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XVI CONFERÊNCIA ANUAL ABRAVEQ 2015 - ÁGUAS DE LINDÓIA

226. FIXAÇÃO COM “U-BAR” E RESINA ACRÍLICA EM FRATURA DE MAXILA BILATERAL EM UM EQUINO -
RELATO DE CASO

ANDRÉ LUIZ HOEPPNER RONDELLI1; MICHELE ANGELO LUIZ2; HEID BELLE DOS SANTOS AVILA1; EVANDRO
ALMEIDA TEIXEIRA1; JAQUELINE CAMARGO BORGES1; CHRISTIANI MONTE CRUZ FALCÃO1; PEDRO EDUARDO
BRANDINI NESPOLI1; REGINA DE CASSIA VERONEZI1
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO, CUIABA, MT, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL.

e-mail:andrerondelli_medvet@hotmail.com

Resumo:

Fraturas de mandíbula e maxila geralmente são causadas por trauma direto como coices, quedas ou colisões e, ocasionalmente, podem ocorrer
como complicações de afecções dentárias, neoplasias e osteomielite. A escolha da técnica de osteossíntese depende do tipo e localização da
fratura. Dentre as principais estão a cerclagem, fixadores externos, placas parafusos, resinas acrílicas ou fixação com “U-bar”. O objetivo deste
relato é descrever a combinação de métodos de osteossintese, em um potro árabe de 03 anos de idade, com fratura bilateral de pré-maxila após
um coice no focinho. No exame físico, o equino apresentava assimetria do focinho, salivação com leve sangramento, dor a palpação, fratura pré-
maxilar e do osso incisivo bilateral, perda da oclusão dos incisivos, e ferida incisa lacerativa do palato duro. O animal se alimentava com certa com
dificuldade. O exame radiográgico revelou uma fratura múltipla bilateral transversa dos ossos incisivo e maxilar, perda do alinhamento do terceiro
incisivo e canino esquerdo e ausência do canino direito. O animal foi encaminhado à cirurgia para correção da fratura e submetido à anestesia
geral intravenosa devido à impossibilidade de intubação para anestesia inalatória. Utilizou-se detomidina a 0,05 mg/kg IV como MPA, cetamina 2
mg/kg IV para indução, e manutenção com gotejamento triplo de EGG a 10%, cetamina 2 mg/ml e xilazina 1 mg/ml. O equino foi posicionado em
decúbito lateral e a técnica utilizada foi cerclagem com fio de aço de 1 mm e posterior sutura do tecido mole ao redor da fratura com fio de nylon
2-0. No pós-operatório o animal recebeu flunixim meglumine 1,1 mg/kg IV SID por 5 dias e ceftiofur 4,0 mg/kg IM SID enquanto houvesse osso
exposto, e curativo tópico diário com água e clorexidine 0,12% (Periogard®). Foi instituída alimentação pastosa a base de ração umedecida e feno
de tyfton triturado e umedecido.  No 11o dia, observou-se instabilidade do foco de fratura com deiscência da cerclagem devido à perda de tecido
mole necrosado e de fragmentos ósseos, indicando a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica. O animal foi submetido ao mesmo protocolo
anestésico e optou-se pela associação da técnica de fixação com “U-bar” e resina acrílica, neste caso metilmetacrilato. Foram utilizados dois pinos
intramedulares de 4 mm moldados em forma de “U”. Os pinos foram presos a arcada dentária com fios de aço de 1 mm e posteriormente recobertos
com metil metacrilato. No pós-operatório manteve-se o mesmo manejo alimentar e medicamentoso descrito inicialmente, por 30 dias. Radiografias
foram realizadas periodicamente, evidenciando calcificação gradativa do foco de fratura. Aos 60 dias, observou-se consolidação total. A resina e
o fixador foram retirados e, devido ainda à exposição óssea no palato duro, o animal permaneceu internado e recebendo curativo tópico. Após 143
dias, o palato duro estava totalmente cicatrizado e o animal recebeu alta. Os resultados mostraram que a combinação de técnicas cirúrgicas é válida,
e podem ser adaptadas a cada caso. A fixação em “U-bar” associada à resina acrílica promoveu uma eficiente estabilização da fratura, sendo uma
técnica de baixo custo e de fácil execução. O manejo dietético adequado é importante para a recuperação e consolidação da fratura, minimizando a
movimentação do foco e ainda, evitando que o paciente apresentasse diminuição do escore corporal.

Palavras-chave: Maxila; osteossíntese; u-bar

227. FRATURA DE METACARPIANOS ACESSÓRIOS EM CAVALOS MANGALARGA MARCHADOR: RELATO DE 3


CASOS

MARIA FERNANDA GONÇALVES HENRIQUE1; ALEXANDRE CORRÊA BORGHESAN1; MARCELO ADANI PERRONE
RIBEIRO1; PRISCILA APARECIDA DOS SANTOS1; THALITA TAINÁ RIBEIRO FARIA2
1.FESB - FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE BRAGANÇA PAULISTA, ITATIBA, SP, BRASIL; 2.UFLA, LAVRAS, MG, BRASIL.

e-mail:mafernandagh@hotmail.com

Resumo:

Embora sejam estruturas consideradas vestigiais, os ossos metacarpianos acessórios possuem função importante no apoio e estruturação do
membro, servem como suporte para ossos do carpo e inserção para ligamentos. Fraturas destes ossos são comuns em cavalos de qualquer idade,
podendo afastar o equino de suas atividades por longos períodos. Traumas são a causa mais importante de lesões nestes ossos. No entanto,
fraturas também ocorrem espontaneamente durante o exercício. Existe ainda correlação entre as fraturas e o tipo de atividade esportiva a que o
cavalo é exposto. Em cavalos de corrida, há maior incidência dessas fraturas no quarto metacarpiano do membro torácico esquerdo e segundo
metacarpiano do membro torácico direito, uma vez que as corridas são realizadas no sentido anti-horário, gerando sobrecarga nesses ossos. Foi
verificado também que ocorre alta incidência de desmite do ligamento suspensório (DLSB) em animais de pólo, e que estes apresentam fraturas

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