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05/02/2015

Fontes do Direito

Teoria Geral dos contrados

 Contratos: Em verdade, fontes das obrigações – maior fonte das obrigações


 Contrato está para o civilista assim como o crime está para o penalista (PSG).
 E como se originam as obrigações?
1. A maior e mais importante – “O contrato”
2. Atos unilaterais (Ex: Art 854/02 CC – promessa de recompensa)
3. Atos ilícitos (arts 186 – 927 CC)
4. Lei (Ex: art 1566, IV e 1696 CC)

Contratos

 “Contractus” Vem de contrair (“tratar com”)


1. * Conceito clássico: “Negócio jurídico resultante de um acordo de vontades
que produz efeitos obrigacionais”.

** Todo contrato é negócio jurídico bilateral, por envolver duas pessoas ou duas vontades.

*** Cuidado = A classificação do Negócio Jurídico em unilateral e bilateral NÃO se confunde


com a classificação do contrato nesses termos, pois nesse último verifica-se a existência (ou
não) de deveres de ambas as partes.

Ex: Doação pura é negócio jurídico bilateral, porque envolve duas pessoas, mas é contrato
unilateral, porque só aproveita à uma das partes.

O contrato é negócio jurídico “inter-vivos”, não se confundindo com os negócios “mortis


causa”, como o testamento.
*OBS: Por isso, art 426CC veda o “Pacto Corvina”.

*Conceito comtemporâneo: “É relação intersubjetiva, baseada no solidarismo constitucional e


que traz efeitos patrimoniais e existenciais, não somente em relação as partes contratantes,
mas também em relação a terceiros.

 Razões (da nova conceituação de “contratos”)


1. Preocupação constitucional
 Ex: Abolição da prisão do depositário infiel
2. Contrato pode gerar efeitos existenciais ou de personalidade
 Ex: Contrato BBB = Os participantes do programa renunciam ao Direito
de Imagem em razão da edição e corte feita pela emissora.
3. Contrato pode gerar efeitos perante terceiros – “Tutela eterna de crédito”
 Ex: art 608 CC/02 – (Caso Brahma x Zeca)
 Lembrete importante: (vetores de embasamento do CC/02)
1. Eticidade: O Direito contratual adistrito às novas orientações do Direito Civil
constitucional, prestigia princípios éticos, merecendo destaque: Probidade e
Boa fé.
2. Operabilidade: O CC/02 se distancia da ineficácia de alguns institutos de difícil
compreensão do CC/16.
 Ex: Diferenciação de prescrição e decadência.
3. ***Sociedade: Os contratos devem observar sempre o equilíbrio em
sociedade, não podendo haver desequilíbrio ou desproporção excessiva entre
os contratantes, sob pena de afronta aos princípios sociais ínsitos
(característicos) ao Direito Contratual moderno/contemporâneo.
12/02/2015

* Condições de validade (contrato)

A- Capacidade do agente  Condição subjetiva (art 166, I e 171, I CC)

B- Objeto lícito  (Não pode ser contrário à lei, moral ou bons costumes, possível,
determinado ou determinável.

C- Forma prescrita ou não defesa em lei  “forma”: conjunto de solenidades. Em regra a


forma é livre, eventualmente a lei exige forma específica.

- Ex: Escritura quando da venda de imóveis.

D- Consentimento recíproco ou acordo de vontades  Livre e espontâneo; se eivado por


qualquer vício (Ex: Erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ...) a validade do contrato fica
comprometida.

** Princípios contratuais conforme CC/02

 Forte aproximação principiológica entre o CC/02 e do CDC, com uma nova teoria geral
dos contratos, por meio dos princípios socias contratuais (autonomia privada, boa-fé e
função social do contrato)
1. Autonomia privada: Garante a liberdade das pessoas no tocante à contratação,
independentemente de forma.
 *** Em regra – art 425 CC  autonomia privada veio em substituição
à autonomia da vontade em razão da “crise da vontade”, motivada
pelos contratos de adesão.
2. Consensualismo: em regra, o simples acordo de vontades
 Ex: Contrato de venda e compra se aperfeiçoa quando contraentes
ajustam objeto, preço e condições.
3. Relatividade dos efeitos contratuais: o contrato gera efeitos entre as partes
que dele participam, não gerando – em regra – efeitos a terceiros.
 Há exceções: Ex: Contrato de Seguro.
4. Força obrigatória dos contratos (“Pacta Sunt Servanda”) como regra geral, o
“contrato é lei entre as partes” e portanto, deve ser cumprido.
 OBS: princípio outrora mais absoluto, foi mitigado com o advento do
CC/02

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