E

JORNAL
©jornal do brasil s a 1989
Tempo
No Rio o em Niterói, par-
clalmente nublado a claro,
com nevoeiros esparsos pe-
la manha, possível instabi-
lidade local a partir da tar-
de. ViBibilidado de
moderada a boa. Tempera-
tufa em ligeira elevação.
Máxima e mínima de on-
tem: 34,7° em Bangu e 21,1°
no Alto da Boa Vista. Foto
do satélite, mapa e tempo
no mundo, Cidade, página 4.
Ilegalidade
A Policia Federal e o Mi-
nistério do Interior com-
provaram a denúncia do
empresário Joaquim Bit-
tencourt de concessão ile-
gal de incentivos fiscais da
União pela diretoria da Su-
dam. (Página 5)
Thatcher opina
A primeira-ministra britâ-
nica, Margaret Thatcher,
admitiu considerar o ro-
mance Os versículos satíini-
cos, de Salman Rushdie,
ofensivo ao islamismo. Mas
ressalvou que "as grandes
religiões são fortes o bas-
tante-para superar este tipo -
de problema". (Página 8 e
Caderno B)
Invasão
Carregando móveis e uten-
sllios domésticos, 50 sem-
teto tentaram invadir na
madrugada a Câmara Mu-
nicipal de São Paulo. Fo-
ram impedidos pelo presi-
dente da Casa, o vereador
Eduardo Matarazzo Su-
plicy, do PT. (Página 12)
Monte Pascoal arde
No Monte Pascoal, primei-
ro ponto brasileiro avistado
por Cabral em 1500, quatro
focos de incêndio estão des-
truindo parte da área cedi-
da pela Funai aos pataxós.
(Página 12)
Naufrágio
O barco de pesca João de
Deus naufragou a três mi-
lhas de São Simão, na costa
do Rio Grande do Sul, fe-
rindo um dos 28 tripulantes.
A embarcação, tinha um
único bote salva-vidas. (Pá-
gina 12)
Tempo e dinheiro
Grandes construtoras japo-
nesas estão investindo em
alta tecnologia e já colhem
os frutos: novo método,
chamado de tempo justo,
economizar
permite-lhes
milhões de dólares em uma
única obra de vulto. (Pági-
na 7)
Idéias
? 0 filólogo Paulo Rónai
é, à beira dos 82 anos, mode-
lo de tenacidade intelec-
tual. Um dos raros exem-
pios de leitores que, no
campo escolhido para ga-
rimpar, sabem literalmen-
te de tudo. Antes de apo-
sentar-se, está fazendo
releitura meticulosa ,de A
comédia humana, de Balzac,
edição de 12 mil páginas cu-
ja tradução para o portu-
guês ele mesmo coordenou,
acrescentando 12 mil notas
explicativas. Entregará a
edição revista à editora
Globo até o meio do ano, e
depois se dedicará, sem
pressão externa, ao que
mais gosta de fazer na vida:
ler. O sábio Rónai leu quase
todos os 10 mil volumes de
sua biblioteca em Nova
Friburgo, traduziu mais de
cem livros em nove línguas,
mas continua a madrugar,
todo dia, para estudar.
DO BRASIL
Rio dc Janeiro — Sábado, 4 de março dc 1989 o Rio: NCz$ 0,35
Brnallla — Gilberto Alves
g| I ¦ 111111 T~"- ~TTMfflMinrMf'' fffjilHp VI »* rn* II ¦¦ I I «°«7i ||"|^ ,A1V|^|?,
Governo recorre
à Justiça contra
URP de fevereiro
dccisao da da IffJ't
Ò govcrno recorrerá
0 governo rccorrcra da decisão Kfi8|
Justiça pagamcnto da
conccdcr o pagamento
Justi^a dc conceder da Iftf'Jl -~jP^
URP de dc fevereiro aosaos empregados das |n|l|
empresas estatais,
cmprcsas cstatais, disse ontcm o ministro
dissc ontem ministro - A V' ¦.
da Fazenda, MaílsonMalison da Nóbrega'.
Nobrega. Duas Duas t?"~o~
estatais — o BNDES c e a Rede
Rcdc Fcrroviá- f.| \
|
ria Federal — já receberam
rcccbcram do do Judiciário I
determinação para que aos fun-
que paguem fun- 1^B|
cionários a diferença entre os salários 1 que 3ft
receberam
rcccberam no mês passado passado e o querccc-recc- ;¦ \ VI
beriam se a URP tivesse sido aplicada.
'Mp
A ministra do Trabalho, Dorothca
Werneck, revelou
rcvclou queque levará á próxima
rcuniao do Fórum
reunião Forum Nacional Ncgocia-
Nacion.il de Negocia- . ISpl ^^j||||
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ção Salarial proposta para a criação
criagao de
dc
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politica salarial baseada
uma política bascada em cm índices
indiccs I^^e' . <;<>^^^BBMBBBBM|BIW|^^^^^^^^^^pBMBBB!MB^^^^^^^^Ml;.;;.rMll§!"M&^K''-- f V
regionais reajustc. Com isso,
rcgionais e setoriais de reajuste. isso, I wk^m '
segundo
scgundo ela, cla, seriam
scriam estabelecidos
cstabclccidos pata- mfr UM hHHBMM|^^Hh
pata- t,
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mares
marcs mínimos maximos c as negocia-
minimos ec máximos ncgocia- r Jk 4flMk r m
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goes se
"dãta-basercalizariam
realizariam indepcndcntcmcnte
independentemente da
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data-base dê dc cada categoria. (Pagi nal 13)
ca tcgona. (Página 3) |y|[|J|m ^3Bk~~10
r-1 Sua excelência
excelencia o presidente interi-
no no Antônio
Antonio Paes de Andrade cum-
Povo na rua S\ 1 » priupriu ontem o compromisso de receber,
cm Brasília, um fcfe/i,"™a
telefonema d.°
do titular
mai
0 selo virou roleta-russa
O roleta-russa t ?rjsiU»> r
José
Jose Sarney,
Sarnev. inaugurando
mausurando o sistema de
anula aumento da
Adiada inicialmen- Mas, mesmo sem considerar discagem direta internacional entre o
te de quarta-feira para esses aspectos, sobra outra dúvi- Suriname, onde se encontrava Sarney,
Câmara em Minas
hoje, a obrigatoriedade da: como poderá a Polícia Rodo- e o Brasil. Deu-se então o seguinte
Pressionados pela multidão indig- do uso de um auto-selo diálogo:
viária fiscalizar todos os carros
nadà, que se reuniu em frente à Câ- nas rodovias federais Sarney — Bom-dia. Como vai, presi-
uma rodovia? O
mara Municipal, os 15 vereadores de que passam por dente?
mergulhou agora num mar de con-
Manhuaçu (a 318 quilômetros de Belo DNER reconhece que isso é im- Paes — Bom-dia,
fusões. Segundo informou ontem o presidente Sarney.
Horizonte) revogaram o aumento de possível e avisa: será punido quem Bom dia, presidente Ransewak Sham-,
DNER, a multa que já a partir de
seus salários — de NCz$ 498,00 para os guardas conseguirem parar. Ou kar.
hoje seria aplicada em quem não
NCz$ 832,00 —, decidido na semana nas Sarney (rindo) - Quem está falando
tivesse o selo — de valor igual ao seja: criou-se uma roleta-russa
passada. Em mais duas cidades minei- aqui é o presidente Sarney.
ras, Cataguazes e Pedro Leopoldo, de seu preço — fica adiada por estradas. Alguns serão punidos,
Paes — Estou dando também meu
houve manifestações idênticas. tempo indeterminado. Mas não se outros escaparão ilesos.
bom-dia para o presidente Ramsewak
Em Cataguases, o aumento pas- revoga a obrigatoriedade do selo. Depois de uma semana de Shankar.
saria os salários dos 15 vereadores de Quem não o tiver, será obrigado apoquentações inomináveis, em O atropelo inicial, em que o titular
NCz$ 254 para NCz$ 1.195, mas as pelos guardas a comprá-lo. que ás filas nos postos de venda acabou rindo do interino por não en-
manifestações impediram que os ve- Obrigado como? E se o moto- acrescentava-se o novo assalto ao tender sua intenção de estender os
readores comparecessem à sessão em rista não tiver dinheiro, ou sim- bolso do contribuinte, agora é cumprimentos ao presidente do país
que votariam a lei. Para terça-feira,
data em que a Câmara volta a se plesmente se recusar a obedecer o aguardar até quando a situação vizinho, foi talvez conseqüência do ner-
caso, segundo o vi- vosismo que Paes demonstrava desde
reunir, haverá nova manifestação. guarda?Nesse fique mais-clara. A multa cuja
Em Natuba, na Paraíba, o prefei-
ce-diretor do DNER, Inairo Fon-
entrada em vigor foi adiada será que chegara ao Planalto, às 7h40. Às
tan, ele será obrigado a voltar. É 8b ele colocou-se a postos, concentra-
to José Lins pediu à Justiça que re- estabelecida para valer, segundo
discutível a legalidade de uma pu- do, telefone vermelho à esquerda — e
duza o seu salário, o do vice, o dos informa vagamente o DNER,
vereadores e o de alguns funcioná- nição que em princípio contraria o dava sinais de impaciência porque o
"por
volta da Semana Santa". Até telefone demorava a soar. Em vão o
rios privilegiados. E, em Salvador, o próprio, direito constitucional de ir
deputado Maurício Cotrim (PMDB) e vir. É mais discutível ainda que lá, impera nas rodovias federais ministro Ivan de Souza Mendes, do
apresentou projeto na Assembléia se possa aplicar qualquer punição um sistema parecido com o das SM, tentou descontraí-lo, informando
proibindo a nomeação, nos três Po- em se tratando de uma regra para alfândegas — luz verde para que só às 8hl0 Sarney chegaria à cen-
deres, de parentes em segundo grau trai telefônica.
a qual a punição está suspensa. alguns, vermelha para outros.
para cargos comissionados. (Pág. 2) Às 8hl7, quando o telefone soou, o
interino estava ofegante. Dados os
bons-dias, ouviu a informação de que
com a inauguração do DDI aumenta-
Venezuela adia Denúncia leva Banerj tem só
ria para 5 mil o número de ligações
diárias entre Brasil e Suriname. De-
da 5 dias
Sunab a
pagamentos punir para pois, consultando anotações, fez um
discurso em resposta. "O Brasil acom-
dívida externa Pão de Açúcar 430 mil panha com vivo interesse esta visita",
pagar "Sei
Depois de quatro dias de rebelião Denúncia de Katia Nahoum, publi- O Baneij prepara, em suas 240 disse. que o Suriname está em
contra o programa de austeridade eco- cada no JORNAL DO BRASIL, levou agências no estado, verdadeira operação festa, grande festa cívica. É de grande,
nômica recomendado pelo FMI, que a Sunab a autuar o supermercado Pão de guerra para pagar, até o dia 10 — extraordinária importância..." E por
causou a morte de mais de 300 pessoas, de Açúcar em Copacabana por ter au- como determina a Constituição —, os aí foi, derramando-se em elogios à di-
o presidente da Venezuela, Carlos An- mentado o preço de três produtos após salários de 430 mil servidores federais e
plomacia de Sarney, voltada para a
dres Pérez, anunciou a suspensão dos 14 de janeiro. A fiscalização constatou estaduais. A direção do banco prevê mé- "construção de um mundo de
— paz e
pagamentos da dívida externa hoje a irregularidade na Coca-Cola de dois dia de 70.600 diários e mo- desenvolvimento".
pagamentos
em US$ 31,3 bilhões — até a situação litros, esponja Scoth e macarrão Magi vimento recorde e esperado para o dia 9,
Alívio. Seis minutos depois, mais uma
do país melhorar. Ele avisou os países Fácil. A denúncia foi aceita porque Katia com pagamento de 110.900 servidores.A "Gravamos?",
credores e conversou por telefone com missão cumprida. per-
apresentou notas fiscais das compras fei- operação inclui entrega antecipada de "Gravamos"
o presidente Bush, que autorizou em- tas na véspera do congelamento e 30 dias dinheiro às agências, 500 PMs na segu- guntou Paes, ao desligar.
prestimo-ponte de "coragem US$ 450 milhões, depois. A comprovação agora está mais rança e até alimentação para os funcio- confirmou o general Ivan. Ao ouvirem a
depois de elogiar a e determi- difícil, porque portaria da Sünab deter- nários — 3.889 das agencias, 200 da gravação, o general Ivan tentou des-
nação" de Perez. Em Caracas, a situa- "Talvez ele
mina que em cada nota podem constar direção central e 850 do serviço de pro- culpar o riso de Sarney:
ção voltou à normalidade. (Página 9) no máximo três produtos. (Página 15) ; cessamento de dados. (Cidade, pág. 1) não estivesse ouvindo bem o senhor."

Arquivo
COMIDA

, Quando, ho dois arw\. ti itlu mai\ hl.iwc Ju

iiwtla \c 1'mpi-nhtiva , ni impor <v//(i mimitHiliuti,
( hrisiiiin I acro/1 /v< /< /nu ,> qu^ havia </« mais
Imitai,iso { m h,-rlnyu, \ r h.iLuv^tintlih. I^oi ,i
isfuii di \ nlta í'n hi ih ht \ dc pendas, hnrn e\ i/i
hidas douradas, colares dc un rentes t uni
pendam alhos r pulseiras </\ du:.tu\ nos pulsos.

der. Isabch^arcia, Fa a de Belém. Ma-

rina e Ricardo Amaral saboreiam
? Mesmo de mal com lagostas. O Lokau, restaurante sem luz,
? Assim como ser a TV Globo, Chico água ou telefone, está na moda.
mãe, ser uma cantora Anysio certamente
? O perfumista e escultor eclética è padecer no
festejará, na volta do
Aparicio
Aparício Basilio
Basílio da Silva
Silva paraiso.paraíso. Na dúvida
diivida {rhico
dimda {rhico
Chico Anysio Show,
Show, Entremtado pouco antes de ser condenado
? ? Entrevistado
(foto), dono daperfumaria
da perfumaria
(foto).donodaperfumaria
(foto).dono entreentre
entre a carreira
canefra e a diadia 29 de mar
março,
marfo,
go, um
um
urn a
a à morte pelo aiatola
mortepelo Khomeini por causa do
aiatolá Kliomeini
Khomeinipor
Rastro.e
Rastro, é consumidor
consumidor família,
familia,
fanulia, Olivia
Olivia sucesso
sucesso supervelho: a /f'vro livro Os versiculos
versículos satanicos.
satânicos,
satanicos, o escritor Salman
Salnum
Byington os escolinha Rushdie disse "e
"é ser completamente
compuisivo.
compulsivo. So Sô
Sd usa artigos
artigos Byington (foto) faz escolinha do professor
professor
professor S§Ml
a ^ que preciso
car
caros
os e de grifie.
eriffe Seu
Sen dois papéis desde 1978. Raimundo
dois papeis Raüyiundo (foto),
(foto), ' paranoico paranóico para achar, em pleno seculo século 20, que
J.,
j., Atualmente, Atualmente, apresenta
apresenta quadro
quadro criado
criadopor
por ele e
e 1^"
Pp~ \
^ V uma uma religiao
religião tao
tão antiga como o islamismo
islamismopossa
possa
esporte predileto è andar em noj^ro^ p^rJiaroldo k -;' ser
no Teatro Ipanema um por Haroldo Barbosa na na ameatadapor
ameaçada por wn
ser aw^ada lino".
um liwo".
livro".
Nova Iorque e, como Rádio Guanabara, em |
recital em que
Marilyn Monroe, a roupa convivem Debussv, 1952.
^al?ldofrbosana ser
de dormir é o Chanel n° 5. Gershwin e Cartola.

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JORNAL DO
DO BRASIL
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©JORNAL s a 1989
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do BRASIL 1989 Rio de Janeiro ---- Sábado,
Rio dú marqo de 1989
Sdbado, 4 de março 1989 XCVILI — N° 326
Ano XCVIll 326 Prcqo
Preço para o Rio: NCz$ 0,35
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Tempo
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tura em ligeira elevação. O governo recorrerá da decisão da
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tem: 34,7° em
tem^^Vz^em Bangu
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do satélite, mapa e tempo
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da Fazenda, Maílson Nobrega. Duas
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Ilegalidade
Degalidade estatais —— o0 BNDES bndes e a Rede Ferroviá- \
A Policia Federal e o Mi- ...ria Federal — já receberam |%m do Judiciário f 19^
nistérlo do Interior com- determinação
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provaram a denúncia do cionários a diferença entre os salários que
empresário Joaquim Bit-
tencourt de de concessão ile-
receberam receberam no no mês passado e o que rece-
gal de incentivos fiscais da beriam se a URP tivesse sido aplicada.
diretona da Su-
Uniao pela diretoria
União Su- .1
dam. (Página 5) mimstra do Trabalho, Dorothéa
A ministra Dorothea ^ "\ %
Werneck, revelou que levará à próxima '"^^V
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Thatcher opina opina reunião do Fórum Nacional de Negocia- .'
A primeira-ministra
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cm indices |¦$$&¦;, m
mitiu considerar o romance romance umP pohtica salarial baseada em
uma política
Os versículos
vcrsiculos satânicos,
sat&nicos, de Sal- regionais e setoriais de reajuste. Com isso,
Sal- rcgionais
man Rushdie, ofensivo ao is- is- segundo
segundo ela, seriam estabelecidos pata- pata-
lamismo.
jrian Mas ressalvou que mares mínimos e máximos e as negocia- JJJr %
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grandes religiões são for- ~
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T;es bastante para superai' se realizarraTnindependüiitemente-da~
superar (^s^TraliZcrrraTnindependenTementeua
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este tipo de problema". (Pá- ^
(Pa- data-base
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gina 8 e Caderno B)
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excelencia o presidente interi-
Invasao
Invasão no no Antonio
Antônio Paes de Andrade cum-
Carregando móveis m6veis e uten- uten-Povo rovonarua na rua r\ i • __ JLi-x priu priu ontem o compromisso de receber,
dom^sticos, 50 sem-
sllios domésticos,
sílios sem- U
O selo selo virou virou roleta-russa roleta-russa
roleta-russa em em Brasília,
Brasilia, um telefonema do titular
teto tentaram invadir na
madrugada a Câmara Mu- José Sarney, inaugurando o sistema de
anula aumento da da mssga Adiada inicialmen-
inicialmen- w* tando
tando de uma
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ram impedidos peiopregi pelo presi- f*£ww*n™ _ _ llii fr te de quarta-feira para para a a punigao
punição esta
está suspensa.
suspensa. Suriname, onde se encontrava Sarney,
dente da Casa, o vereador ]lff'
Câmara em
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obrigatorieda- Mas,
Mas, mesmo sem considerar
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Deu.se então entSo o0 seguinte
Eduardo Matarazzo Su-
Su- Samara
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esses
esses aspectos, sobra outra duvi-
dúvi-
duvi- diálogo:
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multidao indig- indig-
nada, se reuniu em frente àa Câ-
Ca- BHI selo nas rodovias fede- fede- da: como podera
da: poderá a Policia Polícia Rodo-
Rodo- Sarney — Bom-dia. Como vai, presi-
Monte Pascoal arde nada, que
mara Municipal, os 15 vereadores de de rais mergulhou agora num mar de viária fiscalizar todos os carros
de viaria
viana carros dente?
Pascoal primei-
No Monte Pascoal, primei- mara — Bom-dia,
ro ponto brasileiro Manhuaçu
avistado Manhua<;u (a
brasiieiro'avistado 318 quilômetros
quilometros de Belo
Belo confusoes.
confusões. Segundo informou on-
on- que
que passam por uma rodovia? O
O Paes presidente Sarney.
cabrai em 1500, quatro
por Cabral Horizonte) revogaram o aumento de
quatro Horizonte) de tem
tern o DNER, a multa que já ja a DNER DNER reconhece que isso e
é im-
im- Bom dia, presidente Ransenak Ransewak Sham-.
focos de incêndio estão des- seus salários — de NCz$ N-??J 498,00
498'00 para
I truindo parte da área cedi-
Irea°cedi- x^fSn^deA para partir de hoje seria aplicada em
em possivel
possível e avisa: sera
será punido
punido kar.
parte*da
da pela Funai aos pataxós. oj/,UL) —|, decidido na semana
NCz$ 832,00 semana não tivesse o selo — de Sarney (rindo) - Quem está esta falando
pataxbs. JNLz3> quern nao
quem quem os guardas conseguirem pa-
quem
de quern pa-
(Pagina
(Página 12)
12) passada. passada. Em mais duas cidades minei- minei- — aqui é
e o Sarney.
valor igual ao de seu preço preco
prego flea
fica rar. Ou seja: criou-se uma roleta-
rar. roleta- presidente
ras, Cataguazes e Pedro Leopoldo, Paes — Estou dando também tambem meu
Naufrágio
Naufrdgio hoiW^tS^fiPSSir^0p0 adiada por P°r tempo indeterminado.
indeterminado.
mdeterminado. russa
russa nas estradas. Alguns serao
serão
serao
houve manifestações idênticas.' bom-dia o
O barco de pesca João joao de de * Mas nao não se revoga a obrigatorie- obrigatorie- punidos, punidos, outros escaparao
escaparão ilesos.
ilesos. para presidente Ramsewak
Deus naufragou a três tres mi-
mi- Em Em Cataguases, o0 aumento pas- pas- Shankar.
rlnrfp do
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nao tivpr Dermis
tiver, Depois ~ de
Depois dp uma semana de de
lhas de São Simao, na costa
s&o Simão, costa saria salarios dos 15 vereadores de
saria os salários de ' «. • J » j . . , O atropclo inicial,
Q atropelo inicial. em que Que o titular
do Rio Grande do Sul, fe- NCz$ 254 as sera
será
«1 obrigado
"bngado pelos guardas a apoquentações
apoquentagoes
apoqueatafoes inominaveis,
inomináveis,
mom,nave,s, em
em
NCz$ 1.195, mas as acabou rindo do interino
rindo um dos 28 tripulantes. NCz$
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A embarcação,
embarcacao. tlnlia tinha um manifestações impediram que os ve-
um mamfestaQoes ve- compra-lo.
comprá-lo. que que asás filas
tender
fcmfej. sua gm jnt intenção io de estender os
ie es(enifer
unico bote salva-vidas.
único saiva-vidas. (Pá- readores comparecessem àa sessão
(Pa- readores sessao em em Obrigado
Obngado como? como?E E se o moto- acrescentava-se o novo assalto ao
moto- acrescentava-se ao
cumprimentos ao presidente do país pais
gina 12) rista naonão tiver liver dinbeiro
dinheiro, ou sim- sim- bolso bolso do contribute,
contribuinte, agora ee
é
que que votariam a lei. Para terpa-feira, terça-feira, ^nboJoilalvezcoimqiiiiKiadoner-
vizinho, foi talvez conseqüência do ner-
tnal2) ,. , data em que a Câmara Camara volta a se se aguardar ate até quando a situagao situação
situagao
Tempo e dinheiro dinheiro data plesmente se recusar a obedecer obedecero aguardar
o aguardar vosismo que Paes demonstrava desde
reunir, haverá nova manifestação.
novaJrian^es^a9S°- guarda? Nesse caso, segundo o fique
fique mais clara. A multa cuja
cuja ~ue
Grandes construtoras japo- japo- reur^r> ^av,er^ que chegara ao Planalto, pianalto, às as 7h40. yis >is
nesas estãoestao investindo em
em e,iti Em Natuba, na Paraíba,
Paraiba, o prefei-
pretei- vice-diretor do DNER, Inairo Inairo entradaentrada em vigor foi adiada sera será
sera ou
alta tecnologia e já colhem 8h eleeje colocou-se
C0i0C0u-se a postos, oostos concentra-
to José Lins pediu à Justiça que re- Fontan, ele sera será obrigado a vol- estabelecida para valer, segundo
vol- estabelecida segundo
os frutos: novo método, cha- LJa0Soo seu do,
d0f telefone
teIefone vermelho
vermeiho e^uerda —
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mado de tempo justo, permi- duza salário, o do
selTsa^rio dS vice,
vSeTcfls o dos Fontantar. E
É discutivel informa vagamente o DNER,
DNER,
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mforma dava sinaissjnajs de jmpaciencia porque o
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Sem'f Santa",
Santa".
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S-^rr^'S
de dólares em uma única dos prSgiaSos E,
rios privilegiados. em Salvador, o
E"S."Mvador o
obra
obrade de vulto. (Pag. 7)
(Pág. 7) deputado contraria o proprio
próprio direito cons-
cons- Até
Ate la,
lá, impera nas rodovias fede-
fede- ministro Ivan de Souza Mendes, do
deputado Maurício
Mauricio Cotrim (PMDB) (PMDB)
—^apresentou apresentou projeto na Assembléia Assembleia titucional titucional de ir e vir.
vir, É
E mais
mais rais
rais um sistema parecido com o
o SNI, descontrai-Iof informando
SNIf tentou descontraí-lo, mformando
«*r m * m discutivel
discutível ainda se apli-
apli- das
das alfandegas
alfândegas — luz verde só
so às
as 8hl0 Sarney chegaria aà cen-
proibindo a nomeação,nomeagao, nos três tres Po- Po- que possa para
para que
Trf Ats o
Idéias
JLlAf^lc&S proibindo
deres,
deres, de parentes em segundo grau grau car qualquer punigao punição em se tra- alguns,
tra- alguns, vermelha para outros.
outros. trai
tral telefônica.
telefdnica.
fil61ogo Paulo Rónai
? 0 filólogo Ronai para para cargos comissionados. (Pág. (Pag. 2) 2) /is Às 8hl7, quando o telefone teIefone soou, o
é, à beira dos 82 anos, mode- /o/miio estava ofegante. Dados os
interino
lo de tenacidade intelec- mtelec- . P. ~ ,
tual. Um dos raros exem- exem- ,T - _ bons-dias, ouviu ounu a informação
informafao de que
, 1# . >
pios de leitores que, no com a inauguração do DDI aumenta-
co.m»md,°DDl,m™nt~a~
S^no'p^fS S ga- £° ?Venezuela
enezuela adia DPFfecha
DPF fecha casa casa Banerj tem só
Baneri so
campo escolhido para ga- na ria para 5 mil o número numero de ligações
hgagoes
rimpar, sabem literalmen-
literalmen- rtntnaufno Ja _TI ff diárias
diarias entre Brasil e Suriname. De-
te de tudo. Antes de apo-
*ut"tf Jlno nriM(1
da
da dejogoembar
de em bar 5 dias
5diaspara consultando a„ota(iks,
anotações, fez „
um
sentar-se, está tae£" pagamentos
fazendo pagamentos jogo para pois,
^
• i„ *1 resposta. "O
((0Brasilacom-
Brasil acom-
releitura meticulosa de A A l: i rv n a oa 1 discurso em emresposta.
comédia
comedia humana,
humana. de Balzac.
Balzac, dívida UlYlCla externa CXtema CtCl
da LOTW, Zona Sul dill pagaT 4oU mi
430 mil
mil panha com vivo interesse esta visita",
edição de 12 mil páginas cu- pagar "Sei
(4Seique o Suriname esta em
disse. que Surinam está
^a1 tradução
ja tradu^aoo^rtu-para o portu- Depois
Depois de quatro dias de rebelião rebeliao Vinte agentes do Departamento de de OO Baneij prepara, em suas 240 240
contra o programa de austeridade eco- eco- Polícia
Policia Federal estouraram pela ma- agências no estado, verdadeira operação
ma- agendas operagao festa, festa
testa, grande testa cmca. cívica. É
t de
degrande,
grande,
gues ele mesmo coordenou,
guês coordenou, contra
—
acrescentando 12-mil notas notas nomica nômica recomendado pelo FMI, que nhã
nha uma casa-de funcionava
funcionava dede até
ate o dia 10 — extraordinária
extraordinaria importância..."
importancia..." E por
que jogo que guerra para pagar,
explicativas. Entregará
Entregard a causou causou a morte de mais de 300 pessoas, no Bar Royal Pub, no Le-
Le- como
como determina a Constituição
Constitui^ao —, os os aí
ai foi, derramando-se em elogios àa di-
pessoas, .American
edigao revista à& editora
edição editora oo da Venezuela, Carlos An-
An- salários de 430 mil servidores federais e
e
presidente blon, Zona Sul do Rio. Para cumprir a salarios plomacia de Sarney, voltada para a
Globo até o meio do ano, ano°om e dres
dres Pérez,
P®rez' anunciou a suspensão
suspensao dos
dos Constituição,
Constituigao, a invasão
invasao de
de estaduais.
estaduais. A direção
diregao do banco mé-
me- "construção
"construcao de um mundo de
S2?«a«L°
depois XSwa
se dedicará, sem que proíbe
proibe prevê
preve paz e
pagamentos dívida externa —
da divida - hojehoje propriedades entre 18h e 6h, mesmo
mesmo dia
dia de 70.600
de70.600 ra^te diários
dianos e mo-
mo- desenvolvimento".
JesemoMme„to»
pHo IrteSTai
pressão externa, ao que Pagamentos pagamentos
mais gosta de fazer na vida:
em
vida: em US$ 31,3 biihoes bilhões — ate até a situação
situa^ao com mandado judicial, os policiais policiais vunento vimento recorde e esperado para odia
recordeeesperadopara o dia 9, 9,
Alívio.
Alhio. Seis Scis minutos depois, mais uma
do Pais melhorar. Ele avisou os países passaram a noite àa porta do bar.Fo- bar.Fo- com com pagamento de 110.900 servidores.A servidores.A . -
ler. O0 sábio
sdbio Rónai quase do país
R6nai leu quase paises missão ntmnrida "Gravamos?",
cumprida. "C.ravamos'>"
""''J*,, oer-
per-
todos os 10 mil volumes de credores e conversou por telefone
de credores teIefone com com ram apreendidas 12 máquinas maquinas de vi- operação inclui entrega antecipada de
vi- opera9ao de "Gravamos",
sua biblioteca em Nova Nova oo presidente Bush, que autorizou em- em- dinheiro às agendas, 500 PMs na segu-
as agências, segu- guniou Paes,
guntou aesugar. uraramus ,
faes, ao desligar.
deopôquer
deopoquer e dois cadernos que regis- regis- dinheiro
Friburgo, traduziu mais de de prestimo-ponte confirmou
comirmou o general Ivan. Ao ouvirem omirem a
prestimo-ponte de "coragem US$ 450 milhões, milhdes, travam as apostas. Entre os sete sete ran^arança e até ate alimentação
ahmentagao para para os funcio-
fundo-
cem livros em nove línguas, linguas, depois depois de elogiar a e determi-
determi- nários — 3.889 das agendas, 200 da da gravação, o general Ivan tentou des-
mas continua a madrugar, madrugar, na^ao" presos está esta Carlos Eduardo Marcon- Marcon- narios gravafao, "Talvez
uTalvez ele
nação" de Perez. Em Caracas, a situa- situa- des Ferraz Filho, dono da distribuído- distribuido- dire^ao direção central e 850 do serviço servigo de pro- pro- culpar o riso de Sarney:
todo
toao dia,
aia, para estudar.
estuaar. gao voltou àa normalidade. 1)
1)
ção (Pagina 9)
(Página 9) ra de títulos
titulos Dinâmica.
Dinamica. (Cidade, pág. pag. 5),
5), cessamento
cessamento de dados. (Cidade, pág.
pag. não
nao estivesse ouvindo bem o senhor."

Arquivo Olavo Rutlno Aroulvt

COMIDA
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(J mui do, ha dois d tu n. </ <//</ mais M.ivc da
moda v empenhava cm impor estilo minimalista,
( hnsiian I acroix reen loa <> i///« havia dt mais
fantasnm» em herloques e halani;andà\. l»ora
esteio de voha i>s b* Oi ht \ di pérolast h> iru <»* de
holas douradas, eolaies de i onu ntes Kom
pendurii alhos v pulseiras as du:ia\ nos pulsos.

der, IsabclaGarcia^ Fa adeBelém, .Ma-

rina e Ricardo Amaral saboreiam
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Mesmo mat com lagostas. O Lokau, restaurante sem luz,
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Aparicio
Aparício Basilio da Silva par also. Na duvida
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duvida Chico Entrevistado pouco antes de ser condenado
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Silva
Silva ^B ^B paraíso.
paraiso. Chico Anysio Show,
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dono da jH entre a carreira e a
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a morte pelo aiatolá Khomeini por causa do
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(foto), perfumaria
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Rastro, eè consumidor
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Olivia sucesso
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liyro Os versículos satamcos,
satamcos. o escritor Salman
satânicos,
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artigos Byington Byington (foto) fa:
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escolinha do professor
professor Rushdie Rushdie que preciso ser completamente
dois papeis
papéis desde 1978.
1978. Raimundo
1978. Raimundo (foto),
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(foto), paranoica
paranoica paranóico para achar. pleno seado
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Bportepreaileto ^^^9 no Teatro Ipanema um um por
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Márilyn Monroe, a roupa
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Debussy,
Debussy, 1952.
1952. I 1952. Kf
dormir è o Chanel n" 5.
de dormireo 5.
5. Gershwin
BR Gershwin e Cartola.
Cartola.
Cartola. I
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2 ? Io caderno ? sábado, 4/3/89
coluna do Casteiio
Com Aureliano o grande manifestação em frente à Ca-
FI
PFL fica melhor
dissidência do PFL «NE -
A comandada por seu
presidente, o senador u \ lado seus salários ae NCzS 498,00 para
Marco Maciel, cedeu ta- "59 <7
ticamente à seçào minei-
rn. concordando no lan
- • "J^lt
çamento pela Executiva
Nacional da candidatura
de Aureliano Chaves a
presidente da República.
Maciel e seus aliados, notadamente os sèna-
dores Carlos Chiarelli, Jorge Bornhausen e
José Agripino e o prefeito de Maceió, Gui-
lherme Palmeira, mantêm-se, todavia, hostis
a uma opção que consideram vinculada ao
governo federal, ao qual pertenceu até de-
zembro o ex-ministro das Minas e Energia. A
oposição interna parece ainda minoritária,
mas o presidente do partido pensa reverter o
quadro na convenção nacional convocada
para 9 de abril. Diante da maioria favorável
a Aureliano e em homenagem à imagem
persistente do antigo vice-presidente na opi-
nião nacional, a dissidência cedeu e abriu
oportunidade a que o candidato aparente-
mente da preferência do eleitorado do PFL
se articule com uma proposta de centro, apta
a tornar-se o ponto nuclear de uma coligação
democrática.
Não é propósito de Maciel levar o parti-
do a uma crise do tipo da que lavra no
PMDB, pois não pretende deixar o PFL,
embora alguns de seus aliados de hoje pos-
* sam
pensar o contrário, tão arraigado é seu
sentimento ou seu empenho oposicionista. O
candidato de Minas, no entanto, deverá até a
convenção demonstrar sua viabilidade eleito-
ral e política em seu Estado e na aglutinação
de forças afins. Do contrário, seus adversá-
rios no partido pretendem sobrepujar os au-
relianistas com proposta em torno de candi-
dato não-partidário que pareça mais
destinado ao êxito eleitoral. Como se sabe,
são preferentemente duas as alternativas que
se apresentam ao PFL, ambas vestindo pes-
soas de empresários, Antônio Ermírio de
Morais e Sílvio Santos.
O prestígio de Ermírio nos meios empre-
sariais, sobretudo em São Paulo, e o apelo
representado por alguém que se notabilizou
como administrador eficiente de poderoso
conjunto de empresas dão certa consistência
a essa proposta. Mas o possível candidato
que disputou sem êxito o governo do seu
estado parece dotado de certa rigidez política
que dificulta a operação política da sua can-
didatura e a operação eleitoral da sua cam-
panha. Ele não se saiu bem do seu teste
paulista, quando disputou como um aceno
de esperança na modificação dos hábitos
brasileiros de administração pública. Jânio
Quadros, na época, teria resistido-a apelo do
presidente da República para apoiá-lo, por
estar convencido, por feeling próprio, da ine-
gibilidáde do empresário, que hoje devolveria
ao ex-prefeito a rejeição anterior.
Quanto a Sílvio Santos, não parece esti-
mulante que políticos da respeitabilidade do
senador Marco Maciel se apliquem na cata
de vulnerabilidades dos sentimentos popula-
res, e por aí se aprofundem, simplesmente
visando ao êxito eleitoral da sua facção. A
imagem pública desse showman e empresário
não visualisa como desfecho da sua carreira a
postura presidencial. Não dá para vê-lo meti-
do na faixa e nos deveres da Presidência da
República, embora não se conheçam obje-
ções a que prossiga na sua faina cheia de
êxitos e termine como o vice-mciior-homem-
rico do país. É por aí, e não pelo caminho
que Maciel, Bornhausen e outros pretendem
lhe abrir nessa altura dos acontecimentos.
Ficando com Aureliano Chaves, o PFL cer-
tamente fica melhor. Pelo menos fica com
alguém que construiu uma vida pública co-
mo deputado estadual, secretário de gover-
no, deputado federal, governador, vice-presi-
dente da República, ministro de Estado, tudo
a partir de uma cátedra universitária em
Minas Gerais.
O PSDB no Ceará
Em carta a Fernando Henrique Cardoso,
de fevereiro passado, Amarilio Macedo disse
"um
que buscara no PSDB partido novo", a
ele aderindo antes da primeira hora. A pro-
"cambaleante
posta, no entanto, estaria e
desfigurada no Ceará", como deduziria do
veto ao seu ingresso na Comissão Provisória,
o que o fez retirar-se do partido. "Aqui no
Ceará", escreve, "o PSDB naufragou antes
de ser lançado ao mar. O fechamento, aliado
à discriminação e ao alijamento de forças que
tem compromisso com as questões e temas
que fundamentam a nova proposta partidá-
ria, identifica o PSDB no Ceará com os
velhos e desgastados métodos de siglas de
conveniência, que de nada servem por oeul-
tarem interesses impublicáveis e defenderem
compromisso de manutenção do status-quom
Por telefone, a deputada Moema São
Thiago, presidente da seção cearense do
PSDB, confirma não ter havido veto ao in-
gresso no partido do deputado Lúcio Alcân-
tara.
Prestes e o PC
De Luis Carlos Prestes a Oscar Niemeyer:
"Você.
com essa história de partido, vai ter-
minar ficando visado." O partido é o Partido
Comunista.
Carlos Castello Branco
a Brasil JORNAL DO BRASIL
Mineiro na rua faz vereador revogar aumento
BELO» HORIZONTE — Com uma "O tário de Cultura da Prefeitura, Francisco
pior é que este salário deve do-
brar no próximo mês, quando o muni- Inácio Peixoto Filho, do PSMi, mora-
mara Municipal — onde se reuniram cipio receberá os repasses de ICM, o dores ligados a associações de bairros, Fantasma do Senado usa
2.500 pessoas, segundo o PT, e mais de IPVA e a recolher imposto so- candidatos derrotados nas últimas ciei-
mil, segundo o PFL — a cidade de bre vendapassará
de gasolina. A tendência, ções e dezenas de cidadãos se manifesta- bermuda, assina livro
Manhuaçu, a 318 quilômetros de Belo com o aumento da arrecadação, c de ram em frente à Câmara, onde haveria
Hofzbntej na Zona da Mata, obrigou, crescimento enorme dos ganhos dos ve- uma reunião de vereadores. Os vercado-
ontem, os 15 vereadores a revogar a readores, enquanto os 1.200 funcionários res, segundo Francisco Inácio, souberam "MI dfí p. nnn trnhalha
resoluçüo com a qual tinham aumen- (In manifa«||,n,lii e llln ,l|l II1111 lin ponto
da Prefeitura só estão recebendo os rea-
justes concedidos nelo nove fundo Inácio terão que enfrentar o BRASÍLIA — Pouco antes das I4h, um rapaz, com bermuda
NCzS 832,00 este mês. Em duas outras , ao denunciar branca e camiseta cor-dc-rosa, parou o carro no estacionamento
ITn" fite povo na próxima terça-feira, ás I9h,
riflifH miininn €3TggngZ5g fãm" o que considerou "imoral e absurdo", o quando voltarão a se reunir.
da Câmara dos Deputados. Um agente de segurança quis
bém na Zona da Mata, e Pedro Lcopol- apoio do vigário da cidade, padre Antó- "Muito antes de barrar sua entrada no prédio, alegando o traje desapropriado,
do, próximo a Belo Horizonte — a po- mo Otaviano da Costa Franco, que pas- pertencer ao Poder mas foi advertido por um colega: "Esse é conhecido da Casa".
Executivo, eu era cidadão c não vou Dcscnvolto, o jovem atravessou um corredor, subiu escadas, en-
pulaçào também foi ás ruas contra os sou a atacar a atitude dos vereadores em aceitar aumentos imorais que desres-
aumentos dos subsídios de vereadores seu programa diário Caminho, Verdade e trou numa sala onde assinou o livro de ponto c refez o caminho
e prefeitos. Vida, na Rádio Manhuaçu. Amâncio peitem o direito do cidadão nesta cida- dc volta tranqüilamente, Era um fantasma cm ação.
de operária, onde a maioria da popula-
"Marajás, abaixo a corrupção",
gri-
não se contentou com a manifestação e
ção ativa ganha salário mínimo", Desde quarta-feira, com a obrigatoriedade dc assinatura,
tavam, indignados, os manifestantes, que com a revogação dos aumentos: ele quer explicou o secretário! Ele garante que, quatro vezes ao dia, dc um livro" de ponto para os fun-
se aglomeraram, a partir do meio-dia, na agora expulsar do PT o vereador Jedival com os reajustes dos vereadores, a fo- cionários efetivos da Câmara, cenas, como a do fantasma de
Breder, votou a favor do reajuste,
Praça 5 de Novembro e no plenário da "traindo que
o povo", lha da Câmara poderia pagar 195 pro- bermuda, são comuns, apesar de dificilmente flagradas. Enquan-
Câmara de Manhuaçu, onde, constrangi- fessores ou 281 serventes das escolas to a maioria dos funcionários assina o ponto e trabalha, uma
dos, os vereadores tentavam iniciar uma "O municipais. minoria de privilegiados, que conta com a benevolência das
plenário da Câmara ficou super- chefias, continua sem trabalhar.
reunião ordinária. Muito vaiados e lotado, assim como a praça. O povo fez Um aumento para o prefeito dc Pc-
"pressionados"
pelo povo, como descre- tanto barulho, que só conseguimos re- dro Leopoldo, Hélio Salomão lssa, do "Normal" — "Ponto
não faz funcionário trabalhar e sim.
veu o líder do prefeito, vereador Paulo vogar o aumento por unanimidade. Não PTB - dc NCzS 4.781,00 para NCzS 10 o diretor. Ele (o funcionário) pode vir e ler jornal durante todo o
Gonçalves, do PFL, eles não tiveram havia clima para votar mais nada. Nem mil — proposto pelo presidente e pelo dia", disse o diretor gerai da Câmara dos Deputados, Adelmar
outra opção e revogaram os aumentos. para ficar contra o que o povo queria, vice-presidente da Câmara, Antônio Sabino, responsável pela nova sistemática de freqüência. Menos-
Só um vereador — João Amâncio, do PT porque a pressão foi muito grande", con-
— foi aplaudido e escapou da ira popu- tou o vereador Paulo Gonçalves, do
Gonçalves Neto c Divino Barbosa Soa- "normal".o fantasma de bermuda, Sabino considerou o caso
prezado
res, daquele mesmo partido, — está Ante a insistência dos jornalistas, afirmou que se des-
lar: ele fora o único a votar contra os PFL. Ele argumentou que, ao se auto- sendo alvo de ataque por parte do ve- cobrisse diretores protegendo fantasmas, os demitiria, apurando
aumentos na semana passada e, voto conceder o reajuste, os vereadores esta- reador Elvécio Lucas, do PT. Ele dc- a história dc cada um depois.
vencido, denunciou a manobra e concla- vam escudados pelas Constituições fede-
nunciou o projeto dc aumento em tra- Apesar desta promessa, Sabino não apresentou, o balanço do
mou o povo a reagir. ral c estadual, que lhes dá o direito de mitaçâo na Câmara e levou ao plenário,
decidir sobre o próprio salário e de vin- na semana passada, cerca de 70 pessoas primeiro dia dc obrigatoriedade de ponto na Câmara. Dos quase
moral — João Amâncio, que vive culá-lo á arrecadação municipal. 4 mil funcionários, 80 faltaram, segundo Sabino, que não
na Zona Rural, explicou que os subsidios para protestar. _
dos vereadores foram fixados, no fim Mais reação — Outra cidade da O projeto deverá ir á votação na | quis detalhar de quais departamentos sào-os-faltosos. Mesmo
sendo um número pequeno, o diretor geral ponderou que muitos
da legislatura anterior, em CzS 500 mil Zona da Mata, Cataguazes, a 316 quilo- próxima semana, segundo o vereador, funcionários podem ter faltado por doença. "Precisamos exami-
mensais, para este ano. Disse que, na metros desta capital, foi palco, anteon- que já promete uma grande manifesta- nar cada caso", disse, explicando que marcou uma reunião com
semana passada, seus 14 colegas apro- tem à noite, de uma concentração popu- ção popular impedir sua aprova- todos os diretores para a próxima quarta-feira, quando tentará
varam uma resolução lando os salários a lar contra o reajuste de NCzS 254,00 "Além dcparainconstitucional, pois não
ção. lazer um balanço do primeiro dia de obrigatoriedade do
6% da renda bruta do município, o para NCzS 1.195,00, com que os 15 ve- se pode aumentar subsidios para a mes- cartão de ponto.
que, rateado entre eles, deu, este mês. readores locais se beneficiaram. Também ma legislatura o aumento é imoral", dis-
Para mostrar que cada caso é um caso, Sabino argumentou
o equivalente a NCzS 832,00. na semana passada, liderados pelo secre- parou Lucas.
que os funcionários lotados nos gabinetes dos líderes ou dc
membros da Mesa não podem ser tratados como os outros.
"Alguns destes funcionários têm dc ir a ministérios; de cumprir
Ex-presidente
Assembléia tarefas externas. Não posso julgar o trabalho desses funcioná-
paranaense rios", afirmou. Negou-se, no entanto, a considerar que este
da UNE tipo de privilégio acabava redundando em discriminação. A
ganha "Claro
mantém veto a reajuste principio, atrapalhou-sc, dizendo: "São que existe (a discrimi-
vaga na Câmara nação)", para depois acrescentar: situações diferentes. Não
CURITIBA — Terminou em tumul- ser iniciais de nomes de deputados. RECIFE — O ex-presidente du há discriminação".
to a sessão da Assembléia Legislativa do O tucano Nereu Massignan, que fez a União Nacional dos Estudantes (UNE), Senadores — A Mesa Diretora do Senado Federal limitou
Paraná que votou ontem um projeto contagem dos votos, estranhou as ini- Renildo Calheiros, 29 anos, do PC do B, o uso de carros oficiais pelos senadores. Os carros só poderão ser
conquistou uma vaga na Câmara de usados dentro do Distrito Federal para o "desempenho da ré-'
derrubando o veto do governador Ál-
varo Dias (PMDB) ao reajuste de 39% ciais INC e pediu que a urna fosse Vereadores de Recife, mais de três me- presentação inerente do mandato". Ficam proibidas as viagens
ses depois da eleição. Ele foi beneficia-
ao funcionalismo estadual em março. lacrada para um exame posterior de do por uma decisão tomada ontem pc-
com carros do Senado, assim como o uso do carro pelos senado-'
res c seus familiares nos finais de semana.
Com as galerias lotadas de servidores, uma comissão de deputados. Ao toma- lo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
Os diretores das três subsecretárias e da Secretaria-Geral do
que esperavam a derrubada do veto, 24 rem conhecimento do que havia acon- que aumentou de 33 para '3,ias -vagas na
deputados votaram a favor do projeto, tecido, os funcionários das galerias não Câmara. O TRE tinha resolvido man- Senado não poderão continuar utilizando os carros oficiais.
ter em 33 as vagas porque não dispu- Apenas o diretor-geral do Senado poderá se valer dos Opalas ofí-
mas 21 garantiram a posição do gover- tiveram dúvida: começaram a jogar moe- ciais. Os funcionários do Senado devem usar ônibus. A partir de
nha dc dados recentes sobre a popula-
nador. Sem maioria absoluta, perma- das sobre o plenário e acusar os depu- ção de Recife que, em 1985, estava segunda-feira, os quase 5.200 funcionários do Sendo receberão
neceu o veto. Curioso, porém, foi o tados do PMDB de marcarem seus votos estimada em 1 milhão 287 mil e 623 uma folha cadastral para ser preenchida. Além dos funcionários
fato de, em pelo menos seis cédulas de à espera de algum tipo de recompensa do habitantes. dc Brasília, os do Rio de Janeiro também deverão preencher os
votação (o voto foi secreto), terem apa- governo. O veto permaneceu, mas as es- Esta semana, ao receber novas in- cadastros para que a Mesa Diretora tenha informações precisas
formações do IBGE sobre á população
recido letras do alfabeto, que bem podem tranhas iniciais ainda vão ser analisadas. da capital — 1 milhão, 352 mil e 24 sobre o pessoal da Casa.
habitantes — o TRE resolveu apreciar
'marajás' um recurso do PT que pedia revisão no Deputado acreano tem
Prefeito aciona
número de vagas e ontem decidiu per-
mitir a ampliação do número de vagas. mais de 80 no gabinete
JOÃO PESSOA — No pequeno mu- 6 por mês e o professor mais antigo, Além de Renildo Calheiros, o outro
nicípio de Natuba, distante 161 quilóme- NCzS 30", argumenta o prefeito José beneficiado foi o ex-prefeito de Recife, RIO BRANCO — A nova Mesa Diretora da Assembléia
tros de João Pessoa, prefeito e verea- Lins, contando que a distorção salarial Augusto Lucena, do PDC. Legislativa do Acre tirou de folha este mês 500 funcionários
foi provocada por uma lei aprovada pela Comemoração — A conquista de fantasmas, contratados na gestão passada, durante o período
dores estão brigando na Justiça por
Câmara e sancionada por seu antecessor, uma cadeira na Câmara foi comemo- eleitoral, por políticos do PDS e do PMDB, que têm as maiores
questões salariais. É que, surpreendi- o pemedebista Dinoá Cabral, que elevou rada pelo PC do B que, ao contrário do bancadas da Casa. A Ia secretária, deputada Maria das Vitó-
do com os altos salários destinados a os salários dos vereadores de NCzS 72, PCB, nunca conquistara vagas no Le- rias, está assustada com a herança que recebeu e confessa que
si mesmo, ao vice-prefeito, nove ve- em dezembro, para NCzS 850 em janeiro
gislativo pernambucano. Este ano, por ainda não sabe o número exato de funcionários. Calcula que
readores e alguns servidores privilegia- e o do prefeito de NCzS 500 para NCzS exemplo, o vereador eleito pelo PCB cheguem a 2 mil, para atender a apenas 24 deputados, o que dâ
dos — que somados representavam 51% 2.100 no mesmo período. na capital, Byron Sarinho, foi o pri- uma média de,83 servidores por gabinete.
da principal fonte de renda do município meiro mais votado na Frente Popular,
Natuba tem apenas 12 mil habitan- uma coligação de partidos de esquerda No quadro de irregularidades que encontrou, estão sitúa^
— o prefeito José Lins (PL), entrou com
tes, dos quais apenas 5 mil moram na
uma ação popular e conseguiu liminar que se juntou ao PMDB. Renildo Ca- ções como a do deputado Manoel Machado, ex-presidente da
sede. Para pagar o seu próprio salário, lheiros, o primeiro suplente, ficou em Assembléia, que empregou quatro amantes, e outros depií-
para reduzir os ganhos dos marajás natu- o do seu vice e dos nove vereadores, 24° lugar, com 2.661 votos, mas, pelo
tados, que contrataram em cargos de DAS (Direção e Assesso^
benses. Os vereadores, com mandado de conforme foi estabelecido, o prefeito baixo desempenho da legenda, não con-
seguiu entrar entre os 33 eleitos em no- ramento Superior, correspondendo a salários mais altos) filhos
segurança, estão recorrendo da decisão teria que gastar NCzS 10.731. A folha de menores de idade, com vencimentos de até NCzS 800.
ao Tribunal de Justiça. servidores da prefeitura custa NCzS 11 vembro passado.
Satisfeito em ter conquistado a va- Outro escândalo é o da irmã do mesmo Manoel Machado.
"Não é admissível
que 11 pessoas (o mil. ficando de fora o "quadro espe- ga, Renildo já tem projetos que certa-
Nilce Machado, assessora especial da presidência da Casa, que
prefeito, o vice e nove vereadores)te- ciai", que são 21 servidores da Câmara mente provocarão muitas polêmicas. Um através de vários artifícios conseguiu aumentar seus vencimen-
nham altos salários enquanto funcio- e da Prefeitura que ganham salários deles é o da realização de eleições diretas tos acima do de deputado e do próprio governador do estado,
nários exemplares recebem apenas NCzS entre NCzS 250 e NCzS 600. para escolha de diretores das escolas pú- chegando a NCzS 8 mil. Nas contas da assembléia, aparecem
blicas da rede municipal, e outro é uma
emenda ao regimento interno da Câmara despesas inusitadas para o Poder Legislativo, como a compra
Vereador ataca fã de Hitler tornando facultativo o uso de paletó e de sementes de capim que alguns deputados fizeram para
no plenário, pelos vereadores. formar pastagens em suas fazendas.
PORTO ALEGRE — O vereador 2" Guerra", protestou Isaac Ainhorn. gravata,
"No
primeiro caso, enfrentarei resistên-
Isaac Ainhorn (PDT), integrante dos Para ele, a presença de um nazista cias porque há vereadores que fortalecem Ascensoristas — Maria das Vitórias observa que, en-
movimentos sionistas da capital gaú- no PDT — o prefeito declarou sua ad-
o seu reduto eleitoral fisiológico no- quanto a Assembléia possuía mais de 2 mil funcionários, os
cha, encaminhou pedido ao presidente miração a Hitler numa entrevista a um meando diretores" — diz. "No segundo, corredores e salas do prédio estão sempre sujos e nada funciona
nacional do seu partido, Leonel Brizo- jornal paulista — exige "imediata provi- também, pois há muitos conservadores direito. O prédio possui apenas um elevador, que está parado
la, exigindo a expulsão do PDT do pre- dência da direção do PDT nacional e que são chegados a um paletó e grava- há cinco anos, com defeito, mas a Casa tem 50 ascensoristas.
feito de Aparecida (SP), Cláudio Gal- uma decisão das mais radicais para o ta."
vão de Castro, que se manifestou caso". Ele se declarou "horrorizado" Mas Renildo se diz disposto a en- A mesa recebeu as contas da Assembléia sem crédito n"a'
admirador de Adolf Hitler. Inclusive com a declaração do prefeito Cláudio frentar desafios, e lembra que foi as- praça de Rio Branco, porque os comerciantes se negam a
o prefeito tem em seu gabinete uma Galvão de Castro em defesa das câmaras sim, por exemplo, que conseguiu, du- fornecer qualquer objeto ou serviço devido aos atrasos nos
foto do líder nazista, conforme afir- de rante a sua gestão na UNE (1984/1986) a
mou. gás, justificando que elas não foram legalização da entidade, que estava na pagamentos. O nepotismo era muito comum, o ex-vereador
"Um do que as bombas atômicas atira- Aníbal Tinoco (PDS), por exemplo, tinha quatro filhos empre-
piores
partido socialista e democráti- das clandestinidade desde 1968. "Foi uma
co não pode abrigar em seus quadros "As pelos norte-americanos no Japão: luta minha junto com os estudantes. gados na Câmara, dois dos quais moram fora do estado.
alguém que, publicamente, declara seu duas ações foram vexatórias e crimi- Agora na Câmara, ouvirei as entidades Outros derrotados na última eleição, como os pemedebistas
amor a um ditador responsável por atro- nosas à humanidade", afirmou o verea- civis, sobretudo as estudantis, para re- Adauto Paiva e Paulo Pinheiro, deixaram suas mulheres bem
cidades tão infames como acorreram na dor. presentá-las fielmente". empregadas.
Parlamentar fun
fim do nepotismo
quer
No Legislativo
Legislativo especifica especifica todos os casos em que a contra- contra- deputados
deputados estaduais, apenas 13 nao não tern
têm
« tafao tação de parentes eé vetada para cargos em em parcntes
parentes nomeados para cargos "assesso- em seus
baiano, maiona maioria comissao função gratificada: no Poder gabinetes.
comissão ou funijao gabinetes. Grande parte desses
Legislativo, ao presidente, aos vice-pre-
vice-pre- res"
Pmr)rP(TP narpnfp Legislative, res" nao
não frcqiientam
freqüentam a Assembleia.
Assembléia.
emprega
SsMf' Kb" JJal parente Gil it sidentes, sidentes. secretarios,
secretários, deputados, superin-superin- .
tendentes, tendentes, coordenadores, chefes de divi- divi- _ ,Ent^ Entre 05 os campeoes
campeões do nepotismo na
r, , r, ... . 4 ... j'-orgao Bahia, Bahia, figuram os deputados Jairo Sento-
Pedro Formigli
Formigli sao, são. gerentes e d.retores
diretores de órgão e ^
atividades. to-Se, (pM^B) e Edv/Lucas
Sé (PMDB) Edval Lucas (PDC). Sen. Sen-
atividades. to-Sé, abastado fazendeiro da regiao região do
SALVADOR — Alertado pclas Éhina
pelas con-
con- fs'0 Executivo, ao governador
No '. vice-
vice- Sao São Francisco, tem como assessores a
secutivas denuncias
denúncias publicadas na im- im- „r_,' governador, . do estado, mulher, mulher, Vera Sonia Sônia Lins Albuquerque Uma civilizacão que faz arte
prensa sobre a pratica nos governador, procurador geral Sento-Se,
prática de dc nepotismo nos . \
secretários de.estado. . . j <• Sento-Sé, a filha Vera Rita de Albuquer-
poderes Legislativo, Executivo e Judicia- Judicià- secretarios de, estado, presidentes de fun- fun- que Sento-Se
que Sento-Sé Martinelli Braga. Braga, o filho A Sky apresenta a China à você, em grande estilo.
rio, o deputado estadual Mauricio
Maurício Cotrim daçòes, institutes,
Cotrim dafocs, institutos, empresas, superintcn-
superinten- ja)ro Jairo Sento-Se Junior Júnior e a mae, mãe, Maria
(PMDB) apresentou ontem aà Mesa da dentcs. dentes, chefes de divisao.
divisão, gerentes e dire- Hilda de Campos Scnto-Se.
dire- Hilda Scnto-Sé. Outra filha Aéreo naCLASSE EXECUTIVA, HOTÉIS DE LUXO, e
Assembleia
Assembléia Legislativa da Bahia um pro- pro- tores. torcs dodo deputado Jairo Sento-Se. Scnto-Sé. Alice Ange-Angé- guia desde o Brasil.
jeto de lei proibindo a nomea?ao,nomeação, por por licalica Sento-Se. Sento-Sé. tem um cargo comissio- Afinal, a China prepara-sewi seu esplendor há milha-
integrantes dos trestrês poderes, de parentes
parentes No
Poder Judiciano. ao presidente.
Poder Judiciário, presidente, nadonaProcuradoriaJuridicadaAssem-
nado na Procuradoria Jurídica da Assem-
ascendentes, descendentes e colaterais ate vice-presidente, corrcgedor
até vice-presidente. corregedor geral, procu- bléia. res de anos.
procu- blew.
o segundo grau, para cargos em C0' co- rad0r
rador geral da Justi?a'
Justiça, dCSembargad0rCS-
desembargadores, campeão, Edval Lucas, eé I
O outro campeao, ir- SAÍDAS MENSAI |: 02 • 16 ABR/M MAI/18 JUN
™3?r»n&tZ,H?r80S
missão e função gratificada.
"T*nrSn
Se o projeto ^ de Sm
Cotrim II presidentes de funda?6cs,
procuradores, Preade|cs fundações, m3o mão do deputado federal Jonival Lucas, Lucas. COPENHAGEM 8ANGKOK HONG KONG CANTON
for tranefnr
transfor- Procuradores-
institutos empresas, superintcndentes.
mado em lei. lei, todas as pessoas que se lnstitulos ce empresas superintendentes, Seus Seus assessores.
assessores, que aparecem esporadi- GUIllIN XIAN
encontram atualmente nessa ncssa Situate, coordenadores,
Situação, na coordenadores, chefes de divisao,
divisão, geren- camente na Assembleia
gercn- camente Assembléia, sao são o filho
filho, Edval
Bahia, pcrderao seus cargos. Apesar dis-
dis- tes
tesI e diretorcs.
diretores. Lucas Lucas Junior,
Júnior, a mulher Dare. Darci R.be.ro
Ribeiro
perderão Lucas, 3
a filha de Lourdes
so. Cotrim assegura, na justificativa de de Campeões — ÉF. nouco
Camneaes pouco nrovavel
Maria
,a ,C irma -ej Lucas,
.ucas" H
seu projeto, que nao não tem o proposito provável cM!?8* e Marininl fee3
Eufrosma Lucas,
Eufrosina irmã do depu- JHf wnmmmtomwo
propósito de de
que 0
o projeto
,
anti-nepotismc.
anti-nepotismo do depu-
depu- tado
tado Edval esta lotada no
atmgir quem quer que scja,
atingir qucm seja, nem de discn-
disen- que que1
quê está gabinete do
gabmete
minar o Poder Legislativo
Legislativo ,ado tado Mauricio
Maurício Cotrim seja aprovado pe- deputado Jurandi Oliveira.
pe- deputado Oliveira, enquanto unia Av. Rio Branco.
Contratação — Em tres
ContrataQ&o três incisos
incisos 'os los dcmais
demais parlamentares da Assembleia Assembléia outra outra mdicada Jurandi, Rosane Maria
indicada de Jurandi. Mana mandala 181/8! andar
ao paragrafo
parágrafo 1°Io do projeto.
projeto, o deputado Legislativa
Legislativa baiana. Isto porque. porque, dos 63 Baraeho. serve ao gabinete de Lucas.
63 Baracho. ty» «woíijvwo turismo 262-9677
EMMATUK 0OM2.0041
 JORNAL
'Janeiro - -
Rio ile
Tempo
No lUo <* em Niterói, par-
clalmenu* nublado a claro,
eêm nevoeiro* «nsjMttHM* ;*?-
Ia tuaoM* ^>w»ív«»l lutou*
(idade local» Sirtírda tar*
il<- Visibilidade d»
mtHl(*r>ul<t a boa. Tempera-
tura em ligeira elevação.
Máxima t* mínima de on-
tem; ;H." em llangu«' 21.Ia
no Alio «li» Doa VlMta. Foto
do RatéiKc. mapa o tempo
no nnuitlo. t utdilr, pdfflna -I.
Ilegalidade
A Policia FíHlorai f o Ml-
nitucrio <lo Interior com-
provaram a denúncia <lo
tmiprwiário Joaquim Bit-
toneourt de concessão lio-
fisil ilf Incentivos fiscais da
UnlfuTJSòTn diretoria da Su-
dam. (Página 5)
Thatcher opina
A prlmelra-minlstra britâ-
nica. Margarot Thatcher,
admitiu considerar o ro-
manco Os versículos sntfmi-
cos, de Salman Rushdie,
—ofensivo ao Islamlsmo. Mas
ressalvou que "as grandes
religiões «áo fortes o bas-
tante para superar este tipo
de problema". (Página 8 e
Caderno B)
.Invasão
Carregando móveis e uten-
síllos domésticos, 50 sem-
teto tentaram invadir na
madrugada a Câmara Mu-
nicipal de Silo Paulo. Fo-
ram impedidos pelo presi-
dente da Casa, o vereador
Eduardo Matarazzo Su-
plicy, do PT. (Página 12)
Monte Pascoal arde
No Monte Pascoal, primei-
ro ponto brasileiro avistado
por Cabral em 1500, quatro
focos de incêndio estáo des-
truindo parte da área cedi-
da pela Funai aos pataxós.
(Página 12)
Naufrágio
O barco de pesca João dc
Deus naufragou a três mi-
lhas de Sito Simão, na costa
do Rio Grande do Sul, fe-
rindo um tios 28 tripulantes.
A—embarcação, tinha um
único bote salva-vidas. (Pá-
gina 12)
Tempo e dinheiro
Grandes construtoras japo-
nesas estão investindo em
alta tecnologia e já colhem
os frutos: novo método,
chamado de tempo justo,
permite-lhes economizar
milhões de dólares em uma
única obra de vulto. (Pági-
na 7)
Idéias
? O filólogo Paulo Rónai
é, à beira dos 82 anos, mode-
lo de tenacidade intelec-
tual, Um cios raros exem-
pios de leitores que, no
campo escolhido para ga-
rimpar, sabem literalmen-
te de tudo. Antes de apo-
sentar-se, está fazendo
releitura meticulosa de A
comédia humana, de Balzac,
edição de 12 mil páginas cu-
ja traduçcão para o portu-
guês ele mesmo coordenou,
acrescentando 12 mil notas
explicativas. Entregará a
edição revista à editora
Globo até o meio do ano, e
depois se dedicará, sem
pressão externa, ao que
mais gosta de fazer na vida:
ler. O sábio Rónai leu quase
todos os 10 mil volumes de
sua biblioteca em Nova
Friburgo, traduziu mais de
cem livros em nove línguas,
mas continua a madrugar,
todo dia, para estudar.
IUIVO
? O perfumista e escultor
Aparício Basílio da Silva
(foto), dono da perfumaria
Rastro, é consumidor
compulsivo. Só usa artigos
caros e de griffc. Seu
esporte predileto ê andar em
Nova Iorque e, como
Marilvn Monroe, a roupa
de dormir é o Chanel n" 5.
DO
Sábado, 4 de março de 1989 Ano
recorre
Governo
à Justiça contra
URP de fevereiro
O governo recorrerá da decisão da
Justiça dc conceder o pagamento da
URP de fevereiro aos empregados das
empresas estatais, disse ontem o ministro
da Fazenda, Mailson da Nóbrcga. Duas
estatais — o BNDES c a Rede Ferroviá-
ria Federal — já receberam do Judiciário
determinação para §uc. paguem aos fun-
cionários a diferença entre os salários que
receberam no mês passado e o que recc-
beriam se a URP tivesse sido aplicada.
A ministra do Trabalho, Dorothea
Werneck, revelou que levará â próxima
reunião do Fórum Nacional dc Negocia-
ção Salarial proposta para a criação de
uma politica salarial baseada cm Índices
regionais c setoriais dc reajuste. Com isso,
segundo ela, seriam estabelecido: pata-
mares mínimos c máximos e as negocia-
çòcs se realizariam independentemente da
data-basc de cada categoria. (Página
Povo na rua
anula aumento da
Câmara em Minas
Pressionados pela multidão i
nada, que se reuniu em frcnt©-a-Ga-
mara Municipal, os 15 vereadores de
Manhuaçu (a 318 quilômetros de Belo
Horizonte) revogaram o aumento de
seus salários — de NCz$ 498,00 para
NCz$ 832,00 —, decidido na semana
passada. Em mais duas cidades minei-
ras, Cataguazes e Pedro Leopoldo,
houve manifestações idênticas.
Em Cataguases, o aumento pas-
saria os salários dos 15 vereadores de
NCz$ 254 para NCz$ 1.195, mas as
manifestações impediram que os ve-
readores comparecessem á sessão em
que votariam a lei. Para terça-feira,
data em que a Câmara volta a se
reunir, haverá nova manifestação.
Em Natuba, na Paraíba, o prefei-
to José Lins pediu à Justiça que re-
duza o seu salário, o do vice, o dos
vereadores e o de alguns funcioná-
rios privilegiados. E, em Salvador, o
deputado Maurício Cotrim (PMDB)
apresentou projeto na Assembléia
proibindo a nomeação, nos três Po-
deres, de parentes em segundo grau
para cargos comissionados. (Pág. 2)
Venezuela adia
da
pagamentos
dívida externa
Depois de quatro dias de rebelião
contra o programa de austeridade eco-
nômica recomendado pelo FMI, que
causou a morte de mais de 300 pessoas,
o presidente da Venezuela, Carlos An-
dres Pérez, anunciou a suspensão dos
— hoje
pagamentos da dívida externa
—
em US$ 31,3 bilhões até a situação
do país melhorar. Ele avisou os países
credores e conversou por telefone com
o presidente Bush, que autorizou em-
US$ 450 milhões,
prestimo-ponte de "coragem
depois de elogiar a e determi-
nação* de Perez. Em Caracas, a situa-
ção voltou à normalidade. (Página 9)
? Assim como ser
mãe, ser uma cantora
eclética é padecer no
paraíso. Na dúvida
entre a carreira e a
família, Olívia
Byington (foto) faz os
dois papéis desde 197S.
Atualmente, apresenta
no Teatro Ipanema um
recital em que
convivem Debussy.
Gershwin e Cartola.
XCVIII — N° 326
^y jSjjfif^
O selo virou
Adiada inicialmen-
te de quarta-feira para
hoje, a obrigatoriedade
do uso de um auto-selo
nas~ rodovias federais-
mergulhou agora num mar de con-
fusões. Segundo informou ontem o
DNER, a multa que já a partir de
hoje seria aplicada em quem não
tivesse o selo — de valor igual ao
de seu preço — fica adiada por
tempo indeterminado. Mas não se
revoga a obrigatoriedade do selo.
Quem não o tiver, será obrigado
pelos guardas a comprá-lo.
Obrigado como? E se o moto-
rista não tiver dinheiro, ou sim-
plesmente se recusar a obedecer o
guarda?Nesse caso, segundo o vi-
ce-diretor do DNER, Inairo Fon-
tan, ele será obrigado a voltar. É
discutível a legalidade de uma pu-
nição que em princípio contraria o
próprio^ direito constitucional de ir
e vir. É mais discutível ainda que
se possa aplicar qualquer punição
em se tratando de uma regra para
a qual a punição está suspensa.
Denúncia leva
Sunab a 5
punir
Pão de Açúcar
Denúncia de Katia Nahoum, publi-
cada no JORNAL DO BRASIL, levou
a Sunab a autuar o supermercado Pão
de Açúcar em Copacabana por ter au-
mentado o preço de três produtos após
14 de janeiro. A fiscalização constatou
a irregularidade na Coca-Cola de dois
litros, esponja Scoth e macarrão Magi
Fácil. A denúncia foi aceita porque Katia
apresentou notas fiscais das compras fei-
tas na véspera do congelamento e 30 dias
depois; A comprovação agora está mais
difícil, porque portaria da Sunab deter-
mina que em cada nota podem constar
no máximo três produtos. (Página 15)
Olavo Ruflno
? Mesmo de mal com
a TV Globo, Chico
Anysio certamente
festejará, na volta do
Chico Anysio Show,
dia 29 de março, um
sucesso supervelho: a
escolinha do professor
Raimundo (foto),
quadro criado por ele e
por Haroldo Barbosa na
Rádio Guanabara, cm
1952.
P
BRASIL
Preço
•^
^fe, ^ Jjp
roleta-russa
Mas, mesmo sem considerar
esses aspectos, sobra outra dúvi-
da: como poderá a Polícia Rodo-
viária Fiscalizar todos os carros
que passam por uma rodovia? O
DNER reconhece que isso é im-
possível e avisa: será punido quem
os guardas conseguirem parar. Ou
seja: criou-se uma roleta-russa nas
estradas. Alguns serão punidos.
outros escaparão ilesos.
Depois de uma semana de
apoquentações inomináveis, em
que às filas nos postos de venda
acrescentava-se o novo assalto ao
bolso do contribuinte, agora é
aguardar até quando a situação
fique mais clara. A multa cuja
entrada em vigor foi adiada será
estabelecida para valer, segundo
informa vagamente o DNER,
"por ''.
volta da Semana Santa Até
lá, impera nas rodovias federais
um sistema parecido com o das
alfândegas — luz verde para
alguns, vermelha para outros.
Banerj tem só
dias
para
430 mil
pagar
O Banerj prepara, em suas 240
agências no estado, verdadeira operação
de guerra para pagar, até o dia 10 —
como determina a Constituição —, os
salários de 430 mil servidores federais e
estaduais. A direção do banco prevê mé-
dia de 70.600 pagamentos diários e mo-
vimento recorde e esperado para o dia 9,
com pagamento de 110.900 servidores.A
operação inclui entrega antecipada de
dinheiro às agências, 500 PMs na segu-
rança e até alimentação para os funcio-
nários — 3.889 das agencias, 200 cia
direção central e 850 do serviço de pro-
cessamento de dados. (Cidade, pág. 1)
? Quando, há dois uno\. a ala mais bl.iyjc da
moda se empenhava em impor estilo minimalista,
Chrisliun l.acroix reciclou o que fiuria de mais
fantasioso em herloques c balani;undãs. Açora
estão de volta os hroches de pérolas, brincos de
holas douradas, colares de correntes com
pcnduricalho\ e pulseiras m dúzias nos pulsos.
para o Rio; NCz$ 0,35
^ ji
r—j Sua excelência o presidente interi-
no Antônio Paes de Andrade cum-
priu ontem o compromisso de receber,
em Brasília, um tele fonema do titular
José Sarney, inaugurando o sistema de
discagem direta internacional entre o
Suriname, onde se encontrava Sarney,
e o Brasil. Deu-se então o seguinte
diálogo:
Sarney — Bom-dia. Como vai, presi-
dente?
Paes — Bom-dia, presidente Sarney.
Bom dia, presidente Ransewak Sham-.
kar.
Sarney (rindo) - Quem está falando
aqui é o presidente Sarney.
Paes — Estou dando também meu
bom-dia para o presidente Ramsenak
Shankar.
O atropelo inicial, em que o titular
acabou rindo do interino por não en-
tender sua intenção de estender os
cumprimentor ao presidente do país
vizinho, foi talvez conseqüência do ner-
vosismo que Paes demonstrava desde
que chegara ao Planalto, às 7h40. Às
8h ele colocou-se a postos, concentra-
do, telefone vermelho à esquerda — e
dava sinais de impaciência porque o
telefone demorava a soar. Em vão o
ministro Ivan de Souza Mendes, do
SNI, tentou descontraí-lo, informando
que só às 8hl0 Sarney chegaria à cen-
trai telefônica.
Às 8hl7, quando o telefone soou, o
interino estava ofegante. Dados os
bons-dias, ouviu a informação de que
com a inauguração do DDI aumenta-
ria para 5 mil o número de ligações
diárias entre Brasil e Suriname. De-
pois, consultando anotações, fez um
"O
discurso em resposta. Brasil acom-
panha com vivo interesse esta visita",
"Sei
disse. que o Suriname está em
festa, grande festa cívica. É de grande,
extraordinária importância..." E por
aí foi, derramando-se em elogios à di-
plomacia de Sarney, voltada para a
"construção de um mundo de
paz e
desenvolvimento
Alívio. Seis minutos depois, mais uma
"Gravamos?",
missão cumprida. per-
"Gravamos",
guntou Paes, ao desligar.
confirmou o general Ivan. Ao ouvirem a
gravaçao, o general Ivan tentou des-
"Talvez ele
culpar o riso de Sarney:
não estivesse ouvindo bem o senhor."
Arquivo
COMIDA
? Tarcísio Mei-
ra (foto) chega
de lancha. Ar-
mando Noguei-
ra, de ultraleve.
Maitê Proença
comemora ani-
versário, Erasmo
Carlos faz sere-
nata, Malu Ma-
der, Isabela Garcia, Fafá de Belém. Ma-
rina e Ricardo Amaral saboreiam
lagostas. O Lokau, restaurante sem luz,
água ou telefone, está na moda.
? Entrevistado pouco antes de ser condenado
à morte pelo aiatolá Khomeini por causa do
livro Os versículos satânicos, o escritor Salman
Rushdie disse que "é preciso ser completamente
paranóico para achar, cm pleno século 20. que
wna religião tão antiga como o islamismo possa
ser ameaçaila por um livro".
B

JORNAL
©JORNAL DO BRASIL SA 1989
Tempo
No llio o om Niterói, par-
cialmonto nublado a claro,
com novooiros osparsos po-
la manhã, possível instabi-
lidade local a partir da tar-
de. Visibilidade de
moderada a boa. Tempera-
tura em ligeira elevação.
Máxima e mínima de on-
tem: 34,7° em jBangu e 21,1°
no Alto da Boa Vista. Foto
do satélite, mapa e tempo
no mundo, Cidade, página 4.
Ilegalidade
A Polícia Fedpral e o Mi-
nistério do Interior com-
provaram a deniincia do
empresário Joaquim Bit-
tencourt de concessão ile-
gal de incentivos fiscais da
União pela diretoria da Su-
dam. (Página 5)
Thatcher opina
A primeira-ministra britâni-
ca, Margaret Thatcher, ad-
mitiu considerar o romance
Os versículos satânicos, de Sal-
man Rushdie, ofensivo ao is-
lamismo. Mas ressalvou que
"as
grandes religiões são for-
o0và o nastairce pHTct supôrcir
este tipo de problema". (Pá-
gina 8 e Caderno B)
Invasão
Carregando móveis e uten-
sílios domésticos, 50 sem-
teto tentaram invadir na
madrugada a Câmara Mu-
nicipal de São Paulo. Fo-
ram impedidos pelo presi-
dente da Casa, o vereador
Eduardo Matarazzo Su-
plicy, do PT. (Página 12)
Monte Pascoal axde
No Monte Pascoal, primei-
ro ponto brasileiro avistado
por Cabral em 1500, quatro
focos de incêndio estão des-
truindo parte da área cedi-
da pela Funai aos pataxós.
(Página 12)
Naufrágio
O barco de pesca João de
Deus naufragou a três mi-
lhas de São Simão, na costa
do Rio Grande do Sul, fe-
rindo um dos 28 tripulantes.
A embarcação, tinha um
único bote salva-vidas. (Pá-
gina 12)
Tempo e dinheiro
Grandes construtoras japo-
nesas estão investindo em
alta tecnologia e já colhem
os frutos: novo método, cha-
mado de tempo justo, permi-
te-lhes economizar milhões
de dólares em uma única
obra de vulto. (Pág. 7)
? 0 filólogo Paulo Rónai
é, à beira dos 82 anos, mode-
lo de tenacidade intelec-
tual. Um dos raros exem-
pios de leitores que, no
campo escolhido para ga-
rimpar, sabem literalmen-
te de tudo. Antes de apo-
sentar-se, está fazendo
releitura meticulosa de A
comédia humana, de Balzac,
edição de 12 mil páginas cu-
ja tradução para o portu-
guês ele mesmo coordenou,
acrescentando 12-mil notas
explicativas. Entregará a
edição revista à editora
Globo até o meio do ano, e
depois se dedicará, sem
pressão externa, ao que
mais gosta de fazer na vida:
ler. 0 sábio Rónai leu quase
todos os 10 mil volum.es...de_
"suar-biblioteca
em Nova
Friburgo, traduziu mais de
cem livros em nove línguas,
mas continua a madrugar,
todo dia, para estudar.
Arquivo"
? O perfumista e escultor
A parido Basilio da Silva
(foto), dono da perfumaria
Rastro, é consumidor
compulsivo. Só usa artigos
caros e de griffe. Seu
esporte predileto é andar cm
Nova Iorque e. como
Marilyn Monroe, a roupa
de dormir é o Chanel n" 5.
Rio cie Janeiro - - Sábado, 4 de março de 1989
Governo recorre
à Justiça contra
URP de fevereiro
O governo recorrerá da decisão da
Justiça de conceder o pagamento da
URP de fevereiro aos empregados das
empresas estatais, disse ontem o ministro
da Fazenda, Maílson da Nóbrcga. Duas
estatais — o BNDES c ii Rede Ferrovia-
ria Federal—já receberam do Judiciário
determinação para que paguem aos fun-
cionários a diferença entre os salários que
receberam no mês passado c o que recc-
beriam se a URP tivesse sido aplicada.
A ministra do Trabalho, Dorothéa
Wcrncck, revelou que levará á próxima
reunião do Fórum Nacional de Negocia-
ção Salarial proposta para a criação de
uma politica salarial baseada cm índices
regionais c setoriais de reajuste. Com isso,
segundo ela, seriam estabelecidos pata-
mares minimos e máximos e as negocia-
ÇOCS-SC rculi^tiritini 1 n d cpcn d cn ic rn c n t c-d í 1
data-base de cada categoria. (Página 13)
Povo na rua
anula aumento
Câmara em Minas
Pressionados nela multidão indie-
nada, que sc reuniu, cm frente à Câ-
mara Municipal, os 15 vereadores de
Mànhuaçu (a 318 quilômetros de Belo
Horizonte) revogaram o aumento dc
seus salários — de NCz$ 498,00 para
NCz$ 832,00 —, decidido na semana
passada. Em mais duas cidades minei-
ras, Cataguazes e Pedro Leopoldo,
houve manifestações idênticas.
Em Cataguases, o aumento pas-
saria os salários dos 15 vereadores dc
NCz$ 254 para NCz$ 1.195, mas as
manifestações impediram que os ve-
readores comparecessem à sessão cm
que votariam a lei. Para terça-feira,
data em que a Câmara volta a se
reunir, haverá nova manifestação.
Em Natuba, na Paraíba, o prefei-
to José Lins pediu à Justiça que rc-
duza o seu salário, o do vice, o dos
vereadores e o de alguns funciona-
rios privilegiados. E, em Salvador, o
deputado Maurício Cotrim (PMDB)
apresentou projeto na Assembléia
proibindo a nomeação, nos três Po-
deres, de parentes em segundo grau
para cargos comissionados. (Pág. 2)
Vênezuela adia
pagamentos
dívida externa
Depois de quatro dias de rebelião
contra o programa de austeridade eco-
nômica recomendado pelo FMI, que
causou a morte de mais de 300 pessoas,
o presidente da Venezuela, Carlos An-
drés Pérez, anunciou a suspensão dos
pagamentos da dívida externa — hoje
em US$ 31,3 bilhões — até a situação
do país melhorar. Ele avisou os países
credores e conversou por telefone com
o presidente Bush, que autorizou em-
prestimo-ponte de "coragem
US$ 450 milhões,
depois de elogiar a e determi-
nação" de Pérez. Em Caracas, a situa-
ção voltou à normalidade. (Página 9)
^B^ ^^B^B ^Bj:
¦ JIM
DO
Ano XCVIII — N" 326
O selo virou
da
Adiada inicialmen-
te de quarta-feira para
hoje, a obrígatorieda-
de do uso de um auto-
~selo
nas rodovias fede-
rais mergulhou agora num mar dc
confusões. Segundo informou on-
tem o DNER, a multa que já a
partir de hoje seria aplicada em
— de
quem não tivesse o selo
valor igual ao de seu preço — fica
adiada por tempo indeterminado.
Mas não se revoga a obrigatorie-
dade do selo. Quem não o tiver,
será obrigado pelos guardas a
comprá-lo.
Obrigado como? E se o moto-
rista não tiver dinheiro, ou sim-
plesmente se recusar a obedecer o
guarda? Nesse caso, segundo o
vice-diretor do DNER, Inairo
Fontan, ele será obrigado a vol-
tar. É discutível a legalidade de
uma punição que em princípio
contraria o próprio direito cons-
titucional de ir e vir. E mais
discutível ainda que se possa apli-
car qualquer punição em se tra-
DPF casa
fecha
da de em bar
jogo
da Zona Sul
Vinte agentes do Departamento de
Polícia Federal estouraram pela ma-
nhà uma casa de jogo que funcionava
no .American Bar Royal Pub, no Le-
blon, Zona Sul do Rio. Para cumprir a
Constituição, que proíbe a invasão de
propriedades entre 18h e 6h, mesmo
com mandado judicial, os policiais
passaram a noite à porta do bar.Fo-
ram apreendidas 12 máquinas de vi-
deopôquer e dois cadernos que regis-
travam as apostas. Entre os sete
presos está Carlos Eduardo Marcon-
des Ferraz Filho, dono da distribuído-
ra de títulos Dinâmica. (Cidade, pág. 5)
Olavo Rulino
B bolas douradas, tolares dc correntes com
m ? Mesmo de mal com
? Assim como ser a TV Globo, Chico
mãe, ser uma cantora Anvsio certamente
eclética é padecer no festejará, na volta do
paraíso. Na dúvida Chico Anysio Show,
entre a carreira e a dia 29 de março, um
família, Olivia sucesso supervellio: a
Byington (foto) fa: os escolinha do professor
dois papéis desde 1978. Raimundo (foto),
Atualmente, apresenta quadro criado por ele e
no Teatro Ipanema um por Haroldo Barbosa na
recital em que Rádio Guanabara, em
convivem Debussy, 1952.
Gemwin e Cartola.
BRASIL
j
roleta-russa
tando de uma regra para a qual
a punição está suspensa.
Mas, mesmo sem considerar
esses aspectos, sobra outra dúvi-
da: como poderá a Polícia Rodo-
viária fiscalizar todos os carros
que passam por uma rodovia? O
DNER reconhece que isso é im-
possível e avisa: será punido
quem os guardas conseguirem pa-
rar. Ou seja: criou-se uma roleta-
russa nas estradas. Alguns serão
punidos, outros escaparão ilesos.
Depois de uma semana de
apoquentações inomináveis, em
que às filas nos postos de venda
acrescentava-se o novo assalto ao
bolso do contribuinte, agora é
aguardar até quando a situação
lique mais clara. A multa cuja
entrada em vigor foi adiada será
estabelecida para valer, segundo
informa vagamente o DNER.
'por
volta da Semana Santa".
Até lá, impera nas rodovias fede-
rais um sistema parecido com o
das alfândegas — luz verde para
alguns, vermelha para outros.
Banerj tem
5 dias
para
430 mil
pagar
O Banetj prepara, em suas 240
agências no estado, verdadeira operação
de guerra para pagar, até o dia 10 —
como determina a Constituição —, os
salários de 430 mil servidores federais e
estaduais. A direção do banco prevê mé-
dia de 70.600 pagamentos diários e mo-
vimento recorde e esperado para o dia 9,
com pagamento de 110.900 servidores.A
operação inclui entrega antecipada de
dinneiro i i tutu - i • i c 500
TTííTfíííitvSi iiàso iagencias, Çfifi PM
rança e até alimentação para os funcio-
nários — 3.889 das agências, 200 da
direção central e 850 do serviço de pro-
cessamento de dados. (Cidade, pág. 1)
? Quando, há dois unos, a ala mais blasee da
moda si' empenhava em impor estilo minimalista,
Christiun l.aeroix reciclou o que havia de mais
fantasioso em her loque \ e hatant-undãs. li;/ira
estão de volta os broches de pérolas, brinco v dc
pcndurkalhos r pulseiras u* dúzias nos pulsos.
' ,
í-,
B^ JB
EXEMPLAR DE
ASSINANTE
Preço para o Rio: NCz$ 0,35 2a Edição
Brnsllia — Gilberto Alvos
Sua excelência o presidente interi-
|—|
no Antônio Paes de Andrade cum-
priu ontem o compromisso de receber,
em Brasília, um telefonema do titular
José Sarney, inaugurando o sistema de
discagem direta internacional entre o
Suriname, onde se encontrava Sarney,
e o Brasil. Deu-se então o seguinte
diálogo:
Sarney — Bom-dia. Como vai, presi-
dente?
Paes — Bom-dia, presidente Sarney.
Bom dia, presidente Ransenak Sham-.
kar.
Sarney (rindo) - Quem está falando
aqui é o presidente Sarney.
Paes — Estou dando também meu
bom-dia para o presidente Ramsewak
Shankar.
O atropelo inicial, em que o titular
acabou rindo do interino por não en-
tender sua intenção de estender os
cumprimentos ao presidente do país
vizinho, foi talvez conseqüência do ner-
vosismo que Paes demonstrava desde
que chegara ao Planalto, às 7h40. Às
8h ele colocou-se a postos, concentra-
do, telefone vermelho à esquerda — e
dava sinais de impaciência porque o
telefone demorava a soar. Em vão o
ministro Ivan de Souza Mendes, do
Sl\í, tentou descontraí-lo, informando
que só às 8hl0 Sarney chegaria à cen-
trai telefônica.
Às 8hl7, quando o telefone soou, o
interino estava ofegante. Dados os
bons-dias, ouviu a informação de que
com a inauguração do DDI aumenta-
só
ria para 5 mil o número de ligações
diárias entre Brasil e Suriname. De-
pois, consultando anotações, fez um
"O Brasil acom-
discurso em resposta.
panha com vivo interesse esta visita",
disse. "Sei que o Suriname está em
festa, grande festa cívica. É de grande,
extraordinária importância..." E por
aí foi, derramando-se em elogios à 0-
plomacia de Sarney, voltada para a
"construção de um mundo de
paz e
desenvolvimento".
Alírn. Seis minutos depois, mais unia
"Gravamosper-
missão cumprida.
"Cravamos".
PMsC na
n i-1 segu=
CPfTl ]• gimtnn Pítpfi, an desligar.
confirmou o general Ivan. Ao ouvirem a
gravação, o general Ivan tentou des-
"Talvez ele
culpar o riso de Sarney:
não estivesse ouvindo bem o senhor."
Arauivo
COMIDA
? Tarcísio Mei-
ra (foto) chega
de lancha. Ar-
mando Noguei-
ra, de ultraleve.
Maitê Proença
comemora ani-
versário, Erasmo
Carlos faz sere-
nata, Malu Ma-
der, Isabela Garcia, Fafá de Belém, Ma-
rina e Ricardo Amaral saboreiam
lagostas. O Lokau, restaurante sem luz,
água ou telefone, está na moda.
? Entrevistado pouco antes dc ser condenado
à morte pelo aiatolá Khomeini por causa do
livro Os versículos satânicos, o escritor Salman
Rushdie disse que "é preciso ser completamente
paranóico para achar, cm pleno século 20. que
uma religião tão antiga como o ishvnismo possa
ser ameaçada por um livro".
B
2 ? 1" caderno ? sábado™ 4/3/89 a Brasil
Coluna do Castello
o grande manifestação
Com Aureliano
PFL íica melhor
A dissidência do PFL
comandada por seu
o senador
presidente,
Marco Maciel, cedeu ta- V#-'
ticamente à seção minei-
( v!
ra, concordando no lan-
çaroento pela Executiva
Nacional da candidatura
de Aureliano Chaves a
presidente da República.
Maciel e seus aliados, notadamente os sena-
dores Carlos Chiarelli, Jorge Bornhausen e
José Agripino e o prefeito de Maceió, Gui-
lherine Palmeira, mantêm-se, todavia, hostis
a uma opção que consideram vinculada ao
governo federal, ao qual pertenceu até de-
zembro o ex-ministro das Minas e Energia. A
oposição interna parece ainda minoritária,
mas o presidente do partido pensa reverter o
quadro na convenção nacional convocada
para 9 de abril. Diante da maioria favorável
a Aureliano e em homenagem à imagem
persistente do antigo vice-presidente na opi-
nião nacional, a dissidência cedeu e abriu
oportunidade a que o candidato aparente-
mente da preferência do eleitorado do PFL
se articule com uma proposta de centro, apta
a tornar;seTrpontOTraclearde"umaxoHgação~
democrática.
Não é propósito de Maciel levar o parti-
do a uma crise do tipo da que lavra no
PMDB, pois não pretende deixar o PFL,
embora alguns de seus aliados de hoje pos-
sam pensar o contrário, tão arraigado é seu
sentimento ou seu empenho oposicionista. O
candidato de Minas, no entanto, deverá até a
convenção demonstrar sua viabilidade eleito-
ral e política em seu Estado e na aglutinação
de forças afins. Do contrário, seus adversá-
-rios no-par-tido
pretendem sobrepujar os-au-
relianistas com proposta em torno de candi-
dato não-partidário que pareça mais
destinado ao êxito eleitoral. Como se sabe,
são preferentemente duas as alternativas que
se apresentam ao PFL. ambas vestindo pes-
soas de empresários, Antônio Ermírio de
Morais e Sílvio Santos.
O prestígio de Ermírio nos meios empre-
sariais, sobretudo em São Paulo, e o apelo
representado por alguém que se notabilizou
como administrador eficiente de poderoso
conjunto de empresas dão certa consistência
a essa proposta. Mas o possível candidato
que disputou sem êxito o governo do seu
estado parece dotado de certa rigidez política
que dificulta a operação política da sua can-
didatura e a operação eleitoral da sua cam-
panha. Ele não se saiu bem do seu teste
paulista, quando disputou como um aceno
de esperança na modificação dos hábitos
brasileiros de administração pública. Jânio
Quadros, na época, teria resistido a apelo do
presidente da República para apoiá-lo, por
estar convencido, por feeliiig próprio, da inc-
%ibilidade do empresário, que hoje devolveria
ao ex-prefeito a rejeição anterior.
Quanto a Sílvio Santos, não parece esti-
mulante que políticos da respeitabilidade do
senador Marco Maciel se apliquem na cata
de vulnerabilidades dos sentimentos popula-
res, e por aí se aprofundem, simplesmente
visando ao êxito eleitoral da sua facção. A
imagem pública desse showman e empresário
não visualisa como desfecho da sua carreira a
postura presidencial. Não dá para vê-lo meti-
do na faixa e nos deveres da Presidência da
República, embora não se conheçam obje-
ções a que prossiga na sua faina cheia de
êxitos e termine como o vice-maiMhomem-
rico do país. E por aí, e não pelo caminho
que Maciel, Bornhausen e outros pretendam-
lhe ãbrinTessa altura dos acontecimentos.
Ficando com Aureliano Chaves, o PFL cer-
tamente fica melhor. Pelo menos fica com
• alguém que construiu uma vida pública co-
mo deputado estadual, secretário de gover-
no, deputado federal, governador, vice-presi-
dente da República, ministro de Estado, tudo
a partir de uma cátedra universitária em
- Minas Gerá-Hk
O PSDB no Ceará
Em carta a Fernando Henrique Cardoso,
de fevereiro passado, Amarílio Macedo disse
"um
que buscara no PSDB partido novo", a
ele aderindo antes da primeira hora. A pro-
"cambaleante
posta, no entanto, estaria e
desfigurada no Ceará", como deduziria do
veto ao seu ingresso na Comissão Provisória,
o que o fez retirar-se do partido. "Aqui no
Ceará", escreve, "o PSDB naufragou antes
de ser lançado ao mar. O fechamento, aliado
á discriminação e ao alijamento de forças que
têm compromisso com as questões e temas
que fundamentam a nova proposta partidá-
ria, identifica o PSDB no Ceará com os
velhos e desgastados métodos de siglas de
conveniência, que de nada servem por oeul-
tarem interesses impublicáveis e defenderem
compromisso de manutenção do sfhtus-qutfK
Por telefone, a deputada Moema São
Thiago, presidente da seção cearense do
PSDB. confirma não ler havido veto ao in-
gresso no partido do deputado Lúcio Alcân-
tara.
Prestes e o PC
De Luis Carlos Prestes a Oscar Niemeyer:
"Você,
com essa história de partido, vai ter-
minar ficando visado." O partido é o Partido
Comunista.
Cario.s Castello Branco
JOHNAJL DO BRASIL
Mineiro na rua faz vereador revogar aumento
Hl-1.0 HORIZONTE
1)1:1.0 Com umauma "O de Cultura da Prefeitura, Francisco
Frajfçiscò
nunnrli! 111(1111^1 I1)111 frnillil àA Co pior! .éc que este.........1 do- lário
deve do
salário eleve tárilde Jí "T I
em frente Ca I. brar ..no próximo mês, quando o mutii I..Inácio
I..Í . Peixoto
Il.l.,..!., Filho,il/\ IK'/I /í itinr.i
do /'.S'/)/(, mora- "**
mara Municipal — onde se reuniram cipio receberá os repasses de ICM, o dores ligados a associações dç bairros, Fantasma do Senado usa
2.500 pessoas, segundo o PT, e mais de IPVA e a recolher imposto so- candidatos derrotados nas últimas ciei-
mil, segundo o PFL — a cidade de bre vendapassará de gasolina. A tendência, ções e de/enas de cidadãos se manifesta- hermuda, assina livro
Manhuaçu, a 318 quilômetros de Belo com o aumento da arrecadação, é de ram cm frente à Câmara, onde haveria
Hor/onte, na Zona da Mata, obrigou, crescimento enorme dos ganhos dos ve- uma reunião de vereadores. Os vereado-
ontem, os 15 vereadores a revogar a readores, enquanto os 1,200 funcionários res, segundo Francisco Inácio, souberam de é não trabalha
ponto
resolução com a qual tinham aumen- da Prefeitura só estão recebendo os rea- da manifestação e não apareceram, Mas,
tado seus salários de NCzS 498,00 para justes concedidos pelo governo", afir- segundo Inácio terão que enfrentar o BRASÍLIA — Pouco antes das I4h, um rapaz, com bermuda
NCVS 832,00 este mês, Em duas outras mou Amâncio. F.le obteve, ao denunciar povo na próxima terça-feira, às I9h, branca e camiseta cor-de-rosa, parou o carro no estacionamento
cidades mineiras — Cataguazcs, iam- o que considerou "imoral e absurdo", o quando voltarão a se reunir, da Câmara dos Deputados. Um agente de segurança quis
bém na Zona da Mata, c Pedro Leopol- apoio do vigário da cidade, padre Antõ- barrar sua entrada no prédio, alegando o traje desapropriado,
"Muito antes de
do. próximo a Belo Horizonte — a po- mo Otaviano da Costa Franco, que pas- pertencer ao Poder mas foi advertido por um colega: "Esse é conhecido da Casa".
Executivo, eu era cidadão e não vou Dcscnvolto, o jovem atravessou um corredor, subiu escadas, en-
pulaçâo também foi às ruas contra os sou a atacar a atitude dos vereadores em aceitar aumentos imorais que destes- trou numa sala onde assinou o livro de ponto e refez o caminho
alimentos dos subsídios de vereadores seu programa diário Caminho, Verdade e
e prefeitos. Vida, na Rádio Manhuaçu. Amâncio peitem o direito do cidadão nesta cida- de volta tranqüilamente. Era um fantasma cm ação.
"Marajás, abaixo a corrupção de operária, onde a maioria da popula-
-nio tr contentou rrmi a manifestação e ~çtw—(rtm—ganha—íitilúrio—mminw-
gri- quacULÜet», cam a ekftgateirééttét asámrttrror
lavam, indignados, os manifestantes, que com a revogação dos aumentos: ele quer explicou o secretário. Ele garante que, quatro vezes ao dia, de um livro de ponto para os fun-
se aglomeraram, a partir do meio-dia, na agora expulsar do PT o vereador Jedival com os reajustes dos vereadores, a lo- cionários efetivos da Câmara, cenas, como a do fantasma de
Praça 5 de Novembro e no plenário da "traindo Bredcr, que votou a lavor do reajuste, bermuda, são comuns, apesar de dificilmente flagradas. Enquan-
o povo". lha da Câmara poderia pagar 195 pro-
Câmara de Manhuaçu, onde, constrangi- fessores ou 281 serventes das escolas to a maioria dos funcionários assina o ponto e trabalha, uma
"O minoria de privilegiados, que conta com a benevolência das
dos. os vereadores tentavam iniciar uma plenário da Câmara ficou super- municipais.
reunião ordinária. Muito vaiados e lotado, assim como a praça. O povo fez chefias, continua sem trabalhar.
"pressionados" Um aumento para o prefeito de Pe- "Normal" — "Ponto não faz funcionário trabalhar e
pelo povo, como descre- tanto barulho, que só conseguimos rc- dro Leopoldo, Hélio Salomão Issa, do sim,
veu o lider do prefeito, vereador Paulo vogar o aumento por unanimidade. Não PTB — 4.781.00 o diretor. Ele (o funcionário) pode vir e ler jornal durante todo o
Gonçalves, do PFL, eles não tiveram havia clima para votar mais-nada. Nem de NCzS para'NCz.5 10
— proposto pelo presidente c pelo dia", disse o diretor geral da Câmara dos Deputados, Adelmar
outra opção e revogaram os aumentos. para ficar contra o que o povo queria, mil vice-presidente da Câmara, Antônio Sabino, responsável pela nova sistemática de freqüência. Menos-
Só um vereador — João Amâncio, do PT a pressão foi muito grande", con- Gonçalves Neto e Divino Barbosa Soa-
— foi aplaudido e escapou da ira popu- porque tou o vereador Paulo Gonçalves, do "normal".o Ante
prezado fantasma de bermuda, Sabino considerou o caso
lar: ele fora o único a votar contra os PFL. Ele argumentou que, ao se auto- res, daquele mesmo partido, — está a insistência dos jornalistas, afirmou que se des-
sendo cobrisse diretores protegendo fantasmas, os demitiria, apurando
aumentos na semana passada e, voto conceder o reajuste, os vereadores esta- reador alvo de ataque por parte do ve-
Elvécio Lucas, do PT. Ele de- a história de cada um depois.
vencido, denunciou a manobra e concla- vam escudados pelas Constituições fede- o projeto de aumento em tra-
nunciou Apesar desta promessa, Sabino não apresentou, o balanço do
mou o povo a reagir. ral e estadual, que lhes dá o direito de mitação na Câmara e levou ao plenário,
sobre o próprio salário c de vin- na semana primeiro dia de obrigatoriedade de ponto na Câmara. Dos quase
moral — João Amâncio. que vive decidir culá-lo à arrecadação municipal. passada, cerca de 70 pessoas 4 mil funcionários, 80 faltaram, segundo Sabino. que não
na Zona Rural, explicou que os subsídios para protestar. quis detalhar de quais departamentos são os faltosos. Mesmo
dos vereadores foram fixados, no fim Mais reação — Outra cidade da O projeto deverá ir à votação na sendo um número pequeno, o diretor geral ponderou que muitos
da legislatura anterior, em Cz.S 500 mil Zona da Mata, Catamiazes, a 316 quilo- próxima semana, segtindo o vereador. funcionários podem ter faltado por doença. "Precisamos exami-
mensais, para este ano. Disse que, na metros desta capital, foi palco, anteon- que já promete uma grande manifesta- nar cada caso", disse, explicando que marcou uma reunião com
semana passada, seus 14 colegas apro- tem à noite, de uma concentração popu- ção popular para impedir sua aprova- todos os diretores para a próxima quarta-feira, quando tentará
varam uma resolução lando os salários a lar contra o reajuste de NCzS 254.00 ção. "Além de inconstitucional, pois não fazer um balanço do primeiro dia de obrigatoriedade do
6% da renda bruta do município, o para NCzS 1.195.00, com que os 15 ve- se pode aumentar subsídios para a mes- cartão de ponto.
que, rateado entre eles, deu, este mês. readores locais se beneficiaram. Também ma legislatura o aumento é imoral", dis- Para mostrar que cada caso é um caso, Sabino argumentou
o equivalente a NCzS 832.00. na semana passada, liderados pelo secre- parou Lucas.
que os funcionários lotados nos gabinetes dos lideres ou de
membros da Mesa não podem ser tratados como os outros.
"Alguns destes funcionários têm de ir a ministérios; de cumprir
Ex-presidente
Assembléia paranaense tarefas externas. Não posso julgar o trabalho desses funciona-
TiTATW 1 rios", afirmou. Negou-se, no entanto, a considerar que este
da UNE tipo de privilégio acabava redundando em discriminação. A
ganha "Claro
mantém veto a reajuste princípio, atrapalhou-sc. dizendo: "São que existe (a discrimi-
vaga na Câmara nação)", para depois acrescentar: situações diferentes. Não
-CLIRIJl RA — Tcrminoiurn Inmnl-—ser iniciais denomes de-deputados,- RECIFE — O ex-presidente d.. há discriminação".
to a sessão da Assembléia Legislativa do O tucano Nereu Massignan, que fez a União Nacional dos Estudantes (UNE), Senadores — A Mesa Diretora do Senado Federal limitou,,
Paraná que votou ontem um projeto contagem dos votos, estranhou as ini- Renildo Calheiros, 29 anos, do PC do B, o uso de carros oficiais pelos senadores. Os carros só poderão ser
derrubando o veto do governador Ál- ciais conquistou uma vaga na Câmara de usados dentro do Distrito Federal para o "desempenho da re-
INC e pediu que a urna fosse Vereadores de Recife, mais de três me-
varo Dias (PMDB) ao reajuste de 39% presentação inerente do mandato". Ficam proibidas as viagens_
ses depois da eleição. Ele foi beneficia-
ao funcionalismo estadual em março. lacrada para um exame posterior de do com carros do Senado, assim como o uso do carro pelos senado-'
uma comissão de deputados. Ao toma- por uma decisão tomada ontem pe- res c seus familiares nos finais de semanal
Com as galerias lotadas de servidores, lo Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
rem conhecimento do que havia acon- Os diretores das três subsecretárias e da Secretaria-Geral do
que esperavam a derrubada do veto, 24 que aumentou de 33 para 35 as vagas na Senado não poderão continuar utilizando os carros oficiais.
deputados votaram a favor do projeto, tecido, os funcionários das galerias não Câmara. O TRE tinha resolvido man-
Apenas o diretor-geral do Senado poderá se valer dos Opalas ofi-
mas 21 garantiram a posição do gover- tiveram dúvida: começaram a jogar moc- ter em 33 as vagas porque não dispu- ciais. Os funcionários do Senado devem usar ônibus. A partir de
nha de dados recentes sobre a popula-
nador. Sem maioria absoluta, perma- das sobre o plenário e acusar os depu- segunda-feira, os quase 5.200 funcionários do Sendo receberão
ção de Recife que, em 1985, estava
neceu o veto. Curioso, porém, foi o tados do PMDB de marcarem seus votos estimada em 1 milhão 287 mil e 623 uma folha cadastral para ser preenchida. Além dos funcionários
fato de, em pelo menos seis cédulas de à espera de algum tipo de recompensa do habitantes. de Brasília, os do Rio de Janeiro também deverão preencher os
votação (o voto foi secreto), terem apa- governo. O veto permaneceu, mas as es- Esta semana, ao receber novas in- cadastros para que a Mesa Diretora tenha informações precisas
formações do IBGE sohrc_a_população
recido letras do alfabeto, que bem podem tranhas iniciais ainda vão ser analisadas. da capital — 1 milhão, 352 mil e 24 sobre o pessoal da Casa.
habitantes — o TRE resolveu apreciar
'marajás' um recurso do PT que pedia revisão no Deputado acreano tem
Prefeito aciona
número de vagas e ontem decidiu per-
mitir a ampliação do'número de vagas. mais de 80 no gabinete
JOÃO PESSOA — No pequeno mu- 6 por mês e o professor mais antigo, Além de Renildo Calheiros, o outro
nicípio de Natuba, distante 161 quilôme- NCzS 30", argumenta o prefeito José beneficiado foi o ex-prefeito de Recife, RIO BRANCO — A nova Mesa Diretora da Assembléia
tros de João Pessoa, prefeito e verea- Lins, contando que a distorção salarial Augusto Lucena, do PDC. Legislativa do Acre tirou de folha este mês 500 funcionários
dores estão brigando na Justiça por Câmara foi provocada por uma lei aprovada pela Comemoração — A conquista de fantasmas, contratados na gestão passada, durante o período
e sancionada por seu antecessor, uma cadeira na Câmara foi comemo- eleitoral, por políticos do PDS e do PMDB, que têm as maiores
questões salariais. É que, surpreendi- o pemedebista Dinoá Cabral, que elevou rada PC do B que, ao contrário do bancadas da Casa. A Ia secretária, deputada Maria das Vitó-
do com os altos salários destinados a os salários dos vereadores de NCzS 72, PCB, pelo nunca conquistara vagas no Le- rias, está assustada com a herança que recebeu e confessa que
si mesmo, ao vice-prefeito, nove ve- cm dezembro, para NCzS 850 em janeiro gislativo pernambucano. Este ano, por
ainda não sabe o número exato de funcionários. Calcula que
readores e alguns servidores privilegia- e o do prefeito de NCzS 500 para NCzS exemplo, o vereador eleito pelo PCB cheguem a 2 mil, para atender a apenas 24 deputados, o que dá
dos — que somados representavam 51 % 2.100 no mesmo período. na capital, Byron Sarinho, foi o pri- uma média de 83 servidores por gabinete.
da principal fonte de renda do município meiro mais votado na Frente Popular,
Natuba tem apenas 12 mil habitan- uma coligação de No quadro de irregularidades que encontrou, estão situa-
— o prefeito José Lins (PL), entrou com tes, partidos de esquerda
dos quais apenas 5 mil moram na que se juntou ao PMDB. Renildo Ca-
uma ação popular c conseguiu liminar sede. Para pagar o seu ções como a do deputado Manoel Machado, ex-presidente da
próprio salário, lheiros, o primeiro suplente, ficou em Assembléia, que empregou quatro amantes, e outros depu-
para reduzir os ganhos dos marajás natu- o do seu vice e dos nove vereadores, 24° lugar, com 2.661 votos, mas, pelo tados, que contrataram em cargos de DAS (Direção e Assesso-
benses. Os vereadores, com mandado de conforme foi estabelecido, o prefeito baixo desempenho da legenda, não con- ramento Superior, correspondendo a salários mais altos) filhos
segurança, estão recorrendo da decisão teria que gastar NCzS 10.731. A folha de seguiu entrar entre os 33 eleitos em no- menores de idade, com vencimentos de até NCzS 800.
ao Tribunal de Justiça. vembro passado.
servidores da prefeitura custa NCzS 11 Satisfeito em ter conquistado a va- r Outro escândalo é o da irmã do mesmo Manoel Machado,
"Não é admissível "quadro
que II pessoas (o mil. ficando de fora o espe- ga, Renildo já tem projetos que certa- Nilce Machado, assessora especial da presidência da Casa, que
prefeito, o vice e nove vereadores)te- ciai", que são 21 servidores da Câmara mente provocarão muitas polêmicas. Um através de vários artifícios conseguiu aumentar seus vencimen-
nham altos salários enquanto funcio- e da Prefeitura que ganham salários deles é o da realização de eleições diretas tos acima do de deputado e do próprio governador do estado,
nários exemplares recebem apenas NCzS entre NCzS 250 e NCzS 600. para escolha de diretores das escolas pú- chegando a NCzS 8 mil. Nas contas da assembléia, aparecem
blicas da rede municipal, e outro é uma
emenda ao regimento interno da Câmara despesas inusitadas para o Poder Legislativo, como a compra
Vereador ataca fa de Hitler tornando facultativo o uso de paletó e de sementes de capim que alguns deputados fizeram para
gravata, no plenário, pelos vereadores. formar pastagens em suas fazendas.
PORTO ALEGRE — O vereador 2a Guerra", protestou Isaac Ainhorn. "No
primeiro caso, enfrentarei resistên-
Jsaac Ainhorn (PDT) intepr.-intc dos Para ele, a-presença de-um-nazista cias porque há vereadores que fortalecem Ascensoristas — Maria das Vitórias observa que, en-
movimentos sionistas da capital gaú- no PDT — o prefeito declarou sua ad- o seu reduto eleitoral fisiológico no-
quanto a Assembléia possuía mais de 2 mil funcionários, os
cha, encaminhou pedido ao presidente miração a Hitler numa entrevista a um meando diretores" — diz. "No segundo, corredores e salas do prédio estão sempre sujos e nada funciona
nacional do seu partido, Leonel Brizo- jornal paulista — exige "imediata provi- também,
Ia, exigindo a expulsão do PDT do pre- dência da direção do PDT nacional e que são chegados pois há muitos conservadores direito. O prédio possui apenas um elevador, que está parado
a um paletó e grava- há cinco anos, com defeito, mas a Casa tem 50 ascensoristas.
feito de Aparecida (SP), Cláudio Gal- uma decisão das mais radicais para o ta."
vão de Castro, que se manifestou caso". Ele se declarou "horrorizado" Mas Renildo se diz disposto a en- A mesa recebeu as contas da Assembléia sem crédito n'a'
admirador de Adolf Hitler. Inclusive com a declaração do prefeito Cláudio frentar desafios, e lembra que foi as- praça de Rio Branco, porque os comerciantes se negam a
o prefeito tem em seu gabinete uma Galvão de Castro em defesa das câmaras sim, por exemplo, que conseguiu, du- fornecer qualquer objeto ou serviço devido aos atrasos nos
foto do líder nazista, conforme afir- de
mou. gás, justificando que elas não foram rante a sua gestão na UNE (1984/1986) a pagamentos. O nepotismo era muito comum, o ex-vereador
"Um piores do que as bombas atômicas atira- legalização da entidade, que "Foi estava na Aníbal Tinoco (PDS), por exemplo, tinha quatro filhos empre-
partido socialista e democráti- das clandestinidade desde 1968. uma
co nao pode^Trbrigíir-tni-seus-quadros "As pelos norte-americanos no Japão: luta minha
junto com os estudantes. gados na Câmara, dois dos quais moram fora do estado.
alguém que, publicamente, declara seu duaSllçÕesTOTaTirvexatóriase-cnini- Agora na Câmara, ouvirei as entidades Outros - derrotados na última ele-içà&,-conio-os-pcmedebista.s-.
amor a um ditador responsável por atro- nosas á humanidade", afirmou o verea- civis, sobretudo as estudantis, para re- Adauto Paiva e Paulo Pinheiro, deixaram suas mulheres bem
cidades tão infames como acorreram na dor. prescntá-las fielmente". empregadas.
Parlamentar fim do nepotismo
quer
No Legislativo especifica todos os casos em que a contra- deputados estaduais, apenas 13 não têm
tação de parentes é vetada para cargos em parentes nomeados para cargos em seus
comissão ou função gratificada: no Poder gabinetes. Grande parte desses "assesso-
baiano, maioria
Legislativo, ao presidente, aos vice-prc- res" não freqüentam a Assembléia.
emprega parente sidentes. secretários, deputados, superin-
tendentes, coordenadores, chefes de divi- Entre os campeões do nepotismo na
Pedro Formigli são. gerentes c diretores de órgão c Bahia, fieuram os deputados Jairo Sento-
Sé (PMDB) e Edval Lucas (PDC). Sen-
atividades. to-Sé. abastado fazendeiro da região do ur
China
SALVADOR — Alertado pelas con- No Executivo, ao governador, vice- São Francisco, tem como assessores a
secutivas denúncias publicadas na im- Vera Sônia Lins Albuquerque
prensa sobre a prática de nepotismo nos governador, procurador geral do estado, mulher.
Scnto-Sé. a filha Vera Rita de Albuquer-
Uma civilizacão que faz arte
poderes Legislativo, Executivo <• Judicia- secretários de estado, presidentes de fun- Sento-Sé Martinelli Braga, o filho
rio, o deputado estadual Maurício Cotrim
que
daçòes. institutos, empresas, superinten- Jairo Sento-Sé Júnior e a mãe. Maria A Sky apresenta o China à você, em grande estilo.
(PMDB) apresentou ontem â Mesa da dentes, chefes de divisão, gerentes e dire- Hilda de Campos Sento-Sé. Outra filha Aéreo na CLASSE EXECUTIVA, HOTÉIS DE LUXO, e
Assembléia Legislativa da Bahia um pro- tores. do deputado Jairo Sento-Sé, Alice Angé- guia desde o Brasil.
jeto de lei proibindo a nomeação, por lica Sento-Sé. tem um cargo comissio- Afinal, a China prepara-seem seu esplendor há milha-
integrantes dos três poderes. de parentes No Poder Judiciário, ao presidente, nado na Procuradoria Jurídica da Assem-
ascendentes, descendentes e colaterais até vice-presidente, corregedor geral, procu- bléia. res de anos.
o segundo grau, para cargos em co- rador geral da Justiça, desembargadores, O outro campeão, Edval Lucas, é ir- SAÍDAS MENSAIS: 02 e 16 ABR/14 MAI/18 JUN
missão e função gratificada. procuradores, presidentes de fundações, mão do deputado federal Jonival Lucas.
Se o projeto de Cotrim for transfor- COPENHAGEM 8ANGKOK HONG KONG CANTON
institutos c empresas, superintendentes, Seus assessores, que aparecem esporadi- GUItLINXIAN.
mado em lei. todas as pessoas que se
encontram atualmente nessa situação, na coordenadores, chefes de divisão, geren- lamente na Assembléia, são o filho. Edval
Bahia, perderão seus cargos. Apesar dis- tes e diretores. Lucas Júnior, a mulher Darci Ribeiro
so, Cotrim assegura, na justificativa de Lucas, a filha Maria de Lourdes Lucas,
Campeões — F pouco provável e Marini Eufrosina Lucas, irmã do depu- JMf
seu projeto, que não tem o propósito de
atingir quem quer que seja. nem de discri- que o projeto anti-nepotismo do depu- tado Edval que esta lotada no gabinete do
minar o Poder Legislativo. tado Maurício Cotrun seja aprovado pe- deputado Jurandi Oliveira, enquanto uma Av. Rio Branco.
Contratação — Em três incisos los demais parlamentares da Assembléia outra indicada de Jurandi, Rósane Maria 181/8? andar
manaala
i...» ^ k «w turismo 262-9677
ao parágrafo I" do projeto, o deputado Legislativa baiana. Isto porque, dos 63 Baracho, serve ao eabinete de Lucas. tmDKAiUR w»«*.v\r»i
 JORNAL DO BRASIL
Fabius diz
está atenta
Sílvio Ferraz
Corrospondento
PARIS - O deputado Luís Ignácio
Lula da Silva, candidato do PT à
Presidência da República, atingiu on-
tem um dos objetivos mais importan-
tes dc sua viagem à França] ao ouvir
do presidente da Assembléia Nacio-
¦¦ml, c ex-piiiniiiu winisuo, LliUlülíf" disse, o lugai
Fabius, que o Parlamento francês es-
tá atento ao processo dc redcmocrati-
zação do Brasil, e poderá atuar den-
tro de seus limites para zelar pela
normalidade política do pais. Fabius
prontificou-se mesmo a coordenar
uma ação política com outros parla-
mentos europeus, caso seja necessá-
rio.
A declaração do influente político
francês foi provocada por ele pró-
prio, ao perguntar a Lula se o cresci-
mento do movimento progressista no
Brasil poderia levar os setores radi-
cais da direita a se articularem contra
a posse dc um candidato vitorioso da
esquerda.
O candidato do PT disse aos jor-
nalistas saber que nenhum pais tem
condições de intervir nos negócios in-
ternos de outro, mas acredita ser alta-
mente positiva a presença de observa-
dores da opinião pública
internacional nas eleições de novem-
bro. Ele lembrou que o êxito do pie-
biscito de outubro passado no Chile,
quando a maioria do povo disse não a
Pinochei, deve-se não apenas aos
eleitores, mas também à opinião pú-
blica mundial, representada por par-
"Solidarie-
lamentares e jornalistas.
dade é vigilância", resumiu.
Composições - "Mas e preci-
so", continuou, "que haja a forma-
...s
^ ». *
. s\
<#l§g^ 4j rjgp^
^us,p
^^resV
Laureai Fabius,
Fabi
Laurent presidente da Assembléia
cnibleia Nacional
Naclonal francesa, recebeu Lula ^
Candidato
Neste ponto, o lider petista vol-
tou-se contra o empresariado brasi-
leiro: "É inconcebível que os empre-
sários brasileiros sejam os primeiros a
não acreditar no país e manter cerca
de 30 bilhões de dólares em depósitos
no exterior, ao invés de investir nas
linhas de produção". Segundo ele,
"isso é um
grave risco que estão assu-
¦mindo". Lula lembrou ainda não ser
possível manter o povo brasileiro nas
condições em que está. "A Venezuela
está aí mostrando o que pode aconte-
cer a qualquer momento. As pesqui-
sas também não deixam mentir: o
brasileiro, em 1964, comia três vezes
mais carne do que no ano passado".
Sobre a Amazônia, o deputado
REVELAÇÃO
hi
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LABORATORlO FOTOGRÁFICO
a | At mm, a
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NOVIDADE | |L
JLxEJL^I -I!
DIMHO'S
- D,,n e •
Rua Das
flua Dias Ferreira, 57 Leblon.
a Lula
que
à redemocratização
ção de tinta verdadeira frente patrió-
tica no Brasil para garantir a deputado Delfim Netto, feita há dias
redemocratização. Acho salutar o
aparecimento dc tantos candidatos.
Mas acho também que no segundo disse faltar ao ex-ministro do Plane-
turno as esquerdas deverão se unir
cm torno do nome que tiver mais
votos para triunfar." Por isso mesmo, Trabalhadores". II acrescentou: "Ele
di* ykcípcesidcttte -na
chapa do PT está aberto para facilitar não vendo ilusões. Mas
desejáveis composições políticas.
Ess;i viagem à Europa prende-se
muito mais à necessidade de mostrar causa da política de Delfim."
o cenário político brasileiro, e de sen-
sibilizar os governos dos países que
influenciam a opinião internacional,
do que simplesmente fazer a maquila-
gem do candidato Luís Ignácio Lula
da Silva. " primeiro-ministro Michel Rocard, ele
Como imaginar que um
metalúrgico tem a ousadia de se can-
didatar, eventualmente ganhar c go-
vernar o Brasil? É preciso dar respos—
ta a essa pergunta", disse o
economista Fernando Wefort, que
assessora Lula.
"Quem
me conhece sabe que não
acredito muito em pesquisa. Acho ""MiTTcrrandlho. A proposta francesa, feita por
que as respostas traduzem mais um
sentimento momentâneo do que uma
convicção. Com essa ressalva, quero
dizer que as pesquisas mostram que a
candidatura do PT é a que mais cres-
ce no Brasil", afirmou o deputado.
Quanto á possível candidatura do ex-
presidente Jânio Quadros, Lula a vc
como um reflexo da incompetência
da direita brasileira. "É impressio-
nante como, depois de 20 anos dc
regime discricionário, o governo não
conseguiu formar quadros para succ-
dê-lo no O candidato do PT devedores
poder."
disse que Jânio, como qualquer outro
cidadão, tem todo o direito de se
candidatar. " Tem até muita idade
para isso", afirmou.
* - 1 ruiis
' ' ' •„
* ...
j* . ....
aponta risco de empresários
disse ser "infantilidade" promover
um discurso exacerbadamente nacio
nalista, tal como faz o governo, para
"tapar o sol com a "Todos
peneira".
sabem que o Brasil é nosso, e que
ninguém poderá mexer num só centí-
metro quadrado. Mas, negar o diálo-
com os desenvolvidos, so- na, basta ver que até o Jânio a está
go países
bre formas de investimento e
desenvolvimento da Amazônia, com
a preservação do meio ambiente, é
miopia política. As costas brasileiras trução de uma muralha em torno da
não são apenas nossas. São parte do
Oceano Atlântico, que é um bem da
humanidade. Da mesma forma, a
Amazônia. É nosso território, mas
afeta a vida do planeta."
Luís Ignácio Lula da Silva disse
COM
PARA O MESMO
f\]/\
NA jfj/V jj A
FEIJOADA
DfwfDIT
Fart0
P£rf£E>
i u. RJ.D, Tels.:
T. ~Jt
fi^l000^000^ FAQ
Teis.: 294-2297 294-5972
294-5972
Brasil
França
Dolfim - Sobre a declaração do
cm Paris, de que votaria em Lula
para abreviar a ilusão, o candidato
"autoridade
iamento para criticar o
econômico do Partido dos
projeto
me conhece muito bem e sane que
crcio ser me-
llior o viver uma ilusão do que
povo
desespero
o e
que passou passa por
Uma das preocupações centrais de
Luís Ignácio da Silva c a questão da
dívida externa brasileira. Em Paris,
onde teve um rápido encontro com o
ouviu de alguns políticos importantes
- c,
principalmente, de Laurent Fa-
bius - que o governo do presidente
François Mitterrand prosseguirá cm
sua proposta dc suavizar a dívida dos
países do Terceiro Mundo na próxi-
ma reunião dos sete grandes, em ju-
nas Nações Unidas, prevê
a criação de uma agência financeira
multinacional que compre as dívidas
dos países-membros no mercado fi-
nanceiro e as rcfinancic a perder de
vista.
"Não c
possível que uma promis-
sória do governo brasileiro seja nego-
ciada no mercado financeiro interna-
cional a 35% de seu valor, e o Brasil
continue pagando seu valor integral",
efisse Lula. Para ele, o governo deve-
ria convocar uma reunião dos países
cm Brasília para acertar
uma ação política conjunta. "O Bra-
sil éh muito importante no contexto
internacional. Só o governo brasileiro
não pensa assim", declarou.
- Hrr
^ >• ^ . papéis de alguns bancos estaduais, que acabariam funcionando como
' Esse quadro é considerado po-
. • ¦;--v\A
™ ¦•*¦ ¦ -' >
.. ,, ! Antônio Carlos, que se formou
I em medicina e conhece todos
^ entregou à família um bilhete
estar convencido de que o Brasil de-
veria participar de uma conferência
internacional com o objetivo de zelar
pelo meio ambiente, tal como pro-
"Para
posto pelo governo francês.
verificar que a questão da Amazônia
é muito mais grave do que se imagi-
defendendo", frisou. Lula disse ainda
ser delírio da direita o discurso nacio-
nalista "que só falta propor a cons-
Amazônia". Concluindo, Lula lem-
brou: "Todo vizinho sabe que não
pode se meter na casa do outro, mas
no portão dão os seus palpites. Por
que não ouvi-los? È muito possível
que tenham coisas boas para dizer."
QUALIDADE
DIA.
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A A tradicional feijoada aos s£bados
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sábado! 4/3/89 ? 1° caderno ? 3
Líderes discutem regras
campanha
para
O governador de Alagoas, Collor de dos por políticos que não sejam candi-
Propostas iniciais Mello, veria minguar suaS possihilida- datos. Em j|86, Hrizola foi Impedido
tiram Qabeirae des de disputar a sucessão. Seu partido, pela lei de participar da campanha pela
o Parlido da Reconstrução Nacional TV em favor do candidato do PDT à
Caiado da disputa (antigo Partido da Juventude) tem sua sucessão, o então vice-governador
também um solitário representante da Darcy Ribeiro.
— "Assim a gente está Câmara, o deputado Arnaldo Faria de A proposta mais drástica foi apre-
BRASÍLIAimpedindo que o Fernando Ga- Sá que, nas eleições de novembro, foi sentada pelo lider do PSDB, deputado
beira possa ser candidato a vice-prcsi- candidato a vice-prefcito de São Paulo Euclides Scalco. Por ela, só partidos
na chapa de Paulo Maluf. O cx-gover- com
dente". Com essa observação, o depu- nador parlamentares eleitos pela sua le-
tado João Herrmann (PSD-SP) fez mesmo paulista e Collor já rezaram no genda poderiam apresentar candidatos.
caticismo,
mergulhar no caos a reunião das lide- trincheiras diferentes. agora mas estão em Isso tornaria inviáveis, na prática, as
ranças partidárias, anteontem, no gabi- ettmhthmrra'sT "presidenciais dc Collor e
~ -Aveuluieinsmo Uma preo- Caiado e a vice-presidente, de Fernan-
pi'|p iln lifliT Ihsea Pinlinirn pnr.) tfo
cutir as regras que comandarão a cupaçâo assumida está motivando os do Gabeira.
campanha presidencial. A observação líderes partidários a precipitarem a
A preocupação com o arrivismo é
de Herrmann foi feita depois que os aprovação das regras para a campanha tanta que os lideres partidários já che-
líderes decidiram que só poderiam presidencial: o medo do aventureirismo
garam a um consenso para tentar eli-
apresentar candidatos ao Planalto os político. Com 34 partidos com registro minar os aventureiros: quem disputar
definitivo ou provisório ou em proces-
partidos com registro definitivo até 17 so no TSE, a sucessão de Sarney candi-
uma convenção não pode participar de
de agosto ou que tivessem representa- outra. Assim, fica eliminada a possibi-
datos. Sc isso ocorrer, um candidato
ção no Congresso Nacional. O Partido com apenas 10% dos votos lidade de um candidato disputar con-
Verde, ao qual Gabeira pertence, não poderá ir vençòes em três partidos diferentes na
o segundo turno. Uma outra
possui nem registro nem representação para — não assumida — tam-
busca de uma leganda. Um ponto a
na Câmara ou-Senado. O escritor está preocupação
bém move os políticos nessa pressa:
menos para Ronaldo Caiado, ainda
sendo apontado como um dos possíveis sem partido e proibido de falar na
candidatos a vice-presidente na chapa preservar os interesses de seus candida- última pré-convenão do PDC, onde
tos e de seus partidos contra os demais,
encabeçada por Lula. tenta abrigo.
Como os ecologistas estão em alta e principalmente os vindos de fora, como Os espaços no rádio e televisão ain-
Ronaldo Caiado e Sílvio Santos.
ninguém quer seus votos, a reunião foi da renderão muito debate. O lider do
suspensa e os lideres só voltam a con- Assim, se conseguir ser candidato, PMDB, Ibsen Pinheiro, sugeriu a redu-
versar segunda-feira. Se a proposta ti- Silvio Santos ficará, literalmente, fora ção dos tempos para que todos os par-
vesse sido aprovada pelos líderes, mui- do ar. Não poderá mais apresentar seu tidos tenham acesso. O PT já está es-
tos outros candidatos, além dc anteprojetos programa dominical, como prevêem os pois, segundo Paulo
dos deputados Paulo Del- perneando
Delgado, o PMDB pode abrir mão de
Gabeira, teriam sido prejudicados.
O candidato da UDR, Ronaldo gado (PT-MG) e Ibsen Pinheiro, líder seu espaço porque vai baixar de 25
"Só
Caiado, teria que sc contentar em pro- do PMDB na Câmara. Se entra a Lei "deputado, para 15 minutos. que o PT", diz o
"vai
curar legenda entre o lJL>L, FbL', I' IK Silvio Símios, sai a tuj-Bri:ola: em cair de ires pura um
ou PSD. Estes três últimos partidos todos os anteprojetos, os tempos reser- minuto. Isso pulveriza os pequenos
têm um representante cada na Câmara. vados aos partidos poderão ser utiliza- partidos."
Antônio Carlos — A
estabilidade do estado de saú-
de do ministro Antônio Carlos
Magalhães, internado domin- NOTA OFICIAL
go, com infarto, no Instituto
do Coração (Incor) do Hospi-
tal das Clínicas, tem-se manti-
do a tal ponto que os boletins
médicos dos últimos três dias DA ANDIMA
são absolutamente iguais. "O Tão logo foi divulgado o Plano Verão, a ANDIMA, com outras
período pós-infarto é mesmo associações, se mobilizou para tentar contornar junto às autoridades um
monótomo", avisou o cardio-
de seus aspectos perversos: a brutal transferência de renda dos credores
logista Adib Jatene, diretor
para os devedores, devido à extinção da correção monetária das OTNs.
científico do Incor e supervisor
do tratamento de Antônio Manifestamos então às autoridades os constrangimentos que a
Carlos. Jatene confirmou a suprèssão abrupta da correção monetária causaria ao próprio Plano Verão,
realização etn breve de uma
cirurgia para implante de três pois iria desestimular a emissão de certificados de depósito bancário
(CDBs), letras de câmbio e debêntures, papéis que financiam a atividade
pontes dc safena no coração
do ministro. privada. Do mesmo modo, previmos problemas para a renovação de
sitivo pela equipe médica, mas fator de emissão monetária.
Em reunião no dia 28 de fevereiro, renovamos ao Exm° Secretário
Geral do Ministério da Fazenda, Paulo César Ximenes, as observações
os procedimentos e riscos de anteriores e insistimos na necessidade de isonomia tributária entre papéis
sua condição, tem dado sinais
de preocupação. "Ele está bas- públicos e privados, bem como na extensão a todos os títulos privados dos
tante irrequieto", contou o pa- mesmos rendimentos aplicados desde 18 de janeiro às cadernetas de
drc Leocir Pessini, capelão do poupança, para devolver a credibilidade aos instrumentos de captação do
hospital, que já fez várias visi- sistema financeiro voltados para o financiamento do setor privado.
tas ao ministro. Entendemos que, sem essas providências e a aplicação de indexadores
Internado com 102 quilos, An- simétricos para as operações ativas e passivas, o Sistema Financeiro
tônio Carlos já perdeu quatro Nacional estará sendo levado à estatização, pela concentração natural de
.desdedomingo. Ontem, depois recursos nas Letras Financeiras do Tesouro.
de sentar-se sozinho pela pri-
meira vez, o ministro comeu Quanto aos estudos creditados à ANDIMA, com estimativas de
peixe no almoço e até elogiou a transferência de renda dentro do mercado financeiro, informamos ter
comida. O ministro da Saúde, conhecimento de seu teor; sabemos que foram entregues a autoridades;
Seigo Tsuzuki, voltou a visitar mas não concordamos com seus termos e premissas, pois achamos que
Antônio Carlos na manhã de não correspondem à realidade.
ontem e á tarde foi a vez do
general Jonas Correia Neto, Como entidade que congrega 320 associados entre bancos comer-
responsável pelo Comando ciais, de investimento, corretoras e distribuidoras de valores de todos os
Militar Sudeste, que represen- portes, a ANDIMA tem consciência de que o Plano Verão trouxe grave
tou o ministro do Exército e perda global para o sistema financeiro e para o setor privado como um
todo. Por isso mesmo continua empenhada em encontrar os meios
endereçado a Antônio Carlos necessários para resolver o problema.
por um amigo comum.
Também estiveram no Incor o Rio de Janeiro, 3 de março de 1989
deputado José Lourenço Marcos de Aguiar Jacobsen
(PFL-BA) e o numerologista Presidente da ANDIMA
Oswaldo Antônio Albamonte,
que foi saber a data e horário
de nascimento do ministro pa-
ra elaborar uma carta numéri-
ca de suas condições de saúde.
O presidente José Sarney ligou
do Suriname para saber do ANDIMA
ASSOCWÇAO NA(IONAl
estado de seu auxiliar, DAS INSTITUKCXS 00
MfICAÜO AMIIO
^^n—
ISHESBQflBuSEllBlBDflEBQHESiHHiflEII
A P R E S E N T
'
^
FEV. DESCONTO
I P A Q A O
sábados ficou muito mais saborosa com os dois novos
nos sal&es
salões e S6rgio
Sérgio Brasiliense
'
,
crianças gratis
grátis
manobristas
 4 n Io caderno ? sábado, 4/3/89 Brasil JORNAL DO BRASIL

cia, Moreira e Newton debatem eleição sem Ulysses

Quer Salvador — Glldo Lima
Exatamente quando o deputado Renúncia de
Ulysses Guimarães empreende viagem Deputado não nao admite admite prévia
®Deputado previa
pelo Nordeste para obter apoio para
sua candidatura, os governadores dos Kiicn-i:
Iecii-h Depois
Dcpois dcdu ser recebido
rcccbido candidature prcsidcntc do PMDB
candidatura do presidente Sarney depende
três estados mais importantes, Orestes no no aeroporto
acroporto por representantes dc
por, rcprcscntantcs dc aa presidente Rcpublica. Jarbas
prcsidcntc da República.
Quercia (São Paulo), Moreira Franco todas
lodas as tendências
tcndencias do PMDB I'MDB per- Vasconcelos, a quem
per- Vasconcclos, qucm Ulysses reiterou rcitcrou
de Ulysses
nàmbucano — do ex-prefeito
cx-prcfeito Jarbas
Jarbas oo convite fazcr parte da Exccuti-
fazer
(Rio de Janeiro) e Newton Cardoso ^ gF* Wm nambucano para
Vasconcelos va pemedebista, disse dissc que àpóia ap6ia a
(Minas Gerais), que não acreditam na llMMf*'' Vasconcclos ao deputado dcputado federal Nil- Nil- va
Rosângela llittar
possibilidade de vitória Fazenda eleitoral de son Gibson, que Icz questão dc bei- candidatura do governador Miguel
Ulysses, sc reúnem na Rio jar-lhe a mão —, o deputado Ulysses Arraes, tese repelida pelo senador
Rancho, de propriedade do governador Guimarães descartou ontem a possi- Mansucto dc Lavor e pelos depu- BRASÍLIA — Depende apenas de
—-dt-Mjnas, cm Pitangui, para discutir a bilidade de realização de uma prévia tados federais que foram ao acropor- Ulysses Guimarães a renúncia do pre-
csc o I li a do" Ca. tdtda t o- d o PMDB à Pre- "Para sidente José Sarney á presidência de
para a escolha do candidato do to, inclusive Nilson Gibson: honra do PMDB. Se Ulysses Guima-
sidcncia da República. PMDB à Presidência da República. presidente do PMDB estou com o
A reunião foi marcada de propósito ~~À~prcvte-nàe-^stá4HULsta rães concordar em discutir o pedido de
— quando Ulysses tuto" — doutor Ulysses, apesar dc fazer parte expulsão do presidente, a ser feito pelo
para as 1 lh de hoje argumentou, para cm seguida colocar da-cham- moderada" — disse Gib-
estará chegando a Fortaleza, depois de "Agora, o meu deputado Hélio Duque (PMDB-PR), o
outra objeção: "O Brasil c um país son, mas completou: mensageiro será autorizado a levar ao
passar por Salvador c Recife. Embora continental e a realização da pré- candidato a presidente c o governa- Congresso a carta-renúneia de Sarney,
Quercia, Moreira e Newton não afir- via seria muito difícil," O governador dor Arraes". moderada
em represália ao que a ala "agressão".
mem isso e até sejam capazes de desau-
torizar essa informação para evitar con- Miguel Arraes não foi ao aeroporto Só quem não quis tocar no assun- do PMDB considera uma
fronto com Ulysses, o objetivo da porque estava, na mesma hora, rccc- to foi o vicc-governador Carlos Wil- Sarney convocou os ministros políti-
bendo no Palácio do governo o mi- son Campos, que recebeu Ulysses cm cos do PMDB e o governador do Distri-
reunião é precisamente fazer um con- to Federal, Joaquim Roriz, para uma
traponto à investida de Ulysses nas ba- ^ ' tn^ss# nistronistro Maílson Nóbrega.
Mailson da Nobrcga. nomenome do governador ec que tem tcm reite-
rcitc- reunião no Palácio Alvorada,' segunda-.
Scs do PMDB no Nordeste. Os três £mHH W SBi' Ulysses, Ulysses, que estava acompanhado
acompanhado rado
rado a impossibilidade de falar no feira, com a finalidade de acertar a
governadores decidiram também trocar
* >'
| do do senador Ronan Tito e dos depu- assunto porque éc vice de Arraes: "Fi-
depu- assunto estratégia de atuação do governo na
idéias antes de o próprio Ulysses chegar tados federais Ibscn Pinhciro (PR) c caria
Ibsen Pinheiro caria chato" — justificou. O0 cx-pre- ex-prc- convenção do parlido.
hoje à noite a Belo Horizonte para um flfr" tados
f HB "'TfflBy Cid Carvalho
Carvalbo (MA), disse
dissc que tem
tern feito
feito Jarbas Vasconcelos
Vasconcclos recebeu O grupo político do presidente entra
jantar marcado desde segunda-feira IK' Cid
- J@ar sentido entusiasmo no partido c fora Ulysses mas logo saiu do aeroporto.
I'ora Ulysses acroporto. confiante na semana final de negocia-
apenas com o governador de Minas. SSB^Ill sentido
I Wr. dele dele emcm torno dc uma unia possível
possivel candi- çôes, respaldado por uma constatação
Iniciativa — Oficialmente, os três
sMBF datura presidente mas,
datura sua aapresidente
"o pela pri-
pelapri- n I Oo presidente
presidentedo do PMDB, deputadodcputado que deseja preservar de publicidade: as
governadores justificam que estão a • ¦ ifflS nieira vez,
VeZ' lembrou
lembr0U que
qUC partido
part!do U
|—
Ulysses Guimarães, e o máquinas do governo e da ala modera-
uma semana da convenção nacional do nlCira f° reccber Guimaracs, c governa- da do PMDB somam 20% dos votos
¦§ tern tem outros nomes que podem receber dordada Bahia, Waldir Pircs, Pires, estão
estao em
partido que vai escolher o novo direto- P# SBr cntus.asnio que cu recebo".
.nus.no entusiasmo recebo j 6cs opostas nacionais nas eleições de novembro. Co-
rio-nacional e definir-parâmetrospara a- " oo mesmo posições (as quanta
quanto aà convenção
convene na- iiíQ~ha grande iragmen.açao de can-
Para ele, o0 PMDB ganhará
ara clc' Banha|'a a eleição
cle.?ao ciona|
cional do 1|do cm
em 12
l2 de março.
ma Ulys-
w didaturas, o percentual seria sufiden-
escolha do candidato a presidente da SWl l "sc tiver partido
República. Por isso, como detentores ,, m> "sc Pr°firan.la de
tlv,cr um programa dc governo
8overno ses ^ quer que a direção
dire9ao partidária
par.idaria resulte te para levar um nome ao segundo
CdOCrC;lCoebrasilCcim coerente e que responda aos reclamos
ne^^onSterecom°o ?e turno. Munidos de números e disposi-
das principais bancadas dc convencio- dc uma composição
Lposi^o entre entrc vencedores
venccdorcs ec
nais, argumentam, precisam conversar. V do povo brasileiro e contc com o ção, os ministros da Previdência, Já-
S*L. sfr. entu:iasmo derrotados na eleição
clci^ao da chapa ao Di- der Barbalho; da Agricultura, íris Re-
Curiosamente, quem teve a iniciati- entusiasmo da militância. Precisamos
d'imilitinci'i Pr'cis'iinos derrotados
— prosse- retório e Executiva nacionais. Waldir
va de propor a reunião dos três gtover- entusiasmar oo"pMDB"' PMDB" —6 prossc- defende ^tndVqu^riL'pa"^^^- zende; da Educação, Carlos SanfAnna;
que a chapa vencedor^ detc- das Minas e Energia, Vicente Fialho; e
nadores, em telefonema dado quarta- ^ guiu. nha o do Desenvolvimento Industrial, Roberto
feira para Moreira Franco, foi o gover- Elogios — O deputado fez mui- comando partidário, sem con-
cessões. O deputado esteve ontem cm Cardoso Alves, além do governador Joa-
nador Orestes Quercia, apontado como } tos elogios_ao governador Miguel Ar- quim Roriz, tratam de desobstruir suas
— "Ê um Salvador, obedecendo ao roteiro de
nome mais forte dentro do PMDB para racs grande nome que o campanha traçado conquistar agendas, abrindo espaços para os poliii-
ultrapassar Ulysses na corrida para es- partido tem" — e repetiu teses de para COS.
colha do candidato. Arraes sobre o PMDB: a de o apoio à pretensão de ser escolhido can-
^ que Inconseqüência — O afasta-
didato do PMDB à Presidência da Re-
Festejado como candidato no do- partido deve sc preocupar cm fortale- mento de José Sarney da presidência de
mingo. na convenção do PMDB paulis- ccr o mercado interno e encontrar pública. Aproveitou para encontrar-se honra do PMDB não ocorrerá até que o
ta que hostilizou a candidatura de Ulys- uma solução para a dívida externa. com o arcebispo de Salvador c cardeal
presidente do partido, Ulysses Guima-
ses, Quercia tem insistido em dizer ^ Sobre a candidatura do ministro íris primaz do Brasil, dom Lucas Moreira rães, se manifeste sobre o assunto, con-
publicamente que não pretende dispu- Resende a presidente do PMDB, des- Neves. Amanhã, Ulysses chegará a For- forme acerto preliminar a ser selado na
tar a Presidência da República este ano.
^ denhou: "Eu não acho nada." taleza para conversar com os delegados reunião de segunda-feira. "A mera dis-
Na própria quarta-feira, reafirmou pa- l Apesar da presença de lideranças do partido e almoçar com o governador cussão do assunto é uma agressão qeu.
ra Moreira que não é candidato. "Não de várias tendências do PMDB per- Tasso Jereissati, que, embora não tenha fere até a dignidade do cargo", defen-
tenho direito de não acreditar na pala- tercm comparecido ao definido quem irá
ao definido apoiar àa Presidência,
ira japoiar Prcsidcncia, dem dois auxiliares do presidente.
nambucano terem
vra de um amigo", afirmou Moreira. O nambucano Os pemedebistas no governo estão
encontro reservado que os dois terão
aeroporto e sc encontrado com Ulys- parece não ter esquecido o veto de Ulys-
hoje junto com Newton Cardoso porá iW^^m
'«jjHol&iiit! sesses na sede do
partido, não havia scs
nao havia ses "quaiido prcsidcntc Sarney pensou
quando o presidente convencidos dc que a moção a ser apre-
Ulysses fica sem apoio no Nordcste
Wiysses Nordeste e no
noMSenlro-Sul
Cenlro-Sid qualquer entusiasmo em torno da
da em em nomeá-lo
nomea-lo ministro da Fazenda. sentada por Duque não influirá nos re-
definitivamente em pratos limpos as qualquer sultados da convenção, o que aumenta a
de gratuidade do gesto. Outra tese que le-
"Ruim deQuercia.
pretensões
voto" — Ulysses, que ao presidente José Sarney e apoiada por I—I O governador Moreira Franco
— afirmou vam para a reunião de segunda-feira:
não recebeu apoio para sua candidatura setores conservadores ou moderados. que não existe uma deci- Paes exibe de Orestes Quercia, a'quem atribuem o "pe-
'" 1 nem do
governador da Bahia, Waldir Os governadores são os maiores são do Tribunal Superior Eleitora! faturas so da responsabilidade de governar São
Pires, nem do governador dc Pernam- eleitores da convenção. Contrariamente (TSE), mas apenas o voto de um relator, Paulo", está em boa posição na chapa
buco, Miguel Arraes, nem do governa- ao que Ulysses defende, eles não admi- impedindo que o programa e o estatuto progressista, é jovem, saudável e pode
dor do Ceará, Tasso Jereissati, também tem que a futura executiva nacional do de um partido sejam mudados sem a suas despesas no Ceará superar os seus desentendimentos com o
não terá a solidariedade de Newton PMDB — decisiva para influenciar na presidente da República. O código da
Cardoso no jantar de hoje em Belo publicação das alterações seis meses an- BRASÍLIA — O presidente interino depesas de hospedagem e deslocamento mensagem traduz-se jogando para o lado
Horizonte. "Não existem mais candida- escolha do candidato a presidente da tes da convenção. A valer esse voto, o da República pela segunda vez, depu- de seus convidados tanto em Fortaleza as candidaturas de Ulysses Guimarães —
tos naturais dentro do PMDB", afir- República — seja dividida entre as duas PMDB não poderia mudar seu progra- tado Paes de Andrade, cumpriu ontem quanto em Mombaça. O total das despe- a "opção natural" — "pelo e as de Waldir
mou ontem o governador de Minas. Na chapas, na proporção dc votos que ob- ma nem seu estatuto na convenção do a promessa que fizera ainda em Forta- sas apresentadas nas duas faturas por Pires e Miguel Arraes, congestio-
tiverem na convenção. Pela lei, dizem "Ainda faltam seis leza, quando viajou na condição de subs- Paes de Andrade foi de NCzS 1.893,29 namento da faixa esquerda".
quinta-feira, em entrevista na cidade "O dc próximo domingo.
Montes Claros (MG), foi mais além: eles, o diretório nacional — um colegia- outros votos. O julgamento seria nesta tituto do presidente José Sarney a Mom- (uma de NCzS 1.450,05 e a outra de Dois ministros do PMDB lembraram
doutor Ulysses é um homem muito sé- do mais amplo a ser eleito pela conven- sexta-feira, mas foi adiado para quinta- baça, sua cidade natal, de apresentar as NCzS 443,24). ontem que, à esquerda, estão candida-
rio, honrado, mas até aqui muito ruim ção e do qual é retirada a executiva — feira", informou Moreira. Para ele, "cs- faturas comprovando que pagou as des- As diárias normais no Hotel Praia tos lançados há muito tempo, como
de voto. O doutor Ulysses está muito tem que ser dividido proporcionalmen- pesas de seus convidados. Ontem, o as- Centro, dc quatro estrelas, são de NCzS Lula e Brizola, "conhecidos até das
te. A executiva, não. Forma-a quem ta é uma questão política, não legal, pois sessor de Paes de Andrade, Alfredo Obli- crianças", que se já dificultam o cres-
mal nas pesquisas de opinião pública." a Constituição estabelece que os parti- 50,49 para os apartamentos simples, co-
O malabarismo que o PMDB está obtiver maioria no diretório. ziner, mostrou duas faturas emitidas pelo cimento de Mário Covas, menos espa-
dos agora são autônomos c devem sc Hotel Praia Centro, onde foram utiliza- mo os que foram utilizados pela co-
vivendo para escolher seu candidato a Com essa posição, os governadores mitiva. A gerência do hotel deu um ço deixarão para o PMDB.
reger pelo estatuto c programa." Mo- dos 21 apartamentos por convidados do
presidente da República tem seu mo- querem definir o âmbito da candidatu- "A deputado. desconto de 30% para o deputado Paes Reconquista — Os ministros po-
mento decisivo na convenção nacional ra. Ou seja, se ganharem a convenção, o feira pergunta: quem interessa que de Andrade. A diferença entre o preço líticos do partido confiam também na re-
do próximo domingo, quando sc de- o PMDB não defina agora com clareza Sem discriminar as despesas, as fa-
frontarão duas chapas — uma coman-
candidato será da escolha deles pró-
sua posição política? A quem interessa turas não esclarecem, por exemplo, quem ' das diárias com desconto (NCzS 742,21) conquista dos governadores. O governo
prios, terá linha progressista e compro- pagou os automóveis e ônibus colocados e o total apresentado nas futuras (NCzS enfraqueceu-se no PMDB, segundo ava-
dada por Ulysses e apoiada pela maio- misso com bandeiras que façam o que ele fique na indecisão, na amhigui- à disposição da comitiva em Fortaleza e
ria dos governadores e pelos setores PMDB retornar ao leito antigo dos dade, no lodo? Interessa aos poderosos, 1.893,29) foi utilizada no pagamento das liam, à medida em que perdeu os gover-
Mombaça. Em nota oficial antes da via- despesas extraordinárias dos hóspedes nadores que trabalharam pelo mandato
progressistas c esquerdistas do partido; compromissos populares, como gostam e não posso acreditar que o TSE os
e a outra liderada por ministros ligados de dizer. favoreça." gem, Paes prometera arcar com todas as convidados de Paes de Andrade. de cinco anos.

Crítica aos desenvolvidos Prefeito dirige

PARAMARIBO — O presidente estavam enganados, porque ela perten-
José Sarney, fez em entrevista coletiva, ce a toda a humanidade. ônibus
severas críticas aos organismos interna- Sarney conversou longamente com o para
Construtora Presidente S.A. cionais que, segundo ele, foram criados presidente do Suriname, Ransewak Sa-
mentira
para ajudar os países em desenvolvi- hankar, sobre esse assunto, e lembrou pegar
mento más que. desvirtuando seus obje- que "os dois maiores projetos que atin-
tivos, ficam na postura de auditores. giram a Amazônia foram feitos exata- MANAUS — Em guerra aberta
Ele condenou ainda as nações desenvol- mente multinacionais". Sobre quais que move contra as empresas de
Comunicado vidas que pregam a internacionalização eram ospor o presidente não hesi-
ônibus que se recusam a circular em
"esses projetos, ruas sem asfalto, o prefeito de Ma-
da Amazônia, dizendo que países tou: Fordlândia (projeto que a Funda-
têm muito mais explicações a dar ao Ford desenvolveu no Pará, para naus, Artur Virgílio (PSB), entroi.'
A Construtora publicamente es-
Presidente vem mundo sobre a poluição do que os pai- ção de borracha, e Jari (desenvol- ontem num ônibus da empresa Sol-
ses em desenvolvimento". plantação
clarecer fatos lamentáveis ocorridos quinta-feira, dia "Não admitimos vido magnada Daniel Ludwig, pa- tur e flagrou na mentira um moto-
que alguém se jul- ra pelo
produção de papel e celulose, tam- rista que recolhera o veículo sob
2, em seu canteiro de obra, à Rua Marquês de São guc no direito de falar de internacio- alegação de falta de freio.
nalização da Amazônia" declarou o bém no Pará). Em seguida, lembrou "Saia daí
Vicente — Gávea. presidente, recusando qualquer tipo de que
o Suriname também enfrentou pro- que eu sei dirigir isso",
interferência externa, indagado sobre blcmas quando a Holanda quis transfe- ordenou o prefeito ao motorista.
Cerca (cem) operários, após o almoço,
de 100
estaria tentando interferir, res- rir para cá resíduos industriais. Artur Virgílio pegou na direção do
quem "Basta verificar os documen-
fornecido por uma empresa especialmente contrata- pondeu: Após confirmar que não aceitaria o ônibus, saiu com ele e provou que
tos apresentados no Congresso norte-a- convite do governo holandês para com- não estava sem freio. Imediatamen-
da para isto, apresentaram indisposição, tendo sido mericano depois da visita dos senadores parecer à conferência de Haia que dis- te, deu ordem de prisão ao motoris-
dos Estados Unidos ao nosso pais: cutirá a questão do aquecimento da "O
imediatamente encaminhados ao Hospital Miguel ta. senhor está mentindo, esteja
Ele se referia as declarações do senador atmosfera da Terra e a destruição da preso", ordenou. Em seguida, o
Couto, onde se diagnosticou quadro de intoxicação Kasten, de que se os brasileiros estavam camada de ozônio, Sarney disse que
prefeito fez uma censura pública à
alimentar. pensando que a Amazônia os pertencia enviará um emissário. empresa, que se saiu culpando o
Face ao acontecido a Construtora Presidente, motorista e prometeu colocar em
Comissões^terão circulação 18 ônibus novos na pró-
presidente
acompanhou e manteve Atendimento Médico
(após O presidente-cfcrCamara, deputado Câmara. "Agora, a tarefa principal é a xima semana.
Paes de Andrade, que está interina- votação da legislação complementar", A Soltur é uma das quatro gran-
a liberação por parte do Hospital); Assistência Social; mente na Presidência da República, comentou Paes de Andrade, preocupado des empresas que em Manaus são
Transporte e Alimentação Específica aos vitimados, anunciou ontem, em entrevista coletiva em dar "aplicabilidade" à Constituição
no Palácio do Planalto, que os presiden- de 88. responsáveis por 60% do atendi-
cumprindo seu compromisso de empresa conscien- tes e vice-presidentes das comissões per- mento da população. Atualmente,
Ele disse que depois da votação do a cidade tem 537 ônibus ("com ida-
manentes da Câmara serão eleitos na regimento interno,
te de suas responsabilidades, atentando ao bem- que acontecerá no de alta", segundo o prefeito) e a
próxima quinta-feira, dia 9. A decisão foi dia 17 de abril, vai mobiliar os lideres
estar de seus funcionários. tomada ontem de manhã pela Mesa Di- meta de Artur Virgílio é chegar a
retora da Câmara, em reunião com Paes partidários para apressar o processo de 650 coletivos ("com idade baixa")
Com 35 anos de atuação construção civil, A de Andrade. elaboração das leis complementares. Há
As comissões permanentes, após a mais de 240 dispositivos constitucionais
Construtora Presidente vem desenvolvendo progra- aprovação da Constituição, ganharam que necessitam ser regulamentados por JB
ma de Recursos Humanos que visa suprir carências poderes ampliados, já que têm atribuição leis ordinárias.
para aprovar matérias sem a necessidade Na opinião de Paes de Andrade, o
Sociais de seus funcionários. de recorrer ao plenário. As matérias só defeito das Constituições anteriores foi a
irão á apreciação do plenário se houver falta de aplicabilidade. Depois de fazer B Especial
A empresa agradece à equipe do Hospital Miguel requisição assinada por 10% dos depu- um relato das Constituições de 1891 a
Couto, a tados. 1967, o deputado salientou que todas
presteza do atendimento e comunca que, De acordo com Paes de Andrade, o deixaram de ser cumpridas por terem Dose dupla
felizmente, todos os funcionários atendidos tiveram trabalho das comissões será fundamental caido no vácuo constitucional, ou seja.
na falta de regulamentação. de informação
*
alta no mesmo dia. para acelerar a tramitação de projetos na
, e análise.
Rio de Janeiro, 04 de março de 1989. i
I; João Saldanha
I
^Wbwwwhbb—WWMII.<I,<i •% iwimih ¦'!igs»i.g.ur.-7:-.;,..«».'.,v:^i-:.vf.',Mi«.-.jvrr3eaK!i^A'.»^-iw»^ Ti.ni-'jaw?
 JORNAL DO BRASIL Brasil sábado, 4/3/89 ? 1" caderno a 5

carros sem selo Alves dá sinal verde e Sarney

Multa
para

DNER demitir chefe da Sudam

ê adiada de
Os motoristas que enfrentaram o sol
e as filas em huscswdo selirtkrftcpana-'
—-—TTTünto lecionai de Estradas de Roda-
gem (DNER) para se livrar das multas
nas estradas federais perderam tempo.
Mais uma vez a aplicação da lei Ibi
adiada. "Como a medida 6 nova, só
quando a sociedade já tiver absorvido
bem a mudança e as filas acabarem é que
vamos iniciar a punição", explicou o di-
retorde trânsito do Departamento, Itálo
Marzzoni da Silva. Se tudo correr bem c
provável que a fiscalização mais intensa
só comece na Semana Santa.
O DNER também concluiu que o
prcncliimcnto do cadastro é um sério
motivo de atraso na venda do selo. Dian-
te disso, a partir de segunda-feira ele
passará a ser falcultativo até o mês de
junho, quando então voltará a ser obri-
"Esse documento é muito im-
gatório.
portante para o cadastro do departa-
mento, além de ser uma segurança do
usuários contra cambistas, corrupção c
até um pára-brisa quebrado que danifi-
que o selo", diz ítalo, defendendo a pa-
peleta. Para agilizar a venda, todas as
agências e postos da ECT trabalharão
com dois guichês: um para quem quiser o
cadastro carimbado e o outro só para a
venda.
Poucos selos — Se as multas fos-
sem-aplieadas a partif-de-hoje, ccrtamen—
te o DNER teria um forte suporte para
sua caixa. Pelo menos 50 % dos veículos
que cruzam a ponte Rio-Niterói ainda
não têm o selo. "Olha, acho que está
muito bom. Não esperava tanta gente
regularizada nessa primeira fase", cons-
tata o otimista patrulheiro Ronaldo
SanfAna, que tem passado os dias aju-
dando os motoristas a comprar o selo.
Apesar disso, tudo indica que a pro-
cura tem sido maior do qire a esperada
pelo próprio DNER. Estatística com es-
ses números só estarão prontas na próxi-
ma semana. Ontem, no entanto, a ECT,
responsável pela venda, solicitou e obte-
ve autorização para contratar a inipres-
são de mais 3 milhões de selos referentes
ao mês de março e 1 milhão dos que têm
validade para o ano inteiro.
Ao todo. agora estão à venda 15 mi-
lhões de selos. É um número surpreen-
dente levando-se em conta que toda a
frota nacional chega a apenas 14 milhões
de veículos. A explicação do DNER "Empara
essa inflação é a falta de cadastro:
alguns locais existem muitos selos e a
novo
pelo
O patrulheiro Santa Ana ajudou Jaquelini com o selo
procura e pequena; em outros ocorre
exatamente o-contrárior-Se nós fui mus
remanejar vai levar muito tempo. Com o
cadastro isso acaba", garante Ítalo.
Dor-de-cabeça — Em vigor des-
de o dia primeiro, o selo substitui o
pedágio nas estradas federais continua
sendo uma dor-de-cabeça para os usuá-
rios. "Eu consegui, eu consegui! Olha só
como ele é feio e não tem nem cola". O
desabafo é da advogada Cristina Reins-
perge que, suada, depois de 20 minutos
na fila debaixo de um sol forte, na praça
do pedágio da Ponte Rio—Niterói, con-
seguia finalmente selar seu Fiat 82. "Eu
raramente uso a ponte, mas tenho uma
amiga para ter neném c não quero bron-
ca com a policia", reclama Cristina.
A programadora de computador, Ja-
queline Werner, passou por sofrimento
idêntico. "Eu trabalho no Rio, moro em
Niterói e não tive tempo de comprar.
Agora, com medo da multa, tive que
encarar a fila", explicou, enquanto pro-
curava um local melhor para prencher o
formulário. Até as costas do colega da
fila foi usada. Um esforço inútil. A fun-
poderá
Mnrco Antflnlo Tolxolrn
itma
mm
cionária da ECT simplesmente devolveu
"administrativa,
a papcleta informando qurpgr enquanto
não seria necessária. Foi contemplada,
no entanto, com a boa vontade do patru-
lheiro Santa-Àna, que lhe conseguiu um
papel adesivo para facilitar a fixação do
selo.
| | O advogado Nina Ribeiro entrou
ontem com uma medida cautelar
na 6" Vara Federal do Rio de Janeiro
contra a obrigatoriedade do uso dos se-
los nos carros que trafegam em estradas
federais. O juiz Sérgio Corrêa vai julgar
a liminar depois de amanhã. No docu-
mento, o advogado fez um histórico da
existência do pedágio desde a Idade
Média até os dias de hoje. "O paga-
mento de pedágio nas estradas é sem-
pre uma contra-prestação. Usou, pa-
gou. Não usou, não pagou", argumenta
Nina Ribeiro. Para o advogado, não é
justo uma pessoa que use a estrada
federal uma vez por mês (um passeio a
Petrópolis, por exemplo) pagar o mes-
mo valor que uma pessoa que utili/.a a
estrada diariamente.
29-01-06 — Wilson Santos
Clebcr Éraxedos
BRASÍLIA — O presidente José Sarney rccebeu o sinal WÊzÈmÊÊÉê
verde do ministro do Interior, João Alves, para demitir o mémm.
'• ^i'* . Va-?'
titular da Superintendência dc Desenvolvimento da Ama-
zônia (Sudam), Henry Kayath, por corrupção. A Polícia
Federal e a auditoria realizada pelo Ministério do Interior
constataram que a diretoria da Sudam distribuiu ilegal- W$tí
mente incentivos fiscais da União, através dc corretores c
escritórios de intermediação espalhados pelo pais, numa
"Artigo
transação que está sendo denominada dc Dczes-
sete e Meio". De acordo com a Polícia Federal, a irregu-
laridade valeu a soma dc NCz$ 30 milhões.
Antes dc levar o problema ao presidente Josc Sarney, o
ministro João Alves esteve com o ministro-chcfc do Servi-
ço Nacional dc Informações (SNI), general Ivan dc Souza
Mendes, a quem entregou o documento com o resultado
da auditoria realizada por técnicos do Ministério do
Interior. Esse documento foi enviado à Polícia Federal
para ser anexado ao inquérito que está em andamento na
superintendência do Pará. Apesar dc já ter constatado a
irregularidade, a policia pediu, no último dia 20 dc feve-
rciro, à Justiça dc Rio Branco, a prorrogação do prazo
para a entrega do inquérito. Kayath concedia incentivos ilegais
— A demissão do superintendente da Sudam está
dependendo apenas do presidente Josc Sarney. Ele foi
informado
loi de todas as irregularidades praticadas pela sua influência no estado do Pará. Ele é. conforme um
diretoria
ret do órgão - afirmou um assessor do presidente da assessor do ministro, o virtual candidato ao governo do
República. estado, com o apoio do governador Hélio Gueiros. Ka-
A demissão de Hcrny Kayath não será uma decisão
yath sempre esteve ligado a politica do estado, primeiro
"clã^aUial
mas essencialmente política. O presidente' com ó apoiò ministro da Previdência SociaC
José Sarney, no encontro com o ministro João Alves, foi Jádcr Barbalho, c/agCra. com o governador Hélio Guci-
informado das ligações políticas do superintendente c da ros. ——_
Denúncia de empresário
partiu
A prática dc corrupção pela diretoria da Sudam foi apura- Investimento da Amazônia (Finam), e a aplicação dos recur-
da a partir da denúncia apresentada pelo empresário Joaquim sos é determinada pelo superintendente da Sudam.
Jesus dos Anjos Bittencourt, diretor presidente da Arajá O Artigo 18, por sua vez, regula a participação de aplica'1
Motomecanização S.A., com sede na cidade paranaense de dores da própria região do Norte-Nordestc. Segundo es-
Ananindeus. Na denúncia, que deu origem ao inquérito na te dispositivo, para que as aplicações dos incentivos fiscais
Polícia Federal e á auditoria no Ministério do Interior, o sejam realizadas diretamente sem a interferência da Sudam,
empresário afirma ter sido obrigado a falsificar documentos e 20% do capital da empresa aplicadora tem de ser oriundo da
a adquirir incentivos fiscais através de dois escritórios: o de própria região. Para fraudar os dois artigos, foi criado o
artificio Dezessete e Meio. pelo qual são criadas empresas
Nestor Silva, em Belém, e o de José Pereira, no Paraná. Esses
escritórios foram indicados pela diretoria da Sudam e che- fantasmas, através de declarações do Imposto de Renda e
formulários de arrecadação de tributos federais falsos.
gavam a cobrar de 10% a 40% sobre o valor do financiamen-
to pretendido pela empresa. Ainda de acordo com a denúncia do empresário Joaquim
Além de dar um caráter "oficioso" aos escritórios dc Jesus, com a criação desse artificio, a superintendência da
corretagem, a direção da Sudam, segundo o empresário Sudam não liberava o financiamento integral, mas apenas_
Joaquim Jesus, praticou uma série de outros atos ilícitos —- o 70%, ficando indevidamente com 30%. A Superintendência'
mais grave deles foi uma operação conhecida como Artigo do Desenvolvimento da Amazônia, vinculada ao Ministério
Dezessete e Meio. Essa operação visava burlar os artigos 17 e do Interior, foi criada em 1967 pela junta militar para atuar
1S do Decreto-Lci 1.376/74, que fixou a politica de incentivos como agente de desenvolvimento da Amazônia Oriental,
fiscais do país. De acordo com o Artigo 17, os investidores do através de financimentos a empresas que queiram se instalar
Centro-Sul do país destinam o seu dinheiro ao Fundo de ou estejam em fase de expansão na região.

Pesquisa mostra Confronto marca Militares vão Carregamento de milho Cônsul do Japão diz

usa manifestação a à Justiça abre hoje o Brasil não

que gaúcho para primeiro que pediu

mais o cinto favor de túnel na ativa trecho da Norte-Sul verbas estrada

ficar para
BRASÍLIA — Os resultados dc BELO HORIZONTE — Uma mani- BRASÍLIA — Com medo do desem- SÀO LUÍS — O primeiro trecho de 100 quilômetros RIO BRANCO — O Cônsul-geral do Japão em Ma-
"passar
uma pesquisa realizada pelo De- festação de cerca de 2 mil moradores do prego, da falta de moradia e de da Ferrovia Norte-Sul, ligando os municípios de Acai- naus, Tcruo Okada, cm visita ao governador do Acre,
Bairro Citrolándia, em Betim, que exi- fome" com suas famílias, 35 sargentos Flaviano Melo, fez questão de esclarecer que não existe
partamento- Nacional de Transito. a construção de um túnel sob a e 120 oficiais dos 6 mil militares que lândia a Imperatriz, no Maranhão, começa a funcionar
giam
(Denatran), ria primeira quinzena BR-381, ainda consulta formal do governo brasileiro ao governo
liga Belo Horizonte a São estão sendo licenciados pelo Ministé- normalmente a partir de hoje, com o transporte de um
de janeiro, sobre o uso do cinto de Paulo, quecausa dos constantes atrope- rio do Exército por terem completado do seu país, pedindo financiamento para asfaltar a
"fa- por carregamento de 1.500 toneladas de milho destinadas à rodovia que ligará o Acre ao Pacífico, passando pelo
segurança, foram considerados lamentos, foi reprimida na tarde de on- o tempo dc serviço previsto pelo Regu- Cooperativa dos Avicultores de São Luís. Um trem
voráveis" pelo diretor geral do ór- tem por policiais militares, com golpes de lamento do Corpo de Oficiais da Reser- Peru. "mal-cntendi-
com 30 vagões sai com a carga de Imperatriz e a partir Apesar da preocupação em desfazer os
gão, Luís Carlos Cunha. Pela pes- cassetetes e gás lacrimogêneo. Revolta- va (R-2), entraram com mandado de
injução no Tribunal Federal de Recur- de Pequiá, em Acailândia, marco zero da Norte-Sul, dos" envolvendo Brasil e Japão por causa da estrada, o
quisa realizada em quatro esta- da, a população utilizou como arma as sos (TFR) pedindo a aplicação do prin- passa a usar a ferrovia Carajás, até o porto da Madei- cônsul foi ao município de Sena Madureira, a 140
dos— Minas Gerais, Pernambuco, próprias cruzes preparadas para o pro- cipio constitucional que garante esta- ra, na capital, destino da carga. quilômetros de Rio Branco, sobrevoando um trecho da
Rio Grande do Sul e São Paulo — , testo, que simbolizavam as vítimas dos bilidade no emprego aos servidores rodovia que, nesta época do ano, está interditada devido
ficou constatado que os gaúchos acidentes, c pedras para enfrentar os po- Para construir e viabilizar os 100 primeiros quilô-
públicos civis. aos atoleiros.
reagiram melhor à obrigatoriedade. liciais. metros da Ferrovia Norte-Sul, o governo federal gas- O governador Flaviano Melo informou que no pró-
"Acredito Os militares dispensados resolveram tou US$ 150 milhões. Com o projeto total, que prevê a ximo mês estará concluído o estudo de viabilidade tecni-
que o pessoal do Sul te- Um dos organizadores da manifesta- recorrer ao TFR em dezembro do ano
nha entendido nossa mensagem ção, o metalúrgico Joaquim Neves de construção de 1.570 quilômetros de ferrovia, serão ca para o asfaltamcnto da estrada, no qual foram gastos
passado solicitando o cumprimento do NCz$ 400 mil, cedidos a fundo perdido pela Seplan, a
mais facilmente", disse Luís Car- Souza, disse que o tráfego da rodovia parágrafo 9" do Artigo 42 "ada Constitui- gastos USS 2,44 bilhões. A próxima etapa será a
los. esteve interrompido por 35 minutos e ção, que estabelece que lei disporá construção de mais 100 quilômetros ligando os municí- pedido do presidente Josc Sarney. Neste estudo estão
nove pessoas ficaram feridas. A me- incluídos o zoncamento florestal do estado, a localiza-
As pesquisas, realizadas em ro- que sobre os limites de idade, a estabilida- pios de Imperatriz e Estreito, no Sul do Maranhão.
nina Eliane Leandro de Barros, de 13
dovias com volume de trânsito de anos, foi atendida no Hospital Nossa dc e outras condições de transferência O primeiro trecho da Norte-Sul vai atender inicial- ção de reservas extrativistas e florestas estaduais c
do servidor militar para a inativida- nacionais.
dois mil veículos por hora, apresen- Senhora do Carmo, cm Betim, atingida de". Como até agora o Ministério do mente a 35 municípios do Maranhão e Estado do O governador informou ainda que técnicos que estão
taram os seguintes números: em por gás lacrimogêneo. Exército não regulamentou este dispo- Tocantins, produtores dc grãos. A previsão é de que trabalhando nesse estudo vêm mantendo constantes con-
Minas Gerais, dos 1 mil 929 moto- O comandante da Companhia de Po- sitivo, os sargentos c oficiais licencia- até o final do ano sejam transportadas pela ferrovia, tatos com o governo peruano, que se mostra também
ristas e 1 mil 164 passageiros con- lícia Militar dc Betim, capitão João de dos acreditam que podem beneficiar-se até o porto da Madeira, em São Luís, cerca de 630 mil muito interessado na abertura e asfaltamento da rodo-
sultados, apenas 13 % e 12 %, Jesus Malvcira, considerou "lamentável do Artigo 19 das Disposições Transi- toneladas de grãos. As 1.500 toneladas de milho a via. ¦
respectivamente, usavam o cinto. o entrevero" entre população e policiais. tórias, que garante estabilidade para os serem transportadas hoje fazem parte do primeiro
servidores civis com cinco anos dc traba-
Em Pernambuco, 12 % dos 339 "Tínhamos conhecimento da manifesta- lho. Além disso, invocam no mandado carregamento de um estoque de 3 mil toneladas que
motoristas e 14 % dos 179 passa- ção e levamos 40 homens apenas para de injunção o principio constitucional do estão em Imperatriz. Segundo o coordenador adjunto
cuidar da segurança da rodovia", disse o Artigo 5, que define que todos são iguais da Cibrazem, Hilton Silva Santos, o produto ficará no
geiros; em São Paulo, 33 % dos capitão. Ele afirmou
3.312 312 motoristas e 34 % dos que os policiais ten- perante a lei. mercado interno para garantir o abastecimento dos
taram impedir a interrupção do tráfego e DOMINGO
2.154 passageirosa. Já no Rio "estourou" a reação da O ex-capitão Nélson Teixeira de Oli- avicultores maranhenses. \fariedades
população. veira e o ex-tenente Luís César Vicen- Com o funcionamento do primeiro trecho da Nor-
Grande do Sul, 42 % dos 937 mo- "Com o empurra-empurra, acho passadas em revista.
toristas e 43 % dos 423 passageiros houve o acionamento acidental de que te, que serviam na Polícia do Exército te-Sul, serão feitas inicialmente viagens de 15 em 15
gás de Brasília antes de serem licenciados, dias, saindo de Imperatriz. No terceiro mês as viagens
pesquisados usavam cinto de segu- lacrimogêneo. Eu mesmo senti o cheiro", acreditam que o tribunal vai fazer jus-
rança. disse o policial, que comandou pessoal- tiça para todos os militares que duran- serão semanais e no sexto elas passarão a ser diárias. JB
A obrigatoriedade dos cintos de mente a operação. Ele confirmou apenas te quase 10 anos "serviram á pátria e Nos quatro primeiros meses devem passar pelos 100
segurança vai valer somente nas es- a intoxicação da menina Eliane, e afir- agora se deparam com o mais agressi- quilômetros da ferrovia 100 mil toneladas de grãos-mi-
tradas federais. O Departamento mou que não houve prisões. O capitão vo dos inimigos: a fome c o desempre- lho, soja e sorgo — produzidos nas regiões Sudeste do
Nacional de Trânsito (Denatran) é
disse que a causa do povo de Citrolándia
"A mobilização deveria ser go rondando a casa que agora são obri- Maranhão e Norte do Tocantins.
justa. paci- gados a desocupar".
não sabe se a medida vai vigorar fica. A policia é que chegou com repres-
nos municípios onde ocorre maior são", acusou Joaquim de Souza. Entre os 2 mil oficiais dispensados,
segundo o ex-capitão Nelson Teixeira,
número de mortes em acidentes de Ele disse que a manifestação previa o estão profissionais do mais alto gaba- REVELAÇÃO COM QUALIDADE
trânsito. "A relação é de 60 % nas depoimento de familiares de vitimas da rito, como médicos, engenheiros, den- SSL.
cidades para 40 % nas estradas", rodovia e uma interrupção simbólica da tistas, farmacêuticos, técnicos em in- LABORATÓRIO FOTOCRADCO PARA O MESMO DI
DIA.
explicou Luís Carlos Cunha. rodovia por um minuto, às 14 horas. formática, economistas e contadores.

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6 ? Io caderno n sábado. 4/3/89 Brasil JORNAL DO BRASIL

Informe JB faculdade:
Pública, decente
porém
na Secretaria de Adminis- que continua em dúvida sobre se deve ou Sucesso — Depois de três anos, Cotg
Rola não se lançar á sucessão do presidente CA CIDADE Escola do governo
tração do Estado do Rio de Ja- tinho atribui a experiência dos professores
Josc Sarney. consegue aprovar no ensino de 2" grau c na preparação aos
neiro uma herança amarga do go-
CONCURSO PARA PROFESSOR vestibulares à opção profissional do projeto.
verno Leonel Brizola. Vida acadêmica 44% no vestibular O desafio motivou a todos e foi absoluta-
Trata-se da promoção de 180 O reitor da Uerj, Ivo Barbieri, criou DE ANTROPOLOGIA CULTURAL mente normal a adoção de uma carga horáj
Werner Ulhman
fiincionâriosÉÉ^licÍa..CÍVll qu9 ontem uma comissão dc inquérito para Entregar curriailum vitno comprovado até às 22 horas do ? ria de aulas maior do que em outros colégios
6.3.89 (scgunria-luira), no 2" andar da Faculdade Ç — Indiferente à crise en- do FEDF. "Você encontra colegas altamen-
de auxiliares de escritório e servi- comprovar sc"o dirctündít-Facukiadc dc é
Economia, Mauricio Dias David, está (tentada pela rede de ensino oficial, te qualificados na rede oficial, mas sem um
BRASÍLIA
ços burocráticos foram içados, na urna escola pública mostra que é possível objetivo definido, desmotivado e que acaba
ou não habilitado a exercer a profissão Informações' Avenida Epilàao Pessoa, 1664
gestão do secretário Arnaldo- Gani- competir com os colégios particulares, ape- se conformando", explica Coutinho. Para
de professor universitário. Telefones. 227-8996 • 267-7497 ¦ 287-1145 sar das inúmeras dificuldades. Na última ele, a desmotivação maior é causada pelos
pana, para cargos onde seus salários David foi submetido a banca exa- Ipanema temporada dc vcstibularcs^o Centro Educa- baixos salários. Os professores da FEDF ga-
triplicaram c ainda têm direito a car- niinadora cm 1985 e até hoje não apre- cional do Setor Oeste (Ceso), dc 2" grau, nham praticamente a metade dc seus colegas
teira de polícia e porte de arma. sentou título dc graduação. conseguiu a façanha de obter um índice dc da rede
A comissão tem 30 dias para apu- 44% de aprovação na sua primeira tur- particular.
Tudo conseguido com diplomas Fundação Técnlco-Educaclonal No meio do caminho da primeira turma
falsos. rar. Souza Marques ma. De um total de 120 estudantes, 53
Av. Ernanl Cardoso. 335/34Í - Tal.: 300 6365 passaram no teste, 28 deles para universida- do Ceso ao vestibular houve alguns bons
A falsidade ideológica foi cons- Rio do Janelro-RJ
Aliás ihJ<> IM *_k ESCOLA DE ENFERMAGEM des públicas. resultados. Delano Valdevino dos Santos
n
tatada por comissão de inquérito O Conselho Superior de Ensino EDITAL- 1989 O sucesso teve conseqüências imediatas. Batista e Laerte Ferreira foram, respectiva-
instaurada pelo decreto n" 11.835, de A Sra. Diretora da Escola de Enfermagem da FTESM, taz No começo das aulas, houve tantos pedidos mente, I" e 2" colocados na Olimpíada de
c Pesquisa da Uerj extinguiu ontem a dc matrícula que foi necessário colocar car- Matemática de Brasília de 88. Delano, inclu-
9 de setembro de 1988, da atual matéria Estudos de Problemas Brasilci- público, na (orma da Loi, que as inscrições para a Habilitação
ern Enfermagem de Saúde Pública estão abertas no período tazes avisando que não havia mais vagas. Se sive, consegiu o 4o lugar nacional c já a
secretária de Administração, Lúcia ros. do 03 a 11 de março de 1989. o Ceso fosse unia escola particular, talvez partir deste semestre começa a cursar Fisica
A matéria corresponde, no cnsi- - DAS INSCRIÇÕES: sua atuação não merecesse sequer um re- na Universidade de Brasília (UnB). Laerte
Léa Guimarães, que anulou a pro- 1.1 - As inscrições deverão ser eletuadas na sode da Fun- na Univcr-
moção. no superior, á Moral e Civica do Io c daçâo, na Avenida Ernani Cardoso 335/345, no horário gistro. Mas, como escola pública, ele convi- estuda Ciências dade Computação
do 2" graus, ambas inseridas nos currícu- de 13 às 17 horas. ve com a crise da rede de ensino oficial do sidade Estadual Campinas (Unicamp).
No dia 27 passado, o juiz Ed- los durante a ditadura. 1.2-0 Candidato preencherá o requerimento de inscrição no Distrito Federal. Para a estudante Patrícia Carvalho Saraiva,
son Aguiar de Vasconcelos, da 5a O conselho tomou a decisão
"cm impresso próprio e no ato da inscrição deverá apresen- Estímulo — Para a maioria dos pais do 3a série, a classificação entre as 50
tar os seguintes documentos:
Vara de Fazenda Pública, deter- nome da autonomia didática para impe- a - Carteira de identidade ou equivalente, e alunos dc classe média baixa de cida- melhores crônicas do concurso nacional da
dir a intervenção autoritária no ensino b - Diploma de Enfermeiro ou equivalente, des-satélites como Taguatinga e Guará, às Academia Literária Feminina do Rio Gran-
minou que 70 desses funcionários c - Certidão de nascimento ou casamento, de do Sul foi o estimulo que faltava para
superior". quais o Ceso atende preferencialmente, a tentar o curso de
voltassem a receber os vencimen- d - 03 totos (3x4 recentes e de frente). escola é uma ilha de sucesso rodeada pelas jornalismo ano que vem.
NOTA: Documentos originais e duas xerox de cada. sucatas das escolas públicas pertencentes à Pais ajudam — A escola, entretanto,
tos como servidores com nivel supe- À mesa - DAS VAGAS OFERECIDAS:
-rior-,-c-nquanto o-mérit-o da causa é ? 1 . n Pnrcn Ha Fnfnrmagom e Obstetrícia apresenta um to- Fundação Educacional do Distrito Federal ainda não é totalmente compreendida, in-
O governador de Minas, Newton tal de 30 vagas para a Habilitação em Enfermagem de (FEDF). No entanto, o Ceso não recebe clusive pela l hl)F. Ate mesmo a atual se-
julgado. Cardoso, tem almoço marcado com o Saúde Pública. qualquer tratamento especial que explique a cretária dc Educação, Josephina Baiocchi,
DO HORÁRIO DA HABILITAÇÃO: qualidade do ensino que presta à popula- acreditava que os professores do Ceso ti-
Bom exemplo presidente José Sarney no Palácio da De 13:00 hs. às 17:00 hs.
Alvorada, na próxima terça-feira. No ato da inscrição o candidato receberá todas as infor- çào."Para nham algum tipo de regalia. O professor
"Nosso material
A Companhia Brasileira dc Co- No último almoço dos dois o gover- mações. primeira turma, os Índices atende- Coutinho reage e explica:
bre foi privatizada ontem pelo BN- nador saiu cuspindo no prato em que Rio de Janeiro, 02 de março de 1989. ram às nossas expectativas", avalia o profes- didático é igual ao dos outros. Salas de aula,
DES. Leda Santos Pires sor Mário Coutinho, que dirige a escola quadro negro, giz, livros comprados pelos
comeu. Diretora .
Os próprios funcionários assumi- Disse que lhe serviram muito pouca desde 1985. No ano passado, dos 30 alunos alunos e apostilas complcmentares imprimi-
ram o controle do negócio. comida. que cursaram apenas as 2a e 3a séries, 40% das numa máquina xerox, cujo papel é for-
obtiveram aprovação em vestibulares. Para necido pela FEDF. Mas o aluguel mensal dc
? os 32 professores do Ceso, os resultados pro- NCzS 215 é pago pela Associação de Pais e.
Ponto de vista vam que é viável querer que a escola pública Mestres".
A empresa foi fundada no Rio
De acordo com o deputado gaú- PORTADORES aprove seus alunos nos vestibulares, compe- Durante dois anos, o Ceso não rece-
Grande do Sul pelo empresário e dublè findo com cursinhos e colégios particulares. beu material esportivo. Bolas de vôlei, bas-
de playboy internacional Baby Pignata- cho Nelson .lobim, que foi líder do
PMDB na Constituinte, só há duas ver- DE DIPLOMA O sucesso da escola é explicado pelo quete c futebol de salão e duas redfs.de vôlei
ri. grupo de 12 professores, que dá aulas nas foram compradas pela Associação de Pais e
dades até agora na composição da futu-
ra chapa do Diretório Nacional do par- redes de ensino público e privado. Eles se Mestres. No laboratório de química faltam
Não pegou UNIVERSITÁRIO angustiavam em ver apenas os estudantes vidraria e reagentes. Só há um microscópio
tido: o deputado Ulysses Guimarães dos colégios particulares passarem nos vesti- no colégio e o laboratório de Fisica não
O tabelamento cm 12% dos ju-
ros, que tanta polêmica provocou du- permanece na presidência e o senador Matrículas sem Vestibular bulares. No final de 19S5, encontraram-se tem qualquer equipamento. "Apesar dessa
rante os trabalhos constituintes, não saiu gaúcho José Fogaça será o secretário-ge- (vagas limitadas) com o então secretário de Educação, Fábio situação, alunos e professores pretendem
ral. Cursos: Processamento de Dados (Aná- Bruno, e lançaram o desafio de aprovar manter o padrão da escola", garantiu o
do papel. — O resto vamos ver como é que
lise de Sistemas) adolescentes com menor poder aquisitivo. diretor Mário Coutinho.
Desce está para ver como é que fica — comen-
tou, bem humorado. Pedagogia
Há no Palácio do Planalto quem Letras
assegure que o ministro Roberto Cardo- Negócios Inscrições: até o dia 10 de março
so Alves vai ter que deixar o governo Tramitam na Agência de Desen- (de 18 às 21 hs)
logo depois da Convenção Nacional do volvimento do Estado do Rio (AD-Rio) Instituição:
PMDB. 94 projetos, entre a simples manifestação
? de empresário interessado cm investir no FACULDADES
O partido, como se sabe, se reú- estado até projetos em fase final de exe- SESATê"» INTEGRADAS
ne nos próximos dias 11 e 12. cuçào. O número não inclui o Pólo Pc- ANGLO-
troquímico. AMERICANO
Na política Destes, já estão fechados 61, no
Depois de três anos consecutivos valor de 1,1 bilhão de dólares.No total,
os projetos totalizam 1,8 bilhão de dóla- Local: Av. das Américas, 2603
homenageando personagens vivos —
res de investimentos. (em frente ao Freeway)
Roberto Carlos. Os Trapalhões e Milton
Nascimento — a Unidos do Cabuçu ata- Tel.: 325-4743 e 325-4067
Informatização
ca, em sua escalada de volta ao primeiro
grupo, com um enredo satírico. O Hospital Souza Aguiar, no Cen-
O tema criado pelo carnavalesco tro do Rio, vai entrar na era da informá-
Beto Sol pergunta: Será que votei certo tica no dia 24.
para presidente? É que serão inaugurados os ter- Livros impressos antes da
minais dc computador aue colocarão á
Agenda disposição do público, de médicos e de
Eni sua rápida passagem pelo Rio, enfermeiros informações sobre estado de
saúde dos pacientes internados, número nova Carta confundem aluno
na quinta-feira, o cantor Sting gravou
uma participação no programa Baleia dc cirurgias marcadas, estoque de mate-
rial hospitalar e mortes. RECIFE — Sem conter as mudanças in- corrigirem a caneta o livro Geografia e Parti-
Azul, da TVE, deu entrevista para a TV traduzidas pela nova Constituição, os livros cipação, de Celso Antunes, que ensina ainda
Búzios e teve encontro de duas horas didáticos, impressos pelas editoras bem antes territórios
que o país tem 23 estados e quatro"Oriento
Visita
com o vice-presidente de Operações da de ser promulgada a nova Carta, estão con- e não 26 estados e um território. os
Rede Globo, José Bonifácio Sobrinho. Maria Teresa Goulart, viúva do fundindo os alunos da rede escolar de Per- alunos para riscarem os números errados e
falecido presidente João Goulart, es- nambuco no inicio deste ano letivo, obrigando colocarem os novos por cima", diz ele, reco-
? teve em Recife esta semana para tra- os professores a encontrarem fórmulas alter- nhecendo que tem encontrado dificuldades.
nativas para atualizá-los. Os livros, sobretudo "Eles
Há quem jure que ele ainda vol- tar de negócios da família. (os alunos) questionam muito, não en-
ta ao Brasil para cantar no Globo de Na Sudene, Maria Teresa permane- os de Geografia e Moral e Cívica, aiiida infor- tendem, às vezes, o porquê de o número de
Ouro ou no Circo Voador. ceu quase uma hora na sala do diretor de mam, por exemplo, que o Brasil tem 23 esta- estados ter aumentado", afirma. Lupércio
Incentivos, Antônio Carlos Frota, tra- * dos quando já são 26. Também diz que Fer- Borba recorre ainda ao mapa, também desa-
çTé-esc^-Escol^ T nando dc Noronha é um território federal tualizado, para explicar as mudanças a seus
Pode ser tando de um projeto de irrigação que os
Goulart pretendem implantar no Mara- quando atualmente não é mais, embora seja alunos, a maioria do Io grau". "Apontando
Do empresário e apresentador de uma figura geográfica indefinida, pois ainda eles se orientam mais", garante.
TV Sílvio Santos sobre a decisão da nhão. Vsss-*-'" não se sabe se a ilha será município ou bairro
Maria Teresa deixou de lado, po- de Pernambuco. A maioria dos professores Uma das professoras do Colégio Contato,
Executiva nacional do PFL dc escolher o
rém, os contatos políticos. Curso de 00/03/69 a 16/08/90. opta pela forma mais fácil de correção: eles de ensino de Io e 2o graus, Fátima Rocha não
ex-ministro Aureliano Chaves como
Havia marcado audiência com o Inscrições abertas até 07/05/89. mandam'que os alunos escrevam a caneta o concorda com os professores que preferem
candidato do partido à presidência da número de estados e territórios. consertar os livros a caneta. "Eu explico a
República: governador Miguel Arraes e simples- Procure a Coordenação de Póa-Graduação
— Foi uma boa indicação. Ele mente não deu as caras. de 16 às 21 horas, Rua Mariz e Barros, O professor de Geografia do Colégio Vera meus alunos que o livro é como uma carta que
Alegando problemas de horário, 612, Tijuoa, ou pelos tels. 284-3749 e 284-3849. Cruz, um dos mais tradicionais de Recife, envio a eles. mas, como o correio atrasou as>
foi um grande ministro e quando exerceu Lupércio Borba, está mandando seus alunos informações chegaram já desatualizadas".
a presidência interinamente o fez com apenas telefonou para o governador
muita autoridade. se desculpando.
JB
? Dobradinha B
V G». REVEL AÇAO COM QUALIDADE O codwno qut faz parta
Sílvio, que esteve nos dois últi- O candidato à presidência da Repú- da cultura do pats.
mos dias descansando e passeando de blica pelo PRN, Fernando Collor de
barco em Guarujá, insiste que não se Mello, teve longa conversa no início da LABORATÓRIO FOTOGRÁFICO
2== PARA O MESMO DIA.
sentiu traído com as manifestações dos semana em Florianópolis com o prefeito
integrantes da Executiva pefelista e jura Esperidião Amin, do PDS.
JORNAL DO BRASIL
Lance-Livre
Diretor • MAURO GUIMARAES
Chico Buarque garante que Arquivo Nacional iniciou projeto to ecológico, para preservação,
não fez comentários nem contra para o recolhimento e preservação parte de sua propriedade em Áreas de Comercialização Pernambuco — Rua Aurora, 325 — 4o and. s/ São Paulo Domingos .NCzS 0.53
nem a favor sobre a reunião que dc documentações dos departa- Camburi, na Serra do Mar, em 418/420— Boa Vista — Recife — Pernambuco — Mensal NCzS 13.80
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O príncipe Dom Bertrand de que volta ao Rio para mais uma ca, no Congresso Internacional de Superintendente de Vendas: Aldeota — Fortaleza — CEP60150 — Tel.: (085) Mensal NCzS 19.00 DF, GO. SE, AL. BA. MT, MS. PR, SC, RS
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dos Municípios, quer se reunir
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candidatura do governador de
tico, que foi escrito com o patro- 8133 (PBX) — telex: (011) 21 061. (011) 23 038 Semestral NCzS 116.80
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EUA
juntam-se
a europeus
para
ozônio
proteger
NVASI11NGTON — 0 presidente Georgc Husli
decidiu que os Estudos Unidos vão se juntar aos
países europeus no esforço para eliminar até o
final do século o uso dos-clorofluorcarbonos
(CFCs), substâncias químicas que destróem a ca-
mada de ozônio da atmosfera, anunciou ontem a
Casa Branca.
Bush autorizou William K. Reilly, o novo ad-
ministrado! da Agência de Proteção Ambiental dos
EUA, a apresentar a posição americana na confe-
rência internacional sobre o ozônio que começa
amanhã cm Londres, sob ns auspícios dn primffifr.
ministra britânica Margaret Thatcher.
Reilly havia recomendado a medida a Bush
horas após os ministros de meio ambiente dos
países da Comunidade Européia votarem a favor
da eliminação dos clorofluòrcàrbonos até o ano
2000.
O Tratado de Montreal, assinado em 1987 pelos
Estados Unidos, Japão e países da Comunidade
Européia, e que vigorará a partir de julho deste
ano. obrigava os países industrializados a reduzir â
metade sua produção dos clorolluorcarbonos até
1997, mas já previa que a redução poderia ser
acelerada para impedir danos adicionais ao ozô-
nio, a camada da atmosfera que protege a vida na
Terra dos efeitos prejudiciais do excesso de radia-
ção ultravioleta do Sol.
Os clorofluorcarbonos são gases usados na in-
dústria eletrônica] dc aparelhos de ar condiciona-
do, sistemas de refrigeração, aerossóis e embala-
gens de espuma plástica. A organização ecologista
Grcenpcace calcula que a cada ano o mundo pro-
duz muis~dc um milhão de toneladas de CFCsr
Esses gases reagem com o ozônio da estratosfera,
destruindo-o. Calcula-se que o buraco na camada
dc ozônio já é tão grande quanto o território da
América do Norte.
Pesquisa acha em
Minas 80 sítios
arqueotogicos
BELO HORIZONTE — Pesquisadores do le-
pha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico c
Artístico) de Minas identificaram 80 sítios arqueo-
lógicos no vale do Rio Peruaçu, em Itacarambi,
município do norte de Minas distante 660 quilôme-
tros de Belo Horizonte. A área, de fauna e flora
ricas e diversificadas, com pelo menos uma espécie
de peixe nova para a ciência, contém grande núme-
ro de pinturas rupestres e foi apontada pelo presi-
dente da Sociedade dás Grandes Cavidades Mun-
diais, o espeleólogo francês Claude Chabert, como
a que provavelmente apresenta o maior volume de
espaços vazios cm grutas no mundo.
Como a região ainda não está preservada, a
arqueóloga argentina Maria Elisa Castellanos Solá,
do Iepha, teme que a expansão da fronteira agríco-
la, com o desmatamento, coloque em risco o Vale
do Peruaçu, descoberto há apenas 10 anos e ainda
não estudado pelos cientistas. "Até hoje o Peruaçu'
foi protegido pela mata e pelo difícil acesso à
região", explicou a arqueóloga. Para proteger o
vale, uma comissão cientifica constituída pelo Ie-
pha, pelo Conselho de Política Ambiental de Minas
(Copam) e pelo Instituto Estadual de Florestas
(1EF) pediu sua transformação em Área de Prote-
ção Ambiental (APA), mas o projeto parou na
Sema, extinta recentemente.
Proteção — "A APA seria a proteção mais
adequada para a área, porque permite a ocupação
humana, já existente lá, mas impede atividades eco-
nômicas predatórias", justificou Maria Elisa. Se-
gundo a arqueóloga argentina, em meados do ano
passado, o então secretário executivo da Sema,
Roberto Messias Franco, visitou o vale do Peruaçu
em companhia de vários cientistas estrangeiros que
tinham participado em Belo Horizonte do 1°
Congresso Latino-Americano dc Espeleologia e fi-
cou entusiasmado.
Embora não o tenha levado a tomar nenhuma
decisão, a visita permitiu a Messias Franco ver
dezenas de pinturas rupestres datadas de 12.000
anos, que estão entre as mais antigas existentes em
Minas. "São figuras da Tradição São Francisco,
que apareceram desde Montes Claros, no norte do
estado, até a Bahia", explicou Maria Elisa Solá.
Essas pinturas mostram quase sempre figuras geo-
métricas gravadas em baixo-relevo e cobertas com
tintas vermelha, preta, branca e amarela. Justa-
mente pela proteção natural que recebe o vale do
Peruaçu, estão em excelente estado dc conserva-
çào.
"É um local de
pesquisa excelente, porque está
intacto", ressalta a arqueóloga. Em julho do ano
passado arqueólogos do Museu de Arte Natural
da Universidade Federal de Minas Gerais começa-
ram a escavar a região, o que permitirá estudar a
passagem do povo que-hábiloülo Peiuaçu da alivi-
dade de caça para a horticultura. Por enquanto,
sabe-se que houve no local grande concentração
populacional.
Mas não é só à arqueologia que a preservação
do Vale do Peruaçu interessa, segundo o espeleólo-
go Beethoven Piló, do lepha. O rio nasce entre
veredas e só 90 quilômetros adiante penetra na
terra, formando grutas imensas, uma delas a maior
descoberta em Minas, com 170 metros dc altu-
ra. Antes de se lançar no Rio São Francisco, o
Peruaçu formou grutas por outros 90 quilômetros,
mas apenas 10 deles foram inventariados pelo Ie-
pha.
OMS
planeja
tipos de vacina
GENEBRA — A Organização Mundial de
Saúde (OMS) começará a planejar lestes em larga
escala de vacinas anti-Aids potenciais, a fim dc não
perder tempo quando surgir uma eficaz, disse o
diretor do programa de Aids da entidade, Jonathan
Mann. Quatro possíveis vacinas já estão sendo
testadas privadamente num pequeno número de
pessoas nos Estados Unidos, Suíça e Zaire.
Mann disse que é importante resolver agora
algumas questões difíceis sobre testes internado-
nais. para que se possam começar experiências acci-
tavcis em larga escala tao logo uma vacina experi-
mental passe pelas provas iniciais. "Assim, a OMS
busca acelerar o resultado final, que é a coloca-
ção no mercado de uma vacina segura e eficaz",
acrescentou.
Oe qualquer modo, serão necessários de 10 a 15
anos para que se desenvolva essa vacina, disse
Mann. A procura das vacinas — processo preventi-
vo — é separada da corrida por uma cura para a
doença até agora fatal. Quarenta drogas para trata-
rnento estão atualmente em testes, nenhuma delas
tão eficaz quanto o AZT — medicamento desen-
volvido nos Estados Unidos c que aumentou a taxa
de sobrevivência dos doentes, apesar de alguns
efeitos colaterais, disse Mann.
Ele deu essas informações depois que 39 espe-
cialistas científicos, legais e éticos, reunidos esta
semana cm Genebra, chegaram a um consenso
sobre diretivas gerais para os testes de vaci-
nas. Também debateram como os meios
-dc-distiiiguii entre unia problemas
pessoa vncnnrchr lUTTtnrrr
Aids e outra na verdade contaminada com o vírus
da doença.
Ironicamente, a ciência ainda não proporcionou
uma forma de distinguir os dois casos, disse Mann.
Experiência muda
célula do câncer
BALTIMORE — Fm experiências de labora-
tório, feitas na Universidade de Maryland, pes-
quisadores americanos conseguiram usar subs-
tâncias chamadas modificadores dc resposta
biológica para alterar as células do medula-
blastoma, um câncer cerebral que costuma atingir
Crianças. Segundo o médico Michael Salcman, as
substâncias usadas podem alterar o comporta-
mento das células cancerosas, afetando seu cresci-
mento.
"A
pesquisa é muito promissora", diz Salc-
man, que dirige a divisão dc cirurgia neurológica
da Universidade de Maryland. Ele explica que a
compreensão da genética das células cancerosas é
a chave para a futura prevenção e o tratamento
do câncer. Embora seja uma doença rara, o me-
dulablastoma é o tipo mais comum dc câncer
cerebral em crianças. Depois da leucemia, o me-
dulablastoma é a segunda maior causa de morte
por câncer cm crianças e cerca de dois mil casos
ouU iluUb todo
são registrados IUUU ullU
ano IlUb L-cndUUa Unidos.
nos Estados UII1UUS. IOIIIZ.C.
Grupo denuncia
comida de bebê
WASHINGTON — Pelo menos 3 milhões de de
crianças americanas em idade nrc-esml:ir
criancas pnfron-
pre-eseolar enfren
"risco
tam um intolerável" de câncer devido aos
resíduos de oito pesticidas encontrados cm fru-
tas c legumes, revelou um estudo feito durante dois
anos e divulgado pelo Conselho de Defesa dos
Recursos Naturais, destacado grupo de ambienta-
listas.
O estudo denuncia que as normais federais e
estaduais americanas não proporcionam proteção
adequada às crianças pré-eseolares, cujas dietas
geralmente contêm uma proporção maior de frutas
e legumes que as dos adultos, numa idade cm que
são particularmente susceptíveis a substâncias quí-
micas cancerígenas.
"As crianças americanas
estão sendo prejudica-
das pelos próprios frutos e legumes que lhes dize-
mos serem bons para que cresçam saudáveis e
fortes", diz o documento.
Representantes do Conselho em Washington
ameaçaram entrar com uma ação dentro de uma
semana, se a Agência dc Proteção Ambiental, ór-
gão oficial do governo americano, não concordar
em rever suas normas sobre o uso de cerca de 300
pesticidas. Mas autoridades federais e estaduais, e
também grupos de agricultores, defenderam vigo-
rosamente a segurança dos alimentos, afirmando
que as leis existentes já proporcionam bastante pro-
teção aos consumidores.
-Declaração — Numa dêclãrãçãcTemitida an-
tes do documento do Conselho, o chefe em exerci-
cio da Agência de Proteção Ambiental, John Moo-
rc, declarou terminantemente: "Os alimentos
contendo níveis legais de resíduos de pesticidas são
seguros para pessoas de todas as idades. Na verda-
de, a comida nos Estados Unidos está entre as mais
seguras do mundo".
Segundo o estudo do Conselho, intitulado Risco
intolerável: pesticidas nu comida de nossas crianças,
de 5 mil SOO a 6 mil 200 crianças abaixo dos seis
anos dc idade podem ter câncer em algum momen-
to de suas vidas devido à exposição nessa idade aos
oito pesticidas indicados no estudo. O mais peri-
goso dos produtos químicos é a daminozida, tam- mo
testar
quatro
anti-Aids
A pessoa vacinada desenvolverá anticorpos con-
(ra o vírus do mesmo modo que a pessoa contami-
nada — c os lestes hoje buscam esses anticorpos.
Com doenças tipo sarampo, isso não tem im-
portáncia. Mas tem com a Aids, devido à discrimi-
nação que o vacinado pode sofrer — por exemplo,
em companhias de seguro que exigem testes para
detectar o vírus. A pessoa vacinada também não
poderia descobrirem testes posteriores se se conta-
minou depois com o vírus da Aids.
-Mann di.sse que Os especialistas concordaram
em que se deve resolver esta questão antes dos
testes cm larga escala, provavelmente com o desen-
volvimento de um tipo dc marcador que assinale a
presença da vacina, c não do vírus.
Duvidosos — Os atuais testes cm pequena
escala não envolvem mais de 100 pessoas, c são
feitos por duas empresas nos Estados Unidos c um
/fiisflB"®
/111—ii—t n n mrtSsw
instituto de pesquisa financiado pela França no
Zaire. Alguns cientistas têm sérias dúvidas sobre se
os produtos cm teste se mostrarão eficazes c utilizá-
veis, acrescentou Mann.
Em fins de fevereiro. Ml países haviam comu-
nicado um total dc 141 mil 894 casos de Aids ao
escritório de Mann, mas a OMS acredita que 1 mi-
Ihão terão contraído a doença até 1991.
O aumento de fevereiro foi de 2 mil e 8 casos cm
todo o mundo, ou 1,4%. Esse aumento pequeno —
bem abaixo da média de 5% a 6% — deveu-se ao
-fato dr apenas os Eslados-Unidos <¦ alguns outros-
paises ocidentais terem mandado números atualiza-
dos. As informações da maioria dos paises africa-
nos e latino-americanos estão com seis a 12 meses
de atraso.
forma
de
cerebral
Nos últimos seis meses, os pesquisadores en-
contraram pelo menos três agentes capazes dc
alterar células dc tumores cerebrais mantidas em
tubos dc ensaio. "Quando sc cultiva as célu-
Ias do mcdulablastoma cm seu estado mais malig-
no, elas ficam disformes e se unem em aglomera-
dos. Depois dc submetidas à ação das substâncias
químicas, as células sc separam e criam filamentos
providos de ventosas.
Através de suas experiências, os cientistas cs-
peram desenvolver compostos radioativos, ou
substâncias químicas que, colocados em anticor-
pos monoclonais, ataquem os oncogenes e os
fatores de crescimento (proteínas que fazem as
células cancerosas se multiplicarem rapidamente).
| Depois que conseguirmos compreender o que
ativa as células cancerosas c faz uma célula nor-
mal virar célula de tumor poderemos usar esse
conhecimento para curar o câncer", explica Mi-
chacl Salcman. Ele admite porém que uma cura
definitiva para todos os tipos de câncer ainda está
longe.
em
perigo
americano
Massarani
"
bem vendida sob o nome de Alar e aspergida em
maçãs para retardar o amadurecimento.
Em crianças que consomem grande quantidade
de suco e calda de maçã, o pesticida pode causar
um caso extra de câncer para cada 1 mil 100 —
nivel 910 vezes maior que o padrão federal de
segurança aceito, diz o estudo.
Contudo, Jim Wells, porta-voz do Departamen-
to de Alimentação e Agricultura da Califórnia, diz
"simples alarmis-
que os números do estudo são
irresponsável".
Mnssnranl
*
I /j®
Ju
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c
sbIII®®!
[ED
JBKgS;
I®
Japonês fatura tempo e espaço
f1çi~riir*ním\/i1 Alem dc reduzirccfcq dc 20% do custo
construção civil de capital da
C0nstruçâ0i a obra foi
usa high tech concluída seis meses antes do que o
pmnnmi'70 nmnoes mi/Zi/iAc nas_ ser'a «A com 0 lls0 d0 técnicas ameríca-
economiza
economia dc capital nao foi
nada em comparação coni o valor de
-seré-ffleses dc
produção", disse um cn-
conceito tipicamente americano
dc que tempo é dinheiro jamais genheiro da Kodak.
Criações — Mas não sc limitam a
foi tão bem explorado quanto agora —
isso as criações dos laboratórios das
pelos japoneses.Os gigantes nipônicos construtoras japonesas. Também dc-
da construção civil — Taisei, Ohbayas- senvolveram novos materiais, como
hi, Kajima e Shimizu, com vendas que uma cerâmica/fibra para substituir
se aproximam dos 8 bilhões de dólares concreto reforçado, tecnologia oceâni-
por ano — adaptaram ao seu campo ca, como a construção pela Kajima
um recurso já utilizado pela indústria Corp. de uma instalação de armazena-
manufatureira - o chamado método do mento de petróleo flutuante, grandes
tempo justo. É a mais nova produção máquinas de perfuração de túneis e
de seus laboratórios dc high tech (alta novas tecnologias para construção de
tecnologia, informática), que sc con- usinas nucleares.
centram na criação de novos materiais, Pelo menos dois gigantes da cons-
métodos de construção dc túneis, tra- trução, a Shimizu e a Ohbayashi, lan-
balho submarino, prédios á prova de
çaram programas dc desenvolvimento
terremotos, robôs para obras, simula- espacial próprios, visando a desempe-
ção de stress — c até em áreas exóticas nhar um papel chave na colonização
como a construção no espaço cósmico. do espaço no início do século 21. Isso
O segredo do tempo justo está cm apesar de o mercado japonês ligado ao
trabalhar com os vendedores, para que espaço representar apenas 2% do ame-
ricano, porque os militares japoneses
cada peça grande chegue á obra no
fazem muito menos trabalho espacial
momento certo, e passe direto do ca-
minhão para a estrutura. Assim, não
do que os americanos.
Mas as iniciativas privadas japonc-
apenas se ganha tempo, como sc dis- sas podem trazer-lhes vantagens na
pensa o canteiro de obras. Esse método corrida ao espaço. Enquanto nos Esta-
reduziu em dezenas de milhões dc dó-
dos Unidos a burocracia do governo
lares os custos de construção de uma domina o mercado espacial, no Japão
fábrica dc produtos químicos da East- 15% do mercado de 1,5 bilhão de dó-
man Kodak nos Estados Unidos.
lares — principalmente nos sistemas de
A empresa trabalhou com a Chiyo- comunicações por satélites — visam
da Engineering e a Tokyo Engineering unicamente o lucro. E tempo é dinhei-
para a construção da nova fábrica. ro.
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 ? Io caderno ? sábado, 4/3/89 Internacional JORNAL DO BRASIL
8

vão à hoje no dos E1

EUA
Transportes
greve Minml —
Manoel Francisco Brito Alemanha descobre mais
Correspondente
cinco espiões da rede
WASHINGTON — Depois de um dramático suspense de
dois dias c a apenas nove horas do horário fatal, mar-
líush tornou
j. cado para /ero hora de hoje, o presidente George dos mccãni- que
atua em computador
pública a posição do governo federal sobre a greve BONN — Pelo menos mais cinco pessoas estão sendo
m cos da Eastcrn Airlines — que deve paralisar o transporte investigadas cm relação â espionagem informática de ins-"
! dos Estados Unidos, onde ficam Was-
* no corredor nordeste tituições militares, cientificas c financeiras dos Estados Uni-
hington, Boston e Nova Iorque. Nem a Casa Branca nem dos, da Europa c do Japão, que já levou â detenção de três
as secretarias de Transporte c Trabalho vão mover um dedo alemães ocidentais. O ministro do Interior Fricdrich Zimmcr-
para intervir nas negociações entre os sindicatos e a empresa .uat-mimcntc rcmnlvmi que as informações rou-
. p;T'i inipiitlÍL-LL..grc.ve_r.am--is&Q_i^:iam xoJidiçãcs_para..Q. badas podem ser importantes, ao afirmar que o desbarata
¦ primeiro grande confronto entre o capital e o trabalho no pais
mento da quadrilha constitTiiu "um duro golpe" para os
desde 1981 — quando os controladores de vôo, depois de dois serviços dc informação soviéticos.
meses parados, acabaram demitidos por uma ordem federal. Especialistas cm computadores c autoridades alemãs ain-
É difícil prever se o sindicato dos mecânicos tem força para da estão investigando o alcance das informações passadas
pelos piratas dc computadores aos soviéticos. Por este motivo
paralisar o setor de transportes no pais como promete. Afinal, é que, segundo porta-voz da Procuradoria Federal alemã,
„ os únicos mecânicos cm greve declarada são os da Eastcrn c, somente um dos três detidos cm Berlim c Hanover teve
apesar do apoio que outros sindicatos americanos vem dando à sua prisão decretada. Os dois outros, assim como mais cinco
greve, ainda é cedo para dizer se, além dos tradicionais militan- que estão sendo investigados, teriam sido recrutados pelo
da Eastcrn conseguirão angariar a simpatia serviço secreto soviético (KGB) em troca de dinheiro e
'i tes. os mecânicos
de outros trabalhadores para ajudá-los a estender suas linhas drogas.
de piquete a outros setores de transporte c companhias aéreas. Golpe — "Fííí um êxito que aplicou um duro golpe
De qualquer maneira, é certo que o trânsito de passageiros en- contra os serviços secretos soviéticos", afirmou Zimmer-
mann, destacando que as atividades dos espiões computado-
tre Nova Iorque c a capital ficará bastante afetado, pois a rizados constituem "uma
'rfova
dimensão das agências d'e
Eastcrn detém 52% do tráfego entre as duas cidades. espionagem do bloco soviético". Apesar de reconhecer
A decisão de Busli deixou os sindicalistas absolutamente implicitamente que os soviéticos se vêem assim privados dc
Afinal. depois de quase uma década
¦ irados. Afinal, decada sem nenhuma nenhuma Integrantes da Associagao
Integranles Associação de Wecanicos Mecânicos protestam contra o afastamento de sindicalistas uma importante rede dc espionagem eletrônica. Zimmcr-
mann ressalvou que ainda é cedo para avaliar o alcance dos
disputa trabalhista importante, os sindicatos vêem a greve dos danos causados.
mecânicos . da Eastcrn como a primeira chance real de revitali- * Lorenzo Charles Segundo a Norddeutschc Rtindfunk, cadeia dc rádio do
¦/ar • i . Arquivo
movimcnlo sindical americano. O0 que cies
/ar o movimento clcs queriam era era r -itiafgaa. conseguir dinheiro
avioes nara consemiir
aviões dinhciro em cai- norte alemão ocidental, milhares de códigos dc compu
que Bush decretasse um estado de emergência no setor de u empresário
O empresario xa,
xa e tentou conscpii'r conccssocs sa-
tcn,ou conseguir tadores e palavras dc identificação dc programas foram
transportes por causa da greve — o que a atrasaria em pelo lariais dos sindicatos de pilotos, mccâ- transmitidos aos soviéticos, que se capacitariam assim a
nicos e comissários sob o argumento desenvolver tecnologias baseadas nestes dados.
menos 60 dias — mas obrigaria a Eastcrn a pagar algum dc que caso seus custos trabalhistas
tipo de aumento aos mecânicos enquanto a emergência estives- demolidor de de m"' m Os piratas, com idades entre 25 e 35 anos e cm alguns
§F: não diminuíssem, a Continental Air iria casos viciados cm drogas, teriam sido recrutados pela
se em vigor. Mais do isso, os sindicatos achavam | á falência. Diante das resistências, Char-
que porém, KGB em 1985. Eles operavam cm computadores instalados
les não teve dúvidas. Pediu concordata
que, caso Bush cedesse a seus apelos, isto marcaria uma vitó- sindicatos
sindicatos ™ num dia, demitiu todos os empregados e cm residências particulares, entrando em contato telefônico
ria política importante — uma reviravolta nas ações de um 'M * no dia seguinte, depois de uma discutida com o Centro de Cálculo da Universidade de Bremen e
TkT ão
ao deixa
dcixa de
dc ser
scr irônico
ironico que a pri-
pri- L outros para roubar dados de sistemas informáticos em três
governo que. nos últimos anos, só entrou cm greves com il meira grande greve
N nos Estados operação de venda de ativos da Conti-
a polícia ou para destituir diretorias sindicais. ncntal Air para uma outra firma estabe- continentes. Entre as instituições pirateadas estão o Departa-
Unidos desde 198I, 1981, quando os controla- mento de Defesa americano, a Nasa (Administração Nacio-
dorcs de
dores voo causaram tamanha
dc vôo tamanhu como-
como- ' . tecida em seu nome. Charles inaugurou a
Diante desse quadro, os sindicatos exercitaram todos os Continental, operada por empregados nal dc Aeronáutica e Espaço), sistemas dc armas nucleares
ção
qao no tráfego
trafego aéreo
acreo que o seu
sen sindicato
sindicato |||§pl|f|
seus músculos para obrigar Bush a atender sua reivindicação.
sob intervenção
imcrvengao federal, não filiados a sindicatos. e pesquisa energética em diferentes pontos dos Estados Uni-
-LantHCirkland, „ir. . . , acabou
acahou possa
possa PIMf# dos c o Centro Europeu dc Investigação Nuclear em
Lane Kirkland. presidente da AFL-CIO, Af L-CIO,-aa central sindica! sindical ~acon tecer justamente na companhia
^onteccrjustaificntcTia con- iT-EC?' '<«•'$
eompanliiaAuj|i- O movimento sindical nunca mais sc
daqui, passou a semana inteira cm Washington, trazendo a irolada por um homem
trolada liomem que encarnou a M | iMg "iSllNll esqueceu disso e transformou Charles Genebra.
heroi americano dos
mistica do herói
fundo a mística dos I f» . SIIII18 no seu inimigo público número um. Em Washington, o Departamento de Estado divulgou
reboque o presidente da Federação dos Metalúrgicos, Lynn comunicado afirmando que só se manifestará a respeito
Williams, e vários outros pesos-pesados do sindicalismo ameri- anos 80 — rico, especulador de Bolsa c,e, Charles confia na vitória vitoria Apesar dos protestos, Charles, agora
acima de tudo, empresário obstinado cm conhecido como o ífèmolidon de sindi- quando dispuser de dados concretos.
cano, para contatos políticos. Conseguiu que 32 senadores, destruir o poder sindical. Seu nome é Pode até ser, mas neste aspecto, a calos, seguiu comprando novas com-
todos democratas, mandassem uma carta ao presidente pedin- Lorenzo Charles, 48 anos, presidente da folha de serviços dc Charles não tem panhias na mesma situação da Conti- "Buracos
Texas Air Corporation, segunda maior um saldo tão positivo assim. Ele cons- nental. Há dois anos, aventurou-se a negros' na
do que ele interviesse para evitar uma greve.
Começaram então a tentar junto ás cortes de justiça injun- companhia aérea americana e um dos truiu a primeira parte de sua imensa comprar a Eastcrn, mas a partir daí informática
mais endinheirados dos novos milioná- fortuna desmantelando pequenas com- sua sorte começou a mudar, acumu- galáxia
ções — valendo-se de uma velha lei federal que permi- rios criados nos últimos anos por Wall panhias
aéreas e vendendo seus peda- latido dívidas assustadoras. Charles, po- Uma verdadeira galáxia de Boston — AP
te a extensão de piquetes de grevistas a outras empresas onde ços, como aviões e rotas, a quem pa- rém, não deve ser considerado total- ^^^^Bos,on
Street.
não estejam ocorrendo disputas trabalhistas — para impedir o gasse mais. mente derrotado no episódio. A pri-
c outras companhias aéreas. Consegui- Filho da classe média empobrecida A guerra dc preços que sc seguiu à meira batalha dessa guerra, por sinal,
trabalho cm ferrovias entrada em vigor da lei c o surgimento ele já ganhou. Ao perceber que os mc-
ram o objetivo cm diferentes cidades americanas. De posse das dos grandes centros urbanos dos Esta- de
"Nós novas companhias disputando lu- cánicos não cederiam ás suas pressões. sa cientifica. Como acontece nas :vHh
injunções, começaram a falar grosso. vamos parar com- dos Unidos, Charles cresceu nas mie- crativas rotas internas pegou dc sur- Charles se adiantou aos sindicalistas,
se atrever a vai diações do aeroporto La Guardia. cm presa alguns do velhos mamutes do galáxias.de verdade, há buracos !
pletamente o pais. Quem passar pelos piquetes que queriam a intervenção do governo, negros. Ê neles que penetram os HR|
se dar mal", prometia anteontem Michael Dcakon, diretor do Nova Iorque, c, como gosta de dizer, mercado aéreo americano, acostumadas federal nas negociações para adiar a hackers, os perfuradores de sis- jUÊÊ
sindicato dos mecânicos. isso explica a sua paixão pelos aviões. ao oligopólio garantido pelo governo fe- greve, c juntou aliados no governo e na
O ódio contra sindicatos, por outro deral e endividadas até o pescoço. Gra- comunidade de negócios para pedir ao
Entre o empresariado c os conservadores, a decisão presi- lado, foi se solidificando durante lon- ças a esta situação, em 1983 Char- presidente Bush que não sc metesse no
dcncial provocou uni alívio, porque, afinal, ela deixa claro que, les conseguiu o seu grande assunto, o que acabou conseguindo.
gas batalhas salariais com empregados negócio em Wall Street. primeiro Juntou um gru- É que Charles aposta, ante sua nova
rabilidade desses sistemas: na
sc for para entrar na greve, o governo só vai fazê-lo para de pequenas empresas de aviação onde ""fflSI
desmantelar o que possa ser qualificado como abuso sindical trabalhou como executivo durante os maiores po de investidores e comprou uma das capacidade de demonstrar força, que o À coisa é tão atraente para &
em "Sindicatos empresas aéreas da época, a sindicato dos mecânicos acabará con- de ele- i
ou para impedir que ela sc transforme no primeiro episódio anos 70. só existem para os amadores parafernália 1"*^
|I If Hitxvt&w
variadas categorias se unem
Continental Air. seguindo interromper o transporte aé- irônica que um Clube do Caos Stoll: detetive
' que sindicatos das mais para levar firmas à falência", costuma di- Retalhou a companhia para dimi- rco cm algumas regiões do país.
ajudar um grupo de trabalhadores a medir forças com a zer. Computadorizado (Chãos Com-
nuir seu tamanho, vendendo rotas e (M.F.B.)
direção de uma empresa. puter Club, ou'CCC) funciona há alguns anos em Hamburgo,
Alemanha Ocidental. Seus hackers estão sob investigação judi-
ciai por terem em 1987 perfurado sistemas informáticos de
vários organismos ocidentais, entre eles a Nasa americana. Mas
o próprio CCC está advertindo as autoridades alemãs para o
TRANSif BRASIL Thatcher admite livro de perigo da espionagem.
que A coisa não é nada difícil. Por causa da necessidade de
cooperação tecnológica e transmissão de dados, as universida-
Transbrasil S/A Linhas Aéreas des e centros de pesquisa ocidentais estão ligados entre si.
CGCMF. 60.872.173/0001-21 muçulmanos aproveitando a incrível rapidez de comunicação oferecida pelos
Rushdie ofende meios informáticos. Uma vez assegurado o acesso a esses
EDITAL LONDRES H islâmica." E foi além: ameaçou "cortar tado Paddy Ashdown, o escritor disse centros, através de um simples computador pessoal associado a
Transbrasil SA. Linhas Aéreas, por seu Interventor, as mãos de todos que atacarem os princi- temer auc as criticas ao Partido Conser- uma linha telefônica, só fica faltando descobrir os códigos de
Major Brigadeiro Engenheiro Josué Rubens Mil-Homens Cos- ministra br^itáni- pios do Islã".
vador (no poder) contidas em seu livro entrada nos programas que se deseja consultar — ou espionar.
ta, usando das atribuições que lhe (oram conferidas pelos f Três parlamentares ingleses do Parti- sejam vistas pelo governo como anti-bri-
Decretos n°s 96.653 de 06-09-88 e 97.141 de 25-11-88, e nos do Trabalhista, de oposição, apresenta- tânicas, o que tornaria sua situação ain- Alarme — Os espiões alemães estavam conectados aos
termos do Estatuto da Fundação Transbrasil, vem divulgar a
Lista de Candidatos a integrantes do Conselho Diretor da ram uma moção pedindo que o escritor da mais delicada. chamados computadores de acesso do Centro Europeu de
Fundação Transbrasil, da qual esta já se encontra ciente, inglês de origem indiana Salman Rushdie A índia voltou ontem a ser sacudida Investigação Nuclear, de Genebra, e das universidades alemãs
conforme notificação enviada sob n° 1687663, através do Io suspenda a publicação de seu livro polê- por violentos protestos de muçulmanos de Brcmcn c Karlsruhe. Foi o astrofísico americano Clifford
Cartório de Registro de Títulos e documentos da Capital de do escritor injjjês mico Os versículos satânicos. Os parla- contra o livro de Rushdie. No estado de Stoll, de 38 anos, quem primeiro deu o alarme, quando traba-
São Paulo — SP.: mentares pretendem com isso que o aia- Jammu, um manifestante morreu e dois lhava na Universidade da Califórnia. Ele ficou intrigado quan-
ALBERTO MALHEIROS RENZO tolá Khomeini retire a sentença de morte ficaram feridos, quando a polícia abriu do "pessoas não autorizadas" tentaram obter dados através de
ALCIDES JOSE DE OLIVEIRA ANDRADE
ALVARO CARDIAS DE ARAÚJO írnÈk contra o escritor e, assim, se coloque um loco contra a multidão. Em Dacca, capi- códigos como Nuclear, MBIC (Míssil Balístico Intercontinen-
mu- # Watcher
ofensa aos "Co- tal do Bangladesh, mais de 10.000 mu-
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA largarei ponto final na crise diplomática entre çulmanos tentaram atacar o consulado tal), Guerra nas Estrelas e IDE (Iniciativa de Defesa Estratégi-
ANTONIO VEIGA COUCEIRO çulmanos. Londres e Teerã. ca, nome oficial da anterior).
CARLOS AUGUSTO CRETELLA nhecemos em nossa religião pessoas que Apesar de admitir que o livro dc britânico, sendo dispersados pela policia Foi em 1986, meses depois da alegada arregimentação dos
CARLOS KENRO HIGUCHI fizerem coisas altamente ofensivas para Rushdie ofende os muçulmanos, a pri- com bombas de gás. 1987, o CCC já "estava infor-
espiões alemães pela KGB. Em "diferentes
CARLOS TADEU DE SOUZA alguns de nós. Isto foi o que aconteceu meira-ministra britânica disse esperar mado, eni linhas gerais" de que serviços secretos" se.
CELSO EUGENIO DE ABREU JÚNIOR com o Islã", disse Thatcher, num primei- "Acre- O livro Os versículos satânicos se-
CLAUDIA VILHENA DE MORAES ro sinal de conciliação desde o inicio da que o Islã seja capaz de tolerá-lo. o
?
rá cm breve editado em português. prevaleciam da vulnerabilidade da rede internacional de infor-
CRISTINA CARFI aito que as granaes religiões são fortes mática, segundo um de seus integrantes, Wau Holland. Ele
DACIO FRANCO DO AMARAL FILHO crise aberta quando o lider político c bastante para superar este tipo de pro- A publicação será feita pela editora Don
religioso do Irã, aiatolá Khomeini, con- blema", afirmou Thatcher. Horas antes, acusa os serviços alemães de contraespionagem de não terem
DENISE MACEDO Quixote, uma das maiores de Portugal. procurado usar os conhecimentos do clube, e critica a legisla-
DORIVAL SCANAVACHI denou Rushdie à morte, há 18 dias. o livro Os versículos satânicos havia sido A comunidade muçulmana de Lisboa já
EDGAR SILVA PRATES Durante as preces de sexta-feira, cm atacado pelo secretário (ministro) das ção penal referente aos delitos na área
EDMUR SANTOS BUSNARDO Relações Exteriores da Inglaterra, Geof- havia avisado que se o livro for publica- da informática. Para ele, o problema está em que as leis
EDSON GERMANO FEHLAUER Teerã, o presidente iraniano, Ali Khame- do no país haverá manifestações sente- atuais "consideram iguais os criminosos e os hackers. o que
nei, estendeu a pena de morte contra frey Howe. O secretário considerou a
EDSON LUIZ BORTOLETTO obra uma ofensa à sociedade britânica. Ihantes às que vêm ocorrendo em outros transforma os jovens em presa fácil dos serviços secretos".
EDUARDO ARAÚJO MENDES Rushdie a qualquer outro autor de livros Nenhuma acusação formal deu entrada na Justiça contra o
EMIDIO DE JESUS FERREIRA considerados desrespeitosos ao Islã. Do seu esconderijo. Salman Rushdie países europeus.
ESTEFAN CZERNORUCKI Khamenei acha que o exemplo de Rush- reagiu com preocupação às palavras do CCC, mas Holland espera que a investigação seja abandonada
"As autoridades
FERNANDO CARVALHO ABREU dic — escondido há 18 dias"desencorajará
sob proteção ministro, ainda sem tornar conhecimento após a descoberta da rede de espionagem.
Mais Rushdie no alemãs se tornariam motivo de riso se resolvessem agora nos
FRANCISCO MAGNO LAVORATO ALVES da polícia britânica — das declarações da primeira-ministra.
Caderno B
FRANCISCO ROMERO MARTINS outras pessoas a insultarem a religião Em telefonema ao escritório do depu- processar", diz ele.
GERSON DOMINGUES LOUZAVIO
GLAUCO Dl GIACOMO
JOÃO BAPTISTA RIGOTTI GODOY concessão
JOÃO POLI Gandhifará
JORGE CAMPELO DUARTE CAMPOS do mundo
LAZARO FONSECA FILHO O hamburguer mais rápido a sikhs com vistas às
MANOEL ANTONIO CANELAS 'Fast-food7 principais jornais do dia, além de um
MANUEL JESUS DIEZ GONZALES para LBrl9ld0 telão, pelo qual os executivos poderão
MARCELO GRANADEIRO WERTHEINER (9^ <5\§\3) eleições parlamentares
acompanhar o pregão da bolsa.
MARIA BEATRIZ PEIXOTO CAVALCANTE executivo tem até O cardápio segue a linha tradicio- NOVA DÉLI — Com vistas ás eleições parlamentares que
MARIO SÉRGIO THURLER ocorrerão no final do ano, o primeiro-ministro da Índia,
MAURÍCIO RIBEIRO DE BARROS nal da Mac DonakTs, composta por
MAURÍCIO VIDAl. ROCHA MIRANDA pregão da bolsa um vasto repertório de hamburguers, Rajiv Gandhi, anunciou ontem uma série de concessões para
MINEO MATSUBARA "TT OUSTON — Pensando nos su- o o jr/ / mas apresenta novidades como as tor- acabar com a violência no Punjab, o próspero estado indiano
ODAIR RIGATTO / dc maioria sikh na fronteira com o Paquistão. Inespera-
PAULO AFONSO FERREIRA XI peratarefados homens de negó- tas rápidas, a sopa do dia ou sobreme-
PAULO CÉSAR IOGNI cio que mal têm horário de almoço, a S" v V sas leves á base de frutas. Segundo damente. Gandhi anunciou no Parlamento que um grupo de
UT 9 § 7 / 1 separatistas Sikhs, detidos desde 1984. serão libertados, e que
RAIMUNDO NONATO DA SILVA cadeia de lanchonetes Mac Donald's, a Duncan, tudo foi meticulosamente
RAMIRO ABDALLA LIMA PASSOS maior do mundo (uma nova lanchone- planejado para agradar os novos clien- será retirada.;l proibição de que estrangeiros visitem o esta-
RENATO LOPES LAGE te a cada 17 horas), aposta no gosto (e tes: "Principalmente a rapidez do ser-
RICARDO MENDES no estômago) dos executivos: cons- viço", disse. A violência relacionada à luta dos radicais sikhs para a
ROBERTO LUIZ GUIMARÃES PITANGA
ROBERTO TEIXEIRA DIAS BARBOSA truiu a primeira casa dc lanches proje-
~tada O que a diretora não revelou foi o criação de um Estado independente chamado Calistão (Terra
RUI BARBOSA DE ARAÚJO especialmente para este tipo de fc» L -<• custo total do novo restaurante dessa dos Puros)já provocou a morte de 5.000 pessoas nos últimos
SALVADOR QUEIROZ LEAL Jnm empresa que há pouco tempo come- cinco anos. Em maio de 1987. para tentar conter a violência
pessoas. lei
SELMA MINGARDI São dois andares de uma loja, si- morou a-marca de 50 bilhões de ham-, na Tegiâo, o governo indiano dissolveu o governo dos sikhs
SÉRGIO DE MELLO LEITE tuada numa região valorizada da cida- cardápio cm seu escritório graças a um burguers vendidos em mais de 17.500
SÉRGIO NOGUEIRA GRANUZZO moderados e assumiu o controle do estado. O sucesso das
SÔNIA APARECIDA RIBEIRO SOARES de. que dentro de poucos dias — sua aparelho de fac-simile. Sem sair do estabelecimentos em todo mundo — medidas de reconciliação esbarra, no entanto, na libertação
TOMIHARU IIYAMA inauguração está marcada para o pró- lugar, ele poderá enviar seu pedido e, cerca de 10.000 no exterior. No entan- dos lideres sikhs detidos depois que os militares atacaram os
WLADISLAU SZKMIRKO ximo dia 8 — será a maior das 134 só então, se dirigir para o restaurante, to, um lugar tão prático e funcional extremistas no Templo Dourado de Amritsar, no Punjab. em
A presente lista é a uinica valida, para os fins a que se destina, lanchonetes da empresa no Texas. Lá economizando tempo e muitos dóla- como esse pode prov ocar sérios distúr- 1984. Gandhi declarou diante"dus parlamentares que liberta-
sendo destituídas da validade luridica e eficácia quaisquer serão prestados seniços para um pú- res. bios gástro-econòmicos em seus clien-
outras listas divulgadas ou que venham a sè-lo. seja de que blico muito exigente e que não pode A diretora de marketing da Mac tes: imaginem qual seria a reação de rá alguns dos 189 sikhs detidos na ocasião, sob os quais não
forma for DonakTs, Brenda Duncan, disse "ter pesa qualquer acusação formal.
Brasília, 03 de março de 1989 perder tempo. que o um alto investidor, sanduíche à boca.
Para que isso aconteça, a loja irá novo estabelecimento precisa a ao assistir suas ações despencarem \er- Analistas políticos acreditam que o prestigio político de
Maior Brigadeiro Engenheiro contar com uma série de recursos, co- cara dos fregueses". Para tanto, cada tiginosamente no telão do restauran- Gandhi nas próximas eleições parlamentares aumentará se
JOSUÉ RUBENS MIL-HOMENS COSTA ele conseguir provar para o eleitorado, até dezembro, que ele
Interventor mo por exemplo, o freguês recebera o mesa terá um telefone exclusivo, os te?
é capaz dc amansar os extremistas.
JOHN Ali DO BRASIL Internacional sábado, 4/3/89 n 1" caderno n 9

Venezuela amplia e moratória de sua dívida

liosental Calmon Alves
CARACAS - O presidente Carlos
Aiulrés Pérez anunciou òntcni que a
Venezuela suspendeu, por tempo in-
determinado, o pagamento dos juros
de sua divida externa de USS 31,3
bilhões, admitindo assim ter iniciado
uma espécie de moratória não dccla-
rada. Com isso, o governo ampliou a
a suspensão quc^ojmão^pTOidenje
janeiro. O Banco Central Venezuela-
110 interrompeu os pagamentos do
principal da divida e devido a drásli-
ca queda nas reservas monetárias, o
pais iniciou unia rodada de negocia-
çôcs com os bancos credores, cm No-
va Iorque, e avisou que somente vol-
taria a pagar depois de conseguir um
acordo para reescalonar a sua dívida
de USS 31,3 Bilhões.
O governo procura evitar o termo
moratória unilateral c espera colocar
seus pagamentos em dia com os ban-
cos credores em poucas semanas,
usando recursos de um empréstimo-
ponte solicitado aos Estados Unidos
e outros créditos pedidos a organis-
mos internacionais. Numa carta que,
segundo um jornal de Caracas, foi
enviada na última terça-feira ao Fun-
do Monetário Internacional, o gover-
-n©^
pa^ os serviços da divida (juros e
pagar
nartir de
taxas) a partir setembro, 0o
dc 30 de setembro.
que significaria virtualmente uma
moratória de sete meses.
Lições — Indagado ontem so-
bre a autenticidade dessa carta, o pre-
sidente Carlos Andrés Pérez disse
dcsconhecé-la, mas confirmou que
seu governo pretende manter por
tempo não determinado a suspensão
dos pagamentos da dívida. "Como eu
tenho dito, essa situação de esgota-
mento das reservas internacionais
obriga o nosso governo, como já é
público, a suspender o pagamento de
nossas obrigações internacionais",
disse o presidente.
Quando insistiram em saber por
quantos meses valeria essa suspensão
de pagamentos, o presidente respon-
'isso vai depender
deu que de como
vai se desenvolver o processo econô-
mico" Sua declaração, num café da
manhã com correspondentes estran-
geiros. chegou a ser interpretada co-
1110 uma declaração de moratória, lo-
go negada pelo governo
prorroga
Em sua conversa com os jor- Cflrncas-~Roulor3 Carncns AP
wm
nalistas, mencionou diversas vezes o
Brasil, lembfiTndo-que episódios de
revolta popular também ocorreram
em grandes cidades brasileiras, assim
como no México e 11a Argentina.
O presidente também fez, no en-
tanto, uma autocrítica, reconhecendo
que num imaginário quadro em que a
dívida desaparecesse, muitos proble-
"se não deixássxe-
mas continuariam
nms nc mesmos costumes e nrocedi-
mentos econòmicos"que causam'
problemas estruturais na região. Ele
irisou que a América Latina tem
se sacrificado muito, sem receber na-
da cm troca dos países credores, que
insistem em dar â dívida um trata-
mento comercial.
Em resposta a uma pergunta do
JORNAL DO BRASIL, o presidente
Andrés Pérez disse que os sangrentos wm
distúrbios desta semana em Caracas e
outras cidades da Venezuela deixa-
ram "uma grande lição" para o Brasil
d outros países latino-americanos
acossados pelo problema da dívida
externa.
"Os
acontecimentos de Caracas
estão dizendo aos empresários (lati-
no-americanos) que se eles não se
decidem a sacrificar os excessos de lu-
cros e a contribuir para o restabeleci-
pn7 social em nossos pai- 4>í
ses, eles não somente deixarão de O ttxército jKitruiiia as ruas de Caracus, que volta u mjrmutcdmtv tom longas filas paru comprar ttUrmmtas
onnhnr nuik
ganhar mais, rnmn nerHf»r;ln no nno
como perderão que
têm. Aos políticos, (os distúrbios) nos
deixam a lição de que demagogia po- Governo reduz toque de recolher em Caracas
de ser uma arma muito perigosa nes-
tes tempos. Ela- pode levantar for- A gradual volta do país á normali- mente eletrodomésticos — roubados cados passaram a funcionar com as seus estoques de caixões, diante do
ças que depois não seremos capazes dade, após os sangrentos distúrbios durante os saques a estabelecimentos portas principais fechadas, atendeu- inesperado aumento de procura. Em-
de controlar e, desta forma, podere- desta semana, permitiu ao governo comerciais, principalmente na segun- do somente uma pessoa de cada vez. bora o governo fale de 3U0 mortos,
mos perder o piso sobre o qual nos venezuelano reduzir, desde ontem, o da e na terça-feira. Os clientes tinham que enfrentar outros cálculos indicam que esse nú-
movemos, que é a democracia. Para toque de recolher em três horas. A A mesma explicação era dada pa- enormes filas e entrar por uma porta mero poderia chegar a 400 ou 500.
os governos, também há uma li- proibição para pessoas não autoriza- ra os cerrados tiroteios da noite ante- lateral, encontrando depois muitas
das circularem pelas ruas da capital As prisões também estão abarro-
ção muito importante: a de que não rior, durante a vigência do toque de prateleiras vazias.
começou ontem às 20h e não mais às tadas, embora ontem já tenham sido
podemos nos resignar a seguir pade- recolher. A polícia e o Exército esta- Aviões militares estão sendo usa-
cendo das atuais circunstâncias im- I8h, terminando às 5h da madrugada libertadas numerosas pessoas detidas
vam usando a tática de realizar invés- dos para trazer alimentos do interior, durante as desordens, contra as quais
postas pela ordem econômica inter- de hoje c não mais ás 6h. A maior
tigações durante o dia e ir de noite mas essa ponte aérea não é suficiente não havia acusações graves. As auto-
nacional" disse o presidente vene- parte do comércio, no entanto, conti-
zuelano. nuou fechado e as ruas ainda eram aos redutos de grupos, geralmente para normalizar o abastecimento. As ridades procuram identificar grupos
armados, que conseguiram transfor- donas-de-casa pioram ainda mais a
Ele disse também que espera que
"esse doloroso sacrifício patrulhadas por soldados do Exérci- subversivos que poderiam ter tentado'
to, com tanques e carros blindados. mar casas e barracos em depósitos de situação, ao não dar ouvidos para as
que o povo se aproveitar da situação caótica cria-
venezuelano teve que fazer sirva para
Os tiroteios que se ouviram du- geladeiras, fogões, aparelhos de som garantias do governo de que não fal- da pelos protestos. Parece haver, con-
e de vídeo-cassete roubados durante tará comida e fazer todo o estoque
fazer as grandes nações industrializa- tudo, o convencimento geral de que
das a uma reflexão" e entender que rante o dia em alguns bairros pobres
os saques. possível do que conseguem comprar tudo começou de forma espontânea,
os governantes latino-americanos e favelas eram mais curtos que os dos
dias anteriores e. cm sua maioria] Apesar da aparente tranqüilidade Os hospitais abarrotados com pes- numa explosão contra o aumento de
não estão exagerando ao falar da
foram explicados como resultados de em que vivia a maior parte da cidade, soas feridas nos distúrbios de rua en- preço dos transportes coletivos, que
gravidade da crise econômica, poliuf
ca c social gerada pelo problema operações policiais e militares para a . poucos comerciantes tiveram cora- frenvam problemas para alimentar os acabou se transformando em saques e
da dívida externa recuperação de objetos — principal- gem de abrir suas lojas. Os supermer- pacientes. As funerárias esgotaram os quebra-quebras violentos. (R.C.A.)

Governante do Sudão Greve — Todos os 3.500 emprega-

renuncia até
CARTUM — Num derradeiro esfor-
ço para evitar um golpe de Estado, o pri-
meiro-ministro do Sudão, Sadiq al Mah-
di, prometeu renunciar até domingo,
cedendo o poder a um Governo de
União Nacional composto por militares
e civis. A renúncia foi acertada pelo pró-
prio Sadiq al Mahdi com os comandan-
tes do Exército do Sudão, uma república
islâmica do norte da África, em guerra
civil há 24 anos.
Há duas semanas, os militares suda-
neses deram um ultimato ao primeiro-
ministro, exigindo sua renúncia. A de-
cisão dos militares contou com o apoio
da maioria dos sindicatos, que amea-
çaram deflagrar uma greve geral por
prazo indeterminado caso o primeiro-mi-
nistro não deixe o governo. Os oli-
ciais jovens, coronéis e majores são os
mais insatisfeitos com o chefe do go-
vemo, que acusam de bloquear um acor-
do com os rebeldes da região sul do país.
O afastamento de Sadiq al Mahdi até
domingo foi anunciado pelo principal
jornal do Sudão, o Al Ayam, mas tanto
o Exército como os sindicatos man-
têm-se em alerta, não descartando a
hipótese de golpe, caso o primeiro-mi-
nistro desista da renúncia. Além da guer-
ra. Sadiq está sendo violentamente criti-
cado por sua indecisão em eliminar a lei
islâmica vigente no país, que prevê casti-
Entre a e a
guerra
Michael lliltzik
Los Angeles Times
OMDURMAN. Sudão — Mohammed
Idem não negou que fora apanhado
com uma carga roubada de peças de
reposição para carros Datsun, depois
que seus dois comparsas fugiram. Mas
não lhe deram uma chance de invocar
a pobreza em que vivia com sua famí-
lia — mulher, seis filhos, e mais o pai.
a mãe e um irmão — para justificar
seu roubo, o que poderia ter amenizado
sua sentença.
Idem foi proibido de falar perante
um juiz islâmico durante seu julgamento,
•que durou um tempo minimo numa tar-
de há quase cinco anos. Ele passou sete..- muçulmanos. Quando proíbe crimes, co-
dias detido e no oitavo foram buscá-lo
em sua cela. Injetaram um anestésico
forte num punho e num joelho, e pouco
depois uma velha espada-terimonial, im-
portada da Arábia Saudita, se abatia
sobre suas juntas adormecidas.
Assim, de acordo com os preceitos
da charia, o código criminal islâmico
Idem teve amputadas a mão direita e a
perna esquerda.
Isso aconteceu em junho de 1984. de-
pois que o ditador Gaafar Numeiri im-
pôs a lei islâmica para induzir os fun-
damentalistas muçulmanos a apoiar seu
regime à beira do colapso.
Sob a lei. as bebidas alcoólicas desa- tar a lei islâmica. Essa reviravolta tam-
pareceram das prateleiras e o jogo foi
proibido. Cerca de 400 ladrões perde-
ram membros nos próximos 18 meses,
enquanto incontáveis sudaneses eram
chicoteados por ingerir bebidas alcoó-
licas ou apedrejados até morrer por
domingo
mm
W\ Africa '
v Kartum S Ias de negociação. A guerra civil em El
gos corporais para delitos como furto e
adultério, além da pena de morte para os
homicídios e estupros.
Os conflitos no sul do Sudão jã cau-
saram 250 mil mortes tanto em comba-
tes como em conseqüência da falta de
comida. Os sudaneses do norte são em
sua maioria islâmicos enquanto os do
sul são cristãos ou adeptos de cultos dc
origem africana. Os rebeldes sulistas ale-
gam que desde a independência do Su-
dão, em 1956, têm sido sistematica-
mente perseguidos e massacrados pela
maioria muçulmana, mais rica e pode-
rosa.
6charia'
cometerem adultério. Um destacado
oponente político de Numeiri foi acu-
sado de "oposição ao Islã" e executa-
do.
Idem é um símbolo que o Sudão faria
bem em ter em mente, porque o gover-
no que sucedeu Numeiri com a pro-
messa de repelir a citaria insiste em
reintroduzir o código islâmico neste país
de diversos grupos étnicos e religiões.
Na verdade, é como se a lei islâmica
fosse outra cunha enfiada na brecha
que divide o Sudão — uma cunha entre
árabes e africanos, nortistas e sulistas,
fundamentalistas e moderados.
Desprezada por cristãos e animistas,
que predominam no sul do pais, a cha-
ria é odiada-Uté mesmo por muitos
mo o assassinio, ela tem muito em co-
mum com o código judaico-cristão. Mas
também cobre inúmeras outras ativida-
des vi' s como a antítese do próprio
Islã, inuuindo conversão religiosa e difa-
maçâo dos preceitos religiosos. E embora
ainda conte com muitos defensores, o
principal apoio da charia parece provir
dos dois partidos fundamentalistas islã-
micos, majoritários no Parlamento
O plano para invocar novamente a
cluiria gerou uma disseminada descon-
fiança do primeiro-ministro Sadiq el-
Mahdi, lider do partido Umma, da
maioria, que em r985 prometeu rejei-
bém minou sua credibilidade é'm relação
a outra questão crucial: há dúvidas sobre
se ele realmente téncionava acabar com a
rumosa e impopular guerra contra os
rebeldes sulistas, para quem a rejeição da
charia é uma condição nào-negociàvel
Guerrilha
boicote eleição
SAN SALVADOR — A guerrilha
de esquerda salvadorenha da Frente Fa- if
rabundo Marti de Libertação Nacional
(FMLN) conclamou ontem a população
a boicotar as eleições presidenciais mar-
cadas para 19 de março. O anúncio,
divulgado pela rádio rebelde, é aparente-
mente unia reação da guerrilha à demora
do governo em responder a suas propos-
Salvador dura nove anos e já matou mais
de 70.000 pessoas.
A Frente considera eleições daqui a
15 dias uma farsa que só serviria para
agravar a situação no país. No comuni-
cado. a guerrilha acusa o governo, os
militares e a direita de irresponsabilidade
e intransigência e denuncia que as Forças
Armadas estão preparando um esquema
para fraudar as eleições.
A conclamação ao boicote foi uma
clara indicação de que a FMLN vê pou-
cas chances de que o pleito seja adiado.
Em seu plano de paz apresentado em
janeiro, a guerrilha se comprometeu a
participar das eleições e acatar o seu
resultado, caso elas fossem adiadas por vontade para que haja uma consulta po- rio dc San Ramón. na capital salvadore-
seis meses. A proposta foi inicialmente
rejeitada pelo presidente Napoleón
Votação em
março está
comprometida
Lucy Cotiger
IDADE DO MÉXICO - A
fM
V/ proposta de paz apresentada
pela Frente Farabundo Marti de Li-
bertaçào Nacional (FMLN) se con-
verteu no principal tema político da
campanha presidencial salvadorenha,
a sei" realizada no próximo dia 19.
Segundo observadores políticos da
região, se a iniciativa falhar poderá
comprometer não só a representativi-
dade do presidente a ser eleito como
todo o processo
A proposta, que tem como objeti¦
- vo uma solução para o conflito ini¦
ciado em I9S0. parecia estar liquida¦
da até a semana passada, quando o
Exército salvadorenho declarou o
cessar-fogo. Os rebeldes admitiram a
possibilidade de suspender seus ata-
ques desde que houvesse acordo com
o governo sobre o local e a pauta
para o inicio de negociações, o que
ainda não aconteceu.
Em sua maior concessão rumo à
pede que
salvadorenha
,*«
P Alfonsin, da Argentina, assinará na pró-
** ¦•¦•
Soldados levam o corpo de um militar morto pelos rebeldes
Duarte. Mais tarde, entretanto, o gover- promover eleições em 19 de março será
no cedeu terreno e contrapropôs o adia- enganar o povo e manter a guerra. Por
mento por seis semanas, o que foi rejeita- isso, pedimos que a população não vo-
do pela FMLN.
"Nas últimas semanas a FMLN deu beldcs e do governo travaram combate
repetidos sinais de flexibilidade e boa por mais de duas horas no bairro operá-
"Sob as nha. Três soldados e dois civis morre-
pular limpa" afirmou a Frente.
atuais condições de guerra e repressão. ram.
pacificação, os rebeldes se dispuse-
ram a participar das eleições presi-
dencias e acatar seu resultado. Este
item faz parte de uma complexa pro-
posta apresentada em 23 de janeiro,
na Cidade do México, numa radical
mudança de postura para um grupo
que até pouco tempo se recusava a
participar de eleições.
O termo de paz da FMLN prevê
um adiamento de seis meses para a
eleição, o tempo necessário para os
guerrilheiros organizarem suas"O bases
de apoio em todo o pais. fato
deles (a FMLN) admitirem participar
das eleições é positivo e deveria ser
encorajado" disse um analista politi-
Co.
A possibilidade de um acordo en-
Ire governo e rebeldes atingiu os de-
bates da campanha presidencial, cujo
candidato da Aliança Republicana
Nacional (ARENA, extrema-direita),
Freddi Cristiani. não terá diliculda¦
des em derrotar seu principal adver-
sário. o democrata cristão (governis-
ta) Fidel Chávez Mena. Entretanto,
nenhum dos virtuais vencedores en-
contrará legitimidade se não conside-
rara proposta rebelde, que se conver-
teu em seu maior trunfo político,
segundo uma fonte próxima aos poli-
ticos salvadorenhos.
No inicio deste mês, representan-
população
San Salvador — AFP
•>} «,»
"*K ítpKI«
III
rebeldes
te." Na noite de quinta-feira, tropas re-
tes de oito partidos políticos se en-
contraram com os guerrilheiros e ga-
rantiram conseguir um encontro
entre a FLMN e o governo de Napo-
león Duarte. Outra importante con-
cessão rebelde foi a desistência de
uma reivindicação que. em caso de
paz. exigia a incorporação de camba-
tentes da FMLN ao Exército regular
salvadorenho.
Nos encontros com os partidos de
El Salvador, os rebeldes já admitem a
permanência do atual Exército, desde
que suas tropas fossem drasticamente
reduzidas e retiradas da esfera de
controle dos esquadrões da morte,
que atuaram no início dos anos SO.
No entanto, existem várias razões
para que os rebeldes façam tantas
concessões. Uma delas é que a
FMLN esta negociando com uma
posição bastante fortalecida. Suas
tropas operam em praticamente me
tade do território salvadorenho e
uma iminente sublevaçào popular au-
mentaria sua força política
Outro aspecto importante é o fato
da proposta ter sido efetuada poucos
dias após a posse do presidente ame-
rícano George tíush que, segundo o
da FMLN. Sahador Sa-
porta-voz"assumiu
mova.
compromissos no
sentido dc íodos buscurcm urna so!u-
ção pacifica para a região"
dos de terra da TAP-Air Portugal entra-
ram em greve, causando o cancelamento
de metade (14) dos vôos nacionais e in-
ternacionais com partida e chegada pre-
vistas para ontem em Lisboa. O motivo é
aumento salarial. Em Madri, pela mesma
razão, os empregados da Ibéria planejam
paralizaçào para meados do mês.
Terrorismo — O presidente Raúl
xima semana um decreto de criação de
um Comitê de Segurança Interna, che-
fiado pessoalmente por ele para dar
combate ao terrorismo. O novo comitê
não terá a participação de militares,
ao contrário do Conselho Nacional de
Segurança instituído após o ataque guer-
rilheiro ao quartel de La Tablada. Bue-
nos Aires, em janeiro.
Libèrdade — O papa João Paulo
11 congratulou-se com o novo embaixa-
dor cubano no Vaticano. Fermin Ro-
driguez Paz, pelos progressos nas rela-
çòes bilaterais, mas enfatizou que eles
devem "evoluir para o fortalecimento
, da efetiva liberdade de que a Igreja
necessita para rcalizar sua missão evan-
realizar
para
gelizadora"
Repressão — Mais 16 militantes
da maioria de origem albanesa da pro-
vincia iugoslava de Kosovo foram deti-
dos, segundo jornais locais, sem confir-
maçâo oficial. O governo central, em
Belgrado, empenhado em combater a re-
volta dos albaneses contra os sérvios,-
também condenou como anti-constitu-
cional a criação de partidos independen-
tes nas repúblicas da Croácia e da Eslo-
vênia, rivais da Sérvia.
Agulhas — Cerca de 70 automóveis
tiveram seus pneus furados numa das
principais rodovias britânicas por agu-
lhas hipodérmicas caídas de um cami-
nhão que se dirigia para o norte da In-
glaterra. Um guarda rodoviário tentou
alertar o motorista, mas também foi vjti-
ma das agulhas, que se espalharam por
dezenas de quilômetros.
Perseguição — A cantora brási-
leira Denise de Kalafe. que ia participar
de um programa na cadeia radiofônica
WCMQ-FM92 e no festival da Rua Oi-
to. em Miami. teve seus compromissos
cancelados por ter visitado Cuba háJlO
anos. A artista paranaense, radicada
há 17 anos no México, se disse "abis-
mada" com a justificativa, porque ale-
ga não ter convicções políticas e ter
ido a Havana a convite do governo
brasileiro.
Avó — A primeira-mirijstra britam-
ca Margaret Thatcher se tornou avó
pela primeira vez com o nascimento do
neto Michael. mas disse que nàotem
planos imediatos para se juntar ao fi-
lho Mark e á nora Diane. que moram
em Dallas. Texas. O bebê. pesando 3,5
kg. nasceu na terça-feira.
Comparação — O primeiro-mi-
nistro israelense Yitzhak Shanur. ex-lider
guerrilheiro, rejeitou ontem em Lon-
dres. em entrevista a BBC. a compara-
ção entre sua luta pelo Estado de Is-
rael com a da Organização para a
Libertação da Palestina. "Não pode ha-
ver comparação, porque nunca lutamos
pela destruição de um Estado, como faz
a OLP" declarou enfaticamente
JORNAL DO BRASIL
Venezuela
Rosontal Calmon Alves
CARACAS — O prcsidentcCarlos
Andrés Pércz anunciou ontem que
Venezuela suspendeu, por tempo in-
determinado, o pagamento dos juros
de sua dívida externa de US$ 31,3
bilhões, admitindo assim ter iniciado
uma espécie de moratória não decla- que num imaginário quadro cm que a
rada. Com isso, o governo ampliou a
a suspensão que o então presidente
¦Ifiimc 1 nsinclii decretara no dia !7_ric_
janeiro. O Banco Central Venezuela-
no interrompeu os pagamentos do
principal da dívida e devido a drásti-
ca queda nas reservas monetárias,
país iniciou uma rodada de negocia- da
ções com os bancos credores, cm No-
va Iorque, e avisou que somente vol-
taria a pagar depois de conseguir um
acordo para rcescalonar a sua dívida
de USS 31,3 bilhões.
O governo procura evitar o termo
moratória unilateral e espera colocar • outras cidades da Venezuela deixa-
seus pagamentos cm dia com os ban-
cos credores cm poucas semanas, e outros países latino-americanos
usando recursos dc um empréstimo-
ponte solicitado aos Estados Unidos
e outros créditos pedidos a organis-
mos internacionais. Numa carta que,
segundo um jornal de Caracas, foi
enviada na última terça-feira ao Fun-
do Monetário Internacional, o gover-
no venezuelano avisa que só voltará a
pagar os serviços da dívida (juros c
taxas) a pariir de 30 de setembro, o
que significaria virtualmente uma
moratória de sete meses.
Lições — Indagado ontem so-
bre a autenticidade dessa carta, o pre-
sidente Carlos Andrés Pérez disse
desconhecê-la, mas confirmou que
seu governo pretende manter por
tempo não determinado a suspensão
"Como eu
dos pagamentos da dívida.
tenho dito, essa situação de esgota-
mento das reservas internacionais
obriga o nosso governo, como já é
público, a suspender o pagamento de
nossas obrigações internacionais",
disse o presidente.
Quando insistiram em saber por
quantos meses valeria essa suspensão
de pagamentos, o presidente respon-
deu que 'isso vai depender de como
vai se desenvolver o processo econô- das a uma reflexão" e entender que
mico". Sua declaração, num café da
manhã com correspondentes estran-
geiros, chegou a ser interpretada co- gravidade da crise econômica, políti-
mo uma declaração de moratória, lo- ca e social gerada pelo problema
go negada pelo governo.
Governante
renuncia até
CARTUM — Num derradeiro esfor-
ço para evitar um golpe de Estado, o pri-
meiro-ministro do Sudão, Sadiq al Mah-
di, prometeu renunciar até domingo,
cedendo o poder a um Governo de
União Nacional composto por militares
e civis. A renúncia foi acertada pelo pró-
prio Sadiq al Mahdi com os comandan-
tes do Exército do Sudão, uma república
islâmica do norte da África, em guerra
civil há 24 anos.
Há duas semanas, os militares suda-
neses deram um ultimato ao primeiro-
ministro, exigindo sua renúncia. A de-
cisão dos militares contou com o apoio
da maioria dos sindicatos, que amea-
çaram deflagrar uma greve geral por
prazo indeterminado caso o primeiro-mi-
nistro não deixe o governo. Os ofl-
ciais jovens, coronéis e majores são os
mais insatisfeitos com o chefe do go-
verno, que acusam de bloquear um acor-
do com os rebeldes da região sul do país.
O afastamento de Sadiq al Mahdi até
domingo foi anunciado pelo principal
jornal do Sudão, o Al Ayam, mas tanto
o Exército como os sindicatos man-
têm-se em alerta, não descartando a
hipótese de golpe, caso o primeiro-mi-
nistro desista da renúncia. Além da guer-
ra, Sadiq está sendo violentamente criti-
cado por sua indecisão em eliminar a lei
islâmica vigente no país, que prevê casti-
Entre a a
guerra_e
Michael Hiltzik
Los Angeles Times
OMDURMAN, Sudão — Mohammed
Idem não negou que fora apanhado
com uma carga roubada de peças de
reposição para carros Datsun, depois
seus dois comparsas
que fugiram. Mas
não lhe deram uma chance de invocar
a pobreza em que vivia com sua famí-
lia — mulher, seis filhos, e mais o pai,
a mãe e um irmão — IDADE DO MÉXICO — A
para justificar
seu roubo, o que poderia ter amenizado
sua sentença.
Idem foi proibido-de Xalar perante
um juiz islâmico durante seu julgamento,
durou um tempo mínimo numa tar-
e há quase cinco anos. Ele passou sete
3ue
dias detido e no oitavo foram buscá-lo
em sua cela. Injetaram um anestésico
forte num punho e num joelho, e pouco
depois uma velha espada cerimonial, im-
portada da Arábia Saudita, se abatia
sobre suas juntas adormecidas.
Assim, de acordo com os
da charia, o código criminal preceitos
islâmico, principal apoio da citaria parece provir
Idem teve amputadas a mão direita e a
perna esquerda.
Isso aconteceu em junho de 1984, de-
pois que o ditador Gaafar Numeiri im-
pôs a lei islâmica para induzir os fun-
damentalistas muçulmanos a apoiar seu
regime â beira do colapso.
Sob a lei, as bebidas alcoólicas desa- tar a. lei islâmica. Essa reviravolta tam-
pareceram das prateleiras e o jogo foi
proibido. Cerca de 400 ladrões perde- _a outra questão crucial: há dúvidas sobre
ram membros nos próximos 18 meses,
enquanto incontáveis sudaneses eram
chkoteadBs pur ingerir bebidas alcoó-
licas ou apedrejados até morrer por
amplia
Em sua conversa com os jor-
nalistas, mencionou diversas vezes o
Brasil, lembrando que episódios de
a revolta popular também ocorreram
cm grandes cidades brasileiras, assim
como no México c na Argentina.
O presidente também fez, no en-
tanto, uma autocrítica, reconhecendo
dívida desaparecesse, muitos proble-
mas continuariam "se não dcixássxc-
mos os mesmos costumes e procedi-
mentos economicos"que causam
problemas estruturais na região. Ele
frisou que a América Latina tem
o se sacrificado muito, sem receber na-
cm troca dos países credores, que
insistem em dar á dívida um trata-
mento comercial.
Em resposta a uma pergunta do
JORNAL DO BRASIL, o presidente
Andrés Pércz disse que os sangrentos
distúrbios desta semana cm Caracas c
ram "uma grande lição" para o Brasil
acossados pelo problema da divida
externa.
"Os
acontecimentos dc Caracas
estão dizendo aos empresários (lati-
no-americanos) que se eles não se
decidem a sacrificar os excessos de lu-
cros c a contribuir para o restabeleci-
mento das paz social em nossos pai-
ses, eles não somente deixarão de
ganhar mais, como perderão o que
tem. Aos políticos, (os distúrbios) nos
deixam a lição de que demagogia po-
de ser uma arma muito perigosa nes-
tes tempos. Ela pode levantar for-
ças que depois não seremos capazes
de controlar e, desta forma, podere-
mos perder o piso sobre o qual nos
movemos, que é a democracia. Para
os governos, também há uma li-
ção muito importante: a de que não
podemos nos resignar a seguir pade-
cendo das atuais circunstâncias im-
postas pela ordem econômica inter-
nacional", disse o presidente vene-
zuelano.
Ele disse também que espera que
"esse
doloroso sacrifício que o povo
venezuelano teve que fazer sirva para
fazer as grandes nações industrializa-
os governantes latino-americanos
não estão exagerando ao falar da
da dívida externa.
do Sudão
domingo
gos corporais para delitos como furto e
adultério, além da pena de morte para os
homicídios e estupros.
Os conflitos no sul do Sudãq já cau-
.saram 250 mil mortes tanto em comba-
tes como em conseqüência da falta de
comida. Os sudaneses do norte são em
sua maioria islâmicos enquanto os do
sul são cristãos ou adeptos de cultos de
origem africana. Os rebeldes sulistas ale-
gam que desde a independência do Su-
dão, em 1956, têm sido sistematica-,
mente perseguidos e massacrados pela
maioria muçulmana, mais rica e pode-
rosa.
'charia'
cometerem adultério. Um destacado
oponente político de Nümeiri foi acu-
sado de "oposição ao Islã" e executa-
do.
Idem é um símbolo que o Sudão faria
bem em ter em mente, porque o gover-
no que sucedeu Numeiri com a pro-
messa dc repelir a clmria insiste em
reintroduzir o código islâmico neste país
de diversos grupos étnicos e religiões.
Na verdade, é como se a lei islâmica
fosse outra cunha enfiada na brecha
que divide o Sudão — uma cunha entre
árabes e africanos, nortistas e sulistas,
fundamentalistas e moderados.
Desprezada por cristãos e animistas,
que predominam no sul do país, a clia-
ria e odiada até mesmo por muitos
muçulmanos. Quando proíbe crimes, co-
mo o assassínio, ela tem muito em co-
mum com o código judaico-cristão. Mas
também cobre inúmeras outras ativida-
des vi* .s como a antítese do próprio
Islã, incluindo conversão religiosa e difa-
mação dos preceitos religiosos. E embora
ainda conte com muitos defensores, o
dos dois partidos fundamentalistas islã-
micos, majoritários no Parlamento.
O plano para invocar novamente a
charia gerou uma disseminada descon-
fiança do primeiro-ministro Sadiq el-
Mahdi, líder do partido Umma, da
maioria, que em 1985 prometeu rejei-
bem minou sua credibilidade em relação
se ele realmente tencionava acabar com a
ruinosa e impopular guerra contra os
rebeldes suhstas, para ejuem a rejeição ds
charia é uma condição não-negociável
Internacional
e moratória
prorroga
. . > ->•.. -> -N. ,* ' . ^\*<kiw» A»' " ' ," w .it " M. :* *¦ ".* \">, '. > ' ..... \ • • X... -
/ rcrcifo patrulha as ruas de Caracas, que volta
0(I Exército
Governo
A gradual volta do país à normali-
dade, após os sangrentos distúrbios
desta semana, permitiu ao governo
venezuelano reduzir, desde ontem, o
toque de recolher cm três horas. A
proibição para pessoas não autoriza-
das circularem pelas ruas da capital
começou ontem às 20h e não mais às
18h, terminando às 5h da madrugada
de hoje e não mais às 6h. A maior
parte do comércio, no entanto, conti-
nuou fechado e as ruas ainda eram'
patrulhadas por soldados do Exérci-
to, com tanques e carros blindados.
Os tiroteios que se ouviram du-
rante o dia em alguns bairros pobres
e favelas eram mais curtos que os dos
dias anteriores e, em sua maioria,
foram explicados como resultados de
operações policiais e militares para a
recuperação de objetos — principal-
Guerrilha
pede
boicote eleição
'SALVADOR —
SAN A guerrilha
de esquerda salvadorenha da Frente Fa-
rabundo Marti de Libertação Nacional
(FMLN) conclamou ontem a população
a boicotar as eleições presidenciais mar-
cadas para 19 de março. O anúncio,
divulgado pela rádio rebelde, é aparente-
mente uma reação da guerrilha à demora
do governo em responder a suas propos-
tas de negociação. A guerra civil em El
Salvador dura nove anos e já matou mais
de 70.000 pessoas.
A Frente considera eleições daqui a
15 dias uma farsa que só serviria para
agravar a situação no país. No comuni-
cado, a guerrilha acusa o governo, os
militares e a direita dc irresponsabilidade
e intransigência e denuncia que as Forças
Armadas estão preparando um esquema
para fraudar as eleições.
A conclamação ao boicote foi uma
clara indicação de que a FMLN vê pou-
cas chances de que o pleito seja adiado.
Em seu plano de paz apresentado em
janeiro, a guerrilha se comprometeu a
participar das eleições e acatar o seu
resultado, caso elas fossem adiadas por vontade para que haja uma consulta po- rio de San Ramón, na capital salvadore-
seis meses. A proposta foi inicialmente pular limpa" afirmou a Frente. "Sob as nha. Três soldados e dois civis morre-
rejeitada pelo presidente Napoleón
Votação em
março está
comprometida
Lucy Conger
G proposta de paz apresentada
pela Frente Farabundo Marti de Li-
bertação Nacional (FMLN) se con-
verteu no principal tema político da
campanha presidencial salvadorenha,
a ser realizada no próximo dia 19.
Segundo observadores políticos da
região, se a iniciativa falhar poderá
comprometer não só a representativi-
dade do presidente a ser eleito como
todo o processo.
A proposta, que tem como objeti•
vo uma solução para o conflito-ini¦
ciado em 1980, parecia estar liquida-
da até a semana passada, quando o
Exército salvadorenho declarou o
cessar-fogo. Os rebeldes admitiram a
possibilidade de suspender seus ata-
ques desde que houvesse acordo com
o governo sobre o local e a pauta
para o inicio de negociações, o que
ainda não aconteceu.
Em sua nuior concessão rumo à
volla aà normalidadc
normalidade com longas filas para comprar alimentos
reduz toque
mente eletrodomésticos — roubados
durante os saques a estabelecimentos
comerciais, principalmente na segun-
da e na terça-feira.
A mesma explicação era dada pa-
ra os cerrados tiroteios da noite ante-
rior, durante a vigência do toque de
recolher. A polícia e o Exército esta-
vam usando a tática de realizar invés-
tigações durante o dia e ir de noite
aos redutos de grupos, geralmente
armados, que conseguiram transfor-
mar casas e barracos em depósitos de
geladeiras, fogões, aparelhos de som
e de vídeo-cassete roubados durante
os saques.
Apesar da aparente tranqüilidade
em que vivia a maior parte da cidade,
poucos comerciantes tiveram cora-
gem de abrir suas lojas. Os supermer-
que
salvadorenha
Soldados levam o corpo de um militar morto pelos rebeldes
Duarte. Mais tarde, entretanto, o gover- promover eleições em 19 de março será
no cedeu terreno e contrapropôs o adia- enganar o povo e manter a guerra. Por
mento por seis semanas, o que foi rejeita- isso, pedimos que a população não vo-
do pela FMLN.
"Nas últimas semanas a FMLN deu beldes e do governo travaram combate
repetidos sinais de flexibilidade e boa por mais de duas horas no bairro operá-
atuais condições de guerra e repressão, ram.
pacificação, os rebeldes se dispuse-
ram a participar das eleições presi-
dencias e acatar seu resultado. Este
item faz parte de uma complexa pro-
posta apresentada em 23 de janeiro,
na Cidade do México, numa radical
mudança de postura para um grupo
que até pouco tempo se recusava a
participar de eleições.
O termo de paz da FMLN prevê
um adiamento de seis meses para a
eleição, o tempo necessário para os
guerrilheiros organizarem suas"O bases
de apoio em todo o país. fato
deles (a FMLN) admitirem participar
das eleições é positivo e deveria ser
encorajado", disse um analista políti-
co.
A possibilidade de um acordo en-
tre governo e rebeldes atingiu os de-
bates da campanha presidencial, cujo
candidato da Aliança Republicana
Nacional (ARENA, extrema-direita),
Freddi Crístiani, não terá dificulda-
des em derrotar seu principal adver•
sárío, o democrata cristão (governis-
ta) Fidel Chávez Mena. Entretanto,
nenhum dos virtuais vencedores en-
contrará legitimidade se não conside-
rara proposta rebelde, queseconver-
teu em seu maior trunfo político,
segundo uma fonte próxima aos poli-
ticos salvadorenhos.
No início deste mês. representan-
2" Edição n sábado, 4/3/89
de sua
Cnrncas— Routors
* í' &&Z*Lefts < Ss-.
de recolher em
cados passaram a funcionar com as
portas principais fechadas, atenden-
do somente uma pessoa de cada vez.
Os clientes tinham que enfrentar
enormes filas e entrar por uma porta|
lateral, encontrando depois muitas
prateleiras vazias.
Aviões militares estão sendo usa-
dos para trazer alimentos do interior,
mas essa ponte aérea não é suficiente
para normalizar o abastecimento. As
donas-de-casa pioram ainda mais a
situação, ao não dar ouvidos para as
garantias do governo dc que não fal-
tará comida e fazer todo o estoque
possível do que conseguem comprar.
Os"hospitais abarrotados com pes-
soas feridas nos distúrbios de rua en-
frenvam problemas para alimentar os
pacientes. As funerárias esgotaram os
população
Sa" Salvador — AFP
San
^ nicaragüenses contras. McFarlane é tes-
f ^ky^
te." Na noite de quinta-feira, tropas re-
tes de oito partidos políticos se en-
contraram com os guerrilheiros e ga-
rantiram conseguir um encontro
entre a FLMN e o governo de Napo-
león Duarte. Outra importante con-
cessão rebelde foi a desistência de
uma reivindicação que, em caso de
paz, exigia a incorporação de comba-
tentes da FMLN ao Exército regular
salvadorenho.
Nos encontros com os partidos de
El Salvador, os rebeldes já admitem a
permanência do atual Exército, desde
que suas tropas fossem drasticamente
reduzidas e retiradas da esfera de
controle dos esquadrões da morte,
que atuaram no início dos anos SO.
No entanto, existem várias razões
para que os rebeldes façam tantas
concessões. Uma delas é que a
FMLN está negociando com uma
posição bastante fortalecida. Suas
tropas operam em praticamente me-
tade do território salvadorenho e
uma iminente sublevação popular au-
mentaria sua força política.
Outro aspecto importante é o fato
da proposta ter sido efetuada poucos
dias após a posse do presidente ame-
ricano George Bush que, segundo o
da FMLN, Salvador Sa-
porta-voz"assumiu
mova,
compromissos no
sentido de todos buscarem uma sclu-
ção pacifica para a região"
? 1" caderno n 9
divida
Caracas — AP
r
Caracas
seus estoques dc caixões, diante do
inesperado aumento dc procura. Em-
bora o governo fale dc 300 mortos,
outros cálculos indicam que esse nú-
mero poderia chegar a 400 ou 500.
As prisões também estão abarro-
tadas, embora ontem já tenham sido
libertadas numerosas pessoas detidas
durante as desordens, contra as quais
não havia acusações graves. As auto-
ridades procuram identificar grupos
subversivos que poderiam ter tentado'
se aproveitar da situação caótica cria-
da pelos protestos. Parece haver, con-
tudo, o convencimento geral de que
tudo começou de forma espontânea,
numa explosão contra o aumento dc
preço dos transportes coletivos, que
acabou se transformando em saques e
quebra-quebras violentos. (R.C.A.)
Condenação — O ex-assessor do
ex-presidente Ronald Reagan para a Se-
gurança Nacional, Robert McFarlane,
foi condenando a dois anos em liberdade
condicional e a pagar USS 20.000 dc
multa por ter ocultado informações ao
Congresso em relação a ajuda clandes-
tina dos Estados Unidos aos rebeldes
temunho chave no processo contra Oli-
ver North e é a primeira presonali-
dade condenanda no escândalo
Iran-contras.
Terrorismo — O presideme Raúl
Alfonsín, da Argentina, assinará na pró-
xima semana um decreto de criação de
um Comitê de Segurança Interna, che-
fiado pessoalmente por ele para dar
combate ao terrorismo. O novo comitê
não terá a participação de militares,
ao contrário do Conselho Nacional de
Segurança instituído após o ataque guer-
rilheiro ao quartel de La Tablada.
Liberdade — O papa João Paulo
II congratulou-se com o novo embaixa-
dor cubano no Vaticano, Fermin Ro-
driguez Paz, pelos progressos nas rela-
ções bilaterais, mas enfatizou que eles
devem "evoluir para o fortalecimento
da efetiva liberdade de que a Igreja
necessita para realizar sua missão evan-
gelizadora".'
Repressão — Mais 16 militantes
da maioria de origem albanesa da pro-
vinda; iugoslava de Kosovo foram deu-,
dos, segundo jornais locais, sem confir-
mação oficial. O governo central, em
Belgrado, empenhado em combater a re-
volta dos albaneses contra os sérvios,
também condenou como anti-constitu-
cional a criação de partidos independen-
tes nas repúblicas da Croácia e da Eslo-
vênia, rivais da Sérvia.
Agulhas — Cerca de 70 automóveis
tiveram seus pneus furados numa das
principais rodovias britânicas por agu-
lhas hipodérmicas caídas de um cami-
nhão que se dirigia para o norte da ln-
glaterra.
Perseguição — A cantora brasi-
leira Demse de Kalafe, que ia participar
de um programa na cadeia radiofônica
WCMQ-FM92 e no. festival da Rua Oi-
to, em Miami, teve seus compromissos
cancelados por ter visitado Cuba há 10
anos. A artista paranaense, radicada
há 17 anos no México, se disse "abis-
mada" com a justificativa, porque ale-
ga não ter convicções políticas e ter
ido a Havana a convite do governo
brasileiro.
Avó — A primeira-ministra britâm-
ca Margaret Thatcher se tornou avó
pela primeira vez com o nascimento do
neto Michael, mas disse que nàotem
planos imediatos para se juntar ao fi-
lho Mark e à nora Diane. que moram
em Dallas, Texas. O bebê, pesando 3,5
kg, nasceu na terça-feira.
Comparação — O primeiro-mi-
nistro israelense Yitzhak Shamir, ex-líder
guerrilheiro, rejeitou ontem em Lon-
dres, em entrevista a BBC, a compara-
ção entre sua luta pelo Estado de ls-
rael com a da Organização para a
Libertação da Palestina. "Não pode ha-
ver comparação, porque nunca lutamos
pela destruição de um Estado, como faz
a OLP" declarou enfaticamente
 10 ? 1" caderno ? sábado, 4/3/89
JORNAL DO BRASIL
luiuliulo cm 1891
M. F DO NASCIMIiNTO DKITO — —
Dlrrtor Hrtildentf
t
ROBERTO POMI'EU DU TOM-DO — Editor Executive
» MARIA RHOINA DO NASCIMIiNTO BRITO — Direiora
Magia
Ti astou o primeiro dia do uso de auto-selo nas
XJ rodovias federais para demonstrar que o sistema
não daria certo. O DNER não tem a mínima condi-
Ção de fiscalizar sem provocar confusão, irritação e,
finalmente, o caos — tanto que adiou à cobrança da
multa. Mas este não é ainda o principal problema.
Além de perturbar a vida nacional, o DNER comete
uma inconstitucionalidade e levanta suspeita a respei-
to do destino da fabulosa quantia de meio bilhão de
dólares que pretende arrecadar a cada ano — se até lá
a medida não cair no Supremo.
Ninguém acredita que toda esta quantia será de
fato aplicada na melhoria das estradas federais. Há
dois anos, um juiz fluminense, com base na lei 7.347,
de julho de 1985, proibiu o aumento do pedágio da
ponte Rio—Niterói até que fossem feitas as obras e
instalados os serviços que garantissem a segurança
dos usuários. Não se concebe a cobrança de um
pedágio sem a contrapartida do serviço implícito na
sua criação, e ninguém ignorava que a quantia cobra-
da na ponte era usada para muita coisa que nada
tinha a ver com sua dcstinaçâo.
No começo dos anos 70 se discutiu muito a
respeito da relação pagamento/uso quando se insti-
tuiu o pedágio na Via Dutra. Do início da cobrança,
em 1972, até hoje, passados quase dezessete anos,
nenhum motorista, por menos exigente que seja, ad-
mitirá em sã consciência que pagou e recebeu um
serviço melhor. Experiências semelhantes nas rodo-
vias Rio—Teresópolis e Rio-Petrópolis mostraram
que a sistemática do pedágio, de tão incompetente,
não dava nem para pagar os funcionários contrata-
dos pelo DNER para cobrá-lo, muito menos para
fazer qualquer melhoria nas estradas.
Juristas afirmam que a criação do pedágio men-
sal para recuperação e manutenção das rodovias
federais é inconstitucional. O pedágio recusa a cara-
puça de lei e se apresenta disfarçado de taxa. Mas
para ser considerado taxa teria de se referir à contra-
prestação específica do serviço, eqüivalendo rigorosa-
mente ao custo. Não é o caso do selinho, que penaliza
Águas
em plena temporada de caça eleitoral —
Estamos
o que aumenta a responsabilidade de pessoas e
instituições de peso em tudo o que se refere ao
assunto. Representando instituições bem diversas,
acabam de pronunciar-se sobre o mesmo assunto
o presidente da CNBB, dom Luciano Mendes de
Almeida, e o candidato do Partido Comunista Brasi-
leiro à presidência da República, deputado Rober-
to Freire. Dom Luciano, em entrevista coletiva, cias-
sificou de lamentável a candidatura do líder da UDR
à presidência da República, Ronaldo Caiado, por
"não
julgar que ela está identificada com as bases
Já deputado comunista encara com
populares". o para os dias 14 e 15 deste mês (o que o líder da CGT
naturalidade a rifada candidatura: acha que
"faz
"é
parte do jogo democrático", e que melhor o
Caiado ser candidato do que ficar por aí financiando
e torcendo pela ditadura".
É impossível, nesse caso, não dar razão ao depu-
tado comunista — e em tempos não muito remotos,
causaria espécie ver o PC dar lições de convi-
vência democrática. A opinião de dom Luciano pode
ser vista facilmente como indício de intolerância — o
que certamente não era sua intenção —, mas é prefe-
rível classificá-la na clave da inexperiência política.
Desde que uma candidatura não pregue a derru-
bada da ordem constitucional, e nem esteja totalmen-
te comprometida com a imoralidade, não há porque
A Ver
VT um estorço admirável, o Brasil rompeu uma
-LN duradoura barreira de desconfianças mútuas
com seu principal vizinho, a Argentina, e começou a
construir o esboço do que poderá ser um efetivo
mercado comum de integração das economias latino-
americanas, a partir da inclusão do Uruguai num
acordo diplomático, comercial e financeiro.
Durante doi&anos o acordo funcionou satisfato-
riamente. Um dos seus efeitos foi a criação da Auto-
latina, associação entre a Volkswagen brasileira e a
Ford (brasileira e argentina) para a produção conjun-
ta de carros nos dois países, numa completa inte-
gração das plantas industriais.
A pujança brasileira no campo industrial sempre
motivou receio do lado argentino quanto à eficácia
do acordo. Temia-se a montagem de um sistema
bilateral de troca comercial semelhante às relações
Norte-Sul: o Brasil trocaria manufaturados por ma-
çãs ou trigo, e terminaria por vender automóveis e
bens de capital aos argentinos.
Com grande habilidade e pragmatismo dos dois
lados, essas desconfianças foram sendo aplainadas
pela realidade. Entretanto, o espírito burocrático
acaba de restabelecer uma grande zona de sombra
nas relações bilaterais: por força do veto do presiden-
te Sarney ao Orçamento da União aprovado pelo
-Tópico-
Descompasso os bancos estaduais continuam pressio-
nando as finanças federais, atuando
A Constituinte aprovou uma am-
como um dos mais fortes fatores de
pia reforma tributária para devolver emissão monetária pelo Banco Cen-
poder fiscal aos estados e municípios. trai.
Pela lógica, os estados deveriam pres-
sionar menos o Orçamento da União e Isto decorre, em parte, das dlficul-
dades de alguns bancos estaduais rola-
viver dos próprios recursos. Os primei-
ros resultados da execução financeira rem seus CDBs no mercado após o fim
do Tesouro mostram, no entanto, que da correção monetária, em meio a um
MARCOS SA COKR&A — luliUtr
•
FLAVIO P1NHEIKO — tidliur Ettcutivo
•
Negra
todos os motoristas cobrando a mesma coisa de
quem trafega uma vez ou cinqüenta vezes pela mesma
estrada. Todos pagam por alguns, como se fosse uma
lei.
Trata-se de uma bitributação, cobrada a quem já
paga obrigatoriamente todos os anos o IPVA (Im-
posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)
e ainda contribui com mais imposto ao encher o
tanque de combustível. O antecessor do IPVA, a
TRU, foi aplicado em 1969 pelo regime militar sem
qualquer obediência a preceitos jurídicos. O absurdo
do atual selo é a sua cobrança genérica, fazendo
uns pagar pelo usufruto dos outros. Não se justifica,
mais uma vez.
Novas cobranças são engendradas por órgãos do
governo sempre que as verbas escasseiam. Neste caso,
a redistribuição tributária promovida pela nova
Constituição (repassando algumas verbas do DNER
a departamentos de estradas de rodagem estaduais) e
mais a Operação Desmonte que decepou alguns re-
cursos do ministério dos Transportes, espicaçaram a
antigos truques.
O de agora é mais do que um simples truque: é
uma magia negra completa capaz de movimentar rios
de dinheiro, sem dúvida produzidos pela persistên-
cia, no Congresso, dos lobbies das empresas de cons-
trução. A bolada a ser obtida, embora de maneira
atabalhoada e canhestra, pelos funcionários do
DNER, o meio bilhão de dólares, é cem vezes maior
do que a arrecadação do último ano com os pedágios
tradicionais. Infernizará a vida dos usuários, mas
renderá. Para quê?
O deputado José Serra, que no Congresso se
bateu contra este novo imposto disfarçado, reconhe-
ceu que as estradas, especialmente as federais, têm
sido pessimamente preservadas; mas isso justifica um
tributo especial? Há o problema das estradas, como
há o drama da fome, do analfabetismo, da poluição,
etc. Caberia — perguntou — criar tributos específicos
para resolver cada um deles?
Turvas
considerá-la de antemão lamentável, a não ser que se
esteja diretamente envolvido com a batalha política
— o que também não
parece constituir o pro-
pósito do Arcebispo de Mariana. Para saber se uma
candidatura se identifica ou não com as "bases popu-
lares" — preocupação expressa de dom Luciano
—, o grande remédio é exatamente a eleição. Em
que
é que ajuda o jogo democrático a proposta da CNBB
de identificar previamente os que atendem ao men-
cionado requisito?
Também trai um certo açodamento o apoio ex-
plícito concedido pela CNBB à greve geral anunciada
classificou de "uma espécie de bênção á greve"). Uma
greve geral é, por definição, um ato político, superan-
do, por isso mesmo, todas as reivindicações específi-
cas. Ninguém ignora a complexidade e a delicadeza
do momento que estamos atravessando. Não seria
muito melhor para a Igreja se, nesse episódio, ela
deixasse os trabalhadores opinarem por si mesmos?
Não é o trabalhador, afinal, que deve avaliar as suas
próprias condições de vida e de trabalho, no contexto
de uma greve como a que está sendo proposta? Em
que é que o apoio da CNBB esclarece, neste caso, a
posição da Igreja ou dos próprios trabalhadores? E
não está a vida política brasileira a necessitar urgen-
temente de mais transparência?
Navios
Congresso em janeiro, as verbas para o Departamen-
to de Trigo do Banco do Brasil exercer o monopólio
da importação foram congeladas.
A burocracia, no entanto, não atinou com as
possíveis conseqüências do corte nas relações com a
Argentina, em especial o acordo de compra de 242
mil 250 toneladas de trigo. Doze navios foram afreta-
dos pelo Detrig para trazer a carga, mas, sem verbas,
a carta de crédito não pode ser expedida e os
argentinos ficaram a ver os navios parados em Bue-
nos Aires e Bahia Blanca. Parados mas pagando
frete. E ainda houve grave arranhão nas relações di-
plomáticas, a ponto de o presidente Alfonsín ligar
duas vezes na semana passada para o presidente
Sarney pedindo uma solução, pois o país vizinho
não tem como estocar tanto trigo em seus portos.
O fato não traduz apenas as trapalhadas em que
se enreda a burocracia brasileira quando compra ou
vende produtos primários — o que não costu-
ma acontecer nas commoditties entregues à comercia-
lização do setor privado. O episódio, do qual não se
espera seqüelas nas relações entre os dois países,
mostra a urgente necessidade de liberar ao setor
privado a compra de trigo no Brasil para pôr fim a
um dos inúmeros cartórios da história econômica do
país.
qiladro de altíssimos rendimentos pa-
gos aos aplicadores das Letras Finan-
ceiras do Tesouro. Mas o fato mostra
que, mais uma vez, alguns estados po-
derào se transformar em focos de cria-
ção de moeda no Brasil, fugindo à
austeridade financeira implícita no Pia-
no Verão. Mesmo porque, deveriam
depender apenas das finanças esta-
duais.
Lan
Cartas
Condecoração
Como metalúrgico da CSN e cida-
dão brasileiro, não posso ficar omisso
ao tomar conhecimento (JB, 20/2/89)
de que oficiais que comandaram o
massacre de 9/11/88 foram condecora-
dos por bravuras, tomando-se como
base uma cínica inversão da veracida-
de dos fatos que aqui ocorreram quan-
do companheiros e gente do povo des-
ta cidade foram mortos, feridos e
classificados de lixo pelos militares.
Antes das mortes e do ataque, nós
apenas tentávamos convencer os sol-
dados de que a ordem que estavam
cumprindo — invasão da Usina —
não era digna do Exército. O conjunto
de trabalhadores e povo só mostrou
agressividade — esta sim, controlada
— após perceber a violência a que
estavam sendo submetidos. Os conde-
corados deveriam se envergonhar. (...)
José Marcelo Gifíoni — Volta Redon-
da. ?
O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ
não pode acreditar no noticiário da
imprensa sobre a concessão da Meda-
lha do Pacificador a quatro partici-
pantes do assassinato coletivo de ope-
rários em Volta Redonda. Classificar
como heróis, militares vitoriosos de
uma batalha envolvendo operários ar-
mados de paus e pedras e militares
equipados e preparados com todo o ri-
gor para combater guerrilhas urbanas,
parece provocação.
A sociedade civil se sentirá afron-
tada mais uma vez. (...) Além disso, a
própria condecoração do Pacificador,
já tão aviltada por figurar no peito de
torturadores e assassinos de maior
projeção, tenderá à completa desmo-
ralização. (...) Cecília Maria Bouças
Coimbra, 1" secretária, Grupo Tortura
Nunca Mais/RJ — Rio de Janeiro.
Vistoria
Com relação ao artigo publicado
no Io Caderno do dia 12/2/89 do JOR-
NAL DO BRASIL, pag. 8, sob o título
Prefeitura não resiste a uma vistoria,
em que o Sr. Mauro Barata, diretor de
engenharia da Câmara dos Vereadores
informou que este instituto "vistoriou
os dois prédios da Câmara e não en-
controu nenhuma irregularidade", vi-
mos esclarecer que o IRB, em 26/1/89
inspecionou a Câmara dos Vereadores
(o prédio conhecido como Palácio e o
seu anexo da Marechal Floriano) e
apresentou relatório.
Ofereceu 12 recomendações (...)
que se referem à formação de brigada
de incêndio (que já fora recomendada
desde 5/5/86), a extintores, à arruma-
ção de almoxarifado, à parte da fiação
elétrica aparente, (...) à necessidade de
uma linha telefônica direta com o
Corpo de Bombeiros, entre outras.
O segurado tem o prazo até 30
dias para se reportar à seguradora so-
bre as recomendações ou exigências,
findo o qual, no prazo de 15 dias
deverá reportar-se ao IRB. Vera Ma-
ria de A. Bastos Gomes, assessoria de
comunicação social, Instituto de Resse-
guros do Brasil — Rio de Janeiro.
Na embalagem
Uma sugestão ao governo ou aos
congressistas: que os preços sejam es-
tampados na embalagem do produto,
como é feito com o cigarro. Facilitaria
a fiscalização e controle e evitaria es-
toque para futuras majorações.
Em todo o território nacional não
haveria discrepância nos preços. Seria
uma medida honesta e salutar. (...)
Enio Maria Chagas, Coronel R/l —
Curitiba.
Museu do Exército
Será guardada no meu arquivo a
magnífica reportagem de Célia Abend
publicada no JORNAL DO BRASIL
de 10/2/89, sobre o museu de nosso
Exército brasileiro e o polo cultural,
que motiva o coronel Romeu Ferreira,
no seu belo trabalho construtivo. (...)
A polêmica é motivada para que a
área seja entregue ao público. A A luta
do comandante é para entregar a área
ao público!... mas entregar uma área
cultivada, disciplinada, apta a receber
visitas e proporcionar cultura...)...),
uma área que a população usufrua, em
que o povo ordeiro a freqüente, sem o
perigo de que um simples passeio não
se transforme em tragédia. (...) Aônio
de Abreu Travassos — Rio de Janeiro.
"Ordem
no Mar"
No exemplar do JB de 21 2.89 está
publicado o editorial Ordem no Mar.
enaltecendo a Marinha do Brasil por
cumprir exemplarmente sua atuação
nos fatos relacionados com o naufrá-
gio do Bateau Mouche. Essa justa po-
sição do JB veio fazer eco à atitude do
ICRJ que, em 9/1/89 oficiou ao Sr.
Ministro da Marinha, Almirante de
Esquadra Henrique Saboia, ressaltan-
do a nobre posição da Marinha na-
queíes fatos. l. Biigido
A comunhão do entendimento
nosso e do editorial é de abrangência
nítida quanto o tema é o mar, esse
mundo mar? /ilhoso que amamos e so-
bretudo respeitamos. É dentro dessa
conceituação que o ICRJ, sociedade
de utilidade pública vive, existe e exis-
tirá.
Por tudo e por isso, vale a vontade
do ICRJ de ser excluído da necessida-
de de uma advertência para se cons-
cientizar de como um clube náutico é e
deve ser, uma vez estarmos estrutura-
dos em base sólida bastante, cimenta-
da em 69 anos de intimidade com a
realidade da Ordem no Mar. A exclu-
são ora manifestada nos é imposta pe-
lo enorme acervo de serviços presta-
dos, de tradição consagrada ao mar,
nossa razão e objetivo como clube de
esporte náutico.
Estamos certos e cientes do caráter
genérico e não especifico do editorial,
mas certos também de que o nosso
clube não se inclue "o ou se afina com os
que esquecem que mar é coisa sé-
ria" e muito menos se restringe a
"apenas servir almoço aos
almiran-
tes". (...) Carlos Cairo, diretor secreta-
rio, Iate Clube do Rio de Janeiro — Rio
de Janeiro.
Paulista
Fiquei surpreso quando li no
JORNAL DO BRASIL de 8/2/89, Ca-
demo Cidade, pag. 10, matéria refe-
rente ao carnaval do Rio, dando noti-
cia da formação de um juri especial.
(...) Entre eles está o Sr. Ricardo Ama-
ral, e logo abaixo de sua fotografia,
ipsis Hteris: "Ricardo Amaral. Ele tem
47 anos e desculpa-se por ser paulista:
"Ninguém é
perfeito", diz.
Sem mais comentários, aqui vão
as minhas sugestões aos leitores do
JORNAL DO BRASIL, especialmente
aos de São Paulo. (...) Não freqüentar
restaurante ou boate que esse mau
paulista seja proprietário ou tenha
participação em São Paulo (...), e agir
da mesma forma quando forem ao Rio
a passeio ou negócios. (...) Luis Ferraz
do Amaral — Rio de Janeiro.
Agradecimento
Depois de um grave acidente de
automóvel em que tive a mão direita
muito machucada, fui atendida e ope-
rada no Hospital de Ipanema, do
Inamps, onde fui carinhosa e eficien-
temente tratada pelos médicos Dr.
Meyer, Dr. Cláudio Neuman e Dra.
Consuelo Plemont, da Ortopedia, Ci-
rurgia Plástica e Anestesia.
Agradeço ao diretor Dr. Nildo
Aguiar, aos assessores, médicos e pes-
soai de enfermagem que, apesar da
greve do setor de saúde, conseguiram
manter com muita dedicação um exce-
lente nível de atendimento hospitalar.
Lucy Gentile de Mello — Rio de Janei-
L. Brigido
Amazônia
Parabéns ao JORNAL DO BRA-
SIL pela nota Desastre ecológico, em
15,2 89. Surpreende-nos que na cons-
trução da usina hidrelétrica de Balbi-
na, (AM) não tenha sido elaborado o
"rima" e cogitado o aproveitamento
por uma usina termoelétrica. da ener-
gia fornecida pela biomassa que foi
inutilizada e que. com aproveitamento
adequado, poderia suprir as necessida-
des térmicas, reduzindo os efeitos so-
bre o meio ambiente e com menor
custo.
Elementos integrantes do governo
2E&
^ N.
federal têm emitido pronunciamentos
condenando os ecologistas que desé-
jam um estudo mais criterioso sobre a
inundação da floresta amazônica, para
a construção de hidrelétricas. Os de-
fensores da mata equatorial têm sido
taxados de estar a serviço de multina-
cionais. O que certamente os brasilei-
ros questionam é a necessidade da
construção de novas e potentes hidre-
létricas nessa região. (...) A energia
elétrica produzida em Tucurui é forne-
cida com subsídio para a indústria de
multinacionais de alumínio, instalada
em Carajás. Ou será que essas indús-
trias estão pagando o preço real da
eletricidade fornecida?
Os defensores do meio ambiente
desejam que se evite as derrubadas
indiscriminadas de árvores, queima
continuada da mata para implantação
de fazendas de pecuária (...).
Resta-nos a esperança de que as
recomendações da comissão formada
por técnicos da FAO e do Ministério
do Interior sobre o zoneamento agroe-
coiógico da Amazônia sejam seguidas
â risca, a fim de que a região não seja
transformada em um deserto até o ano
2050, como previram os técnicos do
Instituto de Pesquisas da Amazônia.
Altir A.M. Corrêa, engenheiro agrôno-
mo — Rio de Janeiro.
n
A inflamada defesa da soberania
nacional sobre a Amazônia, feita no
dia 20/2/89 pelo secretário geral do
ltamarati, repete o chavão nacionalis-
ta que há muito agride o bom senso.
Deveríamos, isto sim. nos envergonhar
com o clamor internacional, contra a
destruição de nossos recursos nacio-
nais. A fatalidade geográfica colocou a
Amazônia no Brasil, porém não nos
legou o direito de destrui-la.
Por que agredir esse patrimônio
da humanidade substituindo a floresta
pela pata do boi, como aconteceu no
Sul e no Hemisfério Norte?
A vocação da Amazônia é hídrica,
e exige um modelo econômico adequa-
do. Destruindo a cobertura vegetal, se-
caremos os rios e desertificaremos o
que a natureza levou milênios para
compor. (...) Este século pertenceu ao
petróleo. Com a explosão demográfi-
ca, o próximo estará carente de protei-
nas. (...) Rubens da Silva — Rio de
Janeiro. ^
Retorna com muita força o assun-
to sobre o grande território, agora
com o respaldo da opinião pública
internacional, sem dúvida, perplexa
com o conflito sangrento que se desen-
rola envolvendo nossos índios e pos-
seiros, além da inquestionável incom-
petência na ocupação e exploração da
área.
Segundo o Prof. Edward C. Hig-
bee, da Clark University, defendendo
tese, sugeriu que a Amazônia, como-
território independente, teria progre-
dido muito mais e assegurou que a
região sofre, mesmo, é pela incompe-
tência. Afinal, temos dado ao mundo a
prova dessa acusação e dai a nova
investida internacional, com a grossei-
ra proposta de um senador americano
para trocar o território por parte da
dívida externa. (...)
O nacionalismo é uma faca dois
gumes. A Amazônia é nossa. mas... a
sua exploração e devastação ê de quem
se habilitar. (...)
A Amazônia é patrimônio da hu-
manidade. Sob o absoluto controle da
nossa soberania, é nos recursos da
Unesco que encontraremos a solução
para preservar essa imensa riqueza. O
nacionalismo que quer impedi-lo é um
cavalo de Tróia. General Geraldo
Lindgren — Rio de Janeiro.
?
Qual a razão dessa onda interna-
cional com a Região Amazônica? No
meu tempo de estudante os professo-
res eram categóricos em afirmar que
no Brasil jamais jorraria petróleo. Ho-
je, estamos alcançando a nossa eman-
cipação. apesar dos vários relatórios
técnicos estrangeiros confirmarem a
não existênia do ouro negro em nosso
território.
Agora o súbito interesse com a
ecologia está dando para desconfiar.
Eles acabaram com as suas florestas,
"estão
poluindo os polos. soltam suas
poderosas bombas no subsolo e nin-
guém diz nada. Estão até propondo a
troca de nossa divida pela internado-
nalizaçào da Amazônia.
Deviam, sim. pagar-nos pelo o.\i-
gênio que fornecemos ao mundo. (...)
Õdelv Alves Machado — Rio de Janei-
ro.
As cartas serão selecionadas para publica-
çâo no todo ou em parte entre as que
tiverem assinatura, nome completo e tegf-
vel e endereço que permita confirmação
previa.
JORNAL DO BRASIL
A internacionalização
Carlos de Mcirii Muitos
tese da internacionalização da Ama/ònia nada tem a ver com
A ¦alSazõ» ecológicas qtw agora sào- lcv»m.i(ktr- Ê- uma-tear
cíclica, que sob pretextos vários — direito exploratório da natureza,
necessidade de espaço demográfico, liberdade de navegação nos
grandes rios e, agora, ecologia —, após uma fase de esquecimento,
volta sob a forma de pressões políticas sobre o governo do Brasil.
Na grande bacia internacional de 7.000.000 quilômetros qua-
drados, o território brasileiro ocupa 5.000.000 kmJ e domina sua
boca.
A projeção geográfica da Amazônia foi traduzida com clareza
extraordinária pelo escritor amazonense Samuel Henchimol:
"Numa cosmovisào da Terra tomada do
planeta Marte, a
grande região amazônica seria vista com a seguinte representa ti vida-
de:
1/20 da superfície terrestre;
4/10 da America do Sul;
3/5 do Brasil;
1/5 de disponibilidade mundial de água doce; e
—1/3 das reservas mundiais de florestas latifoliadas."
Esta imensidão geográfica não poderia deixar de ser objeto de
ambição das nações ricas e poderosas do mundo, instrumentadas com
maior capital e tecnologia, cujo sentimento de expansão muitas vezes
se esconde sob o véu de missões messiânicas a serviço da humanida-
de.
Num rápido retrospecto histórico veremos que a tese da interna-
cionalização da Amazônia já foi motivo de pressão sobre o governo
brasileiro em ocasiões várias, desde nossa independência. Senão
vejamos.
Logo após a nossa emancipação política aumentaram as pres-
sões internacionais visando a assegurar a livre navegação internacio-
nal dos rios do sistema amazônico. Nesse sentido, agencias consulares
da França, Inglaterra e Estados Unidos foram abertas cm Delem e
Manaus. Era seguida, em nome do principio da livre navegação
internacional dos grandes rios. iniciam-se as tentativas, na Europa c
norEstadorUnidosrvisando á criação dc empresas de navegação
para explorar a imensa bacia. Nos Estados Unidos, em meados do
século XIX, foi criada a The Amazon Stcam Navigation Company,
incorporada pela firma Lc Roy, Bayard c Co. A chegada do primeiro
barco da empresa norte-americana provocou enorme celeuma c pro-
testos. O então governador do Pará convocou grande assembléia ao
Palácio para decidir se devia se permitir subir o barco o rio Amázó-
nas, sem permissão expressa do governo imperial. Foi decidido que
não; a viagem inaugural foi interrompida e o assunto voltou às lides
das pressões diplomáticas.
Diz o nosso escritor Arthur Reis, grande especialista em assun-
tos amazônicos: "Tomou corpo nos Estados Unidos a alegação de
que o Brasil cometia um tremendo crime contra a humanidade com a
política chinesa, denominação que deu á nossa atitude, da porta
fechada aos barcos estrangeiros, que vinham trazer civilização c não
pôr cm perigo a soberania nacional."
Interpretando suas apreensões diante do clima de pressão que
passou a viver cm Washington, nosso embaixador Teixeira de Mace-
do, cm carta dirigida ao ministro das Relações Exteriores Soares de
Souza, datada de 14 de novembro de 1850, conservada no Museu de
Petrópolis, escreve o seguinte:
— "A pretensão do governo americano de fazer explorar por sua
conta, e por seus engenheiros c naturalistas, o rio das Amazonas, suas
margens e tributários, envolve como conseqüência necessária a pre-
tensão de obter a livre navegação deles para sua bandeira."
Dirigiu o movimento a favor da abertura do rio Amazonas e
seus afluentes an"avegação internacional o tenente Matthew Fontaine
Maury. da Marinha norte-americana, Superintendente dos Serviços
Hidrográficos e astrônomo do Observatório Naval de Washington.
Em campanha iniciada em 1850, Maury, em artigos publicados nos
principais jornais do seu país e da Inglaterra, e no seu livro de grande
divulgação The'Amazon River and Atlantic Slopes of Soulli America,
editado em 1853, sustentava a tese de que a Amazônia não poderia
permanecer fechada para a humanidade. Argumentava Maury, em
memorial endereçado ao seu governo, que o espaço amazônico estava
aguardando as raças fortes e decididas para a empresa de sita conquista
cientifica e econômica. Maury organizou uma expedição dos capitães
William Lcwis Herdon e Lardner Gibbon aos rios amazônicos, da
qual resultou um livro de dois volumes que despertou o maior
interesse; foi editado pelo governo de Washington e difundido entre
vários países (1851 c 1852).
A ação de Maury contra os interesses soberanos do Brasil não se
limitou aos Estados Unidos, rcanimou também antigas pretensões
"científicas" inglesas e alemãs, como nos lembram nos seus livros os
dois grandes amazonólogos Arthur Reis e Leandro Tocantins.
Cessado esse período de pressões, nova carga sobre nossa
diplomacia repetiu-se no fim do século passado e primeiros anos do
atual. A motivação que acalentava a idéia da internacionalização da
Amazônia não era mais a livre navegação dos rios; agora eram os
imperativos científicos.
Conta o nosso chefe de Lcgação em Berlim, o Barão do Rio
Branco, que em entrevista com o ministro do Exterior da Alemanha,
Barão Oswald Richtofen, este lhe declarou: "Seria conveniente que o
Brasil não privasse o mundo das riquezas naturais da Amazônia."
(Oficio de Rio Branco ao ministro Olinto de Magalhães. 1902). Antes
disto uma canhoneira alemã havia subido o rio Amazonas em missão
de reconhecimento científico.
Mais ou menos nessa mesma época, nosso embaixador em
Washington, o ministro Assis Brasil, transmitia ao ministro Olinto de
Magalhães sua entrevista com o secretário de Estado John Hay.
Disse-lhe Hay: "Não vejo perigo, sr. ministro, para a soberania das
nações americanas, no fato de companhias industriais se instalarem
para o desenvolvimento das terras que jazem incultas." Nessa oca-
sião, o Brasil envolvido na crise acreana resistia às pressões norte-a-
mericanas, inglesas, francesas, para permitir a instalação cm nosso
território das famosas chartered companies, principal instrumento
usado na colonização da África.
Pouco antes da entrevista e da declaração do secretário de
Comunicação
Dom Eugênio de Araújo Sales
"i mfrutorecente Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christifideles Luici,
do sinodo sobre os leigos, trata o santo padre João Paulo II de
uma matéria de especial interesse nesta Quaresma para a atual Campanha
da Fraternidade. Diz o documento (n. 44): "No uso e na recepção dos
instrumentos de comunicação, tornam-se urgentes tanto uma ação educa-
tiva cm ordem ao sentido critico (...) como uma ação em defesa da
liberdade, do respeito pela dignidade pessoal".
Havendo um sentido crítico, isto é. não aceitar passivamente o que
Vemos e ouvimos, muitos males que nos afligem nesse campo serão
reduzidos ou supressos. Se muitos leitores, ouvintes ou telespectadores
protestam, mesmo individualmente, sem dúvida verão, ao menos parcial-
mente, respeitada sua dignidade pessoal. Os órgãos de publicidade depcn-
dem fundamentalmente de seus anunciantes e leitores, na medida em que
uma retração nas compras faz sentir a força do protesto e a exigência da
liberdade na informação e na preservação dos bons costumes. Puebla, no
capitulo IV. n. 5. nos oferece preciosas indicações sobre esse assunto.
Assim, entre as propostas pastorais, está a seguinte (n. 1.088): "Educar .o
público receptor para que tenha uma atitude critica perante o impacto das
mensagens ideológicas, culturais e publicitárias que nos bombardeiam
continuamente, com o fim de neutralizar os efeitos negativos da manipula-
ção e massificação".
O que ocorre é serem esses organismos poderosos mas dependentes.
Eles formam a opinião pública, que constitui uma formidável lorça que
edifica ou destrói pessoas, agremiações, governos. No entanto, se os
receptores se afastam dessa fonte, tudo se desfaz. Lembro órgãos de
imprensa, que faziam tremer e que hoje são apenas uma pálida recordação;
estruturas nacionais bem travejadas para que pudessem subsistir a morte
dos seus fundadores e que desapareceram rapidamente após o talecimento
dos que idealizaram esses impérios.
Um 'calcanhar de Arquiles" é o anunciante. Um produto que
otenda o pudor e agrida o bem comum, sendo rejeitado, prejudica
ceiramente o produtor. Evidentemente, ele mudará de atitude.
finan-
Quando são atacados os meios de comunicação social, penso que a
responsabilidade deve ser dividida. Muitos costumam simplesmente apon-
tar o erro. Contudo, mais úlnl é colaborar na correção do mesmo,
ajudando a coletividade e. isto. independentemente da crença religiosa ou
política dc cada um.
O outro grande lator em favor do Evangelho nós encontramos na
Christifideles Laici (n 441. quando se refere ao dever dos fieis leigos na
evangelizaçào: "Lm todos os caminhos do mundo, também nos principais
da imprensa, do cinema, do rádio, da televisão e do teatro, deve anunciar-
se o Evangelho que salva" Aliás, na sua mensagem para o Dia Mundial
das Comunicações Sociais deste ano, o santo padre diz: "Vérifica-se
Opinião
da Amazônia
Estado John Hay, o capitão americano Todd, no comando da
canhoneira Wilmlngffin (1809), havia criado desagradável incidente
diplomático c manifestações de protesto popular em Manaus, por ter
forçado a subida do rio Amazonas antes que o governador do Estado
Iquilos no Peru.
Na primeira metade deste século a questão da superpopulação
em alguns paises asiáticos, principalmente Japão, estimulou estudos
internacionais visando a uma rcdistribuiçào da população mundial.
Novamente a tese da internacionalização da Amazônia voltou á baila.
É conhecido o projeto japonês de deslocamento c fixação de vultosa
população na Amazônia. Este projeto, divulgado no Brasil nos anos
30, provocou protestos na imprensa c no Congresso, mas o governo
de Tóquio sempre procurou dele sc desvincular, afirmando que se
tratava de estudos de sociedades privadas.
Após a 2' Guerra Mundial, entre os organismos de cooperação
ao entendimento internacional criados cm torno da Organização das
Nações Unidas, estava a Unesco (United Nations Educational, Scicn-
tific and Cultural Organization) destinada a levar os benefícios da
ciência a todos os paises.
Movido pelo espirito de cooperação cientifica, o brasileiro
professor Paulo Bcrrcdo Carneiro, nosso representante na Unesco,
elaborou uma proposta de desenvolvimento de pesquisas na Amazó-
nia, contando com o apoio técnico e financeiro dessa organização
internacional. Essa proposta, apoiada pelos representantes dos paises
amazônicos, foi acolhida pela Unesco c tomou a denominação de
Instituto Internacional da íliléia Amazônica.
Em 1945, o prof. Paulo Carneiro apresentou o plano preliminar
da Hiléia ao governo brasileiro. Em seguida, a proposta do Instituto
da Hiléia foi apresentada e aprovada na Ia Conferência Geral da
Unesco cm Paris (1946).
Após reuniões sucessivas dos órgãos da Unesco, cm Belém,
México e lquitos (Peru), foi aprovado o convênio internacional que
criaria o instituto (1948), que deveria ser submetido à ratificação dos
governos com territórios na área amazônica.
Divulgados os termos do convênio, começam a surgir as criticas
e reservas nacionais ao nroieto internacional da Unesco. Levanta-se,
novamente, a suspeita de que o convênio apresentava, sob nova
forma, a velha intenção de internacionalização da Amazônia.
No Brasil, as críticas suscitadas, pela imprensa e cm discursos
parlamentares, levaram a Comissão de Segurança Nacional da Cáma-
ra dos Deputados a solicitar o parecer do Estado-Maior das Forças
Armadas (EMFA).
No seu parecer, o EMFA, após louvar a idéia de cooperação
cientifica, impunha certas limitações ao texto do convênio visando a
preservar os direitos soberanos dos estados amazônicos. Entre estas
restrições, observava, por exemplo: — as atribuições executivas asse-
guradas ao"aorganismo internacional criado; o privilégio das imunida-
des dadas bens c pessoas vinculados ás suas atividades c serviços",
assumindo assim o instituto o aspecto de uma "autarquia internacio-
nal", com jurisdição sobre um território que abrangia quase a metade
do Brasil; o fato de o diretor do instituto, escolhido pelo conselho,
poder vir a ser de qualquer dos paises membros da Unesco, e não
apenas de um dos paises amazônicos.
O parecer do EMFA concluía com a seguinte observação:
"As demais
nações participantes, particularmente as não amazônicas,
recebem o tratamento igual ao Brasil, gozam de todos os direitos c
privilégios, mas são isentas de qualquer ônus ou risco, tudo isto numa
época em que vemos essas nações, temerosas por uma possível
restrição de sua soberania, cercarem de uma série de garantias sua
anuência ao Pacto Atlântico, em conseqüência do qual irão receber
substancial ajuda, elemento este ausente da Convenção de lquitos."
As restrições do EMFA puseram água fria no entusiasmo
cientifico de ingênuos homens de ciência brasileiros que defenderam o
Instituto da Hiléia cuja estruturação política acabou escapando-lhe
das mãos.
Aproveitaram-se os velhos defensores da internacionalização da
Amazônia para sc apropriarem das intenções puras de cientistas
brasileiros para instrumentárem o projeto da Unesco dentro dos seus
propósitos políticos.
Nessas circunstâncias o Congresso Nacional decidiu suspender
qualquer decisão sobre a ratificação do Convênio da Hiléia e o
assunto morreu.
Ultimamente, a tese de internacionalização da Amazônia vem
reaparecendo sob nova roupagem — defesa da ecologia. A tese já
armou uma cruzada de roqueiros famosos, cientistas, associações e
organismos internacionais, particularmente dos paises representantes
das "raças fortes e decididas para a empresa de sua conquista
cientifica e econômica", como escrevia Maury, superintendente dos
Serviços Hidrográficos de Washington, cm memorial dirigido ao seu
governo, em 1853.
O pretexto é outro: — a devastação da Amazônia ameaça a
estabilidade do meio ambiente mundial. Sabem todos os cientistas que
a devastação da floresta amazônica, que nós brasileiros devemos
evitar, não é a responsável pela poluição do planeta, se o for, é em
percentagem mínima. As grandes poluiçôes de nossa atmosfera são as
fábricas, usinas e veículos a motor do I" Mundo, e a maior ameaça de
destruição que pende sobre a humanidade é o colossal arsenal de
armas nucleares das chamadas superpotências, cujos governos se
mostram tão preocupados coin os "perigos para a humanidade do
desmatamento da Amazônia".
É interessante de se observar a tese é sempre a mesma
"internacionalização da Amazônia"; que são sempre os mesmos atores,
desempenhando o mesmo papel.
Só trocam de cenário — ora é patrimônio cientifico da humàni-
dade, ora navegação internacional dos grandes rios "dos outros", ora
a necessidade de matérias-primas para o progresso da civilização, ora
a conquista da tecnologia e, por fim, a verde ecologia dos roqueiros.
O lamentável é que governos de nações amigas acabem cedendo
às pressões de grupos que defendem seus próprios interesses cconômi-
cos ou, em outros casos, se deixam embalar por ingênuas teses
humanitaristas.
Carlos de Meira Mattos, general retormado, é professor de Ciência
Política na Universidade Mackenzie, São Paulo
e Evangelho
atualmente que a informação religiosa tende a ganhar mais espaço nos
meios de comunicação" (n. 2).
Em dois ângulos será beneficiada a causa de Jesus Cristo: os fiéis,
principalmente leigos, que formam o staff desses organismos de publicida-
de e o uso destes em prol do anúncio da Boa Nova.
Um modo é a proclamação explicita da própria doutrina e o outro é
a divulgação de fatos, imagens, comentários sob a luz da verdade, em
especial do Evangelho. Assim, quer em programas religiosos, quer em
outros inteiramente neutros, estará sempre, clara ou implicitamente, o
Verbo divino.
Um grande ônus pesa sobre os católicos que detêm em suas mãos
instrumentos tão poderosos que transmitem conceitos, imagens e toda uma
concepção de vida a seus semelhantes. A vocação do comunicador vivida
segundo as orientações do Evangelho muito poderá realizar pela expansão
do Reino de Deus, mesmo em se tratanto de assunto inteiramente profano.
A presença invisível de Cristo será um fator importante dc paz, justiça e
concórdia entre os povos.
A Campanha da Fraternidade de 1989 busca despertar os católicos,
nesta Quarema, para tal matéria, com o seu tema: A comunicação social. O
lema: Comunicação para a verdade e a pa:, abre amplo espaço para melhor
compreensão da importância desses instrumentos de transmissão de idéias,
postas a serviço do Evangelho. Em primeiro lugar, precisaremos o aspecto
religioso, como se lê na mensagem do papa. na quarta-feira de Cinzas,
abrindo a campanha e. em conseqüência, as transformações sociais decor-
rentes de nossa fé. Ao mesmo tempo, somos levados a refletir sobre nosso
dever e direitos para. a seguir, orientar como fecundar a atuação nos meios
de comunicação social e resistir á sua influência deletéria, posta em favor
de valores antievangélicos.
Há passagens do santo padre, em sua mensagem de abertura, que
merecem
"Começa maior reflexão. Assim, ele marca o rumo da CF-89, quando diz:
a Quaresma, tempo penitencial em preparação da Páscoa: vamos
celebrar a salvação que nos veio pela Vida, Morte e Ressurreição do
Senhor". (...) Renunciarmos ás obras que provêm, sobretudo, do Maligno.
Ele é o príncipe das trevas e o pai da mentira, "no qual se originam o
desamor, as contendas e as guerras". E. adiante: "E como a vontade dos
homens é fraca e ferida pelo pecado, a paz exige um esforço continuo de
conversão das mentes e dos corações, para os autênticos valores humanos,
no caso dos cristãos, e a "penitência e acreditar no Evangelho" (Mc 1.15).
que ha de levá-los a viver, testemunhar e anunciar a Boa Nova da salvação
em Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre".
A palav ra do papa é a instância suprema na indicação das diretrizes
a seguir na Campanha da Fraternidade de S9 Bem utilizados, esses meios
são valiosos colaboradores na formação religiosa do Povo de Deus "Em
vez de lamúrias pelos males existentes neste terreno, busquemos, por uma
ação organizada e eficaz, que eles colaborem com a missão que nos foi
confiada: "tomar Cristo mais conhecido, amado e obedecido, entn: nós '
Dom Eugênio do Araújo Sales é cardeal-arpebispo do Rio de Janeiro
-«mia-
Hoje este quadrado sai em branco pra que o leitor possa compará-lo com outros espaços do mesmo tamanho e verificar a validade de
minha asserção filosófica: uma lblha sem nada escrito perde em peso especifico mas ganha em magnitude.
Coisas da Política
Governo contra
Ricardo Noblat
falta de dinheiro para pa-
A gar o trigo argentino que
comprou não e o maior dos pro-
blemas que enfrenta o governo
do presidente José Sarney. Ele
está sem dinheiro para que o
Banco do Brasil conceda os fi-
nanciamentos de praxe à agri-
cultura, para continuar ofere-
cendo merenda escolar a 33 mi-
lhões de crianças e para pagar
as mais de 200 mil toneladas de açúcar adquiri-
das dos usineiros do Nordeste. Os de São Paulo
escaparam.
Não tem dinheiro disponível, também, para man-
ter em funcionamento o seu programa de rodovias
federais. A suspensão dos créditos à agricultura po-
de vir a afetar a sorte da safra deste ano — bem
como a aquisição e a formação de estoques re-
guladores de carne e cereais. O destino do próprio
Plano Verão, de combate à inflação, poderá, por ta-
bela, vir a sofrer com os efeitos da escassez de
dinheiro do. governo.
O problema não é bem de falta de dinheiro
em caixa — é da impossibilidade de o governo a-
plicá-lo nessas e em outras coisas até que o Con-
gresso delibere sobre os vetos aplicados pelo presidente
Sarney a parte do orçamento da União para o ano
corrente. O orçamento foi emendado e aprovado
pelo Congresso em meados de dezembro passado.
Sarney vetou exatos 157 itens dele. O Congresso não
tem prazo para apreciar os vetos.
O governo caiu na armadilha por ele mesmo
montada. No ano passado, o presidente ficou muito
impressionado quando soube que seu colega Raúl Al-
fonsín, da Argentina, governa há mais de 5 anos sem
dispor de um orçamento aprovado pelo Congresso. Ele
se vale do recurso de poder gastar até determi-
nado limite do último orçamento que o Congresso
argentino avalizou. Sarney pensou que poderia fa-
zera mesma coisa.
De resto, alguns assessores disseram a ele que não
haveria problemas com os vetos que aplicasse. De-
pois, ele mesmo, através da edição de uma me-
dida provisória, poderia levantar os vetos que qui-
sesse. Chegou a ser elaborado um esboço de tal
Somos todos escritores
Nirlando Beirão
o caso Rushdie continuar sendo considerado um
entrevero entre um aiatolá de camisolão e um escritor moreni-
Enquanto
nho, desencadeado em meio à conhecida algaravia dos fanatismos
orientais c protagonizado por hordas de terroristas de turbante, o
Ocidente, cristão e democrático, se sentirá convidado a comportar-se
como Pilatos no Credo. Algo assim na linha do eles, que não são
brancos, que se entendam. Este é o tom misericordioso que tem sido
entoado por ponderáveis setores da opinião pública, entre a condena-
ção firme do desvario xiita e o distanciamento pomposo acerca de um
incidente que em nada nos diz respeito e em nada nos afeta.
Trata-se de uma convicção reconfortante, porém perigosa. Não
apenas no que ela exime a todos nós de uma solidariedade mais
consistente com um artista ameaçado de morte, mas sobretudo ao
alimentar a fé de que fanáticos são sempre, e invariavelmente, os
outros. A religião que professamos ou na qual está embebida nossa
cultura é, apregoa-se, um primor de tolerâncias.
Saboreamos, assim, a superior certeza de que aqui tudo termina
em samba, inclusive as eventuais divergências do culto, enquanto que
lá longe, nos áridos rincões dos sarracenos, impera a intransigência, e
tudo o que ganha o menor aroma de insólito ou desafiador conquista,
sob o impecável argumento da defesa da fé. o direito á perseguição, ao
desterro e até á dizimaçâo pura e simples. Consultado o Todo-Pode-
roso. estipulou-se cm 3,5 milhões de dólares a cotação pela vida do
herético escritor. Por alguma razão, a que só terão acesso a Santidade
e os seus porta-vozes autorizados, o preço da ação Rushdie logo logo
pulou para 6 milhões. Insondáveis são os desígnios da bolsa de Alá.
É tentador ironizar exaltações levantinas ou persas. Ou mesmo
se indignar verdadeiramente á vista de um episódio em que, com o
escudo de fé, prescreve-se a queima de livros e a morte de um escritor.
Rir da cara dos outros é o mais tradicional subterfúgio para se evitar
nosso próprio confronto com o espelho.
O tribunal explicito — injusto, ignominioso. exorbitante, inqua-
lificável etc. etc. — de Rushdie. que pode terminar em sangue, não
difere, em conteúdo, do julgamento discreto — sorrateiro, desculpo-
so, aveludado mas igualmente implacável — a que tem sido submeti-
dos Jean-Luc Godard ou Martin Scorsese. Na base da acusação,
prev alece o mesnío argumento — a blasfêmia. Blasfemo é todo aquele
que investe contra os profetas e os dogmas de uma religião. Dogmas
Cio para quem crê neles, mas a noção condenatoria de blasfêmia não
padece de colorido subjetivo, ao contrário, ê de uma cavalar objetivi-
sábado, 4/3/89 ? Io caderno a 11
governo
medida. Descobriu-se, a tempo, que o truque não
daria certo. A medida provisória está sujeita, também,
ao exame do Congresso. Tinha nada não. Haveria ou-
tro caminho.
Os astutos conselheiros do presidente sugeriram o
envio ao Congresso de um projeto de lei para votação
em caráter de urgência restabelecendo algumas das
despesas vetadas pelo governo. Àquela altura, já se
descobrira que o exemplo de Alfonsín não servi-
ria a Sarney. A constituição argentina tem um disposi-
tivo que permite ao presidente fazer o que Alfonsín
faz. A nossa, não. O dinheiro da despesa veta-
da fica indisponível.
O deputado Ulysses Guimarães salvou o go-
verno de cometer a insensatez de despachar para o
Congresso o projeto de lei que chegou a estar pronto
no Gabinete Civil da presidência da República. Ulys-
ses argumentou que aquilo seria uma maluquice que
ofenderia, gravemente, o Congresso. Ora, o presidente
da República vem e veta coisas que o Congresso apro-
vou. Depois, pede ao Congresso que aprove a suspen-
são de alguns dos seus vetos.
O nó estava dado. Nada de excepcional há
nisso. Um poderoso ministro de Estado, dos mais
corretos e competentes (não será difícil identificar
quem é porque, corretos e competentes, existem pou-
cos), confessou, recentemente, que é preciso entrar
para o governo para se acabar com a impressão de
que tudo que dentro dele se faz obedece, necessaria-
mente, a uma lógica. Ou de que tudo é amadurecido e
planejado antes de ser feito.
"Não é não", desabafou. "É uma avacalha-
ção". Tanto maior no governo que se tem hoje instala-
do em Brasília. Sarney alegou muitas vezes que
não entende de economia para justificar os fra-
cassos econômicos do governo. Jogou a culpa nos
ministros da área. Também não entende de leis porque
não é advogado. As trapalhadas cometidas pelo go-
verno nessa área devem ser atribuídas á assessoria do
presidente.
Sarney ainda não disse que não entende de
política — até porque não poderia dizer. A Constitui-
ção diz que o Congresso só pode derrubar o veto pre-
sidencial ao orçamento se reunir para isso a maioria
absoluta dos seus membros — 281 votos. A Consti-
tuinte provou que não é fácil estabelecer uma maioria
dessas. Só através de acordo. O governo vai ter que
implorar a deputados e senadores para que votem
contra ele.
indianos
dade: como toda religião é a religião verdadeira, para quem crê nela,
tudo o mais é mentira. Tem de ser arrancada do solo, como erva
daninha. "Eu sou a Verdade", anunciou o fundador de um culto
muito popular. Em nome da verdade, tudo é permitido e tudo pode
ser proibido.
Da história da humanidade escorre um banho de sangue em que
os guerreiros empunham a espada, numa das mão's. e um livro
sagrado, na outra. A fé, monopolizadora da verdade eterna, é um
permanente convite à intolerância, sendo que essa intolerância só se
submete a controles gradativos, não por força da moderação dos
próprios religiosos e sim de acordo com o poder que a sociedade leiga
detém de reagir a seus exageros. Os xiitas do catolicismo só não
lançaram as prometidas bombas terroristas contra os desconfiados
espectadores de A Última Tentação de Cristo, porque a cultura que os
cerca acharia a medida no minimo de mau gosto. Um passeio pelas
seitas fundamentalistas do tipo New Majority, nos Estados Unidos,
revela um cristianismo capaz de mandar enforcar os professores que
ensinam, na escola, que o homem descende do macaco, como disse
Darvvin, com a mesma serena tranqüilidade com que se condena A
morte, no Oriente, o suposto detrator de Maomé.
A pretexto de nobres princípios da propagação da fé. os cruza*
dos de Pedro, o Eremita. se comportaram contra os ancestrais do
aiatolá, com a fúria sanguinária com que os adeptos do aiatolá se
voltam hoje contra o conjunto da humanidade.
O enredo da intransigência, baseado nas certezas da fé. continua
o mesmo, apenas trocaram-se os papéis de perseguido e perseguidor,
já que o cristianismo convive hoje com uma sociedade laicizada e. de
fato, mais tolerante, e a fé do aiatolá confunde-se com os negócios do
Estado e os usos da sociedade em que está fincada. É legitimo supor
que não foi a religião que abdicou dos seus autos-de-le. A sociedade è
que ficou mais prevenida contra eles.
Há o risco de recaídas mesmo no melhor dos mundos, pois o
alicerce da comicção totalitária resiste. Na corte do cardeal Ratzinger
ou nos redutos da Teologia da Libertação, todos comungam dá ideij
de que a fé é soberana, e que a-ela se subordinam as demais
manifestações do espirito humano. Só no momento em que a se.ciedj-
de dos homens se convencer, no fundo-de sua alma. que a arte. sim]
por exemplo, o pensamento e a ciência são soberanos, acima dos
achaques eventuais da crença, é que a negra tradição da caça às
bruxas, ora protagonizada por Khomeini. terá sido definitivamente
encerrada.
Nirlando Beirào ô redator-chefe da revista Istoê/Senhor
 12 ? 1° caderno P sábado, 4/3/89 JORNAL IX» BRASIL
Mnm»am:wuLun«iiaifatom«.t
Monte Pascoal,
ponto
Ofoituário
inicial avistado
RiÒ <le Janeiro por
Antônio Francisco Freire, 78 Francisco Xavier, no Caju .? if ^ Cabral, arde em fogo
anos, dc crise cardíaca» cm ca- (Zona Portuária), linha um [ -J® ilj|
jjr —
sã, cm Laranjeiras (Zona Sul). filho. p SAI. VA DOU O Parque Nacional do Monte Pascoul
Português. viúvo, foi sef Antônio Rodrigues de Araújo, — onde lica o primeiro ponto avistado
-•düTmrrm ím Cc por Pedro Alva-
cm. res Cabral ao chegar á costa Brasileira - está pegando fo||.
João Batista, cm Botafogo casa, em Madureira (subúrbio São quatro grandes focos de incêndio na área cedida u
(Zona Sul). Tinha quatro li- da Central). Português, viúvo, Fünai paráaBrigár os indios pataxos, 110 município de Prado!
lhos. foi sepultado ontem no cerni- a 7X5 quilômetros da capital.
Maria Luisa Gonçalves Cavai- tério do Caju. Tinha quatro 11- A policia Federal deslocou ontem mesmo IX agentes para
cânti. 64 anos, de hipertensão, lhos. o município de Eunápolis, a fim de acompanhar outras 70
cm casa, cm Botafogo (Zona Aurora de Jesus, 82 anos, de pessoas que se preparam para combater o fogo. Alem de 20
Sul). Fluminense, divorciada, embolia pulmonar, em casa, homens do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
foi sepultada ontem no São em Realengo (subúrbio da Naturais Renováveis (IBMA) — que congregou os extin-
João Batista. Central). Portuguesa, viúva, tos IBDF, Semu e Sudepe —, se deslocaram para a área
Moacir dc Bastos Coimbra, 74 foi sepultada ontem no do Ca- funcionários dc empresas que têm projetos de reflorestamento
anos, problemas cardíacos, cm Tinha dois filhos. na região: Aracruz Celulose, Ferbasa, Copene, Duratex, Ba-
<;asa, em Ipanema (Zona Sul). ju. Olindina Maria da Conceição, hiasul e Florestal Rio Doce.
Fluminense, casado com F.lvi- 94 anos, de edema agudo no A Pctrobrásjá colocou á disposição do IBMA um fteli-
ra Pederneiras Coimbra, foi em casa, em Vila Isa- cóptero para atuar na área, 11a qual dois agentes descobriram
sepultado ontem no São João pulmão,bel Norte). Paraibana, o incêndio na mata quando faziam um vôo de inspeção na
liatistS! Tinha uma filha. (Zona reserva de Monte Pascoal. O incêndio começou quinta-feira,
solteira, foi sepultada ontem
Antônio Carlos dc Sá. 62 anos, no Caju, mas agentes do IBMA conseguiram apagar o fogo, qut-
de complicações cardíacas, em entretanto voltou ontem com intensidade e o incêndio ganhou
casa, na Barra da Tijuca (Zona Marcelinaedema Oliveira da Silva, 58
agudo no pul- grandes proporções.
Sul). Flíímincnse, casado com anos, dc O Parque Nacional do Monte Pascoal tem, por decreto.
lermé de Castro Sá, foi scpul- mão,'em casa, no Centro do
1'lado 22.500 hectares, más o antigo IBDF cedeu, por convq-
Rio. Fluminense, solteira, foi
'tá. ontem no São João Batis- sepultada ontem no Caju. Ti- ~ 'í ¦
nio com a Funai, 8.500 hectares para que ali vivessem os
Tinha um filho. indios pataxós, em seu habitat naturai. Mas, há alguns
Valíjuiria Sousa, 75 anos de nha três filhos. Suplicy(D) e Miguel Reis Afonso, da Cohab, estranharam muito a invasão da Câmara dias, a representação do IBMA em Eunápolis vem denun-
crise cardíaca, cm casa, em Brandiria Maria Reginaldo, 57 ciando o desmatamento feito pelos próprios indios c por
,,São Cristóvão (Zona Norte). anos, de câncer, cm casa. Mi- outros exploradores.
Cearense, solteiro, foi sepulta- neira, viúva, foi sepultada on- A reserva indigena limita com o restante do parque (14 mil
do ontem no Cemitério de São tem no Caju. Tinha um filho. Suplicy convence sem-teto a hectares), do qual é separada por dois rios, o Corum-
bau c o Caraiva, que, no momento, impedem o alastramento
Estados do fogo para o restante da área.
03 03.89 —O Popular
Stanislaw Szinaizner. 62 anos.
de infarto fulminante, na noite
'de Polícia baiana resgata ;
quarta-feira, em seu aparta-
mento, em Goiânia, onde foi SÃO PAULO — O pequeno empresário Sílvio Rocha — aconteceu. Ele fez questão de telefonar para o diretor de
enterrado na manhã de ontem. menino seqüestrado e
Autor do livro Inferno em So- que já liderou nove invasões de conjuntos habitacionais desde segurança da Câmara, Francisco Falconi, na frente dos jor-
bibor. lançado em 1962, pela que a prefeita Luiza Erundina foi eleita — tentou invadir a nalistas: — Você tinha que ter me avisado — disse, depois de
Câmara Municipal da capital no começo da madrugada de ser informado que Faiconi saiu do prédio â meia-noite, seqüestradores
Editora Bloch, Szmajzner, ju- prende
ontem (Ih45). Rocha chegou á Câmara, no centro da cidade, justamente quando Sílvio Rocha começaca a tirar os móveis SALVADOR — Depois de três dias de perseguição a
deu polonês, só se tornou co-
ntíècido depois de identificar, por volta de meia-noite, acompanhado de 50 pessoas e três de um dos caminhões. O presidente da Câmara não quis usar dois homens que seqüestraram, na noite de terça-feira, b
em São Paulo, o carrasco na-
caminhões fretados, que carregavam móveis e uma grande a palavra conivência — "só achei estranho"—, mas já deter- garoto Alcides Trento Júnior, de 7 anos, filho de um grande
zista Franz Wagner, preso pela quantidade de tralha doméstica. A invasão só não foi consu- minou a troca das chefias da segurança civil e militar. plantador de soja no oeste da Bahia, a policia baianji
mada porque, por obra do acaso, o chefe de gabinete da conseguiu resgatar o garoto vivo e ileso, na madrugada de
Policia Federal em 1978, dc- Gueixa-crime — Outra providência de Eduardo Su-
presidência da Câmara, João Batista Breda, passou na hora ontem, e prender três implicados no seqüestro. I
pois de denunciado pelo grupo pelo local — e avisou por telefone ao presidente Eduardo plicy foi entrar com uma queixa-crime na Procuradoria Geral
do caçado| ilc nazistas Simon Suplicy. "Quando eu cheguei, os móveis estavam sendo des- de justiça do Estado, pedindo averiguações sobre Silvio Emocionado, o fazendeiro Alcidc Trento recebeu ontem
Wihesental. Ultimamente, Sz- carregados dos caminhões, para depois serem levado ao Rocha e consultando sobre a eventual possibilidade de seu o seu filhos das mãos do secretário de Segurança Pú-
majzner morava sozinho em O herói de Sobibor saguão de entrada", contou Suplicy. enquadramento criminal. Dirigente de uma associação de blica do estado. Ênio Mendes, e agradeceu o empenho dos
Goiânia, Logo que teve o in- sem-teto de Vila Nhocuné, na Zona Leste, Sílvio Rocha já policiais no caso. Dois seqüestradores, exatamente os
farto foi socorrido por um vi- ros, Szmajzner organizou um Com paciência e serenidade, Suplicy conseguiu que os responde a dois inquéritos, cm delegacias policiais da periferia responsáveis pela captura da Alcides Júnior, ainda estão
zinho, sentindo ainda as pri- levante que conduziu à fuga, móveis fossem levados de volta ao caminhão que os desem- foragidos.
barcava — ele próprio chegou a carregar várias peças — e da capital, mas a prefeitura tem evitado prendê-lo temendo
meiras dores. Mas morreu nos depois que o grupo matou seis uma reação dos seus liderados. O garoto foi seqüestrado no início da noite de terça-fei-,
braços do amigo, entes de ser guardas responsáveis pela con- passou a conversar com Sílvio Rocha e seus liderados, num ra, quando ia comprar pão. montado em sua bicicleta, na'
encaminhado ao hospital. Sua tagem dos presos. Na esteira diálogo que durou até o começo da manhã, no Salão de Café Suplicy rebateu a crítica de que teria sido condescendente
mulher, Nocmia, e os filhos da Câmara Municipal. Até que alguns invasores concorda- ao receber os invasores logo depois de tentativa de ocupar a cidade baiana de Mimoso do Oeste. Dois homens (Colinéri-
dos cinco líderes do levante,
Norberto, de 31 anos, e Josc, acabaram fugindo de Sobibor ram em ser encaminhados a um centro da triagem da Secreta- Câmara. "Eu agi coretamente, para evitar violência e res- co Barbosa dos Santos Filho e Vaidemar Correia de
de 34, que moram no Rio, esti- 300 dos 600 presos isolados no ria do Bem-Estar Social. guardar o prédio da Câmara, não em atenção a Sílvio Rocha, Sousa) colocaram-no dentro de um automóvel Voyage ver-
veram em Goiânia para o en- mas às pessoas pobres que estavam com ele", disse. Ao lado de e ganharam a estrada.
campo. Até o ano passado, 22 Tudo combinado — As pessoas que acompanhavam Avisado, o pai do garoto ainda tentou interceptar os
terro. Norberto contou que, desses 300 fugitivos ainda esta- Silvio Rocha haviam sido retiradas, na manhã do dia ante- de Suplicy, o presidente da Cohab, Miguel Reis Afonso, que
nos últimos anos, a grande vam vivos, incluindo o líder do rior, do Conjunto Habitacional Itaquera I, na Zona Leste da não esconde mais a indignação com Sílvio Rocha, foi mais seqüestradores telefonando para um posto de gasolina
paixão do pai eram as flores, levante, Sacha Rostov, que capital. A retirada, baseada numa medida liminar de reinte- duro: "O dia em que eu me encontrar pessoalmente com ele de sua propriedade, a 30 quilômetros da cidade, e pedindo
que cultivava cm. seu aparta- morava na União Soviética. O gração de posse, foi feita sem violência, mas a maioria dos vou prendê-lo". para que fosse feita uma barreira com carretas, im-
mento, sobretudo orquídeas, livro virou filme, chamado Es- invasores não quis receber o apoio que a Cohab estava Sílvio Rocha não acompanhou as famílias que foram pedindo a fuga. Mas os seqüestradores já haviam passadó
jasmins e rosas. Mas estava cape from Sobibor ("Fuga de oferecendo (caminhões para a mudança e centros de triagem levadas para o centro de triagem, mas ontem á tarde voltou à pelo posto.
lambem muito empenhado na Sobibor"), produção da CBS, "Eles estavam Na manhã de quarta-feira, os seqüestradores fizeram o
para estadia temporária). já preparados para a Câmara e foi procurar Suplicy no gabinete da presidência.
publicação do seu livro nos cm cooperação com uma pro- invasão da Câmara", disse ontem a diretora de Integração Como o vereador não tivesse chegado, andou por alguns primeiro contato telefônico com a família do garoto b
Estados Unidos. Os direitos dutora inglesa e financiado pe- Comunitária da Cohab, Idalina Francisco Sampaio. ar ameaças de outras fixaram o preço do resgate em NCzS 200 mil. Ficaram de
, gabinetes e foi embora, deixando no"Ele
para a publicação em inglês já la Chrysler Motors. Szmajzner O presidente da Câmara, Eduardo Suplicy, afirmou ter invasões cm prédios da prefeitura. tem a intenção de ligar novamente à noite, para fornecer detalhes sobe o
estão vendidos para a editora trabalhou como consultor exe- pagamento do resgate e botar Alcides em contato com os
, americana Holocaust Publica- cutivo do filme e fez sempre estranhado a omissão dos quatro policiais militares responsá- provocar uma situação difícil", disse Suplicy, levantando
tions. No livro, Stanislaw Sz- veis pela segurança da Câmara durante à noite. "Foi uma novamente a suspeita de que Rocha seja a parte visível de pais, o que foi feito.
questão dc que tudo fosse o falha muito séria na segurança", disse Suplicy, que está algum esquema político montado para perturbar a adminis- A policia foi informada e começou a trabalhar em
majzner conta a sua fantástica mais fidedigno possível. O lan- absoluto sigilo, acompanhando as informações sobre o
¦fuga do campo dc extermínio tomando providências para saber em detalhes como tudo tração petista.
çaménto se deu no ano passa- percurso que o carro fazia. O Voyage acabou sendo encon-
de Sobibor, na Polônia, quan- do nos Estados Unidos. No trado há dois dias na porta da casa do pai de Colimérico
do tinha 17 anos, cm 1944. Brasil, o filme continua inédi-
Com mais cinco cpmpanhei- to. Barbosa, um dos seqüestradores, na cidade de Ipiaú, no
sudoeste do estado.
Pesqueiro afunda no Sul mas No carro, os policãjs encontraram Florisvaldo Correia
Exterior
Vladimiro Escobar, 67 anos, de to Geofisico dos Andes, Esco- dc Sousa, que os levou a uma fazenda onde o garoto
ataque cardíaco, na manhã de bar sucedera no cargo a outro estava preso, no município de Ibirataia. Os dois seqüestra-
ontem, segundo informações jesuíta, Rafael Goberna, há dores conseguiram escapar do cerco feito á fazenda,
de médicos do Hospital San quatro anos. Especializado cm todos os tripulantes escapam onde foram presos três implicados: Adeílza Alves dos San-
Ignacio, de Bogotá. Sacerdote física, ordenou-se sacerdote tos, 15 anos, que tomava conta de Alcides; Antônio Al-
jesuíta e diretor do Institu- em 1951. PORTO ALEGRE — O pesqueiro santista João de Deus Pela manhã, quando o naufrágio foi comunicado â Briga- ves dos Santos e Vaidemar Correia de Sousa (cunhado de
naufragou ontem, durante a madrugada, a 3 milhas de São da Militar de-Mostardas (203 quilômetros da capital), foi Colimérico que estava com o Voyage. Antônio, Adeílza e
Simâo, município dc Mostardas, na costa Sul do estado. acionada uma operação de buscas, com um helicóptero da Florisvaldo são irmãos. Colimérico é conhecido ladrão e
Vinte tripulantes nadaram durante a noite e atingiram a corporação para trabalhar no salvamento. Mas toda a receptador de carros na região do sudoeste baiano.
praia, onde chegaram exaustos, e procuraram uma aldeia de tripulação já estava em segurança no vilarejo de São Simâo.
DORCAS ELIZABETH pescadores onde pediram abrigo e ajuda. Outros oito tripu- Segundo os pescadores, por volta das 3 horas ouviram um de fumo
lantes ficaram 110 barco até o amanhecer, temerosos de estrondo e logo o barco começou a virar. Parte da embarca- Produtores
SUMRELL MIRANDA se perderem na escuridão, e conseguiram chegar em terra ção, 110 inicio da tarde, ainda era visível na superfície.
quando já eram dados como desaparecidos. O barco estava há duas semanas na costa gaúcha, depois bloqueiam estradas
(Falecimento) Só havia um bote salva-vidas 11a embarcação, em péssimo de sair do porto catarinense de Itajai, cidade onde foi
estado. Devido â proximidade da praia, os tripulantes recrutada grande parte da tripulação. Depois do atendimento
José Lisboa Miranda, filhos, irmão, nora e no Rio Grande do Sul
JL preferiram se lançar 11a água. Segundo os soldados da Briga- de emergência no hospital municipal de Mostardas, o ferido
T) cunhados comunicam seu falecimento e con- da Militar que os atenderam em terra, muitos sequer ti- Arnildo da Silva foi transportado no helicóptero da Operação Os produtores de fumo de oito municípios gaúchos estão
| vidam para seu sepultamento, HOJE, às 11 nham coletes, mas não souberam informar se por ausência do Golfinho — programa de patrulhamento das praias desenvol- realizando piquetes nas estradas que levam às 20 indúv
horas, no Cemitério São João Batista, onde equipamento 110 barco ou por imprudência dos pescadores, vido pela Brigada Militar — para a capita. trias de fumo, tentando reter o produto, como forma dc
está sendo velada na Capela 6. todos bom nadadores. pressionar os empresários a conceder o aumento de 53% no
O pescador Arnildo da Silva, catarinense, 25 anos, feriu-se A Capitania dos Portos de Rio Grande vai investigar as preço do fumo. Num dos piquetes, realizado próximo ao
quando o barco bateu num banco de areia e adernou. causas do naufrágio e pretende analisar as condições dc município de Candelária, os colonos jogaram pedras contra
Na queda, fraturou a perna e está internado no Hospital navegabilidade da embarcação, aparentemente desprovida de um caminhão que resolveu ultrapassar o cerco, mas não
Municipal de Pronto-Socorro, na capital. equipamentos para casos de acidente. houve feridos.
DAVI D AAORESCU Nos bloqueios montados nas proximidades de Santa Cru'/,
a Lilly de Weiss convida os amigos do Sul, Vera Cruz e Venãncio Aires, onde estão' das
maiores indústrias, policiais da Brigada Militar estão acom-
VPara ° serviço religioso de 30 dias
em memória do ente querido — panhando comboios de caminhões impedidos de passar. Apq-
^ sarda presença dos policiais junto aos maiores piquetes, não
David que será realizado no do- MIGUEL MOREIRA DIAS NETO houve confronto entre colonos e soldados, ao contráriq dqs
mingo dia 5 de março às 18:30 hs Avisos conflitos da semana passada, quando 12 pessoas, entre pro-
no Templo Beth'-EI (C.I.B.I) Rua Barata JL, Seus amigos Benito Paret, Luiz Athayde, Jorde Tadeu, dutores, populares e policiais, ficaram feridas nos piquetes
Ribeiro 489. X José Castro, Kleber Prado, Alfredo de Paula, Alfredo Religiosos nas portas das fábricas. ¦
' Um dos integrantes da Comissão Intermunicipal dos Fu-
Laufer, Antônio Guarino, Bóris Sadcovitz, Carlos Ishika- micultores, Nestor Grunewald, ressaltou que os fumicultores
wa, César Campos, Celso Coelho, Cláudio Maciel, Daniel e Fúnebres estão na segunda fase da mobilização, concentrando o movi-
Monteiro, Frederico Chaves, Hélio Berditchevsky, José Mi- mento no interior dos municípios. Além dos piquetes nas
Recebemos sou anúncio na Av. estradas, estão dirigindo-se diretamente às propriedades dos
guez, Luiz Carlos Lopes, Luiz Paulo de Castro, Moisés Brasil, 500 De domingo a 6a ató
HEITOR CAMPOS
Waissmann, Raimundo Queiroz, Renato Benevenuto, Wagner 20:00h, aos sábados e feriados produtores de fumo, em busca de adesão ao movimento.
17 OOh Tel: 585-4350 — 585-
(FALECIMENTO 02/03/89) Bastos, William Gonçalves, Vicente F. Pinto, Ângela Zetoni, 4326 — 585-4356 ou no horário
comercial nas lojas de
A família agradece aos parentes Antônio Marinho, Nélia Ornellas, Armando Gomes, Antônio NEUZA GRANTHON DA COSTA
e amigos demonstrações de apoio Paulo Martins, Luiz Cláudio Latgê, Paulo S. Machado, comuni- CLASSIFICADOS MISSA T DIA
e solidariedade, convidando para a cam com pesar o falecimento de MIGUEL MOREIRA DIAS Para outras informações,
consulte o seu Filhos, irmãos, sobrinhos, genros e netos '
Missa de 7o Dia a ser realizada no NETO e convidam para o sepultamento hoje no Cemitério da
JORNAL DO BRASIL t convidam para a Missa de 7° Dia à realizar-se '
dia 09/03 às 10 horas na Capela do Cidade de Guarani (MG). às 19 h. do dia 05/03 na Igreja de N. Sra. de '
Copacabana. (Praça Serzedelo Correia)
Santíssimo Sacramento na Cate-
dral Metropolitana do RJ na Av
Chile (entrada pela Rua dos Arcos,
54) — Centro. COMANDANTE

MIGUEL MOREIRA DIAS NETO AGOBAR MAURÍCIO DE OLIVEIRA

SILVIO MANOEL (FALECIMENTO)

MOTTA
4- Flupeme — Associação Fluminense j. NIEMIRA ALI NA D. DE OLIVEIRA, fi-
MISSA DE 75 DIA lhos, netos e noras participam o faleci-
i da Pequena e Média Empresa comu- |
A Superintendência Geral de Construção mento de seu esposo, pai, avô e sogro e
de Subestações e Linhas da LIGHT - nica com pesar o falecimento do seu
Serviços de Eletricidade S.A. convida
Diretor MIGUEL MOREIRA DIAS NETO e
convidam os demais parentes e amigos
amigos e companheiros de trabalho, para a HOJE, dia 04, às 16
Missa dc 7- dia, enrmemória de SILVIO para o sepultamento
"da
convida para o sepultamento hoje no ""
MANOEL MOT1A, que realizar-se-á no horas, saindo o féretro Capela do
próximo dia 06 de março, às 8:00 h na Igreja dó Santís- Cemitéiro da Cidade de Guarani (MG).
simo Sacramento, sita à Av. Passos, 50, Rio de Janeiro. Cemitério Jardim da Saudade.
 JORNAL DO BRASIL
A internacionalizacao da
Carlos de Mcira Mattos
A lese da internacionalização da Ania/óni;! nada tem a ver com
JnL.as razões ecológicas que agora são levam,idas. É uma tese
ciclica, que sob pretextos vários — direito exploratório da natureza,
necessidade de espaço demográfico, liberdade de navegação nos
grandes rios e, agora, ecologia —, após uma fase de esquecimento,
Wlu M-lrTrífirmiiprpssôr': rglílLCIl^ c"hr" rt governo do Brasil
Na grande bacia internacional de TiTOOJJXJ^quiíOitiülTOST)tnr-'
drados, o território brasileiro ocupa 5.000.000 km- c domina sua
boca.
A projeção geográfica da Amazônia foi traduzida com clareza
extraordinária pelo escritor amazonense Samuel Henchimol:
"Numa cosmovisáò da Terra tomada do
planeta Marte, a
grande região amazônica seria vista com a seguinte representativida-
de:
1/20 da superfície terrestre;
4/10 da América do Sul;
3/5 do Brasil;
115 de disponibilidade mundial de água doce; e
1/3 das reservas mundiais de florestas latifoliadas."
Esta imensidão geográfica não poderia deixar de ser objeto de
ambição das nações ricas e poderosas do mundo, instrumentadascom
maior capital e tecnologia, cujo sentimento de expansão muitas vezes
se esconde sob o vcu de missões messiânicas a serviço da humanida-
de.
Num rápido retrospecto histórico veremos que a tese da interna-
cionalízação da Amazônia já foi motivo de pressão sobre o governo
brasileiro em ocasiões várias, desde nossa independência. Senão
vejamos.
Logo após a nossa emancipação política aumentaram as pres-
sôes internacionais visando a assegurar a livre navegação intcrnacio-
nal dos rios do sistema amazônico. Nesse sentido, agências consulares
1 da França, Inglaterra e Estados Unidos foram abertas em Belém c
Manaus. Em seguida, cm nome do principio da livre navegação
nos Estados Unidos, visando á criação de empresas de navegação
para explorar a imensa bacia. Nos Estados Unidos, em meados do
século XIX, foi criada a The Amazon Steam Navigation Company,
incorporada pela firma Le Roy, Bayard e Co. A chegada do primeiro
barco da empresa norte-americana provocou enorme celeuma e pro-
testos. O então governador do Pará convocou grande assembléia ao
Palácio para decidir se devia se permitir subir o barco o rio Amazo-
nas, sem permissão expressa do governo imperial. Foi decidido que
não; a viagem inaugural foi interrompida e o assunto voltou às lides
das pressões diplomáticas.
Diz o nosso escritor Arthur Reis, grande especialista em assun-
tos amazônicos: "Tomou corpo nos Estados ;Unidos a alegação de
que o Brasil cometia um tremendo crime contra a humanidade com a
política chinesa, denominação que deu á nossa atitude, da porta
fechada aos barcos estrangeiros, que vinham trazer civilização e não
pôr em perigo a soberania nacional."
Interpretando suas apreensões diante do clima de pressão que
passou a viver em Washington, nosso embaixador Teixeira de Mace-
do, cm carta dirigida ao ministro das Relações Exteriores Soares de
Souza, datada de 14 de novembro de 1850, conservada no Museu de
Petrópolis, escreve o seguinte:
— "A pretensão do governo americano de fazer explorar por sua
conta, e por seus engenheiros e naturalistas, o rio das Amazonas, suas
margens e tributários, envolve como conseqüência necessária a pre-
tensão de obter a livre navegação deles para sua bandeira."
Dirigiu o movimento a favor da abertura do rio Amazonas e
seus afluentes à navegação internacional o tenente Matthew Fontaine
Maury, da Marinha norte-americana, Superintendente dos Serviços
Hidrográficos e astrônomo do Observatório Naval de Washington.
Em campanha iniciada em 1850, Maury, em artigos publicados nos
principais jornais do seu país e da Inglaterra, e no seu livro de grande
divulgação The Amazon Rivcr and Atlantic Slopes of South America,
editado em 1853, sustentava a tese de que a Amazônia não poderia
permanecer fechada para a humanidade. Argumentava Maury, em
memorial endereçado ao seu governo, que o espaço amazônico estava
aguardando as raças fortes c decididas para a empresa de sua conquista
cientifica e econômica. Maury t,: ?anizou uma expedição dos capitães
William Lewis Hcrdon e Lardner Gibbon aos rios amazônicos, da
qual resultou um livro de dois volumes que despertou o maior
interesse; foi editado pelo governo de Washington e difundido entre
vários países (1851 c 1852).
A ação de Maury contra os interesses soberanos do Brasil não se
limitou aos Estados Unidos, reanimou também antigas pretensões
"científicas" inglesas e alemãs, como nos
lembram nos seus livros os
dois grandes amazonólogos Arthur Reis c Leandro Tocantins.
Cessado esse período de pressões, nova carga sobre nossa
diplomacia repetiu-se no fim do século passado c primeiros anos do
atual. A motivação que acalentava a idéia da internacionalização da
Amazônia não era mais a livre navegação dos rios; agora eram os
imperativos científicos.
Conta o nosso chefe de Legação em Berlim, o Barão do Rio
Branco, que em entrevista com o ministro do Exterior da Alemanha,
Barão Oswald Richtofen, este lhe declarou: "Seria conveniente que o
Brasil não privasse o mundo das riquezas naturais da Amazônia."
(Oficio de Rio Branco ao ministro Olinto de Magalhães, 1902). Antes
disto uma canhoneira alemã havia subido o rio Amazonas em missão
de reconhecimento cientifico.
Mais ou menos nessa mesma época, nosso embaixador cm
Washington, o ministro Assis Brasil, transmitia ao ministro Olinto de
Magalhães sua entrevista com o secretário de Estado John Hay.
Disse-lhe Hay: "Não vejo perigo, sr. ministro, para a soberania das
nações americanas, no fato de companhias industriais se instalarem
para o desenvolvimento das terras que jazem incultas." Nessa oca-
sião, o Brasil envolvido na crise acreana resistia às pressões norle-a-
mericanas, inglesas, francesas, para permitir a instalação em nosso
território das famosas chariered companies, principal instrumento
usado na colonização da África.
Pouco antes da entrevista e da declaração do secretário de
Comunicação
Dom Eugênio de Araújo Sales
TJjl m recente Exortação Apostólica Pòs-Sinodal Chrisiifidcles Laici,
JEj fruto do sinodo sobre os leigos, trata o santo padre João Paulo II de
uma matéria de especial interesse nesla Quaresma para a atual Campanha
da Fraternidade. Diz o documento (n. 44): "No uso é na recepção dos
instrumentos de comunicação, tornam-se urgentes tanto uma ação educa-
tiva em ordem ao sentido critico (...) como uma ação em defesa da
liberdade, do respeito pela dignidade pessoal".
Havendo um sentido critico, isio é, não aceitar passivamente o que
vemos e ouvimos, muitos males que nos afligem nesse campo serão
reduzidos ou supréssos. Se muitos leitores, ouvintes ou telespectadores
protestam, mesmo individualmente, sem dúvida verão, ao menos parcial-
mente, respeitada sua dignidade pessoal. Os órgãos de publicidade depen-
dem fundamentalmente de seus anunciantes e leitores, na medida em que
uma retração nas compras faz sentir a força do protesto e a exigência da
liberdade na informação e na preservação dos bons costumes. Puebla,.no
capitulo IV, n. 5, nos oferece preciosas indicações sobre esse assunto.
Assim, entre as propostas pastorais, está a seguinte (n. 1.088): "Educar o
público receptor para que tenha uma atitude critica perante o impacto das
mensagens ideológicas, culturais e publicitárias que nos bombardeiam
continuamente, com o fim de neutralizar os efeitos negativos da manipula-
ção e massificação".
O que ocorre é'serem esses organismos poderosos mas dependentes.
Eles formam a opinião pública, que constitui uma formidável torça que
edifica ou destròi pessoas, agremiações, governos. No entanto, se os
receptores se afastam dessa fonte, tudo se desfaz.. Lembro órgãos de
imprensa, que faziam tremer e que hoje são apenas uma pálida recordação;
estruturas nacionais bem travejadás para que pudessem subsistir à morte
dos seus fundadores e que desapareceram rapidamente após o falecimento
dos que idealizaram esses impérios.'
Um calcanhar de Arquiles" c o anunciante. Uni produto que
ofenda o pudor e agrida o bem comum, sendo rejeitado, prejudica
ceiramente o produtor. Evidentemente, ele mudará de atitude. finan-
Quando sào atacados os meios de comunicação social, penso que a
responsabilidade deve ->er dividida. Muitos costumam simplesmente apon-
tar o erro. Contudo, mais últil è colaborar na correção do mesmo,
ajudando a coletividade e, isto, independentemente da crença religiosa ou
política de cada um.
_,L O outro grande fator em favor do Evangelho'nós encontramos na
Chrhtifidcles
Laici (n 441. quando se refere ao dever dos fiéis leigos na
e\angelizaçào: Em todos os caminhos do mundo, também nos principais
da imprensa, do cinema, do rádio, da televisão e do teatro, deve anunciar-
se o Evangelho que salva Aliás, na sua mensagem para o Dia Mundial
das Comunicações Sociais deste ano. o santo padre diz "Verificã-se
Opinião
sábado, 4/3/89 ? Io caderno ? 11
¦iilii&R-
Amazônia
Estado Jolm Hay, o capitão americano Todd, no comando da
canhoneira WUmin^on (1899), havia criado desagradável incidente
diplomático e manifestações de protesto popular em Manaus, por ter
forçado a subida do rio Amazonas antes que o governador do Estado
do Amazonas recebesse a autorização do Itamarati para a viagem até
Iquitos no Pciu.
Na primeira metade deste século a questão da superpopulação
em alguns países asiáticos, principalmente Japão, estimulou estudos
internacionais visando a uma redistribuição da população mundial.
Novamente a tese da intóraaciflnaliíSKAo da Amazônia voltou â baila.
É conhecido o projeto japonês de deslocamento c fixação de vultosa
população na Amazônia, Este projeto, divulgado no Brasil nos anos
30, provocou protestos na imprensa e no Congresso, mas o governo
de Tóquio sempre procurou dele se desvincular, afirmando que se
tratava de estudos de sociedades privadas.
Após a 2" Guerra Mundial, entre os organismos de cooperação
ao entendimento internacional criados cm torno da Organização das
Nações Unidas, estava a Unesco (United Nations Educational, Scicn-
tific and Cultural Organization) destinada a levar os benefícios da
ciência a todos os países.
Movido pelo espirito de cooperação cientifica, o brasileiro
professor Paulo Berredo Carneiro, nosso representante na Unesco,
elaborou uma proposta de desenvolvimento de pesquisas na Amazò-
nia, contando com o apoio técnico e financeiro dessa organização
internacional. Essa proposta, apoiada pelos representantes dos países
amazônicos, foi acolhida pela Unesco e tomou a denominação de
Instituto Internacional da Hilcia Amazônica.
Em 1945, o prof. Paulo Carneiro apresentou o plano preliminar
da Hilcia ao governo brasileiro. Em seguida, a proposta do Instituto
da Hiléia foi apresentada e aprovada na Ia Conferência Geral da
Unesco cm Paris (1946).
Após reuniões sucessivas dos órgãos da Unesco, cm Belém,
México e Iquitos (Peru), foi aprovado o convênio internacional que
criaria o instituto (1948). que deveria ser submetido á ratificação dos
governos com territórios na área amazônica.
Divulgados os termos do convênio, começam a surgir as críticas
e reservas nacionais ao projeio iiuern.icioiial da Unesco. Levantasse; este-qtladrado saren-branco-pra-que-o-leitor-possa compará-le-eom outros espaços do mesmo i.iimi.iliu c mifiui a validade de
novamente, a suspeita de que o convênio apresentava, sob nova minha asserção filosófica: uma folha sem nada escrito perde em peso especifico mas ganha em magnitude.
forma, a velha intenção de internacionalização da Amazônia.
No Brasil, as criticas suscitadas, pela imprensa e cm discursos
parlamentares, levaram a Comissão de Segurança Nacional da Câma-
ra dos Deputados a solicitar o parecer do Estado-Maior das Forças
Armadas (EMFA).
No seu parecer, o EMFA, após louvar a idéia de cooperação
Coisas da Política
cientifica, impunha certas limitações ao texto do convênio visando a
preservar os direitos soberanos dos estados amazônicos. Entre estas
restrições, observava, por exemplo: — as atribuições executivas asse-
guradas ao"aorganismo internacional criado; o privilégio das imunida- Governo contra
des dadas bens c pessoas vinculados as suas atividades c serviços", governo
assumindo assim o instituto o aspecto de uma "autarquia intcrnacio- medida. Descobriu-se, a tempo, que o truque não
nal", com jurisdição sobre um território que abrangia quase a metade Ricardo Noblat
daria certo. A medida provisória está sujeita, também,
-do Brasil; o fato de o diretor do instituto, escolhido pelo conselho,
falta de dinheiro para pa- ao exame do Congresso. Tinha nada não. Haveria ou-
poder vir a ser de qualquer dos paises membros da Unesco, c não A gar o trigo argentino que tro caminho.
apenas de um dos paises amazônicos.
O parecer do EMFA concluía com a seguinte observação: comprou não c o maior dos pro- ifftmMr-- Os astutos conselheiros do presidente sugeriram o
"As demais envio ao Congresso de um projeto de lei para votação
nações participantes, particularmente as não amazônicas, blçmas que enfrenta o governo flip1*™ n
recebem o tratamento igual ao Brasil, gozam de todos os direitos c do presidente José Sarney. Ele em caráter de urgência restabelecendo algumas das
despesas vetadas pelo governo. Àquela altura, já se
privilégios, mas são isentas de qualquer ônus ou risco, tudo isto'possível
numa está sem dinheiro para que o
época em que vemos essas nações, temerosas por uma Banco do Brasil conceda os fi- descobrira que o exemplo de Alfonsín não servi-
ria a Sarney. A constituição argentina tem um disposi-
restrição de sua soberania, cercarem de unia série de garantias sua nanciamentos de praxe á agri-
anuência ao Pacto Atlântico, cm conseqüência do qual irão receber m. tivo que permite ao presidente fazer o que Alfonsín
cultura, para continuar ofere-
substancial ajuda, elemento este ausente da Convenção de Iquitos." faz. A nossa, não. O dinheiro da despesa veta-
As restrições do EMFA puseram água fria no entusiasmo cendo merenda escolar a 33 mi-
lhões de crianças e para pagar da fica indisponível.
cientifico de ingênuos homens de ciência brasileiros que defenderam o O deputado Ulysses Guimarães salvou o go-
Instituto da Hiléia cuja estruturação política acabou escapando-lhe as mais de 200 mil toneladas de açúcar adquiri-
das dos usineiros do Nordeste. Os de São Paulo verno de cometer a insensatez de despachar para o
das mãos.
Aproveitaram-se os velhos defensores da internacionalização da escaparam. Congresso o projeto de lei que chegou a estar pronto
Amazônia para se apropriarem das intenções puras de cientistas no Gabinete Civil da presidência da República. Ulys-
Não tem dinheiro disponível, também, para nian- ses argumentou que aquilo seria uma maluquice que
brasileiros para instrumentarem o projeto da Unesco dentro dos seus ter em funcionamento o seu programa de rodovias
propósitos políticos. ofenderia, gravemente, o Congresso. Ora, o presidente
Nessas circunstâncias o Congresso Nacional decidiu suspender federais. A suspensão dos créditos à agricultura po-
da República vem e veta coisas que o Congresso apro-
de vir a afetar a sorte da safra deste ano — bem
qualquer decisão sobre a ratificação do Convênio da Hiléia e o como a aquisição e a formação de estoques re-
vou. Depois, pede ao Congresso que aprove a suspen-
assunto morreu. sãcde alguns dos seus vetos.
Ultimamente, a tese de internacionalização da Amazônia vem guladores de carne c cereais. O destino do próprio O nó estava dado. Nada de excepcional há
reaparecendo sob nova roupagem — defesa da ecologia. A tese já Plano Verão, de combate à inflação, poderá, por ta-
armou uma cruzada de roqueiros famosos, cientistas, associações e bela, vir a sofrer com os efeitos da escassez de
nisso. Um poderoso ministro de Estado, dos mais
corretos e competentes (não será difícil identificar
organismos internacionais, particularmente dos países representantes dinheiro do governo.
das "raças fortes e decididas para a empresa de sua conquista O problema não é bem de falta de dinheiro quem é porque, corretos e competentes, existem pou-
cientifica e econômica", como escrevia Maury] Superintendente dos cos), confessou, recentemente, que é preciso entrar
cm caixa — é da impossibilidade de o governo a-
Serviços Hidrográficos de Washington, em memorial dirigido ao seu para o governo para se acabar com a impressão de
governo, em 1853. plicá-lo nessas e em outras coisas até que o Con- que tudo que dentro dele se faz obedece, necessaria-
O pretexto é outro: — a devastação da Amazônia ameaça a gresso delibere sobre os vetos aplicados pelo presidente mente, a uma lógica. Ou de que tudo é amadurecido e
estabilidade do meio ambiente mundial. Sabem todos os cientistas que Sarney a parte do orçamento da União para o ano antes de ser feito.
planejado
"Não
a devastação da floresta amazônica, que nós brasileiros devemos corrente. O orçamento foi emendado e aprovado é não", desabafou. "É uma avacalha-
evitar, não é a responsável pela poluição do planeta, se o for, é cm pelo Congresso em meados de dezembro passado. Tanto maior no governo que se tem hoje instala-
percentagem mínima. As grandes poluiçõcs de nossa atmosfera são as Sarney vetou exatos 157 itens dele. O Congresso não ção".
do em Brasília. Sarney alegou muitas vezes que
fábricas, usinas c veículos a motor do I" Mundo, e a maior ameaça de tem prazo para apreciar os vetos.
destruição que pende sobre a humanidade é o colossal arsenal de não entende de economia para justificar os fra-
O governo caiu na armadilha por ele mesmo cassos econômicos do governo. Jogou a culpa nos
armas nucleares das chamadas superpotências, cujos governos se
mostram tão preocupados com os "perigos para a humanidade do montada. No ano passado, o presidente ficou muito ministros da área. Também não entende de leis porque
desmatamento da Amazônia". impressionado quando soube que seu colega Raúl Al- não é advogado. As trapalhadas cometidas pelo go-
E interessante de se observar fonsín, da Argentina, governa há mais de 5 anos sem
"internacionalização da Amazônia"; que a tese é sempre a mesma verno nessa área devem ser atribuídas à assessoria do
são sempre os mesmos atores, dispor de um orçamento aprovado pelo Congresso. Ele presidente.
desempenhando o mesmo papel. se vale do recurso de poder gastar até determi- Sarney ainda não disse que não entende de
Só trocam de cenário — ora é patrimônio científico da humani- nado limite do último orçamento que o Congresso
dade, ora navegação internacional dos grandes rios "dos outros", ora política — até porque não poderia dizer. A Constitui-
argentino avalizou. Sarney pensou que poderia fa- ção diz que o Congresso só pode derrubar o veto pre-
a necessidade de matérias-primas para o progresso da civilização, ora zer a mesma coisa. sidencial ao orçamento se reunir para isso a maioria
a conquista da tecnologia e, por fim, a verde ecologia dos roqueiros.
O lamentável é que governos de nações amigas acabem cedendo De resto, alguns assessores disseram a ele que não absoluta dos seus membros — 281 votos. A Consti-
às pressões de grupos que defendem seus próprios interesses cconômi- haveria problemas com os vetos que aplicasse. De- tuinte provou que não é fácil estabelecer uma maioria
cos ou, em outros casos, se deixam embalar por ingênuas teses pois,, ele mesmo, através da edição de uma me- dessas. Só através de acordo. O governo vai ter que
humanitaristas. dida provisória, poderia levantar os vetos que qui- implorar a deputados e senadores para que votem
sesse. Chegou a ser elaborado um esboço de tal contra ele.
Carlos de Meira Mattos, general reformado, é protessor de Ciência
Política na Universidade Mackenzie, São Paulo
e Evangelho Somos todos escritores indianos
atualmente que a informação religiosa tende a ganhar mais espaço nos dade: como toda religião é a religião verdadeira, para quem crê nela,
meios de comunicação" (n. 2). J\irlando Beirão tudo o ma;s é mentira. Tem de ser arrancada do solo, como erva
Em dois ângulos será beneficiada a causa de Jesus Cristo: os fiéis,
o caso Rushdie continuar sendo considerado um daninha. "Eu sou a Verdade", anunciou o fundador de um culto
principalmente leigos, que formam o stqff desses organismos de publicida- muito popular. Em nome da verdade, tudo é permitido e tudo pode
de e o uso destes em prol do anúncio da Boa Nova. Enquantoentrevero entre um aiatolá de camisolão e um escritor moreni-
Um modo é a proclamação explícita da própria doutrina e o outro é nlio, desencadeado em meio à conhecida algaravia dos fanatismos ser proibido.
a divulgação de fatos, imagens, comentários sob a luz da verdade, em orientais e protagonizado por hordas de terroristas de turbante, o Da história da humanidade escorre um banho de sangue em que
especial do Evangelho. Assim, quer em programas religiosos, quer em Ocidente, cristão e democrático, se sentirá convidado a comportar-se os guerreiros empunham a espada, numa das mãos, e um livro
outros inteiramente neutros, estará sempre, clara ou implicitamente, o como Pilatos no Credo. Algo assim na linha do eles, sagrado, na outra. A fé, monopolizadora da verdade eterna, é um
Verbo divino. que não são
Um grande ônus pesa sobre os católicos que detêm em suas mãos
brancos, que se entendam. Este é o tom misericordioso que tem sido permanente convite à intolerância, sendo que essa intolerância só sç
submete a controles gradativos, não por força da moderação dos
instrumentos tão poderosos que transmitem conceitos, imagens e toda uma entoado por ponderáveis setores da opinião pública, entre a condena-
concepção de vida a seus semelhantes. A vocação do comunicador vivida ção firme do desvario xiita e o distanciamento pomposo acerca de um próprios religiosos e sim de acordo com o poder que a sociedade leiga
segundo as orientações do Evangelho muito poderá realizar pela expansão incidente que em nada nos diz respeito e em nada nos afeta. detém de reagir a seus exageros. Os xiitas do catolicismo só não
lançaram as prometidas bombas terroristas contra os desconfiados
do Reino de Deus, mesmo em se tratanto de assunto inteiramente profano. Trata-se de uma convicção reconfortante, porém perigosa. Não
A presença invisível de Cristo será um fator importante de paz, justiça e apenas no que ela exime a todos nós de uma solidariedade mais espectadores de A Ultima Tentação de Cristo, porque a cultura que os
concórdia entre os povos. consistente com um artista ameaçado de morte, mas sobretudo ao cerca acharia a medida no mínimo de mau gosto. Um passeio pelas
A Campanha da Eraternidade de 1989 busca despertar os católicos, alimentar a fé de que fanáticos são sempre, e invariavelmente, os seitas fundamentalistas do tipo New Majority. nos Estados Unidos,
nesta Quarema, para tal matéria, com o seu tema: A comunicação social. O outros. A religião revela um cristianismo capaz de mandar enforcar os professores que
lema: Comunicação para a verdade e a pa:. abre amplo espaço para melhor que professamos ou na qual está embebida nossa ensinam, na escola, que o homem descende do macaco, como disse
compreensão da importância desses instrumentos de transmissão de idéias, cultura è, apregoa-se, um primor de tolerâncias. Darwin, com a mesma serena tranqüilidade com que se condena A
postas a serviço do Evangelho. Em primeiro lugar, precisaremos o aspecto Saboreamos, assim, a superior certeza de que aqui tudo termina morte, no Oriente, o suposto detrator de Maomé.
religioso, como se lé na mensagem do papa. na quarta-feira de Cinzas, em samba, inclusive as eventuais divergências do culto, enquanto que
abrindo a campanha e, em conseqüência, as transformações sociais decor- lá longe, nos áridos rincões dos sarracenos, impera a intransigência, e A pretexto de nobres princípios da propagação da fé, os cruza-
rentes de nossa fé. Ao mesmo tempo, somos levados a refletir sobre nosso tudo o que ganha o menor aroma de insólito ou desafiador conquista, dos de Pedro, o Eremita, se comportaram contra os ancestrais do
dever e direitos para, a seguir, orientar como fecundar a atuação nos meios sob o impecável argumento da defesa da fé, o direito à perseguição, ao aiatolá, com a fúria sanguinária com que os adeptos do aiatolá se
de comunicação social e resistir á sua influência deletéria, posta em favor desterro e até à dizimaçào voltam hoje contra o conjunto da humanidade.
de valores antievangélicos. pura e simples. Consultado o Todo-Pode-
roso, estipulou-se em 3,5 milhões de dólares a cotação pela vida do O enredo da intransigência, baseado nas certezas da fe. continua
Há passagens do santo padre, em sua mensagem de abertura, que
merecem maior reflexão. Assim, ele marca o rumo da CF-89, quando diz: herético escritor. Por alguma razão, a que só terão acesso a Santidade o mesmo, apenas trocaram-se os papéis de perseguido e perseguidor,
"Começa a Quaresma, tempo penitencial em preparação da Páscoa: vamos e os seus porta-vozes autorizados, o preço da ação Rushdie logo logo já que o cristianismo convive hoje com uma sociedade laicizada e. de
celebrar rj"" n"c .mo. pela Vida. Morte e Ressurreição do pulou para 6 milhões. Insondávcis sào os desígnios da bolsa de Alá. fato, mais tolerante, e a fé do aiatolá confunde-se com os negócios do
Senhor". (...) Renunciarmos ás obras que provêm, sobretudo, do Maligno"'' ' "E Estado e os usos da sociedade em que está fincada. É legitimo supor
it-ní-ado.r ironizar exaltações levantinas ou persas. Ou mesmo
Ele é o príncipe das trevas e o pai da mentira, "no qual se originam o se indignar verdadeiramente à vista de um episódio em que,, com o que não foi a religião que abdicou dos seus autos-de-fê. A sociedade e
desamor, as contendas e as guerras". E. adiante: "E como a vontade dos escudo fé, que ficou mais prevenida contra eles.
homens é fraca e ferida pelo pecado, a paz exige um esforço continuo de de prescreve-se a queima de liv ros e a morte de um escritor.
conversão das mentes e dos corações, para os autênticos valores humanos, Rir da cara dos outros è o mais tradicional subterfúgio para se evitar Ha o risco de recaídas mesmo fio melhor dos mundos, pois o
no caso dos cristãos, é a "penitência e acreditar no Evangelho" (Mc 1,15), nosso próprio confronto com o espelho. alicerce da convicção totalitária resiste. Na corte do cardeal Ratzinger
que ha de levá-los a viver, testemunhar e anunciar a Boa Nova da salvação O tribunal explicito — injusto, ignominioso, exorbitante, inqua- ou nos redutos da Teologia da Libertação, todos comungam da idèi|
em Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre". lilicável etc. etc. — de Rushdie. que pode terminar em sangue, não de que a fé é soberana, e que a ela se subordinam as demais
A palavra do papa é a instância suprema na indicação das diretrizes difere, em conteúdo, do julgamento discreto — sorrateiro, desculpo- manifestações do espirito humano. Só no momento em que a socieda-
a seguir na Campanha da Fraternidade de í(9 Bem utilizados, esses meios so, aveludado mas igualmente implacável — a que tém sido submeti- de dos homens se convencer, no fundo de sua alma. que a arte. sim.
são valiosos colaboradores na formação religiosa do Povo de Deus. "Em dos Jean-Luc Godard ou Martin por exemplo, o pensamento e a ciência são soberanos, acima dos
vez de lamúrias pelos males existentes neste terreno, busquemos, por uma Scorsese. Na base da acusação,
achaques eventuais da crença, e que a negra tradição da caça às
ação organizada e eficaz, que eles colaborem com a missão que nos foi pre\ alece o mesmo argumento — a blaslêmia. Blasfemo é todo aquele bruxas, ora protagonizada por Khomeini. terá sido definitivamente
confiada: "tomar Cristo mais conhecido, amado e obedecido, entre nos". que investe contra os profetas e os dogmas de uma religião. Dogmas
encerrada.
são para quem crê neles, mas a noção condenatóría de blasfêmia não
Dom Eugênio de Araújo Sales é cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro padece de colorido subjetivo, ao contrário, é de uma cavalar
objetivi- Nirlando Belrào é redator-chefe da revista tstoê/Senhor
 12 ? I" caderno ? sábado, 4/3/89 JORNAL DO BRASIL

Monte Paseoal,
ponto
Obituário
inicial avistado
Kio dc Janeiro por
i ^BBI I Ail
Antônio Francisco Freire, 7X Francisco Xavier, no Caju Cabral, arde em fogo
anos, de crise cardíaca, em ca- (Zona Portuária). Tinha um
sa, em I aranjeiras (Zona Sul). lllho. SALVADOR — O Parque Nacional do Monte Paseoal
Português, viúvo, foi sepulta- Antônio Rodrigues <ic Araújo, — onde fica o primeiro ponto avistado
por Pedro Alva-
do ontem no Cemitério de São 69 anos, dc choque scptico, cm rc_s Cabral ao chegar ti costa Brasileira — está pegando logo.
João Batista, em Botafogo casa, em Madurara (subúrbio São quatro grandes focos de incêndio na área cedida ú
(Zotia Sul). Tinha quatro li- da Central). Português, viúvo, Funai para abrigar os índios pataxòs, no município de Prado,
lhos, foi sepultado ontem no temi- a 785 quilômetros da capital.
Maria ffiiisa Gonçalves Cavai- tério do Caju. Tinha quatro II- A polida l-cdiTil di-slni-mi nnlcm'ni*",mo IX aivnti-s rvi
cilntir&kinoSj de. hipaicasin,.-. Jlios».. o município de Eunápolis, a fim de acompanhar outras 71)
cm casa. cm Botafogo (Zona Aurora de Jesiis, 82 ano's",'"d6~ iessoas que se
Sul). Fluminense, divorciada, embolia pulmonar, em casa, preparam para combater o fogo. Além de 20
Homens do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
foi sepultada ontem no São cm Realengo (subúrbio da Naturais Renováveis (IUMA) — que congregou os extin-
João Batista. Central). Portuguêsa| viúva, tos jBDF, Seina e Sudepe —, se deslocaram para a área
.VIoacir de Bastos Coinibra, 74 foi sepultada ontem no do Ca- funcionários de empresas que têm projetos de rellorestamento
anos, problemas cardíacos, cm ju| Tinha dois filhos. na região: Aracruz Celulose, Ferbâsa, Copene, Duratex, Ba-
çisa, em Ipanema (Zona Sul). Olindina Maria da Conceição] hiasul e Florestal Rio Doce.
Fluminense, casado com Elvi- 94 anos, de edema agudo no A Petrobrás já colocou á disposição do IBM A um heli-
ru Pederneiras Coimbra, foi casa, cm Vila Isa- cóptero para atuar na área, na qual dois agentes descobriram
sepultado ontem no São João pulmão, cm Norte). Paraibana, o incêndio na mala quando faziam um vôo de inspeção nü
Batista. Tinha uma filha. bel (Zona
ontem reserva de Monte Paseoal. O incêndio começou quinta-feira,
Antônio Carlos dc Sá, 62 anos, solteira, foi sepultada mas agentes do IBMA conseguiram apagar o fogo, qué
de complicações cardíacas, em no Caju. entretanto voltou ontem com intensidade e o incêndio ganhou
casa, na Barra da Tijuca (Zona Marcelina Oliveira da Silva, 58 grandes proporções.
Sul).' Fluminense, casado com anos, de edema agudo no pul- O Parque Nacional do Monte Paseoal tem, por decreto,
l lerme dc Castro Sá, foi scpul- mão, em casa, no Centro do 22.500 hectares, mas o antigo IBDF cedeu, por convij-
lado ontem no São João Batis- Rio. Fluminense, solteira, foi PrrTr • '¦; ,74 ¦ ' ; nio com a Funai, 8.500 hectares para que ali vivessem as
ta. Tinha um filho. sepultada ontem no Caju. Ti- /¦' x* • ;• V •'* • ?' índios pataxòs, em seu habitai natural. Mas, há alguns
Valquiria Sousa, 75 anos de nha três lilhos. dias, a representação do IBMA em Eunápolis vem denun-
crise cardíaca, em casa, em Brandina Maria Reginaldo, 57 ciando o desmatamento feito pelos próprios índios e par
i.São Cristóvão (Zona Norte). anos, dc câncer, em casa. Mi- outros exploradores.
, iCearense, solteiro, foi sepulta- ncira, viúva, foi sepultada on- A reserva indígena limita com o restante do parque (14 mil
do ontem no Cemitério de São tem no Caju. Tinha um filho. Suplicy convence hectares), do qual é separada por dois rios, o Corum-
sem-teto a bau e o Caraiva, que, no momento, impedem o alastramento
Estados do fogo para o restante da área.
03 03.89 — O Popular ~ j • 7i /1/(II
Stanislaw Szmajzner, 62 anos fy "W* /r 1
7 rflx 11 TKft /I ^ /fff /ft H a sTS TWi /"# /~W I T) 1/ • 1 ,
de inlarto fulminante, na noite 3 tntFtTuttrf ijl i fLLJiA/V r oiicia Baiana resgata
dc quarta-feira, cm seu aparta- O
mento, em Goiânia, onde foi SÃO PAULO — O pequeno empresário Sílvio Rocha — aconteceu. Ele fez questão de telefonar para o diretor de
enterrado na manhã de ontem. menino seqüestrado e
Autor do livro Inferno em So- que já liderou nove invasões de conjuntos habitacionais desde segurança da Câmara, Francisco Falconi, na frente dos jor-
bibor, lançado cm 1962, pela que a prefeita Luíza Erundina foi eleita — tentou invadir a nalistas: — Você tinha que ter me avisado — disse, depois de
Câmara Municipal da capital no começo da madrugada de ser informado que Falconi saiu do prédio à meia-noite, seqüestradores
Editora Bloch, Szmajzner, ju- ontem (1 h45). Rocha chegou á Câmara, no centro da cidade, prende
deu polonês, só se tornou co- justamente quando Silvio Rocha começaca a tirar os móveis SALVADOR — Depois de três dias de perseguição a
nhecido depois de.identificar! por volta dc meia-noite, acompanhado de 50 pessoas e três de um dos caminhões. O presidente da Câmara não quis usar dois homens que seqüestraram, na noite dc terça-feira, b
em São Paulo, o carrasco na-
caminhões fretados, que carregavam móveis e uma grande a palavra conivência — "só achei estranho"—, mas já deter- garoto Alcides Trento Júnior, de 7 anos, filho de um grande
zista Franz Wagner, preso pela quantidade dc tralha doméstica. A invasão só não foi consu- minou a troca das chefias da segurança civil e militar.
mada porque, por obra do acaso, o chefe de gabinete da plantador dc soja no oeste da Bahia, a policia baianjt
Polícia Federal em 1978, de- Queixa-crime — Outra providência de Eduardo Su- conseguiu resgatar o garoto vivo e ileso, na madrugada de
pois de denunciado pelo grupo presidência da Câmara, João Batista Breda, passou na hora ontem, e prender três implicados no seqüestro. !
do caçador dc nazistas Simon pelo local — e avisou por telefone ao presidente Eduardo plicy foi entrar com uma queixa-crime na Procuradoria Geral
Wihesental. Ultimamente, Sz- Suplicy. "Quando eu cheguei, os móveis estavam sendo des- de Justiça do Estado, pedindo averiguações sobre Silvio Emocionado, o fazendeiro Alcide Trento recebeu ontem
carregados dos caminhões, para depois serem levado ao Rocha e consultando sobre a eventual possibilidade de seu o seu filhos das mãos do secretário de Segurança Pú-
majzner morava sozinho em O herói de Sobibor saguão de entraáa", contou Suplicy. enquadramento criminal. Dirigente de uma associação de blica do estado, Ênio Mendes, e agradeceu o empenho dos
Goiânia. Logo que teve o in-
farto foi socorrido por um vi- Com paciência e serenidade, Suplicy conseguiu que os sem-teto de Vila Nhocuné, na Zona Leste, Sílvio Rocha já policiais no caso. Dois seqüestradores, exatamente os
ros, Szmajzner organizou um responde a dois inquéritos, em delegacias policiais da periferia responsáveis pela captura da Alcides Júnior, ainda estão
zinho, sentindo ainda as pri- levante que conduziu â fuga, móveis fossem levados de volta ao caminhão que os desem-
barcava — ele próprio chegou a carregar várias peças — e da capital, mas a prefeitura tem evitado prendê-lo temendo foragidos.
meiras dores. Mas morreu nos depois que o grupo matou seis uma reação dos seus liderados. O garoto foi seqüestrado no início da noite de terça-fei-.
braços do amigo, entes de ser guardas responsáveis pela con- passou a conversar com-Sílvio Rocha e seus liderados, num ra, quando ia comprar pão. montado em sua bicicleta, na'
encaminhado ao hospital. Sua tagem dos presos. Na esteira diálogo que durou até o começo da manhã, no Salão de Café Suplicy rebateu a crítica de que teria sido condescendente
mulher, Noêmiaf e os filhos dos cinco líderes do levante, da Câmara Municipal. Até que alguns invasores concorda- ao receber os invasores logo depois de tentativa de ocupar a cidade baiana de Mimoso do Oeste. Dois homens (Colinérí-
Norberto, de 31 anos, e Josc, acabaram fugindo de Sobibor ram em ser encaminhados a um centro da triagem da Secreta- Câmara. "Eu agi co.rctamente, para evitar violência e res- co Barbosa dos Santos Filho e Valdemar Correia de
de 34, que moram no Rio, esti- 300 dos 600 presos isolados no ria do Bem-Estar Social. guardar o prédio da Câmara, não em atenção a Sílvio Rocha, Sousa) colocaram-no dentro de um automóvel Voyagc ver-
veram em Goiânia para o en- campo. Até o ano passado, 22 Tudo combinado — As pessoas que acompanhavam mas às pessoas pobres que estavam com ele", disse. Ao lado de e ganharam a estrada.
terro. Norberto contou que, desses 300 fugitivos ainda esta- Silvio Rocha haviam sido retiradas, na manhã do dia ante- de Suplicy, o presidente da Cohab, Miguel Reis Afonso, que Avisado, o pai do garoto ainda tentou interceptar os
nos últimos anos, a grande vam vivos, incluindo o líder do rior, do Conjunto Habitacional Itaquera I, na Zona Leste da não esconde mais a indignação com Sílvio Rocha, foi mais seqüestradores telefonando para um posto de gasolina
paixão do pai eram as flores, levante, Sacha Rostov, que capital. A retirada, baseada numa medida liminar de reinte- duro: "O dia em que eu me encontrar pessoalmente com ele de sua propriedade, a 30 quilômetros da cidade, e pedindp
que cultivava em, seu aparta- morava na União Soviética. O gração de posse, foi feita sem violência, mas a maioria dos vou prendê-lo". para que fosse feita uma barreira com carretas, in*-
mento, sobretudo orquídeas, livro virou filme, chamado Es- invasores não quis receber o apoio que a Cohab estava pedindo a fuga. Mas os seqüestradores já haviam passadô
Sílvio Rocha não acompanhou as famílias que foram
jasmins c rosas. Mas estava -cape from Sobibor ("Fuga de oferecendo (caminhões para a mudança e centros de triagem levadas para o centro de triagem, mas ontem à tarde voltou á pelo posto.
também muito empenhado na Sobibor"), produção da CBS, "Eles estavam Na manhã de quarta-feira, os seqüestradores fizeram o
para estadia temporária). já preparados para a Câmara e foi procurar Suplicy no gabinete da presidência.
publicação do seu livro nos em cooperação com uma pro- invasão da Câmara", disse ontem a diretora de Integração Como o vereador não tivesse chegado, andou por alguns primeiro contato telefônico com a família do garoto b
Estados Unidos. Os direitos dutora inglesa c financiado pe- Comunitária da Cohab, ldalína Francisco Sampaio. fixaram o preço do resgate em NCzS 200 mil. Ficaram dè
. gabinetes e foi embora, deixando no"Ele ar ameaças de outras
para a publicação em inglês já la Chrysler Motors. Szmajzner
O presidente da Câmara, Eduardo Suplicy, afirmou ter invasões cm prédios da prefeitura. tem a intenção de ligar novamente á noite, para fornecer detalhes sobe o
estão vendidos para a editora trabalhou como consultor exc-
americana Holocaust Publica- cutivo do filme e fez sempre estranhado a omissão dos quatro policiais militares responsá- provocar uma situação difícil", disse Suplicy, levantando pagamento do resgate e botar Alcides em contato com os
tions. No livro, Stanislaw Sz- veis pela segurança da Câmara durante à noite. "Foi uma novamente a suspeita de que Rocha seja a parte visível de pais, o que foi feito.
questão de que tudo fosse o falha muito séria na segurança", disse Suplicy, que está algum esquema político montado para perturbar a adminis- A policia foi informada e começou a trabalhar em
majzner conta a sua fantástica mais fidedigno possível. O lan-
•fuga do campo de extermínio tomando providências para saber em detalhes como tudo tração petista. absoluto sigilo, acompanhando as informações sobre ó
çamento se deu no ano passa-
de Sobibor, na Polônia, quan- do nos Estados Unidos. No percurso que o carro fazia. O Voyage acabou sendo encon-
do tinha 17 anos, em 1944. Brasil, o filme continua inédi- trado há dois dias na porta da casa do pai de Colimérico
Com mais cinco companhei- to. Barbosa, um dos seqüestradores, na cidade de Ipiaú, no
sudoeste do estado.
Pesqueiro afunda no Sul mas No carro, os policais encontraram Florisvaldo Correia
Exterior
Vladimiro Escobar, 67 anos, de to Gcoflsico dos Andes, Esco- dc Sousa, que os levou a uma fazenda onde o garoto
ataque cardíaco, na manhã de bar sucedera no cargo a outro estava preso, no município de Ibirataia. Os dois seqüestra-
ontem, segundo informações jesuíta, Rafael Gobérna, há dores conseguiram escapar do cerco feito á fazenda,
de médicos do Hospital San quatro anos. Especializado em todos os tripulantes escapam onde foram presos três implicados: Adeílza Alves dos San-
Ignacio, de Bogotá. Sacerdote física, ordenou-se sacerdote tos, 15 anos, que tomava conta de Alcides; Antônio Ai-
jesuíta e diretor do Institu- em 1951. PORTO ALEGRE — O pesqueiro santista João de Deus Pela manhã, quando o naufrágio foi comunicado â Briga- ves dos Santos e Valdemar Correia de Sousa (cunhado de
naufragou ontem, durante a madrugada, a 3 milhas de São da Militar de Mostardas (203 quilômetros da capital), foi Colimérico que estava com o Voyage. Antônio, Adeílza e
Simão, município de Mostardas, na costa Sul do estado. acionada uma operação de buscas, com um helicóptero da Florisvaldo são irmãos. Colimérico é conhecido ladrão e
Vinte tripulantes nadaram durante a noite e atingiram a corporação para trabalhar no salvamento. Mas toda a receptador de carros na região do sudoeste baiano.
praia, onde chegaram exaustos, e procuraram uma aldeia de tripulação já estava em segurança no vilarejo de São Simão.
DORCAS EUZABETH pescadores onde pediram abrigo e ajuda. Outros oito tripu- Segundo os pescadores, por volta das 3 horas ouviram um
lantes ficaram no barco até o amanhecer, temerosos de estrondo e logo o barco começou a virar. Parte da embarca- Produtores de fumo
i
SUMREtl MIRANDA se perderem na escuridão, e conseguiram chegar em terra ção, no início da tarde, ainda era visível na superfície.
quando já eram dados como desaparecidos. O barco estava há duas semanas na costa gaúcha, depois bloqi
[ueiam
estradas
(Falecimento) Só havia um bote salva-vidas na embarcação, em péssimo de sair do porto catarinense de Itajaí, cidade onde foi
estado. Devido á proximidade da praia, os tripulantes recrutada grande parte da tripulação. Depois do atendimento
José Lisboa Miranda, filhos, irmão, nora e preferiram se lançar na água. Segundo os soldados da Briga- no Rio Grande do Sul »
cunhados comunicam seu falecimento e con- de emergência no hospital municipal de Mostardas, o ferido
da Militar que os atenderam em terra, muitos sequer ti- Arnildo da Silva foi transportado no helicóptero da Operação Os produtores de fumo de oito municípios gaúchos estão
J vidam para seu sepultamento, HOJE, às 11 nham coletes, mas não souberam informar se por ausência do Golfinho — programa de patrulhamento das praias desenvol- realizando piquetes nas estradas que levam às 20 inciús-
horas, no Cemitério São João Batista, onde equipamento no barco ou por imprudência dos pescadores, trias de fumo, tentando reter o produto, como formu dc
está sendo velada na Capela 6. vido pela Brigada Militar— para a capita.
todos bom nadadores. pressionar os empresários a conceder o aumento de 53% no
O pescador Arnildo da Silva, catarinense, 25 anos, leriu-se A Capitania dos Portos de Rio Grande vai investigar as preço do fumo. Num dos piquetes, realizado próximo ao
quando o barco bateu num banco de areia e—aderrrou. causas do naufrágio e pretende analisar as condições dc município de Candelária, os colonos jogaram pedras contra
Na-qiiedarfráíuYoü a perna e está internado no Hospital navegabilidade da embarcação, aparentemente desprovida de um caminhão que resolveu ultrapassar o cerco, mas não
Municipal de Pronto-Socorro, na capital. equipamentos para casos de acidente. houve feridos.
DAVI D AAORESCU Nos bloqueios montados nas proximidades de Santa Cru'/,
Lilly de Weiss convida os amigos do Sul, Vera Cruz e Venàncio Aires, onde estào: da|s
para o serviço religioso de 30 dias maiores indústrias, policiais da Brigada Militar estão acorri-
em memória do ente querido — panhando comboios de caminhões impedidos de passar. Apq-
David será realizado no do- sar da presença dos policiais junto aos maiores piquetes, não
$ mingo que dia_5.de março às 18:30 hs
MIGUEL MOREIRA DIAS NETO
Avisos
houve confronto entre colonos e soldados, ao contráriq dejs
conflitos da semana passada, quando 12 pessoas, entre pro-
no Ti etFfíl (C.I.B.I) Rua Barata JL Seus amigos Benito Paret, Luiz Athayde, Jorde Tadeu, dutores, populares e policiais, ficaram feridas nos piquetes
ííBéíro 489 José Castro, Kleber Prado, Alfredo de Paula, Alfredo Religiosos nas portas das fábricas. "
|' Um dos integrantes da Comissão Intermunicipal dos Fu-
Laufer, Antônio Guarino, Bóris Sadcovitz, Carlos Ishika- micultores, Nestor Grunewald, ressaltou que os fumicultoros
wa, César Campos, Celso Coelho, Cláudio Maciel, Daniel e Fúnebres estão na segunda fase da mobilização, concentrando o movi-
Monteiro, Frederico Chaves, Hélio Berditchevsky, José Mi- mento no interior dos municípios. Além dos piquetes nas
Recebemos sou anúncio na Av. estradas, estão dirigindo-se diretamente às propriedades dds
HEITOR CAMPOS guez, Luiz Carlos Lopes, Luiz Paulo de Castro, Moisés Brasil, 500 Do domingo a 6J até
Waissmann, Raimundo Queiroz, Renato Benevenuto, Wagner 20:00h, aos sábados e feriados produtores de fumo, em busca de adesão ao movimento.
17:00h. Tel: 585-4350 — 585- ¦ ¦
(FALECIMENTO 02/03/89) Bastos, William Gonçalves, Vicente F. Pinto, Ângela Zetoni, 4326 — 585*4356 ou no horário
A família agradece aos parentes comercial nas lojas de
Antônio Marinho, Nélia Ornellas, Armando Gomes, Antônio NEUZA GRANTHON DA COSTA
e amigos demonstrações de apoio Paulo Martins, Luiz Cláudio Latgê, Paulo S. Machado, comuni- CLASSIFICADOS MISSA 7° DIA
e solidariedade, convidando para a cam com pesar o falecimento de MIGUEL MOREIRA DIAS Para outras iníormaçóes,
consulte o sou Filhos, irmãos, sobrinhos, genros e netos '
Missa de 7o Dia a ser realizada no NETO e convidam para o sepultamento hoje no Cemitério da para a Missa de 71' Dia à realizar-se 1
JORNAL DO BRASIL t convidam
dia 09/03 às 10 horas na Capela do Cidade de Guarani (MG). às 19 h. do dia 05/03 na Igreja de N. Sra. de '
Santíssimo Sacramento na Cate- Copacabana. (Praça Serzedelo Correia)
dral Metropolitana do RJ na Av
Chile (entrada pela Rua dos Arcos,
54) — Centro. COMANDANTE

MIGUEL MOREIRA DIAS NETO AGOBAR MAURÍCIO DE OLIVEIRA

SILVIO MANOEL (FALECIMENTO)

MOTTA
4- Flupeme — Associação Fluminense jl NIEMIRA ALINA D. DE OLIVEIRA, fi-
MISSA DE 7? DIA
I da Pequena e Média Empresa comu- lhos, noras participam o
netos e faleci-
|
A Superintendência Gera] de Construção mento esposo,
nica com de seu pai, avô e sogro e
de Subestações c Linhas da LIGHT - pesar o falecimento do seu
Serviços de Eletricidade S.A. convida convidam os demais parentes e amigos
amigos e companheiros de trabalho, para a Diretor MIGUEL MOREIRA DIAS NETO e
Missa de T- dia, em memória de SILVIO para o sepultamento HOJE, dia 04, às 16
convida para o sepultamento hoje no ""
MANOEL MOITA, que realizar-se-á no horas, saindo o féretro da Capela do
próximo dia 06 dc março, às 8:00 h na Igreja do Santís- Cemitéiro da Cidade de Guarani (MG).
simo Sacramento, sita à Av. Passos, 50, Rio de Janeiro. Cemitério Jardim da Saudade.
JORNAL DO BBASEL
Governo vai
Informe Econômico
uarenta empresários brasileiros, colo-
cados entre os pesos pesados; foram
postjgs^liaiiic-deíta-q-kieslvTccxsTTmõs a unia"
semana do segundo turno das eleições presi-
dcnciais e os dois candidatos são Lula c
Brizola. O que o senhor faria com o dinhei-
ro aplicado no open, isto í\ em papéis do
governo federal?
Oitenta por cento disseram que saca-
riam tudo, imediatamente. Os demais 20%
disseram que sacariam quase tudo.
A sondagem, formal, foi feita pelo pro-
. fessor José Pastore, da Faculdade de Eco-
nomia da Universidade de São Paulo.
Detalhe: diversos empresários, após
.responderem a sondagem, comentaram com
o professor Pastore que até então não ti-
nham pensado no assunto. E uma vez tendo
pensado, achavam que talvez fosse melhor
tomar providências desde já. Isto é, armar
esquemas alternativos para sair progressiva-
mente do mercado financeiro lastreado em
papéis do governo.
Perguntado, um diretor de um dos
grandes bancos brasileiros disse que já tem
em andamento alguns desses esquemas-.
Quais?
"Se
eu contar como é, o governo atra-
palha."
Nau sem rumo
"O
barco da economia está malconduzi-
do."
Eis um comentário pertinente, partindo de
quem partiu: um economista formado pela
Universidade de São Paulo e navegador que
cruzou o Atlântico num barco a remo, Amyr
Klink.
Quem é?
Dois líderes sindicais importantes, Louren-
ço Ferreira do Prado, da Confederação dos
Trabalhadores em Empresas de Crédito, e Lu-
cio César Pires, da Federação dos Bancários,
apareceram na posse do novo presidente da
Federação dos Bancos, Leo Wallace Cochrane
Júnior, na noite da última quinta-feira, no lu-
xuoso salão do Clube Monte Libano, em São
Paulo. Banqueiros comentavam que era um
sinal da abertura já promovida pelo novo presi-
dente de sua associação.
E por que então os líderes bancários não
foram convidados para a mesa? É que os orga-
nizadores não conheciam a cara deles. Aliás,
poucos conheciam. Quem é? — ouvia-se nas
rodinhas. Valia para os líderes bancários e para
o secretário das Finanças da Prefeitura de São
Paulo, o petista Amir Khair, também presente.
Valeu. Trocaram-se alguns cartões.
Novo emprego
O executivo Cassio Casseb será o diretor-
financeiro do Mantrust—SRL, o novo banco
presidido pelo ex-ministro João Sayad, associa-
do ao Manufacturers Hanover, o quinto maior
banco dos Estados Unidos. Casseb deixa o
Banco Francês e Brasileiro.
Cara a cara
Tem óleo de soja, vocês é
que não estão
comprando.
Engraçado. Com os
preços que vocês
pedem...
O diálogo, entre fabricantes de óleo de soja
e diretores de supermercados, se travou no
gabinete do ministro da Fazenda, Maílson da
Nóbrega, também presente.
Não chega talvez a ser uma tática, mas o
ministro também colocou na mesma mesa pro-
dutores de autopeças e montadores de veículos.
Enquanto quebra o pau entre as partes, o
ministro segura o congelamento.
Fogo cruzado
O secretário do Serviço de Patrimônio da
União, Leonel de Carvalho, tomou sozinho a
decisão de demitir o delegado do Patrimônio
em São Paulo, Antonio Ricciteli, genro do
ministro do Desenvolvimento Industrial, Ro-
berto Cardoso Alves. Em Brasília, o Ministério
da Fazenda, ao qual está afeto o Serviço, rece-
beu com surpresa a notícia da demissão. Mas
não com desagrado. Cardoso Alves recebeu
com surpresa e desagrado. Ele quer a cabeça de
Leonel de Carvalho.
Há muitas denúncias de corrupção em tor-
no do Patrimônio, em São Paulo.
Lançamento
Em operação coordenada pelo Crediban-
co, Bradesco e Corretora Fator, a Continental
2001 está lançando no mercado 145 milhões de
ações, ao preço de NCzS 41,50 por ação. Com
os seis milhões de cruzados novos a serem
arrecadados, a Continental vai pagar o que
ficou devendo na compra da Metalirio e invés/
tir na nova_ empresa do grupo. A Continental
produz fogões, máquinas de lavar louça e depu-
radores de ar. A Metalfrio produz freezers co-
merciais. Vai passar a produzir residenciais.
Em caixa
A Ford mundial tem 10 bilhões de dólares
em caixa, lucros acumulados no ano passado.
Para investir e ou gastar na compra de outras
companhias.
Endividados
O déficit público do governo norte-ameri-
cano tem uma contrapartida p ri vida. De cada
dez cidadãos americanos, oito são permanente-
mente devedores nos seus cartões de crédito.
Como os governos, rolam as dividas, não pa-
gani.
O dado consta de pesquisa desenvolvida
pelo professor de Ciência Política Enrico Fi-
gueiredo, atualmente lecionando na Universi-
dade de Alabama.
Carlos liberto Siirdvnbelrs, com sucursais
Economia sdbatlo, 4/3/8'J ? I" caderno ri 13
à Justiça contra a URP de
CAI VAIVMi Ac empresas
itmnrocfic esta
i»cl<i_ linvi i n 11 fevereiro
SALVADOR As uma inflação como no v .!> década
início da . I...... I . i..< iu.>. de taxas dei ...
termos ...
juros. "1 stnmos teu -
lais vão recorrer contra a decisão da de 70, mas não pretende zerar a' infla- tando evitar o caos; enquanto o go-
Justiça do Trabalho ioda vez que esta de- ção. Depois de fazer uma explanação verno busca a contenção de gastos, man-
terminar o pagamento da URI' de le- didática sohre o Plano, o ministro res- tem as taxas de |uros elevadas, o que Receita investiga 570
vereiro, como ocorreu com os emprega- saltou que, evitando um piocesso de incomoda, mas é um sacrilicio neccssá-
dos do BNDES e como pleiteiam hiperinllaçào, o governo Sarney possi- rio", disse ele.
Funcionários da Petrobrás C da Rede hilita a consolidação dá transição de- O governo nào-.pfe4en(le.ni:Miu.'i;.4s. empresas do Rio
que
Ferroviarií'Federal. A mTormaçaõ íoi inpçrílica e garante que a eleição des- taxas alias por muilo tempo porque,
dada pelo ministro da Fazcndajj Maílson le ano ocorra em clima de estabilidade como reconhece o ministro, "quebra-
da Nóbrega, que participou Ònlem de econômica. ria todo mundo". Mas, no momento, sonegam os impostos
debate com empresários na Associação' A parte mais difícil do plano, limite considera impossível permitir que os ju-
Comercial da Bahia e, depois, visitou o Maílson, é manter o congelamento. ros elevados sejam repassados para os BRASÍLIA — A Secretaria da Receita Federal inicia no
"Nao listado do Rio, 110 próximo dia 13. a segunda etapa da Cruzada
governador Waldir Pires. se pretende manter a ecommua^ preços dos produtos, cnio chegaram a
Nacional de Cobrança que começou por São Paulo nn último
O ministro adiantou que a nova poli- engessada por muito tempo porque um propor alguns empresários. "C preci- dia 2K. Segundo o coordenador de Arrecadação da Receita,
lica salarial a ser encaminhada ao Con- prazo excessivo causa distorções", «.tis- so evitar que saiam ganhando exata-
mente os que apostam no fracasso." João Gomes Gonçalves, no Rio serão cobradas 570 empresas
gresso Nacional vai ter como base a livre se ele aos empresários. Assegurou que] no período de três meses.
negociação, apesar de estabelecer um pa- no momento, o abastecimento do pais ministro negou que esteja sendo
tamar minimo.de reajuste para assegurar esta num grau tranqüilizador! Porém, preparada unia lista de produtos para Gomes destaca que a previsão de arrecadação 110 Rio é de
alguma reposição às categorias com me- sabe que isso não é uniforme, havendo primeira revisão dos preços congelados NCzS I milhão sendo investigadas, principalmente, as empre-
nos poder de mobilização. Mas, adver- estados onde a situação começa a desde janeiro. "Não tem fundamento. sas dos setores de papel e celulose, açúcar e álcool e metalurgia.
tiu: "Nãó é hora de os empresários terem cupar. preo- Nao está sendo elaborado nada", disse
Mailson. F.le enfatiza que estes setores já .demonstraram reincidência e
grandes margens de lucro como antes, representam o problema 111.ús acentuado 110 estado.
mas também não é hora da busca inces- Com insistência, os empresários pre-
sante de reposição salarial pelo pico." sentes á Associação Comercial da Bahia I Diante de uma platéia repleta de A cobrança será feita por dois fiscais que farão uma visita
Na sua opinião, deve haver uma regra acusavam o governo de não fazer devi- domiciliar inesperada á empresa verificando se ela de fato tem
(lamente a sua parte para que o Plano empresários do setor açucareiro,
salarial explicita. um débito para com o Fisco ou se é uma questão de ajustamen-
o ministro Mailson da Nóbrega confir-
Para o Ministro da Fazenda, a infla- desse certo. Ou seja, afirmavam que fal- mou que os usineiros estão liberados
to, o que é detectado a partir de um exame da contabilidade.
lou coragem ao governo para demitir os Imediatamente os fiscais negociam com os donos da empresa o
çâo de março deve ficar próxima do 90 mil
Índice registrado em fevereiro (3,6%), funcionários que seriam neccssá- para exportar o produto diretamente, percentual do débito a ser pago 110 ato enquanto o restante o
o que dará mais confiança á socieda- rios. Maílson disse, durante o debate, sem a interferência do Instituto do devedor pode negociar com a Receita.
de de que o Plano Verão está funcio- que a demissão de funcionários 'déficit não vai Açúcar e do Álcool (IAA). Ele admi- Os fiscais verificarão se as empresas pagaram o IPI (Impôs-
nando. Segundo Maílson, a inflação de resolver o problema do público no tiu, inclusive, a possibilidade dos in- to sohre Produtos Industrializados), o Imposto de Renda na
fevereiro foi puxada pelos materiais es- Brasil. Contudo, reconheceu que é preci- dustriais do açúcar passarem a operar fonte retido sobre o salário dos empregados e ainda o Imposto
colares — não controlados pelo go- so efetivar as demissões, ainda que não
"É, acima de tudo, mediante adiantamento de contrato de de Renda anual. O não recolhimento dos dois primeiros pode
verno — e pelos hórtifrutigranjeiros, seja nesse nível. uma acarretar prisão por apropriação indébita. Segundo João Go-
crédito (ACC), um tipo de negociação
que tiveram aumento médio de 2()%, o demonstração de que o governo está dis- mcs, a meta de cobrança em todo o pais até o final do ano é de
que não deve se repetir este mcs. posto a adotar medidas impopulares pa- que a maioria dos exportadores faz 4 mil empresas, enquanto outras 100 mil serão fiscalizadas. Ele
No debate com mais dc 200 empresá- ra baixar a inflação: com os bancos privados, que lhes em- acredita, no entanto, que a meta da cobrança pode ser atingida
~
rios baianos, Maílson disse que, com o Mailson salientou que o pais nao vP prrefcrdinhcrro com-base-na-pefspeeti- até o finai destcseiuesiie 'pm iau.-»i do- ntiiU» cjuc vem sendo™
Plano Verão, o governo busca atingir vc uma situação de normalidade em va dc exportação. mantido".
Brasília — J França
Despesas com médicos
serão abatidas do IR
na fonte mensalmente
BRASÍLIA — As despesas médico-hospitalares que
¦
# // ultrapassarem 5% da renda bruta do contribuinte têm
que ser abatidas da base de cálculo do imposto antes da
0# retenção mensal de fonte. O critério é o seguinte: o contri-
buinte entrega à empresa os recibos das despesas para que
elas sejam abatidas do valor sobre o qual o imposto
vai incidir.
Um contribuinte que tenha um rendimento bruto de
NCzS 1.200, por exemplo, e tenha dois dependentes terá
uma base de cálculo de NCzS 1.144.64 porque o abati-
mento por dependente é de NCzS 27,68. No mês em que
suas despesas médico-hospitalares não ultrapassarem os
5% da renda bruta — no caso, NCzS 60,00 — o imposto
vai incidir sobre os NCzS 1.144,64. Nesta faixa, a ali-
quota é de 10% e o contribuinte teria uma retenção de
NCzS 114,64.
Suponha-se que no mês seguinte, ainda com o mesmo
salário, tenha despesas com hospitais e dentistas de
NCzS 150,00, ou seja, ele ultrapassasse os 5% em NCzS
90,00. Este valor, então, tem que ser abatido integralmèn-
te dos NCzS 1.144,64 antes do cálculo do imposto. Isso
Ministra defende reajuste por tempo determinado para depois retomar as negociações
quer dizer que a base passaria a ser NCzS 1.054,64 o que,
aplicada a alíquota de 10%, reduziria o imposto para
NCzS 105,46.
Dorothéa vai índice Abatimentos — São consideradas despesas médicas
propor
para efeito de abatimento do Imposto de Renda os gastos
que o contribuinte tiver com médicos, dentistas, psicólo-
gos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisiotera-
regionalizado salários peutas, hospitais c ainda as mensalidade pagas a entida-
para des que assegurem direito de atendimento ou ressarci-
BRASÍLIA — A ministra do Traba- metalúrgicos de São Paulo que definem o ria fortes pressões por parte do empresa- mento de despesas médico-hospitalares. Caso o
lho, Dorothéa Werneck, pretende le- reajuste dos metalúrgicos do Centro- riado para o descongelamento de contribuinte seja ressarcido, este valor não pode ser abati-
var á próxima reunião do Fórum Na- Oeste", exemplificou. preços
e geraria redução das margens de lucro do, somente o da mensalidade.
cional de Negociação Salarial a proposta
A necessidade de um índice de rea- das empresas, com conseqüente dispensa Segundo o secretário-adjunto da Receita, Eivany An-
de uma política salarial baseada em índi-
ces regionais e setoriais de reajuste sala- juste foi defendido por Dorothéa como de empregados."© Ministério do Traba- tônio da Silva, a legislação prevê que as empresas podem
rial. De acordo com Dorothéa,_a nova uma maneira de preservar a política lho e o TST têm muito a ver com o
nacional de salários. "A negociação que compromisso assumido pelo povo bra- determinar um dia do mês como prazo final para a
regra salarial estabeleceria, após a fixa- entrega dos recibos pelo contribuinte ao departamento de
ção de um Índice nacional, percentuais defendo é o reajuste por tempo determi- sileiro, por todos nós", disse a minis-
nado para depois retomarmos a negocia- tra ao presidente do TS T, ministro Mar- pessoal. Isso não quer dizer, no entanto, que os gastos que
mínimos e máximos para que cada setor
e cada região do país "encontre seu inter- ção", disse. A ministra acredita, ainda, co Aurélio Prates da Silveira, assistida tiver posteriormente não serão abatidos. Eles serão sub-
valo" de reajuste. As negociações em que o governo não deverá colocar barrei- traídos da base de cálculo do imposto do mês seguinte
torno do índice transcorreriam, segundo ras para impedir a greve geral convocada pelo seu antecessor no cargo, o atual com correção monetária. No caso do contribuinte ter
ministro do TST, Almir Pazzianotto. deixado de abater niírn mês NCzS 10.00, esse valor
ela, independentemente da data-bãse de pela Central Única dos Trabalhadores
cada categoria. (CUT) e Confederação Geral dos Traba- será corrigido, mas o percentual de referência, ou seja, os
Dorothéa acredita, como disse on-
Ihadores (CGT) para os dias 14 e 15 | | O movimento grevista tem plena 5%, continuará sendo calculado sobre o salário do mês
deste mês. Segundo ela, a greve é um consciência de que o governo não anterior.
tem em entrevista coletiva, que a de- direito legal dos trabalhadores. ficará impassível à greve geral, marca-
cisão de adotar uma política salarial Para poder usufruir do abatimento, o contribuinte
regionalizada atenderá às diferentes Dorothéa Werneck aproveitou uma da para dias 14 e 15, embora a
ministra do Trabalho, Dorothéa Wer- deve guardar todos os recibos médicos que receber e
áreas do pais, que apresentam caracte- visita ontem de manha ao Tribunal Su- entregá-los ao departamento de pessoal para que a em-
risticas econômicas peculiares. "Cada se- perior do Trabalho (TST), onde almoçou neck, tenha afirmado em Campo
tor e região vai determinar um índi- com os ministros e até recebeu uma placa Grande (MS) que a proposta é nego- presa possa comprovar que as despesas foram superiores
ce de reajuste dentro desse intervalo de prata, para informar que o governo aos 5% da renda bruta. Dentro do novo sistema é
ciar, e não interferir. O presidente da mais vantajoso o contribuinte pedir o recibo com o valor
para que as indústrias maiores possam vai recorrer da decisão do tribunal dc CUT, Jair Meneguelli, entende que a
dar um reajuste maior, enquanto o co- permitir o pagamento da extinta Unida- integral, sem qualquer abatimento oferecido pelos medi-
ministra está blefando e o governo vai
mércio aplicaria um índice menor", ex- de de Referencia dc Preços (URP), em cos ou dentistas. Outra vantagem é concentrar as despe-
reprimir a greve com violência, colo- sas, se puder, no mesmo mês. Caso elas ultrapassem o
plicou. O reajuste não seria dado apenas fevereiro, a determinadas categorias pro-
por ramo de produção já que, segundo fissionais. Dorothéa afirmou ser contra- cando o Exército na rua, "com clara rendimento bruto, o que é possível se se tratar de um caso
Dorothéa, uma indústria no Nordeste ria ao pagamento da URP de fevereiro tendência a reeditar o lamentável epi- mais grave, a diferença corrigida também será aba-
poderia usar o índice menor."Não são os porque a medida, segundo ela, deflagra- sódio de Volta Redonda". tida nos meses seguintes.
Procuradoria informa
Abreu culpa Congresso
pela
caso BR
BI é
juiz que
demora em definir o orçamento
da Polícia Federal
Sem a definição dos vetos, o governo O procurador da República Alcir Molina da Costa enviou
Sérgio Leo ontem ao juiz da 4a Vara Federal, Ariosto Rezende da Rocha,
não tem como enviar a recomposição,
e, além disso, porpor ao Congresso um parecer sobre a competência da Policia Federal nas investiga-'
BRASÍLIA — A demora na negocia- ções do escândalo financeiro da Petrobrás Distribuidora, pe-
projeto de cancelamento de receitas pára dindo a devolução dos autos do inquérito à PF para que as
ção com o Congresso em torno do orça- aplicar os cortes orçamentários adicio- apurações sejam concluídas. Se o juiz não acatar o parecer,
mento da União começa a exasperar o nais previstos pelo Plano Verão. Até 011-
ministro do Planejamento, João Batista tem, quatro ministérios ainda não ti- julgando que a competência cabe á Policia Civil, Molina,
de Abreu. "Estão nos acusando de tirar recorrerá da decisão ao Tribunal Federal de Recursos.
nliam entregue sua propostas de cortes O inquérito da Policia Federal sobre as denúncias de cor-'
o dinheiro da merenda escolar e do crédi-
to agrícola, mas o problema está no (55% das despesas com custeio e investi- rupção foi interrompido quando faltavam apenas dois dias"
Congresso", desabafou o ministro com mentos), e os que o fizeram, segundo o para ser concluído, por decisão do juiz Ariosto da Rocha.:
seus auxiliares, esta semana. A próxima secretario-geral das pastas, que pediram acatando petição inominada (sem razão especifica) do advoga-*
semana, segundo um dos principais cola- para não se identificar, cortaram protiín- do de Geraldo Magela. indiciado por corrupção passiva.
boradores de Abreu, é "crucial" na deli- damente despesas que, esperam, serão Afirmou o procurador que a decisão do juiz causou estra-
nição do orçamento federal, pois, sem autorizadas ate o final do ano. sob pena nheza, por ser inoportuna a apreciação de competência ainda
isso, pode começar a faltar verba até em fase de inquérito, o que só caberia se o processo já tivesse
de colapso nos serviços públicos.
para pagamento de pessoal em alguns sido instaurado. Para interromper o inquérito, o certo seria
ministérios, como o de Desenvolvimento A Seplan também definiu seus pró-' Magela entrar com liabeas corpus, informou Molina.
Industrial. prios cortes, que atingiram profunda- Para justificar a competência da Justiça Federal nas investi-
Esta semana. Abreu manteve conta- mente o Instituto Brasileiro de Geo- gaçòes do caso BR. o procurador argumenta que a União é o
tos com parlamentares para tentar uma grafia e Estatística (IGBE): dos NCzS maior acionista da Petrobrás. empresa executora do monopólio
solução para o orçamento. Ontem, almo- 24.7 milhões previstos originalmente, a estatal de petróleo A Petrobrás e patrimônio da nação e os
çõu com o senador Saldanha Der/i fatos investigados são nefastos para a imagem do pais, disse
repartição terá apenas NCzS 13,5 mi-
(PMDB-MS), lider do governo no Sena- Abreu: [iode faltar verba Ihòes. A administração da Seplan per-
cie.
do. na tentativa de elaborar uma estrale- "O escândalo de corrupção 11a cúpula da BR atinge sobre-
gia de negociação com os parlamentares. constituir quase 60% disso, recompondo deu NCzS 19.4 milhões dos NCzS 35,3 tudo o bom nome da empresa, sua credibilidade no mercado
O congresso, no inicio do ano. vetou dotações para projetos como merenda que teria no orçamento, e os cortes fica- financeiro nacional e internacional", afirma o procurador Mo-
NCzS 22.5 bilhões do orçamento, ale- escolar, orçamento de crédito e pesquisas ram, ao todo. 11a marca dos 55% do lina da Costa em seu parecer ao juiz. Trata-se de crime, em tese.
gando irregularidades na proposta apro- cientificas, vetados na integra, porque a custo e investimento do ministério, NCzS praticado por diretores, incluindo o presidente e o assessor da
\ adâ pelo Congresso, mas pretendia re- Constituição proibevetos parciais. 40.5 milhões. presidência.
 ? 1" caderno n sábado, 4/3/89
.14
Mundial
Banco
Manoel Francisco Itrilo
Corrosponitonlo
WASHINGTON — No mesmo recado que.deu cm meados
de fevereiro, avisando que o governo brasileiro linha a sua
disposição, desde que ãiiiiwrrssc as contraparlidas estabelecidas
nas negociações, USS 4,8 bilhões — relativos a diversos projetos,
alguns deles aprovados cm 1979 — o Banco Mundial lembrou
também que o pais está ameaçado de não se aproveitar de um
pacote de novos empréstimos" que," potencialmente, poderiam
USS 1,2 bilhão para o ano fiscal de 89, que termina em
chegar a"Desse
junho. último pacote, até agora, só conseguimos liberar
dois empréstimos de USS 34 milhões", revelou uma fonte do
Banco. "Até parece que o Brasil não precisa do dinheiro".
Como se isto não bastasse, o pais está ainda pagando uma
taxa de compromisso de 0,75 que o banco cobra em todos os seus
empréstimos, por um dinheiro que não está utilizando. Além
disso, se o desespero de cai*a for muito grande, o Brasil ainda
tem depositados numa conta especial no Banco Central, USS 501)
milhões do Banco Mundial dinheiro que a instituição
automaticamente libera toda vez que um projeto de empréstimo é
aprovado.
Apatia — As razões para que o Brasil não lenha até agora
conseguido colocar a mão neste dinheiro são praticamente as
continuam dormindo nos
mesmas pelas quais os USS 4.8 bilhões "éstá
cofres do Banco c pelos quais o.pais pagando. Uma certa
apatia do governo cm lutar para ter o-dinheiro, a necessidade de
aparecer com um volume de dinheiro igual ao que está sendo
emprestado, resistências internas a alguns dos projetos que a
instituição gostaria de ver implementados, c finalmente uma boa
dose de incompetência — que impede o governo brasileiro de
cumprir contrapartidas para conseguir os financiamentos — e de
confusão.
Diante do dinheiro já á disposição do governo e do volume
potencial de novos empréstimos para este ano, a direção do
Banco Mundial ficou absolutamente perplexa com as declarações
do governo brasileiro esta semana, acusando a instituição de
fazer jogo duro com o Brasil porque ela se recusa a soltar USS
500 milhões para o setor elétrico um dinheiro ao qual, por
sinal, está atada a liberação de parcela de. I ;SS úflQ milhões
de empréstimo do comitê de bancos privados credores do pais.
"O
governo certamente está procurando um bode expiatório,
tentando fazer política com o Banco Mundial para tenatr desviar
a atenção de problemas causados por ele próprio", afirmou a
fonte. "Mas diante desses números, quem é que vai acreditar?"
"Ora. o Banco
já tinha dito diversas vezes que não fazia
empréstimos para investimentos nucleares porque, em países em
desenvolvimento, cies são em geral caros e não trazem nenhum
retorno", disse a fonte. Ela revelou, porém, que o Banco Mim-
dial está decidio a ajeitar este problema, inclusive fazendo um
empréstimo maior do que o pedido de USS 500 milhões ao setor
elétrico.
Maílson contesta
críticas a Amaral
RECIFE — O ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega.
desmentiu ontem que o Brasil está deixando de receber emprèsti-
mos de USS 5 bilhões do Banco Mundial, devido a problemas
operacionais e incompetência do encarregado pejas negociações
entre o governo brasileiro e os credores internacionais, Sérgio
Amaral. Em relação á notícia, segundo a qual o Brasil esta-
ria deixando de receber o crédito, devido à incapacidade dos
órgãos do governo Sarney em formular de forma adequada o
pedido de crédito, Mailson disse que não existe esta quantia á
espera do Brasil, mas sim uma carteira de USS 10 bilhões, que
poderá ser usada para desembolso á medida que os empréstimos
forem sendo solicitados junto ao Bird.
— Trata-se de uma tremenda injustiça contra um diplomata
(Sérgio Amaral), que tem uma longa folha de serviços prestados
ao país e um trabalho profícuo nas negociações entre o
governo e os credores— reagiu Mailson, defendendo Amaral das
críticas feitas pelo cronista Paulo Francis.
Irritado, o ministro descartou que esteja havendo problemas
entre o Brasil e o Banco Mundial decorrentes dá condução dessas
negociações.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
CODEVASF
n Companhia de Desenvolvimento
do Vale do São Francisco
Administração Centrai
EDITAL N° 14/89
CONCORRÊNCIA
OBJETO: Cessão de áreas irrigáveis para implantação
de projetos agrícolas, agropecuários e agroindustriais,
nos Perímetos lrrigados"de Curaçá e Maniçoba, Muni-
cípio de Juazeiro, Bahia; e Senador Nilo Coelho, sendo
o P.A. III, localizado no Município Casa Nova, Bahia, e
as outras áreas no Município de Petrolina, Pernam-
buco.
CONDIÇÕES: Poderão participar pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado.
LOCAIS PARA AQUISIÇÃO: O Edital e anexos estarão
ã disposição dos interessados no Edifício-Sede da
CODEVASF, Setor de Grandes Áreas Norte, (SGAN),
Quadra 601, Bloco I, sala 202, Brasília-DF; 1a DIRETO-
RIA REGIONAL, Avenida Geraldo Athayde 483, Mon-
tes Claros, MG; 2" DIRETORIA REGIONAL, Centro
Empresarial Iguatemi II, 5° andar. Salvador, BA; 3a
DIRETORIA REGIONAL, Rua Presidente Dutra n° 160,
Petrolina, PE; 4a DIRETORIA REGIONAL, Av. Paulo
Barreto de Menezes n° 2150, Sementeira, Aracaju.
—SEi-S^DIRETORIA-fiEGIONAL, Ruduvid Engenheira
Joaquim Gonçalves, km 01, Penedo, AL; GRUPO DE
APOIO ADMINISTRATIVO DE RECIFE, Edifício-Sede
da SUDENE. Bloco Ala Sul, 1o andar, Recife, PE; e
GRUPO DE APOIO ADMINISTRATIVO DE BELO HO-
RIZONTE, Rua Carijós, n° 150,10° andar, Bolo Horizon-
te, MG. LOCAL E DATA DE RECEBIMENTO DAS
PROPOSTAS: Os interessados deverão apresentar
proposta nos locais acima citados, até o dia 25 de abril
de 1989.
OBSERVAÇÃO: O Edital e anexos poderão ser adquiri-
dos nos locais acima, por NCz$ 50,00 (cinqüenta
cruzados novos).
Área de Administração e Finanças.
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40 iojas. uma porto do veeè.
Economia JORNAL DO BRASIL
rebate acusações do brasileiro
governo
tenta empréstimo American Express mais
Governo quer
mil empresas associadas
35
a reforma bancária
para SÀO PAULO — Uma das maiores empre- Campanha — A segunda fase dessa táti-
Banco, com parcelas já liberadas, foi fome- sas de cartão de crédito no país, a American ca de vendas ocorrerá na semana que vem,
Beatriz Abreu cida ao secretário para Assuntos Iritçirnacio- Express do Brasil S.A. Turismo, quer engrossar quando será detonada uma campanha publiçi-
mm do Ministério da Fazenda, ministro este ano seu número de associados ao cartão tária divulgando em jornais, revistas e rádio p,s
BRASÍLIA As dificuldades cada vez ^é'rgiõ"Aniiíra1r|wrni|iie-frC<HiHtLMlos-Baii- •iTnpit«im-ial, ¦A-nKLi-é.-üirair mais de 35 mil dados da pesquisa a ser distribuída ás empresas
cos Credores definisse, de comum acordo
maiores de um entendimento com o Banco empresas para seu rol de filiados, praticamente—infcrevitHtos-. I .onn t-m si-tiuida. a American 1.x-
Mundial (Bird) para a liberação do emprés- com os brasileiros, qual ou quais poderão dobrando o número atual. Para ser forte em um press começa a veicular a propaganda promo-
timo ao setor elétrico brasileiro motivaram o substituir a vinculação ao desembolso do mercado potencial de 170 mil empresas e 700 eional de seus cartões, propriamente dito. Num
setorial elétrico. Formalizada a escolha, o
Banco Central e o Ministério da Fazenda a mil cartões, ela está adotando uma agressiva último momento, a publicidade será direciona-
retomarem as discussões que tentarão viabi- governo brasileiro espera poder receber os estratégia mercadológica que atuará em três da especificamente aos pequenos e médios cm>-
li/ar, até o llm deste semestre, as negocia- USS 600 milhões devidos pelos credores des-
frentes. presários, responsáveis por 80% dos cartões
de dezembro do ano passado e viabilizar a
Ções para aprovação pelo bonrd da institui- outra parcela do mesmo valor programada A primeira, institucional, consiste em cons- empresariais distribuídos. Essa ostensiva divul-
ção tio empréstimo setorial do sistema truir uma sólida imagem de confiabilidade junto gação feita através da mídia e mala direta custa-
financeiro, com a implantação da reforma para o próximo mês.
bancária. Na lista de espera de grandes projetos a este seleto c exigente público consumidor. Por ra aos bolsos da American Express USS 500
negociados com o Banco Mundial está o de isso, a American Express investiu USS 55 mil na mil.
Trata-se de um projeto também polêmi- reformulação do comércio exterior, que a A terceira frente de combate está calcada na
co, porque envolve negociações com o Con- elaboração de uma pesquisa, encomendada ao
instituição deseja ver totalmente liberado
gresso Nacional, mas cm que as autoridades das "amarras administrativas". É uma ne- Instituto de Administração da Faculdade de completa reestruturação' de atendimento ao
econômicas passaram a jogar suas melhores gociação também importante, que ganhará Economia e Administração da USP. que discor- cliente, cuja estratégia de marketing e vendas foi
expectativas, diante das barreiras surgidas á impulso a partir do segundo semestre, quan- re sobre a importância da boa administração baseada na segmentação do mercado. As em-
frente do projeto do setor elétrico. A refor- do uma nova reforma tarifária entrará cm "Que-
ma do sistema financeiro contaria, segundo dos gastos com viagens c representação. presas terão tratamento diferenciado conforme
vigor tornando o mercado interno mais re- remos ser encarados como expert". avisa Ro- seu ramo de atividade, porte e localização.
o projeto original, com recursos da ordem ccptivo aos bens importados, O problema da
de USS 500 milhões. negociação deste empréstimo, que já se ar- berto de Lima Cavalcanti, vice-presidente de Além disso, os clientes antigos serão constante-
Os problemas de relacionamento com o rasta há alguns anos, é de dosagem nas planejamento estratégico da empresa. Uma das mente retrabalhados. visando uma ampliação
Bird, que mantém na apreciação dos proje- decisões. O Bird insiste em que o governo sugestões contidas nesse estudo para reduzir a das vendas. "Queremos atender adequadamente
tos uma burocracia de "enlouquecer os ne- brasileiro deve ser mais ágil e eliminar total- valores mínimos o uso de dinheiro em espécie, é e com sofisticação ás necessidades especificas de
gociadores brasileiros", como contou um mente as formas de controle administrativo a utilização do cartão de crédito empresarial cada tipo de empresa", explica Cavalcanti, que
deles, já provocou seus efeitos no acordo de do comércio exterior. Os negociadores brasi-
renegociação da divida externa. Ontem, uma leiros estão do lado oposto, na medida em que possibilita melhor utilização do capital de criou um departamento de marketing especifico
giro, antes destinado para adiantamentos de para atender os interessados no cartão empresa-
lista com todos os empréstimos que se en- que defendem a cautela e o gradualismo na viagens. rial.
contram em situação tranqüila dentro do implantação das mudanças.
Dólar reage no mercado portenlio
passado esse desembolso cresceu para USS
Pesquisa mostra 2.8 bilhões. Isso eqüivale ao que o pais
M a u ríri o Cardoso 150 milhões) e parte para uma reforma do
importa de petróleo e é 30% superior a
Corresponderia sistema financeiro público (USS 200 mi- tudo que se gasta em publicidade anualmen-
anual de
BUENOS AIRES — As autoridades lhões). Segundo fontes do Banco Central, o gasto te.
econômicas fizeram o maior empenho para Banco Mundial cobra da Argentina uma Serviço — Desse conjunto de gastos,
minimizar a intensidade do golpe sofrido reforma alfandegária que permita importa- USS 2,8 bilhões 89% são efetuados dentro do território.,
com a suspensão, pelo Banco Mundial, da ções automáticas c uma redução dos depósi- interesse da American Express nos nacional e apenas II% são referentes a
concessão de um empréstimo de USS 350 tos compulsórios do sistema bancário. Esta O gastos das empresas com viagens e re- viagens internacionais. a /Imetadepesquisa mostra
milhões, mas o mercado financeiro portenlio última exigência começou a ser cumprida que aproximadamente das empre-
reagiu violentamente á novidade. O dólar, pelo Banco Central desde o inicio da semana presentação (hospedagem, locomoção e re- sas
feição, quando o funcionário está a serviço pesquisadas não possui pessoal especial-
que na tarde da quinla-léira. dia do anúncio passada, quando os depósitos compulsórios da companhia) é mundial. Desde 82, a ma- mente designado e qualificado para executar
da medida adotada pelo Banco Mundial, foram reduzidos numa tentativa de fazer tais o fazem através da
tocara os 32 austrais, chegou a 36 austrais baixar as altas taxas de juro. Por isso triz American Express International realiza secretária e 20% (32%
preparativos
viajante). O
uma pesquisa bianual sobre a dimensão des- pelo próprio
durante a jornada de ontem e fechou em mesmo as autoridades do Tesouro têm espe-... restante vale-se dos serviços das agências de
33,50. Mesmo com a baixa, o ágio entre o ranças de que nas próximas semanas vc- se mercado, pormenorizada por setores in- viagens.
dólar oficial e o livre elevou-se a 116%. filiam a receber o dinheiro que o Bird lhes dustriais- Ela também é realizada no Japão, O estudo constata ainda que 31% das
O Ministério da Economia distribuiu no- negou agora. na Inglaterra, na Espanha, no Canadá, no viagens são realizadas para contato com
ta. na noite de quinta-feira, na qual conflr- O Banco Mundial era o único parcei- México, na Venezuela e na Argentina. Esta clientes, 20"o para promoções de vendas e
ma a suspensão do empréstimo do Banco ro a dar suporte à política econômica argen- estratégia de trabalho institucional visa a l6"o sob o motivo de assistência técnica.
Mundial, esclarece que a medida é transito- tina na esfera internacional. O governo ne- engordar ainda mais sua carteira de 27 mi- Outro dado apurado — que será enfatizado
ria e será mantida até que a Argentina cum- gocia um acordo com o FMI há mais de um lhões de associados de alto poder aquisitivo nas propagandas da American Express —
pra as condições estabelecidas no acordo ano, sem conseguir sair do impasse. A maior em todo o mundo, que gerou um lucro para são as principais formas de pagamento utili-
para a concessão do crédito em outubro pas- dificuldade está na exigência do Fundo para a empresa, no ano passado, de mais de USS zadas em viagens onde os adiantamentos
sado. Também o Banco Central procu- que a Argentina reduza seu déficit público, I bilhão. Seus nove tipos de cartões são ocupam 7% do Índice nas nacionais e 82%
rou diminuir o impacto da medida adotada no ano passado ficou em 5%. aceitos em 2,2 milhões de estabelecimentos nas internacionais. Em média. USS 19 mil
pelo Banco Mundial, reduzindo-a a uma que em 160 países. por empresa lica fora da conta bancária a
decisão de caráter técnico. "A reunião da Com os bancos, a Argentina está em
uma moratória não declarada desde abril do A primeira edição da pesquisa sobre titulo de adiantamento e. por ano. as 256
diretoria do Banco Mundial não tinha como o mercado brasileiro acaba de ser con- firmas entrevistadas gastam com isso USS
objetivo aprovar ou desaprovar o descmbol- ano passado, com um calote acumulado de cluida pela USP, patrocinada pela American 400 milhões. "Sc colocarmos o custo finan-
so para a Argentina", explicou um porta- USS 2,3 bilhões. A banca exige pelo menos Express do Brasil S.A Turismo. Segundo o ceiro. esse número torna-se bastante signifi-
um pagamento simbólico do atrasado para
voz do Banco Central. estudo, as empresas do Brasil gastaram em cativo", avalia Roberto de Lima Cavai-
Reforma — O desembolso que o Ban- fechar um acordo de refinanciamento. En- 86 e 87 USS 2,6 bilhões por ano com viagens canti, vice-presidente de planejamento M
co Mundial deveria fazer cm favor da Ar- quanto isso, a situação continua tensa na e representações — estima-se que no ano estratégico da American Express.
gcntjriá em fevereiro se destinava cm parte área interna, com o dólar resistindo a todas
ao financiamento do comércio exterior (USS as tentativas do governo.
Crédit Commercial amplia Siderbrás nega ingerência
ao Brasil empresas controladas
nas
financiamentos
SÃO PAULO — O Crédit Commercial e pelo crescimento do volume de exporta- BRASÍLIA — O diretor financeiro da Si- (USS 129 milhões), pagamento de dívidas de
de France (CCF), subsidiária brasileira de ções do país a cada ano que passa", afirma derbrás. Gabriel Mouzinho, esclareceu, ontem, estatais, principalmente a Companhia Vale dò
um dos cinco maiores bancos franceses e o Mencier. que a holding estatal do setor siderúrgico não Rio Doce (USS 153 milhões), BNDES (USS 293
está liberando pagamentos aos fornecedores e milhões) e cobertura de compromissos junto ap
principal de capital privaldo, ampliou a sua O CCF está realmente interessado em sistema financeiro (USS I bilhão 64 milhões).
linha de financiamento ao comércio exterior empreiteiros das empresas controladas a partir
do Brasil de USS 50 milhões para USS 100 aumentar sua participação no mercado bra- de uma lista presumivelmente elaborada pelo Para liquidação desses débitos, a Siderbrás
milhões, O fato de maior importância nesse sileiro, e esse é apenas um exemplo adicio- chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvi- repassaria USS 315 milhões á Companhia Side-
aumento de capital de curto prazo para nal, segundo Mencier. No ano passado, o mento Industrial, Ciência e Tecnologia, Mário rúrgica Nacional, USS 687 milhões á Compa-
integralizar a carteira de crédito comercial banco aumentou seu capital de USS 20 mi- Masagão Filho. nhia Siderúrgica Paulista, USS 71 milhões á
internacional brasileira é que USS 30 mi- lhões para USS 30 milhões através de pro- — A Siderbrás não tem autorização legal e Açominas, USS 60 milhões á Usiba e USS 79
lhões do volume total foram desembolsados cesso de conversão de divida em investímen- nem capacidade física de acompanhamento pa- milhões à Aços Finos Piratini. Outros USS 896
voluntariamente pela matriz do CCF, insta- to. Nesse ano, o CCF vai repetir a dose: o ra interferir nas usinas, do modo como foi milhões seriam destinados à própria holding.
lada em Paris. objetivo agora è o de aumentar o capital do anunciado. As usinas são autônomas e progra- que, no programa de saneamento financeiro
banco de USS 30 milhões para USS 40 mam os seus próprios cronogramas de paga- aprovado em 21 de janeiro de 1987, assumiu
Conforme o acordo de reescalonamento milhões, também perrintermédio de opera- mentos. E a Lei das S.A. proíbe a ingerência dos pesados compromissos originalmente contraí-
da dívida externa brasileira, firmado em se- ção de conversão. "O Brasil é rico e vai nesse tipo de coisa —. garantiu
controladores"Além dos pelas usinas que lhe são subordinadas.
tembro do ano passado entre o Brasil e os superar suas dificuldades. Aliás, em termos Mouzinho. disso, a filosofia empresarial Repasses — Mouzinho disse que as usi-
bancos credores, o CCF deveria contribuir de América Latina, nosso banco só está do Sistema Siderbrás não permite esse"Tenho tipo de nas. contudo, não chegaram a receber os repa- '
compulsoriamentc com USS 20 milhões pa- instalado no Brasil e vai continuar atuando ingerência", afirmou, acrescentando: a ses totais previstos. A CSN, por exemplo, ficou
ra as linhas dos projetos 3 e 4 (onde se apenas aqui", acrescenta Mencier. impressão de que a Siderbrás está sendo jogada com USS 264 milhões e a Cosipa com US$.4.88
concentram os recursos de cerca de USS 14 no meio de um tiroteio de natureza política". milhões, enquanto a Açominas recebeu, pre-
bilhões que compõem as linhas de curto Não foi por outra razão, por exemplo, Debêntures — Gabriel Mouzinho fez porcionalmente, a principal parcela: USS 70
prazo de. financiamento do comércio exte- que o CCF solicitou e recebeu do Banco uma exposição bastante detalhada sobre o lan- milhões dos USS 71 milhões já previstos. Em 3T
rior e interbancário para efeito de composi- Central autorização para funcionar como de agosto de 1988, as dívidas vencidas da CSN.
"Nossa çamento de debêntures, pela Siderbrás, desde
ção da divida externa brasileira), banco múltiplo (diversas modalidades finan- setembro do ano passado, sipa. -AynwinaS^Piratini p 1 kiha somavam
subsidiária, portanto, está recebendo mais ceiras englobadas em uma só contabilidade). a fórmula encontrada pelo governo federal para USS 1 bilhão 55 milhões. Com os repasses
do que obriga o acordo de setembro passa- Com isto, o CCF, que foi constituído como
quitar dívidas bancárias com fornecedores e efetuados pela Siderbrás. as dividas, em 31 de
do", afirmou o diretor-superintendente do banco de investimento, poderá, a partir de "Não exis- dezembro passado, foram reduzidas para USS
empreiteiros das usinas siderúrgicas.
CCF no Brasil. Bemard Mencier. agora, atuar também como banco comer- te nada mais explícito do que isto", exclamou 466 milhões.
Do capital de comércio exterior de USS ciai, sociedade de crédito imobiliário e fi- Mouzinho, mostrando uma cópia do edital de O lançamento de debêntures, porém, não
100 milhões, porlaiitó. USS 50 milhões são nanceiro. A novidade, neste caso, é que o lançamento de debêntures da Siderbrás, no atingiu os USS 2 bilhões 108 milhões, fechando
recursos do próprio CCF e o restante é CCF, que sempre atuou em seus 27 anos de montante de USS 2 bilhões 108 milhões, ocorri- em USS 1 bilhão 734 milhões. O restante (USS
composto por linhas repassadas por outros atividades no Brasil como banco de atacado, do em 9 de setembro de 1988. 374 milhões) está sendo examinado no âmbito
bancos europeus e americanos, que pos- grandes negócios, comandando as ope- Ele explicou que a captação de recursos da comissão que acompanha o Plano Verão, já
"A para
rações de um andar no alto de um prédio na através das debêntures seria destinada a forne- que torna-se necessário adequar as caracleristi-
suíam dólares disponíveis no Projeto 3. cas financeiras da emissão de debêntures- às
financeiro de São cedores privados (USS 272 milhões), operações
explicação para o aumento de capital na Avenida Paulista, "aterrissarcentro abrir uma agência bancárias de curto prazo (USS 197 milhões), novas condições do mercado após o dia 15 de
nossa linha de comércio exterior se justifica Paulo, vai para
pela confiança de nossa matriz com o Brasil no térreo, tornando-se exposto ao público. liquidação de débitos entre as próprias usinas janeiro, quando foi editado o Plano Verão.
GOVERNO
DAS MUDANÇAS
ESTADO DO CEARA
¦IWJmWi
A >U1
CONQUISTA
CONCORRÊNCIA PÚBLICA N.° 005/89
ORIGINÁRIA DO IPLANCE
FALIAVA
QUE
AVISO WEíADIAMENTO
A Comissão Central de Concorrências, em razão de NASUA VIDA
modificações introduzidas no corpo do Edital, torna público o
ADIAMENTO para o dia 30 de março de 1989, às 9:00
INOVE) horas na rua Silva Paulet, 324 — Aldeota, da sessão
pública de recebimento da documentação e proposta de VOCÊ ENCONTRAI
preços para a contratação dos serviços para Elaboração de
Estudos Básicos Referentes ao Programa de Desenvolvimento
do Turismo em Área Prioritária do Litoral do Ceará.
Maiores informações, cópias completas do Edital e suas NOS í
modificações poderão ser obtidas na sede do IPLANCE, no
Centro Administrativo Gov. Virgílio Távora — CAMBEBA —,
de segunda a sexta-feira no horário de 8:00 às 12:00 e das
14:00 às 18:00 horas. CLASSIFICADOS
IFI
A COMISSÃO
 14 n Io caderno ? sábado, 4/3/89 ? 2" Edição Economia JORNAL DO BRASIL

Credores desvinculam empréstimo do setor elétrico

mm
Manoel Francisco Brito
Corrospondonto
WASHINGTON — 0 Brasil está próximo cie conseguir
os US$ 600 milhões cm dinheiro novo dos bancos privados
americanos. Depois de dois dias de negociações, o represen-
tante do governo brasileiro e os banqueiros, reunidos
em Nova Iorque, concordaram em desvincular este novo
empréstimo de um financiamento do Banco Mundial para
o-setor elétrico, no valor de USS 500 milhões. Este dinheiro
~tíõ"Banco
Mundial era para ter chegado ao Brasil em
outubro do ano passado, mas a dificuldade nas negociações
acabou impedindo o seu desembolso e, em conseqiién-
cia, o da parcela de US$ 600 milhões dos banqueiros
privados americanos.
Ainda assim, o empréstimo dos bancos estará vinculado
à liberação de recursos do Banco Mundial. Só que
não mais a financiamentos setoriais, como antes, mas a
financiamentos de projetos que estão sendo negociados
com o Bird", disse umafonte próxima ás discussões com os
banqueiros cm Nova Iorque. La. aproveitando-se de uma
pausa na reunião, o diplomata Sérgio Amaral, que
coman-
lado do Brasil, revelou
dá' as conversas com os bancos pelo
também que os bancos concordaram em suspender o relcn-
ding — rcempréstimo de dinheiro para o pagamento da
divida que está retido no Banco Central — por um ano.
"Os banqueiros desta vez foram mais realistas", disse a
mesma fonte. As negociações estão, agora, segundo Ama-
"que devem estar esclareci-
ral, restritas a detalhes técnicos,
dos até o domingo no máximo." Caso isto aconteça, os
bancos interessados em participar deste novo pacote de
empréstimo estarão recebendo cópias do acordo a partir dc
segunda-feira.
Reforma dos
bancos
pode
ter recursos
Beatriz Abreu
— As wimidadcs dc
entendimento com o Banco Mtm-
Brasília
dia! (Bird) para a liberação do emprésti-
mo ao setor elétrico brasileiro motiva-
rum o Banco Central e o Ministério da
Fa/cnda a retomarem as discussões que
tentarão viabilizar, até o Um deste semes-
tre, as negociações para aprovação, pelo
board da instituição, do empréstimo se-
torial do sistema financeiro, com a im-
plantação da reforma bancária.
Trata-se de um projeto também po-
Icmico. porque envolve negociações com
o Congresso Nacional, mas cm que as
autoridades econômicas passaram a jo-
gar suas melhores expectativas, diante
das barreiras surgidas á frente do projeto
do setor elétrico. A reforma do sistema
financeiro contaria, segundo o projeto
pigiíiál, com rccursos da orilcm de USS
501I milhões.
Os problemas dc relacionamento com
o Bird, que mantém nu apreciação dos
projetos uma burocracia dc "enlouque¦
ccr os negociadores brasileiros", como
contou um deles, já provocou seus eleitos
no acordo de rcnegociiíçSò da divida c.x-
tema. Ontem, uma lista com todos os
empréstimos que se encontram em situa-
ção tranqüila dentro do Banco, com par-
celas já liberadas, foi fornecida ao sccrc-
tárío para Assuntos Internacionais do
Ministério da Fazenda, ministro Sér-
gio Amaral, para que o Comitê dos
Bancos Credores definisse, de comum
acordo com os brasileiros, qual ou quais
poderão substituir a yinculação ao dc-
scmbolso do setorial elétrico. Formaliza-
da a escolha, o governo brasileiro espera
poder receber os USS 600 milhões devi-
dos pelos credores desde dezembro do
ano passado e viabilizar a outra parcela
do mesmo valor programada para o pró-
ximo mês.
Na lista de espera de grandes |roje-
tos negociados com o nanco Mundial
está o de reformulação do comércio
exterior, que a instituição deseja ver
"amarras ad-
totalmente liberado das
ministrativas."
crescimento
Previsão de do
[i
PIB é de 1% este ano
para
BRASÍLIA — O crescimento do PIB (Pro- verificar a sua consistência. Segundo um dos
duto Interno Bruto) cm 1989 deverá ficar em integrantes da missão, houve dificuldades para
apenas 1%, muito abaixo das taxas históricas fechar as contas, porque I98X f"j a prurir"
de 6% :i 7%. que caracterizavam üilrv""p"'ih" ano de execução do orçamento unificado e da
da economia brasileira. No ano passado, houve
um decréscimo do PIB, o que significa que nos centralização das liberações de recursos no Tc-
últimos dois anos do governo Sarney, a eeono- souro.
mia ficará praticamente cstagnnada.
A previsão dc déficit para 19X9 não fòf
A previsão de crescimento de 1% do PIB foi Concluída,
porque o orçamento da União está
preparada pela missão técnica brasileira que sendo totalmente refeito
embarcou ontem á noite para os Estados Uni- pela Secretaria de Or-
dos, a fim de apresentar um ráiUório sobre a çamento" e Finanças; com a inclusão dos cortes
ao Fundo Monetário Internacional de gastos determinados pelo Plano Verão. Os,
economia
(FMI). A missão é integrada por Michaj Gar- técnicos chegaram a preparar uma previsão pre-
tenkraut e Roberto Figueiredo, ambos do Mi- liminar, que foi velada pelo ministro do Plane-
nistério da Fazenda, João do Carmo, do Minis- jamenlo. João Batista de Abreu, porque conti-
tério do Planejamento, e Silvio Rodrigues nha algumas inconsistências.
Alves, do Banco Central.
O PIB de 1988 ficou cm NCzS 100 bilhões e Por isso, a missão técnica brasileira deverá
o governo conseguiu um superávit irrisório — discutir os resultados de 1988 com os técnicos
que exclui os gastos com encargos da divida do FMI por uma semana e depois disso, num
pública — de I % do PIB. equivalente a NCzS I prazo de cerca de dez dias, virá ao Brasil uma
bilhão. Apesar desse resultado, as contas públi- missão do Fundo, chefiada por Thomas Reichr:
cas registraram um déficit operacional — que mann.
não inclui as correções monetária e cambiai da para acertar as previsões de 1989. Até lá,
os cortes no Orçamento Geral da União estarão
divida — de cerca de 4% do PIB, NCzS 4
bilhões. concluídos e a equipe econômica terá condições
O número final do déficit operacional ainda • de apresentar um projeto do déficit para este
seria discutido pelos técnicos durante a viagem e ano. que servirá como base dc negociação das
depois com os próprios técnicos do FMI, para metas previstas no acordo com o FMI.

Banco Mundial rebate Dólar reage no mercado

acusações do Brasil
WASHINGTON — No mesmo recado que deu em meados
de fevereiro, avisando que o governo brasileiro tinha à sua
disposição, desde que cumprisse as contrapartidas estabelecidas
nas negociações, USS 4,8 bilhões— relativos a diversos projetos,
alguns deles aprovados em 1979 — o Banco Mundial lem-
brou também que o país está ameaçado de não se aproveitar de
urn pacote de novos empréstimos que, potencialmente, poderiam
1,2 bilhão para o ano fiscal de 89, que termi-
chegar a USS "Desse
nji.em junho. último pacote, até agora, só conseguimos
liberar dois empréstimos de USS 34 milhões", revelou uma fonte
do Banco. "Até parece que o Brasil não precisa do dinhei-
ro'\.
Como se isto não bastasse, o pais está ainda pagando uma
taXa de compromisso dc 0,75 que o banco cobra em todos os seus
empréstimos, por um dinheiro que não está utilizando. Além
disso, se o desespero de caixa for muito grande, o Brasil ainda
tem depositados numa conta especial no Banco Central. USS 500
milhões do Banco Mundial dinheiro que a instituição
automaticamente libera toda vez que um projeto de empréstimo é
aprovado.
Apatia — As razões para que o Brasil não tenha até agora
conseguido colocar a mão neste dinheiro são praticamente as
mesmas pelas quais os USS 4,8 bilhões continuam dormindo nos
cofres do Banco c pelos quais o pais está pagando. Uma certa
apatia do governo em lutar para ter o dinheiro, a necessidade de
aparecer com um volume de dinheiro igual ao que esta sendo
emprestado, resistências internas a alguns dos projetos que a
instituição gostaria de ver implementados, c finalmente uma boa
dose de incompetência — que impede o governo brasileiro de
cumprir contrapartidas para conseguir os financiamentos — c dc
confusão.(M.F.B.)
portenho BB não banca importação de
n li »*f /*i i\ ^'/f
Maurício r/Z/íi.1/»
Cardoso 150 milhões) ce parte para uma reforma do
Correspondente sistema financeiro público (USS 200 mi-
BUENOS AIRES — As autoridades lhões). Segundo fontes do Banco Central, o trigo retido na Argentina
econômicas fizeram o maior empenho para Banco Mundial cobra da Argentina uma
minimizar a intensidade do golpe sofrido reforma alfandegária que permita importa- BRASÍLIA — O Banco do Brasil não introduzidas pelo Congresso Nacional ná
com a suspensão, pelo Banco Mundial, da ções automáticas c uma redução dos depósi- pretende financiar com recursos próprios a proposta original do Executivo. Nessa si-
concessão de um empréstimo de USS 350 tos compulsórios do sistema bancário. Esta importação de cerca de 242 mil toneladas de tuação, o Tesouro não tem como destinar
milhões, mas o mercado financeiro portenho última exigência começou a ser cumprida
reagiu violentamente ã novidade. O dólar, pelo Banco Central desde o inicio da semana trigo retidas na Argentina por falta de pa- verbas para esse fim, assim como também
que na tarde da quinta-feira, dia do anúncio passada, quando os depósitos compulsórios gamento do governo brasileiro. A solução está em suspenso a liberação de recursos
da medida adotada pelo Banco Mundial, foram reduzidos numa tentativa de fazer de sacar os recursos do próprio banco para para o crédito rural e a aquisição de açúcar
tocara os 32 austrais, chegou a 36 austrais baixar as altas taxas de juro. Por isso custear a operação] que deveria ser coberta destinado á exportação.
durante a jornada de ontem e fechou em mesmo as autoridades do Tesouro têm espe-
33,50. Mesmo com a baixa, o ágio entre o ranças de que nas próximas semanas ve- com verba especifica do Tesouro Nacional, O Banco do Brasil, que vem sendo orien-,
dólar oficial e o livre elevou-se a 116%. nham a receber o dinheiro que o Bird lhes foi levantada ontem no Palácio do Planalto, tado pelas autoridades econômicas a atuar
O Ministério da Economia distribuiu no- negou agora. empenhado numa solução rápida para o
ta, na noite de quinta-feira, na qual confir- O Banco Mundial era o único parcei- estritamente como um banco comercial de
caso. Ate ontem á noite, entretanto, o Ban-
ma a suspensão do empréstimo do Banco ro a dar suporte á política econômica argen- caráter privado, apesar de controlado pela
Mundial, esclarece que a medida é transito- tina na esfera internacional. O governo ne- co do Brasil não autorizara qualquer paga-
União, sustenta os argumentos de não sacar
ria e será mantida até que a Argentina cum- gocia um acordo com o FMI há mais de um mento nesse sentido com rccursos de seu
pra as condições estabelecidas no acordo ano, sem conseguir sair do impasse. A maior recursos próprios para a operação justa-
caixa. O argumento utilizado por fontes
para a concessão do crédito em outubro pas- dificuldade está na exigência do Fundo para mente no novo perfil que lhe foi recomen-
sado. Também o Banco Central procu- a Argentina reduza seu déficit público, graduadas da instituição c dc que o banco dado.
"Quem vai acabar
pagando tudo isso
rou diminuir o impacto da medida adotada que no ano
passado ficou em 5%. está proibido pelo Conselho Monetário Na- são os contribuintes" — confessou a fonte
pelo Banco Mundial, reduzindo-a a uma que
"A bancos, a Argentina está em cional (CMN) dc realizar operações dc inte-
decisão de caráter técnico. reunião da Com os consultada na instituição. Quanto a autori-
diretoria do Banco Mundial não tinha como uma moratória não declarada desde abril do resse do governo federal, a não ser com o zação para o deslocamento dos navios até a
objetivo aprovar ou desaprovar o desembol- ano passado, com um calote acumulado dc prévio suprimento do Tesouro Nacional.
so para a Argentina", explicou um porta- USS 2,3 bilhões. A banca exige pelo menos Argentina para o embarque de um produto
um pagamento simbólico do atrasado para As verbas do Tesouro para a importação
voz do Banco Central. que não chegou a ser pago, a alegação é de
Reforma — O desembolso que o Bati- fechar um acordo de refinanciamento. En- de trigo compõem o Orçamento das Opera-
co Mundial deveria fazer em favor da Ar- quanto , isso, a situação continua tensa na que o afretamento é de responsabilidade da ,
ções Oficiais de Crédito vetado pelo presi- Junta do Trigo, administrada mais direta-1
gentina cm fevereiro se destinava em parte área interna, com o dólar resistindo a todas
ao financiamento do comércio exterior (USS as tentativas do governo. dente José Sarney a partir das alterações mente pela Sunab.

1 r^r MINISTÉRIO DA AGRICULTURA Crédit Commercial amplia Siderbrás nega ingerência

CODEVASF
m
Companhia de Desenvolvimento
do Vale do São Francisco
Administração Central
EDITAL N° 14/89
CONCORRÊNCIA
OBJETO: Cessão de áreas irrigáveis para implantação
de projetos agrícolas, agropecuários e agroindustriais,
nos Perímetos Irrigados de Curaçá e Maniçoba, Muni-
cípio de Juazeiro, Bahia; e Senador Nilo Coelho, sendo
o P.A. III, localizado no Município Casa Nova, Bahia, e
as outras áreas no Município de Petrolina, Pernam-
buco.
CONDIÇÕES: Poderão participar pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado.
LOCAIS PARA AQUISIÇÃO: O Edital e anexos estarão
" à disposição dos interessados no Edifício-Sede da
CODEVASF, Setor de Grandes Áreas Norte. (SGAN),
" Quadra 601, Bloco I, sala 202, Brasilia-DF; 1° DIRETO-
RIA REGIONAL, Avenida Geraldo Athayde 483, Mon-
,r tes Claros, MG; 2a DIRETORIA REGIONAL, Centro
„ Empresarial Iguatemi II, 5o andar, Salvador, BA; 3°
DIRETORIA REGIONAL, Rua Presidente Dutra n° 160,
Petrolina, PE; 4" DIRETORIA REGIONAL, Av. Paulo
Barreto de Menezes n° 2150, Sementeira, Aracaju,
SF: 6° DIRETORIA REGIONAL. Rodovia Engenheiro
Joaquim Gonçalves, km 01, PeheaoTATTGRUPOIDE-
APOIO ADMINISTRATIVO DE RECIFE, Edifício-Sede
da SUDENE, Bloco Ala Sul, 1o andar. Recife, PE; e
GRUPO DE APOIO ADMINISTRATIVO DE BELO HO-
RIZONTE, Rua Carijós, n° 150, 10° andar, Belo Horizon-
te, MG. LOCAL E DATA DE RECEBIMENTO DAS
PROPOSTAS: Os interessados deverão apresentar
proposta nos locais acima citados, até o dia 25 de abril
fc-de 1989.
» OBSERVAÇÃO: O Edital e anexos poderão ser adquiri-
dos nos locais acima, por NCz$ 50,00 (cinqüenta
cruzados novos).
Área de Administração e Finanças.
ao Brasil nas empresas controladas
financiamentos
SÃO PAULO — O Crédit Commercial c pelo crescimento do volume de exporta- BRASÍLIA — O diretor financeiro da Si- (USS 129 milhões), pagamento de dívidas de
de France (CCF), subsidiária brasileira de ções do país a cada ano que passa", afirma derbrás, Gabriel Mouzinho. esclareceu, ontem, estatais, principalmente a Companhia Vale do
um dos cinco maiores bancos franceses e o Mencier. que a holding estatal do setor siderúrgico não Rio Doce (USS 153 milhões), BNDES (USS 293
principal de capital privaldof ampliou a sua está liberando pagamentos aos fornecedores e milhões) e cobertura de compromissos junto ao
linha de financiamento ao comércio exterior O CCF está realmente interessado cm empreiteiros das empresas controladas a partir sistema financeiro (USS 1 bilhão 64 milhões). 1
do Brasil de USS 50 milhões para USS 100 aumentar sua participação no mercado bra- de uma lista presumivelmente elaborada pelo Para liquidação desses débitos, a Siderbrás
milhões. O fato de maior importância nesse sileiro, e esse é apenas um exemplo adicio- chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvi- repassaria USS 315 milhões á Companhia Side-
aumento de capital de curto prazo para nal, segundo Mencier. No ano passado, o mento Industrial, Ciência e Tecnologia. Mário rúrgica Nacional. USS 687 milhões á Compa-,
integralizar a carteira de crédito comercial banco aumentou seu capital de USS 20 mi- Masagão Filho, nhia Siderúrgica Paulista, USS 71 milhões á
internacional brasileira é que USS 30 mi- lhões para USS 30 milhões através de pro- — A Siderbrás não tem autorização legal e Açominas. USS 60 milhões á Usiba e USS 79
lhões do volume total foram desembolsados cesso de conversão de dívida em investimen- nem capacidade física de acompanhamento pa- milhões á Aços Finos Piratini. Outros USS 896
voluntariamente pela matriz do CCF, insta- to. Nesse ano, o CCF vai repetir a dose: o ra interferir nas usinas, do modo como foi milhões seriam destinados à própria holding,
, lada em Paris. . objetivo agora é o de aumentar o capital do anunciado. As usinas são autônomas e progra- que, no programa de saneamento financeiro
aprovado em 21 de janeiro de 1987, assumiu
Conforme o acordo de reescalonamento banco de USS 30 milhões para USS 40 mam os seus próprios cronogramas de paga-
da dívida externa brasileira, firmado em se- milhões, também por"O intermédio de opera- mentos. E a Lei das S.A. proíbe a ingerência dos pesados compromissos originalmente contrai-
Brasil é rico e vai controladores nesse tipo de coisa —, garantiu dos pelas usinas que lhe são subordinadas.
lembro do ano passado entre o Brasil e os ção de conversão.
superar suas dificuldades. Aliás, em termos Mouzinho. "Além disso, a filosofia empresarial Repasses — Mouzinho disse que as usi-
bancos credores, o CCF deveria contribuir
do Sistema Siderbrás não permite esse tipo de nas, contudo, não chegaram a receber os repa-
compulsoriamente com USS 20 milhões pa- dc América Latina, nosso banco só está
ra as linhas dos projetos 3 e -4 (onde se instalado no Brasil e vai continuar aluando ingerência", afirmou, acrescentando: "Tenho a ses totais previstos. A CSN, por exemplo, ficou
concentram os recursos de cerca de USS 14 apenas aqui", acrescenta Mencier. impressão de que a Siderbrás está lendo jogada com USS 264 milhões e a Cosipa com USS 488*
no meio de um tiroteio de natureza política". milhões, enquanto a Açominas recebeu, pro-
bilhões que Compõem as linhas de curto Não foi por outra razão, por exemplo,
Debêntures — Gabriel Mouzinho fez porcionalmentc. a principal parcela: USS 70 -
prazo de financiamento do comércio exte- que o CCF solicitou e recebeu do Banco uma exposição bastante detalhada sobre o lan- milhões dos USS 71 milhões já previstos. Em 31
rior c interbancário para efeito dc composi- Central autorização para funcionar como
"Nossa çamento de debêntures, pela Siderbrás, desde de agosto de 19S8, as dívidas vencidas da CSN,
ção da divida externa brasileira). banco múltiplo modalidades finan- Cosipa, Açominas. Piratini e Usiba somavam
subsidràriarportãntOT está"" recebendo mais ceiras englobadas(diversas
em uma só contabilidade).
setembro do ano passado. As debêntures foram
do que obriga o acordo dc setembro passa- Com isto, o CCF, a fórmula encontrada pelo governo federal para USS I bilhão 55 milhões. Com os repasses
do", afirmou o diretor-superintendente do banco de investimento, que foi constituído como quitar dividas bancárias com fornecedores e efetuados pela Siderbrás, as dividas, em 31'dei
CCF no Brasil, Bernard Mcncier. - poderá, a partir de empreiteiros das usinas siderúrgicas. "Não exis- dezembro passado, foram reduzidas para USS
agora, atuar também como banco comer- te nada mais explicito do que isto", exclamou 466 milhões.
Do capital de comércio exterior de USS ciai, sociedade dc crédito imobiliário e fi- Mouzinho, mostrando uma cópia do edital de O lançamento de debêntures. poréi... não'
100 milhões, portanto, USS 50 milhões são nanceiro. A novidade, neste caso, é que o lançamento de debêntures da Siderbrás, no atingiu os USS 2 bilhões 108 milhões, fechando-
rccursos do próprio CCF e o restante é CCF, que sempre atuou em seus 27 anos de montante de USS 2 bilhões 108 milhões, ocorri- em USS 1 bilhão 734 milhões. O restante (USS
composto por linhas repassadas por outros atividades no Brasil como banco de atacado, do em 9 de setembro de 1988. 374 milhões) está sendo examinado no âmbito
bancos europeus e americanos, que pos- para grandes negócios, comandando as ope- Ele explicou que a captação de recursos da comissão que acompanha o Plano Verão, já
suiam dólares disponíveis no Projeto 3. "A rações de um andar no alto de um prédio na através das debêntures seria destinada a fome- que torna-se necessário adequar as caracteristi-
explicação para o aumento de capital na Avenida Paulista, centro financeiro de São cedores privados (USS 272 milhões), operações cas financeiras da emissão de debêntures às
nossa linha de comércio exterior se justifica Paulo, vai aterrissar para abrir uma agência bancárias de curto prazo (USS 197 milhões), novas condições do mercado após o dia 15 de
pela confiança de nossa matriz com o Brasil no térreo, tornando-se exposto ao público. liquidação de débitos entre as próprias usinas janeiro, quando foi editado o Plano Verão.

GOVERNO
DAS MUDANÇAS
W^jÊÊMEI
II ESTADO DO CEARA
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Iá CONQUISTA

cfl «© O CONCORRÊNCIA PÚBLICA N.° 005/89

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* _____ D)c « ORIGINÁRIA DO IPLANCE ¦QUE ¦
to a^ ^ FALTAVA
Q. u.
AVISO DE ADIAMENTO
A Comissão Central de Concorrências, em razão de ¦naSUA vida!
modificações introduzidas no corpo do Edital, torna público o
Na Siciliano vocô encontra ADIAMENTO para o dia 30 de março de 1989, às 9:00
(NOVE) horas na rua Silva Paulet, 324 — Aldeota, da sessão
DICIONÁRIOS DE pública de recebimento da documentação e proposta de VOCÊ 0
ENCONTRA
preços para a contratação dos serviços para Elaboração de
TODOS OS IDIOMAS Estudos Básicos Referentes ao Programa de Desenvolvimento
do Turismo em Área Prioritária do Litoral do Ceará.
Maiores informações, cópias completas do Edital e suas ir nos ¦
Temos grande variedade modificações poderão ser obtidas na sede do IPLANCE. no
e ótimos preços. Centro Administrativo Gov. Virgílio Távora — CAMBEBA —,
de segunda a sexta-feira no horário de 8:00 às 12:00 e das
14:00 às 18:00 horas. fCLASSÍFICADOSl
M
[ivrdrids Jiiilidno A COMISSÃO
40 lojas, uma perto de vocô.
 JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 4/3/89 ? 1" caderno ? 15

Pão de Açúcar autuado majorar no Rio

0 supermercado Pão de Açúcar, cm
Copacabana, foi autuado ontem pela Sunab,
por vender Ires produtos com preços acima
dos praticados no dia 14 de janeiro, base
para o congelamento. Os fiscais, acompa-
nhados de Kátia Nahoum, que havia feito g
denún£Íam-lü&NA4 PI' Vhi ™nfir-
maram que a Coca-Cola de dois litros, con-
forme as notas fiscais apresentadas pela
consumidora, foi congelada a NC/$ 0,81,
mas estava sendo vendida a NCzS 1,25.
Além disso, descobriram outros dois produ-
tq^ com preços irregulares: o pacote de es-
ponja Scoth, que custava NC/S 0,47, no dia
14, subiu para NCzS 0,78 c o macarrão Magi
Fácil aumentou de NCzS 0,46 para NCzS
0,57.
,j,", Ainda segundo as notas apresentadas por
Katia a Sunab, o supermercado teria aumen-
tado também, durante o congelamento, os
'pfòços
do leite Longa Vida e da sobremesa
'Chandclle.
Mas, segundo o fiscal que autuou
(^supermercado, Schebsell Edclman, não foi
"aumentos
possível verificar se os dos preços
desses produtos eram legais. Isso porque,
seria neccsssário consuUar a portaria CLD
da Sunab — que regulava o repasse de rea-
jl!$tes das indústrias para o varejo —, mas.
.ele não tinha consigo uma cópia do docu-
mento.
por
Assim, o fiscal simplesmente ignorou que
o titular da Seap (Secretaria Especial de
Administração de Preços, à qual a Sunab
está subordinada), Edgar de Abreu CartJoso»
afirmou oue são ikfla4)KodnrórãiniÍenlos
[fiTõspêlos supermercados com base na
CLD, depois do dia 14 de janeiro.
Demora — Kátia teve de esperar mais
de três horas, desde às lOh.lOm, na dele-
gacja da Sunab, no Centro do Rio, até
de fiscais saísse para o Pão de
que a equipe
Açúcar. "Posso ficar aqui até a meia-noite,
mas a Sunab tem de verificar a denúncia",
afirmava Kátia. Primeiro, a delegada, Anet-
te Balthazar, disse que precisaria pedir auto-
ri/ação a Brasília, pois a fiscalização no
Pão de Açúcar seria acompanhada pela im-
prensa. E, assim, segundo ela, deixava de ser
uma simples verificação de denúncia c trans-
formava-se em blitz. Depois de uma hora,
Balthazar conseguiu permissão da Supcrin-
tendência.
O gerente comercial do Pão de Açú-
car no Rio, Márcio Milan, alegou que o
supermercado já apresentou uma documcn-
tação á Sunab, justificando os aumentos.
"Mesmo assim, vamos apresentar novos cie-
mentos para comprovar nossa inocência",
i supermercado:preços majorados
garantiu Márcio.
preços
Amiró Oiircinskl
Preços da Petrobrás
com defasagem
'1\
erezn Lobo
A Petrobrás está com uma defasagem
real na remuneração dos preços dos combus-
tiveis de 15%, mas dificilmente poderia rei-
vindicar este índice junto ao governo pois o
consumidor já terá de pagar um resíduo de
5,8% quando começar o descongelamento, o
que significaria um aumento de 20,8% no
preço da gasolina, taxa muito elevada em
época de Plano Verão. Esta diferença refere-
se á substituição do imposto único — que
não ultrapassa a 11,2% — pelo imposto
sobre consumo de mercadorias, que no Esta-
do do Rio c de 17%.
O imposto sobre consumo de mercado-
rias c serviços (ICMS), criado pela Consti-
tuição para substituir o imposto único sobre
combustíveis e lubrificantes, deveria come-
¦L çar a vigorar em março, mas o Plano Verão
impossibilitou sua cobrança, da ordem de
8*!
25%. Assim, adotou-se o ICM só que com
as taxas do extinto imposto único, diferen-
estão
real de 15%
ciada para cada combustível e inferiores aos
17% do ICM no Rio. Quando o ICMS
entrar cm vigor, novo reajuste terá de ser
feito nos preços dos combustíveis.
Quando começar o descongelamento de
preços, o consumidor terá de pagar esta
diferença, sendo a maior a do gás liqüefeito
de petróleo, o gás de cozinha, cujo taxação
hoje é de 2,3%. No caso da gasolina, o
imposto de 11,2%.
A defasagem na remuneração da Petro-
brás na venda de combustíveis deve-se a
defasagem de alguns itens estrutura de pre-
ços, o que significa um prejuízo de USS 60
milhões por mês. A taxa de câmbio para a
importação de petróleo é de NCzS 0,94 con-
tra a taxa oficial de NCzS 1,00 para cada
dólar. Além disso, a empresa recebe apenas
USS 13,92 CIF por barril de óleo importado,
mas paga USS 17. Para cada litro de gasoli-
na comercializado a NCzS 0,441, a estatal
fica com NCzS 0,125.

Sunab e Seap confundem o Cardoso Alves

varejo de refrigerantes
A confusão causada pelos aumentos regis-
, são paulo — A qualquer momento o governo
trados no varejo dos refrigerantes em embala-
,gcns descartáveis deve-se ao confronto das
: portarias da Sunab (Superintendência Nacio-
i nal de Abastecimento) e os ofícios da Seap
'(Secretaria Especial de Abastecimento e Pre-
. ços). As portarias determinam os valores má-
• ximos de comercialização dos produtos e os
1 ofícios autorizaram aumentos nos dias 12 c 13
de janeiro para o líquido sem especificar o
tipo de embalagem. Assim, os varejistas estão
usando como arma estes documentos para se
defenderem das acusações de descongelamen-
to, já que os produtos descartáveis tiveram
, seus preços congelados no dia 14 de janeiro.
, Os técnicos da Sunab também concordam que
, os oficios podem dar margem a outras inter-
: pretações.
Na terça-feira passada o diretor regional
do Grupo Pão de açúcar no Rio, Otto Enge-
ler, e seu gerente comercial, Mareio Milan,
visitaram a casa da jornalista Katia Naohum
explicar os aumentos de alguns produtos
' para
na loja de Copacabana, denunciados em ma-
' coletivas a seus empregados a partir do próxi-
téria publicada no domingo do dia 26 de
fevereiro pelo JORNAL DO BRASIL. No
caso da Big Coke (Coca-cola em embalagem
plástica descartável de 21) que tinha aumenta-
. do de CzS 815,00, no dia 14 de janeiro, para
Portaria
a fiscais com, no máximo, três produtos.
fiscalização
mesmo dia em que os consumido-
No res assistiam, pela televisão, ao dis-
curso emocionado do presidente Sarney,
anunciando o Plano Verão, era baixada
uma portaria pela Sunab, que passaria a
dificultar a fiscalização do novo congela-
mento de preços em todo o pais. Publicada
no Diário Oficial, no dia 19 de janeiro, a
portaria 07/89 (datade de 15 de janeiro)
determinava que os estabelecimentos que
Governo blitz
faz
ágio na venda
BRASÍLIA — Uma blitz nos princi-
centros de revenda de automóveis do país
pais
'fòi' iniciada
ontem e pode se estender até
amanhã para identificar a cobrança de ágio na
; verida de veículos, anunciou o Secretário Es-
pecial de Abastecimento e Preços (Seap), Ed-
gar de Abreu Cardoso, depois de reunião,
por mais de uma hora, com o presiden-
te da Federação Nacional dos Distribuidores
.de Veículos, Alencar Uurti.
Burti contou a Cardoso que durante a
,Semana foram identificados alguns casos de
-cobrança de ágio por parte das revendedoras,
;0. chamado mercado paralelo na venda e com-
pra de automóveis. Segundo ele, os proprietá-
rios das lojas mandam seus funcionários às
concessionárias comprar carros para depois
revendê-los com preço alterado. Burti garan-
tiu que nenhum caso deste tipo foi apurado
em concessionárias, que "respeitam a tabela
de preço em vigor."
NCzS 1,15 no dia 23 último, os representantes
do supermercado alegaram que estava tudo
certo, pois não ultrapassaram os aumentos
liberados pelo governo nos dias 12 e 13 de
janeiro.
Os refrigerantes são controlados pelo CIP
(Conselho Interministerial de Preços) e pelas
portarias da Sunab 199/87 e 200/87, que esta-
beleccm preços máximos para comercializa-
çào. A Portaria 199 trata dos refrigerantes e
cervejas em embalagens de vidro e a Portaria
200 dos produtos em embalagens descartá-
veis. Mas, no dia 18 de janeiro de 1988, de
acordo com a Portaria 6, que revogou a Por-
taria 200. os refrigerantes e cervejas em emba-
lagens descartáveis ficaram com seus preços
livres por serem considerados supérfluos.
Com o Plano Verão os refrigerantes emba-
lados em vidro receberam aumentos de
24,50%, no dia 12 de janeiro último, e de
7,80%, no dia 13 do mesmo mês, e os descar-
táveis ficaram congelados com os preços do
dia 14 de janeiro, segundo técnicos da Sunab.
Acontece que, de acordo com os ofícios que
comunicavam os aumentos (Oficio 6, de 12 de
janeiro e Oficio 9, de 13 do mesmo mês de
1989), não foram especificadas as embalagens
e fazia-se referência apenas ao reajuste do
liquido.
atendem ao público em balcões — bares,
restaurantes, lanchonetes e mercearias, en-
tre outros — só poderiam emitir notas
Segundo um dos assessores da dele-
gacia regional do órgão, no Rio, Ro-
berto Ferreira, a portaria foi baixada
"seria muito difícil
porque para o co-
merciante preencher uma nota fiscal com,
por exemplo, 50 itens, trazendo todas as
discriminações, desde a quantidade até o
tipo de mercadoria". O pior é que, até
agora, a portaria não foi revogada. Assim,
seguindo-se a lógica do assessor, a Sunab
prefere facilitar a vida do comerciante, ao
invés de estimular a fiscalização dos pre-
ços.
contra
de veículos
Independente da reunião de ontem com o
secretário da Seap, a Federação encaminhou
um telex a todas as concessionárias de veícu-
los, alertando para a "fraude das revendedo-
ras", como classificou Burti, e recomendando
duas providências: antes de comercializarem
os veículos devem se certificar de que o com-
prador é, de fato, o consumidor final, bem
como evitar, "por todos os meios", o forneci-
mento de veículos a comerciantes do mercado
paralelo.
Preocupado com a corrida à compra de
automóveis novos — a GM reduziu seu esto-
que de um mês para 15 dias — ele procurou
acalmar os consumidores, repetindo as pala-
vras do ministro da Fazenda, Maílson da
Nóbrega: "Não há iminência de aumento. O
congelamento não vai acabar agora. Ninguém
precisa correr para comprar carro."
propõe
fechar o IB
IBC e o IAA
com medida
provisória
pode editar uma medida provisória ou encaminhar
um projeto de lei propondo a extinção do Instituto
Brasileiro do Café (IBC) e do Instituto de Açúcar e
do Álcool (IAA), com base nos estudos já encami-
nhados pelo Ministério do Desenvolvimento Indus-
trial, Ciência e Tecnologia á Procuradora Geral da
República. Essa informação foi prestada ontem por
Roberto Cardoso Alves, ministro do Desenvolvi-
mento Industrial, Ciência e Tecnologia, após a sole-
"Centro
nidade de cravação da primeira estaca do
Empresarial do Aço", a ser construída pela Funda-
çào Cosipa de Seguridade Social, na zona sul da
capital,
"O
presidente José Sarney está disposto a extin-
giiir órgãos como o IBC, que, segundo ele, parece
ter fôlego de gato. Já foi extinto três vezes, mas
ainda continua. Precisamos acabar com os cartórios
e deixar florir a livre iniciativa", desabafou Cardoso
"mais
Alves. O ministro considera difícil" a extin-
çào do IAA do que a do IBC, mas mesmo nesse
o
caso, já tem a fórmula para governo administrar a
questão, enquanto estuda a melhor maneira de ex-
tingüir o órgão. Como o IAA é responsável pela
política de equalização do preço do açúcar produzi-
do na região Sul e daquele da região Nordeste, uma
comissão de estudos seria formada para tratar desse
problema. Ao mesmo tempo, essa comissão cuidaria
do contingenciamento das exportações, para evitar
a ameaça de o país conviver com a falta de
400 milhões de litros de álcool em 1989.
Esclarecimentos - O ministro disse que deverá
prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização
e Controle da Câmara dos Deputados depois do dia
16 deste mês sobre as denúncias de irregularidades
na exportação de açúcar e café solúvel e na consti-
tuição da empresa Tecnologia Nacional de Ponta
"A
(Tenpo). minha intenção era prestar esses escla-
recimentos o mais rápido possível", afirmou Cardo-
so Alves, que atribuiu a série de acusações envolven-
"coincidências"
do o seu nome às que começaram
coma extinção do Ministério da Ciência Tecnologia.
"Foi
quando caiu em meu colo um vespeiro de
abelhas vermelhas", disse o ministro.
Cardoso Alves lamentou o fato de o Brasil não
ter promovido exportações de açúcar para Portugal
e Tchecoslováquia e do café solúvel para a União
Soviética, segundo ele, os contratos de açúcar foram
"forma
preparados de brilhante", com preços aos
"Lamentavelmente, uma
níveis da Bolsa de Paris.
parte da imprensa distorceu o fato, noticiando que
os preços eram inferiores aos praticados no mercado
internacional". Cardoso Alves também mostrou seu
inconformismo com a decisão
do IBC de fazer registro de ex-
portações de café solúvel de
quatro empresas, sem o aumen-
to do subsídio de 50 centa-
vos de dólar para um dólar por
tonelada para a União Soviéti-
"Os
ca. Estados Unidos subsi-
diam a agricultura em USS 280
bilhões", lembrou Cardoso, pa-
ra justificar a tese de aumento tl
do subsidio para O Café solúvel. CanL,so Alves
Retração nas vendas leva
n. If. ,
±1TSlll Cl COlStlVQsS
JSTIQ^S
SÃO PAULO — A Pirelli, maior fabri- interior de São Paulo, e de Gravatai, Rio
Grande do Sul, não serão afetadas.
cante de pneus, fios e cabos elétricos do país,
Costa Santos, ao comentar as informações
confirmou ontem a decisão de conceder férias sobre a falta de pneus, principalmente nos
coletivas para 2 mil 500 dos 5 mil empregados automóveis, enfatizou que, "absolutamente,
de sua unidade industrial de Santo André, na não faltam pneus". Ele lembrou que, em ja-
região do ABC paulista, onde são fabricados neiro, a produção do setor atingiu 2 milhões
pneus de terraplenagem e de caminhões. A 400 mil unidades e as vendas ficaram em 2
empresa justificou sua decisão com o fato de milhões 100 mil unidades. "Houve até um
aumento de estoque, com relativa recessão.
que as vendas de veículos comerciais e agríco-
Ias sofreram retração nos últimos meses. Em fevereiro, porém, com a expectativa de um
descongelamento, ocorreu um aumento nas
"Estas férias coletivas refletem dificulda- vendas de veículos e, consequentemente, de
des na área de veículos agrícolas e comer- pneus". O presidente da Anip revelou que o
ciais", comentou Manoel da Costa Santos, setor não enfrenta problemas com matérias-
presidente da Associação Nacional da Indús- primas, com exceção das válvulas. Segundo
tria de Pneuináticos (Anip). Ele esclareceu, ele, a empresa Schrcider, de São Paulo, tam-
"a bém está na iminência de conceder férias cole-
porém, que produção de pneus continua a
todo vapor, 24 horas por dia e sete dias por tivas.
Com exceção da General Motors, a menos
semana, e não enfrentamos problemas".
afetada entre as quatro grandes montadoras
Férias — A exemplo da Mercedes-Benz pelo suprimento irregular de autopeças e com-
(8 mil empregados) e da Saab-Scania (800), ponentes cm geral, a Volkswagen, a Ford e a
também a Pirelli concederá 15 dias de férias Fiat admitem que poderão também conceder
férias coletivas a qualquer momento. A Volks
mo dia 13. A empresa, que é a terceira do acumulava ontem 1 mil 141 veículos incom-
setor automobilístico a aderir às férias coleti-
pletos e a Ford, I mil 789 uniddes. A Fiat,
vas, assegurou, porém, que as outras três com sede em Betim, Minas Gerais, possuía 1
fábricas de pneus, de Sumaré e Campinas, no mil 300 veículos incompletos.
Indústria de Amato
fecha
acordo e a termina
greve
SÃO PAULO — Depois de nove dias
negociou, nenhuma outra poderá se recusar a
de greve, os metalúrgicos da Holstein-Kap- fazê-lo, supõe.
pert S.A. Indústria de Máquinas, localizada A satisfação do presidente do Sindicato
na Zona Norte da cidade, fecharam com a dos Metalúrgicos também pode ser entendida
direção da empresa acordo que lhes assegura, pelo fato de que os metalúrgicos estão fazeri-
a partir de Io de março, um reajuste total de do greves isoladas — sobre as quais Medeiros
11% sobre seus salários, sendo 7% a título
promete para hoje de manhã um balanço
de aumento real e 4% como antecipação. Do completo — para exigir o cumprimento de
ponto de vista econômico, este foi o pior uma cláusula do acordo coletivo da categoria,
acordo conseguido pelos metalúrgicos na série firmado em novembro do ano passado, que
de greves iniciada há uma semana e meia —
assegura a reposição salarial parcial sempre
outras paralisações terminaram com aumen- que a diferença entre a URP e o IPC, a favor
tos que variam de 15% a 25%, pagos a par- deste, superar 10%, como ocorreu em janei-
tir de Io de fevereiro —, mas nem por
ro.
isso o clima era de aborrecimento na sede do
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. | — | Os funcionários da Casa da Moeda de-
Muito ao contrário. "Se você soubesse a mi- cidiram, ontem, em assembléia encerrar
nha alegria hoje...", exultava seu presidente, a greve que durou 16 dias. A empresa conce-
Luiz Antônio de Medeiros. deu reajuste de 19%, índice exigido pelos
trabalhadores, se comprometeu a reestudar o
Medeiros tinha motivos particulares para conteúdo da circular que vetava promoção a
estar feliz. Em primeiro lugar, a Holstein- funcionários que tivessem faltas no período de
1° de julho a 31 de dezembro e irá descontar
Kappert não queria abril negociações; em
apenas cinco dos 16 dias paralisados.Com isso
segundo lugar, na diretoria da empresa estão os funcionários irão trabalhar meio expedien-
Mário Amato, presidente da Federação das
te, na última sexta-feira de cada mês (dia em
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e a Casa da Moeda habitualmente não.
Walter Sacca, dirigente da entidade patronal. que
"Nosso acordo tem um caráter simbólico, funciona), durante 10 meses. Os trabalhadd-
pois a Holstein-Kappert era a única indústria
res decidiram ainda entrar na justiça para
conseguir o índice de 26,06%, que foi expur-
em greve que não aceitava negociar", come-
morava. E agora que a empresa de Amato gado na época do Plano Bresser.
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 16 ? Io caderno ? sábado, 4/3/89 Economia JORNAX, DO BRASIL.

Taxa alta do over tira IB V sobe 3,1 % e bolsa

Lucro líquido da Belgo-Mineira
recursos do hlack onde de São Paulo tem alto

o dólar continua caindo tem crescimento real volume de negócios

O dólar voltou a cair no mercado paralelo. Nas casas de
câmbio do Rio, a moeda americana foi cotada a NCzS
—1.62.para compra e NC/S 1,68 para venda, com uma diferença ¦ "W~(iilKõüS"TIÍ''iHiNVõi:sTCzSTantigõsj"
de 68% cní TJTavan'"Ttn~Trrn+ri-atifreiaI:¦ -
ram que os investidores continuam sem interesse na compra de
dólares, fazendo com que os preços permaneçam com tenden-
cia de queda.
O desinteresse dos aplicadorcs é devido aos elevados juros
do overnight. À taxa estipulada ontem pelo Banco Central — dados do balanço patrimonial, destacou real de 26,22%, com CzS 92 bilhões 626
27,84% ao mês — eqüivale a um rendimento de 21,42% ao
mês. Esta taxa, apenas'esse mês, servirá para a caderneta de
poupança c para o overnight. No mercado de renda cederamfixa, os exportações, com 178 mil 623 t de aço, presas
de Depósitos Bancários
juros dos Certificados (CDBs)
um pouco, ficando em 800% ao ano.
No mercado de ouro, os negócios ensaiaram uma normali-
dade, depois de dois dias praticamente suspensos cm função da
indefinição sobre a tributação. O volume negociado ontem na
Bolsa Mercantil c de Futuros (BM&F) atingiu 2.132 contratos,
praticamente a metade do que vinha sendo negociado antes da
indefinição do imposto. O preço do grama teve um aumento de
NCzS 0,09, sendo cotado a NCzS 19,81 no mercado à vista.
de 182%
BliLO HORIZONTE — A Cia. Si- cm dezembro, com USS 300. Km valor as A empresa vai fazer uma chamada SÀO PAULO — A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovei-
dcrúrgicl Belgo-Mineira S/A obteve, em exportações somaram USS 61,4 milhões para aumentar o capital social, que c de pa) fechou ontem com alta dc 5%, porém, o mais sur-
(mais 156%). As entregas da siderúrgica
1988, um lucro líquido de C/.S (antigos), "Tio Çffil 1 ?9 bilhões. mas,.scui. diretores -se- _.prccDdcnlc~I<.ú -$ volumo- •ncgoei-íKl&i -q tie-vi ti n gki--N€i5S- 77',3-
mercadõ'Tritèrrib"tòtaTIzíífam .597 mil" negam a adiantar dc quanto será, infor- milhões, um movimento que não se observava há alguns meses,
35.26 por ação), representando um cres- 344 1, com queda dc 10,64% cm relação a mando apenas que será uma emissão exceto em dias de vencimento dc opções. Coincidência ou não,
cimento real (descontada a inflação de 1987. particular de ações. o excelente volume foi atingido no dia seguinte á confirmação
933%) de 182,50%. O presidente da Bel- Crescimento.— A receita dc ven- No ano passado, a Belgo, que tinha pelo investidor Naji Nahas de que estava de mudança para a
go, lfans Schlachcr, ao revelar ontem os das da Belgo mostrou um crescimento 7 609 empregados na siderúrgica (mais Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, onde passaria a operar, A
15.415 nas outras empresas), realizou in- Bolsa do Rio operou em alta de 3,1%, com um volume de
que o resultado se deveu cm niuito ao milhões. Somadas as vendas das 30 cm- NCzS 55,3 milhões.
aumento de 151% no volume físico das vestimentos de USS 58 milhões, princi-
subsidiárias c coligadas (minera-
palmcntc no novo jaminador Morgan, Nahas é conhecido por ser um grande especulador que dá
compensando a queda do mercado inter- ção, metalurgia, serviços agropecuária, com capacidade para 450 mil t/ano c que
reflorestamento, trading etc.), o grupo liquidez ao mercado. O empresário acusou o presidente dá
no, de 10,64%. entrará em operação no 2o semestre de
Belgo-Mineira obteve um faturamento 1990. Para este ano, estão previstos in- Bovepa, Eduardo da Rocha Azevedo, de tentar controlar, o
As exportações da Belgo, observou bruto de USS 1,1 bilhão. O lucro líquido mercado de opções com objetivos pessoas políticos, ao justifi-
vestimentos de USS 54 milhões, sendo
seu presidente, tiveram, ainda, outro da siderúrgica, já computada a cquiva-
USS 34 milhões no laminador, que dará car sua mudança. "Trata-se dc um procedimento da Boi-
componente favorável, o crescimento lência patrimonial, correspondeu a USS
condições da empresa de elevar sua pro- sa de Valores e não pessoal, estou aqui para preservar o
médio de 30% nos preços do fio-máqui- 56 milhões c 70% graças à participação "Além do
dução de produtos (fio-máquina, verga- patrimônio da instituição", afirmou Rocha Azevedo.
na, que passaram dc USS 230 fob a das coligadas c subsidiárias, observou lhão, trefilados etc.) para ífi milhão t/a- mais, o mercado é livre para quem quiser participar', e não
tonelada, no começo do ano, fechando, Schlacher. no. existe apenas a Bolsa do Rio, mas muitas outras no país."

APLICAQAO RENTABILIDADE Indicadores diários Fundo de Agoes

FEVEREIRO 1989 Valor ftantib. tantito
CSA DOAVISTA FUNDO DE ACOES 51.32% da Cota teum. Acorn
BOAVISTA CORPORATE 19.08% Overnight Crt to m6i to Am
LFT Ml %
FUNDO DE RENDA FIXA CZS BOAVISTA 18.95% Afta Unifcuroi
rto Sul *076
3?^ 3?J>5
37.71
FUNDO BOAVISTA CURTO PBAZO 17.42% Taxa do Andima (bruto): 27.83
Rend. Acum. da semana: 4.84 AKBI tguilllwo 3«1£5 32,88
Central dc Atendimento: 21I-I701 • DDD gratuito (02!) 800-6181 Rend. Acum. do môs: '. 2,82 1_ 36,03
ArnortCP* 13J3 4JJ
OTN Hamcnmlus Ac/H (20) 0,162860 ?JJ2 30.81
{Unrrevlifle —- 18,71 15,31
Taxa da Andima(bruta): — Ban-lfirantis kfiei 13,1} ?8.08
Rio de Janeiro Rond. Acum. da Semana: — Banc^pa (20) 0,067905 29V> ?>,05
BoSsa de Valores do Rend. Acum. do môs: — Bjnpstado Ar.tes (20) 0,15LM9 27J5 39,«1
0#c. IL N° Baneito 34,56 <2,85
Resumo das Operações \ Ano N*g. BanortaagS 34,?4
Banqueirot 33,60 34.10
Taxa referencial de CDB ftannuil CAB 36176 38,42
% ao ano Bamtvjl FAB 39^62 39,9*
Prazo 60 dias 90 dias 180 dlBS BB Acta Ourp 2Sj>4 33J3
Qtde (mil) Vol. (mil) Masaoy Perkins PA-G- 260.800 110.00 110.00 110.00 11030 110.00 3.98 115.46 2 19,30 nd nd BBI Bradwco 26,36 34.02
42.709 Monctea Junior PA-G- 90.500 19.50 19.50 19.97 20.20 20.20 -0.75 83.00 10 Fonto: Banco Central -
ESM B Bahia (20) 0,322000 36JJ 34,89
Lote: 269.398 Mendoa Junior PB-Q- 963.100 28.00 27.00 27,85 29.40 20.00 2.13 78.74 63 BCA Banrr] 35JW 41;?;
Mercado a Termo: 2.160 37 Mosbia PP-G- 7.303 4.200.00 4.200.00 4.200.00 4.200,00 4.200.00 2.44 130,23 2
12.630 Metal Love PP-G- 1 000 650,00 650,00 650.00 650.00 650.00 4.84 224.14 1 Dólar BCW Acflfs 33,65 36^2
Mercado de Opções-Opçóes de Compra: 81.250 Mnttoa PP-G- 155.000 34.00 34.00 36,74 36,00 37,50 4.73 145,68 10 Ac6a 40^92 41^42
'Exercício de opções: — Moddata PP-G- OP-G- 27.400 31.50 31,50 33,02 35,00 32,00 -0,42 113,74 8 Ontem Compra Venda Áglof%) WD 3^01 33,50
'Futuro c/liberação: Moinho FlutnJnenaoPP-G- 4.900 1.000.00 1.800.00 1.000,00 1.000,00 I .COO.OO EST 13333 1 Oficial 0,995 1,00 BMC
— Moinho Santlsta 400 1.700.00 1.700.00 1.700,00 1.700.00 1.700.00 141.67 1 Paralolo ^76 28^.5
¦Futuro c/retenção: — Montreal PP-G- 1.794.600 4.20 4.18 4,20 4.30 4.25 0.96 92.51 18 1.62 1,68 (68) WD 31,26 W.36
¦TOTAL GERAL 352.808 55.377 Motnmdto PP-G- 200 21.50 21.50 21.75 22.00 302230 3.48-21.40 26733 582
0.60 107.77 Turismo 1.63 1.67 BMG A(.tn 33J2 31,14
tS-^PP-G
ktdtttal PPS-4.757.700 1 646 600330 3.003.10
2.99 3.33 3
3,05 3.30 2.99 2.01 96.39 24 BM Ktei -75 31,24
.¦teV Fechamento: 195.405 ( + 3,1) Boavnta ^ (20) 0.09094 35W 44.72
Das 72 ações do IBV, 35 subiram, 18 cairam, e duas permaneceram estáveis SKT&I. 19.000 12.00 1230 12.11 13.00 13,00 0.92 8638 2 Ago 0.38 Out 0.53 Dei 0.97 Fev 1.60
NadonaJ ON-G- 59.200 120 01 120,01 130,41 131.20 131,20 8,67 113,87 4 Bcevittj CSA (20) C,479015 3^84 40,90
Nadonal PN-G- 148.000 78.50 78.00 78.54 79.00 79.00 -0.13 111.98 8 Sei 0,49 Nov 0.76 Jan 1.23 Mar 1,75 Boston Sorinl (20) 0,579537 33J6 41,85
Nogam PB-G- 10.000 19.01 19,01 19.01 19,01 19.01 135.79 1 Boano 41 85 41.05
Odobrocbt PPEG- 10.000 910.00 910.00 910.00 910.00 910,00 171.81 1 Cotação do primeiro dia útil de cada môs Borano Cartfira 4147 46,99
Ações do IBV Otvobra PP-Q- 57.000 63,00 63,00 67,19 70.00 70,00 9,75 124,43 6 B^Pvx (?0) 0,333930 2^59 33.80
Pacoombu PP-Q- 24.300 8,50 7,80 8.09 8.50 7,80 -4.82 117,08 3 Ouro BKB AcM (20) 5 495000 NO Np
Osc. Fech. Osc. Fech. Pacaombu Nov. PP-R 50.000 4,10 4,10 4.10 4,10 4,10 1 CCr-Acfcs NO 31.17
t%) (NCzS) (%) (NCzS) Papoi SI moo PP-Q- 636.300 230,00 220,00 227.89 233.00 230.00 13,14 210,64 47 (NCz$ gr - lingote por gramas) Ctou- no Pif 33_TJ 39.73T
Maioros Daixas Para Do Minna PPEH- 30.540.000 0.32 0.30 0.32 0.32 0.32 3.23 280.70 32 Compra Venda Citibank 35J2 33J9
Maloros Altas 200,00 Paraibuna PP-Q- 1.040.700 8,55 8.50 8,62 9,00 8.99 3.06 87,51 30 Banco do Brasil (250grs) 19.68 19.80 Crtjr 26 45 35.S6
Docas ong 20.23 .... . 64.00 Varig ppg 11,00 Paranapanema PP-G- 23.463.200 395,00 391.00 399.52 405,00 399,99 735 240.09 505 Cretiibjnco fbl 36,57 4JJ3
Aços Villaros ppgo 16.79 .... . 23,75 J.H. Santos ppg 10,53 0.50 Pordlgao PP-G- 31.200 17.00 15,00 10,58 17.00 15.00 -5,26 156.71 5 Goldmine (250grs) 19.50 19.75 Cmlinml 38J6 4c,64
Unipar pag 16.01 .... . 38,00 Luxma ppg 5,73 17,60 Pwdtgao Agro PP-G- 400 17,00 17.00 17.00 17.00 17.00 5.20 204.82 1 Omlnvost (250gre) 19,50 19,70
14.06 .... . 43,00 Cia. Minor. Part. ppg 5.30 75,00 Porsico PP-G- 42.000 14,50 13,10 13.66 14.50 13,20 2.B6 108.16 7 Crefitul Blue Chip 30,46 ^ /6
Untpnr pbg Limasa ppg 5,11 17,50 Petiobras ON-G- 1.500 1.750.00 1.650,00 1.743.33 1.750.00 1.650.00 1,82 156.48 4 GokJon Motais (250grs) 19,60 19,70 Crtfiml MJU A<Vs 3^01 30,50
Papel Simào ppg 13.14.... 230.00 Petrobrns PP-G- 1.818.300 3.330.00 3330.00 3.461,49 3.500.00 3.480.00 8.24 124.21 170 Safra (1000grs).... — Crtf'ml Multipla 35_67 305
Pottmvitl PP-G- 323 900 23.00 23.00 23.00 23.00 23.00 4.38 164.00 3 Cntivil (Li-157)
Plielll OPEG- 4.400 40.50 40,50 40.68 41,50 41.50 -7.08 123.64 3 Dogusa (1000grs) 19.75 19,85 30JP3 30,55
Ações fora do IBV PlroHi PPEG- 458.600 31.60 31,60 32,40 32.50 32,00 4,55 137.98 11 Rosorva (1000grs) 19,50 19,70 Crefml Umbjnco 26.54 42,33
Pirelli Pneus PP-G- 23.200 15,00 15,00 15,39 15,90 15.01 -14.55 94,59 8 Qfl*pirve-lrrwt>dtl 32.11 1469
PoWaldon PP-G- 17.100 252.00 225.00 229.04 252.00 227,50 3 32 127.72 4 Bozano Simonsen (1000 grs) 19.75 19.85 Dtbran 16J2 35,50
Maiores altas Maiores baixas PoUpropitono PA-G- 10.000 69.00 66,00 68,10 69,00 69,00 10.28 11436 3 Fundidoras, fomecodoras e custodlantos crodonclados Dig
J.B. Duarte opg 33,33 — . . 2.20 Motorâdio ppg 21,40 22.00 Promotal PP-G- 3.170.100 630 8,30 6.54 6,70 6,60 3,65 184,75 59 32^74 21,24
Votoc ppg 28,21 .... .... 1,50 Pirolli Pnous ppg 14,55 15,01 Prometal Nov. PP-Q- 457.000 5,60 5,60 5,77 5,90 5.00 85 48 12 nas Bolsas de Morcadorias e de Futuros. Pfglbaoco 24^65 27,80
Eluma opg 22.50 ••• . 62,50 Sondotócnica pag 10,69 10,01 Oulmi8lnoa PB-G- 5.649.000 2.12 2.12 2.27 2.30 2.30 21.39 1103 2 Lconomtco (20) 0,09304 26.59 43,55
Qulmisinos pbg 1,39.... .... 2,30 Maio Gallo ppg 10,53 1.85 Elite (20) 0,00131 26J7 30,36
Brasinca ppg 19,24.... 180,00 Pacaembu No», ppr B.89 4.10 Radmec PP-G- 60.000 22.70 21,60 22.56 22.70 21.60 4.01 109,67 4 tqu'pe Acfrn (20) 41,717800 20,77 36,9?
Randon PP-G- 248.800 195.00 195,00 201.99 210,00 210,00 6,31 60.77 7 Lrtractura 24,14 ' 25.03
Recniaul PP-Q- 2.800 90.00 90.00 90,00 90,00 90.00 -2.59 120.00 1 Indicadores Europeu — Eurw;to 29,33 31,24
Refrlpar PP-G- 305.000 22,99 22,30 22.91 23.00 22,98 1.42 101.24 5
Rlwem PPEG- 502.500 45.00 45.00 46.01 47.00 46.99 -0,48 147.13 12 fM ftacional 32,82 36.18
Rio Quahyba PP-G- 276.000 3.40 3,10 3,34 3,40 3,40 7,05 141,53 5 fWT 29J9 34,94
Rtograndenne PP-G- 28.000 24,00 24.00 24,10 2530 25,00 4.78 130,27 3 Sot. Out. Nov. Dez. Jan. Fev. HC Bradpito 25,10 31,18
Mercado à vista Rlooutenoo PP-G- 530.000 1,60 1,40 1.55 1.60 1.40 -1.90 81.58 f'tep 2^07 32,63
RlDasa PP-G- 35.000 520,00 520,00 52539 560,00 500,00 -232 18932 4
Sade Sul Amodcana PP-G- 1.975.000 59.60 56.99 50,84 00.00 57.00 7.00 109.18 16 Inflagao fwleM NMB Bank 38,57 33,50
Qtd. Abt. Min. Méd. Máx. F«cti. C*c. IL N° Samttrt OP-G- 238.900 2 690,00 2.690,00 2.816,84 3 000,00 2.750,00 8,53 211,88 30 IPC (%) HMU 1Z2I 0.324255 37J7 42,51
% Ano Neg. Samltrt PP-G- 2.000 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 1.800,00 0.07 169,66 2 finiryy.t kfies (20) 0,044270 38J7 37,90
Sao Braz PP-G- 90.000 102,00 102,00 102,00 102,00 102,00 -6.11 170,00 1 24,01 27,25 26,92 28,79 70,28 3.6 EMACW 36,29 4??4
Sorgon PP-G- 066.400 28.00 27.50 28,68 29,00 29,00 1.74 184.79 15 Garsntia 23J4 31,34
Sharp PP-D 9.868.400 0,85 0,46 0,66 0,85 0.70 -8,33 41 INPC <%) Orel do Con^nrw 35,93 42.04
Abe Xtnl PA-G- 3 000 210,00 210,00 210.00 210.00 210,00 5.00 155.54 Sharp PP-G- 1.232.100 9,99 9,71 10,46 10.80 10.60 10,57 109.78 54
Aooslta OP-G- 5.500 251.00 251,00 251.00 251.00 251,00 -0.84 0.40 100,40 Sid Information PP-G- 152.400 33.00 32.01 33.10 34.00 32.01 -0.27 127.21 15 26,93 26.81 28.15 28,43 35.48 Garaldo Corrta 31.80 29 63
Acosrta PP-G- 21.400 90.00 85,00 88.76 90.00 60,00 18,79 140,07 Sid.gualra PP-G- 13.000 17.00 17,00 17.00 17.00 17,00 178,95 1 HM 22^0 22J6
Acoe Villaros PPEG- 4.00G.900 22,00 22,00 23.51 24,40 23,75 196.13 70 Sifco PP-G- 125.300 110,00 105.00 105,87 110.00 106.50 -7.23 127,46 6 FGV (%)
Aooa VMaree Nov. PP-G- 132.700 19,90 19,90 19.90 19.90 19,90 -0.23 100,00 2 Sondotecnica PA-G- 34.000 11,50 10,01 10,19 11,50 10.01 -10.69 145,57 2 Incm 27,55 24,35
Ariuboa Cro PP-G- 20.000 4,31 4,31 4.41 4.50 4,50 108.35 Sondotocnica PB-G- 130.000 11,00 10.45 10.87 11,00 10,45 2,45 155,29 4 25.76 27.1)8 27,96 28.89 37.56 IQfl (20) 144,183488 24^8 29,97
Aduboa Trovo PP-G- 601.600 3.00 3.00 3.05 3.30 3,11 -1,93 141,20 Sou/a Cruz OP-G- 3.200 2.700,00 2.700,00 2.706.25 2.900,00 2.900.00 -431 167,66 3 kxhpe Acta 32i96 36,41
Aflfocoros PP-G- 789.700 40,00 38,00 39,66 40.00 38,00 8.30 135 145.27 Staroup PP-G- 190.000 37.00 36,00 37,55 41.00 41.00 1.80 212,15 8 t au Capital Marlet (20) 0,4%949 19^0 38,1?
AJtperU PP-G- 120.000 26,00 26.00 27,09 30,00 30,00 -2.68 106.36 Supergaabras PP-G- 662.000 21,70 20.00 2130 21,71 20.80 -3.46 162.45 27 OTN (NCZS)
Amsdoo Rocal PP-G- 1.535.200 4,90 1.000,00 4,60 4,72 5,00 1.000,00 5,00 83,69 16 Su/ano PP-G- 15.500 3.550.00 3.550,00 3.741,61 3.750,00 3.750,00 6 33 187,08 5 3.77 4.79 6.17 6,17 ltauac5«(2U) 0,389298 40^8 38^62
Anftanguoca OP-G- 200 1.000.00 1.000,00 1.000,00 90,91 1 Teka PP-G- 10.000 23.00 23.00 23.00 23.00 23,00 -4.05 13939 1 2.39 2.96 Ujdj 31^0 36.78
AntarcOca Plaul AS-G- I.300 420.00 420,00 420.00 420,00 420,00 0,20 100,00 1 Tetorj PN-G- 140.000 10,20 10,00 10,19 10,20 10.20 2.83 175.99 3 MO Plus 2SJ0 27,79
Aquatec PP-G- 1.018.000 15.00 14,00 15,35 17.00 17,00 124,44 14 Text]I Karalon PP-G- 150.000 620.00 020,00 620.00 620.00 620,00 -0,64 253.06 1 Correção Monetária <%) Mgrcartil do Brastl 34^8 38,88
Aiacraz PÔ-G- 15.200 9.100.00 9.100,00 9.107,27 9.151.00 9.151,00 0,33 168,65 12 TIbras PBEG- 25.000 1.300.00 1.300.00 1.300.00 1.300.00 1.300.00 161.72 1 Mendional Atf»»^ 27^6 32.29
Artex PP-G- 9.000 1.000,CO 1.000,00 1.444,44 4.000,00 4.000.00 97,18 3 Trafo PS-G- 500.000 22.00 22.00 22.00 22.01 22,00 110,00 4 24,01 27.25 26,92 28,79 0,0 0,0
Arthar Lange PP-G- 3.000 6,80 30,00 6.80 6,00 6,80 30,00 6,80 EST 123,64 2 Trtcbea PP-G- 5.000 60,00 60,00 6037 64,50 64,50 80,36 2 MMblinvestt (20) 11,863000 22JI1 2^94
Ávlpal OP-G- 7.000 30,00 30.00 30,00 100.00 Tromblni PP-G- 2.000 43,01 43,01 43.01 43.01 43.01 183.02 1 Ml 28^06 20,96
Axovedo Travaosoa PP-G- 831.403 35.00 35,00 35,83 36.50 35,00 3,08 180.14 Tupy PSEG- 20.000 205,00 285.00 285,00 285,00 285,00 100.00 1 Caderneta de Poupança (%) Mivnl 39^22 34,90
B.Amíuonia ON-G- 18000 210.00 205,00 208.61 210,00 205,00 3,02 138.95 Unlpar PA-G- 4.391.400 40.00 34.50 37.60 40,00 38,00 18,01 210,06 21 24,63 27,89 27,55 29,43 22,97 18,95 Itontrealbank (20) 0,075013 41J6 47,54
D,Amoftea Sul PP-G- 53 400 19.50 19.00 20,16 1.050,00 20.99 20,90 -0,64 144,52 Unlpor PB-G- 14.576.500 42.00 41.80 43.39 44,00 43,00 14,08 195,71 244 l^ntnalbanK (20) 1,798991 3^21 43,55
B.Brasil ON-G- 57 900 1.000.01 1.000,00 1.023,54 1.010,00 1,85 165,69 34 Mtttipllc 751 (20) 105.20446 34J9 38,58
B.Brasil PP-G- 627.700 1.670.00 1 670.00 1.723,09 1.735,00 1.713,00 4,69 178,46 19114 Vacchi PP-G- 168.000 1,40 1.40 1,47 1,80 1,80 5,00 108,89 4 Multiplic (20) 45.297694 32^7 36,61
B.Economlco PP-Q- 146.500 120,00 120,00 121,97 127,50 127,50 7,65 181,22 3 Vale Rto Doce OP-G- 295.100 2 850.00 2.650.00 2.850,71 3.00030 3.000.00 8.57 165.69 15 Correção Cambial (%) Nacmnal kfic\ 3^73 39,58
Bahoma PP-G- 130.000 28,50 28.50 28.88 29,00 29,00 5,32 99,59 Valo Rio Doco PP-Q- 3.202.000 5.300,00 5.300,00 5.763,99 5.980,00 5.980,00 5,65 193,59 190 24,10 27.65 26,92 29,46 30.00 0.0
Banospa ON-G- 308.000 9.50 9.50 10,34 22,00 10,60 10,60 8,84 197.55 6 Vartg PP-Q- 73.900 240,00 200,00 220,18 240.00 200.00 -11.00 259,04 23 ftoroeste CNA 41JJ 51,75
Banospa PP-G- 5.911 800 21,30 21.30 21.74 21,50 1,68 141.72 107 Veroimo PP-Q- 335.000 3 3 3,00 3,07 3,20 3,02 3.37 69,77 15 Omgga Actoi 32J3 49,32
Banospa Nov. PP--R 734.000 12.01 12.01 12.56 12,84 65,00 12,84 3.46 30 Votoc PP-Q- 20.000 1.50 1,50 1,50 1,50 1,50 28.21 21430 1 Paulo Wltemsm [y9 2^00
Baptlsta Silva PP-G- 10 000 65,00 65.00 65,00 65,00 EST 124,29 1 Overnight (%)
Barbara PP-G- 166 400 91,00 88,00 89,85 91,00 88,20 2,31 119.59 16 Wembley Roupas PP-G- 1 634.000 14,60 14.60 14.66 15,00 15,00 0,55 114.44 7 24,22 27.46 26,19 29.90 22.97 18.95 WC 35J7 37,52
Barrotto Arnujo PB-G- 3831 200 5,45 496,00 5,10 5,37 5.50 519,99 5,20 0,56 129,40 36 White Martins OPEG- 11.176.200 35,00 35,00 36,98 37.40 37,30 7,78 20739 351 Prime (20) U.025139 36^01 40,72
Belgo Mlnoira OP-G- 700.800 500,00 507.62 519,99 1,75 179.62 45 Zanlnl PA-G- 26.300 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 EST 310,46 3 41^20 48,52
Belgo Minoira PP-G- 481,100 370,00 340,00 369.66 380,00 340,00 2,34 208.42 36 ZM PP-G- 4.486.000 230 2,00 2,18 2,30 2.10 17,84 151,39 36 fagj 297] 36,44
Btobras PA-G- 142.500 10,10 10,10 10,15 86,00 10,30 10,30 5,95 164.77 ZM Prt PP-G- 1.854.000 1,90 1,80 1,88 1 30 1.85 10.59 129,66 13 Bolsa do Rio <%)
Bombril PP-G- 53 000 85,00 83,00 85.09 85,20 3,30 157.43 Rcjltnvest 36^17 43,05
Bradosco OSEG- 33 600 93,00 93.00 93,00 93,00 93,00 2,20 113,76 39,75 24,32 21,46 51,79 4,29 48.03 Realmait 31_J0 VtJ}
Bradouco PSEG- 160.100 92.00 92.00 94.98 120,00 95,00 95,00 4.22 114.01
Bradosco Inv. OSEG- 500 120,00 120,00 120.00 120,00 EST 149.28 Runl 48^70?L?5 14,09 24^1
Bradosco Inv. PSEG- 800 120,00 120,00 120,00 120.00 120,00 EST 119.63 Bolsa de São Paulo (%)
Brahma OP-G- 12.400 305,00 305.00 309,84 310.00 310,00 •0.01 154.96 28,29 36.35
Brahma PP-G- 110000 250,00 250.00 259,42 262.00 260,00 2,34 145.13 26 Concordatárias 45,35 31,84 18,50 53,19 0,06 54,17 Schahin Cury-Fatc 29,12 29.S5
Brasinca PP-Q- 154.500 165,00 165.00 174.67 180.00 180,00 19.24 110,28 15 Stgundadc 42J? 49,07
C.MInoracao Amapa PP-G- 41.500 690,00 649.00 878,89 690.00 650,00 -5,38 5,92 217,36 Má*. F#ch. Osc. IL N° Aluguel Semestral (%r SNM NO 4041
C MInoracao Part. PP-G- 4900 82,00 75,00 77.57 82.00 75,00 79,15 % Ano N«g. Slitema 2^55 3_0,23
Cacique Calo PP-G- 400 730,00 730,00 741.00 752.00 752,00 •0.65 114,88 191,57 211,67 232,50 258,30 286,06 Soie^l 17J3 KD
Caoml OP-G- 6 600 8.450.00 8.450,00 8.748,48 9.000.00 8.700.00 160.52
Cafo Brasília PP-G- 1.291 900 6.70 6,20 6,77 7,50 6.80 2.42 118,38 115.73 Banorj ON-G- 300 1.400.00 1.400,00 1.460.00 1.400.00 1.400,00- -4.43 400,00 Soua Barrm 30,53 32,36
Camacarl PA-G- 9.000 850.00 850.00 850,00 850,00 850,00 Banorj PP-G- 500 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000.00 2.000.00 401,12 Aluguel Anual <%r Sudamcm-Actei 37^3 4jflg
Casa Anglo PP-G- 20.100 2.250.00 2.250.00 2.324.62 2.349,99 2.349,99 4.25 122.35 Brumadlnho PP-G- 468.000 40.00 38,00 38.82 40.00 38,50 5,81 161,55 Tffxtfncia 33 40 40.58
Catagua/es Loop PA-G- 2361.600 24.50 24.50 25.24 26,80 26,80 -0.78 115.78 J.B.Duarte OP-G- 1.000.000 2.20 2,20 2.20 2.20 2,20 133,33 1 495,50 598,78 714,42 816,05 933,62 Iheca do Afr* ?y7 31.70
Cbv-lnd mecanica PP-G- 2.008 500 7,20 7.20 7.67 7.95 7,95 -6.25 59,00 31 J.B.Duarlo PP-Q- 25.725 400 2.20 2,20 2.35 2.48 2.39 145,06 135
C*»luloso Irani OP-G- 25.000 7.50 7.50 7.50 7.50 7.50 •1.45 107.14 2 Jaragua Fabril PP-G- 15.300 2,00 2.00 2.00 2.00 2.00 124,22 ' Fonte: * AF1 Unitonco 33,79 44flS
Colutoso Iranl PP-G- 45.500 9,00 8,80 8.87 9.00 8,80 110,88 Olical Pü-G- 65.000 5.00 4.99 5.00 5,00 5.00 0,60 185.87 ZaKitki 40i29 '39,99
Comig PP--D 6 326.000 0,64 0,42 0,61 0.69 0.42 -3.18 33 Transbrasll ON-G- 104.200 5,20 5.20 5.20 5.20 5.20 EST 288,89 ** Abadi Total —
Cemtg PP-GE 25.Bd1.700 5,80 4.60 5.50 5.71 5.90 5,64 1.42 165.36 79 Transbrasll PP-G- 1.381.000 2.50 2.40 2.50 2.70 2.55 1.21 89,61 ND: Mo DijponM
Clbran PP-G- 222.000 4,70 4,73 4,85 4,60 8.24 88,25 TOTAL 269.382.700
Ctca PP-G- 345.000 45,00 3937,55 XW 41.40 45.00 39,00 8.69 138,00
Qtro-Pocllna PP-G- 44 300 41.00 40,66 41.00 37,55 2.08 189,12
Clímax PB-G- 70.000 7.40 7.30 7.33 7.40 7,30 82.82
Cofap PP-O- 2.208.700 295.00 295.00 306.80 330.00 330,00 4,54 194.40 Mercado Futuro Fundo ao
Coldex Frtgor PP-G- 19.000 32,00 32.00 32,00 32.00 32,00 EST 96.97 portador:
Conlab PP-G- 2700 730,00 730.00 774.44 800.00 800,00 6.09 166,5-1 Operações a Termo
Conlrio PE-G- 5.300 478.53 478.53 478,53 478.53 478,53 100,00 Valor da Patr1m6nto
Consl A Lindonborg PP-G- 30 000 8,30 8.30 8,30 8.30 8,30 -2.35 110.67 Denomlna^o cota NCx< Ltquldo
Const Boter PB-G- 1.207.600 2.55 2.55 2,81 2.69 2,60 3,16 96.67 21 Tipo Prazo Quant. Volume N° BBF Aftl (RJ) 19
Cônsul PP-G-
Copone PA-G-
100 9 344,00 9 344,00 9 344.00 9344.00 9.344,00
181.400 755.00 720,00 753.66 760.00 720,00
14.95
126,90 30
1 (mil) r*Q. 0,181050 1 904.341
Conaa Ribeiro PP-G- 547,000 3.30 3,30 3.36 3.50 3,40 97.39 8 IBV — 12 (pontos) Attantlca (RJ) 2,009000 11.047
PP-G-
CosiguaPP-G- 5.500 22.10 22.10 22.10 22.10 22.10 -1.40 0.45 152.41 2 Bamoriduna (PR) 21 0,075460 300 014.748
Cresal 5.000 12.00 12.00 12.00 12.00 12,00 •2.62 247.42 1 Barro tio Araújo PB-G- 030 1.500.000 6.31 43.16 6.32 6.31 6.30
42.90 42.90 '28.331.94 43
9 476.77 Abril
Banerj (RJ) 20 0,978400 31.541 480
Cruiolro Sul PP-G- 1.400 93.00 93.00 93.00 93,00 93,00 212,28 2 Whlto Martins OPEG- 030 660000 42.90 37.800.71 7 59.850 Banospa F3P (SP) 20 0.063141 515 095 188
PP-G- 3000 80,00 80.00 80,00 80,00 80,00 EST 139,75 90.83 1 TOTAL 2.160.000
' O,F.Vasconcelos
Dhb Ind.Com. PPEH- 9000 34,00 34.00 34,00 34.00 34,00 3.03 2 BM&F SSanostado (PR) 20 0.0(39714 27 523 333
Docas ON-G- 3.000 64,00 64.00 64.00 64.00 64,00 20.26 121,95 1 B8 Conta Ouro (RU) 21 0.263680 1 249 147 550
Docas PN-G- 49 000 48,00 47.00 48.63 50.00 49,00 11.46 131,18 13 Bemgo (MO) 20 42,206916 42 206.tflB
Dovn PP G- 968.100 1.35 1.35 1.37 1.45 1,35 2.24 67.82 104 Café (NCZV100 sacas do 60 Kg) BMC (SP) 20 0.6-99666 64 843.214
Duratox PP-G- 66 000 64,00 63.00 63.24 64.00 64,00 125.67 Opções de Compra
Ebede PP-G- 5.000 11,50 11,50 11.50 11,50 11.50 -3,77 13636 BMP (MO) 21 10.789195 28 962 414
Bsbra PP-G- 2.000 48,00 46.00 48.00 46,00 48,00 0,33 73.96 Vsnc. Pr*?o. UK. M*d. Quant Volume Boa vista (RJ) 20 73.060865 68.532.850
Eluma OP-G- 20.000 62,50 62.50 62,50 62.50
, Buma PP-Q- 133.100 68,00 66,00 66.01 62.50 70,00 67,00 0.37
18030
162.12 15
ttuto Exarc. (Lota)
Abril
Bovespa (pomos) Boston Fundo BKB (SP) 20 0.045082 110 875.605
Bo^ano, Simonsen (SP) 21 0,073964 115 215 810
Engwntx PP-G- 46.500 160,00 100,00 177.31 165.00 185.00 18.21 27633 5
Engevtx PP-G- 10.000 22.00 22,00 22.00 22,00 4,76 157,14 BANCO DO BRASIL PP-Q- CDG ABR 2 300.00 100.00 110,00 20 000 2 200.00
Epõda Slmmona PP-G- 30.100 6,70 6,70 6.70 6.70 22.00 6.70 -1,47 64.42 PARANAPANEMA PP G- CD1 ABR 360.00 121.00 118.69 4530 000 62 910.00 67.900 Credlbanco (SP) 20 7.177674 15 890321
EoonfrTwco-Poftador (SP) 20 27.311709 61 809
Ericsson OP-G- 1.500 600,00 600,00 600.00 600.00 600.00
Estrato PP-G- 1.531.000 18,50 17,00 16.99 20.00 19.00 2.65 12736 14 CDJ 17,66 120.00
CDK
ABR
ABR
400.00
450,00
90.00
65,00
90.93
65.23 27 740 000 431 030.00
260 000 1 779 020.00 Boi Gordo (NCZSgr arroba liquida do 15 kg) EKta (DTVM — RJ) 20 6.209750 94 156
Bem* OS-G- 1.000 145,00 146.00 146,00 145.00 145.00 CDL ABR 500.00 44,00 45.00 33 810 000 1 521 460 CO nd Flnasa (SP) 20 6 842230 168 127.906
Fabrica Bangu PP-G- 30.000 2.10 2.10 2.10 2.10 2.10 87.87 PETROBRAS PP-G- CDG ABR 4 000.00 540.00 540.00 10 000 5 400.00 FtexNel (RS) 21 0.113308 1 115 706
F-ort*»a PP-G- 253 100 1.230,00 1.200,00 1.239.96 1.300.00 1.300.00 1.58 191.50 10 CDH ABR 4 500.00 370.00 364,93 730 000 266 400.00 OlirO (NCZS-gr lingote, de 250 grs.) Garantia (RJ) 18 56.329117 20 440.079
FwTBge.TS Kaga PP-G- •V100.000 11,50 11.50 11.05 ^2J00 11.50 0.06 11930 CDI ABR 5000.00 190,00 194,34 2 610 000 507.250.00
Forro Brasileiro OP-G^' 3.500 130.00 130.00 130,00 130.00 130.00 10030 UNIPAR 000 4 290.00 IOB (SP) 20 9.541914 600 777
Fwrro Uga? PP-G- 215.000 69,00 69.00 72J?1 75.00 75,00 738 17737 18 VALE DOPB-G- RIO DOCE ABR
CDG ABR 40.00 14,50 14.30 300
PP-G- CDL ABR 6 000.0011 350.00 1 348.66 2 020 000 2 724 000.00 300.00 Abril
Itau-nauvest (SP) 20 1.356862 360 S45.1S7
FerOsul PV-G-
Rjom PP-G- 1.731.000 3.90 3.74 330 4.06 3.85 •1.81 109.83 21 CDM 6300.00 350.00 1.161.11 360 000 418 23.19
Frw-v«ícutoa PA-G- II.600 0.50 8.50 8.50 6,50 8.50 2.16 11333 COP ABR 7 200,00 880,00 787.85 2 680 000 2 111 450.00 Nesblaphc (RJ) 20 6.056000 3102304
5.061.700 7.30 7.10 7.37 8.00 7.99 7,12 142.28 62 CDS ABR 7 800.00 540,00 500.53 3 750 000 1 877 000.00 Frango Resfriado (ncz$) Montroalbank (RJ) 20 56.959497 14 485 199
GanJau PP-G- 10.000 32.00 32.00 32.00 11034 CDT ABR 8 100,00 430.00 378.58 2.430 000VOLUME 919 950.00
QtaabtRa PP-G-
Gurgal PP-G- 279 000 9.50 9,50 0.74 32.00 10,00 0.60
32^0
01.03 QTDE TOTAL TOTAL
000 12 630 660.00
nd Multiple (SP) 20 23.891403 14 244 129
Naoonal (SIN — RJ) 21 46.558295 235 417.809
10.500 345.00 345.00 360,00 380.00 365.00 3.24 106.03 81250 Dólar (nczs)
Hartng PP-G- 7.500 310.00 310.00 310,00 310.00 310,00 8.25 128.65 Abril Omega (RJ) 21 1 160.416501 1 818 310
ImWtuba PP-G- 1.09 Satra (SP) 20 0.076155 455 304 026
Tmbrac Pit. PP-G- 2000 360.00 380.00 360.00 380.00 380.00 -6.29 2.70 180.05 2 Storltng (RJ) 20 3.727351 12 363 995
Inbrac PP-G- 1260 000 3,40 3.31 3.40 3.55 3.31 -1.03 69.39 10 Vetor (RJ) 21
206 500 4.00 3.70 3.83 4.00 3.70 74.06 8 10.151677 76QSQ
Inepar PP-O-
Ipiranga Pwt OP-G- 2.252.000 16.50 15.80 16.45 16.75 16.75 •0.06 187.36 47 Câmbio BMSP 1) POSIÇÃO EM 07.1288
11 300 38,01 3801 38.01 36.01 38.01 10,17 100.05 21 POSIÇÃO EM ISO! 88
taranga Pai PP-G- 1.351.700 50.00 50.00 51,03 52,00 51.00 3,07 131.42 Ouro (NCZSgr hngote de 250 grs)
J H Santos PP O- 25 000 8.50 8.50 8.50 8.50 8.50 -10.53 89.47
Moeda por dOlar
Compt* Venda Em Compra ... cjuifkjo*...
Venda
'Juririò* ........ • • * W3) POSIÇÃO EM 31 01 69
FCSiÇAS SA 01*02.99
João Fortes OP-G- 2 400 300.00 300.00 310.00 390,00 330.00 3.33 102.25 Coroa Dinamarquesa 7.1588 7.1762 0.13865 0.13969 35.50 5) POSIÇÃO EM 02V2W
Jose Stfva PP-G- 424 000 14,00 14.00 14.03 15.00 15.00 233.83 Coroa Norueguesa 6,7203 6,7387 0.14765 0.14880 6) POSȂAO EM 030230
Krp*or Webar PP-G- 164.500 32.00 32.00 33,85 34.00 34.00 Coroa Sueca 6.3157 6.3313 0.15716 0.15834 Algodão (NczvisKg) 7) POSIÇÃO EM OS 0289
Dólar Australiano 0.81069 0.81331 0.80664 0.81331 8) POSIÇÃO EM 100289
labrs PP G 50 000 7.50 7.50 7.50 7.50 7.50 394 74 Dólar Canadense 1.1938 1.1967 0.83145 0.83766 Março 91 POSIÇÃO EM 110289
Uur. Naoonal Metais PP-G- 2 867 000 9.80 9.80 10,06 10.29 10.17 5.12 171.97 54 Escudo 18.50 10) POStÇAO EM 14TJ2B9
Lanrficto Se»rt?e PP-G- 50 000 2.40 2.40 2.40 2.40 2.40 -4,00 141,18 2 Ronm 151.55 152.25 0.0065353 0.0065985 11) POStÇÀO EM 1SC299
Lar* Maquinas PP-G- 85 000 32 00 32.00 33,06 35.00 35 00 6.65 73 34 2.0729 2.0791 0.47857 0.48242 12) POSIÇÃO EM 16C2B9
Lecc PP G 300 12.00 12.00 12.00 12.00 12.00 -5.11 114.29 Franco Belga 38.551 38.649 0.025745 0.025940 Boi Gordo (Ncz$.i5Kg) 131 POSIÇÃO EM 17 0289
Ijmasa PP-G- 11 000 17 00 17.00 17.27 17.50 17.50 132.95 3 Franco Francos 6.2497 6.2653 0.15881 0.16001 Abnl 14) POSÇAO EM 20C289
Luxma PP-G- 139 200 17,60 16.50 16.94 17.60 17.50 -5.73 211.75 15 Franco Suíço 1.5724 1.5766 0.63110 0.63597 15) POSIÇÃO EM 21 0289
Madaírti PP-G- ROO 11.00 11.00 11.00 11.00 1130 Iene 127.50 127.86 0.0077819 0 0078431 23.25 16) POS"ÇAO EM 22.0283
Maçnmfta PA-G- 253 200 75 50 7530 77.78 110.00 Libra 1.7193 1.7237 1.7107 1.7237 17) POS1ÇÀO EM 230289
Mwo GaSo PP-G- 800 000 1.85 80.00 79.99 -231 4.07 194.28 Lira 18) POSIÇÃO EM 24.0289
Mao Gak> Prt PP-Q- 500 000 1.85 1.87 1.91
1.70 1.70 1.70 1.70 1.70 -10.53 8035 1.85 7732 Marco 1357.3 1361.1 0.007310 0.007368 Café (NCZS mil60 Kg) 19) POSIÇÃO EM 270289
Manprta PP-Q 154 900 21.10 21.00 21.44 22.00 1.8382 1.8428 0.53994 0.54401 Março 2C1 POSÇAO EM 180289
Mannesmann OPEG- 8 821 TOS 2C.5C- - 2050 22.22 22.70 22.00 8.23 196.27 116 21,70 1.47 175.02 9 Peseta 114.66 114.93 0.0086574 0.0087214 21) POStÇÀO EM 01C389
Mannasminr PPEG- 1 975 000 14.40 14.00 143» 15.00 14.90 3.70 17734 48 Xelim 12.917 12.953 0.076816 0.077417 90,00 — TODAS AS IN^OOMACOES CONSTANTES DESSA RELAÇÃO Stó
Maraopoto PP-G- 1020 000 87.50 8830 87.12 95,00 05,00 496 91.71 Dólar do tfpo b — Dólar por moeda D€ RESPONSABILIDADE EXCLUSíVA DOS ADMiN«THADOrtES COS
Marvm PP-Q- 405.000 14.00 1330 13.00 14.60 14.00 -0.72 11132 Taxas divulgadas polo BC no lochamenio de oolem - nd - Nao Dtspooivei FUNDOS
 JORNAL DO BRASIL Economia sábado, 4/3/89 u 1" caderno ? 17

)0 BÒZA^,'Í
Personalizado: BOZANO, SlMONSEN: Caixa monta
• estratégia
•••:¦ ¦•• UM N SUA SALA.
UM BANGO. NÂ para
* M & ¦
fflrofc tó» stfawfc a»

reduzir déficit habitacional

L~~3
MKSftS^MOWSiN-l^a»mTBMO^nlla»t!y^M, -•sftr-projuúüs üfla bancos devem c se-
Thaís Hastas _sào de financiamentos
' "siçTÍo"ile ¦'cã'síi"f>ntyrl:i tornam a aqui-
rào remunerados", nfirmu~õ~"p7csidente lllli Miiiiiu uid.i1
da CEF, embora ressaltando sua convic- vez mais inacessível para a grande parte
BRASÍLIA — Buscar recursos exter-
nos, reduzir o prazo de recolhimento ção de que esta remuneração não equiva- da poupulação do país devido aos au-
Boísa de Valores de São Paulo le á rolagem deste dinheiro por 30 dias, mentos do custo da construção civil
do FGTS c aumentar a captação de No ano passado, o FGTS arrecadado — Mandarino responde com duas ob-
poupança são as três linhas de atuação pelos empregadores foi da ordem de servaçòes. Em primeiro lugar, acredi-
Resumo das Operações traçadas pelo presidente da Caixa Eco- NCzS 692,7 milhões. •
Oirto (mil) Vol (NCiS mil) MAi Fvch 0«c nômica Federal, Paulo Mandarino, pa- ta que enquanto iniciativa privada, as
Into Purtfrto
ConootdntArlas
41)6 3.1(1 00
20 470 11B
242 ra tentar, neste ano, reduzir o déficit Pelo menos um, dentre os vários grandes construtoras não estão obri-
D'fo.lo 0 Tlocibos 157.053 151 Loco PP C03 12.300 12.00 12,00 12,00 12,00 12,00 habitacional no país. Ele anunciou que projetos dc empréstimos externos que gadas a investir na produção de mora-
_Vtindos do Inc. Fiscau DL.1370: 1 154 40 l.lmasa PP 34 000 10.00 10,00 10.00 10,00 10,00
Uxofclcio do opgOoc do rompm — Unh Circulo PN 6.500 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00 dará preferência a liberação de empresti- o presidente da CEF afirma estar ana- dias para as faixas mais carentes da
Morcodo a Tormo 2 59') 147 Ux Da Cunha PP 73.000 37,00 37,00 37,00 37,00 37,00 Usando, encontra-se cm fase adianta- população, cabendo tal função às pre-
OpQdos do Cornprti 241900 10.577 Lojua Amertc ON ED 120.000 3030.00 3930,00 3933,07 3950.00 3030,00 mos com recursos provenientes de capta-
ftaClonflrio 30 10 Lojm Herlng PP CO7 1.600 5,16 5,18 5,16 6,16 5,10 4 0,1
210.000 18,00 17.50 17,90 10.00 17,90 0,0 ção de poupança, às classes média (nos da de negociações. Esboçado ao 2o se- feituras municipais ou governos esta-
TOTAL GERAl 020.220 77,302 Luxma PP Cl7 mestre do ano passado, o projeto setorial duais.
Indlco Rovospa M6dlo 53 702 Madoirtt PP 95 500 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 + 13,4 seus segmentos médio c baixo), afirman-
IftrtiflO Uovoopo Fochnmonto 53.901 (? 5.0) Magnosita PPA C02 404200 75,00 75,00 70,17 79,00 70,00 4.0 do caber às prefeituras municipais c a junto ao Banco Mundial (Bird), no valor Em segundo lugar, lembra que cabe
Indlro Uovospn MAxImo 54 204 MngnoaJta PPB C02 33 200 25,51 25.51 25,51 25,51 25,51 + 2.0 de USS l bilhão, foi idealizado pela As- ao Congresso Nacional votar uma poli-
Indlco Bovospa Mlnlmo 51 307 Ma'o Oallo PP INT 6 627.700 1.00 1,85 1.00 1,95 1,07 ++ 1.0 seus orgàos coligados (como as Cohabs)
Düü 07 ogúca do IDOVLGPA. 40 subiram, 0 caíram, 10 pormanocwam oslAvoia Maio Gallo PP P 1.900 000 1,81 1.70 1,02 1,05 1,05 2.7 sociação Nacional Pró-Habitação (enti- tica nacional de habitação, fórum ade-
Maivih PP 125 000 63,00 03,00 03,00 05,00 03,00 + o atendimento das classes menos favore-
UÍJ / Manana ON 2.000 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 33,3 cidas da população, através dos emprés- dade privada que reúne cerca dc 500 quado para a discussão da necessidade
Manaaa PN 3 001 000 15,00 14,70 15,34 10,50 16,50 10,0 empresários da construção civil) e conta- ou não de um subsídio governamental
Mercado a vista M angola Indl PP C03 07.300 22,00 21,00 21,77 22,00 22,00 9,2 timos concedidos com recursos do
Mannoamann OP 5.400 300 21.09 21,00 22,37 23,00 22,íO FGTS. vá com o apoio do então ministro Prisco ser dado à habitação popular. "O que
M»nry»omann PP 203.000 10,50 10,50 10.90 17,00 17,00 10,0
Títulos MA*. Foch. Osc Majcopolo PP INT 2.507.200 06,00 00,00 00,56 95,00 02,00 Paulo Mandarino pretende reduzir Viana. Mandarino disse que estes cm- não faz sentido é querer obrigar o setor
Marisd PP 331.300 24,00 23,00 23,41 24.00 24.00 4
Worvtn PP INT 100.500 12,00 12,00 12.00 13.01 13.01 •0,9 0,3 de 30 para 10 dias o prazo que o empre- prestimos têm o caráter de complemen- privado a desenvolver um produto de
Abe Computad PP C01 ICO 000 13,00 13,00 13,00 13.00 13,00 Maatioy Porte PPA 00.500 100.00 105,00 105.00 106.00 105,00 tar a poupança interna, mas devem ser retorno pequeno c duvidoso ou imagi-
Abe Xtnl PPA 15 000 200.00 200,00 200.00 200,00 200,00 Maalor PpA
Mec Posada PP
29.500 6,11 5,11 5,19 5,20 5.20
44.700 530,03 500.00 517,90 530.00 500.00 gador tem hoje para recolher o FGTS à analisados á luz das dificuldades atuais nar que o governo tenha que ter uma
Aoocrta FP C01 200 00.00 90.03 90,00 90.00 90,00 Mondoa Jr PPA 2.000 10,50 10,50 10,50 10,50 10.50 + 0.0 rede bancária, relativo a 8% do salário
Aco AHona PP 15,000 150,00 150.00 150.00 150,00 150,00 Mondaa Jr PPB 64 000 29,50 20,99 29.01 20.50 29,00 4 7,4 do governo, cm muitos casos incapaz de construtora estatal para resolver o pro-
Aoofl Ipanoma PPB C35 400 30,00 30,00 30.00 38,00 30,00 20 400 141.01 141.01 141.01 141.01 141.01 + 0,7 de seus empregados, c dc 30 para carca
Afoo VIII PP C48 33 110,500 21.00 21.00 23.02 21,00 24.00 4 20.0 More S Pauto ON 188 de 3 ou 4 dias o prazo que a rede bancá- honrar suas contrapartidas internas a blema", resume.
Au>8 V.l PP 4.093000 20,50 20,50 21,74 22,00 21,50 + 10.5 Merc 3 Pauto PN 188 11.400 105,01 105,00 105,00 110,00 105,00
jAdubro Cra PP C32 5 000 4,60 4,00 4.60 4.60 4.60 ? 2.2 Meridional PP 2.300 0,99 0,99 0,99 0,99 0,99 / ria tem para repassar os recursos à projetos com instituições dc crédito in| No ano passado, segundo os dadog'
Adubos PPTrovo PP C13 1.103 000 3,04 3.0» 3,16 3,30 3,10 + •0.4 1.9 Mot Barbara PP 171,900 90.00 90.00 90,00 91.00 91.00 + •5.7 1.1
"Agrala 14.400 120.00 120.00 129,55 130.90 130,00 Má,t Douat PP COI
KVrt Gordau PN
290.100 9,00 8,50 0,99 9,00 8,95 +
10.200 30.00 27.01 29,94 30,00 27.01 1,9 CEF. Segundo cie. "não faz sentido" tcrnacionais. da CEF, dos 234 milhões de OTNs con^
A^rooriío PP COG 4.975.000 39,00 30.00 39,65 40.50 30,00 •2.5 Na sua cruzada para o aumento da tratados com recursos
Altiiirjn OP 1 200 799,09 799.99 799,99 799.09 799.99 + 0.0 Mot Gcrdau PP 254 600 35,00 35,00 35,40 35.51 35.51 4?3.4 4,4 que os recursos utilizados pela CEF de
Alfrod PP 0.000 0.05 0,05 C.05 0.65 0.Ü5 / Mot Wotzal PP
M<*tal Lavo ON
102.000 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00
2.000 1100,00 1000,00 1075,00 1100,00 1000,00 + 7,4 para financiar a habitação popular (60% captação dc poupança, o presidente da cadernetas de poupança,provenientes 78% 'faixas
forain
,/VJIportl PP ON 408 000 20,00 25,00 20.15 28,99 28,93 + 15,9
0.400 4000,00 4500,00 4540.63 4000,00 4600.00 + 2,2 do FGTS) demorem 60 dias para chegar CEF tem apelado especialmente aos pre- canalizados para habitação nas
Alparyatris
AJparçatas PN £.000 1900.00 1900,00 1909,31 1939,99 1999,99 + 1.0 Matai Lovo PP C40 347.500 650,00 649,09 662.02 670,00 670,00 3.0
ArnaCco RoorJ PP 1.101.400 4.90 4.00 4.90 4,90 4,00 •?7.5 Motlaa PP C47 0.000 35,00 35,00 35,17 35,50 35.50 + 1.4 à instituição numa conjuntura inflado- feitos e grandes construtoras e incorpo- média e alta da população, -sendo 30
Aniuronla CN 9.600 200.01 200,00 200,16 2Í5.00 215.00 M*Cb®k/ttO PP C20 0.300 13.10 13.10 13.49 13 IA 13.50 4 3,0 radoras do país para que dcpositeirrsuas -Trilhões de OTNs em empréstimos
•Amoticn 1.200 65.03 65,00 65.00 05,00 05,00 + 0,3 Micíietotto PP P 23.900 12,10 12,10 12,71 13,50 13,50 12,5 nana. pa"-
Sul ON 108 Mlnuano PP 126.700 4.00 4,80 4,90 5,00 5,00 + 4.1 Mandarino acredita que a idéia tem disponibilidades financeiras na CEF,
Afporica Sul PN IDO 115.000 19,00 19,00 19.03 19,00 19,00 + 15,1 Moinho Rum OP C04 95.600 1POO.OO 1799,50 1000,00 1000,00 1000,00 4 0.0 "boa aceitação' no Ministério ra o setor da construção civil, c 153
Amortca Sul PP C03 2.035.000 20,00 20,00 20,00 21.00 20,00 + 5,2 Moinho RocJI OP C04 2.300 2400,00 2400,00 2414,40 2450.00 2450.00 + 2.0 da Fa- com o argumento de que são justamente milhões de OTNs para pessoas físicas.
Anwrlcu Sul PP P30 20.000 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 Moinho Sant OP C05 12.000 2600.00 2600,00 2042,07 2050,00 2650,03 •2.9 1.9
Anhanguora OP 17.400 91000 910,00 912.99 9?0,0I 920.00 + 1,9 Moinho Sar.t PP C05 0.000 1000,00 1049,00 1779,05 1800,00 1640,99 zenda. c que sua implementação de- os dois segmentos que mais recorrem à Somente 51 milhões de OTNs destina-
Antorc Haui PNA 1G.GG0 420,00 420,00 420.18 450,00 450.00 Montroal PP COI 50.000 4.00 4,00 4.01 4,10 4.10 2.2 instituição em busca de empréstimos.
Antorc Piau! PNl)
Pb PNA IN
2.000 420,00 420,00 420.00 420.00 420.00
000 20,00 20,00 20.00 20,00 20.00
Multor PP 970.300 3,00 3,00 3,30 3,50 3,32 t 10,0
1 000 2.41 2.41 2.41 2.41 2.41 4.3 pende ainda de cálculos que estão sen- ram-sc a programas habitacionais pa-
' A,nlnrctic
Antarcttca ON GCO 20.000 20.000 20.^50 29 100 29.100 h 14,5 Multttol PN
Multitol PP C1B 2.072.000 3.00 2,90 3.01 3,10 3,00 + 1.0 do feitos para definir a remuneração As críticas que a CEF recebe sobre ra a população de renda mais baixa,
*quatoc PP COG 5.023 000 15,50 15,00 15,59 10,00 16.00 + 0.6 Muíatüxtil PP C22 352.000 12,50 12,50 12.50 12,50 12,50 + 4.1 adequada da rede bancária pela pres- sua elítização nos anos recentes — os através de cooperativas ou do progra-
tno PPB
'AArecruz 20.500 9100,CO 9000,00 9101,75 9200.00 9100,00 Nacional ON 1.000 123,00 123,00 123,00 123,00 123,00 taçãó deste serviço, de forma não cau-
•Aíihur PPLar>oo CC2
OP
1.500 04.499 04.499 64.099 85.000 04.500
400 0,30 6.30 6,30 6,30 6,30 + 1,6 Nacional PN
Nakata PP C02
967.000 73,00 65,00 70.70 73,00 69,00 níveis de renda exigidos para conces- mas de casas econômicas.
ArltHJf Lar>ftg PP 3.000 0,30 6,30 6,30 6,30 6,30 1.709.000 14,00 14,00 14,00 14,00 14,00
Avtpal ON 000 25,02 25,02 25.02 25,02 25,02 4 2.0 Nogam PPB 30.000 19,00 19,00 19,00 10,00 19,00
Av.pal OP 435.000 31,00 31,00 31,13 32,00 32.00 + 6,6 Nofd Brnall ON 45.000 50,05 50.05 53,24 55,00 55,00
Azovodo PP 1.477.500 36,00 36,00 36.03 37,99 36.01 ? 2.0 Nord Brasil PN 91.500 65,00 55,00 55,22 60,00 55,00
Balwtna PP INr 590.000 27,00 27,00 27,99 20,02 20.02 + 7,7 Nordon Met OP C04 8.000 230,00 230,00 230,00 230,00 230,00 para a correção dos depósitos efetua- res dúvidas quanto ao futuro da pou-
Rarwrtnd Br ON ED 1.000 350,00 350,00 350,00 350,00 350,00 f 2,9 Noroeste PN 4.000 480,00 400,00 400,00 400,01 400,00
Bamortnd S«Q PN ED 600 610,00 610,00 610,00 010,00 610.00 + 3,1 Nova An>0rica OP C02 5.000 70,00 70,00 70,00 70,00 73,00 Poupança da dos na segunda quinzena de janeiro, a pança a partir de abril, quando cessa a
Band C F Inv ON 12.300 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Odobrecht PP ED 53.500 070,00 070,00 079,53 800,00 080,00 + 1.1 CEF saltou de uma captação positiva garantia de remuneração do o ver e
Bando! r Inv PP ED 1.100 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 Cfvobm PP C39 7.000 07,00 65,00 60,43 07,00 05,00 + 3,1
Dandolmntoo ON 1.000 90,00 90,00 90,00 90,00 90,00 •2,0 Orton PP 107.900 26.00 25,00 25.93 20,00 25.00 + 0.0 ate 15 de janeiro dc NCzS 34 milhões, passa a vigorar o IPC mais 0,5% de
Bandolraníw PP ED 112.000 50,00 50,00 54,99 55,00 55,00 -15,3 Omiex PP 55.000 13.31 13,31 13,35 13,40 13,40 +1,5 CEF ainda
B-inospo ON 1.010.100 10,00 10,00 10,24 10,70 10,31 + 2.9 Oxrteno PNA ED 407.500 103,00 100,00 100,54 103,00 100.00 •1.9 para uma negativa, dia 31, de NCzS juros ao mês como índice de correção
Uanospa PN 2.100 12.11 12,11 12.11 12,11 12,11 + 0.0 Pacaombu PP 110.200 0,50 6,10 0,11 0,50 8.10 •4.7 ISO milhões, praticamente não regis- mensal dos depósitos. Como a inflação
Banospn PP C54 7.000.000 21,30 21,00 21,53 21,70 21,50 + 0.9 Papoi Slmao PP 3.014.700 230,00 220,03 229,92 240,00 230.00 + 6.9
Banrloul PNA ED 90.000 9,50 9,50 9.67 0,00 o.no 4 4.0 Pura Dominas PP C10 53.075.900 0,31 0,30 0.32 0,33 0.30 trando novos depósitos no período. deve ser baixa nos próximos meses, o
Bap*jsta Sil PP COO 1.200 65,00 05,00 G5.03 65.00 65.00 + 3,1 Para Demlnaa PP 500.000 0,20 0,28 0.20 0,20 0.28 é negativa Fm fevereiro, os saques continuaram
Pordolla PP 10-3 12.500 12.500 12.500 12.500 •7.4 poupador tem a impressão dc não estar
EUirrotto PPB 149.000 5,30 5,30 5,30 12.500 5.30 5.30 Paraiburta PP
Paranapanoma PP
17.331.400 0,20 0,20 0.60 0,75 8,71 + 6.2
57.227.000 395,00 390,00 399,04 405.00 399,00 •24,7 + 5.2 superando os depósitos, chegando a tendo ganhos releventes e tende a sa-
Botgo Minolr OP 2.570.300 500.00 500,00 503,92 510,02 510,00 Paul F Luz ON 1.271.200 05,00 70,00 70,35 06.00 70.00 •G.5 Caixa Econômica Federal fe-
fDtlgo Mlnoir PP 004.900 370,00 3G2.00 363,43 370,00 365,00 + 1.3 Paul F Luz OP C03 1.160.000 91,00 00,03 02.95 91.00 05.00 A chou o mês de fevereiro com uma captação liquida negativa de car suas reservas e partir para o con-
Oonzonox PP 500 2.00 2,00 2.00 2,00 •13,4
ttota PpA 1.000 2.20 2.20 2,20 2.20 2.00 2,20 Por Columba PP
Pordigao PN
1.100 3,50 3,50 3,50 3,50 3.50 4 2.9
10.200 17,00 15,00 15.02 17,00 15,00 + 7.1 uma captação liquida negativa (os sa- NCzS 208 milhões no dia 23. para de- sumo, ou mesmo aplicar no over.
,Ptt CaW PPB 400 210,00 210,00 210.00 210,00 210,00 + 5.5 Perd«gao PP 592.900 17,50 17.30 17.69 10,00 10,00 + 5.0 pois apresentar uma leve recuperação
Oornbrtl PP 5.402.100 03,00 03,00 83,30 05.01 85.01 + 2.4 ' Pordigao Agr PN 4.000 17,00 17,00 17,00 17,00 17,00 quês superaram os depósitos) de NCzS no final do mês, quando aumentam os O presidente da CEF afirma con-
Bfodosco ON ED
Bradoscc PN ED
143.100 00,CO 00,CO 91.73 93,00 03,00 + 3.3
2.930.000 93,00 93,00 06.94 9B.00 90,00 + 5.3 Pordigao Agr PP
Ponligao Alm PP
126.900 17,00 17,00 17,90 10,00 10,00 + 4.0
115.400 10,00 10,00 10,07 10,50 18,00 + 2,0
181,1 milhões na caderneta depoupan-
depósitos. cordar "com parte deste raciocicio"
BredoMX) Inv ON ED
Brodoaco Inv PN ED
400 120,00 120,00 120,00 120,00 120,00
25.000 120,00 120.00 120,00 120,00 120,00 Pérsico PP 2.014.400 13.20 13,10 13.20 13,30 13,20 ça, conforme informou ontem o presi- mas faz uma ressalva: "a política mo-
Brohma OP C05 4.200 310,00 310,00 310,00 310,00 310.00 Potr S Pouto PP 1.000 130,00 130,00 130,00 130,00 130,00 dente da instituição, Paulo Mandarí- A captação liquida negativa em fe- netária existe para isso, c o governo
Brahma PP C05 1.323.200 255,00 255,00 200,00 202,00 261.01 4 2,3 Petrobraa ON 20.300 1049,00 1700,00 1701,23 1849,00 1750,00 no.
brasil ON 29.700 1030,00 1010,00 1025,59 1030.01 1010,00 -0.9 Patrobras PP C56 5.145.000 3462,00 3400.00 3472,10 3500,00 3400,00 vereiro surpreendeu a Caixa, uma vez está muito atento para o problema",
•Brasil PP C02 432.900 1050,00 1650,00 1723,21 1730,00 1725.00 + 5,1 Potropar PP COI 210.100 103,00 103,00 103,00 103,00 103,00 Os números refletem a mesma posi-
Brasilrt OP ED 42.000 435.00 435,00 435,12 4-10,00 435,00 Pertenati PP 231.100 23.00 23,00 23,00 23.00 23,00 que o governo pensava ter assegurado afirma ele. Para Mandarino, as taxas
Braslmot PP C24 9.000 220,00 220,00 220,00 220,00 + 2,3 Povo Prédios ON 1.700 410,00 410.00 433,53 450,00 450.00 ção de janeiro, o que significa que fe- a preservação dos depósitos de pou- de juros "terão que baixar, não muito
Brocir.ca PP 07.100 160,00 160 00 175.19 100,00 220,00 100,00 4 12,5 Phobo PN
Plrolll OP ED
163.800 115,00 115,00 115,70 120,00 115,00
701.400 44.01 42.22 42.67 44.01 42.50 vereiro foi um mês nulo em termos de pança, ao garantir nos meses de feve-
Urosrrwíof PP C03 10.300 5050,00 5030.00 5940.64 5950,00 $000,00 •1.1 Pirolli PP ED 3.678.400 32,00 32,00 32,30 33,00 32.51 para evitar a exacerbação do consumo,
Brtnq Mimo PP C01 1.150.100 4,00 4,50 4,53 5,00 4,50 •2.1 Plro'11 Pnou OP C01 1.867.500 27,00 25,99 20.94 27,00 27,00 4 •9.0 3.0 captação. Com a decisão do governo reiro c março a mesma remuneração mas dc forma a corrigir distorções",
C Fabrlnl PP 3.300 ieo,oo 100,00 160,00 100,00 100.00 Pireíll Pneu PP COI 1.553.500 16,50 15,00 16,34 17,00 15,00 de impor unia carência de seis meses do overnight. O fato lança ainda maio-
Gadquo PP 5.000 731,00 731,00 731,00 731,00 731,00 PoliaUon PN 10.500 210,00 210,00 212,42 220,00 220,00 4 -4.3 9.4 informa.
Caeml CP C27 700 0500,00 7250.01 0171.43 0700,00 7250.01 Puli3tóon PP COI 2.197.000 250,00 220,00 240.53 250,00 220,00
Ceeml PP C27 300 5000,00 4999,99 4399.97 4099,99 + 0.0
•Ca! Bmüüa OP 540.000 10,00 10,00 10,00 5000,00 10,00 10,00 I Pclipropllen PPA
Polltono PNB
556 000 76,00 75,00 75.09 76.00 75,00 + 15.3
53.000 100,00 100,00 100,37 102.00 102,00 ? 2.0
Caf.Bnwilia PP 347.100 6,50 6,50 0.76 0,90 6,90 + 0,1 Prumotal PP INT 2 009.500 0,50 6,50 6,60 7,00 0,50 + 10,1
Cnmacarl PPA INT 31.100 10.050 10.050 12.131 12.C00 + 10,1
C«mbocl PP 110.500 0,00 0,00 8,00 12.001 0,50 0,CO -11.1 Prometal PP
Propaga PP
5.835.700 5,50 5,50 6,00 6,10 0,00 + 9,0
2.500 60.00 55,00 57.00 60.00 60,00
Casa Angto OP C02 0.200 3000.00 3600,00 3600,00 3600.00 3600,00 + 23.7 Oulmlslnos PPB 350.000 2,00 1.00 1,93 2,00 1.99
Cana Anglo PP C02 1.000 2100.01 2100,00 2100,00 2100.01
Casa J Sirva PP C01 304.000 14,00 14,00 14,03 14.50 2100,00 14,50 + Randon PP 2.000 200,00 200,00 200,00 200,00 200,00 Investidores baianos
Casa Masson PP 1.000 1,00 1,00 1,00 1,00 1.00 1.3 Rool ON
Roal PN
32.000 103,00 103,00 100,61 100,00 100,00 + 2.7
141.200 102,00 102,00 103,39 185,00 10-1,99 + 1,0
acionam a
Cbv Ind Mcc PP C04 2.799.100 7,60 7,50 7,56 7,02 7,62 Real Cia Inv PN 1.400 410,00 410,00 410,00 410,00 410,00
Cscasa PPA 1.000 1,50 1,50 1,50 1,50 1,50 Rool Cons ON 200 021,00 621,00 021,00 621,00 021,00
Celul Irani OP C27 503.000 7.00 7.00 7,00 7,00
Orna,i PP 0.000 2,50 2,50 2,50 2,50 7,CO Real Cons PNE 2.000 550,00 550,00 550,00 550,00 550,00
Cemlg PP C50 6.704.300 5,65 5,65 5.72 6,00 2,50 Ronl Cons PNF 100 521,00 021,00 021,00 621,00 021,00
Cosp PN 53.000 72.50 72.50 72,50 72.50 5,65 Roal De Inv ON 000 270,00 270,00 270,00 270,00 270.00 •1.8 União contra:
Cevnl PN 074.000 00,00 80,00 01,42 05.00 72,50 85,00 Raal Do Inv PN
Real Pari ON
900 270,00 265,00 260,67 270,00 265.00
1.000 500,00 500,00 500.00 500,00 500,00 13.5 perda
da
poupança
Chapoco PP C01 2.000 520,00 520,00 520.00 520,00
Chapoco Avtc PN
Cia Horlr-g PP 005 30.000 10,50 10,50 10,50 520,00 10,50 10,50 Roal Pari PNA
Roa) Pa/t PNB
0.400 001,00 600,00 600.99 601,00 000,00
2.300 600,00 600,00 600.70 601,00 000,00 SALVADOR — Na tentativa de Sistema Integrado de Defesa do Consu- que se sentiram lesados e pretendem re-
Clbran PP 222.000 320.00 300.00 322,16 330.00 320.00 Recrusul PP 12.000 94,50 94,50 94.50 94,50 94,50 conseguirem de volta a perda que tive-
Cica PP C02 45.000 4,70 4,70 4,70 4,70 4,70 Rofripar PP 1.443.500 22,99 22,99 23,05 23,40 23,00 midor (Sindecon), entidade privada sem ceber a diferença na Justiça. A instalação
3.003.900 40,00 30,00 40.16 45,00 30,00 Rhcom PP 408.000 45.00 44,99 45,92 40.50 40.50 + 5.6 ram com a adoção do Plano Verão, 5.300 fins lucrativos, criada logo após a edição dos postos está sendo combinada com os
Cim ftau PN ED 497.000 39,00 39,00 30.00 39,00 39,00 Rk> Ouahyba PP 50.000 3.00 3,00 3,00 3.00 3,00 + 0.0
CIíti Tocarnln PN ED 50.000 220.01 220.01 220.01 220.01 220.01 / Rlp«3a PP C20 25.200 570,00 570,00 570.01 572,00 570,00 + 3.0 aplicadores de caderneta de poupança do Plano Cruzado, em 1986. administradores de shoppings. supermer-
Qmapor PND ES 100 1700,00 1700,00
Clqulno Polr PNA 112.103 190.00 105,00 1700,00191,47
1700,00 1700,00 + 3.0
105,00 Rodoviaria PN 1.100 96.01 06,00 90.01 90.01 90,00 desta capital se uniram para mover uma
Ckjuino Polr PNU 311.000 160.00 100,00 160,00 200,00 160,00 4 0,0 Rodovinria PP 100.000 120,00 120,00 120,00 120,00 120.00 0 presidente da entidade, administra- cados e outros pontos centrais de afluên-
Qqulno Polr PNC 00.000 100,00 100,00 100,00 160,00 + 5.0 Sedo PP C18 1.015.000 59,00 50,00 59,41 60.00 60.00 ação popular contra a União c contra os dor de empresas Antônio Carlos Correia, cia popular.
Cítropoctlna PP 47.000 37,40 37,40 40,00 42,CO 180,00180.00 Sadia Concor ON 200.000 52,03 52,80 52,00 52.01 52.01 agentes financeiros. Para tanto, contam
Clímax PPA
Clímax PPB 1.000 5.11 5,11 5,11 5,11 42,00 5,11
+ 12,2
+ 1.9 Sadia Concor PN
Sadia Oeste PNC
2.000.900 40,00 40,00 40.03 49.01 49,00
2.942.100 10,50 10,50 10.70 19,00 19,00 + 11,7 com um pool dc cinco advogados que
é considerado na Bahia o último fiscal du
Cobrasma PP C01 52.000 6,20 6.01 0,19 6,20 6.01 -17,6 Samltrl OP 72.600 2720,00 2710.01 2937,23 3000,00 2900,00 + 13,2 Sarney. Ele vai defender, em assembléia Correia Contudo, o próprio Antônio Carlos
100.000 45.00 45,00 45,00 45,00 45,00 + 0,0 devem ajuizar a ação na Justiça Federal
Coont Connt PP
Cofup PP 200 40,00 40,00 40,00 40,00 40.00
5.321.000 295,00 205,00 303.91 320.01 320,00
Samitrl PP
Sansuy PP
400 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00 1000,00
50.000 30,00 29,99 29,99 30,00 29.99 + 0.0 na próxima semana. a ser realizada no inicio da próxima se- levar "unsadmite que a ação popular deve
Coldox PP
Confab PP 586.700 31.50 31.CO 31,47 31.50 31,50 Santanonae PP C04
SchtoG8er PP
2.600 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 + 4,1
157.300 10,00 10,00 10.02 10,11 10.02 + 0.2 A mobilização dos poupadores — mana, que sejam feitos vários processos, acredita dois anos" na Justiça porque,
Conforja PP 03.200 700,00 700,03 783.47 000,00 700,00 Soo pus PN INT 12.400 11,50 11,50 11.51 11.51 11.51 + 4,0 em blocos de milhares de pessoas. ele, o governo vai apelar de
Confrlo OP C02 4.300 329,00 329,00 329.00 329,00 329,00 / Soara Indl PP C05 2.000 51,00 51,00 51,00 51,00 51,00 + 3.0 que, segundo os advogados, tiveram um todas as formas possíveis. Apesar disso,
300 470,53 470.53 470,50 470,54 + 0,0
Confrlo PE 3.200 470,53 470,53 470,53 478,53 470.54 Sohbo Part PP 290.900 1.90 1.80 1.00 1,90 1.90 + 2.1 prejuízo de 32,92% devido á elevada in-
Confrlo PP C02
Con3t A Und PP 9.900 470,53 470,53 470,53 476,53 470,53 470,53 Sharp PP
Sibra PPC
33.029.900 10.21 9.00 10.29 10,00 10,20 + •0.0
1.062.000 62,00 61,00 01,94 02,00 61,00
5.1
fiação dc janeiro (72,97%), contra ape-
Como a procura ao Sindecon tem não tem dúvida de que, no final, os
sido muito grande, a direção da entidade poupadores sairão vitoriosos, recebendo
32.100 0,31 0,31
Const B<itor PPA
Consl R<«er PPB 104.000 2,25 2,25 0,43 8,50 0,50
2,25 2,25 2,25 •3.4 Sld Informat PP
Skl Mlcroel PP
46.000 33.50 33,50 33,50 34,00 34,00 + 3,0
16.000 43,00 43,00 43.00 43,50 43,50 + nas 22,97% de remuneração para as ca- decidiu instalar 10 postos para inscrever tudo com juros e correção monetária,
Cônsul PP C03 640.000 2,00 2,45 2,53 2,70 2,50
100 91.000 91.000 91.000 91.000 + 1.1 Sld.aconorte PNA 195.000 33,00 33,00 33,00 33,00 33,00 0,7 dernetas — está sendo coordenada pelo
Copo no PNA ED
Cofwno PNtl 19.000 720,00 720,00 720,00 91.000 720,00 720,00 / Cid.&conorte PPA
Sld.guaJra PP
105.600 37,00 37,03 37.13 37,00 37,00 •1,3 os aplicadores de caderneta de poupança tendo eleito retroativo.
100 354,00 354.00 354,00 354,00 354,00 + 1.7 686.200 10,50 10.50 10,57 19,00 19,00 + 2.7
Cepo no PPA 777.000 750,00 735,00 751,09 735,00 •0.6 Sid.palna PP ED 29.500 650,00 640,00 648,61 650,00 650,00 + 1.5
Cor Ribeiro PP 1.774.200 3,00 2,00 3,13 760,00 3.31 4 SkJ.rlogiand OP 2.500 13,50 13,50 13,50 13,50 13,50
Cofbotta PN
Coslgua PN 1.950.100 15,00 15,CO 15.00 15,00 16,00 9.6 3.31 Sid.riogrand PP
Slfco PP INT
4.057.500 24,00 24,00 24,73 25,00 24,50 Administrador acompanha os
preços
314.300 20.00 20.00 20.01 20.02 20,00 064.200 105,00 100,00 104,00 110,00 109,99
Coètgua PP 90.900 21,81 21.01 21,94 22,00 22,00 Stfco PP P 6.000 110,00 110,00 110,00 110,00 110,00 SALVADOR — 0 último fiscal do Desde a implantação do Plano Cru- var que o tomate, em menos de dois
CnwJlto Nuc PN 188 00.700 23.01 23,01 23.40 23.51 23,20 Slmesc PP ED 101.000 20,00 20,00 20.00 28.00 28.00 •0.0
Cmsal PP 4.000 11,10 11,10 11,10 11,10 11.10 Sotordeo OP 11.000 350.00 350,00 350.00 350.00 350,00 •2,7 Sarney é um administrador de empre- zado, ele acompanha 8.400 produtos, anos (últimos 22 meses) teve um cres-
CnLroIro Sul PP C08 3.500 99,00 99,00 99,00 99,00 99,00 Sotorrico PP 66.000 210.01 200.00 209,10 210.01 209.00 •0.4 sas de 45 anos, aposentado da Petrobrás, com levantamento de dois em dois me- cimento de preço de 47.000%. Nas duas
Curt PN 200 . 45,00 45,00 45,00 45,00 Souza Cruz OP C23 20.000 2900,00 2900,00 2900,00 2900,00 2900,00 + 1.0
'Cgrt PP
Òoc Imbituba 5.500 79,99 79,00 •70,10 79,99 45,00 79.00 •1,2
/ Springer PP C02
Standard F>N
9.400 33,00 33,00 33.01 33.01 33.01 + 0.0 que se dedica exclusivamente à fiscali- ses em supermercados, lojas de cons- semanas que antecederam a decretação
PP 500 380.00 300,00 404,00 410,00 410,00 50.000 74,00 74,00 74,00 74,00 74,00
Cocau ON
Docas PN 100.900 55,00 55,00 55,00 55,00 55,00 + 1,0 Staroup PP 331.000 - 37,00 37,00 30.10 40,00 38,00 zaçào dos preços e do abastecimento, trução civil, feiras livres, shopping cen- do Plano Verão, o tomate subiu 222%.
1.100.000 47,00 45,00 47,55 40,00 Sudamert3 PN 2.200 105,01 105.01 105.01 105,01 105.01
Dona Isabel PP C03
Duralox PP C11 10.000 0,20 0,20 0,20 0,20 48,00 8,20 I
4 6,6 Sulina Allm PN 300.000 10,90 10,70 10.03 10,90 10,90 + 1.0 há três anos, como presidente do Sis- ters e em vários outros segmentos do enquanto a cebola teve majoração de
4.035.900 64,00 00,00 64,13 05,00 64,50 + 2,3 SulmaJhaa PP P 200.000 1,45 1,45 1,56 1,70 1,70 + 21.4 tema Integrado de Defesa do Consumi- comércio. Além disso, mensalmente, ele 229%.
Eberie PP C04 3.404.100 11,50 10,50 11,10 11.50 10,50 •0,0 Suftopa PP 730.000 5,05 5,60 5.62 5.05 5,65
Eofi FP 305.000 00,00 90,00 91.74 96,00 95,00 + 11,7 Supor agro PP 2.000 2.91 2.01 2,91 2.01 2.91 + 3,0 dor (Sindecon), sem ganhar um centa- acompanha o posicionamento de 1.600 Correia chegou a ser intiado, cer-
Eoonomteo PN 2.000 95,00 95,00 95.00 95,00 95.00 4 0.0 Supergaobras OP C50 30.000 22.00 22,00 22.00 22,00 22,00 + 1.3 mercadorias diferentes.
Eocnomlcn PP C03 900.100 11Ü.00 110,00 123,06 Supergasbras PP C50 120.000 20.01 20.00 20.01 20,05 20,00 + 2.5 vo sequer. Seu nome é Antonio Carlos
Edtea PN 104.200 31,00 29.99 30,03 130,00 125,CO + 11,6
29,99 -3.2 Suzano PP INT 33.000 3750,00 3750,00 3750,00 3750,00 3750,00 + 4,1 ta vez, a depor na Polícia Federal, apre-
Edn PNA 21.300 77.00 77.00 79.02 31,00 60.00 + 5,0 Tam PP 10.000 0,45 0,45 0,45 0,45 0,45 + 5.0 Correia. Desta forma, ele conseguiu compro- sentando comprovações das fraudes. * •
Eldorado ON
Eloôia PP C30 30.000 16.01 10.01 16.01 16.01 00,80 18.01 / Toba P.
Tocol S Joso PP
3.000 55,00 55,00 55,00 55,00 55,00
173.700 40.00 47,50 48.09 51,00 40.00 10.000 35,00 35,00 35.00 35,00 35,00 + 10,0
Etetrobras PPB C02 200 6OCO.OO 6000,00 6000,00 6000,00 6000,00 / Toka PP COS 3.078.600 24,00 24,00 24.01 24,50 24,00 + 0.0
Ekivad Sur PP C02 0.900 2200.00 2200,00 Tei B Campo PP C04 100 10,00 10,60 10,60 10,00 10,60 •7.0/
Eluma PP
Embraco PN 201.000 60,00 07,00 2200,00. 2200,00 2200,00 + 10,0
60,00 68,00 60,00 *1.4 ToJorj ON 188
Toierj PN 188
10.200 7.01 7.81 7.01 7.02 7,02 -0.0 Fatores de conversão para
Tablita de Deflação Privatização da
100 112.000 112.000 112.000 14.000 9.01 0,01 9.01 0,02 9,02
En^smix PP 69.900 140,00 140,00 163,95 112.000 112.000 + 1,0
100.00 180,00 + 24,1 Toieap OE 183
Tetesp PE 100
34.100 10.00 10,60 10,60 10,60 10,00 + 0.3 contratos com reajuste anual
Er«»a PPA C01 543.000 122.00 120,00 122,71 130.01 1.094.000 21.01 21.00 21.21 24,00 24,00 + 14.2
Ençovlx PP
EHcaaon OP 1.009.300 22,00 21,00 22,50 22.51 120,00 22,61 + 2,3 Teleep PN 180
Tlbraa PPB ED
10.500 20,20 20,20 20,20 20,20 20,20 + 1.0
0.100 1300,00 1300,00 1300,00 1300,00 1300,00 + 3.1 Data do Vencimentoda pator
Aços Piratini
Ertcason PP 16.900 600,00 590,00 595.92 600,00 590,00 + 5,3 Trato PN Mes do
00.300 600,00 660,00 600,00 060,00 977.700 21,90 21,00 21.96 22,00 22,00 obrigagao CzSNCzS
EtfTOta OP COI
Estrela PP C01 4.000 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 + 3,1/ 660,00 Transbrasll ON
Transbrasil PP C38 3.400 5,50 5,50 5,50 5,50 5,50 + 5.7
4.333.400 2,60 2,60 2,60 2,60 2,60 + 3.5
ultimo reajuste Fator
Etomft ON 10.292.000 10,20 10,20 19.10 10,50 19,10 + 3,2 Trichoa PP INT 13/02 1.127,8926 ainda demora
Eucaiax PP INT 005.400 128,00 120,00 135,03 145,00 145,00 + 13,2 Trol PP 9.000 67,00 67.00 67,00 67,00 67,00 + 3.0 jan 89 0,4859
352.000 115,00 115,00 126,00 130,00 130,00 + 10,1 Trombinl PP 5.051.500 3,00 3,00 3.02 3,30 3,30 + 13.7 PORTO ALEGRE — O presidente
F Catajuazos PPA 141.000 44,00 43.01 44.30 45,00 44.00 + 2,3 14/02 1.132.8271
P N V OP C06 C54 3.100 25,10 24,00 25,09 25,10 24,00 -0,8
3C2.900 18.00 18.00 10.03 19,00 10.00 + 9.0 Trufana PP
Tupy PN ED
383.000 1,00 1,60 1.63 1,70 1,60
252.600 260,00 260,00 270,91 285,00 265,00 + 9.0
dez88 0,6311
15/02 da Aços Finos Piratini, Valter Jobim Fi-
F N V PPA coe
'FPoror Lam
Maga l»P 19.295.000 7.50 7.00 7,35 7,70 7,20 + 2,8
10.000 9.50 9.50 9.50 0,50 9,50 -5,0 Unlbanco ON ED 12.200 172,00 172,00 172,00 172,00 172,00 •9.4 nov88 0,6050 1.137,7832 Iho, considera "impossível" a realiza-
Broo Uni banco PNA ED 451.000 120,00 120,00 133,60 140,00 140,00 + 16/02 1.142,7610
Forbasa PP PP C67 4.000 50.40 58,40 50,45 50,50 50,50 +5,4 Unibanco PNB ED 09.400 115,00 110,00 117,42 120,00 120,00 +10,0 out 88 1,0318 ção do leilão da empresa, da Usiminas
•Peno Brar. PP 214.300 1240,00 1249.00 1249,77 1250.00 1250.00 + 2,4
161.400 130.00 160,00 165,34 100.00 100,00 +14,6 Untbanooinv PN 180 200 4700,00 4700,00 4700,00 4700,00 4700,00 9.0J 17/02 1.147,7606 e da Companhia Siderúrgica da Ba-
Uqcs PP Unlpor PPA C46 50.000 39,00 30,00 39,00 30,00 + 27,0 set 88 1,3066 '
:Ferro
Ferllsul PP 2.399.OCO 71.00 70,00 72.61 73,50 73,00 + 5,7 Unipar PPB C45 12.179.500 41,00 41,00 43.14 44,00 39,00 18/02 1.152,7821 hia, todas da Siderbrás, até o final des-
Porti/a pp pC01 500 OCO 3,90 3,73 3,81 3,90 3,73 -8,7
419.000 1.61 1,60 1.61 1,61 1,61 +0,6 Uain C Pinto PP
Vaochl PP 47.000 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 42.50 + 11,0
ago 88 1,6057 te mês, como noticiou a Radiobrãs. Se-
Fibam PP 2.648.000 9.03 9.00 9,00 9,00 9,00 + 5.8 Vaie R Doca PP 685.000 1,50 1,50 1,58 1,60 1,60 + 0.0 19/02 1.157,8255
Jicap PP
Pmoixasa PPA INT 57.400 04,00 84 03 84.75 85,00 85,00 +1,1 Verga Fratoa PN C03ED
135.000 5500,00 5560,00 5630,95 5690,00 5800,00 + 5.4
3.000 1060,00 1050,00 1066,00 1090,00 + -6.2
3.0 jul 88 1,9841 gundo cie, somente na Aços Finos a
Prangosul PP 15.000 350,00 350,00 350.00 350,00 350,00 I Vartg PP C20 113.100 243.00 225,00 230,78 243,00 1090,00 20/02 1.162,8910 avaliação operacional ainda não foi con-
Frtgoíxas PN 215.U00 7,00 7,00 7,17 7,30 7,00 -11,2
311.200 55,00 55,00 55,32 56,00 55,00 + 4,7 Vorolme PP
VWr Smartna OP C03 8.000 3.02 3.02 3,04 3,10 225,00 3,10 + 10,3 jun88 2,2666 21/02 1.167.9786 cluida, e nem sequer se contratou a
Fundinxsl PP 10.000 6.00 6.00 6.00 6,00 0.00 + 9,0 Vigor PP C08 103.300 1200,00 1100,00 1107,50 1200,00 1200,00
Gazota PP 263 400 13.00 13.00 14,51 15,00 15,00 +13.6 Vuicabraa PN 29.000 16,40 16,00 16,37 18,40 16,40 mai80 2,6264 22/02 1.173,0885 empresa que fará a análise económico-ll-
QlaaaUte PP 200.000 9.60 9.50 9.55 9.60 9,50 + 2,1 13 000 06,00 80,00 06,00 86,00 nanceira para estabelecer o valor de
Gradiente PN 9.100 120,00 120.00 120,00 120,00 120.00 Weg PP C60 13.400 200,00 109,99 200,00 199,99 + 0.0 abr88 3,0744 23 02 1.178,2208
Oranoteo PN 5.000 9,50 9.S0 0,50 9,50 9,50 -5.0 Wambiey PP C03 1.241.000 14,60 14,60 14,60 15,00 15,00 + 5.0 suas açòes.
Granotoo PP 799.900 15.00 13,00 13.07 15.00 13.00 Whrt Martins OP 9.902 800 36.50 36,00 37.00 36,00 37.20 + 0.2 mar 88 3,6180 24 02 1.183,3755
Ourgal PP 47.700 350.00 340,00 340.43 350,00 350,00 Zanini PPA 60 000 6.00 6,00 6,00 6,00 6,00 + 0.1
Hercules PP C43 40.000 1.30 1,30 1,30 1,30 1,30 +10,1 ZM PP C44 18.791.300 2,20 2.20 2.20 2,21 2.20 + 29.4 fev88 4,2438 25/02 1.138,5528 Num terceiro momento, será preciso
Herculoe PP P 930 000 1.20 1.20 1,20 1.20 1.20 +0.8 ZMPPP 1.890.000 1.60 1,84 1.90 1,85 + 15.5 abrir licitação para se tirar um agente
lap PP 7 500 135.01 135.01 138.34 140.00 140.00 4-7.6 * Para contratos asslnados apos 26 02 1.193,7527
'toma PP COI
•guacuj Cate PPA 1.200 127.00 127.00 127.50 130.00 130,00 -»2.3 privatizador. responsável pelo leilão cm
Iftuacxj Cate PPB 5.000 290.00 290,00 290,00 290.00 250.00 +0.6 Janeiro de 1988, conslderar o mes da 27;02 •- 1.198,9754 si. De acordo com as medidas pro-
Irbroc PP INT 514 000 294.00 290.00 297.24 300,00 300.00 + 2.7 Opções de Compra respective celebrapAo. visórias do governo federal, editadas
Inbrac PP P 210 000 4.10 3,70 3,81 4,10 3.00 -5,0 28 02 1.204.2209
Ind Villaros ON 3447 000 3.40 3.30 3,35 3,40 3 40 junto com o Plano Verão, a empresa
•nu Vinanw PN 100 20.01 20.01 20.01 20.01 20 01 COd. Venc. P.Exerc. Abt. Mln. MOd. Max. F©ch. Of.. Qte. 01/03 1.208,9547
Inda Rottm ON 2.248 000 22.50 21.00 21.90 22.50 21.00 -2.3 que determinar o valor das ações não
ind». 300 000 12.50 12.50 12.50 12.50 12.50 -3,8 02,03 1.213.7071
tfviperRom. PN 230.600 12.10 12,10 12,13 12,51 12.10 +0.0 Bel OP ABR pode ser a mesma encarregada do lei-
kxnpe ON
PP 2.590 COO 16.50 1 6.50 16,50 16,60 16.50 -»3.l
» 000 630,00 830.00 830.00 830,00 830,00 BOOPP ABR 360,00 265.32 265.32 265.32 265.32 265.32 + 3.7 122
120.00 9 30 0.90 0.99 9 30 0.90 +11.2 054 Fatores de conversão 03 03 1.218,4782 iào. que só acontece mesmo se for apro-
?ochpe PN
Ipiranga Dl* PP C02 60 100 000,00 000/X) 818.95 830,00 830.00 4-23.0 * 3.7 Eng PPA ABR 160.00
EngPPA ABR 100.00 20
35.00 35.00 35.00 35.00 35.00
00 20.00 20.00 20.00 20 00
20
20 04 03 1.223.2660 \ado pelo Congresso Nacional.
Iptranga Pet PP C02 5000 65.00 65,00 65.00 65.00 65.00 -0.7
9 900 51.00 51,00 51.00 51.00 51.00 Fnv PPA ABR 0.00 2.00 2.00 2.00 2.00 2 00 000 para contratos com
»pímngj| R«f ON 06 500 91.01 91.00 91.03 8101 91.00 / KlaPP ABR 2000 00 1521.70 1521.78 1521.78 1521.70 1521.70 * 22.4 12 reajuste semestral 0503 1.228,0767 No telex divulgado ontem pela Ra-
toiac PP 200 000 1.00 1,90 1.90 1,90 1.90 PetPP ABR 2900.00 1523.59 1523 59 1523.59 1523,50 1523.59 *14.2 10
tap PP INT 13.500 75,00 70.00 72.00 75.00 71.00 -5,3 PetPP ABR 3600 00 000 00 060.00 077.92 080.00 870.00 * 10.8 500 06 03 -1.232,9042 diobrâs, o secretário-executivo do Conse-
PetPP ABR
toubanco ON ED
Raütanc» PN ED 17 800 126,00 126,00 126 00 126,00 126.00 +0,8
370.900 126.00 128.00 129 09 132.03 132.00 *5.5 PetPP ABR4500.004000260.00
00 600.00 570 00271.12
260,00 597.27350.00 590 00 *. 38 220
630.00 350.00
59.0 2.510 Més do
07/03 1.237.7508 lho Federal de Desestatizaçào, Paulo
PwtPP ABR5000.00 21000 100 00 197 00 21000 190.00 * 26,6 470 último reajuste
Pausa CH
iuiu*a PN 1 100 640.00 040.00 640 640.03
1 123 700 300.00 380 00 451.0500 452.03 640 00 Pma PP ABR 200.00 260.00 200.00 200.00 200.00 200.00 • 7 310 Fator Galeta, disse que 5 Io o das ações das três
tu-.** PN 1 355 000 300.40 300,00 300 30 301.00 *52.00 ? 18.9 PmaPP ABR 230,00 241.27 241 27 241.27 241.27 241 27 * 37.0 174 ian89 0.6367 08 03 1.242.6164 estatais serão negociados em bolsa de
J H Santos PP 42 500 9.30 8.10 8 18 9,30 300.00 - 7,1 Pma PP ABR 260 00 190.00 190.00 197.93 204 00 196 00 - 0.0 5 520
KaW S»hbe PP 199 500 V41 1.41 1.41 1,41 1,41 *-70.79 0 10 PmaPP ABR 290.00 235 00 235 00 235 00 235.00 235 00 * 10 10 dez 88 0.8213 0903 1.247,5011 \ alores, 41 % dos papéis serão destinados
PP C44 4000 620.00 615 00 619.75 620.00 620.00 -4.8 PmaPP ABR 290 00 175.00 175 00 175.00 175.00 175,00 * 19.0 100 ao público e os 10% restantes serão dis-
Kapiar Wt-Í» PP PmaPP ABR 320.00 140 00 138 00 146 73 155 00 146 00 - 12.3 6 710 nov88 1.0450 10 03 1.252.4050
517 700 33 00 32.99 33.31 34.01 34,00 4 3.0 PmaPP ABR 00 115.00 11000 117.67 125.00 115 00 - 7 20650
Kioon ON
Kiatun PP C» 1 500 610.01 600,00 600.00 600,01 GOC.OO PnaPP ABR 360 400 00 92 00 0700 93,20 98 00 90 OC -R4 22 590 outS8 1,3048 11 03 1 257.3282
tribuidos entre os seus funcionários.
La Poma Fec PN 56 100 2855.00 2856.00 2870.50 2900.00 2880.00 - 7.4 PmaPP ABR 450 00 MOO 62 00 66 59 7100 65 00 - 0 41 760
Utóo PN 300 31.10 31.10 31,10 31.10 31 10 P.-na PP ABR 500.00 45 00 44 00 46 07 49 00 45 00 * 9.7 62 700 S6I88 1.6136 12 03 1.262.2708 O presidente da Aços Finos Piratini
Laut pp 1 800 6.90 6 90 6-90 6.90 6,90 *1 4 PmaPP ABR 550 00 30 00 29.00 33.87 38 00 33 00 62 200
5 000 7,50 7.50 7.50 750 7.50 Ps.PP ABH 200 00 ago88 não tem previsão de quando seria rea-
Laoesia PP 22.000 4 00 4 00 4.00 4.01 401 2.1 Sag PP ABR 32 00 16 40 75 75.00
18 00
95.00 95 - 35
18 40 18 40 18 00
40 81.57 40 * 13 1 580
70 1.9696
* Para contratos assinados apos 13 03 1.267.2328
lidado o leilão de fato, porque os prazos
Laoa PP Cl2 1000 450.00 450.00 450.00 450 00 450.00 * 2.2 S*"-a Pp ABR 10 00 4.40 3 50 4 32 4 40 3 50 1 100
Uwn Nacxjnai PP 1 657 500 9,90 9.90 10,33 10.51 10,00 *2.0 ShaPP ABR 12 00 2 10 2 10 2 93 3 50 3 00 * 50 2 560 |ulho de 1988. considerar o més da 14 03 1272.2143 de avaliação, ao menos da \ços Finos,
Lanrt S«he* PP 2000 250 2.50 2.50 2 50 2J5C Sna PP ABR MOO 160 160 1.60 160 1,60 *60.0 200 respectiva celebração.
Lar» teeot PP 14JÜ0 3100 31,00 31.00 31.00 31 00 *1,6 WhTTT OP ABR 40 00 9 66 9 68 9 68 9 68 968 5500 15 03 1 277.2153 não estão sendo cumpridos.
 a sábado, 4/3/89 Turfe/Esportes JORNAL DO BRASIL
18 ? Io caderno
Cnrlos Mosquito

Técnico diz 2o deixou

que gol

Portugal no coração dos árabes

gueiros da Nigéria, se nào houvesse país. Dai, terminarmos mais felizes

Oldcmário Touguinhó
RIAD — O técnico português
Carlos Queirós dominou a entrevis-
ta coletiva após a vitória sobre a
Nigéria, que deu a seu time o Cam-
' vitória é muito mais difícil do que
pOülíato
zendo questão de falar cm portu-
guês — nas entrevistas depois dos
jogos anteriores, falava cm inglês
—, ele afirmou que Portugal fez o
primeiro gol para liquidar a Nigéria
e o segundo para entrar no coração
da torcida árabe, que passou, a par-
tir dali, a aplaudir as jogadas dos
campeões.
"Hoje, sou
apenas um português
campeão do mundo. Não falo ou-
tro idioma, quero que o meu país
seja falado por toda a Arábia Sau-
dita", declarou o entusiasmado
treinador, para quem o sucesso de
Portugal começou quando os joga-
dores decidiram se unir em busca
do título.
"Não adiantaria se organizar
um esquema fechado na defesa ou
» JU ftXuW&Ow w^viw usar contra-ataques pelas pontas
^i«
l£)7réia"é levada às duchas, após o bom apronto nos 800 metros para o clássico em velocidade, para iludir os za-
muita garra nisso tudo. Nada daria
certo", declarou. Cansado, depois
de várias voltas olímpicas com a
taça de campeões, Carlos Queirós
fazia questão de dizer que explicar
"derrota.
"Os
jogadores é que ganham tu- aumentar o interesse
do, nós, técnicos, apenas colabora-
mos com alguns ensinamentos",
"O importante é
disse. que esta ju-
ventude pode em breve renovar a
força do futebol português. Técni-
ca, eles têm para isso. I: coração,
mais ainda. São uns gajos de valor e
devem ser respeitados pela malta",
encerrou, sob um coro de aplausos
e uma chuva de abraços.
Nigéria — Para o técnico Ola-
tunde Diju, a Nigéria cumpriu seu
papel, indo à final de uma competi-
ção da qual se vira já eliminada, no
jogo com a União Soviética. O time
perdia por 4 a 0, chegou ao empate
"Nossa vira-
e venceu nos pênaltis.
da será uma lembrança inesquecível
do Mnndial. Sair de um 4 a 0 para
ganhar da União Soviética é um
feito que será histórico em meu
do que tristes."
Para ele, seu time também foi
mais coração do que técnica. "So-
mos um grupo que está começando
a ser forte no futebol. Daqui paí^ a
frente, seremos .mais, re-spoitàéoire-
"vamos
voltar ainda melhores nas
competições entre jovens! Isso vai
pelo esporte
tro meu pais."
jgjj Logo que acabou o jogo do
Brasil, Pdé desceudas tribunas
para o campo, onde cumprimentou
um a um os 22 jogadores de Nigéria e
Portugal, as equipes finalistas.
Aplaudido dc pé pela torcida, falou
rapidamente na pista sobre a vitoria
brasileira na preliminar. "Se o Brasil
jogasse sempre como no segundo
tempo contra os Estados Unidos, o
título seria nosso. Somos os melhores
quando buscamos o jogo. Não pode-
mos ficar atrás tocando bola, como
na partida contra a Argentina e
como no primeiro tempo contra os
norte-americanos. "Sempre aplaudi-
do, cercado de seguranças e fotogra-
fado, Pelé voltou à tribuna, de onde
assistiu à final ao lado do Rei Fahd.
Uma dupla real.

Partida fraca o mais forte

So Beauty
e é a do
força
So Beauty, filha de Ghadeer em Ma
Belle, de criação e propriedade do Haras
Santa Maria de Araras, reaparece de
longa ausência, bem preparada por Wil-
son Pereira Lavor e deve ser considerada
a favorita do Grande Prêmio Euvaldo
Lodi, prova central desta tarde no Hipó-
dromo da Gávea, na distância de 1.600
metros, em pista de grama.
So Beauty vai enfrentar companhia
desfalcada e nem mesmo os 11 meses
afastada das competições podem causar-
lhe a derrota, se demonstrar pelo menos
boa parte de sua indiscutível categoria.
Ganhadora do Grande Prêmio Barão de
Piracicaba, em Cidade Jardim, onde
também foi segunda colocada no Diana,
deve prevalecer esta tarde..
Olkisa, filha de Clackson cm Jucira-
ma, atravessa a melhor fase de sua cam-
panha e pode surpreender a favorita. A
reaparece
preparada
GP Ei
Euvaldo
argentina Miss Hart, muito veloz, refor-
ça o número de So Beauty. Sempre con-
firmando boas corridas, a filha de Hal-
pern Bay tem demonstrado regularidade
e mais uma vez vai ser a responsável por
um train de corrida violento.
Destaque — Olkisa, do Haras Na-
cional, produziu o melhor exercício para
a corrida desta tarde. Passou os 800 me-
tros em 49s cravados, correndo com dis-
posição nos metros finais. Daflon apron-
tou suavemente para o primeiro páreo,
mas agradou no floreio de 1.200 metros
em 80s cravados. Tem ótimo exercício de
distância e pode dar trabalho ao favorito
Extra Sun. O destaque da terceira prova
foi a égua Hargeisa, que desceu a reta em
37s cravados, com muitas reservas. Rus-
ted, inscrito no terceiro páreo, foi poupa-
do no exercício, mas ainda assim impres-
sionou pela facilidade do arremate.
Assinalou 38s2/5 nos 600 metros, sempre
I
Lodi
de galope. Deréia, do Haras Santa Ana
do Rio Grande também agradou com
49s2/5 nos 800 metros.
Hüuafiz, montaria de Jorge Pinto no
sexto páreo, mostrou velocidade no exer-
cício de 24s cravados nos 400 metros.
Imbrutc também agradou com 37s na
reta, sempre alertado e correspondendo.
Forever Alaska, cm progressos, fez 36s2/
5 nos 600 metros, com sobras. Lansita
igualou a marca, apenas controlada por
Jorge Ricardo. Gcntle Acllaim e Juremi-
riha se exercitaram no partidor c larga-
ram com facilidade.
Muito bom o exercício de Slap Boy
para atuar no último páreo da reunião.
Desceu a reta em 35s3/5, com sobras.
Chet's Music fez 36s na mesma distância,
impressionando pelas reservas ao cruzar
o disco. Lomax cravou 44s nos 700 me-
tros, com sobras.
A final do Campeonato Mundial dc
Juniores, que deu a Portugal o primei-
ro título internacional de seleções de
sua história, foi a essência de toda a
competição. Um jogo fraco tecnicamen-
te, com pouca emoção, alguma correria
e, no fim, um 2 a 0 justo, pela maior
experiência do time que fez um gol quan-
do não dominava e soube se preservar no
segundo tempo, para avançar somente
em contra-ataques.
Antes de l minuto de partida, o go-
leiro nigeriano Amadi mostrou que não
seria empecilho para a vitória portugue-
sa. João Pinto chutou e o zagueiro Elijah
salvou, quando o gol era inevitável! Aos
5 minutos, Amadi deixou mal o gol,
novamente, na cobrança de escanteio e
João Pinto chutou mais uma vez para o
gol vazio, mas a bola bateu na zaga.
Parecia que Portugal iria massacrar. Só
parecia.
A partir dai, Portugal passou a tro-
car mais bolas no meio de campo, ten-
tando alguns chutes de longa distân-
cia, que, quando iam ao gol, Amadi
não conseguia segurar com firmeza.
Aliás, chutar de longe foi a grande
premia
tática dos nigerianos. Mesmo assim, o
Bizarro não fazer qual- pazes para a frente
goleiro precisou
quer defesa (com a pontaria mostrada
pelos nigerianos, fica-se a pensar como
eles consèguriam fazer quatro gols na
equipe da União Soviética).
Mais alguns chutes para fora de lado
a lado, bolas soltadas pelo goleiro ni-
geriano, muitas jogadas no meio de
campo, uma chance perdida pela Nigé-
ria em jogada de habilidade de Ohe-
c o tempo bolas que eram chutadas de longe (pçi.r
nhcn parecia qiíe primeiro
terminaria cm 0 a 0, quando, aos 43
minutos, João Pinto deu um chapéu
cm um zagueiro peja direita, Jorge Couto
ajeitou no peito e Abel chutou da entra-
da da área. Portugal l a 0.
Contra-ataques — Os parrudos
nigerianos voltaram para o segundo tem-
po com mais disposição. O treinador
Olatunde Diju gritava do banco, eles ten-
tavam chegar à área e os portugueses,
fechadinhos atrás, ficavam esperando as
oportunidades de contra-ataque, que
eram sempre perigosos, pois pegavam a
defesa dos nigerianos completamente
aberta. E o treinador mandava seus ra-
Aos 32 minutos, aconteceu o óbvia
Jorge Couto levou a bola da interriíé-
diária, praticamente sem ser molfsta-
do, á meia lua da área adversária e
chutou quase no meio do gol. A bola
passou sob o corpo de Amadi. Portugal
2 a 0. Logo depois, o treinador tirou o
goleiro e colocou cm seu lugar Ieji,
que passou, pelo menos, a encaixar as
que ele não começou jogando, não,há"
como saber). O jogo acabou ai.
Portugal: Bizarro, Abel, Paulo Madeira,
Valido e Morgado; Hélio, Toze. Filipe o
Amaral (Paulo Alves): JoAo Pinto e Jon?o
Couto.
2
Técnico: Carlos Queirós
Nigéria: Amadi (leji), Onyemachara, Chi-
nedu, Elijah e Charity;
Ogaba, Adepoju, Nwosu e Oladimeji; Ba-
0 logun (Osundo) e Odenhen.
Técnico: Olatunde Diju
Local: Estádio do Rei (Riad); Público: 68' mil;
Juiz: Aron Schmidhuber (RFA); Cartfies ama-
relos: Paulo Madeira e Onyemachara; Gql?;,pp
primeiro tempo — Abel (-13 minutos); no qe-
gundo tempo — Jorge Couto (32 minutos) -

Terceiro lug ar é com luta

Hoje na Gávea
1° Páreo — Às 14 horas- — 2.200 metros
(AREIA) - NCZSMAYO
480,00 pnÈMIO PILCO-
-1974
1 55
1— Daflon, J.Ricardo
2— Extra Sun, G.FAImeida 2 57
3— Miciomesnil, R.Sifva
' 2° Páreo — Às !4h30mln — 1.000 mütios 3 57
(GRAMA) - NCzS 490,00 - TRIEXATA - g.hi
DUPLA-EXATA - PRÊMIO FREIZU - 1375
1 57
1— Canas D'Or. R.Froire
2— Hondaya. W.Guimarães . 2 57
3— Candy Love, J.Pinto . 3 57
4— Lady Quick, J.Ricardo . 4 57
5— Hargoisa, M.Ferreira 5 57
6— La Piola, M.Monteiro 6 57
7— JaWra, G.Guimarôes 7 57
8— Vitória Linda, A.L.Sampaio 8 57
3° páreo - Às 15 horas - 1.000 (GRAMA)
NC400 - TRIEXATA-OUPLA-EXATA INÍ-
CIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS PRÊMIO
UNINO — 1976
HurryColt, E.S.Rodrigues .......1.58
Chief Corporation, J.Ricardo .'...!..2.58
Espichada. J.Malta 3.56
Allpermint, J.Pinto 4.58
Regalado, E.Marinho 5.58
Palm-Aká, R.Freiro 6.58
Rustod, R.Rodrigues 7.52
Admirado, J.Queiroz 8.58
4° páreo - As 15h30m - 1.000(GRAMA)
NCzS 400,00 - TRIEXATA-OUPLA-EXATA
PRÊMIO RASHARK1N —1988
João Corvo, Nào corre 1.58
Be Gallant, J.Ricardo 2.58
Eltina, C.Vasconcelos 4,56
ftapororó, R.Antônio 6.58
Play The Part, A.L.Sampaio 7.56
Rocky-Balbó, R.Silva 8.58
Anjou Le Bel, C.Lavor 9.58
Irul, N.Cipriano 10.58
Mettii, E.R.Ferreira 3.56
" Auô, J.F.Reis 5.56
5° páreo - Às 16 horas - 1.600 (GRAMA)
NCzS. 1.600,00 - TRIEXATA - DUPLA-
EXATA GRANDE PRÊMIO EUVALDO LODI -
SO BEAUTY F. Pereira F° 1.60
" MISS HART C. Lavor 6.60
OLKISA J. M. Sitva 5.60
DERÉIA G. F. Almeida 7.60
" DUQUESA
VALKA J. Ricardo.. 4.60
AVIS RARIS J. Machado 2.60
DAGUETTE W. Gonçalves 3.60
6° páreo - Às 16h30m - 1.000 (GRAMA)
NCzJ 490,00 - TRIEXATA - DUPLA—EXATA
(ACUMULADAS DE EXATA)
PRÊMIO "njCUNARÉ — 1977
ORPEN W. Guimarães 1.57
ATON E. Caminha 2.57
ZIP'S GOLD J. L. Marins 3.57
GREAT KNOCKOUT J. M. Silva 4.57
IMBRUTE M. Monteiro 5.57
HEARTS EASY J. Ricardo 6.57
JIMMY JONES L Gonçalves 7.57
HILAUFI2 J. Pinto 8.57
DOJANIO M. Cardoso 9.57
10 AGAÇANT J. Queiroz 10.53
7° Páreo - Às 17 horas - 1.200mts. NCZS
860,00 - TRIEXATA - DUPLA-EXATA
(ACUMULADAS DE EXATA) PRÊMIO KOPÂ-
1978-PÁREO DE LEILÃO
Rerecilla G.F.Almeida 2.55
Mirtilla P.Vignolas 3.55
Clever Cris J.Queiroz 4.55
Forevor Alaska J.Pessanha 6.55
garantido
A decisão do terceiro lugar do Mun- Veio o segundo tempo e o time dos americana. A bola foi a Bismarck e dele a
Quanta Graça M.Monteiro 7.55 9o páreo — Às 18 horas — 1.200 mta. NCz$ dial de juniores, entre Brasil e Estados Estados Unidos — tipicamente norte-a- Ânderson, que deixou França livre den-
Gentle Acclaim E.S.Rodr 8.55 600,00 - TRIEXATA—DUPLA—EXATA tro da área. A defesa nào tinha sequer se
Lansita J.Ricardo 9.55 (ACUMULADAS NIUSDE EXATA) PRÊMIO BARO- Unidos, foi uma partida estranha. Para mericano: bem nutrido, forte e, aparen-
Jacirene R.Rodrigues 1.55 —1980 um país em que o vice-campeonato cos- temente, em ótima forma — cansou. Pa- rearrumado e o Brasil fez I a 0. &
" Jureminha M.D.Santos 5.55 KARAT BOY E. R. Ferreira 156 O segundo gol saiu também de uma
GOLD DIGEER L. A. Alvos 2.56 tuma não valer quase nada, até que a rece estranho mas a prorrogação contra
6° Páreo -- Às 17h30m—2.200 (AREIA) NCZJ maneira inesperada. O lateral Leonardo,
400,00 TRIEXATA ——DUPLA-EXATA FAJRAN P. Rocha F° 3.56 seleção brasileira entrou em campo com a Nigéria deixou os juniores norte-ameri-
(ACUMULADAS DE EXATA) PRÊMIO AFTO- BELLINFANTIW. Guimarães 4.56 canos sem fôlego. Os brasileiros aprovei- a quem Telê tenta, inutilmente, ensinar a
CAN BOY-1979 LOMAX J. Possanha 5.56 disposição incomum. Para um país sem
El Sen J.Malta .....1.58 SLAP BOY E. S. Rodnguos 5.56 taram para dominar o jogo. As chances chutar no Flamengo, acertou um belissi-
Double Prince L.A.Alves 2.58 TORTEROLO C. A. Martins 7.56 nenhuma tradição no futebol, a seleção mo chute de fora da área. Os norte-ame-
KING CUP G F. Almeida 8.56 dos EUA estranhou demais o gramado sucederap-se. Rogério foi ao ataque e
Declínio J.F.Reis 3.58 ricanos desistiram e o Brasil poderia ter
Nenem Russo J.Aurólio 4.54 ADVERSO M. Cardoso 9.56 desnivclado e cheio de buracos. Os nor- lançou Ânderson bem colocado, mas a
Dance a Lot M.Silva 5.58 10 ELONGE VAIS R. Rodrigues 10.56 marcado mais gols. Só não o fez, foi
Criativo J.Ricardo 6.58 11 CHETS MUSIC J. Ricardo 11.56 te-americanos sabem (é verdade) tocar a zaga salvou. Sérgio Gil driblou dois,
bola e o campo não ajudou. Estranho, chutou e Keller defendeu. Bismarck tirou porque Renê Simões teve a estranha
a zaga inteira da jogada e deixou França idéia de tirar o ótimo Moacir e colocar
muito estranho. Sousa, cabeça de área típico, com seu
livre. O armador colocou e o goleiro
Indicações O Brasil dominou o jogo desde o repertório de carrinhos e rasteiras.« - ¦
começo. O time tocava bola com rapidez Keller defendeu. Assis driblou três ad-
versários na corrida mas tentou mais um
1o Páreo : Extra Sun ¦ Daflon ¦ Miromesnil e abria espaços na defesa dos EUA. No
drible e foi desarmado. Brasil. Carlos, Cássio, Édson. Rogério e
2o Páreo : Candy Love ¦ La Piola ¦ Lady Quick começo, os brasileiros tentaram acertar o Leonardo; Moacir, França, Bismarck è
3o Páreo : Chief Corporation ¦ Allpermint ¦ Hurry Colt gol de longe. Erraram. Depois, ainda no Tudo isso aconteceu até os 10 minu- Sérgio Gil; Assis o Ânderson. Técnico:
tos. Estava tudo muito fácil mas, como o 2 Renô Simões
4o Páreo : Be Gallant ¦ Rock Balboa ¦ Play The Part primeiro tempo, tentaram entrar no to-
5o Páreo : So Beauty ¦ Olkisa II Miss Hart que de bola. Sérgio Gil deixou França jogo era estranho, o gol não saía. Os Estados Unidos: Keller, Burns, Onalfo.
Dayak e Rast; Covone. Thompson. Brose
6o Páreo : Heart's Easy ¦ Jimmy Jones ¦ Orpen cm frente ao gol e ele perdeu. Bismarck norte-americanos tentavam tocar a bola (Yorks) e Henderson (Munnelly); Snow e
7o Páreo : Lansita ¦ Forever Alaska ¦ Gentle Acclaim fez o mesmo com Sérgio Gil e o resultado e fazer o tempo passar. Quando parecia 0 Crawley.Gansler
Técnico: Bob _____ rrrrm1
8o Páreo : Criativo ¦ Declínio ¦ El Sen foi o mesmo. Os norte-americanos tenta- que a tática poderia dar certo, saiu o gol
Local: Estádio do Rei (preliminar de Nigéçi^^c
9° Páreo : Chet's^lusic ¦ Elonge Vais ¦ Bellinfanti vam sair no contra-ataque mas o bom brasileiro. Estranhamente, o libero Da- Portugal); Juiz: Neji Jouini (Tunísia); Car-
Acumulada: 4°2(Be Gallant), 6°6(Heart's Easy) e toque de bola de Dayak, Brose, Covone yak, melhor jogador norte-americano, tfles amarelos: Moacir, Assis e Sérgio ~,GÜ.
Gols: no segundo tempo — França (21 mlnur
9°11(Chet's Music) e Snow esbarrava no gramado desnivela- bateu um tiro de meta rasteiro nos pés de tos) o Leonardo (23 minutos)
do. Sérgio Gil, ainda na intermediária norte-

vão Treino errado Vitória faz esquecer grande vexame

Brad Gilbert
do
joga final
WCT de D alias
DALLAS, EUA — O americano
Brad Gilbert sabe aproveitar as oportu-
nidades que lhe dão. Convidado de últi-
ma hora para substituir um gripado Bo-
ris Becker na chave de oito tenistas da
'final do World Champioonship of Ten-
nis (USS 685 mil), ele está na decisão de
hoje à tarde — 15h com, transmissão
peia Rede Manchete — contra o vence-
dor da semifinal entre o tcheco Ivan
Lendl e o também americano John
McEnroe. Ontem, Gilbert dominou
^completamente o sueco Mikael Pern-
fors, vencendo-o em 6/3, 6/7 (3-7), 6/3 e
.6/3.
Gilbert, atualmente na 16* posição
do ranking, foi melhor em tudo na
primeira vez que enfrentou Pernfors.
Acertou 63% dos seus primeiros saques
contra 59% do sueco, aplicou 10 aces,
não cometeu duplas faltas — Pernfors
errou duas vezes —, marcou 146 contra
131 e quebrou o serviço de Pernfors
nove vezes.
Ele era a quarta opção dos organiza-
dores para a vaga do alemão-ocidental
Becker. O americano Jimmy Connors,
primeiro, preferiu não competir quan-
do soube que os outros tenistas esta-
vam bem fisicamente. Mesmo assim,
quase nào consegue jogar. Ele estava
em Dajlas, mas só chegou no Reunion
Arena, local do torneio, uma hora an-
tes do prazo previsto para enfrentar o
sueco Stefan Edberg, quinto do ran-
king. Jogou e venceu o campeão de
Wímbledon em 3 a 0. Agora, já garan-
tiu pelo menos USS 100 mil de prêmio.
Nadadores
FAB
pela para
sul-americano
A delegação brasileira de esportes
aquáticos viajou ontem para a Argen-
tina, onde serão disputados os cam-
peonatos sul-americanos juvenis de pólo
aquático, saltos ornamentais, natação e
nado sincronizado, que se realizam em
períodos distintos, entre amanhã e o dia
12. O embarque foi na Base Aérea do
Galeão, em avião cedido pela FAB.
A competição divide-se cm catcgo-
rias A (para atletas de 13 e 14 anos) e B
(15 a 17). A equipe de natação não perde
desde 64 e tem todas as condições de
manter a invencibilidade,, como espera
o chefe dos técnicos, Amaury Macha-
do. Alguns dos atletas estão convoca-
dos também para a seleção adulta que
irá à Copa Latina, daqui a um mês, na
França. Desses, uma terá maior sobre-
carga: Viviane Motti, que em princípio
apenas completaria um revezamento na
equipe adulta mas, com o pedido de
dispensa de Patrícia Amorim, foi esca-
lada também em três provas individuais
na Copa Latina (os 200, 400 e SOO
metros livre). Viviane tem 13 anos e
foi preparada para render o máximo no
Sul-Americano, portanto não deve ren-
der o mesmo um mês depois, na França.
Os campeonatos de natação e nado
sincronizado serão entre os dias 9 e 12,
em Rosário. Antes, entre amanhã e o
próximo dia 9, realizam-se as competi-
ções de pólo aquático (em Rosário), em
que o Brasil tenta o tricampeonato, e
saltos ornamentais (em Buenos Aires),
que nunca perdeu um titulo. A delega-
ção retorna, completa, no dia 14.
e violência
afetam joelho
Treinamentos, exercícios inadequa-
dos e a prática de esportes violentos
podem ser responsáveis por graves le-
sões no joelho, seus ligamentos e arti-
culações. As contusões mais graves e
as formas de tratamento foram alguns
dos temas discutidos, ontem — espe-.
cialmente pelo francês Gilles Bousquet,
responsável pelo Departamento de Ci-
rurgia Ortopédica da Universidade de
Saint-Ettiene —, no segundo dia da II
Jornada de joelho e ombro do Rio
de Janeiro, no Copacabana Palace,
Segundo Bousquet, que operou im-
portantes jogadores de futebol da Eu-
ropa, como os italianos Bettega, Vir-
dis e Baggio, um dos problemas mais
comuns e graves entre os jogadores de
futebol é a lesão do ligamento cruzado
no joelho. "Quem faz a cirurgia de
ligamento hoje pode retomar suas ati-
vidades em pouco tempo. Esse foi o
problema do Bettega, que depois de
operado jogou no Juventus de Turim
até se aposentar", lembrou.
O médico é cuidadoso ao falar da
cirurgia. "Nos Estados Unidos e na
Europa, os médicos ainda utilizam muito
os ligamentos artificiais, mas eles são
contra-indicados, porque não duram
muito tempo. A opção é fazer o trans-
plante de tendòes do próprio pacien-
te."Bousquet explicou que as lesões mais
graves do ligamento acontecem porque
os esportes estão se tornando cada vez
mais violentos.
Reconfortante. Foi o termo encon-
trado pelo técnico Renê Simões para
analisar a atuação e a vitória brasilei-
Por isso,
ra sobre os Estados Unidos."Depois
do
ele saiu feliz do estádio.
vexame contra Portugal, quando fal-
tou alma e fomos apáticos, parecíamos
um grupo sonado. Agora, foi a vertia-
deira seleção, combatendo e buscando
o gol. Foi mum desastre a derrota que
nos tirou da final."
Renê confessou ter falhado contra
mais explosivo
Portugal, ao não ser"Deveria
com seus jogadores. assustá-
los, dar um chute no balde, como fiz
num intervalo de outro jogo." O late-
ral-esquerdo Leonardo chegou a se emo-
cionar com a despedida da equipe no
final do jogo, aplaudida por todo o
estádio.
"Pelo menos mostramos
que nosso
time não era aquela coisa de terça-fei-
ra", afirmou Leonardo. Para Rogério,
Salamaleques
Os melhores — O brasileiro Bis-
marck foi eleito melhor jogador do
Mundial, por jornalistas de todo o
mundo presentes à competição e leva a
bola de ouro. Repete os feitos de Geo-
vani, em 83, e Silas, em 85, embora nào
tenha sido campeão, como os outros
dois. A bola de prata ficou com o golei-
ro norte-americano Keeler e a de bron-
ze com o nigeriano Wo Nwosu. O so-
viético Salenko. cinco gols. recebe o
prêmio de goleador do torneio (chutei-
ra de ouro). A de prata foi para Marce-
lo Henrique, que marcou três gols, co-
Jeddah, A.Saudlta — Oldemàrio Touguinhò "isso
IP
Renê se diz reconfortat
mo vários outros jogadores, mas
disputou menos jogos. E a de bronze
para Ohenhen, da Nigéria.
Casa cheia — O Estádio do Rei
esteve lotado por cerca de 80 mil torce-
dores. Todos apoiaram o Brasil no pri-
meiro jogo. No segundo, eram favorá-
leis á Nigéria, mas se renderam à
superioridade portuguesa e passaram a
aplaudir os campeões, principalmente
após o segundo gol.
No telão — Um imenso e bonito te-
lào mostrava o público nas arquiban-
já é algum conforto para a volta
ao Flamengo". Bismarck tambéra.Jp]
sucinto: "Isso me deixa mais feliz."
Estados Unidos — Para nãorfu*
gir à regra, os norte-americanos tambêitt
deixaram o estádio felizes, como as pti-
tras três seleções. "Jogamos contrí.ò
melhor time do Mundial", disse o treina-
dor Bob Gansler, destacando que sua
equipe fez uma campanha que nem ele
mesmo esperava. "Acredito que já'fio
próximo Mundial júnior, em 91, va-
mos novamente fazer boa apresenta-
ção e, quem sabe?, chegando a sewUB
dos finalistas." ««¦
A seleção norte-americana não seíá
desativada, pois continuará treinaiirJô
para futuras competiçoes e servira de
modelo de um trabalho bem feito püra
as universidades que, em número cada
vez maior, aderem á prática do íute«
boi.
cadas. Sempre o que era focalizado na
tela fazia uma tremenda algazarra, sen-
tindo-se importante e vaidoso por se ver
reproduzido na imagem gigantesca.
Mas um sururu que envolveu vários
torcedores e provocou algumas prisões
nào foi exibido.
Sois rei — Quando o Rei Fahd
chegou, foi um carnaval. Milhares dc
pessoas gritavam seu nome e exibiam
sua foto. Depois chegou Pelé. também
apresentado no telão. Foi igualmente
c delirantemente aplaudido.
JOllNAL DO BRASIL
Um dia infeliz
BUDAPESTE — Deu tudo errado para o
velocista Robson Caetano c seu técnico, Car-
los Alberto Cavalheiro, ontem, no Campeo-
nato Mundial huloor de Budapeste. De ma-
'nltS, um ladrão entrou no
quarto 449 do
treinador, no Stadium Hotel, e levou todos os
,seus dólares, À tarde, o atleta estava cm pri-
(í)pjro lugar na final dos 200 metros, quando
sentiu uma fisgada na coxa esquerda, perdeu
o equilíbrio e deu quatro passadas na raia do
britânico John Regis. Mesmo chegando em
Segundo lugar, foi desclassificado. À noite,
ÇáValheiro confirmou a contratura muscular
e disse que "há quase 100% de chances de
retornar ao Brasil", logo após o Mundial.
A vitória foi mesmo de Regis (20s54), com
Ade Mafe em segundo
'(20s'87)compatriota
seu
e o americano Kevin Little cm terceiro
XCTSl'2). Antes da última final do dia, a horan-
desa Nelli Fiere-Cooman ganhou o ouro nos
üOm (7s05). A prata foi da americana Gwen
.Tprçence (7s07) e o bronze, da jamaicana
.Moriene Ottey (7sl0). Na decisão dos 60m
com barreira para homens, venceu o america-
no Roger Ringdom (7s43), com o britânico
'Colin
Jackson logo atrás (7s45) e o soviético
nièor
" jt\iKazanov em terceiro (7s59).
"•Foi uma sexta-feira três e o astral aqui é
zero", resignou-se Cavalheiro, que não viu a
fjjjflifinal nem a final, por estar numa delega-
cià'de Budapeste. "Eu só encontrei o Robson
por cinco minutos desde que esta confusão
começou e te garanto que ele está supcrcha-
tcado."
ah.l/5cgundo Luís Alberto de Oliveira, técnico
-di^Zequinha-Barbosa, presente ao Snorthall.
Robson saiu da sua raia cinco quando falta-
vam 80 metros para o final. "Ele invadiu a
Hoje é a vez
Zequinha Barbosa entra hoje à tarde na
pjs^-do Sporthall, para a final dos 800 metros
no Mundial Indoor, com o melhor dos seis
finalistas, entre eles o qüeniano Paul Ereng
(campeão olímpico em Seul), a quem venceu
ontem na semifinal, marcando Im46s79.
'Atual
campeão desta prova — ganhou em
Indianápolis, Estados Unidos, em março de
1987 —, ele é a única esperança real de meda-
lha para o Drasil.
O extrovertido Zequinha, que venceu três
rneetings na recente temporada européia, já
havia liderado sua eliminatória, ao meio-dia
(hora de Budapeste), sem forçar muito. Mar-
cou Im49s55, nono melhor tempo, quase
dois segundos atrás de Ercng (1 m47s99). Co-
mo correria na primeira bateria, tratou ape-
nas de ganhá-la, sem se preocupar com recor-
des.
O tempo do brasileiro na semifinal foi
exatamente um segundo melhor do que o
Im47s79 que lhe proporcionou a medalha de
ouro no primeiro Mundial indoor, em índia-
nápolis. Ainda assim, está a um segundo e seis
centésimos do Ini45s73 obtido em Oviedo,
Espanha — nada menos que a melhor marca
do ano para os 800m indoor, abaixo apenas
do recorde mundial do britânico Sebastian
Coe.
Hoje, Zequinha competirá contra os nor-
Vitória sobre
última chance
SÃO PAULO — Após a derrota na
primeira partida, a Pirelli joga todas suas
esperanças na partida de hoje com a Sadia, às
22h30 no Poliesportivo do Ibirapuera, com
transmissão da Rede Manchete. Se vencer, a
Pirelli forçará a realização de mais um jogo e
continuará alimentando a esperança de clie-
gar á final do Campeonato Brasileiro femini-
no de vôlei. Caso perca, a Sadia estará classi-
ficada. A marcação do jogo para o Ibirapuera
frustrou a comissão técnica da Sadia que pre-
feria o ginásio do Clube Atlético Paulis-
!(ã{ip, onde treinou até quinta-feira.
A vitória de 3 a 2 sobre a Pirelli no
"primeiro
jogo, disputado ern Santo André,
Mb' acabou com a cautela da Sadia. Mesmo
com essa vantagem, as jogadoras e o técnico
frílltio Manta estudam atentamente o adver-
sário. "Preparei uma fita na qual estão edi-
tadas algumas jogadas da Pirelli", revelou o
preparador físico da Sadia, Ricardo Trade, o
"Bacalhau". "No teipe,
há, por exemplo, uma
iiy'LiinjiiiiiijiMiiiiLL li. ill., in.
««¦lis
m fase final. Desde ontem, seus treinamentos diários são
A Sadia conta com Isabel (C) para derrotar a Pirelli
Fiat Minas
pode
DELO HORIZONTE — Para conseguir Bassi.
nova' vitória sobre o Danespa. hoje à tarde, em lhorando em todos os fundamentos. Estão
São Paulo, garantindo a classificação à final passando, bloqueando, atacando e defenden-
do Campeonato Brasileiro masculino de vôlei, do melhor", afirmou o coreano, que pode
sem necessidade de uma terceira partida, o levar o time mineiro à sua quarta final de
Fiat Minas terá de forçar os saques e fortale- Campeonato Brasileiro.
cer o bloqueio, visando a anular os poderosos
Desde
ataques de Xandó e Montanaro. Esta é a Fiat Minasquinta-feira
fórmula imaginada pelo técnico Yong Yan nos
Sohn. "Xandó e Montanaro sâo dois ótimos no para
primeiro jogo contra o Banespa. Ontem, o
jogadores, que atacam com muita força. Se time realizou um treino de reconhecimento
Conseguirmos marcá-los nossas chances au-
ginásio do Banespa. local da partida. "Tra-
mentam". acredita o coreano.
Sem nenhum problema de contusão. Sohn balhamos mais o bloqueio dc pontos cm mo-
vai manter a equipe que derrotou o Banespa vimento. Além de realizarmos um rápido co-
por 3 a 1. quarta-feira, em Belo Horizonte: letivo para melhorar o ritmo de jogo",
Helder. Pelé, Cidào. Jorge, Bom e Henrique explicou Sohn.
para
raia de dentro (de Regis) c foi imediatamente
desclassificado", contou o treinador, que divi-
de com Cavalheiro o quarto assaltado.
Enquanto Robson aplicava gelo na coxa
—¦ o técnico afirmou que ele não competirá
mesmo nos rneetings de Atenas (dia 8) c Ma-
dri (10) —, Cavalheiro contou que o velocista
"saiu igual a um louco" na largada e que
"tinha tudo
para marcar tempo excelente,
abaixo dos 20s50."
"Logo
que sentiu a fisgada, ele me disse
que tinha pensado em parar, mas resolveu
continuar, para tentar uma medalha, c ai
perdeu o equilíbrio. Acho que não vai dar
mesmo para ficar aqui, porque ele não está
nem conseguindo andar", contou o técnico,
por telefone, no restaurante do Stadium.
O assalto — Cavalheiro, ainda com
algum bom humor, disse que só soube do
assalto quando Luís Alberto notou que a
mala do colega estava desarrumada. Isso de-
pois do almoço, quando havia voltado do
Sporthall. Deu por falta dos dólares — não
quis revelar o total — e foi à delegacia. Disse
também que a porta do quarto em frente ao
seu, com atletas húngaros, estava arrombada
e que a policia tentava identificar impressões
dígitãís em"Sífa^portar"Oiífdfâapelo menos
não levou documentos c outros objetos", fina-
lizou o treinador.
Outro brasileiro competindo ontem. Joilto
Bonfim, também não teve sorte. Chegou em
quarto lugar na quinta série eliminatória dos
60m com barreiras e foi desclassificado! Hoje
quem testa sua sorte é a poticjiyr Magnólia
Figueiredo. Pela manhã, ela estará numa das
séries qualificatórias dos 200m e se classifica,
se chegar cm primeiro ou obtiver um dos oito
melhores tempos no geral.
de Zequinha
quinha
^ Güm com-barreiras masculino
Zequinha estd em boaj' orrna
te-americanos Ray Brown e Stanley Redwine,
o italiano Tonino Viali, o britânico Ikem Billy
e, claro, Ereng. Luís Alberto de Oliveira, seu
técnico, preferiu não falar cm favoritismo,
principalmente por causa dos dois tiros de
ontem. "Vamos ver primeiro como ele se sai,
sem esquecer a condição física", disse. Mesmo
assim, deu uma boa idéia do atual estágio do
campeão: "Ele está numa excelente fase e
muito tranqüilo. Sabemos que essa é uma
prova concorrida, mas o que me anima é o seu
amadurecimento".
Sadia é a
da Pirelli
seqüência com a levantadora deles (Cora) na
posição de saque", esclareceu.
A preocupação da Sadia é com o desespe-
ro da Pirelli, que precisa vencer de qualquer
maneira para forçar um terceiro jogo. Em
preleçâo às"Elas
suas jogadoras, Inaldo Manta
lembrou: vão vir com tudo". O time
está definido com Márcia Fu, Ana Mozer,
Fernanda, Dora, Isabel e Ida
Na Pirelli, no entanto, o técnico Pedro
Nakao ainda estuda sua opção tática. Ele
pode colocar um time mais alto, para reforçar
o bloqueio, ou optar por uma formação que
privilegie a velocidade do ataque. A Pirelli
treinou ontem à tarde no ginásio onde será
realizado o jogo, mas somente quatro jogado-
ras já estão escaladas: Cora, Kerly, Tina e
Ana Lúcia. Para as outras duas vagas, Nakao
tem cinco jogadoras: Cilene, Ana Paula, Ltii-
za, Filó e Adriane. As mais altas são Filó,
com l,96m, e Cilene, com l,82m.
l^i?|C?n São Paulo — JoséSitf
!?iam! Carlos
?S Brasil
®raS"
até
perder
"Os
nossos atletas estão crescendo, me-
â tarde em São Paulo, o
está aproveitando os últimos trei-
corrigir defeito observados por Sohn
do
Esportes
Gllnon Onrroto — 30/11/Bfl
'indoor
Robson
Robson só teve motivos para se lamentar
motivos lamentar ontem no
no
Resultados de hoje jEreng consegue
realizar sonho
60m feminino
1. Nelli Fiere-Cooman (Hol) 7s05 Paul Ereng, do Quênia, é um
2. Gwen Torrence (EUA) 7s07 raro atleta. Domingo passado es-
3. Merlene Ottey (Jam) tava nos Estados Unidos, onde es-
7s10
tuda c treina pela Universidade de
Virgínia, e nem pensava no Mun-
dial Indoor quando recebeu um te-
200m masculino lefonema de Nairobi, capital de
seu pais. Pediam para competir
1. John Regie (GBR) 20s54
2. Ade Maíe (GBR) 20s87 nos 800m cm Budapeste. Ele foi.
3. Kevin Little (EUA) 21s12 Chegou quinta-feira à noite c, na
eliminatória de ontem de manhã,
estabeleceu a segunda melhor mar-
ca das eliminatórias na quarta vez
que corria em pista coberta em sua
vida.
1. RogGr'Kingdom (ELIA) 7s43 "Eu tinha
que representar o
2. Colin Jackson (GBR) 7s45
3. Igor Kazanov (URS) 7s59 Quênia. E a minha terra natal e eu
a amo. Eu tinha que correr", disse
o campeão olímpico dos 8OO111 em
Seul e único queniano no Cam-
Quiadro de Medalhas peonato.
Mas não o fez sem antes con-
sultar seu técnico, Frcd Binggeli.
B Ele afirmou que a pedido oficial
da federação do Quênia deveria
Grã-Bretanha 0 De um modo geral, são os mesmos que estão
Estados Unidos 1 ser aceito por uma razão ao mes-
mo tempo técnica e simples: "Ele
Holanda 0 sar deles. Vai melhorar. O país, o futebol e os
me disse que eu deveria correr por-
Jamaica 1
que representaria bem o meu
União Soviética 1 pais", contou.
Divulgação
Casório — A estrela do bas-
quete brasileiro, a jogadora Hor-
tência, marcou a data de seu casa-
mento com o empresário José
Victor Oliva. Dia 23 de maio
ela realizará o sonho de vestir véu
e grinalda e a cerimônia será reali-
zada na Igreja Nossa Senhora de
Fátima, em São Paulo. O casa-
mento promete ser um dos mais
badalados do ano c o time de
padrinhos já está formado. Do
lado do noivo estarão Isabel e
Bob Coutinho, donos do restau-
rante Esplanada Grill, onde Hor-
tência e Zé Victor se conheceram,
Ana Carmem e José Maurício
Machiline e Washington Olivetto,
entre outros. Dos escolhidos da
noiva fazem parte Pelé, que fará
par com a jogadora Paula, além
do presidente e do técnico da Mi-
nercal. A lua de mel será na ltá-
lia.
Maratona — Orlando Piz-
zolato é o favorito para a 4" Ma-
ratona de Los Angeles que será
disputada domingo. Pizzolato,
Tillis, próximo adversário de Maguila
duas vezes campeão da Maratona
de Nova Iorque, tem o melhor
tempo para a distância. Os maio-
Maguila tem sparring res adversários de Pizzolato são o
mexicano Martin Madragon, o
conhece todos canadense Art Boileau e os ameri-
que canos Greg Meycr e Mark Plaat-
jes.
os segredos de Tillis Basquete — Os resultados
de ontem pela National Basket-
SÃO PAULO — Os preparativos do peso pesado bali Association (NBA, a liga pro-
Adilson Rodrigues, o Maguila, para a luta com o america- fissional norte-americana) foram
no James Qujck Tillis, no próximo dia 20, entraram na os seguintes: New York Knicks
132 x 123 Miami Heat, New Jer-
acompanhados pelo técnico americano Rick Mandris, chi sey Nets 114 x 84 San Antonio
equipe de Ângelo Dundee, responsável pela preparação do
Clippers, Denver Nuggets 113 x
brasileiro há cerca de um ano. Mandris chegou a São 103 Houston Rockets, Phoenix
Paulo acompanhado por dois sparrings, Larry Alexander, Suns 110 x 90 Sacramento Kings,
que já treinou com Maguila ano passado e sabe tudo sobre Portland Trail Blazers 119 x 113
Tillis,, e Kevin Sheeley.
Los Angeles Clippers e Indiana
A preocupação de Mandris é orientar Maguila para Pacers 131 x 127 Golden State
evitar a malícia de Tillis. "James é muito esperto. Sabe Warriors. Os New York Knicks
como fugir da luta e usa muito o clinch", explicou o lideram a Divisão do Atlântico
treinador americano. Ainda falando do adversário de com 38 vitórias e 19 derrotas. Na
Maguila, Mandris citou duas de suas--carcteristicas. "Ele Divisão Central, o primeiro lugar
se esquiva e encaixa (absorve) bem os' golpes", afirmou. está com os Cleveland Cavaliers
Treinando o brasileiro pela quinta vez, Mandris fez com 43 vitórias e 12 derrotas (me-
"Poucos lhor recorde da liga). No Meio-
questão de sublinhar a resistência do adversário. Oeste, o líder é o Utah Jazz e no
conseguiram derrubar James Tillis. Se Maguila conseguir,
vai ser muito bom", acrescentou. Em 1986, Tillis' lu- Atlântico, os Los Angeles Lakers
tou com Mike Tyson e ficou de pé até o final da luta. no estão à frente.
10° round, e perdeu por pontos. Xadrez — O soviético Ana-
toly Karpov, ex-campeâo mundial
Entre os dois sparrings, quem deve forçar mais o de xadrez, venceu sua partida sus-
treinamento com Maguila, por conhecer bem o estilo de
Tillis. é Larry Alexander. 33 anos. que já conhece o pensa contra o húngaro Lajos
Portish no Torneio de Linares. na
brasileiro. "Ele é um cara legal", disse referindo-se a Espanha. O liderança continua
Maguila. Segundo ele, a principal característica de Adil- com o jovem grande mestre Va-
son Rodrigues nos treinamentos é a força. "Ele bate
sily Ivanchuk. também soviético,
duro", comentou Alexander.
que tem sete pontos, meio a mais
O outro sparring, Kevin Sheeley, 29 anos. não conhe- que Karpov. Hoje. Ivanchuk en-
cia Maguila. "Viemos para ajudá-lo", disse. Nos Estados frenta Portish e o ex-campeão jo-
l nidos, Sheeley tev e algumas informações sobre o pugilis- ca contra o holandês Jan Tim-
ta brasileiro. "Sei que ele bate muito forte c está em
boa forma", completou.
sííbatlo, 4/3/89 ? 1" caderno ? 19
João Saldanha
Q
iie rei sou eu
tudo são espi- "»
Nem nhos nu derrota do
time de garotões para os / V
portugueses l"a nas terras ,W ™ mu» ™ $
ou areias do Rei Das ' ¦
*
Tintas, que foi como a
TV Globo batizou a**-
sheik. Pois é, no momen-
to cm que ele- apareceu 3^|Jrr
no vídeo com um fundo
reluzente de candelabros, espaldares de ca-
deiras, molduras e coisas todas douradas e
que segundo nossos deslumbrados corres-
pondentes são de ouro mesmo, a TV Globo
não teve dúvida e tacou-imbarée-dT) caia. o
Rei das Tintas. E ficou lá no vídeo por bom
tempo comercial o imponente personagem
das Mil e uma noites com sua roupagem de
fundo branco, que faria inveja ao Sultão
Harum Al Raschid e à Princesa Sherazade,
os dizeres fortes e sugestivos de identificação
da imagem. Não sei se o consulado vai pro-
testar.
E a derrota ante Portugual traz uma série
de reflexões importantes que já não é sem
tempo sejam feitas em beneficio do futebol
brasileiro, que está atravessando, junto com
o país, séria crise técnica e financeira. Con-
fesso que desanimo um pouco ao verificar
que nossos homens dirigentes dão mais im-
portância à farolagem do que realmente ao
restabelecimento do futebol que já foi o cam-
peão do mundo, mas que no momento e
apenas um disputante como muitos outros.
A programação atual da seleção brasilei-
ra é digna de uma opereta ou no máximo de
uma ópera buffa. O jogo do dia 27 em Udine
é um festival e mais nada. Já que nós não
fazemos festas aos nossos ídolos, os outros
que façam. Mas chamar este jogo de progra-
mação de treinamento da seleção brasileira é
tentar fazer os outros de tolos. Posso até ir lá
em função de trabalho, mas sei que vou á
festa do Zico. Com muito prazer.
E esta da reunião em Teresópolis? Para
quê? O dinheiro está jorrando assim tão
fácil? E cm seguida, e em meio a jogos cansa-
tivos, chamar isto de treinamento? Somos
um país pobre que, apesar dos .gastos faraó-
nicos em Brasília não pode esbanjar assim.
Esta reunião de Teresópolis poderia ser feita
por telefone. Que mania de viajar á custa dos
outros têm os brasileiros. Quaisquer coisa e lá
vai um Boeing para a pista. Às vezes, dois,
como nesta ridícula visita do interino á sua
terrinha. E os nossos clubes, em vez de usa-
rem o telefone para saber se o outro vende o
jogador, lá se vai o diretor e família. É fogo.
afundando o barco. Mas vai melhorar, ape-
clubes.
Esporte na TV
10h Bike show — reportagens exclusivas sobre motoci- 7
clismo
Eaporte o agflo — TSnis: Helena Sukova x Belinda 6
Coldwell. Somifinal do Australia Open
11h30min Mundo dos esportea — Reportagem sobre a 6
carreira de Joe Louis, lutador de boxe.
12h Mancheto Esportlva — (1° Tempo) — 4a rodada da 6
Copa Rio. Fase semifinal do Brasileiro do VGlei
Esporte Total — variedades 7
12h40mln Glcbo Esporte — Barbadas do turfe com Ernani 4
Pires Ferreira. Hipismo. F6rmula 1. Brasileiro de
vfllei. Reportagem sobre os centro-avantes cariocas
15h Tdnls — Final masculuina do Torneio WCT, ao do 6
Texas. Narragao de Ruy Viotti
18h Futebol — Noroeste x SSo Paulo, ao vivo. Campeo- 7
nato paulista. Narragao de Silvio Luiz, comentarios
de Juarez Soares e reportagem de Eli Coimbra,
diroto de Bauru, Sao Paulo.
17h30min Futebol — Botafogo x Volta Redonda, ao vivo. 6
Campeonato Estadual. Narragao de Halmalo Silva,
cometarios de Joao Saldanha e reportagem de
Antonio —Stockier, direto de Sao Januario.
Realce reportagem exclusivas sobre surfe, Wind-
22h30min
surf e Shate
Vdlel — Sadia x Pirelli, ao vivo. Brasileiro de vfilei
6
Narragao de Alberto L6o, cometarios de Jorge
Barros e reportagem de Isabel Tanese, direto do
Ginasio do Ibirapuera em Sao Paulo
10h10min Tftnls — VAT 69, etapa de Ribeirdo Preto, VT. 7
Narragao —de Alvaro Jos6
11 Futebol Lazio x Milan, ao vivo. Campeonato 7
italiano. Narragao de J. Junior e cometarios de Fiavio
Prado, do estudio da emissora em Sao Paulo.
Futebol de Veteranos — Olaria x Am6rica, semifi¬
nal ao vivo. Estadual de veteranos. Narragao de
Jos6 Roberto Tedesco e reportagem de Luiz Ventu-
ra, direto do Maracnazinho do Caxias, em Caxias.
12h Esporte e agfio — variedades 6
12h30min Futebol — VT de um jogo do Campeonato Estadual 2
do Rio de Janeiro
13h Esporte 89 — T6nis: Miloslav Mecir x Jan Gunnars- 6
son, VT. Semifinal do Australia open.
13h15min Futebol do Veteranos — Palmeiras x Botafogo. ao 7
vivo. Copa Joao Saad. Narragao Luciano do Vale.
comentarios de Rivelino e Mario Sergio.
14h Stadium — Variedades 2
15h Vdlel — Supergasbras x Lufkin, feminino ao vivo. 6
Narragao de Ivan Mendes. cometarios do Jorge
Barros e reportagem de Renato Incarnagao diroto do
Ginasio do Tijuca.
15h15minh Boxe — Full Contact e Boxe internacional, ao vivo,
direto de Barra Funda. Sâo Paulo. João cardoso
(Brasil) x Luis Ocampo (Argentina). Madureira (Bra-
sil) x Carlos Gomes (Argentina). Disputa do título
sul-americano de Full Contact de super-pesado:
Batarelli (Brasil) x Juan Galeano (Paraguai).- Narra-
çâo de Alexandre Santos comentários de Newton
Campos e reportagem de Eli Coimbra:
17h Basquete amerlcano — Boston x Lakers. VT. 7
Narrag&o de Osmar Oliveira e comentarios de Alva-
ro Jos6, do estudio da emissora em Sao Paulo
18h Futebol — Flamengo x Amdrica ao vivo. Campeo- 6
nato Estadual. Narragao de paulo Stein, cometanos
de Marcio Guedes e reportagem de Paulo Cesar
Andrade. direto do Maracana.
19h Futebol — Compacto dos jogos do Campeonato 7
paulista. Narragao do J Junior e Osmar de Olivetra.
21h45min Show de gols — Gols nac»onats e intercionais do 6
tim de semana. Apresentagao de Alberto Leo
22h Camisa 9 — mesa redonda com Luis Orlando. 9
Orlando Batista e convidados Gols da rodada
22h15min Esporte Espetaculnr — Gols nacionais e interna- 4
cionais. Compacto de Flamengo x Amdrica. Final do
WCT de tdnis Semifinal do Brasileiro de v6iei.
Mundial de Atletismo em Budapeste
23h Esporte Vlsdo — mesa-redonda com Januario de 2
Oliveira. Sergio Cabral. Luiz Mendes. Roberto Porto.
Rui Porto, achiles Chirol e convdados
Toque do Bola — Mesa redonda com Paulo Stem,
Joao SakJanha, Marcio Guedes. Alberto L6o e Zico
Gols da rodada
Ferrari
Muir Pon a Neto e
Cláudia liamos
A Ferrari deixa o Rio, para só voltar
no Grande Prêmio do Brasil, cheia de
incertezas, A equipe não sabe se o câm-
bio automático vai funcionar, ainda nao
decidiu que tipo de motor vai usar, e
muito menos tem idéia da confiabilidade
ilo novo carro. Na semana de testes en-
cerrada oniem cm Jacarepagtiá, nem Ni-
gel Mansell nem Gerhard Bcrger conse-
guiram dar mais que seis voltas
consecutivas.
A única coisa decidida é que o câm-
bio automático será mantido pelo menos
"da
nas primeiras quatro ou cinco provas
temporada. Se não iler certo, a equipe
poderá voltar ao manual, com a central
eletrônica da Marelli funcionando ape-
nas para o motor, como já acontece com
a Williams. Esta mudança] se necessária,
praticamente obrigará a construção de
um novo carro, pois o ponto de ataque
da suspensão traseira foi concebido para
o cambio automático, ti por esta razão
que o projetista inglês John Barnard não
cogita voitar ao câmbio manual, 110 que
tem o apoio do piloto austríaco Gerhard
Berger: "Acho não é o caso de mu-
"dar o câmbio. Oquesistema está em evolu-
çâo e tenho confiança de que já funcio-
nará a contento no Grande Prêmio do
Brasil."
O que o piloto não pôde garantir foi a
confiabilidade do carro para a primeira
prova da temporada. A Ferrari previa
algo cm torno dêlítFí õTTnas Berger e\'i-
tou qualquer previsão. Após dar 25 vol-
tas ontem no circuito, nunca mais que
seis consecutivas, optou pela prudência:
"Vamos andar agora cm Fiorano, com
já
os elementos que levamos daqui. Mas
não posso dizer qual será a resistência do
carro no GP do Brasil."
Seria realmente difícil qualquer análi-
so neste sentido. A Ferrari não conseguiu
realizar o grande prêmio simulado, um
dos testes previstos para o Rio, e. por-
tanto, não pôde testar a confiabilidade
do carro e nem seu comportamento com
tanque cheio. O parâmetro da equipe
Bebeto renova
fixado em US$
Os efeitos do festival gastronômico
da véspera foram os melhores possí-
\ eis: Bebeto renovou seu contrato com
o Flamengo por quatro meses (até o
final do campeonato estadual). Rece-
berá NCzS 5 mil mensais e teve seu
passe fixado em USS 2 milhões. Satis-
feito com a renovação, Bebeto ainda
fez dois gols no coletivo — vencido por
6 a 0 pelos titulares — e deu seu abraço
em Zieo que, com um bolo, comemo-
rou os 36 anos.
o primeiro
Leandro foi quem ganhou"boa
pedaço, com os desejos de rccupe-
ração" enquanto, no quadro de avisos
do vestiário, uma observação arranca-
va sorrisos de Zico: "Gato á moda an-
Fluminense
precisa
e não tem
quem
O técnico Othon Vàlcntim estréia
domingo na direção do Fluminense pi-
lotando uma contradição. Ele sabe que
não pode perder mais nenhum ponto se
pretender vencer o primeiro turno mas,
para vencer, precisa de um ataque, o que
não tem. O problema é tamanho que o
júnior Nilton será lançado na ponta-di-
reita após dois coletivos apenas. Sílvio, o luvas c vei receber USS 5 mil mensais,
único atacante titular, se machucou no
coletivo de ontem e é dúvida. Othon não
terá atacantes no banco, pois Franklin
estouraria o limite de quatro amadores
por jogo.
As dificuldades podem levar o técni-
co a duas soluções radicais: escalar Ro-
mérito no comando do ataque, com
a entrada de Marcelo Gomes no meio,
ou colocar Eduardo 11a ponta-esquerda
e Edgar na lateral. Sem jogadores para
aplicar seu esquema, o técnico pensa
vencer o Cabofrienle fazendo ainda 110
Vasco tem ex-boiadeiro,
se não escalar
Se não puder escalar Vivinho — hoje
será submetido a um leste —, o Vasco
vai depositar suas esperanças de gols
em um jovem atacante de 20 anos e que
há cinco anos cuidava de bois e ames-
trava cavalos na Fazenda São José, em
Araguaiana, no estado de Tocantins.
Ser escalado de início é tudo o que
deseja Arione Ferreira Guedes, o Tiba,
que completa um ano sem começar uma
partida pelo Vasco. O técnico Orlando
optou por ele ao invés de Roberto, que
cfTgt REDE
REDE I)
) W BAHIENSE
BAHIENSE
) UFF
\ COMUNICAÇÃO
COMUNICAQAO
S «^0O LUGAR
LUGAR
5 Alessandra
Alexandra Genú
Genu Ou
Da-
J H tra Amaral
IraAmaral
^ de Carvalho
volta
anui foi rodar sempre com 30 lilros. Ou-
tem em Fiorano, porém, o brasileiro Ro-
berto Pupo Moreno, piloto de teste da
eseuderia, deu 4S voltas consecutivas e
marcou Im07s07, seu melhor tempo para
a pista, e não muito distante do recorde
de Nigel Mansell (Im05lli)j Mesmo uti-
li/ando tf câmbio automático, o preciso
levar cm conta que Moreno estava com o
modelo intermediário §39, c a tempera-
tura de Fiorano estava em torno de 15
graus.
Aqui no Rio, sob sol forte c 35 graus,
o motor teve superaquecimento, mas "Ü tal "
situação parece não preocupar faiífòj
problema não está 100% resolvido, mas
com os dados colhidos aqui vamos solu-
cioná-lò na Itália", garantiu Pjcrpaolo
Oartlela, um dos diretores da equipe. O
superaquecimento é nosso menor proble-
ma", completou Bcrger.
No treino de ontem, Gerhard Bcrger
andou muito pouco pela manhã, e ao
meio dia a equipe recolheu o carro para
recolocar o único motor de duas ignições
por cilindro, que quebrara na última
quarta-feira. A operação durou três lio-
ras, e em duas voltas o piloto foi obriga-
do a voltar ao boxes. desta vez rebocado.
O motor apagou no final do retão, por
problema elétrico ou de ignição, segundo
Gardela.
Bcrger só conseguiu entrar novamen-
te na pista ás 16h50, andando em torno
de Im29, com pneus duros.de corrida.
O campeão mundial de Fórmula
1, Ayrton Scnna, testou ontem em
Mon/.a o novo câmbio transversal da
McLaren, que deverá melhorar a aero-
dinâmica posterior do novo carro da
equipe, ainda cm conclusão. O carro
intermediário suportou 21 voltas até a
quebra do câmbio, o que não impediu
Scnna de se declarar satisfeito com o
trabalho realizado. A chuva de ontem
na pista italiana não permitiu bons
tempos, e Scnna rodou em torno de
2m02, marca que não serve de parâme-
tro para qualquer avaliação. Hoje está
prevista a chegada do francês Alain
Prost, e o teste da McLaren-Honda
prossegue até amanhã.
e tem
passe
2 milhões
tiga, parabéns". E se os dois esbanja-
vam felicidade, o mesmo não se pode
dizer de Aldair.
O zagueiro voltou a-reclamar de do-
res no joelho e foi imediatamente ve-
tado para o jogo de amanhã. O veto
teve uma inquestionável colaboração do
próprio jogador, preocupado com sua
forma física na segunda-feira, quando se
apresenta à seleção brasileira.
Só hoje Telê confirma se escala o
time mais ofensivo, com Djalminha em
lugar de Zico, ou mais recuado, com
Marquinhos. No coletivo de ontem, ex-
perimentou, com sucesso, as duas op-
ções. E Delácir pode ser a surpresa como
reserva para a zaga.
vencer
faça
gols
primeiro tempo um gol em jogada en-
saiada.
Transações — O atacante Zé Maria
embarcou á noite para a Suiça, onde vai
defender o Xamax de Neuchatel, bicam-
peão nacional. O passe foi negociado por
USS 130 mil (NCzS 220 mil no paralelo).
Zé Maria já embolsou USS 20 mil de
além de casa mobiliada, carro, impostos,
alimentação, roupas de frio e duas passa-
gens anuais para o Brasil. Um sonho
para quem até anteontem ganhava NCzS
150 e morava na concentração de junio-
rcs.
Tonto ainda, ao dar entrevista para
a TV, começou a chorar. "Sempre so-
nhei com isso mas não esperava alcan-
çar só com 20 anos." O apoiador Péri-
cies, comprado ao Goiás, apresentou-se
ontem, mas só começa a treinar segunda-
feira.
Vivinho
ficará no banco de reservas, como substi-
tuto de Vivinho.
O médico Alexandre Campello, de-
pois de examinar Vivinho, disse que o
atacante melhorou, mas que, para jo-
gar. terá de se apresentar hoje no irei-
110 sem nenhuma dor. A ausência de
Vivinho não alterou o plano de jogo de'
Orlando. No coletivo, ontem, o time
explorou muilo as jogadas pelas pon-
tas e melhorou nas finalizações.
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à Itália cheia de incertezas
Fotos do Paulo Nlcolollii
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A'o último dia <lc tostes Gehard Berger rodou mais mas
não conseguiu ser tão rápido quanto Nigel Mansel
Conta-giros
Descaso — Dois garis da Comlurb culava pelo autódromo pronto para dei-
trabalhavam tranqüilamente na pista, xar a cidade: o projetista John Bar-
cm plena curva da vitória, quando o nard. De camisa e calça' social. Bar-
piloto Gerhard Berger deixou o boxe. nard despediu-se do pessoal da equipe,
Avisados pela ambulância da Federa- seguindo direto para o Aeroporto In-
çào Internacional de Automobilismo pa- ternacionaf
ra se retirarem da pista, os dois não Finalizações — Foram gastos
só ignoraram o pedido, como apenas se NCZS 400 mil nas obras de recuperação
afastaram, um pouco, no instante em do autódromo. NCZS 100 mil apenas na
que o piloto fez a curva, voltando am- recuperação das arquibancadas. Seguti-
bos para a mesma posição. do Sérgio Martins, diretor patrimonial
Retorno — Antes que os testes de da Riotur. não serão construídos módu-
Berger terminassem, uma pessoa cir- los no canteiro central da pista.
Vida e de Zico em fitã de vídeo
gols
Jogador ensina camisa do Flamengo, da seleção com a saúde, os exercícios princi- presidente do Coríntians, Vicente
Mathcus, por exemplo, rccusou-se a
os segredos
brasileira c do Udinese. Lances pais e as regras básicas do futebol,
inesquecíveis, deliciosos, que gera- pontuando seus discursos com li- autorizar a imagem de Sócrates
do futebol ram um dos primeiros grandes pro- ções de moral. com a camisa do clube, vociferando
blcmas para o vidco.Neste clip de A seguir, novas imagens de gols. contra o craque de Ribeirão Preto e
Marcus Barros Pinto lances, a produtora havia utilizado dizendo que jamais faria algo em
desta vez de outros jogadores. Foi a
imagens do Canal 100 de Carlinhos forma que Zico encontrou para ho- seu beneficio. Como conseqüência.
segunda-feira, dia 20, Zico Niemeyer até então, autorizara Sócrates, na versão definitiva, apa-
Na vai estar na II Vidco Trade que, menagear Maradona, Platini, Pelé,
apenas verbalmente. Quando foi as- Sócrates, Rivelino e Cláudio Adão. rece fazendo um gol com a camisa
Show, no Parque do Ibirapuera, em sinar as autorizações, Carlinhos do Flamengo.
São Paulo, lançando finalmente sua diu USS ó mil. Os três minutos pe- E aí surgiu o segundo problema do
de vídeo: as autorizações para uso de Nó fim, talvez a seqüência mais
primeira fita, Zico: futebol para imagens do Canal 100 foram ime-
quem começa} São 40 minutos rio diatamente trocados por imagens imagem. Dos jogadores, bastou um bonita do vídeo. O ator Reinaldo
Gonzaga lê um texto, feito por Ma-
o craque mostra cenas de sua telefonema seu para as autorizações
qual semelhantes a dos arquivos da TV ria Carmem, que compara o preparo
vida e ensina as primeiras manhas Globo. chegarem quase imediatamente.
para quem sonha em ser um craque A fita segue com Zico, cm òff,
Já dos clubes, não foi tão fácil.O de um jogador para entrar em carn-
como ele. Cada fita custará NCzS contando po a um sacerdote antes
70. que Dida, atacante do de um culto. As imagens
Flamengo nos anos 50, era seu ido- mudam a cortes curtos,
Dirigido pelo mineiro Pierre lo e
que o futebol sempre foi seu
Bounneureaux, que trabalha no Sis- objetivo?~Nas intercalando Zico se pa-
imagens, Júnior, seu ramentando até entrar
tema Salcsiano de Vidco, a fita exi- filho mais velho, faz o
papel do pai no gramado do seu tem-
giu de Zico paciência franciscana, nas peladas de rua, ainda em Quin-
com dezenas de gravações em VHS, tino, num pio, o Maracanã, com
flash-back que termina imagens da torcida, prin-
até a definitiva gravação, cm agosto com imagens de Zico ao lado da
do ano passado. O roteiro é de Ma- mulher, Sandra e dos três filhos, cipal coadjuvante da vida
ria Carmcm Oliveira e a trilha so- Júnior, Bruno e Tiago. desse craque, ao ritmo de
nora de Marcos Viana. gritos de Zico! Zico! Zi-
Didática — Vêm então as au- mm co! A fita deixa um gosto
A única parte dispensável c exa- Ias, divididas cm bloco um vi-
por de quero mais, que pode
tamente o começo, quando se depa- nheta idêntica à da capa da fita.
ra com uma desnecessária presença Zico explica, didaticamente, a dife- ser facilmente resolvido
do ex-ministro da Educação, Hugo rença entre os chutes com a com os recursos de um
parte vídeo doméstico de últi-
Napoleão. O apoio do MEC, surgi- interna do
pé (de precisão), com o
do quando o trabalho já estava em ma geração Basta aper-
peito do pé (de força) e com a parte
andamento, possibilitará a distri- externa tar as teclas de recuo,
(ideal para lançamentos
buiçào da fita para escolas em todo mais longos). pausa e slow motion para
o Brasil, mas não implicava, obri-
rever os lances que con-
Era seguida, o médico Giuseppe
gatoriamente, na aparição de quem, sagraram este craque.
temporariamente, ocupava o minis- Taranto, do Flamengo, o prepara-
tério. dor físico Francalacci, ex-Flamengo Quanto à eficiência da
Seguem-se cenas de gols, dribles e o árbitro Arnaldo César Coelho, parte didática, que a de-
e comemorações de Zico, vestindo a lalam sobre os cuidados mínimos monstrem os aprendizes.
Maurício volta na do Botafogo >£<
ponta
"O rança, a torcida do Botafogo se reen- Embora com apenas dois pontos em
padrão de jogo do Botafogo tem Botafogo Volta Redonda
que ser um só, com qualquer advèrsá- contra após"Onove meses com o ponta três jogos, o Volta Redonda só conse-
rio. Mas contra o Volta Redonda, -a Maurício: Botafogo hoje é outro guirá uma vitória sobre o Botafogo, Ricardo Cruz Roberto Dônis
Josimar Manu
iniciativa'ponto
do jogo tem que ser nossa, clube. Estou surpreso com o que reen- segundo o técnico Wilson Leite, nos Wilson Gotardo Édaon Moita
contrei", explica Maurício.Embora nin- Mauro Galvfto Roberto Silva
porque perdido para os conside- do contra-ataques. Mesmo reconhecendo Renato Valtlnho
rados pequenos é irrecuperável",1 ad- guém tenha reclamado da escolha juiz Carlos Alberto Manicera
vertia ontem o técnico Valdir Espino- Wilson Carlos dos Santos, o técnico Vai- que o time não atuou bem nos três Luisinho Betinho
dir Espinoza admite que a questão das jogos, principalmente contra o Amèri- Paulinho Criciúma Vilas
za. Um dos principais incentivádorcs Maurício Botelho
do time hoje, embora ninguém adini- arbitragens o preocupa. Ele não quer, ca, quando perdeu cm casa por 2 a 0. a Mazolinha Donizete
contudo, entrar em detalhes, pois diz que comissão técnica do Volta Redonda está Jefferson Leo
ta, é o fato de que uma vitória coloca o Técnico: Técnico:
Botafogo em condições de disputar a muito prejudicado por falar de-
já foi "Estou do Estadual, Valdir Espinoza Wilson Leite
mais: cumprindo minha obriga- insatisfeita com a tabela
liderança do Estadual no clássico do
três jogos contra grandes — Local: SAo Januário: HorArio: 18h30m; Juix:
próximo domingo com o Vasco. çào em campo. Espero que a diretoria que marcou — Wilson Carlos dos Santos; Ingressos: NCZS
Hoje em São Januário, quando seu cumpra a sua fora dele", fulminou o Vasco. América e Botafogo em quatro 0.60; A TV Manchete transmite o jotfo ao vivo.
time tentará superar o Vasco na lide- treinador. rodadas.
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mnhi 17a rnnn o Knripri
iiiv/ uiiizju LV/WV/ \j jjuiivi irrigates:

£r ^uvo qucrh casar E muita co na carta) dc indicativos do genero

Banco abre mais cedo para pagar 430 mil servidores em uma semana gSncP«E. ^tmdavla^mLc^S'como
- ¦ d« na sc?a° Cartas do JOMAL DO -prezado amigo (a.)" e "candida-
0 Bancrj armou uma verdadeira sS|urados do Inampslcujo pagamcn-
„Durante toda||
; , . .
semana, o Bancrj BRASIL no sahado, dia -5 dc fe\e- tos (as.)". (a.)
vai estar trabalhando a todo vapor reiro, deve ter achado que elc consc- Procurado
opera?ao dc gucrra para pagar, ate to vem sendo feito desde o dia 1°. Em para esclarecer tama-
atendcr a tantos pagamcntos, aura mrantrar agpa cam-metadc. „|,a comcidcncia Otaviano ficou ncr-
sexta-feira, cm fiis 240 agendas no abril, a situagao ficara muito mais par|
"fioTqSeEdriS
Estado, 430 mil funcionarios^publicos complicada. com o acrcsci.no do pa- .Smuoass cu^s b6m vi»va- no BrasiL Serif daroendert^.
ledcrais c estaduais — um cxercito di Swm?cltlfdc"luz'
vao pagar suas ¦ gds" uma l.nda h.storiaj dc final hollywoo- Rfdrigufes de ^onffiro cxistc e mora
gamento dc cerca de 150 mil servido- ^ i'
servidores suficicntc para lotar mais res municipais, que cstc mes cstao de »* OGt^TÍuC£.n J)G ROrei=j/V>XU/*f telcfone c co^omimo, dianamcnte fcliz, nSo fosse toda cla „o Flamcngo", mas sc negou a coloca-
men e, \cnc 1 PL • 1 1 uma fic^ao^ Antonio de Rodrigucs lo cm contato com o jomal. Quanto
dc trcs cstadios dc futcbol do tania- fora por conta do alraso dos salarios 01 ?nC5nmt>»Ttis.
Oi pntsmruumas. J)t 4* .su*&cnomi
coo™*. . ju/ot\&sn
nho do Maracana. 0 banco cumpri- — - AoUcJT<»c.nQ J|«
^ TnLÕCS JC
,c Prcvcnir mau atend.mcnto, o banco Montc.ro nao cxistc, assim como nao ao fato dc o boletim e a carta tcrem
c dificuldadcs financciras' da orcfcitu- cxiste o scu cndcrc?o. Dc wrdadc.ro, sido cscntos na mesma maquina, rcs-
ra. pcla primeira vcz, a detcrmina?ao c.«Jc.oiiáiu. i'.rfl JÍAr/> Jtr. * i.i,i'
«««.nA. Ptxc\ti.\r(j vagagilizar o seu servig dc processag
a* LOnStltUljaO de >\r- pagar
mo-ir OSnc satanos
cil-irins . mnniii
mfllio del dados
urauauob, uuc estara
wwia funcio-
iuhwu a carta so tcm o endcrcQo da Agencia pondeufquc muitas vczes os clicntes
da . ilm mJu crtQVin\E.Kiro
dm iO7«:>l&0 »MimSiUo com em W*totJi/v//?5os que Murimnniil ep Ass.stenc.al
Matrimonial A«i<slwicinl (fAMA> nnmrinrinmnfcL.t.n,,,.,,,,
.MA), us|m;a agencia para tclefonar c escre-
mes nassado Dos 353 mil servidores estaduais, . das 7h, c reccbera
ate o aiddia iu.
10 Ait
Ate o uiw pa5»auu, uio, ...... ¦ Picmnwiibs rio
pr*3PMnr»Tbs. -Jn, ÍVjjjato
Scjojquq 'M O5/03os/os i.auuu a paiiu
nando partir u«o louvada pelo suposto remctcntc, c dc vcr. Nao soube cxplicar, no entanto,
pagamento era cfcjuado ao longo dos -64 mil temjeonta no Bancrj Hn io/ü3lâ3
ioloi'Ba, , n ^nnr.c. ¦ _ pmeuj
PME.&J. movimcntos parciais dc contas cor- onde saiu a carta apocrifa, publicada a1icmelhan<;a do estilo.
gorrentc
30 dias. c podem desafogar as agendas fazen- , mcjuicjpío,
MUUl^;/o ' C.oj>/)G rentes, em vcz dc um unico balango por um erro do jomal. A lista dc scmelhangas c enorme.
à /NPr, J>ÍV'
nn'MP-
Otaviano Paulo Waldrich, pro- Nos jomais Diario Caiarinen.se e O
A direcao do banco estima que do uso do eartao magnctico para sa- ri.E
r}£ otirfcijA.
tt]rtai no final do dia. O banco tambcm vai
torncccr Dfa foram pubheadas airtas no mes.
fara uma media dc
fará de 70.600 pagamen-
pagamcn-" verillcagao dc .saldo -
ql,cs e verificação
Hques
— o banco
banco alimentos para os funciona- pHctorio^da agencia adnutm que
_ , - • t da carta fez chover tele- mo estilo daquela escrita pelo senlior
tos por dia — - movimento record|recorde Aél pretende manter o sistema sistcma computa-
computa- G"ro^ rios das agcncias para que lIls nao publicacao
fonemas". E nri0 so isso: despertou portugucs, scmpre clogiando a agen-
cspcrado para quinta-leira, dia 9,
esperado V, dorizado funcionando a partir das 77 tenham que sc retirar do trabalho intcresse do jomal, que tcntou entrar cia e exaltando a felicidade por ela
com o pagamento de 110.900 servido- servido- > "Hoje estamos
da manha.
manhã. Oitenta e nove mil funcio- fundo- na hora do almotjo. As agencias e em contato com o fcliz recem-casado. propiciada. morando
res. Longas filas nas portas das agen- agen- nários
,^rjos do j0 Estado recebemrecebcm em dinhei-
cm dinhei- 4—:—: T-—: postos rcccbcrao dinheiro mais ccdo Em vao. Alegando sigilo, Otaviano debaixo do mesmo teto, um para o
¦eias-esí-ãtrprevtsiãs"Te o Bancrj já
dss-estatrprevisras ja sc
sc Agenda avisa
Agência clientes
it Visa Clientes nap forneceu o cndercgo. O que cons- outro, fel.zes da vid| que coisa im-
(porquc seu
ro (porque scu salário
sa^rio não n5o chega
chcca
® aa c 0 h;lbituai 0s bancarios do Ba-
preparou para abrir mais cedo ccdo nosnos < i n mii 0 ni:mino ncri LbKlia0 trabalhando desde as /n.
7h ta 110 envcloPe que ^cgou ao jomal pressionante. Pena que a h.stona
Nr,c 11111,11110
NCzS 110 mil, o mímino exigido exi„ido
LXItlUo para n J estars0 iTaoaindnao
J,ic mais
mole congestionados.
nnn<Mtin.viHnl , PJrd (Ru;) Carlos d| Fonseca 60i Madfi- scja forjada e a carta, falsa. lstosim,c
locals
locais cpngesiionauos. a abertura de, uma conta corrente)correntc) ec carios e soldados da PM — sao os da
, ,
Uma opera?ao dc gucrra que vai en- rcira) n3o existc Tanta dificuldSgc impressionante.
Serao pagos a partir dc segunda-
Serão segunda- não tcm outra alternativa
nao têm altcrnativa a não nao ser
scr Praga Saens Pena, Meier, PenKa, volver 3 mil 889 funcionarios das lcvantou suspcitas sobre a autcntici-
feira 353 mil servidores do Estado, Estado, comparecer aos postos dc atcndiincn- atendimen- Marrecas, Mcnczcs Cortes, C'axias, agencias e postos, 200 da dire?ao cen- dade da carta. A comparaijaq entre MgmapgMMgMH
40.300 da Marinha c Aeronáutica,
Aeronautica, to. Os postos mais congestionados —- —- Figuciredo Magalhaes e Fcliciano tral, 850 do servido dc proccssamcnlo t_ipo da maquina dc cscrevcr cm que WS&BpP''.
rcparti?oes, além
25.500 dc outras repartições, dc
alefii dc ec que receberam mais reforço rcforgo de ban-ban- Sodre, cm Niteroi. de dados e 500 policiais militarcs. um bolelim distnbuido pe- ClgiH
f01 ^a''d® e os caracteres da carta
la /\^.M.A.

~~ o pcrito Antonio Nunes da .

-g as mm. Silva. ha 25 anos no Scrvigo de Peri- '
jj| '^1
ra H V* cia de Documentos do Instituto Car- mM&M' 2l>*\ '
1 I^OIQIIIM
w mO
""^O Jr rtlM 3/3j3fll.3L los tboli' ^'"-mou: "Sem fazer um " Wm
| laudo tccnico e assinar embaixo, eu ' T*
diria que ha 95% de chance de tcrem
| Os
us seus programas da
oe semana
semana. sido escritos pcla mesma pessoa."
Sj mi ¦ Dcscobriu-se tambcm que a carta c /
I b TXj boletim foram batidos numa maqui- / M ¦' . /
91 mm JJ na Hermes Baby. jHHr /
H !t Ate ai tudo poderia ser considera- Wjjg? ¦i
£ flw
uma co'n>c'c'1"1c'?'mas oll.lros ^a" |r
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OtilVUino Waldrich
mentos apresentam caracteristicas Otaviano

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2 o Cidade o sflbado, 4/3/89
sábado, 4/3/89 a JORNAL DO BRASIL

Passeio Público
Publico.

PERFIL/TIAO macalé
PERFIL/tiAo MACALfe
Nojento, tcham!
(< i< VT ojento, tchamr A expressão
ojcnt0, tcham!" cxprcssao
il c das mais ouvidas e repelidas
nos últimos meses, desue que Augusto
Temistocles da Silva Costa, o Tiào Ma-
caléi 62 anos, invadiu a tellnha para, ao
lado da nojenta Marina Miranda,
lado"*^ryte«/«*Marina' 58
Miranda,"T^-
anos, anunciar os produtos cm oferta
dos supermercados Disco. As crianças
passaram a persegui-lo em busca de au-
persegui-io cm au-
lografos ou
tógrafos dc um simples sorriso des-
on de dcs-
dcnti'ido. O comercial foi bolado pelos
dentado. pelos'
Marcos Abraão
Abraao (lã
(la da du-
du-
puhlicitarios
publicitários
pla desde criança),
pia Richulino,
crianpa), Murilo Richutino,
Fátima Simonetti e Pablo Planas, da
Agência Pass.
Tião Macalé ou Nojento é baiano de
Salvador. Aos 11 anos era crooncr do
conjunto Jazzy Jolinny. Aos 16, veio pa-
ra o Rio e nunca mais voltou á Bahia.
Nos palcos cariocas estreou cm 1954, cm
A garçoimière tio meu marido, de Silveira
Sampaio. Nunca trabalhou em novelas c
não sabe explicar porque ainda não o
convidaram para interpretar um galã:
"Será
^ue è por causa de meus dentes?"
— brinca. O sorriso de banguela c sua
marca registrada e por isso rejeita denta-
dura: "Com dentes não arranjo empre-
go."
Tião Macalé trabalhou em 25 filmes,
diversos programas humorísticos c vá-
rios comerciais de TV, sempre exploran-
do esse sorriso. Sua maior paixão, po-
-rèm, é o futebol de prãijf*Ná gjreia, jáL
descobriu muitos craques, que depois se
profissionalizaram. E técnico, há 23
anos, do Dinamo, de Copacabana, um
dos mais famosos times de praia.
Desde que começou a parceria com
Marina Miranda, no Balança mas não cai
o
da Rede Globo, público sempre quis
saber se os dois são casados: "Somos
grandes amigos", diz Macalé. As sátiras
do Casal Nojento com os comerciais dos
concorrentes do supermercado e com fi-
guras famosas como Xuxa e Sílvio San-
tos deram muitos pontos ao Disco e à
veterana dupla de atores. O sucesso de
Tião Macalé é festejado por sua empre-
sária Maria Nilza: "Ele merece." (Sérgio
Pugliesc)
Pugliese) Macale
Tião Macalé rejeita dcntadura:"Com
Olho da rua
Poluição do ar medida pela Pccma esta
- semana: em Copacabana, 53 microgra-
O sucesso e
é banguela mas m; cm Vila Isabel, 90 microgramas m;
Ju£m\ \ Josó
Jos6 Roberto Sorra
Sorra GmT*""'* e cm Donsuccsso, 120 microgramas m. O
B índice considerado bom é até HO microgra-
;i;,
^ mas. ml
Noca da Portela e mais 20 sambistas
Cláudio Paiva farão um show na feira Internacional de
criadores de cavalo, que acontece na primei-
""TL/R.I'STA / ra quinzena de abril em Essen, na região de
O
Westfalia, na Alemanha. Lá estarão fe-
chando altos negócios cerca de 300 criado-
/«' . ..a res de todo o mundo.
mr§ %&. egl W< R Duas amcndociras foram cortadas da
*$i£l -' X: '-J *fl \\ Rua Itabaiana. no Grajaú, porque-os mo-
..ay VI radores do prédio 279 alegavam que à
fg| ¦ noite a árvore ficava cheia dc morcegos e
tapava a visão das pessoas que queriam
controlar seus carros estacionados na
rua.
N Ontem não houve aula na Escola Nossa
AGKANA... Senhora da Misericórdia, em Botafogo. As
fb£?AVOR mães suspeitam de casos de hepatite e tifo.
O Conselho Estadual dos Direitos da
Mulher-RJ está de casa nova. E na Aveni-
da Nilo Pcçanha, II sala 1204, no Cen-
tro.
El O caminhão placa FE 7326 trafegava
ontem, às 12h, pelo Aterro do Flamengo,
derramando terra no asfalto. A caçamba
não tinha qualquer proteção.
Os diretórios do PDT da Região dos
Lagos estarão discutindo a candidatura de
Leonel Brizola à presidência da República,
hoje, às lOh, no diretório do partido em
Maricá.
E3 leda Martins, medalha de prata do
Campeonato Pan-Americano dc Ciclismo,
estará participando da 7" Copa Itaú de
Ciclismo, que acontece hoje, no Aterro do
Flamengo.
Kl O Café Jorge, na Rua Io de Março.
Centro da cidade, cobrava na semana pas-
sada NCzS 0,60 pelo coco. Esta semana ele
j
passou a custar NCzS 0.80.
IB A Rua Grajaú, no trecho depois da Rua'
Gurupi, está há 20 dias sem luz. A Light já
foi avisada e ainda não tomou providên-
cias.
li A Praça Paris, na Avenida Beira-Mar,
cartão postal do Rio, virou estacionamen-
to de ônibus.
B A Fecma informa: a praia do Leblon
está imprópria para o banho de mar. As
liberadas são: Ipanema, Copacabana e Le-
dentadura:"Com dcntcs,
nao arranjo emprego
dentes, não cmprcgo" me.

Quadrinhos Horóscopo

GARFIELD JIMJIMDAVIS DAVIS AS COBRAS VERÍSSIMO

VERISSIMO ÁRIES
21 de março a 20 de abril
3 si/iH'I A A I J //\ , OBRIGADO
obrigado PORfor ARRUI-)
arruP) A$ Mus queteiras • JET
Aí 33Mostjuefeiras TT"\ o Satisfação. Deixando-se dominar por um
£ lUf)lA f\HNAR NAR N\EL)
MEL) BRINQUEDO,
BR1NQUEDO, <
< —7- Q/U£ VCMHAfA
(( QU£ VCMHAlA \ T KrtsefrrrxzrTcttx-, quadro onde esta é a tônica, você há de
Z /r\\ > V"' SR. DEDOES RELUZEUTES
/'J ( w) SR^EDÕES RELUZEUTEs) JtWS, taon20orAí2
0Jn?gMrAt2. * (2CÇa2fÇ2^7FO{2t7
£C£82r alcançar pontos significativos para a
09 U/-AAtTkl<il ) -7 gumwoun
TCKm 0$ (4oK^ •çpO MUÜtO1. ( WCÇO sua rotina, ainda que hoje seja sábado.
y Posicione-se com calma diante dos
? acontecimentos.
TOURO
21 de abril a 20 de maio
Um quadro bastante positivo molda o
seu momento astrológico. Por isso,
exercite sua capacidade criadora e se
dê um pouco mais à vida em família, ao'
CHICLE TE COM BANAJJA O CONDOMÍNIO
ANGELI OCONDOMINIO
ANGELI LAERTE descanso e ao lazer, sem bloqueios e
"1 LAERTE desculpas.
*s^v f ÇÜE MRA \ fe?) N^MCÇ) GÊMEOS
plfiSj 1 E EZSA.GfííO?) ][ ^ SAIR. /.64STÍJ
L^JU.13 Jw/ 'isrmx > I \ 'o Ttiífófie
/^THJFoMrX <.
^..uto.-MEDiat \\ A /..teu/\ ^f •%( Hcüe? TUDO EM 1
Hcyt?/ (iSP^ 21 de maio a 20 de junho
BKMAiSW- ClA5aA MUWCR, GUE COMPRARflín
COMPRARflm K Á i\ MMjriA Mülia ) VF^URIfMy BALA E Usando da sua capacidade para ver vá-
^ríiMHâUA MÜUtER
m.vuwTN/S^^N [II (WSOJiMUWER, OJE ' // | (r^AV) (f-WlTa- FIGURIMW /
eSURKOVSHOÍ jrrfMOfweo ) T*UWS! JVT
li*uws! /^W6QU6 \
(verttHBsry jte Bgmogy -nw
fíx.ímpwi nw Hl&TtíRW en If
Hi&Tttew EM eraiwú?. V_
\6^p' V . \RQuRWy rios ângulos de uma mesma questão, os
âBBROCWWUI OUAERilJHO.' imh fatos irão traduzir hoje um quadro de
vantagem que há de se alongar pelo
wfl final de semana. A fase è de realizações
significativas.
CÂNCER
§ 21 de junho a 21 de julho
Este é um momento que faz por onde
concentrar influências sobre algumas de
PEANIll's CHARLES M.SCHULZ
M. SCHULZ suas mais características normas de
MAGO
MAOODEEDDEEP PARKER PARKER E HART
HART comportamento. Isso significa apego ao
~sf
—s~00c.ric.r\ oc CEM
rtn/i DÓLARES
r,X, ,vDC:Z\ "MtLHARES "MILHARES de PESSORS I "O DIA
PE pessoas D1A ESTA UNDO HOdE,
E9TA' LlMDO HOdE, I "EIWBORA
"EtNABoRAOO FILME ESTEdA
ESTEdft passado, ações de romantismo e uma
PRÊCI&O Vt ¦ : COMPRAREI UM\ DESFILARAM ALESREMEN-
AUESREMEN- MAS OS ECONOMISTAS
ECOMO|V\ISTA3 ErlCHEMTO AS SALAS
ElMCHEMTO SALA& DE OE
I PARAA ABRIR
AQDio UMA L / COMOCOtAO \\ Cr/CO(V\PRAREI
/ PE&FILARAM CtNEMA
CtNE(V\A DO PAÍS
PAfS IMTEIRO.
IMTEIRO, profunda sensibilidade.
'PENSA EM
h foeMC.A cm\ ¦i ~-7PE
m PE -17
-17E-CABRA
E- CABRA, UMA 1 TE PELAS RUAS MAS OS
te OS TEtvvEM O9LIE
TEMEM LIE ISTO
1STO PROVO-
PROV/O- LEÃO
,11 UOALHER1A
UOALHER1A rr~^\
/ PlrARFTA ^P UM
PI&ARBTA mm rnA
COR- ECONOMISTAS PREVÊEfA
ECONOMtSTAS PREVEEM 5?L>& UMA ALTA NOS PRE
QUE PRE-,, OS ECONOIV\>STAS
ECONOIVUSTAS ItMSIS-
ItMSlS-
'/wTTnS-^l'P I ABRIR UMA ! \r^¥oivtOnn\
A&RIR UMA QUE G?UE 09
OS CINTOS
CIJSTOS COM AA COS DOS dCULQS
CfCULDS ESCUROS.
ESCUROS.. Tfet^ EM QUE" \JAl
TÊM. DAR
VAIDAR 22 de julho a 22 de agosto
;<TT VTAPOR PE VIDRO... LIMPEZA VAO SER ALTOS" ; r-^PREcJUtZO i—ndrt Buscando posição diante das pessoas
cJOALHERIA vV 77~1
COM C&M , vi U ISH que privam de sua convivência, você há'
de se destacar hoje diante de outras
|^-PR£cJU1^0 pessoas. Isso irá trazer-lhe uma sensa-
L'^P~x ção de realização forte, mesmo sem que
se alcancem seus objetivos.
VIRGEM
^ 23 de agosto a 22 de setembro
ED MORT
EDMORT F. VERÍSSIMO E MIGUEL PAIVA
L.L.F.VERlSSIMOE PAIVA CEBOLINHA MAURÍCIO DE SOUZA Bom condicionamento para um sábado-
MAURlCIODESOUZA que poderá lhe dar bons momentos jun-_
NO 'SHAMTIH"? E SANSCRITO. AÇUILBS, to às pessoas de maior intimidade. Pre-
ESPELUNCAS. cisão de conceitos e uma avaliação bem'
BARMAH dosada dos atos de outras pessoas será'
SABIA muito importante.
TUDO.
LIBRA
23 de setembro a 22 de outubro
Busca do luxo e do exibicionismo. Co{n,
essas tendências, você deve procurar,
mudar um pouco o seu comportamento
GE TAMBÉM SOUBESSE neste final de semana, especialmente
PREPARAR BEBIDAS, SERIA
PRPPAR^^MtDA&fsERia
3 8 scaJ junto às pessoas mais próximas. Assim
iSmIi ^ 1 Jisk /-'InO BARMAN PERFEITO.
PERFEITO.
g| tudo irá compensá-lo.
KID FAROFA
KI^FAROFA _ TOM K.K.RYAN
RYAN BELINDA ESCORPIÃO
DEANYOUNG STAN DRAKE
DEAN YOUNG E STANDRAKE 23 de outubro a 21 de novembro
\lpCb- &ERA MINHA,
VOCÊ- SERA MINHA/QUERIPA
QUERIP/ip? MA^ TODO MUNDO
MUNDO' ' CUSTA TAMTO
MAS CUSta taT^o] rAA3
IAA& QLIEM
QL1EM. lJ| \ V11'(TEM
V'^TEM (?UÜ>
(?UE> Periodo em que o escorpiano poderá
/POR
(POQ. EX£MPLO^\
BXÉMPU57\ ~1 IK É
^ MUITO
MUlTO [ UM CAR-> QUER
QUERllF\^..^PAOAR •
' NAO,LA- r AJE' 06 MAIORES BONITO QUANTO GRANDE T &CONOMI agir em defesa de seus interesses, sem
\ ) GÊNIOS, TEM V NERO. ) RO i zRR HOilE POR ISSO riscos de ferir ou magoar os que lhe são
S^RTO LAiVJ- \ DEFEITOS
PK1TOS CERTO
-í ÍCr \EM DIA W~Pn±T —<4
BAÒ...VOOE
BAd..voc,E h==?L^w>
ggg !
1 j —\\7^r fka®-, -L-'' ^ mais íntimos. Mostre sua capacidade
TÊM ML)lTa5/í®(#i criadora, com franqueza e abertamente.
VPEFEITQ5. CVj_JS3 MfóMO? Satisfação.
SAGITÁRIO
22 de novembro a 21 de dezembro
Ações que revelam uma forte tendência
à rebeldia, diante de exigências do coti-
diano. Isso lhe será muito importante e
significativo, especialmente se você se
decidir por mudar pontos de seu com-
portamento. .
CAPRICÓRNIO
Cruzadas Carlos Carlos da Silva 22 do dezembro a 20 de janeiro
Excessivo rigor no julgamento de seus,
atos e nos de pessoas mais próximas.
n HORIZONTAIS — 1 — máquina mdquina semelhante
somolhanto usada para capsular carnoso. e de cujos rizomas so extrai
para capsular fécula
oxtrai I6cula relevantos na vida da região rogiflo onde foi composta (pl (pi ); 2 — Podem, em razão disso, surgir resistên-,,
1 5 3 15
[6 r~~cortar
p cortar papelão,
papelfio. couro, metal. etc.. por moio de molde
metal, etc., moldo do comestível; 16 — semideus lúbrico
do comostlvel; lubrico habitanto das florestas, tlorestas. ee rudimentos do uma arte; 3 — designação designapflo comum aos solos cias a quaisquer das suas iniciativas e
bordas afiadas que recebe recebo o choque e recorta o material na na Puo- pagiSos. tinha chifres curtos e pós
quo. segundo os pagàos. p6s e pernas
pernas vermelhos das zonas úmidas
— aparelho quentos; 4 — muito
umidas o quentes; cheios; 5
5 WM forma requerida;
roquerida; antiga prensa pronsa do moedeiro. que atuava por por dedesejabode; sdtiro; 17 — diz-se
sátiro; diz-so dos que encerram
oncorram contradições,
contradi<?6es. aparolho para tirar água dgua dos poços;popos; 6 — diz-se diz-so das você deve saber interpretà-las para evi-
meio do choque,
choquo, sobro o metal, do cunho e do contracunho. contracunho, seja na ordom do pensamento, seja na ordem da ação;
apdo; plantas cujo pistilo está
estel em flores diferentos
diforentos das quo contém
contdm tar mal maior.
HB li^_ 11 mediante rápidordpido encontro entre ontre a mesa fixa e a poça popa quo
quo diz-se quo. seja por privação,
diz-se do que. oposipSo. escapa
privatpSo, seja por —oposição, escapa os estames; 7 — espécieespdcio de do cesto usado por diversas tribos AQUÁRIO
descta movida por volante ou por*pat barra horizontal com
descia
**toras--iras-6*n-o\nttiadbsr5-^
detormina(?So lógica
dualquer determinação
com aafina.qualquer I6gica (pl.);
(pi.); 18 película pellcula muitomuito indígenas
indlgenas (pl (pi ); 11 — pequeno manto ou véu v6u que era usado
" ô•i>íurdS"*l^as"\jxtVt}UltClddbí»;*5"',-1-3- aa-paittt
to superior.
superiof et- corca.- « Jjna.
ots»co?ca- praticamento sem resistência,
praticamente rosistdncia. que ásas vezes se forma forma
eo ée
peias mulheros romanas (pl
pelas (pi ); mantilhas; —14 — medicamen- 21 de janeiro a 19 de fevereiro
13 do capitei
capitel da coluna,
coluna. cujacuia função
1uncao 6 transmitir
Iransmit.r as cargas
caroas do na"supeHicie*de~úm" concreto
supartl£ie"dB"um"concreto
do nareconhecível pelo aspecto brilhante; apôs
kpds o sèu
seii lançamento
lahijanlonio to ou curativo
cuiahvo posto
poslo sobre
sob re ferimento;
ferlmenlo; 16 experiência
exper.ftnc.a que Um posicionamento que não lhe será
entablamento. da cobertura cobortura ou dos pavimentos
pav,memos superiores
supenores reconheclvel bnlhante; 20 —- encargo ou obn- obrl- o indivíduo
Indlvlduo possua do sis. mesma; traquinada, 22 —
mosma; 19 —- traquinada; - muito benéfico irá alterar seus planos,
para a coluna,
coluna. protegendo assim ass.m o capitei,
capitel que óe geralmen-
geralmen- oaca° pe5ada' de
gaçâo pesada, do cumprimento
cun,P"menl° difícildl,lcl1 ou dosagradável;
dosagrad4vsl; árvore
arvore sagrada (entre os canarins) cu,os ramos mergulham
canarlns) cuios morgulham embora sem maiores conseqüências
Irftgil; 9 —- ser alheio
tele delicado e frágil; nlhe.o ao número
numero oe sem imposto gravoso. 21 —- instrumento
sem imposlo mstrumenlo de do forma
lorma helicoidal
hehcoidal com com por si oe rebrotam em volta do tronco; tronco: 24 — concentração
concentracAo de
multiplicidade
multiplicidade interna,
inlerna. fonte
fonle do múltiplo
multiple e do diverso;
diverse serser ^uoque se fazem
lazem furos
,uros de
d° sondagem
sonda9«"i nos
«o» solos;
—
-
verruma gran-
gran- toda a ess6nc,a un.versal; 27 —- terminação
essência universal; terminate do futuro luturo do quanto ao amanhã Você e beneficiado
real _ e ..j.,
concreto,
concrete, auto-suficiente
auto-suliclenle em sua finalidade
linalldade interna
interna deH de. usada por carp.ntelros e tanoeiros; 23 designação
P°r carpinteiros designate subjuntivo
sub,um,vo dos verbos fortes tortes por um forte e muito favorável condido-
H" ¦ em suas '
determinações * singulares e em sua 5U.H dada
riqueza
"qU0Za intrin- dada em Moçambique
mlrin' elememo Mocambiaue ^à Nlcotlana
Nicotians Tabscum
Tabacum Lin Lin; ; 25 — — _ namento em favor do amor.
seca;
seca. —
l?r»Tn10 estado ? r9 caracterizado
Zh patológico ,e
caractenzado elemento de composição
compos, cAo grego que significa
signit.ca ouvido
ouvWo 26 —- SOLUÇÕES
SOLUTES DO NÚMERO NUMERO ANTERIOR
¦RD patolfigico por um sonosono .
qu0', entre .
9,efl0,S' se50 cantava,
0n"e os°S gregos, Can,ava' ao contrário ,.A
c0n ,A .10 da da HORIZONTAIS —- dor-de-corno; PEIXES
L_ _ __]¦ prolundo e continuo
profundo contlnuo no qual as funções tuncdes da vida estãoestSo dode tal
tal T™poema que. on,Oman,as; neologismc;
dor-de-corno. oniomjnias. neologismc.
hS Jr~ 24 modo atenuadas que susponsas. estado dedo inten-
oue parecem suspensas, inten- 0elegia;
°9'0' atualmente, Poomi» lírico
",Ljall"on'e poema h"c0 composto de
—
"
estrotes de
do estrofes do ar.
ar ota.
ota oo. ba,ra„ ra;
00; bairari. atatu|hada. ti;t,. autor,
ri; paz. atafulhada.
ra:pa-. caico. mo;
autor. caico; mo. 20 de fevereiro a 20 de março
Hg sibilidade característico
caracterlstico do transe med.un.co; 12 —- reguei-
tianse mediünico; versos
reoue,- WrSOS com modida igual;
m°d,da.,gual; 23
28 instrumento de música
de.mUSJCa alma9'c> no
almagro; Momentos de satisfação e de bom en-
I? Bi; ra.ra. canal.
canal, rego. vala vaia por ende se derivam e levam as águas
per onde hindu, sem
Afluas ^'ndu„ °""c'°rts laterais,
som orifícios laterals, que
quo serve para pa:a a dança d'n?" das d" VERTICAIS —- dona-branca;
VBRTICAIS donab-anca; onera. one.a, rio. dolorll,ca. emoía.
no. dolorifica. emota.
Wm dos rios para
pa-a as terras que
quo devem regar ou para
pa-a o serviço bailadeiras. 29 — designação
servipo "ailadeiras. designacSo comum aos dispositivos disposltivos por
por cagaroia oni; riso;
cagarola; nso: namorado, oso; iratim. azarão,
oso. iratim, azarjo. pato:
pato; tendimento serão vividos pelo pisciano
H de rodas dágua,
d^gua, turbinas meio dos auais
quais se pressentem alvos inimigos,
inimtaos. 30 — aparôn-
aparon- humn al,at.at og
humo:
numo. nn que conseguir superar sua timidez e sua
29 ' — turbtnas ou outros engenhos; acôquia. ac^quia. 13 13 ciacia, caráter
carAt r
1 9HI mesquita de Jerusalém,
Jerusalem, lugar célebre
c6lebre de peregrinação
peregnnacSo introversão e externar, corretamente, o
i — mu?uirr>anos 15 — planta
para os muçu'rrmnos D'anta ornamental cultivada,
cultivada. da VERTICAIS 1 — tipo
da VERTICAIS ttpo de poesia popular. |á|A em desuso. desuso, Correspondência para: Rua das Palmeiras,
Corr«»pond6ncla Palmelraa, 57 ap. 44 — que sentem e o que desejam das pes-
^^—J tamiha
lamiha das canáceas
canAceas de flores vermeiho-vioiaceas
vermeiho-vtotaceas e fruto cantada ao som do coco e que se refere a acontecimentos
f»uto cantada acontecimentos Botafogo — CEP 22.270 soas Realismo
MAX KLIM
JORNAL DO BRASIL sábado, 4/3/89 o Cidade o 3
Fornondn Moyrlnk
Fernanda Mayrlnk
'fantasma'
O e seu
promotor
ela recebeu o salário líquido de NC/S pregou também seu irmão, o cx-depu-
Marido acompanha 515,76 pelo trabalho de assessora técnica lado estadual Heitor Furtado, e mais
parlamentar. três pessoas.
inquérito, mulher Formada cm pedagogia, Maria Lú- Os funcionários do Departamento de
não vai à Câmara cia, 47 anos, tem a matrícula número Pessoal suspeitam que em março de
10/804.360-6 de funcionária efetiva e na 1987 houve mais contratações do que a
--¦¦-A- ízcnckr
rcira Gliochc — designado para acom- trabalha quatro "Não horas por dia, na parte levantamento das matrículas de todos
panhar o inquérito policial sobre con- da tarde. estou com vontade de esses servidores e descobriram casos cu-
tratações ilegais na Câmara Municipal e responder", disse a mulher do promotor riosos, como de funcionários que têm o
fazer a denúncia das irregularidades
irrcgularidadcs^ara ao ser procurada para falar sobre seu mesmo número
numerate ins^^^ de outros
de matricula
para {^bM^
abertura de processo — é funcionária da trabalho na Câmara. Informou i^wmo' apenas
que deixaram a Casa há vários anos. O
Casa desde março de I987. Maria Lúcia que já tinha sido rclotada no gabinete do servidor Jorge Antônio Barbosa, por
vereador Américo Camargo (PL). Os exemplo, foi requisitado á Prefeitura de
Mothc Gliochc foi contratada pelo ve- funcionários de Américo disseram que
reador Fleming Furtado (PFL) através ,| J- ,A-!- me as Arraial do Cabo (Região dos Lagos) pa-
da Lei 888, que permitiu a contratação transferências de servidores estão sus- ra trabalhar no Departemento de Pessoal
sem concurso de 186 novos servidores — desde que a presidente da Câmara c recebeu o número da funcionária Nai-
cinco para cada vereador e o restante pensas da Martini Barros (800.370-9), que tra-
Municipal, vereadora Regina Gordilho
para setores de administração. Antigos (PDT), interditou o Departamento de balhou como estenógrafa entre 1977 e
funcionários da Câmara dizem que a lei Pessoal ao descobrir que lá eram feitas 1983.
deu partida a um dos maiores trms-da-a- falsificações de documentos. O médico e ex-deputado Jocl Vivas,
legria que já viram. A Lei 888 deu a muitos vereadores a requisitado á Prefeitura de Nova Igua-
Como Fleming Furtado não foi rcc- base legal para contratarem parentes, çu (Baixada Fluminense), através de ofi-
leito, seus funcionários tiveram que ser amigos e cabos eleitorais. Foi através cio falso, para o gabinete do verca-
lotados no núcleo de trânsito, onde ficam dela, por exemplo, que o vereador Pau- dor Paulo César de Almeida, recebeu a
sem trabalhar até encontrarem outro ga- lo César de Almeida (PFL) contratou matrícula de uma funcionária que fi-
Mes: assim, têm que assinar a
binete. Mesmo seus filhos menores, Paulinho, Vales- cou apenas alguns meses 110 cargo de
por todos os dias. Mas Maria
folha de ponto ka e Lianc. Emir Amed (PDT) aprovei- datilografa, entre 1977 c 1978. Os fun-
Lúcia ainda não assinou este mês. Na
Lucia ainda tou para contratar a mulher, Maria cionários do Departamento de Pessoal
folha de pagamento
pa de janeiro, emitida Laura Silva Amed, e os filhos Fabíola já começaram a fazer "matrícula
uma lista de todos
pelo Proderj
Proder (Processamento de Dados Alessandra c Fábio Marccllus. Além os funcionários com de mor-
italiana em teste dcixou
maquina italfana
A máquina scm sujeira visível
arcia lisa, branca e sem
deixou a Praia de Botafogo com areia visivel do Estado dod Rio de Janeiro), consta que de Maria Lúcia, Fleming Furtado cm- to", como classificam esses casos.

Tribunal de Contas emprega 3 vereadores

Trator limpa
Nova máquina
oxigena grãos
e mata fungos
A Comlurb começou ontem a lim-
par a Praia de Botafogo com a máquina
italiana que retira da areia detritos finos
que não podem ser recolhidos manual-
mente. Um equipamento semelhante a
arado, que está sendo testado pela cm-
presa, revira a areia, retirando os detri-
tos maiores e fazendo o ar penetrar
çntre os grãos, o que extermina fungos c
bactérias não resistentes à luz e ao oxi-
gênio. Hoje a máquina, parecida com
um trator, vai limpar a areia de Ipane-
ma, especialmente nos pontos mais fre-
Placa vermelha
As praias cariocas poderão ganhar
placas vermelhas indicando perigo de
infestação de vermes, semelhantes às
que desaconselham o banho de mar. A
idéia será discutida quinta-feira cm reu-
nião convocada pelo secretário estadual
de Meio Ambiente, Carlos Henrique de
Abreu Mendes, que no entanto conside-
rou "precipitada" a atitude da Prcfeitu-
ra de divulgar pesquisa da Comlurb que
constatou contaminação das areias de
Copacabana e Ipanema por nove tipos
de parasitas. Afirmou que dificilmente
se encontram vermes na areia molhada,
a seu ver indicada para as crianças brin-
carern, e que não há possibilidade de se
esquitossomose na areia ou no
pegar "Isso
mar: é de uma gravidade enor-
me."
areia
e, com maior mostra
qüentados portanto,
quantidade de lixo.
O processo não mata os vermes de-
tectados cm recente pesquisa, que preci-
e umidade
sam justamente de calor para nação, a não ser na areia do canal, a
se desenvolverem. Por isso a Comlurb^ -menos de 200 metros da barraca. Ape-
está testando outra máquina para espa'-" sar disso, sente-se seguro e diz
lhar desinfetante enquanto a areia é
revirada. Apesar da limitação, a nova
técnica foi apreciada pelos banhistas,
admirados com a areia lisa e branca,
livre de sujeira visível.
Alguns vendedores ambulantes e
barraqueiros resolveram não esperar a
Comlurb. Celso de Oliveira, conhecido
como Carioquinha ou Talismã pelos fre-
qiientadores de Ipanema, onde trabalha
há três anos perto do Jardim de Alá,
vai indicar contaminação
Abreu Mendes chamou para a reu-
nião os secretários de Saúde do estado,
José Noronha, e do município, Fran-
cisco Bruno Aloe, o secretário munici-
pai de Obras, Luís Paulo Correia da
Rocha, c representantes da Feema. Prc-
tende avaliar se é possível a delimitação
dos trechos de praia contaminados por
parasitas, com base na pesquisa da
Comlurb, realizada em janeiro, uma
outra da Feema, de 1987, c novas
amostragens. Segundo ele, é possível,
por exemplo, que não haja parasitas ao
lado de alguns canais de águas pluviais
e a população deve ser "melhor orienta-'
da".
"O
que me preocupou muito ao ler a
da
praia
orgulhosamente a areia limpa
ao redor e o saco de lixo em sua barra-
ca: "Aqui não há contaminação, podem
vir à praia sossegados." Para ele, sem
sujeira visível não pode haver contami-
que nun-
ca ficou doente.
A Comlurb já colocou a intervalos,
na Praia de Ipanema, grandes sacos
plásticos que, depois de cheios, são re-
colhidos pelas garis. E alguns banhistas
estão levando há algum tempo os seus
próprios plásticos para o lixo que pro-
duzem. Mas, com a grande quantidade
de detritos, essas são ainda tímidas ten-
tativas para limpar as praias mais fa-
mosas do Brasil.
reportagem do JORNAL DO BRASIL
(com os resultados da pesquisa da
Comlurb) foi não 50 a diversidade de
microorganismos encontrados, mas
também a possibilidade de haver xis-
tossomo", disse o secretário, afastan-
do o risco de contaminação por esse
verme, detectado nas areias do Leme.
Afirmou que dias antes de sair a repor-
tagem tomou conhecimento da pes-
quisa, cm conversa com o secretário
municipal de Obras, Luís Paulo Cor-
reia da Rocha, e que imediatamente
pediu ampla investigação da Feema.
"A Prefeitura se
preocupou mais em
divulgar do que em enfrentar a situa-
ção junto com o estado", acusou.
Há pouco mais de um ano, o Tribu-
nal de Contas do Município (TCM)
quase se transformou cm um segundo
plenário da Câmara Municipal, embora
nunca tenha tido quorum. Reeleitos, os
vereadores Túlio Simões (PFL), Paulo
César de Almeida (PFL) e Paulo Emílio
Oliveira (PDT) também são técnicos
não concursados do tribunal. Sua fun-
ção é o controle externo, ou seja, o
exame de contas cm repartições públi-
cas, mas nunca a exerceram. Mesmo
porque seus mandatos não lhes permi-
tem constitucionalmcntc ter cargos pú-
blicos paralelos c adquiridos sem con-
curso.
Até as últimas eleições municipais, o
plenário do TCM era constituído por
oito vereadores, incluindo o ex-presi-
dente da Mesa Diretora, Roberto Ri-
beiro (PDT). O restante da bancada era
composto por Jorge Ligeiro (PDT),
Moacir Bastos (PFL), Américo Camar-
go (PL, reeleito), Sidnei Domingues
(PFL), além de Túlio Simões. Paulo
César de Almeida e Paulo Emílio Oli-
veira. Com a ação popular impetrada
em Io de setembro de 88 pelo promotor
Ekel de Souza na 3a Vara de Fazenda
Pública e a má repercussão da dcsco-
berta, Roberto Ribeiro e Américo Ca-
margo pediram demissão dos cargos
que nunca exerceram.
O promotor destacou o caso do ve-
reador Túlio Simões, também com ma-
tricula de oficial administrativo no
INPS, obtida igualmente sem concurso,
e ironizou: "Na verdade, ele teria que
trabalhar cm três lugares diferentes. É
um tríplice fantasma?" Ekel de Souza
lembrou ainda que o vereador Paulo
Emílio Oliveira é funcionário do IB-
GE.
Fora os vereadores, pelo menos 200
pessoas têm matrículas irregulares no
TCM, obtidas sem concurso público e
sem nomeação no Diário Oficial, sc-
gundo a denúncia. Figuram na lista
filhos de juizes, parentes de desembar-
gadores e de conselheiros do tribunal.
Um deles é filho de um ex-presidente do
Tribunal de Justiça e tem o mesmo
nome do pai — Wellington Moreira
Pimentel. "Este tribunal é um feudo
familiar", diz Ekel de Souza.
O promotor explica que tudo come-
çou quando a Câmara Municipal apro-
vou a Lei 1.017, estabelecendo no artigo
16 que todo funcionário requisitado pc-
lo TCM a prefeituras, fundações e ou-
tros órgãos públicos pode optar pela
contratação definitiva. "O mais impres-
sionante é que em poucos meses o TCM
passou de 160 para cerca de 400 funclo-
nários", diz Ekel de Souza. A faixa
salarial, segundo cie, é em torno de
NCzS 500. "Muita gente pode conside-
rar o salário baixo, mas de qualquer
forma eles estão ganhando sem traba-
lhar e o município está tendo que raspar
os cofres para não falir."
Esta semana, o promotor vai pedir â
Câmara a cassação dos três vereadores-
ainda empregados no TCM. A Procu-
radoria Geral da Justiça ele já pediu
que examine a constitucionalidade da
Lei 1.017, que considera fraudulenta. E
pretende outro recurso contra os conse-
lheiros do TCM, que "certamente com-
pactuam com essas fraudes": vai notifi-
car o Ministério Público da União.
Adriana
Adrlana Lorete

Análise semanal veta água em três lugares

Os banhistas devem evitar, neste
fim de semana, as praias do Leblon, na
altura da Avenida Visconde de Albu-
querque, do Flamengo (cm frente ao
Hotel Glória), de Botafogo e da Ilha do
Governador, porque estão contamina-
das por coliformes fecais acima do ní-
vel aceitável. A recomendação é de
técnicos da UFRJ, a partir de análise
da qualidade da água nas praias do Rio
feita a pedido do sociólogo e Defensor
do Povo, Herbert de Souza, o Betinho,
dentro da Campanha Se liga, Rio.
Os técnicos idealizaram um progra-
ma de monitoração da qualidade da
água para fornecer dados semanais à
população, durante os meses de feve-
reiro e março. A metodologia de coleta
e análise é idêntica à adotada pela
Feema,; que considera praia imprópria
para o banho a que apresenta amostras
acima de 1.000 coliformes fecais por
100 mililitros de água. O projeto está
sendo executado em colaboração entre
o Laboratório de Engenharia do Meio
Ambiente (DHS), da Escola de Enge-
nharia, e o Grupo de Avaliação de Tec-
nologias e Operações da Coordenação
de Programas de Pós-graduação em
Engenharia (Coppe), ambos da UFRJ.
'112
Segundo a análise, as praias mais
limpas são as do Leme, com apenas 280
coliformes por 100 ml, postos 4 e 6 de
Copacabana (300/100 ml) e Posto 12 de i
Ipanema (500/100 ml). As coletas são
feitas às segundas-feiras, as análises
laboratoriais se realizam no decorrer
da semana e os resultados são divulga-
dos ás sextas-feiras à tarde. O relato-
rio é assinado pela bióloga Maria Cris-
tina Paixão (DHS) e por Ricardo «»^^iwy™^wftxvxj^jw;xw.<w:KM^ttCMSMKKsWHWHHKMf,\v.w*«-;s\\\xx:wk%v>.:<:á«.-mmv;ví;.-.¦.•. -•.. . -..sv.. ....-.- .-., ^ : . . <
Oliveira Neves (Coppe). 'ratado, Paulo César deixou a Policia Civil reagindo com agressividade contra os jornalistas
jjjjjjjj

Resultado da Análise Paulo César de Almeida depõe na Polícia

Praia Coliformes fecais/1 OOml Praia ' "Estou no meu terceiro mandato e alguns foram imprensados contra os na Gordilho, investiga a cessão de 395
Coliformes fecais/1 OOml
serei reeleito pela quarta, quinta vez", carros estacionados e sofreram arra- funcionários ou supostos funcionários
Ilha Governador (Praia do Galeão) 3.000 Copacabana (Posto 6) 300 arriscou o vereador Paulo César de nhões. de prefeituras do interior ao Palácio
Ilha Governador (Jardim Guanabara) Almeida (PFL) depois de dizer, irrita-
1.700 Ipanema (Posto 12) 500 do, que não tinha satisfações a dar à Também prestaram depoimento os Pedro Ernesto através de documentos
Botafogo 16.000 Ipanema (Posto 9) 700 imprensa. Os repórteres aglomeraram- vereadores Paulo Emílio (PDT) e Au- adulterados — cópias de ofícios com
Flamengo (Hotel Glória) 1.700 Leblon (Vise. Albuq.) 1.100 se em torno dele á saída da Secre- gusto Paz (PMDB), além de Sidnei Do- texto original apagado e substituído.
Flamengo (Manchete) Leblon (Jardim Alah) 700 taria de Polícia Civil, no Centro, onde mingues, que não se reelegeu. Dos in- O ex-vereador Sidnei Domingues e o
900
acabara de depor sobre contratações timados, só Carlos de Carvalho (PTB)
Leme 280 São Conrado (Pepino)..... 500 fraudulentas feitas pela Câmara Mu- não compareceu, mandando um ates- advogado do vereador Carlos de Car-
Copacabana (Posto 4) 300 São Conrado (Hotel Nacional) 900 nicipal na legislatura passada. Na ten- tado médico e marcando depoimento valho, Júlio Borges Leitão, disseram
Observação: Coleta feita em 27/2/89 tativa de ouvir o vereador que abria para terça-feira.O inquérito aberto a que vão processar Regina Gordilho,
caminho em direção a uma Caravan, pedido da presidente da Cãmttraj-Regi- por injúria e calúnia, respectivamente.

Prefeito Pedro Ernesto

quer
hospital
para
funcionalismo
Dentro de dois ou três meses, o Hos-
pitai Municipal Rocha Maia, em Bota-
fogo (Zona Sul), pode deixar de aten-
der â população em geral para servir só
funcionários do município. O prefeito
Marcello Alencar, que visitou ontem o
anexo em fase de acabamento, prome-
teu encaminhar à Câmara, "nos próxi-
mos dias", projeto de lei nesse sentido
para ser votado pelos vereadores.
Se aprovada a lei. o Iaserj (Instituto
de Assistência aos Servidores do Esta-
do do Rio de Janeiro) deixará de arre-
cadar os 4% a que tem direito sobre a
folha de pagamento de cada um dos 136
mil servidores (2% pagos pelo benefi-
ciado e os outros 2% pela Prefeitura).
O prefeito explicou que a mudança obe-
dcce a duas razões fundamentais: "O
Iaserj não satisfaz o servidor e, além
disso, é preciso que o município busque
sua autonomia neste campo". Marcello
disse que o cancelamento do convênio
CiVSs-o estudo e a Prefeitura não será
feito de forma precipitada.
Angra testa
Exército usará
300 soldados em
ação simulada
O Exército vai utilizar 300 soldados
à paisana nos testes com o novo plano
de retirada de emergência da população
de Angra dos Reis em caso de acidente
nuclear na usina de Angra 1, marcados
para os dias 28, 29 e 30 de março. A
informação foi antecipada ontem ao
prefeito da cidade, Neirobis Nagae, por
quatro oficiais do Comando Militar do
Leste que estiveram na cidade para es-
tudar o melhor sistema de comunicação
a ser usado na região de Porto Bracuhy,
a 30 quilômetros do centro da cidade e
a seis da usina nuclear.
Os soldados ficarão em locais que o
plano de retirada estabelece como pon-
tos de encontro e serão embarcados cm
ônibus comuns. Deverão ser analisados
os tempos de embarque, as condições
retirada
de tráfego e outros detalhes estabeleci-
dos no plano. Ainda não se sabe se os
testes incluirão a Marinha, responsável
pela retirada dos moradores das deze-
nas de ilhas da região.
Os prefeitos dos quatro .municípios
da Região Sul do estado — Emil de
Castro, de Mangaratiba; Aloísio de
Castro, de Parati; Raul Fonseca, de Rio
Claro; e Neirobis Nagae, de Angra dos
Reis — se reúnem hoje, ás lOh, na
Prefeitura de Angra, para definir sua
posição em relação ao novo plano de
retirada, que deverá ser apresentado
oficialmente à população em reunião
marcada para o próximo dia 11
Ontem, o prefeito de Angra infor-
mou que já convidou Exército, Comis-
são Nacional de Energia Nuclear, Fur-
nas. Defesa Civil e Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem para
o encontro com os moradores, mas ne-
nhuma entidade confirmou presença
por enquanto.
tem segurança
em cada andar
Além de trinta seguranças, policiais
civis e federais estão circulando pelos
corredores de todos os andares do Hos-
pitai Universitário Pedro Ernesto, em
Vila Isabel, na Zona Norte, onde seis
incêndios criminosos ocorreram desde
o dia 13 de janeiro. Ontem, nenhum
telefonema ameaçador foi feito para o
hospital, como vem acontecendo dia-
riamente, mas os funcionários conti-
nuam amedrontados. "Está sendo um
sufoco", disse a chefe da enfermaria do
ambulatório, Wanda de Souza, onde
ocorreu, no dia 20 de fevereiro, um dos
incêndios.
Assustados com a presença de pes-
soas estranhas nos corredores, enfer-
meiros e serventes, que evitam dar seus
nomes, não ficam sozinhos em lugar al-
gum.
"Eu não faço mais hora extra",
disse a servente C.S. O funcionário J.C.
acredita que tudo é resultado de "vin-
gança política contra o doutor Ricardo
foonato (diretor do hospital.
Gratificações
Servidor da
Assembléia pode
ganhar o dobro
A Assembléia Legislativa do Estado
do Rio de Janeiro aprovou projeto de lei
criando várias gratificações especiais de
100% sobre os salários de funcionários
da Casa, a critério da Mesa Diretora.
Tanto a Secretaria estadual de Planeja-
mento quanto a Procuradoria-Geral do
estado opinaram contra a medida e ago-
ra cabe ao governador Moreira Franco
decidir se vai aprovar ou vetar o proieto.
Apesar de o Executivo pagar a conta,
a Secretaria de Planejamento não conse-
guiu, sequer, calcular o impacto financei-
ro dessas gratificações sobre a folha de
pagamento do estado, por falta de infor-
mações do Departamento de Pessoal da
Assembléia. Por meio de projeções, sabe-
se que, com todas as gratificações, que
são cumulativas, os vencimentos de fun-
cionários que exercem funções como
consultor técnico legislativo, consultor
técnico das comissões e consultor técnico
polpudas
da Mesa passarão de aproximadamente
NCzS 700 para quase NCzS 2 mil.
A Procuradoria alertou para a in-
constitucionalidade da lei, uma vez que o
aumento de despesa com pessoal só pode
ser autorizado se houver prévia dotação
orçamentária, como determina o artigo
169, parágrafo único, da Constituição
Federal. Além disso, o artigo 37, inciso
12, diz que os vencimentos dos cargos do
Poder Legislativo e do Poder Judiciário
não podem ser superiores aos do Poder
Executivo. Algumas das gratificações
criadas pelo projeto de lei da Aleij serão
incorporadas ao salário-base, para efeito
de aposentadoria, após um ano de exer-
cicio do cargo. Outras, após um dia,
apenas. Enquanto isso, â maioria do fun-
cionalismo só é permitida a incorporação
depois de cinco anos. no minimo.
De maneira geral, o projeto de lei
aumentou gratificações já existentes, co-
mo a "gratificação de dedicação ao servi-
ço legislativo", que em 1984 era de 30%,
em 1987 passou a 40% e agora pode
chegar a 100°o, caso o governador apro-
ve o projeto.
 4 o Cidade o sábado, 4/3/89
Loterj
A extração 682 da Loterj teve os se-
-jHimtCT
mdus: 1"I" wè
lM'illCll's suiiimcÍus:
mio: NCV.S 30.000 pa/a o bilhete
70.255 (Capital); 2" prêmio: NCz$
1.000 para o bilhete 96.534 (Volta
Redonda); 3" prêmio: NCzS 800,00
para q bilhete 46.962 (Barra do Pi-
rai); 4" prêmio: NCz$ 600,00 para o
bilhete 70.950 (Capital); 5" prêmio:
NCzS 580,00 para o bilhete 75.045
(Realengo). Os bilhetes 12.496 e
52.360, ambos da Capital, recebe
ram videocassete.
Dia e noite
Farmácias — Zona Sul — Far-
macia Flamengo (Praia do Flamen-
go, 224); Leme — Farmácia do Le-
me (Rua Ministro Viveiros de
Castro, 32); Leblon — Farmácia
Piauí (Av. Ataulfo de Paiva, 1283);
Copacabam — Drogaria Cruzeiro
(Av. Copacabana, 1212) e Farmá-
cia Piauí (Rua Barata Ribeiro, 646);
Zona Norte — Çascadura — Far-
mácia Cardoso (Rua Sidônio Paes,
19): Realengo — Farmácia Capito-
lio (Rua Marechal Soares Andréa,
282); Bottsueesso — Farmácia Vitó-
ria (Praça das Nações. 160); Mêier
Farmácia Mackenzie (Rua Dias
da Cruz, 616); Campo Grande —
Drogaria Chega Mais (Rua Aurélio
de Figueiredo, 15); Drogaria Chega
Mais (Rua Barcelos Domingos, 14);
Farmácia Comari (Rua Augusto
Vasconcelos, 76); Jacarepaguà —
Farmácia Carollo (Estr. de Jacaré-
paguá, 7912); Tijuco — Casa Gra-
nado Laboratórios Farmácias e
Drogarias (Rua Conde de Bonfim,
300); lllia do Governador — Droga-
ria Coutinho da Ilha (Est. Cacuia,
98); Farmácia Supersônica (Aero-
porto Internacional); Pavuna —
Farmácia N. S. de Guadalupe (Av.
Brasil, 23.390); Drogaria Central de
Anchieta (Av. Nazaré, 2.635); Far-
mácia Jarsan (Rua Leocádio Fi-
gueiredo, 331); Zona Centro —Ccn-
trai do Brasil — Farmácia Pedro II
(Edifício da Central do Brasil).
Emergências — Prontos Socor-
ros Cardíacos — Ipanema — Rio
Cor — 521-3737 (Rua Farine de
Amõedo, 86); Jacarepaguà— Urge-
cor — 392-6951 (Estrada Três Rios,
563); Botafogo — Pró-Cardíaco —
246-6060 (Rua Dona Mariana,
219); Prontos Socorros Dentários
Copacabana — Clínica Dr. Bar-
roso — 235-7469 (Rua Santa Clara,
115/408); Barra da Tijuco — Assis-
tência Dentária da Barra — 399-
1603 (Av. das Américas, 2300); Clí-
nica Odontológica Infantil — 399-
4552 (Rua Armando Coelho de
Freitas, 46); Tijuco — Centro Espe-
cializado de Odontologia — 288-
4797 (Rua Conde de Bonfim, 664);
Prontos Socorros Infantis —Copa-
cabana — UPC — Urgências Pediá-
tricas — 287-6399 (Rua Barata Ri-
beiro, 111); Ortopedia — Leblon —
Cotrauma — 294-8080 (Av. Ataul-
fo de Paiva, 355); Cortrel — 274-
9595 (Av. Ataulfo de Paiva, 734);
Otorrino — Copacabana — Cota —
236-0333 (Rua Tonelero, 152); Poli-
clínicas Urgências —Copacabana —
Clinica Galdino Campos — 255-
9966 (Av. N. Sra. de Copacabana,
492). Psiquiatria — Botafogo —
Serviço de Urgência Psiquiátrica do
Rio de Janeiro — 542-0844; 541-
3244 e 541-3644 (Rua Paulino Fer-
nandes, 78); Tomografta — Niterói
Centro de Tomografia Compu-
tadorizada de Niterói (CTCON) —
714-2540, 711-9555 e 266-4545 BIP
4JM2; Radiologia — Copacabana
Clínica Radiológica 24 horas Lt-
da. — 237-7226 (Av. Nossa Senho-
ra de Copacabana, 492/202); Reu-
matologia — Botafogo — Centro de
Reumatologia Botafogo — 266-
5998, 226-7651 e 246-5443 (Rua
Voluntários da Pátria. 445, grupos
1306/7); Oftalmologio — Ipanema
Clínica de Olhos Ipanema —
247-0892 (Rua Visconde de Pirajá,
414/511), Ultrassonogriifia — La-
goa — Echo Home — 286 0481 ou
266 4545 bip 2514 (Rua Sacopã
60/201).
Baby Sitter — Atividades Coor-
denada Psicologia e Educação —
255-6751 e 255-8141 (atendimento
para crianças de 3 messes a 10 anos
de idade, com profissionais especia-
lizados) — Rua Figueiredo Maga-
lhães, 286/sala 915.
Flores — Mercado das Flores de
Botafogo — Rua General Polidoro,
238 — Tel.: 226-5844; Carlinhos
•das Flores — Av. Geremário Dan-
tas. 71 — Jacarepaguà — Tel.: 392-
0037; Roberto das Flores — Av.
Automóvel Clube, 1661 — Inhaúma
Tel.: 593-8749.
Borracheiro — Avenida Princesa
Isabel, 272 — Copacabana — Tel.:
541-7996; Rua Mem de Sá, 45, La-
pa (junto aos Arcos) com serviços
de mecânico, eletricista e reboque.
Telefone 224-2446.
Reboques — Auto-Socorro Bote-
lho — Rua Sá Freire, 127 — São
Cristóvão — Tel.: 580-9079; Auto-
Socorro Gafanhoto — Rua Aristi-
des Lobo. 156 — Rio Comprido —
Tel.: 273-5495; Avenida das Améri-
cas, 1577 — Barra da Tijuca —
Tel.: 399-2192.
Chaveiros — Trancauto — Cen-
trai de Atendimento — Tel.: 391-
0770, 391-1360, 288-2099 e 268-
5827; Chaveiro Império — Rua
Corrêa Dutra, 76 — Catete —
Tel.: 245-5860, 265-8444 e 285-
7443.
Supermercados f- Casas da Ba-
ilha-— Rua Siqueira Campos, 69.
Banco do Brasil (Agência) —
Aeroporto Internacional do Rio de
Janeiro — Ilha do Governador.
Correios e Telégrafos — Aero-
porto Internacional do Rio de Ja-
neiro — 3o andar — Ilha do Gover-
nador.
nrc-
Burthô incluiu na exposição, alem de fotos antigas e textos explicativos, fantasias das escolas de samba do Rio de Janeiro
Exposição
BNDES mostra
o Carnaval do
Rio de Janeiro
"Período anual de festas
profanas
que se iniciava no Dia de Reis e que se
estendia até Quarta-Feira de Cinzas, dia
em que começava o jejum." A definição
de Carnaval, tirada do dicionário de Au-
rélio Buarque de Holanda, está fixada na
entrada do espaço de exposições do BN-
DES, abrindo a mostra Carnaval—Rio
de Janeiro, Fevereiro ou Março. Esta é a
primeira exposição didática sobre o tema
realizada no Rio e as fotos, fantasias e
textos sobre escolas de sambas e carnaval
de rua poderão ser vistas até o dia 30
deste mês na Avenida Chile, 100 (Cen-
tro).
O artista plástico e estilista de moda
Américo Thadeu Bartholomeu, mais co-
Tempo
nrraiTTmiTO
¦ Parcialmente nublado
a claro. Nevoeiros espar-
sos pela manhã, com pos-
sível instabilidade local a
partir da tarde. Visibili-
dade de moderada a boa.
Ventos de quadrante nor-
te, de fracos a modera-
dos. Temperatura em li-
geira elevação. Máxima e
mínima de ontem: 34.7°
em Bangue 21.1° no Alto
da Boa Vista.
lip
r/i A /VVVk;0^§i
{'! -U /l Is fl
rf lill® llllllK nTiin
"i
ciiuva llllll'
;<~Q Cli"°
Nublado /f*
pg Pare. Nublado
| y
A massa de ar tropical que predomina sobre o
Sudeste, além de propiciar elevação da temperatura
poderá causar nebulosidade e chuvas passageiras.
No restante do país o tempo varia de claro a nubla-
do, apenas algumas áreas do Nordeste e dos estados
do Centro-Oeste e Norte poderão ter pancadas de
chuva.
nhecido como Barthô, decidiu realizar
uma exposição "informativa e popular"
sobre a história do Carnaval. Para isso,
ele pesquisou muito, reuniu fotos de 1855
até os dias de hoje, e não esqueceu de
colocar uma pequena maquete do Museu
do Carnaval, localizado na Praça da
Apoteose, no Sambódromo. Também cs-
tão expostas as grandes garrafas que fa-
ziam parte do carro alegórico Beco das
Garrafas, uma homenagem feita este ano
a Elis Regina pela Mocidade Indcpcn-
dente de Padre Miguel.
Além da exposição o BNDES tam-
bém está promovendo cinco shows gra-
tuitos no auditório do edifício, sempre ás
18h30. O primeiro foi na quinta-feira e
os outros serão nos dias .9, 16, 21 e 30
deste mês. A série de shows, chamada
Cantando e Contando os Carnavais, é
apresentada pelo compositor e radialista
Paulo Tapajós, e reúne nomes como Bra-
guinha, Herivelto Martins e Mário Lago,
além dos cantores Dino Vasconcelos,
Emilinha Borba, Gilberto Alves, Gilber-
to Milfont, Violeta Cavalcante e Trio
Iraquitã.
Preamar: 00hlV1.2
iihmo
Baixa-mar: 06h22/0.5
D Bairro Jacaré, João Muniz Fi-
18H10/0.2 Mlnguintc ¦ co, que até hoje a obra não foi
Nova
Aid 061)3 07/03
O SOL
Nascente: 05h49
Ocaso: 18H19 a ?
Crwcfnte Cheia
14.1)3 22/03
NOS ESTADOS
UF Condi^tes Mix. Mfn.
RO: Nublado 30.0 23.0
AC: Nublado 22.0
AM: Nublado 31.3 22.9
RR: Nublado 30.9 22.3
PA: Nublado 31.0 22.4
AP: Nublado 27.6 23.2
MA: Nublado 30.3 23 0
PI: Nublado 32.4
CE: Nublado 28.6 24.6
• RN: Nublado 31.2 23.9
PB: Nublado 31.4 -
PE: Nublado 31.7 27.0
AL: Nublado 31.0 22.0
SE: Nublado 31.6 25.0
BA: Nublado 31.9 24.6
MG: Nublado 28.6 21.2
ES: Nublado 32.1 24.7
SP: Nublado 29.0 19.8
PR: Nublado 27.3 17.8
SC: Nublado 29.2 21.5
RS: Nublado 30.8 22.7
DF: Nublado 27.4 16.5
MS: Nublado 31.5 20.7
MT: Nublado 33.4 24.2
GO: Nublado 31.4 19.4
Hdade Condi<tfcs Mix. M in.
Amsterdi Nublado 3 Niterói
Amuik^o Claro 30 21
Atcnas Oaro 18 3
B*riim Oiuvoso 1 Pinto, do Ciep de Gragoatá,
Begot* Claro 13 7
Bonn Chuvoso 10 5
Bruxrlw Claro 3
Bueom Aires Chuvoso 29 20
Caracas Claro 27 18
Gcntbra Nublado 3
Guatemala Claro 28 10
Havana Oaro 32 20
La Paz Nublado 18 7
IJma Claro 27 19
Lfaboa Oaro 17 13
Loodra Chuvoso 11 4
!«Angtks NuNado 17 9
Madri Claro 16 5
Mfxko Claro 2b 8
Miami NuMado 25 22
MootoNku Chuvoso 29 21
Moscou Nevando 0 que nesse Ciep estudam crian-
Nova lorquf NuMado -3
Paris Nublado ]] 5
Prquira Nublado 0 pobre senhora que vive de em^re-
Quito
Roma NuMadoOaro 22 13 87
Santiago Oaro 25 12
Toquio NubUdo 12 4
Vkua Oiuvcko 12 3
Washington Nublado 6 Em sua edição do dia 5 de mar-
Os shows foram divididos em cinco
temas: origens do Carnaval; os anos 20 e
as sátiras; os anos 30, um marco no
Carnaval; os grandes sucessos de 40,50 c
60; e história das escolas de samba. Cada
um deles mostrará os grandes sucessos
carnavalescos através de depoimentos e
interpretações dos artistas, slides e repro-
duções das gravações originais raras.
"Cada sliow é um misto de bate-papo e
cantoria, e não faltarão histórias curió-
sas sobre os velhos tempos de carnaval",
explica Barthô.
Na terceira exposição que organiza
no saguão do BNDES — a primeira foi
sobre Elis Regina e a outra sobre Clara
Nunes — Barthô espera receber 6 mil
pessoas, um público interessado em re-
memorar os bons Carnavais e em conhe-
cer toda a história desta festa popular.
Lá poderão ser vistas algumas curiosida-
des, como fotos de um corso na Avenida
Rio Branco, em 1916, e de mulheres
participando pela primeira vez da folia,
em 1930.
Depois de mostrar o Carnaval do
Queixas do Povo
Jacaré
O presidente da Associação
de Moradores e Amigos do
lho, reclama que no dia 9 de
janeiro deu entrada em um ofi-
cio, n° 095/89, no Departa-
mento de Engenharia da Secre-
taria municipal de Obras,
pedindo a desobstrução, lim-
peza, recapeamento e sinaliza-
ção do acesso ao bairro conhe-
cido como Buraco do Lacerda.
Acontece, diz ele, que até ago-
ra nada foi feito. João muniz
lembra ao Departamento de
Engenharia que o Jacaré é a
maior e mais importante área
industrial urbana do Rio de
Janeiro.
A Assessoria de Comunica-
ção da secretaria Municipal de
Obras informou que entrou em
contato com o Departamento de
Engenharia e que, a partir as
providências pedidas estão in-
cluidas na programação de tra-
balho do Departamento Geral
de Vias Urbanas. A assessoria
disse ainda que está sendo ava-
liado um projeto para minimi-
zar de vez os problemas do Bit-
raco do Lacerda.
• cheiro de queimado,
A professora Sônia da Silva
na Rua Alexandre Moura,
acusa a Secretaria estadual de
Educação e Cultura de querer
"
acabar com a escola. Duran-
te as férias foi suspenso o tur-
no único; agora, não há alunos
para funcionar em dois tur-
nos", disse ela. acrescentando
ças dos morros do Estado e do
Ingá. / gar-se de copcira e arrumadeira.
A Assessoria de Comunica-
ção da Secretaria estadual de
Educação e Cultura informou
que o período de dois turnos foi
instituído a pedido da associa-
ção de moradores do local. Se-
JORNAL. DO BRASIL
Adrlnnn Lornto
Mulher
informações
telefônicas
sobre saúde
Desde o dia 1", das llhás I4h, o
telefone 286-1337 está tirando dúvi-
das de mulheres sobre câncer gine-
cológico e da mama, doenças se-
xualmente transmissíveis, gravidez,
parto e pós-parto, menopausa e se-
xualidade. Você pergunta e do ou-
tro lado da linha cinco ginecolo-
gistas da Fundação Bela Lopes de
Oliveira respondem, dentro do pro-
grama Tele-Mulhcr, que amplia um
projeto educativo sobre saúde femi-
nina criado há quatro anos.
"A idéia
partiu da necessidade
que a mulher tem de obter informa-
çòcs sobre ela mesma, muitas vezes
dificultada pela inibição", explica
Henrique Pasqualette, 73 anos, mé-
dico ginccologista há 50, c dirc-
tor-presidente da fundação que há
38 anos trabalha com a prevenção
do câncer ginecológico. O Tele-Mu-
lher dá continuidade, assim, ao ser-
viço de informação e assistência
desenvolvido pela fundação, na
qual trabalham mais de 30 medi-
COS.
Para o doutor Pasqualette, o
telefone cria um distanciamento
"Às
que favorece a comunicação.
vezes a pessoa não esclarece uma
dúvida com vergonha da sua per-
guntá ser uma bobagem. Pelo te-
lefone, isso não vai acontecer, e
a resposta pode tirar outras dúvi-
das", diz o médico. Ele lembra, co-
mo exemplo, que pessoas de meia
idade têm dificuldade de abordar
certos lemas que eram tabu á época
de sua juventude, quando começa-
ram a se interessar pela sexualida-
dc.
início do século, Barthô parte para as
A desinformação não é, no en-
escolas de samba do primeiro grupo. tanto, caracaterística de determina-
Sempre com um texto explicativo ao la- das faixas etárias ou grupo sócio-e-
do, estão expostas fotos da concentra- conômicos. Em recente palestra nu-
çào, da comissão de frente, do abre-alas, ma faculdade, o doutor Pasqualette
do mcstre-sala e porta-bandeira, da bate- perguntou ao público dc aproxi-'
ria e da ala das baianas, passando pelos madamente 400 universitárias
grande carnavalescos que marcaram quantas faziam exames preventivos
de câncer periodicamente. "Somen-
época, entre eles Fernando Pamplona,
Max Lopes, Arlindo Rodrigues, Fernan- te 20 levantaram a mão e o cán-
cer ginecológico mata mais mulhe-
do Pinto e Joãozinho Trinta.
O grande destaque da exposição são res do que a Aids", informa.
Por isso. ele espera que o serviço
oito fantasias de baianas da Mocidade
Independente de Padre Miguel, monta- gratuito prestado pela fundação,
pioneiro no Rio de Janeiro, possa
das em manequins colocadas estrategica-
dar esclarecimentos à mulher em
mente em um andar abaixo do saguão. assuntos que fazem parte da sua
"As
pessoas olham as baianas da escada, vida, como gravidez, parto e pós-
como se estivessem acompanhando um parto, e menopausa. No início, par-
desfile no Sambódromo", explica Bar-
ticiparâo do programa cinco gine-
thô. Para conseguir as fantasias, ele teve cologistas, todas mulheres, "para
de ir à casa de várias integrantes da ala facilitar a conversa". Com o tem-
das baianas, que só emprestaram as rou- po, e dependendo da receptividade
pas depois de receberem garantias sobre do projeto, é possível que o horário
do Tele-Mulher seja ampliado,
a segurança do local onde seriam mos-
tradas, pois que pudessem ser roubadas sempre com o objetivo de infor-
as suas últimas recordações do Carnaval mar mais e a uma quantidade maior
de 89. de pessoas.
gundo a assessoria, os morado- na sede da entidade que presi-
res contaram que ô Instituto de de, o material que serviria para
Educação Ismael Coutinho, ou- o calçamento do final da Rua
tra escola do bairro, que funcio- Ana Néri. Acontece, diz Mar-
na em dois turnos, teve no ano
passado 835 alunos excedentes
feita e aquele trecho da rua
porque os pais não querem ma-
virou depósito de lixo.
tricular seus filhos no Ciep, de-
vido ao turno integral. A asses- ¦ A Assessoria de Comunica-
ção da Secretaria municipal de
soria disse ainda que a partir
deste semestre o Ciep funciona- Obras informou que o calça-
rá integrado ao instituto. mento não foi feito ainda devido
à greve dos funcionários da pre-
São Francisco feitura. De acordo com a asses-
Xavier soria, com o término da parali-
saçâo o Departamento Geral de
O presidente da Associação
Vias Urbanas cadastrará e ana-
de Moradores de São Francis-
co Xavier, Marco Antônio, lisará todas as obras paradas do
queixa-se que em 87 o 12° Dis- município e em seguida anun-
trito de Conservação guardou. ciará a data de seu reinicio.
Megafone
? No dia 19/2/89 fui to. O pior é que a dire- foi compensado no dia
ao cinema Art-Palácio ção do cinema disse a 24/2/89, não havendo
de Copacabana com todos que o problema motivo para essa atitu-
unia amiga e seu sobri- já estava sanado e vol- de. (...) Fui á agência do
nho de 4 anos. (...) Du- tamos para a sala de Banerj da Rua Senador
rante a sessão (...) hou- projeção, apesar da fu- Vergueiro e me disse-
maça e do mau cheiro ram que o banco não
ve um princípio de in-
cêndio e a direção do (...) Theo Schafke — havia informado à Te-
cinema alegou ter sido Rio. lerj sobre o pagamento
ocasionado por uma ? Fui surpreendida c que, assim como cu,
"simples borracha" com o desligamento de havia mais de 6 mil
que
queimou no aparelho meu telefone no dia 16/ usuários na mesma si-
de ar condicionado. A 2/89. Digo surpreendi- tuação. Diante desta
sala loi evacuada por da porque efetuei o pa- explicação, só me res-
causa da fumaça e do gamento na data pre- tou pedir o religamen-
vista, na agência do to. Só os bancos tive-
Banerj da cidade de ram vantagem com essa
que era fortíssimo. Exi-
gimos a devolução do Maceió (AL). (...) De manobra. (...) Maria
dinheiro, que nos foi acordo com meu extra- Marta Melro de Mace-
devolvido a contragos- to bancário, o cheque do — Rio.
0© .
ÍFeMb
por Dona Maria das Dores, uma
"E entre soluços Dona Maria
contou-nos aue se tendo empreea-
do na casa da rua Itaniru n. 4^5,
ço de 1921 o JORSAL DO BRA- foi ante-hontem, às 23 horas dis-
SIL publicou: " Banhada cm lá-. pensada sem ser paga "peloe ainda
grimas pelo vexame que soffrera
por cima esbofeteaoa ex-pa-
na véspera, fomos hontem. às pri- trào."

JORNAL DO BRASIL
Óleo vaza - Má polo menos (rês
dias um oleoduto de um metro de
diâmetro da Petrobrás está vazando
em Ituguai, na altura do Km 16,5 da
Rio - Santos, Técnicos da empresa
estilo desde ontem no local e até à noite
ainda não havia sido reparado o rom-
pimento da tubulação. 0 óleo cru, vin-
do do Terminal Marítimo da Haia da
"ITÍM
' ll,lll'l P 'llivirirl i|^ f)ll.
que de Caxias, encharcou uma área de
aproximadamente três mil metros qua-
drados, em terreno de propriedade da
Fernando Chinaglia Distribuidora,
sendo drenado paru o rio Cação, que
deságua na Baia de Sepetiba.A situa-
çào está parcialmente sob controle,
com trechos do riacho bloqueados e o
óleo sendo aspirado por caminhões-
tanque á vácuo, ü duto tem uma ex-
tensão de 123 quilômetros desde o de-
pôsito da Ilha Grande até a Refinaria
Duque de Caxias e o rompimento foi
na altura do Km 55. Este é o primeiro
acidente desde a instalação há II anos.
Banqueiro - De posse do laudo
do instituto Médico Legal Afrãnio Pei-
xoto, o delegado José Gomes Sobri-
nho, que preside o inquérito para apu-
rar o assassinato do banqueiro
Wellman de Queirós, do BRJ, no sinal
da esquina das Ruas Mena Barreto c
Sorocaba, na segunda—feira á noite,
disse ontem, ter aumentada a sua sus-
peita de que a vítima foi morta em
assalto praticado por menores ou la-
drão sem muita experiência. Conforme
o laudo do IAP, o banqueiro levou um
tiro no frontal esquerdo c tem outro
ferimento, também por tiro, no dedo
anular da mão direita (segundo o dele-
gado, com esfacelamento dos tecidos).
Para Gomes Sobrinho, o tiro no fron-
tal não deixa dúvida de que o disparo
foi feito do lado de fora do carro de
Wellman: o ferimento da mão, parece
indicar que a vitima ao ver a arma
apontada para sua cabeça, deve ter
levantado as mãos em gesto instintivo
de defesa, gesto que pode ter sido in-
terpretado pelo criminoso, como uma
reação.
Casal morto — O agricultor
Anastasi Ioanni Tis, 57 anos, e sua
mulher, Xrysanti Ioanni Tis, de 56,
.foram assassinados com várias facadas
na tarde de quinta-feira por seis assai-
tantes que invadiram o sitio do casal,
localizado na Rua da Maçonaria, em
Imbariê, distrito de Duque de Caxias,
na Baixada Fluminense, para roubar
as armas que o morto colecionava. Os
ladrões prenderam 15 pessoas em üm
banheiro e saquearam a casa antes de
fugir.
Assassinato — O delegado
aposentado Válter Tavares da Silva, 64
anos, foi assassinado com três tiros na
cabeça, na madrugada de ontem, por
três homens que bateram á porta de
sua casa, na Rua São Francisco de
Assis, 116, Centro de São João de
Meriti, na Baixada Fluminense. Os três
queriam que Válter lhes entregasse a
chave e os documentos da motocicleta
do seu filho e o delegado tentou rea-
gir.
Greve — Chega hoje ao quinto dia
a greve de fome de 14 presos da Peni-
tènciária Lemos de Brito, que protes-
tam contra a demora da Vara de Exe-
cuções Criminais na concessão de
benefícios a que eles têm direito, como
liberdade condicional e regime semi-a-
berto, solicitados há meses. Os 14 estão
isolados em uma galeria, recebendo
assistência médica constante. Três dos
14 presos foram atendidos ontem no
Hospital Central Penitenciário, mas
seu estado é bom c à tarde eles já
haviam se reunido aos outros. Até o
final da tarde de ontem, a Justiça não
havia se manifestado sobre a concessão
dos direitos requeridos pelos presos.
Assalto 1 — Dez homens arma-
dos com revólveres e pistolas assalta-
ram no final da noite de quinta-feira a
mansão da Rua Sérgio Porto, 194, na
Gávea (Zona Sul), que pertence ao
administrador de empresas Raimundo
Soares Bulcão Vasconcelos, irmão da
atriz Florinda Bulcão. Raimundo, sua
mulher, Mina, e seu filho, Ricardo, 25
anos, foram rendidos, assim como
amigos que visitavam a família, pelos
quatro bandidos que entraram na casa,
enquanto os outros seis, do lado de
, fora, vigiavam. Ricardo contou na 15a
: DP (Gávea) que foram roubados um
relógio Rolex e um bracelete de ouro,
um par de brincos de brilhantes e uma
quantia em dinheiro que ele não reve-
lou. Segundo Ricardo, um dos assai-
tantes pode ser um ex-empregado da
casa.
Assalto 2 — Armados de metra-
lhadora, escopeta e revólveres, sete la-
drões invadiram a empresa Transpor-
tadora Giglio, na Rua Cristiano
Machado, 72, no subúrbio do Jardim
América, renderam todos os funcioná-
rios e levaram NCzS 430 mil. Na fuga,
os sete roubaram o caminhão Merce-
des Benz de placa SE 2788, carregado
de sapatos e brinquedos, o Gol de
placa TP 1327 e uma motocicleta.
Assalto 3 — Dois homens, um
deles armado com um revólver, assai-
taram ontem á tarde o apartamento
701 do prédio de número 1.285 da
Avenida Nossa Senhora de Copacaba-
na. Zona Sul. a 200 metros da 13a DP.
Os ladrões levaram um telefone sem
fio. um relógio de pulso e NCzS 190 do
morador do apartamento, o argentino
Eduardo Allende, que estava com sua
mulher, Edilene, e as filhas Isabela, de
9 anos, e Isadora. de um ano e meio.
Para entrar, os assaltantes aproveita-
ram um descuido da empregada do
casal, Regina, que fora ao apartamen-
to 1.102, pedir um enceradeira empres-
tada. Ao voltar, com Carmen, a mora-
dora do 1.102, Regina foi também
dominada. O casal, as duas crianças e
as duas mulheres foram trancadas no
quarto de Regina. Eduardo contou
que um dos assaltantes encostou a ar-
ma na cabeça de Isabela e ameaçou
matá-la, se alguém gritasse.
Assalto 4 — A agência do Uni-
banco na Rua da Quitanda. 59, Cen-
tro. foi assaltada por dois homens, que
roubaram NCz 12 mil.
Carlos'EdmraoM^wmdcs Ferraz, Wiílmm Gomes Camacho e Klauss Thurm jogavam na
n eleito presidente do Fórum Nacional
Agentes esperam o
'sol
para invadir
a casa de jogo
Em respeito á Constituição, 20 agen-
tes da Policia Federal não pregaram o
olho durante toda a noite de quinta-feira
e madrugada de ontem. Como o Capitu-
Io 1 dos Direitos e Garantias Fundamen-
tais proíbe a invasão de propriedades das
18h às 6h, mesmo com ordem judicial, os
homens das delegacias de Polícia Fazen-
dária e de Repressão a Entorpecentes
esperaram oito horas para estourar uma
casa de jogos que funcionava no Ameri-
can Bar Royal Pub. na Rua Dias Ferrei-
ra, 199, Leblon (Zona Sul).
Foram apreendidas 12 máquinas de
videopôquer, dois cadernos que registra-
vam o movimento das apostas e garrafas
' de bebidas importadas. Solimar Teixeira,
detetive-inspetor da Delegacia de Homi-
cídios, passou de mocinho a bandido:
responsável pela segurança da casa, foi
apanhado em flagrante. Duas mulheres
que controlavam o jogo e quatro aposta-
dores também foram presos. De acordo
com denúncia feita à Polícia Federal, o
Toque de campainha, a senha
O acesso ao jogo era controlado, do
lado de fora do Pub, pelo detetive Soli-
mar. Por uma campainha escondida no
madeirame da fachada, ele avisava da
chegada de estranhos. Um código^ de
toques informava se a porta podia ou
não ser aberta. Os policiais sabiam de
tudo isso há duas semanas, quando re-
ceberam a denúncia. Desde então, pas-
saram a investigar o movimento da casa,
chegando a infiltrar alguns agentes.
De início, os policiais tentaram en-
e batendo chaveiro
trar tocando a campainha
na porta. Inútil. Usaram as chaves
apreendidas com Solimar, mas elas não
serviram. O grupo que estava lá dentro
ficou calado, sem fazer o menor barulho,
como se quisesse convencer os policiais
de que não havia ninguém ali. Os agentes
tinham certeza do movimento e resolve-
ram esperar. Pacientes, sabiam que no
bar só havia uma porta.
Das 23h às 7h, os policiais viveram a vesse acontecendo. Garrafas vazias so-
expectativa do que iriam encontrar no
Pub. Não tinham dúvidas de que a jo-
Lei só preserva domicílio
Lei e ordem são preceitos que se
completam, na opinião do jurista Mi-
guel Reale, para quem a polícia até
exagerou ao esperar para invadir uma
casa de jogo depois das seis horas.
"A
das 18h às 6h jogo estava correndo solto no bar, não
lei que impede invasões
só preserva os domicílios, pois trata da seria necessária ordem judicial nem a
preservação de valores, como a famí-
lia, por exemplo", afirma ele.
iawHiHy
miRS» y.-;« ^^S?»gaw8^«Kfw^^ff^ V>XMMBto rpy
mmm JsiKl
MP»MH
^3&ij
DOMINGO seu endereço há 25 anos. VENHA COMEMOFIAR CONOS-
NAaiedcxies
pouockn em revista. COl... No Chalé Brasileiro tem festival todosos dias: Feijoada,
coelho à caçadora, pato assado c/purê de maçã. Aos
domingos, cozido à mineira. Pernil de carneiro ao forno e
JB todos os pratos típicos bahianos. Rua da Matriz, 54 Botafogo.
Reservas: 286-0837/246-3599
casa gerenciada por lsa Ãnlor.
negócio era explorado pelo banqueiro de
jogo do bicho Castor de Andrade. -
Mais do que de pistolas e metralha-
doras, os policiais precisaram de paciên-
cia para conseguir entrar no bar. Tinham
nas mãos um mandado de busca da juíza
Julieta Luntz, da 13a Vara Federal, que
nada valia até o nascer do sol. Resigna-
dos. os delegados Paulo Roberto Orne-
Ias, da Fazendária, e Altamiro Nasci-
mento, da Entorpecentes, esperaram o
dia clarear.
O comando da operação — ou vigília
— ficou a cargo do delegado Ornelas. Os
policiais chegaram às 23h em cinco car-
ros sem identificação. Num início de tra-
balho que prometia uma noite movimen-
tada, os federais foram logo rendendo o
detetive Solimar, que tentou negar sua
ligação com o jogo mas não convenceu.
Detido, Solimar foi em seguida levado
para a Superintendência de Policia Fede-
ral, na Praça Muuá (Centro), onde foi
interrogado.
Dezesseis policiais — quatro haviam
retornado com o primeiro preso — per-
maneceram no local. Uns dentro dos
carros, outros espalhados pela calçada
do prédio Praia Leblon. A ordem era
não despertar a curiosidade dos freqüen-
tadores dos bares do Baixo Leblon. prin-
cipalmcnte os da pizzaria La Mole, a
gatina existia, fato constatado com as
investigações. Entre Ih e 2h, os fede-
rais trocaram de lugar. Quem estava
no carro foi para a calçada e vice-ver-
sa. Nova troca seria feita às 4h. Duran-
te toda a madrugada, o assunto entre
eles era um só: o estouro do cassino.
Quando muito, recordavam outros ca-
sos semelhantes.
Às 6h, o fim da espera: dois agentes
a missão de procurar um
receberam
para abrir a porta. Às 7h, o
ataque: a porta foi aberta c os policiais
conseguiram entrar. Notaram que as
máquinas de videopôquer, antes sobre
as mesas do Pub, haviam sido retira-
das. Logo descobririam que tinham si-
do levadas para o andar superior, onde
funcionavam a cozinha e o depósito.
Apostadores e donos da banca perma-
neceram sentados, como se nada esti-
bre as mesas denunciavam a longa
espera. Era o fim do jogo.
Segundo o jurista, não era preciso
se os policiais es-
tanto cuidado, mas,"fizeram
tavam em dúvida, muito bem
em esperar.
Um advogado carioca acha que, se o
espera de que o dia clareasse para que
a policia entrasse.
Cus16dlo Coimbra
': ^HH^^^B^^aiifeifl
"^b-fa.L S
^ laudo do exame do aumento
CHALÉ VOLTA PRA CASA!... Ao casarão de Botafogo,
•
sábado, 4/3/H9 o Cidade o 5
Folog do JoAo Cergüolrn
Sarney pára
obras em
presídios
O secretário de Justiça, Técio Lins
e Silva, convocou seus colegas dos
outros estados para ir a Brasília se-
mana que vem, a fim de pressionar o
Congresso Nacional, para que dèrru-
"Tirrrvri+udii
nresidei11e José Sarney
ao programa pcnitencIjTkr-ftr«ioüiif._"
Ele explicou que não foi suspensa
somente a verba para construção de
Bangu 2, mas também os recursos
destinados a todas as obras no setor
penitenciário em lodo o Brasil.
Lembrando que cerca de mil in-
ternos do sistema penal do estado do
Rio são condenados pela Justiça fe-
deral e que o governo federal não dá
nenhuma ajuda aos governos esta-
duais para sustentar esses presos, o
secretário disse que vai propor aos
seus colegas de outros estados que
não recebam mais os presos da
União. "Vou colocar todos eles num
camburão e mandar para Brasília,
para o ministro Maílson da Nobrega
e os mentores do Plano Verão cuida-
rem", ironizou Técio.
Recentemente, Técio participou
em Recife do Io Encontro Nacional
de Secretários de Justiça, onde foi
Permanente dos Secretários de Justi-
"o
ça. Ressaltando que governo fede-
poucos metros do Pub. A estratégia, ex- O detetive Solimar foi liberado logo ral não honrou os compromissos as-
plicavam os dois delegados, visava á pri- depois de interrogado e os demais presos sumidos com os governos estaduais",
são de quem entrasse ou saísse do bar. foram levados para a Superintendência
o secretário disse que a prioridade do
Ao amanhecer, foram detidos os da Policia Federal por volta das 9h30, fórum será^ytap-pcla -execução do
apostadores Klauss Jürgen Thurm, ins- quando prestaram declarações no inqué-
rito aberto para investigar o crime, pre- programa penitenciário nacional.
trutor de tênis do Hotel Sheraton, Carlos Prejuízo - Desde ontem, estão
Eduardo Marcondes Ferraz Filho, dono visto no artigo 334 do Código Penal —
"contrabando ou descaminho" —. paradas as obras do presidio de segu-
da distribuidora de titulos Dinâmica, o que rança máxima Bangu 2, projetado
comerciante William Gomes Camacho e prevê punição a quem importa ou expor- com 576 celas individuais. Iniciada
o vendedor de planos de saúde Jefferson ta mercadorias poibidas ou tenta iludir o em agosto do ano passado, a constru-
Sidney Santana, que seria o verdadeiro pagamento de direito ou imposto devido
ção foi interrompida devido a uma
gcrcrçtc do jogo, segundo os agentes, lsa pela entrada, pela saída ou pelo consumo decisão do presidente José Sarney,
da mercadoria.
Antônia Ramos Carneiro, que garantiu
O artigo 334 se aplica ao caso porque que suspendeu o repasse de verbas
ser a gerente, e sua auxiliar, Ana Cláudia para o programa penitenciário nacio-
Nonato Castilho, também foram deti- a técnica da Polícia Federal Ângela de nal.
Almeida Omena constatou que os com- Em julho de 1988, convênio entre
das.
No local do cassino funcionava, até ponentes eletrônicos como os circuitos oex-Ministro da Justiça, Paulo Bros-
integrados são importados. Por isso, lsa sard e o governador Moreira Franco
dois anos atrás, a Piccola Trattoria Ali-
e Ana Cláudia permanecerão presas, já
mentos Ltda. cujos equipamentos, como permitiu a liberação da primeira par-
que o crime de contrabando é inafiançá- cela dos recursos, a fundo perdido, de
fogão industrial c câmara frigorífica, vel. A situação de JcITerson está sendo
NCzS 890 mil, que garantiu a cons-
permanecem no mesmo lugar. Por falta analisada pelos agentes da Del§facia de trução até fevereiro. A partir desse,
de espaço para as 12 máquinas de video- Policia Fazendária. Se não ficar provada
mês, com a liberação de NCzS 5 mi-
póquer. três estavam guardadas no frigo- a sua ligação com a exploração do jogo, Ihôes em parcelas mensais, as obras
rífico. Só depois de quase duas horas de será liberado.
busca é que os federais encontraram os O delegado Paulo Roberto Ornelas prosseguiriam em ritmo acelerado até
a conclusão, prevista para dezembro.
cadernos da contabilidade do jogo: um recolheu os contratos sociais do Ameri-
mostrava os valores dos créditos; o outro O dinheiro não foi liberado.
can Pub e não quis revelar os nomes dos Construído em módulos pré-fa-
apontava nomes de freqüentadores, entre sócios. Explicou que não podia ter certe-
eles Klauss e William, que gastaram on- bricados, o sétimo presidio do com-
za da validade do contrato, que poderia
tem respectivamente NCzS 770 e NCzS estar desatualizado e não queria incrimi- plexo penitenciário de Bangu, na Zo-
na Oeste, tem projeto para 15 mil
15. nar inocentes. metros quadrados de área construída,
em terreno de 45 mil metros quadra-
'Pula-pula' dos — o Bangu I, ao lado, tem 48
ilude polícia celas e foi feito com a mesma técnica,
No dia 13 de agosto do ano passado, As fichas são vendidas antes do início do simples e de rápida execução. Além
das 576 celas individuais de 6,2 me-
quando policiais federais, civis e mili- jogo e, também como num cassino, são tros quadrados, divididas em 18 pavi-
tares fecharam o cassino Barão de servidos lanches e bebidas. Normalmente
Drummond, na estrada Rio—Petrópo- o pula-pula começa entre 21 h e 22h e lhòcs, haverá escola, centro médico,
lavandeira e quadra de esportes.
lis, em Xérem, distrito de Duque de nunca termina antes das 6h. O jogo é "Se
Caxias (Baixada Fluminense), cerca de explorado pelos bicheiros Turcão, Mani- parar, isso tudo vai deterio-
rar", prevê o gerente da obra, Álvaro
outras 15 casas idênticas funcionavam nho, Piruinlia e Luís Drummond, o Luisi-
livremente no Grande Rio e nas Re- nho da Imperatriz. Segundo ainda o con- Monnerat Cortes, da Empresa Cario-
ca de Engenharia. Ele conta que os
giões Serrana, dos Lagos e litorânea traventor, o lucro é considerado ape-
de Angra dos Reis. Os banqueiros do nas satisfatório, porque os jogadores 250 operários foram dispensados, res-
tando o pessoal administrativo e vi-
jogo do bicho Castor de Andrade e Vai- são poucos. Ele explicou que num apar-
domiro Teixeira, o Miro, donos do Ba- tamento funcionam de cinco a oito me- gias, ao todo 15 pessoas. Equipamen-
rão de Drummond, foram presos e, no sas. tos como tratores, escavadeiras,
dia seguinte, a cúpula da contraven- De acordo com esse banqueiro, os quatro caminhões e guindastes foram
ção ordenou o fechamento dos demais exploradores do jogo se preocupam mais levados embora.
A Secretaria de Justiça espera que
cassinos. com a Polícia Federal do que com a
Os prejuízos, segundo um conhecido Polícia Civil. Como exemplo, citou o o Congresso Nacional anule o o veto
do Presidente da República até o dia
banqueiro, foi incalculável, mas logo Clube Sambola, na Avenida Suburbana,
os contraventores colocaram em prá- na Piedade (subúrbio), que funciona há 14 de março. Já foram executados
20% das obras do Bangu 2, o que
tica um outro tipo de jogo:o pula-pula, vários anos-c nunca foi estourado pela
que era explorado pelos pequenos ban- polícia. O Sambola está na área da 24J corresponde a um terço dos pavilhões
de celas, a quinta parte do muro de
queiros, cm apartamentos da Tijuca, DP (Piedade) e da Delegacia de Vigilân-
Grajaú, Méier c outros bairros da Zona cia Norte. José Scafura, o Piruinlia, é o sete metros de altura, metade da ter-
Norte e dos subúrbios. Na Zona Sul o banqueiro e como o Sambola, mantém raplanagem, 20% das fundações e
3.% das instalações de água e elétri-
pula-pula concentrava-se mais em Bo- outros jogos carteados nos Pilares, Del cas.
tafogo c no Flamengo, mas os ban- Castilho, Madureira e Irajá. Na Zona da
queiros de bicho logo alugaram apar- Leopoldina é Luisinlto da Imperatriz O diretor do Departamento do
tamentos em Copacabana, onde o jogo quem explora o jogo. Na Zona Sul, se- Sistema Penitenciário (Desipe), Os-
waldo Deleuze Raimundo, diz que o
começou a crescer. gundo o banqueiro, são usados cerca de
O pula-pula é um jogo carteado e 100 residências entre Copacabana e Bar- Bangu 2 é importante por ser presídio
tem este nome porque diariamente muda ra da Tijuca para a exploração do pula- de segurança máxima, para onde vão
de local. Uma noite está num pequeno pula. É fácil, segundo ainda o banqueiro, os presos mais perigosos. Ele explica
apartamento na Avenida Prado Júnior saber que no Estado do Rio há três unida-
ou na Rua Belford Roxo e no dia seguin- qual o prédio usado pelos jogado- des de segurança máxima — Lemos
na Barra da Tijuca ou res. Normalmente, as ruas são ocupa- de Brito e Milton Dias Moreira, na
te numa mansão
num apartamento de luxo em Ipanema. das durante toda madrugada por car- Rua Frei Caneca, e Cândido Mendes,
Como num cassino, os jogadores são ros particulares c há sempre um na Ilha Grande —, "todas em péssi-
ma situação material".
selecionados e. acima de tudo, discretos. guardador para evitar roubos.
|—| Os 95 operários da
'—' Construtora Presidente
intoxicados no almoço ser-
vido quinta-feira no cantei-
ro de obras da Rua Mar-
quês de São Vicente, 124,
Gávea, e levados para o
Hospital Miguel Couto (fo- A
to) tiveram alta e estão de
licença até se restabelece-
rem. A vigilância sanitária
da Secretaria Municipal de
Saúde multou a cantina da
obra por falta de asseio e
porque cozinheiros e copei-
ros não usavam uniforme.
O Peixão da Economia, on-
de foi comprado o peixe ser-
vido no almoço, teve 33
quilos de pescado apreendi-
dos — estavam estragados
' — e foi multada em S Unifs
(NCzS 129,36). A 151 DP
abriu sindicância e aguarda
recolhido para prosseguir as
investigações. A chefe de re-
cursos humanos da Cons- É o lobo!
trutora Presidente, Célia
Macieira, desmentiu que a
Atenção lambadeiras e
empresa tenha tentado reti-
rar os intoxicados do hospi- lambadeiros, bregas e
tal. bregos, o lobão vai
arrasar na Vez do
Brasil, neste sábado às
18:00 horas.
 JORNAL DO BRASIL
PMs acusados
de roubar
e torturar
Dois policiais militares do 6"
BPM (Tijuca) são acusados de tentar
matar na madrugada de ontem, perto
do Alto da Doa Vista, o contínuo
Cristóvão Pereira Cabral, 27 anos, e
um amigo dele, o camelô Paulo de
Sou/a. Cristóvão, trabalha no
"títnrrórin tk)-PMDILqueda Avenida Al-
mirante Barroso, 72, no Centro, ctm- •
seguiu escapar, mas Paulo continua
desaparecido.
Por volta de Ihj contou Cristo-
vão, os dois estavam perto de suas
casas, na Favela do Metrô, cm Man-
gueira, quando foram presos pelos
PMs e levados em um Gol da corpo-
ração até a 20aDP (Vila Isabel). Na
delegacia, a ficha criminal dos dois
foi pedida por telex, nada constando
contra Paulo. Cristóvão esteve preso
no ano passado na 25aDP (Engenho
Novo), por tráfico de entorpecentes,
mas foi absolvido. Os dois foram li-
berados da delegacia de Vila Isabel
aproximadamente às 3h da manhã.
De acordo com o relato de Cristo-
vão, quando estavam em um ponto
de ônibus, os dois foram novamente
algemados pelos dois policiais milita-
res, "um magro c outro gordo", e
colocados dentro do carro do 6"
BPM. Um dos policiais, contou o
continuo, disse a eles: "Só vou assus-
tar vocês. Não vou matá-los, não."
Os PMs seguiram então para o Alto
"em um local
da Boa Vista, oricle "7
escuro, cheio de árvores"O c mato
passaram a torturá-los. PM gordo
arrancou o cordão de prata que esta-
va no pescoço de Paulo para me en|
forcar", disse Cristóvão, acrescentai)-
do que depois o "magro apanhou
uma cabo cie aço no carro Os dois
PMs envolveram o pescoço de Cristo-
vão com o cabo e, cada um puxando
de um lado, como se fosse um cabo-
de-guerra, passaram a esganá-lo.
Cristóvão contou que desmaiou e
depois, já no chão, sentiu que lhe
"talvez
perfuravam o pescoço, com
uma chave de renda". Ele conseguiu
fugir, vagando pelo mato até às lOh e
saiu .na Rua Dona Castorina, onde
foi recolhido por uma patrulha da
PM, com marcas de esganadura e
feridas no pescoço. O continuo foi
levado para a 15aDP (Gávea), onde o
delegado titular, Werther Losso,
mandou abrir inquérito, enviando-o
a exame de corpo delito. Equipes da
15aDP e do 2" BPM não conseguiram
encontrar Paulo. Segundo Cristóvão,
os PMs deveriam estar tentando rou-
bar os NCzS 80 que Paulo tinha no
bolso. Na 20aDP, o delegado Ely Bit-
tencourt disse que será fácil a identifi-
cação dos dois PMs, através do reco-
nhecimento que será feito pelo
detetive que estava de plantão na de-
legacia.
óleo vaza — Há pelo menos
três dias um oleoduto de um metro de
diâmetro da Petrobrás está vazando
em Itaguai, na altura do Km 16,5 da
Rio - Santos. Técnicos da empresa
estão desde ontem no local e até à
noite ainda não havia sido reparado o
rompimento da tubulação. O óleo
cru, vindo do Terminal Maritimo da
Baia da Ilha Grande para a Refinaria
de Duque de Caxias, encharcou uma
área de aproximadamente três mil
metros quadrados, em terreno de
propriedade da Fernando Chinaglia
Distribuidora, sendo drenado para o
rio Cação, que deságua na Baía de
Sepetiba.A situação está parcialmen-
te sob controle, com trechos do ria-
cho bloqueados e o óleo sendo aspi-
' rado por caminhpes-tanque à vá-
cuo. O duto tem uma extensão de 123
' quilômetros desde o depósito da Ilha
Grande até a Refinaria Duque de Ca-
. xias e o rompimento foi na altura do
Km 55. Este é o primeiro acidente
desde a instalação há 11 anos.
Banqueiro — De posse do lau-
do do instituto Médico Legal Afrânio
Peixoto, o delegado José Gomes So-
brinho, que preside o inquérito para
apurar o assassinato do banqueiro
Wellman de Queirós, do BRJ, no si-
nal da esquina das Ruas Mena Barre-
to e Sorocaba, na segunda-feira à
noite, disse ontem, ter aumentada a
sua suspeita de que a vítima foi morta
em assalto praticado por menores ou
ladrão sem muita experiência. Con-
. forme o laudo do IAP, o banqueiro
levou um tiro no frontal esquerdo e
tem outro ferimento, também por ti-
ro, no dedo anular da mão direita
j (segundo o delegado, com esfacela-
mento dos tecidos). Para Gomes So-
brinho, o tiro no frontal não deixa
; licença até se restabelece-
dúvida de que o disparo foi feito do
lado de fora dó carro de Wellman; o
ferimento da mão, parece indicar que
a vitima ao ver a arma apontada para
sua cabeça, deve ter levantado as
mãos em gesto instintivo de defesa,
gesto que pode ter sido interpretado
pelo criminoso, como uma reação.
Casal morto — o agricultor
Anastasi Ioanni Tis, 57 anos, e sua
mulher, Xrysanti Ioanni Tis, de 56.
foram assassinados com várias faca-
das na tarde de quinta-feira por seis
assaltantes que invadiram o sítio do
casal, localizado na Rua da Maçona-
ria, em Imbariê, distrito de Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense, para
roubar as armas que o morto colecio-
nava. Os ladrões prenderam 15 pes-
soas em um banheiro e r,aquearam a
casa antes de fugir.
Assassinato — 0 delegado
aposentado Válter Tavares da Silva,
64 anos, foi assassinado com três ti-
ros na cabeça, na madrugada de on-
tem, por três homens que bateram à
porta de sua casa. na Rua São Fran-
cisco de Assis. 116. Centro de São
João de Meriti. na Baixada Flumi-
nense. Os três queriam que Válter
lhes entregasse a chave e os documen-
tos da motocicleta do seu filho e o
delegado tentou reagir.
2" Edição u sábado, 4/3/K9 o Cidade o 5
Polon (to Joflo Cnrntiolrn
Sarney
pára
obras em
presídios
O secretário de Justiça, Técio Lins
e Silva, convocou seus colegas dos
outros estados para ir a Brasília se-
mano que vem, a lim de pressionar o
Congresso Nacional, para que derru-
be o veto do presidente José Sarney
ao programa penitenciário nacional.
Ele explicou que. não.foi suspensa
somente a verba para construção'^""
Bangu 2, mas também os recursos
destinados a todas as obras no setor
penitenciário em todo o Brasil.
Lembrando que cerca de mil in-
ternos do sistema penal do estado do
Rio são condenados pela Justiça íc-
deral e que o governo federal não dá
nenhuma ajuda aos governos está-
duais para sustentar esses presos, o
secretário disse que vai propor aos
seus colegas de outros estados que
não recebam mais os presos da
União. "Vou colocar todos eles num
camburão e mandar para Brasília,
para o ministro Mailson da Nobrcga
Carlos Eduardo Marcondes Ferraz, WÜIiam Gomes Camacho e Klauss Thurm jogavam na casa gerenciada por Isa Ah toma e os mentores do Plano Verão cuida-
rem", ironizou Tccio.
Recentemente, Técio participou
em Recife do I" Encontro Nacional
de Secretários de Justiça, onde foi
H
Constituição cansa 20 eleito presidente do Foruin Nacional
policiais Permanente dos Secretários de Justi-
"o
negócio era explorado pelo banqueiro de poucos metros do Pub. A estratégia, ex- O detetive Solimar foi liberado logo ça. Ressaltando que governo fede-
jogo do bicho Castor de Andrade. plicavam os dois delegados, visava á pri- depois de interrogado e os demais presos ral não honrou os compromissos as-
Mais do que de pistolas e metralha- são de quem entrasse ou saísse do bar. sumidos com os governos estaduais",
Agentes esperam o foram levados para a Superintendência o secretário disse que a prioridade do
doras, os policiais precisaram de paciên- Ao amanhecer, foram detidos OS da Policia Federal por volta das 9h30. -farum será lutar—pela -exeeuçàe-4e
sol para invadir~ cia paralfõnsêguir entrar no bar. I inham apostadores Klauss Jiirgcn Thurm. ins- quando prestaram declarações no inqué-
nas mãos um mandado de busca da juíza trutor de tênis do Hotel Shcraton, Carlos rito aberto para investigar o crime, pife- programa penitenciário nacional.
a casa de jogo Julieta Luntz, da 13a Vara Federal, que no artigo 334 do Código Penal — Prejuízo - Desde ontem, estão
Eduardo Marcondes Ferraz Filho, dono visto
nada valia até o nascer do sol. Resigna- da distribuidora de títulos Dinâmica, o
"contrabando ou descaminho" —,
que paradas as obras do presídio de segu-
Em respeito à Constituição, 20 agen- dos, os delegados Paulo Roberto Orne- rança máxima Bangu 2, projetado
comerciante William Gomes Camacho c prevê punição a quem importa ou expor- com 576 celas individuais. Iniciada
tes da Polícia Federal não pregaram o Ias, da Fazendária, e Altamiro Nasci- o vendedor de planos de saúde Jeflerson ta mercadorias poibidas ou tenta iludir o
olho durante toda a noite de quinta-feira mento, da Entorpecentes, esperaram o em agosto do ano passado, a constru-
Sidney Santana, que seria o verdadeiro pagamento de direito ou imposto devido ção foi interrompida devido a uma
e madrugada de ontem. Como o Capítu- dia clarear. pela entrada, pela saida ou pelo consumo
Io I dos Direitos e Garantias Fundamcn- O comando da operação — ou vigília gercrçte do jogo. segundo os agentes. Isa decisão do presidente José Sarney.
tais proíbe a invasão de propriedades das — ficou a cargo do delegado Ornelas. Os Antônia Ramos Carneiro, que garantiu da mercadoria. que suspendeu o repasse de verbas
ser a gerente, e sua auxiliar. Ana Cláudia O artigo 334 se aplica ao caso porque
18h às 6h. mesmo com ordem judicial, os policiais chegaram às 23h em cinco car- a técnica da Polícia Federal Angela de para o programa penitenciário nacio-
homens das delegacias de Policia Fazen- ros sem identificação. Num início de tra- Nonato Castilho, também foram deti- nal.
das. Almeida Omcna constatou que os com-
dária e de Repressão a Entorpecentes balho que prometia uma noite movimen- ponentes eletrônicos como os circuitos
Em julho de 1988, convênio entre
esperaram oito horas para estourar uma tada, os federais foram logo rendendo o No local do cassino funcionava, até integrados são importados. Por isso. Isa o cx-Ministro da Justiça, Paulo Bros-
casa de jogos que funcionava no Anieri- detetive Solimar, que tentou negar sua dois anos atrás, a Piccola Trattoria Ali- e Ana Cláudia sard e o governador Moreira Franco
mentos Ltda, cujos equipamentos, como permanecerão presas, já permitiu a liberação da primeira par-
can Bar Royal Pub, na Rua Dias Ferrei- ligação com o jogo mas não convenceu. que o crime de contrabando é inafiançá-
ra, 199, Leblon (Zona Sul). Detido, Solimar foi em seguida levado fogão industrial e câmara frigorífica, vel. A situação de Jeflerson está sendo cela dos recursos, a fundo perdido, de
Foram apreendidas 12 máquinas de para a Superintendência de Polícia Fede- permanecem no mesmo lugar. Por falta analisada pelos agentes da Delegacia de NCzS 890 mil, que garantiu a cons-
videopôquer, dois cadernos que registra- ral, na Praça Mauá (Centro), onde foi de espaço para as 12 máquinas de video- Policia Fazendária. Se não ficar provada truçâo até fevereiro. A partir desse,
vam o movimento das apostas e garrafas interrogado. póquer, três estavam guardadas no frigo- a sua ligação com a exploração do jogo. mês, com a liberação de NCzS 5 mi-
de bebidas importadas. Solimar Teixeira, Dezesseis policiais — quatro haviam rifico. Só depois de quase duas horas de será liberado. Ihões em parcelas mensais, as obras
detetive-inspetor da Delegacia de Homi- retornado com o primeiro preso — per- busca é que os federais encontraram os O delegado Paulo Roberto Ornelas prosseguiriam em ritmo acelerado até
cídios, passou de mocinho a bandido: maneceram no local. Uns dentro dos cadernos da contabilidade do jogo: um recolheu os contratos sociais do Arneri- a conclusão, prevista para dezembro.
responsável pela segurança da casa, foi carros, outros espalhados pela calçada mostrava os valores dos créditos; o outro can Pub e não quis revelar os nomes dos O dinheiro não foi liberado.
apanhado em flagrante. Duas mulheres do prédio Praia Leblon. A ordem era apontava nomes de freqüentadores, entre sócios. Explicou que não podia ter certe- Construído cm módulos pré-fa-
não despertar a curiosidade dos freqüen- eles Klauss e William, que gastaram on- za da validade do contrato, que poderia bricados, o sétimo presídio do com-
que controlavam o jogo e quatro aposta- (adores dos bares do Baixo Leblon, prin- plexo penitenciário de Bangu. na Zo-
dores também foram presos. De acordo tem respectivamente NCzS 770 c NCzS estar desatualizado e não queria incrimi-
com denúncia feita à Polícia Federal, o cipalmente os da pizzaria La Mole, a 15. nar inocentes. na Oeste, tem projeto para 15 mil
metros quadrados de área construída,
em terreno de 45 mil metros quadra-
'Pula-pula' dos — o Bangu I, ao lado. tem 48
Toque de campainha, a senha ilude celas e foi feito com a mesma técnica,
polícia
O acesso ao jogo era controlado, do gatina existia, fato constatado com as No dia 13 de agosto do ano passado, As fichas são vendidas antes do inicio do simples e de rápida execução. Além
lado de fora do Pub, pelo detetive Soli- investigações. Entre Ih e 2h, os fede- quando policiais federais, civis c mili- jogo e, também como num cassino, são das 576 celas individuais de 6.2 me-
mar. Por uma campainha escondida no rais trocaram de lugar. Quem estava tares fecharam o cassino Barão de servidos lanches e bebidas. Normalmente tros quadrados, divididas em 18 pavi-
madeirame da fachada, ele avisava da no carro foi para a calçada e vice-vcr- Drummond, na estrada Rio—Petrópo- o pula-pula começa entre 21 li e 22h e Ihões, haverá escola, centro médico,
chegada de estranhos. Um código de sa. Nova troca seria feita às 4h. Duran- lis, cm Xérem, distrito de Duque de nunca termina antes das 6h. O jogo é lavandeira e quadra de esportes.
"Se
toques informava se a porta podia ou te toda a madrugada, o assunto entre Caxias (Baixada Fluminense), cerca de explorado pelos bicheiros Turrão, Mani- parar, isso tudo vai deterio-
não ser aberta. Os policiais sabiam de eles era um só: o estouro do cassino. outras 15 casas idênticas funcionavam nlio, Piruinha e Luis Drummond, o Luisi- rar", prevê o gerente da obra. Álvaro
tudo isso há duas semanas, quando re- livremente no Grande Rio e nas Re- iiljò da Imperatriz. Segundo ainda o con- Monnerat Cortes, da Empresa Cario-
Quando muito, recordavam outros ca- ca de Engenharia. Ele conta que os
ceberam a denúncia. Desde então, pas- sos semelhantes. giões Serrana, dos Lagos e litorânea traventor, o lucro é considerado ape-
saram a investigar o movimento da casa, de Angra dos Reis. Os banqueiros do nas satisfatório, porque os jogadores 250 operários foram dispensados, res-
Às 6h, o fim da espera: dois agentes tando o pessoal administrativo e vi-
chegando a infiltrar alguns agentes.
receberam a missão de procurar um jogo do bicho Castor de Andrade e Vai- são poucos. Ele explicou que num apar-
De início, os policiais tentaram en- domiro Teixeira, o Miro, donos do Ba- tamento funcionam de cinco a oito me- gias, ao todo 15 pessoas. Equipamen-
trar tocando a campainha e batendo chaveiro para abrir a porta. Às 7h, o rão de Drummond, foram presos e, no sas. tos como tratores, escavadeiras,
na porta. Inútil. Usaram as chaves ataque: a porta foi aberta e os policiais dia seguinte, a cúpula da contraven- De acordo com esse banqueiro, os quatro caminhões e guindastes foram
apreendidas com Solimar, mas elas não conseguiram entrar. Notaram que as ção ordenou o fechamento dos demais exploradores do jogo se preocupam mais levados embora.
serviram. O grupo que estava lá dentro máquinas de videopôquer, antes sobre cassinos. com a Polícia Federal do que com a A Secretaria de Justiça espera que
ficou calado, sem fazer o menor barulho, as mesas do Pub, haviam sido retira- Os prejuízos, segundo um conhecido Policia Civil. Como exemplo, citou o o Congresso Nacional anule o o veto
como se quisesse convencer os policiais das. Logo descobririam que tinham si- banqueiro, foi incalculável, mas logo Clube Sambola, na Avenida Suburbana, do Presidente da República até o dia
de que não havia ninguém ali. Os agentes do levadas para o andar superior, onde os contraventores colocaram em prá- na Piedade (subúrbio), que funciona há 14 de março. Já foram executados
tinham certeza do movimento e resolve- funcionavam a cozinha e o depósito. tica um outro tipo de jogo:o pula-ptila, vários anos e nunca foi estourado pela 20% das obras do Bangu 2. o que
ram esperar. Pacientes, sabiam que no Apostadores e donos da banca perma- que era explorado pelos pequenos ban- polícia. O Sambola está na área da 24a. corresponde a um terço dos pavilhões
bar só havia uma porta. neceram sentados, como se nada esti- queiros, em apartamentos da Tijuca. DP (Piedade) e da Delegacia de Vigilân- de celas, a quinta parte do muro de
Das 23h às 7h, os policiais viveram a vesse acontecendo. Garrafas vazias so- Grajaú, Méier e outros bairros da Zona cia Norte. José Scafura, o Piruinha, é o sete metros de altura, metade da ter-
expectativa do que iriam encontrar no bre as mesas denunciavam a longa Norte e dos subúrbios. Na Zona Sul o banqueiro e como o Sambola, mantém raplanagem, 20% das fundações e
Pub. Não tinham dúvidas de que a jo- espera. Era o fim do jogo. pula-pula concentrava-se mais era Bo- outros jogos carteados nos Pilares, Del 3% das instalações de água e elétri-
tafogo e no Flamengo, mas os ban- cas.
Castilho, Madureira e Irajá. Na Zona da
queiros de bicho logo alugaram apar- Lcopoldina é Luisinho da Imperatriz O diretor do Departamento do
Lei só tamentos em Copacabana, onde o jogo quem explora o jogo. Na Zona Sul, se- Sistema Penitenciário (Desipe), Os-
preserva domicilio começou a crescer. waldo Deleuze Raimundo, diz que o
Lei e ordem são preceitos que se gundo o banqueiro, são usados cerca de
Segundo o jurista, não era preciso O pula-pula é um jogo carteado e 100 residências entre Copacabana e Bar- Bangu 2 é importante por ser presídio
completam, na opinião do jurista Mi- tanto cuidado, mas, se os policiais es- tem este nome porque diariamente muda ra da Tijuca para a exploração do pulei- de segurança máxima, para onde vão
guel Reale, para quem a polícia até tavam em dúvida, "fizeram muito bem de local. Uma noite está num pequeno os presos mais perigosos. Ele explica
exagerou ao esperar para invadir uma pula. É fácil, segundo ainda o banqueiro,
em esperar. apartamento na Avenida Prado Júnior que no Estado do Rio há três unida-
casa de jogo depois das seis horas. "A Um advogado carioca acha que, se o ou na Rua Belford Roxo e no dia seguin-
saber qual o prédio usado pelos jogado- des de segurança máxima — Lemos
lei que impede invasões das 18h às 6h jogo estava correndo solto no bar, não te numa mansão na Barra da Tijuca ou res. Normalmente, as ruas são ocupa- de Brito e Milton Dias Moreira, na
só preserva os domicílios, pois trata da seria necessária ordem judicial nem a num apartamento de luxo em Ipanema. das durante toda madrugada por car- Rua Frei Caneca, e Cândido Mendes,
preservação de valores, como a famí- espera de que o dia clareasse para que Como num cassino, os jogadores são ros particulares e há sempre um na Ilha Grande —. "todas em péssi-
lia, por exemplo", afirma ele. a polícia entrasse. selecionados e, acima de tudo, discretos. guardador para evitar roubos. ma situação material".
Custódio Coimbra
Os 95 operários da
? Construtora Presidente
intoxicudos no almoço ser-
vido quinta-feira no cantei-
ro de obras da Rua Mar-
quês de São Vicente, 124,
Gávea, e levados para o
Hospital Miguel Couto (Co-
to) tiveram alta e estão de
rem. A vigilância sanitária
da Secretaria Municipal de
Saúde multou a cantina da
obra por falta de asseio e
porque cozinheiros e copei-
-ros não usavam uniforme.
O Peixão da Economia, on-
de foi comprado o peixe ser-
vido no almoço, teve 33
quilos de pescado apreendi-
dos — estavam estragados
— e foi multada em S Unifs 0
m
(NCzS 129,36). A 15' DP
abriu sindicância e aguarda
laudo do exame do alimento
recolhido para prosseguir as
investigações. A chefe de re-
cursos humanos da Cons- É o lobo!
trutora Presidente, Célia
Macieira, desmentiu que a
empresa tenha tentado reti- Atenção lambadeiras e
rar os intoxicados do hospi- lambadeiros, bregas e
tal. bregos, o lobão vai
arrasar na Vez do
Brasil, neste sábado às
DOMINGO CHALÉ VOLTA PRA CASAI... Ao casarão de Botafogo,
seu endereço há 25 anos. VENHA COMEMORAR CONOS- 18:00 horas.
VAvicdodes
powodta em revista. COI... No Chalé Brasileiro tem festival todos os dias; Feijoada,
coelho à caçadora, pato assado c/purê de maçã. Aos a A &
domingos, cozido à mineira. Pernil de carneiro ao forno e
JB todos os pratos típicos bahianos. Rua da Matriz, 54 Botafogo. Q3DA OS
? í ZEsr
Reservas; 286-0897/246-3599
Rio-Niterói completa 15 anos em crise
Ao completai) 15 anos hoje, a ponte zar. Seus engenheiros dizem que o pedágio
Rio-Niterói. como todo adolescente, vive até agora só pagou metade dos custos
uma crise de crescimento, com volume de médios de manutenção, embora os pró-
veículos quase quatro vezes maior do que o prios dados oficiais do DNER deixem dú-
previsto no projeto inicial. Ela faz o seu vidas sobre essa alegação. Entidades de
ciçbui apregoando déficit, pobreza, sem di- defesa do consumidor também não se con-
reito a se ornamentar com seu colar dc vecem e mais de uma vez entraram na
pérolas — um conjunto de lâmpadas deco- Justiça, nos últimos anos, intimando a ad-
rativas em toda a sua extensão, apagadas ministração da ponte a provar que o di-
sob o pretexto de atrapalhar a aviação. E nheiro do pedágio ê insuficiente.
perdeu até o pedágio — fonte de recursos Em janeiro, por exemplo, 1.249.845 veí-
— culos pagaram NCzS 0,40 de pedágio cada
próprios e de muitas brigas judiciais
substituído pelos selos colados nos carros. um, o que perfaz quase NCzS 500 mil no
Congestionada quase diariamente na més. Dados oficiais do DNER dão conta
hora do rush e na evasão dos fins de de que os custos médios mensais de manu-
semana, com buracos que se abrem quase tenção são atualmente de NCzS 530. O que
no mesmo ritmo em que outros são tapa- se arrecadou, portanto, quase supriu os
dos, problemas constantes de sinalização e gastos necessários e ultrapassou largamen-
morosidade nos reboques, a ponte, como te a metade dos custos. A matemática da
todos os demais complexos rodoviários do manutenção; no entanto, também mudou,
país, quer mais dinheiro para se moderni- com o fim do pedágio. Os recursos para a
À construção quadro a quadro
Homens-ràs buscando corpos eram cena comum em 1970
(E). Centenas morreram para construir as fundações
O vão central e fechado em janeiro de 74 (acima).
Em março. Mediei e Andreazzâ comandam inauguração
de crescimento:
quer
ponte agora sairão do bolo arrecadado
com a venda dos selos e os critérios de
distribuição ficarão por conta do DNER.
Brasil Grande — De fato, não é fácil
manter uma ponte prevista para um tráfe-
go médio diário de 20 mil veículos e que
hoje tem um volume de quase 80 mil.
perfazendo em torno de 2 milhões 400 mil
por mês. Os números, como os problemas
da ponte, são grandiosos. Nesses 15 anos,
235 milhões, já passaram por suas seis fai-
xas de rolamento, com 26 metros de largu-
ra.
Acusada na época de elitista e dispensá-
vel, a ponte, com seus 14 quilômetros, teve
custo inicialmente estimado cm 200 mi-
Ihões de cruzados antigos. Mas os gastos
chegaram a 1 bilhão 500 milhões. Cons-
truída pelo principal tocador de obras dos
tempos do Brasil Grande, o Ministro dos
Transportes Mario Andreazza, a ponte.
mais verbas c já
depois de pronta, deixou viva a Ecex, cm-
presa constituída especialmente para cons-
trui-la e que durante muitos anos após a
conclusão da obra continuou funcionando
num moderno prédio do Rio Comprido,
pagando bons salários aos seus executivos
e engenheiros remanescentes — que, como
funcionários-fantasmas típicos, já não ti-
nham nada para fazer.
A ponte custou também mais de 400
operários mortos durante as obras, em
acidentes nunca esclarecidos conveniente-
mente. Ao todo foram 1.890 dias de obras
envolvendo 10 mil pessoas, entre engenhei-
ros, técnicos e operários. Se a ponte facili-
tou a integração rodoviária entre o Norte e
o Sul do estado e sc transformou numa
opção mais moderna de condução para os
milhares de niteroientes que trabalham no
Rio, trouxe também alguns malefícios para
a capital do antigo Estado do Rio. Hoje
não tem pedágio
Niterói está em decadência econômica, ca-
da vez mais dependente dos serviços do
Rio, e nos fins de semana tem que suportar
uma invasão dos que procuram suas praias
ou cortam trechos da cidade a caminho da
Região dos Lagos. No tempo em que o
acesso era pela estrada de contorno — via
Magé — os caminhos de Niterói eram mais
preservados.
Mas a ponte também tem suas excentri-
cidades, tragédias e curiosidades. Nas pis-
tas, além dos carros, os palrulheiros não,
têm que se preocupar apenas com os suicí-
dios. Também se vêm às voltas com brigas
de casais, pregações religiosas e às vezes até
strip-tease e outras formas de exibicionis-
mo sexual. Poucos sabem, mas sob as pis-
tas turmas de operários trabalham diaria-
mente em túneis internos, ao longo dos 14
quilômetros, para manter os equipamentos
ali instalados.
 JORNAL DO
D 0 BRASIL

Rio de Janeiro — Sábado, 4 de março dc 1989

AP — 2 <1/1/89
sa Antes de
desaparecer,
o escritor
Salman Rushdie
deu esta
última
entrevista

O autor
Elie Marcuse
L Express
antes de entrar
para uma quase clan-
destinidade, sob pro-
POUCO
teção da polícia, o es-
critor anglo-indiano Salman
Rushdie, condenado à morte
pelo aiatolá Khomeini por cau-
sa de seu livro Os versículos
satânicos, deu à revista L'Ex-
press uma entrevista exclusiva.
Para os molas, você é o diabo
que precisa ser destruído...
Falemos sério. É preciso ser
completamente paranóico para
imaginar, em pleno século 20,
que uma religião tão antiga co-
mo o islamismo possa ser
ameaçada por um livro. Claro
que eu tomo minhas precau-
ções. Mas não me sinto ameaça-
do pelos muçulmanos da Ingla-
terra. Recebo montes de cartas
de leitores que me apóiam. Não
existe apenas o Islam dos mo-
lás. Os intelectuais muçulma-
nos me encorajam. Foi o que
fizeram o somali Nouredine Fa-
rah, o tanzíiniano Abdul Razak
Gurnah.
— Mas tem gente se matan-
do em nome do seu livro.
— Eu esperava protestos. Mas
não essa explosão de violência.
É assustador descobrir que um
livro possa se transformar em
pretexto para matar. E para
morrer. Na realidade, meu ro-
mance se transformou num ins-
trumento que cada um explora
como bem entende: para relan-
çar o antiamericanismo, testar
os europeus (eles irão ou não
publicar Os versículos satâni-
cos?) e, principalmente, remo-
bilizar os fundamentalistas nos
lugares onde estão fracos. Co-
mo no Paquistão, onde eles per-
deram quase todas as suas ca-
deiras no parlamento, nas elei-
ções vencidas por Benazir
Bhutto.
?
clandestino
Por que essa onda de inte- — O dinheiro saudita, essen- Por exemplo?
cialmente. Na Inglaterra, a in- Naguib Mahfouz, prêmio
grismo?
É a conseqüência do desa- fluência de Teerã é marginal. A Nobel de literatura de 1988, o
fio que constitui a modernidade maioria dos dois milhões de maior escritor egípcio. Seu livro
do Ocidente, tecnológico, inte- muçulmanos britânicos é suni- Awlcd haratina (Os garotos do
lectual, espiritual. Um exem- ta. Em todo caso, foi o Islam nosso bairro) continua proibido
wahhabita, aquele da Arábia pelos imãs depois de 30 anos,
pio? Na Inglaterra os molás são
importados diretamente do Pa- Saudita, o mais medieval, o sob o pretexto de que ele coloca
mais atrasado, o que pagou pa- uma pergunta sacrílega: Deus
quistão, porque assim a pureza
da fé está garantida. Eles não ra a construção da grande mes- está morto? Autores malditos
falam uma só palavra de inglês. quita de Regenfs Park, em não faltam. Mulheres como a
Como o imã da cidade de Brad- Londres, de onde partiram os jordaniana Fadia Faquir e a
ford, que presidiu o auto-da-fé 10.000 manifestantes vociferan- egípcia Hanan Al Sheikh, força-
das a se exilar na Inglaterra ^pessi^^
de meu livro. do contra meu livro. E onde são
Quem financiou, na In- condenados sistematicamente porque denunciavam a condi-
glaterra, a ofensiva contra seu os intelectuais muçulmanos ção feminina no Islam, domina-
do pelos homens. Ou ainda a
livro? contemporâneos.
maioria dos poetas paquistane-
ses, como Habib Jalib, também
ele refugiado na Inglaterra.
Mesmo na França, Tahar Ben
A
persistência premiada Jelloun, cujo livro La nuit sa-
S versículos satânicos tóricos com mitos e lendas. crée obteve o prêmio Goncourt,
B H é o quarto romance pu- Transformou-se num best sei- não foi poupado pela crítica dos
blicado por Salman Ru- ler. Depois de ter escrito sobre integristas. Basta um intelec-
shdie. Foram cinco anos de tra- a índia da sua infância e sobre
balho, mas ele recebeu um o Paquistão, onde ainda vivem tual muçulmano colocar em
adiantamento de cerca de US$ seus pais, ele se dedicou a questão a primazia da religião,
1,5 milhão. Não foi fácil chegar abordar sua migração para a as certezas da fé, e defender a
a esse ponto. Na verdade, o Inglaterra em Os versículos sa- dúvida existencial do homem
jovem Rushdie, que foi para a tânicos.
Inglaterra em 1961, aos 14 O começo da história é tão moderno, que ele se transforma
anos, e militou ativamente no confuso que, segundo o Le em alvo dos integristas.
movimento estudantil contra a Nouvel Observateur, chegou a No entanto, você não re-
guerra do Vietnã, queria ser ser criado em Londres um
ator. Acabou desistindo, arran- "Clube dos Leitores de Versí- nega sua ligação ao Islam?
jou emprego numa agência de culos satânicos-que consegui- Eu venho de uma família
publicidade e escreveu seu pri- ram passar da página 30". Mas
meiro romance, que foi recusa- o que de fato irritou os muçul- muçulmana na qual não se usa
do por todos os editores. manos foram algumas seqüèn- mais o véu há quatro gerações.
Desta vez, porém, ele não cias oníricas nas quais os pro- O Islam da índia e o dos funda-
desistiu. Escreveu um outro, tagonistas Saladín (que se mentalistas estão a anos-luz
Grimus, que conseguiu publi- transforma em bode) e Gabriel um do outro. O Islam indiano é
car. Talvez tivesse sido melhor (que se toma pelo Arcanjo) en-
muito mais intelectual, mais to-
não conseguir. O livro foi pul- tram em contato com um pro-
verizado pela critica. A desfor- feta chamado Mahound, deci- lerante e, portanto, muito dis-
ra veio cinco anos depois, em dido a fundar uma religião. O tante do dogmatismo teológico
1981, quando lançou Os garo- problema é que ele não conse-
tos da meia-noite. Foi uma gue converter quase ninguém. da Arábia Saudita. Foi nessa
consagração. O romance, sobre Até que Gabriel o aconselha a tradição que eu cresci. Infeliz-
mente, o fundamentalismo ga-
a independência da índia, tem não mais adorar a um só Deus,
como protagonista um jovem mas também a três deusas pa- nha terreno por toda parte, e
muçulmano dotado de poderes gãs, muito populares na região,
sobrenaturais, testemunha das sugestão aceita por Mahound. provoca por sua vez o cresci-
agitações por que passa o pais Além da representação física mento de outros fundamenta-
após a partida dos ingleses. do Profeta, essa inclinação ao lismo: o hinduísta, o sikh etc.
Rushdie ganhou o mais impor- politeísmo deixou os muçul- Sobre o futuro do Islam
tante prêmio literário inglês, o manos de cabelo em pé. Mas o você é...
Booker Prize. que mais os chocou foi a se-
Em 1983, ele voltou a brilhar qüência que descreve um bor- Pessimista. Acho que, antes
com A vergonha, um romance dei cujas prostitutas têm os que a situação melhore, será
sobre a história recente do Pa- mesmos nomes das mulheres
quistão, misturando fatos his- do Profeta. preciso atravessar o pior. Salman Rushdie é pessimista em ^
relação ao Islam
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PAULINHO DA VIOLA APOIO

JORNAL DO BRASIL
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2 o CADERNO B O sábado, 4/3/89 JOIifJAL i>Q BRASIL

O teatroterapeuta Boal
0 A-HA

paulista Augusto Boal,
fl g aquele mesmo do Teatro
^^jjF-dfrGprimiçlo,quem
0 diria...,
virou . teatroterapeuta.—-E—
vai mostrar seus dotes numa série
de dez sessões, no Teatro Cândido
Mendes, em Ipanema, a partir des-
ta segunda-feira. Naturalmente,
contará com a assessoria de uma
equipe de psicoterapeutas brasilei-
ros, liderada por sua mulher, a psi-
canalista argentina Cecília. A série
é aberta ao público, sempre às se-
gundas, quartas e sextas, das 14h
às 17h. Mas o acesso ao teatro só
será possível mediante inscrição (o
preço total é de NCz$ 120,00, mas
Boal pode até fazer um desconto
substancial, se o aluno comprovar a
impossibilidade de arcar com estes
custos), depois de uma entrevista
com o lendário diretor do Teatro de
Arena, na segunda-feira de manhã.
Há 30 vagas e, para os selecionados,
Boal promete emoções imprevisí-
veis e, sobretudo, maior consciên-
cia dos bloqueios e inibições que
acometem cada um de nós no dia-a-
dia. "Não é um curso que dê diplo-
ma de ator e nem que garanta a
cura completa em dez sessões", es-
clarece Boal. "O que se espera é que
as algumas técnicas de teatro pos-
sam ajudar as pessoas a vencer
seus medos."
Tudo começa com uma batelada
de exercícios corporais de sensibili-
zação. Em seguida, começam as
técnicas de pslcodrama. Os alunos
terão alguns temas para serem en-
cenados, em diálogos de improviso,
orientados por Boal. Só que as ce-
nas serão interrompidas e discuti-
das pela platéia: o psicodrama, a
esta altura, vira teatro-foro, técnica
que domina á segunda parte do
curso. É então que, no momento em
que os participantes estiverem per-
feitamente entrosados, chega a vez
da terceira (e mais misteriosa) par-
te do curso. É a série de exercícios
de percepção que Augusto Boal de-
nomina de "teatro-imagem". Na sa-
la escura do teatro, os alunos serão-
surpreendidos com ílashes de luz,
sob os quais serão entrevistas ce-
nas muito rápidas, gestos-
relâmpago. "São cenas que medem
a sensibilidade, a noção de perspec-
tiva e, principalmente, mobilizam o
O criador do Teatro
trata bloqueios
JSSf^f
nao dá
Bool: curso que não da diploma
dfp/o/»a^
Augusto Boal:
inconsciente da platéia", garante o
diretor. Depois, para encerrar o
curso, os alunos ensaiarão peque-
nos esquetes para serem represen-
tados em lugares públicos — pra-
ças, esquinas, estações de metrô,
praias e até restaurantes.
Boal, que atualmente passa dois
meses por ano no Brasil, já testou
as técnicas deste curso na sede do
seu Teatro do Oprimido, em Paris.
"No início, trabalhamos opressões
sociais, de questões que envolviam
as relações patrão-empregado até
preconceitos raciais e sexuais (so-
bretudo os condicionamentos pro-,
duzidos pela mentalidade machis-
ta)", explica. "Mas com o tempo, o
meu grupo passou a desenvolver
também trabalhos teatrais em es-
colas (para modernizar as técnicas
educacionais dentro das salas de
aula) e, ato contínuo, avançamos
pela área da psicanálise, com a in-
dispensável orientação de profissio-
nais habilitados." Na França, o
Teatro do Oprimido participa in-
do Oprimido
do inconsciente
fe>!^
^a
-. •. •. í t#C/ «ffjwrçí .-. .w
o^ur nem
de ator
getra7^e cura
ncm garante
tensamente das comemorações do
bicentenário da revolução de 1789,
com uma excursão que inclui apre-
sentações em mais de 20 cidades
diferentes. "Meu grupo preparou
cenas de teatro inspiradas nos li-
vros de queixas dos cidadãos de
1789 (os célebres carnets de doléan-
ces), para mostrar que muitas das
queixas ainda são atualíssimas,
tantos anos depois", declara Boal.
Em agosto, ele participa de um
congresso internacional de psicote-
rapia, em Amsterdam, Holanda.
No Brasil, Boal já tinha exibido
boa parte das inovações educacio-
nais do seu método teatral quando
trabalhou no projeto de animação
cultural dos Cieps, desenvolvido
durante o governo de Leonel Brizo-
la. "Depois, o PDT perdeu as elei-
ções estaduais e o programa, infe-
lizmente, foi desativado", lamenta
Boal que garante não ter filiações
partidárias. Além deste curso rápi-
do, ele não tem outros planos por
Rindo à toa
Türik de Souza
Fernanda Mayrink ON tour in Brazi]
(WEA), diz a nova capa -r
wlw o trio fotografado em es-
cadlnha sobre pilhas de
compensados — do re
cóm lançado LP do A-
Ha, que vai chegar em
pessoa(s) na segunda às
"ÜÜZ5T
flO" VOU RG 7MTW""
Varlg. (Sc liguem, moça-
dlnha). Só que os fãs do
grupo, que além do aero-
porto invadirem as lojas à procura da guloseima,
vão cariar os dentes na primeira mordida do novo
<'•!>.!¦ ^^V<£ÍWJy disco. On tour in Brazil não foi gravado ao vivo
por antecipação como sugere o melífluo título, e
nem em qualquer outro show do A-IIa mundo
Í «É afora. Trata-se de uma simples compilação dos
iS«M«
Sll* três lançamentos anteriores do conjunto. Do LP
'''"^ra Hunting high and low entram: a faixa principal,
Take on me; Traia of lliought e The sun always
shines on TV. De Scountlrcl days foram escaladas
também a faixa-título, Octobcr; Maybc maybé;
I've bccn loosing you e Cry wolf. Para completar o
pacote, You are thc one foi a única plnçada no
Stay on these roads da safra 87/88 de baladas
perfumadas deste tecno norueguês cm viagem à
sombra do Duran Duran. No caso do disco, a
gravadora do A-Ha riu primeiro, mas rirá melhor?
Na versão em carne e osso, antes mesmo dê
pisar nos palcos, o A-Ha já pode arreganhar a
dentadura. Para a apresentação carioca na Praça
compl^ ew dcz sessdes
completa
da Apoteose, na próxima sexta, dos 30.000 Ingres-
sos espalhados pela cadeia de lojas C&A já foram
aqui, além de votar para presidente adquiridos quase metade, 14.000. Resultado recor-
("Não escolhi ainda o candidato"). de para um tipo de público acostumado a comprar
Sua agenda internacional, em com- na última hora ou tentar pular a cerca durante a
pensação, está repleta. Inclui espe- confusão de entrada. O preço é salgadinho, NCzS
táculos de Teatro do Oprimido na
10 per capita, para encarar o sereno à partir das
Suíça, na Alemanha, na França e
na Holanda. E um espetáculo de 21h30. Além do show no Rio, o grupo se apresenta
teatro convencional, a ser estreado em Porto Alegre, dia 14, no Olímpico, e em São
em outubro, em Colonia, na Alemã- Paulo, no Parque Antárctica, dias 17 e 18.
nha: a adaptação feita por Boal do
livro-denúncia (best-seller mundial) Divulgação
ttfsa
Cabeça de turco. "Lamento não po-
der interferir de um jeito mais cons-
tante na cultura do meu país, mas o
fato é que só consigo sobreviver no
exterior, onde o teatro é patrocina-
do com verbas do governo, como
aliás em qualquer país civilizado do
mundo, e não depende da política
de marketing desta ou daquela em-
presa, como pretende esta nociva
Lei Sarney", finaliza o diretor que,
na semana que vem se reúne com o
vice-prefeito Roberto D'Ávila para
estudar as possibilidades de reati-
vação do programa cultural dos.
Cieps.

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Educação e Cultura - FUNARJ

Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro

MAIO/JUNHO DE 1989

CULLBERG BALLET /Suécia) MARTHA CLARKE DANCE THEATRE (USA)

5 a 8 de maio 31 de maio a 4 de junho
Giselle na versão de Mats Ek vive seu mun- A vanguarda na dança que busca inspi-
do fantástico na realidade de um manicômio ração numa obra-prima da Idade Média -
hoje, e mais o massacrante misticismo espa- O Jardim das Delícias - de Bosch. Males do
nhol de Casa de Bernarda Alba, considera- Inferno, Adão e Eva, anjos que voam, tudo
da mundialmente a melhor coreografia da num mundo mágico, abstrato, delirante.
obra de Lorca.

"N\-
vvTv'.v v.v.-/.s*.\ >. . . . v. .vav.-.'.v.: .:.
FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA
GRUPO CORPO (Brasil)
19 a 22 de maio
Consagrado e premiado no Brasil e no ex-
terior, trará novas e sempre belas coreografias
de Rodrigo Pederneiras, como a estréia nacio- Assinatura A
"Missa DIA COMPANHIA
nal da do Orfanato" de Mozart.
5 de Maio 21 h. Cullberg (Progr. I)
de Maio 21 h. Cullberg (Progr. II)
19 de Maio 21 h. Corpo
25 de Maio 21 h. BIMRJ
31 de Maio 21 h. Martha Clarke
de Junho 21 h. BCSP
17 de Junho 21 h. Nederlands /Progr. ii
19 de Junho 21 h. Nederlands (Progr. II)
fris./cam. - MCzS 2.100,00
plat./b. nobre • NCz$ 320,00
b. simples - NCz$ 195,00
galeria - NCzS 120,00
Assinatura B
COMPANHIA
DIA
6 de Maio 17 h. Cullberg
21 de Maio 17 h. Corpo
28 de Maio 17 h. BTMRJ
4 de Junho 17 h. Marlha Clarke
11 de Junho 17 h. BCSP
18 de Junho 16 h. Nederlands
fris./cam. - NCzS 1.350,00
plat./b nobre - NCzS 205,00
b. simples - NCzS 125,00
galeria^f'Cz$ 75,00
m»l I i,. v.v. .v..
BALLET DA CIDADE DE SP (Brasil)
8 a II de junho
Uma das mais importantes companhias do
Brasil, possui um vasto repertório contempo-
Assinatura C rãneo e apresentará, dentre outras, obras de
DIA COMPANHIA
Victor Navarro Arrais e Lia Robato.
8 de Maio 19 h. Cullberg
22 de Maio 19 h. Corpo
29 de Maio 19 h. BTMRJ
3 de Junho 18 h. Martha Clarke
fris./cam. - NCzS 800,00
plat./b. nobre - NCzS 120,00
b. simples - NCzS 70,00
galeria - NCz$ 40,00

m^88 Venda de Assinaturas de 6 a 31 de Março,

11
de 2a a 6a feira, de 10 às 18 hs, no Teatro Municipal, entrada pela rua Manuel de Carvalho s/n°,
BALLET DO TMRJ (Brasil) de 2o a 6° feira, de 14 bb 20hs, no Rio Design Center, rua Ataulfo de Paiva 270, NEDERLANDS DANS THEATER (Holanda)
25 a 29 de maio 17 a 19 de junho
Primorosa reprodução do clássico Giselle Novas formas coreográficas, belos gestos
PROMOÇÃO
em versão coreográfica de Peter Wright com poéticos, deslumbrantes efeitos visuais é o que
cenários e figurinos de Peter Farmer, uma pro- Jiri Kylian, um dos maiores criadores do nos-
dução original do Convent Garden, de lon- JORNAL DO BRASIL so tempo,mostrará em l'Enfant et les Sorfilè-
Amm
dres. ges, Sinfonietta e L Histoire du Soidat.
 sábado, 4/3/89 o caderno b o 3
JORNAL DO BRASIL

Sarney na ONU Tudo Medeiros do B Convertido

O presidente José Sarney pode Ir
à próxima asscmbléia-geral das
Nações Unidas, cm setembro, expli-
ear pessoalmente a política de seu
governo sobre a Amazônia.
o Isso é bom porque assim os brasi-
leiros também vão acabar sabendo.
m m m
Santo de casa
Numa Interessante reportagem
sobre as assombrações do serviço
público, q Jornal Nacional, da TV-
Globo, se' esmerou.
Levou ao ar, em ectoplasma e
-efifiêr-o-repórteF-Atex^dr€~GfirG4a,-
comentando a praga nacional dos
funcionários fantasmas, que ga-
nham do governo sem se dar ao
trabalho de conhecer, nem que seja
por curiosidade, a repartição que
emite seus contra-cheques.
Alexandre Garcia fala do assunto
com total autoridade.
Pertence aos quadros do Banco
do Brasil, lotado no gabinete da
presidência, onde só costuma se
materializar graças ao milagre do
vídeoteipe.
Ressaca
Do deputado Júlio Campos (PFL-
MT), sobre o comitê eleitoral que o
governador de Alagoas, Fernando
Collor de Mello, está armando em
Brasília:
— Sonho de menino rico.
Como, cinco anos atrás, Campos
e Fernando Collor andaram juntos
a bordo da candidatura Paulo Ma-
luf, resta saber como é que o depu-
tado interpreta aquele tipo de
sonho.
O presidente do Sindicato dos A excursão do ex-governador
Metalúrgicos de Sáo Paulo, Luiz Leonel Brizola por Sáo Paulo no
novo Antonio de Medeiros, ligado á CGT, início da semana deixou para trás
O deputado Mil- está mesmo a virar a mesa do pacto pelo menos um grande trunfo pes-
ton Reis, secretrt- social, que andou freqüentando no Zozimo soai.
rio-geral do PMIUl rim do ano passado. Embora sua longa entrevista ao
às vésperas de lar- Medeiros tem feito, nos últimos Rubons Monloíro vivo no programa Roda Viva da
gar o diretório, está dias, pipocar greves por aumentos TV Cultura tenha sido considera¦
mudando de alto a salariais contra o Plano Verão cm da tttn-fiascrrxleitui at' )io coftíãTõ'
baixo. diversas empresas itidustriais pau- direto com empresários na sede da
Está amàciando listas. Federação do Comércio, ele fez
um nariz novo, assi- Na próxima semana, ele promete
aventurar-se no terreno da rival pelomenos uma conquista.
nado pelo cirurgião » O presidente da Federação,
Ivo Pitanguy. CUT, organizando greves cm em-
presas dos setores de material piás- Abram Sjazman, saiu da conversa
E fez sinais ao tico e químico. cheio de Brizola na cabeça.
PSBD de que pode "Vou ensinar a CUT a fazer gre- H B
aderir á candidatu- ve", avisa. Roda-Viva
ra de Mário Covas. Há o dedo de Medeiros também D. Marly Bamov vlstt-nrrt amanhã ÜIIL-
de~fuTF São Paulo o ministro Antônio Carlos
meira vez que, em cionários que está abalando os Magalháes.
sua longa carreira, aristocráticos alicerces do Jockey Chega hoje ao Rio, vindo dc Lnsalia,
Pitanguy faz um Club de São Paulo. Zâmbia, o subsecretário para assuntos
perfil de tucano. Foram lhe pedir ajuda e Medei- africanos do Departamento de Estado
ros entrou até com o carro de som americano, Charles Freeman. Na se-
para o movimento. Kunda-feira voa para Brasília, onde
Jazz tratará de asuntos sobre a sua cspecia-
Udade, destacando-se a independência
no MAM da Namíbia, almoça com o Encarrega-
Está chegando ao Conversa
_ »y«ltMwrBÍ do de Negócios dos Estados Unidos,
Brasil, para a reaber-
Comentário do deputado Paes Glória Severiano Ribeiro, anfitriã, e Maria José Maga- James Ferrer, e toma o avião à noite de
tura dia 13 da série de Ihães Pinto, aniversariante, no bonito alvioço de volta a seu pais.
música do MAM, o Landim (PFL-PI), pelos corredores Dora Pellegrlno e Fábio Barreto par-
do Congresso: sexta-feira no Mr. Ramos
pianista e compositor — O Heitor Ferreira está conspi- tlclpando o nascimento de sua primeira
austríaco Erich filha, Mariana.
Lauer, que viaja pela rando 25 horas por dia. O festival de homenagens a Eduardo
América do Sul sob os Pelo menos náo é no IBC. Sucessão Troco
Couri prossegue com o jantar que ofe-
auspícios do governo O ministro Francisco Rczck, aos 45 anos A ministra do Trabalho, recem hoje no Country Club, Maria
de seu país. ¦ ¦ ¦ caçula do Supremo Tribunal Federal, nun- Dorothéa Werneck, inau- Helena e Sérgio Chermont de Brito.
ca votou para presidente da República. gura terça-feira em São No almoço ontem do Bife de Ouro,
Diretor da Escola
de Jazz de Genebra, Escala Tinha 17 anos em 1960, quando se elegeu Paulo, o Centro de Nego- uma mesa reunia a condessa de Paris e
Lauer é um exímio im- Jânio Quadros. ciações e Treinamento em as Sras. Mariazinha Guinle e Maria
Dura é a vida dos fiscais do minis- Em compensação, é ele quem vai presidir Relações Sindicais da Fe- Teresa Camargo.
provisador, e pratica deração das Indústrias. A elegante Vivi Nabuco tomando au-
um estilo jazzístico le- tério da Agricultura que mourejam o Tribunal Superior Eleitoral a partir do Ias de gôlfe.
vemente colorido de na inspeção sanitária do aeroporto próximo dia 15, com a responsabilidade de Uma espécie de Dieese O novo embaixador da Grécia no
inspirações clássicas. de Salvador, na Bahia. tomar conta da eleição presidencial de no- dos empresários, destina- Brasil, Steplanos Potamianos, apresen-
Somam, ao todo, 15 agrônomos, vembro. do a analisar tendências ta credenciais ao presidente José Sar-
No MAM, estará to-
cando no piano Boe- que se revesam em turnos de dois, Sc alguém ainda precisa da prova de sindicais e oferecer dados ney no dia 7.
sendorfer, que é consi- porque ninguém é de ferro. como o tempo passou sobre o silêncio das durante as negociações de Os Versos Satânicos, de Salman Ru-
derado um dos melho- Cada fiscal pega no batente, em urnas no Brasil, Resck parece feito sobre acordos trabalhistas ou shdle, terá edição em português através
res do Rio. média, um dia por semana. medida. greves. da editora D. Qulxote, de Lisboa.
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4

O humor do óbvio
~ "
Mesmo
Mesmo de mal com a TV Globo.
Globo.
Chico Anysio vai mostrar uma outra/temporada
de seu mais antigo sucesso: a escolinha
do Professor Raimundo.
Haimundo. Quem sai ganhando ée o telespectador
FotosFotos de
da Olavo Rufino

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jfr

Grande Otelo será Eus-
táquio, o aluno surdo
Brandao Filho sera
Saiidoval Quaresma
surdez. só diz bobagem; o Sandoval Quaresma (Brandão
Claudia Gimeneze Tassia
Camargo continuam
O professor 'painho'
Mareia Cezimbra Raimundo foi O de Mais cinco
humorista Chico Anysio, 57 anos, certamente criado por
B ¦ sufocará sua revolta contra a "Juvenilização" da Haroldo toda uma família na galeria
o TV Globo na volta do seu Chico Anysio show, Barbosa, em
dia 29 de março às 21h30, para festejar um sucesso 1952, na Rádio «no. y ÃO seria apenas Chico Anysio que deixaria a de 200 tipos
supervelho: a escolinha do professor Raimundo, o qua- Guanabara. P&J! Globo em setembro, mas sua enorme famiglia
dro mais antigo da história do humor brasileiro, criado Estreou na JL^ia de 70 atores, todos filhos de um painho que, na UEM já inventou quase
televisão em medida do possível, nunca os deixa sem emprego. Quan- gLJl 200 tipos não voltaria ao
por Haroldo Barbosa para o próprio Chico na Rádio <|Q|f vídeo sem, ao menos,
Guanabara em 1952, provará mais uma vez ao humoris- 1957 do visitou os estúdios da TV S no ano passado para
estudar o convite da emissora paulista, Chico Anysio se cinco novos quadros intercalados
ta que o humor se repete sem perder a graça. "A disse assustado com a hipótese de demissão do resto da com outros seis já conhecidos do
escolinha nâo tem erro. É um universo por onde todo equipe. Ele é conhecido por dar sempre um jeitinho para público. O roteirista do progra-
mundo já passou. Ela demonstra que o humor tem de ser ma, Eduardo Sidney, aposta, em
um ator encostado. Já se diz até que, com Chico Anysio,
óbvio. Se não fosse assim, um quadro tão conhecido não qualquer ator doente, do corpo ou da cabeça, recupera- primeiro lugar, na graça —de Os
"o equilibrados, sete loucos Chi-
faria sucesso por tanto tempo", diz o humorista, que se com maior rapidez. Além de trabalhar com pior co, Francisco Milani, Stela Frei-
lançou o quadro em 1957 na TV Rio, estourou novamen- equipamento da emissora", o humorista se queixa de
tas, Milton Gonçalves, Pedro
te com ele em 1966 na Globo, repetiu o êxito em 1974 no receber os técnicos rejeitados por todos os demais Cardoso, Nilton Carneiro e Ivon
"O iluminador, o câmera, o som que nin-
Chico city. Agora, a escolinha voltará ampliada com seis programas. Curi — que se encontram na an-
novos personagens, vividos por Stela Freitas, Grande guém quer vem para cá. Aí o cara tenta de um jeito, de te-sala de três consultórios psica-
Otelo, Brandão Filho, Antonio Pedro, Jaime Filho e outro e quando acerta eles levam embora", reclama. nalíticos (portas fechadas o nome
Artur Costa Filho, para um novo sucesso de público. Além dos quase 200 tipos e do papel de pai de toda a dos médicos em"É placas: Freúd,
equipe, Chico Anysio costuma representar o bobo da Jung e Lacan). 'falaum humor de
Foi a escolinha, aliás, que inspirou Chico Anysio a corte, quando se trata de assinar contratos com a Globo. criança. Um diz alguma còi-
criar o programa Grupo escolacho, exibido no final do Seu hábito conhecido de assinar contratos em branco sa' e o outro responde 'alguma
ano passado e aprovado para ser uma das atrações por confiar na"Euempresa já reduzáu sua remuneração de coisa'. Eles são controlados por
semanais da Globo na programação de 89. O congela- ator e autor. assinava contrato de ator e reivindica- uma enfermeira, a Nádia Can£a-
mento da produção, a pretexto do Plano Verão, aumen- va um extra como autor. Como assino em branco, uma lho, e acho que vão arrebentar",
tou a desconfiança do humorista de que a emissora não vez acrescentaram ator e autor. Pronto, perdi o direito comenta, entusiasmado. Chico já
ao extra. De repente, escrevem ator, autor e cantor e fez quadro parecido, no inicio dá
o queria mais. É uma suspeita que Chico mantém há década de 60, no programa Noi-
muito tempo, desde que começou a gravar com os terei de cantar. Mas não vou mudar. Sou o oposto do tes cariocas da TV Rio. Na época,
técnicos "que ninguém quer", com equipamentos obso- Brasil, onde as pessoas são presas até provar a inocèn- lançou "Só um bordão que ficou fa-
letos, sob goteiras do estúdio da Cinédia, em Jacarepa- cia. É claro que sempre quebro a cara. Sou feio de tanto moso: tem tantã, só tem i
desistiu de se quebrar a cara." tantã." 1
guá. O cearense de Maranguape, porém, "pedir O presidenciável Francisco
"aporrinhar" com a emissora e pretende o boné" Há na equipe a família verdadeira: os filhos Lug di
Paula (do casamento com a comediante Nancy Wander- Sufrágio (Chico) é um político
ao final do seu contrato, em setembro. Na última quinta- "Humor ley), Nizo Neto (irmão de Ricardo, os dois do casamento que não quer ser eleito, mas,
Chico:
feira, entre uma chuva de telefonemas de solidariedade e
não tem que com a ex-vedete Rose Rondelli), Bruno Mazzeo (com quando bebe, faz discursos de • .
de novas propostas de emprego — o primeiro a telefonar Alcione Mazzeo), a irmã Lupe Giglioti, a sobrinha Cini- enorme popularidade. Ele aparè-
foi o diretor artístico da Rede Manchete, embora a TV S ter charme. nha de Paula e a mulher Regina Chaves. Falta apenas cerá com a mulher (Estelita Bel) e
tente seduzi-lo desde 1988 —, Francisco Anysio Oliveira Tem que ter Cícero, o Pingo, de seis anos, filho do casamento com dois filhos (Jandir Ferrari e Mar-
de Paula Filho engoliu as mágoas para divertir toda a graça. E a Regina. A prole nem é tão grande para um conhecido gareth Lemos). Um novo coronel,
equipe com Raimundo, o cômico professor de analfabe- estrutura da namorador de beldades, entre elas, a internacional So- chamado Lidu (Chico), sofrerá
escolinha terá nia Braga, que Chico namorou e simplesmente dis- chantagens semanais de Portela
tos adultos. (Milton Gonçalves) e do capatàz
sempre graça." pensou. Benicio (Martins Francisco). Lidu
A escolinha voltará com a mesma concepção de
humor desintelectualizado que marca a trajetória do Luciana Leal é casado com Cornélia (Dúdü
ator, autor de TV e teatro. "O humor não tem que ter Guimaraes) Guimarães) e tem três tres filhos
lilhos (Car-
charme, elitismo ou sacação. A obrigação número um é l°s Lofer e as gêmas
los Constancia e
gemas Constância
Renata Laviola).
ter graça. E a estrutura da escolinha terá sempre graça. O naturalista Mestre Zen (Luis
É como A praça 6 nossa (o programa humorístico da TV £- Delfino) Delfino) se delicia com venenos, venenos.
S). Há um lugar melhor para fazer rir do que um banco fi enquanto enquanto obriga o discípulo discipulo Gll-
GU-
de praça onde as pessoas conversam bobagem?", inda- cidio (Chico) àk macrobiótica.
cídio macrobiotica. Há H£i
ga. Chico e seus 18 redatores criaram então para a tjfflf ainda ainda um programa de rádio, radio.
escolinha o Bicalho (Antonio Pedro), um jovem publici- com dois loucutores, Lobo Filliò Filho
tário com idéia fixa por comerciais; o Eustáquio (Grande 'i * ** (Chico Anysio) e Coelho Neto
Net-o
'¦ r pli¦> " (Chico Kleber) e
Otelo), o aluno que recebe cola dos outros, mas, por #-ISPr (Joao (João grande produção:
produgao:
v:-W'^ vinhetas ao vivo com o maestro
vinhetas
"acerta" —Tim Resçala,
Rescala, cantoras e radioa-
Filho), que a principio a~pergunta; mas leva zero HIF Tim
quando repentinamente começa a delirar; o índio Sapa- lf§|PjPjj^I. ysgp1 trizes (Dudu Morais, Silvia Mas-
trizes (Duclu
paú (Jaime Filho), alheio à lógica branca; e Cândida 'H regras• sari e.e Liane Maia) e um contra-
(Stela Freitas), tão suave para responder, por exemplo, (Acacio Gonçalves).
regras (Acácio Gongalves).
sobre as polícias estrangeiras, mas que cai em prantos //:. ",|v. saudades O O público podera matar
publico poderá ma tar as
saudades de Alberto Roberto, do
quando o tema chega ao Brasil e, no caso, à PM. negro Lorde Black, do vampiro
Os novos alunos já mostraram na gravação de quin- tfiif: Bento Bento Carneiro e sua família familia am-
ta-feira perfeito entrosamento com os 11 analfabetos do >l& pliada pliada pelo vampirinho Kizumba
ano passado, todos numa sala de aula modernizada: a ^|||p f IHtli (Bruno (Bruno Mazzeo, de 12 anos, filho
tarada Cacilda (Claudia Gimenez), o paulista Bacurinho W$' ilttx do do humorista), do jovem que se
(Olney Casaré), o mineiro Joselino Barbacena (Antonio sf kits, ;tttt muda muda para um camping com a
Carlos), a histérica Dona Bela (Zezé Macedo), o judeu ;j::: *HtZ mae, mãe, o padastro e um novo amigo
Samuel Blounstein (Marcos Plonka), o bailarino Peru «,»?**- «jj; Jm. (Lupe
(Lupe Giglioti, Milton Carneiro e
»«»?*¦
*•»?**< Marcelo Caridade). Até Ate o quadro
(Orlando Drummond), a gostosa Marina da Glória (Tás- « ,i $s >«»*>«
£?:*.
»»»' |th: mKKL Marcelo quadro (
sia Camargo), o enrolador Rolando Lero (Rogério Cardo- >»*«. do ator sem máscaras
mascaras no cama-
so), Baltazar da Rocha fWalter D'Ávila) e o geniozinho »»»•?»•
^?V»-> do rim sofrerá mudanças. Os convi-
fe f
Ptolomeu (Nizo Neto, filho do humorista). dados não são apenas artistas
como Vera Fischer e Antonio Fa- Fá-
É nesta linha, "para rir do que já se conhece", o %•"" como
gundes. mas personalidades ja
espetáculo Um homem na praça, que Chico Anysio, confirmadas como Leonel Brizò-
sozinho num banquinho, estréia na próxima quarta- la, Fernando Collor de Melo, Ivo
feira, dia 10, no Teatro Joáo Caetano. "Eu peço perdão Pitanguy, Ayrton Sena, recebi-
por não fazer um humor debochado, porque meu humor h| * dos Chico. pela continuista
dos^ por Chico,
tem um pouco do que eu sou. E sou direito, sério, um MiSlfe, da da produção produgao (Regina Cha,ves,
Cha,ves.
-2 mulher do humorista) e o cama-
cara legal. Não faço humor que me constranja e, para TV mulher
mim, o humorismo é a arte do óbvio." __J reiro Capile (Tim Rescala).
reiro Capilé
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Muito antes
Ssj^^^^lps
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1(Sjffly-
^i«My^^S»ca?^^y$?j^Lrtwi^^g?8638g>WMrB7|W| •:'^>-x>^:ff^|iW^nflMffffljM|MCMpfP|j|^^MiK3.«i<MWfti8BK^^^^^»<«aS^
K^atra^t!jaTO^TOlim^iMH^wHiBBMTiFiyiMBHHlBMMiBBHBHliMfflHliPMRlBHH
*yjisl&iffli|ii&5ffi<&jffijg|^^
jfffifif'fflffiBg£pj?|rej||ir^
Uma palavra amiga
Nosso encontro foi muito bonito, mági-
- -1 co- Aconteceu da noite para o dia. Como
tudo o que é bom-na vida, aconteceu
sem preparativos. Eu ia fazer este show
e pensei em convidar a Olívia. Ela é uma
cantora de grandes possibilidades, pas-
seia facilmente pelo clássico e pelo po-
pular. Ela gostou de tudo que preparei
para colocar no repertório. E ainda assi-
milou tudo com a maior tranqüilidade.
Com o trabalho intenso descobri que
ela, além de ter uma cabeça aberta para
a música, era uma pessoa simples, since-
ra. O encontro acabou virando um en-
contro de amigos. O sucesso que nosso
show está fazendo acabou sendo menos
importante que o sucesso em que deu a
nossa amizade. Aprendi a ter o maior
carinho pela Olívia. Tenho certeza que
ela ainda virá a ser uma das maiores
cantoras do Brasil.
João Carlos Assis Brasil
srthntlo, 4/.W)
Agora, com
^^^FOJLZO ^
No piano,
guando não
alcançava
o pedal ^
de Marisa Monte, ela cantava rock, música erudita e até salsas
já
i mi iwhi wTniiiTMinmin ¦¦¦ ¦¦¦¦ R.T Fasanello Pedro Tinoco
SER mãe é padecer no
paraíso. Ser uma cantora
eclética, anos antes de
Marisa Monte ser elevada ao
Olimpo, também. Olívia Bying-
ton, na dúvida entre a carreira e
a família, faz os dois papéis des-
de 1978. Seu segredo talvez este-
ja naquela fala mansa de quem já
viveu muito em apenas 30 anos.
Ela costuma contar suas histó-
rias com um ar tão sereno quan-
to o que apresenta em seu mais
recente trabalho: acompanhada
£kBH^jf ^tjf'pjyf W pelo pianista João Carlos Assis
Brasil, Olívia participa desde ja-
neiro de um recital inatacável,
onde convivem pacificamente
Debussy, Kurt Weil, Gershwin e
Cartola.
Em 78, "uma garota super
-;:®K '^ ¦¦ii^^wW^' bem nascida de 19 anos que ain-
da morava com os pais" subiu ao
palco do Teatro Ipanema para
lançar Corra o risco, seu primei-
ro LP. Acompanhada pelo grupo
progressivo A Barca do Sol, Olí-
via fez na sua estréia seu primei-
ro show profissional, literalmen-
te correndo o risco de tropeçar
na sua inexperiência. "Grupos
como Jethro Tull, Genesis, eram
tudo o que a gente queria ser, eu
não tinha a menor preocupação
em ganhar a vida", lembra.
A mania de se meter em tudo
compensava a falta de preocupa-
çâo com a sobrevivência. Por
conta desta mania, aos 15 anos, a
menina metida já cantava jin-
gles. Navegando sem maiores
compromissos com A Barca do
Sol, Olívia conseguiu fazer um
primeiro disco surpreendente-
mente profissional. Sucesso de
crítica, a menina geniosa queria
provar para si mesma que não
era fruto do nepotismo. Seu tio
era dono da Continental, grava-
dora que lançou Corra o risco.
Em 80, contratada pela Som
Livre e longe dos amigos da Bar-
ca do Sol, Olívia gravou Anjo
vadio. Neste LP ela ainda cantou
músicas de Egberto Gismonti —
o guru da Barca do Sol — e abriu
espaços no vinil para Luis Melo-
dia, Sueli Costa e Rita Lee.
Na época, Olívia definia seus
dois primeiros discos como um
reflexo "do movimento dos anos
70, principalmente os chamados
poetas de mimeógrafo". Esta po-
siçáo do contra atingiu o ápice
numa entrevista dada à revista
Playboy, em 83, quando Olívia
falou de sexo, drogas e tudo
mais. "Minha avó, quando leu a
entrevista (não sei o que ela esta-
va fazendo lendo Playboy), quase
morreu do coração", lembra.
Analisando tudo isso oito
anos depois, Olívia Byington
acha que se precipitou. "Eu náo
devia ter trocado de gravadora,
abandonado a minha turma",
observa. O ano do Anjo vadio foi
o ano de seu casamento com o
cineasta Miguel Faria Jr. Foi
também "o ano em que nasceu
meu primeiro filho, com sérios
problemas de saúde", lembra. "O
nascimento de João, hoje com
oito anos, foi um tranco. Tive que
refazer rapidamente todos os
meus conceitos de vida", com-
pleta.
A jovem revelação se esque-
ceu de sua carreira, de seus
ideais paz & amor, e virou mãe —
"acontecia freqüentemente
de
eu ficar duas semanas trancada
num hospital com o João, sem
nem ler os jornais". Um ano de-
pois, em 81, aquela menina que
corria atrás de novidades foi sur-
preendida por um convite inusi-
tado. "O Chico Buarque ligou e
me convidou para participar do
Festival Latino-Americano de
Varadero, em Cuba", conta.
"Naquela época ir
Mapa astral para Cuba
era meio sujeira, você corria o
risco de voltar e ser preso ou
Lciloca passar por interrogatórios inter-
mináveis." Mas ela foi, viu Cuba
Olívia Byington nasceu no Rio de Janeiro, às e conquistou uma platéia de
_5h50 do dia 24 de dezembro de 1958. Capricórnio 20.000 pessoas. "Entrei depois do
é o signo solar e o ascendente. Tenaz, perseveran- Jimmy Cliff, que tinha posto to-
te em seus projetos, batalhadora até a alma. A
Lua em Gêmeos indica ecletismo nos relaciona- do mundo pra dançar reggae, e
pedi silêncio para cantar as Ba-
mentos e, apesar de trazer resquícios de superfi-
cialidade, o Sol e o ascendente em Capricórnio chianas n° 5." A massa se calou e
aplaudiu. Depois vieram o minis-
dão profundidade, maturidade e restrição. Marte
oposto a Júpiter e quadrado a Urano pode favo- tro da Cultura cubano e o convi-
recer sabedoria de vida e um aprendizado me- te para gravar um disco com mú-
diante um "pedágio" bastante heavy, árduo. Mas sicas brasileiras e cubanas.
Vénus na Casa 1 em conjunção com o ascendente "Ser convidada do
e em trígono a Plutão, além do talento governo
cubano é um luxo,
artístico, lhe faz vencer os obstáculos uma tremenda bo-
encarando-os como um degrau a mais,
um saldo positivo. Perfeccionista e exi- ca, eles põem no
gente. Mesmo com uma possível ascen- seu passaporte um
çâo lenta porém segura, prestígio é o que carimbo de figura
^ não lhe falta. Artisticamente prima pela qualida- ilustre", brinca.
w de e não pela quantidade. A maneira de se Lá a figura ilustre
comunicar é diferente, excêntrica, seja verbal, conheceu "um
japww., AJ física, musical ou gestualmente. Pode ter uma pais onde milhões
expressão suave, uma aparência tranqüila, mas de problemas bá-
"~ • f - *? interiormente possui um vulcão em erupção sicos estão sana-
^ **%gg; _ ^fjl^ f jffiffiff~$ ?^(X.
constante. No bom sentido, e claro. dos", ouviu muita
o CADERNO B O 5
cubanas
música, viu muita gente feliz e
confraternização".
Aqui, quando a Som Livre
lançou o LP Identidad, Olívia
Byington verificou como estava
longe o tempo em que o diploma-
ta Abreu Sodré viria a coordenar
o reatamento de Brasil com
Cuba. Para Olívia, "a gravadora
não tratou o disco do jeito que
ele merecia". O primeiro disco
brasileiro gravado em Cuba, reu-
nindo Mãe — da trilha sonora do
filme Deus e o diabo na terra do
sol — e músicas de Silvio Rodri-
guez e Pablo Milanez — os gran-
des da nucva trova cubana — foi
esquecido no Brasil.
"Com cinco anos eu tinha au-
Ias de piano, estudei muita músi-
ca clássica e cheguei a aplicar o
que aprendi de erudito no rock
progressivo da Barca do Sol",
lembra. Mas foi depois de Cuba
que Olívia Byington retomou a
música erudita. Em 83, seu reci-
tal na Sala Cecília Meireles ao
lado de Paulo Moura, Clara Sver-
ner e Turíbio Santos virou disco
gravado pelo selo Kuarup. Este'
caminho erudito — que Olívia
volta a trilhar atualmente ao la-
do do pianista João Carlos Assis
Brasil — foi atropelado em 84 por
roladas
"Em 84 eu do rock.
pedras
quase raspei a ca-
beça e gravei o LP Música, um
disco bem rock com Todo amor
que houver nessa vida e Bilheti-
nho azul, do Cazuza." Naquele
tempo Cazuza ainda não atraía a
imprensa com seu talento e sua
doença. A mudança de estilo, na
música e no corte de cabelo, dei-
xou Olívia com "uma tremenda
crise de personalidade". A crise
cresceu com problemas nos
shows de apresentação de seu LP
roqueiro.
Enquanto recuperava os ca-
belos longos, Olívia Byington viu
seu segundo e atual marido en-
trar em sua vida pela janela. O
saxofonista Edgar Duvivier era
seu vizinho numa silenciosa rue-
la do bairro das Laranjeiras. Olí-
via ouvia o sax de Edgar que
ouvia a voz de Olívia. Os dois, em
vez de ensaiar, passaram a fazer
verdadeiros shows na janela. A
paquera musical resultou num
casamento com dois filhos: Gre-
gório, três anos, e Bárbara, nove
meses.
Edgar Duvivier realizou Olí-
via-mãe e juntos os dois realiza-
ram Melodia sentimental, em 86,
o quinto LP de Olívia. Sem sau-
dades nem remorsos, Olívia lem-
bra que "nos anos 70 eu tinha 18
anos, arrepiava e tomava todas".
Hoje ela se confessa "mais fami-
lia, ecológica", querendo "ver
um país são, com problemas bã-
sicos sanados, sem crianças com
fome". E o caminho, segundo ela,
"passa
por Lula". Em sua preo-
cupaçáo com as crianças, Olívia
não se parece com Jesus ou Pelé:
"Simplesmente eu sou mãe de
três filhos bem criados e me an-
gustio quando vejo uma criança
descalça e com fome."
Quando tudo parecia ter che-
gado à mais santa paz, Olívia
recebeu um telefonema do dire-
tor musical
"Lá estava eudocheia Rio Jazz Club.
de crianças,
casada, e um cara me liga convi-
dando para estrear um show dez
dias depois com o João Carlos,
que eu só conhecia de nome."
Trabalhando dez horas por
dia, Olívia e João Carlos Assis
Brasil construíram um repertó-
rio que inclui Gershwin — Sum-
mertime, Embraceable you e
Bess you my woman, — Edith
Piaf — La vie en rose, — Villa-
Lobos — Bachianas n°5 —, Tom
Jobim e Cartola, entre outros
clássicos. "O critério foi o de es-
colher músicas boas para piano e
voz, que dessem margem para se
brincar com a voz e que fossem
lindas", resume Olívia. A sinto-
nia que os dois apresentam sobre
o palco permeou os ensaios. "Ele
perguntava se eu sabia cantar
Kurt Weil, eu respondia que não,
mas que queria aprender",
lembra.
Olívia cantou rock, música
cubana e as Bachianas. Voltou
de Cuba em pleno governo Fi-
gueiredo falando sem rodeios so-
bre sexo. aborto e drogas. Encon-
trou tempo em sua vida para ter
três filhos e seis discos. Hoje,
cantando ao lado de João Carlos
Assis Brasil no Teatro Ipanema,
ri como quem ja sabia ao saber
que sua temporada na casa ga-
nhou mais uma semana. Ela só
não entende porque a imprensa
recebe o sucesso de Marisa Mon-
te bradando "finalmente uma
cantora eclética". E explica:
"Misturo coisas há onze anos.
Agora surgem cantoras ecléticas
e pode. Mas quando eu comecei
era proibido."
 6 o CADERNO B o s.lbado, 4/3/89 JORNAL DO BRASIL
R O T E I R O

wnHVfSBKT
Y^RÉ^OMÉNDÃ
• 14h. (16 anos).
fV*
OS VIVOS E OS MORTOS (Tho <ioàd). do John
Huston. Com Anjolica Huston, Donol McCann,
Holonp Carroll o Cothloon Dolnny. Star-lpanorrm
. -Ifljüj^Viscondo do Pirajá, 371 — 521-4690),
Pa/ssmi77ircHüo^pndor Vorguoiro, 35 — 265*
4GÍ33) 1«h. 16h.~"füir"20lv ??h Art-
Cosashopping 3 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 —¦-
325-074(5) 15h45, 17h30, 19h15, 21 h (10
anos). Continuação.
Dublin, 1004. Durante uma fosta, volhas rocor-
dações vôm à tona. o um casal faz um balanço
do suas vidas discutindo o amor o o casamonto,
a paixão o a morte. Basoado em um conto do
Jamos Joyco. Último filmo do Huston.
EUA/1987.
BIRD (Bird). do Clint Eastwood. Com Forost
Whitakor, Diano Vorona, Michaol Zolnikor o
Samuel E. Wright. Loblon-2 (Av. Ataulfo do
Paiva. 391 — 239-5048): 15h, 18h, 21 h. (16
anos). Continuação.
História roal do saxofonista Charlio Parkor, sua
arto rovolucionária o sua vida possoal, corcado
do drogas, álcool o mulhoros. Prômio do molhor
ator (Forost Whitakor) em Cannus. EUA/1988.
U2 - RATTLE AND HUM (U2 - rattlo and hum).
do Phil Joanou. Com Tho Edgo, Bono Vox, Larry
Mullon Jr. o Adam Clayton. Cinema-1 (Av. Prado
Júnior. 281—295-2889): 15h30, 17M30. 19h30.
21h30. Tijuca-Palaco 2 (Rua Condo do Bonfim,
214 — 228-4610): 15h, 17h, 19h, 21h. (Livro).
Continuação.
O filmo mostra a turnô Joshua Troo quo o grupo
irlandôs aprosontou nos EUA. em 1987.
EUA/1987.
UM PEIXE CHAMADO WANDA IA hsh called
Wanda). do Charles Crichton. Com John Clooso,
Jamio Loo Curtis. Kovin Klino o Michaol Palin.
Largo do Machado 2 (Largo do Machado. 29 —
205-6842): 15h, 17h10, 19h20. 21h30. (10
anos). Continuação.
O roubo de jóias valiosas aproxima um advoga-
do tipicamonto inglôs de uma jovom tipicamon-
to americana. Comédia do mistório criada por
John Cleose, do grupo inglfcs Monty Python.
lnglatorra/1988.
UMA CILADA PARA ROGER RABBÍT IWho
framod Roger Rabbit), do Robort Zomockis.
Com Bob Hoskins. Christophor Lloyd, Joanna
Cassidy o Charles Floischor. Tijuca-Palace 1
(Rua Conde do Bonfim, 214 — 228-4610): 15h,
17h, 19h, 21 h. Lido-1 (Praia do Flamengo, 72 —
285-0642): 15h30, 17h30, 19h30. 21h30. (Livro).
Continuação.
Misturando atores do vordado com dosonho
animado, o filmo conta a história do um coolho
casado com uma vamp e suspeito do matar um
homem. Para resolver o mistério conta com a
ajuda do um detetive. EUA/1988.
MINHA VIDA DE CACHORRO IMy life as a
dog), do Lass Hallstrõm. Com Anton Glanzelius,
Manfred Semer e Anki Lidón. Art-Fashion Mall 1
(Estrada da Gávea, 899 — 322-1258): 19h30.
21h30. Ricamar (Av. Copacabana. 360 — 237-
9932): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (10 anos).
Continuação.
Adolescente procura mantor os problemas à
distância, usando para isso sou especial sonso
de humor. Suécia/1987.
A FESTA DE BABETTE (Babotto's foast). de
Gabriel Axol. Com Stephane Audran, Birgitto
Federspiel, Bodil Kjero o Viboke Hastrup. Art-
Fashion Mall 3 (Estrada da Gávea. 899 — 322-
1258): 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (Livre). Reaprc-
sontação.
Mulher misteriosa vai trabalhar na casa de duas
irmàs. num vilarejo perdido da costa dinamar-
quesa. Tempos mais tardo ola recebe um prô-
mio de loteria e gasta toda a fortuna preparando
um autêntico banqueto francês. Oscar do me-
lhor filme estrangeiro. Dinamarca/1988.
A ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO (The last
temptation of Christ). de Martin Scorsese. Com
Willem Dafoe. Harvey Keitol, Barbara Hershey o
Paul Greco. Baronesa (Rua Cândido Benício,
1.747 — 390-5745): 14h, 17h, 20h. (18 anos).
Reapresentação.
Nova versão da vida de Cristo o do sua passa-
gem pela Torra onde, como qualquer mortal,
sofreu com suas dúvidas, dosejos e tentações.
Baseado no livro do Nikos Karantzakis.
EUA/1988.
ÊÊESTRÉIAS
DE CASO COM A MÁFIA (Married to tho Mob). do
Jonathan Dommo. Com Matthow Modino, Michel-
le F*foiffor, Dean Stockwell o Alec Baldwin. Venoza
(Av. Pasteur, 184 — 295-8349), Barra-) (Av. das
Américas, 4.666-325-6487): 14h, 16h. 18h. 20h.
22h. Tijuca-1 (Rua Condo de Bonfim, 422 — 264-
5246): 15h. 17h. 19h. 21 h. (14 anos).
Dona-de casa classe média, viúva de mafioso,
decide lovar uma vida honesta, mas encontra
resistência do FBI e da própria Máfia. EUA/1988.
COCKTAIL (Cocktail), de Roger Donaldson. Com
Tom Cruise, Bryan Brown. Elisàbeth Shue o Kolly
Lynch. Sáo Luiz 2 (Rua do Cateto, 307 — 285-
2296). Ópera-2 (Praia do Botafogo. 340 — 552-
4945), Copacabana (Av. Copacabana, 801 — 255-
0953), Leblon-1 (Av. Ataulfo do Paiva. 391 — 239-
5048). Barra-2 (Av. das Américas, 4.666 — 32b-
6487): 14h, 16h. 18h. 20h. 22h. Palácio-1 (Rua do
Passeio, 40 — 240-6541), Carioca (Rua Condo de
Bonfim, 338 — 228-8178): 13h30. 15h30, 17h30,
19h30, 21h30. Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonso-
ca. 54 _ 390-2338): do 2a a 6", ás 15h, 17h, 19h,
21h. Sábado o domingo, a partir das 13h. (14 anos).
Jovem ambicioso vai para Nova Iorque na esporan-
ça de ficar milionário, mas só oncontra trabalho om
um bar. Logo. porém, ele descobre quo podo ser o
melhor barman da cidade. EUA/1988.
A HORA DO ESPANTO II (Fright night — Part II).
do Tommy Loo Wallace. Com Roddy McDowall,
William Ragsdale. Traci Lin e Júlio Carmen. Art-
Copacabana (Av. Copacabana. 759 — 235-4895),
Art-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávea. 899 — 322-
121)81, ArtCnsashoppIng 2 (Av Alvorada. Via 11,
2 IbO — 325-0746): 14h, lOh, llllt. 20h, 22h Ari-
Tijuca (Rua Condo do Bonfim, 400 — 254-9578),
Art-Maduroira I (Shopping Contor do Modurolro —
390-1827), Pmàloàos (RuoArqutól Cordeiro, 91)0 —
201-3B28), Campo Orando (Hua Campo Grande,
MIO —394-4452): 1 bh, 17h, Iflh, 21h, Patllfi (Praça
I lonano. 45 — 220-3135): do 2" a 6a, fia 12h, 14h,
16h, 18h, 20h, 22h. SAbado o domingo, a ptirtir dan
Terror. Noutii continuado, uma sodulorn vampira
volto para ntorrori/nr o adolosconta quo matou sou
irmão no primoiro filme. EUA/1980.
BRADDOCK 3 — 0 RESGATE (Braddock — Mis-
sing in prtion III). do Aaron Morris. Com Chuck
Norris, Aki Aloong, Yohuda Efroni o Ron Barkor.
Faltek\-2J}}un do Passoio, 40 — 240 6541): 13h30,
15h30, 17h3Õ, Í9h30, 2}b30, Tjjuca-2 (Rua Condo
do Bonfim, 422 — 264-5246), Maàüfoittt-3 (Rua
João Viconto, 15 — 593-2146), Arl-Móior (Rua Silva
Rabolo, 20 — 249-4544). Ramos (Rua Loopoldina
Rogo, 52 — 230-1889): 15h, 17h, 19h, 21h. (14
anos).
Ex-combatonto, casado com uma viotnamita dada
como morta, doscobro quo a mulhor o o filho ainda
ostão vivos o volta ao Viotnã, mas ó caçado polos
guorrilhoiros inimigos. EUA/1988.
STRIPPER (Stripper). do Joromo Gary Com Saro
Costa o Kimborly Holcomb. Studio-Copacabana
(Rua Raul Pompóia, 102 — 247-8900): 14h30,
16h50, 19h10, 21h30. (16 anos).
Cinco jovons profissionais do strip-toaso disputam
um concurso quo vai oscolhor a molhor da catogo-
ria. EUA/1987.
O DIABO NA CAMA (Brasiloiro), do Micholo Massi-
mo Tarantini. Com Lando Buzzanca, Márcia Dornol-
los. Paulo Figueiredo o Moniquo Lafond. Motro
M, francês, tornou-se conheci-
do por fazer de seus filmes ins-
D trumentos contra mazelas e in-
justiças sociais, como o flagelo da 2a
Guerra e a Guerra Fria. Outro, brasi-
leiro, atingiu a notoriedade por jogar
na linha de frente do cinema jovem,
levando as bandas de rock e a lingua-
gem clip às telas. Apesar do oceano
que separa suas naturalidades e suas
práticas cinematográficas, André
Cayatte e Lael Rodrigues têm algo em
comum: ambos faleceram há cerca de
um mês, na semana do carnaval, e
serão homenageados neste fim de se-
mana pela Cinemateca do MAM. Hoje,
às 20h30, a Cinemateca exibe A passa-
gem do Reno, realizado por Cayatte
em 60; amanhã, no mesmo horário, é a
vez de Bete Balanço, de 84, primeiro
longa-metragem de Rodrigues.
Embora desconhecido no Brasil, o
polêmico Cayatte foi responsável por
alguns dos momentos mais interes-
santes do cinema francês, e terminou
ganhando três Leões de Ouro em Ve-
neza e uma Palma de Ouro em Can-
nes. Formado em Direito, ele abando-
nou a advocacia depois de trabalhar
em um processo de plágio cinemato-
gráfico e fascinar-se pelas possibilida-
des expressivas das imagens-
movimento. Em seus filmes, entretan-
to, ele nunca deixou de advogar cau-
sas: Direito de matar (50), por exem-
pio, é um libelo didático e acadêmico
contra a pena de morte. A passagem
do Reno, filme desprezado pelos artífi-
ces da nouvelle vague, traz Charles
Aznavour e Nicole Courcel no elenco e
narra a conturbada trajetória de dois
franceses, um jornalista e um padeiro,
entre a ocupação alemã e o pós-
guerra.
Rodrigues, por seu turno, nunca
esteve em trincheiras políticas — suas
preocupações eram exclusivamente
comerciais. Montador de dois filmes
da cineasta Tizuka Yamazaki, Gaijin
e Parayba mulher macho, ele passou à
direção se propondo a inaugurar o
cinema-clip brasileiro. Mas não se li-
mitou a celebrar o casamento do rock
nacional com o cinema: tentou, tam-
bém, transformar seu trabalho em
uma atividade lucrativa e autônoma.
Com ágeis produções, músicas de su-
cesso e invejáveis recheios de mer-
chandising, seus três filmes obtive-
ram ótimas bilheterias: Bete balanço
(84), que conta as peripécias de uma
jovem do interior (Débora Bloch) dis-
posta a virar roqueira, e Rock estrela
(86), foram vistos por 1,5 milhões de
pessoas; Rádio pirata (87), por
600.000.
Boavltta (Rua tio Pasaalo, 02 240-1201): I4h,
161)50, 1 /h40, 10h30, 21 h20. Condor Copacabana
(Rua Rguolrodo Mogàpos, ?«0 — 2BB-20IO),
Largo do Machado I (I ntuo do Machado, ?'.) 20!.-
0842): 14h3Q, 101(20. 18h10, 20h, 21hb0. Ilnsul
(Av. Ministro Ldgar Romoro, 400 — 301-4822):
Ibh, 1 Üh30, 18h, 19h30, 21h. (14 anos).
Para oscafwr da falôncia, empresário procura agra*
dar um invostidor alomáo aprosontando uma garota
do programa como ao losío sua mulher. Produçflo
do 1987.
DINHEinO INVISÍVEL (Brasiloiro), do Hillon Kauff-
man, Com Andró f ornandes, Vora Lopos o Alexan-
dro da Costa, Complemento: Cugfinio Gudin — O
homom <ln dois sóculos, do Hilton Knullman. Silvio
Lana u Júlio WolhQomuth. Estaçio 2 (Rua Voluntrt-
rios da Pdtria, 88 — 286-6149): 18h, 19h30, 21h.
Ató amanhô.
Picç.ía.ftríocumontário, com dopoimontos do vário3
ostudiosos do aSSüntO; sobíOAíJcpnqmla do dia-a-
dia, um toma cada voz mais popular nãsTõrwersTTá*'"
do botequim. Produção do 1988.
B/continuações
IRMÃOS GÊMEOS (Twins). do Ivan Roitman. Com
Arnold Schwarzonoggor, Danny DoVito, Kolly Pros-
ton o Chloo Wobb. Odoon (Praça Mahatma Gandhi,
2 — 220-3835), Amórica (Rua Condo do Bonfim.
334 — 264-4246): 13h30, 1bh30. 17h30, 19h30,
21h30, lloxy (Av. Copacabana, 945 — 23G-G245).
Sáo Luiz I (Rua do Catoto. 307 — 285-2296),
Ópora-t (Praia do Bolalogo, 340 — 552-4945), Rio-
Sul (Rua Marquôs de Sáo Viconto. 52 — 274-4532),
Barro-3 (Av. das Américas, 4,666 — 325-6487):
14h, 16h. 18h, 20h, 22h. Olaria (Rua Uranos, 1.474
— 230-2666): 15h, 17h, 19h, 21h. /Wadutora-2 (Rua
Dagmar da F-onsoca, 54 — 390-2338): do 2" a 6d. As
CURTO CIMCUITO
O MAM
exibe A
passagem
do reno, do
cineasta
francês
André
Cayatte e...
... Betej
Balanço, j
do |
brasileiro
Lael,
Rodrigues.
Ambos
falecidos\
há um mês!
mi
15h, 17h, 19h, 21 h Sábado o domingo, a partir das
13h. (Uvro).
Comrtdiri IrmAos gflmooo, totalmnnlo diloronlos,
encontram ao dopois do adultos o embarcam numa
viagom tumultuada para localizar a mãe LUA/1 DOU.
MOONWALKLR (Moonwalker), do Jorry Kramor o
Colin Chilvors. Com Michaol Jnckson, Soan Lon«
non. Kollio Parkor e Brandon Adams. Art lashion
Mall 4 (Estrada da Gílvoa, 899 —322-1258) 14h,
16h, 1 Uh. Art-Casashopping / (Av. Alvorad.i, Via 11,
2.150 — 325 074(3), Bruni-Tijuco (Rua Condo do
Bonfim, 370 — 254 8975I: 1,Bhí 17h, 19h, 21lt. An-
Madumira 2 (Shopping Contor do Maduroira — 390-
1827): 15h, 17h. (Livro).
Em ritmo de aventura musical, Michaol Jackson ó o
horôi quo protonde livrar o mundo dos traficantes
do drogas. EUA/1988.*
JÚLIA & JÚLIA (Julia & Juha), do Petor dol Monto.
Com Kathloon Turnor, Gabriol Byino o Sting, Art¦
Fashion Mall 4 (Estrada da Gílvoa, 899 — 322-
—1256): 2Oh;£2h."/4^M0<A;w/nr^{C}húpping Contor
do Maduroira — 390-1827): 19h, 2Ui Druni-
Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 — 256-4588).
14h, 16h, lüh, 20h, 22r. (14 anos).
História do amor o mistório. Jovom fica viúva mas,
sois anos dopois. doscobro quo o marido ostá vivo
o quo um outro homom. dosconhocido. ostá ligado
a ela. Itália/1987.
SALSA — O FILME QUENTE (Salsa), do Boaz
Davidson. Com Robby Rosa. Rodnoy Harvoy, Ma-
gali Alvarado o Miranda Garrison. Palácio (Campo
Grando): 16h, 18h, 20h. (Livro).
Jovom trabalha numa oficina, em Los Angolos. mas
sou sonho ô voncor o concurso anual do dança para
participar do Fostival do Porto Rico, ondo será
escolhido o roí da salsa. EUA/1988.
IMENSIDÃO AZUL (Tho big bluo), do Luc Bosson.
Com Rosanna Arquetto. Joan-Marc Barr, Joan Ro-
no, Paul lihonar o iiorgio CnstoJI||té Lido-2 (Praiti do Delia Santa Cândido Mandos (Rua Joana Angélica
Flamengo, 72 — 2B5 0647I. 14h30, lOhbO. 10h10, 63 — 267-7008): 20h, 22h (III anos)
2lh:io. (Uvro), A morto de um intelectual de esquerda empenhado
Mergulhador, ospecíalista ern morgulho livro, profo- em Incorporar a sexualidade ao discurso político e
re a companhia dos golfinhos o sou carâtor singular sua repercussão na vida do três pessoas um
atrai a atonçflo de uma omprosária novalorquina, jornalista, sua companheira suicida u um homosso
quo o soguo desdo o Poru até a Europa. xual que se prostitui Produção do 1987.
França/1988.
inONWEED (Ironwood), do Hoctor Babonco. Com opi%6dios ROGOPAG (Rogopag). filme dividido om quatro
Jack Nlcholson, Moiyl Stroop, Carroll Bakor o 7om sollini, O Intagridado (lllibaípíjij, do Roberto Ros-
Walts Jóia (Av. Copacabana, 680 — 255-7121). Luc Godard, novo mundo (II mondo nuovõll <l» Joan-
14h, 161.30, 19h, 2IH30 (14 anos) A ricota (La ncottal, do Pior Paolo
Durante a Depressão amoricana, casal som lar o Ugo Pasolmi o A galinha do vi/inho (II f)ollo rur,pantn). de
som dinheiro vai para Albany, ondo convivo com Gregoretti. Com Rossana Schiaffino. Ana Kan-
outros vagabundos mantidos por uma comunidado na. Orson S/VoUos O Ugo Tóflna//) Estaçtio I iRua
roligiosa. Basoado no romanco do William Konno- Voluntários da Pátria, Wi — 286 6149) 17h, 13h
dy. EUA/1987. Até amanhã. (14 anos).
O CASAMENTO DOS TRAPALHÕES (Brasiloirol. aeromoça O episódio de Rossollini aborda a paixão quo uma
do Jonô Alvarenga Jr. Com Ronato Aragáo, Dottó opisódlo doprovoca num passageiro americano. O
Santana, Mussum, Zacharias, Nadia Lippi o o Grupo contaminado Godard mostra o único homem não
dopois de uma explosão nuclear O de
Dominó. Art-Fashion Mall 1 (Estrada da Gávoa, 899
.322 1 2E8)t-M1t30: -1 Ch >0, -1 ThbO:- füvroi. _ Pasolini mostra_o momento tragicõmico om quo
Nesta nova comédia, os Trapalhôos docidom casar duranto um pobro T!güranto~7âmintõ, morro do (ndigosfáo
o saem da fazonda ondo moram para procurar as sobro as asilusóos filmagens O de Grogorotti 6 uma sátira
do consumo do um casal do classo
noivas na cidado mais próxima, onvolvondo-so om média om
inúmeras confusões. Produção do 1988. asconsão. Itália/1963.
KOYAANISQATSY (Koyaanisqatsi). do Godfroy
Roggio Aprosontação do Francis Ford Coppola
ÊÍREAPRESENTAÇÕES
Estaçtio I (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-
OS GAROTOS PERDIDOS (Tho lost boys). do Jool 6149): 21 h, 22h30. Ató amanhã. (Livro).
Schumachor. Com Jason Patric, Coroy Hairn, Dinn- Utilizando aponas imagons o trilha sonora, som
no Wiost o Barnard Hughos. Cândido Mendes (Rua diálogos ou porsonagons, o filmo 6 um onsaio
Joana Angélica, 63 — 267-7098): 14h, 16h, 18h (14 sobro a civilização amoricana consumista o dopro-
anos). dadora, EUA/1985.
História do humor, horror o rock and roll sobro um DEUS E OBIABO NA TERRA DO SOL íBrasileiro).
do
grupo jovons quo vivo numa caverna o, como
vampiros contomporânoos, não podo vor sanguo. do Glaubor Rocha Com Güraldo Dol Roy, loná
Magalhães e Othon Bastos. Estação 3 (Rua Volun-
EUA'1987. tários da Pátria, 88 — 286-6149) 17h30. 19h30,
ROMANCE (Brasiloiro). do Sérgio Bianchi. Com 21h30. Ató amanhã. (18 anos).
Rodrigo Santiago, Imara Reis, Isa Kopelman o Hugo O destino do povo oprimido do Nordosto através da
história do um vaqueiro mata o patrão e. para
-tugir à porsoguiçáo dos quo jagunços, oscondo-so om
Monto Santo, junto com os boatos, ató quo mms»
tardo entra para o bando do cangaceiro Corisco '
Produção do 1963. P&B.
ESPIÕES SEM ROSTO (Littlo Nikita). do Richard
Bonjamin. Com Sidney Poi'.ior, Rivor Phoonix, Ri-
chard Jonkins o Carolino Kava. Lagoa Drive-ln (Av.
Borges do Modoiros, 1.426 — 274-7999): 20h,
22h30. Ató amanhã. (14 anos).
Drama do espionagom. Garoto doscobro, através
do um agente do FBI, que seus pais sáo ospióos
russos. Ajudado pelo agente eie tenta esciarocer a
rodo do intrigas quo rodeia sous pais. EUA/1988.
ÊÊEXTRA
LARANJA MECÂNICA (A clockwork orango), do
Stanloy Kubrick. Com Malcolm McDowell. Patrick
Mageo, Michael Batos o Warren Clarko. Hoje, à
meia-noite, no Cândido Mendes. Rua Joana Angóli-
ca. 63. (14 anos).
Em um futuro próximo, as turmas de jovens
divortom-so com ultraviolôncia, ostupros o drogas.
Alox, o líder do uma turma, ó proso e submetido a
uma experiência quo visa torná-lo cidadáo-modolo.
Inglaterra/1971.
CRIMES DE PAIXÃO (Crimes of passion), do Ken
Russoll. Com Kathloon Turner, Anthony Porkins,
John Laughlin o Annie Potts. Hoje. à meia-noite, no
Estação /, Rua Voluntários da Pótria, 88 (18 anos).
Desenhista de moda vive uma estranha porsona-
gem noturna chamada China Blue e se vô envolvida
com um pastor moralista e um detetive impotente.
EUA/1984.
ÊÊMOSTEAS
RETROSPECTIVA DAS RETROSPECTIVAS (XI —
FINAL) — Hoje: Rashomon (Rashomon). de Akira
Kurosawa. Com Toshiro Mifuno, Machiko Kyo e
Masayuki Mori. Cinemateca do MAM (Av. Beira-
Mar. s/n°): 16h30. Com legendas em espanhol. (10
anos).
Uma morte ocorro numa floresta porto de Tóquio e
sobre o crime sâo narradas quatro versões diferen-
tes. Vencedor do Festival de Veneza e Oscar de
melhor filme estrangeiro. Japâo/1950. P&B.
HOMENAGEM A MARLENE (II) — Hoje: Balança
mas não cai (Brasileiro), de Paulo Wanderley. Com
Paulo Gracindo, Brandão Filho. Marlene e Herval
Rossano. Cinemateca do MAM (Av. Beira-Mar,
s/n°): 18h30.
Comédia inspirada num programa humorístico da
Rádio Nacional contando as trapalhadas dos mora-
dores de um edifício carioca. Produção de 1953.
HOMENAGEM A ANDRÉ CAYATTE — Hoje: A
passagem do Reno (Le passage du Rhin), de André
Cayatte. Com Charles Aznavour. Georgos Rivière,
Nicole Courcel e Cordula Trantow. Cinemateca do
MAM (Av. Beira-Mar, s/n°): 20h30.
O destino de dois franceses — um jornalista e um
padeiro — duranto a ocupação do país pelos
nazistas e após a 2o Guerra Mundial. França/1960.
SÍPRÉ-ESTRÉIAS 1
MISSISSIPPI EM CHAMAS (Mississippl bur-
nlng), de Alan Parkor. Com Geno Hackman, Willem
Dafoe. Francos McDormand e Brad Dourif. Hoje, à
meia-noito, no Leblon-1, Av. Ataulfo do Paiva, 391.
(14 anos).
Basoado em fatos roais ocorridos em 1964. Dois •
brancos o um negro sâo mortos provocando a
maior caçada humana da história do FBI e uqia
guerra polos direitos civis. EUA'1988.
UMA SECRETARIA DE FUTURO (Working gírí), .
do Mike Nichols. Com Harrison Ford, Sigourney
Weaver, Molanio Griffith e Alec Baldwin. Hoje, à
meia-noite, no Leblon-2. Av. Ataulfo de Paiva, 391.
(10 anos).
Comédia dramática sobre uma secretária detormj- ,
nada a usar toda a inteligência e charme para
conseguir seu lugar na cobiçada bolsa de valores de
Nova Iorque. EUA/1988.
ACUSADOS (The accused), de Jonathan Kaplgp. ,
Com Jodio Foster e Kelly McGillis. Hoje, à meia-
noite, no Rio-Sul, Rua Marquôs de São Vicente, 52
e Largo do Machado 2. Largo do Machado, 29. (T4
anos).
Advogada enfrenta ameaças quando pretende colo-
car na cadeia os acusados de um estupra. .
EUA/1988.
? A programação publicada no Roteiro está sujeita .
a alterações de última hora. É aconsolhável confir- {
mar horários e programas por telefono.
? As críticas publicadas no Roteiro obedecem Ss
seguintes cotações: ? ? ? ? Excepcional./
,
???Ótimo / ? ? Som / ? Razoável / • Ruim- .

wneínianiíãMEaias®
& Nadotti.
Mshoppings
ART-CASASHOPPING 1 — Moonwalker: 15h,
17h, 19h, 21 h. (Livre). Curta: Kultura tá na rua. de
Octávio Bezerra.
ART-CASASHOPPING 2 — A hora do espanto II:
14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (16 anos). Curta: Moran-
gos mofados, de Rubem Corveto.
ART-CASASHOPPING 3 — Os vivos e os mortos:
15h45. 17h30. 19h 15, 21h. (lOanos). Curta: O lobo
se estrepa, do Stil.
ART-FASHION MALL 1 — 0 casamento dos
trapalhões: 14h30, 16hl0. 17h50, (Livrei Minha
vida de cachorro: 19h30. 21h30. (10 anos).
ART-FASHION MALL 2 — A hora do espanto II
14h. 16h. 18h, 20h, 22h (16 anos).
ART-FASHION MALL 3 — A festa de Babette
14h, 16h, 18h. 20h. 22h (Livre). Curta: Os roman-
ces de'Dona Olinda Olanda, do Katia Messol
ART-FASHION MALL 4 — Moonwalker: 14h, 16h,
18h. (Livro). Júlia «Sr Júlia: 20h, 22h (14 anos).
BARRA-1 — De caso com a máfia: 14h. 16h. 18h.
20h, 22h. (14 anos) Curta: Melodrama, de Jorge
Mansur.
BARRA-2 — Cocktail. 14h, 16h. 18h, 20h. 22h. (14
anos).
BARRA-3 — Irmios gêmeos 14h. 16h. I8h. 20h.
22h. (Livre).
RIO-SUL — Irmios gêmeos 14h. 16h. 18h, 20h.
22h (Livre). Curta Canta Diamantina, de Moacirde
Giívetra.
Bcopacabana
ART-COPACABANA — A hora do espanto II: 14h.
16h. 18h, 20h, 22h. (16 anos). Curta: Violurb. do
Cleumo Segond.
BRUNI-COPACABANA — Júlia & Júlia: 14h. 16h,
18h. 20h. 22h. (14 anos). Curta: A Rocinha tem
histórias, do Eunico Gutman.
CINEMA-1 — U2 — Rattlo and hum: 15h30.
17h30, 19h30, 21h30. (Livre). Curta. Kultura tà ria
rua, de Octávio Bezerra.
CONDOR COPACABANA — O diabo na cama
14h30. 16h20, 18h10. 20h. 21h50. (14 anos).
COPACABANA — Cocktail 14h, 16h. 18h. 20h,
22h. (14 anos).
JÓIA — Ironweed. 14h, 16h30, 19h, 21h30. (14
anos).
RICAMAR — Minha vida de cachorro 14h, 16h,
18h, 20h. 22h. (10 anos). Curta: Um certo Manoel-
zão. de Leonardo Bartucci.
ROXY — Irmãos gêmeos: 14h, 16h. 18h. 20h, 22h.
(Livre).
STUDIO-COPACABANA — Strippcr. 14h30.
16h50. 19h10. 21h30 (16 anos) Curta. Memória
de Mmas. de Luiz Keller e Tânia Quaresma.
SlPANEMA E LEBLON
CÂNDIDO MENDES — Os garotos perdidos: 14h.
16h. 18h (14 anos). Romance 20h. 22h (18 anos)
LAGOA DRIVE-IN — Espiõos sem rosto: 20h,
22h30. (14 anos). Curta: Madamo Cartó, de Nelson
LEBLON-1 — Cocktail-, 14h, 16h. 18h. 20h, 22h. (14
anos).
LEBLON-2 — Bird: 15h, 18h, 21h. (16 anos).
STAR-IPANEMA — Os vivos e os mortos: 14h,
16h. 18h. 20h. 22h. (10 anos). Curta: Eu sou vida,
ou não sou morto, do Haroldo Marinho Barbosa.
KBOTAFOGO
BOTAFOGO — Fantasia da moda: 14h, 17h20.
18h50. (18 anos).
ESTAÇÃO 1 — Rogopag. ,17h. 19h (14 anos).
Koyaanisqatsi: 21 h. 22h30. (Livro).
ESTAÇÀO 2 — Dinheiro invisível: 18h. 19h30. 21 h.
ESTAÇÃO 3 — Deus e o diabo na terra do sol:
17h30, 19h30, 21h30. (18 anos).
ÔPERA-1 — Irmèos gêmeos: 14h, 16h, 18h 20h
22h. (Livre).
ÔPERA-2 — Cocktail 14h. 16h, 18h, 20h. 22h. (14
anos).
VENEZA — De caso com a máfia: 14h. 16h 18h
20h. 22h. (14 anos).
UCATETE E FLAMENGO
LARGO DO MACHADO 1 — O diabo na cama.
14h30. 16h20. 18h10. 20h. 21h50. (14 anos).
LARGO DO MACHADO 2 — Um peixe chamado
Wanda 15h. 17h10, 19H20. 21h30 (10 anos).
Curta Livro Abramo — Gravuras, de Fernando Com
Campos
UDO-1 — Uma cilada para Roger Rabbit: 15h30.
17h30. 19h30, 21h30. (Livro). Curta: Os romances
do Dona Olinda Olanda. do Katia Mossel.
UDO-2 — Imensidão azul: 14h30. 16h50. 19h10.
21h30. (Livro).
PAISSANDU — Os wVos e os mortos: 14h. 16h.
18h, 20h. 22h. (10 anos). Curta: Santa da maracatu.
de Fernando Sponcor.
SÀO LUIZ 1 — Irmãos gômoos: 14h. 16h. 18h.
20h. 22h. (Livre).
SÃO LUIZ 2 — Cocktail: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h.
(14 anos).
STUDIO-CATETE — Kato, a generosa e os índios:
14h50, 16h30. 18h10. 19h50, 21h30 (18 anos).
Curta: A primitiva arte de tecer em Goiás, do Josó
Petrillo.
ãBCENTRO
CINEMATECA DO MAM — Vor em Mostras.
METRO BOAVISTA — O diabo na cama: 14h,
15h50. 17h40. 19h30. 21h20. (14 anos).
ODEON — Irmãos gêmeos: 13h30. 15h30. 17h30.
19h30, 21h30. (Livro).
PALÂCIO-1 — Cocktail: 13h30, 15h30, 17h30,
19h30, 21h30. (14 anos).
PALÃCIO-2 — Braddock 3 — O resgate: 13h30.
15h30, 17h30, 19h30. 21h30 (1J anos).
PATHÉ — A hora do espanto II. de 2a a 6a. às 12h.
14h. 16h. 18h. 20h. 22h. Sábado e domingo, a partir
das 14h (16 anos). Curta: Temporal, de Josó Pedro
Goulart.
REX — Zona do prazer oe 2a a 68. âs 12h. 14h50.
17h35. 19h Sábado e domingo, às 13h30. 16h20.
19h05 (18 ano.s).
VfTÓRIA — Surfistas adolescentes: 13h30. 15h.
16h30. 18h. 19h30, 21 h. (18 anos). Curta: Kultura tá
na rua, do Octávio Bezerra.
BÊTIJUCA
AMÉRICA — Irmãos gômeos: 13h30, 15h30,
17h30, 19h30, 21h30. (Livro).
ART-TIJUCA — A hora do ospanto II: 15h. 17h,
19h, 21 h. (16 anos). Curta: Ô de casa. de Katia
Mossel.
BRUNI-TIJUCA — Moonwalker: 15h. 17h, 19h.
21 h. (Livre). Curta: Llvio Abramo — Gravuras, do
Fernando Coni Campos.
CARIOCA — Cocktail: 13h30. 15h30. 17h30.
19h30, 21h30. (14 anos).
TUUCA-1 — De caso com a máfia: 15h. 17h. 19h.
21 h. (14 anos). Curta: Palácio Monroe, uma época
em ruínas, de Cèlio Gonçalves.
TUUCA-2 — Braddock 3 — O resgato: 15h, 17h,
19h. 21h. (14 anos).
TUUCA-PALACE 1 — Uma cilada para Roger
Rabbit: 15h. 17h, 19h, 21h. (Livro).
TUUCA-PALACE 2 — U2 — Rattle and hum 15h,
17h, 19h, 21h. (Livro).
Mmeier
ART-MÉIER — Braddock 3— O resgate: 15h. 17h.
19h. 21h. (14 anos).
BRUNI-MElER — Portas fechadas 15h. 16h30.
18h, 19h30. 21 h (18 anos). Curta Jenner Augusto.
do Fernando Coni Campos.
PARATODOS — A hora do espanto II. 15h. 17h.
19h, 21h. (16 anos) Curta: Um cS^a Mana. de Marco
Antcnio Simas
MRAMOS E OLARIA
RAMOS — Braddock 3 — O resgate: 15h, 17tà. 4
19h. 21h. (14 anos).
OLARIA — Irmãos gômeos: 15h, 17h. 19h, 21 h. [
(14 anos).
mMADUREIRA - .
JACAREPAGUÁ
ART-MADUREIRA 1 — A hora do espanto II: 15h. '
17h, 19h. 21 h. (16 anos). Curta: Nem tudo são
flores, de Paulo Maurício Caldas.
ART-MADUREIRA 2 — Moonwalker: 15h, 17K
(Livre). Júlia & Júlia: 19h. 21h. (14 anos).
BARONESA — A última tentação de Cnsto: 14h.
17h, 20h. (18 anos).
BRISTOL — O diabo na cama: 15h. 16h30,,i8h.:j
19h30. 21 h. (14 anos).
MADUREIRA-1 — Cocktail: de 2a a 6a. às 15h, 17h. '
19h. 21 h. Sábado e domingo, a partir das 13h. (14
anos). Curta: Kultura tá na rua. de Octávio Bezerra, i
MADUREIRA-2 — Irmãos gômeos: de 2a a 6a. às
15h. 17h. 19h, 21 h. Sábado e domingo, a partir das •
13h. (14 anos). Curta. Arte nas cidades, do Carmen '
Pereira Gomes. . .
MADUREJRA-3 — Braddock 3 — O resgate: 15h. '
17h. 19h. 21h. (14 anos).
ÊÊCAMPO GRANDE
CAMPO GRANDE — A hora do espanto II: 15b. '
17h. I9h. 21h (16 anos) Curta Senão do conse-
lheiro. de Octávio Bezerra
PALÁCIO — Salsa — O filr^e Quente 16h. 18K ,
20b \Livre).

'///r /////?
Y//////////////Z
philippe martin também de você //////
perto
 sribado, 4/3/K9 O CADERNO B O 7
JOHN AL DO BRASIL
ROTEIRO

Divulqnçrto
DICA JPO PIA corto em novelas. Seu estilo
de representação nada tem a /I rfi/r Xcxéo
ver com o pseudonaturalismo
horário é alternativo, da TV. Mesmo assim, um dos
fl M Hojo tem sessão ã momentos mais divertidos
o meia-noite. O teatro 6 (em tempo: o espetáculo é re-
pequenininho. É o Cândido cheado de bom humor) acon-
Mendes. As atrizes nao são tece quando as duas fazem
de tirar famosas. Ana Kfouri e Lu Gri- uma adaptação livre do texto
maldi não trabalham em no- Naturalismo, de Duras, co-
velas, mas foram vistas, em çando as orelhas, tirando me-
performances engraçadissi- leca do nariz, numa cena que
mas, na abertura de Bebê a nao ficaria inadequada em es-
o sono bordo. Mesmo assim, chegue petáculo de dança de Pina
cedo (até porque nin{paém en- Bausch. Elas trabalham com
tra depois de o espetáculo ini- a repetição, com o texto vindo
| tTC ciado):ciaao)^^pcqucmwircn^cR^^^^^^^^^^^^^|
a pequena arena de de caixas de som, com espe-
I —ípageroa. tara M.st.nflri lotada . 4hos, min rfeitris ri<• ln? N-in
|J§HHL Ml. Jk ^Bjdesdea a estréia de Ponto li- n- ^ggggg^g
há fumaça, mas é uma peça
||1|S3H^^^^H^ H mite. geraldiana. Aliás, Lu Grimaldi
MMHIHL M< ° ^cma é6 capaz de
O tema dc provo- e Ana Kfouri participaram da
¦MHHB|, N^, "^|B car car bocejos: a crise do homem
montagem paulista de Car-
*- - T^BL .. moderno neste final de século.
moderno seculo. mem coin filtro.
jfl&
%/'; Mas cenico de Gri-
brllho cênico
Mas o brilho Numa cena, Ana Kfouri dá a
J^Hl
~1^|p maldi
C1uer maldi ec Kfouri espanta qual- impressão de ter dois metros
quer sono. Durante 90 minu- de altura. Em outra, Lu Gri-
tos, elas interpretam textos maldi corta os pulsos, o san-
- ^fe tos, de Clarice Lispector, Mar-
<^*"7 .. rJ| guerite Silvia Plath, gue escorre em seus braços e a
„«»,,< rjMM'i entre guerite Duras, platéia não descobre o truque.
entre outros, sob a direçãodiregao
Numa terceira, o público par-
¦¦$$&'' -nf^R Aoi Jose. O que elas
chic de Paulo José.
chic ticipa da cenografia através
*1 IS B. |n|idaiBjy -.SffiHH dizem dizem ée importante. Mas nem
^||jH tanto. de um espelho gigantesco car-
^ tanto. O que impressiona mes- regado pelas atrizes. Ponto li-
... f<. ^.y^j$BnOm
"\ Jjfc .. i|ga|| mo limitc ée a incrí-
mo em Ponto limite incri-
g mite mostra o trabalho origi-
yw^a^'"-'; ^¦¦P^ vel movimentagao (coreogra-
vel movimentação
nal de duas boas atrizes, duas
fffffffl fia?) fia?) das atrizes e a utilização utilizagao
coreógrafas e faz o es-
hIPI em em produção
produgao modesta de um ótimas
I I irresistível repertório
repertorio de tru- pectador redescobrir o prazer
JlgH irreslstfvel teatrais. de brincar com o teatro. Sem
ques
—Elas não
Lu Grimaldi e Ana Kfouribrincavi com
Rfourxbnncavfcoin o teatro
ofeatfo em Ponto limite
llmite Elas nao dariam mesmo besteirol.
f As atrizes

f£J0£JS0BT
L*X.
A NOITfc DAS MAL DORMIDAS — Comédia do
Niols Pctersen. Direção do Ronato Prioto. Com
Marcos Hamelin, Lula Modoiros e Luí Dias. Teatro
Scsc de Engenho de Dentro. Av. Amaro Cavalcan-
to, 1 661 (249-1331). 6o o sáb.. às 21h o dom., às
20h30. Ingressos a NCz$ 1,50. Até dia 2 de abril.
AS SEREIAS DA ZONA SUL - Textos de Vicente
Pereira e Miguel falabella. Direçflo de Jacqueline
Laurence. Com Miguel Falabella e Guilherme Ka-
ram. Teatro João Caetano. Pça. Tiradentes. s/n°
(221-0305) Do 4'' a sáb., ás 21 h e dom., às 20h.
Ingressos a NCz$ 1,50. Duração: 1h20. Até
amanhã.
de
A VIDA É SONHO — Textos de Pedro CalderonCom
Ia Barca, Direção e adaptação de Hugo Rodas. h e
a Cia. Dramatica Velho Pitu. De 4'1 a sáb..Rioãs 21
dom., ás 19h Teatro Glauco Rocha. Av Branco.
179 (220-0259) Ingressos a NCz$ 1,50. Duração:
1 h 15. Até amanhã.
VIDA DE ARTISTA — Toxto de Paulo César
Coutinho. Direção do Paulo César Coutinho e Tiago
Santiago. Com Débora Duarte, Pedro Pianzo o
Stepan Nercessian. Teatro Cândido Mendes. Rua
Joana Angélica, 63 (227-5882). De 4a a dom., às
21 h30. Ingressos 4" e 5° a NCz$ 4,00 o de 6" a dom.
a NCzS 4.DO. Desconto do 20% mediante apresen-
tação do cartão de leitor do J.B.. Até amanhã.
CARMEM COM FILTRO 2 — Texto o direção do
Gerald Thomas. Com Bote Coelho, Oswaldo Barre-
to, Luís Damaceno, Marco Stocco, entre outros.
Teatro Nelson Rodrigues. Av. Chile, 230 (262-
0942). Sáb., às 20h e 22h30 o dom., às 21h30.
Ingressos a NCzS 4,00. Associados da Golden
Cross tòm 10% do desconto. Estacionamento
próprio e gratuito. Duração: 1h20. Até dia 12 de
março.
PONTO LIMITE — Textos do Clarice Lispector,
Marguorite Duras e outros. Direção de Paulo José.
Com Ana Kfouri e Lu Grimaldi. Teatro Cândido
Mendes, Rua Joana Angélica, 63 (227-9882). 2a e
3a, às 21h30. 6a e sáb , à meia-noite. Ingressos a
NCzS 3,50 e NCzS 3,00 (estudantes). Duração:
1 h30.
EU AMO — Texto original de Maiakovski. Tradução
de Emílio Carrera Guerra. Roteiro e direção de
Holvécio Alves Jr. Com Ana Palma, Gislane Bon-
giorno, Glei Pélias, Helvécio Alves Jr. e Miguel
Mudrik. Teatro Villa Lobos. Av. Princesa Isabol, 440
(275-6695). Do 5a a sàb„ às 21h30 Dom., às 20h.
Ingressos a NCzS 2,50. Duração: 1h.
PREZADO AMIGO — Texto de Mário de Andrade o
Carlos Drummond de Andrade. Direção o roteiro de
Walmor Chagas. Com Tarcísio Ortiz, Sílvia Adorne,
Ana Rosa e Clara Bocker. De 4a a 6a, às 21h30;
sáb., às 20h e 22h e dom., às 18h. Ingressos a
NCzS 3,00 (de 4a a 6a e dom.) e NCzS 3,50 (sáb.)
Teatro Ziembinski. Rua Urbano Duarte. 22 (228-
3071)
BAILEI NA CURVA — Direção de Paulo Reis. Com
Rafaela Amado. Jacquoline Sperantio, Mário Louza
o outros. Teatro Benjamin Constant. Av. Pasteur,
350 (295-3448). De 4a a sáb., às 21h30. Dom., às
20h. Ingrossos a NCzS 3,00. Desconto de 20%
mediante apresentação do cartão de leitor do J.B..
Entrada franca para professores.
BRASIL A PEÇA — Texto do Miguel Falabella, Luís
Carlos Góes, Maria Lúcia Dahl o Vicente Pereira.
Direção de Jacqueline Laurence. Com Edwin Luisi
e Thais Portinho. Teatro Posto 6, Rua Francisco Sá,
51 (247-5443). De 4a a 6a e dom., às 21 h30; sáb., às
20h e 22h30. Ingressos 4a e 5a a NCzS 2,00; de 6a a
dom. a NCzS 3,00. Estudante, às 6as, paga NCzS
2,00. Desconto de 20% modiante apresentação do
cartão de leitor do J.B..
MARTINI SECO — Texto do Fernando Sabino.
Direção de Roberto Talma, Com Loina Krespi, Jorgo
Fernando, Paulo César Grande. Rodolfo Bottino e
outros. Teatro Villa-Lobos. Av. Princosa Isabol. 440
(275-6695). Do 4a a 6a, às 21h30; sáb . às 20h o
22h30 o dom., às 19h. Ingrossos 4a o 5a a NCzS
2,50 o 6a, sáb. o dom. a NCzS 3,50. Duração: 1 h 15.
MENO MALE — Comédia de Juca de Oliveira.
Direção de Bibi Ferreira. Com Juca de Oliveira,
Marcela Rafea, Fúlvio Stefanini, Nicole Puzzi, Luís
Gustavo, Maria Esteia e outros. Teatro Tereza
Rachel. Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). Do
4a a 6a. às 21 h30. sáb., às 20h e 22h30 e dom., às
19h; vesp de 5a, às 17h. Ingressos 4a e 5a a NCzS
4,50 o de 6a a dom. a NCzS 5,00. Duração: 1h40 (14
anos).
SPLISH SPUVSH — Texto do Flávio Marinho.
Direção de Wolf Maia. Coreografias do Olenka Raia.
Com Alexandre Frota. Raul Gazolla. Marilu Buono.
Cláudia Raia. Liano Maia e outros. Teatro Ginástico.
Av. Graça Aranha, 187 (220-8394). De 4a a 6a, às
21 h; vesp. 5a, às 18h; sáb, às 20h e 22h30 e dom,
às 18h e 20h30. Ingressos 4a o 5a a NCzS 4.00;
vesp. de 5a a NCzS 2,50 o de 6a a dom a NCzS 5,00
(Livre). Duração: 1h30. O espetáculo começa rigo-
rosamente no horário.
A PRESIDENTA — Comédia de Bricairo o Lasay-
gues. Direção de José Renato. Com Jorge Dória,
Carvalhinho, Jorge Cherques. Betty Berardo e ou-
tros. Teatro Vanucci. Rua Marquês de S; Vicente,
52 (274-7246). De 4a a 6a, às 21h30. sáb . às 20h o
22h30 e dom., às 19h e 21h30. Ingressos 4a o 5a a
NCzS 4,00; 6a e dom. a NCzS 5.00 e sáb a NCzS
6,00. Desconto de 10% no ingresso de 4a a 6a o
dom. mediante apresentação do cartão de leitor do
J.B.. Duração: 2h.
NADA — Texto e direção de Pedro Cardoso o
Felipe Pinheiro. Direção musical do Tim Roscala.
Com Pedro Cardoso. Felipe Pinheiro e Tim Roscala.
Participação de Oscar Bolão (bateria). Dazinho (sax)
e Omar Cavalheiro (contrabaixo). Casa do Cultura
Laura Alvim. Av. Vieira Souto. 176 (247-6946). Do
4a a sáb., às 21h30 o dom., às 20h30. Ingressos de
4a a 6a a NCzS 3,00 (lugar marcado na platéia) o
NCzS 2,50 (balcão); sáb. e dom. a NCzS 3,50 (lugar
marcado na platéia) e NCzS 3,00 (balcão). Duração:
1h45. Até dia 19.
TRAIR E COÇAR... É SÓ COMEÇAR — Comédia
de Marcos Caruso. Direção de Attílio Riccó. Com
Tony Ferreira. Maria Lúcia Dahl, Mário Cardoso,
Denise Fraga o outros. Teatro do Barrashopping.
Av. das Américas, 4666 (325-5844). 5a, às 17h30 e
21h; 6a, às 21h; sáb.. às 19h30 o 22h e dom., às
20h. Ingressos 5a a NCzS 3,50 (vosp.) o NCzS 4.00
(2a sessão) e de 6a a dom. a NCzS 5.00.
ALÉM DA VIDA — Texto de Chico Xavier e Divaldo
Franco. Direção de Augusto Vanucci. Com Lúcio
Mauro. Renato Prieto, Folipe Carone o outros.
Teatro do Amórica. Rua Campos Sales, 118 (234-
2068). 6a e sáb., às 21 h e dom., às 20h. Ingressos a
NCzS 1,50. Duração: 1h30.
POR DEBAIXO DO LENÇOL — Comédia do Gugu
Olimecha. Direção de Lúcio Mauro. Com Helena
Werneck, Luiz Pimontel, Marco Ortiz e Gugu Oli-
mecha. Teatro Cawell. Rua Dosombargador Isidro,
10 (541-5331). 6a o sáb.. às 21h30 e dom., às
20h30. Ingressos a-NCzS 3,00. Desconto de 40%
mediante apresentação do cartão do leitor do J.B..
Duração: 2h.
ADOTEI UMA ENCRENCA — Texto e diroçào do
Luiz Carlos Palumbo. Com Alexandre Vidal.. Ângela
Andrade, Azanya Lamin. Sandra Helena, entre ou-
tros. Teatro do Grajaú Country Club. Rua Prof.
Valadares, 262 (258-5155). 6a e sáb.. às 21 h e dom.,
às 20h. Ingressos a NCzS 2,00. Censura: 14 anos.
NO PRINCÍPIO, AGORA E SEMPRE — Texto do
Regina Fontenelle. Com os formandos da Escola
Dirceu de Mattos. Teatro Dulcina. Rua Alcindo
Guanabara, 17. De 4a a sáb., às 21 h e dom., às 20h.
Ingressos a NCzS 2,00. Estudantes pagam NCzS
1,00 Ate dia 12.
JOSÉ LIMA — Gravuras. Museu do Inga. Rua BENDITO FRUTO. MULHER — Peças reprosen
\4D3E3BOEDiaOBE Prosidonto Podroira. 78 - Ingá. Do 3a a 6a, das 11h tando a mulhor brasileira na arto popular. Galeria
às 17h. Sábado o domingo, das 14h às 18h. Até Mestre Vital mo do Museu do Folclore. Rua' do
amanhã. Cateto. 181. De 3a a 6a. das 11h às 18h Sábados,
CLÓVIS E OUTRAS FANTASIAS DE CARNAVAL domingos e feriados, das 15h às 18h. Até dia 26 de
OSCAR ARARIPE — Paisagons do Itatiaia o pilaros — Fantasias e máscaras carnavalescas Museu do março.
do inscriçòos rupostros do Brasil Caloria Ollvia Ingá. Rua Prosidonto Podroira. 78 - Ingá De 3a a 6a. MAMBEMBÃO EM EXPOSIÇÃO — Fotografias,
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i •j a 6a. das 14h às 20h. Sábados, das 10h às 13h. das 11hàs 17h. Sábado o domingo, das 14hàs 18h. cartazes, programas, matorial promocional o catálo-
Até amanhã. gos do projeto Mambembáo. Sala Alolsio Maga-
Último dia. FEIRA DE ANTIGÜIDADES — Barracas quo ox- Ihâes. Av Rio Branco, 179. De 2a a 6a, das 9h30 às
AQUARELAS INGLESAS — SÉCULOS XVIII E LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA NA URSS —
Exposição fotográfica de artistas soviéticos. Meza- põom obras do arto como cristais, porcelanas e 22h Sábados e domingos, das 16h às 22h Até dia
XIX — Coletiva com aquarelas do acervo do nino da Estação Carioca do Metrô. De 2a a sábado, quadros. Sábados, das 9h às 18h, na Praça Mare- 30 de março.
Norwich Castle Museum. Museu Nacional de das 6h às 23h. Último dia. chal Âncora. Domingos, das 10h às 19h, no Casa• O BRASIL DE PEDRO A PEDRO — 100 marionetes
Belas Artes. Av. Rio Branco, 199. Do 3a a 6a, das MARlLIA KRANZ — Painel. AM Niemeyer. Rua shopping. e 15 palcos fixos que contam a História do Brasil.
Marquês do São Viconte. 52/loja 205. De 2a a 6a. NOVA ESCULTURA PARA A PRAÇA MAUÁ Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora. J
10h às 17h30. Sábados e domingos, das 15h às Projetos o maquotos. Galeria de Arte do Centre sln°. De 3» a 6a. das 10h às 12h e das 13h às 17h30,
18h. Até dia 10 de abril. das 10h às 22h. Sábados, das 10h às 18h. Último
dia- Empresarial Rio. Praia de Botafogo. 228 De 2a a 6a. Sábados e domingos, das 14h30 às 17h30. Até dia
Panorama da aquarela inglesa do fins do século ARMAS QUE NAO VÀO A GUERRA — Corca do das 13h às 19h. Sábados e domingos, das 13h às 30 de março.
18 até o século 20. com énfaso na paisagem 100 poças dos séculos XVIII o XIX Museu Histórico 18h. Até dia 13. PINTO — Exposição com as fantasias *
romântica e algumas incursões pela pintura do Nacional. Praça Marechal Âncora, s/n°. Do 3a a GILBERTO FREYRE: UMA INTERPRETAÇÃO DO oFERNANDO alegorias criadas pelo carnavalesco. Museu do
gênero. Dois ostudos de Gainsborough, obras 6a. das 10li às 17h30. Sábados o domingos, das BRASIL — Exposição com 124 peças, entre cartas, Carnaval. Praça da Apoteose. De 3a a domingo, das
de Cox. Cotman o Girtin. mas principalmento as 14h30 às 17h30. Até amanhã. caricaturas, ensaios o manuscritos, do sociólogo 11 h às 17h. Até dia 30 de abril
duas aquarelas do Turnor, são os pontos altos 1» MOSTRA DO ARTISTA JOVEM DE NITERÓI — pernambucano, que será acompanhada de um ciclo
Coletiva rounindo trabalhos do 15 novos artistas. do palostras, sompro às 18h. Biblioteca Nacional. PRAÇA XV — 1580 A 1988 — Pamôs do Gut.i
de uma oxposiçào quo mostra o início do Museu do Ingá. Rua Prosidonto Podroira, 78 - Ingá. Av. Rio Branco, 219 — 220-7390. De 2a a 6a. das (Carlos Gustavo Nunes Pereira). Sala da Maquete
caminho para o improssionismo. De 3a a 6a, das 11hàs 17h. Sábado o domingo, das 9h30 às 18h. Sábado, das 9h às 15h. Até dia 22 de do Paço Imperial. Praça XV. De 3a a domingo, das
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ca. 63 — 267-7098. 21 h: Sepultura, Possessed, Helloween e Powers gues. Vale a Pena Ouvir do Novo — sáb., às 12h.
VÍDEOS NO CREPÚSCULO — Hoje: Television, Clips. No Núcleo Tullula/Atalho. Av. Ministro Edgar MFMÊSTERÊÕ~99yjdHz Roberto Carlos em Detalhes — sáb., às 13h.
colotãnoa com os Pet Shop Boys. A partir da meia- Romoro, 338/sala 201 (751-4341). Black Beat — sáb., às 14h.
noito. no Crepúsculo de Cubatào. Rua Barata Riboi- VÍDEO NO MHN — Exibição do vídoo Histórias do HOJE 105 sem Parar — sáb., às 22h.
ro. 543 (235-2045). 20 h — CDs a raio laser: Concerto n° 6. em Mi
cotidiano. Hojo, às 15h, 16h, no Museu Histórico bomol maior, do Porgolosi (ASMF — 8:49); Tema o M CIDADE — 102,9 MHs
A EVOLUÇÃO URBANA DO RIO DE JANEIRO — Nacional. Praça Marechal Âncora, s/n°. Variações em ré menor, do Sexteto op 18 do
Exibição dos vídeos Fim de semana na Baixada. O Saudade Cidade — às 7h.
caminho que vai dos anjinhos indigentes aos margi- BENDITO O FRUTO, MULHER — Exibição do Com Brahms (Lupu — 11:04); As Estações, de Haydn Telefone da Cidade — às 9h.
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NEY MATOGROSSO __ Show do cantor. Do 5a
o dom.. íls 21M30. Tiwtrn do Holol Nacional, Av.
Niomoyor, 709 (322-1000). Os ingrosoos podum
sor adquiridos nas bilhotorios do Hotol Nacional
(322-1000). Ingressos a NCzS 8,00, NCzS 10,00
o NCzS 15,00. Ató amanhô.
EU CANTO SAMBA — Show do cantor o
mmmsitnr Paulinho da Viola acompanhado do
banda. Do 4a a sáb., As 2Huü. Uom., as 2Un.
Teatro Ciam Nunos, Rua Marauôs do São Vicon-
lo. 52 (274-9696) Ingressos a NCz$ 6.00 (4», 5"
o dom) o NC/S 8,00 (6" o sáb.). Ató dia 2 do
abril
SEDUÇÃO — Show da cantora Simono acom-
panhada do conjunto. Participação da Batoria da
Escola do Samba Caprichosos do Pilaros. Scala
1. Av. Afrânio do Molo Franco. 296 (239-4835).
Do 5o a sáb., às 22h o dom., às 20h. Ingressos a
NCz$ 8.00.
CAMA DE GATO — Show com os instrumonlislas
Mauro Soniso (sopros). Riquo Pantoja (toclados),
Pascoal Mcirollos (batoria) o Arthur Maia (contra-
baixo). Hojo o amanhã, às 20h. Teatro Joào Thcotô•
mo. Rua da Assomblóia, 10. Ingrossos a NCzS 2,50.
Ató amanhã.
OLHOS DA VIDA — Show do lançamonto do LP do
cantor Almir Guinoto. Do 4'1 a dom., às 19h Teatro
da Suam, Pça. das Nações, 88 (270-7082). Ingros-
sos a NCzS 2.00 Ató dia 12.
LOUCA PELO SAXOFONE — Toxto o diroçào do
Patrício Bisso. Com Patrício Disso, os Bokos-
Mokos o o trio vocal"Sá,As Notas Protas. Teatro da
Praia. Rua Francisco 88 (267-7749). 4a, 5a o 6a.
às 21h30. Sáb., às 21h30 o à meia-noite. Dom., às
20h. Ingressos a NCz$ 5,00 (4a, 5a e dom.) o NCz$
6.00 (6a õ sáb.):
LUÍS ANTÔNIO — Música instrumontal. Hojo. às
22h, o amanhã, às 21 h. Casa do Cultura Laura
Alvim. Av. Vieira Souto. 176 (227-2444). Ingrossos a
NCzS 2.50
BPARA DANÇAR
MAMA AFRICA — Jazz, bossa nova o bluos com a
cantora o compositora Luiza Maria acompanhada
por Virgílio Gomes (guitarra), Aloxandro Sorpa (bai-
xo) o Sórgio Nacif (teclados). Hojo, à moia-noito, no
piano bar. Música para dançar com o discotecário
Dom Pope o show do percussionista Repolho. 6a o
sáb., ás 22h, no Morro da Urca. Av. Pasteur. 520.
Ingressos a NCz$ 5.00. incluindo a passagom do
bondinho. Mosa a NCz$ 7,00.
BALIBAR — Música a cargo do Fernando Costa. Do
5a a dom., a partir das 22h30. Estrada da Barra,
1636 (399-3460). Ingressos a NCz$ 3,00 (homem) o
NCz$ 2,00 (mulher).
CREPÚSCULO DE CUBATÀO — Discoteca e ví-
deos. Hoje. com o discotecário Josó Roberto Mahr.
4a o 5a. ás 23h o 6a o sáb., á meia-noite, na Rua
Barata Ribeiro. 543 (235-2045). Consumação 4a e 5a
a NCzS 3,50 o 6a o sáb. a NCzS 4.00.
D'ÁFRICA — Show com a Banda Afro Sounds
Stars. Hoje, às 23h. Rua Andró Cavalcanto, 58 (242-
4139). Couvert o consumação a NCz$ 2,00.
CARINHOSO — Música para dançar com a banda
da casa e o conjunto da cantora Dora. Diariamente a
partir das 22h, na Rua Vise. de Pirajá, 22 (287-0302).
Couvert de dom. a 5a a NCz$ 2,50 o 6a, sáb. o
vóspera de feriado a NCz$ 3,50.
PAPILLON — Discoteca. De 2a a sáb., às 22h, no
Hotel Intercontinental. Av. Prefeito Mendes do
Moraes, 222 (322-2200). Ingressos de 2a a 5a a N
Cz$ 4,00; o 6a o sáb. a NCzS 7,00.
CAFÉ TEATRO MÁGICO — Show de reggao com
o cantor ganês Nabby Clifford o banda. Música para
dançar, oxibiçáo de curtas e performance na Câma-
ra das Sombras. 6a o sáb., às 23h, na Rua das
Palmeiras, 130 (286-6989). Couvert a NCz$ 2,50.
PSICOSE — Música mecânica do 4a a dom., a partir
das 22h e vesp. de dom., às 15h, corn os discotecá-
rios Oswaldo o Valtor. Ingressos 4a e 5a a NCz$
1,20, homem e NCz$ 0.80, mulhor; 6a o dom. a
NCz$ 1,50, homem e NCz$ 1,00, mulher o sáb. a
NCz$ 2,00, homem e NCz$ 1,50, mulher e vesp. a
NCz$ 0,50. Rua Mariz o Barros, 1050 (284-1796).
Dom., matinóo infantil, das 15h às 19h. Ingrosso a
NCzS 1.00.
DIMPLE'S — Música de fita, teláo com projeção de
filmes o sorteios. De 5a a sáb., às 22h, na Rua
Rodolfo de Amoedo, 281 (399-0550). Consumação
5a a NCz$ 2,30; 6a e sáb. a NCz$ 4,60, com diro.to a
dois drinks.
HELP — Discoteca. Av Atlântica, 4332 (521-1296).
Diariamente a partir das 22h. Ingressos a NCz$
4.50.
ZODÍACO — Música oe fita para dançar. Consuma-
çâo de dom. a 5a a NCz$ 3.0; 6a, sáb. e vóspera de
feriado a NCz$ 6,00. Av. Sernambetiba, 1996 (399-
-0375).
ZOOM — Discotoca com Tony D'Carlo, Gustavo do
Caux o Adão. De 4a a dom., às 22h o vesp. dom., às
15h. Lgo. de S. Conrado, 20 (322-4179). Ingressos
4a, 5a e dom. a NCz$ 3,00, homem e NCz$ 2,00.
mulher; 6a a NCzS 3,50, homem o NCz$ 2,50,
mulher; sáb. a NCz$ 4,00, homom e NCz$ 3,00.
mulhor; vesp. a NCz$ 1,00.
LEON'S DISCO — Discoteca o música ao vivo.
com os discotecários Adilson e Edinho. De 5a a
dom., às 20hovosp. sáb. edom., às 15h. Ingressos
5a a NCzS 0,80; 6a a NCz$ 2,00. homom o NCzS
1.50, mulhor; sáb. a NCzS 2,50, homem e NCzS
2.00, mulher; dom. a NCzS 1,50, homem e NCzS
1,00. mulher e vesp. do sáb. a NCzS 0,80 e do dom.
a NCzS 1,00. Travessa Almerinda Freitas. 42 (359-
0277).
VINÍCIUS — Música ao vivo para dançar, a partir
das 22h, com a Bigband o os cantores Regina
Falcão, Vítor Hugo e Luís Carlos. Couvert de dom a
5a a NCzS 2,00; 6a, sáb. o vóspera de feriado a
NCzS 3,50. Av. Copacabana. 1144 (267-1497).
SOBRE AS ONDAS — MUsica ao vivo para dançar,
diariamente a partir das 21 h, com a banda do
maestro Miguel Nobre e a cantora Consuelo; a
banda do Joào Carlos e o cantor Betho; dom. o
conjunto Barbas. Couvert do dom a 5a a NCzS 2,50
e 6a, sáb. o vóspera de feriado a NCzS 4,00. Av
Atlântica, 3432 (521-1296).
COLUMBUS — Discoteca. Ingrossos, do 5a a
dom . a NCzS 5.00 o. de 6a o sáb., a NCzS 7,00.
Diariamente, a partir das 22h. Rua Raul Pompóia.
94 (521-0279).
PRESS — Discotoca e vídeos a cargo de Rogor
Nascimento Silva e Cicoro Vazquez. Aborta de 3a a
dom., a partir das 22h. com música do fita. Consu-
'maçáo
do dom. a 5a a NCzS 3,50 e 6a. sáb. o
vóspera de feriado a NCzS 5,00. Av. Sernambotiba.
4700 (385-2813).
BOITE VOGUE — Música ao vivo com o conjunto
da casa o discoteca. A partir das 22h. Aos domin-
gos, apresentação da banda Hangar 18. Couvert de
ÍSnSOBElEEIEÍ
¥-
BONECOS CEM MODOS — Direção e roteiro de
Ferró. Direção da manipulação e confecção dos
bonecos do Beto Dorneles. Teatro Cândido Men-
des. Rua Joana Angólica. 63 (227-98821. Sáb. o
dom., as 17h o 18h. Ingrossos a NCzS 1,50.
Desconto de 20% no ingresso mediante apresenta-
çào do cartão do" leitor do J.B. O espetáculo
começa rigorosamente no horário. Ató amanhã.
SONHO DE CINDERELA — Adaptação do Maria
Fainé Com o grupo Pilar Fainó. Teatro do Céu. Av.
Rui Barbosa, 762. Sáb edom.. às 16h30. Ingressos
a NCzS 0.80. Ató amanhã.
TISTU — O MENINO DO DEDO VERDE — Musi-
cal infantil. Texto do Maurice Druon. Traduçáo e
adaptação de Oscar Felipe e Neyde Mendonça.
Direção de Ivan Merlino Com Flávia Monteiro.
Carvalhinho. João Paulo Epprecht e outros Teatro
Vannucci. Rua Marquês de São Vicente. 52 (274-
7246) Sáb. e dom . às 17h30 Ingressos a NCzS
5.00 O espetáculo começa rigorosamente no horá-
no.
O DIAMANTE DO GRÃO-MOGOL — Musical do
Maria Clara Machado. Direção de Milton Dobbin.
Com Janser Barreto, Jorge Maia. Luiz Octavto.
entre outros. Teatro Joio Caetano Pça Tiradentes,
s/n° (221-0305) Sáb- e dom , ás I6h30. Ingressos a
NCzS 1,50 Até dia 2 de abnl
CENSURA LIVRE
Vocação
as novidades progra-
ENTRE madas para o teatro infantil
em 89 figura a volta de O meni-
no do dedo verde. A peça, adaptação
do livro homônimo de Maurice
Druon feita por Oscar Felipe e Neyde
Mendonça, cumpriu uma temporada
de um ano (10 meses no Teatro Villa-
Lobos e dois no Canecáo) em 1983. O
sucesso foi tanto que motivou o pro-
dutor e diretor Ivan
mar o projeto, que estréia hoje, às
17h30, no Teatro Vanucci.
Mas Ivan planeja mudanças vi-
tais para a remontagem. A começar
pelo elenco. O menino, que na pri-
meira produção foi interpretado por
Oberdan Jr„ agora passa a ser vivido
por João Paulo Epprecht, de 10 anos,
selecionado através de testes. A ele,
vêm-se juntar os nomes de Flávia
Monteiro e Carvalhinho, entre ou-
tros. Além disso, a nova versão se
pretende mais ousada que a anterior.
"Em 83, O menino do dedo
verde era
apenas um musical leve e poético.
Agora, ele vai um pouco além disso.
Se na primeira montagem o especta-
dor ria, ele agora vai gargalhar. Se
antes alguém chorava, vai debulhar-
se em lágrimas", arrisca Merlino.
Da cartola do produtor saltam
sucessos. Ele tem verdadeiro dedo
verde para apontar o que dá certo.
Do seu currículo constam títulos co-
mo Com panos e lendas — seu pri-
Estréia O diamante do Grão-Mogol, de Maria Clara Machado
Pedra
de Maria
O teatro de Maria Clara Ma-
chado é um filão inesgotável.
Reestréia hoje, no Teatro João
Caetano, às 16h30, O diamante
do Grão-Mogol, de autoria da
dramaturga, dirigido por Milton
Dobbin. No elenco, alunos do Ta-
blado — Janser Barreto, Clélia
Guerreiro e Luiz Eduardo Ama-
ral entre eles — recontam a velha
história de capa-espada passada
no sertão de Minas Gerais.
A trama é folhetinesca. O fa-
zendeiro Inocêncio Pacífico tem
três preciosidades: uma filha
donzela de nome Izabela e cfòis
diamantes cobiçados pelo bandi-
do Jacó Montanha e pelo secretá-
rio particular do velho Fenelon
dom. a 5a a NCzS 3.00 e 6a, sáb. e vóspera do
feriado a NCzS 5,00. Consumação de dom. a 5a a
NCzS 3,00 o 6a. sáb. o vóspera de foriado a NCzS
5,00. Rua Cuportino Durão, 173 (274-4145).
Mhumor
O BURACO DO URUTU — Texto do cartunista o
humorista Nani. Com a comodiante Nádia Maria.
Direção do Luiz Figuoiredo. Teatro do Ibam, Lgo do
Ibam, 1 (266-6622). 5a06a, às 21h30; sáb. às20ho
22h o dom, às 18h o 20h30. Ingressos 5a e dom a
NCz$ 2.50; 6a o sáb a NCzS 3.00. (18 anos).
Estacionamento próprio.
RISOS DO PORÃO — Infantil com atores e bone-
cos. Direção de Vanderloi Galváo. Com Jefforson
Duarte e Marilia Lopes Teatro Armando Gonzaga.
Av. Gal. Cordeiro de Farias, 511 (350-6733). Sáb. o
dom., às 17h. Ingressos a NCzS 1,00
VAMOS BRINCAR DE SER CRIANÇA — Musical
Texto do Jair Brito de Castro. Direção de William
Vita. Com William Vita, Damela Costa. Analu Frei-
tas, entre outros Teatro da Funabem, Rua Clari-
mundo do Molo. 847 (269-8132) Sâb. o dom. às
16h. Ingressos a NCzS 1.00. Ató dia 30 do abril
NO PAlS DOS ANÕES — Musical Toxto de Neyde
Lyra e Fátima Gabriel Direção de Neyde Lyra Com
Fátima Gabriel. Amólia Navarro, Mário Freitas, en-
tre outros Teatro do Barrashoppmg, Av das Améri-
cas. 4 666 (325-5844) Sáb e dom. às 17h 15
Ingressos a NCzS 2.00 Ató maio
UNGUIÇA DE SAPO — Musical Com o grupo
Caras e Máscaras. Teatro do Grajau Tênis Club. Av
Engenheiro Richard. 83 (238 2388) Sáb e dom . às
17h, Ingresso a NCzS 1.00. Sócio tem desconto do
30%. Até dia 26
BABO ZEIRAS — Musical de João Batista e Tânia
Nardim Direção e coreografias do Tânia Nardini
Teatro Ipanema Rua Prudente de Mora s. 824 (247*
9734) Sáb e dom , às 16h. Ingressos a NCzS 1.50.
ROTEIRO
para
O menino
do do dedo verde volta
ao cartaz no Teatro Vanucci
preciosa
Clara
Tramóia. Sob essa trama, pai-
xões não correspondidas se cru-
zam: o farmacêutico Augusto
Bombom ama a jovem Izabela,
que ama o galante Ricardo de
Montalvês...
Por trás da cena, brilham no-
mes de peso no cardápio teatral.
Pedro Sayad assina os cenários e
figurinos, Aurélio de Simoni co-
manda os refletores, Louise Car-
doso ensaia os atores na coreo-
grafia e Cláudio Savietto se en-
carrega da direção musical. A
montagem (que esteve em cartaz
ano passado no Teatro Nélson
Rodrigues) integra o Festival
Maria Clara Machado, patrocina-
do pela Coca-Cola.
JOÀO KLEBER — Show do humorista. Direção do
Chico Anysio. Teatro da Cidade. Av. Epitácio Pos-
soa, 1664 (247-3292). Do5aasáb„ às21h30; dom.,
às 20h30. Ingressos 5a o dom. a NCzS 2,30 e 6a o
sáb. a NCz$2,50.
Bbares
VICTOR BIGLIONE — Show do guitarrista acompa-
nhado por Zó Lourenço (teclado). Zó Nogueira (sax
o teclado). Celso Pixinga (baixo) o Andró TandQta
(bateria). Do 5a a sáb., às 23h. Jazzmania. Av.
Rainha Elizabeth, 769 (227-2447). Couvert a NCzS
5,00. Último dia.
GRUPO CAMA DE GATO — Música instrumontal
Desconto do 20% no ingrosso mediante aprosonta-
ção do cartão do leitor do J.B.
NA COLA DO SAPATEADO — Musical com o
grupo Catsapá. Direção do Tânia Nardini. Teatro
Ipanema. Rua Prudente do Morais, 824 (247-9794).
Sáb. o dom., às 17h30. Ingressos a NCzS 1,50.
Desconto de 20% no ingrosso mediante aprosonta-
ção do cartão do leitor do J.B.
A BELA ABORRECIDA — Texto do Paulo Cósar
Coutinho Direção de Edwin Luisi o Flávio Marinho.
Com Zezó Polessa. Teatro Vanucci. Rua Marquôs
de S. Vicente. 52/3° (274-7246). Sáb. e dom., às
16h. Ingrossos a NCzS 2.00 Dosconto de 25%
mediante apresentação do cartão do leitor do J.B
MARIA MINHOCA —Toxto de Maria Clara Macha-
do. Direção de Gilson do Barros. Com Comida
'Gomes. Fábio Rodrigues. Luiza Francis o outros
Toatro da CEU. Av Rui Barbosa. 762 (552-1822)
Sáb o dom . às 17h30. Ingressos a NCzS 1.50
Acompanhante tem 50% de dosconto. Ató dia 30
do abril
A PIPA ARCO-IRIS Musical dc sapateado do
Edmundo Souto Direção de Karen Acciofy Com o
grupo Cia. do Dança Dá no Pó Teatro Tereza
Rachel. Rua Siqueira Campos. 143 (235-1113). Sáb
e dom . às 16h30 Ingressos a NCzS 1,50 O
espetáculo começa rigorosamente no horário. Até
dia 26 do março.
DOIS IDIOTAS SENTADOS. CADA QUAL NO
SEU BARRIL — Texto de Ruth Rocha Adaptação
o sucesso
; -;<,•/'!
I meiro espetáculo em 79 — e Hep c
Rcg — verdadeiro cult do teatro ln-
fantil, em cartaz durante dois anos e
meio e cinco vezes premiado com o
Troféu Mambembe 87. Em sua opi-
nião, não há muito retorno financei-
ro para quem trabalha com infantis
"Nos Estados
w 8 pois Investe-se pouco.
Unidos, planeja-se um espetáculo
nnrn flp.nr em cnrt.nz rinrnnt.p nnm
Aqui, pensa-se em termos de três
meses, meio ano no máximo", la-
menta Ivan Merlino. Firmando-se
como uma exceção no cenário da
produção nacional, O menino do de-
do verde está programado para ficar
dois anos em cartaz no Teatro Va-
nucci, repetindo o sucesso de IIcp c
Rcg.
Além de Merlino, estáo no coman-
do da nova montagem Charles Kahn
e Berry, compondo uma trinca de
criação interligada. Khan, que tem
vários trabalhos em teatro como mú-
sico, pilota a direção musical do es-
petáculo; enquanto Berry, o coreó-
grafo do Xou da Xuxa, cuida dos
passos dos atores. Para o produtor e
diretor, o teatro infantil deu um salto
qualitativo nos últimos tempos, mas
continua preso ao estigma de peça
"Eu faço teatro. Eu
para criança.
quero que o meu público vá de três a
93 anos." Pensando nesse público,
Merlino já prepara mais dois espetá-
culos. Mas estes, só para o próximo
ano.
Popeye faz
aniversário—
em Botafogo
Estação Botafogo se rende mais
II uma vez aos gênios do cinema. O
? homenageado desta vez é o indefec-
tível Popeye, em sessão na Sala 1, às 16h.
Graças ao animador Max Fleischer, que
levou o gauchc marinheiro para as telas pela
primeira vez em fevereiro de 1929, o persona-
gem está completando 60 anos de estripu-
lias. Antes, ele era apenas um tipo secunda-
rio nos quadrinhos Thimble Theater, publi-
cado no New York Times.
O espectador mirim poderá reencontrar
o velho marujo em sete desenhos animados
(Só o desenho Trojan horse passa na versão
original). E, de quebra, ainda ver Betty Boop
em um dos filmes. Para quem não sabe,
Betty e Popeye são irmãos na vida real, isto
é, filhos do mesmo Max Fleischer.
As crianças que forem ao Estação ganha-
ráo também revistinhas do aniversariante.
Na festa do Popeye, só vai ficar faltando
espinafre.
com Mauro Soniso (sopros). Rique Pantoja (tecla- RAUL DE SOUZA E GUILHERME VERGUEIRO —
dos). Arthur Maia (baixo) o Pascoal Moirellos (bato- Apresentação do instrumentista e do cantor. Do 4a
ria). À 1h, show com o Duo Shadow Jazz. Do 4a a a sáb . ás 23h o à 0h30. Mistura Fina. Rua Garcia
sáb., às 22h30. People. Av. Bartolomou Mitro, 370 D'Ávila, 15 (267-6596). Couvort a NCzS 7.00. Último
(294-0547). Couvert a NCzS 5,00 (4a e 5a) e NCzS dia.
6.00 (6a o sáb ). Último dia. A ETERNA RAINHA — Show com a cantora
Marlono. Hojo. à meia-noite. Último dia. Piano bar
LEO GANDELMAN — Apresentação do instru- Do 2a a sáb.. a partir das 16h. Maria Zelia (piano) &
mentista acompanhado por William Magalhàos (to- Aldemir Bruzaca (contra-baixo) o maostros Hólcio
ciado), Torquato Mariano Martinos (guitarra). For- Brenha. Armando Martinez. Juarez Araújo o músi-
nando de Souza (baixo) e Cláudio Infante (bateria). cos. Dom., a partir das- 18h. Joào Mossoro'& seu
4a. 5a o dom., às 22h. 6a o sáb., às 23h. Rio Jazz Recital Brejeiro e Hólcio Brenha Sax Show One-
Club. Hotel Móridien, Rua Gustavo Sampaio, s/n° Twcnty-One, Hotol Shoraton, 121 (274-1122) Con-
(541-9046). Couvert a NCzS 4,00 (4a, 5a o dom ) o sumaçáo. de 5a a sáb . a NCzS 7.00, do dom. a 4a. a
NCzS 6.00 (6a o sáb ) Ató dia 12. NCzS 6.00
do Fátima Valença. Diroçào do Dudu Sandroni Casa BRINCANDO E TRANSFORMANDO — Toxto do
de Cultura Laura Alvim. Av. Vieira Souto, 176 (247- Jurema Oliveira o Pedro Oliveira. Direção do Marce- mEXTRAS
6946). Sáb. o dom., às 16h30. Ingressos a NCzS Io Silveira. Teatro da Cidado. Av. Epitácio Pessoa. AREA DE LAZER
1,50. Dosconto de 20% no ingrosso mediante 1664 (287-1145). Sáb. e dom . às 17h30. Ingrossos
apresentação de cartão de leitor do J.B a NCzS 1.50. Desconto de 20% mediante apresen- pintura,
O PATINHO FEIO, O ESTRANHO DO NINHO — taçào de cartão de leitor do J.B.
Texto de Aurimar Rocha. Direção de Wagner Lima. CHAPEUZINHO VERMELHO NO BOSQUE — domingos, de 13h às 18h. Pça. Santos Dumont,
Teatro de Bolso Aurimar Rocha. Av. Ataulfo de Texto o direção do Jayr Pinheiro Teatro Brigitte sn°.
Paiva. 269 (239-1498). Sáb. e dom., às 18h. Ingres- Blair I. Rua Miguol Lemos. 51 (521-2955). Sab o
sos a NCzS 2,00. Dosçooto de 20% no ingresso dom. às 16h. Ingressos a NCzS 1,50.
mediante aprosontaçào do cartão do leitor do J.B.
CINDERELA — Texto o diroçào de Humberto
Abrantos Teatro do América. Rua Campos Salles. mCINEMA
118 (234-2060). Sáb. edom.. às 17h30. Ingressos a
NCzS 1.00. Ató dia 26 do março
60° ANIVERSÁRIO DO POPEYE — Apresentação Afrânio de Melo Franco. 296 (239-4835) Ingressos
OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU — do sete curtas do personagem (seis dublados em a NCzS 4,00.
Texto o direção do Jayr Pinheiro. Teatro Brigitte
Blair 1. Rua Miguel Lemos. 51 (521-2955). Sáb o português o um em versão original) e um curta com BRINQUE COM A XIQUITA — Brincadeiras ser
personagem Botty Boop (versão original) Duran-
dom . às 18h Ingressos a NCzS 1.50 te as sessões, serão distribuídas revistas em qua- teos de brindes
A GEMA DO ÔVO DA EMA — Texto do Syfvia drinhos Estação 1, Rua Voluntários da Pátria. 88 eXuxakaraokê
Orthof Direção de Nara de Abreu Tevro (786-6149): hoje o amanhã, às 16^
Lobos. Av. Princesa Isabol. 40Ó (275-6695) Sáb às LABIRINTO - A MAGIA DO TEMPÒTlaò^rnT ao
17h e dom às 16h Ingressos a NCzS 1.50.
Desconto de 20% mediante apresentação de car- Jim Henson Com David Bovvie. Jennifer Connelty,
tão de leitor do J B Toby Froud, Shelley Thompson e Chnstopher Mal-
colm Lagoa Drrve-ln. Av Borges de Medeiros. Bkaraokè
VIAGEM DO BALÃO SOB O ARCO-IRIS — Toxto 426 (274-7999) hoie e amanbã. às 18h30 (Uvre)
de José Mana Rodrigues Direção de Leôn»das As aventuras e os oengos que uma garota enfrenta KARAOKÉ DO VOVÔ JEREMIAS — D scoteca
Agu.ar Teatro Joào Caetano. Pça T;racJentes. s/rP para resgatar seu irmãozinho seqüestrado por um brincadeiras e karaokê com Walter Jeremias. Sab e
<221-0305) Sáb e dom . às 18h Ingressos a NCzS bando de duendes e seu poderoso i der com dom . às 17h. no G>g V>aeo Bar, Av. Ga! SanVartm
1.50. Até dia 13 aparência hun^a EUA1986
JORNAL DO BRASBT
71 TO MADI %how do cantor o compositor Di. 4 '
«i dom , ás 2'Jh Un. Ümix, Itom. Av Uurtolomcju
Mitni. 123 (239 0198). Couvort. do 4 '. !j" o dom . a
NCil 0,00, ;M ii sáb, a NCzS 11.00 Ali! dia 11
MONGOL - Show do cantor d compositor A-, h"-,
n sAb. às 2:th Toquo <tn clamo, Run Volúntírlo» da
Pátria, 10 (220 2904). Couvott a NCzS 2,50 Ultimo
dia
OBSCENO — Show do cantor Wando acompanha
do do conjunto Gafieira Ana Üranca. Rua Men do
Sá. 17 (25? 4428) 4a « 5", .1'. 22h, lj" n oib , H
22H30 o dom, ás 20h Ingrossos 4" o b" a NC/Í
7.00. G" o SM) a NCzS 10 00 o dom n NCzS 6 00
BENITO Dl PAULA Show do cantor o composi
tor acompanhado polo Grupo Tempero 5" o dom .
ás 22h30 6" o sáb . ás 23h30, no üotocoteco. Av
28 do solombro (204 2727) Couvort a NCzS 4.00
(!)" u dom I o NCzS 5.00 (6" u sáb ) Atú dia 12.
AS DUAS MASCARAS DE CLÔ — Aprosontaçào
do Clodovil Hornandoz o participação do uma ban-
ria Do -lliHl',21
4" a sáb , às 23h. no Ali5 Ata. Rua Barão da
To.í» Ml.ni Cnuvnrl .l'1 n 'i'l ;i f jr li. < nn
o 6a o '..'il) a NCzí '.00 Atô dia 18
RIO DIXIELAND BAND — Jazz tradicional o MPB
com a banda Hojo. às 23h Porostroiké. Rua Condo
D'Eu. 113 (399 9073) Couvort a NCzS 3,00
ZÉ ALEXANDRE Aprosontaçào do cantor o
compositor Hoio. às 23h30, Toquo do C/asse, Rua
Voluntários da Pátria, 18 A (226 2904) Couvort a
NCzS 2.50
RENATO FARIA — Aprosontaçào do cantor 5'\ as
20h30, 6a o sáb . às 22h o dom . às 20h30 Bar
Conversa Fiada. Rua Gonzaga Bastos. 388 1254-
0466) Couvort a NCzS 0.60 (5a) o NCzS 0,75 (6".
sáb o dom ) Ató dia 26
VILLAGE — Aprosontaçào do Crika Amourim (voz
o violão) Hojo. ás 23h. Rua¦ Viscondo Silva. 10 (286-
4918) .
BOTANIC — Jazz com a banda Giraffo Jazz Trio
HO|0. às 23h Rua Pacheco Loâo, 70 (274-0742)
Couvort a NCzS 1.00
GIG - Apresentação do Davi Moraos om Fibra do
Vida Hoje, às 23h Couvert a NCzS 3.00 Av Ga!
San Martin, 629 (274 6998)
GULA GULA BAR — Aprosontaçào do grupo
Flont's. Do 5a a sáb. às 22n Hotol Marina. Av
Dollim Moreira. 630 (259 5212) Couvort a NCzS
2.00 (5a) o NCzS 3.00 (6a o sáb ). Ató dia Io do abril
ARCO DA VELHA — Funk o reggao com o grupo
Força da Gravidado Hojo, ás 22h. Couvort a NCzS
2,00 Pço ^Gardcal Câmara,- 132i252v0844)r—
MARIA MARIA - Pagode com o cantor Andró
Couvert a NCzS 2.50. Hoje. as 17h. Às 22h30, show
com os cantoros Donizotti Paraná. Ângelo Costa.
Túlio. Kiko Chaves o Luiza Carvalho Couvort a
NCzS 2.50. Rua Barão de Itambi. 73 (551-1395).
NOVA LAPA - Pagode, forró o serosta, com Miguol
(violão), Zó Maria (surdo) o Laórcio (reco-reco)
Todas as 5as. ás 19h. Aprosontaçào do grupo da
casa e da banda Lumiar. Todas as 6as. as 18h
Show das bandas Lumiar o Saionara. Todos os
sábados Rua da Lapa, 86 (242-2240). Couvort a
NCzS 1.00
DEZENOVE DO DOIS — Música ao vivo, a partir
das 22h. 2a. Vocô ó o cantor e Miltinho o sou
acompanhanto 3a, MPB com Humberto. 4a e sáb .
apresentação do cantor Marco do Olinda. 5a o
dom . jazz o bossa nova com Trio Corus. 6a. MPB
com Edu Marques. Rua 19 do fevereiro, 157 (275-
5227). Couvort. de 2a a 4a. a NCzS 0.60, de 5a e
dom , a NCzS 1.00 e 6a e sab.. a NCzS 1,20.
MOMBAÇA — Apresentação do cantor e composi-
tor. 6a o sáb , s 21 h, no Perestroika. Rua Conde
D'Eu, 113 (39! 9073).
O VIRO DO IP. 'ANGA — Show com a banda KDK.
Hojo, às 22h30. Couvert a NCzS 3.00 Rua Ipiranga.
54 (225-4762)
BECO DA PIMENTA — Aprosontaçào dos cantoros
Eduardo Costa. Biba Thompson e João Francisco.
Hojo. às 22h30. Couvert a NCzS 1.20. Rua Roal
Grandeza. 176 (266-5746)
BAR BUM BUM —» Música ao vi\®,.3a o 4a, Marcos
Bezerra (violào o voz). 5a. Fernando Luiz (violão o
voz). 6a e sáb . Alexandre (violào e voz) e Fernando
Robson (percussão). Dom., Fernando Luiz (violão e
voz) A partir das 21 h Praça Niterói. 5 — Maracanã
Couvert 3a. 4a o 5a a NCzS 0,40; 6a e sáb. a NCzS
0,45.
RISTORANTE VALENTINO'S — Música ao vivo.
Do 2a a sáb., Sidney Marzullo o Armando Martinez;
dom., Luís Alberto ou Armando Martinez. Diaria-
monto, a partir das 19h. Hotol Shoraton. Av. Nio-
meyer, 121 (274-1122). Consumação NCzS 36,00.
CAFÉ-RESTAURANTE MIRADOR — Música ao
vivo 2a, Trio Itálico; 3a. Os Violinos Mágicos do
maestro Murillo Louros; 5a. Quarteto Sol Tropical;
sáb . Regional Chapóu Virado; dom . Trio Los
Caminantes. De 2a a 5a. a partir das 19h Sáb. o
dom., a partir das 12h. Hotol Shoraton, Av. Nie-
moyor. 121 (274-1122). Consumação a partir do
NCzS 10.00
LE ROND-POINT — Piano bar. De 2a a sábado, a
partir das 18h. Hotel Móridien. Av. Atlântica. 1 020
(27.5-9922).
ÊSpoesia
ELETROPOESIA — Aprosontaçào do Procura, poe-
sia de Yassu Noguchi Diariamente, das 10h às 21h,
no Contro Cultural Cândido Mondas. Rua Joana
Angólica, 63. Ato dia 31.
Grevistas
PANTERAS DO POSTO SEIS — Texto do Josó
Fernando Bastos e Voruska. Direção do João Paulo
Pinhoiro. Com Kiriaki. Marlono Casanova, Veruska.
Camilo o outros. Teatro Alasca. Av. Copacabana.
1241 (247-9842). Do 4a a sáb . às 21 h e dom., às
19h. Ingressos 4a e 5a a NCzS 2.50; do 6a a dom. a
NCzS 3,00.
BYE BYE MAMÃE — Texto e direção de Brigitte
Blair. Com o grupo Tutti Frutti: Clovis Gierkens,
Renato Bonini, Luiza Gasparelli e outros. Teatro
Brigitte Blair 2. Rua Senador Dantas, 13 (220-5033).
5a o 6a, às 21 h15; sáb e dom., às 18h30 e 21 h 15.
Ingressos 5a e 6a a NCzS 2,00, sáb. e dom. a NCzS
2,50.
NOITE DOS LEOPARDOS _ show er6llco com 0
travesti Eloína o modelos masculinos. Teatro Alas-
ca. Av. Copacabana, 1241 (247-9842) 6a e sáb . às
24h e dom., às 21h30. Ingressos a NCzS 3,50
JANTAR ERÓTICO — Texto e direção do Hilton
^ Have. Com Kaike Vieira. César Ribeiro e outros.
Teatro Brigitte Blair 2. Rua Senador Dantas. >3.
(220-5033)-. Todas as 5a, às 18h30 o sábs., à meia-
noito. Ingressos a NCzS 3,00.
ÊÊCIRCO
CIRCO DTTALIA — Palhaços, animais amestrados,
globo da morto com três motociclistas juntos,
póndulo duplo, acrobatas o novas atrações. Pça 11
(252-6255). 5a. às 14h e 21 h; 6a. às 21 h; sáb.. às
15h, 17h30 o 21 h; dom. e feriados, às 10h15.
17h30 o 20h. Ingressos do arquibancada a NCzS
3.00 o NCzS 2.50, crianças de dois a 10 anos.
cadeira a NCzS 3.50 e NCzS 3.00, crianças de dois a
10 anos e camarote a NCzS 18.00.'
Mperformance
SOMBRANCELHAS — Apresentação dos Garçons
da Madrugada Com Antônio Gordilho. Dila e Paulo
Guorra. Todas as 6as e sábs . à meia-noito Arco da
Velha. Pça. Cardeal Câmara, 132 (252-0844). Cou-
vert a NCzS 1,50, às 6as e a NCzS 2.00, aos sábs.
DO JOCKEY CLUB — Ateiiers do
brinquedos e brincadeiras, show com pa-
lhaços. batoria mirim de escola do samba, mim-
fazenda, entre outras atrações Todos os sabados o
MIshow
ANGÉLICA — Show da apresentadora acompanha-
da da turma do Clube da Criança, paiahaços e
mágico. Sáb. e dom., às 17h, no Scala 2. Rua
e de ingressos para o Xou da Xuxa
Todos
com a Xiquita, o soa-etào do Xou da
os sabs às 15h. naZoom. Lgo de São
Conrado. 20 (322-1179) ingressos a NCzS 2.00
"
629 (294-3545) I-grossos a \C:S 1.00
10 o CADERNO B O sábadcf 4/3/89 JORNAL DO BRASIL

PERFIL DO CONSUMIDOR /Aparício Basílio da Silva

em medo e sem censura

Apoenan Rodrigues
SÁO PAULO — O
-pílUlt.slilHO-7Y|Ji»rH:<0 l>íts perfumista
1110 (1 «I Ml*
va, dono da perfumaria Rastro, ti-
do como um dos homens inais refi-
nados 110 circulo in de São Paulo,
tem hábitos estranhos. O seu tri-
-p4ex, 'iituat!<>-ntmi dos pentes-mais
nobres dos Jardins, é atulhado de
quadros, esculturas, peças kitsch e
os objetos mais bizarros que ele
coleciona e mantém todos juntos
por pura mania. "Gosto de juntar
coisas parecidas", justifica. Nesse
afã estético, cie amealhou desde
coleções de pesos de papel até sa-
pos confeccionados com os mais
diversos materiais, que espalhou
Símbolo pela pequena piscina 110 solarium
sexual do apartamento, pelos vasos de
plantas e pelos braços dos sofás.
Sua perfumaria tem 50 itens na
linha comercial — além de outros
50 na linha artesanal, que só co-
mereia 1 iza na loja da ltua Augusta,
"na
cápTtãl paulista.
Bem sucedido comercialmente,
Aparício exibe também no seu
currículo o sucesso como escultor
tfa—ftbjci«:*-em--bioii/,c. Ainda na
área das artes, acumula os cargos
de presidente do Museu de Arte
Moderna (MAM), de São Paulo, e
vice-presidente da Bienal. Consu- M£EBRgBBm
"* >• • ¦ 3 Wf$ Hf
midor compulsivo, ele só compra M
mwm N's rmiml
roupas caras e de griffe, todas com BjffllCHAH£L
uma etiqueta interna, pregada por ^»|M
ele, indicando a data cm que a peça
foi comprada. Aos 53 anos, o bon
vivant Aparício seleciona seus gos- O que usa
tos entre os desfrutes mais exóti-
cos. Discrição, ele só usa nas rou- para dormir
pas e nos aromas de seus perfumes.

Um champanha — "Não sou eu que não Um chato(a) definitivo(a) — "Eu dirijo duas
de entidades, é difícil fugir deles. Não posso
gosto do cnampagne, é ele que não gosta citar."
mim. Acho o sabor uma delícia, mas se beber Uma influência — Vinícius de Moraes.
eu me arrebento." Uma cidade — São Paulo.
Uma hcbida — Marque de Champagne Um estado — Santa Catarina.
(aguardente de champanha francês). "Toma- Um país — Estados Unidos.
se um calicizinho só. Mas na verdade eu só Um partido político — PSDB.
bebo vodca Absolute, sueca." Um político brasileiro — Ulysses Guima-
Prato predileto — Carpaccio de ganso no rães.
restaurante Mezzo Giorno, no SoHo, em Um político estrangeiro — Winston Chur-
Nova Iorque. chill.
Um prato proibido — Carne de porco. "Mas Um candidato a presidente — Mario Covas
adoro javali." ou Ulysses Guimarães.
Doce — "Inventei um que não engorda: suco Um escultor — Walter de Maria. "E um
de limão com polpa de fruta secada ao sol." artista contemporâneo não fabricado."
Fruta — Kiwi. Uma escultura — Diana, de Victor Bre-
— Le Cirque, em Nova Iorque. cheret.
Restaurante
"Lá eu já vi Imelda Marcos rodeada de cinco Um pintor — Pablo Picasso.
Uma pintura — "Um
mesas só de seguranças, o lugar é uma festa. tríptico de Bosh, que
Em São Paulo, eu gosto do La Tambouille e, está em Lisboa."
no Rio, do Hippo." Um museu — Museu
Restaurante que detesta — "É difícil eu de Arte Moderna, de
errar." Nova Iorque.
Um dos quatro sentidos — Olfato. "Tanto Uma bienal — "O
pode me dar prazer como pode me matar." maior evento das ar-
Pasta de dente — Vademecum (sueca). tes plásticas no Brasil
" aconteceu em 1953. A
Sabonete — Rastro. Bienal daquele ano
Xainpu — Rastro. trouxe os maiores ar-
Desodorante — Rastro. tistas do mundo. Se
Perfume — Rastro. fosse realizado hoje, o
Ummito Um outro perfume — Eau de Fleurs de evento não sairia por
Cedrat, de Guerlain. menos de US$ 1 bi-
lháo."
Um outro perfumista — "Gosto das coisas Instrumento musical
da Floris, de Londres." — "Piano, mas a flau-
Creme para o rosto — "Faço um na fábrica ta mexe muito co-
só para mim, à base de óleo de tartaruga." migo."
Roupa — Tweed, de São Paulo. Coleção — De sapos.
Sapato — Gucci. Sonho de consumo —
Jeans — "Uso pouco, mas quando ponho é so Videocassete da So- Um homem
o Newman francês." ny, importado, que tem a definição de ci- mal vestido
Cueca — As da loja Scholstal, de Roma. nema.
Roupa de dormir — "Chanel n° 5, igual a Livro — Tenho mais de 2.500, mas o que
Marilyn Monroe." mudou minha vida foi a autobiografia de
Camiseta — "Tenho uma coleção, mas não Bertrand Russell.
uso porque fico horrendo." Revista — Vanity Fair e Veja.
Esporte — "Andar em Nova Iorque." Cor — Vermelho.
Filme — Cidadão Kane. Flor — Magnólia.
Um diretor de cinema — Visconti. Tara — Sorvete.
Peca de teatro — "Não gosto mais de teatro Artifício de sedução — Dar boas risadas.
— tudo eu já vi melhor."
Bicho — Nenhum. Um luxo — Lençóis.
Extravagância—"Falar sempre a verdade." Um lixo — Tecido sintético.
Religião — Nenhuma. Um bom anfitrião — Zé Duarte.
Ideologia — "Como determinação, não Um mau anfitrião — "Só vou na casa de
Um cantor tenho." quem eu gosto."
Pecado — Gula. Uma boa anfitriã — Patsy Scarpa. "Ela tem
Defeito — "São tantos..." a paciência de fazer toalhas de flores e folhas
Virtude — "Ser franco e honesto, dentro do naturais."
limite da civilização."
Magnetismo — Edith Piaf. "Foi a pessoa Um bom programa — Jantar na cama.
mais eletrizante que eu já vi." Um péssimo programa — Ir ã praia.
Personalidade — Bertrand Russell. Coisa que mais o aborrece — Lidar com
Cantor — Frank Sinatra e o brasileiro Carlos dinheiro.
Fernando, do Nouvelle Cuisine.
— Judy Garland.
Cantora "Meu Enterro ou cremação — Cremação. "Não
Ator — compadre Raul Cortez e Mel quero ficar podre."
\ V. Gibson." Uma frase — "Sans peur et sans reproche"
,-y * - "<0©f
<$*s -iff Atriz — Marie Casarés. (Sem medo e sem censura.)
Mito — Picasso. Balança — Filizzola. "Perdi cinco
Símbolo sexual — A atriz Gene Tierney.
"Dificilmente Spa — Solarium, em São Paulo.
haverá uma beleza igual." quilos em dez dias."
Pessoa — Vinícius de Moraes.
"Tenho irresistível
uma poesia que ele fez para mim." Dieta — De proteínas.
Mulher bonita — Tonia Carrero. Um autor — Thomas Mann, D. H. Lawrence.
Homem bonito — Gary Cooper. Compositor — Mozart.
Mulher feia — Edith Piaf. Fobia — De gato.
Homem feio — Paes de Andrade. Companhia aérea — Varig.
Mulher elegante — Joan Guerreiro, "uma Remédio — Vitamina C.
americana casada no Brasil, que mora em Frase divertida — "O Brasil não é um país
Nova Iorque". sério."
Homem elegante — "O Brasil é desprovido Mania — "Muitas... não passo embaixo de
de homens elegantes." escada."
C/^na cantom^^ Um homem mal vestido — "Orestes Quér- Investimento — "No meu trabalho." Um diretor
cia, antes de virar chic, quando usava blazer Ele come carpaccio de ganso no SoHo, toma Jóia ou bijuteria — Jóia. de cinema
xadrez."
Uma mulher mal vestida — "As que querem vitamina C e sua pasta de dente é a sueca Lema — "Living well is the best revenge"
parecer menininhas." Vademecum (Viver bem é a melhor vingança.)

Brunet acha ridículo História de leão dá

D
Dijon vitoria vitória a estudante
ter sosia na
Fernanda Mayrink
F'mand0Mayr,nk I
manequim e empresária Luiza Brunet O estudante Fabián Rodrigo Magioli
A considerou "ridícula e hilariante" a Núnez, 11 anos, da 6a série do Io grau do
contratação de sua sósia Marisa Stein pelo Colégio Saint John da Barra, ganhou o con-
empresário Humberto Saad, da etiqueta Di- curso de criação de histórias em quadrinhos
jon. A idéia de Saad, ao contratar Marisa, foi, promovido pelo JORNAL DO BRASIL e pelo
conforme reportagem publicada no Caderno
JRde terça-feira, devolver à Dijon a sensuali- ção6C Botafogo M.A.Teixeira
dade brasileira de Luiza e, segundo comen- 'Ú
tários de bastidores da moda, vingar-se da
ex-top model da casa, hoje proprietária da l/5PvM* i\
Maison Brunet. i] >l°Ct C k£5-\
"Eu tive 1 Lm aoçU
pena do Humberto ser tão frus-
trado — comentou Luiza. "A Vanessa Olivei- W I a^EFu NAo,'
ra não deu certo e, depois de quatro anos Vil A I, "APositf)
que eu deixei a Dijon, ele ainda está atrás de COM.
uma sósia? É muita insatisfação." Quanto à
concorrência da sósia, Luiza disse que não
faz "o modelito de passear com Humberto
em boates" e, portanto, Marisa não vai lhe
prejudicar em nada. "Eu acho que o Hum-
berto é apaixonado por mim. mas jamais me
terá de volta na Dijon. Ele é que se prejudica
fazendo este papel."
Luiza/ ~Fabian
Luiza comentou que cruzou com Marisa
LutzacomentouquecruzoucomMarisa em Jornal'do
JORNA'L®'D° Tabián Rodrigo
Roifngo ~~4l \\ f—rrrr\ rT
num banheiro do Sambódromo
Sambddromo no Carnaval. Brunet (E) BRASIL, le os os \M\ I H \i,
Carnaval. -IMSpiP1 »W^T BRASIL,
"Ela apenas me disse cue era minha ffi
que fã M •
não se sente
mn^S.eJent,e cartuns quadn- ' U\UA ^Vi'V) M ^
editonais e os quadri-
pagina de editoriais
cartuns da página Y/N^-
*\r\ \
•'
„ , , J sf™ P J vrejuaicada
prejudicada nhos
nhos do caderno Cidade. As educadoras e ' L
numero um. Eu
número ,u agradeci e soube depois que
que 4*^ autoras do Eliane Monteiro e Patrí-
Patri-
Jill com
< ^SPl
COVl a autoras projeto, ™_
ela contou a um colunista um encontro encontro tllliaL..- ~-^f* 1§|» ¦-** concorr&n- cia
concorrên- Duraes, ficaram satisfeitas com seu re-
cia Durães, re- Leo.Léo, o rei rel da selva
seiva é6 um rei que
hilariante,
hilariante. em que morremos de rir." Quanto
Quanto V'Jr* ^ Ti dtimos ry'VlAPU Id?; t ''''
existencia de ótimos
sultado, que revelou a existência autoridade — voc6
gosta de ser —autondade
9°sta vocô é6
</\ rin de
cia rir sultado, respeitado mas nào consegue
c6pia de seu corte de cabelo.
àa cópia cabelo, Luiza sese M M ^ Marisa desenhistas
Marisa desenhistas e artistas mirins.
mlrins. Numa situa-
sltua- .! I receber impostos
Sef impostoT"0O pior", diz ela
pk>r"d^ete
mostrou lisonjeada. "Há "Ha seis anos corto ca-
ca- M 1 m
/
<" ção inusitada, o concurso atingir até adultos
(acima) ?aoinusitada,oconcursoatingirate
adultos tU-Mjv }\
;U\f /l I , no ultimo quadrinho. e quando o
(acima). desavisados à
a faixa etária
etana dos
dos V/| nao gosta
belo no Caetano,
Caetano. do Fórum, otimo ver
Forum, e acho ótimo ver .J. a ^ W* "Acho
"Achoaue que.
que. quanto povo nào ae você
gos.a de voce
.. .
r1 de, galinhas ! . > nuiv que participantes, 8 a 12 anos. chegavam ao
que participantes, ao A.-W1 /-Js—rrt *\i—.
as filas gatinhas querendo um rnrte
rnrto igual-
igual- < Humberto
Humberto Estagao ultimo dia com seus desenhos.
Estação no último desenhos. v>,
zinho ao meu. Eu acho um barato poder ^ está
esta abaiidonados, sugerem para o
OsOs adultos, abandonados, 7
inspirar tanta gente,
gente. A Xuxa tem uma sósia
sosia " apaixonado
apaixottado ano criagao de uma categoria
ano que vem a criação categoria -
que faz shows com paquitas e tudo. Ela pode
fazshows pode porpor mini". mim". especial onde sua arte também
especial tambem possa ser
se prejudicar com isso, mas eu não."
nao." 'Nffl mmmM mSm diz
diz premiada.
premiada.

JORNAL DO BRASIL R O T E
oss srii,iviiss
TARZAN E O VALI3 I>0
OURO
TV S — lftll
¦ Aventura (Tarzan and lhe
Vallcil cf lhe Gnldi de Robert
l)au. Com Mlko Henry, o chl/n-
paneé Dlnky, Nancy Kovacle c
Davlil Opalochu. Produção
americana de 66 (00/n). Cor.
^ranco"TTlSlVSaõ qüôr rou-
bar as riquezas dos nativos
do Vale do Ouro mas Tar-
zan (Day) aparece para sal-
vá-los. O forçudo Mlke
Henry, sério candidato a
'rnrannsrfnz ma-—
pior dos
caqulces ainda mais pueris
que ns hahiiuaia
TRINITY AINDA É MEU
NOME
TV Globo — 15h50
n Faroeste iConllnuarano a
Chiamarlo Tinitã) de E B. Clu-
eher. Com Tercnce Hill. Bud
Spencer, Harry Carey Jr.,
Yantt So/ncr c Jessica Dublin.
Produção americana de 71
1117111). Cor.
Apesar de se odiarem, os
% irmão Trinity (Hill) e Bam-
bino (Spencer) se unem pa-
ra uma série de golpes fa-
zendo-se passar por agen-
tes federais. Segunda —
em ordem e qualidade —
das comédias da série Tri-
nity, criada pelo diretor
E.B. Clucher, aliás Enzo
Barboni. A dupla Hill &
Spencer, ainda em forma,
garante ótimo divertimen-
to na base do pastelão.
ALGO MUITO JUSTO
TV S — 17h
a Drama (Sométhing so right)
de Lou Antonio. Cora Ricky
Scliroder, Patty Duke Aslin e
James Farc7iti7io. Produção
americana de 82 para a TV
(95m). Cor.
Garoto (Schroder) trauma-
tizado com o divórcio dos
pais consegue superar seus
problemas com a ajuda de
um homem mais velho
(Farentino), indicado por
uma instituição especiali-
zada. Mas o garoto se re-
volta quando o novo ami-
go se envolve com sua mãe
(Astin). E injusto. Este te-
lefilme é competente mas
de Laurence Kasdan, é um de rara delicadeza isto não justifica a freqüèn-
O reencontro, filme cia com que reprisa.
que reúne um elenco estelar: hoje na Sessão de gala da Globo ÍNDIOS DO BRASIL
TV E — 21h30
o Mostra do» curtas: Ser
kraho. De Sebastião Maria, 86
112771), cor. Cidadão Jatobá. De
Um h encontro Maria Luiza Aboim. 87 (14m),
cor. Mato eles? De Sórgio
Bianchi. S3 133711), cor. O cine-
grcifista de Rondon. De Juran-
dyr Passos Noronha, 79 i9m),
cor e P&B.
Quatro documentários so-
de arrepiar
bre a cultura indígena bra-
sileira.
movie. E, curiosamente, pulou com TIRA OU LADRÃO
Rogério Durst sucesso da história policial para um TV Globo — 21h35
drama salpicado de comédia. O fil- o Ação (Flic ou voyou) de
Georges Lautner. Com Jean-
» W OJE é dia de O reencontro me mostra a reunião de um velho
(The big chill, EUA, 1983), grupo de amigos da faculdade. O Paul Belmondo, Marie Laforet,
|Hj}
iMmMb Michel Galabm e Georges Ge-
de Lawrence Kasdan. A encontro é festivo, mas seu motivo, ret. Produção francesa de 79
atração inédita da Sessão de gala trágico: o suicídio de um dos anti- (1027U). Cor.
da Globo esta noite é um filme de gos colegas. Agente secreto da polícia
(Belmondo) se finge de
rara delicadeza no meio do univer- O filme não impressiona só pela
so truculento do cinema america- marginal para desbaratar,
sensibilidade do tema e narrativa. um império do crime. Pri-
no. Uma história de amor, morte e
Quase todo o elenco virou estrela. meiro de uma série de vei-
confissões. Às vezes o filme força Tem Kevin Um peixe chamado culos cinematográficos di-
demais a barra. Como, aliás, todos Wanda Kline, Glenn Atração fatal rígidos por Lautner para o
astro Jean-Paul Belmon-
fazemos nos momentos mais dra- Close, William O beijo da mulher
do. Bobagem. Tolice. Mas
máticos. aranha Hurt, Jeff A mosca Gold-
Belmondo sempre garante
blum e Tom Platoon Berenger. alguma diversão.
The big chill é o segundo filme
A DIFÍCIL VIAGEM
do diretor e roteirista Kasdan. Ele Tem também as menos votadas Jo-
TV Búzios — 22hl0
estreou na direção com o impressio- Beth Poltergeist Williams e Meg a Drama. De Geraldo de Ro-
nante Corpos ardentes (Body heat, Agnes de Deus Tilly. E tem a coita-, cha Moraes. Com Paulo José,
Zaira Zambelli, Roberto Bon-
1981), um film noir que virou cult dinha da Mary Kay Place. Quem? flr/i e Venerando Ribeiro. Pro-
JQRNAL BRAS'f-L
DO _ _
- Um fH»Í de Ro-
COCKTA1L
'mil ecr Donaldgon
II fl BKAS1L a PECA
- c"'" F;!lwi" »v di musica e alegna. ^frk-v"PARA
TFRRA ROSE- Ui»
PARA ROSE— fjl- I
Urn fil-
Thais Portinhg- l^°_ O RISO NO^ Moraes.
Mora«. Lstreia
Estreta dia
d,a I
Hi Luisi e Sti, - armaN1)q IONAL me de^ Teté
T<tf
HH Posio 6. Run Francisco SKL! HISTORlCO NAC flg/03
003.
,ORGE UM BRASILEIRO-com
Teatro
VESTIDO DE NOIVA-
-
üulcina Tel: 240-4879 S'ff
de Paulo
!i!'
PSICANALISE
da psiganálise
- Diunmonl ; Dwnmont - Um»> Jilme
reverso DA
RFYKRSO - Ct usura MÚSICA
1 Teatro C< „,»
S„,
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Grande«r-Q—•'»
àsa Gr
nmn OA VIOLA - dia U2-RA1 ILLAM>
dm U2-RATTLE AND HUM - de Phil
ml0s
anos^Tel:Tel: 239-4046.
23^4046. „.,t.
PAULINHO DA
|MH ' Joaiíou.
D"r"\ 22102 (estréia) - Teatro C Iara .
rRi:sn>E>
\^v l Aa PRESIDENfl 274-W6.
Teatro VmnuM'Shoppingd. ^ nes Tel:
2JV Fotografia
tcr iiu Gávea, r andar-1
urda Concerto de abertura da ,CI"P°- RIO, PRAIA l PVKQLL -Dia
xí 45.
rada do Teatro Municipal |g 12. Exposição de fotografo^n
Dias 10, II e 12 "3 ]fí no Parque Lage,
das 10
22h.
I R O
duçáo brasileira de Hl (87m l.
Cor.
Engenheiro (Josó) satura-
do du vida urbana resolvo
viajar pelo Interior do pais
após a morte de seu pai | a
falônclá de sua empresa.
Descobre um mundo novo
nne não Imaginava existir^
A boa idéia do argumenüTs"
ta Geraldo da Rocha Mo-
raes 6 maltratada pelo tra-
tamento pesado do rotel-
rista c diretor Geraldo da
Rocha Moraes. Tem lá seu
interesse mas nílo chega a
ser bom filme. Será trans-
—iii 114do nnenas nn rotti<~\o dn —
Armação dos Búzios.
O REENCONTRO
TV Globo — 23h30
Comédia dramática IThc
bta clilll) de Lawrenqe Kas-
dan. Com Kcviti Klinc, Glenn
Closc, Williani Hurt, Mcg Tilly,
Jcff Goldbltim, Tom Uercngcr,
JoBcth Williams c Martj ka;/
Place. Produção americana de
83 1104711)
Após o suicídio de um anti-
go colega, casal (Close e
Kline) reúne seu velho e
inseparável grupo de ami-
gos da Faculdade (Hurt,
Goldblum, Berenger, Wil-
liams e Place) para o enter-
ro. Durante o fim de sema-
na o grupo e a namorada
do morto (Tilly) lavam
anos de roupas sujas e tro-
cam todos os tipos de con-
Adendas.
OS QUATRO
CAVALEIROS
DO APOCALIPSE
TV Manchete — 0h40
Drama (The four horsemen
from Apocalypse) de Vincente
Mlnnclli. Com Glenn Ford. Lee
J. Cobb, Charles Boyer, Paul
Henreid e Ingrid Thulln. Pro-
duçáo americana de 62
I153m). Cor.
Durante a 2a Guerra, frívo-
lo aristocrata argentino
(Ford) toma tenência na
vida após se juntar à Re-
sistência francesa. Choca e
interminável refilmagem
de um clássico homônimo
de 1921, dirigido por Rex
Ingram e estrelado por Ro-
dolfo Valentino.
EQUUS
TV Bandeirantes — lh
Drama (Equus) de Sidney
Lumet. Com Richard Burton,
Petcr Fírth, Colin Blakely,
Harry Andretvs e Ellc7i Atkitis.
Produção ame7-icana de 77
(138771). Cor.
Adolescente problemático
(Flrth) cega seis cavalos e
tem de se submeter ao tra-
tamento de um psiquiatra
(Burton) que reconstitui
seu passado. Longa e pre-
tenslosa versão da famosa
peça teatral de Peter
Schaffer, com roteiro escrl-
to pelo próprio. O que na
peça era alegoria, no filme
vira realidade, o que tira
todo o sentido do espetá-
culo.
OUTLAND — COMANDO
TITÂNIO
TV Globo — lh25
Ficção-cicntífica (Outland)
de Peter Hyavis. Com Sea7i
Connery, Peter Boyle, Francês
Stcr/ihagen e Kika Marklia77i.
Produção amerlca7ia de 81
(108771). Cor.
No século 21, novo Xerife
(Connery) de Io, terceira
lua de Saturno, quer impor
a lei e acabar com a cor-
rupção mas não recebe
apoio da população.
Curiosa versão futurista de
Matar ou morrer (Hlgh
noon, EUA, 1952), de Fred
Zinnemann. O roteirista e
diretor Hyams exagera um
pouco, mas o ótimo Sean
Connery segura o inte-
resse.
HOTEL DE LUA-DE-MEL
TV Globo — 3hl5
Comédia (Honey77ioo7i ho-
tel) de Henry Levin. Com Ro-
bert Goulef, Robert Morse,
Naricy Kiuan e Jill St. John.
Produção a77iericana de 64
(88m). Cor.
Noivo abandonado (Morse)
leva o melhor amigo (Gou-
let) para a lua-de-mel.
Bom, lua-de-mel é diverti-
do para quem participa
mas não para quem as-
slste.
CONVITE A UM
PISTOLEIRO
TV Globo — 4h45
Faroeste (Invitatl07i to a
gunflghter) de Richard Wilson.
Com Yul Brinner, George Se-
gal, Janice Rule e Pat Hingle.
Produção americana de 64
t92m). Cor.
No Novo México, pistoleiro
mestiço (Brinner) combate
o racismo que separa bran-
cos e mexicanos. Pequeno
faroeste com esperto rotel-
ro de Richard e Ellzabeth
Wilson. Vale uma olhada
mas o horário é proibitivo.
DUVIDAS SOBRE
ASSINATURAS?
f 22h10 CURTA O LONGA NACIONAL —
LIGUE
jB
ASSINANTE. =
sábado, 4/3/89
UCANAL 2 — TV Educativa
Ohlü TELECURSO 1° GRAU — Rocopitu-
loçflo semanal
—
10h30 FRANCE EXPRESS Revista sobro
o
atualidades cultura dn Trança
11 li reencontro — Mensagem roli-
gloso com 0 Pastor Fanini
11h30 TOME CIÊNCIA — Noticias o ropoi- 19h30 MISTÉRIO DOS TRÓPICOS
tagons sobro ciôncla o tecnologia no
Brasil o exterior.
12h VIAGENS — Revista turística. Hojo: 20h NOITE DE JAZZ O melhor do pzz
Grô-Brotanho
i:ni:j(T"MÜSró"A'''NÁâ""ARCADAS''""-"x~
cortos do música orudita com a parti-
cipáçfio" das principais orquestras do
sáo Paulo 21 h JORNAL DE SÁBADO — Noticiário
13h30 PEQUENAS EMPRESAS/GRAN-
DES NEGÓCIOS — A participação 21h30 TELECINE BRASIL — Toma do hojo
das poquonas o médias omprosas na
vida nacional
14hi VERSO E REVERSO — Informativo
sobro educação básica para jovons o
adultos. Apresentação do Álvaro
Goulart.
14h30 MATINÊ CINECLUBE — Curtas
16h30 PALCOS DA VIDA — Produção TVE-
/Porto Aloçjro. Hojo: Os Cascazol- 0h30 AS PESSOAS — Entrevistas. Apro
lotos
17h30 I LOVE YOU — Aula do inglôs com
música. Aprosontação do Márcia
BCANAL 4 — TV Globo
5h35 TELECURSO 2° GRAU — Educativo
7h 10 O VALOR DO ENSINO PUBLICO —
Educativo
7h30 GLOBO CIÊNCIA — Informações so- 18h50
bro ciência o tecnologia.
8h XOU DA XUXA — Infantil. Apreson-
taçâo de Xuxa.
19h45
12h25 RJ TV — Noticiário local
12h40 GLOBO ESPORTE — Noticiário os- 20h
portivo. Aprosontação do Fornando 20h30
Vanucci
13h HOJE — Noticiário, agonda cultural o
entrevistas
13h25 BOCA LIVRE — Seriado. Episódio:
Feito aquela valonto senhora das Fili- 21h35
pinas 23h30
I3h55 MAGNUM — Seriado. Episódio Vi-
das revividas 1h25
14h45 CIDA, A GATA ROQUEIRA — Repri-
se do especial com Cláudia Raia o 3h15
Maria Zilda
15h50 FESTIVAL TRINITY — Filmo Trinity 4h45
ainda 6 o meu nome
18h VIDA NOVA — Novela de Benedito
ECANAL 6 — TV Manchete
7h30 PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA
8h REPÓRTER MANCHETE — Noti-
ciário
9h30 ESPORTE 89 — Noticiário esportivo
11 h30 O MUNDO DOS ESPORTES — Noti-
ciário esportivo
12h MANCHETE ESPORTIVA — 1o
TEMPO — Noticiário esportivo
12h30 JORNAL DA MANCHETE — EDI-
ÇÀO DA TARDE — Noticiário nacio-
nal e internacional
13h CINEMANIA — Notícias do mundo
do cinema. Apresentação de Wilson
Cunha. Hojo: um perfil da atriz Glenn
Cioso; os afoitos especiais de FX; os
desenhos do Walt Disney; o negro
no cinema brasileiro com depoimen-
tos de vários atores e atrizes
14h ESTAÇÃO SHOCK — Musical e en-
trevistas.
Mc AN AL 7 — TV Bandeirantes
7h BOA VONTADE — Religioso 13h
7h30 O GORDO E O MAGRO — Humoris-
tico 14h
8h30 NOVA DIMENSÃO — Religioso
9h SHOW DE TURISMO — Informa- 18h
ções turísticas. Apresentação de
Paulo Monto 20h
10h BIKE SHOW — Esportivo. Apresen- 20h30
tação de João Mendes. Hoje: Bici- 21 h
cross nos EUA e o GP velocidade na 21 h30
Itália
10h30 A ÚLTIMA PALAVRA — Religioso 22h30
11 h TV PETRÓPOLIS — Apresentação
de Heloisa Cavaco 1 h
11 h30 A FEITICEIRA — Seriado. Episódio:
Samantha, a defensora (1a parte)
SCANAL 9 — TV Corcovado
9h QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL —
Educativo
9h 15 O ALERTA — Religioso
9h45 ESCOLA BÍBLICA DO AR — Reli-
gioso
10h POSSO CRER NO AMANHÃ —Reli-
gioso
10h 15 REAVIVAMENTO — Religioso
10h45 POÇO DE JACÓ — Seriado
11h MANHÃ DE ALEGRIA — Religioso
11 h30 RENASCER — Religioso
12h VINDE A CRISTO — Religioso
12h30 INFORME IMOBILIÁRIO — Informa-
ções sobre o mercado imobiliário
13h TV TOTAL — Variedades. Aprosen-
tação de Nanni
BCANAL 11 — TV S
6h15 -STADIUM — Educativo
7h15 1» PÁGINA — EDIÇÃO DA MANHÃ
Noticiário com Ana Luiza Prudente
7h30 A TURMA DO PICA-PAU — De-
senho
8h ORADUKAPETA — Infantil. Apre-
sentaçáo de Sérgio Malandro
10h45 DÓ, RÉ, Ml, FÁ, SOL, LÁ, SIMONY
Infantil. Apresentação de Simony
12h22 CHAPOLIN — Seriado
12h47 BOZO — Infantil. Apresentação do
palhaço Bozo
15h DUAS SESSÕES — Filme: Tarzan e
o vale do ouro
17h DUAS SESSÕES — Filmes: Algo
muito justo
18h40 JORNAL LOCAL — Noticiário
BCANAL 13 — TV Rio
7h30 PROGRAMA EVANGÉLICO
8h ILHA DOS CURUMINS — Infantil
9h SHOW PARA MILHÕES — Varieda-
des e prêmios
10h30 MUNDO ÁRABE —Notícias do colô-
nia árabe. Apresentação de Fouad
Tayar
11 h SÁBADO ESPECIAL — Variedados.
Apresentação de Mauro Montalvão
17h OS 3 BIRUTAS — Seriado
18h SOM E ENERGIA / — Musical. Apre-
sentação de Adriana Riemer
19h RIO HIT PARADE I — Parada musi-
ÍCÃNÃL 10 — TV BÚZIOS
(Às sextas, sábados e domingos, a
coluna Televisão apresenta a pro-
gramaçáo da TV Búzios. Os pro-
gramas só poaem ser captados na
Armação de Búzios)
8h TVE-RIO — Retransmissão da
programação do Rio—
19h DOCUMENTÁRIO Tema: Bú-
zios, um estado de espirito. Apre-
sentação de Ana Luisa Cascão
20h05 BÚZIOS ECOLOGIANDO — En-
trevista com o prefeito Ivo Salda-
nha (2* parte). Apresentação de
Tito Rosenberg
20h50 CARTÃO POSTAL —Tema Can-
ta Búzios. Apresentação de Teresa
Piffer
•21 h JORNAL DA REDE BRASIL —
Noticiário nacional e internacional
G A programaçâo pubicada nc Roteiro está sujo*-
!a a alterações de última hora. E aconselhável
confirmar horários e programas por te^fene
o CADERNO B Ò 9
Krongiol. Música do hoju I don't
waniui livo without you
18h CIRANDA Programo do MPB
18h30 CADERNO 2 - Agenda do ospotá*
culos Apresontaçflo do Eduardo I or-
naghi o Cláudia Cru/
Do-
cumenlério O sol nasceu pata os
grandes
intornacional. Hojo: Roberto Siorm o
ui/tty !/<¦.;,/
Ronsmadl, Joan Luc Ponty o Oscar
Potorson
nacional o intornacional
Mostra índios do Brasil. Filmes: Sor
Kraho. do Sobastiâo Maria, Cidadão
Jatobá, do Maria Kuiia Aboim, Mato
eles?. do Sórgio Bianchi o O cinegra-
rísta do Hondon, do Juranayr Passos
Noronha
23h OS CLÁSSICOS — Hojo. üuartoto
om Fé monor. opus 135/Sintonia n° 1
sontaçáo do Hildegard Angol
Tolofone da emissora: 242-15.98
Ruy Barbosa. Com Yoná Magalhães.
Osmar Prado, Carlos Zara e Nívoa
Maria
QUE REI SOU EU? — Novela de
Cassiano Gabus Mondes Com Ed-
son Celulari, Maricta Sevoro, Toroza
Raquel o Daniel Filho
RJ TV — Noticiário local
JORNAL NACIONAL — Noticiário
nacional e internacional
O SALVADOR DA PÁTRIA - Nove-
Ia do Lauro Cósar Muniz. Com Lima
Duarte. Francisco Cuoco. Botty Faria.
Lúcia Veríssimo e Josó Wilker
SUPERCINE — Filme: Tira ojj ladrão
SESSÃO DE GALA — Filme: O
reencontro
CORUJÃO I — Filme: Outland —
Comando titânio
CORUJÃO II — Filme: Hotel de lua-
de-mel
CORUJÃO III — Filmo: Convite a um
pistoleiro
Telefono da emissora: 529-2857
15h WORLD CHAMPION SHIP DE
TÊNIS
17h MILK SHAKE — Variedades. Apro-
s9ntação de Angélica.
18h30 COPA RIO—Jogo: BotafogoXVolto
Redonda
18h20 JORNAL LOCAL — Noticiário
20h30 JORNAL DA MANCHETE — 1» EDI-
ÇÃO — Noticiário nacional e interna-
cional
21h30 HELENA — Reprise da novela de
novela de Mário Prata. Com Luciana.
Braga, Thales Pan Chacon, Gianfran-
cesco Guarnieri, Zezé Motta e Buza
Ferras
22h30 VÔLEI — Jogo: Sadia X Pirelli
0h40 SESSÃO EXTRA — Filme: Os qua-
tro cavaleiros do Apocalipse
Telefone da emissora: 285-0033
ZÁCCARO — Musical. Apresentação
de Augustinho Záccaro
CLUBE DO BOLINHA —Variedades.
Apresentação de Edson Curi
FUTEBOL — CAMPEONATO PAU-
LISTA logo: Noroeste X São Paulo
JORNAL DE SÁBADO — Noticiário
AGENTE 86 — Seriado
BILL COSBY — Seriado.
BRONCO — Humorístico com Ro-
nald Golias
NEI GONÇALVES DIAS — Vario-
dades
CINEMA NA MADRUGADA — Fil-
me: Equus
Telefone da emissora: 542-2132
14h SAMBA DE PRIMEIRA — Musicai
Apresentação de Jorge Perlingeiro
15h30 RIO TURISMO— Programa bilingüe
sobre turismo no Rio
18h30 REALCE — Programa jovem com
entrevistas.
20h O EREMITA — Entrevistas
21 h FÉRIAS NO ACAMPAMENTO —
Seriado
21h45 GENTE DO RIO — Entrevistas. Hoje:
a cantora Sônia Delfino; os vereado-
res Wagner Siqueira e Nestor Rocha
e o cineasta Ivan Cardoso
Oh RIO TURISMO — Programa bilíngüe
sobre turismo no Rio
Telefone da emissora: 580-1536
19h03 ISTO É BRASIL •—Documentários
turísticos
19h08 ECONOMIA POPULAR/PERGUNTE
AO TAMER — Informativo econô-
mico
19h 10 TJ BRASIL — Noticiário nacional e
internacional
19h45 CHAVES — Seriado
20h15 AS LENDAS DO MACACO DOURA-
DO — Seriado
21h20 TOM E JERRY — Desenho
21h30 VIVA A NOITE — Variedades Apre-
sentação de Gugu Liberato.
23h30 COMANDO DA MADRUGADA —
Variedades. Apresentação de Goulart
da Andrade
Telefone da emissora: 580-0878
cal. Apresentação de Maria Lúcia
Priolli.
20h DEIXA FALAR — Programa de músi-
ca popular Apresentação de Adelzon
Alves.
22h KUNG FU — Filme: Bruce Lee. a
fera humana
23h30 ALEM DA IMAGINAÇÃO — Sena-
do. Episódio: Onde estão todos
Oh SHOW DA MADRUGADA — Varie-
dades. Apresentação de Mauro Mon-
talvão
Telefone da emissora: 293-0012
21h20 BÚZIOS SERVIÇO —Tema Lixo
em Geribá. Apresentação do Tito
Rosemberq
21h25 THUNDERBIRDS & CIA — Dese-
nho: Invasores das profundezas
(2" parte)
Filme: A difícil viagem
23h40 REALCE — Programa jovem
Apresentação de Antônio Ricardo.
Patrícia Barros e Ricardo Bocáo
0h40 VARIEDADES INTERNACIO-
NAIS — Hoje: Blazer de lazer,
robô de duas oernas
1h10 BÚZIOS ESPORTE — Hoje. Sur-
fislãs voadores
2h10 COLA CüP — Oirs musicais.
Apresentação de Giseíe Fraga
2H40 BOA NOITE BÚZIOS — Hc;e
Canta Búzios Apresentação de
Flávia Werger
D As criticas pobi-cadas no Roteiro obedecem âs
seguintes cotações * ? * Excepciona;
***Òt«rK3 « * Be~ * Hatcove • Ruim
 10 o CADERNO B o síibaclq, 4/3/89 JOHNAL DO BRASIL

PERFIL DO CONSUMIDOR /Aparício Basílio da Silva

Sua perfumaria tem 50 itens na

Apoenati Rodrigues linha comercial — além de outros
50 na linha artesanal, que só co-
SÁO PAULO — O perfumista mercializa na loja da Rua Augusta,
paulistano Aparício Basílio da Sil- na capital paulista.
va, dono da perfumaria Rastro, ti-
do como um dos homens mais refi- Bem sucedido comercialmente,
nados no circulo in de São Paulo, Aparício exibe também no seu
tem- hábitos estranhos. O seu tri- currículo o sucesso como escultor
plex, situado num dos pontos mais de objetos em bronze. Ainda na
nobres dos Jardins, é atulhado de área das artes, acumula os cargos
quadros, esculturas, peças kitsch e de presidente do Museu de Arte
os objetos mais bizarros que ele Moderna (MAM), de São Paulo, e
coleciona e mantêm todos juntos vice-presidente da Bienal. Consu-
por pura mania. "Gosto de juntar midor compulsivo, cie só compra H $B "'•»* MStiisi
coisas parecidas", justifica. Nesse roupas caras c de griffe, todas com ^3
fis v&BE8 CfiArj£L £§l||$j|ff
afã estético, ele amealhou desde uma etiqueta interna, pregada por if HH Sim
coleções de pesos de papel até sa- ele, indicando a data em que a peça
pos confeccionados com os mais foi comprada. Aos 53 anos, o bon.
diversos materiais, que espalhou vivant Aparício seleciona seus gos-
Símbolo pela pequena piscina no solarium tos entre os desfrutes mais exóti- O que usa
sexual do apartamento, pelos vasos de cos. Discrição, ele só usa nas rou- para dormir
plantas e pelos braços dos sofás. pas e nos aromas de seus perfumes.
São Paulo — Pedro Monaqalti
Um champanha — "Nâo sou eu que não Um chato(a) definitivo(a) — "Eu dirijo duas
goslo do champagnc, é ele que nâo gosta de entidades, é difícil fugir deles. Não posso
mim. Acho o sabor uma delícia, mas se beber citar."
eu me arrebento." Uma influência — Vinícius de Moraes.
Uma bebida — Marque de Champagne Uma cidade — São Paulo.
(aguardente de champanha francês). "Toma- Um estado — Santa Catarina.
se um calicizinho só. Mas na verdade eu só Um país — Estados Unidos.
bebo vodea Absolute, sueca." Um partido político — PSDB.
Prato predileto — Carpaccio de ganso no Um político brasileiro — Ulysses Guima-
restaurante Mezzo Giorno, no SoHo, em rães.
Nova Iorque. Um político estrangeiro — Winston Chur-
Um prato proibido — Carne de porco. "Mas chill.
adoro javali." Um candidato a presidente — Mario Covas
ou Ulysses Guimarães.
Doce — "Inventei um que não engorda: suco Um escultor — Walter de Maria. "É um
de limão com polpa de fruta secada ao sol." artista contemporâneo não fabricado."
Fruta — Kiwi. Uma escultura — Diana, de Victor Bre-
Restaurante — Le Cirque, em Nova Iorque. cheret.
"Lá eu já vi Imelda Marcos rodeada de cinco Um pintor — Pablo Picasso.
mesas só de seguranças, o lugar é uma festa. Uma pintura — "Um
Em São Paulo, eu gosto do La Tambouille e, tríptico de Bosh, que
no Rio, do Hippo." está em Lisboa."
Restaurante que detesta — "É difícil eu Um museu — Museu
errar." de Arte Moderna, de
Nova Iorque.
Um dos quatro sentidos — Olfato. "Tanto Uma bienal — "O
pode me dar prazer como pode me matar." maior evento das ar-
Pasta de dente — Vademecum (sueca). tes plásticas no Brasil
Sabonete — Rastro. aconteceu em 1953. A
Xampu — Rastro. Bienal daquele ano
trouxe os maiores ar-
Desodorante — Rastro. tistas do mundo. Se
Perfume — Rastro. fosse realizado hoje, o
Um mito Um outro perfume — Eau de Fleurs de evento não sairia por
Cedrat, de Guerlain. menos de US$ 1 bi-
Um outro perfumista — "Gosto das coisas lhão."
da Floris, de Londres." Instrumento musical
Creme para o rosto — "Faço um na fábrica — "Piano, mas a flau-
só para mim, à base de óleo de tartaruga." ta mexe muito co-
Roupa — Tweed, de São Paulo. migo."
Sapato — Gucci. Coleção — De sapos.
Jeans — "Uso pouco, mas quando ponho é só Sonho de consumo —
o Newman francês." Videocassete da So- Um homem
Cueca — As da loja Scholstal, de Roma. ny, importado, que tem a definição de ci- mal vestido
nema.
Roupa de dormir — "Chanel n° 5, igual a Livro — Tenho mais de 2.500, mas o que
Marilyn Monroe."
Camiseta — "Tenho uma coleção, mas não mudou minha vida foi a autobiografia de
uso porque fico horrendo." Bertrand Russell.
Esporte — "Andar em Nova Iorque." Revista — Vanity Fair e Veja.
Filme — Cidadão Kane. Cor — Vermelho.
Um diretor de cinema — Visconti. Flor — Magnólia.
Peca de teatro — "Não gosto mais de teatro Tara — Sorvete.
— tudo eu já vi melhor." Artifício de sedução — Dar boas risadas.
Bicho — Nenhum. Um luxo — Lençóis.
Extravagância — "Falar sempre a verdade." Um lixo — Tecido sintético.
Religião — Nenhuma. Um bom anfitrião — Zé Duarte.
Ideologia — "Como determinação, não
Um cantor tenho." Um mau anfitrião — "Só vou na casa de
Pecado — Gula. quem eu gosto."
Defeito — "São tantos..." Uma boa anfitriã — Patsy Scarpa. "Ela tem
Virtude — "Ser franco e honesto, dentro do a paciência de fazer toalhas de flores e folhas
limite da civilização." naturais."
Magnetismo — Edith Piaf. "Foi a pessoa Um bom programa — Jantar na cama.
mais eletrizante que eu já vi." Um péssimo programa — Ir à praia.
Personalidade — Bertrand Russell.
Cantor — Frank Sinatra e o brasileiro Carlos Coisa que mais o aborrece — Lidar com
Fernando, do Nouvelle Cuisine. dinheiro.
m |PI% — Judy Garland.
Cantora "Meu Enterro ou cremação — Cremação. "Não
T~.f Ator — compadre Raul Cortez e Mel quero ficar podre."
Gibson." Uma frase — "Sans peur et sans reproche"
' ^ -i • Atriz — Marie Casarés. (Sem medo e sem censura.)
' A'\ Z 7 Mito — Picasso. Balança — Filizzola.
Símbolo sexual — A atriz Gene Tierney.
"Dificilmente haverá uma beleza igual." Spa — Solarium, em São Paulo. "Perdi cinco
Pessoa
"Tenho irresistível
— Vinícius de Moraes. quilos em dez dias."
uma poesia que ele fez para mim." Dieta — De proteínas.
Mulher bonita — Tonia Carrero. Um autor — Thomas Mann, D. H. Lawrence.
Homem bonito — Gary Cooper. Compositor — Mozart.
Mulher feia — Edith Piaf. Fobia — De gato.
Homem feio — Paes de Andrade. Companhia aérea — Varig.
Mulher elegante — Joan Guerreiro, "uma Remédio — Vitamina C.
americana casada no Brasil, que mora em Frase divertida — "O Brasil não é um pais
Nova Iorque". sério."
Homem elegante — "O Brasil é desprovido
de homens elegantes." Mania — "Muitas... não passo embaixo de
^ Um homem mal vestido — "Orestes Quér- escada."
Uma cantor a cia, antes de virar chic, quando usava blazer Investimento — "No meu trabalho.!' Um diretor
xadrez." Ele come carpaccio de ganso no SoHo, toma Jóia ou bijuteria — Jóia. de cinema
Uma mulher mal vestida — "As que querem vitamina C e sua pasta de dente è a sueca Lema — "Living well is the best revenge"
parecer menininhas." Vademecum (Viver bem é a melhor vingança.)

Brunet acha ridículo História de leão dá

ter sósia na D
Diion vitória a estudante
Fernanda Mavrink **
manequim e empresária Luiza Brunet O estudante Fabián Rodrigo Magioli
A considerou "ridícula e hilariante" Núnez, 11 anos, da 6a série do Io grau do
contratação de sua sósia Marisa Stein pelo Colégio Saint John da Barra, ganhou o con-
empresário Humberto Saad, da etiqueta Di- curso de criação de histórias em quadrinhos
jon. A idéia de Saad, ao contratar Marisa, foi, promovido pelo JOHNAL DO BRASIL e pelo
conforme reportagem publicada no Caderno Cineclube Esta-
B de terça-feira, devolver à Dijon a sensuali- Sônia d'Almeida
çáo Botafogo. ^ ^-p- ^ ^u
V^ I
dade brasileira de Luiza e, segundo comen- Com Léo, o rei da
tários de bastidores da moda, vingar-se da selva, Fabián, ga-
ex-top model da casa, hoje proprietária da -% -11 nhador de de um
Mi
Maison Brunet. H^1 «*/: wo^»^m WBMrnmA > concurso de car-
"Eu tive tuns que o jornal
pena do Humberto ser tão frus- Planeta Diário e
trado — comentou Luiza. "A Vanessa Olivei- o Barrashopping
ra não deu certo e, depois de quatro anos m-i# %-rlBBWBP^BI realizaram em ju-
I
que eu deixei a Dijon, ele ainda está atrás de nho de 1987, dá
uma sósia? E muita insatisfação." Quanto à H: "¦ImkCMh ¦ •- -»w 7.JI
-x
sss&s^ ^lPS9il\mlP^
•: MBnri nr V SsasssS,;. ^H^W' mais um passo na
concorrência da sósia, Luiza disse que não direção de uma
faz "o modelito de passear com Humberto
em boates" e, portanto, Marisa não vai lhe ^mmi§k " ®; ^ carreira que, para
"Eu ele, já é um obje-
prejudicar em nada. acho que o Hum- >\ x >^HHI tivo.
berto é apaixonado por mim, mas jamais me % Na escala,
terá de volta na Dijon. Ele é que se prejudica ' Fabián prefere as
jL*
fazendo este papel." aulas de artes e
Luiza comentou que cruzou com Marisa história e, no
Brunet (E) JORNAL DO
num banheiro do Sambódromo no Carnaval. BRASIL, lê os
"Ela apenas me disse não se sente cartuns da página de editoriais e os quadri-
que era minha fã V- \
numero um. Eu agradeci e soube depois que prejudicada nhos do caderno Cidade. As educadoras e W£T« 11
ela contou a um colunista um encontro com a autoras do projeto. Eliane Monteiro e Patrí-
hilariante, em que morremos de rir." Quanto concorrèn- cia Duráes, ficaram satisfeitas com seu re- Leo, o rei da selva é um rei que
à cópia de seu corte de cabelo. Luiza se cia de sultado, que revelou a existência de ótimos gosta de ser autoridade — você e
Si y*\ desenhistas e artistas mirins. Numa situa- respeitado — mas não consegue
mostrou lisonjeada. •'Há seis anos corto ca- Marisa receber impostos O pior . diz ele
(acima). çáo inusitada, o concurso atingir até adultos no ultimo quadrinho. e quando o
belo no Caetano, do Fórum, e acho ótimo ver "Acho que. desavisados quanto à faixa etária dos
que povo nâo gosta de você
as filas de gatinhas querendo um corte igual- participantes, 8 a 12 anos. chegavam ao
Humberto Estação no ultimo dia com seus desenhos.
zinho ao-meu. Eu acho um barato poder está
inspirar tanta gente. A Xuxa tem uma sósia Os adultos, abandonados, sugerem para o —o •
apaixonado ano que vem a criação de uma categoria [kA_J
que faz shows com paquitas e tudo. Ela pode por mim", especial onde sua arte também possa ser
se prejudicar com isso. mas eu não." diz premiada.
 m sábado, 4/3/89 o CADERNO B o II
JORNAL DO BRASIL Q
Q ]y| J JJ

Quase outono
/discreto Um discreto restaurante tipo praieiro, aberto
aberto
Danusia Barbara
Barbara na na Barra sem ninguém ninguSm perceber já há hi algum
1tempo, tempo, virou agora lugar badaladísslmo,
badaladisslmo, JuJjy
"E os restau-
restau- Jj^chelo cheio de estrelas e cometas: o Lokau. Uma
Uma /fey
Outro dia, perguntaram:
como vão?"
rantes, 'por vao?" Só jeitao, via-se a
S6 pelo jeitão, /C
JJkjJ iHTvy) loja de doces e salgadinhos, sanduíches
sanduiches e
sanha por sangue. O perguntador queria
queria ( TtL II P)]r saladas estréia
estrSia no Leblon: Kanteiro's.
Kanteiro's. fT^t-S
hist6rlas escabrosas,
histórias asas de morcego, den-
den- 1 (A/V _____— Mas bom mesmo é6 provar dessa comida comlda 7)
dragao, patos ao cupim!
tes de dragão, cupim! 1/y italiana t&o boa ou melhor que na
reflnada, táo
refinada,
J
al que andam bem. Assim na mé-
Mas até me- pr6pria Italia, coisa em que o Rio vem se
própria Itália,
um lugarzinho tipo
tipo /aNBI^ especializando ultimamente. No Villa d'Este,
d'Este
dia Em Santa Teresa,
dia. e seriedade de Giovanni
Giovanni <U_
com seus charmes, o Spirits aca-
aca- Wj com toda a atenção
atengao 23
Manhattan,
abrir.' Vale subir o morro para conferir.
ba de abrir. conferir. 9rM- V Barsanti.
Barsanti. /iru J^

Sérgio Morais Goraldo Viola

Flâvlo Rodrigues

mm

Denise Pinto, as filhas c o Lokau: frutos do mar numa palhoça de charme Giova, Barsanü e seu carriemnho
Ruth Perez Lopes e suas máscaras

Na moda Filosofos comiloes

Coisa boa PPK
Sao 35 funcionários,
funcion&rios, mais os macacos (a Jíuxa "Será que um peixe é6 feliz no mar?" mar?'
O empresáriox, Mário
empres&rio „x, ICosta
M&no .1Braga Filho,
™,v.
Filho sozmho no
sozinho no Boca Wjmm KHlKr ) São £uxa é6 a "Sera "Pergunte
México, descobre um restaurante novo — e lá
Mexico,, la está
esta ela.
ela. Tin
. (£<2, mais preta), tucanos, galinhas, araras, patos, pavão, pavao, "Pergunte a Jean Jacques Rousseau", foi a resposta.
BlKm ^ J\ gargas e o urubu Tango (um dia descobriu-se
marrecos, garças descobriu-se Sabado, Sábado, dia do Caderno Idéias Itleias do JB, conversa no
Aita, cabelos curtos, olhos cintilantes, o gênero
Alta, genero artista,
artista, \ um ovo. Nasceu um bicho branco, como lãzinha lazinha de almoço é6 assim: Merleau-Ponty no couvert, Heidegger
de alm0Q0
ela agitava e comandava a massa. Mário M&rio pediu uma sole sole trnmhnriP ~3
W cameiro. Era urubu. Como andava meio dançando,
carneiro. dangando, foi foi com parmesao. Mas o peixinho assado no perfu-
com queijo parmesão.
meumere e a mão
meunière mao dela em casamento, mas não nao levou
levou LI trombone
Ulii apelidado de Tango). ÉE lála que TarcísioTarcisio Meira chega de de me me de ervas lembrava mesmo Rousseau: o bom selva-
tudo: a sole estava em falta.falta. h
a As ^ Senta Aí Al lancha, Armando Nogueira de ultra-leve, Mariano Mar- Mar- gem gem etc. Se o peixe não nao ée feliz, o comedor é. e.
cavaqUinhas do
Ag cavaquinhas
Ruth Perez Lopes, mexicana de passaporte america- america- (^cj.
(tel: 233-8358) continuam ótimas. otimas. condes Ferraz de Mercedes, Maitê Maite Proença
Proenga comemora
comemora Dois Dois dias antes, os filósofos filosofos comilões
comiloes já ja haviam
no e jeito de norueguesa, tentou antropologia, psicologia
psicologia Qh O puicinella em Ipanema, tem
q Pulcinella, tern aniversario, Ricardo Amaral e José
seu aniversário, Jose Hugo Celidónio
Celidonio estadoestado ali no Villa d'Este: Giovanni Barsanti convidara
e televisão, Franga. montou spas em
televisao, foi socialite na França, em nr-ilns bnns
bons. * Mas entre cariocas ' ee soltam gargalhadas 110 no varandão.
varandao. um um bando de gourmets para provar seus pratos. Para
impensaveis, um dia encontrou sua vocação:
lugares impensáveis, vocagao: pratos"V ,, • . ^ aos Todos se confraternizam em volta do camarão, camarao, da da comegar,
começar, eles tinham tido mexilhões mexilhoes fresquinhos, uma
restaurante. Há H& oito anos no Rio, passou pelo Sabor estrangeiros,
Sabor estrangeiros, dá
cia f
preferência
pitieienc lula frita, da lagosta, do peixe e da picanha: Fafá Fafa dede salada
aiguns
lvda salada de frutos do mar e um carpaccio, tudo regado a
primordios, nos tempos em que era
Saude (nos seus primórdios,
Saúde últimos. Há
era ultimos. Cluas semanas, alguns
Ha duas Belem, Marina, Malu Mader, Fagner, Isabela Garcia,
Belém, Garcia, CorvoCorvo de Salaparuta branco — um vinho siciliano sério serio e
realmente bom). Ruth ée do ramo. ramo. cariocas cariocas na fila de espera viram viram Camilo Calazans, Castor do de Andrade, Ivo Pitariguy,
Pitanguy, seco. Mudouoo vinho para um
seco. Mudou eliianti e aparece a massa:
umcliianti
Pois o Spirits parece um daqueles restaurantes
restaurantes chegar
chegar e entrar, tranqüilamente,
tranquilamente, Erasmo Carlos. Pois ée o Lokau: uma palhoça, palhoga, samam-
samam- um um torteloni di magro, feito sem farinha de trigo, só
magro.l'eitosemfarinhade com
socom
treiulv de Manhattan
trendy Co'lumbus Avenue
Manhattan, ali pela Columbus Avenue' com com animado animado grupo de italianos. italianos. baias, bromélias, camarao e peixe frito no ar.
bromelias, cheiros de camarão ar. asas ligaduras que resultam do espinafre e o recheio da
rua 72. Aconchegante como um ovo forrado vison, Bh O Adegão
i'orrado de vison, Portugues (tel: 580-
Adegao Português 580- Falta luz, telefone, às as vezes até ate água.
agua. Moda não nao se se ricota.
ricota. O molho de manteiga e sálvia salvia completava a.ci.
mascaras de papier maché
cheio de charmes e máscaras mach6 que Ruth Ruth 8689) 8689) estáesta com umas lulas àa espa- espa- explica.
explica. Bv conjunto e a mesa gemeu e comeu sem parar. Bebeu-se
fez para enfeitar a casa. Santa Teresa, em torno, não nao nhola nhola excepcionais. Mas os boli- boli- carioca econjunto
A dona, Denise Pinto, carlocaeex-aluna ex-aluna do Pedro II, II, muito
muito o chianti também, tambem, em honra àa esplêndidaesplendida massa.
entende bem a coisa, mas se acostuma aos poucos. poucos. niiOS niios de bacalhau, as travessas de de não0 tinha dinneiro para janelas de vidro, pôs
tlnha dinheiro pos esteiras.
esteiras. No No fim )antar. para o carneirinho. alguém
rim do jantar, alguem havia
Ruth, que abriu a casa para fazer o que gosta, fica flea triste
triste leitao Fica o maior charme quando chove, nenhuma gota para trazido um Bairrada 1979. O vinho português portugues foi ótimo
6timo
leitão à& brasileira e um honesto honesto denh^Nnve^H^
dentro.
aenuo. Nove
wove quiosques na frente, auas,trazido
nence, a lagoa atrás, paz e com
quando a blanquette de veau não almogo, e
nSo pega no almoço, nhiiphn
chuchu com ramaroes foram lou-
rnm camarões lou- com a carne tenra e cheirosa, realgada pelo molho de
Cheirosa, realçada
abre um sorriso luminar quando vê ve que as trufas feitas
feitas ^^ofna^ii^rfeira muito ambiente para namorar.namorar Tem gente que chega de de hortelft
hortelã. Depois,
D is a salada verde, um honesto gorgonzola e
vadíssimos na quinta-feira. manhã,
manha, faz reserva, o garçomgargom leva uns tira-gostos para para algumas
algumas frutas de sobremesa, além alem de sorvetes da casa.
por ela acabam antes do café cafe chegar.
chegar.
"A ™dissimos
cnurrascana Palace, em Co-
A churrascaria L-o- praia e depols almogar. Há
depois vem almoçar. H& também
tamb6m o quintal .. , ã sombra
, sábado, ,
Comegamos por uma salada verde, french dressing.
Começamos dressing. pacabana, homenageia as mulhe- mulhe- enorme atrás, arela, lagoinha.
atras, cheio de bichos, areia, lagolnha. Há
quintal No ,almoço
Ha planos aflm0(;0 de
clf a somD'!a ae, Rousseau,
de „
Kousseau',° o
pacabana, pianos começo No foi com lulas ,sabaao'
e camarões
camaioes dorés,
doies crac-crac
ciac-crac de
ae
Exata. Depois um peixe, grande e bem grelhado, com com res res 0ferecendo uma sobreme-
8g oferecendo sobreme- de ampliar, de pôrpor viveiro de lagostas etc. Deus nos livre.
livre. comego
gratlnadas, dessas que dão
batatas gratinadas, dao vontade de mais. A sasa àadia la carte para cada caaa freguesa.
ireguesa^
freeuesa Por ora, esta que ée uma delícia.
ora. está delicia. sequinhos sequinhos e com muito sabor. saboi. Depois, um talharim com
manga e a maçã
maga pochés
Poch6s estavam deiiciosas
deliciosas e as trufas
trufas ^a ¦. Lokau —
_ Avenida gernambetiba, 13.500, entre a praia
Avenjda Sernambetiba, funghi,hi> a presença
Pfesenga dos cogumelos rescendendo a bosque
AA Casa
Oiasa dos Sabores Saboi es está esta ven-
ven praia f«»f iano. E enfim o peixe assado. Sem vinhos, sem
italiano.
com o cafécaf6 fresco perfeitas.
perfeitas. ¦ dendo um sorvete de amora ' im- do RecrelQ e aQ Lagoa de Marapendi.
dQ Recreio Marapendi, Nâo tem telefone,
Nao'tem tele^onei ita yinhos,
mas
"?asP,ara r™,f',,tel:
para reservas, 32.5-1001- Todos
tel: 325-1001. To?°s os08 dias, das "h
d.ia«'das 12h à enfeites, lembr ado com saudades
enfeites, mas lembrado sai j .
até hoje.
B Spirits —
E3 - Avenida Almirante Alexandrino, 1458, loja loja perdlvel
perdível.
Alegre Santa Teresa. Tel: 232-5097.
E, Vista Alegre, 232-5097^TergaTerça a ¦ Celso Nucci e Apícius lh. Cheque. Filé linguado ao molho amêndoas, NCz$ —
- Rua Olegário
Apicius lançaram
langaram 10,90. Muquecas lagosta
0 9? Muquecas, Sta°ee frutos do Z mar, S'
NCz$ 24,80
24 80 ¦ ¦ Villa d'Este Olegario Maciel, 293-B, Barra. Tel:
domingo, das 12h às as 23h. Cheque. Almoço,
Almogo, NCz$ 4,00 4,00 j In vino j veritas:
Veritas: numa linguagem
linguagem 399-6325. Terra
Terça àa sexta, das 19h às Sabado e
as 02h. Sábado
(boeuf bourguignonne, cassoulet, quiche lorraine, con- Do vo com brócolis,
Arraz de polvo
Arroz brbcoHs NCz$ NCzS 18,50,
18 50^ Picanha, NCz$ 399-6325.
Picanha NCz$ NCz$ 7,00.
fácil, um passeio sobre o vinho. vinho. 8,90. A lagosta vem de Marataízes, as lulas de Arraial aomingo. do domingo, na partirparti,'dasdas 13h.
131,.Cheque. Torlcloni. NCZ$7.00.
Cheque. Torteloni,
forme o SI)
Srraf dia). Jantar, NCz$ 2,50 (salada), NCz$ To"o
Janta' NC^21bTs,S^^No'3, 7,00 ®cU, M^®SlS8S22f34^S5SiS2 NCzt 12.00.
12,00.
Editora Salamandra, NCz$ NCaf 13,50.
13,50. ftenle.
peseado em frente.
Cabo, o peixe eé pescado Cameiro Carneiro e pe.xe.peixe, NCz$
(picanha) NCz$ 9,00
S*)NOz» M0%6 de peixe).
(filé dellte) Elitora

Saladinhas
Saladinhas
A mesa, como convém
convem Jose José Roberto Serra
de saludas, salgadi- '
T™~X J nhos, doces, fatias few ®ls" -Js
Desgostos
D e consolos
consolos mm%
e estft ontupida
da da rua da Passagem, 178, há ha lindas morcelas e de J6gente feliz em co- W:
™ >
Apicius
Apicius farinheiras íarinheiras dignas de qualquer monge, mesmo que que mer coisas lews. -
nfio uma nao muito caras e §|§| life ;
nâo seja do monte Athos. Ainda outro dia, vi uma -
o nariz,
nariz. disse Eutrópia, matro-
Eutrdpia, matro- multidão
SS"rJST que comia as coisas embutidas, chega- t
na culta,
culta. severa e segura:
segura: das portugal. Vi,
das de Portugal. VI. ainda mais...
mais.^. com
saipl- -W: ~ "
EMPINANDO — Estou cansada! Vou para um conven- ÀA sobremesa, um Dom Rodrigo? Rodngo. pessegos.
cao de ftango e pre-
conven- -
to no Monte Athos. Lá, L&, ao menos, náo nfio sentirei a - Nfto, carissima, os Dom Rodrigo aca-
Nâo, amiga caríssima, aca- sunto dehiniado. agtt 'W''
amargura de ler os jornais, jornals, que me ressecam a baram. baram. Mas creio que poderás poder&s comer ainda uma uma soufle de bacalhau |^| a
alma. Que este país flcou um pouco mais burro e
pais ficou excelente excelente marmelada caseira, feita segundo a re- re- com molho de ca- ;^| .
mediocre do que é6 permitido!
mais medíocre permitido! ceita ceita do convento do Odiveiar. Odivelar. E os Porto são sao marao, torta de cho-
Comprar selo para pagar pedágio! ótimos. Mais do que qualquer viagem, te ajuda- ajuda- coiate com no^s, ~ , ^|
peekigio! Pre-
Pre- .—. 6tlmos.
sidente desvairado que vóa voa para não nao x A riam a esquecer estas terras daqui. daqui. laqueie de camadas II®?'
govemar! Inflaçáo
governar! Inflagao e roubo! Roubo e ff // \ V Gosto da idéia!
_ Gosto id6ia! Onde posso ir ainda? (Dizen-
(Dizen- com maionese)'
inflagao! Nada se conserta e nada
inflação! /I I. ^ \ \ do isto, Eutrópia
EutrOpia suspirou com ar menos infeliz.)
infellz.) Ao (Undo, o ca- rnrtinihn
muda!
muda! | í \ \ ) Disse-me o obeso Apicius...
- Dlsse-me Apicius... sal Maria Helena e Lariaino
Até
Ate o flm,
fim, a gorda Anibaliana
Anlbaliana ouviu ^ ' _ ?? ? ? Claudlo Setembrino de Can-alho liderando a familia no entra e
a nênia cagando a barriga, respon-
nenia e, caçando respon- ^ 7? J.
6k I
I \
( _ Não <*e comPras-
\ Nao importa. Disse-me que, outro dia, foi,
foi, sai comemora?ao-Mana Hclena
deu, sem grande entusiasmo:
entusiasmo: ft / C0R1 Mme K.
com K no Claude LaPe>'re (na Epitáclo
CIaude Lapeyre EPitacl° ^VnTLno mls^rgrTvMez"6
Se lesse mais, Eutrópia,
Eutropia, sabe-
sabe- (L \\ V\\ — . p„,vn
rias que, no Monte Athos, não
f/M. / Pessoa, 864) onde comeram uns pleurotes sa-
sa- „ , „ , ¦ 10f „aleria
nao entram
entram / J ) \ bes, aqueles cogumelos que crescem nos troncos troncos se^inda a sexta
mulheres.
muiheres. Só So nos sonhos de alguns aiguns ^ ^ \ das árvores,
^rvores, como línguaslinguas — - uns pleurotes sautés
sautes d^ Kaoh ?ibado das 9h as i4h. cheque e tiquetes. Pon;ao
^ > J
cenobitas. E, ainda
amda assim, estes ficam fleam . \ que eram lindos. E, depois, um amável linguado salada, em torno de nczS 2.00. Fatia empadao. nczs 1.30.
amavel linguado
mal-vistos, por libidinosos...
libidinosos... \ na manteiga, com ciboulettes, que estava quase quase Salgadinhos, nczs 0.70.
Não
Nao me digas! — —Gemeu
Gemeu a triste Eutrópia
EutrOpia e, e, \ tao bom quanto os cogumelos.
tâo
depois de uma pausa: Vou, então, \
entao, fazer como como \ \ preflro ao linguado.
Bem os prefiro linguado.
aquele cientista Konrard Lorenz que ganhou o A. Pois podes encontrá-los.
_ pois encontrfi-los. tambem feitos
E também feitos = = « e _=_= esess-S®-8-®-8™5,®,
Prêmio
Premio Nobel por contar os detalhes mais íntimos intimos / \\ com carinho no Alt München
MOnchen da Dias Ferreira,
Ferreira, ¦¦
da vida dos gansos cinzentos. Passava os dias dias / . / \
mergulhado em um lago, conversando com seus seus / Lfi, o mesmo gordo senhor comeu (disse-me)
410. Lâ, (disse-me) •« A "rtni
A PARTIR
PARTIR in \->el
DE SEGUNDA- •-¦
HP SEGUNDA-
ocouinua
O- / \ imc escalopes
uns p^ninnps de rip vitela
vitpln com phamDinions e snat-
rom champignons spãt- ¦¦
palmipedes, com os quais mantinha relagoes
palmípedes, relações de de / zle — sâo aquelas agradáveis massinhas alemãs
^TaoaquefasaS alemaPS^ — \ FEIRA (06/03) O RESTAURAN-
amizade. Certamente Sljueles dignos bichos nâo
Squeles dignós nao / \ ,h demm
/ \ que que lhe deram um extremo nrazer
J™E5~nlon prazer. •! TE Tc GUlMAS rillMAC VOLTA \/ni TA
VOL I A A A FUN-
PI IM ¦*
hUN-
retocam o bigode com pincel, nem viajam às
custas dos austríacos.
austrlacos.
as
/
/ \ Contenta-se com pouco teu amigo, se
- Contenta-se £TEbasta
bast pi/-vKjGUIMAS a a
V
\ ,
isso
iss0 distraí-lo
distrai-lo do estado do país. mm CIONAR NORMALMENTE
NORMALMENTE mo¦
Boa amiga", Anibaliana, por que não
amiga. disse Anibaliana. nao / _ \ para pai 'nu^+R/i
- EE que é6 gordo e fútil ^tado
filtil e desanima quando abre abre -
fazes coisa mais simples? Vã Va a restaurantes...
restaurantes... / \ , "mi°Entfio, Rua José J0S6 RobertoRobGftO Macedo MaC6dO %
Não
Nao vou. Servem mal. mal. \ um jornal. — %
/ | - Então, o Monte Athos... Athos... % SoareS n° 5
Soares Gávea
Gavea
Nem todos. E. em alguns,
—___Nem estao servindo
aiguns, estão sen-mdo coi-coi- \ / / ~ A .idéia. é¦ hl.
Kleia e sublime!
sl"3"me- «
aamm»'aDm°a3a b
sas vindas dé de iora.
fofa. Assim,
Assim. no Adega do Valentim.
Valentim. ¦.V.V. Tel.! Tel.: 259-7996 V.W m»mm9mmomma»
\ j
 Dois toques
toques ¦¦¦¦¦¦¦¦||MBHH|
I
secos: a
forma
geométrica e
vazada do
brinco de
dc ^^^^^|^B5!^g|»j9BHMHH|E^^^^^H
resina
resinafosca
fosca
jZtfK^fifiKT^yHHRGeorges (Georges
Henri). E o
roxo
ro.xo definido
dejinido
a?ó top de
dc
malha
,caniQ°>
(Cantão)
^^^MniTrlWBf
riTrwBiM^—

''V:'m':t
- '~l&^^B •' ir>'"? !¦
!•' ^}'
SSEhmJWSS s*r .,-•'>*; '. *• >• ¦ i.K**J.' i . ",'-t\<
(,-.1
nmmss I^®M«
Sobre a
hollywoodia-
na luva
preta
(Luvaría
Gomes), uma
amostra das
possibilida-
des
decorativas
dos anéis. De
ouro, com
pedras
(Antonio
Bernardo);
em resina
negra, com
pérolas ou
strass (Marco
Sabino)

Impossível
passar
despercebida,
se cada
movimento
tiver a
música dos
camafeus,
cavalos-mari
nhos e
peixinhos
destes
colares e
pulseiras
(Marco
Sabino). Top
corál-Lacroix
(Corpo e
Alma)

BBerkxmes e balangandas

Fotos de Dario Zalis

lesa Rodrigues
AIS um item recupe-
rado para a moda: a
bijuteria. Quando, há
dois anos, a ala mais
blasée da criação se empenhava em
impor um estilo minimalista — que
dispensava maiores berloques —,
Christian Lacroix reciclou o que
havia de mais fantasioso, mais pe-
sado em balangandãs e barrocos.
Foi o bastante para ressuscitar bro-
ches de pérolas, brincos de bolas
douradas, colares de correntes com
penduricalhos e pulseiras às dúzias
nos pulsos.
Lacroix é francês, inspira-se nas
tradições das fronteiras com a Es-
panha, e atualmente lidera a ousa-
dia na alta moda. O que significa
que existe um espaço entre o que
ele mostra e o que é usável, princi-
palmente para as brasileiras. Te-
mos balangandãs pendurados, mas
em tamanhos mais discretos; as
pérolas também são menores, mas
mantêm o acabamento barroco. O
dourado predomina, mas as resinas ' - aItIb
ampliam a possibilidade de repetir
texturas preciosas, como marfim,
coral, âmbar, em versões sintéticas, ^
mais leves no peso e no preço. E a
onda indiana começa a invadir os
porta-jóias, com seus ouros enve-
lhecidõs, as turquesas manchadas,
correntes trabalhadas e peças fili- ¦I:
granadas.
Tantas opções decorativas che- B^^^^mHB^^BHBhBB^^^h
gam na hora certa, na fase em que a
roupa está simplificada como a
masculina, ou sóbria, com saias
longas , golas altas e sapatos fecha-
dos. Veste-se um smoking preto, e
cobre-se a frente de correntes e pé-
rolas. Enfia-se um tubo de crepe, e
as mangas quase somem por baixo
dos braceletes. Deformamos as per-
nas com largas pantalonas, e cha-
mamos a atenção para os brincos m/mm b
de chuveiro, com contas douradas e
pretas. É a lei da compensação,
presente também na moda, um
equilíbrio de valores que faz do ato
de vestir, uma diversão. Ou existe
figura mais engraçada do que a
mulher que ousa adotar uma biju-
teria grandiosa, diferente e nada
minimalista?
Nas fotos, aderindo discreta-
mente a boa bijuteria, Alessandra
Britto e Paula Faria, da Bambu, Ares iJidianos jio
Arcs indianos brinco de
no brírico dc coração
coraeao dourado e TexturaTextura ce cores do âmbar
ambar nos grandes colares
colares £
embeh-zadas Dor Ronald Pimentel. clip turquesa
turqucsa (Sctwiuck)
(Schmuck) e no bracclete
bracclete dede resina iZaut. Brincos de ouro (Antonio
resma (Zau).
Produção de Rita Moreno. trabalhado íCantãoi.
(Cantao). Cariiiseta jnsta (Idem
Camisetci justa <Idem Idem)
Idem) Bernardo), camiseta de seda (La Bagagerie>
Bernardo), Bagageric)
 SUPLEMENTO DEllVROS
mmirnmm^m^OBNAB: BRASIL

Marco Antonio Teixeira

Aos 82 anos, o escritor e

filólogo Paulo Rónai é
reconhecido como
um sábio.
Traduz em nove línguas,
tem mais de trinta
livros editados, já leu

quase todos os 10 mil

volumes de sua biblioteca,
e agora, com a revisão de
sua monumental edição de
A comédia humana, de
Balzac, pretende
se aposentar. (P. 6 a 9) niflÉHPft

As teses de Friedrich Nietzsche sobre o nascer

da filosofia são combatidas por Giorgio Colli (P. 3)

Para Hannah Arendt, o homem mais apto é o

virtuoso. A virtude maior é a obediência. (P. 4 e 5)

Chega às livrarias A chama de uma vela, o livro

mais poético do filósofo Gaston Bachelard (P. 10)
 VIDA CULTURAL
Confronto no ABC
jr; m 1978, após anos de repres-
são, os metalúrgicos do ABC
paulista desafiaram o governo
militar com uma série de greves,
um ciclo que aliás se prolongaria
até 1980. A emergência desse mo-
vimento é recuperada histórica-
mente por Ricardo Antunes em
A rebeldia do trabalho, livro coe-
ditado pela Unicamp e a revista
Ensaio. Autor de vários outros
livros sobre sindicalismo no Bra-
sil, Ar tunes relaciona as greves
daquele período com o quadro de
industrialização do país e analisa
por fim as conseqüências do epi-
sódio, ponto de partida de uma
nova etapa de politização das
classes trabalhadoras no Brasil.
Stela em Paris
té maio sairá em francês Stela
Manhattan, romance de Silviano
Santiago. Aparecerá com o selo de
Anne-Marie Metaillé, que já publicou
vários outros ficcionistas brasileiros.
Stela também está sendo traduzido
para o inglês, pelo professor George
Yudien, da Universidade de Colum-
biu. O lançamento nos EUA é previs-
to para o ano próximo.
Ceará & cinema
¦jp ublicado em Fortaleza, será lançado
dia 7 no Cine Estação Botafogo o
livro O Ceará e o cinema, de F. Silva
Nobre H90p, NCz$ 5,00), uma pesquisa
que abrange da primeira exibição do Cos-
moramâ, em 1869, às produções recentes
de cineastas cearenses, como Luís Carlos
Barreto e Zelito Viana.
No mesmo dia, Dina Sfat, Mara Cabal-
lero, Ricardo Gontijo e Herbert de Souza
agitarão Belo Horizonte com o lançamen-
to dos livros Palmas pra que te quero
l biografia da atriz) e Sem vergonha da
utopia, no qual Betlnho fala de sua vida,
suas idéias e suas esperanças de transfor-
maçóes sociais no Brasil.
Ainda no dia 7, o Grupo de Estudos do
Mu.seu de Imagens do Inconsciente (Rua
Ramiro Magalhães 521) estará dando iní-
cio a um debate aberto sobre o tema
Fundamentos e pespectivas da psicolo-
gia junguiana, com a presença da Dra.
Nise da Silveira, fundadora do Museu.
E no dia 8, na Livraria Camões (Edifício
Avenida Central), Franklin Machado au-
tografará seu novo livro Profissão de
poeta.
Idéias ¦ Editor: Joaé Caatello Editor assistente: Mario Pontes Dlagramador: Antoninho de Paula
2 Idéias/JORNAL DO BRASIL/4 DE MAR. DE 1989
CARTAS
IIPP §£¦•§?! A morte ritual do rei
O uso de óculos ideológicos repre-
"ver-
A livraria da Maria Angelica senta um risco para descobrir a
dade da história". O artigo do prof.
D
13 maisia 7 a Zona Sul do Rio ganha ganha gao inglês. A
francês e ingles.
ção de obras em frances Renato Janine Ribeiro, A lição de
uma livraria, a Inverso,
Inverso, livraria promoverá, ainda, a discus-
livraria promovera, Avilan (em Idéias 25.2.89), foi decer-
endereço na Rua Maria Angéli-
com endereco Angeli- Saosão de temas da atualidade atraves
através ||& ; to escrito com esse tipo de lente. O
ca 171, Jardim Botanico
Botânico (inaugura-
(inaugura- de de mesas redondas e exibigao
exibição de autor faz afirmações que, se levadas
, cao marcada para as 19 horas).
?ao
ção obras a eles relacionados^ "E por
horas). obras por | às suas conseqüências lógicas, mata-
propriet&rios — as psicanalis-
Seus proprietários
propriet^rios psicanalis- que nao
que
psicanalis- qUe não pensar", sugere Nieliza Pi- Pi- :t;; riam os direitos e liberdades assegu-
tas Rebeca Schwartz e Neliza Pi- nheiro, "em fazer dos lançamentos
Pi- nheiro, langamentos ; radas pelos regimes liberais-
nheiro, o professor de literatura
literatura algo
algo mais do que o cansativo ritual ritual jf democráticos. "a Afirma o professor
Lulz Costa Lima e o administrador
Luiz administrador das das filas e dos cumprimentos?"
cumprimentos?" g| liberdade moderna
< 0" de empresa Victor Pinheiro — que- que- Para Rebeca Schwartz, o comer-
comér-
comer-1;~ % paulista que
"precisa nasce, talvez, com o Terror, com a
i'' K rem que a Inverso, mais do que que cio
cio livreiro urgentemente Iy f
urgentemente morte ritual do rei". Ora, quando os
também um pon-
uma livraria, seja tambem mudar o seu atendimento, que em
pon- mudar em || ; |;
to de encontro e um lugar para antropólogos empregam a expressãp
muitos lugares ainda 6é semelhante
para muitos semelhante |# morte ritual do rei referem-se aos
^ trocas culturais, e para isso pro- pro- aoao dos supermercados. O contatocontato Si|
curarao criar um servigo
curarão serviço que se personalizado,
personalizado, que hoje s<5 ocorre ||||
só ocorre if: rituais de rebelião de algumas socie-
1 eficiência e um am-
notabillze pela eficiencia
notabilize am- em em umas poucas e pequenas livra-1| livra-
livra- g,-J dades tribais, quando se lembrava
fe® biente caracterizado pelo calor hu- hu- rias,
rias, me parece o melhor meio de S
de ||I ao monarca no dia da coroação suas
mano.
mano. atrair atrair novos clientes e estimular oo ||, obrigações e os limites do seu poder.
pi:! p | A comunidade representava e amea-
t cobrirá especialmente
A livraria cobrir& especialmente setor." visitante, H
setor." Conversar com o visitante, 8 |,
, ciências humanas — esclarece-lo,
áreas de ciencias
as Areas esclarecê-lo, aceitar encomendas,
encomendas, ||§| if.- çava o rei que assumia, lançando
fi'Sj com destaque para a hist6ria história e a mesmomesmo de livros nacionais ou es-|| es-
es- m | mão de um processo mnemônico
aquisicao, tudo
tudo §J| destinado a fixar na memória de
pSt psicanfilise —, da filosofia, da litera-
psican&lise
psicanálise litera- difícil aquisi?ao,
trangeiros de dificil
lltera- trangeiros aquisição, "se ], :
i tura e da crftica literária. Inicial-
crítica liter&ria. Inicial- isso indispensável, "se»
isso 6é para ela indispens&vel, "se
jpH todos os riscos do soberano extrapo-
haverd apenas livros publi-
mente, havert
haverá realmente queremos romper o bio-
publi- realmente blo- Sp|
^. lar seu papel.
! i cados no Brasil, Portugal e Espa- Espa- queio público tem aces-
queio pelo qual o publico aces-: M .
aces- O que aconteceu na Revolução
nha, mas em breve a Inverso tera terá soso apenas aos best sellers ou as às
|p|
gpl Francesa foi o contrário: sacrificou-
\f-/i também uma sele-
nas prateleiras tamb6m sele- obras
obras de divulgacao".
divulgação". se fisicamente o monarca para que
no futuro não houvesse outros. Não
foram alentadores os resultados des-
se ritual macabro. Mataram o rei e
logo foram executados os seus pró-
prios executores. O terror revolucio-
nário desaguou no terror napoleôni-
co, que não satisfeito em executar
seus adversários em casa empapou a
Europa com mais de 15 anos de guer-
ras sangrentas. O período do Terror
não representou, portanto, como
sustenta o prof. Janine, "simples-
mente a suspensão dos direitos cons-
titucionais", mas a institucionaliza-
ção da pena de morte para os inimi-
gos políticos; e, como conseqüência,
estabeleceu um padrão de comporta-
mento seguido por todas as ditadu-
ras desde então.
1 Caso concordemos com a tese do
prof. Janine, aceitaremos com de-
sembaraço as justificativas ideológi-
cas dos esbirros dos regimes que, no
curso da história, matam para exem-
plar. Por acaso não foi essa a razão
brandida aos quatro ventos pelos
. torturadores das ditaduras militares
da década dos 70 na Argentina, Bra-
sil, Uruguai e Chile? Não, professor.
A liberdade moderna nasceu contra
o uso ideológico da morte ritual do
rei, contra o Terror e contra a sus-
(E), Neliza Pinheiro, Rebeca
Luiz Costa Lima (E).
(E) :
Schwartz e Victor Pinheiro pensão das garantias constitucio-
[- '=& k4 -- nais. Assim seja! Vicente Barreto,
chefe do Setor de Direito da Funda-
:/
V.J.S £.EZ l-.~ JEi E ;¦
ção Casa de Rui Barbosa, Rio de
janeiro.
A sobrevida de Foucault
Atlas 88 Memória jurídica
The Library of Congress, em Washing-
egina Bilac Pinto, diretora edi- ton DC, não é somente a maior biblioteca
s livrarias Dazibao e Leonardo do mundo, como mostrou Manoel Fran-
da Vinci e a Galeria Paulo Kla- torial da Forense, escolheu
São Paulo para fazer o lançamento, cisco Brito em Idéias (18.2.89). Além dos
bin são locais onde ainda se encon- seus milhões de livros, discos etc., apre-
tram à venda, no Rio, exemplares de no próximo dia 7, do Projeto Memó-
Atlas, álbum gráfico-poético publi- ria Jurídica Brasileira, destinado a senta também a possibilidade, inédita
cado em 1988 pela Editora Jorués, de registrar em vídeos e livros as biogra- mundialmente, de ressuscitar pessoas.
São Paulo. Com apurado acabamen- fias, bibliografias e idéias dos gran- Entre os consulentes desse maravilhoso
to gráfico (capa dura, formato des juristas brasileiros, publicados acervo, "o filósofo francês Michel Fou-
30x44cm.), Atlas reúne trabalhos de ou não pela editora. Para dar início cault, falecido em 1987, era um freqüenta-
mais de 80 poetas e artistas compro- ao projeto, foi escolhido o jurista dor habitual". Incrível! Foucault, que fa-
metidos com os movimentos de van- Orlando Gomes, que no campo do leceu em 25 de junho de 1984 em Paris,
guarda, dos irmãos Campos a Regis direito da família contribuiu para o sem terminar seu projeto La volonté de
Bonvinicino, José Lino Grúnewald, reconhecimento dos filhos adulteri- savoir. previsto em seis volumes, foi res-
Ethos Albino e Glauco Matoso, além nos. O lançamento de Memória Jurí- suscitado, ganhando três anos a mais de
de inéditos dos já falecidos Edgard dica coincidirá com a inauguração vida. Tempo suficiente para que termi-
Braga e Pedro Xisto. O exemplar de nova loja da Forense em São nasse os três volumes restantes. Fernan-
custa NCz$ 50,00. Paulo, na Rua Senador Feijó 137. do Potsch, Rio de Janeiro.
= FILOSQFIA
As origens
Pensador italiano
sobre os primórdios
¦ O nascimento da filosofia, de Giorgio
Colli. Tradução de Federico Carotti.
Unicamp, 98p, NCz$ 5,00.
Augusto Madureira de Pinho
If&k origem da filosofia é um tema
EMl constantemente revisitado
JL e9L por helenistas e historiadores
da filosofia. E não é por mero interesse
acadêmico que se volta a esse horizonte
de mais de 20 séculos. O interesse decor-
re da atualidade do pensamento grego.
O nascimento da filosofia, de Giorgio
Colli, traz nova contribuição ao tema.
Procurando desvendar as "origens mis-
teriosas" da filosofia, ele vê esta como
fruto de uma sabedoria que decaiu do
seu estado de origem, transformando-se
num gênero literário inventado por
Platão.
Responsável, juntamente com Mon-
tinari, pela edição critica das obras de
Nietzsche, Colli o tangencia ao interpre-
tar a filosofia como um fenômeno de
decadência. O pensamento trágico para
Nietzsche, que se fundava na experiên-
cia estética da existência e não num
conhecimento moral, já estava expresso
com os pré-socráticos, mais especifica-
mente, com Heráclito. Colli também
reconhece uma sabedoria que antecede
a filosofia não só cronologicamente,
mas também pela sua primazia. E dis-
corda de Nietzsche quando este afirma
que a dialética ou a racionalidade de
Sócrates é o que constitui símbolo da
decadência. Se Colli enaltece a imagem
de Sócrates, isto se dá pelo fato de não
ser na perspectiva moral que propõe a
sua interpretação do nascimento da fi-
losofia.
Antes de investigar a relação entre
filosofia e sabedoria, Colli traça o qua-
dro em que se constitui a primeira. Sua
análise remete, de início, ao pano de
fundo mítico e religioso. Novamente se
defronta com as teses de Nietzsche em
O nascimento da tragédia. Apoio e Dio-
nísio também aparecem como diyinda-
de$ a que remonta a sabedoria. Critica
Nietzsche, no entanto, por tê-los consi-
derado divindades antitéticas, Apoio
apresentando apenas o elemento de or-
dem e harmonia e Dionísio o elemento
extático.
Para Colli, o êxtase (ou a loucura)
não é um elemento pertinente só a Dio-
nísio. A arte divinatória e a inspiração
mântica que a acompanham dependem
do elemento extático para a sua realiza-
ção. A arte divinatória se liga a Apoio.
A palavra enigmática do oráculo de
Delfos, templo do Deus, implica, em
virtude de sua natureza, a necessidade
de ser decifrada, pois é portadora de
uma ambigüidade fundamental. Por es-
sa inspiração sagrada o indivíduo liber-
ta-se da condição humana, fundindo-se
com a divindade e dela extraindo os
desígnos ocultos na palavra oracular. A
loucura, portanto, é o elemento comum
que une Apoio e Dionísio como "fonte
divinda-
des afins; e, sobretudo, ela é a da
sabedoria".
Herdeira do mito, a sabedoria se
aproxima mais de Apoio, assinala Colli.
A palavra divina realiza a mediação
entre o mundo divino e o humano e se
caracteriza pela ambigüidade. O enig-
ma, a palavra ambígua da divindade, na
medida em que se desprende do fundo
mítico religioso prefigura o logos (dis-
misteriqsas
contradiz teses
do pensamento
Colli corrige as teorias de
Nietzsche (A) sobre a
natureza dos cultos a
Dionísio e Apoio, para lançar
a sua própria tese do
nascimento da filosofia como
um gênero literário inventado
por Platão nos Diálogos
curso, razão) da sabedoria. Colli estabe-
lece assim uma continuidade decisiva
entre mito e sabedoria.
A afirmação da sabedoria no plano
exclusivamente humano ocorre com a
introdução de um novo elemento: o
agonismo. Com sua entrada em cena, o
logos acentua progressivamente o ele-
mento contraditório presente na sua
formação. Colli exemplifica a sua análi-
se com Heráclito, cujo logos consiste
numa unidade secreta que subjaz à mui-
tiplicidade do mundo corpóreo e ilusó-
rio, que nas palavras do sábio constitui-
ria a única sabedoria. O pathos (paixão,
afecção) do oculto é o que a caracteriza;
no mundo humanizado, a loucura divi-
na é substituída pela paixão da sabe-
doria.
Além desse pathos, a sabedoria tem
na dialética o seu segundo elemento. A
dialética também decorre da humaniza-
ção do enigma. Colli a define como arte
da discussão. Em Heráclito e Parmêni-
des já se apresentam traços da dialéti-
ca, mas é Zenão de Eléia que a exerce
com maior radicalidade. Parmènides se-
gue o caminho da deusa Aletheia lapro-
ximadamente: verdade). A fragilidade
da palavra humana — a de Parmènides
—, que tenta traduzir a realidade divina,
é percebida por Zenão. "Para salvaguar-
dar a matriz divina, para reconduzir os
homens a ela, ele pensou, pelo contrá-
rio, em radicalizar o impulso dialético
de Nietzsche
ocidental
até atingir um niilismo total." Nesse
sentido, Zenão se mantém no campo da
opinião, isto é, no mundo múltiplo e
mutável, para mostrar ao homem que
este é ilusório, "puro reflexo do mundo
dos deuses". A dialética, diz Colli, mar-
ca o auge da sabedoria e do espírito
agonístico.
O nascimento da filosofia se dá, pala
Colli, com a degeneraçào da dialética e
sua transformação em retórica. A arte
da discussão tinha a marca da oralidade
e se restringia a um estreito círculo ce
sábios. A intervenção da escrita e o
aparecimento de um novo espaço poli ti-
co, a democracia ateniense, produzem
essa modificação na linguagem dialéti-
ca, transformando-a em retórica. Mas a
tendência literária trazida com a escritja
só se realiza plenamente com Platãp.
Com ele a dialética deixa de ser "uma
discussão real entre duas ou mais peg-
soas" para tornar-se uma discussão
imaginada por uma só e expressa pelo
gênero literário do diálogo escrito. A
conseqüência dessa modificação seria a
perda da interioridade e do pathos do
oculto. O logos deixa de ser a manifest^-
ção ou expressão do oculto, para adqui-
rir aos poucos um estatuto próprio. ¦
O livro de Colli pode ser lido como
uma refutaçáo ao Nascimento da trage-
dia. Embora em sua análise adote corrio
postulados básicos as teses apresenta-
das por Nietzsche naquela obra, Colli o
faz com o objetivo claro de contraditá-
Idéias JORNAL t>0 BRAS L>* 4 DE MAR. DE 19S9
. [¦ I ..I. x\„ . v Ivl r*-— > ? <i • V â v a.1 . • m : l » » Á, t i I I
Ias. E ¦ tomando Platão
Platao como referência
referenda
refutacao. pois a con-
que e: :erce a sua refutaçáo.
cepga > da loucura apolinea como fonte
ccpçãb
de sal edoria. que engendra uma critica
sat edoria.
inte pretagao nietzscheana de Apoio e
à interpretação
Dioni ;io, fúnda-se nos depoimentos do
Platáíi do Fedro, no qual a mania —
logo £ loucura — era reconhecida como
ligadí a Apoio. Também a reconstrução
do ns scimento da filosofia como fenó-
meno da decadência é feita a partir de
Platã
Co li não valoriza, como Nietzsche. o
eleme nto moral presente numa razão
que s ? afirma no plano humano e que
suste ita a interpretação nietzscheana
da d< cadência da filosofia. A decadén-
cia, s ígundo ele, decorre da perda do
elem( nto teorético, presente nessa ra-
zão. om a introdução da escrita. Em
Unha; gerais, a interpretação de Colli
apreí enta uma boa dose de originalida-
de, al irindo um novo caminho ao estudo
do U ma. Contudo, em virtude da sua
próp ia originalidade, as questões por
ele lè vantadas merecem maior aprofun-
dami nto, principalmente a da perda de
inter oridade com a introdução do logos
inau èntico, pelo gênero literário in-
vent ido por Platão: a filosofia. Ha. co-
mo s ?mpre, novas possibilidades de lei-
tura.
Antóm > Augusto Madureira de Pinho ensina filosofia
na O: ema Literária Afrànio Couünho e cursa o
mestr; do em filosofia na UFRJ.
3
 ENSAIO
Hannah
e Billy
um romance
das LZ'
luzes
A virtude é a única
do espírito que parece
crédito da pensadora
Luiz Fernando Franco
ja s contradições com que a
MJfk Revolução Francesa inau-
JEm Am gura a compaixão laicizada
remetem às da atribuição de paterni-
dade das idéias então em jogo: Rous-
seau, com a noção de Direito Natural,
é o pai da Revolução; Rousseau é o
pai do Romantismo; Romantismo é
reação às Luzes e à Revolução.
Ai estão ainda, dois séculos depois,
aporias para o pensamento como pe-
dras para os rins: vã a pretensão de
dissolvê-las. Cabe só esperar que a
distinção entre o que é do rim e o que
é da pedra (entre o que é do homem e
o que é da natureza) e que o esforço
para entender as razões e os meios
com que os dois se opõem ensinem ao
corpo (a sociedade) o modo menos
doloroso de expeli-las um dia. A ten-
tativa implica a assunção da parciali-
dade do próprio ponto de vista. E já
que se trata de compaixão, interessa
aqui a discussão da passagem em que
Plannah Arendt (Da Revolução) co-
menta a parábola proposta por Her-
man Melville em Billy Budd Sailor,
seu último romance, publicado em
1924: encarnada por Budd, a bondade
absoluta espicaçada mata a maldade
na figura de Claggart. Entre ambas, a
virtude do capitão Vere resiste à com-
"anjo do
paixão e condena à força o
Senhor", de quem ainda recebe uma
bênção de despedida. É como se Abel
matasse Caim. Desse ato de violência,
caso se tomasse pedra angular de
nossa vida política, diz Hannah
Arendt, "resultaria a mesma sucessão
de delitos, com a diferença, apenas,
que a humanidade não teria nem mes-
mo o consolo de que a violência, que
4 Idéla.s/JORNAL DO BRASIL/4 DE MAR. DE 1989
Arendt
Bud:
categoria
merecer o
alemã
devemos considerai- como crime, seja nética, seu fundamento empírico. A de serem criadoras, são susceptíveis
apenas uma característica dos ho- desigualdade entre bons e maus de de conhecimento e de se tornarem
mens maus". Hannah Arendt continua à espera de objetos de decisão. '
provas que não confundem ciência e Não é só a igualdade que está em
Definida por exclusão, a única ca-
tegoria do espírito que aqui parece ideologia. Os três atributos — virtude, jogo em Hannah Arendt. Não é casual
merecer o crédito de Hannah Arendt, bondade, maldade — insistem em va- a distinção bizantina que ela faz entre
a virtude, é a obediência ao princípio riar junto com os critérios de juízo. o autoritarismo, com o qual é compla-
de adaptação às instituições, que se cente, e o totalitarismo (Totalitaris-
O contrário da compaixão é a afir- mo,ní). É no mínimo exótica a liber-
desenvolve mediante a repressão do mação do mais apto, lei de seleção
impulso à compaixão. Essa obediên- dade possível numa instituição que
natural que se deve a Darwin, cuja
cia deve permanecer igualmente indi- precisa manter necessário o consolo
ferente tanto à óbvia ineficácia do influência Hannah Arendt imputa para incutir o pavor de que se realize
consolo para o Abel da versão bíblica, grosseiramente a Marx; surpreenden- aquilo de que se consola. A tripulação
às razões do trabalho sujo do temente, é a lei que ela mesma trans- do Bellipotent, metáfora da socieda-
quanto
sicário — Budd, no caso — que o , fere, recheada de perenidade, aos pos- ,de burguesa, não inveja Billy Budd,
executa também em obediência a tulados temporalmente precários da adere antes a seu modelo. Mas só
ordem social burguesa: o mais apto é virtualmente. Por isso nele imola os
uma necessidade social. O que funda-' o mais virtuoso. A alquimia concei-
seus anseios por antecipação e passa,
ria uma doutrina como outra qual- tual permitiria postergar o bem em numa condição inferior à de Claggart,
quer, não fosse a omissão da historiei- favor de seu consolo, à guisa de remé- a invejar-lhe só o desfecho. A maldade
dade da ordem social a que ela preço- dio contra a vertigem ante a possibili- de Claggart escondia, invertida, a
niza a adaptação. As instituições sur- dade de que o bem se instaure de fa.to. vontade de dar concretude à bondade
giram, todas, de manifestações de in- Essa possibilidade não é só de'bem- liberatória. Ele queria ser Budd. Seu
submissão às condições predispostas estar material, tornada real graças ao desejo homossexual ainda aludia à
pela ordem natu- desenvolvimento idéia de que fossem todos como Budd.
ral e a esta se subs- cc tecnológico — li-
tituíram. Hannah berdade social só Deve ter sido verdade que Abel,
Arendt contesta a em potência—que matando Caim, tiraria à humanidade
devoção de Rous- Bi efinida por a ingenuidade ob- o impulso para o bem. Nada indica,
seau à lei natural, exclusão, a única jetiva de Hannah porém, que essa verdade histórica
mas a adota diante categoria do espírito Arendt supõe real. possa amanhã ser encontrada em ge-
da lei social. Ela É a possibilidade nes ou vírus. A não ser que se pressu-
erige a desigualda- que aqui parece do bem puro e sim- ponha um determinismo da lei
de social — entre merecer o crédito de pies, teoricamente cultural superior ao das leis naturais.
os virtuosos e os Estas não devem só conservar um
Hannah Arendt, a plausível porque
estatuto provisório e prestar contas
demais, bons ou é a as leis que deci-
maus — à condi- virtude, dem sobre as for- diárias com o que é cientificamente
ção de lei da civili- obediência ao mas individuais de observável. Seus âmbitos de vigência
zação dotada de de realizar aquele po- também se restringem, cada vez mais,
princípio em favor da probabilidade de muta-
autoridade supe- às tencial, as mesmas
rior à da lei natu- adaptação ções. Ao passo que o determinismo da
que decidem sobre
ral. A igualdade instituições." as desigualdades lei cultural obrigaria a admitir, com
natural de Rous- que Hannah conseqüências graves, que esse ho-
seau iria encontrar Arendt pressupõe, mem cultural exige, por constituição
mais tarde, na ge- são criaturas antes íntima, o sacrifício humano. A neces-

sidade de definir o homem mau à
guisa de consolo dos virtuosos tem
por corolário a necessidade de márti-
res e de instituições que os identifi-
quem e selecionem O rim de Hannah
Arendt fica empedernido no afã de
dissolver a pedra.
A imutabilidade da natureza hu-
mana está na base de todo projeto
reacionário. Orienta, segundo Adorno
(Spengler atrás do ocaso, in Prismas),
a estratégia que consiste em conhecer
o homem "sobretudo em sua indigni-
dade, para dele melhor dispor". É em
Totalitarismo (m, p. 232) que Hannah
Arendt escancara. Depois de reconhe-
cer que o movimento da história não
pode ser tolhido a "pode
longo prazo, ela
acrescenta que ele ser retarda-
do e é retardado quase inevitavelmen-
te pèla liberdade do homem". O mito
se estende à história. Ela não é mais
dos homens, mas contra eles. E o
exercício da liberdade se restringe ao
virtuoso, que a exerce para tolher a
liberdade de quem questiona a ori-
gem mítica da ordem social e a imuta-
bilidade de sua contratação grotesca
sob o signo do capitalismo. Contra a
naíveté programática do homem na-
tural de Rousseau, ela pretende en-
contrar no mito o invariante antropo-
lógico de um homem cultural que
desautorize e leve ao patíbulo quem
nele já identificou só uma farsa la-
mentável.
A razão livre da tutela de outrem,
essência do programa iluminista, che-
ga a seu destino transtornada em
superstição, razão mítica diante do
que ela mesma foi capaz de depositar
nas instituições ao longo do percurso
em que dominou a natureza. A desra-
zão romântica não é razão natural
contraposta à frie-
za iluminista, mas
seu complemento
indispensável, des-
dobramento in- Jm JL(compaixão
trinsecamente ne- não é elimidada,
cessário de uma
razão despojada mas simplesmente
de finalidades ou- interiorizada e
tras que não a de
se adaptar à or- tornada
dem social. Um si- consoladora de umai
cário fascista dor- ordem social cuja
me na sombra da
alma liberal- injustiça deve
burguesa. Para o
Valmont de Laclos permanecer
imutável."
(Les liaisons dan-
gereuses), o exerci-
cio da sedução tor-
, na-se finalidade in-
dependente do desejo pelo objeto de
sedução; mas seu esporte seria inviá-
vel se o abandono decorrente da inge-
nuidade programática de Mme. de
Tourvel não fosse uma ordem tam-
bem estranha a seus desejos. Mas é o
diíema erótico do Noirceuil de Sade
(Histoire de juliette), citado por Hor-
kheimer e Adorno em Dialética do
esclarecimento, quem dá o testemu-
nho mais eficaz da infiltração da or-
dem econômica na ordem da razão:
"Bélize é feia, tem
quarenta anos,
nenhuma graça em sua pessoa, nem a
mínima formosura: mas Bélize tem
espírito, um milhão de coisas que
concernem aos meus sentimentos e
preferências; não terei o menor desejo
de dormir com Bélize, mas vou amá-la
à loucura; enquanto continuarei a de-
sejar ardentemente Araminthe, que
vou detestar cordialmente, tão logo
passada a febre do desejo". Amor e
desejo não SÓ se separam como se
contrapõem. Como as leis de merca-
do, o impulso erótico atribui valor
formal ao que seu objeto tinha de
substancial e valor essencial ao que
orientava formalmente o impulso.
Polarizar para identificar, estig-
matizar para reprimir: é o trata-
mento que a ordem social reserva
ao bem e ao mal. Assim previne a
própria dissolução e celebra o triun-
fo das instituições e de suas finali-
dades sobre as dos homens. Do mes-
mo modo que a utilidade das coisas
torna-se mero pretexto para reali-
zar os respectivos valores de merca-
do, a ordem econômica que as pro-
duz tem por finalidade a geração de
valores alheios aos desejos dos ho-
mens. Não tem valor o que satisfaz
uma finalidade humana, mas só o
que gera lucro em obediência às leis
de mercado. Simetricamente, o va-
lor virtude expele o bem e o mal
porque não interessam às institui-
ções, só aos homens. O bem e o mal
contêm, em doses iguais, aspira-
ções a que as coisas sejam diferen-
tes do que são. Antes mesmo de
vetar a realização do desejo huma-
no de ser diferente do que a huma-
nidade até agora foi, a ordem social
se previne contra a formalização
desse desejo: fica autorizado a se
manifestar só no genocídio, imola-
ção ritual e periódica da espécie.
Ritual que deve convencer a todos
de que qualquer desejo que ainda
surja de dentro é mera veleidade e
deve ser preterido em favor dos que
se adaptam à lei de mercado.
A compaixão não é eliminada,
mas simplesmente interiorizada e
tornada cúmplice e consoladora de
uma ordem social cuja injustiça de-
ve permanecer
imutável e, por is-
so, deve ser ma-
lignamente divi-
nizada. Contra-
riamente à forma-
lização que Han-
nah Arendt faz da
pedra, tudo indi-
ca que, para o ho-
cúmplice e mem, o mal conti-
nuará sendo a vir-
tude: com o que
ela concorda pa-
radoxalmente. É
quando responsa-
biliza pelas atro-
cidades nazistas,
mais do que os
protagonistas, a
massa de coadju-
vantes, maioria silenciosa que
cumpria virtuosamente seus deve-
res sociais. Responsável é a tripula-
ção do Bellipotent, inclusive Vere,
espectadores que usam o álibi da
passividade social enquanto traba-
lham nos bastidores, no modo isen-
to e estetizante de gostar de Budd e
de desprezar Claggart, para gerar a
tragédia de que periodicamente
precisam: para dissolver a suspeita,
fundada, da falta de finalidade do
trabalho peculiar à reclusão dos
bastidores.
A isenção é condição da ciência.
Hannah Arendt aplica ao entendi-
mento dos homens a mesma isenção
da razão administrativa do Valmont
das Luzes; mas se abandona às insti-
tuições com a mesma desrazão ro-
mántica com que Mme. de Tourvel
se abandona à razão de Valmont.-
—
Luiz Fernando Franco é arquiteto
: FICÇÃO
Guia deprimido
da Aihérica
Jolm Updike via a através das
miudezas do coti diano americano
>
¦ Confie em mim, de John Updike. tanto que resolve reprisá-la na se-
Tradução de Aulyde Soares Rprigues. gunda — é Pigmaiião. O marido
Rqcco, 282 p„ NCzS 1129 de uma de duas gêmeas idênticas
se sente para sempre logrado em
Rogério Durst metade de seus direitos, o resto, a
parte que falta, A outra. Em Mari-
s americanos, estes ilus- dos bonitos um homem se apaixo-
conhecidos, Sabe-
na por outras mulheres através de
Otres mos deles talve: mais seus maridos.
que de nós mesmos. São infalíveis Os Estados Unidos de Updike
com uma pistola, irresistíveis con-
são uma terra de casamentos que
quistadores, insaciáveis dejpoder, viram divórcios, filhos que crês-
incansáveis defensores do bem
cem estranhos, cidades pequenas
contra o mal. Pelo menos é o que férteis em frustrações. O amor,
digerimos dos filmes, livros, qua-
fútil e fugaz, não é o bastante para
drinhos e seriados de TV que nos mover as pessoas neste estranho
empanturram diariamentej . Por
mundo. A morte parece ser uma
tais fontes, jamais saberíamos que motivação muito mais eficaz para
os americanos são também jcriatu-
o irônico escritor. Em Mortes de
ras de vastas emoções e jpensa- amigos distantes, a vida se resu-
mentos imperfeitos. Isto só se en-
me ao passar dos enterros alheios.
contra em algumas obras raras e Feito no céu conta o casamento
cínicas, como o indiscreto je deli-
entre um ateu e uma religiosa, ele
cado Confie em mim (Trust me),
ganha um lugar na igreja, ela num
do americano John Updike. convite para o céu. A certa altura
Confie em mim traz a marca de do livro Updike diz que "estamos
ironia e cinismo deste incansável todos caminhando para a morte."
americano de 56 anos. Esta é a
oitava coletânea de contos de Up-
dike. Ele tem também- doze ro-
mances — O sabá das feiticeiras
(The witches of Eastwick)| e Pai-
nosso computador (Rogerjs ver-
sion) foram os últimos publicados
aqui, via Rocco —, cinco vólumes
de poesia, uma peça teatral e inú-
meras colaborações para a New
Yorker. Uma constante em toda
esta obra é o gosto meio mórbido
em devassar a vida cotidiana, fa-
miliar e amorosa americar a. Em
muitos de seus contos sobr; casa-
mento, principalmente no Livro
Too far to go, ele se inspir )u nas
próprias experiências com a pri-
meira esposa, Mary. Em Confie
em mim, Updike mais uma vez
arranca seus contos da vida real.
John Updike
Nenhuma ficção consegue çer tão
banal. Para concluir em outra parte que
"isso também é, de certo modo,
O primeiro conto batiza e dá o
tom do livro. É a história 3e um uma bênção." O amor do autor
garoto que ao saltar numa piscina por seus vulneráveis personagens
profunda e ameaçadora p brde a não inclui direito a carinho e pro-
confiança nos pais. Ele cresice pa- teção.
ra perder também a confiaji'ça na
esposa e no filho. E para se tornar Confie em mim é banal como
seus contos. Um livro trivial e sa-
indigno da confiança que sua
boroso. Uma coletânea que está
amante deposita nele. Tudc acon- ser essencial mas que é
tece em* traições pequenas invo- longe de
quase obrigatória. Sua força está
luntárias e triviais. O lirao não
fala só da confiança conqiuís tada em alguns de tantos contos. O
ou traída mas, principalmer te, da resto é excesso de explicação, jus-
forma acanhada e vulgar como tamente num livro dedicado à
isto tanto acontece. A lite ratura inexplicável comédia de costumes
curta e fina de Updike é feiita de humana. Mas os poucos momen-
hábitos cotidianos que impjlodem tos originais de Updike são viru-
em climaxes banais e discrr tos.
entos o bastante. Num?, época em
Em alguns dos melhores con- um tolo e bárbaro imaginário
tos do livro, Updike constroi sim- jue
imericano reina soberano è deli-
plórios labirintos amoroso 3. Um
homem se apaixona pela pe rsona- :ioso ler alguém gritar que o rei
lidade de sua primeira esposa, ;stá nu e é pequeno. Confie.
Idéias'JORNA ^ DO BRV .SIL'4 DE MAR. DE 1989

=== T>F:irftt.
Ü m campeão
? ?
do saber
0 escritor Paulo Rónai, 82
anos,prepara-se para a
aposentadoria. Como última
tarefa, revê sua
monumental edição da
Comédia humana, de
Honoré de Balzac, que
o
pretende devolver até
meio do ano à editora
Depois, retira-se da
Globo.
cena intelectual para
continuar a fazer, só que
agora sem qualquer
compromisso externo,
aquilo de que sempre mais
gostou: ler. Ler pelo
simples prazer de saber.
Sérgio Sá Leitão
o último best scller de José Rubem
Fonseca, Vastas emoções e
pensamentos imperfeitos, apenas um
homem, o temo e sábio Gurian, é capaz de
resolver o mistério que desafia o protagonista:
saber se existe mesmo um manuscrito inédito e
perdido do escritor russo Isaac Bábel. Só o velho
Gurian, mesmo preso a uma cama de hospital,
tem a chave do enigma que inquieta o herói de
Fonseca, e graças a ela a narrativa chega a um
bom desfecho. Ele faz parte, desde já, da galeria
dos mais bondosos e inteügentes personagens da
ficção contemporânea brasileira. Na vida real, o
pais tem também o seu Gurian, — que, felizmente,
leva uma vida bem saudável num romântico sítio
em Nova Friburgo, a duas horas do Rio. Ele se
chama Paulo Rónai e, como o personagem de
Rubem Fonseca, é um homem que sabe de tudo —
ao menos naqueles domínios humanistas do
conhecimento que transformou em seu território
de saber.
Exemplos de sua sabedoria não faltam. O
romancista francês Honoré de Balzac, autor de
uma das mais volumosas obras da literatura
mundial, a Comédia humana, deve ao filólogo
Paulo Rónai sua popularidade no Brasil.
Admirador de Balzac, coube a Rónai a
responsabilidade de coordenar a mais consagrada
edição em português da Comédia humana,
impressa inicialmente de 1946 a 1955 pela Editora
Globo. São ao todo 17 livros e 12 mil páginas, que
trazem, além da tradução do texto original,
introduções para cada um dos 88 contos e novelas,
12 mil notas explicativas e uma biografia de
Balzac, que encerra a obra. O escritor francês,
entretanto, náo está só na galeria de autores que
se tornaram populares no país graças ao trabalho
incansável de Paulo Rónai. O poeta alemão
6 Idéias/JORNAL DO BRASIL/4 DE MAR. DE 1989
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Rainer Maria Rilke, por exemplo, teve sua Cartas
a um jovem poeta traduzida pela primeira, vez no Sw/^'w'/Z • "w', •-•./ ' ¦w/jn>flij«ii»iiii,w»^Rwin^^^^^^^^HHRB|HBBP
y :¦•¦•¦ ;
Brasil por Rónai. O húngaro Ferenc Moinar, por
seu tumo, também está na galeria: Os meninos da
Rua Paulo, atualmente um best seller da Editora
Tecnoprint (Edições de Ouro), só chegou ao país
devido à insistência de Rónai, que acabou
convencendo a Saraiva a lançar, nos anos 50, uma
edição dó livro. Hoje, às vésperas de completar 82
anos (aniversaria em 13 de abril), a maior parte
dos quais dedicados à literatura e ao ofício da
tradução, Rónai contabiliza cerca de 100 obras
traduzidas e mais de 30 livros didáticos e
ensaísticos em seu vasto currículo. Mas decidiu
encerrá-lo, e para fechar suas atividades
profissionais, precondição de uma almejada
aposentadoria plena, ele se dedica a revisar a
Comédia humana, corrigindo os erros de revisão e
"Quero
aumentando as informações sobre Balzac.
me despedir das traduções com esta releitura",
anuncia. "Assim que terminá-la, não terei mais
planos. Vou me dedicar apenas às leituras
descompromissadas". Mas a Nova Fronteira, sua
atual editora, não parece satisfeita com isso: já lhe
pediu mais uma revisão do Dicionário"Não universal
de citações, hoje em terceira edição. sei se *x-y -"^'"/jilifM-ir-'Vgysjijil^MglBBM^^ffliij^ iMI^^{i8S8BHBBB^M^B^^BI^^B
vou atendê-los", diz Rónai.
Nos círculos intelectuais cariocas, Rónai é
conhecido como um homem que, nos domínios
monumentais da literatura,- sabe de tudo. As
traduções já citadas, de variados autores e
múltiplas procedências, corroboram de certo
modo opiniões como a do jornalista e filólogo
Nilson Lage, autor de Ideologia e técnica da
notícia (Vozes), que costuma se referir a ele com ^3K A-fflKg**" .;' :'-• ./ I^^K
adjetivos, sempre enfáticos mas ainda assim
"brilhante". Paulo Rónai
insuficientes, como
rechaça os elogios, mas não esconde seu orgulho
pelos trabalhos de tradução que realizou na ME® . "•- HKr S[^^BB6S"S^'.'.• .^^"'.¦.'SB(H«^^^^.y»J.':x^v >•¦•.-'•:
Hungria, seu país de nascimento, e no Brasil, onde
passou a morar em 1941, depois da invasão nazista
na Europa do Leste (naturalizou-se em 45).
"Nenhum trabalho meu tem importância", diz.
"Talvez as traduções do húngaro para o português
e do português para o húngaro sejam
significativas, pelo pioneirismo." De fato, antes de ' y' •
Rónai traduzir poemas de Olavo Bilac, Cruz e W&//S'' '
Souza, Carlos Drummond de Andrade e outros
para uma Antologia da poesia brasileira, em
1939, nenhum autor brasileiro havia sido
publicado na Hungria. No Brasil, também
estabeleceu uma ponte inédita: foi o primeiro a
traduzir escritores húngaros, no volume
Antologia do conto húngaro e depois em Os utilizar ao máximo suas possibilidades
meninos da Rua Paulo. Seu vasto conhecimento intelectuais. Doutorado pela Sorbonne em línguas
literário é simbolizado pelo Dicionário universal latinas e tradutor de nove línguas (húngaro,
de citações — uma coletânea de pensamentos que francês, russo, português, inglês, alemão, italiano,
apresenta em suas 1052 páginas autores como o latim e grego), Rónai atribui sua cultura literária e
poeta maldito francês Baudelaire, o teatrólogo lingüística à formação humanista que recebeu na
inglês William Shakespeare, o humorista Hungria. "Meu pai, Maximiliano Rónai, era
brasileiro Millor Fernandes e o filósofo alemão livreiro e em nossa casa havia livros por toda
"A livraria localizava-se no mesmo
Karl Marx. Para chegar a um resultado parte", conta.
satisfatório, Rónai dedicou cinco anos à feitura do prédio em que morávamos — assim, não
único dicionário de citações que pode ser podíamos sair ou entrar em casa sem passar por
encontrado nas livrarias brasileiras. Neste ela". Com os livros à disposição, Rónai desde cedo
período, ele fez o que mais gosta de fazer: ler. empregou grande parte do seu tempo em
Devorou toda a obra de Shakespeare (pela destrinchá-los. "As experiências lidas talvez
terceira vez), de Balzac (pela quinta vez), de sejam mais importantes para mim do que as
Proust (pela quarta vez) e de Machado de Assis vividas", diz. Na verdade, de Paulo Rónai pode-se
(pela segunda vez), além dos livros mais dizer que leu — mais do que viveu — a vida. Na
recorrentes de várias centenas de autores. escola ginasial, ele encontrou outros rapazes que
Mas como tornar-se um homem que sabe de tinham a mesma mania, animando-se a continuar
tudo? O roteiro seguido por Rónai pode ser visto a aventura literária. "Em Budapeste, vivi a
como um modelo para aqueles que desejam adolescência em um universo intelectual, entre
 O ijue ler

Trabalhas mais importantes de Paulo

Rónai:
Escolí de tradutores, Nova Fronteira.
1987 (relc nçamento), 171 p„ NCz$ 430.
Traduç ão vivida, Nova Fronteira, 19S1
(rélançan enioi, 212 p., 5° edição. NCzS
4,80.
Não pecao seu latim, Nova Fronteira,
1980, 320 p., 4a edição, NÇz$ 8£0.
Como s prendi o português e outras
histórias, Artenova, 1975 (relançamefitoi,
156 p., 2a edição, esgotado.
Dicions rio universal de citações, Avodg
Fronteirc^ 1985, 1052 p., 3a edição, NCz$
25S0
Dicionário francès-portuguès e
portuguè -francês, Nova Fronteira, 1989,
620 p.. N :sS 30,70.
» Guia : irãíico da tradução francesa.
v'* ^ < % xY'-' OH Nova Fri iiteira, 1983, 232 p., NCsS 430
««S£®^ ' ^ >
8ni ¦K^^8ra< p MM Traduçt es
Mar ie histórias, Nova Fronteira,
1978-89 relançamento), 10 volumes,
no 9o vc lume,' NCz$ 6JS0 cada.
A con édia humana, Globo, 17
volumes em revisão, a ser relançado
até- o fiz 1 do ano.

português — este; >rocesso, aliás, está descrito em

um dos ensaios d Como aprendi o português e
outras histórias (. Vrtenova). "O primeiro livro de
*K origem português 1 que tive nas mãos foi As cem
poesias líricas
melhores poesias
* . _„JtggE melhores liricas da língua lingua portuguesa,
portnguesa,
geslw®5^ 1 l«ilWBy antologia de Caro ina
Lna Míchaells
Michaells editada emera Paris
2 11 |p
iA^Jj |:^£^aEo[^K^4ffiH9|^H|H pela .^rttfiHiH antologia
pela | Perce", descreve. Rónai
;Perce", Ronai ainda estava
° :..X WHjlMSIsiyM^ cursando a Faculc
cursando Faculc ade de Letras e havia ha via decidido,
decidldo,
f -
g'.. „>;W mesmo mesmo com a rei
rej rovação
rovagao dos colegas — que se
o ^9BE3^BpHnj| interessavam interessavam maií maii por idiomas semi-mortos como
¦jKlF . aLali3K«BB oo sogdiano e tcherfemisso tcher smisso —, radicalizar sua opção opgao
BEajjBfc ^SsyHi neolatina. neolatina. Como não nao havia professores de
¦WB§ SBa^^H| portugues português ou q lalquer método metodo disponíveis,
dispcniveis,
K ^WBmm come^ou começou a ler is poesias com
coin a ajuda do
HgpV dicionario dicionário portugu ss-alemao js-alemao de Lui2a Lulza Ey, o único
unico
_ Bf queque encontrou em um giro por todas as livrarias livraxias
cuidaaoso BS|k~
O cuidadoso J \\M if dede Budapeste. Istc foi às as dez horas da manhã manha de
^ uma
Ronai enfei-
Rónai enfei- ||ng^m^" fH| umavespera véspera de
dena na ai.
a! Às
As 15 horas,
15horas,o o soneto Sonho
sonetoSonho
tou *"„„ jane-
y-„7, as in ne*- V JaraB^ oriental, oriental, de Anter i,>, já ja havia sido traduzido por
•> Vm yr^SM ele;ele; às§s 17 horas, ima revista re vista literária
literaria aceitou
las de sua
Ias sua I1 (rasing!
gg&arajf
yp|p|fcy , _t^i\ publica-lo.
publicá-lo. O Brasi apareceu-lhe pela frente mais
biblioteca
biblioteca tarde,
' tarde, com o livro Antologia de poetas paulistas, paolistas,
com *^ letras
letras M^B^r jf J&m que mandou comprar
comprlr em uma livraria húngara
hungara de
7 _ _.rn BHg \ njmm/ J? Sao São Paulo. Foram
Foram imoresores à
a primeira vista.
coloridas,
coJondas,param\Jp,/ para l jm^\ Quando Quando che chefeou ao Brasil,"Ainda Rónai
Ronai
espantar os OS
_Jry^ experimentou
,<1 experimentou uma
uma feensagao
nsação inédita.
inedita. no
KSR»j||Sr porto, percebi que
que iquelas
quelas palavras escritas —
passaros que,
pássaros que, porto, —
rfPQflvicfln'nc! Que que havia decodificai
decodificabo na Hungria estavam se
desavisados,se
aesavisaaos,sewmsgw j ^ ordlmente a minha volta",
iinln orálmente
gp^gl materializando
fehali
chocavam com
explica. explica. "De repente me dei conta que estava em
os vidros. A "brilhoteca outro continente e aompreendia muito do que
neta Beatriz a batizou de falavam os habitantes habilantes locais. locals. Depois,
Em 1964 direita), emocionei-me a caqa vez que penetrava 11a na
(alto). (à cultura e na terra que inspiraram os poetas que
ano de sua primeira viagem â traduzira." A históriahistdriajde aproximagao com o
|de sua aproximação
Hungria. portugues lembra a
português a hee Joseph Conrad com o
ingles — o escritor
inglês escritor qolones ilonês aprendeu a lingua língua
anglo-saxa com a aju<
anglo-saxã ajuda da obra de Shakespeare e
A descoberta do português, língua que lhe de um dicionario, ee quando
tun dicionário, do teve que se expressar
leitores e escritores. Isto me estimulou bastante." latim sem consoantes, oralmente leu as
as palavras de um discurso com
Na Faculdade de Letras da Universidade de pareceu inicialmente um
terminou sendo vital para Rónai — foram sua sotaque, ritmo e acenl
acentiiagao ição proprios do polonês,
próprios polones.
Budapeste, estudou língua e literatura húngaras; ROnai falava
Rónai portugues com uma forte entonação
felava portuguè! entonaga^
em seguida, latinas, francesas e italianas. Ele paixão pela literatura brasileira e o fato de hungara — que ate hoje — e
ainda guarda na memória a justificativa para a traduzir com freqüência autores do país os fatores húngara que carrega, arrefecida, até
Couto, tinha problemas
problemas par i se fazer entender. A
opção pela filologia: "Dizia-se que um homem vale que motivaram o poeta Ribeiro dificuldade, porém, aca bou sendo a sua mestra: a
porfcm, acabou
embaixador do Brasil em Haia, a lhe fazer um
pelas tantas línguas que conhece". A conturbada convite oficial para que visitasse a terra de Carlos profissao que exercia na Hungria era a de
profissão
formação do estado nacional húngaro e o professor precisj va sobreviver de algum
e ele precisava
isolamento da língua magiar, transformaram esta Drummond de Andrade, poeta que lhe ate aía
muito, e Machado de Assis, seu romanc sta modo. Logo fez amizade amizad* s entre a intelectualidade
bravata intelectual em mero pretexto: para os do Distrito Federal e tomou-se professor de
húngaros, o domínio de línguas estrangeiras foi brasileiro predileto. À época, a Hungria estiva
ocupada pelas tropas de Hitler e Rónai frances e latim em colé)
francês col&| tios30s da cidade. Entre seus
antes de tudo uma necessidade de sobrevivência, primeiros conhecidos, Rónai Ronai destaca um que se
pois o país esteve sistematicamente isolado ou encontrava-se preso no campo de concentraçác de
"O transformou em seu imigo mais chegado, o
sob intervenção estrangeira. Na Faculdade, Rónai
"As Harossziget, por sua ascendência judaica.
"O Aurélio Buarqu 3e de Holanda, falecido na
flldlngo Aurelio
fllólogo
acabou juntando prazer àquela necessidade. "A convite salvou minha vida", conta. regime última
ultima terga-feira. "Ele foi"Nós
terça-feira. meu grande professor
Hngiias são chaves do conhecimento'', diz. ainda não era tão duro e pude partir — mas m ;us "N6s nos conhecemos
portugues", avalia.
de português",
cada língua que aprendo, um novo universo se companheiros, inclusive minha noiva, não quando, quinze dias ajtós ap6s chegar no Brasil, fui fin
abre." As traduções também não foram obra do tiveram a nwsma sorte e foram assassinados.' entregar uma colabora ção para a Revista do
acaso: Rónai fascinava-se com os poetas latinos e Não foi sem estranhamentos que <le,
comprazia-se em tomá-los acessíveis aos seus
compatriotas. autodidaticamente, debruçou-se sobre) o

Idéias/JORNAL DO BRASHV4 I E MAR. DE 1989

 Brasil, de que ele era secretário de redação. Ele
gostou do texto mas me pediu que o vertesse para
o português, pois estava escrito em francês. O
resultado da tradução não foi muito bom e ele
combinou de me dar aulas. A primeira, porém,
terminou na praia." Essa amizade resultou na
coleção Mar dc histórias (Nova Fronteira), que
traz em seus dez volume^ — divididos em períodos
históricos e estilos — uma compilação do que
Rónai chama de "a nata do conto mundial". Fruto
das leituras de Aurélio e Rónai, dois maníacos por
livros que sempre imputaram um ao outro a pecha
de maior leitor do país, a coleção é reconhecida,
internacionalmente como a melhor do gênero.
Entre as várias atividades intelectuais que já
exerceu, em uma lista que vai do jornalismo ao
ensaísmo, Rónai prefere destacar as de tradutor e
de professor. A primeira, certamente, foi a que o
notabilizou — muitos o consideram, sem hesitar, o
melhor tradutor brasileiro vivo; a segunda, uma
das que mais lhe deu prazer. Em ambas, no
entanto, Rónai nunca esteve no papel de
trabalhador alienado — pelo contrário, são muitas
as reflexões escritas sobre suas funções
profissionais. Seus ensaios sobre o processo da
tradução estão reunidos em dois volumes —
Escola de tradutores (Nova Fronteira) e Tradução
vivida (idem). Rónai os escreveu basicamente a
partir de sua experiência pessoal, da qual procura
extrair elementos, diz, "para uma teoria da praxis
da tradução". Ele considera que o fundamental
para o tradutor é possuir um profundo
conhecimento da própria língua, que deve ser
acompanhado de talento literário. Colocando-se
no posto de exceção que confirma a regra — não
escreveu nenhum romance —, Rónai garante que
os escritores costumam ser os melhores
tradutores. "Há que se penetrar totalmente no
imaginário do autor, quase de modo a sentir-se
como ele", define. "Um íntimo sentimento da
língua e uma boa dose de bom senso também
colaboram para a tradução — isso evita as
transposições literais e contribui para adaptações
fiéis. Ninguém melhor do que um romancista de
mão cheia para atingir a plenitude da tradução."
Rónai traduziu tantos livros europeus para o
português quanto brasileiros para línguas
européias — terminou tendo seu talento e seu
pioneirismo reconhecidos pelas associações de
tradutores da França, do Brasil e da Hungria, que
o indicaram em 1981 para concorrer ao Prêmio
Na th Horst, da Federação Internacional de
Tradutores, chamado de o Nobel das traduções.
Em abril daquele ano, o júri decidiu conferir a
Ronai o prêmio trianual — foi o primeiro tradutor
radicado na América Latina a receber a honraria.
A profissão anotada em sua carteira de trabalho,
porém, é a de professor, que exerceu até 77.
Durante cerca de três décadas ele lecionou no
Colégio Pedro II, onde entrou depois de vencer o Rónai à porta do sítio Pois é, em
concurso de admissão com uma tese sobre Balzac. Nova Friburgo, onde vive dias tran-
Desde que saiu do Pedro H, Paulo Rónai vive quilos com a mulher Nora. Um des- n| _^pP*
com a esposa Nora Rónai, arquiteta italiana que canso para os tempos agitados (ao
conheceu no Brasil, no aprazível sítio Pois é, em
Conselheiro Paulino (a seis quilômetros do centro lado, em 1957\quando era professor
de Nova Friburgo). Na ampla casa que domina a do Colégio Pedro II.

\ ¦&¦
A ficlia,
ficha, de um 1 intelectua.1
intelectual :
\
i ; 11 ' ¦ Línguas
Linguas que traduz: nove (húngaro,
(hungaro, ¦¦ Livro que exigiu maior volume de leitura:
/ ""% *"* francês,
francos, russo, português,
%V -/*"~ portugues, inglês,
ingles, alemão,
alemao, oo Dicicinário
Dicicinario de citações
cita^oes (Nova
Wowa Fronteira),
Fronteira>,
italiano, latim e grego).
grego). um volume de 1052 páginas
um volüme pdginas que o obrigou a
m jm reler toda a obra de Shakespeare (pela
^ ¦ Biblioteca particular:
particular. dez mil volumes
dez:tnU volumes reter
(quase todos lidos).
lidos). terceira terceira vez),
vez) a de Proust (pela quarta vez) e
ii" wi a de Machado de Assis (pela segunda vez).
_>f; a
"/M0) . ¦ Romances que leu desde que chegou ao
jPF" ^ Brasil em 1941: perto de nove mil (uma (uma Rotinaintelectual-
¦ Rotina intelectual: le diariamente
intetectuat. lê
ie Ha« 7h
diariament* das
dlanamente
A média
media de um a cada dois dias).
dias). Kotma
as às 12h. Volta a ler, sem horário
horario rígido,
rigido, à
a
w ¦ Traduções:
Tradu?oes: mais de cem.cem. noite. noite.
¦ Tradução
Tradugao mais
trials importante: A comédia
com6dia
IIdade:
dude: fará
far& 82 anos no dia 13 de abrii.
abrii. humana, de Honoré
Honors de Balzac (17 livros,
livros, ¦ ¦ Principal prêmio:
Obra: mais de 30 livros de ensaios ee premio: Prêmio
Premio Trienal Nath
num total de 12 mil páginas,
paginas, com uma
uma Horst,
Horst, da Federação
Federagao Internacional de
didáticos
diddticos (perdeu a conta, porque muitos
muitos introdugao para cada um dos 88 contos e
introdução Tradutores,
Tradutores, considerado o Nobel da
estao fora de catálogo,
estão catdlogo, ou foram reeditados
reeditados novelas e 12 mil notas explicativas). Em fase Tradução, em 1981. Foi o primeiro
fase Tradugao,
como parte de novos títulos).
titulos). de releitura.
releitura. latino-americano latino-americano a recebê-lo.
recebe-lo.

8 Idéias/JORNAL DO BRASIL/4 DE MAR. DE 1989

vista dos 7.500 m2 do terreno, projetada por Nora
em 1962, Rónai encontrou a paz necessária para
realizar, com tranqüilidade, seus trabalhos mais
recentes, como o Dicionário universal de
citações. Desde que comprou o terreno, ele
pensava em abandonar a urbe caótica do Rio: "Já
estava cansado de horários, compromissos,
engarrafamentos, barulho. Gosto de natureza, e
aqui trabalho com calma." A cidade já não lhe
oferecia muitos atrativos. "Além disso, pergunto:
quem não deseja retirar-se na velhice?" Entre
mangueiras, pereiras, castanheiras e um jardim
muito bem cuidado, Rónai pode agora, sem
incovenientes, dispor de suas companhias
prediletas — os livros. Nora náo esqueceu de
projetar um espaço para abrigar os dez mil
volumes da biblioteca de Paulo Rónai, que uma
placa de mármore postada na entrada chama de
brilhoteca, epíteto criado pela neta Beatriz, filha
da jornalista Cora Rónai. Nas duas salas da
brilhoteca, as estantes são insuficientes para
todos os livros, o que confere um certo ar de
bagunça ao recinto. Mesmo assim, Rónai sabe
onde está cada livro que deseja ler, assim como
seus tesouros particulares — o mais querido é uma
edição francesa de 1813 das obras completas de
Virgílio, adquirida em um sebo parisiense, que
traz milhares de anotações em suas margens.
"Deve ter
pertencido a um grande sábio, pois suas
observações são brilhantes", diz Rónai. Entre os
livros da brilhoteca, todos já lidos e a maioria já
relidos por ele, pode-se encontrar toda a sorte de
clássicos da literatura, sem faltar nenhum. Há
/poucos exemplos, porém, da literatura
contemporânea. "Agora compro poucos livros",
explica, "e a maior parte em sebos. As leituras
modernas me interessam menos. A vida, como
diziam os arcadistas, é curta — deve-se tirar dela o
máximo, e o faço relendo os clássicos."
Às leituras Rónai dedica quase todas as horas
úteis do dia — lê o JORNAL DO BRASIL e as
revistas semanais de informação, além de um
romance a cada dois dias, em média —, mas
algumas costuma reservar para atividades mais
prosaicas, como assistir aos telejornais da TV,
cuidar das coleções de conchas, de cartões postais
e de selos, jogar palavras cruzadas com a esposa—
que, garante, sempre o vence — e fazer longas
caminhadas pela propriedade, aproveitando sua
saúde ímpar para a idade. Isto quando não recebe
visitas — são tantas que o livro onde todos os
convidados assinam e escrevem-lhe palavras
carinhosas já está no terceiro volume. Entre os
visitantes mais freqüentes, Rónai arrola suas duas
filhas, Cora e Laura Rónai, o tradutor Geir
Campos e o professor Valentin Garcia Yedra, da
Academia Espanhola de Letras. Deste grupo
seleto fazia parte o dicionarista Aurélio Buarque
de Hollanda. No livro, percebe-se que as visitas
são quase diárias, apesar dos mais de cem
quilômetros separam Nova Friburgo do Rio.
"O sítio fica que
perto para os amigos e longe para os
chatos", define. Ele lamenta apenas que quase
todos os membros de seu círculo de amigos
chegados tenham falecido, como Carlos
Drummond de Andrade, Guimarães Rosa (cujas
obras póstumas foram organizadas por Rónai),
Cecília Meirelles e, agora, Aurélio Buarque de
Holanda. Com a aposentadoria plena, Rónai
pretende empregar mais tempo nas leituras — e
ler o que deseja, não o que o trabalho pede (agora
por exemplo, relê Anna Karenina, de Dostoiévski,
"o melhor escritor russo de todos os tempos").
Viajar para seu país natal não está fora dos planos
já esteve lá, convidado para roteiros de
conferências, em 64, 73, 77, 79 e 82. Além das
estadias, Rónai troca correspondências com
vários amigos húngaros e recebe habitualmente
publicações sobre o país, cujo noticiário político
acompanha com tanto interesse quanto o
brasileiro. Mas a ciência política, assim como o
cinema e a música, não mobilizam suas atenções
ao contrário da literatura húngara, que Ronái
aprecia bastante. "Há uma produção de alta
não chega ao
qualidade por lá, , que infelizmente
resto do planeta", conta. "Para se ter uma idéia,
há pouco traduzi, com Geir Campos, A tragédia
do homem, de Imre Madach (Salamandra), uma
obra só comparável a Fausto, de Goethe." A
grande lição de Paulo Rónai parece ser a de que,
para saber de tudo, o homem precisa ser rigoroso
na escolha do que deseja saber. E não arrastar o
pé de sua opção.
Outros
sabem
que
Mario Pontes
¦ Otto Maria Carpeaux —
Da mesma Europa Central de
onde veio Paulo Rónai, a diás-
pora intelectual provocada pe-
lo nazismo nos trouxe Otto Ma-
ria Karpfen — aliás Carpeaux
(1900/1978) desde que se tornou
cidadão brasileiro. Ele era ou-
tro homem que sabia de tudo,
embora não se sentisse bem
quando o chamavam de erudito
e tivesse modéstia para confes-
sar que pouco entendia de artes
plásticas e, sendo autor de Uma
nova história da música, admi-
tir que a produção musical an-
terior ao século XTV escapava à
sua capacidade de compreen-
são. Descontadas essas lacu-
nas, Carpeaux era uma enciclo-
pédia ambulante em numero-
sas áreas do conhecimento.
A Viena onde ele nasceu foi até
a I Guerra Mundial um dos
pólos irradiadores da moderni-
dade. Era a cidade de Freud,
Kelsen, Schumpeter, Wittgens-
tein, Musil, Mahler, Schõnberg,
Kokoschka, Alban Berg. Com
eles conviveu e alguns foram
seus professores na Universida-
de que o formou primeiro em
física e depois em letras e filoso-
fia. Foi à sombra desses gênios
do século que se iniciou na pro-
fissão de sua vida: o jornalismo.
Em seus deslocamentos pela
Europa como correspondente
de imprensa, Carpeaux somou
a necessidade de comunicar-se
à aptidão poliglota do cen-
troeuropeu, do que resultou o
domínio de cerca de uma deze-
na e meia de línguas, nas quais
leu as obras que constituem a
vasta bibliografia dos oito volu-
mes de sua História da litera-
tura ocidental (Alhambra,
1984). Refugiado na Bélgica
após a anexaçáo de seu país
pela Alemanha hitlerista, em
poucos meses se familiarizaria
com o holandês o bastante para
se tornar redator do mais im-
portante jornal belga editado
em flamengo. Vindo para o Bra-
sil em 1939, não demoraria a
aprender o português — apenas
lendo, como de hábito — para
transformar-se em editorialista
do Correio da manhã e fino
analista da cultura do seu novo
país.
homens
de tudo
Antonio Houaiss — Mais
polivalente, o saber de Antonio
Houaiss, 74 anos, tem uma di-
mensão eminentemente práti-
ca e se traduz melhor pela di-
versidade ;de obrigações; assu-
midas ao longo da inten; ;a vida
desse carijjca de Copacabana,
filho de pequenos comerciantes
libaneses, perito contador, filó-
logo, latinista, professor! diplo-
mata, critico literário, jomalis-
ta, documentalista, tradutor,
editor de enciclopédias,
Houaiss ainda tem tido| fôlego
para dedicar uma parte dos
seus conhecimentos a ativida-
des como a política e o sindica-
lismo, a burocracia, a gastrono-
mia e até o conserto de uma
cadeira dada como irrecupe-
rável.
"Sou apenas mais ou menos
situado em uma série de assim-
tos de informação especializa-
da, mas tenho uma visão mais
ordenada de aspectos díspares
e sou um grande trabalhador",
disse uma vez o acadêmico
Houaiss, traçando os seus pró-
prios limites e ressaltando ao
mesmo tempo o que identifica
como as suas principais virtu-
des. Ele reconhece, por outro
lado, que a maior parte daquilo
que até hoje produziu resultou
do cumprimento de tarefas que
outros acharam pesadks de-
mais. Foi por obrigação (e ne-
cessidade de sobrevivência)
que traduziu o Ulisses de Joyce
em pouco menos de um ano.
Por motivos semelhantes escre-
veu um manual de bibliologia,
fez edições criticas de obras de
Lima Barreto e Gonçalves
Dias, organizou anais de con-
gressos de lingüística e chefiou
equipes encarregadas de pro-
duzir versões brasileiras de en-
ciclopédias como a Delta e a
Mirador. Dedica-se no momen-
to a elaborar um novo dicioná-
rio da língua portuguesa.
b Haroldo de Campos—co-
mo no caso de Carpeaux, o co-
nhecimento de línguas é o que
impressiona primeiro na erudi-
ção de Haroldo de Campos, 60
anos, um paulistano cuja ceie-
bridade está intimamente asso-
ciada às repercussões do movi-
mento concretista, de que ele
foi um dos criadores juntamen-
te com seu irmão Augusto e o
Idéias/JORNAL DO BRASIL/4 DE MAIDE 1989
semiçlogo Décio Pignatari. Os
conhecimentos de Haroldo são
vastas, estendendo-se do direi-
to à/história, da teologia à ci-
bernética, com ênfase porém na
poepia e na estética. E foram
; próprias escolhas poéticas
qud o impeliram à aventura pe-
los| territórios de línguas exóti-
e literaturas antigas,
poesia de Auto do processo,
Cio^n que Haroldo estreou aos 21
ai os de idade, já vinha marca-
d: , como recorda Antonio Risé-
ri por "um forte lastro este ti-
Zi
z4nte e arcaizante". De matri-
z4s barrocas, insistia a cada
p isso em referências bíblicas e
mitológicas. Entre os seus poe-
nias mais antigos, um trazia
t tulo grego, Thalassa Thalassa
«p mar, o mar). Em 1952, o
gfupo de vanguarda que fun-
c o u com Augusto e Décio cha-
r íou-se Noigandres, palavra en-
Itrada no Canto XX de Ezra
id, que por sua vez a en-
du em um poeta da Pro-
medieval Noigandres,
ido um filólogo contempo-
"proteger do té-
j>, significa
\Por enigmática que fosse,
ito, era uma boa palavra
áervir de moto a um grupo
de poetas em busca do novo e
especialmente a um intelectual
insaciável em seu apetite pelos
desafiofe do hermético e aparen-
tementç inabordáveL
Em funàão, pois, da prática de
uma poesia que começando
barroca ^voluiu para a palavra-
montagem e da construção de
uma teoria literária que avança
pela modernidade incorporan-
do a experiência do passado,
Haroldo de Campos ampliou os
seus conhecimentos estéticos e
lingüísticos até uma dimensão
que hoje talvez não tenha para-
leio no Brasil. Sua primeira
poesia levom-o aos mitos anti-
gos da civilização ocidental e às
línguas em «ue eles se expres-
saram: Pouríi e o concretismo,
aos ideogramas chineses e aos
sons do idioipa em que escre-
veu Maiakovski; a tradição, ao
alemão de Goethe, o italiano de
Dante, o occit mo de Amaut e o
hebráico do a itor do Eclesias-
tes. Aonde o 1 'vará no futuro a
sua curiosidaqe, talvez, nem ele
mesmo saiba.
iHÜl POESIA
Na fronteira
- A chama de uma vela, de Gaston Ba-
chelard. Tradução de Glória de Carvalho
Lins. Bertrand Brasil, 112 p., NCz$ 7,63
José C as te Uo
"¦^"V" este pequeno livro, de
£ ^
l^^l pura fantasia, sem a
JL^i sobrecarga de saber
algum, sem nos aprisionarmos na uni-
dade de um método de investigação..."
Assim, com a palavra empenhada nos
riscos da poesia, o filósofo francês Gas-
ton Bachelard (1884-1962) abre o ensaio
A chama de uma vela, seu antepenúlti-
mo livro, publicado em 1961, em Paris.
A advertência inicial do autor é pru-
dente. A chama... o leva a domínios
estranhos à filosofia, espaços deslizan-
t«s mais comprometidos com a, imagi-
nação que com a verdade. Por isso o
livro é uma peça fundamental no proje-
to filosófico de Bachelard. Depois dele, lard, em
o filósofo ainda publicou dois traba- seu livro
lhos: O direito de sonhar (1970, tradu-
zido recentemente pela Bertrand Bra- maispoé¦
sil) e O engajamento racionalista
(1972), experiências derradeiras com a
dupla face da palavra. No primeiro,
Bachelard esbraveja enfático pelo pri- bra a
vilégio da imaginação; no outro, fecho
severo de uma obra que ainda escapa ra fan-
quase toda ao leitor brasileiro, enjipe-
nha seu nome em um engajamento
radical com o'"domínio da razão. }
Um livro desmente o outro? De mo-
do alKum. A grande façanha filosóifica
de Bachelard foi a limpeza rigoifosa
que promoveu nas fronteiras do sajòer,
exigindo frieza de uma ciência muitas
vezes estonteada pelos devaneios, e
prescrevendo coragem aos poetas que,
extenuados pelas pressões racionalis-
tas, terminam por atrelar o imaginário
aos dogmas científicos. Bachelard foi
um meticuloso guarda de fronteira, a
cobrar o passaporte do poeta medroso
que pede argumentos à ciência que o
encoragem, e do cientista iTresponsá-
vel que supóe-se autorizado a dirigir
sua palavra no puro registro poético.
Mas o filósofo não ficou neste projeto
higiênico. Tomado pelo "novo espírito
científico" de seu tempo — que aparece
em revoluções como as equações de
Eisntein, a física quántica e a mecãni-
ca ondulatória — ele apontou a impor-
tància para o cientista do trato come-
dido, mas firme, da imaginação; e
abriu aos poetas espaços do saber em
que antes, apenas a ciência estava
autorizada a circular. Em outras pala-,
Vras: separadas as faces diurna e no-
turna do saber, ele pode abrir espaço,
parà aprofundar-se em suas combina-
çòes.
Sua grande fórmula — "o conheci-
mento cientifico é sempre a reforma de
uma ilusão" — aponta, na verdade, para
a despetrificação da palavra. Bachelard
foi um filósofo que desmereceu o poder
das continuidades e das evoluções para
apostar nas rupturas. Não foi por outra
razão que tentou promover, é verdade
que na via arquetípica de Jung e não
nos passos mais severos de Freud, uma
"psicanálise" do conhecimento objeti-
vo. Deslocar certezas, promover ruptu-
ras, repensar significados, deixar que a
intuição atue solta sem a contaminação
do saber consagrado, eis aí a essência
de um projeto que guiou tanto o Bache-
lard diurno, voltado para o conhecimen-
10 Idéias/JOR^JA^ p<p BRASI^/4 DÇ MAR.,ÇE }989 .
da imaginação
Bachelard indica o modo como a
chama de uma vela detona uma cascata
.. -v v,y ¦ :%vs£v' de imagens que, numa pressão insupor-
«,'-.r.¦ ».w ^QVjj^^S^^^HHfiSj^sHsswfg tável, logo exigem do observador a for-
i.&y & v.,
, mulação de um pensamento. "Um so-
nhador de chama torna-se facilmente
um pensador de chama", diz. "Quer
compreender por que o ser silencioso da
vela de repente se põe a gemer." Bache-
lard ampara-se então em uma história a
respeito de Luiz de Camões, relatada
por Théodore de Banville, que lhe fome-
ce uma prova irrefutável da eficácia
deste operador poético que é o fogo da
vela. Camões, relata Banville, passava
uma noite de vigília quando a luz de sua
vela se esgotou, e só lhe restaram os
olhos luminosos de seu gato. "No mo-
mento em que a vela desfalece, como
não notar que o olho do gato é um
Bache- porta-luz? O gato de Camões certamen-
.te não se sobressaltou quando a vela
morreu." O mesmo não se pode dizer de
Camões; Banville o descreve atônito,
perdido sem aquela chama produtora
de claros e de escuros, de luzes e de
sombras, que Bachelard julga ser a ima-
gem primeira de toda poesia. Desampa-
rado, o poeta ampara-se no brilho débil
dos olhos do gato. O poeta, pois, precisa
da luz material, ainda que em forma de
um reflexo fugidio, para permanecer
poeta.
tasia ^wafflroK^WBaRB^MMKM ,'¦- ~ .•'' ,>% >"v v ';. •jfe^am^a|M^^^Wpl^W8pyy:g Bachelard não está interessado, co-
mo estaria um freudiano, em interpre-
tar a chama. Deseja apenas se fixar
nesta imagem concreta, e deixar que ela
detone, com sua verticalidade tonta,
"A chama
uma cadeia de imaginações.
ê, em si mesma, uma grande presença",
diz, "mas perto dela, sonha-se longe,
longe demais". Diante dela, perdemo-
nos em fantasias. Valorizando o deva-
neio, Bachelard tenta tornar a ciência e
a poesia complementares — sem que
isso afrouxe as fronteiras entre os dois
domínios. Mas a imaginação vem sem-
pre em primeiro lugar. Bachelard come-
to e para a ciência, quanto o Bachelard em nossa casa" Imagens sinistras são çava sempre seus dias, desde a madru-
noturno, dedicado ao estudo da imagi- produzidas pelo frágil bruxulear da ve- gada, lendo poemas; só à tarde debruça-
nação, da poesia e do acaso. la. Bachelard anota: "Sem dúvida, va-se sobre o saber objetivo, numa indi-
É preciso fazer esta digressão para Strindberg tem um psiquismo de escor- cação de que, sem o estofo do imaginá-
que este A chama de uma vela não seja chado. É sensível aos menores dramas rio, não podia manejar com leveza as
tomado como um deslize inconseqüente da matéria." correntes do conhecimento.
no projeto intelectual de Gaston Bache- A chama da vela, com seus jogos de Nos tempos modernos, a lâmpada
lard. Ao contrário, este é o livro em que claros e escuros, acende na imaginação elétrica reduz o homem à função de
o filósofo foi mais radical — e é curioso tênues estampas imaginárias, que, em mero interruptor. "Somos apenas o su-
perceber que, quando um pensador ra- confronto com a sensibilidade do artista jeito mecânico de um gesto mecânico",
dicaliza, é no terreno macilento e sen- — melhor dizer, do observador — to- diz Bachelard. A lâmpada elétrica, que
suai da poesia que ele deságua. O livro o mam proporções impressionantes. O fo- jamais virá a receber um adjetivo pos-
leva a sua mais audaz viagem ao reino go da vela reaproxima o pensador da sessivo — ninguém dirá "minha lãmpa-
noturno do imaginário. Ao decidir estu- matéria bruta, afastando-o das abstra- da elétrica", como se rii?na no passado
dar este fenômeno banal que é a chama ções. As imagens tomam corpo; o sonho "minha lâmpada" — destrói a amizade
de uma vela, Bachelard decide-se por vigora. O psiquiatra Carl Jung, cujas do poeta pelas coisas. Bachelard vem
descartar "toda inquietação de saber, teorias foram tão gratas a Bachelard, ao fazer, assim, uma reflexão sobre a técni-
toda experiência científica ou pseudo- analisar as imagens de um poema da ca, com seus detonadores, interruptores
científica sobre os fenômenos da cha- esquizofrênica Miss Miller, descobre e artefatos mecânicos, que se coloca
ma." O que lhe importa não é a chama uma desconcertante semelhança com entre o homem e a chama, rompendo a
Le divan, de Goethe, quando este diz: Destrói-se o
em si, mas seu poder de detonar a "Quero louvar o Vivente/ que aspira à solidão clássica do poeta. "imaginação
imaginaçãdi "A chama, dentre os obje- que o filósofo chama de
tos do mundo que nos fazem sonhar, é morte na chama/ no frescor das noites material", ou seja, aquela imaginação
um dos maiores operadores de ima- de amor." Não é preciso ser um Goethe desencadeada pela relação direta e ínti-
diz. "Ela nos força a imaginar. para se deixar afetar pelo movimento ma com as coisas. Quem a recupera é o
gens",
Diante dela, desde que se sonhe, o que da chama. "A solidão aumenta se, sobre cientista. A ciência moderna, com suas
se percebe não é nada, comparado com a mesa iluminada pela lâmpada, se ex- construções requintadas e suas equa-
o que se imagina." A experiência dos põe a solidão de uma página em bran- ções, é um exemplo eloqüente desta
poetas, revisitada, o auxilia a compro- co", diz Bachelard. "A página em bran- intimidade. Hoje, o cientista pisa no
var a eficácia deste privilegiado detona- co! esse grande deserto a ser atravessa- solo do real
dor de imagens que é o fogo. O enlou- do, jamais atravessado." É justo este para sonhar a partir dele. O
impedimento que leva o solitário acom- homem volta a ser um artesão, um
quecido Strindberg, em Inferno, regis-
"Um demiurgo que através do sonho organi-
tra: bloco enorme de parafina aca- panhante da chama a escrever. A cha-
ba de cair da vela no chão. Nada além ma acentua a solidão, servindo de leito za a matéria. Mas para isso é preciso
disso, mas era uma ameaça de morte. à palavra. saber sonhar.
fc

HISTORIA
Sementes
,\'o tempo dos cavaleiros da Távola Redonda, de Michel Pastoureau.
tuTradução de Paulo Neves. Companhia das Letras. 220 p.. NCzS 9.80
Luiz Carlos Mansur
ONHAR com a Idade Média tornou-se um
animado passatempo intelectual. Umberto
Eco já enumerou dez maneiras de fazê-lo.
Mas como o próprio Medievo viveu o sonho de si
mesmo? O livro de Pastoureau propõe uma resposta
possível. Seu ângulo de observação é limitado no
tempo — séculos XII e Xm — e no espaço —
Inglaterra e França. Ai foram inventados os cavalei-
ros da Távola Redonda, com suas aventuras movidas
a ideais de cavalaria e amor cortês.
É verdade que o título do liyro engana, e muito. À
primeira vista, pode sugerir um estudo da época em
que possivelmente viveram os fiéis seguidores do rei
Artur. Suposição que não pode ser descartada como
ingênua, pois ainda hoje especula-se sobre a identi-
dade histórica do lendário monarca — ele seria um
guerreiro bretão do século VI. Por que então não
entender essa possibilidade de existência a seus
companheiros? A confusão é possível, tanto que, logo
de saída, o autor, cheio de boas intenções, pede
desculpas pela ambigüidade do título. Mas boas
intenções e inferno são parceiros de longa data. Fica,
portanto, dado o aviso: quem esperar deste livro um
mergulho nas intrigas palacianas de Camelot que
alugue uma fita de Excalibur ou cure sua insônia ao
som de Rick Wakeman. Mas não gaste seus cruzados
novos em vão.
Dissipadas as ilusões, deve-se notar que a reali-
dade retratada no livro não perde em interesse para a
lenda. Se o ciclo arturiano pertence ao universo da
ficção, o cotidiano anglo-francês apresentado por
Pastoureau é quase tão exótico quanto o descrito por
algum romance de cavalaria. E sugere ao mesmo
tempo uma inquietante proximidade. Pois ali eram
plantadas, sem pressa, algumas das sementes da
modernidade.
Pastoureau não pretende traçar as grandes li-
nhas do período, preferindo ater-se à descrição minu-
ciosa dos detalhes — não fosse o livro incluído na
coleção A vida cotidiana. A visão de conjunto que se
extrai daí é frágil, mas suficiente para montar um
verdadeiro bric-a-brac ético, político, militar, artísti-
co e — por que não? — culinário. O período delimita-
do pela coroação de Henrique II da Inglaterra (1154)
e a morte de Felipe Augusto da França (1223) é uma
época interessante, como diriam os antigos chineses.
Tempo de circulação de idéias e peregrinação de
pessoas — das petéticas Cruzadas aos caminhos para
Roma e Santiago de Compostela. Tempo em que a
Igreja dita o ritmo de existência e os ideais da
cavalaria formam um paradigma ético e afetivo. O
contraste entre o plano espiritual, o mundo de sonho
dos romances e a realidade do dia-a-dia é a preocupa-
ção do autor. O quadro que se compõe é marcado
pela diversidade.
Diante desse quadro, a sensação inicial do leitor
é de estranhamento. Afinal, ele é transportado para
um mundo onde as relações políticas são firmadas
pelo compromissso pessoal, boa parte da França
atual está nas mãos de suseranos ingleses, a idéia de
nacionalidade sequer é pensada, a Igreja ainda é a
instituição mais poderosa e organizada do Ocidente
e as guerras resumem-se a caóticas disputas resolvi-
das em combates corpo-a-corpo entre guerreiros que,
na maioria dos casos, deixam de lado a nobre ideali-
zação dos romances em favor de uma cinzenta mistu-
ra de covardia e oportunismo. Para dar um toque
mais bizarro, basta lembrar os incríveis animais
descritos no bestiário medieval, como o unicórnio ou
o basilisco, e os habitantes de terras longínquas
imaginados nas fantasias geográficas, mfelizes cria-
turas com a boca na barriga ou em um único olho na
testa. Como curiosidade, a divisão simbólica das
cores articula-se entre branco e vermelho (e não
entre branco e negro). Um mundo que, aparentemen-
te, vive imerso em brumas mais espessas que as de
Avalon.
Mas, no meio dessa ciranda, pescam-se aqui e ali
alguns prenúncios de modernidade. O mais destaca-
ele
do por Pastoureau é o nascimento da moda, que
localiza exatamente nesse período (compare-se sua
cronologia com a de Gilles Lipovetsky, em O império
OH
modernidad e
da
de efemero, que situa o fenómei o cem anos depois,
na virada dos séculos XHLX: V). A moda surge
inicialmente no vestuário, der vada em parte da
O cotidiano estilizaçãó dos uniformes e braf ões militares (tema
da Idade bem conhecido do autor, esti; dioso de heráldica
medievalij. E é bem mais que un a simples demarca
Média é ção simbólica das diferenças s
ritmo próprio, uma temporalidajie da vertigem onde
tão o presente reina absoluto. O vestuário a partir daí vai
quase modificasse numa velocidade cada vez maior, muta-
curioso ção de estilos que se justifica ppr si mesma. O que
naturalmènte provocou a ira setores da Igreja,
mas semi maiores consequênc: Lentamente, os
quanto a
homens começavam a desviar s olhos de Deus e
lenda do passavam a contemplar seus aromados umbigos.
Lamenta-se apenas que iutro tijolinho que
rei Artur faltava na construção da fíiti modernidade seja
deixado de lado, vohmtariamen^ pelo autor. Trata-
se da ordénaçáo do tempo rei do nos mosteiros. A
divisão dó dia e do ano em períc os bem determina-
dos, cuja diferença é definida relação a um ciclo
produtivc de oração e trabalhi — ora et labora,
diziam os monges — é considera' uma das raízes da
metrificação do moderno tempo fie trabalho. Pastou-
reau deixa isso de lado, pois sua intenção é descrever
a temporàlidade vivida fora do mundo fechado dos
mosteiros. A ordem do tempo éj mister da Igreja, e
aos fiéis restam o calendário das lestas religiosas e as
estações jda lavoura. Deve-se respeitar o método
empregado pelo autor, mas elelfica devendo, com
isso, uma! apreciação mais gerallda época.
Essa omissão não chega à coilprometer decisiva-
mente o capitulo dedicado ao tejnpo, apesar de sua
limitação! O perigo é muito maipr quando o autor
fala do amor cortês cantado pelos poetas e seu
contrastei com a vida afetiva real. Aí se encontra o
único grande escorregão do livro.lPastoureau come-
ça com ainálises extremamente qautelosas. selecio-
nando as!fontes e alertando parala precariedade de
muitas conclusões elaboradas sim razoável base
^ documental. Mas, de súbito, propqe a seguinte ques-
tão: "por que supor que o cas&rm ito no século XTT
envolvesse sentimentos diferente: daqueles que os
esposos sempre manifestaram — a paixão ou o tédio.
a ternuraj ou a indiferença, o amor ou .o desprezo?"
(pág. 151)1 Pergunta sem resposta.lpois inverincãvel
se não quisermos reduzir a argumentação a uma
t coleção de petições de princípio. É pais proveitoso ir
direto ao apêndice onde encom i-se seis histórias
extraídas da literatura cortês — in< iluindo o rumoro-
so cáso Lancelot-Guinevere, dianfc do qual o pobre
rei Artur comportou-se como o m do da anedota:
trocou de| sofá, ou melhor, renuncii à sua realeza e
desgraçou a terra.
Apesar do escorregão, No tempb dos cavaleiros
da Távola Redonda é legível comi prazer e tem a
importância de focar um momentolrico na "Segam- história
do Ocidente. Vivia-se o que se chama hoje de
da Renascença" medieval, iniciada no século XI
(posterior! a uma "Renascença" canllíngiai. A araui-
tetura e escultura romànicas cediam espaço ao goti-
co. enquànto, na filosofia, logo iria lurgir Tomás de
Aquino. Um período que. segundo Pierre Legendre
(O amor do censor), afirmaria a~idaia de um poder
transcendente à sociedade, com o discurso canõníco
da Igreja instaurando uma lógica de obediência ao
Pai. Apesar do ranço psicanalítíco dísta conclusão, é
verdade qlie desde 1077. quando o ii íperador germá-
nico Henrique IV foi humilhado pel) papa Gregório
VII em Cianossa. a Igreja gozava desimpedida a
plenitudo potestatis. Mas o mais im >ortanteé que, já
a partir dó século XIII, a potência clesiástica seria
gradativamente laicizada. em espe :ial nos dois rei-
nos aqui retratados por Michel P astoureau. Com-
preende-se a força do sonho nes :e ambiente tão
conturbado —\ e a titànica reali iade que. ainda
timidamente, era prenunciada. Ti ãnica a ponto de
muitos modernos, hoje. preferirer í dirigir seus so-
nhos a uma Idade Média idealizapa. Mas o tempo,
como canta o Cazuza, não pára — e somos todos
prisioneiros desta viagem. Até nos sonhos.
Luís Carlos Mansur é candidato ao titulo de Másme (MSc) pela COPPE-
U UFRJ, na Área de Política de Ciência e Tecnol gii/a.
Idéias,'JORNAL DO BRASIL'4 DE MAR. DE 1989 11
=§ LANÇAMENTOS
ÍSEUD
f. A MENTE
ItHAM DILMAN
i Ê
Freud e a mente, Eham Dilman,
trad. Vilma Ribeiro. Imago, 320p,
NCz$ 11,40. Análise da linguagem
freudiana, hoje "contaminada por
preconceitos filosóficos", e das con-
tribuiçóes de Freud à psicologia,
especialmente no âmbito das ques-
tóes relacionadas com o conceito
de inconsciente, os limites da auto-
nomia individual e a integração do
eu.
Picasso: criador e destruidor,
Ariana Stassinopoulos Hufiington,
trad. Hildegard Feist. Best Seller,
46Gp, NCz$ 16,40. O gênio da pintu-
ra moderna retratado a partir de
.sua contradição básica: a capacida-
de de criar e atrair, indissociável da
compulsão de afastar e destruir,
especialmente na esfera das rela-
çóes afetivas e amorosas.
Brasil pós-Constituinte, José
Eduardo Faria. Graal, llOp. NCz$
4,70. Após constatar que o mito da
nova Constituição enfraqueceu
com as decepções da Nova Repúbli-
ca e a exposição do jogo de interes-
ses na Constituinte, o autor exami-
na as possibilidades de conflitos
jurídicos, impasses políticos e de
consolidação democrática no
Brasil.
Tenentismo e forças armadas na
Revolução de 30, Maria Cecília Spi-
na Ferraz. Forense-Universitária,
23(ip, NCz$ 11,40. Positivistas, os te-
nentes de Vargas lançam os funda-
mentos de um modelo moderniza-
dor, centralista e excludente, que
ganhará contornos definitivos com o
m-ime de 64. As lições dessa expe-
riôncia na atual transição democrá-
tica.
O impressionismo, Maurice Se-
rullaz, trad. Álvaro Cabral. Jorge
Zahar, 122p, NCz$ 7,90. Obra expo-
sitiva sobre os os criadores, os prin-
cípios e as repercussões do movi-
mento que se tornou o divisor de
águas entre a arte clássica e a arte
moderna. Serullaz é professor na
Escola do Louvre e no curso de
Civilização Francesa da Sorbonne.
Os nomes, Don DeLillo, trad.
Ta ti Moraes. Companhia das Le-
trás, 336p, NCz$ 16,90. Jornalista
desempregado passa a trabalhar no
escritório grego de uma nebulosa
companhia americana de seguros e
acaba por se envolver perigosamen-
te com terroristas e fanáticos reli-
pi tsos. Um tliriller sofisticado, com
discussões sobre a linguagem e a
história.
Nascido para matar, Gustav
1 íasford, trad. Antonio C. Penna.
Record, lG4p, NCz$ 6.90. Romance
que deu origem ao filme de igual
titulo, sobre o treinamento de fuzi-
leiros navais americanos em um
.sinistro campo da Carolina do Sul
i em seguida, o seu brutal desem-
penho nas seivas do Sudeste asiáti-
co, durante a sangrenta guerra do
Vietnã.
Mão de chicote, Dick Francis,
trad. Luciano Martins. Nova Fron-
t« ira, 30üp, NCz$ 11,90. Campeão de
( .i;idas de obstáculos, Syd Halley
perde a mão direita, ésmigalhada
pela pata de um cavalo. Transfor-
ruado em detetive, tem de enfrentar
um grupo de golpistas experimen-
lados, servidos por assassinos pro-
ÍLssionais. Violência e suspense à
vontade.
^ O QÜE ELES
José Paulo Paes
(São Paulo) poeta:
Histórias e sonhos, de
Lima Barreto; e Páginas
Amarelas, de João
Moura, da Coleção Claro
Enigma: um bom poeta
que merece ser melhor
conhecido.
Carlos Sandroni
(Rio) autor de Mário con-
tra Macunaima:
Confissões do comissário
de bordo Wladimir da
Braniss, de Roberto
Athayde, uma sátira da
sociedade carioca;
Tutaméia, de Guimarães
Rosa, seu último livro
publicado em vida; e
Musiologie générale et
sémiologie, de Jean
Jacques Nattiez.
Cláudio Tozzi
(São Paulo) artista piás-
tico:
Arte e percepção visual,
de Rudolph Arnheim,
leitura simples e
completa sobre o tema; e
A arte de se reencontrar,
do italiano Eduardo
Giusti, que não deixa de
ser interessante.
O QPJE RECOMENDAM
Bárbara Heliodora
(Rio) tradutor^
Toda a obra da José
Saramago, em especial
Memorial do convento,
pela alegria de ver do
que é capaz a língua
portuguesa; e
Shakespeare, que
recomendo a qualquer
hora e em qualquer iw*:x&UUMte$8KeM W,
circunstância.
Sérgio Abranches
(Rio) cientista político:
Deus não joga dados, de
Henry Laborit, uma
interessante análise da
evolução da ciência
moderna e suas relações
com a antiga concepção
de ciência mística,
associando o raciocínio
cartesiano a uma forma
de pensamento poético.
Carlos Guilherme
Motta
(São Paulo) historiador:
O espectador noturno, de
Sérgio Paulo Rouanet,
leitura inquietante sobre
o inquieto Rétif de la
Bretonne, com um
posfácio luminoso de
Renato Janine Ribeiro; e
Nas malhas da letra, de
Silviano Santiago, o que
há de melhor na crítica
dos últimos 20 anos.
LÊEM ^ OS MAIS VENDIDOS
Ultima Semanas
Semana DICÇÃO semana na lista
Vastas emofdes e pensamentos imperfeitos, Jose Rubem Fon-
Companhia das Letras, 288p. Aventuras de um cineasta „
Iseca.
procura de um manuscrito de BabeL 1
As areias do tempo, Sidney Sheldon. Record, 376 p. Nos dias
que se seguem a morte de Franco, o ex6rcito espanhol persegue - . _
W bascos e invade um convento.
Operagao Cavalo de Trdia 2, J.J. Benitez. Mercuryo, 950p. Em
sua segunda viagem no tempo, major americano leva Jasao e p
3 Eliseu de volta ao ano 30 dC. 0
O sumigo da santa, Jorge Amado. Record, 438p. Levada de
Santo Amaro da Purificagao para uma exposigao em Salvador, 1 _
4 imagem de Santa Barbara desaparece. 4 1Cl
Continental Op, Dashiell Hammett. Companhia das Letras,
296p. Contos policiais dos anos 20, nos quais o autor esboga os .
5 her6is dos seus futuros romances. '
Acima de qualquer suspeita, Scott Turow. Record. 420 p.
o assassinato de sua amante, advogado america- „ __
6Investigando
no passa & condigao de suspeito e de reu. ^
Operagao Cavalo de Trdia 1, J.J. Benitez. Mercuryo, 558 p.
IJ Major americano viaja no tempo e se toma testemunha ocular > ._
dos ultimos dias de Jesus na terra. b 4'
A fogueira das vaidades, Tom Wolfe. Rocco, 916p. Panoramica
ficcional da Nova Iorque caOtica e hostil dos anos 80, com seus „
8 modismos e intrigas. ¦ " 1°
O lado fatal, de Lya Luft. Rocco, 98p. Em texto poetico, a
Q romancista fala da dor que experimentou com a morte subita . „
•» de seu companhaiero Hfelio Pellegrino. 10
As boas coisas da vida, de Rubem Braga. Record, 188 p. Nova
ill colet&nea de histories, nas quais o cronista explora com
Jlw sutileza aspectos inusitados do cotidiano. 3
isrAo FicgAo
1968: o ano que nao terminou, Zuenir Ventura. Nova Fronteira,
316p. Cronica historica de uma geragao que fez de 1968 um ano
1 realmente dlgno de ser lembrado. 1 19
Uma breve histdria do tempo, Stephen W. Hawking. Rocco,
220p. Considerado sucessor de Einstein, o autor faz, para leigos, n<
2 um balango das teorias do universo. 2
A burrice do demdnio, Helio Pellegrino. Rocco, 220 p. Livro
pdstumo, reunindo 54 artigos do psicanalista, publicados no
3 JB, sobre temas pollticos e outros. 4 10
Uma vida para seu filho: pais bons o bast ante, Bruno Bette-
1heim. Campus, 330p. Famoso psicanalista lembra que criar
4 filhos 6 uma arte e nao apenas uma tecnica. 3 31
francamente, Lee Iacocca. Cultura, 402p. Celebre
executivo americano fala sobre a conjuntura polltica mundial,
SFalando
temendo o isolamento do Ocidente. 4
a propria mesa, Ricardo Semler. Best Seller, 276p.
Relato autobiografico de um ex-roqueiro, hoje, aos 28 anos, or_
SVirando
bem-sucedido empresario em Sao Paulo. 8 «'
Meninos eu vi... e agora posso contar, Drault Emany. Record,
336p. Mem6rias de um industrial, ex-senador e durante meio
7 s&culo figura importante da Republica. 7
pra que te quero, Dina Sfat-Mara Caballero. Nordica,
258p. Autobiografia da conhecida atriz de teatro, cinema e
televisao, com trechos dos seus di&rios.
8Painas 8
Tramp: a arte da negocia$ao, Donald Trump e Tony Schwartz.
Campus, 108p. Jovem e polemico magnata americano revela
9 como trabalha e dirige os seus negocios. 10 23
Idade Media, idade dos faomens, Georges Duby. Companhia
1II das Letras, 214p. Estudos sobre uma epoca em que se firmou o
dominio masculino nas sociedades ocidentais. 1
INFANTIS
Rimas coloridas, Sylvia Santos Alvares, ilust. Nicholas De-
rham. Nova Fronteira. A da simbologia do 7, explicagoes
sobre os dias da semana,partir
as notas musicais etc.
Nova ciranda, Luiz Duarte, ilust. Graga Lima. Kuarup. Colegao
com 24 titulos, destinada a recuperagao de cantigas populares.
2 Para criangas que ainda nao dominam o texto.
Gato e rato, Mary Franga, ilust. Eliardo Franga. Atica. Colegao
Q ja com 19 titulos. Historias que, sem pedagogismo, ajudam a
W crianga na procura de sua identidade.
Jatoba, Solange Avelar Fonseca Gontijo, ilust. Marian-
gela. RHJ. Historia das aventuras de um jabuti, com final em
4Jabuti
aberto, sem ligao de exemplo ou moralidade.
como eu nasci? Marcos Ribeiro, ilust. Bia Salgado.
Espago e Tempo. Explicagoes Claras, sob a forma de perguntas
5Mamae,
e respostas, sobre o sexo e a reprodugao humana.
FONTES — Ficção e não ficção: livrarias Argumento, Bookmakers, Dazibao,
Eu & você. Paisagem, Ponto de encontro, Riomarket, Siciliano, Tempos
modernos, Timbre, Unilivros e Xanam. Infantis (pesquisa a cargo da
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil): livrarias Agartha, Artes e
artemanhas, Criarte, Espaço aberto, Pé de página, Picaaeiro, Ponto de
encontro e Tempo de ler.
 JORNAL DO BRASIL

Carro
I SL Mo to
0

Rio de Janeiro — Slbado, margo do 1989

Sábado, 4 do março
Murilo Monon
Fotos do Murllo Monon *¦ • &*'.¦«•¦'• * i *nn»n
^

ai^ ia

B^.-y-l^JS
(VjfIf ^|
iiifBS

Hospitais A SR está
\vendendo
empresas | mensal-
com \! mente ¦
serviço de duas
saúde a4j#a»#si* unidades
estão da
cojnpra7i- ambulán-
do a O Deserter cia Ibiza
ambulán- pode ser j s.o.s.
cia Ibiza usado
para lazer
e em
atividades
projlssio-
XK nais
transporta
passagei-
ros e tem
espaço
para
pequenas
cargas
e de Diadema, município regiao industrial do ABC
municipio da região produzir, no futuro, as mini e midi-iwi.
ABC produzir, midi-van. Das vendas da da exphca que a SR escora-se num tripé
Ferraz explica tripe formado-
Carlos Pereira de Souza
Souza paulista, 70% são sao de cabines duplas, ce o restante de veículos
veiculos Ibiza, jurídicas e 40% a pessoas
6C)% destinam-se a pessoas juridicas
Ibiza, 60% pessoas por estilo, engenharia e produção, produgao, que vem dando resulta-
do tipo van (carro com carroçaria unica).
carrogaria única). ffsicas. físicas. Em 1988, a média produgao da Ibiza foi de 30
media de produção 30 Jo A empresa, além
do. alem de atender ao mercado interno, já ja
Paulo — Primeira fabricante de modelos espe- espe- atracao
seenicnto de vans, a atração
No segmento da SR é
e a Ibiza, (nome unidades mensais. Para 1989, a meta ée alcançar
alcangar40 40 unidades
unidades esforgos para exportar seus produtos. Todos os
reahza esforços
realiza
(nome unidades veículos com a marca marcaSR sao montados sobre o chassi da F-
SR são
ciais homologada pela Ford do Brasil, a SR Veícu- Vei'cu- de uma praia na Espanha), que foi lançada langada no mercado em em por por mês. margo, a SR deve completar a monta-
mes. Ainda em março, monta- ^ulos
Saolos Especiais, empresa de capital totalmente nacio-
São nacio- do ano a empresa
empresa gem da Ibiza niimero
número 400.
400. 1000 da Ford, que exige padrões padroesde de qualidade da industria.
indústria.
julho de
t]e 1987.
19lS7, Em dezembro passado, gem [000sua contínua expansao, a SR adquiriu a empresa Fast, hast,
nal, com duas unidades industriais, transformou-se em em comemorou a venda da Ibiza número niimero 300. Já Ja considerada o Ambulancia S.O.S. está
AA Ibiza Ambulância adquinda por
esta sendo adquirida por Na contmua expansão,
maior fabricante no segmento de veleiros oceânicos, oceanicos, diversi-
pr6spera montadora, que —atende basicamente a clientes de
próspera de carro-chefe da SR, a Ibiza, em 1989, segundo Ferraz, deverá hospitais e por empresas com serviço
devera hospitais servigo próprio satide,
proprio de saúde,
ficando sua atuagao.atuação.
elevado poder aquisitivo qualquer um dos veículos
veiculos por
por representor 40% das vendas da empresa, ficando as cabines
representar cabines como Petrobras. A SR está
como a Petrobrás. esta vendendo duas unidades por por
ela montados tem basico de NCz$ 40 mil.
tern preço básico mil. duplas com 60%. 60%. mesmês e jája faturou o pedido de 12 unidades. Nos próximos proximos Sofisticados e equipados de acordo com o gosto do
— Somos uma |rego carrocerias e montadora de
industria de carroeerias
indústria de principals modelos são
Entre as cabines duplas, os principais meses espera vender mensalmente pelo menos cinco unida-
sao a meses unida- televisao a cores,
furgao, segundo Ferraz, também tarnbem está lase de
esta em fase de proprietário, os veículos
proprietario, veiculos SR podem ter televisão
veiculos — diz orgulhoso o gerente geral de vendas, Marcelo
veículos Marcelo Deserter, Deserter XK XK. e SR Rally. Essas versões versoes sãosao as des. O furgão,
as des. vi'deo-cassete geladeira e outros equipamentos. Entre os
vídeo-cassete,
Arantes Ferraz. A empresa, que está esta pleiteando sua inclu-
inclu- caminhonetes que, além espago para os passageiros,
alem do espaço maturação comercial, com a venda de uma unidade por mês.
passageiros, maturagao mes.
ilh ,\»
sao como sócia
são Associagiio Nacional dos Fabricantes de
socia da Associação de também dispoem de um cómpartiménto
tambein dispõem compartimento para pequenas pequenas Em Em 1988, a SR registrou crescimento de 40% 40 /o nas
nas milhares *nrnnrmMrinc
de proprietários
' 1 Hie
das rohinpc
'
' cabines
.
Html™
duplas e<» da
Ai' vaii
«i», Ibiza,
•. . i • c
twin '.
ao da indústria
industria automobilísti-
automobili'sti- estão ilustres
estao llustres personalidades, como os i
humoristas Jo
Jô Soares
Veiculos Automotores (Anfavea), registrou, no ano passa-
Veículos passa- cargas, o que oferece ao proprietário
proprietario a possibilidade de
de vendas,
vendas, com resultdo superior peisonahdades,
do, faturamento de US$ 30 milhões,
milhoes, graças produgiio de I
gramas aà produção veiculo para lazer e em atividades profissionais, no
utilizar o veículo no ca, nao passou de 20%. A empresa tem
ca, que não tern 64 revendedoras
revendedoras Anisio, os atores Lima Duarte e Francisco Cuoto.
e Chico Anísio, Guoco. a
mil 300 veículos.
veiculos. . campo ou na cidade. cidade. Ford Fortl cadastradas como suas representantes. Em 1989, a SR SR Chitaozinho e Xororó,
dupla sertaneja Chitáozinho Xororo, o jogador-vereador
Crescimento — —lnicialmente
Inicialmente fabricante apenas de de veiculos van, a SR produz a versão
Na linha de veículos versao Ibiza de espera aumentar seus negócios
de espera negocios em "Em 30% e Ferraz ,tem tem Biro-Biro e o campeão campeao sul-americano dos pesos pesados,
veiculos de cabines duplas — as caminhonetes que têm
veículos tem feito
feito passeio, com 16 lugares. lugares, Furgão,
Furgao, párapara transportes
transporter ou ou expucacao otimismo. sm 1988
explicação simples para o otimismo: 88 tivemos, dee
consolidate de nossa marca no mercado
forma definitiva, a consolidação mercado Adilson Mdgiiila
Adilsotf Maeuila
1 Rodrigues.
Rodricues Veiculos Especiais tem
A SR Veículos tern
sucesso no país famflias — aa utilizagao em frotas, e Ambulância
utilização langada no final
Ambulancia S.O.S., lançada final forma .d
transporte ideal para famílias
pais como o transport consegu.ram se impor pela
brasileiro. Nossos produtos conseguiram showroom
sho Avenid dos
vroom na Avenida | Bandeirantes,
Bandur
Bandeirantes . / Vila
ntes 227,
2V V la Funchal,
t-unchal,
Funchal
produção. Da montagem total, nas
SR alterou o seu mix de produgao. nas do ano passado. Por enquanto, a SR só so atua no segmento de de brasilcm pela ' Paulo,
fábricas maxi van, mas não nao descarta a possibilidade de também qualidade"..
tambcm qualidade CEP 04071, » São •' > telefone
e e (011)240-2866.
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Sao Mateus, bairro da Zona Leste
fabricas de São Lestedede São
Sao Paulo,
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2 o Carro & Moto o sábado, 4/3/89
Kadett^v usa equipamento
% ^wàk. JL -JL
Paulo — O Kadctt,
São novo automóvel da
General Motors, a ser
lançado no mercado brasilei-
ro cm abril, estará equipado
com exclusivo limpador de
pára-brisa, inédito no Brasil.
O produto, cujo projeto é
alemão, foi desenvolvido
nos últimos dois anos pela
empresa Dyna, que tem fá-
brica em Guarulhos, na re-
gião da Grande São Paulo.
O limpador dispõe de no-
vo mecanismo, com seu bra-
ço concebido na forma de
um aerõfólio. O design de-
senvolvido tem as especifica-
ções técnicas que atendem à
geometria do Kadett. Sua
função principal é prender o
conjunto (mecanismo, braço
e palheta) junto ao vidro,
evitando que, a determinada j
velocidade,
Jm,
devido à r
a ç a o do
vento,
ocorram
turbulência
e vibrações indesejadas.
Exclusividade — O pre-
sidente da Eletromecânica
Dyna, Marc Nacamuli, es-
clareceu que o novo equipa-
mento só poderá ser utiliza-
do no Kadett. Segundo ele,
seu desenvolvimento com-
prova a eficiência e o alto
nível de tecnologia desenvol-
vido pela empresa, a líder no
segmento em que atua, com
70% do mercado de reposi-
ção e 90% do mercado cons-
tituído pelas montadoras. A
Dyna também é grande ex-
portadora, vendendo seus
produtos em 60 países.
As palhetas (o limpador
de pára-brisa própriamente
dito) Dyna têm a base perfu-
rada, permitindo a passagem
Illgpp
jf^J
MvftafiK >;¦ JH&SM
As indústrias de pneu-
Goodyear
maticos procuram de-
sen>olver constantenien-
pesquisa
tc seus produtos. Na
novo tipo Goodyear, por exemplo,
uni técnico do Centro de
de radial Pesquisas"(foto) esforça-
0 limpador
a ser
usmtono
Kadett
prende o
conjunto
frrtoaoao
I junto
I , ' > v,, ,V%V
vidro,
evitando
turbulência
e vibrações lação no país. Para atender a
essa especificação, o depar-
tamento de engenharia da
empresa desenvolveu meca-
nismo especial, mais leve,
utilizando matérias-primas
como alumínio e plástico.
O mecanismo do limpa-
dor de pára-brisa do Kadett
pesa 686 gramas, ou seja,
4
307 gramas menos do que o
sistema utilizado no Monza,
veículo também produzido
pela GM. O gerente de ven-
das da Dyna, Darcy Bachi,
do vento nos casos de grande informou que a empresa já
velocidade do veículo. O está fornecendo o compo-
Kadett, além da palheta uni- nente para a montadora.
versai Dyna, dispõe de braço Admitiu que, no futuro, a
com aerofólio, cujo peso é Dyna poderá fornecer o
maior do que o braço co- equipamento também para
mum dos veículos em circu- os novos veículos a serem
Divulgação
- A Chrysler disse que o modelo, apelidado de ZJ, será
: Pf z. '! •>' ¦
i?'..4 -h -V •; t V;•' •: íívhk p-v-n
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se para criar um perfil pneu, quando sujeito, a
de pneu radial Unisteei, várias cargas e pressões
destinado a veículo de de ar. Os dados obtidos
terraplenagcm. O traba- permitem a determina-
lho é importante para
ção de perfeita compati-
auxiliar o estudo das bilidade entre o veículo e
mudanças no Formato do o pneu.
JORNAL DO BRASIL
inédito
Agêru Agóricin Eslndo
"
I'
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\ WKKtm V
A antena
—A1 utilizada
lançados pela indústria auto- no Gol Gti
mobilística, a exemplo do Carro da GM utiliza i tem desing
inovador e
Projeto Nevada (dezembro), a antena automática esportivo,
da Ford, e do carro grande PAUÍ.0 - A Olimpus, lider brasileira na 1 além de
fabrica-1
SÁO
contar
da Fiat (1991 ou 1992). ,. c vencia de antenas para automóveis, é uma das v com
ção am¦
fornecedoras da antena automática que equipará o Kadett, | iplificador
Bachi explicou ainda que,
novo carro da Geneal Motors. Com preço estimado em
com a existência de número \de sinal
NCz$ 70,00, o componente também será oferecido ao
razoavel de veículos Kadett público, no mercado de reposição, a partir do segundo
semestre de 1989.
em circulação no país, o sis-
O gerente comercial, Renato Nogueira Holzhein, in-
tema de limpador de pára- formou que a empresa também venderá, no segundo
brisa com aerofólio também semestre, I antena utilizada no Gol GTi, primeiro automó-
vel brasileiro equipado com injeção eletrônica. No primei-
será fornecido ao mercado
ro semestre, a Volkswagen, que produz o modelo, está
de reposição. A Dyna foi utilizando antenas importadas da Alemanha. Se fosse
fundada em janeiro de 1955 vendida hoje, a antgena do GTi custaria em torno de NCzS
e emprega 700 funcionários. lOQjJg
A antena para o GTi foi desenvolvida nos últimos
No ano passado, suas vendas meses pela Olimpus, num projeto que contou com a
atingiram US$ 23 milhões. A cooperação do fornecedor alemão da Volkswagen. Locali-
empresa está dobrando a ca- zada na traseira do GTi acima do vidro, no teto, a antena
tem design design inovador e esportivo e conta com
pacidade de produção de pa- amplificador de sinal, que proporciona melhor rendimento
lhetas, com investimento de do rádio, principalmente na captação dos sons das emissor-
US$ 4 milhões no período ras de AM. Fundada há 41 anos, a Olimpus produz 100 mil
antens por mês. (C.P.S.)
1988/1989. (C.P.S.)
Novidades na Chrysler
Empresa lançará utilitários esportivos
ETROIT — Com o objetivo de capitalizar a a Chrysler dissera que lançará no mercado uma versão do
H B crescente procara dos consumidores por jipes, a sedã Sonata produzido pela Hyundai, fabricante de automó-
D Chrysler Corporation anunciou que gastará US$ 1 veis coreana. A empresa também começará a distribuir
bilhão para desenvolver e fabricar nova linha de veículos veículos da Alfa Romeo, produzidos pela Fiat na Itália, no
utilitários esportivos, a ser lançada no mercado em 1992. A final deste ano ou no próximo.
comunicação é a mais recente de uma série de projetos de Os utilitários esportivos, que incluem a linha de jipes
produção do terceiro maior fabricante de automóveis dos da Chrysler, os modelos Bronco produzidos pela Ford e o
Estados Unidos. Chevrolet Blazer, da General Motors, estão entre os veícu-
los de comercialização mais rápida na indústria americana.
produzido em suas novas instalações na Jefferson Avenue, As vendas nos Estados Unidos, que estavam em torno dos
em Detroit. A construção da fábrica, que tomará o lugar da 500 mil veículos por ano no início da década, alcançaram
existente no local, deve começar em abril. 933.988 em 1988.
No dia 2 de fevereiro, a Chrysler e a Renault, fábrica A Chrysler começou recentemente a vender jipes na
de automóveis francesa, haviam anunciado que iriam produ-
zir em conjunto o pequeno JJ, utilitário esportivo, em jando aumentar as exportações dos modelos para aquele
fábricas na Europa e na América do Norte. Dois dias antes, mercado.
Inovação em carburador
TLDZ pode receber acessório antipoluente Divulgação
PAULO — A Weber do Brasil, um dos
principais fabricantes de carburadores do país, já
SÁO está fornecendo à Volkswagen e à Ford o avançado
carburador TLDZ, construído com corpo em zamak —
resistente liga de bauxita — e proteção de níquel químico. O
componente, segundo o fabricante, está apto a receber todos
os acessórios antipoluentes ou equipamentos eletrônicos a
X.í serem utilizados pela indústria automoboliística.
O gerente de vendas da Weber, Altair Gonçalves,
informou que a produção do novo carburador começou em
janeiro, com 23 mil unidades mensais. A produção total da
Weber, agora, é de 80 mil a 90 mil carburadores por mês.
Segundo ele, o novo carburador poderá equipar os futuros
i projetos das montadoras. Ainda no primeiro semestre, o
componente também estará disponível no mercado de
reposição.
O carburador tem corpo duplo, adequado tanto para
motores transversais quanto para longitudinais, e capacida- VW e Ford já recebem o carburador
de para equipar motores de 1 mil 300 a 2 mil 500 centímetros
cúbicos de cilindrada. No caso específico da VW e da Ford, Brasil a possibilidade de o novo carburador equipar alguma
equipará os motores de 1.600 a 2.500 cc. As letras da sigla linha do Kadett.
TLDZ têm o seguinte significado: T (pode ser usado nos Os técnicos da Weber destacam no carburador TLDZ o
motores transversais), L (motores longitudinais), D (corpo corpo em zamak. que proporciona maior durabilidade, além
duplo), Z (construído.em zamak). de ooder ser equipado com afogador automáticio. O produto
A partir de um projeto italiano, o departamento de enquadra-se, ainda, nas leis mundiais de controle de emissão
engenharia da Weber do Brasil tropicalizou o TLDZ, com de poluentes. Trata-se. também, do primeiro carburador
testes e desenvolvimento nos últimos dois anos. Esse tipo de brasileiro com o sistema de aceleração controlado eletroni-
carburador é usado há alguns anos por marcas famosas da camente para motores a álcool. Os conjuntos de calibragem
Europa, como Fiesta, Scorpion Sicrra. Escort (Ford ingle- estão fixos na tampa, facilitando a manutenção.
sa). Delta,»pribma (Lancia italiana), e Uno. Ritmo e Regata Por enquanto, o TLDZ está equipando apenas os
(Fiat italiana). veículos da Autolatina (holding controladora da VW e da
Gonçalves comentou que, além de atender ao mercado Ford) de 1.600cc refrigerados a água. Gonçalves acredita,
interno, a Weber pretende exportar o novo carburador. A porém, que em pouco tempo o novo carburador poderá ser
empresa também está negociando coni a General Motors do utilizado em outros veículos brasileiros. (C.P.S.)
JORNAL PO BRASIL siiliado, 4/3/89 Carro & Moto

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4 o Carro & Moto o saondo, 4/3/8$ JORNAL DO BRASIL

Várias
Divulgação

Mercedes-Benz
treina
Paulo — A Mer-
ccdes-Benz, maior
São
fabricante brasileiro
de caminhões e ônibus, está
investindo no aperfeiçoa-
- — monto de mecânicos apicn-
dizes, por meio de vários
cursos. A empresa optou
por essa prática argumen-
tando que a contratação de
mão-de-obra especializada,
para trabalhar cm oficinas
mecânicas, é cada vez mais
difícil, principalmente em
conseqüência da escassez
de escolas técnicas.
O departamento de trei-
namento de serviço da
montadora desenvolveu
programa especial de aper-
feiçoamento de aprendizes,
para seus concessionários,
com o objetivo de capacitar
os futuros profissionais pa-
ra a execução de tarefas
básicas de manutenção, re-
Técnico dá explicações sobre o molor ào Escort
mecânicos
paros e regulagcns cm veí-
culos Mercedes-Benz.
O curso tem a duração
de 460 horas de aula e des-
tina-se a jovens formados
-nas escolas-do Scrviçcr~Nii~
cional de Aprendizagem
Industrial (SENAI), a fun-
cionários do quadro das ofi-
cinas de concessionários c a
rapazes com idade entre 16
e 18 anos, recrutados no
mercado das cidades esco-
lhidas.
Depois da conclusão do
curso e do estágio em ofici-
na, os alunos estarão aptos
a participar dos programas
de especialização em um
dos oito centros especiais
de treinamento, mantidos
pela rede Mercedes-Benz
no país, e também nos
cursos que a fábrica minis-
tra nos centros de treina-
mento de serviço em Cam-
pinas, Porto Alegre e Reci-
Divulgação
Acelerando
? Faltam apenas 35 dias para o lançanien- do no Instituto Nacional de Propriedade
to do Kadett, o novo automóvel da Gene- Industrial (INPI), após vários meses de
ral Motors do Brasil. Fabricado na Alenta- tramitação.
nha desde 1985, o veículo será comerciali- Mello prometeu anunciar o nome den-
zado em três versões — básica? luxo (com tro de 10 dias, mas garantiu que não será
motor 1.8) e esportiva (motor 2.0). Trata- Nevada, como chegou a ser cogitado, A
se de. automóvel intermediário ent re o montagem do novo veículo começará ofi-
cialmente no dia 2 de novembro e a venda
Chevette e o Mon/a, ambos fabricados
pela montadora. Em outubro, chegará ao ao público, a partir de dezembro.
mercado brasileiro também a Ka- A Volvo do Brasil produziu no dia 25 de
-rfeti:perua
jancirogna uriTTa cie montagem da latiricã"
A injeção eletrônica, componente que em Curitiba, o chassi de ônibus Volvo de
funciona controlado por microprocessador número 5 mil. Trata-se de um B10M rodo-
c dispensa o uso do tradicional carburador, viário com terceiro eixo (foto). A empresa
só deverá ser incorporado ao veículo em produz ônibus no país desde 1979 e já
1990. A General Motors já marcou, para o colocou no mercado doméstico 4 mil 065
período de 9 a 12 de abril, a apresentação unidades. No ano passado, a Volvo conse-
do Kadett à imprensa especializada. O guiu participação de 18,5% no segmento
evento ocorrerá no novo Clube Mediterra- de ônibus pesados.
née, em Rio das Pedras, no litoral do Rio O Veteran Car Club do Rio de Janeiro
de Janeiro. mudou seu ponto de encontro da Praça
Está confirmado que o primeiro auto- Nossa Senhora Auxiliadora, no Leblon,
As aulas são realizadas no centro dc treinamento móvel integrado, gerado do casamento para o espaço em frente ao Restaurante
entre a Volkswagen e a Ford (a Autolali- Rio's, no Aterro. A primeira reunião no
fe. Paralelamente aos gia, máquinas operatrizes, na), será mesmo o Escort topo dc linha, local será no próximo dia 12, com apresen-
cursos para aprendizes, a elementos de máquinas c nas versões XR-3 e conversível e, provável- tação de aproximadamente 80 carros.
mente, também o modelo Ghia. A novida- A Caio — Companhia Americana In-
montadora prepara 26 ins- processos de soldagem, fer- dc estará à venda a partir de junho. É o
trutores dos próprios .con- ramentas c equipamentos dustrial de Ônibus - promoverá durante
mesmo veículo da Ford, equipado com o este ano, em sua fábrica de Botucatu,
cessionários. de oficina, lubrificação e motor AP-800 utilizado no Gol, Voyage e
seminários de manutenção, ministrados
O currículo é composto lubrificantes, motores, em- Parati, a linha BX da VW. por engenheiros e técnicos da empresa. Os
de 13 módulos, com a breagens, caixas de mudan- Carro & Moto já viu o Escort com cursos são uma contribuição ao departa-
motor 1.8, de 1 mil 800 centímetros cúbicos mento de manutenção dos clientes, para
transmissão dc conceitos ça e de transferência, eixos facilitar a absorção da nova tecnologia da
de cilindrada, na fábrica da Ford de São
teóricos e práticos de mate- traseiros e dianteiros, dire- Caio. (C.P.S.)
Bernardo do Campo, região industrial do
mática básica, metrologia, ção, freios e eletricidade. ABC paulista. O desenvolvimento está O grupo Vepesa-Veículos Pesados, que
desenho técnico, siderur- (C.P.S.) adiantado e definida a data de início das representa a Saab-Scania do Brasil em
vendas. Até o final do ano, também o Del Goiás, Distrito Federal e Triângulo Minei-
Rey poderá ser vendido com motor 1.8. ro, inaugurou em janeiro nova revendedo-
Atualmente, a Ford só produz veículos ra autorizada, a Vepesa/Rio Verde, à mar-
Ford orienta motoristas com motor 1.6. •gem da Rodovia BR-060,
que liga Goiânia
Ford, além do treina- cia. Segundo o gerente do Está definido o nome do novo veículo a Cuiabá, e próximo àrrbtiovia estadual Rio
A mento que proporcio- centro de treinamento de da Ford, resultado do projeto Nevada, Verde/Itumbiara, conexão de São Paulo à
na a seus técnicos, serviço da Ford, Antônio desenvolvido pela montadora desde 1986. capital de Mato Grosso. O grupo Vepesa é
também está preocupada Imparato, "filtros, velas, O presidente da empresa, Luís Carlos o nono colocado no ranking de vendas de
com os motoristas amadores carburador, correias c o pró- Mello, informou que o nome foi cadastra- veículos Scania.
que não têm qualquer co- prio automóvel não serão Divulgação
nhecimcnto dc mecânica. mais mistério para os diplo-
Cinco concessionárias auto- mados no curso".
rizadas dc São Paulo, em As primeiras aulas ser-
conjunto com a montadora, vem para o aluno entender o
estão oferecendo cursos gra- funcionamento dos princi-
tuitos de mecânica dos auto- pais componentes do auto-'
móveis Del Rey e Escort. móvel. Na segunda fase o
A intenção é possibilitar curso prático ensina que o
que, em apenas 10 horas de desleixo e a manutenção pre-
aulas teóricas e práticas, o
aluno conheça melhor o fun- cária acabam com qualquer
cionamento de seu carro, carro. Também a maneira dc
aprendendo a resolver, rapi- dirigir, na cidade ou na es-
damente, algumas situações trada, influi na durabilidade
desagradáveis de emergên- do veículo. (C.P.S.) O B10M da Volvo faz a ligação entre o Rio e Teresópolis

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^ ^' 'S': .'' Ele calibra pneu, confere a água da bateria, checa o ni\ el do óleo e até retira aquela poeirinha incômoda do pára-brisa do seu cana
\ Posto Petrobràs. Um atendimento com letras maiúsculas. PETROBRÀS
a
18 o Carro & Moto o sábado; '1/3/89 JOItNAL DO BRASIL

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guardam em traços
arquitetônicos e
na riqueza interior
a glória de Deus

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A cor
novo diretor do
JÊ Centro Cultural
^ Paschoal Carlos
Magno é um "duro". Mais
do que isso: "Reto, ereto,
duro, pinto tudo, sou con-
creto", costuma dizer o ar-
tista plástico Luiz Carlos de
Carvalho, 36 anos. Forma-
do pela mesma universida-
de que o arquiteto Zanine,
a escola da vida, Carvalho é
um sujeito arrojado para os
padrões bem comportados
de Niterói e sua simples
indicação para diretor de
um centro cultural já seria
uma demonstração de que
as coisas estão mudando na
cidade. "Acho que fui indi-
tado mais pelo meu traba-
lho em Niterói do que pelo
apoio ã campanha do Jorge
Roberto para a Prefeitu-
ra", argumenta o ex-
simpatizante do Partido dos
Trabalhadores, militante
do Partido Verde e eleitor
convicto do atual prefeito
desde os tempos em que
este pertencia ao PTB de
Ivete Vargas e Sandra Ca-
valcanti. Ele aderiu com
tintas e pincéis à coligação
PDT-PV nas eleições de
novembro. Agora, chega
ao cargo com as cores da
esperança.
Artista plástico profis-
sional desde 1973, quando
terminou um curso de dese-
nho concreto com Aluizio
Carvão, no Museu de Arte
Moderna do Rio de Janeiro
(MAM), e com um
currículo que inclui exposi-
çôes no exterior, Luiz Car-
los de Carvalho é figura
polêmica em Niterói. Algo
que não incluiu seu talento,
inquestionável. "Abaixo a
mediocridade, viva a Ar-
te." Endossando o slogan
do amigo e também artista
plástico Ricardo Pimenta,
ele ajudou a sacudir a poei-
ra do conservadorismo
cultural da cidade antes e
durante as eleições. Prome-
te agora continuar a pro-
mover o "novo" tão deseja-
do pelos chamados artistas
de vanguarda e pelo pró-
prio secretário de Cultura,
Aníbal Bragança, respon-
sável por sua indicação.
"No Paschoal, estou
que
nem a Regina Gordilho:
trazendo o pessoal pra tra-
balhar", brinca o diretor. A
modernidade é quase uma
obsessão desse ex-marginal
illlúral. Quando freqüen-
tava os bares da cidade es-
cudado por Antônio Ma-
chado. um antigo compa-
nheiro de ateliê e boêmia,
não cansava de brindar em
voz alta com uma frase do
falecido artista plástico Hé-
lio Oiticica: "Seja margi-
nal, seja herói'"
Perfil
da modernidade no
poder
"Acho
^ Lu/z Carlos de Carvalho promete pinceladas que ele merece a
indicação, pois isso é uma
coisa que sempre quis", co-
de arrojo e inovação nas artes da cidade menta Machado, hoje ins-
talado com a família no
6. mesmo ateliê que dividiu
R.fí. T. Fasanetío
FasaneUo durante dois anos com Car-
valho. Os dois não chega-
ram a brigar, mas as dife-
renças de estilo (Machado
pode ser considerado um
i "acadêmico",
pintor mais
um impressionista) e de
temperamento fizeram com
que ambos seguissem cami-
nhos próprios. "Eu só acho
que ele vai sofrer pressões e
críticas naturalmente, por-
que todo artista acaba pri-
vilegiando, mesmo incons-
cientemente, aqueles que
seguem a sua tendência",
completa Machado. Outro
que gostou da indicação foi
o diretor do Museu Históri-
co do Estado do Rio de
Janeiro (Museu do Ingá), o
crítico c professor Geraldo
Edson de Andrade. "Foi
bom porque ele tem duas
características interessan-
tes: é uma pessoa que car-
rega o dom da animação
cultural embutida na perso-
nalidade e é também um
criador." Edson acha que
Luiz Carlos de Carvalho
conhece os problemas da
arte e dos artistas e vai
poder ajudar a cidade nesse
sentido.
"No
que depender de
mim, a coisa vai mudar",
diz o artista, num tom con-
ciliador que revela a assimi-
lação do mais velho estilo
pessedista mineiro de poli-
tica. Que ninguém suspeite
de conservadorismo. Numa
cidade onde a maioria dos
pincéis continua estampan-
do barquinhos e paisagens
na tela, Luiz Carlos de Car-
valho prefere admirar o tra-
balho do suíço Max Bill, o
radicalismo geométrico do
holandês Mondrian, o íta-
Io-brasileiro Volpi e o dis-
cutidísssimo pop norte-
americano Andy Warhol.
"Este ano vou
fazer muitas
coisas. Tenho várias expo-
sições marcadas para o
Centro Cultural, a partir de
28 de março, pretendo me
casar oficialmente com a
Márcia Müller (com quem
vive há seis anos e tem uma
filha, Isabela) e ampliar mi-
nha distribuidora de gravu-
ras", planeja Carvalho. Se
ele fizer algo parecido com
o que aprontaram alguns de
seus antecessores no Cen-
tro Cultural Paschoal Car-
los Magno — gente como
Fernando Borges e Maria
Daltro, que não cansa de
citar —, terá chegado a ho-
ra de Niterói deixar de ver
navios. Ou melhor, barqui-
nhos...
Com muitas idéias
idcias na cabcqa,
cabeça, Luiz Carlos planeja sacudir o panorama artistico
artístico da cidadc Ney Reis
 CSDADE
5
Enquanto o carro passa direto
...um novo tipo de üla surge ao lado: a dos motoristas a procura dos
A não
ponte
m Um selo substitui os cobradores
a de hoje na ponte
partir
ponte Rio—Niterói completa quinze
Jfik anos hoje, mas quem recebe presen-
_ie™^* _ te é o usuário. Aliás são dois presen-
tes. Um é o fim das filas de carros para o
pagamento do pedágio. —O outro é um presente
de grego: o auto-selo uma taxa mensal ou
anual obrigatória que deverá ser paga por todos
aqueles que passam por qualquer rodovia fede-
ral, como é o caso da ponte. O engraçado é que
as filas nas cabines do pedágio foram substituí-
das pelas filas nos postos e agências da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), onde
o auto-selo pode ser comprado. A partir de
hoje, os motoristas só podem atravessar a ponte
se tiverem o selo colado no canto superior
direito do pára-brisa de seu automóvel. O valor
varia de acordo com o ano de fabricação do
veículo e número de eixos: NCzS 2.04 para
veículos fabricados há mais de sete anos, NCzS
6,17 para os mais novos e NCzS 49,36 para
ônibus e caminhões pesados. Os motoristas que
tentarem burlar as exigências do Departamento
Nacional de Estradas e Rodagens — DNER,
serão obrigados a adquirir o selo e a pagar no
ato uma multa que eqüivale ao mesmo valor da
taxa.
O esquema montado pela ECT para a venda
dor de cabeça para
dos auto-selos trouxe muita "Isso
os proprietários de veículos. é para maítra-
tar. Mais de 50 pessoas na fila e só uma
atendendo", reclamou José Maria Gonçalves
que utiliza a ponte três vezes por semana. Um
dos maiores entraves foi o preenchimento do
formulário, que nada tem a ver com a venda dos
selos. "O formulário é necessário para que no
futuro o usuário receba em casa um carnê, que
poderá ser pago mensalmente nos bancos",
esclarece o diretor de trânsito do DNER. ítalo
Mazzoni.
Os descansados ou desavisados que ainda
não compraram o adesivo não tiveram proble-
mas ao cruzar a ponte nos três primeiros dias da
obrigatoriedade do auto-selo. A Polícia Rodo-
viária Federal, responsável pela fiscalizaçao,
Fotos de Renan Cepdda
selos
pode parar
e o pedágio
Rio—Niterói
?
não multou nenhum veículo, mas a tolerância
pode terminar hoje. Os usuários constantes da
Ponte serão beneficiados, ao contrário dos usuá-
rios eventuais, pois esse sistema de cobrança só
é vantajoso para quem atravessa "Eua baía de carro
muitas vezes ou até diariamente. passo duas
vezes por semana. Como meu carro é 75,
comprar o selo é lucro. Mas para 90% não é",
diz Júlio César de Souza que mora no Barreto.
Para atender aos que se sentem prejudicados, já
está sendo estudado o selo semanal, mais bara-
to. Preocupação mesmo é a dos funcionários do
Banco Meridional, que trabalhavam nas cabines
de cobrança. "Ninguém sabe o que vai ser da
gente. Pelo banco, o que se sabe é que nós
vamos voltar a bater cartão na agência", decla-
rou um funcionário que não quis se identificar.
O auto-selo veio engordar mais a lista das
despesas dos motoristas brasileiros. Muita gente
reclamou de pagar mais uma taxa, além do 1
As
Imposto sobre Propriedade de Veículos Auto- l°fertaS
motores — 1PVA. 'isso é bitributação, o que é
inconstitucional. Nós já pagamos taxas pan
utilizar ruas e rodovias, mas vamos ter que
continuar a contribuir com os corruptos", acusa
Salvatore Pollola. morador de Icaraí. Uma sim- 5
pies nomenclatura salva o DNER da acusação
de violar a lei. "O IPVA é um imposto. Então,
ele não é direcionado. Já o auto-selo é uma taxa
que será destinada à manutenção especificamen-
te das rodovias federais", justifica o diretor Cotf
geral do DNER. Antônio Canabrava. O
-
ShopP1^
Com a nova tarifa, as rodovias federais
terão NCzS 35 milhões mensais para sua conser- m°daroS'
vaçáo. Antes, o pedágio que era cobrado em Em e*P°;
apenas oito estradas em todo país totalizava fl2°
NCzS 1.6 milhão. Se existe algum beneficiário
Você
da mudança, portanto, esse é o DNER. ou seja, p
o Governo. Resta saber se o dinheiro será
realmente usado na manutenção e conservação
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das estradas. >m
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 I

Negócios

•
Quem vê cara, vê brincadeira

Uma fabriqueta transforma o rosto dos outros em alegria de carnaval

Renan Cepoda
B"* oi uma boa idéia. No início de
H1"™ 84, em plena campanha das
¦ Diretas Já, o espanhol Arman-
do Valles Castanye, 64 anos, resolveu
inovar na confecção de máscaras. Além
dos tradicionais clóvis, pierrôs e mons-
tros, partiu para máscaras de políticos.
A de Tancredo Neves, então candidato à
Presidência da República, inaugurou a
série e bateu recorde de vendagem no
carnaval daquele ano. "Após sua morte
pensei que a máscara não seria mais
vendida. Só que a cada ano recebemos
novos pedidos", conta Castanye. Depois
de muitos anos no ramo, ele enfim
descobriu que a alma de seu negócio era
fazer a cada carnaval modelos com os
motivos mais marcantes do ano. Foi
assim que a Fábrica Condal aumentou 1*^1
bastante sua produção, atingindo hoje a
produção de 2.00() máscaras por dia.
A primeira máscara de político feita
por Castanye foi a de Jânio Quadros, na
época de sua renúncia. Mas o primeiro
grande sucesso da fábrica Condal só
viria mesmo com o ratinho Topo Gigio.
Depois vieram o Batman e os super-
heróis, King Kong, E.T., Hulk, a Emília
do Sítio do Picapau Amarelo e muitos
outros. Até chegar de novo a vez dos
" 1 alvez atéSó vendesse,
políticos. Paulo Maluf não emplacou.
mas eu não gosto
dele e decidi não fazer a máscara", conta
pequeno empresário. Este ano, o gran-
de destaque foi a máscara da prefeita de Castanye já criou mais de 300 modelos, mas só conseguiu erguer seu negócio com máscaras
São Paulo, Luiza Erundina, que vendeu de políticos
mais de 5.000 cópias. "Para as eleições quatro anos após seu desembarque no
de novembro, já estão certas as másca- conquistando clientela. Nessa época, to- específica para a confecção das másca-
país, a Condal é uma miniempresa com do o trabalho era feito em tela ou ras. A dificuldade insuperável continua
ras do Lula e do Brizola." 15 funcionários. A especialidade são as brocado. "As máscaras eram muito frá- sendo a entressafra carnavalesca: só nos .
Castanye já exercia a profissão de máscaras — mais de 300 modelos dife-
escultor na Espanha, em 1955, quando rentes que passaram pelas mãos do es- géis. Com a chuva ou o suor se desman- três meses que antecedem a festa as
"Era chavam", conta Castanye, que resolveu máscaras vendem. Mesmo assim, após
decidiu vir ao Brasil para fazer moldes cultor. difícil entender como no o problema usando uma camada de
de bonecas numa fábrica de brinquedos Brasil não havia um bom mercado para trinta anos dedicados a confecção de
parafina sobre elas. Mas a criatividade máscaras,
em São Gonçalo. Sua idéia era ficar máscaras, mesmo sendo o país do Car- dele não parou por aí. Castanye foi o "Consegui Castanye se sente gratificado.
criar um mercado^que só faz
apenas cinco anos. Hoje, 34 depois, ele naval", comenta Armando.
continua morando no mesmo bairro. Só primeiro a fábricar máscaras de plástico, resaltar uma festa popular do Brasil",
No início, a receptividade não foi que baratearam bastante o custo. Hoje,
mudou o fato de que agora trabalha em muito boa. Mas depois de alguns carna- completa.
ele já não precisa recorrer a improvisos
sua própria fábrica, a Condal. Criada vais, as máscaras do espanhol foram do gênero porque possui uma máquina Sofia Cerqueira

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192o' um grupo eli-
m 1920, eli- Spoca. Em pouco tempo
cos da época. com capacidade dt
moderna e^o^^^acida^ de Niterói. Mesmo estando em
tista de niteroienses se
se se tornou o clube mais badala- abrigar o quadro social con
con outros tempos, a nostalgia ain-
outros
Em
EHIIH reuniu com do da cidade. O Central foi wais conforto. A sede
mais atua'
atua' da ressurge
da nos bailes de debu-
ressurgenos
a proposta
proposta
de fundar um clube. Quando aa palco de grandes bailes, que tem quatro andares, saunas
saunas tantes
tantes feitos anualmente. A
reunia a nata da sociedade lo- salao de jogos
salão e um
urn parque Orquestra
parquc Orquestra Tabajara 6ca encar-
fica
idéia se concretizou, em mea-
cal em seu salão. Depois de aquático,
aquatico, onde são
sao praticada; regada
praticada; regada de resgatar o romantis-
dos daquele ano, nasceu na mo
Rua Presidente Pedreira, no algum tempo, o clube trocou diversas modalidades esporti¦
esporti mo dos anos cinqüenta
cinquenta que se
de lugar e passou a funcionar vas. Atualmente, o clube está espalha
estix espalba no salão
salao entre as mo-
Ingá, a primeira sede do Clube
na praia de Icaraí. Várias refor- - ças. Claro que sem perder o
Central. A casa era pequena, conquistando um freqüentado
freqiientado' f35-
mas alteraram a nova sede, até encanto dos anos dourados
mais jovem e continua se desta-
desta- encanto
mas nem por isso deixava de que o prédio foi demolido dan-
seguir os padrões arquitetôni- do lugar a uma construção mais cando das demais sociedades
sociedade* Carlo Carla Andrade

n
Ecocardiograma — Doppler — Holter Contínuo
Continuo
Ergometria em Esteira — E letro cardiograma

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Detalhes e linhas que ganham

vida a partir de ângulos novos,
como na Igreja de São Lourenco
(acima),contrastam com a
simplicidade dos contornos da
velha Igreja de São Francisco
Xavier (abaixo); e reaparecem
tr10 no interior da Basílica de Nossa
Senhora Auxiliadora (à direita,
no alto e logo abaixo), com seus
motivos sacros, a imponência e
o requinte das colunas e da
\ cúpula
s" •>'"<¦¥%>'¦*':¦'':•
í'*'-í'J'.'¦¦' ^-•¦'*rjj^*yt|PJB_^ i__B_F". _^

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A pequena janela da capela do Forte

Santa Cruz (ao lado) parece apontar a
luz da fé simbolizada no Cristo
(abaixo) e anunciada pelo sino da
Porciúncula de Santana (acima) ou
pelos anjos da nave da Igreja de São
Lourenço (ao lado)

' ,"l™""|
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Cinema
RETROSPECTIVA 88 — Hoje: Fdtiço da lua (Moons-
truck). de Norman Jewison. Com Chcr. Nicolas Cage,
Vincent Gardênia e Olympia Dukakin. Arte—UFF (717-
8080): 15h30, 17h30. 19fa30. 21h30. (10 anos)
Comédia romântica sobre uma família italiana do Broo-
klyn. Jovem viúva está com casamento marcado mas se
apaixona pek) irmáo do noivo, depois de uma noite de lua
cheia que muda todo o curso da história. Oscar de melhor
atriz (Cher). melhor atriz coadjuvante (Olympia Duka-
kis) e melhor roteiro original. EUA/1987.
COCKTAIL (Cocktail). de Roger Donaklson. Com Tora
Cruise, Bryan Brown, Elisabeth Shue e Kellv Lynch.
Central (717-0367): 13h30. 15h30. 17h30, 19h3t), 21h30.
(14 anos).
Jovem ambicioso vai para Nova Iorque na esperança de
ficar milionário, mas só encontra trabalho em um bar.
Logo, porém, ele descobre que pode ser o melhor
barman da cidade. EUA/1988.
A HORA DO ESPANTO II (Fright nigiit — Purt II). de
Tommy Lee Wallace. Com Roddy McDowalI, William
Ragsdale, Traci Lin e Julie Carmcn. Niterói Shopping 1:
15h. 17h. 19h, 21 h. Niterói Shopping 2: 14h30. lótiW.
181i30. 20h30. Curta: Vlolurb. dc Cleumo Segond. Wind-
sor (717-6289): 15h, 17h, 19h, j!lh. Curta: Morangos
mofados, de Rubem Corveto. (16 anos).
Terror. Nesta continuação, uma sedutora vampira volta
para aterrorizar o adolescente que matou seu irmão no
primeiro filme. EUA'1988.
BRADDOCK 3 — O RESGATE (BraiMock — Mbalng
In action III). de Aaron Morris. Com Chuck Norris. Aki
AJeong, Yehuda Efroni e Ron Barker. Niterói (719-
9322): 13h30. 15h30. 17h30. 19h30, 21h30. (14 anos).
Curta: 1924 — Bendita revohiçáo. de Sérgio Sanderson.
Ex-combatente, casado com uma vietnamita dada como
morta, descobre que a mulher e o filho ainda estão vivos e
volta ao Vietnã, mas é caçado pelos guerrilheiros inimi-
gos. EUA/1988.
O DIABO NA CAMA (Brasileiro), de Michele Massimo
Tarantini. Com Lnndo Buzzanca. Márcia Dornelles,
Paulo Figueiredo e Monique Lafond. Clnema-1 (711-
9330): 15h, 16h30, 18h, 19h30, 21h. (14 anos).
Para escapar da falência, empresário procura agradar um
investidor alemão apresentando uma garota de programa
como se fosse sua mulher. Produçáo de 1987.
BIRD (Blrd), de Clint Eastuood. Com Forest Whitaker,
Diane Verona, Michael Zelniker e Samuel E. Wright.
Center (711-6909): 15h, ISh. 21h. (16 anos).
História real do saxofonista Charlie Parker, sua arte
revolucionária e uia vida pessoal, cercado de drogas,
álcool e mulheres. Prêmio de melhor ator (Forest Whita-
ker) em Cannes. EUA/1988. Bird,o festejado filme de ClintEastwood com Whitaker, conta a vida de Charlie Parker no Center
IRMÃOS GÊMEOS (Twím), de Ivan Reitman. Com i
Arnold Schwarzenegger. Danny DeVito. Kelly Preston e —Show
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(Livre). Curta: 1924 — Bendita revolução, de Sérgio f-pori&rico K^&ri&^s
Sanderson.
Comédia. Irmãos gêmeos, totalmente diferentes, encorv
tram-se depois de adultos e embarcam numa viagem
tumultuada para localizar a máe. EUA/1988.
O SOBREVIVENTE (The running man). de Paul Mi-
chael Glaser. Com Arnold Schwarzenegger. Maria Con-
chita Alonso. Yaphet Kotto c Jim Brown. Tamolo (Sáo
Gonçalo): 14h30. 16h30, 18h30. 20h30. (14 anos). Curta:
Mercadores de São José. dc Sani Lafon Pádua.
Num futuro próximo, os Estados Unidos vivem sob
regime totalitário e a única diversáo permitida é um
violento jogo. transmitido pela televtsào. onde os comba-
tentes lutam para sobreviver. EUA/1987.
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Madeira" (Av. Almirante Tamandaré. 810. Piratinin-
ga). às 23h. Couvert: NCzS 2.50 Consumação .Ji;s»»«,^^|
Mínima. NCzS 2.00.
Angela Rò Rô — A cantora vai apresentar músicas
de diversos discos e cantar algumas canções dos |
Beatles. No Duerê (Est. Caetano Monteiro. 1882.
Pendotiba). as 23n. Couvert: NCzS 5.00. Consuma- Rô Rô promete show sem escândalos O Boca Livre no espetáculo do Gay-Lussac
çáo Mínima NCzS 1.50.
Cláudio Diniz e Banda — Show do cantor o
guitarrista acompanhado de sua banda formada por
Nerino (guitarra). Hamleto (teclados). Gilberto (con- Os comportadinhos e a escandalosa
traoaixo) e Douglas (batena). No llê Uuamba (Est.
de Itaipu. 972). às 20h. Sem Couvert f§ i®uito talento e polêmica são os das as maneiras para sobreviver", confes- saladas. Já vai longe o tempo em que o
Boca Livre — Show do grupo formado por Zé fiwfl pontos marcantes da carreira da sa. No show, ela canta Prova de Amor, 3oca Livre lançou um disco independer.-
Renato (voz e violão). Lourenço Baeta ívoz. violão e e e alcançou recorde de vendagem. Ago-
teclados). David Tigel (voz. baixo e arranjos) e cantora e compositora Ângela Rô Rô que música que dá nome ao seu novo LP e foi
Maurício Maestro (voz. baixo e arranjos). No Teatro se apresenta hoje no Duerê (Est. Caeta- composta especialmente para Elza Soa- •a contratado pelaSom Livre, fez a rees-
Gay-Lussac (Rua Coronel Joáo Brandão. 87. Sôo no Monteiro,l882 - Pendotiba), às 23h. res, na época em que a cantora perdeu o réia no Jazzmania, numa temporada de
Francisco), às 22h. Ingressos: NCzS 4,50. Apesar de todo o folclore que cerca sua filho caçula. im mês com casa lotada todos "tinha os dias.
Teatro personalidade e seus shows, a cantora A gente imaginava que ainda um
No Teatro Gay-Lussac Cotonel
Colonel "mblico
Vestido de Noiva — De Nelson Rodrigues Dire- promete um espetáculo ameno, próprio João Brandão, 87 — São (Rua Francisi'0) a
Francisco)
fiel. mas não podíamos pensar
çào de Paulo Afonso de Lima Com Isis Koscndoski. para ambientes pequenos e trangüilos. que a receptividade fosse sei tão boa",
Rogério Fabiano e Netla Tavares. No Teatro da UFF única certeza é de um espetáculo do! ente.
doente. iiz o violonista e flautista Lotlrenço Bae-
(Rua Miguel do Frias. 9). às 21 h. Ingressos: NCzS Sozinha no palco tocando piano. Angela Suave como sempre foi
4.00. relembra vários sucessos de discos ante- o som do quarte-
qiiarte- a. O show tem um repertório variado:
Afrouxem os Cintos Que a Cortina Abriu... — riores. alguns bines e músicas dos Bea- to vocal Boca Livre, que canta ali iià; 22h. ilém dos antigos sucessos, como Toada e
Textos de Luís Fernando Veríssimo. Alcione Araújo.
Cláudio Ramos e Heleno Sotelino. Direção de tles. "É um repertório que eu faria em Depois de quatro anos, o grupo rtn torna
toma Mistério, composições inéditas de Milton
Cláudio Ramos. No Teatro Leopoldo Fróes (Rua casa", esclarece. "Estou atacando de to- ao palco fiel ao estilo alicerçada
alicerfad 3 nas Nascimento e João Bosco.
Manoel de Abreu. 16). às 21 h Ingressos NCzS
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