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CURSO DE OPERADOR DE CAIXA – UC2 – 24/09/18

LOCAL: LABORATORIO DE INFORMÁTICA (SALA 409), ATIVIDADE COMPLEMENTAR DO


INDICADOR 1

TEMA: DOENÇAS OCUPACIONAIS E GINÁSTICA LABORAL

ATIVIDADE DE PESQUISA – QUESTIONÁRIO BASE

1) O que são Doenças Laborais (Ocupacionais)?

Resposta: são aquelas que estão diretamente relacionadas à atividade desempenhada pelo
trabalhador ou às condições de trabalho às quais ele está submetido. Este também é um
termo genérico, utilizado para designar as doenças profissionais e as doenças do trabalho.
Embora pareçam termos sinônimos, a Lei 8.213/91 as diferencia, em razão do agente
causador de cada uma delas.

2) Quais os principais tipos?

Resposta: As doenças ocupacionais mais comuns são:

 Asma Ocupacional;
 PAIR(Perda Auditiva Induzida por Ruído);
 Dermatose ocupacional;
 Antracose Pulmonar;
 Dorsalgias (hérnias de disco, “problemas de coluna”);
 Transtornos mentais (depressão/ansiedade/stress pós-traumático);
 Transtornos das articulações;
 Varizes nos membros inferiores;
 LER(Lesão por Esforço Repetitivo ); e
 DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).

3) Quais estão relacionadas as atividades do operador de caixa?

4) Quais as principais consequências, prevenção e tratamento?

5) O que é Ginástica Laboral?


É uma modalidade de atividade física destinada aos trabalhadores para que seja praticada no
próprio local de trabalho. A palavra laboral vem de labor, que significa trabalho. Portanto,
esse tipo de ginástica é realizado no ambiente de trabalho. Podemos defini-la como um
programa de recuperação e manutenção da qualidade de vida e de promoção do lazer,
planejada e aplicada no ambiente de trabalho.

6) Quais os tipos aplicadas as atividades de checkout?

7) Em que situações utilizar cada uma delas?

REFERENCIAS:

1. http://reporterbrasil.org.br/2007/08/o-que-sao-doencas-ocupacionais/
2. https://leistrabalhistas.net/lei-8-213-91/
3. https://www.infoescola.com/trabalho/doencas-ocupacionais/
4. https://saberalei.jusbrasil.com.br/artigos/378215786/doenca-ocupacional-conceito-
caracteristicas-e-direitos-do-trabalhador
5. https://blog.gympass.com/principais-doencas-ocupacionais/
6. https://www.rhmed.com.br/doencas-ocupacionais-quais-sao-e-como-preveni-las/
7. https://www.significados.com.br/ginastica-laboral/
8. http://beecorp.com.br/blog/ginastica-laboral-pode-ajudar-na-melhora-do-
desempenho-da-equipe/
9. http://www.armati.com.br/4-tipos-de-ginastica-laboral-para-melhorar-seu-
desempenho-no-trabalho/
10.
Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 –
Atualizada e Comentada

Introdução

A Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 é a Lei de contratação de Deficientes nas


Empresas. Essa Lei tem como objetivo garantir vagas para Deficientes Físicos e Pessoas
com Deficiência nas empresas. Hoje aproximadamente 380 mil pessoas com deficiência
estão empregadas formalmente no país através dessa Lei.

Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 atualizada na


integra

A Lei nº 8.213 de 25 de julho de 1991 dispõe sobre os Planos de Benefícios da


Previdência e dá outras providências a contratação de portadores de necessidades
especiais. A empresa com 100 ou mais funcionários deverá preencher de 2% a 5% por
cento dos seus cargos.

Esses funcionários devem ser reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência


habilitadas, na seguinte proporção:

1. até 200 empregados 2%;


2. de 201 a 500 empregados 3%;
3. de 501 a 1.000 empregados 4%;
4. de 1.001 em diante 5%;

Desta forma, conclui-se obrigatória a contratação de pessoas portadoras de deficiência


ou beneficiárias reabilitadas. Não existe restrição do tipo de deficiência ou de
reabilitação.

Considera-se deficiência toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função


psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de
atividade.
A legislação estabelece ainda que as empresas devam obedecer a um percentual mínimo
de contratação. Esse percentual deve ser em relação ao número de empregados
efetivos. É proibida qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão
do trabalhador portador de deficiência.

As empresas que não cumprirem com a legislação estarão sujeitas a multas. Também
será possível intervenções do Ministério Público do Trabalho que atua fiscalizando as
relações entre empregados e empregadores.

Lei 8213 91 resumida

A Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 determina que toda empresa de grande porte,
que tenha mais de 100 funcionários, deverá preencher em até 5% dos seus cargos, com
portadores de necessidades especiais.

A empresa deve oferecer estrutura para os deficientes, tendo em vista a segurança,


acessibilidade e autonomia dos espaços corporativos. A Lei de Cotas, garante o direito
ao trabalho às pessoas com algum tipo de deficiência, seja ela física, visual, auditiva e
intelectual.

Alguns casos de deficiência, não são visíveis, ou seja, são pessoas que usam próteses
nos membros inferiores, porém andam sem dificuldades.

Lei 8213 91 comentada

A Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 prevê que toda empresa que possui mais de 100
funcionários deve disponibilizar de 2% a 5% das vagas á pessoas com alguma
deficiência.

A Lei é conhecida popularmente como Lei das Cotas de Deficientes. O intuito da Lei é
oferecer oportunidades para os deficientes. Outro objetivo da Lei é diminuir os
tratamentos discriminatórios aos portadores de deficiência no mercado de trabalho.

A Lei determina a obrigatoriedade da contratação desses profissionais sob pena de


multa administrativa. A Lei assegura que a dispensa de um funcionário deficiente só
poderá acontecer após a contratação de outro colaborador cotista.
A Lei Nº 8.213, de 24 de julho de 1991 é a verdadeira norma garantidora de emprego
aos portadores de necessidades especiais. De acordo com o artigo 93 da Lei Nº
8.213/91, ela não estabelece direitos individuais, mas sim proteção a um grupo de
empregados.

Em setores, como, construção civil e segurança, a norma estabelecida na Lei deve ser
interpretada de forma isolada. Isso ocorre, pois esses profissionais devem ser
reabilitados pela Previdência Social ou terem características comprovadas para uma
determinada atividade na empresa.

Os benefícios desta lei

A Lei Nº 8.213/91 não cria privilégios, porém corrige uma série de desvantagens,
visando equiparar oportunidades. A Lei é um marco, que aos poucos vem mudando o
cenário da inclusão de pessoas com deficiência.

Apesar do cenário ainda não ser o ideal, pois a pessoa com deficiência continua
representando o grupo menos contratado, esse quadro já mudou bastante ao longo dos
anos. Hoje as maiorias das empresas contratam para cumprir a lei.

Mas também existem empresas que contratam deficientes pensando justamente na


inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. Para os deficientes é uma forma de
garantir uma atividade profissional de maneira digna. A Lei também possibilita
estabelecer uma interação constante com outros profissionais, sendo um caminho
importante para a sua autoestima.

Para a empresa, é vantajoso, pois os profissionais deficientes dão mais valor ás


oportunidades. Isso também pode ser associado ao fato de serem mais produtivos e mais
comprometidos com o trabalho. Além disso, se torna inspirador contar com portadores
de deficiências num âmbito corporativo. A chance de que todos os colegas de trabalho
possam conhecer de perto as necessidades dos deficientes, reduzindo os preconceitos
preexistentes.

A lei 8213 91 na prática


Hoje mais de 380 mil pessoas que possuem algum tipo de deficiência estão empregadas
no país. Porém, isso representa apenas 0,77% dos empregos formais no Brasil.

As empresas são obrigadas a cumprirem com um número de funcionários deficientes de


acordo com o número de colaboradores efetivos da empresa. Porém, com a aprovação
da Reforma Trabalhista e da Lei de Terceirização, esses avanços da Lei podem entrar
em risco.

Pois, se você terceiriza todo mundo e não formaliza os seus funcionários, não existe a
obrigatoriedade de cumprir as cotas. Ainda na prática ainda há muito que ser feito,
desde a quebra de preconceitos tanto dos empregadores, como dos colegas de trabalho,
até aos espaços adaptados.

A empresa não deve contratar apenas para cumprir a cota, mas sim pela qualidade. É
preciso o preparo de todos para a convivência. Assim como a garantia de igualdade de
condições, cobrança, reconhecimento e tratamento.

Doença ocupacional: conceito,


características e direitos do trabalhador
Atualmente, cresce cada dia mais o número de ações requerendo
indenizações decorrentes de doença ocupacional. Esse aumento está
ligado à facilidade de acesso à informação por parte do trabalhador.

Mas, afinal, o que é a doença ocupacional?

A doença ocupacional ou profissional está definida no artigo 20, I da Lei n. 8.213 de 24


de julho de 1991 como a enfermidade produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

As doenças profissionais, conhecidas ainda com o nome de “idiopatias”, “ergopatias”,


“tecnopatias” ou “doenças profissionais típicas”, são produzidas ou desencadeadas pelo
exercício profissional peculiar de determinada atividade, ou seja, são doenças que
decorrem necessariamente do exercício de uma profissão. Por isso, prescindem de
comprovação de nexo de causalidade com o trabalho, porquanto há uma relação de sua
tipicidade, presumindo-se, por lei, que decorrem de determinado trabalho. Tais doenças
são ocasionadas por microtraumas que cotidianamente agridem e vulneram as defesas
orgânicas e que, por efeito cumulativo, terminam por vencê-las, deflagrando o processo
mórbido (MONTEIRO; BERGANI, 2000, p. 15).

A doença ocupacional ou profissional, portanto, é desencadeada pelo exercício do


trabalhador em uma determinada função que esteja diretamente ligada à profissão.

Para simplificar, alguns exemplos de doença ocupacional são: o escrevente que adquiriu
tendinite, o soldador que desenvolveu catarata, o auxiliar de limpeza que sofre com
LER, o trabalhador que levanta peso e sofre com problemas de coluna, entre outros.

2 O que é a doença ocupacional?

A doença de trabalho tem previsão legal no inciso II do artigo 20 da Lei n. 8.213 de 24


de julho de 1991, que a define como enfermidade adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.

Diferentemente da doença profissional, a doença de trabalho não está atrelada à função


desempenhada pelo trabalhador, mas ao local onde o operário é obrigado a trabalhar.

Como exemplo de doença de trabalho, podemos citar: o câncer que acomete


trabalhadores de minas e refinações de níquel, as pessoas que trabalham em contato com
amianto ou em proximidade com algo radioativo, os trabalhadores que sofrem de
doenças pulmonares por estarem em contato constante com muita poeira, névoa,
vapores ou gases nocivos, a surdez provocada por local extremamente ruidoso, entre
outros.

3 Quais tipos de doenças não são considerados doença de trabalho

Existem algumas doenças que não são consideradas doença de trabalho em virtude de
sua natureza, pois se desenvolvem naturalmente. São elas:
1. a) doença degenerativa;
2. b) doença inerente ao grupo etário;
3. c) doença que não produza incapacidade laborativa;
4. d) doença endêmica adquirida por segurado habitante de região e que se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado
pela natureza do trabalho.

As hipóteses acima estão dispostas no artigo 20, parágrafo 1o da Lei n. 8.213/1991, as


quais serão detalhadas a seguir.

3.1 Doença degenerativa

Doenças degenerativas são as que modificam o comportamento da célula, causando uma


gradual lesão do tecido de caráter irreversível e evolutivo. Essas doenças são cada vez
mais comuns e são assim conhecidas porque causam a degeneração progressiva do
organismo como um todo. Provocam a degeneração da estrutura das células e tecidos
afetados e podem envolver todo o organismo: vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão,
órgãos internos, cérebro, entre outros.

As doenças degenerativas são crônicas, não transmissíveis e algumas não têm cura
conhecida. O conhecimento que se tem é de que elas podem se desenvolver devido a
diversos fatores, como tabagismo, excesso de peso corporal, má alimentação, vida
sedentária, predisposição genética e alcoolismo.

Alguns exemplos de doença degenerativa são: câncer, diabetes, esclerose múltipla,


osteoartrose, osteoporose, degeneração dos discos vertebrais, hipertensão arterial, Mal
de Alzheimer, Mal de Parkinson, Coreia de Huntington, entre outras.

3.2 Doença inerente ao grupo etário

As doenças ligadas ao grupo etário têm necessariamente a idade como fato gerador da
enfermidade. Sua causa não decorre das atividades exercidas, e sim da própria idade.
Como exemplos dessa doença, podemos citar a presbiacusia (que é a perda da acuidade
auditiva iniciada a partir dos 30 anos, resultante da degenerescência das células
sensoriais), a catarata, doenças reumáticas, Alzheimer, entre outras.
3.3 Doença que não produz incapacidade laborativa

Também são consideradas doenças de trabalho as enfermidades que não ensejam a


perda da capacidade laboral, como simples queda ou até mesmo um pequeno corte.

3.4 Doença endêmica

Adquirida por segurado habitante de região e que se desenvolva, salvo comprovação de


que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

4 Concausa

A concausa é outra espécie de acidente de trabalho, estando sua teoria estabelecida no


inciso I do artigo 21 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 21 — Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos desta Lei:

I — o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzindo lesão que exija atenção médica para a sua recuperação […].

Assim, a concausa é definida como outra causa que se junta à principal, concorrendo
com o resultado, ou seja, ela não dá origem à enfermidade, mas acaba fazendo com que
esta se agrave.

O acidente de trabalho pode ocorrer em virtude de vários motivos diferentes, no entanto,


a atividade laborativa desenvolvida pelo trabalhador está sempre presente. Os fatores
que caracterizam a concausa podem ocorrer em virtude de acontecimentos anteriores,
simultâneos ou posteriores ao evento. Diante disso, podemos classificar as concausas
como preexistentes, concomitantes e supervenientes. No entanto, essa classificação tem
finalidade apenas didática, pois, na prática, é desconsiderada.

Constituem as concausas preexistentes os fatores que preexistem ao acidente,


contribuindo, juntamente com o fator laboral, decisivamente para a ocorrência do
evento que causa incapacidade do indivíduo.
Também conhecidas como anteriores, prévias ou predisponentes, são as causas que não
apresentam vinculação direta com o trabalho, mas que, quando a ele associadas,
determinam a ocorrência do acidente, ocasionando a morte ou produzindo lesão
corporal ou perturbação funcional no trabalhador, que apresenta uma predisposição
latente para o acometimento do infortúnio. Assim, a atividade laborativa, isoladamente,
é incapaz de resultar na lesão, mas, diante das condições pessoais do empregado, o
acidente torna-se realidade (BRANDÃO, 2006, p. 170–171).

Esse tipo de concausa pode ser verificado quando o trabalhador já era portador de
alguma moléstia quando iniciou suas atividades para o empregador, mas, diante de
situações específicas decorrentes do ambiente de trabalho, há o aparecimento de
sintomas ou o agravamento da doença, que pode resultar na redução da capacidade
laborativa do trabalhador ou até mesmo em sua morte.

Assim, se um trabalhador portador de grave hipertensão arterial que atua em fundição,


próximo aos fornos, em trabalho pesado e sujeito a altas temperaturas, morre em função
de sua patologia, ou se um empregado hemofílico sofre, em serviço, um ferimento no
braço que, para outro trabalhador sadio, não teria maiores consequências, e morre em
decorrência de séria hemorragia, estamos diante de hipóteses de concausas preexistentes
(BRANDÃO, 2006, p. 170–171).

A concausa concomitante ocorre ao mesmo tempo que o acidente de trabalho. Como


exemplo dessa modalidade, podemos citar o indivíduo que sofre infarto durante um
assalto ocorrido nas dependências da empresa, vindo a falecer ou a perder o movimento
de parte do corpo, de modo a incapacitá-lo para o trabalho.

Já a concausa superveniente acontece em momento posterior ao próprio acidente de


trabalho. Relaciona-se a fatos posteriores à sequela, acarretando prejuízo ao acidentado
no período de tratamento ou evolução dos problemas decorrentes do acidente ou da
doença. Podemos citar como exemplos as intervenções cirúrgicas mal feitas, as altas
médicas ocorridas de forma precipitada e indevida, as infecções hospitalares, a falta de
medicamentos adequados, a deficiência de acompanhamento médico em período de
recuperação do evento, ou seja, todas as circunstâncias que contribuem para o
agravamento do dano, para a piora das condições de saúde do trabalhador, de forma a
complicar o quadro clínico ou representar perigo de vida para o acidentado (COSTA,
2007, p. 85).

5 Medidas a serem adotadas após sofrer um acidente de trabalho

Após sofrer um acidente de trabalho, algumas medidas tornam-se necessárias para que o
acidentado possa garantir seus direitos: a) logo após a ocorrência do acidente e tendo
condições físicas, deve-se comunicar imediatamente o superior hierárquico ou pedir que
alguém o faça em seu nome; b) procurar por socorro médico o mais rápido possível, e
solicitar um atestado descrevendo quais foram os danos sofridos; c) ir até a empresa ou
pedir que alguém vá para que seja providenciada a abertura do Comunicado de Acidente
de Trabalho (CAT). É importante destacar que, independentemente de ser o próprio
acidentado ou terceiro a comparecer à empresa, é imprescindível a apresentação do
atestado médico para que o CAT possa ser lavrado adequadamente.

O CAT é uma peça de suma importância para o trabalhador, pois é capaz de provar que
o obreiro sofreu um acidente de trabalho, servindo como prova para requerimento de
benefícios previdenciários e para obrigar que a empresa indenize o empregado pela
perda ou redução da capacidade laborativa.

Existe uma situação peculiar em relação ao acidente de trabalho que diz respeito ao
momento em que o empregado está indo ou voltando do ambiente laboral. Nesses casos,
o empregado primeiramente deve buscar atendimento médico e sempre pedir um
atestado médico na hipótese de ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu). Se for atendido por outra unidade semelhante, como Bombeiros ou
Polícia Militar, deverá pedir uma Cópia do Boletim de Atendimento, bem como uma
cópia do Boletim de Ocorrência, caso este último tenha sido lavrado.

Após se recuperar do acidente, o empregado deve providenciar a elaboração do CAT


junto à empresa, levando os documentos necessários para a comprovação do acidente,
quais sejam: atestado médico, boletim de atendimento (se houver), boletim de
ocorrência (se houver).
6 Estabilidade provisória do empregado

O acidente do trabalho repercute e gera efeitos no contrato de trabalho entre empregado


e empregador, o que deixa clara a importância de descobrir a origem do acidente ou da
doença sofrida pelo empregado, bem como a importância que representa para o
empregador ver-se eximido dessa responsabilidade.

Os principais efeitos derivados na relação empregatícia decorrentes de um acidente


laboral correspondem à suspensão do contrato de trabalho e ao reconhecimento da
estabilidade provisória do empregado.

A estabilidade provisória decorrente da doença profissional é uma garantia que assegura


a manutenção do contrato de trabalho, independentemente da vontade do empregador.
Ela pode ser aplicada para trabalhadores que se encontram em determinadas situações
de caráter especial e em decorrência de autorização de lei. Quando o funcionário está
abrangido pela proteção ao emprego, o empregador fica impedido de dispensá-lo, salvo
em caso de justo motivo.

O artigo 118 da Lei n. 8.213/1991 dispõe que:

Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de
doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

Conforme inteligência do artigo citado, o trabalhador vítima de acidente de trabalho


goza de estabilidade pelo período de 12 meses após a concessão do auxílio acidentário,
independentemente da percepção do benefício acidentário concedido pelo INSS.. Dessa
maneira, não pode ser dispensado de forma arbitrária ou sem justa causa.

Essa proteção busca possibilitar que o empregado se readapte e se reinsira no mercado


de trabalho, sendo que sua obtenção ocorre no 16o dia de afastamento, quando o
trabalhador passa a receber o benefício de auxílio-doença da previdência, tendo seu
contrato de trabalho suspenso.

Tais medidas têm como objetivo assegurar a proteção ao emprego em razão da doença
ou acidente de trabalho.
Nesse sentido já manifestou o Tribunal Superior do Trabalho:

RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. São pressupostos


para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção
do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que
guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego . Extrai-se do acórdão
regional ter sido constatada, pelo perito do juízo, doença profissional que guarda relação de
causalidade com a execução do contrato de emprego. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST — RR: 328007720075020027, Relator: Augusto César Leite de Carvalho, Data de
Julgamento: 27/05/2015, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/05/2015)

Por fim, é importante destacar que, caso o empregado seja dispensado durante o período
de estabilidade provisória sem justa causa, terá direito de pedir judicialmente que seja
reintegrado ou até mesmo receber uma indenização pelo tempo em que estaria
resguardado pela estabilidade.

7 Do dano moral

O artigo 7o, XXVIII da Constituição Federal garante ao trabalhador a indenização por


doença ocupacional, uma vez demonstrado o nexo causal entre a atividade profissional
desenvolvida pelo trabalhador na empresa e a doença adquirida.

Dessa forma, é indispensável que a moléstia tenha origem exclusiva nas atividades
desempenhadas na empresa para que se estabeleça uma relação de culpa ou mesmo dolo
na conduta ilícita comissiva ou omissiva do empregador a justificar o pagamento da
indenização por dano moral.

A indenização moral objetiva minimizar a dor sentida pela vítima, compensando-a pelo
sofrimento.

Quanto ao valor a ser pago a título de indenização por danos morais, este pauta-se nas
regras, nas peculiaridades de cada caso concreto em relação a cada ofensor e ofendido.

Os nossos tribunais mantêm o entendimento de que essa indenização possui caráter


muito mais disciplinar do que reparatório, uma vez que o sofrimento pessoal da vítima
não pode ser medido e muito menos reparado.
Assim, seguem algumas jurisprudências exemplificativas sobre o tema:

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. DOENÇA OCUPACIONAL.


DORT/TENOSSINOVITE. INDENIZAÇÃO DEFERIDA EM R$ 87. 805,20. MAJORAÇÃO DO VALOR
DA CONDENAÇÃO. Recurso de revista que não merece admissibilidade porque não restou
configurada, nos termos do artigo 896, alíneas a e c, da CLT, a alegada ofensa aos artigos 5º,
incisos V e X, 6º, 7º, incisos XXII e XXVIII, da Constituição Federal, 72, 225 e 818 da CLT, 145,
333, inciso I, 426, inciso II, e 427 do CPC , 159 e 1.539 do Código Civil, 19,20 e 21 da Lei nº
8.213/91, tampouco divergência jurisprudencial, pelo que, não infirmados os fundamentos do
despacho denegatório do recurso de revista, mantém-se a decisão agravada por seus próprios
fundamentos. Ressalta-se que, conforme entendimento pacificado da Suprema Corte (MS-27.
350/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04/06/2008), não configura negativa de prestação
jurisdicional ou inexistência de motivação a decisão do Juízo ad quem pela qual se adotam,
como razões de decidir, os próprios fundamentos constantes da decisão da instância recorrida
(motivação per relationem), uma vez que atendida a exigência constitucional e legal da
motivação das decisões emanadas do Poder Judiciário. Agravo de instrumento desprovido.
(TST — AIRR: 351403420045030071 35140–34.2004.5.03.0071, Relator: José Roberto Freire
Pimenta, Data de Julgamento: 19/09/2012, 2ª Turma)

RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DOENÇA OCUPACIONAL. HÉRNIA


DE DISCO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. MAJORAÇÃO VALOR ARBITRADO. Deve ser
mantida a v. decisão regional que reduziu o valor arbitrado a título de indenização por danos
morais de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para R$ 37.730,50 (trinta e sete mil e
setecentos e trinta reais e cinquenta centavos), equivalente a 50 vezes a remuneração para fins
rescisórios, pois observou os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, tendo levado
em conta na fixação do valor a finalidade compensatória e pedagógica da indenização por
danos morais, e a vedação do enriquecimento ilícito da vítima, a idade e a capacidade de
recuperação do reclamante. Recurso de revista não conhecido. MULTA DO ART. 475-J DO CPC.
INCOMPATIBILIDADE COM O PROCESSO DO TRABALHO. REGRA PRÓPRIA COM PRAZO
REDUZIDO. MEDIDA COERCITIVA NO PROCESSO TRABALHO DIFERENCIADA DO PROCESSO
CIVIL. O art. 475-J do CPC determina que o devedor que, no prazo de quinze dias, não tiver
efetuado o pagamento da dívida, tenha acrescido multa de 10% sobre o valor da execução e, a
requerimento do credor, mandado de penhora e avaliação. A aplicação de norma processual
extravagante, no processo do trabalho, está subordinada à omissão no texto da Consolidação.
Nos incidentes da execução o art. 889 da CLT remete à Lei dos Executivos Fiscais como fonte
subsidiária. Persistindo a omissão, tem-se o processo civil como fonte subsidiária por
excelência, como preceitua o art. 769 da CLT. Não há omissão no art. 880 da CLT a autorizar a
aplicação subsidiária do direito processual comum. Nesse sentido firmou-se a jurisprudência da
c. SDI no julgamento dos leading cases E-RR — 38300–47.2005.5.01.0052 (Relator Ministro
Brito Pereira) e E-RR — 1568700–64.2006.5.09.0002 (Relator Ministro Aloysio Corrêa da Veiga),
julgados em 29/06/2010. Recurso de revista não conhecido. (TST — RR: 421003820095060009
42100–38.2009.5.06.0009, Relator: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: 01/06/2011,
6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/06/2011)

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DOENÇA OCUPACIONAL. MAJORAÇÃO DO VALOR.


Considerando que a indenização perseguida possui caráter muito mais disciplinar do que
reparatório, eis que o sofrimento pessoal não pode ser mensurado nem verdadeiramente
reparado, o que mais importa na fixação do valor da indenização é que este se traduza em uma
repreensão que leve a demandada a se precaver, a fim de evitar a prática de novos fatos
geradores de dano. À vista disso, dá-se provimento ao apelo obreiro, para majorar a reparação
para R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), valor este que se encontra em consonância com a
natureza do dano, a capacidade econômica da recorrida, o caráter pedagógico da medida e o
princípio do não enriquecimento sem causa (artigos 186 e 927, caput, do Código Civil, e o
artigo 5º, inciso X, da CF/88). (TRT-2 — RO: 00006793620125020442 SP
00006793620125020442 A28, Relator: SERGIO ROBERTO RODRIGUES, Data de Julgamento:
18/11/2014, 11ª TURMA, Data de Publicação: 27/11/2014)

Portanto, fica claro que a indenização por dano moral tem como objetivo coibir que as
empresas exponham seus funcionários ao risco de sofrerem lesões e acidentes graves no
ambiente de trabalho.

8. Conclusão

Pela observação dos aspectos analisados, entende-se que a doença profissional ou


ocupacional é decorrente do exercício da profissão, enquanto a doença de trabalho é
desenvolvida em virtude do ambiente de trabalho. Ambas podem ser agravadas em
decorrência do cumprimento do contrato de trabalho, dando origem à concausa.

Cabe ainda mencionar que os custos da doença ocupacional são muito altos para o
empregado, podendo gerar graves danos a sua saúde e até resultar em sua morte.
Desse modo, sempre que houver um acidente de trabalho, o empregado deve se
preocupar com sua saúde e integridade física, mas também lembrar-se de cientificar a
empresa sobre o incidente, para que possa ser lavrado o CAT a fim de garantir seus
direitos no futuro.

Além disso, o trabalhador que sofre acidente de trabalho após o 16o dia adquire
estabilidade provisória, no entanto, é importante lembrar que existem algumas doenças
que não são consideradas acidente de trabalho.

Por fim, os pedidos de indenização decorrente de doença ocupacional aumentam a cada


ano; em virtude desse cenário jurídico, este artigo teve a finalidade de esclarecer o
trabalhador sobre seus direitos e garantias decorrentes de doença profissional.

Referências

BRANDÃO, Cláudio. Acidente do Trabalho e Responsabilidade Civil do


Empregador. ed. São Paulo: LTr, 2009.

BRASIL. Presidência da República. Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre


os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213compilado.htm>. Acesso em: 18 maio
2016.

COSTA, Hertz Jacinto. Manual de Acidente do Trabalho. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2007.

MONTEIRO, Antônio Lopes; BERTAGNI, Roberto Fleury de Souza. Acidentes do


Trabalho e Doenças Ocupacionais: conceito, processos de conhecimento e execução e
suas questões polêmicas. 2. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 2000.

DOENÇAS OCUPACIONAIS (LABORAIS)

As doenças ocupacionais mais comuns são:

Asma Ocupacional é a obstrução das vias aéreas causada pela inalação de substâncias
que causam alergia, como poeiras de algodão, linho, borracha, couro, madeira, etc. O
quadro é o de asma brônquica, e os pacientes queixam-se de falta de ar, aperto no peito,
chieira no peito e tosse, acompanhados de espirros e lacrimejamento, surgido da
exposição às poeiras e vapores. É de caráter reversível; os sintomas podem aparecer no
local da exposição ou após algumas horas. Desaparecem, na maioria dos casos, nos
finais de semana ou em períodos de férias ou afastamentos.

PAIR – sigla referente a Perda Auditiva Induzida por Ruído. É a diminuição auditiva
decorrente da exposição frequente a níveis elevados de ruído. Além da perda auditiva,
há o desenvolvimento de ansiedade, irritabilidade, aumento da pressão arterial e
isolamento. Tais fatores comprometem as relações do indivíduo na família, no trabalho
e na sociedade.

Os agrotóxicos, por provocarem grandes danos à saúde humana e ao meio ambiente


devem ter seu uso desestimulado. São conhecidos por diversos nomes: praguicidas,
pesticidas, defensivos agrícolas, venenos, etc.

LER/DORT – são duas siglas que correspondem a Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio
Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. Tais doenças são decorrentes das relações e da
organização do trabalho, em casos onde as atividades são realizadas com movimentos
repetitivos, com posturas prolongadas, trabalho muscular parado, sobrecarga mental, ritmo
intenso de trabalho, pressão por produção, relações conflituosas e estímulo à competitividade.
Atinge homens e mulheres em plena fase produtiva, inclusive adolescentes, podendo evoluir
para incapacidade parcial ou permanente, como a aposentadoria por invalidez. Os sintomas
são dor crônica, sensação de formigamento, dormência e fadiga muscular, devido a alterações
dos tendões, musculatura e nervos periféricos.

Conheça as principais doenças


ocupacionais e suas causas
Qualidade de vida no trabalho |

O trabalho é o local onde as pessoas passam grande parte do seu dia e, por essa razão,
pode se tornar um dos grandes vilões da saúde dos colaboradores. Se por um lado a
sociedade convive com altos níveis de estresse laboral, por outro, inadequadas
condições físicas para a realização de determinadas atividades ou a falta de
equipamentos de proteção individual, muitas vezes, causam distúrbios orgânicos,
denominados doenças ocupacionais.

Embora a legislação brasileira seja bastante exigente quanto à observância das normas
de saúde e segurança do trabalho, a incidência de doenças ocupacionais na nossa
sociedade ainda é bastante elevada. Isso alarma para a necessidade de serem adotadas
práticas de prevenção e combate aos principais males atentatórios da integridade física e
psíquica dos trabalhadores.

Contudo, mesmo se adotadas todas as precauções devidas, algumas doenças


ocupacionais simplesmente não podem ser evitadas, pois são ínsitas ao exercício
prolongado de determinadas atividades. Mas, afinal, o que são exatamente essas
doenças? Continue a leitura e descubra!

O que são doenças ocupacionais?

Doenças ocupacionais são aquelas associadas ao ofício do trabalhador e às condições


de trabalho nas quais ele está inserido. Este também é um termo genérico, utilizado para
designar as doenças profissionais e as doenças do trabalho. Embora pareçam termos
sinônimos, a Lei 8.213/91 as diferencia, em razão do agente causador de cada uma
delas.

Diferença entre doença profissional e doença do


trabalho

Doença profissional é aquela produzida ou desencadeada em razão da realização de


trabalho específico a uma determinada atividade, e que conste na lista elaborada pelo
Ministério da Previdência Social. Já a doença do trabalho não é específica de uma
determinada função ou profissão, mas tem origem (ainda que não exclusivamente) nas
atividades desenvolvidas pelo sujeito, relacionando-se diretamente com as suas funções
e originando-se em razão de condições peculiares em que o trabalho é desenvolvido.
Segundo a Lei 8.213/91, as doenças ocupacionais são equiparadas ao acidente de
trabalho para fins previdenciários e fiscais.

Principais doenças ocupacionais

A seguir, vamos abordar algumas das principais doenças ocupacionais, suas causas e a
forma de prevenir-se de cada uma delas. Confira!

LER – Lesão por Esforço Repetitivo

Ao falar de doenças ocupacionais, talvez, a primeira delas que venha à mente seja a
LER. Causada pelo exercício prolongado e repetitivo de determinado movimento, ela
reduz gradativa e significativamente a capacidade do indivíduo para o trabalho,
podendo levar à aposentadoria por invalidez.

Na classificação das doenças ocupacionais, ela está inserida no grupo das chamadas
doenças do trabalho, pois, embora se relacione diretamente com a função desenvolvida
pelo colaborador, não é ínsita à determinada profissão, mas pode ser desenvolvida por
qualquer pessoa, em qualquer ramo, mesmo que não seja empregado.

Em razão de sua lenta progressão, muitas vezes, ela passa despercebida, só sendo notada
quando em estágio avançado. Para prevenir-se, o ideal é fazer pausas para descanso
durante a atividade e praticar a chamada ginástica laboral.

Asma Ocupacional

Causada pela inalação de agentes tóxicos que causam alergia, a asma se caracteriza pela
obstrução das vias respiratórias do trabalhador por poeiras de substâncias como
algodão, borracha, linho, madeira, etc. É a doença respiratória mais comum relacionada
ao trabalho.

A sua prevenção depende, em grande medida, da utilização de adequados


equipamentos de proteção individual. A eficácia do tratamento, quando a patologia já
está instalada, depende do afastamento do trabalhador dos agentes causadores da
obstrução de suas vias áreas.
Dermatose ocupacional

É uma doença do trabalho, que se caracteriza por alterações na pele e na mucosa do


trabalhador, em razão da sua exposição a determinados agentes nocivos durante o
desempenho de suas atividades laborais, como a graxa ou óleo mecânico, por exemplo.
O termo engloba os seguintes males: dermatite de contato, ulcerações, infecções e
cânceres.

A sua prevenção depende da utilização contínua de EPI — Equipamento de Proteção


Individual —, e o tratamento reclama o afastamento do trabalhador de suas funções
habituais e do contato com os agentes nocivos.

Surdez temporária ou definitiva

Caracterizada pela perda da sensibilidade auditiva em razão da intensa e prolongada


exposição a ruídos. É uma doença do trabalho, pois, embora possa se relacionar
diretamente com o exercício da atividade profissional, não é típica de uma função
específica, mas pode ser desencadeada por qualquer pessoa submetida às mesmas
condições, independentemente de sua ocupação laboral.

Como a maioria das doenças ocupacionais, pode ser eficazmente evitada se utilizados
equipamentos de proteção individual, como protetores auriculares. É comum entre os
operários da construção civil e trabalhadores de salão de beleza, expostos diariamente a
ruídos exaustivos. Se em estágio avançado, a surdez pode se tornar irreversível.

Antracose Pulmonar

Doença do trabalho, incidente em trabalhadores das carvoarias, submetidos à inalação


contínua de agentes causadores de lesões pulmonares. Embora seja comum nesse
segmento profissional, ela não é exclusiva dessa categoria de trabalhadores, podendo
ocorrer em qualquer pessoa moradora de grandes centros urbanos. O tratamento exige o
afastamento do trabalhador do agente patógeno.
DORT – Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho

Inserido, muitas vezes, na mesma categoria das LER, os DORT são caracterizados pela
contínua postura inadequada, causando dor crônica que, se não tratada, tem a
tendência de se agravar ao longo do tempo, causando a invalidez do trabalhador.

O DORT, diferentemente da LER (que pode ocorrer em qualquer atividade, mesmo não
relacionada ao trabalho), só pode ocorrer no ambiente de trabalho, sendo caracterizado
pelas condições inadequadas em que a função laboral é realizada.

Para combatê-lo, uma excelente dica é a prática de atividade física, promovendo o


fortalecimento dos músculos e o cuidado com a postura. Assim, as chances de sofrer
desse mal tornam-se muito menores, e os riscos podem ser eficazmente controlados.

Como vimos, além de atender à legislação sobre medicina e segurança do trabalho,


cuidar da saúde dos colaboradores é uma conduta que traz ganhos para ambos os
sujeitos da relação trabalhista: tanto empregados quanto empregadores. Para os
colaboradores, a sua integridade física e psíquica reflete no seu bem-estar e na sua
capacidade para o trabalho, o que, além de beneficiá-lo, também trará ganhos para a
empresa. Sentir-se bem-disposto vai influir na produtividade do profissional e combater
o absenteísmo no trabalho.

Por isso, além de ser medida humanitária, o zelo pelas ideais condições em que o
trabalho é desenvolvido também é uma estratégia para as empresas que pretendem
elevar seus resultados comerciais e reduzir custos.

A incidência de doenças ocupacionais, além de elevar a carga tributária da


organização, ainda promove gastos com franquias de plano de saúde, indenizações e
com o pagamento de salários e demais consectários, mesmo nos períodos de
afastamento do trabalhador.

Dessa forma, a empresa deve estar sempre atenta à qualidade do ambiente de


trabalho, quer seja para evitar a ocorrência das doenças ocupacionais ou para otimizar a
produtividade do seu corpo funcional e os resultados da própria organização.
Doenças Ocupacionais: quais são e como
preveni-las?
18 de setembro de 2017/em Artigos /

As doenças ocupacionais – ou profissionais – são as complicações desencadeadas pelos


exercícios do trabalhador em uma determinada função que esteja diretamente ligada à
profissão. Elas são responsáveis pelo afastamento de milhares de trabalhadores de suas
funções. Só em 2014, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social registrou
251,5 mil afastamentos, todas por ordens médicas. A dorsalgia, popularmente conhecida
como dor nas costas, é uma das doenças ocupacionais que mais afasta trabalhadores no
Brasil. Só em 2016, 116 mil pessoas tiveram que se ausentar, no mínimo, por 15 dias
por conta desse problema.

Atualmente, um profissional que desenvolve uma doença ocupacional tem, dentro da


lei, os mesmos direitos do que os envolvidos em acidentes de trabalho. Trabalhadores e
empresas devem ficar de olhos abertos para essa situação e saber como podem evitar
esse tipo de doença. Sinais de desconforto físico ou mental podem ser indicio de alguma
das doenças ocupacionais.

A maioria delas não é reconhecida pelas empresas, mas sim pela perícia médica do
INSS, ou seja, são registros sem emissão da CAT, documento utilizado para reconhecer
tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, quanto as doenças ocupacionais. Ainda há
uma dificuldade em reconhecer a ligação da doença com trabalho, diferentemente dos
acidentes, onde a lesão fica evidente. O diagnóstico é mais subjetivo, pois é preciso ter a
certeza que foi o exercício da função profissional a causa da doença ocupacional.

Aqui estão as principais doenças ocupacionais, suas causas e a melhor maneira de


preveni-las:

Ler/Dort – Lesões por esforços repetitivo/Distúrbios Osteo musculares Relacionados ao


Trabalho (tendinites, tenossinovites e lesões de ombro).

Principais causas:

– movimentos repetitivos

– posturas inadequadas

– pressão psicológica

Prevenção:

– adequação do mobiliário, redução da necessidade do número de repetições; pausas e


exercícios preparatórios e compensatórios.

– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o que é


esperado de cada profissional.
– programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente de
líquidos.

Dorsalgias (hérnias de disco, “problemas de coluna”)

Principais causas:

– movimentos repetitivos e força com uso do tronco

– levantamento e transportes de pesos

– posturas inadequadas

– Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito


significativos)

Prevenção:

– adequação do mobiliário e equipamentos, fracionamento das cargas e do número de


repetições (redução da velocidade de execução das tarefas).

– pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.

– programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades físicas.

Transtornos mentais (depressão/ansiedade/stress pós-traumático)

Principais causas:

– alta demanda, imprecisão quanto às expectativas

– metas inalcançáveis

– trabalho extremamente monótono

– percepção de trabalho “sem importância”

– violência no trabalho

– situações momentâneas e súbitas de alto nível de estresse

– testemunha constante de sofrimento humano de terceiros (profissionais de saúde,


assistentes sociais)

Prevenção:

– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais; melhora da comunicação,


reconhecimento do valor do trabalho realizado.
– programas de prevenção da violência nas atividades com risco elevado de
assaltos/envolvimento ou repressão de atos violentos.

– programa de apoio e acompanhamento de profissionais vítimas de violência no


trabalho ou submetidos a situações de estresse agudo de alta intensidade.

– e de profissionais que lidam constantemente com o sofrimento humano de terceiros.

Transtornos das articulações

Principais causas:

– posturas inadequadas

– movimentos repetitivos associados a cargas (membros inferiores)

– obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito


significativos)

Prevenção:

– adequação do mobiliário, redução da necessidade de uso da força e do número de


repetições; pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.

– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o que é


esperado de cada um.

– programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente de


líquidos.

Varizes nos membros inferiores

Principais causas:

– trabalho em pé ou sentado com pouca movimentação

– obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito


significativos)

Prevenção:

– análise ergonômica das tarefas para adequação do mobiliário e equipamentos,


permitindo a alternância de posturas e mobilidade no posto de trabalho; exercícios
preparatórios e compensatórios.
– programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades físicas
de intensidade moderada.

Transtornos auditivos (principalmente perda auditiva)

Principais causas:

– exposição a ruídos

– trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner, tolueno, xileno e


similares)

Prevenção:

– proteção coletiva com isolamento das fontes de ruído (medida mais importante).

– uso de protetor auditivo (medida complementar – não deve ser a única proteção).

– ventilação exaustora e/ou isolamento dos processos com uso de solventes.

– uso de máscaras de proteção: protetores respiratórios específicos para produtos


químicos (medida complementar: não deve ser a única proteção).

Significado de Ginástica Laboral


O que é Ginástica Laboral:
Ginástica laboral é uma modalidade de atividade física destinada aos trabalhadores
para que seja praticada no próprio local de trabalho.

A prática desses exercícios é muito benéfica para


os trabalhadores, que dedicam algum tempo para a realização de diferentes movimentos,
elaborados de acordo com a atividade profissional que exercem.

A ginástica laboral é uma ferramenta bastante eficaz na prevenção de doenças


ocupacionais que se incluem nos grupos LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e
DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
As empresas que promovem a prática dessa modalidade também são beneficiadas, na
medida em que os funcionários não faltam tantas vezes ao trabalho por motivos de
doença. A ginástica laboral também fortalece as relações para o desenvolvimento de
trabalhos em equipe e aumenta a produtividade.

Além dos inúmeros benefícios físicos e mentais, as técnicas específicas utilizadas na


ginástica laboral podem ainda contribuir para:

 Aliviar o estresse e as tensões acumuladas, provocadas pelo excesso de trabalho;


 Reeducar a postura corporal, principalmente para trabalhos que exijam
movimentos repetitivos;
 Diminuir o sedentarismo e a fadiga;
 Aumentar o ânimo, melhorar o desempenho no trabalho e a integração no grupo
de trabalho;
 Prevenir lesões nas mãos, ombros, coluna, punhos e as doenças como LER
(Lesões por Esforços Repetitivos).

A ABGL – Associação Brasileira de Ginástica Laboral foi criada no Brasil para integrar
e apoiar os profissionais de Educação Física que trabalham com a ginástica laboral.

Ginástica laboral pode ajudar na


melhora do desempenho da equipe
Por BeeCorp14 de fevereiro de 2017Qualidade de vida no trabalho

58

 0

Você sabia que uma empresa perde muito por não incluir a ginástica laboral na sua
rotina? Por causa de esforços repetitivos ou má postura, o dia a dia de trabalho pode
provocar problemas de saúde nos colaboradores, resultando em baixa produtividade e
trabalhadores insatisfeitos.

Para evitar esses problemas e melhorar o desempenho da equipe, há uma eficaz


alternativa: a ginástica laboral. Então, vamos conhecê-la e ver como ela pode afetar
positivamente o dia a dia do colaborador dentro da empresa? Acompanhe com a gente!

Importância da ginástica laboral


Para que você perceba a importância da ginástica laboral, vamos imaginar o seguinte
cenário: um colaborador sentado em frente ao computador por um período de 8 horas.
De repente ele começa a sentir uma dor nas costas, mexe para um lado, para o outro.
Ele tenta se concentrar e continuar sua tarefa, pois precisa entregá-la logo. A dor
persiste, ele se desconcentra, se irrita, perde ritmo, perde a linha de raciocínio e fica
frustrado. O expediente acaba e ele vai embora para a casa fadigado.

Ainda com dor ele não consegue dormir bem. No outro dia ele volta para o escritório,
cansado, ainda com dor, desanimado e o processo recomeça. Agora imagine isso em
uma escala maior, com mais frequência, qual seria o resultado?

Provavelmente você deve estar pensando que em breve esse colaborador faltará, seja
para procurar ajuda médica e fazer um tratamento, seja para apenas repousar. A essa
altura, o trabalhador já está insatisfeito, já teve um decréscimo em sua produtividade e
isso finalmente resultará em seu afastamento.

Agora imagine se toda a sua equipe começar a sentir desconfortos, dores e incômodos.
Já que, de alguma forma todos estão no mesmo ambiente de trabalho e expostos aos
mesmos riscos ergonômicos.

Essas circunstâncias seriam desastrosas e muito prejudiciais ao desempenho geral dos


colaboradores e consequentemente resultaria em prejuízos a empresa. E por mais que as
situações apresentadas sejam hipotéticas, elas acontecem com frequência em
corporações de todo o mundo.

Além disso, sua empresa tem uma responsabilidade para com aquele funcionário que se
dedicou bastante para o desenvolvimento dos seus negócios. A saúde ocupacional é um
importante aspecto da gestão no novo milênio.

História
Ao contrário do que muitos pensam, o conceito é antigo. Ele surgiu na Polônia, em
1935, com o nome de “Ginástica de Pausa”. Somente na década de 60, a ginástica
laboral conquista o mundo, principalmente na Europa e no Japão. Na terra do sol
nascente, a ginástica laboral compensatória (GLC) se torna obrigatória para escritórios.

Já no nosso país, a primeira ideia veio da escola de educação FEEVALE, que criou um
projeto de GLC e recreação. Desde então, a ginástica tem se difundido bastante,
principalmente após as contribuições do americano Keneth Cooper, que utilizou um
formato mais adequado para a nossa realidade empresarial.

Conceito
A palavra laboral vem de labor, que significa trabalho. Portanto, esse tipo de ginástica é
realizado no ambiente de trabalho. Podemos defini-la como um programa de
recuperação e manutenção da qualidade de vida e de promoção do lazer, planejada e
aplicada no ambiente de trabalho.

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Ginástica preparatória

Os exercícios podem ser realizados no início da jornada, com duração de 10 a 20


minutos. O objetivo principal é preparar o funcionário para sua tarefa, aquecendo os
grupos musculares que serão solicitados nas suas tarefas e despertando-os para que se
sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho.

Essa fase da ginástica laboral, chama-se preparatória e aumenta a circulação sanguínea a


nível muscular para ativar o corpo, oxigenar a musculatura, despertar a mente e
aumentar a disposição e capacidade de concentração. Os exercícios podem ser
realizados também durante o expediente.

Ginástica compensatória

Já essa fase é chamada de compensatória e também tem duração de 10 a 20 minutos,


interrompendo a monotonia operacional, aproveitando pausas para executar exercícios
específicos de compensação aos esforços repetitivos e às posturas inadequadas nos
postos operacionais.

Ginástica de relaxamento

E no fim do expediente ocorre a ginástica com foco no relaxamento de mesma duração


das anteriores. Os exercícios de alongamento realizados neste momento têm o objetivo
de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de
ácido lático e prevenindo as possíveis instalações de lesões.

Profissionais de Educação Física e Fisioterapia, especializados nesse tipo de exercício,


conduzem as práticas que podem ser feitas dentro do escritório, na estação de trabalho
de cada colaborador.

Os instrutores buscam adaptar os exercícios a cada tipo de público e ambiente,


atentando-se às atividades que o colaborador desenvolve e como os exercícios podem
ajudar. Os exercícios são simples, baseados em alongamentos e feitos de maneira rápida
para não se tornarem maçantes.

Carolina Oliveira Isaac, especialista e instrutora de ginástica laboral, trabalha como


técnica em uma multinacional com 2.700 funcionários no eixo Rio-São Paulo e explica
que: “a prática da ginástica se dá de uma forma simples, com pausas que podem ser de 7
a 10 minutos e em sessões que podem ser realizadas todos os dias, duas ou até três
vezes na semana”.

Modalidades
Há dois grandes enfoques de exercícios na ginástica laboral: prevenção de lesões ou,
então, correção. Ambas são essenciais no ambiente de trabalho e devem ser
incentivadas:
Ginástica preventiva

Ela busca trabalhar em duas frentes: os exercícios aeróbicos e os anaeróbicos. O


objetivo é melhorar a resistência cardiovascular e respiratória com exercícios que
aumentam a capacidade de transporte de oxigênio e energia pelo corpo.

Além disso, ela queima bastante calorias. Isso ajuda os colaboradores com excesso de
peso a melhorar sua autoestima. A perda de peso é essencial também para diminuir a
resistência periférica à insulina, prevenindo o risco de diabetes mellitus tipo II, agravada
pelo excesso de tecido adiposo.

Ginástica corretiva

Nesse caso, busca-se otimizar a ergonomia do trabalho, contrabalanceando os efeitos


negativos de determinadas atividades. Por exemplo, em trabalhos com muito
carregamento de peso, o músculo bíceps recebe trabalho muito maior do que seu
antagonista, o tríceps.

Com o tempo, o trabalhador pode enfrentar muita dor muscular e, também, problemas
articulares. A ginástica corretiva, nesse caso, buscaria fortalecer o tríceps para
contrabalancear os efeitos da flexão de braço sobre a articulação do cotovelo.

Além disso, outra atividade muito importante é alongar os músculos que se tornaram
encurtados devido a uma rotina de escritório. Os colaboradores passam muito tempo
sentados e inativos, encurtando a sua musculatura dos membros inferiores.

Prevenção de doenças sérias


Cerca de 3,5 milhões de pessoas com mais de 18 anos têm ou já tiveram diagnóstico de
Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho (DORT) no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita em 2014.

A Pesquisa Nacional da Saúde, mostrou que 18,5% da população adulta do Brasil é


acometida por doenças crônicas na coluna, totalizando cerca de 27 milhões de pessoas.

Os problemas localizados na região da lombar são muito comuns e por isso, em 2013,
verificou-se que a incidência de dores nas costas foi o problema que mais afastou
funcionários dos postos de trabalho.

A prática de exercícios no local de trabalho afasta todos esses problemas citados acima
e ainda minimiza o estresse laboral. Segundo a Presidente da Associação Brasileira de
Ginástica Laboral (ABGL), Valquíria Aparecida de Lima, a ginástica laboral em poucos
minutos consegue ativar o corpo e oxigenar melhor a parte muscular. Ela ressalta que “a
parte mais importante é a integração social, obtendo assim o alívio do estresse”.

Múltiplos benefícios
Os benefícios são muitos, mas podemos citar como principal a prevenção de problemas
osteomusculares, como dor nas costas, na lombar, nos pulsos e nos braços.

Além disso, há o fortalecimento muscular que permite que o trabalhador se mantenha


em uma postura adequada. A ginástica laboral minimiza também o estresse e melhora a
integração da equipe. Veja mais alguns benefícios:

Diminui os índices de afastamento médico e gastos com despesas médicas

A atividade física no ambiente de trabalho é capaz de tirar os seus colaboradores de uma


rotina sedentária. Assim, eles melhoram a resistência cardiorrespiratória e muscular, o
que diminui o afastamento por pressão alta e crises diabéticas.

Transforma o ambiente de trabalho

Torna o ambiente de trabalho melhor, mais leve e alegre, elevando a satisfação do


colaborador com o local e com a empresa. Modifica o clima organizacional e
proporciona uma maior interatividade entre os colaboradores.

Aumenta a qualidade de vida no trabalho (QVT)

A prática esportiva libera uma substância chamada endorfina — conhecida como o


neurotransmissor do bem-estar. Ele reduz os níveis de estresse e induz pensamentos
positivos, contribuindo para uma qualidade de vida no trabalho maior.

Atende à norma regulamentadora número 17 (NR-17)

Esta NR, também conhecida como norma da ergonomia, visa melhorar a ergonomia no
trabalho. Como os exercícios laborais são funcionais, eles utilizam como base os
movimentos dos trabalhadores no seu dia a dia. Assim, é possível melhorar a postura e a
capacidade muscular.

Otimiza a rotina dos trabalhadores

Uma vida sedentária tem efeitos cruéis sobre os seres humanos. Com o tempo, o corpo
perde sua resistência muscular de forma que mesmo tarefas simples, como pegar um
arquivo, podem se tornar muito cansativas.

Minimiza a sensação de fadiga e esgotamento ao fim do dia

Muitas pessoas ligam a prática de atividades físicas ao cansaço e as evitam por esse
motivo. Porém, isso acontece só no começo. Depois de um tempo, o efeito é inverso:
seu corpo armazenará cada vez mais energia e o esgotamento raramente surgirá.

Diminui riscos de acidentes de trabalho

A ginástica laboral também tem efeitos importantes na atenção e no sistema


neuromotor. Assim, o exercício diminui os acidentes causados por desequilíbrio,
esforço repetitivo em uma só articulação e concentração de cargas em um único lado do
corpo.

Ajuda a aumentar o foco, a concentração e a disposição

Manter o foco é uma habilidade dependente do seu bem-estar geral. Quando estamos
alegres e dispostos, nos concentramos mais. A endorfina também age significativamente
nesse ponto, pois gera uma sensação de analgesia bem relaxante.

Eleva a produtividade e o desempenho

Todos esses benefícios reunidos são capazes de aumentar a produtividade e


desempenho, pois você sempre terá uma equipe completa e motivada. Além disso, o
exercício combate o principal obstáculo da produtividade, o estresse.

Melhora a imagem da instituição para empregados e sociedade

Vivemos em uma época que os valores politicamente corretos têm muito valor! Então,
uma empresa preocupada com seus funcionários ganha uma vantagem competitiva no
mercado, pois a responsabilidade social é estimada.

Diminui o absenteísmo

Devido à ausência de um colaborador, um projeto pode se arrastar por mais um ou dois


dias, comprometendo a entrega. Colaboradores com boa disposição e bem-estar
garantidos pela ginástica laboral tendem a se afastar menos por condições de saúde,
consequentemente, diminuindo o absenteísmo.

Reduz as taxas de turnover

Outro grande problema do mercado de trabalho é a alta rotatividade de profissionais —


o famoso turnover. Investir no bem-estar corporativo mostra sua estima pelos
funcionários, que vão, assim, pensar duas vezes antes de trocar sua empresa por outra.

Melhorias comprovadas
A especialista Carolina Oliveira Isaac, afirma:

“Comprovadamente, há a melhoria dos níveis de qualidade de vida. Isto é um fator


diferencial entre as empresas na competição por produtividade, qualidade e desempenho
comercial”.

Uma empresa de tecnologia que oferece a ginástica laboral para seus colaboradores
desde 2009 percebeu que a técnica fortalece a autoestima, melhora o processo de
inclusão, favorece as relações interpessoais e, além disso, proporciona uma maior
produtividade por parte do trabalhado, diminuindo o número de queixas e afastamentos
médicos. Um dos colaboradores que praticam a ginástica laboral declarou que:
“Depois você tem mais pique, mais energia e mais cabeça para resolver as coisas do
trabalho. A partir de quando comecei a fazer a ginástica percebi que melhorou meu
ânimo para trabalhar, me tornei uma pessoa mais regular, a qualidade do meu sono
aumentou e isso mudou minha vida já que eu era sedentário”.

Podemos finalizar compreendendo o quanto os exercícios físicos da ginástica laboral


são primordiais para a saúde, ergonomia e conforto do trabalhador. Além disso, a
prática se faz um excelente mecanismo de prevenção de doenças sérias.

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), alerta que a prevenção é o


melhor caminho para erradicar as dores, principalmente por meio de exercícios físicos
de correção postural. Há ainda inúmeros benefícios para a área de gestão de pessoas e
para a empresa como um todo.

E aí, pronto para oferecer todas as maravilhas da ginástica laboral para os seus
colaboradores? Então, conte com a Beecorp! Nós podemos ajudar você a promover as
melhores ações de qualidade de vida e bem-estar para a sua empresa!

4 tipos de Ginástica Laboral para


melhorar seu desempenho no trabalho
Nos dias de hoje os trabalhadores passam cada vez mais tempo dentro do escritório, da
indústria, fábricas ou qualquer outro ambiente em que exerçam suas atividades. Quanto
mais tempo trabalhando, menos tempo livre para dedicar aos cuidados com a saúde. O
profissional que trabalha demais não se cuida e aumenta suas chances de desgaste,
exaustão e contração de doenças. Consequentemente, ele produz menos no seu dia a dia.

Uma forma bastante eficaz de melhorar o desempenho na execução das suas


atividades é separar uma parte do dia, durante o expediente mesmo, para fazer
exercícios físicos de baixíssimo impacto para melhorar seu desempenho e qualidade de
vida. Essa atividade realizada durante o tempo de trabalho é conhecida como Ginástica
Laboral.
A Ginástica Laboral representa um momento de pausa no dia do trabalho, que serve
tanto para aliviar a pressão do corpo como também amenizar um pouco a mente do
stress do dia a dia. São exercícios rápidos, feitos no ambiente de trabalho, e já se
mostraram muito eficientes de acordo com informações da Associação Brasileira de
Ginástica Laboral (ABGL). Segundo a presidente da associação, Valquíria Aparecida de
Lima, a atividade minimiza o stress laboral e aumenta a integração social.

A Ginástica Laboral é dividida em quatro diferentes tipos, um para cada momento


do dia:

 Ginástica Laboral Preparatória.


 Ginástica Laboral Compensatória.
 Ginástica Laboral de Relaxamento.
 Ginástica Laboral Corretiva.

Ginástica Laboral Preparatória


Antes de começar o dia de trabalho, de acessar a lista de tarefas e pesquisar Óculos de
Segurança com Grau para comprar 😉, é importante indicar ao corpo que a rotina
diária está começando. Para isso, é importante separar de 10 a 20 minutos para realizar
exercícios leves, que movimentem os músculos que serão usados no trabalho. São
também conhecidos como exercícios de ativação, pois aquecem os músculos e aceleram
os batimentos cardíacos, produzindo mais energia.

Ginástica Laboral Compensatória


Depois de um tempo passado durante o expediente, o corpo começa a apresentar sinais
de cansaço e é possível que alguma parte comece a incomodar ou doer. Neste momento,
é importante parar por um breve período de 10 a 20 minutos e fazer exercícios de
alongamento para aliviar o stress muscular e até mesmo mental. Essa parada no meio do
dia renova as energias para o restante do expediente.

Ginástica Laboral de Relaxamento


No fim do expediente, a Ginástica Laboral de Relaxamento é ideal para aliviar o
stress do dia todo. É recomendado reservar um período de 10 a 20 minutos para realizar
atividades leves, de alongamento muscular, para indicar ao corpo que o dia terminou e
agora é hora de descansar.

Ginástica Laboral Corretiva


A Ginástica Laboral Corretiva é recomendada para quando o stress muscular já
chegou a um ponto que causa desconforto extremo. São exercícios de alongamento para
as pernas, braços e região lombar. Reserve de 10 a 20 minutos e trabalhe esses grupos
musculares para fazer uma correção postural e aumentar sua resistência muscular.

Os benefícios da Ginástica Laboral


A Ginástica Laboral atende requisitos apresentados na NR 17, que trata exatamente da
ergonomia no ambiente de trabalho, para que o profissional possa realizar suas
atividades de forma segura e confortável. Entre os principais benefícios da Ginástica
Laboral estão:

 Fortalecimento muscular.
 Melhora da função cardiorrespiratória.
 Aumento da disposição.
 Aumento nos níveis de energia.
 Correção postural.

Todos esses benefícios fazem com que o profissional tenha mais energia e disposição
para realizar seu trabalho, diminuindo as chances de precisar faltar por questões de
saúde. Isso aumenta a performance na realização das atividades do dia, deixando o
profissional mais produtivo e com bem-estar maior.

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