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Laboratório Avançado de Física I – Departamento de Física - IGCE/UNESP

Prof. Dr. Lucas Fugikawa Santos

AULA 1
Roteiro de Prática: Rotação de discos – Aceleração angular constante

Objetivos: Mostrar que um disco submetido a uma força constante, cuja direção é perpendicular ao seu
eixo de rotação, e não passa pelo seu centro, adquire uma aceleração angular constante. Obter dados
experimentais para a determinação da aceleração angular de um disco acelerado por uma massa acoplada
por uma roldana.
Material utilizado: balança analítica, régua ou trena, barbante, roldana, discos de inércia, polias com 5
valores diferentes de raio, massas para a aplicação da força, sensor óptico funcionando como disparo da
leitura e módulo de leitura de dados baseado em um microprocessador Arduino Uno®.
Fundamentação teórica:
Um ponto B situado a uma distância r do centro de um disco em rotação se desloca uma distância ds em
um intervalo de tempo dt, subtendendo um ângulo d, sendo (t) a posição angular do ponto em função do
𝑑𝑠 𝑑𝜃
tempo. Como ds = r d, a velocidade instantânea do ponto B é dada por 𝑣 = 𝑑𝑡 = 𝑟 𝑑𝑡 . Como a velocidade
𝑑𝜃
angular do ponto B é dada por 𝜔 = 𝑑𝑡
, temos que v = rω. A aceleração na direção tangencial é a responsável
pela mudança no módulo da velocidade angular (a aceleração na direção radial é perpendicular ao
deslocamento do ponto B, não contribuindo para a mudança do módulo da velocidade, mas somente de sua
𝑑𝑣 𝑑𝜔 𝑑𝜔
direção), resultando em: 𝑎𝑡 = 𝑑𝑡
=𝑟 𝑑𝑡
. Como a aceleração angular é definida como 𝛼 = 𝑑𝑡
, temos que:

𝑎𝑡 = 𝑟𝛼. Eq. 1

Figura 1: Ilustração demonstrando o movimento de rotação de um disco. Material adaptado de:


https://scripts.mit.edu/~srayyan/PERwiki/index.php?title=Module_1_--_Angular_Kinematics

Procedimento experimental:

O experimento consistirá em realizar medidas da aceleração angular imposta por uma força
conhecida (dada por um peso de massa conhecida) a um disco que pode rotacionar livremente em torno
de um eixo que passa por seu centro (Figura 2). O peso é amarrado por um barbante e conectado por
uma roldana a um conjunto de polias acoplado ao disco. O disco é composto por um conjunto de 3
discos, cuja massa é muito superior à massa do conjunto de polias. Neste experimento, consideramos a

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massa do barbante, do conjunto de polias e da roldana, desprezíveis em relação à massa do peso e dos
discos.

Passo a passo:

1) Fazer a montagem do experimento conforme a Figura 2. Enrolar o barbante na polia do meio (3ª polia).
Verifique se o comprimento do barbante é suficiente para a realização do experimento.
2) Ligue o módulo de medidas e aquisição de dados e conecte o sensor óptico. Prenda o sensor óptico ao
suporte universal de tal modo que o emissor e o receptor estejam apontando para a superfície do CD
sobre o conjunto de discos.
3) Com o módulo no modo teste (botão A), verifique se o sensor reconhece corretamente a superfície
clara e escura do CD (Figura 3).
4) Ajuste a posição do disco de tal forma que o sensor esteja posicionado na região escura, na iminência
da transição para a região clara. Com um bloco de madeira, segure a posição do disco, evitando que o
peso caia e coloque o disco em movimento.
5) Coloque o módulo no modo de aquisição (botão B). Retire o bloco de madeira, permitindo que o peso
acelere o disco.
6) Deixe o módulo realizar as medidas de meia-rotação do disco até que o peso atinja o solo. Pare a
aquisição dos dados (botão B).
7) Entre no modo de leitura dos dados e anote os valores de ângulo e tempo decorridos.
8) Realize 5 medidas para os cálculos de variância e de desvio padrão.

Figura 2: Setup experimental completo.

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Figura 3: Detalhe do disco.

Figura 4: Módulo de medida e aquisição de dados.

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Figura 5: Detalhe do modulo de medida e aquisição de dados. Modo teste: sensor óptico apontando entre a face
clara e escura do disco.

Análise dos dados e manufatura do relatório:

1) Anote os dados de ângulo e de tempo decorrido na tabela de dados fornecida. Faça os cálculos para
∆𝜃
determinar e coloque em na tabela. Efetue estes cálculos para todas as 5 medidas realizadas. Faça
∆𝑡
∆𝜃
um gráfico de ∆𝑡 vs. t e determine o valor da aceleração angular para todos as 5 medidas. Calcule o
valor médio e o desvio padrão e compare com o valor esperado. Calcule o desvio padrão em relação à
média e ao valor esperado. Discuta o resultado obtido.

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