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INTRODUÇÃO

Estimar a reserva de nutrientes

Identificar carências específicas

Avaliar eficácia terapêutica (respostas


Profª Msc Tayana Vago
imediatas ao tratamento)

Complementar outros métodos na


determinação do estado nutricional

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

VANTAGENS DESVANTAGENS Sempre lembrar que:

 Detecção de  Requer infra-estrutura e A avaliação bioquímica não deve ser conclusiva sobre o estado
deficiências pessoal especializados nutricional do paciente. A combinação de dados antropométricos,
específicas ainda na  Pode apresentar alto inquéritos alimentares e exames laboratoriais representa o método
fase subclínica custo mais apropriado para traçar o diagnóstico nutricional.
 Tratamento específico  Os testes são afetados
e precoce por fatores biológicos,
técnicos, orgânicos, e
medicamentosos

Massa proteica somática Massa proteica somática


Associados aos valores de proteína somática obtidos por análises ÍNDICE CREATININA - ALTURA
antropométrica, podem ser usados métodos bioquímicos.
Avalia a massa muscular corporal, baseando-se no fato de que 98% da creatina está
localizada nos músculos.
ÍNDICE CREATININA - ALTURA A massa corporal magra (MCM) está diretamente relacionada com a creatina, ou seja,
quanto ↑ MCM → ↑ excreção;

 Estado de Hipercatabolismo ICA= Creatinina urinária (24h) x 100


Coeficiente de creatinina*

Coeficiente de creatinina na urina em 24h: INTERPRETAÇÃO:


 Degradação de musculo esquelético  Homens: 23 mg/kg/dia > 90%: Ausência de depleção
80-90%: Depleção leve
 Mulheres: 18 mg/kg/dia 60-80%: Depleção moderada
 Creatinina urinária: está aumentada nestas condições <60%: Depleção grave

*Na ausência do coeficiente de creatinina, pode ser usada a creatinina urinária ideal: conforme
 Aferição de creatinina urinária em 24h: urina de 24 horas. peso e excreção teórica ou de acordo com altura, idade e sexo (peso ideal).
Massa proteica somática Massa proteica somática
ÍNDICE CREATININA - ALTURA
EXEMPLO PRÁTICO

• Sexo masculino, 50 kg

• Excreção de creatinina urinária em 24h: 1110 mg

Coeficiente de creatinina: 23 x 50= 1150

ICA= 1110 x 100= 96,5% → Ausência de depleção


1150

Massa proteica somática Massa proteica somática


LIMITAÇÕES BALANÇO NITROGENADO

 Não deve ser utilizado na Insuficiência Renal, na vigência de Utilizado para estimar o metabolismo proteico, indicando a diferença entre o aporte e as
perdas de nitrogênio.
infecção, febre e na fase aguda pós traumática
BN= Nitrogênio ingerido – nitrogênio excretado
 Sofre influência de atividade física intensa, imobilização e
estresse emotivo Nitrogênio ingerido(NI) = (proteína ingerida em 24h)
6,25
 Correlação com massa magra não confirmada em pacientes
Nitrogênio excretado (NE)= (ureia urinária)** + 4*** + outras perdas****
obesos
2,14

 Ingestão de carnes: dieta restrita em carnes e peixes de 24 a 48


horas antes e nos dias de coleta de urina ****Outras Perdas: ***4: Perdas INTERPRETAÇÃO:
quando houver (fístulas insensíveis (fezes, 0: Equilíbrio
(1g), diarréia (2,5g), etc) pele, etc) >0 ou positivo: anabolismo
 Cefalosporina, levodopa e ácido ascórbico aumentam os níveis <0 ou negativo: catabolismo
de creatinina CALIXTO-LIMA, 2012

Massa proteica somática Massa proteica somática


EXEMPLO PRÁTICO LIMITAÇÕES

• Excreção de ureia urinária em 24h: 30 g


• Proteína ingerida em 24h: 80g INTERPRETAÇÃO:
• Perdas insensíveis (fezes, pele): 4 g
< 0 ou negativo:  Estado de hidratação
catabolismo
 30
• Sem outras perdas Necessidade de adequação
da dieta  Variações da função renal durante o ciclo circadiano diário
NI= (proteína ingerida em 24h) = 80 = 12,8
6,25 6,25 (por isso recomenda-se coleta de diurese de 24horas)

NE= (ureia urinária) + 4 = 30 = 14,01 + 4 = 18,01


 Atividade física e treinamento
2,14 2,14
 Insuficiência renal e hepática
BN= Nitrogênio ingerido – nitrogênio excretado

BN= 12,8 – 18,01 BN= -5,21


Proteínas viscerais Proteínas viscerais
Proteína C-reativa
Níveis de proteínas circulantes no plasma
 Pode ser bom indicativo de desnutrição proteico-calórica  Proteína de fase aguda

 Diminuição da síntese hepática por suprimento proteico-  Concentração sérica ↑ ou ↓pelo menos 25% durante estados
calórico insuficiente inflamatórios

 Processos inflamatórios crônicos valores ↑ : infecção, presença de


 Pode ser influenciada por diversos fatores: inflamação sistêmica por artrite reumatoide, no infarto do
 Hepatopatias, trauma, neoplasias miocárdio, na pancreatite necrotizante, em politrauma, neoplasias
Proteínas de fase  Preditor independente de infarto agudo do miocárdio e AVC
aguda
 Meia vida plasmática de 19 horas : dosagens seriadas ao longo de
Proteínas vários dias são mais úteis que resultados isolados
plasmáticas viscerais

Proteínas viscerais Proteínas viscerais


Proteína C-reativa Albumina
 Proteína de síntese hepática responsável pela manutenção da
pressão oncótica do plasma, transporte de substancias no
INTERPRETAÇÃO: sangue (ácidos graxos de cadeia longa e os esteróides)
RISCO CARDIOVASCULAR INTERPRETAÇÃO:
- Risco baixo: < 1mg/dL PROVA INFLAMATÓRIA:  Redução no sangue: passagem de liquido para o meio
- Risco moderado: 1 a 3 mg/dL - Normal: < 0,5 mg/dL
- Risco alto: > 3 mg/dL vascular resultando em edema.

 Pode estar relacionada a desnutrição (indicador pouco


sensível)

 Mais considerada como preditor de morbidade

 Meia vida de 18 a 20 dias

Proteínas viscerais Proteínas viscerais


Albumina Pré-albumina
 Proteína se síntese hepática
INTERPRETAÇÃO:
de rápido turnover
INTERPRETAÇÃO: Normal: 20 mg/ dL
Normal: > 3,5 g/Dl Depleção leve: 10 – 15 mg/ dL
 Melhor correlação com Depleção grava: < 5 mg/ dL
Depleção leve: 3 – 3,5 g/dL
Depleção moderada: 2,4 – 2,9 g/dL alterações a curto prazo no
Depleção grave: < 2,4 g/dL estado de desnutrição
Insuficiência renal
 Meia vida: 2 dias
 Mais útil no
monitoramento da Inflamação,
infecção, doenças
melhora do estado hepáticas, traumas
nutricional
Proteínas viscerais Proteínas viscerais
Transferrina Proteína transportadora de retinol

 Meia vida mais curta que a albumina  Transporte da vitamina A

 Não responde rápido o suficiente o estado proteico-calórico  Vida média de 10-12 horas
para que seja plenamente útil na avaliação nutricional
 Pouco mais útil que a albumina  Índice muito sensível da restrição proteica e/ou energética

INTERPRETAÇÃO: LIMITAÇÕES:
Depleção leve: 150 – 200 mg/dL  Aumentada na carência de Insuficiência renal
Depleção moderada: 100 – 150 mg/ dL ferro, gravidez, hepatites agudas INTERPRETAÇÃO:
Depleção grave: < 100mg/ dL e sangramentos crônicos. Normal: 3 – 5 mg/ dL
 Reduzida em várias anemias, Inflamação, infecção,
doenças hepáticas,
doenças hepáticas crônicas, traumas, carência de
neoplasias, sobrecarga de ferro vi A e zinco

Hemograma Hemograma
HEMOGRAMA – série vermelha HEMOGRAMA – série vermelha

 Eritrócitos ou Hemácias - Avaliado em milhões por mm3. Varia de acordo com a altitude.  CHCM - Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média. Índice calculado a partir do
Quando seu número está abaixo do normal, chama-se eritropenia, e acima, eritrocitose. valor da hemoglobina e hematócrito, que significa quanto de hemoglobina média
 Hemoglobina - Medida em g/dl. Avalia a proteína que transporta o oxigênio. Usada para percentualmente está contida em cada hemácia.
definir se há ou não um estado anêmico. O CHCM vai determinar se existe alteração
compatível com anemia.  RDW - Avalia o grau de variação no tamanho das hemácias. Útil para diferenciar as
 Hematócrito - Avaliado em percentagem (%) e representa a proporção dos glóbulos em anemias com deficiência de ferro das talassemias.
cada 100 ml de sangue.
 Reticulócitos - São eritrócitos recém liberados da medula óssea. Representa
 VCM - Volume corpuscular médio. Serve para avaliar os tipos de anemia que se
indiretamente a produção dos glóbulos vermelhos na medula óssea. Seu resultado é
manifestam com hemácias de grande, pequeno ou tamanho normal, isto é , anemias
em %.
macro, micro e normocíticas.

Hemograma Avaliação da competência imunológica


HEMOGRAMA – série branca Contagem total de linfócitos
 A parte do sangue que traz as características dos leucócitos é chamada SÉRIE BRANCA  Mede as reservas imunológicas momentâneas, indicando
ou LEUCOGRAMA
condições de mecanismos de defesa celular orgânica
 O número global dos leucócitos na circulação é estimado entre 4.000 e 10.000 / mm3
 Pode ser calculado a partir do leucograma
de sangue.
CTL= % Linfócitos x Leucócitos
 Valores superiores a estes indicam LEUCOCITOSE e abaixo LEUCOPENIA. 100
 Tipos de células do Leucograma :
Neutrófilos - 60 a 65 %
Basófilos - 0 a 1 % LIMITAÇÕES:
Eosinófilos - 2 a 4 %  A CTL sofre influencia de fatores
não nutricionais como
Linfócitos - 20 a 30 %
infecções, patologias (cirrose,
Monócitos - 4 a 8 %
hepatite, queimaduras),
Plasmócitos - 0 a 1 %
medicações
Bastões - 2 a 5 %
REFERÊNCIAS

DUARTE, A.C. Avaliação nutricional bioquimica. In: Avaliação nutricional:


aspectos clínicos e laboratoriais. Cap. 4, p. 21. Ed. Atheneu, São Paulo,
2007.

CALIXTO-LIMA, L. Interpretação de exame laboratoriais em nutrição


clinica. Ed, Rubio, Rio de Janeiro, 2012.

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