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INSTITUTO MARANHENSE DE ENSINO E CULTURA – IMEC

CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: ECA
PROFESSORA: DANILO GAIOSO
ALUNO: LEON CARLOS PORTELA FRAZÃO

RESGATE HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO SOBRE O ECA

NO BRASIL

A FASE DA INDIFERENÇA NO BRASIL ANO DE 1927, CÓDIGO DE MELLO MATOS.


O primeiro código brasileiro para assistência e proteção à Infância e
Adolescência.
Antes mesmo da promulgação do Código que levaria seu nome, o juiz Mello
Mattos, à frente do Juizado de menores, já agia no sentido de coibir o trabalho de crianças e
adolescentes que pusesse em risco a sua saúde, integridade física ou moralidade,
enfrentando, inclusive, a resistência de alguns setores da sociedade. Com o Código de
1927, foi regulamentado o uso da mão-de-obra de menores, mas muitos industriais
persistiam na exploração desse trabalho, o que levou o juiz a baixar um provimento
concedendo o prazo de três meses para que os estabelecimentos fabris de adaptassem à
nova legislação.
Portanto, pode-se falar que o Código Mello Mattos representou a abertura de
uma visão legislativa sobre o problema da criança e do adolescente em todos os seus
aspectos.

CÓDIGO DE MENORES, 1979

O Código de Menores de 1979 (Lei 6.667, de 10 de outubro de 1979) adotou a


doutrina jurídica de proteção do “menor em situação irregular”, que abrange os casos de
abandono, prática de infração penal, desvio de conduta, falta de assistência ou
representação legal, entre outros. Vale lembrar que a lei de menores era instrumento de
controle social da infância e do adolescente, vítimas de omissões da família, da sociedade e
do Estado em seus direitos básicos.
O Código de Menores não se dirigia à prevenção; cuidava do conflito instalado.
Contudo, não se pode deixar de reconhecer que, em alguns casos, a situação do menor é
decorrente da própria situação familiar, seja pelo estado de pauperismo (abandono
material), seja em virtude de riqueza (desvio de conduta). Por mais de dez anos em vigor, o
Código de Menores procurou atender à situação da época da forma mais condizente
possível com a Lei Maior.

NO PLANO INTERNACIONAL

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA, 1959.

Declaração Universal dos Direitos das Crianças, foi aprovado por unanimidade,
no dia 20 de novembro daquele ano, pela Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas. O cumprimento desses preceitos são fiscalizados pela UNICEF, que é um
organismo unicelular da ONU, criada com o fim de integrar as crianças na sociedade e zelar
pelo seu convívio e interação social, cultural e até financeiro conforme o caso, dando-lhes
condições de sobrevivência até a sua adolescência.

ANO INTERNACIONAL DA CRIANÇA, 1979.

A Assembléia Geral das Nações Unidas, realizada em 21 de dezembro de 1976,


reconhecendo a importância fundamental, em todos os países, tanto em desenvolvimento
quanto industrializados, de programas que beneficiem a infância, não apenas em si, mas
também como parte de esforços mais abrangentes para que seja acelerado o progresso
econômico e social.
O Ano Internacional da Criança serviu para estimular os países na revisão de
seus programas a fim de orinetá-los para a promoção do bem estar da infância.
o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) estabeleceu 1979 como o Ano
Internacional da Criança, com o intuito de alertar a população mundial para os problemas
que afetavam as crianças de até sete anos no mundo inteiro.

REGRA DE BEIJING, 1985.

As Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça da


Infância e da Juventude, também conhecidas como Regras de Pequim, são uma resolução
da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas sobre o tratamento devido a
jovens que cometam infrações ou aos quais se impute o cometimento de uma infração.
Em setembro de 1980, após declarar aquele como sendo o "Ano da Criança", a
ONU realizou o seu Sexto Congresso das Nações Unidas sobre a Prevenção do Crime e o
Tratamento dos Infratores, realizado em Caracas, Venezuela.
DIRETRIZES DE RIAD, 1990.

Recordando a Resolução 40/33, de 29 de novembro de 1985, da Assembléia


Geral que, entre outras coisas, aprovou as Regras mínimas das Nações Unidas para a
administração da justiça de jovens por recomendação do Sétimo Congresso das Nações
Unidas sobre Prevenção do Delito e Tratamento do delinqüente, sendo necessário
estabelecer critérios e estratégias nacionais, regionais e inter-regionais para prevenir a
delinqüência juvenil, afirmando que toda criança goza de direitos humanos fundamentais,
particularmente o acesso à educação gratuita.

A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E OS DIREITOS DA CRIANÇA E


ADOLESCENTES

A partir das discussões internacionais sobre os direitos humanos, a Organização


das Nações Unidas elaborou a Declaração dos Direitos da Criança e com ela muitos direitos
foram garantidos. Foi um grande avanço focar na doutrina da proteção integral e reconhecer
a criança e o adolescente como sujeitos de direitos estabelecendo a necessidade de
proteção e cuidados especiais.
A doutrina da proteção integral da Organização das Nações Unidas foi inserida
na legislação brasileira pelo artigo 227 da Constituição Federal de 1988, trazendo para a
nossa sociedade os avanços obtidos na ordem internacional em favor da infância e da
juventude. Esse artigo constitucional, de forma muito assertiva, encerra o conjunto de
responsabilidades das gerações adultas para com a infância e a adolescência.

São Luís, 02 de outubro de 2018.

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