes
c) Grau 3, quando se exija a titularidade de licenciatura operacionais do respetivo setor de atividade. inclusive, do local de residência e desde que se verifique
ou de grau académico superior a esta. cia de outros regimes de mobilidade, nomeadamente no uma das seguintes situações:
SECÇÃO III âmbito de carreiras especiais.
respetivo grau de complexidade funcional. Avaliação do desempenho Artigo 93.º
Artigo 89.º Modalidades de mobilidade
referenciado a categorias, quando a integração nestas de- Avaliação do desempenho 1 — A mobilidade reveste as modalidades de mobili-
penda, em regra, da titularidade de níveis habilitacionais dade na categoria e de mobilidade intercarreiras ou cate-
diferentes. Os trabalhadores estão sujeitos ao regime de avaliação gorias. quelas áreas.
do desempenho constante do diploma próprio referido na
Artigo 87.º alínea a) do artigo 5.º
Posições remuneratórias podem, no prazo de 10 dias, a contar da comunicação da
Artigo 90.º
que detenha habilitação adequada.
Princípios da avaliação do desempenho
número variável de posições remuneratórias.
2 — À categoria da carreira unicategorial corresponde para o exercício de funções não inerentes à categoria de
um número mínimo de oito posições remuneratórias. rege-se pelos seguintes princípios: que o trabalhador é titular e inerentes: de rede de serviços de transporte público coletivo entre a
residência e o local de trabalho, ou da duração excessiva
e a qualidade; b) A carreira de grau de complexidade funcional igual, da deslocação.

de oito posições remuneratórias; transversal a todos os serviços, organismos e trabalhado- integrado ou ao da categoria de que é titular. 30 km quando o trabalhador pertença a categoria de grau
res da Administração Pública; de complexidade 1 ou 2.
corresponde um número proporcionalmente decrescente
de posições remuneratórias, por forma a que: da titularidade de habilitação adequada do trabalhador e
não pode modificar substancialmente a sua posição. as condições e os termos em que podem ser compensados
i) No caso de carreira desdobrada em duas categorias, demonstração de competências profissionais;
seja de quatro o número mínimo das posições remunera- d) Reconhecimento e motivação, garantindo a diferen- Artigo 94.º
tórias da categoria superior; nas situações previstas no presente artigo.
ii) No caso de carreira desdobrada em três categorias, Forma de operar a mobilidade
na valorização das competências e do mérito;
e) Transparência e imparcialidade, assentando em cri- 1 — A mobilidade, em qualquer das suas modalidades, Artigo 96.º
térios objetivos, regras claras e amplamente divulgadas. pode operar:
Dispensa do acordo do órgão ou serviço
gorias, seja de seis, quatro e duas o número mínimo das Artigo 91.º a) Por acordo entre os órgãos ou serviços de origem e de origem para a mobilidade
de destino, mediante a aceitação do trabalhador;
superiores. Efeitos da avaliação do desempenho
Para além dos efeitos previstos no diploma que a regu- e de destino, com dispensa de aceitação do trabalhador;
Artigo 88.º do trabalhador, para efeitos de mobilidade, quando:
Enumeração e caracterização das carreiras gerais dispensa do acordo do órgão ou serviço de origem, me- a) A mobilidade opere para serviço ou unidade orgâ-
diante despacho do membro do Governo, em situações de
1 — São gerais as carreiras de: mobilidade entre serviços do ministério que tutela, e com
de prémios de desempenho e efeitos disciplinares. do Porto;
a) Técnico superior;
b) Assistente técnico; termos do artigo seguinte;
CAPÍTULO III do órgão ou serviço de origem, numa situação de mobili-
c) Assistente operacional.
dade relativa ao mesmo trabalhador, ainda que para outro
Mobilidade
2 — A caracterização das carreiras gerais, em função serviço de destino.
do número e designação das categorias em que se desdo- Artigo 92.º seguinte.
bram, dos conteúdos funcionais, dos graus de complexi-
Situações de mobilidade
dade funcional e do número de posições remuneratórias
de cada categoria, consta do anexo à presente lei, da qual da mesma carreira ou para carreira de grau de complexi- a beneficiar da dispensa de acordo do órgão ou serviço de
faz parte integrante. dade funcional inferior ao da carreira em que se encontra origem nos três anos subsequentes.
3246 3247

Artigo 97.º prazo de 10 dias, a contar da comunicação da decisão de abertos para atender o público, podendo este período ser
Duração
mobilidade. e da Administração Pública. igual ou inferior ao período de funcionamento.
4 — O período de atendimento deve, tendencialmente,
intercarreiras do mesmo grau de complexidade funcional, ter a duração mínima de oito horas diárias e abranger os
exceto nos seguintes casos: dois anos, exceto com o seu acordo, mantendo neste caso verificados os requisitos previstos no n.º 3 e nos termos e
o direito a ajudas de custo. condições previstos em portaria do membro do Governo mente afixadas, de modo visível ao público, nos locais de
atendimento, as horas do seu início e do seu termo.
Artigo 99.º membro do Governo competente no âmbito dos órgãos e 5 — Na definição e fixação do período de atendimento
mentares; Consolidação da mobilidade na categoria serviços em cujos mapas de pessoal se encontre prevista deve atender-se aos interesses dos utentes dos serviços e
b) Quando esteja em causa órgão ou serviço, designa- a carreira de origem.
1 — A mobilidade na categoria e na mesma atividade, 6 — Os serviços podem estabelecer um período exce-
damente temporário, que não possa constituir vínculos de
dentro do mesmo órgão ou serviço, consolida-se definiti- Artigo 100.º cional de atendimento, sempre que o interesse do público
emprego público por tempo indeterminado.
vamente por decisão do respetivo dirigente máximo, com
ou sem o acordo do trabalhador, consoante a constituição Avaliação do desempenho e tempo de serviço
em situação de mobilidade
da situação de mobilidade tenha ou não carecido da acei- organizações representativas dos trabalhadores.
tação do trabalhador. A classificação obtida na avaliação do desempenho e o 7 — Fora dos períodos de atendimento, os serviços co-
tempo de exercício de funções em regime de mobilidade
dentro do mesmo órgão ou serviço, consolida-se definiti- à comunicação, que permitam efetuar o respetivo registo
com a mobilidade. vamente por acordo entre o dirigente máximo do serviço
3 — Não pode haver lugar, durante o prazo de um ano, referência ou à sua situação jurídico-funcional de origem, para posterior resposta.
e o trabalhador. ou à do vínculo de emprego público por tempo indetermi- 8 — Compete ao dirigente máximo dos serviços fixar
orgânica de trabalhador que se tenha encontrado em mo- nado, que na sequência da situação de mobilidade, venha
bilidade e tenha regressado à situação jurídico-funcional a constituir.
por decisão do dirigente máximo do órgão ou serviço de
de origem. trabalho, por forma a garantir o regular cumprimento das
Artigo 98.º condições: CAPÍTULO IV missões que lhe estão cometidas.
9 — Por diploma próprio podem ser estabelecidos re-
Situações excecionais de mobilidade a) Com o acordo do órgão ou serviço de origem do tra- Tempo de trabalho gimes de funcionamento especial.
balhador, quando exigido para a constituição da situação
1 — A título excecional, o trabalhador pode ser sujeito
de mobilidade; SECÇÃO I Artigo 104.º
a mobilidade, com dispensa do seu acordo, para posto de
trabalho situado a mais de 60 km de distância da sua resi- b) Quando a mobilidade tenha tido, pelo menos, a du-
ração de seis meses ou a duração do período experimental Disposições gerais Registo dos tempos de trabalho
dência, desde que reunidas cumulativamente as seguintes
exigido para a categoria, caso este seja superior;
condições:
Artigo 101.º permita apurar o número de horas de trabalho prestadas
a) A mobilidade ocorra entre unidades orgânicas des- exigido para a constituição da situação de mobilidade ou
Aplicação do Código do Trabalho
concentradas de um mesmo órgão ou serviço; da hora de início e de termo do trabalho, bem como dos
É aplicável aos trabalhadores com vínculo de emprego intervalos efetuados.
viamente no mapa de pessoal. público o regime do Código do Trabalho em matéria de 2 — Nos órgãos ou serviços com mais de 50 trabalha-
na unidade orgânica de destino;
tações e sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes. sistemas automáticos ou mecânicos.
d) Sejam atribuídas ajudas de custo durante o período artigo não é precedida nem sucedida de qualquer período 3 — Em casos excecionais, devidamente fundamenta-
de mobilidade. experimental. Artigo 102.º dos, o dirigente máximo do órgão de direção do serviço
Tempo de trabalho pode dispensar o registo por sistemas automáticos ou me-
2 — A mobilidade depende do prévio apuramento dos tido o posicionamento remuneratório detido na situação cânicos.
trabalhadores disponíveis na unidade ou unidades de ori- jurídico-funcional de origem. 1 — Considera-se tempo de trabalho qualquer período
gem e de necessidades na unidade ou unidades orgânicas Artigo 105.º
requalificação, o disposto nas alíneas a) e c) do n.º 3 não ou permanece adstrito à realização da prestação. Limites máximos dos períodos normais de trabalho
é aplicável, podendo ainda o posto de trabalho referido na 2 — Para além das situações previstas no número an-
serviço. terior e no Código do Trabalho, são consideradas tempo 1 — O período normal de trabalho é de:
quando necessário para a consolidação. de trabalho as interrupções na prestação de trabalho du- a) Oito horas por dia, exceto no caso de horários fle-
rante o período de presença obrigatória autorizadas pelo xíveis e no caso de regimes especiais de duração de tra-
empregador público em casos excecionais e devidamente balho.
nos termos do presente artigo, no prazo e nas condições público e o trabalhador. fundamentados.
estipuladas para o efeito pelo dirigente máximo do órgão 8 — Verificada a situação prevista no número anterior, b) 40 horas por semana, sem prejuízo da existência de
ou serviço. cessa o direito à atribuição de ajudas de custo. Artigo 103.º
4 — Quando não existam, nas condições previstas no 9 — O disposto no presente artigo é aplicável, com as Períodos de funcionamento e de atendimento
necessárias adaptações, às situações de cedência de inte- trabalho.
suficiente para a satisfação das necessidades na unidade resse público, sempre que esteja em causa um trabalhador
ou unidades orgânicas de destino, são aplicados, em cada diário durante o qual os órgãos e serviços exercem a sua 2 — O trabalho a tempo completo corresponde ao pe-
órgão ou serviço, critérios objetivos de seleção definidos atividade.

do membro do Governo que exerça poderes de direção, período de funcionamento especial, o período normal de
público. funcionamento não pode iniciar-se antes das oito horas, legalmente previstas.
publicitados nos termos previstos no n.º 2. 3 — O período normal de trabalho pode ser reduzido
5 — O trabalhador selecionado nos termos do número ção da cedência de interesse público, carece de despacho afixado de modo visível aos trabalhadores. por instrumento de regulamentação coletiva de trabalho,
de concordância do membro do Governo competente na 3 — Considera-se período de atendimento o intervalo
e demonstrando prejuízo sério para a sua vida pessoal, no respetiva área, bem como de parecer prévio favorável dos trabalhadores.
3248 3249

SECÇÃO II 3 — Não é permitida a alteração aos intervalos de des- 5 — Para efeitos do disposto no n.º 3, a duração média
do trabalho é de oito horas e, nos serviços com funciona- trabalhadores progenitores;
Regimes de duração do trabalho
de vigilância, transporte e tratamento de sistemas eletró- regulamento. tenha a seu cargo neto com idade inferior a 12 anos;
SUBSECÇÃO I 6 — As faltas a que se refere o n.º 3 são reportadas ao
Regimes de adaptabilidade e banco de horas interrompidas por motivos técnicos e, bem assim, quanto último dia ou dias do período de aferição a que o débito deferida a confiança judicial ou administrativa do menor,
a trabalhadores que ocupem cargos de administração e de respeita. bem como o cônjuge ou a pessoa em união de facto com
Artigo 106.º direção e outras pessoas com poder de decisão autónomo Artigo 112.º qualquer daqueles ou com progenitor, desde que viva em
que estejam isentos de horário de trabalho. comunhão de mesa e habitação com o menor;
Adaptabilidade Horário rígido e) Trabalhador estudante;
1 — São aplicáveis aos trabalhadores com contrato de SUBSECÇÃO II 1 — Horário rígido é aquele que, exigindo o cumpri- f) No interesse do trabalhador, sempre que outras cir-
Modalidades de horário
individual e grupal e os regimes de banco de horas, indi- justifiquem;
vidual e grupal, previstos no Código do Trabalho, com as idênticas, separados por um intervalo de descanso. g) No interesse do serviço, quando devidamente fun-
Artigo 110.º
necessárias adaptações. damentado.
2 — São aplicáveis aos trabalhadores nomeados os re- Adoção das modalidades de horário
gimes de adaptabilidade individual e de banco de horas
individual previstos no Código do Trabalho, com as ne- a) Serviços de regime de funcionamento comum que
cessárias adaptações. encerram ao sábado:
de trabalho: Período da manh㠗 das 9 horas às 13 horas; Artigo 115.º
Artigo 107.º Período da tarde — das 14 horas às 18 horas. Trabalho por turnos
a) Horário flexível;
Aplicação aos trabalhadores nomeados
b) Horário rígido; b) Serviços de regime de funcionamento especial que
c) Horário desfasado; funcionam ao sábado de manhã: nização do trabalho em equipa em que os trabalhadores
vidual e de banco de horas individual aos trabalhadores d) Jornada contínua; ocupam sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a
e) Trabalho por turnos. um determinado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou
13 horas, de segunda-feira a sexta-feira, e até às 12 horas,
2 — Para além dos horários referidos no número ante- aos sábados; tes num dado período de dias ou semanas.
número seguinte.
rior, podem ser fixados horários específicos de harmonia
com o previsto na presente lei. -feira a sexta-feira. sempre que o período de funcionamento do órgão ou ser-
segue os termos previstos no Código do Trabalho. 3 — Associados às modalidades de horário de trabalho viço ultrapasse os limites máximos do período normal de
previstas no n.º 1 podem ser criados regimes especiais de 3 — A adoção do horário rígido não prejudica a possi- trabalho.
prevenção, a definir em diplomas próprios.
SECÇÃO III
ultrapassar os limites máximos dos períodos normais de
de mais do que um intervalo de descanso e com duração
Horário de trabalho Artigo 111.º trabalho.
Horário flexível total os limites neste estabelecidos. 4 — A prestação de trabalho por turnos deve obedecer
SUBSECÇÃO I às seguintes regras:
1 — Horário flexível é o que permite ao trabalhador de
Disposições gerais Artigo 113.º a) Os turnos são rotativos, estando o respetivo pessoal
um serviço gerir os seus tempos de trabalho, escolhendo
as horas de entrada e de saída. Horário desfasado
sujeito à sua variação regular;
Artigo 108.º 2 — A adoção de qualquer horário flexível está sujeita
Definição de horário de trabalho e períodos às seguintes regras:
de funcionamento e de atendimento trabalho;
estabelecer, serviço a serviço ou para determinado grupo
funcionamento dos órgãos ou serviços, especialmente no
ção das horas do início e do termo do período normal de que respeita às relações com o público; fixas diferentes de entrada e de saída. mais de cinco horas de trabalho consecutivo;
trabalho diário ou dos respetivos limites, bem como dos
intervalos de descanso. da manhã e da parte da tarde, as quais não podem ter, no Artigo 114.º
2 — O empregador público deve respeitar os períodos seu conjunto, duração inferior a quatro horas; Jornada contínua cluídas no período de trabalho;
de funcionamento e de atendimento na organização dos c) Não podem ser prestadas, por dia, mais de 10 horas
de trabalho; 1 — A jornada contínua consiste na prestação ininter- domingo, pelo menos uma vez em cada período de quatro
semanas;
Artigo 109.º aferido à semana, à quinzena ou ao mês. f) A mudança de turno só pode ocorrer após o dia de
considera tempo de trabalho. descanso.
Intervalo de descanso
3 — O débito de horas, apurado no final de cada pe-
1 — O intervalo de descanso não pode ter duração in- ríodo de aferição, dá lugar à marcação de uma falta, que mente, um dos períodos do dia e determinar uma redução Artigo 116.º
ferior a uma hora nem superior a duas, de modo a que o Regimes de turnos
por cada período igual ou inferior à duração média diária uma hora.
consecutivo, exceto quando se trate de jornada contínua 3 — A jornada contínua pode ser adotada nos casos de 1 — O regime de turnos é:
do trabalho.
ou regime previsto em norma especial. horários específicos previstos na presente lei e em casos
os dias da semana;
períodos de aferição pode ser transportado para o período nos seguintes: b) Semanal prolongado, quando for prestado em todos
interessado, mais do que um intervalo de descanso e com os cinco dias úteis e no sábado ou domingo;
12 anos ou, independentemente da idade, com deficiência
exceder no total os limites legais. para a quinzena e para o mês. ou doença crónica; -feira a sexta-feira.
3250 3251

em, pelo menos, três períodos de trabalho diário e parcial lei, nem à observância do dever geral de assiduidade e de
quando prestado em apenas dois períodos. cumprimento da duração semanal de trabalho. de regulamentação coletiva de trabalho. do serviço, nomeadamente as atividades a seguir indica-
2 — A adoção de qualquer regime de prestação de tra- das, desde que através de instrumento de regulamentação
SUBSECÇÃO III balho não sujeita a horário obedece às seguintes regras: Artigo 121.º
Isenção de horário de trabalho Registo
correspondentes descansos compensatórios:
às tarefas e aos prazos da sua realização; 1 — O empregador público deve possuir e manter du- a) Vigilância, transporte e tratamento de sistemas ele-
Artigo 117.º trónicos de segurança;
rante cinco anos a relação nominal dos trabalhadores que
Condições da isenção de horário de trabalho
plano de atividades do serviço, desde que calendarizadas,

a horário;
que chefiem equipas multidisciplinares gozam de isenção c) Fixação de um prazo certo para a realização da ta- centros educativos;
de fiscalização pela IGF ou por outro serviço de inspeção
refa a executar, que não deve exceder o limite máximo de legalmente competente. c) Distribuição e abastecimento de água;
2 — Podem ainda gozar de isenção de horário outros 10 dias úteis; d) Ambulâncias, bombeiros e proteção civil;
2 — O registo de trabalho suplementar deve conter os
d) Não autorização ao mesmo trabalhador mais do que e) Recolha de lixo e incineração;
uma vez por trimestre. f) Atividades em que o processo de trabalho não possa
da Administração Pública. ser interrompido por motivos técnicos;
coletiva de trabalho. 3 — O não cumprimento da tarefa no prazo acordado, g) Investigação e desenvolvimento.

este regime durante o prazo de um ano, a contar da data CAPÍTULO V


semanal de trabalho legalmente estabelecida. do incumprimento.
Tempos de não trabalho
Artigo 118.º contacto regular do trabalhador com o serviço, nem a sua Artigo 124.º
Modalidades e efeitos da isenção de horário de trabalho presença no local do trabalho, sempre que tal se mostre SECÇÃO I Semana de trabalho e descanso semanal
necessário.
Disposição 1 — A semana de trabalho é, em regra, de cinco dias.
tes modalidades:
SECÇÃO IV Artigo 122.º
a) Não sujeição aos limites máximos dos períodos nor- semanal obrigatório, acrescido de um dia de descanso se-
mais de trabalho; Trabalho suplementar Disposições gerais
b) Possibilidade de alargamento da prestação a um de- e o sábado, respetivamente.
Artigo 120.º 1 — É aplicável aos trabalhadores com vínculo de em- 3 — Os dias de descanso referidos no número anterior
terminado número de horas, por dia ou por semana;
c) Observância dos períodos normais de trabalho acor- Limites da duração do trabalho suplementar
só podem deixar de coincidir com o domingo e o sábado,
dados. respetivamente, quando o trabalhador exerça funções em
e sem prejuízo das especificidades constantes do presente órgão ou serviço que encerre a sua atividade noutros dias
capítulo. da semana.
2 — A isenção de horário dos trabalhadores referidos
no n.º 1 do artigo anterior implica, em qualquer circuns- prejuízo do disposto no presente artigo e nos artigos se- 4 — Os dias de descanso semanal podem ainda deixar
tância, a não sujeição aos limites máximos dos períodos guintes, o regime do Código do Trabalho em matéria de de coincidir com o domingo e o sábado nos casos:
normais de trabalho, nos termos dos estatutos do empre- trabalho suplementar.
2 — O trabalho suplementar fica sujeito, por trabalha- Código do Trabalho.
gador público. 3 — É observado o feriado municipal das localidades.
dor, aos seguintes limites:
4 — A observância da Terça-Feira de Carnaval como devam ser desempenhados em dia de descanso de outros
a escolha da modalidade de isenção de horário obedece a) 150 horas de trabalho por ano; dia feriado depende de decisão do Conselho de Ministros trabalhadores;
ao disposto na lei ou em instrumento de regulamentação b) Duas horas por dia normal de trabalho; ou dos órgãos de governo próprio das regiões autónomas, b) Do pessoal dos serviços de limpeza ou encarregado
coletiva de trabalho. de outros trabalhos preparatórios e complementares que
devam necessariamente ser efetuados no dia de descanso
ou complementar, e nos feriados; em contrário. dos restantes trabalhadores;
isenção de horário segue o disposto na alínea b) do n.º 1,
não podendo o alargamento da prestação de trabalho ser trabalho diário em meio dia de descanso complementar. Artigo 123.º
superior a duas horas por dia ou a 10 horas por semana. Descanso diário de segurança;
5 — A isenção não prejudica o direito aos dias de des- 3 — Os limites fixados no número anterior podem ser d) De trabalhador que exerça atividade em exposições
e feiras;
dias e meios dias de descanso complementar, nem ao des- descanso de 11 horas seguidas entre dois períodos diários
canso diário de 11 horas consecutivas entre dois períodos base do trabalhador: de trabalho consecutivos. que não encerrem ao sábado e, ou, ao domingo;
f) Nos demais casos previstos em legislação especial.
no n.º 1 do artigo 117.º e no n.º 2 do artigo 123.º
6 — Nos casos previstos no n.º 1 do artigo 117.º e no por motivo de força maior ou por ser indispensável para
5 — Quando a natureza do órgão ou serviço ou razões
n.º 2 do artigo 123.º, deve ser observado um período de prevenir ou reparar prejuízos graves para o órgão ou ser-
descanso que permita a recuperação do trabalhador entre e de assistente técnico, cuja manutenção ao serviço para viço devidos a acidente ou a risco de acidente iminente.
complementar ser gozado, segundo opção do trabalhador,
dois períodos diários de trabalho consecutivos. além do horário de trabalho seja fundamentadamente re-
do seguinte modo:
conhecida como indispensável;
Artigo 119.º
estatutos profissionais, ou quando os períodos normais de
Não sujeição a horário de trabalho
b) Meio dia imediatamente anterior ou posterior ao dia
mento nas características da atividade, nomeadamente no de descanso semanal obrigatório, sendo o tempo restante
posteriores à ocorrência. caso dos serviços de limpeza. deduzido na duração do período normal de trabalho dos
3252 3253

restantes dias úteis, sem prejuízo da duração do período já vencido, o trabalhador tem direito à remuneração cor- 2 — Em caso de ausência do trabalhador por períodos
normal de trabalho semanal. úteis. respondente ao período de férias não gozado e respetivo inferiores ao período normal de trabalho diário, os respe-
subsídio. tivos tempos são adicionados para determinação da falta.
6 — Sempre que seja possível, o empregador público vence-se no dia 1 de janeiro, sem prejuízo do disposto no 2 — No ano da cessação do impedimento prolongado
Código do Trabalho. o trabalhador tem direito a férias nos termos previstos no Artigo 134.º
mesmo agregado familiar o descanso semanal nos mes- 4 — Ao período de férias previsto no n.º 1 acresce um artigo 127.º
dia útil de férias por cada 10 anos de serviço efetivamente Tipos de faltas
mos dias. 3 — No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de
prestado. decorrido o prazo referido no número anterior ou antes de 1 — As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.
Artigo 125.º 2 — São consideradas faltas justificadas:
aumentada no quadro de sistemas de recompensa do de- 30 de abril do ano civil subsequente.
Duração do descanso semanal obrigatório sempenho, nos termos previstos na lei ou em instrumento
de regulamentação coletiva de trabalho. casamento;
1 — Quando o dia de descanso complementar não seja
6 — Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes
de segunda-feira a sexta-feira, com exceção dos feriados, prestado no ano de início da suspensão. ou afins;
-se a este um período de 11 horas, correspondente ao pe-
c) As motivadas pela prestação de provas em estabele-
ríodo mínimo de descanso diário estabelecido no n.º 1 do
do trabalhador. Artigo 130.º cimento de ensino;
artigo 123.º d) As motivadas por impossibilidade de prestar traba-
2 — O disposto no número anterior não é aplicável a Violação do direito a férias
Artigo 127.º lho devido a facto que não seja imputável ao trabalhador,
trabalhadores titulares de cargos dirigentes e a chefes de
Caso o empregador público, com culpa, obste ao gozo nomeadamente observância de prescrição médica no se-
equipas multidisciplinares. Vínculos de duração inferior a seis meses
das férias nos termos previstos nos artigos anteriores, o
trabalhador recebe, a título de compensação, o triplo da assistida, doença, acidente ou cumprimento de obrigação
a) Quando seja necessária a prestação de trabalho su- remuneração correspondente ao período em falta, o qual legal;
por cada mês completo de duração do contrato. deve obrigatoriamente ser gozado até 30 de abril do ano e) A motivada pela prestação de assistência inadiável e
pensável para prevenir ou reparar prejuízos graves para o civil subsequente. imprescindível a filho, a neto ou a membro do agregado
órgão ou serviço devidos a acidente ou a risco de acidente devem contar-se todos os dias, seguidos ou interpolados, familiar do trabalhador;
em que foi prestado trabalho. Artigo 131.º
iminente;
b) Quando os períodos normais de trabalho são fracio- Exercício de outra atividade durante as férias ensino de responsável pela educação de menor por mo-
tivo da situação educativa deste, pelo tempo estritamente
da atividade, nomeadamente serviços de limpeza; anterior ao da cessação, salvo acordo das partes.
exercendo cumulativamente, com autorização, ou o em-
Artigo 128.º pregador público a isso o autorizar.
Doença no período de férias h) As dadas por candidatos a eleições para cargos pú-
prejuízo da eventual responsabilidade disciplinar do tra-
de acordo individual sejam garantidos ao trabalhador os balhador, dá ao empregador público o direito de reaver a eleitoral, nos termos da correspondente lei eleitoral;
de férias, são as mesmas suspensas desde que o emprega- i) As motivadas pela necessidade de tratamento ambu-
correspondentes descansos compensatórios.
dor público seja do facto informado, prosseguindo, logo
da qual metade reverte para o Instituto de Gestão Finan-
naquele período. ceira da Segurança Social, I.P., no caso de o trabalhador
anterior, são consideradas as seguintes atividades: ser beneficiário do regime geral de segurança social para período normal de trabalho e só pelo tempo estritamente
acordo, a marcação dos dias de férias não gozados, que necessário;
a) Vigilância, transporte e tratamento de sistemas ele- nos restantes casos. j) As motivadas por isolamento profilático;
trónicos de segurança; podem decorrer em qualquer período.
k) As dadas para doação de sangue e socorrismo;
l) As motivadas pela necessidade de submissão a mé-
saúde ou por atestado médico. todos de seleção em procedimento concursal;
a cada um dos períodos de vencimento posteriores. m) As dadas por conta do período de férias;
centros educativos; 4 — Para efeitos de verificação da situação de doença,
o empregador público pode requerer a designação de mé- n) As que por lei sejam como tal consideradas.
c) Ambulâncias, bombeiros e proteção civil; Artigo 132.º
d) Recolha de lixo e incineração;
habitual do trabalhador, do facto lhe dando conhecimento Contacto em período de férias
e) Atividades em que o processo de trabalho não possa sivo à assistência ao cônjuge ou equiparado, ascendentes,
ser interrompido por motivos técnicos;
f) Investigação e desenvolvimento. nar um médico que não tenha qualquer vínculo contratual
anterior ao empregador público. possível, ao respetivo empregador público, a forma como deficientes, quando comprovadamente o trabalhador seja
5 — Em caso de desacordo entre os pareceres médicos pode ser eventualmente contactado. a pessoa mais adequada para o fazer.
referidos nos números anteriores, pode ser requerida por
qualquer das partes a intervenção de junta médica. SECÇÃO III
a) As dadas ao abrigo das alíneas a) a h) e n) têm os
Faltas efeitos previstos no Código do Trabalho;
SECÇÃO II ção previsto no n.º 1, bem como de oposição, sem motivo
b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, as da-
Férias SUBSECÇÃO I das ao abrigo das alíneas i) a l) não determinam perda de
doença são considerados dias de férias.
Disposições comuns remuneração;
Artigo 126.º Artigo 129.º c) As dadas ao abrigo da alínea m) têm os efeitos pre-
Artigo 133.º vistos no artigo seguinte.
Direito a férias Efeitos da suspensão do contrato
por impedimento prolongado Noção
1 — O trabalhador tem direito a um período de férias
remuneradas em cada ano civil, nos termos previstos no sua duração não podem ser objeto de instrumento de re-
Código do Trabalho e com as especificidades dos artigos gulamentação coletiva de trabalho, salvo tratando-se das
seguintes. período normal de trabalho diário. situações previstas na alínea g) do n.º 2.
3254 3255

6 — São consideradas injustificadas as faltas não pre- Artigo 137.º Artigo 140.º trabalho, observando-se o princípio de que para trabalho
vistas no n.º 2. Verificação da situação de doença por médico Impossibilidade de comparência ao exame médico
igual salário igual.
designado pelo empregador público
Artigo 135.º Artigo 145.º
1 — O empregador público pode designar um médico
Faltas por conta do período de férias para efetuar a verificação da situação de doença do traba- Direito à remuneração
-se deve, em qualquer caso, informar dessa impossibili-
1 — Sem prejuízo do disposto em lei especial, o traba- lhado, nos seguintes casos: dade a entidade que o tiver convocado, até à data prevista 1 — A remuneração é devida com o início do exercício
lhador pode faltar dois dias por mês por conta do período para o exame ou, se não tiver sido possível, nas 24 horas de funções, sem prejuízo do regime especial de produção
a) Não se tendo realizado o exame no prazo previsto seguintes. de efeitos da aceitação.
ser utilizados em períodos de meios dias. imputável ao trabalhador ou, sendo caso disso, no prazo
previsto no n.º 2 do artigo 140.º; mensalmente.
a sua realização no domicílio do trabalhador, dentro das
b) Tendo recebido a comunicação prevista no n.º 3 do 48 horas seguintes.
próprio ano ou do ano seguinte. artigo anterior ou, na falta desta, se não tiver obtido indi- direito à remuneração é total ou parcialmente suspenso.
4 — O direito à remuneração cessa com a extinção do
Artigo 141.º vínculo de emprego público.
ser comunicadas com a antecedência mínima de 24 horas
ou, se não for possível, no próprio dia, e estão sujeitas a Comunicação do resultado da verificação
autorização, que pode ser recusada se forem suscetíveis 2 — Na data em que designar o médico, nos termos do Artigo 146.º
1 — O médico que proceda à verificação da situação
de causar prejuízo para o normal funcionamento do órgão número anterior, o empregador público dá cumprimento Componentes da remuneração
ou serviço. ao disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 do artigo anterior.
4 — Nos casos em que as faltas determinem perda de atividade. A remuneração dos trabalhadores com vínculo de em-
prego público é composta por:
Artigo 138.º
trabalhador assim o preferir, por dias de férias, na propor- doença deve proceder à comunicação prevista no número a) Remuneração base;
ção de um dia de férias por cada dia de falta, desde que Reavaliação da situação de doença anterior nas 24 horas subsequentes. b) Suplementos remuneratórios;
seja salvaguardado o gozo efetivo de 20 dias de férias ou 1 — Para efeitos do disposto no n.º 5 do artigo 128.º, a c) Prémios de desempenho.
da correspondente proporção, se se tratar do ano de ad- reavaliação da situação de doença do trabalhador é feita Artigo 142.º
por intervenção da comissão de reavaliação dos serviços Eficácia do resultado da verificação da situação de doença SECÇÃO II
ao empregador público.
2 — Sem prejuízo do previsto no número seguinte, a O empregador público não pode fundamentar qualquer Remuneração base
SUBSECÇÃO II decisão desfavorável para o trabalhador no resultado da
Faltas por doença e justificação da doença designado pelos serviços da segurança social, que preside Artigo 147.º
requerer a intervenção da comissão de reavaliação, nem Tabela remuneratória única
Artigo 136.º até à decisão final, se esta for requerida. 1 — A tabela remuneratória única contém a totalidade
Verificação da situação de doença por médico
designado pela segurança social
pelo trabalhador e outro pelo empregador público. Artigo 143.º
1 — Para efeitos de verificação da situação de doença dois médicos no caso de: Comunicações e taxas
2 — O número de níveis remuneratórios e o montante
a) O trabalhador ou o empregador público não ter pro- 1 — As comunicações previstas na presente subsecção
cedido à respetiva designação; devem ser efetuadas por escrito e por meio célere, desig-
área da residência habitual do trabalhador, informando o
trabalhador do requerimento nessa mesma data. meio escrito, desde que possa fazer prova do seu envio. vel pela área das finanças.
2 — Os serviços da segurança social referidos no nú-
mero anterior devem, no prazo de 24 horas, a contar da de segurança social a designação de outro médico. a cada nível remuneratório deve manter a proporcionali-
receção do requerimento: valiação é devido o pagamento de uma taxa, nos termos a dade relativa entre cada um dos níveis.
Artigo 139.º
fixar em portaria dos membros do Governo responsáveis
a) Designar o médico, de entre os que integram comis-
Procedimento de reavaliação da doença pelas áreas das finanças e laboral.
sões de verificação de incapacidade temporária;
b) Comunicar a designação do médico ao empregador
público; CAPÍTULO VI garantida (RMMG).
mesma data, comunicar esse pedido à contraparte. Remuneração
Artigo 148.º
ocorrer nas 72 horas seguintes;
SECÇÃO I Retribuição mínima mensal garantida
ao exame médico, sem motivo atendível, tem como con- faculdade. Disposições gerais
3 — A contraparte pode indicar o médico nas 24 horas remuneratórios de montante inferior ao da retribuição mí-
seguintes ao conhecimento do pedido. Artigo 144.º nima mensal garantida.
sua observação, informação clínica e os elementos auxi- 4 — Os serviços da segurança social devem, no prazo
liares de diagnóstico de que disponha, comprovativos da Princípios gerais Artigo 149.º
sua incapacidade. cumprimento ao disposto nas alíneas c) e d) do n.º 2 do
Fixação da remuneração base
artigo 136.º podem ser afastadas ou derrogadas por instrumento de re-
3 — Os serviços de segurança social, caso não possam 5 — No prazo de oito dias, a contar da apresentação do gulamentação coletiva de trabalho, salvo quando previsto
cumprir o disposto no número anterior, devem, dentro do requerimento, a comissão deve proceder à reavaliação da expressamente na presente lei. ções remuneratórias das categorias, bem como aos cargos
mesmo prazo, comunicar essa impossibilidade ao empre- 2 — A determinação do valor da remuneração deve ser
gador público. da mesma a este e ao empregador público. regulamentar.
3256 3257

2 — Na fixação dos níveis remuneratórios correspon- Artigo 153.º na categoria para a posição remuneratória imediatamente mesmo que não se encontrem reunidos os requisitos pre-
dentes às posições remuneratórias das categorias devem, Remuneração em caso de mobilidade
seguinte àquela em que se encontram, nos termos do pre- vistos no n.º 2 do artigo anterior, desde que o trabalhador
em princípio, observar-se as seguintes regras: sente artigo. tenha obtido a menção máxima ou a imediatamente infe-
1 — O trabalhador em mobilidade na categoria, em ór- 2 — São elegíveis para beneficiar de alteração do po- rior e se inclua nos universos definidos para a alteração
a) Nas carreiras pluricategoriais, os intervalos entre os
níveis remuneratórios são decrescentemente mais peque- de posicionamento remuneratório nos termos e limites do
nos, à medida que as correspondentes posições se tornam ou serviço, onde quer que se encontrem em exercício de artigo anterior.
pode ser remunerado pela posição remuneratória imedia-
superiores; tamente seguinte àquela em que se encontre posicionado ouvido o Conselho Coordenador da Avaliação ou o órgão
na categoria ou, em caso de inexistência desta, pelo nível com competência equiparada, determinar que a alteração
das várias categorias da carreira não se devem sobrepor,
tório em que se encontram: do posicionamento na categoria de trabalhador se opere
na tabela remuneratória única.
nível correspondente à primeira posição da categoria in- a) Uma menção máxima;
ferior até ao correspondente à última posição da categoria categorias nunca pode auferir uma remuneração inferior
superior; à que corresponde à categoria de que é titular. às máximas; ou incluído no universo de trabalhadores incluídos para al-
teração de posicionamento remuneratório e nos termos e
às referidas na alínea anterior, desde que consubstanciem limites fixados no artigo anterior.
da primeira posição da categoria imediatamente superior; função que o trabalhador vai exercer for superior ao nível desempenho positivo. 3 — O disposto no número anterior tem como limite a
remuneratório da primeira posição daquela de que é titu-
remuneratórios são constantes. lar, a remuneração do trabalhador é acrescida para o nível 3 — Os trabalhadores a que se refere o número ante-
Artigo 150.º decrescente da classificação quantitativa obtida na última mente.
Conceito de remuneração base 4 — Não se verificando a hipótese prevista no número avaliação do seu desempenho.
1 — A remuneração base é o montante pecuniário cor- do n.º 1. e até ao limite do montante máximo dos encargos fixado públicas, com o teor integral da respetiva fundamentação
respondente ao nível remuneratório da posição remune- e do parecer do Conselho Coordenador da Avaliação ou
ratória onde o trabalhador se encontra na categoria de que entre os órgãos ou serviços, o trabalhador em mobilidade do órgão com competência equiparada, por publicação na
salvo o disposto no número seguinte.
2 — A remuneração base anual é paga em 14 mensali-
dades, correspondendo uma delas ao subsídio de Natal e Artigo 154.º muneratório quando, não obstante reunidos os requisitos
outra ao subsídio de férias, nos termos da lei. aplicável o disposto no n.º 8 do artigo anterior.
Opção pela remuneração base
para o universo em causa se tenha previsivelmente esgo- Artigo 158.º
Artigo 151.º 1 — Quando o vínculo de emprego público se consti- tado, no quadro da execução orçamental em curso, com a
Subsídio de Natal tua por comissão de serviço, ou haja lugar a cedência de alteração relativa a trabalhador ordenado superiormente. Alteração do posicionamento remuneratório
por opção gestionária
1 — O trabalhador tem direito a um subsídio de Natal interesse público, o trabalhador tem o direito de optar, a
todo o tempo, pela remuneração base devida na situação são também consideradas as menções obtidas que sejam 1 — O dirigente máximo do serviço, de acordo com as
deve ser pago no mês de novembro de cada ano. superiores às nelas referidas. verbas orçamentais previstas, estabelece as verbas desti-
tempo indeterminado. nadas a suportar os encargos decorrentes de alterações do
tempo de serviço prestado no ano civil, nas seguintes si- 2 — No caso de cedência de interesse público para o posicionamento remuneratório na categoria dos trabalha-
tuações: dores do órgão ou serviço.
a) No ano de admissão do trabalhador; refere o número anterior, a remuneração a pagar não pode
b) No ano da cessação do contrato; lado 10 pontos nas avaliações do desempenho referido às
-Ministro. suportar, bem como o universo das carreiras e categorias
doença do trabalhador. Artigo 155.º em que se encontra, contados nos seguintes termos:
Artigo 152.º Cálculo do valor da remuneração horária e diária a) Seis pontos por cada menção máxima; categoria podem ter lugar.
b) Quatro pontos por cada menção imediatamente in-
Remuneração do período de férias ferior à máxima; ser desagregado, quando assim o entenda o dirigente má-
através da fórmula (Rb × 12)/(52 × N), em que Rb é a re-
1 — A remuneração do período de férias corresponde muneração base mensal e N o número de horas da normal c) Dois pontos por cada menção imediatamente infe- ximo, em função:
duração semanal do trabalho. rior à referida na alínea anterior, desde que consubstancie
desempenho positivo; a) Da atribuição, competência ou atividade que os tra-
em serviço efetivo, com exceção do subsídio de refeição.
2 — Além da remuneração mencionada no número an- d) Dois pontos negativos por cada menção correspon-
terior, o trabalhador tem direito a um subsídio de férias de outra fração de tempo de trabalho inferior ao período de dente ao mais baixo nível de avaliação.
b) Da área de formação académica ou profissional dos
valor igual a um mês de remuneração base mensal, que trabalho diário.
deve ser pago por inteiro no mês de junho de cada ano ou 8 — Na falta de lei especial em contrário, a alteração trabalhadores integrados em determinada carreira ou titu-
3 — A remuneração diária corresponde a 1/30 da remu- lares de determinada categoria, quando tal área de forma-
em conjunto com a remuneração mensal do mês anterior neração mensal.
do ano em que tiver lugar. ção tenha sido utilizada na caracterização dos postos de
direito ocorrer em momento posterior. trabalho contidos nos mapas de pessoal.
SECÇÃO III
Artigo 157.º
não prejudica o direito ao subsídio de férias, nos termos Alteração do posicionamento remuneratório 4 — Para efeitos do disposto nos números anteriores,
Regras especiais de alteração do posicionamento remuneratório as alterações podem não ter lugar em todas as carreiras,
do número anterior.
4 — O aumento do período de férias previsto nos n.os 4 Artigo 156.º
ouvido o Conselho Coordenador da Avaliação ou o órgão relativamente a todos os trabalhadores integrados em de-
Regra geral de alteração do posicionamento remuneratório
do Trabalho, respetivamente, não implicam o aumento ou terminada carreira ou titulares de determinada categoria.
5 — A decisão é tornada pública por afixação no órgão
de férias. podem ver alterado o seu posicionamento remuneratório ou serviço e divulgação em página eletrónica.
3258 3259

SECÇÃO IV Artigo 161.º Artigo 163.º desempenho, a menção máxima ou a imediatamente in-
Suplementos remuneratórios Suplemento remuneratório de turno Limites remuneratórios
ferior a ela.

1 — Os trabalhadores nomeados não podem, em cada versos definidos, são ordenados, dentro de cada universo,
Artigo 159.º
Condições de atribuição dos suplementos remuneratórios terço da remuneração base respetiva, pelo que não pode naquela avaliação.
remuneratório cujo montante varia em função do número ser exigida a sua realização quando exceda aquele limite.
1 — São suplementos remuneratórios os acréscimos
de turnos adotado, bem como da natureza permanente ou e após exclusão dos trabalhadores que, nesse ano, tenham
postos de trabalho que apresentam condições mais exi- não do funcionamento do serviços.
gentes relativamente a outros postos de trabalho carac- 2 — O acréscimo referido no número anterior, relati-
vamente à remuneração base, varia entre: mantêm-se nos termos da legislação em vigor.
terizados por idêntico cargo ou por idênticas carreira e
categoria. cada universo nos termos do artigo anterior é distribuído,
a) 25 % a 22 %, quando o regime de turnos for perma- Artigo 164.º
nente, total ou parcial;
Isenção de horário de trabalho dor receba o equivalente à sua remuneração base mensal.
primeira parte do número anterior, sendo apenas devidos 4 — Não há lugar a atribuição de prémio de desempe-
prolongado, total ou parcial;
a quem os ocupe. nho quando, não obstante reunidos os requisitos previstos
c) 20 % a 15 %, quando o regime de turnos for semanal modalidades previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do ar-
3 — São devidos suplementos remuneratórios quando no n.º 1, o montante máximo dos encargos fixado para o
total ou parcial.
universo em causa se tenha esgotado com a atribuição de
termos fixados por lei ou por instrumento de regulamen-
tação coletiva de trabalho. prémio a trabalhador ordenado superiormente.
condições de trabalho mais exigentes:
anterior, tem lugar em regulamento interno ou em instru-
a) De forma anormal e transitória, designadamente as mento de regulamentação coletiva de trabalho. a carreiras especiais e a cargos em que o regime de isen-
ção de horário de trabalho constitua o regime normal de e avaliado.
4 — O acréscimo remuneratório inclui o que fosse de-
em dias de descanso semanal, complementar e feriados e vido por trabalho noturno, mas não afasta a remuneração prestação do trabalho. Artigo 168.º
fora do local normal de trabalho; ou por trabalho suplementar. Outros sistemas de recompensa do desempenho
Artigo 165.º
de prestação de trabalho arriscado, penoso ou insalubre, Artigo 162.º Feriados 1 — Podem ser criados outros sistemas de recompensa
por turnos, em zonas periféricas, com isenção de horário
e de secretariado de direção. Trabalho suplementar 1 — O trabalhador tem direito à remuneração corres-
pondente aos feriados, sem que o empregador público os
de trabalho confere ao trabalhador o direito aos seguintes possa compensar com trabalho suplementar. ria da respetiva categoria.
acréscimos: 2 — Os sistemas referidos no número anterior podem
naram a sua atribuição e haja exercício de funções efetivo afastar a aplicação do disposto na presente secção.
ou como tal considerado em lei.
b) 37,5 % da remuneração, nas horas ou frações sub-
sequentes. prestadas ou ao acréscimo de 50 % da remuneração pelo SECÇÃO VI
Descontos
pregador público, na ausência de acordo entre as partes.
Artigo 169.º
gulamentação coletiva de trabalho. feriado, confere ao trabalhador o direito a um acréscimo SECÇÃO V
de 50 % da remuneração por cada hora de trabalho efe- Enumeração
Artigo 160.º tuado. Prémios de desempenho
1 — Sobre as remunerações devidas pelo exercício de
3 — A compensação horária que serve de base ao cál- funções em órgão ou serviço a que a presente lei é apli-
Trabalho noturno Artigo 166.º
cável incidem:
1 — O trabalho noturno deve ser remunerado com um Preparação da atribuição
acréscimo de 25 % relativamente à remuneração do tra- determinação do período normal de trabalho semanal em a) Descontos obrigatórios;
balho equivalente prestado durante o dia. termos médios, que N significa o número médio de horas b) Descontos facultativos.
2 — O acréscimo remuneratório previsto no número do período normal de trabalho semanal efetivamente pra-
da execução do orçamento, o universo dos cargos e o das
ticado no órgão ou serviço.
carreiras e categorias onde a atribuição de prémios de de- imposição legal.
mentação coletiva de trabalho, através de uma redução
equivalente dos limites máximos do período normal de 3 — São facultativos os descontos que, sendo permiti-
trabalho. regulamentação coletiva de trabalho. dos por lei, carecem de autorização expressa do titular do
em conta as verbas orçamentais destinadas a suportar este direito à remuneração.
3 — O disposto no n.º 1 não se aplica ao trabalho pres- 5 — É exigível o pagamento de trabalho suplementar tipo de encargos. 4 — Na falta de lei especial em contrário, os descontos
tado durante o período noturno, salvo se previsto em ins- cuja prestação tenha sido prévia e expressamente deter-
trumento de regulamentação coletiva de trabalho: minada. com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 a 5
a) Ao serviço de atividades que sejam exercidas exclu- 6 — A autorização prévia prevista no número anterior do artigo 158.º
é dispensada em situações de prestação de trabalho suple- Artigo 170.º
siva ou predominantemente durante esse período, desig-
nadamente as de espetáculos e diversões públicas; Artigo 167.º Descontos obrigatórios

Condições da atribuição dos prémios de desempenho


tos obrigatórios os seguintes:
do público durante o mesmo período; justificadas pelo dirigente máximo do serviço. 1 — São elegíveis para a atribuição de prémios de de-
7 — Por acordo entre o empregador público e o traba- a) Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares;
lhador, a remuneração por trabalho suplementar pode ser b) Quotizações para o regime de proteção social apli-
base. substituída por descanso compensatório. em contrário, tenham obtido, na última avaliação do seu cável.
3260 3261

Artigo 171.º cebidas e da reclamação ou do pedido formulados, bem este a remeta ao órgão ou serviço em que o trabalhador
Descontos facultativos
o trabalhador tenha sido condenado no âmbito de proce- como a não satisfação destes, executando seguidamente a desempenha funções.
ordem ou instrução. 2 — Quando um trabalhador em funções públicas seja
pagamento voluntário; condenado pela prática de crime, aplica-se, com as neces-
menção de cumprimento imediato e sem prejuízo do dis- sárias adaptações, o disposto no número anterior.
posto nos n.os 1 e 2, a comunicação referida na parte final
a) Prémios de seguros de doença ou de acidentes pes-
do número anterior é efetuada após a execução da ordem
soais, de seguros de vida e complementos de reforma e constitua também infração disciplinar.
trabalhador, bem como a outras despesas efetuadas pelo ou instrução.
planos de poupança-reforma; 5 — Cessa o dever de obediência sempre que o cum-
b) Quota sindical. por este; primento das ordens ou instruções implique a prática de passíveis de ser considerados infração penal, dá-se obri-
qualquer crime. gatoriamente notícia deles ao Ministério Público compe-
2 — Desde que solicitado pelo trabalhador, as quotas tente para promover o procedimento criminal, nos termos
sindicais são obrigatoriamente descontadas na fonte. 3 — Com exceção da alínea a) do número anterior, os Artigo 178.º
Prescrição da infração disciplinar
SECÇÃO VII no seu conjunto, um sexto da remuneração. e do procedimento disciplinar
atual.
Cumprimento 1 — A infração disciplinar prescreve no prazo de um
Artigo 175.º SECÇÃO II
ano sobre a respetiva prática, salvo quando consubstancie
Artigo 172.º Insuscetibilidade de cessão dos créditos laborais também infração penal, caso em que se sujeita aos prazos Sanções disciplinares
Forma do cumprimento O trabalhador não pode ceder, a título gratuito ou one- de prescrição estabelecidos na lei penal à data da prática
roso, os seus créditos a remunerações na medida em que dos factos. SUBSECÇÃO I
1 — O montante da remuneração deve estar à disposi- estes sejam impenhoráveis. 2 — O direito de instaurar o procedimento disciplinar Disposições gerais
ção do trabalhador na data do vencimento ou no dia útil prescreve no prazo de 60 dias sobre o conhecimento da
imediatamente anterior. infração por qualquer superior hierárquico. Artigo 180.º
2 — No ato do pagamento da remuneração, o empre- CAPÍTULO VII 3 — Suspendem os prazos prescricionais referidos nos
números anteriores, por um período até seis meses, a ins- Escala das sanções disciplinares
qual constem a identificação daquela e o nome completo Exercício do poder disciplinar
1 — As sanções disciplinares aplicáveis aos trabalha-
dores em funções públicas pelas infrações que cometam
social respetiva, a categoria profissional, o período a que SECÇÃO I são as seguintes:
aproveite, quando em qualquer deles venham a apurar-se
Disposições gerais a) Repreensão escrita;
infrações por que seja responsável.
e o montante líquido a receber. b) Multa;
Artigo 176.º disciplinar opera quando, cumulativamente: c) Suspensão;
Artigo 173.º Sujeição ao poder disciplinar d) Despedimento disciplinar ou demissão.
a) Os processos referidos no número anterior tenham
Tempo do cumprimento 1 — Todos os trabalhadores são disciplinarmente res- 2 — Aos titulares de cargos dirigentes e equiparados é
1 — A obrigação de satisfazer a remuneração, quando ponsáveis perante os seus superiores hierárquicos. de factos disciplinarmente puníveis; aplicável a sanção disciplinar de cessação da comissão de
esta seja periódica, vence-se mensalmente. 2 — Os titulares dos órgãos dirigentes dos serviços da b) O procedimento disciplinar subsequente tenha sido serviço, a título principal ou acessório.
administração direta e indireta do Estado são disciplinar- instaurado nos 30 dias seguintes à receção daqueles pro- 3 — Não pode ser aplicada mais de uma sanção disci-
3 — O empregador público fica constituído em mora cessos, para decisão, pela entidade competente; plinar por cada infração, pelas infrações acumuladas que
exerça a respetiva superintendência ou tutela. c) À data da instauração dos processos e procedimento sejam apreciadas num único processo ou pelas infrações
não puder dispor do montante da remuneração na data do apreciadas em processos apensados.
vencimento. desde a constituição do vínculo de emprego público, em o direito de instaurar procedimento disciplinar.
qualquer das suas modalidades. individual do trabalhador.
4 — A alteração da situação jurídico-funcional do tra- 5 — O procedimento disciplinar prescreve decorridos
SECÇÃO VIII balhador não impede a punição por infrações cometidas 18 meses, a contar da data em que foi instaurado quando, Artigo 181.º
Garantias dos créditos remuneratórios no exercício da função.
decisão final. Caracterização das sanções disciplinares

Artigo 174.º Artigo 177.º 6 — A prescrição do procedimento disciplinar referida 1 — A sanção de repreensão escrita consiste em mero
Exclusão da responsabilidade disciplinar
no número anterior suspende-se durante o tempo em que, reparo pela irregularidade praticada.
Compensações e descontos 2 — A sanção de multa é fixada em quantia certa e não
1 — Na pendência do vínculo de emprego público, o questão, a marcha do correspondente processo não possa pode exceder o valor correspondente a seis remunerações
empregador público não pode compensar a remuneração lhador que atue no cumprimento de ordens ou instruções começar ou continuar a ter lugar. base diárias por cada infração e um valor total correspon-
emanadas de legítimo superior hierárquico e em matéria 7 — A prescrição volta a correr a partir do dia em que dente à remuneração base de 90 dias por ano.
nem fazer quaisquer descontos ou deduções no montante cesse a causa da suspensão.
da referida remuneração. ou exigido a sua transmissão ou confirmação por escrito.
2 — O disposto no número anterior não se aplica: 2 — Considerando ilegal a ordem ou instrução recebi- Artigo 179.º período da sanção.
das, o trabalhador faz expressamente menção desse facto
Efeitos da pronúncia e da condenação em processo penal
ao reclamar ou ao pedir a sua transmissão ou confirmação cada infração, num máximo de 240 dias por ano.
por escrito. 5 — A sanção de despedimento disciplinar consiste no
judicial transitada em julgado ou por auto de conciliação,
coletivo seja um trabalhador em funções públicas, a se- com contrato de trabalho em funções públicas, cessando
empregador público; cretaria do tribunal por onde corra o processo, no prazo o vínculo de emprego público.
de 24 horas sobre o trânsito em julgado do despacho de
gador público, quando se acharem liquidadas por decisão comunica, também por escrito, ao seu imediato superior pronúncia ou equivalente, entrega, por termo nos autos, definitivo do órgão ou serviço do trabalhador nomeado,
judicial transitada em julgado ou por auto de conciliação; hierárquico, os termos exatos da ordem ou instrução re- cópia de tal despacho ao Ministério Público, a fim de que cessando o vínculo de emprego público.
3262 3263

7 — A sanção de cessação da comissão de serviço con- Artigo 186.º b) A produção efetiva de resultados prejudiciais ao ór-
siste na cessação compulsiva do exercício de cargo diri- Suspensão gão ou serviço ou ao interesse geral, nos casos em que o
gente ou equiparado. de trabalhadores, em violação das normas que regulam o
vínculo de emprego público; necessário da sua conduta;
Artigo 182.º lhadores que atuem com grave negligência ou com grave c) A premeditação;
desinteresse pelo cumprimento dos deveres funcionais e de prestação de serviço.
Efeitos das sanções disciplinares
sua prática;
2 — A sanção disciplinar de cessação da comissão de e) O facto de ter sido cometida durante o cumprimento
efeitos previstos na presente lei.
2 — A sanção de suspensão determina, por tantos dias de cargos dirigentes e equiparados por qualquer infração de sanção disciplinar ou enquanto decorria o período de
b) Compareçam ao serviço em estado de embriaguez suspensão da sanção disciplinar;
quantos os da sua duração, o não exercício de funções e a ou sob o efeito de estupefacientes ou drogas equiparadas;
perda das remunerações correspondentes e da contagem à de multa. f) A reincidência;
c) Exerçam funções em acumulação, sem autorização
do tempo de serviço para antiguidade. g) A acumulação de infrações.
ou apesar de não autorizados ou, ainda, quando a autori- Artigo 189.º
zação tenha sido concedida com base em informações ou
Medida das sanções disciplinares
elementos, por eles fornecidos, que se revelem falsos ou
incompletos;
prática.
demissão importam a perda de todos os direitos do traba- reguladoras do serviço, do qual haja resultado prejuízos natureza, à missão e às atribuições do órgão ou serviço,
lhador, salvo quanto à reforma por velhice ou à aposen- para o órgão ou serviço ou para terceiros; ao cargo ou categoria do trabalhador, às particulares res-
tação, nos termos e condições previstos na lei, mas não e) Dispensem tratamento de favor a determinada enti- ponsabilidades inerentes à modalidade do seu vínculo de o cumprimento de sanção disciplinar aplicada por virtude
dade, singular ou coletiva; emprego público, ao grau de culpa, à sua personalidade de infração anterior.
e a todas as circunstâncias em que a infração tenha sido 4 — A acumulação ocorre quando duas ou mais infra-
dignidade e confiança que aquelas de que foi despedido cometida que militem contra ou a favor dele.
ou demitido exigiam. ções são cometidas na mesma ocasião ou quando uma é
5 — A sanção de cessação da comissão de serviço im- cometida antes de ter sido punida a anterior.
Artigo 190.º
plica o termo do exercício do cargo dirigente ou equipa- g) Desobedeçam escandalosamente, ou perante o pú-
rado e a impossibilidade de exercício de qualquer cargo Circunstâncias dirimentes e atenuantes Artigo 192.º
blico e em lugar aberto ao mesmo, às ordens superiores; da responsabilidade disciplinar
dirigente ou equiparado durante o período de três anos, a Suspensão da sanção disciplinar
contar da data da notificação da decisão. i) Violem os procedimentos da avaliação do desempe-
nho, incluindo a aposição de datas sem correspondência disciplinar:
SUBSECÇÃO II com o momento da prática do ato; a c) do n.º 1 do artigo 180.º podem ser suspensas quando,
a) A coação física;
j) Agridam, injuriem ou desrespeitem gravemente su- b) A privação acidental e involuntária do exercício das
Infrações a que são aplicáveis as sanções disciplinares da sua vida, à sua conduta anterior e posterior à infração
perior hierárquico, colega, subordinado ou terceiro, fora
e às circunstâncias desta, se conclua que a simples cen-
Artigo 183.º c) A legítima defesa, própria ou alheia;
exercício das funções; d) A não exigibilidade de conduta diversa; sura do comportamento e a ameaça da sanção disciplinar
Infração disciplinar e) O exercício de um direito ou o cumprimento de um
de que não prestem contas nos prazos legais; dever. da punição.
Considera-se infração disciplinar o comportamento do l) Violem, com culpa grave ou dolo, o dever de impar-
trabalhador, por ação ou omissão, ainda que meramente 2 — O tempo de suspensão da sanção disciplinar não
cialidade no exercício das funções;
culposo, que viole deveres gerais ou especiais inerentes à m) Usem ou permitam que outrem use ou se sirva de
função que exerce. disciplinar: repreensão escrita e de multa e a um ano para a sanção
quaisquer bens pertencentes aos órgãos ou serviços, cuja disciplinar de suspensão, nem superior a um e dois anos,
Artigo 184.º respetivamente.
daquele a que se destinam; plar comportamento e zelo;
Repreensão escrita b) A confissão espontânea da infração;
A sanção disciplinar de repreensão escrita é aplicável a tigo 24.º
infrações leves de serviço. guês e a atuação com mérito na defesa da liberdade e da decisão.
Artigo 187.º democracia; 4 — A suspensão caduca quando o trabalhador venha
Artigo 184.º Despedimento disciplinar ou demissão d) A provocação; a ser, no seu decurso, condenado novamente em processo
As sanções de despedimento disciplinar ou de demis- e) O acatamento bem intencionado de ordem ou instru- disciplinar.
Multa ção de superior hierárquico, nos casos em que não fosse
são são aplicáveis em caso de infração que inviabilize a
devida obediência. Artigo 193.º
negligência ou má compreensão dos deveres funcionais, previstos na presente lei.
nomeadamente aos trabalhadores que: Prescrição das sanções disciplinares
Artigo 188.º
Cessação da comissão de serviço disciplinar inferior.
relevante para o serviço; pugnável:
1 — A sanção disciplinar de cessação da comissão de Artigo 191.º
a) Um mês, nos casos de sanção disciplinar de repre-
sem consequências importantes; Circunstâncias agravantes especiais
dirigentes e equiparados que: da responsabilidade disciplinar
ensão escrita;
quicos, subordinados ou colegas ou para com o público; a) Não procedam disciplinarmente contra os trabalha-
d) Pelo defeituoso cumprimento ou desconhecimento c) Seis meses, nos casos de sanção disciplinar de sus-
disciplinar: pensão;
conhecimento;
superiores, demonstrem falta de zelo pelo serviço; d) Um ano, nos casos de sanções disciplinares de des-
que tenham conhecimento no exercício das suas funções, dos prejudiciais ao órgão ou serviço ou ao interesse geral,
que revista caráter penal; independentemente de estes se terem verificado; comissão de serviço.
3264 3265

SECÇÃO III e 2 do artigo 180.º é da competência, respetivamente, dos Artigo 201.º


correspondentes órgãos executivos, bem como dos con- Forma dos atos processuais e atos oficiosos
bem como o trabalhador e o participante, da data em que
Procedimentos disciplinares
selhos de administração. dê início à instrução.
SUBSECÇÃO I
disciplinares previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 180.º é da das garantias de audiência e defesa do trabalhador.
Disposições gerais competência do respetivo plenário. indispensável para atingir essa finalidade.
Artigo 206.º
Artigo 194.º não é delegável. vidências que se afigurem convenientes para a descoberta
Participação ou queixa
Obrigatoriedade de processo disciplinar Artigo 198.º da verdade, em conformidade com os princípios gerais do
processo penal.
Local da instauração e mudança de órgão ou serviço
na pendência do procedimento Artigo 202.º -la a qualquer superior hierárquico daquele.
processo disciplinar. 1 — O procedimento disciplinar é instaurado no órgão Constituição de advogado 2 — Quando se verifique que a entidade que recebeu a
2 — A sanção disciplinar de repreensão escrita é apli- ou serviço em que o trabalhador exerce funções à data da 1 — O trabalhador pode constituir advogado em qual-
cada sem dependência de processo, mas com audiência e infração. quer fase do processo, nos termos gerais de direito.
defesa do trabalhador. remetidas à entidade competente para o efeito.
2 — O advogado exerce os direitos que a lei reconhece
3 — A requerimento do trabalhador é lavrado auto das ou já na pendência do respetivo processo, o trabalhador ao trabalhador.
diligências referidas no número anterior, na presença de mude de órgão ou serviço, a sanção disciplinar é aplicada quando um trabalhador deixe de comparecer ao serviço,
duas testemunhas por ele indicadas. pela entidade competente à data em que tenha de ser pro- Artigo 203.º sem justificação, durante cinco dias seguidos ou 10 inter-
4 — Para os efeitos do disposto no n.º 2, o trabalhador ferida decisão, sem prejuízo de o procedimento ter sido Nulidades
mandado instaurar e ter sido instruído no âmbito do órgão de imediato, ao dirigente máximo do órgão ou serviço.
a sua defesa por escrito.
da infração. ência do trabalhador em artigos de acusação, bem como a
Artigo 195.º
Artigo 199.º para a descoberta da verdade.
Formas de processo
Apensação de processos atendíveis.
1 — O processo disciplinar é comum ou especial. quando não sejam objeto de reclamação pelo trabalhador 5 — As participações ou queixas verbais são reduzidas
2 — O processo especial aplica-se nos casos expressa- 1 — Para todas as infrações ainda não punidas come- até à decisão final. a escrito por quem as receba.
mente previstos na lei e o comum em todos os casos a que tidas por um trabalhador é instaurado um único processo.
não corresponda processo especial. quer diligências probatórias cabe recurso hierárquico ou e dolosamente apresentada no intuito de prejudicar o tra-
3 — Os processos especiais regulam-se pelas disposi- tutelar para o respetivo membro do Governo, a interpor balhador ou que contém matéria difamatória ou injuriosa,
ções que lhes são próprias e, na parte nelas não prevista, no prazo de cinco dias. a entidade competente para punir participa o facto crimi-
pelas disposições respeitantes ao processo comum. 4 — O recurso referido no número anterior sobe ime- nalmente, sem prejuízo de instauração de procedimento
disciplinar ao trabalhador.
Artigo 196.º desempenho de funções, em acumulação, em outros ór- quando, no prazo de 10 dias, não seja proferida decisão
gãos ou serviços, os novos procedimentos são apensados que expressamente o indefira. Artigo 207.º
Competência para a instauração do procedimento disciplinar ao primeiro, ficando a instrução de todos eles a cargo do
instrutor deste. Despacho liminar
1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, Artigo 204.º
é competente para instaurar ou mandar instaurar procedi- 1 — Assim que seja recebida participação ou queixa,
Alteração da situação jurídico-funcional do trabalhador
a entidade competente para instaurar procedimento disci-
quer superior hierárquico, ainda que não seja competente plinar decide se a ele deve ou não haver lugar.
para aplicar a sanção. de igual modo se procedendo em relação à decisão pro- suspenso preventivamente, não está impedido de alterar, 2 — Quando entenda que não há lugar a procedimento
2 — Compete ao membro do Governo respetivo a ins- ferida. disciplinar, a entidade referida no número anterior manda
tauração de procedimento disciplinar contra os dirigentes Artigo 200.º nadamente candidatando-se a procedimentos concursais. arquivar a participação ou queixa.
máximos dos órgãos ou serviços.
Natureza secreta do processo
3 — A competência disciplinar dos superiores hierár- SUBSECÇÃO II instaure procedimento disciplinar.
quicos envolve a dos seus inferiores hierárquicos dentro 1 — O processo disciplinar é de natureza secreta até à 4 — Quando não tenha competência para aplicação da
do órgão ou serviço. Procedimento disciplinar comum sanção disciplinar e entenda que não há lugar a procedi-
DIVISÃO I
Artigo 197.º divulgar o que dele conste. assunto a decisão da entidade competente.
2 — O indeferimento do requerimento a que se refere Fase de instrução do processo
Competência para aplicação das sanções disciplinares
o número anterior é comunicado ao trabalhador no prazo Artigo 208.º
1 — A aplicação da sanção disciplinar prevista na alí- de três dias. Artigo 205.º
Nomeação do instrutor
nea a) do n.º 1 do artigo 180.º é da competência de todos 3 — Não obstante a sua natureza secreta, é permitida Início e termo da instrução
os superiores hierárquicos em relação aos seus subordi- 1 — A entidade que instaure procedimento disciplinar
nados. nomeia um instrutor, escolhido de entre trabalhadores do

previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 180.º é da competência categoria de complexidade funcional superior à do traba-
do dirigente máximo do órgão ou serviço. sua publicação. no prazo de 45 dias, só podendo ser excedido este prazo
4 — A passagem de certidões é autorizada pelo instru-
cação de qualquer sanção disciplinar aos dirigentes máxi- tor até ao termo da fase de defesa do trabalhador, sendo
mos dos órgãos ou serviços. gratuita quando requerida por este. cional complexidade. preferindo os que possuam adequada formação jurídica.
5 — Ao trabalhador que divulgue matéria de natureza 2 — Em casos justificados, a entidade referida no nú-
de municípios, bem como nos serviços municipalizados, secreta, nos termos do presente artigo, é instaurado, por conta-se da data de início da instrução, determinada nos
a aplicação das sanções disciplinares previstas nos n.os 1 esse facto, novo procedimento disciplinar. termos do número seguinte. a nomeação de instrutor de outro órgão ou serviço.
3266 3267

Artigo 212.º Diário da República, notificando-o para apresentar a sua


Instrução do processo
defesa em prazo não inferior a 30 nem superior a 60 dias,
a contar da data da publicação. quaisquer diligências.
técnicos. 1 — O instrutor faz autuar o despacho com a participa- 3 — O aviso deve apenas conter a menção de que se 7 — A falta de resposta dentro do prazo marcado vale
4 — As funções de instrução preferem a quaisquer ou-
tras que o instrutor tenha a seu cargo, ficando exclusiva- ciplinar e indicar o prazo fixado para apresentar a defesa. tos legais.
mente adstrito àquelas. necessárias, procedendo a exames e mais diligências que 4 — Quando o processo seja complexo, pelo número
possam esclarecer a verdade e fazendo juntar aos autos o e natureza das infrações ou por abranger vários trabalha- Artigo 217.º
Artigo 209.º certificado de registo disciplinar do trabalhador. dores, e precedendo autorização da entidade que mandou Confiança do processo

Suspeição do instrutor deste e sempre que o entenda conveniente, até se ultimar


a instrução, e pode também acareá-lo com as testemunhas dor, nos termos e sob a cominação previstos no Código
ou com o participante. de Processo Civil, aplicáveis com as necessárias adapta-
ções.
requerer ao instrutor que promova as diligências para que remetida, no prazo previsto no n.º 1, à comissão de traba-
suspeitar-se da sua isenção e da retidão da sua conduta, tenha competência e consideradas por aquele essenciais Artigo 218.º
designadamente: lhadores, e quando o trabalhador seja representante sindi-
para apuramento da verdade. cal, à associação sindical respetiva. Produção da prova oferecida pelo trabalhador
4 — Quando o instrutor julgue suficiente a prova pro-
duzida, pode, em despacho fundamentado, indeferir o re- 1 — As diligências requeridas pelo trabalhador podem
atingido pela infração;
b) Quando o instrutor seja parente na linha reta ou até querimento referido no número anterior.
ao 3.º grau na linha colateral do trabalhador, do partici- desnecessárias.
pante ou de qualquer trabalhador ou particular ofendido lugar onde corra o processo disciplinar podem ser requi- Artigo 215.º
sitadas à respetiva autoridade administrativa ou policial. 2 — Não podem ser ouvidas mais de três testemunhas
ou de alguém que, com os referidos indivíduos, viva em Incapacidade física ou mental
economia comum; testemunhas é ilimitado, sendo aplicável o disposto nos
n.os 4 e 5. nizar a sua defesa por motivo de doença ou incapacidade
7 — Durante a fase de instrução e até à elaboração do física devidamente comprovadas, pode nomear um repre- autoridade administrativa.
intervenientes; relatório final, podem ser ouvidos, a requerimento do tra- 3 — O instrutor pode recusar a inquirição das testemu-
d) Quando o instrutor seja credor ou devedor do traba- sentante especialmente mandatado para o efeito.
2 — Quando o trabalhador não possa exercer o direito
mesmo pertença. alegados pelo trabalhador.
reta ou até ao 3.º grau na linha colateral; 4 — A autoridade a quem seja solicitada a inquirição,
e) Quando haja inimizade grave ou grande intimidade Artigo 213.º
nos termos da parte final do n.º 2, pode designar instrutor
entre o trabalhador e o instrutor ou entre este e o partici- Termo da instrução ad hoc para o ato requerido.
3 — A nomeação referida no número anterior é restrita
pante ou o ofendido.
1 — Concluída a instrução, quando o instrutor entenda
são notificadas ao trabalhador.
2 — A entidade que tenha mandado instaurar o proce-
dimento disciplinar decide, em despacho fundamentado, mental do trabalhador o inibe de organizar a sua defesa,
no prazo máximo de 48 horas.
artigo 159.º do Código de Processo Penal, aplicável com 7 — O advogado do trabalhador pode estar presente e
Artigo 210.º as necessárias adaptações. intervir na inquirição das testemunhas.
Medidas cautelares instaurar, com proposta de arquivamento. 5 — A realização da perícia psiquiátrica pode também 8 — O instrutor inquire as testemunhas e reúne os de-
2 — No caso contrário ao referido no número anterior, mais elementos de prova oferecidos pelo trabalhador, no
o instrutor deduz, articuladamente, no prazo de 10 dias,
a acusação. até 40 dias, quando o exijam as diligências referidas na
estado dos factos e documentos em que se descobriu ou Artigo 216.º parte final do n.º 2.
se presume existir alguma irregularidade, nem subtrair as 9 — Finda a produção da prova oferecida pelo traba-
Exame do processo e apresentação da defesa
provas desta. lhador, podem ainda ordenar-se, em despacho, novas di-
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, du- ligências que se tornem indispensáveis para o completo
Artigo 211.º aos preceitos legais respetivos e às sanções disciplinares esclarecimento da verdade.
Suspensão preventiva aplicáveis. balhador ou o seu representante ou curador referidos no
artigo anterior, bem como o advogado por qualquer deles DIVISÃO III
1 — O trabalhador pode, sob proposta da entidade que DIVISÃO II constituído, examinar o processo a qualquer hora de ex-
pediente. Fase da decisão
Fase de defesa do trabalhador

Artigo 214.º quer dos seus representantes referidos no número anterior Artigo 219.º
e é apresentada no lugar onde o procedimento tenha sido Relatório final do instrutor
do procedimento, mas por prazo não superior a 90 dias, Notificação da acusação
instaurado.
sempre que a sua presença se revele inconveniente para o 1 — Finda a fase de defesa do trabalhador, o instrutor
serviço ou para o apuramento da verdade. -se apresentada na data da sua expedição.
2 — A suspensão prevista no número anterior só pode soal ou, não sendo esta possível, por carta registada com
ter lugar em caso de infração punível com sanção disci- concisão os factos e as razões da sua defesa.
plinar de suspensão ou superior. 20 dias para apresentar a sua defesa escrita. 5 — A resposta que revele ou se traduza em infrações haja a repor e seu destino, bem como a sanção disciplinar
3 — A notificação da suspensão preventiva é acompa- que entenda justa ou a proposta para que os autos se ar-
quivem por ser insubsistente a acusação, designadamente
infrações imputadas ao trabalhador. por inimputabilidade do trabalhador.
3268 3269

cional idêntica, a decisão cabe à entidade que tenha com- SUBSECÇÃO III
de não suspensão referida no número anterior ou tomá-la Procedimentos disciplinares especiais
fixado no número anterior, até ao limite total de 20 dias. superior no exercício de funções públicas.
não tenha feito. DIVISÃO I
de 24 horas, à entidade que o tenha mandado instaurar, a Artigo 222.º
qual, quando não seja competente para decidir, o envia no Processos de inquérito e sindicância
Notificação da decisão
prazo de dois dias a quem deva proferir a decisão. há lugar a recurso tutelar. Artigo 229.º
7 — A sanção disciplinar pode ser agravada ou substi-
Inquérito e sindicância
cessação da comissão de serviço, a entidade competente tuída por sanção disciplinar mais grave em resultado de
a notificação da acusação.
para a decisão apresenta o processo, por cópia integral, à recurso do participante.
autorizar que a notificação do trabalhador seja protelada
Artigo 226.º câncias aos órgãos, serviços ou unidades orgânicas na sua
pelo prazo máximo de 30 dias, quando se trate de sanção
que podem, no prazo de cinco dias, juntar o seu parecer dependência ou sujeitos à sua superintendência ou tutela.
Outros meios de prova 2 — O inquérito tem por fim apurar factos determina-
fundamentado. por parte do infrator, desde que da execução da decisão
5 — A remessa da decisão, nos termos do número an-
terior, não tem lugar quando o trabalhador a ela se tenha recorrente pode requerer novos meios de prova ou juntar
oposto por escrito durante a fase de instrução. orgânica.
dor punido no exercício das suas funções.
Artigo 230.º
Artigo 220.º tempo. Anúncios e editais
Decisão este o tenha requerido. 2 — O membro do Governo pode também determinar
4 — Quando o processo tenha sido apresentado às es- a realização de novas diligências probatórias.
1 — Junto o parecer referido no n.º 4 do artigo ante- a ele dê início, fá-lo constar por anúncios publicados em
rior, ou decorrido o prazo para o efeito, sendo o caso, a igualmente comunicada à comissão de trabalhadores e à são autorizadas ou determinadas no prazo de cinco dias,
associação sindical. iniciam-se em idêntico prazo e concluem-se no prazo que
às autoridades policiais ou administrativas.
ordenar novas diligências, a realizar no prazo que para o membro do Governo entenda fixar.
Artigo 223.º
tal estabeleça. que tenha razão de queixa ou de agravo contra o regular
2 — Antes da decisão, a entidade competente pode so- Início de produção de efeitos das sanções disciplinares Artigo 227.º funcionamento dos órgãos, serviços ou unidades orgâni-
licitar ou determinar a emissão, no prazo de 10 dias, de Regime de subida dos recursos cas sindicados se pode apresentar ao sindicante, no prazo
parecer por parte do superior hierárquico do trabalhador guinte ao da notificação do trabalhador ou, não podendo designado, ou a ele apresentar queixa por escrito e pelo
este ser notificado, 15 dias após a publicação de aviso na 1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 203.º correio.
mesmo pertença. 2.ª série do Diário da República.
3 — O despacho que ordene a realização de novas di- das decisões que não ponham termo ao procedimento so- tos de identificação do queixoso.
ligências ou que solicite a emissão de parecer é proferido DIVISÃO IV 4 — No prazo de 48 horas após a receção da queixa, o
no prazo máximo de 30 dias, a contar da data da receção recorra. sindicante notifica o queixoso, marcando-lhe dia, hora e
do processo. Impugnações local para prestar declarações.
4 — A decisão do procedimento é sempre fundamen- sos hierárquicos ou tutelares que, ficando retidos, percam
tada quando não concordante com a proposta formulada Artigo 224.º
por esse facto o efeito útil.
Meios impugnatórios 3 — Sobe imediatamente nos próprios autos o recurso
máximo de 30 dias, a contar das seguintes datas: ao crime de desobediência qualificada, sendo a despesa a
Os atos proferidos em processo disciplinar podem ser
a) Da receção do processo, quando a entidade compe- impugnados hierárquica ou tutelarmente, nos termos do admita a dedução da suspeição do instrutor ou não aceite
tente para punir concorde com as conclusões do relatório de pagamento.
os fundamentos invocados para a mesma.
final; nalmente. Artigo 231.º
Artigo 228.º Relatório e trâmites ulteriores
diligências; Artigo 225.º
c) Do termo do prazo fixado para emissão de parecer. Recurso hierárquico ou tutelar Renovação do procedimento disciplinar 1 — Concluída a instrução, o inquiridor ou sindicante
1 — Quando o ato de aplicação da sanção disciplinar elabora, no prazo de 10 dias, o seu relatório, que remete
5 — Na decisão não podem ser invocados factos não 1 — O trabalhador e o participante podem interpor re- imediatamente à entidade que mandou instaurar o proce-
constantes da acusação nem referidos na resposta do tra- curso hierárquico ou tutelar dos despachos e das decisões tenha sido judicialmente impugnado com fundamento em dimento.
balhador, exceto quando excluam, dirimam ou atenuem a
sua responsabilidade disciplinar. tor ou pelos superiores hierárquicos daquele. gado pela entidade que mandou instaurar o procedimento
6 — O incumprimento dos prazos referidos nos n.os 3 e ser renovada até ao termo do prazo para contestar a ação até ao limite máximo, improrrogável, de 30 dias, quando
4 determina a caducidade do direito de aplicar a sanção. judicial. a complexidade do processo o justifique.
notificação do despacho ou da decisão, ou de 20 dias, a 3 — Verificando-se a existência de infrações discipli-
Artigo 221.º contar da publicação do aviso a que se refere o n.º 2 do cumulativamente: nares, a entidade que instaurou os procedimentos instaura
artigo 214.º os procedimentos disciplinares a que haja lugar.
Pluralidade de trabalhadores acusados a) O prazo referido no n.º 1 do artigo 178.º não se en-
3 — Quando o despacho ou a decisão não tenham sido
notificados ou quando não tenha sido publicado aviso, o constituir, por decisão da entidade referida no n.º 2, a fase
mesmo facto ou de factos entre si conexos, a entidade que prazo conta-se a partir do conhecimento do despacho ou mento;
tenha competência para sancionar o trabalhador de cargo da decisão. b) O fundamento da impugnação não tenha sido pre- no prazo de 48 horas, a acusação do trabalhador ou dos
viamente apreciado em recurso hierárquico ou tutelar que trabalhadores, seguindo-se os demais termos previstos na
tenha sido rejeitado ou indeferido; presente lei.

cargo ou de carreira ou categoria de complexidade fun- grave prejuízo ao interesse público. procedimento. dos podem, a todo o tempo, constituir advogado.
3270 3271

DIVISÃO II b) A instauração de procedimento disciplinar por vio-


Processo disciplinar especial de averiguações lação de deveres funcionais.
responder por escrito aos artigos da acusação constantes
Artigo 232.º 2 — Quando o dirigente máximo do órgão ou serviço do procedimento a rever, seguindo-se os termos dos arti- por esse facto, restabelecer o vínculo de emprego público
Instauração tenha sido um dos avaliadores do trabalhador, o processo gos 222.º e seguintes. previamente constituído.
2 — O processo de revisão do procedimento não sus-
1 — Quando um trabalhador com vínculo de emprego 3 — O disposto no número anterior não é aplicável nas pende o cumprimento da sanção.
público tenha obtido duas avaliações do desempenho ne- CAPÍTULO VIII
bem como nos serviços municipalizados. Artigo 239.º Vicissitudes modificativas
de averiguações. Efeitos da revisão procedente
2 — O disposto no número anterior não é aplicável ao SECÇÃO I
titular de cargos dirigente ou equiparado. 1 — Julgando-se procedente a revisão, é revogada ou
3 — O processo de averiguações destina-se a apurar se Cedência de interesse público
o desempenho que justificou aquelas avaliações constitui 2 — A revogação produz os seguintes efeitos:
data daquela proposta. Artigo 241.º
violação culposa de deveres funcionais, designadamente processo individual do trabalhador; Regras gerais de cedência de interesse público
DIVISÃO III
do dever de zelo. b) Anulação dos efeitos da sanção.
4 — É causa de exclusão da culpabilidade da violação Revisão do procedimento disciplinar 1 — Mediante acordo de cedência de interesse público

frequência de formação inadequada, aquando da primeira Artigo 235.º de aplicação da presente lei pode ser disponibilizado tra-
avaliação negativa do trabalhador. ções disciplinares de despedimento disciplinar ou demis-
Requisitos da revisão são, o trabalhador tem direito a restabelecer o vínculo de manutenção do vínculo inicial.
ridos três meses, contados da data em que foi instaurado 1 — A revisão do procedimento disciplinar é admitida, 2 — O acordo de cedência de interesse público carece
constituído.
a todo o tempo, quando se verifiquem circunstâncias ou
relatório final pela entidade competente. meios de prova suscetíveis de demonstrar a inexistência
6 — Quando, no processo de averiguações, sejam de- sanção, o trabalhador tem ainda direito a:
tetados indícios de violação de outros deveres funcionais pudessem ter sido utilizados pelo trabalhador no procedi- de trabalhador com vínculo a empregador fora do âmbito
a) Reconstituir a situação jurídico-funcional atual hi- de aplicação da presente lei, de autorização dos membros
mento disciplinar. potética;
avaliação do desempenho, o instrutor participa-os ao diri- 2 — A simples ilegalidade, de forma ou de fundo, do b) Ser indemnizado, nos termos gerais de direito, pelos Administração Pública.
danos morais e patrimoniais sofridos. 3 — A cedência de interesse público determina para o
instauração do correspondente procedimento de inquérito damento para a revisão.
ou disciplinar.
DIVISÃO IV vínculo, salvo disposição legal em contrário.
Artigo 233.º
Reabilitação 4 — Não pode haver lugar, durante o prazo de um ano,
Tramitação em caso algum ser agravada a pena. a cedência de interesse público para o mesmo órgão ou
Artigo 240.º serviço ou para a mesma entidade de trabalhador que se
do procedimento disciplinar. Regime aplicável
o trabalhador ou, na falta destes, solicita a outro dirigente jurídico-funcional de origem.
máximo de outro órgão ou serviço que o nomeie. Artigo 236.º ser feito cessar, a todo o tempo, por iniciativa de qualquer
peitantes às avaliações e à formação frequentada e ouve, Legitimidade das partes, incluindo o trabalhador, com aviso prévio de
tente para o efeito a entidade à qual cabe a aplicação da 30 dias.
1 — O interessado na revisão do procedimento disci- 6 — No caso de suspensão do vínculo, a cessação do
tenham tido intervenção nas avaliações negativas. plinar ou, nos casos previstos no n.º 1 do artigo 215.º, o sanção.
3 — Quando algum avaliador não possa ser ouvido, o seu representante, apresenta requerimento nesse sentido à 2 — A reabilitação é concedida a quem a tenha mere-
averiguante justifica circunstanciadamente esse facto no entidade que tenha aplicado a sanção disciplinar. cido pela sua boa conduta, podendo o interessado utilizar
para o comprovar todos os meios de prova admitidos em presente lei ou no Código do Trabalho, consoante o caso.
2 — O requerimento indica as circunstâncias ou meios
todas as diligências feitas para o conseguir. direito.
Artigo 242.º
com os documentos indispensáveis. seu representante, decorridos os prazos seguintes sobre a Regime jurídico da cedência de interesse público
documentos até ao termo da instrução. aplicação das sanções disciplinares de repreensão escrita, 1 — O trabalhador cedido fica sujeito ao regime jurí-
prazo máximo de 20 dias, a contar da data da instauração Artigo 237.º
de serviço ou sobre o cumprimento das sanções discipli-
Decisão sobre o requerimento
do órgão ou serviço e ao trabalhador. tempo de suspensão de qualquer sanção:
Artigo 234.º a) Seis meses, no caso de repreensão escrita; 2 — A cedência de interesse público sujeita o trabalha-
se deve ou não ser concedida a revisão do procedimento. b) Um ano, no caso de multa;
Relatório e decisão
2 — O despacho que não conceda a revisão é impug- c) Dois anos, no caso de suspensão e de cessação da
comissão de serviço; pela entidade cessionária.
da instrução, o averiguante elabora o relatório final fun- Administrativos. d) Três anos, no caso de despedimento disciplinar ou 3 — O trabalhador cedido tem direito:
damentado, que remete ao dirigente máximo do órgão ou demissão.
Artigo 238.º a) À contagem, na categoria de origem, do tempo de
serviço, no qual pode propor:
Trâmites
serviço prestado em regime de cedência;

deve haver lugar a procedimento disciplinar por ausência efeitos da condenação ainda subsistentes, sendo registada
de violação dos deveres funcionais; no processo individual do trabalhador. remuneração que lhe competiria na categoria de origem;
3272 3273

lho no órgão ou serviço ou na entidade de origem ou em ou serviço.


outro órgão ou serviço. ou serviço ou trabalhadores que lhe sejam reafetos. em situação de requalificação, em posto de trabalho não
ocupado ou a prever no mapa de pessoal.
4 — No caso previsto na alínea c) do número anterior, sindical e de dois por cada uma das restantes entidades. publicação do despacho que aprova a lista a que se refere
o acordo de cedência de interesse público caduca com a o n.º 4 do artigo 257.º ou, no caso de inexistência desta,
ocupação do novo posto de trabalho. suspensão do vínculo de emprego público, aplica-se sem- a data a fixar nos termos da legislação referida no n.º 1.
5 — No caso previsto na alínea b) do n.º 3, a entidade secretaria-geral possam prever, tendo em conta as respe-
cessionária comparticipa: tivas atribuições, a carreira e a categoria de que o traba-
funções para empregador fora do âmbito de aplicação da máximo do serviço integrador ou responsável pela coor- lhador seja titular.
presente lei. denação do processo declarando a data da conclusão do 5 — Quando não seja possível a integração por força
4 — O regime previsto no número anterior é aplicável mesmo. do número anterior, o trabalhador é colocado em situação
aos casos em que um empregador público passe a ser res- de requalificação.
empregadoras; Artigo 246.º
Período de mobilidade voluntária
trabalhadores com relação de trabalho sujeita ao Código
de serviço em cargo dirigente ou em funções em gabinete
aplicáveis.
concessão de serviço público. feridas as atribuições do serviço extinto, sem prejuízo da
6 — O exercício do poder disciplinar cabe à entidade dade formulados por outros órgãos ou serviços desde que
cessionária, exceto quando esteja em causa a aplicação de haja acordo do trabalhador.
SECÇÃO II até ao seu termo.
sanção disciplinar extintiva.
Reafetação de trabalhadores em caso de reorganização órgão ou serviço de origem tenha sido objeto de processo
constituam infração disciplinar têm relevância no âmbito e racionalização de efetivos de extinção, é aplicável o disposto na alínea b) do n.º 3 e
do vínculo de origem, para todos os efeitos legais. nos n.os 4 e 5.
SUBSECÇÃO I até cinco dias úteis após o início do procedimento de ex-
tinção. Artigo 249.º
Procedimento de reorganização ou racionalização
disciplinar pode ser delegado expressamente na entidade e reafetação dos trabalhadores Trabalhadores em situação de licença
cessionária e a decisão de aplicação da sanção deve ser 1 — Os trabalhadores do órgão ou serviço extinto que
asseguradas até à respetiva extinção, a mobilidade volun-
DIVISÃO I tária produz efeitos na data em que se conclua o respetivo se encontrem em qualquer situação de licença sem remu-
Disposições gerais processo. neração mantêm-se nessa situação, sendo colocados em
ao procedimento disciplinar do vínculo de origem.
Artigo 247.º termos previstos na presente lei.
Artigo 243.º Artigo 245.º
Trabalhadores em situação transitória
Reorganização de órgão ou serviço
Cedência de interesse público para empregador público
e racionalização de efetivos 1 — Os trabalhadores que exerçam funções no órgão
1 — O acordo de cedência de interesse público para o Artigo 250.º
ou de comissão de serviço, ou ao abrigo de instrumento
extinção, fusão e reestruturação, nos termos de legislação de mobilidade, cessam o período experimental ou a co- Fixação de critérios gerais e abstratos de identificação
tem a duração máxima de um ano, exceto quando tenha especial. missão de serviço, ou regressam ao órgão ou serviço de do universo de trabalhadores
sido celebrado para o exercício de um cargo ou esteja em 2 — A racionalização de efetivos tem lugar nos termos
causa órgão ou serviço, designadamente temporário, que
2 — Os trabalhadores do órgão ou serviço extinto que
por tempo indeterminado, casos em que a sua duração é de atribuições ou competências fixa os critérios gerais e
indeterminada.
2 — O exercício de funções no órgão ou serviço pres- em relatório fundamentado e na sequência de processo de sas funções até ao termo das respetivas situações. necessários à prossecução das atribuições ou ao exercício
supõe a constituição de um vínculo de emprego público. avaliação, de que os seus efetivos se encontram desajus-
3 — A extinção da cedência de interesse público deter- tados face às necessidades das atividades que prossegue e Artigo 248.º ao serviço integrador.
mina a caducidade do vínculo de emprego público consti- aos recursos financeiros que estruturalmente lhe possam
Situações de mobilidade e comissão de serviço
tuído nos termos do número anterior. ser afetos. DIVISÃO II
1 — Durante os processos de reorganização há lugar a
Tramitação
respondem a um cargo ou a uma categoria, atividade e, mobilidade, nos termos gerais.
2 — Em caso de fusão e de reestruturação com trans-
anterior, deve obter, após emissão de parecer técnico da Artigo 251.º
profissional.
da mobilidade compete ao dirigente máximo do serviço Início do procedimento
em que o órgão ou serviço se integra, despacho favorável integrador daquelas atribuições ou competências a que o
precedido da observância dos requisitos e procedimentos do membro do Governo responsável. trabalhador se encontra afeto.
legais de recrutamento. 4 — A racionalização de efetivos ocorre ainda, nos ter- em vigor do diploma orgânico do serviço integrador ou
mos de diploma próprio, por motivo de redução de pos- data do despacho que declara a conclusão do processo de
extinção ou de fusão, o trabalhador do serviço extinto é com o ato que procede à reorganização de serviços ou à
Artigo 244.º tos de trabalho ou necessidades transitórias decorrentes, racionalização de efetivos.
integrado:
Casos especiais de cedência de interesse público
escolar. a) No órgão ou serviço em que exerce funções, na ca-
1 — Quando um trabalhador de órgão ou serviço deva tegoria, escalão, índice ou posição e nível remuneratórios situações aplicáveis, elabora um mapa comparativo entre
exercer funções em central sindical ou confederação pa- de ensino superior públicas são salvaguardadas, quando detidos na origem, em posto de trabalho não ocupado ou o número de efetivos existentes no órgão ou serviço e o
a prever no mapa de pessoal;
equiparada nos setores económico e social, o acordo pode prossecução e o exercício das atribuições e competências
prever que continue a ser remunerado, bem como as cor- respetivos estatutos. órgão ou serviço, na secretaria-geral do ministério a que e para a realização de objetivos.
3274 3275

3 — O número de postos de trabalho necessários é de- Artigo 253.º trabalho vagos naquele serviço integrador que não devam
Aplicação do método de avaliação do desempenho
ser ocupados por reafetação, o dirigente responsável pelo -se por lista nominativa que indique a categoria, escalão,
disponibilidades orçamentais existentes. processo procede a novo processo de seleção para a sua
A aplicação do método de avaliação do desempenho é ocupação, de entre trabalhadores não reafetos através do
feita, independentemente da categoria dos trabalhadores, processo regulado nos artigos anteriores.
ou estabelecimento público periférico sem personalidade nos seguintes termos: 2.ª série do Diário da República.
jurídica, quando se justifique, identificando a carreira e a universos são definidos por postos de trabalho, a que cor- 3 — A lista nominativa produz efeitos à data da reafe-
e, em caso de igualdade, à classificação quantitativa; responde uma carreira, categoria, área de atividade, bem
e área geográfica, quando necessárias. 4 — Concluído o processo de extinção, o membro do
b) Em caso de empate, recorrendo, sucessivamente, à
5 — Os mapas a que se referem os números anteriores Governo responsável pela área da Administração Pública
avaliação obtida no parâmetro de «Resultados», à última
são aprovados nos termos da presente lei. cuja carreira, categoria e habilitações corresponda àque- aprova, por despacho publicado na 2.ª série do Diário da
6 — Para efeitos do disposto no n.º 2, incluem-se nos República, a lista nominativa dos trabalhadores que, não
relevante na carreira e no exercício de funções públicas.
efetivos existentes no órgão ou serviço os trabalhadores considerando, designadamente, a experiência anterior na tendo obtido colocação durante o período de mobilidade
que aí exerçam funções em período experimental, regime área de atividade prevista para o posto de trabalho e, ou,
Artigo 254.º
são colocados em situação de requalificação.
Aplicação do método de avaliação públicas. 5 — A lista a que se refere o número anterior produz
noutro órgão ou serviço ou se encontrem em situação de de competências profissionais 3 — Os universos e critérios de seleção a que se refere efeitos, sem prejuízo das situações de licença sem remu-
licença sem remuneração. o número anterior são estabelecidos por despacho do diri- neração, à data da conclusão do processo.
7 — As comissões de serviço do pessoal dirigente se- cias profissionais é feita, independentemente da categoria gente máximo responsável pela coordenação do processo
guem o regime previsto no respetivo estatuto. abrange os trabalhadores referidos no n.º 2 do artigo 2.º
adequação das suas características e qualificações profis- que se extingue.
sionais às exigências inerentes à prossecução das atribui- SUBSECÇÃO II
de trabalho nos termos dos números anteriores, os traba-
ao número de efetivos existentes no órgão ou serviço, há bem como aos correspondentes postos de trabalho. Enquadramento dos trabalhadores em situação de requalificação

sem prejuízo do disposto no número seguinte. DIVISÃO I


do disposto no artigo 257.º
dos seguintes fatores: Disposições gerais
funções, o órgão ou serviço começa por promover as di- no artigo 257.º, o dirigente responsável deve desenvolver
Artigo 258.º
emprego público a termo de que não careça. de trabalho em causa;
b) Experiência profissional relevante para os postos de Fases do processo de requalificação
trabalhadores a que se refere o número anterior.
Artigo 252.º trabalho em causa.
Métodos de seleção que o trabalhador reinicie funções nos termos da presente
3 — A forma de avaliação dos fatores referidos no nú- pelas áreas das finanças e da Administração Pública dos lei e decorre em duas fases:
mero anterior é fixada no despacho que determina a aber-
tura da fase de seleção e pode consistir num ou mais dos
cimento de que o número, carreiras ou áreas de atividade
serviços ou racionalização de efetivos, aplica-se um dos seguintes métodos:
dos trabalhadores que estão afetos ao serviço se encontra
seguintes métodos: desajustado face às suas necessidades permanentes ou à nessa situação;
a) Avaliação do desempenho; e do respetivo desempenho profissional, efetuadas pelos prossecução de objetivos.
b) Avaliação de competências profissionais. dois superiores hierárquicos imediatos em funções antes decorrido o prazo de 12 meses a que se refere a alínea an-
do início do procedimento; Artigo 256.º terior.
2 — Compete ao dirigente responsável pelo processo b) Prestação de provas, caso em que podem ser fixadas
Reafetação
escalas de valores e formas de cálculo da pontuação final
diferentes das previstas no presente artigo. destinada a reforçar as capacidades profissionais do tra-
os trabalhadores exerçam funções. noutro órgão ou serviço, a título transitório ou por tempo
3 — O método de seleção previsto na alínea a) do n.º 1 indeterminado.
só pode ser aplicado quando os trabalhadores da mesma
carreira tenham sido objeto de avaliação do desempenho, tante das listas nominativas elaboradas na sequência dos
no último ano em que esta tenha tido lugar. funcional da carreira. resultados finais da seleção, quando aplicável, de forma requalificação, incluindo ações de formação profissional
que o número de efetivos que sejam reafetos corresponda e a avaliação dos resultados obtidos.
responsável pelo processo de reorganização, o qual fixa dia aritmética simples dos valores atribuídos aos fatores ao número de postos de trabalho identificados.
o universo de trabalhadores a serem abrangidos e o seu aplicados. 3 — A reafetação é feita sem alteração da situação de locado em situação de requalificação é enquadrado num
âmbito de aplicação por carreira e por área de atividade, mobilidade ao abrigo da qual o trabalhador exerce transi-
toriamente funções, operando-se para a mesma categoria,
de direção superior de 2.º grau em quem aquele delegue. escalão, índice ou posição e nível remuneratórios. promova o reforço das suas competências profissionais,
sendo publicitado em locais próprios do serviço onde os
trabalhadores exerçam funções. em função da antiguidade, sucessivamente, na categoria, orientado.
5 — Fixados os resultados finais da aplicação dos mé- carreira e exercício de funções públicas, da maior para a desse serviço que proceda à reafetação.
todos de seleção, são elaboradas listas nominativas, por menor antiguidade. lidade da entidade gestora do sistema de requalificação,
ordem decrescente de resultados. Artigo 257.º podendo ter o apoio do Instituto do Emprego e Formação
6 — A identificação e ordenação dos trabalhadores são Artigo 255.º Profissional, I.P.
Colocação dos trabalhadores não reafetos
Seleção de trabalhadores não reafetos em situação de requalificação
7 — O resultado final de cada trabalhador e o seu po-
sicionamento na respetiva lista são notificados por escrito 1 — Terminado o processo de seleção dos trabalhado- requalificação e deve corresponder a necessidades identi-
ao interessado. situação de requalificação. ficadas pela mesma, constituindo encargo desta.
3276 3277

6 — Na segunda fase do processo de requalificação, o Artigo 262.º de março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 793/76, de 5
trabalhador não está sujeito ao enquadramento específico Direitos dos trabalhadores na primeira
de novembro, 275-A/93, de 9 de agosto, e 503/99, de 20 ocupação de postos de trabalho objeto do recrutamento a
previsto nos n.os 2 e 3, sem prejuízo de outros processos fase do processo de requalificação que se referem o artigo seguinte e o n.º 2 do artigo 266.º
de valorização profissional a que possa vir a ser afeto por zembro, e 80/2013, de 28 de novembro, quando se trate e dele não desistir injustificadamente, desde que se veri-
1 — Na primeira fase do processo de requalificação, o fiquem os seguintes requisitos cumulativos:
trabalhador que não se encontre no exercício de funções direta e indireta do Estado.
ou por iniciativa do próprio. tem direito a: i) Seja aberto para categoria não inferior à que detenha
no momento da candidatura;
Artigo 259.º a) Receber a remuneração mensal nos termos do artigo ii) Sejam observadas as regras de aplicação da mobi-
seguinte; nos termos da presente lei, sem prejuízo do cumprimento
lidade estabelecidas para a carreira e categoria do traba-
Trabalhadores abrangidos pela segunda b) Auferir os subsídios de Natal e de férias calculados lhador em causa.
fase do processo de requalificação com base na remuneração a que tiver direito; de requalificação
c) Beneficiar das prestações familiares, nos termos le- Artigo 263.º c) Dever de comparecer e realizar os atos inerentes ao
1 — São apenas abrangidos pela segunda fase do pro- gais aplicáveis;
cesso de requalificação os trabalhadores nomeados e os Direitos dos trabalhadores na segunda fase processo de seleção para reinício de funções para que seja
referidos no n.º 4 do artigo 88.º da Lei n.º 12-A/2008, de do processo de requalificação convocado.
27 de fevereiro. 1 — Na segunda fase do processo de requalificação, o
2 — Aos trabalhadores em regime de contrato de tra- trabalhador goza dos direitos previstos nas alíneas a) a f)
balho em funções públicas por tempo indeterminado não do n.º 1 e nos n.os 2 a 8 do artigo anterior. comportamentos do trabalhador:
legais aplicáveis; a) A recusa não fundamentada de reinício de funções
em serviço;
secção III do capítulo IX. carreira para que reúna os requisitos legalmente fixados; prejuízo do cumprimento dos deveres a que se encontre b) A desistência injustificada do procedimento de sele-
g) Realizar um programa de formação específico. sujeito no âmbito do processo de requalificação. ção ao qual o trabalhador em requalificação seja opositor
3 — Na situação prevista no número anterior, sempre obrigatório;
Artigo 260.º que a remuneração percebida pela atividade profissional
Situação jurídica do trabalhador em requalificação seleção para novo posto de trabalho, que não seja justifi-
aposentação ou reforma e de antiguidade no exercício de cada com base no regime de faltas dos trabalhadores em
funções públicas. funções públicas;
juízo de ulteriores alterações, a categoria, escalão, índice 3 — O trabalhador em situação de requalificação, que sem prejuízo do disposto no número seguinte.
ou posição e nível remuneratórios detidos no serviço de
origem, à data da colocação naquela situação. fundamentada no decurso destas;
2 — Para efeitos do disposto no número anterior, não
são considerados os cargos, categorias ou funções exer- caso, dos previstos nas alíneas e) a g) do n.º 1. de requalificação de qualquer alteração relevante da sua
cidos a título transitório, designadamente em regime de situação, designadamente no que se refere à obtenção de
proteção social que o abranja e de cálculo da pensão de
período experimental. nais, à alteração do seu local de residência permanente ou
mulado total inferior à remuneração auferida àquela data. a referida no n.º 5 do artigo anterior.
qualidade quando exerça funções a título transitório, de- alínea a) do n.º 1.
4 — A não aceitação do reinício de funções, incluindo
ainda que integrado em carreira especial, pode consolidar noutras entidades, desde que verificados os pressupostos
artigos 265.º a 267.º estabelecidos na alínea b) do n.º 2, constitui fundamento
percebida, bem como de todas as alterações supervenien- ou demissão.
Artigo 261.º ponsável pela área da Administração Pública, aplicando- tes que relevem para o efeito previsto naqueles números. 5 — O trabalhador em situação de requalificação, que
-se, em tudo o mais, o regime geral de consolidação da se encontre a exercer funções a título transitório, está su-
Remuneração do trabalhador em situação de requalificação mobilidade na categoria. o conceito de exercício de atividade profissional privada
6 — Durante a situação de requalificação pode o tra- abrange:
qual exerce funções, bem como aos previstos nos núme-
balhador requerer, a qualquer momento, uma licença sem a) Todos os tipos de atividade e de serviços, indepen- ros anteriores, quando sejam suscetíveis de fazer cessar a
com o limite máximo de três vezes o valor do indexante remuneração, nos termos da lei. dentemente da sua duração, regularidade e forma de re- situação de requalificação.
dos apoios sociais (IAS). 7 — Durante o processo de requalificação, caso esteja muneração;
2 — Na segunda fase do processo de requalificação o DIVISÃO II
trabalhador aufere remuneração equivalente a 40 %, com mente da respetiva natureza, pública ou privada, laboral Reinício de funções e vicissitudes
o limite máximo de duas vezes o valor do IAS. ou de prestação de serviços. da situação de requalificação
presente lei, sem prejuízo do seguinte:
3 — As remunerações referidas nos números anterio- Artigo 264.º Artigo 265.º
à categoria de origem, escalão, índice ou posição e nível base mensal por cada ano completo de antiguidade, com Deveres dos trabalhadores na situação de requalificação
Recrutamento de trabalhadores
remuneratórios detidos à data da colocação em situação um máximo correspondente a 30 anos completos de an- em situação de requalificação
tiguidade;
de requalificação. tre no exercício de funções mantém os deveres inerentes 1 — Nenhum dos órgãos ou serviços abrangidos pelo
à condição de trabalhador em funções públicas que não
pressuponham a prestação efetiva de trabalho. iniciar procedimento para a contratação de prestação de
alterações, nos termos em que o seja a remuneração dos antes da colocação em situação de requalificação. 2 — O trabalhador em situação de requalificação tem, serviço ou recrutar trabalhador, por tempo indeterminado
trabalhadores em exercício de funções. em especial, os seguintes deveres: ou a título transitório, sem prejuízo do regime da mobili-
a) Dever de frequentar as ações de formação profissio- dade, que não se encontre integrado no mapa de pessoal
anterior é assegurado pela Secretaria-Geral do Ministério nal previstas no seu plano de requalificação ou para que para o qual se opera o recrutamento, antes de executado
não pode ser inferior à RMMG. das Finanças, nos termos do Decreto-Lei n.º 74/70, de 2 for indicado;
3278 3279

situação de requalificação para as funções ou os postos de Artigo 268.º zelando pela aplicação de critérios de isenção e transpa- de trabalho com a entidade pública empresarial em causa,
trabalho em causa. Suspensão da situação de requalificação
rência e promovendo o seu reinício de funções, designa- com a correspondente denúncia do respetivo contrato de
2 — O procedimento prévio de recrutamento de traba- damente: trabalho em funções públicas.

suspende-se por: i) Informando-o quanto aos procedimentos de seleção


abertos; secção é ainda aplicável aos trabalhadores das entidades
finanças e da Administração Pública. públicas empresariais e das empresas públicas, que sejam
a) Reinício de funções a título transitório;
a que se referem os números anteriores, não pode haver profissional, durante a primeira fase do processo;
reinício de funções; termos:
gestora do sistema de requalificação ou cuja candidatura d) Praticar, quando necessário nos termos da presente
tenha sido validada por esta entidade. lei, os atos relativos ao reinício de funções e à cessação
4 — O recrutamento de trabalhadores em situação de de funções exercidas a título transitório;
como o decurso do período experimental durante o pro- para o despedimento coletivo ou para a extinção do posto
de trabalho;
ou serviço e em reserva constituída por entidade centra- b) No final do processo de seleção, o empregador co-
lizadora. do respetivo prazo. em regime de requalificação e seu tratamento, em confor- munica individualmente a cada trabalhador a decisão de
midade com o disposto no artigo 27.º da Lei da Proteção colocação na situação de requalificação, dando dela co-
de Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98, de 26 de nhecimento à entidade gestora da requalificação;
outubro, na redação atual. c) Os trabalhadores são afetos ao INA, para todos os
efeitos previstos na presente lei.
6 — A declaração emitida nos termos do número ante- Artigo 272.º
rior é condição para abertura pelo empregador público de em órgão ou serviço. Transmissão de informação outras prestações que sejam legalmente previstas são su-
procedimento concursal nos termos gerais. portados pela entidade gestora do sistema de requalifica-
Artigo 269.º 1 — Os dados relativos aos trabalhadores em situação
em situação de requalificação a que se referem os n.os 1 de requalificação são inseridos, pela entidade gestora do trabalhador.
Cessação da situação de requalificação sistema de requalificação, no Sistema de Informação da
e 2 é urgente e de interesse público, não havendo lugar a
audiência de interessados. A situação de requalificação do trabalhador cessa por: Organização do Estado (SIOE), sempre que ocorra carre- Artigo 275.º
gamento ou atualização de dados, e no sistema de gestão Pessoal de serviços extintos em situação
a) Reinício de funções em qualquer órgão ou serviço
no decurso do procedimento não tem efeito suspensivo. de licença sem remuneração
por tempo indeterminado; da lista nominativa que coloque os trabalhadores naquela
b) Aposentação ou reforma; situação. 1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o
dirigentes. c) Cessação do contrato de trabalho em funções públi-
Artigo 266.º a que se refere o artigo 249.º da presente lei e o n.º 6 do
Reinício de funções em serviço
trabalhador tenha reiniciado funções; referidos no número anterior. artigo 47.º da Lei n.º 53/2006, de 7 de dezembro, alterada
d) Extinção do vínculo por qualquer outra causa. pelas Leis n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, 64-A/2008, de
1 — O trabalhador em situação de requalificação pode Artigo 273.º 31 de dezembro, e 64-B/2011, de 30 de dezembro, e revo-
reiniciar funções em qualquer órgão ou serviço, a título DIVISÃO III gada pela Lei n.º 80/2013, de 28 de novembro, efetua-se
transitório ou por tempo indeterminado, desde que reúna Transferências orçamentais nos seguintes termos:
Gestão dos trabalhadores em situação de requalificação
os requisitos legalmente fixados para o efeito. O órgão ou serviço de origem do trabalhador colocado
Artigo 270.º de requalificação, suspendendo-se a contagem do prazo
para a entidade gestora do sistema de requalificação, do previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 258.º;
um vínculo de emprego público com o órgão ou serviço Afetação
b) Até ao reinício de funções o trabalhador fica sujeito
trabalhador recrutado por esta para o ano económico em a todos os deveres e direitos estabelecidos para os traba-
presente lei. afetos ao INA, enquanto entidade gestora do sistema de que ocorra a colocação nessa situação. lhadores colocados em situação de requalificação, exceto
Artigo 267.º requalificação. no que se refere à remuneração, que apenas é devida após
Artigo 274.º o primeiro reinício de funções;
Reinício de funções noutras pessoas coletivas de direito público
e instituições particulares de solidariedade social Artigo 271.º Aplicação a trabalhadores em entidades c) No caso de reinício de funções por tempo indeter-
Entidade gestora do sistema de requalificação públicas empresariais minado ou da verificação de qualquer outra circunstância
1 — No caso de reorganização de serviços abrangidos
pelo âmbito de aplicação estabelecido na presente lei, que do trabalhador;
municipais e municipais, entidades administrativas inde- d) No caso de reinício de funções a título transitório,
deveres de colaboração que impendem sobre os restantes artigo 268.º, consoante os casos;
órgãos e serviços. e) Quando da cessação das funções nas situações a que
diferentes, consoante o caso, devendo aquelas entidades se refere a alínea anterior o trabalhador é recolocado no
compete, designadamente: início do processo de requalificação, aplicando-se, a par-
público.
2 — O reinício de funções nos termos do número an- a) Proceder ao pagamento das remunerações e praticar
terior tem lugar nos termos gerais, não carecendo da con- artigos 258.º e seguintes.
cordância do membro do Governo responsável pela área dores colocados em situação de requalificação, incluindo procedimentos.
da Administração Pública. os relativos ao cumprimento dos deveres próprios destes
trabalhadores;
direto e imediato ao serviço, o trabalhador é colocado no
decorrente da aplicação daquela disposição.
celebrem protocolo para o efeito com a entidade gestora
do sistema de requalificação. trabalhadores em situação de requalificação, seguindo e anteriores podem optar pela constituição de um contrato regime previsto nos artigos 258.º e seguintes.
3280 3281

SUBSECÇÃO III a apresentar para concessão da licença ou para o regresso,


Licenças regressar ao serviço e cujo posto de trabalho se encontre
documento comprovativo a emitir pela mesma.
SECÇÃO III Artigo 280.º
SUBSECÇÃO IV
Outras situações de redução da atividade ou suspensão Concessão e recusa da licença o qual reúna os requisitos exigidos.
do vínculo de emprego público Pré-reforma

SUBSECÇÃO I dor, a pedido deste, licença sem remuneração. Artigo 284.º


2 — Sem prejuízo do disposto em legislação especial número anterior.
Disposições gerais Acordo de pré-reforma
Artigo 282.º
o trabalhador tem direito a licenças sem remuneração de
Artigo 276.º Licença sem remuneração para acompanhamento
do cônjuge colocado no estrangeiro
Factos que determinam a redução ou a suspensão com idade igual ou superior a 55 anos mantém o direito a
ensino ou de formação profissional ou no âmbito de pro- receber do empregador público uma prestação pecuniária
grama específico aprovado por autoridade competente e ção para acompanhamento do respetivo cônjuge, quando mensal até à data da verificação de qualquer das situações
este, tenha ou não a qualidade de trabalhador em funções previstas no n.º 1 do artigo 287.º
cursos ministrados em estabelecimento de ensino. 2 — A situação de pré-reforma constitui-se por acordo
ou total, da prestação do trabalho, por facto respeitante ao 3 — O empregador público pode recusar a concessão entre o empregador público e o trabalhador e depende da
trabalhador, e no acordo das partes. da licença prevista no número anterior nas seguintes si-
2 — Permite também a redução do período normal de tuações: internacionais de que Portugal seja membro.
trabalho ou a suspensão do vínculo de emprego público veis pelas áreas das finanças e da Administração Pública.
a celebração, entre trabalhador e empregador público, de
um acordo de pré-reforma. formação profissional adequada ou licença para o mesmo guintes indicações:
3 — À licença prevista na presente subsecção aplica-
fim, nos últimos 24 meses; -se o disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 281.º, se tiver sido a) Data de início da situação de pré-reforma;
Artigo 277.º b) Montante da prestação de pré-reforma;
serviço seja inferior a três anos;
Efeitos da redução e da suspensão
c) Quando o trabalhador não tenha requerido a licença igual ou superior àquele. de redução da prestação de trabalho.
com uma antecedência mínima de 90 dias em relação à
direitos, deveres e garantias das partes, na medida em que data do seu início; 4 — O empregador público deve remeter o acordo de
não pressuponham a efetiva prestação do trabalho. pré-reforma à segurança social ou, sendo o caso, à Caixa
2 — O tempo de redução ou suspensão conta-se para Geral de Aposentações, I.P., conjuntamente com a folha
efeitos de antiguidade. tes que chefiem equipas multidisciplinares ou integrados ou antecipar-se o regresso a pedido do trabalhador. de remunerações relativa ao mês da sua entrada em vigor.

trabalhador pode requerer ao dirigente máximo do respe- Artigo 285.º


quer das partes faça cessar o contrato nos termos gerais. mesmos durante o período da licença, sem prejuízo sério tivo serviço o regresso à atividade, no prazo de 90 dias, a
Direitos do trabalhador
para o funcionamento do órgão ou serviço. contar da data do termo da situação de colocação daquele
SUBSECÇÃO II no estrangeiro. 1 — O trabalhador em situação de pré-reforma tem os
Suspensão do vínculo de emprego público 4 — Para efeitos do disposto no n.º 2, considera-se de 6 — Caso o trabalhador não requeira o regresso à ati-
por facto respeitante ao trabalhador longa duração a licença superior a 60 dias. vidade nos termos do número anterior, presume-se a sua público, sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes.

Artigo 278.º Artigo 281.º denúncia ou exoneração a pedido do trabalhador. desenvolver outra atividade profissional remunerada, nos
Efeitos
termos previstos nos artigos 19.º a 24.º
Factos determinantes Artigo 283.º
Licença sem remuneração para exercício de funções Artigo 286.º
público o impedimento temporário por facto não imputá- do vínculo, com os efeitos previstos nos n.os 1 e 3 do ar- em organismos internacionais Prestação de pré-reforma
vel ao trabalhador que se prolongue por mais de um mês, tigo 277.º
1 — A licença sem remuneração para exercício de fun- 1 — Na situação de pré-reforma que corresponda à re-
nomeadamente doença.
2 — O vínculo de emprego público considera-se sus- efeitos de antiguidade, sem prejuízo do disposto no nú-
penso, mesmo antes de decorrido o prazo de um mês, a mero seguinte. é fixada com base na última remuneração auferida pelo
3 — Nas licenças previstas para acompanhamento do dos negócios estrangeiros e pelo serviço a que pertence trabalhador, em proporção do período normal de trabalho
partir do momento em que seja previsível que o impedi-
mento vai ter duração superior àquele prazo. cônjuge colocado no estrangeiro, bem como para o exer- semanal acordado.
cício de funções em organismos internacionais e noutras seguintes modalidades: 2 — A prestação referida no número anterior é atuali-
licenças fundadas em circunstâncias de interesse público, zada anualmente em percentagem igual à do aumento de
definitivo. cário ou experimental, com vista a uma integração futura
de antiguidade e pode continuar a efetuar descontos para no respetivo organismo; no pleno exercício das suas funções.
a ADSE ou outro subsistema de saúde de que beneficie, b) Licença para o exercício de funções em quadro de
público nos casos previstos na lei. organismo internacional.
licença. o trabalhador tem direito a retomar o pleno exercício de
Artigo 279.º 2 — A licença prevista na alínea a) do número anterior funções, sem prejuízo da sua antiguidade, ou a resolver o
previstas para acompanhamento do cônjuge colocado no contrato, com direito à indemnização prevista nos n.os 2 e
Regresso do trabalhador
ou experimental para que foi concedida. 3 do artigo seguinte.

em circunstâncias de interesse público, o trabalhador tem pelo período de exercício de funções. na situação de pré-reforma que corresponda à suspensão
para retomar a atividade, sob pena de incorrer em faltas direito à ocupação de um posto de trabalho no órgão ou 4 — O exercício de funções nos termos do presente ar- da prestação de trabalho são fixadas por decreto regula-
injustificadas. serviço quando terminar a licença. mentar.
3282 3283

Artigo 287.º Artigo 290.º por escrito, até 30 dias antes de o prazo expirar, a vontade
Extinção da situação de pré-reforma Direitos e deveres do empregador público e do trabalhador
de o renovar. das finanças e da Administração Pública podem, previa-
decorrentes da extinção do vínculo mente à autorização prevista no número anterior, reque-
1 — A situação de pré-reforma extingue-se: tade de renovar o contrato nos termos do número anterior,
1 — Extinto o vínculo, o empregador público deve en- presume-se o acordo do trabalhador, se, no prazo de sete
de idade ou invalidez;
b) Com o regresso ao pleno exercício de funções, por contrário.
cargos que desempenhou. Administração Pública.
acordo entre o trabalhador e o empregador público ou nos
termos do artigo anterior;
c) Com a cessação do contrato. trabalhador o direito a uma compensação, calculada nos
termos previstos no Código do Trabalho para os contratos é dispensada a autorização prevista no n.º 2, observados
público é obrigado a entregar ao trabalhador outros docu- os requisitos enunciados no n.º 1.
a termo certo.
emitidos e que este solicite, designadamente os previstos Artigo 296.º
na legislação de proteção social. Artigo 294.º
no pleno exercício das suas funções, aquele tem direito a Caducidade do contrato de trabalho em funções Compensação pela extinção por acordo
uma indemnização correspondente ao montante das pres- públicas a termo incerto
tações de pré-reforma até à idade legal de reforma. de trabalho e quaisquer outros objetos que sejam pertença
pagas a título de compensação pela extinção do vínculo e,
3 — A indemnização referida no número anterior tem sendo caso disso, as decorrentes de créditos já vencidos
por base a última prestação de pré-reforma devida à data danos causados.
5 — Cessada a comissão de serviço, o trabalhador re- ou exigíveis em virtude dessa extinção.
da cessação do contrato.
30 ou 60 dias, conforme o contrato tenha durado até seis trabalhador no âmbito do acordo de cessação do vínculo
derado requerente da reforma ou aposentação por velhice corresponde, no máximo, a 20 dias de remuneração base
lugar ao pagamento de indemnização quando prevista em respetivamente. por cada ano completo de antiguidade e é determinada do
ocorrido a extinção da situação de pré-reforma. seguinte modo:
lei especial.
n.º 1 do artigo 57.º, que dê lugar à contratação de vários
CAPÍTULO IX SECÇÃO II da divisão por 30 da remuneração base mensal auferida
anterior deve ser feita, sucessivamente, a partir da verifi- pelo trabalhador;
Extinção do vínculo Causas de extinção comuns cação da diminuição gradual da respetiva ocupação, com b) Em caso de fração de ano, o montante da compen-
a aproximação da conclusão do projeto para o desenvol- sação é calculado proporcionalmente;
SECÇÃO I SUBSECÇÃO I vimento do qual foram contratados.
Disposições gerais Caducidade do vínculo de emprego público superior a 100 vezes a RMMG, sem prejuízo do previsto
nos números seguintes;
Artigo 288.º Artigo 291.º em falta.
Proibição de despedimento ou demissão sem justa causa Situações de caducidade 4 — A caducidade do contrato confere ao trabalhador trabalhador até à idade legal de reforma ou aposentação.
o direito a uma compensação calculada nos termos pre-
nos seguintes casos: vistos no Código do Trabalho para os contratos a termo
causa ou por motivos políticos ou ideológicos. incerto.
a) Com a verificação do seu termo; da aposentação, no âmbito do regime de proteção social
Artigo 289.º b) Em caso de impossibilidade superveniente, absoluta SUBSECÇÃO II convergente ou ao abrigo de regime de flexibilização ou
Formas de extinção do vínculo de emprego público e definitiva de o trabalhador prestar o seu trabalho; de antecipação da idade de pensão de velhice no regime
c) Com a reforma ou aposentação do trabalhador, por Extinção por acordo
geral de segurança social, o acordo de cessação carece de
velhice ou invalidez, ou, em qualquer caso, quando o tra-
balhador completar 70 anos de idade. Artigo 295.º
as seguintes: rização prévia do membro do Governo responsável pela
Acordo de cessação do vínculo de emprego público área das finanças.
a) Caducidade; Artigo 292.º
b) Acordo; Reforma ou aposentação por velhice ou invalidez acordo impede o trabalhador de constituir um vínculo de
c) Extinção por motivos disciplinares; servados os seguintes requisitos: trabalho em funções públicas, em qualquer modalidade,
d) Extinção pelo trabalhador com aviso prévio;
ou aposentação do trabalhador, por velhice ou invalidez, a) Comprovada obtenção de ganhos de eficiência e a
e) Extinção pelo trabalhador com justa causa. do Estado, da administração regional e da administração
70 anos de idade. designadamente pela demonstração de que o trabalhador
não requer substituição;
b) Demonstração da existência de disponibilidade or- ção percebida, calculado com aproximação por excesso.
invalidez.
Administração Pública em conformidade com o disposto inerente à compensação a atribuir ao trabalhador. das finanças e da Administração Pública e o membro do
no n.º 2 do artigo 245.º Artigo 293.º
Caducidade do contrato de trabalho em funções número anterior depende de prévia autorização dos mem- toriais de redução de efetivos, por recurso à celebração de
públicas a termo certo
pregador. bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e
da Administração Pública e do membro do Governo que e as condições específicas a aplicar nesses programas, as
são de serviço pode ser denunciada com a antecedência
mínima de 30 dias. empregador público ou o trabalhador não comuniquem, o empregador público. nizações sindicais representativas dos trabalhadores.
3284 3285

SUBSECÇÃO III Artigo 305.º


Extinção por motivos disciplinares funcional, as penas de demissão e de despedimento por Exoneração a pedido do trabalhador
mensais.
Artigo 297.º trabalhadores que, encontrando-se em situação de requa- 3 — Quando a sanção seja a de cessação da comissão A nomeação definitiva cessa por exoneração do traba-
de serviço, ao valor previsto no número anterior acresce
Fundamento do despedimento ou demissão casos previstos na lei.
por motivo disciplinar
Artigo 298.º diferentemente.
de infração disciplinar que inviabilize a sua manutenção. Procedimento para despedimento ou demissão
correspondente a três remunerações base mensais.
4 — O tempo decorrido desde a data de produção de Artigo 306.º
opera por despedimento ou demissão, respetivamente nas Falta de cumprimento dos prazos de aviso prévio
modalidades de contrato de trabalho em funções públicas Se o trabalhador não cumprir, total ou parcialmente, os
e de nomeação. procedimento disciplinar previsto na presente lei. para efeitos do disposto nos números anteriores.
3 — Constituem infração disciplinar que inviabiliza a 5 — Efetuada a opção referida no n.º 1, o tribunal deve
Artigo 299.º condenar o órgão ou serviço em conformidade.
tos do trabalhador que: Impugnação judicial do despedimento ou demissão
Artigo 302.º
a) Agrida, injurie ou desrespeite gravemente superior civil pelos danos eventualmente causados.
Regras especiais relativas ao contrato a termo
hierárquico, colega, subordinado ou terceiro, em serviço são tem de ser proposta no prazo de um ano sobre a data
ou nos locais de serviço; de produção de efeitos da extinção do vínculo. SUBSECÇÃO V
de cessação do contrato, com as alterações constantes do Extinção pelo trabalhador com justa causa
ou incite à sua prática; número seguinte.
2 — Sendo o despedimento declarado ilícito, o empre- Artigo 307.º
extinção do vínculo. gador público é condenado:
na Constituição; Justa causa de extinção do vínculo de emprego público
d) Pratique ou tente praticar qualquer ato que lese ou Artigo 300.º
causados, não devendo o trabalhador receber uma com-
Invalidade do despedimento ou da demissão pensação inferior à importância correspondente ao valor imediatamente o vínculo de emprego público.
relações internacionais; das remunerações que deixou de auferir desde a data do
e) Volte a praticar os factos referidos nas alíneas c), h) 1 — Sendo anulada ou declarada nula a sanção de des-
pedimento disciplinar ou de demissão, o órgão ou serviço despedimento até ao termo certo ou incerto do contrato,
e i) do artigo 186.º; ou até ao trânsito em julgado da decisão do tribunal, se do empregador público:
f) Dolosamente participe infração disciplinar suposta- é condenado:
aquele termo ocorrer posteriormente;
mente cometida por outro trabalhador; a) A indemnizar o trabalhador por todos os danos, pa- b) Na reintegração do trabalhador, sem prejuízo da sua
g) Dentro do mesmo ano civil, dê cinco faltas seguidas b) Violação culposa das garantias legais ou convencio-
trimoniais e não patrimoniais, causados; categoria, caso o termo ocorra depois do trânsito em jul- nais do trabalhador;
ou 10 interpoladas sem justificação; b) A reconstituir a situação jurídico-funcional atual hi- gado da decisão do tribunal. c) Aplicação de sanção ilegal;
potética do trabalhador.
em processo de averiguações instaurado após a obtenção d) Falta culposa de condições de segurança, higiene e
SUBSECÇÃO IV
saúde no trabalho;
2 — O trabalhador tem ainda direito a receber a remu-
Extinção pelo trabalhador com aviso prévio e) Lesão culposa de interesses patrimoniais sérios do
neração que deixou de auferir desde a data de produção
deva ser divulgada; trabalhador;
julgado da decisão judicial. Artigo 303.º
3 — Ao montante apurado nos termos do número an- Modalidades de extinção
ou dignidade do trabalhador, puníveis por lei, praticadas
pação em lucro ou outras vantagens patrimoniais, ainda terior deduzem-se: pelo empregador público ou seu representante legítimo.
que sem o fim de acelerar ou retardar qualquer serviço ou
a) As importâncias que o trabalhador tenha comprova- do trabalhador com aviso prévio é feita por denúncia ou 3 — Constituem ainda justa causa de extinção do vín-
procedimento;
k) Comparticipe em oferta ou negociação de emprego culo pelo trabalhador, os seguintes factos:
lhador seja titular de um contrato de trabalho em funções
público; públicas ou de um vínculo de nomeação, respetivamente. a) Necessidade de cumprimento de obrigações legais
l) Seja encontrado em alcance ou desvio de dinheiros mente auferido pelo trabalhador, devendo o órgão ou ser- incompatíveis com a continuação do vínculo;
públicos; viço entregar essa quantia à segurança social; Artigo 304.º b) Alteração substancial e duradoura das condições de
m) Tome parte ou tenha interesse, diretamente ou por c) O montante da remuneração respeitante ao período trabalho no exercício legítimo de poderes do empregador
Denúncia do contrato de trabalho em funções públicas público;
decorrido desde a data de produção de efeitos da extinção
celebrar por qualquer órgão ou serviço; do vínculo até 30 dias antes da data da sua impugnação 1 — O trabalhador pode denunciar o contrato indepen-
n) Com intenção de obter, para si ou para terceiro, be- judicial, quando esta não tenha tido lugar nos 30 dias sub- dentemente de justa causa, mediante comunicação escrita neração.
sequentes àquela data de produção de efeitos. enviada ao empregador público com a antecedência mí-
nima de 30 ou 60 dias, conforme tenha, respetivamente, 4 — Para apreciação da justa causa deve atender-se ao
Artigo 301.º
ou serviço. circunstâncias que no caso se mostrem relevantes.
de documentos ou por viciação de dados para tratamento Indemnização em substituição da reconstituição da situação
Artigo 308.º
avisar o empregador público com a antecedência mínima Procedimento
fiscalizar, defender ou realizar; de 30 dias, se o contrato tiver duração igual ou superior a
o) Autorize o exercício de qualquer atividade remune- da indemnização prevista no número seguinte. seis meses, ou de 15 dias, se for de duração inferior.

fixada pelo tribunal, entre 15 e 45 dias por cada ano com- dos factos que a justificam, nos 30 dias subsequentes ao
no gozo de licença extraordinária. atende-se ao tempo de duração efetiva do contrato. conhecimento desses factos.
3286 3287

Artigo 312.º Artigo 316.º


do n.º 3 do artigo anterior, o trabalhador deve notificar o Compensação pela cessação do contrato Faltas mudados de local de trabalho sem o seu acordo expresso
empregador público logo que possível. e sem audição da estrutura a que pertencem.
1 — As ausências dos trabalhadores eleitos para as es-
Artigo 309.º
lhador o direito a uma compensação calculada nos termos funções e que excedam o crédito de horas consideram-se de instalações do órgão ou serviço ou decorrer de normas
Indemnização devida ao trabalhador faltas justificadas e contam, salvo para efeito de remune-
do Código do Trabalho. legais aplicáveis a todos os seus trabalhadores.
2 — A compensação a que se refere o número anterior ração, como tempo de serviço efetivo.
previstos no n.º 2 do artigo 307.º confere ao trabalhador 2 — Relativamente aos delegados sindicais, apenas se
Artigo 319.º
auferida antes da redução imposta pela situação de requa- consideram justificadas, para além das que correspondam
ao gozo do crédito de horas, as ausências motivadas pela Informações confidenciais
lificação em que se encontrava.
prática de atos necessários e inadiáveis no exercício das
suas funções, as quais contam, salvo para efeito de remu- 1 — O membro de estrutura de representação coletiva
públicas, mas nunca podendo ser inferior a três meses de secção é assegurado pela Secretaria-Geral do Ministério dos trabalhadores não pode revelar aos trabalhadores ou
neração, como tempo de serviço efetivo.
remuneração base. das Finanças, nos termos do Decreto-Lei n.º 74/70, de 2 a terceiros informações que tenha recebido, no âmbito de
2 — No caso de fração de ano de antiguidade, o valor direito de informação ou consulta, e que sejam de acesso
da indemnização é calculado proporcionalmente. novembro, 275-A/93, de 9 de agosto, e 503/99, de 20 de restrito nos termos do disposto no regime de acesso aos
3 — No caso de contrato a termo, a indemnização pre- novembro, e pela Lei n.º 67-A/2007, de 31 de dezembro, com um dia de antecedência, com referência às datas e ao documentos administrativos ou diploma especial.
quando se trate de trabalhadores oriundos de serviços da número de dias de que os respetivos trabalhadores neces-
correspondente às remunerações vincendas. administração direta e indireta do Estado. sitam para o exercício das suas funções, ou, em caso de
sentação coletiva dos trabalhadores.
Artigo 310.º Artigo 313.º primeiro dia de ausência.
Ilicitude da cessação do contrato de trabalho 4 — A inobservância do disposto no número anterior
Impugnação da declaração de extinção do vínculo torna as faltas injustificadas. CAPÍTULO II
em funções públicas
1 — A ilicitude da extinção do vínculo pode ser decla- Comissões de trabalhadores
Artigo 317.º
Proteção em caso de procedimento disciplinar,
contrato de trabalho em funções públicas na sequência de despedimento ou demissão SECÇÃO I
ração. processo de requalificação.
1 — A suspensão preventiva de trabalhador eleito para Disposições gerais sobre comissões de trabalhadores
tinção do vínculo apenas são atendíveis para a justificar
os factos constantes da comunicação referida no n.º 1 do PARTE III o mesmo possa ter acesso aos locais e atividades que se Artigo 320.º
artigo 308.º compreendam no exercício normal dessas funções.
Direito coletivo Princípios gerais relativos a comissões, subcomissões
3 — No caso de ter sido impugnada a extinção do vín- e comissões coordenadoras
culo, com base em ilicitude do procedimento previsto no responsabilidade disciplinar, civil ou criminal, com fun-
n.º 1 do artigo 308.º, o trabalhador pode corrigir o vício TÍTULO I
até ao termo do prazo para contestar, não se aplicando, no
trabalhadores, aplica-se ao trabalhador visado o disposto defesa dos seus interesses e para o exercício dos direitos
entanto, este regime mais de uma vez. Estruturas de representação no número anterior. previstos na Constituição e na lei.
4 — Não se provando a justa causa de extinção do vín- coletiva dos trabalhadores
pelos prejuízos causados, não inferior ao montante calcu-
lado nos termos do artigo 306.º CAPÍTULO I ser criadas subcomissões de trabalhadores.
sociais há menos de três anos, presume-se feito sem justa 3 — Podem ser criadas comissões coordenadoras para
Disposições gerais causa ou motivo justificativo.
SECÇÃO III 4 — No caso de o trabalhador despedido ou demitido
res constituídas em diferentes empregadores públicos do
Artigo 314.º ser representante sindical ou membro de comissão de tra-
Cessação do contrato de trabalho em funções públicas balhadores, tendo sido interposta providência cautelar de mesmo ministério ou de vários ministérios que prossigam
na sequência de processo Representação coletiva dos trabalhadores atribuições de natureza análoga, bem como para o desem-
de reorganização de serviços e racionalização de efetivos em funções públicas penho de outros direitos consignados na lei.
decretada se o tribunal concluir pela existência de proba-
bilidade séria de verificação da justa causa ou do motivo
Artigo 311.º de criar estruturas de representação coletiva para defesa justificativo invocados. Artigo 321.º
Procedimento dos seus direitos e interesses, nomeadamente comissões 5 — As ações que tenham por objeto litígios relativos Número de membros de comissão de trabalhadores,
comissão coordenadora ou subcomissão
1 — O contrato de trabalho em funções públicas cessa restrições estabelecidas em lei especial. no número anterior têm natureza urgente.
na sequência de processo de reorganização de serviços ou 6 — Em caso de ilicitude do despedimento ou demis- 1 — O número de membros da comissão de trabalha-
são de trabalhador membro de estrutura de representação dores não pode exceder os seguintes:
balhadores em funções públicas é aplicável o regime do
Código do Trabalho, com as necessárias adaptações e as a) Em empregadores públicos com menos de 50 traba-
requalificação, o trabalhador não abrangido pela segunda especificidades constantes da presente lei. lhadores, dois;
previstos na presente lei ou estabelecida em instrumento b) Em empregadores públicos com 50 a 200 trabalha-
de regulamentação coletiva de trabalho, nunca inferior à
Artigo 315.º dores, três;
remuneração base correspondente a seis meses.
de funções, o trabalhador é notificado da declaração emi- c) Em empregadores públicos com 201 a 500 trabalha-
Crédito de horas dos representantes dos trabalhadores
tida pela entidade gestora do sistema de requalificação da Artigo 318.º dores, três a cinco;
d) Em empregadores públicos com 501 a 1 000 traba-
Proteção em caso de mobilidade
a sua categoria ou qualificação profissional. lhadores, cinco a sete;
3 — O contrato de trabalho cessa no prazo de 30 dias, beneficiam de crédito de horas, nos termos previstos no e) Em empregadores públicos com mais de 1 000 tra-
a contar da notificação referida no número anterior. Código do Trabalho e na presente lei. balhadores, sete a 11.
3288 3289

2 — O número de membros da subcomissão de traba- b) Exercer o controlo de gestão nos respetivos empre- SECÇÃO III
lhadores não pode exceder os seguintes: gadores públicos; substancial do número de trabalhadores do órgão ou ser- Constituição e extinção da comissão de trabalhadores

trabalho e, ainda, as decisões suscetíveis de desencadear Artigo 330.º


50 a 200 trabalhadores, três;
órgãos ou serviços; Disposição geral
d) Participar na elaboração da legislação do trabalho, ou dos contratos.
mais de 200 trabalhadores, cinco.
diretamente ou por intermédio das respetivas comissões
coordenadoras. SUBSECÇÃO III
3 — Nos estabelecimentos ou unidades orgânicas com
menos de 50 trabalhadores, a função da subcomissão de Controlo de gestão do empregador público especialidades constantes da presente secção.
trabalhadores é assegurada por um só membro. 2 — As subcomissões de trabalhadores podem exercer
Artigo 331.º
Artigo 328.º
Artigo 325.º Registo
que a mesma coordena, nem o máximo de 11 membros. Finalidade e conteúdo do controlo de gestão
Reuniões da comissão de trabalhadores com o dirigente
Artigo 322.º máximo ou órgão de direção do órgão ou serviço 1 — O controlo de gestão visa promover o empenha- registadas no ministério responsável pela área da Admi-
mento responsável dos trabalhadores na vida do empre- nistração Pública.
Reunião de trabalhadores no local de trabalho gador público. 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, a co-
convocada por comissão de trabalhadores
2 — No exercício do direito do controlo de gestão, a
o órgão de direção do empregador público para discussão comissão de trabalhadores pode:
trabalho, convocada por comissão de trabalhadores, bem e análise dos assuntos relacionados com o exercício dos
como o respetivo procedimento, observam o disposto no
Código do Trabalho. em cada mês.
2 — Da reunião referida no número anterior é lavrada panhar a respetiva execução;
Artigo 323.º b) Promover a adequada utilização dos recursos técni- cadas das atas da comissão eleitoral e das mesas de voto,
por todos os presentes. cos, humanos e financeiros; acompanhadas dos documentos de registo dos votantes.
Crédito de horas de membros das comissões
3 — A comissão eleitoral deve, no prazo de 15 dias, a
1 — Para o exercício da sua atividade, o membro das mente às subcomissões de trabalhadores, em relação aos balhadores, medidas que contribuam para a melhoria da
dirigentes dos respetivos estabelecimentos periféricos ou responsável pela área da Administração Pública o registo
de horas: unidades orgânicas desconcentradas. da eleição dos membros da comissão de trabalhadores e
administrativa; das subcomissões de trabalhadores, juntando cópias cer-
a) Subcomissões de trabalhadores, oito horas; SUBSECÇÃO II
b) Comissões de trabalhadores, 25 horas; d) Apresentar aos órgãos competentes do empregador
c) Comissões coordenadoras, 20 horas. Informação e consulta público sugestões, recomendações ou críticas tendentes à dos documentos de registo dos votantes.
2 — Nos órgãos ou serviços com menos de 50 traba- Artigo 326.º constituição da comissão coordenadora devem, no prazo
lhadores, o crédito de horas referido no número anterior Conteúdo do direito a informação e das condições de segurança e saúde; de 15 dias, requerer junto do ministério responsável pela
é reduzido a metade. e) Defender, junto dos órgãos de direção e fiscalização área da Administração Pública o registo da constituição
do empregador público e das autoridades competentes, os da comissão coordenadora e da aprovação dos estatutos
balhadores, a comissão de trabalhadores pode deliberar, sobre: legítimos interesses dos trabalhadores.
a) Plano e relatório de atividades; alterados, bem como cópias certificadas da ata da reunião
b) Orçamento; Artigo 329.º
horas de todos eles, com o limite individual de 40 horas c) Gestão dos recursos humanos, em função dos mapas registo dos votantes.
mensais. Limites ao controlo de gestão 5 — As comissões de trabalhadores que participaram
de pessoal;
d) Prestação de contas, incluindo balancetes, contas de 1 — O controlo de gestão nos empregadores públicos na eleição da comissão coordenadora devem, no prazo de
obrigados, para além do limite aí estabelecido, e ressal- gerência e relatórios de gestão. não pode ser exercido em matérias sujeitas ao regime de
vado o disposto nos n.os 2 e 3, à prestação de trabalho nas e) Projetos de reorganização do órgão ou serviço. segredo previstos na lei.
condições normais.
5 — Não pode haver lugar a cumulação de crédito de 2 — O controlo de gestão nos empregadores públicos das listas concorrentes, bem como da ata da reunião e do
Artigo 327.º não pode ser exercido ainda em relação às seguintes ati- documento de registo dos votantes.
uma das estruturas referidas no n.º 1. Obrigatoriedade de parecer prévio vidades:
a) Defesa nacional; ção Pública regista, no prazo de 10 dias:
SECÇÃO II b) Representação externa do Estado;
social e estatuto disciplinar, têm de ser obrigatoriamente c) Informações de segurança; comissão coordenadora, bem como a aprovação dos res-
Direitos das comissões de trabalhadores petivos estatutos ou das suas alterações;
d) Investigação criminal;
os seguintes atos do empregador público:
SUBSECÇÃO I das subcomissões de trabalhadores e da comissão coorde-
institucional;
Disposições gerais f) Inspeção. nadora e publica a respetiva composição.
para vigilância a distância no local de trabalho;
b) Tratamento de dados biométricos; Artigo 332.º
Artigo 324.º 3 — Excluem-se igualmente do controlo de gestão as
Publicação
Direitos da comissão e subcomissão de trabalhadores serviço;
petências dos órgãos de soberania, bem como das assem-
aplicáveis a todos ou a parte dos trabalhadores do órgão bleias legislativas das regiões autónomas e dos governos ção Pública procede à publicação na 2.ª série do Diário
nomeadamente, a: regionais. da República:
ou serviço;
a) Receber todas as informações necessárias ao exercí- e) Elaboração do mapa de férias dos trabalhadores do 4 — Os limites constantes deste artigo são igualmente
cio da sua atividade; órgão ou serviço; aplicáveis às comissões coordenadoras. comissão coordenadora, ou das suas alterações;
3290 3291

b) Da composição da comissão de trabalhadores, das constituição e dos seus estatutos e à publicação de aviso 3 — Compete exclusivamente às associações sindicais
na 2.ª série do Diário da República.
n.º 34/2008, de 26 de fevereiro, na redação atual. justificam a realização da reunião.
2 — A comissão de trabalhadores, a subcomissão ou a ção Pública remete ao magistrado do Ministério Público
comissão coordenadora só pode iniciar as suas atividades no tribunal competente cópia certificada da comunicação SECÇÃO II
depois da publicação dos estatutos e da respetiva compo-
sição, nos termos do número anterior. fundamentada sobre a legalidade da deliberação, nos oito Constituição e organização das associações 5 — Os membros da direção das associações sindicais
dias posteriores à publicação do aviso referido no número que não trabalhem no órgão ou serviço podem participar
Artigo 333.º anterior. Artigo 339.º
3 — No caso de a deliberação de extinção ser descon- empregador público com a antecedência mínima de seis
Controlo de legalidade da constituição Comunicações ao membro do Governo responsável
e dos estatutos das comissões pela área da Administração Pública horas.
Artigo 342.º
a declaração judicial de nulidade da deliberação.
Número de delegados sindicais
aplica-se do disposto no Código de Trabalho.
nistração Pública remete, no prazo de oito dias, a contar
oficiosamente, ao membro do Governo responsável pela
eleitoral e das mesas de voto, dos documentos de registo área da Administração Pública:
forma:
a) Cópia dos estatutos da associação sindical;
requerimento de registo, bem como a apreciação funda- comissão coordenadora ou a revogação do cancelamento b) Identificação dos membros da direção eleitos, bem
mentada sobre a legalidade da constituição da comissão produz efeitos a partir da publicação do respetivo aviso. como cópia da ata da assembleia que os elegeu. dade orgânica desconcentrada com menos de 50 trabalha-
dores sindicalizados, um;
ao magistrado do Ministério Público da área da sede do 3 — O ministério responsável pela área laboral comu-
respetivo órgão ou serviço. CAPÍTULO III nica, oficiosamente, ao membro do Governo responsável dade orgânica desconcentrada com 50 a 99 trabalhadores
sindicalizados, dois;
à lei, o ministério responsável pela área da Administração Associações sindicais
registo da associação sindical.
Pública, no prazo referido no número anterior, notifica os
SECÇÃO I sindicalizados, três;
3 — Caso não haja alteração no prazo referido no nú- SECÇÃO III
mero anterior, o ministério responsável pela área da Ad- Disposições gerais
Atividade sindical no órgão ou serviço
sindicalizados, seis;
no n.º 1. Artigo 337.º
Artigo 340.º
Direito de associação sindical unidade orgânica desconcentrada com 500 ou mais traba-
as necessárias adaptações, à constituição e aprovação dos Atividade sindical lhadores sindicalizados, o número resultante da seguinte
estatutos da comissão coordenadora. 1 — Os trabalhadores e os sindicatos têm direito a de- fórmula:
reito de constituir associações sindicais a todos os níveis,
para defesa e promoção dos seus interesses socioprofis- senvolver atividade sindical no órgão ou serviço do em- 6 + [(n - 500): 200]
Artigo 334.º
sionais.
Fusão de serviços 2 — As associações sindicais de trabalhadores em fun- sindicais, comissões sindicais e comissões intersindicais.
Em caso de extinção de um serviço e da sua incorpora-
ção num outro, sempre que neste não exista comissão de Trabalho, com as necessárias adaptações. número anterior é arredondado para a unidade imediata-
o normal funcionamento dos órgãos ou serviços. mente superior.
Artigo 338.º Artigo 343.º
Artigo 341.º
fusão ou até que nova estrutura entretanto eleita inicie as Direitos das associações sindicais Informação e consulta de delegado sindical
respetivas funções. Reunião de trabalhadores no local de trabalho
1 — Os trabalhadores podem reunir-se no local de tra- 1 — Os delegados sindicais gozam do direito a infor-
Artigo 335.º têm, nomeadamente, o direito de:
balho:
Extinção judicial a) Celebrar acordos coletivos de trabalho; suas atribuições.
b) Prestar serviços de caráter económico e social aos a) Fora do horário de trabalho observado pela genera-
Quando não tenha sido requerido o registo da eleição lidade dos trabalhadores, mediante convocação do órgão
seus associados; além de outras referidas na lei ou identificadas em acordo
c) Participar na elaboração da legislação do trabalho; competente da associação sindical, do delegado sindical coletivo de trabalho, as seguintes matérias:
missão coordenadora, num período de seis anos a contar ou da comissão sindical ou intersindical, sem prejuízo do
do último registo, o ministério responsável pela área da d) Participar nos procedimentos relativos aos trabalha- a) A informação sobre a evolução recente e a evolução
normal funcionamento dos serviços, no caso de trabalho
por turnos ou de trabalho suplementar; provável das atividades do órgão ou serviço, do estabele-
gistrado do Ministério Público no tribunal competente, o ou serviços;
b) Durante o horário de trabalho observado pela gene-
qual promove, no prazo de 15 dias, a contar da receção ralidade dos trabalhadores, até um período máximo de 15 e a sua situação financeira;
dessa comunicação, a declaração judicial de extinção da sindicais internacionais. b) A informação e consulta sobre a situação, a estrutura
respetiva comissão.
natureza urgente e essencial.
Artigo 336.º dade processual para defesa dos direitos e interesses co- nomeadamente em caso de ameaça para o emprego;
Cancelamento do registo
individuais legalmente protegidos dos trabalhadores que de desencadear mudanças substanciais a nível da organi-
representem. podem ser convocadas:
zação do trabalho ou dos contratos de trabalho.
missão coordenadora deve ser comunicada ao ministério
responsável pela área da Administração Pública, para que b) Excecionalmente, pelas associações sindicais ou os
se proceda de imediato ao cancelamento do registo da sua respetivos delegados. respetivamente, ao órgão de direção do órgão ou serviço
3292 3293

ou ao dirigente do estabelecimento periférico ou da uni- ção coletiva de trabalho, o número máximo de membros
da direção de associações sindicais representativas de tra-
respeitantes às matérias referidas nos números anteriores. nos termos dos respetivos estatutos, representem interes-
de horas é determinado da seguinte forma: até ao seguinte número máximo de membros da direção: ses de trabalhadores em funções públicas e se encontrem
prazo de 10 dias, salvo se, pela sua complexidade, se jus- devidamente registadas.
tificar prazo maior, que nunca deve ser superior a 30 dias. a) Município em que exercem funções 25 a 49 traba- a) Quatro membros, no caso das confederações sindi-
lhadores sindicalizados, um membro; 3 — A negociação coletiva visa:
5 — Quando esteja em causa a tomada de decisões por cais que representem, pelo menos, 5 % do universo dos
parte do empregador público, no exercício dos poderes de b) Município em que exercem funções 50 a 99 traba- trabalhadores que exercem funções públicas; a) Obter um acordo sobre as matérias que integram o
lhadores sindicalizados, dois membros; estatuto dos trabalhadores em funções públicas, a incluir
c) Município em que exercem funções 100 a 199 tra- 10 000 associados ou fração correspondente, pelo menos,
conduzidos, por ambas as partes, no sentido de alcançar, balhadores sindicalizados, três membros; a 5000 associados, até ao limite máximo de 10 membros; cáveis a estes trabalhadores;
sempre que possível, o consenso. d) Município em que exercem funções 200 a 499 tra-
balhadores sindicalizados, quatro membros;
vedado o acesso a matérias sujeitas ao regime de segredo e) Município em que exercem funções 500 a 999 tra- dos trabalhadores que exerçam funções na respetiva área. trabalho em funções públicas.
previsto na lei. balhadores sindicalizados, seis membros;
14 — Para os efeitos previstos na alínea b) do número Artigo 348.º
Artigo 344.º 1999 trabalhadores sindicalizados, sete membros;
Princípios
Crédito de horas de delegado sindical dos nas associações que fazem parte daquelas estruturas
4999 trabalhadores sindicalizados, oito membros; de representação coletiva de trabalhadores. 1 — O empregador público e as associações sindicais
suas funções, de um crédito de 12 horas por mês. 9999 trabalhadores sindicalizados, 10 membros;
2 — Até 15 de janeiro de cada ano civil, deve a asso- i) Município em que exercem funções 10 000 ou mais quer aos pedidos de reunião solicitados, quer às propostas
ciação sindical comunicar aos órgãos ou serviços onde os mantém atualizados mecanismos de acompanhamento e
trabalhadores sindicalizados, 12 membros. controlo do sistema de créditos e cedências de interesse
mesmos exercem funções, a identificação dos delegados
sindicais beneficiários do crédito de horas. público previstos nos números anteriores.
6 — Para o exercício das suas funções, cada membro
da direção beneficia, nos termos dos números anteriores, Artigo 346.º
Artigo 345.º do crédito de horas correspondente a quatro dias de traba-
Crédito de horas dos membros da direção lho por mês, que pode utilizar em períodos de meio dia, Faltas
de associação sindical mantendo o direito à remuneração. salvo se as partes nisso expressamente acordarem.
7 — Até 15 de janeiro de cada ano civil, salvo se a es- cuja identificação é comunicada à DGAEP e ao órgão ou 3 — Cada uma das partes pode solicitar à outra as in-
1 — Sem prejuízo do disposto em instrumento de re-
gulamentação coletiva de trabalho, o número máximo de diverso, a associação sindical deve comunicar à DGAEP: do direito de negociação coletiva, designadamente os es-

como serviço efetivo, salvo quanto à remuneração. confidenciais, e que sejam considerados indispensáveis à
a) Associações sindicais com um número igual ou in- do crédito de horas e respetivo serviço de origem. fundamentação das propostas e das contrapropostas.
ferior a 200 associados, um membro;
a faltas justificadas, até ao limite de 33 faltas por ano, que
b) Associações sindicais com mais de 200 associados, balhadores em funções públicas, a Administração Pública
salvo quanto à remuneração. e as associações sindicais devem assegurar a apreciação,
limite máximo de 50 membros. funções a identificação dos membros de direção benefici- 3 — Quando as faltas determinadas pelo exercício de discussão e resolução das questões colocadas numa pers-
ários do crédito de horas. atividade sindical se prolongarem para além de um mês, petiva global e comum a todos os serviços e organismos e

sindical, as comunicações previstas nos dois números an- respeitante ao trabalhador. da prossecução do interesse público.
distrital beneficiam ainda do crédito de horas, numa das teriores devem ser efetuadas no prazo de 15 dias.
seguintes soluções: 4 — O disposto no número anterior não é aplicável aos 5 — No processo de negociação para a celebração de
membros da direção cuja ausência no local de trabalho,
de antecedência ou, em caso de impossibilidade, num dos para além de um mês, seja determinada pela cumulação
do crédito de horas. atividades dos órgãos ou serviços nem, em qualquer caso,
correspondente a, pelo menos, 100 associados, até ao li-

necessitam para o exercício das respetivas funções. TÍTULO II


Negociação coletiva Artigo 349.º
respondente a, pelo menos, 100 associados, até ao limite
créditos de horas a outros membros da mesma, ainda que Legitimidade
pertencentes a serviços diferentes, e independentemente CAPÍTULO I
1 — Têm legitimidade para a negociação coletiva, em
de estes se integrarem na administração direta ou indireta Princípios gerais representação dos trabalhadores, as seguintes entidades:
-se o resultado para que não se verifique um número infe-
SECÇÃO I
do n.º 1, considerando-se, para o efeito, que o limite má- Permanente de Concertação Social;
ximo aí referido é de 100 membros. de horas atribuído nos termos dos n.os 1 a 3 e comunique Disposições gerais b) As associações sindicais com um número de traba-
tal facto à DGAEP e ao órgão ou serviço em que exercem
estruturas distritais no continente e estruturas nas regiões funções, com a antecedência mínima de 15 dias. Artigo 347.º
autónomas, aplica-se-lhes o disposto na alínea b) do n.º 2 12 — Os membros da direção de federação, união ou públicas;
Direito de negociação coletiva
e o disposto na alínea a) do mesmo número até ao limite
máximo de duas estruturas. -se-lhes o disposto no número seguinte.
13 — Os membros da direção de federação, união ou prego público o direito de negociação coletiva nos termos do Estado, em todos os ministérios, desde que o número
da presente lei. de trabalhadores sindicalizados corresponda a, pelo me-
3294 3295

nos, 2,5 % do número total de trabalhadores que exercem m) Regime de proteção social convergente; Administração Pública e, no caso das negociações secto- 2.ª série do Diário da República e entram em vigor, após
funções públicas; n) Ação social complementar. riais, pelo que for responsável pelo respetivo setor. a sua publicação, nos mesmos termos das leis.

causa matérias relativas a carreiras especiais, as associa- 2 — Não podem ser objeto de negociação coletiva ma- Artigo 353.º 2.ª série do Diário da República, de avisos sobre a data
ções sindicais com assento na Comissão Permanente de térias relativas à estrutura, atribuições e competências da Informação sobre política salarial
da cessação da vigência de acordos coletivos de trabalho.
Concertação Social e as associações sindicais que repre- Administração Pública.
3 — A negociação coletiva a que se refere o n.º 1 pode
integrados na carreira especial em causa. até ao fim do primeiro semestre de cada ano, a respetiva mente republicados.
posição sobre os critérios que entendam dever orientar a
Artigo 351.º política salarial a prosseguir no ano seguinte. Artigo 357.º
dicais na negociação coletiva: Procedimento de negociação
Artigo 354.º Aplicação de instrumento de regulamentação
a) Os membros das respetivas direções, portadores de coletiva de trabalho
credencial com poderes bastantes para negociar; Acordo decorrente da negociação
1 — No cumprimento do acordo coletivo de trabalho
devem as partes, tal como os respetivos filiados, agir de
direções das associações sindicais, do qual constem ex- boa-fé.
pressamente poderes para negociar. das matérias previstas no artigo anterior, procedendo-se
tivas ou administrativas adequadas ao seu integral e exato atende-se às circunstâncias em que as partes fundamenta-
que estas terminem tendencialmente antes da votação fi- ram a decisão de contratar.
da Administração Pública. nos termos constitucionais, na Assembleia da República. as respetivas propostas de lei à Assembleia da República,
3 — As matérias sem incidência orçamental constan- no prazo máximo de 45 dias. ao cumprimento das obrigações dele emergentes, são res-
de negociação coletiva pelo Governo, do seguinte modo: tes do artigo anterior podem ser objeto de negociação a ponsáveis pelo prejuízo causado, nos termos gerais.
qualquer momento, desde que as partes nisso acordem e de acordo, o Governo toma a decisão que entender ade-
que não tenham sido discutidas na negociação geral anual quada. Artigo 358.º
que coordena, e das finanças; precedente.
4 — As partes devem fundamentar as suas propostas e Publicidade
CAPÍTULO III
do Governo responsável pelo setor, que coordena, e dos contrapropostas, impendendo sobre elas o dever de tentar
atingir, em prazo adequado, um acordo. Instrumentos de regulamentação em local apropriado, a indicação dos instrumentos de re-
coletiva de trabalho
e da Administração Pública. gulamentação coletiva de trabalho aplicáveis.
negocial tem de ser feita com a antecedência mínima de
5 — As entidades referidas no número anterior podem cinco dias úteis, salvo acordo das partes. SECÇÃO I
SECÇÃO II
intervir na negociação coletiva diretamente ou através de Disposições gerais
representantes. critas pelas partes, donde consta um resumo do que tiver Acordo coletivo de trabalho
6 — Compete à DGAEP apoiar o membro do Governo ocorrido, designadamente os pontos em que não se tenha
obtido acordo. Artigo 355.º
responsável pela área da Administração Pública no pro- SUBSECÇÃO I
cesso de negociação coletiva. 7 — As negociações sectoriais iniciam-se em qualquer Conteúdo de instrumento de regulamentação
altura do ano e têm a duração que for acordada entre as coletiva de trabalho Processo negocial para a celebração do acordo coletivo
partes, aplicando-se-lhes os princípios constantes dos nú-
CAPÍTULO II meros anteriores. Artigo 359.º
8 — Ao pessoal com funções de representação externa
Negociação coletiva sobre o estatuto coletiva de trabalho só pode dispor sobre: Proposta
do Estado, bem como ao que desempenhe funções de na-
dos trabalhadores em funções públicas tureza altamente confidencial, é aplicado, em cada caso, a) Suplementos remuneratórios; 1 — A celebração de um acordo coletivo de trabalho é
o procedimento negocial adequado à natureza das respe- b) Sistemas de recompensa do desempenho; precedida de um processo de negociação.
Artigo 350.º tivas funções, sem prejuízo dos direitos reconhecidos na
Objeto da negociação coletiva presente lei. desempenho; sentação à outra parte de uma proposta de celebração ou
Artigo 352.º d) Regimes de duração e organização do tempo de tra- de revisão de acordo coletivo de trabalho.
1 — São objeto de negociação coletiva, para a celebra- balho; 3 — A proposta deve revestir forma escrita, ser devi-
Negociação coletiva suplementar e) Regimes de mobilidade; damente fundamentada e conter os seguintes elementos:
vínculo de emprego público, as seguintes matérias: f) Ação social complementar.
a) Constituição, modificação e extinção do vínculo de próprio e em representação de outras;
emprego público; 2 — O instrumento de regulamentação coletiva de tra-
balho não pode: b) Indicação do acordo coletivo de trabalho que se pre-
b) Recrutamento e seleção; conflitos. tende rever, sendo caso disso, e respetiva data de publi-
c) Carreiras; 2 — O pedido para negociação suplementar é apresen- a) Contrariar norma legal imperativa; cação.
d) Tempo de trabalho; tado no final da última reunião negocial, ou por escrito, b) Dispor sobre a estrutura, atribuições e competências
e) Férias, faltas e licenças; da Administração Pública; Artigo 360.º
c) Conferir eficácia retroativa a qualquer cláusula que Resposta
cluindo a alteração dos níveis remuneratórios e do mon- não seja de natureza pecuniária.
tante pecuniário de cada nível remuneratório; envolvidas no processo.
g) Formação e aperfeiçoamento profissional; Artigo 356.º de forma escrita e fundamentada, nos 30 dias seguintes à
h) Segurança e saúde no trabalho; termos do número anterior, é obrigatória, não podendo a receção daquela, salvo prazo mais longo convencionado
i) Regime disciplinar; sua duração exceder 15 dias úteis. Publicação e entrada em vigor dos instrumentos pelas partes ou indicado pelo proponente.
de regulamentação coletiva de trabalho
j) Mobilidade; 2 — A resposta deve exprimir uma posição relativa a
k) Avaliação do desempenho;
l) Direitos coletivos; obrigatoriamente presidida pelo que for responsável pela trabalho, bem como a sua revogação, são publicados na contrapropondo.
3296 3297

3 — A falta de resposta ou de contraproposta, no prazo b) Pelo empregador público, os membros do Governo 3 — O acordo coletivo de trabalho aplica-se ainda aos
fixado no n.º 1 e nos termos do número anterior, legitima responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração -se, para todos os efeitos, como integrando o acordo co- restantes trabalhadores integrados em carreira ou em fun-
a entidade proponente a requerer a conciliação. Pública, o que superintenda no órgão ou serviço e o em- letivo de trabalho a que respeita, devendo ser depositada
pregador público nos termos do artigo 27.º
Artigo 361.º trabalho. não sindicalizado ou de associação sindical interessada e
Prioridade em matéria negocial
4 — Têm ainda legitimidade para celebrar acordos co- com legitimidade para celebrar o acordo coletivo de tra-
SUBSECÇÃO III balho, relativamente aos seus filiados.
Depósito
4 — O direito de oposição previsto no número anterior
dos prémios de desempenho e da duração e organização
tigo 349.º Artigo 368.º
escrita dirigida ao empregador público.
global de encargos daí resultante, bem como à matéria da 5 — No caso previsto no número anterior, o processo Procedimento de depósito de acordo coletivo de trabalho 5 — No caso de ser aplicável mais do que um acordo
segurança, higiene e saúde no trabalho. negocial decorre conjuntamente. coletivo no âmbito do empregador público, o trabalhador
2 — A inviabilidade do acordo inicial sobre as maté- 1 — O acordo coletivo de trabalho, bem como a respe-
tiva revogação, é entregue para depósito, na DGAEP, nos não sindicalizado deve indicar por escrito ao empregador
rias referidas no número anterior não justifica a rutura de o acordo coletivo que pretende ver-lhe aplicado.
negociação. do Governo e representantes do empregador público, ou cinco dias subsequentes à data da assinatura.
Artigo 362.º respetivos representantes. é aplicável o instrumento de regulamentação coletiva de
coletivo de trabalho deve ser acompanhada de texto con-
Negociações diretas trabalho que abranja o maior número de trabalhadores no
Artigo 365.º âmbito do empregador público.
1 — Na sequência da resposta, devem ter início as ne- de divergência, prevalece sobre os textos a que se refere.
Forma do acordo coletivo de trabalho 3 — O acordo e o texto consolidado são entregues em
gociações diretas. Artigo 371.º
1 — O acordo coletivo de trabalho reveste a forma es- documento eletrónico, nos termos previstos em portaria
crita, sob pena de nulidade. do membro do Governo responsável pela área da Admi- Determinação temporal da filiação
cessárias consultas aos trabalhadores e aos empregadores 2 — Do acordo coletivo de trabalho constam obrigato- nistração Pública.
1 — Os acordos coletivos abrangem os trabalhadores
públicos interessados, nos termos da presente lei. riamente as seguintes referências:
satisfazer os seguintes requisitos:
a) Entidades celebrantes; mento do início do processo negocial, bem como os que
Artigo 363.º nelas se filiem durante o período de vigência dos mesmos
Apoio técnico das entidades celebrantes; efeito; acordos.
c) Âmbito de aplicação; 2 — Em caso de desfiliação dos trabalhadores ou das
Na preparação da proposta e da resposta e durante as respetivas associações dos sujeitos outorgantes, o acordo
negociações, a DGAEP e os demais órgãos e serviços for- d) Data de celebração;
e) Acordo coletivo de trabalho alterado ou substituído
e respetiva data de publicação, caso exista; público celebrantes; dele expressamente constar ou, sendo o acordo objeto de
e que por elas seja requerida. c) Obedecer ao disposto nos n.os 2 e 3;
f) Prazo de vigência, caso exista; alteração, até à entrada em vigor desta.
g) Estimativa dos órgãos ou serviços e do número de d) Obedecer ao disposto no artigo 365.º 3 — No caso de o acordo coletivo de trabalho não ter
SUBSECÇÃO II
prazo de vigência, os trabalhadores ou as respetivas asso-
Celebração e conteúdo elaborada pelas entidades celebrantes. 5 — O depósito considera-se feito se não for recusado ciações que se tenham desfiliado dos sujeitos outorgantes
são abrangidos durante o prazo mínimo de um ano.
Artigo 364.º Artigo 366.º trabalho no serviço referido no n.º 1. 4 — A opção do trabalhador não sindicalizado pela su-
Legitimidade e representação Conteúdo do acordo coletivo de trabalho partes, sendo devolvidos todos os documentos.
1 — Podem celebrar acordos coletivos de carreiras ge-
nos n.os 2 e 3, consoante o caso.
rais, em representação dos trabalhadores, as associações regular: Artigo 369.º
sindicais com legitimidade para a negociação coletiva e,
Alteração do acordo antes da decisão sobre o depósito Artigo 372.º
responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração cular quanto à verificação do cumprimento do acordo e Efeitos da sucessão nas atribuições
Pública. pendente, pode ser introduzida qualquer alteração formal
2 — Têm legitimidade para celebrar acordos coletivos aplicação e revisão; 1 — Em caso de reorganização de órgãos ou serviços
de carreiras especiais: b) O âmbito temporal, nomeadamente a sobrevigência com transferência das suas atribuições ou competências
para esse efeito.
e o prazo de denúncia do acordo;
a) Pelas associações sindicais, as confederações sindi- c) A definição de serviços mínimos e dos meios neces- o prazo para o depósito previsto no artigo anterior.
sários para os assegurar em caso de greve.
menos, 5 % do número total de trabalhadores integrados SUBSECÇÃO IV ses, a contar da data da transferência, salvo se, entretanto,
2 — O acordo coletivo de trabalho deve prever a cons-
na carreira especial em causa; Âmbito pessoal de aplicação outro acordo coletivo de trabalho de empregador público
b) Pelos empregadores públicos, os membros do Go- passar a aplicar-se ao órgão ou serviço integrador.
para interpretar e integrar as suas cláusulas. Artigo 370.º 2 — Em caso de transferência de atribuições ou de res-
sados, em função das carreiras objeto dos acordos. Incidência subjetiva dos acordos coletivos de trabalho
Artigo 367.º públicas empresariais ou entidades privadas sob qualquer
1 — O acordo coletivo de trabalho obriga os emprega- forma, o instrumento de regulamentação coletiva de tra-
3 — Têm legitimidade para celebrar acordos coletivos Comissão paritária
dores públicos abrangidos pelo seu âmbito de aplicação e balho que vincula aquele órgão ou serviço é aplicável a
de empregador público: as associações sindicais outorgantes. estas entidades até ao termo do respetivo prazo de vigên-
a) Pelas associações sindicais, as confederações sindi- no n.º 2 do artigo anterior é regulado pelo acordo coletivo 2 — O acordo coletivo de trabalho aplica-se aos traba- cia e, no mínimo, durante 12 meses, a contar da data da
de trabalho. lhadores filiados em associação outorgante ou membros
Social e as restantes associações sindicais representativas 2 — A comissão paritária só pode deliberar desde que da associação sindical filiada na união, federação ou con- regulamentação coletiva de trabalho convencional passar
dos respetivos trabalhadores; esteja presente metade dos representantes de cada parte. federação sindical outorgante. a aplicar-se às mesmas entidades.
3298 3299

SUBSECÇÃO V Artigo 376.º Artigo 380.º 3 — Nas 48 horas subsequentes à comunicação a que
Âmbito temporal de aplicação Cessação Efeitos da decisão arbitral
se refere o n.º 1, as partes nomeiam o respetivo árbitro,
cuja identificação é comunicada, no prazo de 24 horas, à
Artigo 373.º O acordo coletivo de trabalho pode cessar: 1 — A decisão arbitral produz os efeitos do acordo co- outra parte e à DGAEP.
letivo de trabalho.
Vigência a) Mediante revogação por acordo das partes;
b) Por caducidade, nos termos do artigo anterior.
1 — O acordo coletivo de trabalho vigora pelo prazo do terceiro árbitro, cuja identificação é comunicada, nas
depósito e publicação previstas para os acordos coletivos 24 horas subsequentes, às entidades referidas no número
que dele constar, não podendo este ser inferior a um ano. Artigo 377.º de trabalho. anterior.
Sucessão de acordos coletivos de trabalho 5 — No caso de não ter sido feita a nomeação do ár-
regime: SECÇÃO II
bitro por uma das partes, a DGAEP procede, no prazo de
a) O acordo coletivo de trabalho renova-se nos termos Arbitragem voluntária cinco dias úteis, ao sorteio do árbitro em falta, de entre
nele previstos; pressamente ressalvadas pelas partes. os constantes da lista de árbitros dos representantes dos
Artigo 381.º
nea anterior, o acordo coletivo de trabalho renova-se su- ser invocada para diminuir o nível de proteção global dos Regras gerais da arbitragem voluntária os casos, podendo a parte faltosa oferecer outro, em sua
cessivamente por períodos de um ano. trabalhadores. 1 — As partes podem, a todo tempo, recorrer à arbitra- caso, os árbitros nomeados à escolha do terceiro árbitro,
3 — O acordo coletivo de trabalho pode ter diferentes gem voluntária. nos termos do número anterior.
lho só podem ser reduzidos por novo acordo de cujo texto
períodos de vigência para cada matéria ou grupo homo- 6 — No caso de não ter sido feita a escolha do terceiro
géneo de cláusulas. mais favorável. árbitro, a DGAEP procede ao respetivo sorteio, de entre
guintes.
3 — A arbitragem é realizada por três árbitros, um no- os árbitros constantes da lista de árbitros presidentes, no
Artigo 374.º coletivo de trabalho prejudica os direitos decorrentes de prazo de cinco dias úteis.
meado por cada uma das partes e o terceiro escolhido por
Denúncia acordo anterior, salvo se, no novo acordo, forem expres- estes. 7 — A DGAEP notifica os representantes da parte tra-
samente ressalvados pelas partes. balhadora e dos empregadores públicos do dia e hora do
por qualquer dos outorgantes, mediante comunicação es- de todos os representantes ou, na falta destes, uma hora
SECÇÃO III
cinco dias úteis. depois, com os que estiverem presentes.
uma proposta negocial. Acordo de adesão
e do termo do respetivo procedimento. Artigo 384.º
cia, a denúncia não pode ser feita com uma antecedência Artigo 378.º
Listas de árbitros
Adesão a acordos coletivos de trabalho e a decisões arbitrais têm o direito a obter das partes, da DGAEP e dos demais
ou da renovação em curso. 1 — As listas de árbitros dos representantes dos traba-
3 — No caso de o acordo coletivo de trabalho não es- disponham. lhadores e dos empregadores públicos são compostas por
tabelecer um prazo de vigência, a denúncia não pode ser coletivos de empregador público, o empregador público 7 — Os árbitros enviam o texto da decisão às partes e oito árbitros e elaboradas, respetivamente, pelas confede-
podem aderir a acordos coletivos de trabalho ou decisões à DGAEP, para efeitos de depósito e publicação, no prazo rações sindicais e pelo membro do Governo responsável
em vigor. arbitrais em vigor. de 15 dias, a contar da decisão. pela área da Administração Pública.
2 — A adesão opera-se por acordo entre a entidade in- 8 — O regime geral da arbitragem voluntária é subsi- 2 — No caso de as listas de árbitros dos representantes
Artigo 375.º teressada e aquela ou aquelas que se lhe contraporiam na diariamente aplicável. dos trabalhadores e, ou, dos empregadores públicos não
negociação do acordo, se nela tivessem participado. terem sido elaboradas nos termos do número anterior, a
Sobrevigência
SECÇÃO III
1 — Havendo denúncia, o acordo coletivo de trabalho údo do acordo coletivo de trabalho ou da decisão arbitral,
Arbitragem necessária
renova-se por um período de 18 meses, devendo as partes de um mês.
promover os procedimentos conducentes à celebração de entidade aderente.
4 — Aos acordos de adesão aplicam-se as regras refe- Artigo 382.º
novo acordo.
2 — Decorrido o período referido no número anterior, Regime aplicável
três, por cada uma das seguintes entidades:
o acordo coletivo de trabalho caduca, mantendo-se, até à coletivos de trabalho.
1 — A arbitragem necessária rege-se pelas normas da a) Conselho Superior da Magistratura;
entrada em vigor de um outro acordo coletivo de trabalho
CAPÍTULO IV e Fiscais;
nos contratos no que respeita a: Arbitragem funcionamento do tribunal arbitral e à independência, aos c) Conselho Superior do Ministério Público.
impedimentos e à substituição dos árbitros.
a) Remuneração do trabalhador;
SECÇÃO I 2 — O regime geral da arbitragem voluntária é subsi-
b) Duração do tempo de trabalho. diariamente aplicável. 5 — As listas de árbitros são comunicadas à DGAEP,
Disposições gerais que garante a sua permanente atualização.
Artigo 383.º 6 — O sorteio de árbitros compete à DGAEP, devendo
Artigo 379.º
decorrentes da aplicação da presente lei. Constituição do tribunal arbitral setembro, com as necessárias adaptações.
Admissibilidade
1 — A arbitragem necessária é acionada mediante co-
As partes podem, a todo o tempo, acordar em submeter municação fundamentada de qualquer das partes à parte Artigo 385.º
que se lhe contrapõe na negociação do acordo coletivo de Local da arbitragem e apoio
de conflitos coletivos, qualquer das partes pode acionar trabalho e à DGAEP.
questões laborais que resultem, nomeadamente, da inter- 2 — A arbitragem é realizada por três árbitros, um no- 1 — A arbitragem realiza-se em local previamente in-
que se lhe contrapõe na negociação do acordo coletivo de pretação, integração, celebração ou revisão de um acordo meado por cada uma das partes e o terceiro escolhido por dicado pelo presidente do Conselho Económico e Social,
trabalho e à DGAEP. coletivo de trabalho. estes. em despacho emitido no início de cada ano civil.
3300 3301

b) Por uma das partes, no caso de falta de resposta à 4 — Se as partes discordarem sobre o objeto da media- Artigo 396.º
quer das partes no caso de estas e os árbitros estarem de proposta de celebração ou de revisão do acordo coletivo, ção, o mediador decide tendo em consideração a viabili- Aviso prévio de greve
acordo. dade de acordo das partes.
3 — Na falta do despacho ou do acordo a que se refe- escrito, à outra parte. 5 — O mediador pode realizar todos os contactos, com 1 — As entidades com legitimidade para decidirem o
rem os números anteriores, as arbitragens realizam-se nas cada uma das partes em separado, que considere conve- recurso à greve devem dirigir ao empregador público, ao
instalações da DGAEP. nientes e viáveis no sentido da obtenção de um acordo. membro do Governo responsável pela área da Adminis-
um dos árbitros presidentes constante da lista de árbitros tração Pública e aos restantes membros do Governo com-
Administração Pública a disponibilização de instalações convocadas pelo mediador.
para a realização da arbitragem, sempre que se verifique DGAEP. 7 — Para a elaboração da proposta, o mediador pode
3 — O árbitro a que se refere o número anterior é sor-
do Conselho Económico e Social. teado pela DGAEP, no prazo de cinco dias úteis. solicitar às partes e a qualquer órgão ou serviço os dados
e informações de que estes disponham e que aquele con- caso de órgãos ou serviços que se destinem à satisfação
demais órgãos e serviços e às partes a informação neces- indicação do respetivo objeto. sidere necessários.
sária de que disponham.
Artigo 389.º por carta registada, no prazo de 30 dias, a contar da sua
cionamento do tribunal arbitral. nomeação.
Procedimento de conciliação se realize em órgão ou serviço que se destine à satisfação
9 — A proposta do mediador considera-se recusada se
Artigo 386.º 1 — As partes são convocadas pelo árbitro conciliador definição de serviços mínimos.
Encargos do processo
para o início do procedimento de conciliação, nos 15 dias -la no prazo de 10 dias, a contar da sua receção.
seguintes à apresentação do pedido. 10 — Decorrido o prazo fixado no número anterior, o
2 — O procedimento de conciliação tem lugar nas ins- Artigo 397.º
talações da DGAEP. no prazo de cinco dias, a aceitação ou recusa das partes. Obrigações de prestação de serviços durante a greve
2 — Constituem encargos do processo: 3 — O árbitro deve convidar a participar na concilia-
ção que tenha por objeto a revisão de um acordo coletivo as informações colhidas no decurso do procedimento que
a) Os honorários, despesas de deslocação e estada dos de trabalho as partes no processo de negociação que não
árbitros; não sejam conhecidas da outra parte.
requeiram a conciliação.
b) Os honorários, despesas de deslocação e estada dos aderentes devem assegurar, durante a greve, a prestação
peritos. ponder ao convite no prazo de cinco dias úteis. Artigo 393.º
Arbitragem necessidades.
de conciliação.
portaria do membro do Governo responsável pela área da Os conflitos coletivos podem ser dirimidos por arbitra- consideram-se órgãos ou serviços que se destinam à sa-
Administração Pública, precedida de audição das confe- Artigo 390.º gem, nos termos previstos nos artigos 381.º a 386.º tisfação de necessidades sociais impreteríveis, os que se
derações sindicais com assento na Comissão Permanente Transformação da conciliação em mediação
de Concertação Social.
CAPÍTULO II
o local da arbitragem aplicam-se, com as devidas adapta- termos dos artigos seguintes. institucional;
Greve e proibição do lock-out b) Correios e telecomunicações;
Artigo 391.º
Admissibilidade da mediação SECÇÃO I d) Educação, no que concerne à realização de avalia-
árbitros presidentes. ções finais, de exames ou provas de caráter nacional que
1 — As partes podem, a todo o tempo, acordar em sub- Disposições gerais
tenham de se realizar na mesma data em todo o território
meter a mediação os conflitos coletivos, a efetuar pelos nacional;
TÍTULO III serviços públicos de mediação ou outros sistemas de me- Artigo 394.º
Conflitos coletivos de trabalho diação laboral. Direito à greve nerais;

CAPÍTULO I mento de combustíveis;


da conciliação, a intervenção de uma das personalidades vínculo de emprego público. g) Distribuição e abastecimento de água;
Conciliação, mediação e arbitragem 2 — O disposto no número anterior não prejudica, nos h) Bombeiros;
i) Serviços de atendimento ao público que assegurem
desempenhar as funções de mediador.
Artigo 387.º a satisfação de necessidades essenciais cuja prestação in-
3 — Do requerimento de mediação deve constar a in- do Trabalho, com as necessárias adaptações e as especifi-
Modos de resolução dos conflitos coletivos
cumba ao Estado;
dicação do respetivo objeto. cidades constantes da presente lei.
Artigo 392.º alimentares deterioráveis e a bens essenciais à economia
os que resultam da celebração ou revisão de um acordo Artigo 395.º
Funcionamento da mediação k) Transporte e segurança de valores monetários.
Competência para declarar a greve
mediação e arbitragem.
2 — Na pendência de um conflito coletivo de trabalho 3 — As associações sindicais e os trabalhadores ficam
as partes devem agir de boa-fé. ou por ambas as partes, por um dos árbitros presidentes
assembleias de trabalhadores podem deliberar o recurso à
DGAEP. greve, desde que no respetivo órgão ou serviço a maioria à segurança e manutenção do equipamento e instalações.
Artigo 388.º 4 — Os trabalhadores que prestem, durante a greve, os
Admissibilidade e regime da conciliação
1 — Na falta de regulamentação convencional da con- presidentes, no prazo de cinco dias úteis.
3 — Se a mediação for requerida apenas por uma das trabalhadores do órgão ou serviço participe na votação e
ciliação pode esta ser promovida em qualquer altura: a declaração de greve seja aprovada por voto secreto pela
partes, o mediador deve solicitar à outra parte que se pro-
a) Por acordo das partes; nuncie sobre o respetivo objeto. maioria dos votantes.
3302 3303

Artigo 398.º 3 — A decisão deve conter um número de assinaturas,


Definição de serviços a assegurar durante a greve
notificando as partes e os árbitros. ouvir sobre a definição dos serviços mínimos e os meios pelo menos, igual ao da maioria dos árbitros e inclui os
necessários para os assegurar. votos de vencido, devidamente identificados.
4 — O tribunal arbitral pode ser assistido por peritos. 4 — A decisão arbitral equivale a sentença da primeira
trabalhadores, dos empregadores públicos e presidentes é instância, para todos os efeitos legais.
ordenada alfabeticamente. em que as partes sejam as mesmas e cujos elementos rele- 5 — Qualquer das partes pode requerer ao tribunal ar-
ou por acordo com os representantes dos trabalhadores. 3 — O sorteio do árbitro efetivo e do suplente deve ser vantes para a decisão sobre os serviços mínimos a prestar bitral o esclarecimento de alguma obscuridade ou ambi-
e os meios necessários para os assegurar sejam idênticos, guidade da decisão ou dos seus fundamentos, nos termos
gulamentação coletiva de trabalho ou de acordo sobre a que não estejam legalmente impedidos no caso concreto, e caso a última decisão tenha sido proferida há menos de previstos no Código de Processo Civil, nas 12 horas se-
guintes à sua notificação.
anterior, o membro do Governo responsável pela área da decidir de imediato nesse sentido, dispensando a audição
das partes e outras diligências instrutórias. 6 — As decisões arbitrais são objeto de publicação na
sorteadas, correspondendo a primeira ao árbitro efetivo e página eletrónica da DGAEP.
as restantes aos árbitros suplentes.
públicas interessadas, tendo em vista a negociação de um 5 — A DGAEP notifica os representantes da parte tra- Artigo 403.º
acordo quanto aos serviços mínimos e quanto aos meios Artigo 405.º
balhadora e dos empregadores públicos do dia e hora do Redução da arbitragem
necessários para os assegurar. Regime subsidiário
3 — Na falta de um acordo até ao termo do terceiro dia sorteio, com a antecedência mínima de 24 horas. 1 — No caso de acordo parcial, incidindo este sobre a
6 — Se um ou ambos os representantes não estiverem definição dos serviços mínimos, a arbitragem prossegue
e dos meios referidos no número anterior compete a um em relação aos meios necessários para os assegurar.
colégio arbitral, composto por três árbitros constantes das
listas de árbitros previstas no artigo 384.º 7 — A DGAEP elabora a ata do sorteio, que deve ser o objeto da arbitragem, esta considera-se extinta. de 25 de setembro.
assinada pelos presentes e comunicada imediatamente às
partes. Artigo 404.º Artigo 406.º
a necessidade de negociação do acordo previsto no n.º 2. Decisão Lock-out
sorteio aos árbitros que constituem o tribunal arbitral, aos
1 — A notificação da decisão é efetuada até 48 horas 1 — É proibido o lock-out.
no sorteio. antes do início do período da greve.
9 — O membro do Governo responsável pela área da ral do empregador público que se traduza na paralisação
dos trabalhadores. Administração Pública pode ainda determinar que a de- e reduzida a escrito, dela constando ainda: total ou parcial do órgão ou serviço ou na interdição do
a) A identificação das partes; acesso aos locais de trabalho a alguns ou à totalidade dos
nar os trabalhadores que ficam adstritos à prestação dos b) O objeto da arbitragem;
cujos período e âmbito geográfico e sectorial sejam total c) A identificação dos árbitros;
do início do período de greve, e, se não o fizerem, deve o ou parcialmente coincidentes, havendo parecer favorável d) O lugar da arbitragem e o local e data em que a de- possa determinar a paralisação de todos ou alguns setores
empregador público proceder a essa designação. do colégio em causa. cisão foi proferida; do órgão ou serviço ou desde que, em qualquer caso, vise
7 — A definição dos serviços mínimos deve respeitar e) A assinatura dos árbitros;
os princípios da necessidade, da adequação e da propor- SUBSECÇÃO II ou serviço.
cionalidade.
Do funcionamento da arbitragem
ANEXO
Artigo 399.º
Artigo 401.º
Âmbito de aplicação da decisão arbitral (a que se refere o n.º 2 do artigo 88.º)
Impedimento e suspeição
Caracterização das carreiras gerais

Grau Número
tar pedido de escusa imediatamente após a comunicação Carreira Categorias Conteúdo funcional de complexidade de posições
aplicável a todos os trabalhadores independentemente da funcional remuneratórias
natureza do respetivo vínculo. prevista no artigo anterior.
Técnico superior. . . . . Técnico superior. . . . . . . . . . . 3 14
âmbito de aplicação da presente lei, a definição dos servi- de escusa, e não havendo oposição das partes, procede-se
ços mínimos é feita nos termos do Código do Trabalho e e ou científica, que fundamentam e preparam a decisão.
Elaboração, autonomamente ou em grupo, de pareceres e pro-
suplente. jetos, com diversos graus de complexidade, e execução de
aplicável a todos os trabalhadores independentemente da 3 — Havendo oposição das partes, compete ao presi- outras atividades de apoio geral ou especializado nas áreas
natureza do respetivo vínculo. dente do Conselho Económico e Social decidir o requeri-
mento de impedimento ou pedido de escusa. e serviços.
Funções exercidas com responsabilidade e autonomia técnica,
SECÇÃO II ainda que com enquadramento superior qualificado.
Artigo 402.º
Arbitragem dos serviços mínimos lidade, tomando opções de índole técnica, enquadradas por
Procedimento da arbitragem diretivas ou orientações superiores.
SUBSECÇÃO I 1 — A arbitragem tem início imediatamente após a no- Assistente técnico. . . . Coordenador técnico . . . . . . . 2 4
Designação de árbitros tificação dos árbitros sorteados, podendo desenvolver-se dade orgânica ou equipa de suporte, por cujos resultados é
em qualquer dia do calendário. responsável.
Artigo 400.º trabalho do pessoal que coordena, segundo orientações e di-
Constituição do colégio arbitral
e administrativa de maior complexidade.
1 — No quarto dia posterior ao aviso prévio de greve, Funções exercidas com relativo grau de autonomia e respon-
sabilidade.
que considerem pertinentes.
3304

Grau Número
Carreira Categorias Conteúdo funcional de complexidade de posições
funcional remuneratórias

Assistente técnico. . . . . . . . . . Funções de natureza executiva, de aplicação de métodos e pro- 2 9

dos órgãos e serviços.

Assistente operacional Funções de chefia do pessoal da carreira de assistente opera- 1 2

Encarregado operacional . . . . Funções de coordenação dos assistentes operacionais afetos ao 5

dos trabalhos a executar pelo pessoal sob sua coordenação.


Substituição do encarregado geral nas suas ausências e impe-
dimentos.

Assistente operacional . . . . . . 8
enquadradas em diretivas gerais bem definidas e com graus
de complexidade variáveis.
Execução de tarefas de apoio elementares, indispensáveis ao

esforço físico.

manutenção e reparação dos mesmos.

Por sua vez, a Diretiva n.º 2002/87/CE, do Parlamento

Recomenda ao Governo que concretize as medidas políticas ne- transposta pelo Decreto-Lei n.º 145/2006, de 31 de julho,
alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/2013, de 6 de fevereiro,
conferiu às autoridades de supervisão do setor financeiro
Baixo Alentejo (ULSBA). poderes e instrumentos complementares de supervisão de
A Assembleia da República resolve, nos termos do dis-

ao Governo que:
«conglomerados financeiros».

às necessidades da população do distrito de Beja. conglomerados financeiros estarem sujeitos a supervisão

dada ou ao nível do grupo, sem duplicar ou afetar o grupo


do que o Serviço Médico à Periferia fez para os Cuidados e independentemente da estrutura jurídica do mesmo. É
de Saúde Primários, dotem este distrito dos recursos hu- também adequado que os requisitos de dispensa da apli-
manos de que carece. cação da supervisão complementar sejam aplicados com
Aprovada em 30 de maio de 2014.
e adequada dos riscos só poderá ser realizada quando as
Assunção A. Esteves. cem medidas de supervisão além do âmbito nacional dos

de monitorizar e controlar potenciais riscos de grupo com


que os conglomerados financeiros se deparam devido às
participações noutras empresas.

pela Diretiva n.º 2011/89/UE à Diretiva n.º 2006/48/CE,

jurídica interna a Diretiva n.º 2011/89/UE, do Parlamento


Europeu e do Conselho, de 16 de novembro de 2011, que transposição integrada no diploma que proceder à trans-

ropeu e do Conselho, de 26 de junho de 2013, relativa ao

das entidades financeiras de um conglomerado financeiro prudencial das instituições de crédito e das empresas de
(Diretiva n.º 2011/89/UE). investimento.
492-(2) 492-(3)

de satisfazer as necessidades de pessoal de uma entidade Artigo 5.º


empregadora pública ou de constituir reservas para satis- Âmbito do recrutamento
alíneas anteriores satisfaçam as necessidades que deram
fação de necessidades futuras; origem à publicitação do procedimento concursal.
os
b) «Procedimento concursal» o conjunto de operações O âmbito do recrutamento é o definido nos n. 3 a 7 do
artigo 6.º da LVCR.
ao desenvolvimento das actividades e à prossecução dos Artigo 6.º selecção pode ter lugar até ao início de tal utilização.
objectivos de órgãos ou serviços;
Métodos de selecção obrigatórios anterior, quando ocorra depois de publicitado o procedi-
c) «Selecção de pessoal» o conjunto de operações, en-
quadrado no processo de recrutamento, que, mediante a mento, é publicitada pelos meios em que o tenha sido o
começou um novo ciclo de gestão dos recursos humanos na os
finidos nos n. 1, 2 e 4 do artigo 53.º da LVCR, quando procedimento concursal.
Administração Pública centrado, basicamente, no equilíbrio
entre a necessidade de ocupação dos postos de trabalho es- se trate da constituição de relações jurídicas de emprego
senciais à execução das actividades dos órgãos ou serviços e Artigo 9.º
a remuneração, de forma perene ou isolada, do desempenho posto de trabalho a ocupar; mesmo artigo e diploma, nos restantes casos. Provas de conhecimentos
dos trabalhadores que neles já exercem as suas funções. O 2 — Para efeitos do disposto no n.º 4 do artigo 53.º da
LVCR, a publicitação do procedimento concursal identi- 1 — As provas de conhecimentos visam avaliar os co-
avaliação da adequação dos candidatos às exigências de nhecimentos académicos e, ou, profissionais e as compe-
fica o requisito cuja verificação em concreto conduzirá à
tências técnicas dos candidatos necessárias ao exercício
um perfil de competências previamente definido. 3 — A ponderação, para a valoração final, das provas de determinada função.
A presente portaria tem por objectivo regulamentar tal
de conhecimentos ou da avaliação curricular não pode ser 2 — As competências técnicas traduzem-se na capaci-
pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, isto é, quer inferior a 30 % e a da avaliação psicológica ou da entre- dade para aplicar os conhecimentos a situações concretas
CAPÍTULO II e à resolução de problemas, no âmbito da actividade pro-
vista de avaliação de competências não pode ser inferior
quer na de constituição de reservas de recrutamento, ora Disposições gerais e comuns a 25 %. fissional.
em cada órgão ou serviço, ora em entidade centralizada. 4 — No caso previsto no n.º 2, a ponderação do único
Artigo 3.º údos de natureza genérica e, ou, específica directamente
Modalidades do procedimento concursal Artigo 7.º o adequado conhecimento da língua portuguesa.
nais e legais da liberdade de candidatura, da igualdade de
condições e da igualdade de oportunidade para todos os Métodos de selecção facultativos ou complementares
candidatos, bem como ao da imparcialidade e isenção da modalidades: forma escrita ou oral, revestindo natureza teórica, prática
composição do júri. 1 — Para além dos métodos de selecção obrigatórios,
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re- a) Comum, sempre que se destine ao imediato recruta- a entidade responsável pela realização do procedimento
giões Autónomas, a Associação Nacional de Municípios e comportar mais do que uma fase.
e a Associação Nacional de Freguesias. ocupados, nos mapas de pessoal dos órgãos ou serviços;
perfil de competências previamente definido, determinar
Lei n.º 23/98, de 26 de Maio. que se destine à constituição de reservas de pessoal para a utilização de métodos de selecção facultativos ou com- lacuna, de escolha múltipla e de pergunta directa.
Assim: plementares de entre os seguintes:

n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro: a) Entrevista profissional de selecção;


públicas. b) Avaliação de competências por portfolio;
Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Fi- na execução e grau de conhecimentos técnicos demons-
nanças, o seguinte: Artigo 4.º c) Provas físicas;
d) Exame médico; trados.
Articulação dos procedimentos concursais e) Curso de formação específica. 7 — A bibliografia ou a legislação necessárias à prepa-
CAPÍTULO I
2 — A ponderação, para a valoração final, de cada mé-
Objecto e definições todo de selecção facultativo ou complementar não pode realização da prova de conhecimentos.
ser superior a 30 %.
Artigo 1.º Artigo 10.º
Artigo 8.º
Objecto Avaliação psicológica
ou não de candidatos, em reserva, que permita satisfazer Utilização faseada dos métodos de selecção

definidas no mapa de pessoal. técnicas de natureza psicológica, aptidões, características


da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (LVCR).
2 — Existindo candidatos em reserva, procede-se nos
2 — A presente portaria não é aplicável ao recrutamento
termos previstos no artigo 47.º
3 — A inexistência de candidatos em reserva permite às exigências do posto de trabalho a ocupar, tendo como
integrado em carreira especial, quando, nos termos do n.º 2 máximo do órgão ou serviço pode fasear a utilização dos
ao dirigente máximo do órgão ou serviço a publicitação métodos de selecção, da seguinte forma: 2 — A aplicação deste método de selecção é obrigato-
a tramitação do respectivo procedimento concursal. de procedimento concursal comum.
a) Aplicação, num primeiro momento, à totalidade dos
3 — A presente portaria não é igualmente aplicável ao candidatos, apenas do primeiro método obrigatório;
recrutamento para cargos dirigentes. subsequente à consulta referida no n.º 1 com vista à ocu-
pação de determinados postos de trabalho, não prejudica Pública.
Artigo 2.º a validade, a prossecução e a produção de efeitos de pro- imediatamente anterior, a convocar por tranches sucessi- 3 — A avaliação psicológica pode comportar uma ou
Definições vas, por ordem decrescente de classificação, respeitando mais fases.
reservas de recrutamento em órgão ou serviço com vista a prioridade legal da sua situação jurídico-funcional, até
Para os efeitos da presente portaria, entende-se por: à ocupação de postos de trabalho idênticos, que tenham à satisfação das necessidades;
a) «Recrutamento» o conjunto de procedimentos que das aptidões e, ou, competências avaliadas, nível atingido
anterior e no n.º 5 do artigo 40.º, respectivamente. em cada uma delas e o resultado final obtido.
492-(4) 492-(5)

5 — A ficha referida no número anterior deve garantir 2 — É aplicável o disposto no n.º 1 do artigo 10.º do
a privacidade da avaliação psicológica perante terceiros. pressa numa escala de 0 a 20 valores, com valoração até
a presença ou a ausência dos comportamentos em análise. aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro. às centésimas.

referida no n.º 4, a outra pessoa que não o próprio candi- Artigo 13.º o resultado, nos termos do n.º 3 do artigo 10.º do Regime classificativas de Apto e Não apto.
dato constitui quebra do dever de sigilo e responsabiliza referido no número anterior, transmitido ao júri do pro-
Entrevista profissional de selecção
disciplinarmente o seu autor pela infracção. cedimento sob a forma de apreciação global referente à classificativas de Apto e Não apto.
7 — O resultado da avaliação psicológica tem uma va- 1 — A entrevista profissional de selecção visa avaliar, aptidão do candidato para as funções a exercer. 11 — O curso de formação específica é classificado de
lidade de 18 meses, contados da data da homologação da de forma objectiva e sistemática, a experiência profissio- 4 — A revelação ou transmissão de elementos que
lista de ordenação final, podendo, durante esse período, com o aproveitamento obtido pelo candidato nas matérias
o resultado ser aproveitado para outros procedimentos de interacção estabelecida entre o entrevistador e o entrevis- ministradas e o nível de competências por ele alcançado.
recrutamento para postos de trabalho idênticos realizados do dever de sigilo e responsabiliza disciplinarmente o
pela mesma entidade avaliadora. comunicação e de relacionamento interpessoal. seu autor pela infracção. cada uma das fases que comportem, é eliminatório pela
2 — Por cada entrevista profissional de selecção é ela-
os candidatos a quem tenha sido aplicada a totalidade do Artigo 17.º ordem constante na publicitação, quanto aos facultativos.
método. 13 — É excluído do procedimento o candidato que te-
Curso de formação específica
nha obtido uma valoração inferior a 9,5 valores num dos
Artigo 11.º 1 — O curso de formação específica visa promover o
Avaliação curricular fase seguintes.
pelo júri, na presença de todos os seus elementos, ou por,
da aprendizagem de conteúdos e temáticas direccionados
1 — A avaliação curricular visa analisar a qualificação pelo menos, dois técnicos devidamente credenciados de
para o exercício da função.
dos candidatos, designadamente a habilitação académica CAPÍTULO III
tadamente se torne inviável, privada. avaliação, constam de regulamento próprio do órgão ou Procedimento concursal comum
riência adquirida e da formação realizada, tipo de funções
exercidas e avaliação de desempenho obtida. concursal.
SECÇÃO I
Artigo 18.º
Publicitação do procedimento
de trabalho a ocupar, entre os quais obrigatoriamente os Valoração dos métodos de selecção
seguintes: electrónica. Artigo 19.º
1 — Na valoração dos métodos de selecção são adop-
Artigo 14.º tadas diferentes escalas de classificação, de acordo com a Publicitação do procedimento
certificado pelas entidades competentes; Avaliação de competências por portfolio especificidade de cada método, sendo os resultados con-
vertidos para a escala de 0 a 20 valores. 1 — O procedimento concursal é publicitado, pela en-

as exigências e as competências necessárias ao exercício meios:


da função; às centésimas. a) Na 2.ª série do Diário da República, por publicação
artística, através da análise de uma colecção organizada integral;
execução de actividades inerentes ao posto de trabalho e forma:
o grau de complexidade das mesmas; detidas directamente relacionadas com as funções a que
se candidata. este estar disponível para consulta no 1.º dia útil seguinte
menções classificativas de Apto e Não apto;
não superior a três anos, em que o candidato cumpriu ou 2 — A aplicação do método é obrigatoriamente efectu- à publicação referida na alínea anterior;
b) Na última fase do método, para os candidatos que
executou atribuição, competência ou actividade idênticas ada por um técnico com formação na actividade inerente c) Na página electrónica da entidade, por extracto dis-
às do posto de trabalho a ocupar. ao posto de trabalho a ocupar. de Elevado, Bom, Suficiente, Reduzido e Insuficiente, aos
3 — Quando o candidato esteja presente, é aplicável à Diário da República;
Artigo 12.º avaliação de competências por portfolio, com as necessá- 20, 16, 12, 8 e 4 valores.
rias adaptações, o disposto no n.º 4 do artigo anterior. prazo máximo de três dias úteis contados da data da pu-
Entrevista de avaliação de competências blicação no Diário da República.
4 — A avaliação curricular é expressa numa escala de
Artigo 15.º 0 a 20 valores, com valoração até às centésimas, sendo a
2 — A entidade responsável pela realização do proce-
Provas físicas
ponderada das classificações dos elementos a avaliar.
nados com as competências consideradas essenciais para 5 — A entrevista de avaliação de competências é ava- outros meios de divulgação.
o exercício da função. físicas dos candidatos necessárias à execução das activi- liada segundo os níveis classificativos de Elevado, Bom,
2 — O método deve permitir uma análise estruturada dades inerentes aos postos de trabalho a ocupar. Suficiente, Reduzido e Insuficiente, aos quais correspon- seguintes elementos:
da experiência, qualificações e motivações profissionais, 2 — As provas físicas podem comportar uma ou mais dem, respectivamente, as classificações de 20, 16, 12, 8 a) Identificação do acto que autoriza o procedimento e
através de descrições comportamentais ocorridas em si- fases. e 4 valores. da entidade que o realiza;
tuações reais e vivenciadas pelo candidato. 3 — As condições específicas de realização e os parâ-
3 — A entrevista de avaliação de competências é rea- ocupar e da respectiva modalidade da relação jurídica de
lizada por técnicos de gestão de recursos humanos, com da publicitação do procedimento concursal. Reduzido e Insuficiente, aos quais correspondem, respec- emprego público a constituir;
formação adequada para o efeito, ou por outros técnicos, tivamente, as classificações de 20, 16, 12, 8 e 4 valores. c) Identificação do local de trabalho onde as funções
desde que previamente formados para a utilização desse Artigo 16.º 7 — Sempre que a entrevista profissional de selecção vão ser exercidas;
método. Exame médico
d) Caracterização dos postos de trabalho, em confor-
parâmetro de avaliação resulta de votação nominal e por midade com o estabelecido no mapa de pessoal aprovado,
de entrevista composto por um conjunto de questões di- maioria, sendo o resultado final obtido através da média tendo em conta a atribuição, competência ou actividade
física e psíquica dos candidatos exigidas para o exercício a cumprir ou a executar, a carreira e categoria e, sendo a
previamente definido. da função. avaliar. nomeação a modalidade da relação jurídica de emprego
492-(6) 492-(7)

público a constituir, a posição remuneratória correspon- SECÇÃO II Artigo 24.º


dente; privada, designadamente no que se refere à aplicação de Prevalência das funções de júri
Júri
métodos de selecção.
LVCR; 1 — O procedimento concursal é urgente, devendo as
Artigo 20.º mente, dos seguintes actos:
f) Indicação sobre a necessidade de se encontrar pre- funções próprias de júri prevalecer sobre todas as outras.
Designação do júri
público e, em caso afirmativo, sobre a sua determinabi- disciplinar quando, injustificadamente, não cumpram os
a designação e constituição de um júri. vão aplicar; prazos previstos na presente portaria e os que venham a
lidade;
calendarizar.
g) Identificação do parecer dos membros do Governo,
quando possam ser recrutados trabalhadores com relação ou serviço. nhecimentos; SECÇÃO III
3 — No mesmo acto são designados o membro do júri c) Fixar os parâmetros de avaliação, a sua ponderação,
que substitui o presidente nas suas faltas e impedimentos, Candidatura
determinável ou sem relação jurídica de emprego público
previamente estabelecida; bem como os suplentes dos vogais efectivos. cada método de selecção;
Artigo 25.º
Artigo 21.º exercido ou exerça funções, ou ao próprio candidato, as Requisitos de admissão
académica ou profissional, quando prevista no mapa de informações profissionais e, ou, habilitacionais que con-
pessoal; Composição do júri 1 — Apenas podem ser admitidos ao procedimento os
sidere relevantes para o procedimento;
i) Indicação da possibilidade de substituição do nível candidatos que reúnam os requisitos legalmente exigidos,
habilitacional por formação ou experiência profissional, vogais, trabalhadores da entidade que realiza o procedi- dos candidatos que, não sendo titulares do nível habilita- fixados na respectiva publicitação.
mento e, ou, de outro órgão ou serviço, sem prejuízo do
disposto no n.º 5. bem como notificá-los, e aos restantes candidatos, dessa em dois momentos:
laridade da categoria; 2 — O presidente e, pelo menos, um dos outros mem- a) Na admissão ao procedimento concursal, por deli-
LVCR; beração do júri;
actividade inerente ao posto de trabalho a ocupar. b) Na constituição da relação jurídica de emprego pú-
sejam titulares da categoria e, não se encontrando em mo- mentando por escrito as respectivas deliberações; blico, pela entidade empregadora pública.
bilidade, ocupem postos de trabalho previstos no mapa de g) Notificar por escrito os candidatos, sempre que tal
pessoal do órgão ou serviço idênticos aos postos de traba- inferior ao correspondente ao posto de trabalho a que se seja exigido;
3 — O candidato deve reunir os requisitos referidos no
lho para cuja ocupação se publicita o procedimento; refere a publicitação, excepto quando exerçam cargos de h) Solicitar ao dirigente máximo do órgão ou serviço
direcção superior. n.º 1 até à data limite de apresentação da candidatura.
m) Forma e prazo de apresentação da candidatura; 4 — A composição do júri deve, sempre que possível,
se torne inviável, privadas, quando necessário, para a rea- Artigo 26.º
apresentada a candidatura; lização de parte do procedimento; Prazo de candidatura
i) Dirigir a tramitação do procedimento concursal, em
ção do requisito referido no n.º 2 do artigo 6.º, respectiva A entidade que autoriza o procedimento estabelece, no
conveniência, um dos membros do júri pode ser oriundo
restantes indicações relativas aos métodos exigidas pela de entidade privada e deve dispor de reconhecida compe- dos métodos de selecção por elas aplicados;
presente portaria; tência em tal área. j) Garantir aos candidatos o acesso às actas e aos do- contados da data da publicação no Diário da República.
p) Indicação da possibilidade de opção por métodos de 6 — Sempre que um dos membros do júri seja oriundo cumentos e a emissão de certidões ou reproduções auten-
Artigo 27.º
selecção nos termos do n.º 2 do artigo 53.º da LVCR;
em que efectivamente participe, uma senha de presença entrada, por escrito, do pedido. Forma de apresentação da candidatura
dos métodos de selecção de forma faseada, nos termos do de valor a fixar por despacho dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das finanças e da Administração 1 — A apresentação da candidatura é efectuada em su-
n.º 1 do artigo 8.º;
Pública.
r) Tipo, forma e duração das provas de conhecimentos, 7 — Sempre que sejam candidatos ao procedimento ti- do procedimento. do preenchimento de formulário tipo, caso em que é de
bem como as respectivas temáticas; 4 — A calendarização a que o júri se propõe obedecer
s) Composição e identificação do júri; para o cumprimento dos prazos estabelecidos na presente elementos:
a) Identificação do procedimento concursal, com indi-
viço. cação da carreira, categoria e actividade caracterizadoras
dos métodos de selecção a utilizar, a grelha classificativa do posto de trabalho a ocupar;
e o sistema de valoração final do método, são facultadas Artigo 23.º
aos candidatos sempre que solicitadas; mente em caso de falta de quórum. quando não conste expressamente do documento que su-
Funcionamento do júri
u) Identificação dos documentos exigidos para efeitos 9 — No caso previsto no número anterior, a identifica- porta a candidatura;
ção do novo júri é publicitada pelos meios em que o tenha 1 — O júri delibera com a participação efectiva e pre-
sido o procedimento concursal. sencial de todos os seus membros, devendo as respectivas
v) Forma de publicitação da lista unitária de ordenação 10 — O novo júri dá continuidade e assume integral- e endereço postal e electrónico, caso exista;
final dos candidatos. mente todas as operações do procedimento já efectuadas. nominal.
2 — As deliberações do júri devem ser fundamentadas exigidos, designadamente:
Artigo 22.º
nos termos da lei, às actas e aos documentos em que elas i) Os previstos no artigo 8.º da LVCR;
ficação da entidade que realiza o procedimento, o número Competência do júri
assentam. ii) A identificação da relação jurídica de emprego pú-
e caracterização dos postos de trabalho a ocupar, identifi- 3 — Em caso de impugnação, as deliberações escritas
cando a carreira, categoria e área de formação académica cedimento concursal, desde a data da sua designação até são facultadas à entidade que sobre ela tenha que decidir.
4 — O júri pode ser secretariado por pessoa a designar executa e do órgão ou serviço onde exerce funções;
a referência ao Diário da República onde se encontra a para esse efeito pelo dirigente máximo do órgão ou ser- iii) Os relativos ao nível habilitacional e à área de for-
publicação integral. viço. mação académica ou profissional;
492-(8) 492-(9)

iv) A formação ou experiência profissional que possa Artigo 31.º 2 — A lista de ordenação final dos candidatos é unitá-
substituir o nível habilitacional, sendo o caso; termos da presente portaria, determina: Pronúncia dos interessados
ria, ainda que, no mesmo procedimento, lhes tenham sido
a) A exclusão do candidato do procedimento, quando, aplicados diferentes métodos de selecção.
categoria correspondente;
contado:
impossibilite a sua admissão ou avaliação;
e) Opção por métodos de selecção nos termos do n.º 2 a) Da data do recibo de entrega do e-mail; selecção.
do artigo 53.º da LVCR, quando aplicável; b) Da data do registo do ofício, respeitada a dilação de
de emprego público, nos restantes casos. Artigo 35.º
três dias do correio;
os factos constantes da candidatura. c) Da data da notificação pessoal; Critérios de ordenação preferencial
10 — O júri ou a entidade empregadora pública, con-
1 — Em situações de igualdade de valoração, têm pre-
da República.
é efectuada pessoalmente ou através de correio registado, ferência na ordenação final os candidatos que:
para apresentação dos documentos exigidos quando seja
com aviso de recepção, para o endereço postal do órgão
de admitir que a sua não apresentação atempada se tenha
ou serviço, até à data limite fixada na publicitação. cia as questões suscitadas no prazo de 10 dias úteis.
devido a causas não imputáveis a dolo ou negligência do
candidato.
soalmente é obrigatória a passagem de recibo. superior a 100, o prazo referido no número anterior é de Setembro;
é obrigatória quando se trate de trabalhador colocado em 20 dias úteis. b) Se encontrem em outras situações configuradas pela
-se à data do respectivo registo. lei como preferenciais.
apresentada apenas pela entidade gestora da mobilidade. que tenha sido proferida deliberação, o júri justifica, por
12 — A apresentação de documento falso determina a escrito, a razão excepcional dessa omissão e tem-se por 2 — A ordenação dos candidatos que se encontrem em
tação a possibilidade de apresentação da candidatura por definitivamente adoptado o projecto de deliberação.
via electrónica, a validação electrónica deve ser feita por participação à entidade competente para efeitos de proce-
submissão do formulário disponibilizado para esse efeito, dimento disciplinar e, ou, penal. lei como preferencial é efectuada, de forma decrescente:
Artigo 29.º suporte um formulário tipo, caso em que é de utilização a) Em função da valoração obtida no primeiro método
obrigatória. utilizado;
Apreciação das candidaturas
Artigo 28.º do n.º 3 do artigo anterior. vamente obtida nos métodos seguintes, quando outra
Apresentação de documentos forma de desempate não tenha sido fixada na publici-
dos elementos apresentados pelos candidatos, designada- Artigo 32.º tação do procedimento.
1 — A reunião dos requisitos legalmente exigidos para
mente a reunião dos requisitos exigidos e a apresentação Início da utilização dos métodos de selecção
dos documentos essenciais à admissão ou avaliação. Artigo 36.º
relação jurídica de emprego público. 2 — Não havendo lugar à exclusão de qualquer candi-
de cinco dias úteis e pela forma prevista no n.º 3 do ar- Audiência dos interessados e homologação
2 — A habilitação académica e profissional é compro- dato, nos cinco dias úteis seguintes à conclusão do pro-
tigo 30.º, para a realização dos métodos de selecção, com
1 — À lista unitária de ordenação final dos candidatos
indicação do local, data e horário em que os mesmos de-
documento idóneo, legalmente reconhecido para o efeito. vam ter lugar.
do artigo 32.º e iniciam-se os procedimentos relativos à dos métodos de selecção é aplicável, com as necessárias
utilização dos restantes métodos. 2 — No mesmo prazo iniciam-se os procedimentos re-
adaptações, o disposto nos n.os 1 e 3 do artigo 30.º e nos
dos candidatos. n.os 1 a 5 do artigo 31.º
4 — Quando o método de avaliação curricular seja uti- o disposto na secção seguinte. 2 — No prazo de cinco dias úteis após a conclusão da
lizado no procedimento, pode ser exigida aos candidatos SECÇÃO V audiência dos interessados, a lista unitária de ordenação
SECÇÃO IV Resultados, ordenação final e recrutamento
por eles referidos no currículo que possam relevar para a dos candidatos deliberações do júri, incluindo as relativas à admissão e
Exclusão e notificação de candidatos
apreciação do seu mérito e que se encontrem deficiente- exclusão de candidatos, ou da entidade responsável pela
mente comprovados. Artigo 33.º realização do procedimento, é submetida a homologação
Artigo 30.º
Publicitação dos resultados dos métodos de selecção
do dirigente máximo do órgão ou serviço que procedeu à
Exclusão e notificação sua publicitação.
dias úteis contados da data do pedido.
6 — Sempre que um ou mais candidatos exerçam fun- método de selecção intercalar é efectuada através de lista, quando o dirigente máximo seja membro do júri, a homo-
ções no órgão ou serviço que procedeu à publicitação do ordenada alfabeticamente, afixada em local visível e pú- logação da lista é da responsabilidade do membro do Go-
dos interessados nos termos do Código do Procedimento blico das instalações da entidade empregadora pública e
júri ao respectivo serviço de pessoal e àquele entregues disponibilizada na sua página electrónica.
Administrativo. ou tutela sobre o órgão ou serviço.
oficiosamente.
2 — Os candidatos referidos no n.º 5 do artigo 51.º da 4 — Os candidatos, incluindo os que tenham sido ex-
LVCR são notificados em prazo idêntico. vocados para a realização do método seguinte pela forma cluídos no decurso da aplicação dos métodos de selecção,
exigida a apresentação de outros documentos comprova- prevista no n.º 3 do artigo 30.º
3 — A notificação dos candidatos é efectuada por uma são notificados do acto de homologação da lista de orde-
tivos dos factos indicados no currículo desde que expres-
das seguintes formas: nação final.
samente refiram que os mesmos se encontram arquivados Artigo 34.º
no seu processo individual. a) E-mail com recibo de entrega da notificação; 5 — A notificação referida no número anterior é efec-
Ordenação final dos candidatos tuada pela forma prevista no n.º 3 do artigo 30.º
8 — Os documentos exigidos para efeitos de admissão b) Ofício registado;
c) Notificação pessoal; 6 — A lista unitária de ordenação final, após homolo-
trónica, quando expressamente previsto na publicitação, d) Aviso publicado na 2.ª série do Diário da República
cativa de 0 a 20 valores, em resultado da média aritmética afixada em local visível e público das instalações da enti-
de recepção, para o endereço postal do órgão ou serviço, instalações da entidade empregadora pública e da dispo-
até à data limite fixada na publicitação. nibilização na sua página electrónica. método de selecção. electrónica.
492-(10) 492-(11)

Artigo 37.º CAPÍTULO IV Artigo 42.º Artigo 47.º


Recrutamento Procedimento concursal para constituição Oportunidade da realização do procedimento Ocupação de postos de trabalho pelas reservas constituídas

1 — O recrutamento opera-se nos termos previstos na de reservas de recrutamento


alínea d) do n.º 1 do artigo 54.º e no artigo 55.º da LVCR. e quando o entenda conveniente, o membro do Governo
SECÇÃO I reserva, é comunicada a lista unitária de ordenação final
2 — Não podem ser recrutados candidatos que, apesar que se encontre actualizada no termo do mês em que se
de aprovados e ordenados na lista unitária de ordenação Em órgão ou serviço tuição de reservas de recrutamento com vista à ocupação realiza a consulta.
final, se encontrem nas seguintes situações: de postos de trabalho que caracterizará. 2 — A comunicação referida no número anterior é pu-
Artigo 40.º 2 — Por iniciativa, ou com o acordo, de mais do que blicitada pela ECCRC através de aviso afixado em local
a) Recusem o recrutamento;
um órgão ou serviço, e precedendo autorização do mem- visível e público das suas instalações e disponibilizado na
Reservas de recrutamento em órgão ou serviço sua página electrónica.
bro do Governo responsável pela área da Administração
entidade empregadora pública; para constituição de reservas de recrutamento com vista à mento com a realização de uma entrevista profissional de
ordenação final, devidamente homologada, contenha um ocupação de outros postos de trabalho.
lidos que não comprovem as condições necessárias para a número de candidatos aprovados superior ao dos postos 3 — Ao procedimento referido nos números anteriores
constituição da relação jurídica de emprego público; nos artigos 20.º a 24.º
de trabalho a ocupar, é sempre constituída uma reserva de
disposições da presente secção, o disposto no capítulo III.
recrutamento interna. de celeridade processual, pode determinar que o método
2 — A reserva de recrutamento é utilizada sempre que, Artigo 43.º
empregadora pública; no prazo máximo de 18 meses contados da data da homo-
e) Não compareçam à outorga do contrato ou à aceita- logação da lista de ordenação final, haja necessidade de Publicitação do procedimento e candidaturas
respectiva situação jurídico-funcional.
mento, que se deve manter activa na bolsa de emprego
3 — Os candidatos que se encontrem nas situações e 38.º profissional de selecção é de 20 %, reduzindo-se, propor-
referidas no número anterior são retirados da lista uni- dade pública, mensalmente, aviso na 2.ª série do Diário
selecção anteriormente utilizados.
tária de ordenação final. cursal cessa, o mais tardar, findo o prazo mencionado no
número anterior. adaptações, o disposto nos artigos 34.º a 39.º, com as se-
Artigo 38.º no número seguinte.
guintes alterações:
2 — A candidatura ao procedimento tem lugar a todo
Cessação do procedimento concursal a) A lista unitária de ordenação final não é publicada
ECCRC, utilizando-se formulário tipo disponível para o na 2.ª série do Diário da República;
com as necessárias adaptações, o disposto no capítulo III efeito. b) O disposto no n.º 3 do artigo 37.º não se repercute
ção dos postos de trabalho constantes da publicitação ou, e nos n.os 2 e 3.
ECCRC.
a) Inexistência ou insuficiência de candidatos à pros- instalações da ECCRC ou de outro órgão ou serviço que
secução do procedimento; candidatos em reserva constituída nos termos do n.º 1, seja solicitado para o efeito por esta entidade.
bem como junto da ECCRC. ECCRC o recrutamento efectuado.
Artigo 44.º
Artigo 48.º
SECÇÃO II Apreciação das candidaturas e aplicação
dos métodos de selecção Cessação do procedimento
final. Em entidade centralizada
Em cada período de dois meses ou quando, entretanto, 1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o
Artigo 41.º
ainda, cessar por acto devidamente fundamentado da en- júri procede à apreciação das candidaturas, à exclusão e
Âmbito
tidade responsável pela sua realização, homologado pelo
selecção.
respectivo membro do Governo, desde que não se tenha
ainda procedido à ordenação final dos candidatos. Artigo 45.º
centralizada sempre que se destinem a ocupar postos de Actualização da ordenação final dos candidatos
SECÇÃO VI trabalho previstos nos mapas de pessoal de mais do que
1 — A aplicação do disposto no artigo anterior ao se- com sua desistência de inclusão na lista, com a ocupação
Garantias gundo período ou ao segundo conjunto de candidaturas,
especial, e, ou, categoria a que correspondam.
ou com o termo do período de validade da sua inclusão
Artigo 39.º naquela lista, devendo dela ser suprimidos.
unitária de ordenação final previamente existente.
Impugnação administrativa tralizada constitui atribuição de entidade especializada na 2 — A lista unitária de ordenação final dos candidatos,
área do recrutamento e selecção, designada por ECCRC. CAPÍTULO V
do artigo 36.º
sal pode ser interposto recurso hierárquico ou tutelar. Disposições finais e transitórias
em outros procedimentos concursais, quando tal lhe for Artigo 46.º
solicitado pelos órgãos ou serviços que os realizem. Artigo 49.º
recorrente, este mantém o direito a completar o procedi- Validade da ordenação final dos candidatos
mento. membro do Governo responsável pela área da Adminis- Restituição e destruição de documentos
A inclusão de um candidato na lista unitária de ordena-
3 — Da homologação da lista de ordenação final pode tração Pública aprova a tabela referente ao valor a cobrar ção final é válida por um período de 18 meses contados
ser interposto recurso hierárquico ou tutelar. da data da sua homologação. candidatos quando a sua restituição não seja solicitada no
492-(12)

prazo máximo de um ano após a cessação do respectivo Artigo 52.º


procedimento concursal.
Aplicação no tempo
respeitante a procedimentos concursais que tenham sido
cursais que sejam publicitados após a data da sua entrada
em vigor.
Artigo 50.º Artigo 53.º
Execução de decisão jurisdicional procedente Norma revogatória

rente da procedência de impugnação jurisdicional de acto


aos procedimentos concursais que se encontrem e man-
tenham pendentes à data da entrada em vigor da presente
ou serviço responsável pela realização do procedimento, portaria.
Artigo 54.º
trabalho, não ocupado ou a criar no mapa de pessoal, nos
termos da lei. Funcionamento transitório da ECCRC

Artigo 51.º Compete à Direcção-Geral da Administração e do Em-


Modelos de formulários

1 — São aprovados por despacho do membro do Go- reservas de recrutamento em entidade centralizada.
verno responsável pela área da Administração Pública os
modelos de formulário tipo a seguir mencionados: Artigo 55.º
a) Formulário de candidatura; Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao


dos interessados.
da sua publicação.
2 — Os formulários referidos do número anterior são
de utilização obrigatória. dos Santos, em 21 de Janeiro de 2009.

1,20
9300-(430) 9300-(431)

n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, são actualizados nos


termos previstos no n.º 2.º Níveis remuneratórios Montante pecuniário (euros) Níveis remuneratórios Montante pecuniário (euros)

do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 110-A/81, de 14 de Maio, 32 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 076,84 109 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 041,73


são actualizadas em 2,9 %. 33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 128,34 110 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 093,22
34 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 179,83 111 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 144,71
35 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 231,32 112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 196,20
do Decreto-Lei n.º 61/92, de 15 de Abril, continua a ser 36 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 282,81 113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 247,70
37 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 334,30 114 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 299,19
pela alínea a) do n.º 1 do artigo 18.º da Lei do Orçamento 38 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 385,80 115 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 350,68
do Estado para 2009, nas mesmas condições em que ac- 39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 437,29
40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 488,78 (a) Retribuição mínima mensal garantida (RMMG).
se completando as disposições de natureza remuneratória tualmente o vêm percebendo. 41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 540,27
essenciais à execução da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fe- 8.º O adicional à remuneração dos trabalhadores, quer 42 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 591,76
vereiro, e se estabelecendo o enquadramento das remune- 43 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 643,26
rações base de todos aqueles trabalhadores. corpos especiais já revistos, é actualizado em 2,9 %. 44 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 694,75
45 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 746,24
46 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 797,73
47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 849,22
remuneratoriamente na tabela a partir de 1 de Janeiro de para falhas» é de € 86,29. 48 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 900,72
49 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 952,21
das suas remunerações base actuais. 50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 003,70
de 15 de Janeiro, o montante pecuniário do suplemento 51 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 055,19
Remunerações que não devam, nunca, ser absorvidas remuneratório pelo exercício de funções de secretariado 52 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 106,68
pela tabela remuneratória única são também actualizadas A presente portaria procede à revisão anual das tabelas
é de € 116,63. 53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 158,18
em igual percentagem. 54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 209,67
55 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 261,16 como dos suplementos remuneratórios, para os trabalha-
n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, o montante pecuniário 56 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 312,65 dores em funções públicas.
para falhas» e pelo exercício de funções de secretariado, ali referido é de € 28. 57 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 364,14
12.º A presente portaria produz efeitos desde 1 de Ja- 58 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 415,64
59 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 467,13 e sobrevivência a cargo da Caixa Geral de Aposentações
neiro de 2009.
Fevereiro. 60 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 518,62
Em 31 de Dezembro de 2008. 61 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 570,11 2007.
Cumprindo o que oportunamente se acordou em sede 62 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 621,60
de negociação sindical, fixa-se em € 28 o mínimo do pri- São aumentadas em 2,9 % as pensões de aposentação,
63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 673,10
meiro acréscimo remuneratório resultante de alteração de 64 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 724,59
posição remuneratória que deva ter lugar após a transição 65 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 776,08 dos apoios sociais (IAS) e as pensões de sobrevivência,
e das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos. 66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 827,57 de preço de sangue e outras de valor global até 0,75 vezes
dos trabalhadores para os novos regimes de vinculação, 67 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 879,06
carreiras e remunerações. 68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 930,56
Assim: ANEXO 69 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 982,05
invalidez de montante superior a 1,5 vezes o IAS e igual
70 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 033,54 ou inferior a 6 vezes o IAS e as pensões de sobrevivên-
(a que se refere o n.º 1.º) cia, de preço de sangue e outras de valor global superior
n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro: 71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 085,03
Tabela remuneratória única 72 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 136,52 a 0,75 vezes o IAS e igual ou inferior a 3 vezes o IAS, e
Manda o Governo, pelo Primeiro-Ministro e pelo Mi- 73 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 188,02
nistro de Estado e das Finanças, o seguinte: em 1,5 % as pensões de aposentação, reforma e invalidez
74 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 239,51
1.º É aprovada a tabela remuneratória única dos traba- 75 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 291 de montante superior a 6 vezes o IAS e igual ou inferior a
Níveis remuneratórios Montante pecuniário (euros)
lhadores que exercem funções públicas, em anexo à pre- 76 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 342,49
77 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 393,98 sangue e outras de valor global superior a 3 vezes o IAS
1.................................. RMMG (a) 78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 445,48 e igual ou inferior a 6 vezes o IAS.
e o montante pecuniário correspondente a cada um. 2.................................. 532,08 79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 496,97
3.................................. 583,58 80 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 548,46
4.................................. 635,07 81 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 599,95 tante superior a 12 vezes o IAS e as pensões de sobrevi-
5.................................. 683,13 82 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 651,44 vência, de preço de sangue e outras de montante superior
6.................................. 738,05 83 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 702,94 a 6 vezes o IAS não são actualizadas.
Outubro, os índices 100 de todas as escalas salariais são 7.................................. 789,54 84 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 754,43
actualizados em 2,9 %. 8.................................. 837,60 85 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 805,92
3.º A actualização referida no número anterior não pre- 9.................................. 892,53 86 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 857,41
10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 944,02 87 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 908,90 sobrevivência, com base em escalões de tempo de serviço
11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 995,51 88 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 960,40
estritamente necessário para fazer equivaler à retribuição 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 047 89 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 011,89
mínima mensal garantida as remunerações base que fos- 13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 098,50 90 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 063,38
o ano de 2009, em 2,9 %.
sem inferiores. 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 149,99 91 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 114,87 As pensões fixadas com base em tempo de serviço in-
4.º São actualizadas, nos termos previstos nos números 15 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 201,48 92 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 166,36
16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 252,97 93 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 217,86
anteriores: 17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 304,46 94 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 269,35
18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 355,96 95 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 320,84
a) As remunerações base que não coincidam com qual- 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 407,45 96 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 372,33
quer índice das escalas salariais; 20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 458,94 97 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 423,82 do mesmo modo, de uma actualização de 2,9 %.
21 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 510,43 98 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 475,32
22 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 561,92 99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 526,81
23 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 613,42 100 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 578,30
efectivo exercício das competências de chefia, bem como 24 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 664,91 101 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 629,79 ao montante actualmente em vigor.
25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 716,40 102 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 681,28 As tabelas de ajudas de custo em território nacional e
26 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 767,89 103 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 732,78
designado «novo sistema retributivo da função pública». 27 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 819,38 104 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 784,27 remunerações base, ou seja, em 2,9 %.
28 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 870,88 105 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 835,76
29 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 922,37 106 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 887,25
30 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 973,86 107 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 938,74 é reportada a 1 de Janeiro de 2009. Nos termos da lei, a
31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 025,35 108 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 990,24

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