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INTRODUÇÃO
administração os sujeitos que não estão inseridos nos modelos propostos pelo 297
mainstream da área? Suas histórias de vida, suas vivências cotidianas interessam
hegemônico exclui. Este ensaio teórico tem por objetivo, portanto, compreender a
possibilite que novas vozes, antes excluídas, sejam ouvidas, a partir de suas
práticas cotidianas e da gestão ordinária. Para tanto, este estudo foi guiado
Martins, 2010; Costa & Saraiva, 2011; Souza & Costa, 2013; Barros & Carrieri, 2015;
coletivas que por vezes passam despercebidas a nossos olhos. O cotidiano, espaço
do agir do dia a dia, da nossa rotina, dos fatos inusitados e corriqueiros, das nossas
sobressai nos estudos da área (Clegg & Hardy, 1998; Vieira & Caldas, 2006; Bretas &
assim, uma forma de dar vazão a esta possibilidade. Conforme salientam Barros e
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menor grau nos impõe. Isto ocorre uma vez que conforme salientam Grant,
afirmam Clegg e Hardy (1998, p. 31) “as organizações são efeito da interação
realidade dos números, mas dos sujeitos que fazem parte da organização e que
gestão.
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cotidiano é tido como fonte de alienação, com pequenos espaços para escapar à
partir de uma visão heterodoxa nos apresenta o cotidiano como lugar no qual há
aspectos relativos à história como ciência e como a mesma é utilizada nos estudos
desenvolvido.
realidade. Mas como assinala Lukács (2012, s.p. ) “a ciência brota da vida”
cabe assinalar que este cotidiano não é um terreno estanque, pelo contrário é um
reconstroem as memórias.
JOSIANE BARBOSA GOUVÊA, ROCÍO DEL PILAR LÓPEZ CABANA E ELISA YOSHIE ICHIKAWA
Lukács, (2012) acreditava numa ligação mais próxima entre ciência e realidade,
sendo necessário para isto partir da compreensão da vida cotidiana. Nas suas
cotidiana, pois neste viver de todos os dias somos chamados a dar respostas
rápidas, existindo uma “relação imediata entre teoria e prática” (Lukács, 2012, s.p).
cotidiano por meio das objetivações mais homogêneas como a ciência, a arte e o
(dimensão genérica). Diante de tal visão, salienta Roberts (2006) que a teoria da
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Por sua vez, a filósofa húngara Agnes Heller, discípula de Lukács, também
desenvolvidos por ele. Assim, dando continuidade a estes estudos, Heller (1985)
vida do homem inteiro (Heller, 1985, p. 17). A autora assinala que na moderna
dos indivíduos. Assim podemos observar como nos tempos atuais o individualismo
universalidade.
Heller (1985) salienta que o cotidiano não é questão de escolha, o homem nasce já
para esta filósofa, a história não é o fruto de uma sequência passiva dos nossos
atos, para Heller (1985, p. 7), “a história é história de colisão de valores de esferas
cotidiano é:
seus ritmos, por meio dos quais é possível passar de uma atividade
uma data neste mesmo calendário e a partir dela formos buscar saber o que se
passou na vida das pessoas - denominadas “sem importância” pelo autor - neste
dia, não encontraremos nada que possa dar algum direcionamento de como era o
cotidiano destes indivíduos. Lefebvre (1991) diz que apenas a publicidade (ainda
que emergiu no centro da vida cotidiana durante essas horas. Assim, podemos
perceber que a história que nos é transmitida, é contada não a partir da vivência
das pessoas simples, mas de uma minoria que se sobressai de alguma forma no
são silenciados.
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diante das imposições colocadas pelo poder dominante. O foco do autor está
oferecidos no mercado dos bens, mas pelas operações de seus usuários”, pelas
diferentes de marcar socialmente o desvio operado num dado por uma prática
(Certeau, 2000). Corroborando esta ideia, Santos (2004, p. 127) afirma que “o mundo
Napolitano e Pratten (2007), foi propor novas perspectivas a partir das quais
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opressão resta aos sujeitos movimentos sutis de resistência, que é vista de forma
crítica por Roberts (2006) como uma negociação criativa e aberta com as
e Silva (2012, p. 336), “o fio condutor de todos eles é buscar significados da vida
Roberts (2006) o cotidiano é visto como algo sempre novo, necessariamente refeito
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mesmos ritmos, mas aquele que permite, ainda que de maneira sutil ou em
Esse cotidiano se faz em todas as esferas da vida dos sujeitos, que podem através
representa.
administração, não é diretamente moldada por ela. A partir desta ótica, portanto,
A abordagem da gestão ordinária (Carrieri, 2012), por sua vez, apresenta-nos que
as organizações e as formas de gestão podem ser vistas a partir das ações dos
entanto, como nos apresenta Certeau (2000), para o estudo de tais práticas, há que
sutil. Certeau (2000, p. 135) salienta que hoje, “essas práticas portadoras do segredo
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de nossa razão não se acham tão distantes. [...] Se instala em nosso sistema, ou
talvez mesmo dentro de nossas cidades e mais perto ainda”. A partir de tal
nosso dia a dia, em todos os ambientes nos quais nos inserimos, inclusive o
preciso salientar ainda que, conforme afirmam Barros e Carrieri (2015, p. 157),
“pesquisar sobre o cotidiano não é ignorar os fatores com impactos nos grandes
como aponta Certeau (2000, p. 17): “Trata-se de esboçar uma teoria das práticas
cotidiano” (Certeau, 2000, p. 46). Entendemos o cotidiano, portanto, sendo feito pelos
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tamanhos vão se encaixando no dia a dia, formando uma obra de arte que, na
maioria das vezes não é percebida. Neste sentido, salientam Barros e Carrieri
AS HISTÓRIAS E O COTIDIANO DAS ORGANIZAÇÕES:
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administrativo ou perdeu-se”.
práticas diárias dos indivíduos (Carrieri et al., 2008), que direta ou indiretamente
salientam Carrieri, Leite da Silva e Junquilho (2008, p. 1), “não existe no fazer
estática da gestão tradicional. Estes eventos não previstos ocorrem no dia a dia
abordagens tradicionais não lhes conferem” (Carrieri, Perdigão & Aguiar, 2014, p.
699).
Importante considerar que o cotidiano é feito, como nos diz Certeau (2000), através
história do cotidiano, como afirmam Barros e Carrieri (2015, p. 156) “tem potencial
de permitir que narrativas que ficam à sombra das construções do centro saiam
à luz”. Desta forma, para este estudo, compreender a relação entre a história e a
Ao falarmos da história como ciência, segundo Block (2001), estamos falando dos
homens no tempo, pois por trás dos grandes vestígios sensíveis aos nossos olhos,
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por trás dos escritos e das instituições, são os homens o objeto da história.
Agregando a isto, Guarinello (2004, p. 14-15) assinala que “um dos pressupostos da
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ciência histórica é que ela é total e única, é a história do homem, uma história
AS HISTÓRIAS E O COTIDIANO DAS ORGANIZAÇÕES:
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pela historiografia foram histórias particulares privilegiadas, mas não por isso
também a relevância das múltiplas vozes sociais (Costa, Barros & Martins, 2010).
lembrado pela história. Neste sentido, Costa e Saraiva (2011, p. 1767) afirmam que
passado. Será esta concepção um grande engano? Se a história trata dos homens
fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão esgotar-se
futuro, e esta tríade temporal, como expressa Guarinello (2004), forma o curso da
história.
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explorados, pois estas arenas têm muito a dizer sobre nossa humanidade. Assim,
pelo tempo presente, pois por mais distante temporalmente que se encontre um
acontecimento, este liga-se ao nosso presente onde ele ecoa (Costa, Barros &
Martins, 2010).
Desta forma, neste ensaio salientamos o estudo da história como integrada pelo
destes dias, daí a relevância de tratar o cotidiano pois, como assinala Guarinello
(2004, p. 25), esta palavra de origem latina quot dies significa “ao mesmo tempo, um
vida cotidiana destes, desde os pequenos fatos aparentemente banais até os mais
grandiosos e excepcionais.
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Cabe salientar que a perspectiva da História Nova, representada pela École des
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Annales se aprofunda nos estudos do cotidiano. Segundo Del Priori (1997), este
descrição do cenário de um período de tempo. Para este grupo, segundo Del Priori
equilíbrios econômicos e sociais que se encontram por baixo das decisões e dos
conflitos políticos.
captar o momento histórico de uma maneira mais ampla. Desta forma, fica
evidente que os assuntos complexos como a história e o cotidiano não podem ser
narrador ocupa, mas a história contada a partir do cotidiano daqueles que não
Como vimos até aqui, a história está muito longe de ser universal, ela pode tentar
ser vista desde o alto, como única, mas quem tem a capacidade deste olhar
panóptico? Acaso nosso olhar não depende da nossa posição e dos óculos pelos
pluralidade de sujeitos que habitam este nosso mundo. Desta forma, a história do
tempo presente não pode ser recuada, dando mais destaque à história do tempo
Mas ao nos submergir nos estudos da história do tempo presente, reparamos que
existem várias divergências sobre este assunto. Tal como assinala Machado (2010,
s.p.), a visão geral sobre a história do tempo presente não é clara para os próprios
normalmente fica atrelado a estudar o passado. Para este autor, a história não
próprias vivências. Assim, para Machado (2010, s.p.), pode-se realizar “uma análise
do presente para que se possa abstrair um marco, não meramente factual e nem
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Ao falar da noção de tempo presente, Machado (2010) assinala que esta não pode
mesmo tendo ocorrido há algumas décadas, nos permitem mexer com os sujeitos
constitutivos de certos eventos. Este é o caso das fontes vivas, que guardam em si
completo com o tempo, “assim o tempo presente pode ser entendido como uma
história. O campo foi construído, enquanto disciplina durante o século XX, a partir
nitidamente a noção do tempo, seja este passado ou presente, assim como nos
pesquisa histórica no campo organizacional (Üsdiken & Kieser, 2004), ainda que os
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mainstream administrativo.
neles a voz das pessoas comuns [...]; a história oral, utilizada pelos historiadores da
Por sua vez, Costa, Barros e Martins (2010) procurando contribuir para a melhor
a cada época.
saxônica”.
administração, mas nestes últimos anos este assunto recebeu mais atenção ao
presente na narrativa dos sujeitos sociais” tal como afirmam Gomes e Santana
(2010, p. 2), trazendo, como assinala Machado (2010), as vozes dos esquecidos, os
história” (Guarinello, 2004, p. 16), ou como assinala Burke (1992), pelos grandes feitos
“outras”? Daqueles que dia após dia criam e recriam nas suas inúmeras práticas
Será que nossa tendência à síntese no âmbito científico, está nos levando por
conformam?
mesmas não são apenas pensadas e realizadas com vistas à sua utilidade
acadêmica. Penna (2005, p. 32) chama a atenção a esta perspectiva ao afirmar que
criticar os métodos dos pesquisadores que dela se utilizam, mas para buscar
propor algo novo”. Este algo novo está relacionado a se procurar escapar à
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Entendemos, diante disso, que dar ouvidos àqueles que a perspectiva hegemônica
na identidade dos sujeitos pesquisados como dos pesquisadores, pois como assinala
Bosi (2003, p. 16) “do vínculo com o passado se extrai a força para a formação da
história em pesquisas. Conforme salienta Penna (2005, p. 20), a história oral tem na
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memória sua principal fonte informativa. Esta, ao dar ouvidos à história dos
memória. Mas o que é memória? Existem definições que vão desde os aspectos
momento presente”. Para o autor, a memória não está estritamente dada pela
passado no momento atual. Neste sentido, Bosi (1994, p. 48) afirma que “o passado
homogênea”.
outorga sentido a este último, não é só um recurso que possibilita a ação, mas
também é um instrumento para o agir social e desta forma uma fonte de poder.
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preciso considerar, porém, que conforme salienta Gabriel (2004), fatos não falam
autor chama a atenção para ele, qual seja, as histórias podem ser vistas e
dissimulação e mentira. Logo, não eliminam os fatos ou negam sua existência, mas
Esta manipulação não deve ser aqui entendida unicamente como consciente e
matéria da memória” (Bosi, 1994, p. 419). Diante disso entendemos que a memória
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momentos... Momentos que normalmente são recuados, colocados fora dos estudos
passa a existir? Então como não analisar este cotidiano, onde nascem e
Pois como afirmava Heller (1985) o cotidiano, esse dia a dia, é o fio que tece a
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história, destarte, como separar história e cotidiano? Parece que isto não é
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possível, porém o que observamos nos estudos tradicionais da história foi sim
uma ruptura profunda entre história e cotidiano. Da mesma forma, nos estudos
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que, conforme afirmam Certeau, Giard e Mayol (1998), é preciso descer do topo do
pessoas comuns dentro das organizações. Isto se dá tendo em vista que, conforme
tornam vivos na vida e na memória dos sujeitos. Desta forma, a história oficial é
balizada pelas visões tidas como periféricas, podendo trazer ricas considerações
não apenas nas proposições que o discurso hegemônico deseja incutir para
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Talvez sejam nesses momentos que os sujeitos, como nos apresenta a abordagem
autores tidos como base neste estudo podem ser vistas em uma perspectiva
cotidiano como uma realidade que aliena e Certeau (2000) diz que o mesmo pode
ser reconstruído pelos indivíduos que o compõe, ambas as abordagens dão conta
vida, na reprodução do já dito e do já feito. Vemos que isso ocorre uma vez que as
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estão muito bem articuladas, dificultando a saída dos sujeitos, mesmo que esta
seja momentânea.
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(2015) esta dificuldade por vezes faz com que estudos realizados com objetos ou
teorias não hegemônicas sejam vistos como marginais ou até mesmo sem
minimizar os efeitos da redução dessas histórias a uma única história oficial que,
na maioria das vezes atende apenas a interesses específicos. Como nos alertam
anônimos”. Diante disso, acreditamos que deixar de olhar para tais possibilidades
utilitarismo da área.
é este cotidiano do tempo presente que nos liga ao passado e ao mesmo tempo ao
olhar deve ser conjunto, do passado com o presente, onde a história oral por meio
da memória nos abre esta possibilidade. Ainda, salientamos que não se trata de
uma história da organização, mas das histórias no plural, pois são diversas as
diversas histórias podem começar a surgir dando ouvidos aos não escutados,
trata-se, então, das histórias dos sujeitos e dos grupos, das suas identidades
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Entender a história a partir das vivências dos sujeitos é uma delas. Dar ouvidos
àqueles que o discurso oficial cala a fim de ouvir o que as histórias oficiais não são
capazes de dizer, por desconhecerem ou até mesmo porque não lhes interessa
contar a história deve ser tido como um olhar para trás, a fim de evitar desvios
que ao buscar tais fontes de dados o pesquisador deve estar ciente do papel da
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buscar a “verdade”, mas extrair dos fatos narrados os significados que estes
constituíram para quem os narra, uma vez que é a partir destes significados que
Grande parte dos textos que tratam da utilização da história nas organizações o
fazem, ainda, com um olhar para as grandes corporações, para as histórias dos
partir da escuta atenta de múltiplas vozes. Tais vozes não podem ser ouvidas
senão a partir das histórias orais, que permitem uma nova possibilidade, uma
de pesquisa.
Entendemos que é no cotidiano, nos espaços que tanto nós quanto vocês - leitores -
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ocupamos que estes significados são construídos. Nas pequenas atividades do dia
Página
para nós significam. São as nossas vozes que são silenciadas todas as vezes que os
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AS HISTÓRIAS E O COTIDIANO DAS ORGANIZAÇÕES:
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Resumo
Neste ensaio teórico objetivamos compreender a relevância do diálogo entre
história e administração como ferramenta que possibilite que novas vozes, antes
pode e deve ir para além das grandes narrativas e apenas das histórias das
destacar, desta forma que o presente estudo olha para os sujeitos não como
objetos de pesquisa, mas como seres que, através das suas práticas, da oralidade,
da sua voz, expressam, até mesmo no seu silêncio, nesse ecoar quase
Palavras-chave
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Abstract
In this theoretical paper, we aim to understand the relevance of the dialogue
between history and administration as a tool that allows new voices, previously
have presented, we have been able to identify that the dialogue between
history and administration can and should go beyond the great narratives and
only the stories of the big corporations. The ordinary management, the ordinary
man, are part of the organizational context, acting and leaving in it their marks.
It is important to emphasize, in this way, that the present study looks at subjects
not as objects of research, but as beings that, through their practices, their voice,
express, even in their silence, in this almost imperceptible echo, the Different
Keywords
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Resumen
En este ensayo teórico buscamos comprender la importancia del diálogo entre
sus marcas. Es importante destacar, de esta manera que el presente estudio mira
a los sujetos no como objetos de investigación, sino como seres que, a través de sus
organizaciones.
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Palabras clave
Historia; cotidiano; discursos hegemónicos; estudios organizacionales.
JOSIANE BARBOSA GOUVÊA, ROCÍO DEL PILAR LÓPEZ CABANA E ELISA YOSHIE ICHIKAWA
http://lattes.cnpq.br/6561005662507063. https://orcid.org/0000-0003-1082-9982. E-
mail: roci-o@hotmail.com.
http://lattes.cnpq.br/6448044628010889. https://orcid.org/0000-0001-7096-7653. E-
mail: elisa_ichikawa@hotmail.com.
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PR 323, Km 310, Umuarama, PR, Brasil. CEP: 87507-014. Telefone: (44) 3361-6200.
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Contribuição Submetida em 21 set. 2016. Aprovada em 18 ago. 2017. Publicada online em 21 maio 2018. Sistema de
avaliação: Double Blind Review. Avaliação sob responsabilidade do Núcleo de Estudos Organizacionais e
Sociedade da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Editor: Luiz Alex Silva
Saraiva.