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Atualmente sou maestro de uma banda sinfônica formada por alunos, ex alunos e
comunidade de Pouso Alegre, uma orquestra de violões formada pelos professores do
conservatório e futuramente começarei uma orquestra de câmara somente com alunos
que nunca tiveram a experiência de tocar em grandes grupos. Percebo que quando estou
à frente da banda tenho essas responsabilidades levadas ao máximo, pois depende única
e exclusivamente de mim o melhor desempenho do grupo. Ao contrario da orquestra de
violões essas responsabilidades são divididas entre mim e o diretor artístico,
depositando em mim muito mais a responsabilidade de ensaiar o grupo e trabalhar em
prol da música. Mas em ambos os trabalhos eu ainda sinto muita dificuldade no quesito
de planejamento dos ensaios, muita das vezes por ser inexperiente no assunto.
Com a banda tudo o que eu planejo quase nunca se concretiza por motivos
diversos e tendo o fato de serem músicos amadores complica mais ainda. A falta de
integrantes nos ensaios sempre me deixa muito preocupado com o desenvolvimento do
grupo, porque o grupo já é pequeno e quando falta um meu planejamento não tem mais
utilidades. Do contrario na orquestra de violões eu sinto que meu planejamento falha
um pouco pelo fato de estar a frete de um grupo semi profissional que está a mais de 10
anos sem a atuação de um regente e que alguns anos atrás foram os meus professores.
A escola sempre me apoiou em todas as decisões que tomo como regente, mas
desde que comecei a trabalhar com os jovens e eu sempre me preocupo em exercer
melhor a função de regente educador. Nós como educadores temos o maior cuidado em
primeiro lugar formar cidadãos para nossa sociedade, para que possamos viver em uma
sociedade com mais igualdade e é isso que eu quero em primeiro lugar dos meus alunos.
Por exemplo, irei começar uma orquestra de cordas com alunos que nunca tiveram a
experiência de tocar em conjunto, são alunos de diversos níveis de aprendizagem e
idades distintas. Portanto, elaborei uma serie de exercícios baseado em materiais de
ensino coletivo para introduzi-los nesse contexto de tocar em grupo. Essa série de
exercícios prioriza o trabalho auditivo através do canto como ferramenta de auxilio no
executar do instrumento sempre com a regência do maestro com o intuito de colocar em
prática no desenvolvimento de repertório específico.
Para esse grupo a primeira meta que eu gostaria de despertar neles é a paixão em
tocar, em fazer musica em conjunto. E para isso continuarei a elaborando mais
exercícios e desenvolvendo repertório para tal. Contudo, pretendo no próximo ano, com
o andar da carruagem, contar com o dobro de integrantes na orquestra e apresentações
com maior freqüência.