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UINVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E FINANÇAS – CAMPUS SOBRAL

DISCIPLINA: Economia e Administração


Professor: Daniel Lavor

Aluno: Gustavo Vasconcelos Bispo Matrícula: 412961

A Teoria das Vantagens Absolutas e a Inovação das Vantagens Comparativas,


seguindo o roteiro da aula, mas de modo que demonstre seu aprendizado, sua
compreensão. Não é um resumo, é a sua interpretação.

Adam Smith, em seu livro “A Riqueza das Nações” rompeu paradigmas do


pensamento econômico, ao tratar, de forma mais detalhada, sobre a divisão do
trabalho. Tratou desse tema afirmando que com a especialização e repartição de
tarefas, seria possível conseguir aumento na produção total. Tem-se, como exemplo, o
seguinte trecho:

Tomemos como exemplo, portanto, uma insignificante fabricação,


mas em que a divisão do trabalho tem sido notada frequentemente, a
fabricação de alfinetes; um trabalhador não instruído para esse
negócio (para o qual a divisão do trabalho tem trazido uma ocupação
diferente), nem informado sobre o uso do maquinário empregado nele
(que aconteceu devido a essa mesma divisão do trabalho), poderia
acabar, talvez, com sua indústria mais importante, fazer um alfinete
por dia e certamente não poderia fazer 20. Mas no caminho em que
esse negócio está agora, não só todo o trabalho é peculiar, mas está
dividido em um número de partes, das quais a maioria são igualmente
tarefas peculiares. Um homem desenrola o arame, outro o estica, o
terceiro corta, o quarto o aponta, o quinto afia a ponta para colocar a
cabeça, para fazê-la é preciso mais duas ou três operações, para
revesti-la é uma operação peculiar, para calvejar os alfinetes é outra,
e é até mesmo uma função específica para colocá-los em um papel, e
o negócio mais importante de fazer alfinetes está, desse modo,
dividido em 18 operações distintas que, em algumas fábricas, são
todas feitas por diferentes mãos, embora, em outras, o mesmo
trabalhador fará duas ou três delas. (...) Portanto, cada pessoa, ao
fazer a décima parte dos 48 mil alfinetes, poderia ser considerada
produtora de 4.800 alfinetes por dia. (Adam Smith, A Riqueza das
Nações)

A divisão do trabalho, então, aumentava a quantidade de produção por três razões.


Primeiro, cada trabalhador desenvolve uma habilidade maior na realização de uma
simples tarefa repetitivamente. Segundo, economiza-se tempo, pois se o trabalhador
não puder ir ao trabalho, outro fará sua função. Terceiro, o maquinário pode ser
desenvolvido para aumentar a produtividade, uma vez que as tarefas tenham sido
simplificadas.

Ainda que Smith tratasse principalmente de forma microeconômica, não era difícil
perceber que a divisão do trabalho poderia ser aplicada também no tocante à riqueza
das nações, já que as condições climáticas, de relevo e solo e de facilidade de
produção faria com que determinadas nações se especializassem em produzir um tipo
de bens, enquanto outra nação seria mais eficiente na produção de outro bem. E seria,
portanto, a troca de mercadorias (o comércio) o meio ideal para que os países
suprissem suas diversas necessidades.

A essa Teoria, dá-se o nome de Teoria das Vantagens Absolutas. Ou seja, uma
nação possui Vantagem Absoluta em relação a outra, para a produção de determinado
bem quando, para a produção de quantidades iguais, demandar quantidade menor de
insumos (tempo, capital, trabalho etc).

Dessarte, Adam Smith defendia que as nações deveriam especializar-se e focar sua
produção nos bens e serviços que possuíssem Vantagem Absoluta em relação às
demais e posteriormente comercializando, auferindo assim mais vantagens do que se
produzisse todos os bens e serviços que necessita.

Todavia, haviam nações que possuíam vantagem absoluta na produção de mais de


um bem, em relação a todas as outras, o que inevitavelmente causaria prejuízo para
as demais nações, pois as excluiria do comércio, segundo o pensamento de Smith.

Foi então que, posteriormente, o também pensador clássico David Ricardo formulo a
Teoria das Vantagens Comparativas, que descrevia o custo de oportunidade de dois
produtores. Ou seja, ainda que um país possuísse vantagem absoluta em dois bens,
deveria ser feita uma comparação entre eles, para que se pudesse analisar o custo de
oportunidade, ou seja, o quanto deixaria de produzir de um para produzir do outro, em
detrimento da troca comercial com outra nação.

Com isso, Ricardo fortaleceu a idéia do comércio entre nações, desde que haja uma
produção racional e voltada ao crescimento, sempre analisando as vantagens
comparativas.

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