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GESTÃO DE LUBRIFICANTES:

APLICAÇÃO DE ETIQUETAS NA MANUTENÇÃO PREVENTIVA. 1

Fillipe Rodrigues Silva. 2


Professor Dr. Ronald Leite Barbosa. 3

RESUMO

Palavra-chave:

1 INTRODUÇÃO

A identificação de lubrificantes com o uso de etiqueta vem a cada dia ganhando


mais espaço no meio industrial para realizar com assertividade as devidas manutenções
preventivas com o uso correto do lubrificante a sua aplicação em circuitos hidráulicos,
caixa de engrenagem, guias e etc... É comum casos de lubrificação fora do tempo previsto
e atrasos, sendo que é necessário um controle assertivo para que não haja desperdício e
manutenções atrasadas que podem acarretar quebra de máquina.
Com apoio das revistas e artigos da empresa Noria4, artigos diversos que tratam da
importância e da correta especificação do lubrificante a ser empregado em maquinas
industriais, será realizada a construção de um sistema de gestão de lubrificantes eficaz

1
- Artigo apresentado para trabalho de conclusão de curso de pôs graduação em Eng. Mecânica,
do IFMG Betim.
2
- Graduando em Eng. Mecânica, formado em tec. Mecânica e Mineração. Atua na função de
Tec. Industrial na instituição de ensino profissionalizante SESI SENAI CETEM Betim. E-mail:
fillipe.silva1@outlook.com.
3
- Professor do IFMG Betim, Doutor em Engenharia Agrícola (UFLA).
4
Líder mundial no fornecimento de serviços de consultoria em lubrificação e treinamento para empresas
grandes e pequenas
que facilitara desde o momento da compra do lubrificante, à sua armazenagem e
utilização.
De acordo com o engenheiro Athouguia5 (2015), no campo da engenharia de
lubrificação é traçado estratégias com objetivo de entregar ações focadas na rotina como
a prática correta de lubrificação, as quais são consideradas básicas como a aplicação do
lubrificante em quantidade correta, tempo correto, forma correta, produto correto. Assim
considera-se o correto da lubrificação.
Como é possível ver na revista Machinery Lubrification En Espanhol (2008),
Trujillo6 (2008, p. 2), comenta a importância da mudança dos sistemas de gerenciamento
empregado pelas empresas Noria e cita: "Não culpe os cantores (trabalhadores) se a
música está mal escrita (sistema) em vez que reescreve a música (melhora o sistema). ”
Trujillo ainda completa sua ideia referenciando como será implementado o padrão
do controle de lubrificantes pela empresa Noria:
Noria decidiu que este sistema é aberto a lubrificação da indústria, de
modo que ele pode ser usado em todo o mundo como uma ferramenta
simples para identificar lubrificantes, sem a necessidade de códigos
especiais ou figuras complicadas. Atualmente, o sistema já está
trabalhando em várias indústrias no mundo com excelentes resultados.
Quanto mais indústrias e fornecedores de lubrificantes aderir ao
sistema, tornam-se gradualmente um padrão internacional que pode ser
útil mais tarde padronizado por qualquer organização. (TRUJILLO,
2008, p. 2).

O trabalho tem o intuito de demostrar a implantação de um sistema eficaz de


gerenciamento de lubrificantes (especificamente os diferentes tipos óleos), onde será
demostrado como poderá ser identificado, utilizado, organizado e armazenado, além de
explicar conceitos a cada questão para o desenvolvimento da gestão de lubrificantes para
resolver o problema de desperdício e contaminação.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Até os dias de hoje, não existe no mundo um sistema de identificação de


lubrificantes padronizado, sendo que cada fabricante utiliza identificações próprias e as

5
Engenheiro Mecânico de Manutenção, Samarco Mineração, Anchieta, ES, Brasil. Contribuição técnica
ao 70º Congresso Anual da ABM – Internacional e ao 15º ENEMET – Encontro Nacional de Estudantes de
Engenharia Metalúrgica, de Materiais e de Minas, parte integrante da ABM Week, realizada de 17 a 21 de
agosto de 2015, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
6
Director General de Noria Latín América - Presidente de AMGA - Presidente de COPIMAN.
empresas consumidoras para facilitar a identificação dos lubrificantes adquiridos cria seus
próprios padrões de etiqueta para facilitar a identificação do lubrificante correto, tomando
como referência algumas normas DIN7, ISO8, AGMA9, ASTM10, ABNT11, etc... É
importante que no meio industrial exista um sistema único e padronizado para
assertividade completa do processo de manutenção e compreensão profissional.
Para entender melhor a proposta de gestão de lubrificante primeiramente
precisamos entender o que é, como é classificado, identificado, armazenado e etc... De
acordo com Trujillo (2008, p. 2), um pequeno erro na execução da tarefa de lubrificação,
identificação do lubrificante, com a quantidade ou frequência exata, pode destruir a sua
integridade e resultar em perda de confiabilidade da máquina e até mesmo no chão de
fábrica.

2.1 O que é lubrificação?

Com base na apostila de treinamento de Lubrificado Industrial Ipiranga (2012, p.1


– 2), descreve que o ato de lubrificar serve basicamente para reduzir o atrito entre duas
peças em contato. A registro que o homem realizava lubrificação a mais de mil anos a.C,
utilizava de sebo de boi para lubrificar as juntas e mancais de carroças. É difícil falar de
lubrificação sem fala em petróleo, que é a base da maior parte dos lubrificantes
produzidos e utilizados hoje em dia. A origem da palavra petróleo vem do latim petra (
pedra) + oleum (óleo).
A necessidade da realização da lubrificação é fundamentalmente para minimizar o
atrito, sendo que consiste na interposição de uma substancia fluida entre duas superfícies,
evitando assim, o contato direto entre dois sólidos, produzindo atrito fluido que é menor
que o atrito entre dois corpos sólidos. Simplificando, lubrificação é diminuição do

7
O sigla DIN, refere-se à Deutsches Institut für Normung ou Instituto Alemão para Normatização, instituto
que regulamenta as normas de padronização na Alemanha, equivalente a ABNT no brasil. Quando falamos
em norma DIN geralmente estamos nos referindo ao conjunto de padronizações e normatizações utilizadas
na Alemanha.
8
ISO é a sigla de International Organization for Standardization, ou Organização Internacional para
Padronização, em português. A ISO é uma entidade de padronização e normatização, e foi criada em
Genebra, na Suiça, em 1947.
9
Sigla em inglês para American Gear Manufacturers Association ou Associação Americana dos
Fabricantes de Engrenagens.
10
Siglas em inglês para American Society of Testing Materials, que significa, Associação Americana de
Ensaios de Materiais. Esta associação localizada nos Estados Unidos se encarga de provar a resistência de
materiais para construção de bens.
11
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
consumo de energia mecânica. Sendo que, reduzira o esforço mecânico, atrito, desgaste
e etc.
Dentre as áreas que são utilizados os lubrificantes, podemos citar:
a) AUTOMOTIVA (carros, ônibus, caminhões);
b) MARÌTIMA (navios);
c) FERROVIA (locomotivas);
d) AGRÌCOLAS (tratores, colheitadeiras);
e) INDÙSTRIA EM GERAL (metalúrgica, usina, mineração, etc.).
De modo geral podemos citar 4 tipos de lubrificantes:
a) Lubrificantes oleosos, líquidos e fluidos lubro-refrigerantes (emulsões);
b) Lubrificantes graxos;
c) Lubrificante pastoso;
d) Lubrificante seco (pó ou verniz).

Sendo que vamos focar principalmente para o desenvolvimento desse trabalho na


gestão de lubrificantes oleosos e no setor que é amplamente utilizado, lubrificação
industrial.

2.2 Óleo Lubrificantes Industriais

O óleo lubrificante pode ser formulado somente com óleos básicos (óleo mineral
puro) ou agregados e aditivos. Inicialmente a lubrificação era feita com óleo mineral puro
até a descoberta do aditivo que passou a ser utilizado em todas linhas de demanda. O
aditivo é utilizado na formulação do óleo lubrificante, sendo que seu tratamento
percentual recomendado pelos supridores de aditivos pode variar em média de 0,25 a 28%
em volume. O óleo básico, por ser um dos principais componentes do lubrificante,
apresenta elevado índice de influência no desempenho.
Podemos agrupar as características do óleo cru através das estruturas e
propriedades. Assim sendo encontramos os tipos saturados com cadeias lineares,
ramificadas, cíclicas e as aromáticas. Os óleos básicos do tipo saturado com cadeias
lineares ou ramificadas são denominados parafínicos. Os de cadeias cíclicas são
chamados naftênicos.
Tabela 1: Óleos básicos obtidos do petróleo.

Tipo Ligação Algumasa plicações

Extensores e emolientes na indústria de


Óleos Básicos Aromáticos
borracha.

Óleos para transformadores, compressores de


Óleos Básicos Nafténicos
refrigeração e compressores de ar.

Óleos de motor, óleos hidráulicos e óleos de


Óleos Básicos Parafínicos
engrenagens.

Fonte: Departamento de Tecnologia da Texaco Brasil LTDA (2005).

Os parafínicos predominam na formulação dos óleos lubrificantes devido a sua


maior estabilidade a oxidação, já os naftênicos, são mais aplicados em condições de baixa
temperatura. Os óleos básicos naftênicos, além de possuir uma menor faixa de uso, se
comparado com os parafínicos, vem apresentando ultimamente pequena e decrescente
disponibilidade no mercado, devido à escassez no mundo, das fontes de origem (tipo de
cru). O óleo sintético começou a ser usado na composição de lubrificantes, em aplicações
nobres e específicas que exijam do lubrificante características especiais.
(DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DA TEXACO BRASIL LTDA, 2005;
IPIRANGA, 2012).

2.2.1 Propriedades do óleo básico

Entre as propriedades dos óleos básicos destacam-se o índice de viscosidade e o


ponto de fluidez. Existem também os heteroatômicos, cuja cadeia, além de apresentar o
carbono e hidrogênio, apresentam outros tipos de átomos como o enxofre, nitrogênio são
indesejáveis na composição dos óleos, ao contrário dos componentes de enxofre, que são
benefícios por proporcionar resistência a oxidação.
a) Viscosidade: é a resistência de um fluido ao escoamento;
b) Densidade: é a relação da massa de um óleo e o volume por ele ocupado;
c) Ponto de fulgor: é a temperatura a que o produto deve ser aquecido, sob condições do
método, para produzir suficiente vapor, para formar, com o ar, uma mistura capaz de
se inflamar momentaneamente pela presença de uma chama piloto;
d) Ponto de inflamação: quase idêntico ao ponto de fulgor, mas a diferença e que a
inflamação é continua;
e) Ponto de fluidez: é a mais baixa temperatura na qual o óleo ainda flui, nas condições
normais do teste;
f) Propriedades antidesgaste: Evitar contato metálico entre as superfícies, especialmente
quando as pressões são extremamente elevadas;
g) Demulsibilidade: é a capacidade que possuem os óleos de se separarem da água.
(ALBUQUERQUE, 1997; DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DA TEXACO
BRASIL LTDA, 2005; APOSTILA DE LUBRIFICAÇÃO IPIRANGA, 2012).

2.2.2 Aditivos

Os aditivos são compostos químicos que melhoram ou atribuem propriedades aos


óleos básicos que serão usados na fabricação de lubrificantes e graxas. Chamado
popularmente no ramo de pacote (package). Este pacote, seria formado principalmente
dos seguintes aditivos componentes: dispersante, detergente, ante desgastante, ante
corrosivo, ante oxidante e modificador de viscosidade (em se tratando somente de um
óleo multiviscoso), além, se for necessário, da presença de abaixador do ponto de fluidez
e antiespumante. Esses aditivos químicos têm diferentes funções e normalmente
pertencem a uma das categorias descritas abaixo:
a) Ante corrosivos: Estes aditivos protegem as superfícies metálicas lubrificadas do
ataque químico pela água ou outros contaminantes;
b) Ante desgaste: Estes aditivos formam um filme protetor nas superfícies metálicas,
evitando o rompimento da película lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas
elevadas. A formação deste filme ocorre a temperaturas pontuais de até 300°C;
c) Ante espumantes: Têm a propriedade de fazer com que esta espuma formada na
circulação normal do óleo se desfaça o mais rápido possível;
d) Ante oxidantes: Têm a propriedade de aumentar a resistência à oxidação do óleo.
Retardam a reação com o oxigênio presente no ar, evitando a formação de ácidos e
borras e, consequentemente, prolongando a vida útil do óleo. Evitando a oxidação,
minimizam o aumento da viscosidade e o espessamento do óleo;
e) Detergentes: Têm a propriedade de manter limpas as partes do motor. Também têm
basicidade para neutralizar os ácidos formados durante a combustão;
f) Dispersantes: Têm a propriedade de impedir a formação de depósitos de produtos de
combustão (fuligem) e oxidação (borra) nas superfícies metálicas de um motor,
mantendo estes produtos indesejáveis em suspensão de modo que sejam facilmente
retidos nos filtros ou removidos quando da troca do óleo;
g) Extrema Pressão: Estes aditivos reagem com o metal das superfícies sob pressão
superficial muito elevada, formando um composto químico que reduz o atrito entre as
peças. Minimizam o contato direto entre as partes, evitando o rompimento da película
lubrificante, quando o óleo é submetido a cargas elevadas. Esta reação se dá a
temperaturas pontuais elevadas (cerca de 500°C). Estes aditivos são comumente
utilizados em lubrificantes de engrenagens automotivas e industriais e também em
graxas. Existem dois ensaios principais para avaliar a capacidade de um óleo
lubrificante de suportar cargas elevadas em serviço. A capacidade EP de um óleo
depende quase que integralmente dos aditivos de Extrema Pressão adicionados ao
produto;
h) Melhoradores do Índice de Viscosidade: Têm a função de reduzir a tendência dos óleos
lubrificantes variarem a sua viscosidade com a variação da temperatura;
i) Rebaixadores do Ponto de Fluidez: Melhoram a fluidez dos óleos quando submetidos
a baixas temperaturas, evitando a formação de cristais que restringem o fluxo dos
mesmos;
j) Modificadores de Atrito: Os aditivos modificadores de atrito reduzem a energia
necessária para deslizar partes móveis entre si, formando uma película que se rompe
com o movimento, mas que se recompõe automaticamente. São empregados em óleos
de motores (para aumento de eficiência), em sistemas de freio úmido, direções
hidráulicas e diferenciais autoblocantes (para diminuição de ruídos), em transmissões
automáticas (para melhorar o acionamento das embreagens e engrenagens) e também
em graxas para Juntas Homocinéticas (para o aumento de eficiência). Podem ser
substâncias orgânicas (teflon), inorgânicas (grafite, bissulfeto de molibdênio) ou
organometálicas (a base de molibdênio ou boro);
k) Outros Aditivos: Além destes tipos de aditivos, existem vários outros de uso corrente
como corantes, agentes de adesividade, etc;
Tabela 2: Tipo de aditivos e sua utilização.
Aditivos Turbinas Compressores Hidráulicos Engrenagens Motor Guias

Antiferrugem X X X X X X

Antioxidação X X X X X X

Antiespuma X X X X X

Demulsificante X X X X

Abaixador do ponto de
X X
congelamento

Antidesgaste X X X

Melhorador IV X X

Detregente/ Dispersância X

Alcalinidade X

Exrema Pressão X

Fonte: Apostila de lubrificação Lubrifique (2009).

Existem alguns aditivos que englobam diversas funções como dispersantes,


antioxidantes, anticorrosivos e antidesgaste: são os chamados multifuncionais.

2.3 Gestão industrial

É importante saber qual o ciclo de utilização para verificar a otimização do


processo. O sistema de gestão que será estudado está sendo utilizado pela empresa Noria,
referência mundial em treinamentos de lubrificação industrial, sendo que o sistema de
gestão proposto pela empresa não é normalizado, mas utiliza as normas internacionais e
importantes referencias para criação de um padrão de uso comum no meio industrial.
De acordo com Trujillo (2008, p. 2), a equipe de consultores técnicos da América
Latina desenvolveu na empresa Noria um sistema de identificação de lubrificantes
baseado em sistemas em cores, formas e caracteres alfanuméricos com a qual os usuários
podem identificar óleos industriais e graxas de acordo com a sua aplicação, viscosidade
e características especificas. Usando este novo sistema diminuirá nos erros quando
aplicação de lubrificantes e evita a contaminação entre os mesmos. Além disso, a
melhoria do controle e eficiência do processo de lubrificação.
2.3.1 Sistema de Identificação de Lubrificação (LIS)

Com a utilização cada vez mais ampla da Manutenção Produtiva Total (TPM, sigla
em inglês), as indústrias carecem cada dia mais de recursos que facilitem a realização da
manutenção, pois dentro de um sistema como esse é importante o uso de recursos visuais
para tornar mais fácil para os operadores e manutenções.
A empresa Noria identificou a necessidade de um sistema padronizado que pode
ser usado por todas as plantas em todo o mundo. Por essa razão desenvolveu o sistema
padronizado de identificação de lubrificantes ou usando siglas em inglês, LIS.
LIS emprega uma combinação de cinco elementos no mesmo rótulo, para
identificar corretamente um lubrificante especifico:
a) Tipo de Lubrificante: óleo ou graxa;
b) Aplicação do lubrificante;
c) Grau de Viscosidade / consistência;
d) Tipo de óleo base;
e) Classificação do óleo de base;
f) Características especiais / aditivos.

Figura 1: Elementos do rótulo para Óleo e graxa (espanhol).

Fonte: machinerylubrication.com/sp

Usando este sistema permite diferenciar rápida e facilmente se o lubrificante usado


é um óleo ou graxa, uma vez que utiliza duas formas geométricas para diferenciar entre
os lubrificantes líquidos (óleos etiqueta quadrada) e lubrificantes semissólidos (etiqueta
circular graxa), como mostrado na figura 1.
As informações contidas na etiqueta de identificação encontram-se em quatro
secções, a fim de nos ajudar a identificar e definir claramente o lubrificante:
a) Seção 1. Designado para o tipo de lubrificante / agente de espessamento.
b) Seção 2. Para a viscosidade ou consistência.
c) Seção 3. Designada para código alfanumérico.
d) Seção 4. Nomeado para o sistema de código de barras.

Embora seja verdade que um sistema de rotulagem funciona quando você tem um
número limitado de lubrificantes para ser funcional em qualquer caso, deve ser baseada
não em uma classificação sistemática, mas na criatividade do pessoal. (TRUJILLO, 2008,
p. 2).
Ou seja, o sistema de identificação de lubrificantes não é só baseado em padrões
internacionais, mas também é importante a avaliação da real necessidade e criatividade
no desenvolvimento da etiqueta para o uso na empresa.

2.3.1.1 Seção 1:

Lista de aplicações de lubrificante, a fim de diferenciar a aplicações dentro da


mesma classe de lubrificantes, identificando o lubrificante pelo tipo e dar a ideia gráfica
do tipo de lubrificante, ou seja, se pode facilmente identificar a sua aplicação e elimina a
possibilidade de confundir com outro tipo de lubrificante.

Tabela 3: Classificação de óleos industriais. (Continua)

Classificação de Lubrificantes Código Letra


Perfurador Pneumática AD
Linha Pneumática AL
Ferramentas Pneumáticas AT
Cabo BL
Compressores de Refrigeração Amônia CA
Compressores de Ar Parafuso Seco CD
Compressores de Refrigeração Fréon CF
Compressores de Gás CG
Compressores de Ar Pistão CR
Compressores de Ar Parafuso inundado CS
Compressores Ar de Paletas CV
Transmissão Automática DA
Transmissão C4 DC
Transmissão TO 4 DO
Transmissão Manual MT
Tabela 3: Classificação de óleos industriais. (Conclusão)

Classificação de Lubrificantes Código Letra


Motores Diesel ED
Motores Gasolina EG
Motores Gás Natural EM
Motores Dois Tempos ET
Lubrificante Têxteis XT
Transferência de Calor HT
Hidráulico Base Ester HE
Hidráulico Base Glicol HG
Hidráulico Base Agua HW
Hidráulico HY
Isoladores Elétricos IE
Corrediça KN
Óleo Circulatório LA
Cadeias NL
Motosserra NS
Óleo Solúvel OL
Máquina de Papel PM
Fuso SP
Turbina Ciclo Combinado TC
Turbina Gás TG
Turbina Vapor TV
Guias WL
Engrenagens Automóveis GA
Engrenagens Fechado GE
Engrenagens Aberto GO
Engrenagem Sem Fim GW
Fonte: machinerylubrication.com/sp

Figura 2: Símbolos para tipos de óleo. (Continua)


Figura 2: Símbolos para tipos de óleo. (Conclusão)

Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

2.3.1.2 Seção 2:

Viscosidade é a propriedade física mais importante de um lubrificante. No sistema


inclui uma seção especial para identificar com precisão essa propriedade. O espaço à
direita do rótulo é projetado de modo que especifica facilmente o grau de viscosidade ISO
do lubrificante. Para ajudar os usuários a identificar facilmente a viscosidade, o sistema
de cores é a base nas cores Pantone®12 para graus de viscosidade ISO. Cada grau de
viscosidade tem uma cor única para fácil identificação.

Tabela 4: Cor de identificação ISO Viscosidade.

ISO VG COR ISO VG COR

10 Laranja 220 ROSA


22 Purpura 320 MARROM
32 Azul C. 460 VERDE C.
46 Vermelho 680 CINZA
68 Verde E. 1000 BEGE
100 Amarelo 1500 VIONETA
150 Azul E .

Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

12
A marca PANTONE®, foi criada pela Pantone Inc. que está sediada em Carlstadt, Nova Jersey,
EUA. Considerada hoje uma autoridade em cores, é mundialmente conhecida pelos seus sistemas e
tecnologias de ponta criada para os processos que envolvem cores com reprodução precisa, nas etapas de
seleção, comunicação e controle de cores.
2.3.1.3 Seção 3:

Código para possíveis combinações alfanuméricos de diferentes formulações de


lubrificante são imensas. O código alfanumérico identifica lubrificantes considerando não
só a sua aplicação e grau de viscosidade, inclui também o tipo de óleo base e
características especiais que a tornam único o lubrificante.
Identificação de lubrificantes líquidos: é definido com 5 blocos separados,
incluindo um script inclinada (/). Cada bloco é correlacionado com uma propriedade e
letras ou números identificar as características de tal propriedade.

Figura 3: código alfanumérico para óleo

Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

a) Tipo de Lubrificante: para o tipo de lubrificante. Foi desenvolvido um código para o


tipo de lubrificante, como mostrado na Tabela 3;
b) ISO VG: reservado para ISO Grau de viscosidade. Basta digitar grau ISO VG;
c) Tipo de Óleo Base: reservado para o tipo de base de óleo;
Tabela 5: Tipo de Óleo Base.

Tipo de Óleo Base Código


Mineral M
Vegetal V
Sintético S
Semissintético B
Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

d) Classificação de Óleo Base: Reservado para a Classificação de óleos de base.


Tabela 6: Tabela óleos de base e códigos de classificação.

Classificação de Óleo Base Código


API Grupo I G1
API Grupo II G2
API Grupo III G3
API Grupo IV PAO
Ester ES
Di Ester DE
Ester Fosfatado Triaril PEA
Ester Fosfatado Tributil PEB
Ester Fosfatado Alquil PEK
Poli Alquilen Glicol PAG
Aromaticos Alquilatados AA
Perfluoroalquilpolieters PFE
Poli Fenil Eter PPE
Silicon SI
Diester DE
Poliol Ester PE
Hidrocarburos Fluorinados FHC
Hidrocaburos clorados CHC
Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

e) Propriedade Especial: Reservado para propriedades especiais. Se um lubrificante é


sobre uma classificação propriedade especial ou desempenho, utilizando um script
inclinada (/) para separar estes e adicionar como os que são necessários para descrever
totalmente o lubrificante (por exemplo, HY-68-H-G2-AW / ZnF / H1). Este é um
fluido hidráulico ISO VG 68, o óleo mineral é um grupo II com aditivos anti-desgaste
de grau alimentar livre de zinco e H1.
Tabela 7: Códigos propriedades especiais.

Propriedades especiais Código


Grau Alimentício H1 H1
Grau Alimentício H2 H2
Grau Alimentício H3 H3
Inibidor de Ferrugem e Oxidação R&O
Anti Desgaste AW
Alto Índice de Viscosidade VHVI
Extrema Preção EP
Biodegradável BIO
Aditividade TK
Composto COMP
Resistente ao Fogo FR
Amigável ao meio ambiente EF
Dissulfeto de Molibdênio MO
Solúvel a agua WS
Livre de zinco ZNF
Inibidor IN
AGMA
Número AGMA
X*
API Gasolina SX*
API Diesel CX-YZ*
API Lubrificação de Engrenagens GL-X*
API Transmissão MT-X*
ACEA Gasolina AX*
ACEA Diesel EX*
Conservação de Energia EC-X*
Tipo ATF Type**
ILSAC GF-X*
Trator Fluido Type**
Dois Ciclos TX-Y*
Aut. Graxa Chassi GX*
Aut. Graxa Rolamento LX*
Graxa de Acoplamento CG-X*
Filme seco DF
Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

2.3.2 Modelo de etiqueta

A etiqueta seguinte é um exemplo de uma turbina de óleo ISO VG 32 básica


minerais Grupo II e um pacote de aditivos anti-oxidação e antioxidante (R&S).

Tabela 3: Modelo de etiqueta.


Fonte: Reliability WORLD 2006. LIS - Sistema de identificação novo lubrificante.

Algumas plantas usam sistemas de código de barras para ajudar os técnicos a


identificar equipamentos e recolher a informação relevante.

3 CONCLUSÃO

O sistema de identificação mostrado nesse artigo reflete em ajuda visual que utiliza
formas, códigos de cores para diferenciar produtos que podem ter características idênticas
e viscosidades, mas diferentes propriedades de desempenho. O sistema LIS, como é
chamado, conta com a utilização de código alfanumérico que pode ser usado para
identificar: armazenamento de lubrificante, áreas de armazenamento designado,
contentores dedicados, recipientes de enchimento dedicado, carrinhos dedicado filtração,
portas máquina de enchimento, mangueiras dedicadas, lubrificantes em equipamentos.
Lis pode ser usado como um sistema de codificação quando a especificação técnica
para ordens de compra, ordens de trabalho, procedimentos de manutenção e toda linha de
utilização e manuseio de lubrificantes. Os usuários finais, fornecedores de lubrificantes e
todos os funcionários vão encontrar este sistema simples, útil e fácil de usar. Uma vez
implementado, o pessoal se familiarizar cada vez mais com a lógica existente em códigos
alfanuméricos estruturação e sua relação com cores e formas, que em última análise irá
levá-los a reconhecer as características de lubrificantes apenas “de bater o olho” para o
rótulo, e será mais fácil do que nunca de identificar.
Com a realização desse estudo foi possível entender e conhecer novos
procedimentos e tendências de gestão de lubrificante que facilita o gerenciamento e reduz
os erros que podem ser cometidos. Sendo que o sistema de gestão auxilia em toda linha
de trabalho que será empregada na indústria, desde a solicitação de compra do lubrificante
ao seu descarte.

4 REFERÊNCIAS

TRUJILLO, G. de. Machinery Lubrification en Español: LIS – Lubricant


Identification System. Mexico, 2008. 2 – 11 p.

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