Professional Documents
Culture Documents
INTRODUÇÃO
Registro da atividade elétrica do coração
Os distúrbios hidroeletrolíticos causam importantes mudanças no ECG
Inúmeras doenças podem ser reconhecidas pelo eletro
A atividade elétrica do coração precede a mecânica (contração muscular)
O nó sinusal comanda o ritmo cardíaco por natureza. Na sua ausência, outros nós podem assumir a sua
função.
Do nó sinusal, três feixes conduzem o impulso até o nó atrioventricular, onde há um “atraso” do impulso
elétrico fisiológico. Daí, passa para o feixe de His, que se divide em ramos direito e esquerdo e, daí, passa
para as fibras de Purkinje.
Ordem da contração dos ventrículos: Septo Paredes livres Parte basal (É quase ao mesmo tempo,
mas não é. Isso gera as ondas Q, R e S
A contração acontece de dentro para fora (endocárdio para epicárdio)
A repolarização tem o sentido contrário à despolarização (epicárdio para endocárdio)
O coração movimenta uma grande quantidade de cargas e gera campo eletromagnético na superfície
do tórax Esses potenciais são captados pelas derivações precordiais (V1 a V6) e periféricas (membros).
As derivações são eletrodos que captam potenciais elétricos. Cada uma delas capta o mesmo potencial
elétrico, que vai ser visto de maneira diferente a depender de onde o eletrodo é colocado.
Os potenciais de ação dos miócitos tem grande sincronia com o coração. O
O sódio inicia a despolarização e mantém a condução
O cálcio é responsável pela contração. Hipercalcemia pode fazer o coração parar em contração.
O potássio é o íon da repolarização. Potássio em altos níveis (hipocalemia) podem fazer o coração parar
relaxado.
ONDAS
A onda P representa a despolarização dos átrios
O atraso no nó atrioventricular faz o segmento PR
Complexo QRS: Despolarização ventricular
Onda T: Repolarização ventricular
DESPOLARI ZAÇ ÃO
Na despolarização, há trocas iônicas que tornam as células progressivamente positivas, enquanto o
meio extracelular ficará gradativamente negativo.
Onda progressiva de despolarização: Fluxo de cargas positivas, podendo ser captada por eletrodos
posicionados na superfície corporal.
Quando essa onda despolarizante move-se em direção a um eletrodo positivo, registra-se no ECG
uma deflexão positiva. Quando ela se afasta do eletrodo positivo, tem-se uma deflexão negativa no
ECG.
1
Existem derivações bipolares (+ e -) e unipolares.
DERIVAÇÕES PERIFÉRIC AS
- Triângulo de Eithoven
* Bipolares: DI, DII e DIII
- Unipolares aumentadas
* AVL, AVF, AVR
2 eletrodos formam uma derivação
Um eletrodo é + e o outro é menos
AVR, AVL e AVF são membros fio-terra (+). Os seus
prolongamentos são negativos.
As 6 derivações periféricas se cruzam em um ângulo de
30 graus, entre cada uma, formando, assim, a ROSA DOS
VENTOS.
A rosa dos ventos é importante para determinar o eixo
do coração.
2
ATI VAÇ ÃO ATRI AL
Onda P: contração atrial
Onda P: Soma da contração do AD e AE
Vai do átrio esquerdo para o direito (AD AE)
Nó sinusal 3 feixes intermodais nó AV
Feixe de Bachman AD
Aumento da duração de p: Aumento AE
Aumento da amplitude de p: Aumento AD
REGISTRO
Papel milimetrado
Cada quadradinho tem 1mm²
Cada quadradinho tem 0,1 mV de altura, logo 10 quadradinhos têm 1 mV
Cada quadradinho tem 0,04s
Cada quadrado maior tem 5mm²
Cada quadrado maior tem 0,2 S
Altura e profundidade de uma onda são medidas em voltagem
A largura é medida em tempo
ECG NORMAL
12 derivações
6 periféricas e 6 precordiais
O ECG registra a mesma atividade cardíaca em cada
derivação
Observar por 6 ângulos é melhor do que por um.
3
INTERPRETANDO O ECG
Ritmo
Frequência
Eixo
Duração (bloqueios)
Voltagem (sobrecargas)
Ondas Q patológicas (ZEI/AEI)
Repolarização ST-T (infarto)
RI TMO
Marca-passo original: Nó sinusal Ritmo sinusal regular
Caso o nó sinusal fale, há marca-passos potenciais (focos ectópicos): átrio; nó AV; ventrículo
Ritmo regular: Distância entre ondas semelhantes é sempre a mesma
Ritmo irregular: Distância entre ondas semelhantes não é sempre a mesma
Ritmo sinusal: Ritmo fisiológico do coração, que se origina no átrio direito alto
Onda P precedendo o QRS
Ondas P são necessariamente positivas nas derivações D1, D2 e aVF (A gente tem que olhar isso no
papel, para ver se o ritmo é sinusal.
Não necessariamente o ritmo sinusal é regular. Ele pode ser irregular, como é o caso da arritmia
sinusal, que acontece, principalmente, em crianças e idosos.
A onda P normal possui amplitude máxima de 2,5mm e duração inferior a 110 ms.
Ausência de Onda P em D1, D2 ou aVf significa que o ritmo não é sinusal.
A fibrilação atrial não possui onda P em D1, D2 e aVF e tem, portanto, um ritmo não sinusal
A taquicardia supraventricular tem um ritmo ventricular não sinusal com QRS estreito
O ritmo é estreito se o estímulo sai de algum lugar acima do feixe de Hiss e é largo se ele sair de
qualquer lugar abaixo do feixe de Hiss
FREQUÊNCI A
Batimentos/minuto
Nó sinusal (se o comando deixa de ser o nó sinusal, o paciente pode ter arritmia)
Foco atrial: 75/min
Nó AV: 60/min (ritmo idionodal)
Foco ventricular: 30-40/min (ritmo idioventricular)
Casos de exceção: 150-250 bpm
Frequência normal: 50-100 bpm/min
4
Como calcular a FC
Escolher uma onda R que coincida com a linha mais escura do papel milimetrado
300 150 100 75 60 50 43 38
FC: 1500 dividido pelo número de quadradinhos entre o intervalo de R-R
Obs.: Também pode ser 300 dividido pelo número de quadrados grandes, mas esse modo pode ser
menos específico
EI XOS
EIXO
1- Olhar D1
2- Olhar aVF
3- Procurar alguma derivação isoelétrica
ou
Procurar alguma derivação fora do
quadrante, para fazer por exclusão:
DI x aVF
5
D2 x aVL
D3 x aVR