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FORMAÇÃO MÃOS DE LUZ

Balanceamento Energético &

Expansão da Consciência

SER UM SER DE LUZ

EIS A NOVA QUESTÃO

Por: Ligia Lindbergh Silva

Orientadora: Anna Leite


2

Rio de Janeiro

Abril/2009

ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO_________________________________________________ 4

2- AS INFLUÊNCIAS DA FILOSOFIA DE DECARTES E DA FÍSICA CLÁSSICA


NA CULTURA MODERNA _________________________________________ 6

3- AS RELAÇÕES HUMANAS NA PÓS-MODERNIDADE _________________ 7

4- A FÍSICA QUÂNTICA E A MUDANÇA DE PARADIGMA ________________ 10

5- O CORPO HUMANO E OS FÓTONS ______________________________ 12

6-AS MÃOS E A LUZ _____________________________________________ 13

7-CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________________ 14

8-BIBLIOGRAFIA _______________________________________________ _ 16
3

RESUMO

Com o advento das teorias de Relatividade de Einstein e os avanços nas


teorias da Física Quântica, tais teorias transformaram para sempre nossas per-
cepções de um mundo puramente mecanicista, um mundo no qual espaço e tem-
po são vistos como absolutos e a visão de que tudo pode ser explicado com base
nas simples regras mecânicas de comportamento.
Não apenas não somos capazes de descrever o mundo quântico por meio
de regras mecânicas, mas os físicos agora vêem este mundo como aquele no
qual a Consciência participa e desempenha papel ativo na forma de nossa reali-
dade!
A partir desta nova visão da ciência, podemos afirmar cada vez mais de
que uma atitude de cura nunca é superficial. Ela envolve um profundo conheci-
mento interior de que não somos vítimas do mundo, sendo, em vez disso, dotados
de autoridade para fazer frente às adversidades da maneira que desejarmos. As-
sumindo a responsabilidade pela nossa saúde e pela nossa vida como um todo.
Um dos papéis mais fundamentais que um agente de cura pode desempe-
nhar é o de ajudar as pessoas a entrar em sintonia com seus próprios recursos
ilimitados de cura. Cada um de nós conta com uma voz ou conselheiro interior
que nos ajuda a regular nossas respostas interiores segundo uma orientação
tranqüila e verdadeira. Ao contribuir para esse processo de manifestação da sa-
4

bedoria inata, o agente de cura nos capacita a procurar interiormente a cura, em


lugar de buscar fontes exteriores.

O objetivo deste trabalho é mostrar mudanças ocorridas no campo científico, cuja


compreensão pode alicerçar o trabalho do terapeuta Mãos de Luz , auxiliando-o
na conscientização da responsabilidade de cada um pela sua cura e pelos relaci-
onamentos que desenvolve ao longo da vida, a partir de uma atuação que pres-
supõe o reconhecimento de sermos seres de luz, doando e recebendo energia,
através de nossa interação com o universo.

INTRODUÇÃO

A saúde é o nosso bem mais precioso. Não importa nosso sucesso materi-
al, ou as conquistas que fazem parte de uma carreira excitante, se o nosso corpo
físico está assolado pela dor ou pela doença, os prazeres do mundo físico não
tem sentido. Segundo Caroline Myss, no seu trabalho com pessoas que estão
enfrentando a doença, é para ela um grande mistério a freqüência com que es-
sas pessoas escolhem continuar com seus hábitos mentais , físicos ou espirituais
que não são saudáveis, sabendo que esses hábitos estão contribuindo para a
doença.

“...eu vim a compreender que a promessa de saúde não necessariamente


motiva uma pessoa seja para a cura seja para a mudança de hábitos que
quase certamente irão garantir a criação de uma doença. Após anos de
perplexidade com relação a esse fenômeno e de frustração diante de pes-
soas que poderiam ser saudáveis mas optaram por não ser, eu concluí
que a promessa de se tornar uma pessoa saudável ( e tudo o mais que is-
so significa – vitalidade, energia, ausência de dor) não é o motivador final
para a mudança, como muitos pensam. A saúde é o resultado do com-
promisso de viver uma vida mais consciente – tornar-se mais responsável
pela sua saúde emocional e pelo seu bem-estar – e este é um desafio es-
1
magador para muitas pessoas.

1
(RUSSELL in ZOHAR, 2000:17).
5

Ela afirma que apesar deste comentário não se aplicar a todos, pois há
muitas pessoas conscientes de seus hábitos de saúde, participando muito consci-
entemente de seu processo de cura, a maioria das pessoas com as quais traba-
lhou acha o desafio de transformar seus padrões tensionantes uma terrível prova-
ção. Para muitos, isso representa mudanças demais e muito repentinas. Conse-
quentemente, os padrões de pensamento e de comportamento mais antigos, mais
familiares, continuam dominando.

Ela cita no livro Medicina Intuitiva o comentário de um médico com quem


trabalhou, que afirma não ter nenhum problema em aplicar os conceitos holísti-
cos na cura. Sua dificuldade é fazer com que os pacientes reconheçam a impor-
tância de ver a ligação entre suas tensões emocionais e a saúde. Este médico
concluiu que, na maioria dos casos, seus pacientes permaneciam fechados para
o pensamento holístico por acharem que ele dá “ trabalho demais”. Preferiam, em
vez disso, confiar ao médico a cura de suas doenças.

Considerando estes depoimentos e refletindo sobre os vários caminhos


adotados pelo curador, na jornada que empreende junto ao paciente, acredito ser
importante compreender o que a cultura e o pensamento científico reinante até
então contribuiu para as crenças e comportamentos na sociedade moderna, bem
como o que o novo paradigma apresentado pela Física Quântica , trouxe para
alicerçar os trabalhos da terapêutica “ Mãos de Luz”, dado o imenso desafio de
conscientizar o paciente a adotar uma nova postura de responsabilidade pela cura
e pelo poder de criação que existe dentro de nós, alinhando esta consciência à
mudança dos padrões da sociedade neste momento histórico de globalização, na
qual surgem novos conceitos como: sustentabilidade, responsabilidade social
empresarial , ética empresarial, respeito à diversidade, sinalizando um momento
de transformação significativo em todo o Planeta.

Concluo justamente que minha essência consiste nisto apenas, que sou
uma coisa pensante (...) E no entanto talvez (...) tenho um corpo ao qual
6

estou estreitamente ligado, tenho, de um lado, uma idéia clara e definida


de mim mesmo como uma coisa pensante, não extensa, e, do outro lado,
uma idéia nítida de meu corpo como uma coisa extensa e não pensante; é
certo, portanto, que sou realmente algo distinto de meu corpo e posso
existir sem ele.
Decartes

2- AS INFLUÊNCIAS DA FILOSOFIA DE DESCARTES e DA FÍSICA CLÁSSICA


NA CULTURA MODERNA
As influências mais poderosas sobre nossa cultura moderna derivam da re-
volução filosófica e científica do século XVII, do cultivo da dúvida cartesiana e do
nascimento da física newtoniana ou clássica. Pois, ambas mudaram radicalmente
o modo como vemos a nós mesmos e nossa relação estabelecida com o mundo.
A Filosofia cartesiana arrancou os seres humanos do contexto religioso, ou
seja, Deus não justifica todas as questões. Assim, surgiu a tão presente “cultura
centrada no eu”, uma cultura dominada pelo egocentrismo, por uma ênfase exa-
gerada do “eu” e do “meu”.
O ser individual tornou-se prioridade, constituído por sua capacidade para
raciocinar e pensar. “Cogito, ergo sum” era a palavra de ordem de Descartes2:
“penso, logo existo”.
A visão de Newton provocou um distanciamento entre o ser e o Universo.
A física clássica transformou o cosmo vivo dos gregos e da Idade Média, um
cosmo cheio de sentido e inteligência e movido pelo amor de Deus em benefício
do homem, numa máquina estática e previsível, onde tudo pode ser calculado,
através de leis fixas e determinadas.
A revolução de Copérnico havia deslocado a Terra, e, portanto os seres
humanos, do centro das coisas; promovendo uma revolução.
Os seres humanos e suas lutas, toda a consciência e a própria vida torna-
ram-se irrelevantes ao funcionamento da vasta máquina universal. Estamos mer-

2
Desde então, esta concepção do sujeito racional, pensante e consciente, situado no centro do conhecimento,
tem sido conhecida como “sujeito cartesiano”.
7

gulhados no que Bertrand Russell chamou de “desespero inarredável” ao qual a


física newtoniana deu origem. “O mundo que a ciência nos apresenta para que
acreditemos”, escrevendo:
Que o homem é produto de causas que não tinham nenhuma previsão do
fim ao qual chegariam; que sua origem, seu crescimento, suas esperanças
e temores, seus amores e crenças não passam do resultado do posicio-
namento acidental de átomos; que nenhum heroísmo, nenhum grau de
pensamento ou de sentimento pode preservar a vida individual após a
morte; que toda a labuta dos séculos, toda a devoção, toda a inspiração,
todo o intenso brilho do gênio humano estão destinados à extinção na vas-
ta morte do sistema solar; e que todo o templo da conquista humana deve-
rá inevitavelmente ser soterrado sob os escombros de um Universo em ru-
3
ínas ...

Russell, assim questiona: “como pode o homem, num mundo tão alieníge-
na e desumano, manter suas aspirações imaculadas?” Podemos dizer que em
larga escala não conseguimos. A maior parte dos relatos escritos sobre o século
vigente, apresenta um panorama de dissolução.
Sobre os aspectos moral, espiritual e estético nossa cultura parece estar
sob tensão. Muitos dos “valores antigos”, e crenças geralmente aceitos deixaram
de ser inquestionáveis, pois, hoje se acredita é possível, vivemos na era da per-
missividade, alicerçados apenas em nós mesmos.
A maioria das pessoas foram compulsoriamente obrigadas a viver na era
do herói existencial – audaciosamente indiferente ao Deus morto, tornan-
do-se criador de seus próprios valores e guardião de sua própria consci-
ência. Esta é a experiência do modernismo, e seu preço, tanto em termos
4
pessoais como em termos de desenraizamento cultural, foi alto .

Em nossos relacionamentos, seja ele com nós mesmos e/ ou com os ou-


tros, a influência newtoniana foi profundamente absolvida. Pois, se estamos apar-
tados do universo, e não passamos de um subproduto acidental da criação, en-
tão, como podemos ser responsabilizados por nós mesmos ou pelos outros?
Podemos dizer que a nossa atitude foi também afetada em relação à natu-
reza e ao mundo material. Se nossa mente, nosso ser consciente é totalmente
diferente de nosso ser material, como argumentou Descartes, e se a consciência

3
(RUSSELL in ZOHAR, 2000:17).
4
(ZOHAR, 2000:17/18)
8

não tem nenhum papel a desempenhar no Universo, como sugere a física de


Newton, cabe o questionamento:
[...] que relacionamento podemos ter com a natureza ou com a matéria?
Somos alienígenas num mundo alienígena, situados à parte dele e em
oposição a ele, nosso meio ambiente material. Portanto, lançamo-nos à
conquista da natureza para sobrepujá-la e utilizá-la para nossos próprios
5
fins sem olhar as conseqüências disso .

3- AS RELAÇÕES HUMANAS NA PÓS-MODERNIDADE


Atualmente, as relações se estruturam a partir de laços frouxamente ata-
dos, para que possam ser facilmente desatados e refeitos logo que o cenário mu-
de. O que decerto, ocorrerá, repetidas vezes, caracterizando “a modernidade lí-
quida”.
A misteriosa fragilidade dos vínculos humanos, o sentimento de insegu-
rança que ela inspira e os desejos conflitantes (estimulados por tal senti-
6
mento) de apertar os laços e ao mesmo tempo mantê-los frouxos .

No relacionamento humano, os personagens centrais sendo eles os ho-


mens e as mulheres, nossos contemporâneos, encontram-se desesperados por
terem sido abandonados aos seus próprios sentidos e sentimentos. Sentimentos
esses, facilmente descartáveis, buscando a segurança do convívio e a ajuda de
um semelhante que possa lhe ser fiel, num momento de aflição. Desesperados
por “relacionar-se”.
E, no entanto, desconfiados da condição de “estar ligado”, em particular de
estar ligado “permanentemente”, ou seja, ficar conectado àquela pessoa, para
não dizer eternamente, pois temem que tal condição possa trazer encargos e ten-
sões que eles não se consideram aptos nem dispostos a suportar, e que podem
limitar severamente a liberdade de que necessitam conforme o seu anseio de re-
lacionar-se.
Sendo este, um dos paradoxos existentes na pós-modernidade, caracteri-
zando o distanciamento entre a teoria e prática.
Mas será que na verdade não estão preocupados principalmente em evitar
que suas relações acabem congeladas e coaguladas? Estão mesmo procurando

5
(ZOHAR, 2000:18).
6
(BAUMAN, 2003:08).
9

relacionamentos duradouros, como dizem, ou seu maior desejo é que eles sejam
leves e frouxos.
Afinal, que tipo de conselho eles querem de verdade: como estabelecer um
relacionamento, sem se preocupar com suas implicações ou como rompê-lo sem
dor e com a consciência limpa? Isso pode ser um apontamento que fundamenta
as uniões informais que vem crescendo assustadoramente, que prescindem do
comprometimento formal oficializado nas seguintes palavras: “[...] até que a morte
nos separe”.
Não há uma resposta fácil a essa pergunta, embora ela precise ser res-
pondida e vá continuar sendo feita, à medida que os habitantes do “líquido mundo
moderno” seguirem sofrendo sob o peso esmagador da mais ambivalente entre
as muitas tarefas com que se defrontam no dia-a-dia. Porque tudo se tornou fu-
gaz.
Talvez a própria idéia de “relacionamento” contribua para essa confusão.
Apesar da firmeza que caracteriza as tentativas de infelizes, de caçadores de re-
lacionamentos, e seus especialistas, e dos grupos de auto-ajuda essa noção re-
siste a ser plena e verdadeiramente purgada de suas conotações perturbadoras e
preocupantes.
Permanece cheia de ameaças vagas e premonições sombrias; fala ao
mesmo tempo dos prazeres do convívio e dos horrores da clausura. Tal-
vez seja isso que, em vez de relatar suas experiências e expectativas utili-
zando termos como “relacionar-se” e “relacionamentos”, as pessoas falem
cada vez mais (auxiliadas e conduzidas pelos doutos especialistas) em
conexões, ou “conectar-se” e “ser conectado”. Em vez de parceiros, prefe-
rem falar em “redes”. Quais são os méritos da linguagem da “conectivida-
de” que estariam ausentes da linguagem dos “relacionamentos”? Di-
ferentemente de “relações”, “parentescos”, “parcerias” e noções similares
– que ressaltam o engajamento mútuo ao mesmo tempo em que silencio-
samente excluem ou omite o seu oposto, a falta de compromisso -, uma
“rede” serve de matriz tanto para conectar quanto para desconectar; não é
possível imaginá-la sem as duas possibilidades. Na rede, elas são esco-
lhas igualmente legítimas, gozam do mesmo status e têm importância
idêntica. Não faz sentido perguntar qual dessas atividades complementa-
res constitui “sua essência!” A palavra “rede” sugere momentos nos quais
“se está em contato” intercalados por períodos de movimentação a esmo.
Nela as conexões são estabelecidas e cortadas por escolha. A hipótese de
um relacionamento “indesejável, mas impossível de romper” é o que torna
“relacionar-se” a cosia mais traiçoeira que se possa imaginar. Mas uma
“conexão indesejável” é um paradoxo. As conexões podem ser rompidas,
e o são, muito antes que se comece a detestá-las.
10

Elas são “relações virtuais”. Ao contrário dos relacionamentos antiquados


(para não falar daqueles com “compromisso”, muito menos dos compro-
missos de longo prazo), elas parecem feitas sob medidas para o líquido
cenário da vida moderna, em que se espera e se deseja que as “possibili-
dades” românticas “(e não apenas românticas) surjam e desapareçam
numa velocidade crescente e em volume cada vez maior, aniquilando-se
mutuamente e tentando impor aos gritos a promessa de” ser a mais satis-
fatória e a mais completa”. Diferentemente dos “relacionamentos virtuais”,
é fácil entrar e sair dos relacionamentos virtuais”. Em comparação com a
“coisa autêntica”, pesada, lenta e confusa, eles parecem inteligentes e
limpos, fáceis de usar, compreender e manusear. Entrevistado a respeito
da crescente popularidade do namoro pela Internet, em detrimento dos ba-
res para solteiros e das seções especializadas dos jornais e revistas, um
jovem de 28 anos da Universidade de Bath apontou uma vantagem decisi-
7
va da relação eletrônica: “Sempre se pode apertar a tecla de deletar ”.

“Nesse Fluxo, mente e matéria não são substâncias separadas. São mais
propriamente aspectos diferentes de um movimento completo e contínuo”
David Bohm
4- A Fisica Quântica e a mudança de paradigma

Enquanto a cosmovisão newtoniana ainda domina nossas vidas e pensa-


mentos, todo e qualquer entusiasmo pela física de Newton em si já morreu há
tempos, assim afirma a física Danah Zohar. Ainda é a física que move dínamos,
que leva o homem à Lua, porém já não está na vanguarda do pensamento físico
criativo. Nem sequer é ensinada nos cursos básicos das universidades mais
avançadas, pois a consideram adequada somente a níveis mais elementares do
ensino da ciência. Em seu lugar, temos a “nova física”, a teoria da relatividade de
Einstein e a mecânica quântica, ambas tendo mudado radicalmente o modo de se
fazer física.

A mais revolucionária e, para nossos fins, a mais importante afirmação que


a física quântica faz acerca da natureza da matéria, e talvez do próprio ser, pro-
vém de sua descrição da dualidade onda-partícula – a afirmativa de que todo ser,
no nível subatômico, pode ser igualmente bem descrito como partículas sólidas,
como um certo numero de minúsculas bolas de bilhar, ou como ondas, como as
ondulações na superfície do oceano. Mais que isto, a física quântica prossegue

7
Bauman,(2003:12/13).
11

dizendo que nenhuma das duas descrições tem real precisão quando isolada e
que tanto o aspecto onda como o aspecto partícula do ser devem ser levados em
conta quando se procura compreender a natureza das coisas. É a própria duali-
dade o aspecto mais básico. A “substância” quântica é, essencialmente, ambos: o
aspecto onda e o aspecto partícula simultaneamente. Tal dualidade e o conceito
um tanto etéreo de matéria que isso representa não poderiam estar mais distan-
tes da noção corriqueira sustentada pela física newtoniana ou clássica.

Na física de Newton, como em nossa percepção comum de questões maio-


res, presumia-se que o ser, em seu nível mais básico e indivisível, consistia em
partículas pequeninas e distintas entre si, os átomos que colidem, se atraem e se
repelem uns dos outros. Eram sólidos e separados, cada qual ocupando um lugar
próprio e definido no espaço e no tempo. Em contrapartida, os movimentos de
onda (como ondas de luz) eram considerados vibrações que ocorriam numa es-
pécie de “gelatina” subjacente (o éter), não sendo coisas fundamentais por si
mesmas. Assim, tanto ondas como partículas tinham seu papel dentro da física
newtoniana, mas as partículas eram consideradas mais básicas, e delas é que a
matéria se formava.

Para a física quântica, porém, tanto ondas como partículas são igualmente
fundamentais. Uma e outra são modos pelos quais a matéria se manifesta, e as
duas juntas são o que a matéria é8.

Objetos quânticos são ondas de possibilidade. Quando não estamos


olhando, eles se propagam como ondas de água ao se jogar uma pedra num la-
go. Uma onda quântica, porém , não se propaga no espaço-tempo, mas no reino
da possibilidade, um reino que Heisenberg chamou de potentia, segundo Amit
Goswami. Quando olhamos, fazemos uma medição, a onda de possibilidade sofre
um colapso; o que antes se espalhava (na possibilidade) agora se torna localiza-
do na realidade concreta como um evento do espaço-tempo, o que era multiface-
tado em potentia assume uma única faceta manifesta.

8
(ZOHAR, 2000:24/25/26).
12

Então, como tudo isso tem relação com o modo como observamos a nós
mesmos, especialmente no que diz respeito à nossa saúde e cura?Quem somos
nós com relação ao mundo? Devemos aplicar a noção de onda-partícula a um
mundo que é separado de nós, de modo que não precisamos ser responsáveis
pelas nossas ações, ou o mundo é nós, e então precisamos aceitar a responsabi-
lidade juntamente com a nossa liberdade de escolha? Para que a nova noção on-
da-partícula tenha sentido como força potente na física quântica, somente a filo-
sofia da segunda alternativa é aceitável – a consciência é o fundamento de todo
ser9.

Como seres humanos, consistimos de uma coleção geométrica de formas-


onda harmônicas de luz, guiadas pela inteligência.
Bruce Cathie, The Energy Grid

5 O corpo humano e os fótons

O corpo humano emite fótons – biofotons – a partir do DNA. Quanto mais


altamente carregado for o campo eletromagnético, mais ativa é a troca de infor-
mação! É a informação derivada de nossas estruturas eletromagnéticas em evo-
lução que nos fornece nossa consciência em expansão. O campo eletromagnético
é que fornece a organização, a estrutura e a forma da substância que chamamos
de matéria. Sem o campo eletromagnético, não haveria materialização ou mani-
festação de objetos sólidos.

Todos nós exibimos energias naturais. Essa é nossa natureza! Essa é a


mensagem de Davis e Rawls10 para nós. Não precisamos fazer nada “especial”
para manifestar essa energia. Ela apenas é!

9
(GOSWAMI, 2004:73/74/75).
10
(DAVIS e RAWLS in LAPIERRE, 2007:162)
13

Nossas energias originam-se fora do espaço-tempo! A matéria é apenas


uma expressão alternativa da luz e a luz existe fora do espaço-tempo.

“A luz está em constante comunicação com cada partícula em existência.


É literalmente a mensageira do campo eletromagnético. A luz continua fluir
por nosso intermédio. Ela faz parte da essência de nossas células e do
11
DNA. O DNA é sintonizado e corrigido por esse fluxo de luz”.

Somos energizados pela luz. Impedir esse fluxo de luz resulta em inúme-
ras desordens que experimentamos como seres humanos. Muitos fatores podem
contribuir para esse impedimento do fluxo. A correção deste fluxo restabelece e
capacita os processos naturais, normais e saudáveis dentro de nossos sistemas.
O aumento resulta em evolução de nossos potenciais inatos! Nossos sistemas
inatos operam com base na supercondutividade, isto é, no fluxo sem resistência.

Como seres desse tipo, podemos alterar nossas freqüências vibratórias!


Possuímos um circuito real que pode ser alterado por meio de processos
ressonantes. A idéia de “ser de luz” ou “corpo de luz” tem uma aplicação
científica válida quando compreendemos que um campo eletromagnético
forneceria um verdadeiro show de luz, se tivéssemos a capacidade de
12
percebê-lo com nossos olhos físicos .

Como seres eletromagnéticos, fazemos parte do espectro eletromagnético


que contém tanto a luz visível quanto a invisível. Sabemos, da “Física Quântica”,
que a luz é a base do campo eletromagnético. O fóton de luz é o menor quanta
desse campo e é também o mensageiro que providencia a comunicação entre
partículas do campo eletromagnético. Portanto, é bastante claro que somos seres
de luz – seres de carbono, elétricos e de luz.

“Aqueles de nós que sentem a “energia sutil”, tanto ao redor de si


mesmos quanto nas interações com os outros, não precisam ser conven-
cidos de sua existência. Aqueles outros que estão preparados para se

11
(DAVIS e RAWLS in LAPIERRE, 2007:162)
12
(LAPIERRE, 2007 : 103)
14

abrirem ao fluxo por meio da prática ficarão intrigados ao descobrirem que


brincar com a energia de suas mãos é como brincar com ímãs!

6 As mãos e a luz

As mãos são espelhos da biologia, dos sistemas humanos de energia e


das camadas de energia sutil. Fornecem informação do tipo holográfica multidi-
mensional. Os pontos e meridianos da acupuntura das mãos estão relacionados
com todos os aspectos da fisiologia e estado de saúde de uma pessoa. Esses
acupontos são conectores de hipercampo com fontes virtuais. Cada acuponto
possui um campo de torção associado, que oferece interação hiperespacial po-
tencial. A rede de meridianos coleta o fluxo de correntes escalares. Na proximida-
de de um outro ser humano, a mão apresenta possibilidades de efeitos interativos
ricamente ressonantes.

A ciência atual estabeleceu a natureza eletroquímica de nossos sistemas


biológicos físicos. Porém, em um sentido amplo, somos muito mais do que carbo-
no, outros elementos químicos e potenciais elétricos! Nossa natureza também é
eletromagnética. O eletromagnetismo é um fenômeno interdimensional.
Davis e Rawls observaram que há um fluxo constante de energias de nosso am-
biente eletromagnético para dentro e para fora do sistema humano. A partir de
sua observação, formularam a visão de que o cérebro funciona como uma esta-
ção receptora e transmissora de energias que se mesclam ou são moduladas por
milhares de freqüências do corpo. Todas essas energias são geradas e detecta-
das nas mãos. Tais energias tem um efeito profundo sobre outro ser humano.
“ Todas as pessoas possuem as energias naturais do Arco-Iris em Suas Mãos.”
Nesse aspecto, Davis e Rawls estabelecem que somos todos iguais, todos nós
exibimos os campos naturais e todos possuímos o potencial para ajudar os outros
de algum modo com essas energias naturais!13

13
(LAPIERRE, 2007: 169)
15

Quando reconhecemos o poder de nossas crenças descobrimos a chave


da liberdade. Não podemos modificar nossos códigos de programação ge-
nética, mas podemos modificar nossa mente.
Bruce H. lipton
7 Considerações finais

No século 17, René Descartes negou o conceito de que a mente tenha in-
fluência sobre o corpo. Afirmou que o corpo físico é composto de material denso e
a mente, de uma substância ainda não identificada porém imaterial. Como não
conseguiu identificar a natureza da mente, resolveu deixar o assunto de lado.

A realidade de um universo quântico retoma conceitos que Descartes refu-


tou. Sim, a mente (energia) emana do corpo físico exatamente como ele pensava.
A nova compreensão da mecânica do universo, porém, mostra como o corpo físi-
co pode ser afetado pela mente não-material. Pensamentos, que são a energia da
mente, influenciam diretamente a maneira como o cérebro físico controla a fisiolo-
gia do corpo.

Cada elemento da consciência, na verdade cada elemento da própria reali-


dade se relaciona com todos os outros. O todo é algo maior que a soma das par-
tes, ou, como coloca David Bohm, um dos principais proponentes do modelo ho-
lográfico - a realidade é uma “inteireza não dividida” Tudo e todos estão tão inte-
gralmente inter-relacionados que qualquer menção de indivíduos ou de separação
é uma distorção da realidade, uma ilusão.

Perceber a vida com um novo olhar, ter consciência de que nossas crenças
positivas e negativas tem impacto não apenas sobre nossa saúde como também
sobre outros aspectos de nossa vida, reconhecer que somos seres de luz com
todas as implicações que esta informação traz são alguns dos desafios postos
para curador e paciente no processo da cura.

Para dar conta destes desafios, um dos aspectos que auxilia o curador é
o seu preparo. Bárbara Brennan no livro Mãos de Luz descreve algumas compe-
16

tências que o curador deve adquirir para o seu desenvolvimento, tais como méto-
dos de aconselhamento, fisiologia, patologia, técnicas de massagem, anatomia e
revela possuir um bacharelado em física .

Este estudo faz uma breve abordagem de idéias que embasaram e ainda
sustentam as crenças equivocadas de muitas pessoas sobre a existência, bem
como apresenta algumas idéias trazidas pela Física Quântica, que vem sinali-
zando verdadeira mudança de paradigma, como ressalta o biólogo celular Bruce
H. Lipton -“ creio que neste momento vivenciamos uma mudança profunda e
pragmática em nosso modo de ver a vida, algo semelhante ao que aconteceu
quando o conceito de que a Terra era redonda substituiu todas as crenças da
época.”14 . Leva em consideração a importância do curador da escola “Mãos de
Luz” estar ciente do alinhamento desta abordagem com as novas descobertas
da ciência, a fim de ampliar os recursos desta terapêutica revolucionária, própria
para um momento de mudanças significativas como as que ocorrem na nossa
civilização.

8- BIBLIOGRAFIA

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Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2003.

_________________ O mal-estar-da pós-modernidade. Rio de Janeiro. Jorge


Zahar, 1998.

BRENNAN, Barbara Ann. Mãos de Luz. São Paulo. Pensamento, 1987.

_________________ Luz Emergente – A jornada da cura pessoal. São Paulo.


Cultrix/Pensamento, 1993.

14
(LIPTON, 2007:35 )
17

CARLSON, Richard, Ph.D; SHIELD, Benjamin. Curar, Curar-se. São Paulo. Cul-
trix, 1989.

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da consciência o seu portal para o hiperespaço. São Paulo. Madras, 2007

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1993.

ZOHAR, Danah. O ser quântico - uma visão revolucionária da natureza hu-


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18

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