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R. Boczko Professor de Astronomia do Instituto Astronémico e Geofisico da Universidade de Sao Paulo CONCEITOS DE ASTRONOMIA “ EDITORA EDGARD BLUCHER LIDA. 15 16 Si Mie “ig 20 Sar Nez 23 24 25 Prefacio CAPITULO I ~ NOGOES DE CALENDARIO Astronomia: passado, presente e futuro. 0 diac a noite. Fases da Lua, Mis tuna. Estagdes do eno. Ano Solar A semana Calendario: objetivos © problenas Determinagao da duragae do ano. Calendério Egfpcio. Calendario Babi lanico. Calendario Grego. Calendario Juliano Era Crista DeFinigio da date da Pascoa. Festas religiosas cris Calendirio Gregoriano, CSlculo da data da Pasco. CAPITULO IT - SISTEMAS DE REFERENCIA Vertical © horizonte de um local. Movimento diurno aparente do Sol Determinagdo dos pontos cardesis Movimento noturno @ movimento “anual aparentes das estrelas. Movimento diario aparente dos astros Conceito de esfera celeste. Sistema horizontal local de referéncias. Nascer, ocaso © passagem meridiana de un astro. Culminagae superior e inferior. Maxima digressio. Determinagao do meridtano pelo método das alturas iguals. xr 12 15 16 W 19 2 zz 25 28 30 32 23 35 a7 40 44 46 49 31 26 Naz 28 Sa 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 a a 43 44 45 46 7 48 49 50 1 Coordenadas geograficas Relagdo entre latitude geogrifica © astrondmica Diferenga entre norte geogritico ¢ magnético. Sistema equatorial de referéncias. Sistema equatorial hordrio de referéncias. Correspondéncia entre os diversos sistemas de refe- CAPITULO TIT - TRIANGULOS ESFERICOS Triangules esféricos. Lei do co-seno na trigonometria esférica. Lei dos senos na trigonometria esférica Férmula do seno & co-seno na trigononetria esférica. Formula do co-seno & co-seno na trigononetria esfé- Formula do seno & seno na trigonometria esférica Formulas de Borda Determinagéo do angulo entre 2 astros CAPITULO IV - RELACDES ENTRE SISTEMAS OE REFERENCIA Relagdo entre coordenadas horizontals e horarias Relacdo entre o sistema horério © © equatorial: ten po sideral Relagdo entre o sistema horizontal © o equatorial Passagem meridiana de um astro Estrelas circumpolares. Nascer e ocaso de um astro Condigdes de visibilidade de um astro. Cruzamento como primeiro e segundo verticals Condigdes de maxima digressdo ou elongacao- Passagen por um almucintar. CAPITULO V ~ PLANIFICAGRO DA ESFERA CELESTE Planificasio da esfera celeste Projegdo cilfndrica 82 54 55 56 59 6 64 67 70 2 13 1” 80 a3 86 87 90 95 97 101 103 106 108 109 52 53 54 55 56 57 58 59 60 6 62 63 64 65 66 67 68 6 10 n 12 3 4 75 Projecio estereogrifica CAPITULO VI ~ MOVINENTO ANUAL DO SOL. SISTEMA ECLIPTICO Movimente anual aparente do Sol Declinagdo do Sol ae longo do ano Duragde da parte diurna © noturna de um dia Sistema ecliptico de coordenades Estagdes do ano: razéo, Regiées cli icas da Terra Relagio entre coordenadas equatoriais © eclfpticas do sol Relagdes entre coordenadas equatoriais ¢ ecifpticas de ue astro Coordenadas galscticas. CAPTTULO VII - MUDANGA DE SISTEMAS DE COORDENADAS POR NEID DE MATRIZES DE ROTAGAO. Relacio entre coordenadas esféricas e cartesianas Conversée entre sistemas diretos © indiretos. Nudanga de coordenadas por matrizes de rotag: Escolha da diregdo dos efxos cartesianos nos diver- sos sistemas de referancias. Muganga entre os sistemas de coordenadas usadas em astronomie por melo de matrizes de rotagio. CAPITULO VIII - SISTEMAS DE MEDIDAS DE TEMPO Medico do tempo. Tempo solar verdadeiro. Tempo solar médio; tempo universal. Relégios solares Tempe do fuso local Hora de verao. Tempo sideral verdadero. Tenpo sideral médio. Precessio dos equindcios. 123 125. 128 130 132 134 136 140 142 144 148. 151 156 158 160 163 166 189 m 73 176 76 7 78 79 20 81 82 83 8a 85 26 87 88 a9 30 a 9 93 94 95 96 37 Fendmeno da outa: Ano sideral, ano trépico e ano besseliano. Tompo das efemérides. Tempo atdmico Internacional - Irreguaridades na rotagdo da Terra. hovimenta dos pales. Variag3o da latitude de um local devido a0 movimen- to dos palos. Variagio da longitude de um local devido a0 movimen to dos polos. UTO © UTI. Efeitos sazonais na velocidade de rotacdo da Terra ura Tempo universal coorge CAPITULO IX - DESLOCAMENTO 00S PLANOS FUNDAMENTAIS DE REFERENCIA. Deslocamentos dos planos fundamentais de referéncia. Variagdo (aproximada) nas coordenadas de um astro de Vido 3 precessio Variagde rigorosa nas coordenadas de um astro devi- do 3 precessio Variagio das coordenadas de un astro devido & nu tagao. CAPTTULO X - ABERRAGRO OA LUZ Efeito de aberragao. Angulo de aberragio estelar Aberragio secular das estrelas. Aberragae anual Aberragio didria. CAPITULO XI - PARALAXE Efeito de paralaxe. Paralaxe anual Paralaxe didria. 179 180 183 184 186 187 188 192 193 196 200 208 208 24 27 219 221 226 230 232 236 98 99 100 102 103 104 105 106 107 108 109 no m ne ns na M5 Ne n7 ne ng 120 iy CAPITULO XII - MOVIMENTO PROPRIO DAS ESTRELAS Movimento proprio das estrelas. CAPITULO XIII ~ REFRAGAD ATMOSFERICA Refragio acmostérica. Crepisculos. CAPTTULO XIV - REDUCRO AO Redugio ao dia. CAPITULO XV - ESTRUTURA E DISTANCIAS NO SISTEMA SOLAR Sistema geocéntrico. Teoria dos epiciclos Sistema hellocéntrico. Provas do movimento de rotasdo © do movimento orbi- tal da Yerra Configuragdes plane Determinagio do rafe da Terra por Eratdstenes Fases da Lua. Eclipses. Condigao geonétrica para a ocorréncia de un eclipse, Determinagao da distancia da Terra 3 Lua. Distancia da Terra ao Sol. Ralo orbital © perfodo sideral ée planetas interiores, Raio orbital © perfodo sideral de pl: rae exteriores Lei de Titus © Bode Grbita da Terra, segundo Kepler Leis de Kepler. CAPITULO XVI - MOVIMENTO ELTPTICO DO SOL Estudo da elfpse: Elementos orbitals Movimento el{ptico do Sol Equagio de Kepler. 246 249 258 260 262 263 265 267 268 an 276 280 282 283 285 287 288 290 298 297 300 303 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133, 138 135 136 137 138 EquagSes aproximadas do movimento eliptico. Movimento do Sol em ascensio reta. GAPTTULO XVII = GRAVITAGKO UNIVERSAL Lei ga gravitagdo universal. Primeira prova da validade da le da gravitagio uni versal. Marés. Variagio da gravidade terrestre coma altura desae © solo. Energia de um corpo num campo gravitacional. Equagio da tr: téria e velocidade de um corpo num campo gravitacional. Formas geondtricas das drbitas. Problena dos 2 corpos. Hodégrafo de ue movimento orbital. Movimento elfptico ou kepleriano. Hoyimento parabélico. Orbita de un sacélite artificial da Terra. Coordenadas heliocéntricas de um corpo orbital Coordenadas geo tricas de um corpo orbital. Nogdes sobre perturbagdes: problema dos 3 corpos. Apandice. Exercfeios Bibliografia Indice Renissivo. 306 308 316 318 321 322 324 328 331 334 338 342 345 347 349 351 355 359 408 409 Prefacio © interesse no estudo da Astronomia tem apresentado ulti~ mamente um aunento significative. A procura de cursos de Astrona, nia tem ultrapassado, multas vezes, os limites logfsticos dispont Uma razodvel quantidade de publicagdes estso sendo edita~ as sobre o assunto, visando essencialmente uma divulgagdo da Astro nomia ao piblico, em geral, nio espec Iizado. & através dessas 9 bras, muitas vezer, que nascem as tendincias dos jovens pela As~ tronomia em nivel mais profundo A idéia dessa nossa obra é a de permitir que os iniclantes em Astronomia possan se inteirar do vocabuldrio, das Idélas e dos nétodos ut Trades em Astronomia Fundamental. A obra nasceu dos muitos anos de ensino de Astronomia no Instituto Astrondnicoe Geo, fisico da Universidade de S40 Paulo, © sev conteddo visa cabrir a matéria lecionada nos cursos basicos de Astronomia Fundamental. & hatemdtica © fisica envolvidas raramente ultrapassam © nfvel de ca. nhecimento obtenivel nos cursos de 22 Grau. A matéria & apresenta, da de modo 2 nao exi nenhun conhecimento astrondmice pretininar. seria gif Tl enumerer as pessoas que tornaram essa obra pos: con uma cota maior. Entre estas, gostaria de expressar minha gra- tidio aos Professores Doutores Abrahio de Moraes (J4 falecide), 6 orgio Ernesto Oscare Giacaglia, Paulo Benevides Soares e Sylv 61, mas, sen divide alguna, houve aquelas que participaran Fer Faz-Hello que foram os responsdveis pela minha formagSo em Astro~ nomia de Posicio. 0 que essa obra tem de bom deve-se a eles, os er rot podem ser computados 2 minha falhe em aborver seus ensinanen- tos. Muito Frutiferas foram tambén as discussdes mantidas com meus colegas de profissio Luiz Sernardo Ferreira Clauzet, Nelson Vani Leister e Ramachrisna Teixeira, sempre procurands determinar @ me Inor forma de se ministrar os cursos. duas pessoas muito influi- ram para que eu tonasse @ Iniciativa de reunir num livro todas as Pinnas notas de aula: a Srta. Teresa Cristina Cume Grassi, Inicl~ aimente como aluna e depois como colega de trabalho, inclusive re vendo 0s manuscritos © apresentando valiosas ert as © sugestéess 2 outra pessoa que sempre me incentivou foi minha mulher Elisabeth Epov Boczko. Valio Sima e indispensavel foi ® coleboracio de Ma ria Neuza dos Santos con o magnifico trabalho de dazilografia. & todos meus sinceros agradecimentos. Ros leitores, desejo que possan nessa obra encontrar algu. as respostas a alguns de seus problemas. Desses mesmos leitores 2 de meus colegas de profissao espero as eriticas para que se pos sa melhorar © conteddo do livro numa eventual préxina edigao. S30 Paulo, janeiro de 1984. R. Boezko Capitulo 1 Nocées de Calendario : enone Do contrario do que muitos supdem, a Astronomia! 230 de deleite de alguns poucos. A Astronomia nasceu e eresceu gra. dativanente para suprir necossidades sociais, econdmicas, religio sas e também, obviamente, culturais. A implantagdo de métodos de contagem dos dias, a prépria medig3o da duragio do dia, a determinagie das estagdes do ano, 2 denarcasio de terrenos, # navegasio, etc., podem ser exemplos de necessidade de aplicagso de conhecimentos astrondmicos. No presente, as viagens espaciais sio possfveis gragas tecnologia desenvolvida aliada & alta preciso dos dados astron nicos disponfvels. néo hunanidade; mesma os que néo véem nelas aplicagao direta Imediata, 3 negar a honra que tais viagens causam 5 doven reconhecer 0s avanges tecnalégicos que tals eventos incuti~ ram en diversos ramas da atividade humana, como por exemplo a mi- nlaturiza + lerganente utilizeda tanco na vida Social comona me, dicina e outras cigncias. Acreditamos que num futuro, talvez nao muito distante, a Astronomia poderd fornecer ao honen ouxflio ainda maior no intu to de desenvolver ainda mais nosso intelecto ben como ajudar no ne, Ihor viver sobre a Terra e, quem sabe, sobre outros astros. Vejamos, nos itens seguintes, como a Astronomia se desen- volveu © que ajuda ela pode nos dar. Iniciemos com a aplicagio da Astronomia no cdmpute do tempo. No Capftulo XVIII existe una lista de exercicios de cada un dos Teens abordades. 1. Astronomia = Astron + nomos (lei) [grego] = lei dos astros Nopies de Calendério 3 Hp o14 € a wort € razoavel de se supaor que a alternancia periédica dos in tervalos de tempo claro e eseuro tenha orientado a vida social mes, no dos mais primitives seres humanos. A associagao da claridade com © Sol! e 0 da escuridio 3 sua auséncia no deve ter sido muito di ffeil. Assin, @ nogio de Déa® atava-se & presenga, quase sempre, fulgurante do Sol no Cu, © a nogio de Nodte* era Vigada i sua Falta e a0 aparectmento de Esttezas® Para as poucas necessidades socials existentes, a contagen do tempo era feita pelo cémputo de "sdis" passados. Notar que ain da hoje em varias Mfnguas sol é sindnimo de dia, e que dia é usa~ do indistintamente para © perfode clare cone também para designar © Intervalo de tanpo entre 2 infcios do perfode clare, ou seja 4 = perfodo claro + perfedo escure. Para e ar confus3o na nonenctatura, & parte clara do dia chamaremos de Dia Claro; o adjetivo a ele referente seré Diuano. Ao perfode completo do Dia Claro mais Noite chamarenos de Dia; re Ferircnos-emos a0 Dia com 0 adjetive Didnio. sot [origem 1atina] = Hélio Lareso] sotto” " s bies J "+ caetun] » 4g noctis] "a stelle] A Concsitos de Astronomia )FASES OA LUA. HES LUNAR Além do Sol, que regia o dia claro, © das estrelas, que sé apareciam 3 noite, logo deve ter-se tornado notéria a existéncta de outro Astro cuja eparigio alternava-se periodicamente entre o dia claro e 2 noite: era a lua’, cuja figura noturna, muito mais espetacular que a diuna, passou naturalmente a ser connecida cone a rainha da noite, honra essa cabivel ao rei Sol durante o dia cla Verificaram, também os antigos seres humanos que a forma da Lua nem senpre era a mesma: ela passava por diversos estagios que se repetiam periodicanente. Esses estigios conpreendiam desde una Lua circular conpletament brithante até um sero filete cireun ferencial levemento iluninado, passando por todas as fases inter- nediirias, © continuando 0 Fendmeno en ordem inversa até atingir a Lua Cheia novanente, © af recomegande o ciclo Definiuese assim 4 Fases? da Lua, ca da una iniciando-se nas seguintes cn digdes: chela, Minguante Fase Infeio _| Cheia Todo o cfreulo bri lhante Apenas una circunfernela| Nove igelranente | luninada eae Cece io Seni-cfreule i luninado, Fig. precedendo a Lua Nova . Senimefreulo Fuminado, jae precedendo 2 Lua Cheia 1. tua = Luna [latin] = setene [sreso] 2. Fase = Phasis [grego] = aparéncia Nogties de Colendtio 5 A observacao sistemitica da Lua permitiu que 05 antigos ve Fifieassem que um ciclo completo de suas fases (chamado de Luna- go) ocorria num ndenregno (intervalo de tempo) de cerca de 29 ou 30 dias. Sabenos hoje que esse interregno ¢ de 29,530589 dias, pe~ riode esse que regebe o nome de His? Sinddéco*, definido cone o Intervalo de tempo médio entre 2 fases iguais consecutivas. A descaberta desse Fendmeno periddico permitiu que a con tagem dos di 2 Fosse agrupada em blocos de 29 ou 30 dias que coin ciétam com une lunegéo. Surgiu daf o Hés Lunar, como sendo o inter regno de dias inteiros correspondentes a una lunagio. Notar que 0 més lunar ado corresponde a uma lunagio exata, J4 que aquele tem um nimero de dias inteiros, @ esse consta tam- bém de uma parte fraciondria. vis = mensis [latin] +. Sindvico = Syn (junto) [grege] + hodos (camtnho) [grego] = mes So caninno, mesma conf iguragaa. 6 Conéeites de Astronomia JESTAGOES 00 ANO. ANO SOLAR com o crescer da civil 1» as necessigades sociais tor naran-se mais sofisticadas, e 0 cémputo de grandes intervalos de tempo passou a ser premente. A humanidade descobriu no Ano? Sodan um excelente perfodo que poderia ser usade cono padrao de medida ge tempo. Mesmo durante uma geragio, 0 homen & capaz de verificar qw as condigdes meteoroldgicas que 0 envolven variam num ciclo ten de Finido, interpondo perfodos agradaveis entre aqueles que apresen tam condisdes extremas de quente ou Frio. 0s antigos puderam associar as épocas de quente, frie ou intermediarias (4 épocas chamadas de Eszagdes* do Ano) com algunas particularidades, tais como: 2) verificaram que o tananho da sombra de um pilar a0 meio-dia era muito m ds b) as estrelas vistveis no Inverno diferiam daquelas observaveis Fna estagao Fria (Inverno) que na estagao quente (Ve no Verio; €) enchentes de rios ou secas estavam intimamente relactonadas comas estagdes do ano; ete. © intervalo de tempo decorrido para que as estagces comple tassem um ciclo passou a se chamar de Ano Solar ou simplesmente Ano. A duragdo do ano, © seu emprego para a contagem do tenpo & 0 Catondinio'. © que conhecenos por HemeroZogia®, @ seu resultado 1. Ano = annum [latin] 2. tstasdo = statio [latin] = pausa 3. Henerologia = henero (dia)[grego] + logos (tratado)[grego] = tratado sobre ‘contagen dos dias 4, calendirio = calendarius [latin] = Inpresso com os dias, senanas e neses do ‘ano; originario de -calendas (prineiro dia ge cada age do ano, no ca" Tendirio’ronano)« otis de Calendario 7 No organizar dos dias en perfodos mais longos para efeitos de contagen dos dias, um perfodo de 7 dias, chamado Semana’, foi um dos primeiros a ser utilizado. Sua origen, porém, ndo ested 1i- gada a nenhum Fendmeno astrondmico periddico. Poder-se-ia tentar sssocié-la a cada uma dae fases da Lua, jé que cada uma delas, tem uma duragio aproximade de 7d) gistro conhecido de tal procedinento. 5. N3o_ ha, ro entanto, nenhum re~ A semana de 7 dias foi utilizada tanto pelos judeus como cia estave associada pelos romanos. Para os primeiros, sua exist 2 razdes religiosas que impunhan uma abetingncia de trabalno de | dia en cada 7. Esse proceder foi, também, posteriormente, adotado pelos eristios. No que concerne aos romans, esse padréo de medi~ de tempo fai sendo abragado de forma gradativa, aparentenente a0 dedicar @ cada un dos deuses celestes un dla, ou seja aos deu- 2s Sol, Lua, e aos 5 planetas* entao conhecidos por seren vist- Nercirio’, Venus", Marte’, Japiter® @ Saturno (nao 28), & cotneid de dias da semana juéaica e¢ da semana astrolégica romana pro- 5 a olho nl se conhecia Urano", Netuno? © Plu cle entre oni ssivemente estabeleceu a nogao de semana de 7 dias, com rafzes profundas que sobreviveram 2 qualquer tentative de modificagio. senana = soptinana [latin] 2. Planeta = planem [prego] = errante vercirio [latin] = Hermes [grego] = mencageiro dos deuses +. nus = devsa da beleze 2. varte = brave = deus da guerra piter = Zeus Saturne = deus do tempo wane = Céu (grego) rei dos deuses Fo ‘wsuno = deus do mar = deus do inferno 8 Conceites de Astronomia Conforme resolug8o 2015 de Organizagdo Internacional de Pa dronizago, sugere-se 2 adog3o da Segunda-Feira como primeiro dla da semana. Assune-se, também, que @ prineira semana do ano é aque la que contém a primeira Quinta-Feira do ano. Enfim, podemos dizer que enquanto 0 més © 0 ano sio pero dos neturais, @ semana parece ser um perfodo artificial de avalia, 0 do tempo. \oobes de Calendirio 9 Derresonnros owsrives + pxostenas Derininos Cagendirco? como sendo © conjunto de regrase ta aelas usedas cone finalidade de agrupar os dias en diversos peri edot que possibiliten un Facil edmputa de dias passados ou 2 pas Cada conjunto de diferentes regras di origem a um diferen, se calendirio. Deve-se notar que todo e qualquer calendirio que siga as regras pré-estabelecidas € correto. Nao existe um calendario me- nor que outro. 0 que existe, isso sim, 5: calendarios que mais se aproximan de uma Finalidade por ventura definida na sua concep Jo. Por exemplo, o melhor calendério solar & aquele cuja estruty ra é tal que sua duragio média melhor se abeire do valor 365,242199 clas, que & a duragio do ano solar. 0 grande problema na conceituasio de um calendirio solar 5 5 de achar uma forma de agrupar os dias (inteiros) de modo que so média @ duragio do ano seja igus! 3 do ano solar. Raciocinio and Jo poderia ser feito com relagao ao més, j4 que durante um ano orrem 12,368267 lunacdes @, portant, num ano ndo existe um nd- ~sro intetro de meses lunares A nanipulagio das pequenas pertes fraciondrias renanescen 2s fol sempre um desaflo & eugenhosidade do honen. Vejanos como os diversos* povos da antiguidade procuravam Iver seus problenas de Calendario. rio = ver ite 3 0 CConcetos de Astronomia ETERNI NACHO DA DURAGAO 00 AND Finquemos uma vara num plano horizontal. Tel associagéo po- de ser chanada de Gnomon!. Verifica-se que 0 tamanho da sombra do vara, causada pela luz do Sol, varia durante o di & bem longa ac nascer do Sol, pasando a diminuir até que Inge um valor minino para logo depois comecar a se alongar até atingir um compriment» Imenso a0 pdr do Sol. Chanenos de Meio-Dia 0 instante em ques sa, bra da vara tem o menor comprinento do Se medirmos © comprimento da sombra da vara senpre a0 meio dia, durante varios dias sucessives veremos que ele varia OFBRA PIRI = Ja 0s antigos notaram que quando a sonbra era minima (PA), 0 clima mostrava~se 0 mais quente; quando a sonbra era a mais lon 98) estava-se com a temperatura mais baixa. Convencionou-se dizer que o ano estava di Ido em & esta G5es, com as caracterfsticas, definidas na Tabela | 1, Grdnon = [arege] relégte solar Nodes de Calendio " 0s instances em que ocorriam as |) [tterel eum sombras com conprinentos PA © PC L icessreltes) recebiam 0s nomes de Sofsticios? [Wee a] Os instentes correspondences is ' ourone sfc sonbras de comprinento PB, onde | toverne c |e b pertence § bissetriz go angulo | Peimave etal FC, recederan © nome de Equind- Tabela 1 cos Solsticio do Verso ~ é 0 instante em que 2 sombra é minima (PA) ~ define © Infelo do Verao; Equindcie de Outono~ é 0 instante em que a sonbra & (PB), Indo de A para C. ~ inicio do Outono; sticio do Inverno~ 0 instante em que @ sombre é méxima (PC) inicio do Invernos iquinécio da Primavera ~ @ 0 instante em que a sonbra é (PB), in- do de © para A= Infelo da Primavera (equindcio vernal) HS varios sdeulos antes de Cristo alguns poves jé tinhan verificade que o tempo necessirio para que a sombra a0 neio-dia vol rasse a ter o mesmo tamanho era de cerca de 365 dias. Sabemos, ho 65,2 Vejamos agora como alguns povos agruparam os dias © meses 2, Solstfcio = Sol estético [atin] = duragio igual do dia e noite [iatin] =aequus (igual) +n0x{not te) @ CConceites de Astronomia Ceneenornra zetrcio Numa época bem remota, 0 ano egipcio consistia de 12 me~ ses com 30 dias cada, © mais 5 dias adicionais ao Final do ano pa Fa completar 365 dias. Quando comparado com a duracdo do ano s0- lar, vemos que 1 ano egipcio (AE) & cerca de 0,242199 dias (5 hom ras 4B minutos 46 segundos) mais curto. Isso significa que, se ad mitirmos que no infeio do ano egfpcio 1 a sombra do gndmon (item 6) coincidisse en 8 (0 AEI se inicia no equindcio da Primavera), de- pois de 1 ano egfpcio, 0 ano egipcio 2 (AE2) comecaria em um dio eauinotcio DO OUTONG_E PRIMAVERA c 8 a Pe Saisie 50 tree SotsT BO TAVERNO Iae2 VERK acs AEA AES Fig.t em que a sombre nao tivesse ainda retornado ao panto 8 (na verda~ de 0 dia coincidiria, mas estaria 5s” 48" 46 adiantado com relacao 20 ano solar). 0 AE3 comegaria 2x (5"48"46%) antes da sombre a~ tingir @ ponto 8 novamente. £ Facil ver que passades 4 anos, isto 4, no inicio do AES, este ocorrerd cevca de 1 dia (4x (5"4A™6*)) antes. Em outras palavras, a cada 4 anos, 0 primeiro dia do ano egfpcio se antecipa de cerca de 1 dia do infcio da primavera cor- Notar pois que apés 120 anos (30x4) haverd Jjé uma de fasagen de cerca de 1 més. Somente apés cerca de 1440 (120 x12) respondent: anos 0 infcio do ano agipcio vai novamente coincidir com 0 comesa 4a Primavera. Fazendo um cdleulo mals exato, esse perfado & de cor €2 de 1460 anos, chamado perdode sitico Nooes do Celondiio 13 AS! ase Ass Ast Ast438 51460 roth ae ne aes aes rego CAE 8s Osfasagem pragressiva entre 0 ano solar eo ano egipcio. Perfodo sético Fig. 2 Diferindo de outros povos, os egipcios nao dividiamo ano nas 4 estagies comunente adotadas. Por razdes locwis, impostes pe © regine de Sguas do rio Nilo, os egfpcios definiam apenas 3 es. tages: = estagio das Inundacdes ~ correspandente, em nosso calendério,de Julho @ novenbro = estagdo da Semeadura - correspondente, em nosso calendario, de no venbro a marco = estacio da Colheita — correspondente, em nosso calendario, de mar goa Julho. Gono © ano egfpcio era mais curto que o solar (este pode, ria, também, ser chamado de Ano das Estagies), as estagdes do ano iniciavan-se em diferentes épocas do ano egfpcio. Assim, para prever o infclo das cheias, 0s astrénomos pelos tinham que se basear realmente em observacdes astrondnlcas. Verificaram eles, que, as Spocas das chelas costumavam comegar 2- pds @ data em que a estrela Sirius, a mais brithante do céu, apa- recia pela primeira vez, um pouco antes do nascer do Sol. Essa es trela era chamada pelos egipcios de Sotis, ¢ apenas a cada 1460 a s seu aparecimento coincidia com o infeio do ano egfpcio: dal © nome de perfodo Sético. Costuma-se dizer que una estrela ten nas, simento hetZace quando nasce junto com © Sol. Assim, a previsio des enchentes era Feite através do rascinento helfaco da estrela So- Conforne vinos, a cada 4 anos do calendario egfpcio esta~ S21 dia atrasado com relacdo ao solar. Ja Ptolomeu Euergetes, det dia 238 a.€., havia notado esse fato e sugerido a inser 4 Concetas de Astronomia (intercatagdo de 1 dia a mais) no calendério egfpcio a cada 4 nos, evitando assia a defasagen do calendario egipcie com a ano so lar. Sua argumentacéo, porém, ndo foi aceita. Apenos entre 26 ¢ 23 2.0. € que © calendario egipcio adotou 0 procedimento de Interca- lar 1 dia no final de cade 4 anos, passando a se chamar catendinio Agexandrino. 0 antigo procedimento, porém, foi usado alada em al- guns lugares até cerca de 238 d.C. © calendirio egipcio antigo foi adotade também pelos Per- se5, por volta do ano 500 a.C., © sobrevive ainda hoje, de forma ligeiranente modificada, no calendirio Arminia. 0 calendario Alexandrine sobrevive no calendirio Etfope & no da Igreja Copte \ootes de Clea fo CYenenoxnro sassro1160 Na Babildnia, regido do norte da Africa, que mais tarde vi ria a se chamar Irague, 0 ano era definido cono senéo de 12 meses lunares (cada més com seu infeio determinado pelo r 1 aparecinen ro da Lua Quarto Crescente pela primeira vez no céu noturno), © un décimo terceiro més adicional, quando necessdrio, para manter oa no relacionado com as estagdes. 0 Infcio do ano babilanico coinei, dia como infeio da primavera local. Vejanos a razéo dessa intercalasdo. Conforme vimos no iten 5, 0 ndmero de lunagSes em 1 ano solar 6 de 12,368267, e como una lunasio contém 29,530589 dias, em 12 meses lunares teremos cerca de 354 dias, ou seja, cerca de 11 2 menos que num ano solar. Des 3 cias para conpletar 3 anos sclares. A correspondéncia novanente po sa forma, em cada 3 "anos" estario faltando cerca de (3x11) ae ser obtida, aproximadamente, com a insergdo de 1 més adicional a0 fin de 3 anos. Obvianante ainda ndo é suficiente, Ja que fican faltando cerca de (33-29) «4 dias © grego Meton, em cerca de 430 a-C. verificou que en 19 3 os solares havia (19x365,242199) eh 235 lunagdes existian (235x29,530583) anos solares ocorriam quaze que exatamente 235 lunagdes. Esse cl~ 940 dias; verificou também que 940 dias, ou seja, en 19 slo de 19 anos passou a ser chamado de cicko Wetdnieo. Sabe-se que 55 bebilénicos passaran a usar esse ciclo cerca de 50 anos apés He on té-lo descoberto, mas ndo se sabe se os babilénicos descobri rencno por si mesmos ov se o importaram da Grécia. Vejanos qual o rocedinento babilanico apés 380 a.C. Em 19 anos babi lénicos, de 2 meses lunares cada, existem (19x12)=228 Junagdes; come sablan cue deveriam existir 235, ficava claro que havia 2 necessidade de 2 interealar 7 meses lunares adicionais nun perfede de 19 anos Imente, Ff sas Intercelagées eram, ini tes sem nenhuna regra Fixa. 0 calendirio babi lanico, sobrevive ainda hoje no moderno ca, scdirio judatco, onde as insergdes sao feitas segundo padrées mui en definidos. E ees 0s antigos calendirios gregos eram bastante cad ieos. To dos eles se baseavan em meses lunares astrondmicos, sendo ques in tercalagdo do 132 nds era feita segundo a vontade da auto! fade cal. Assim, 0 calendirio diferia de cidade para cidade. A partir do século VI a-C. 05 astrénomes gregos procuraran 3. Un des ses ciclos foi o Meténéco, conforme descrito no Item 8, consistin- descobrir ciclos que pudessem discipliner as intercalag 0 de 235 lunagdes perfazendo 6940 dias, ou seja 19 anos. Calfpio, cerca de 1 século depois, verificou que em 235 lunagées existian 6939,25 dias, © ndo 6940. Propds ele, entdo, um cielo de (4x19) =76 anos, com (4x235)=940 lunagdes perfazendo (4x6940-1) = 27759 dias, ou seja 1 dia a menos que 4 ciclos metdnicos. Esse ciclo de 76 nos ¢ 940 lunagdes passou @ ser chanado de cicte Catipicn, mas nio se tem noticias de que ele tenna sido aplicado praticanente. 0 ci clo meténico, por sou lado, foi largamente utilizado inclusive Ia Igreja catélica, conforme verenos mais 4 frente Visto que as observagdes astrondmices nem sempre podiam ser feites para se determinar a data da Lua Quarto Crescente, apés una certa época, ndo muito bem precisa, os gregos passaram a adotar a alternancia do més com 29 ¢ 30 dias, que em média dava 29,5 dias, préximo do més sinddico de 29,530589 dias A grande desorganlzagio do calendaric grego torna quase possfvel localizar uma data nele citada. Une ajuda parcial advén quando a data @ referida a alguna das Olimpfadas realizadas en 0- Iimpia, que ocorriam sistenaticamente 2 cada 4 anos. nomic a Conforme vines no item 7, j4 em 238 a.C. ha sido propos 22 2 Intercalacée de 1 dia adicional a cada % anos para nio perm ir a defasagem do calendirio de 365 5 com relagéo ao ano s0- 0 calendirio utilizado no Inpério Romano era o lunar, com 2 intercalagao do 13? més sob vs cuidados dos sacerdotes off fssas Insergdes nem sempre foram feitas de forme rigorosa, e sob 2 governo de Jali César, elas foran tho amivde negligenciadas sue em 46 a.C 9 diserepancia entre 0 calendirio adstaio eo ano so atingis Uo dias. Sab @ orientacao do astrénomo alexandrine Sostgenes, Foi Feito um acerte no calendario: o ano 46 a.C. passaria a ter 80d. as 2 mais ov seja 445 dias (passou a ser conhecido cono 0 Ano da gusto); a partir do ano 45 a.C. passar-se-la a intercalar I dia a-mais a cada 4 anos, de modo que apés 3 anos com 365 dias cada, = AP ano teria 366 dias, passando 2 se chamar Bissexto’s © ano 45 2.0. seria ano bissexto. Devido 8 md interpretaggo da lei e da confusdo que reinou apée essa implantagio, 2% intercalagdes foram tao Irregulares que = Imperador Otivio teve que sustar todas as insergdes que serian Feitas entre 8 a.c. e 8 d.C. Apés Bd.C., essas intercalagaes Fo feitas rigorosamente durante todo o milénio e melo em que ca. endirio Ficou em vigor na maior parte do mundo ocidental. Sissexto: a origem do none pode ser explicada da seguinte forma: o dia re~ resentative do Infelo de cada nés no calendirio romano era chana, do "ealongas''; era costume Inserir-se o dia intercalado apos 0 dia 2h de Feveretro, ou seja, 6 dias antes do infcio dascalendas" ide margo; assim, esse dia era contado 2 vezes (bis), dat fieando esse dia chavado de: "bis sexto ante canlendas narcii"; passou de, pols para ano "bissexto" 18 CConceites de Astronomia Assim, om média, o Ano JuLéano tom 365,25 60 ano solar de cerca de 0,007801 dias las, diferindo ANO JULIANO = 365,25 dias send Colendiio us caste Quando se define um calendério, esté se definindo apenas a5 regras usadas na parce periddica da contagem do tempo; nao se faz nenhuma alusao 3 origem, ou seja 3 Epocat em que tal calenda- rio comegaré a ser utilizado. Define-se Eta? como sendo 0 intervale de tenpe decorrido desde una época (geralmente um acontecinento histérico de vulto) até outre Data, sende que essa Gitina pode ser indefinida. A cra mais usada atualmente no mundo ocidental é o Ena Cxis- C3. Vejanos como ela fol definida. Em Belém, ha muito tempo atras nasceu Jesus Cristo; cres- seu, desenvolveu una linhe religiosa que se disseninou na Terra & jos seguidores existem ainda hoje. Ne época do seu nascimento, singuén se lembrou de comegar 2 contar os anos a partir desse e~ ento. Nem mesmo logo aps sus morte. Muito tempo depois, em Ale~ sria subia ao trono © inperador Dlocletiane. Convencionou-se contar anos, segundo o calendirio Juliano, a partir da dace de sua as, ss50: iniciavacse a Eaa DiveLetiana. No ano 242 da Era Diocle~ sana, 0 abade romano DionZsio, auto-denominado 0 Pequeno, estava arregado de preparer tabelas nas quais se apresentavam ac datas Pascoas seguintes, numa continuagao a tabeles jé existentes, iodo 9 era Diocletiana. Sugeriu, entdo, © abade, que dever-se-ia 05 anos segundo uma Era Crista, Ja que o nascimento de Cris, 3 uma date sumamente importante pare o undo religioso oci~ sore], Segundo caleules cujo método se perdeu, Diontsio Fixou que 258 do Era Diocletiana correspondia a0 ano 525 apés 0 nascl, Se Cristo. £ assin nascou a pholépticn Era Crista (prolépti 2 Ere cuje fpoce é adotada apds @ ocorréncia do evento que de Era). 2: prego] = parada de tempo = Epi (sobre) + echein{parar) 1 $517] = ponto determinate do tempo para contagen das cates 2 Conceites de Astronomia 0 ano iniciava-se em 25 de dezembro, © 0 ano do nascinento passou 2 se chamar ano 1 da Era Crist. 0 ano imediatamente ante- rior designavacse como ano I antes de Cristo (1 4.0); na © ano 0. 0 primero seule (associacae de 100 anos sucessivos) torai now en 25 de dezenbro de 100 d.C. 0 ano utili ado como padrio era © duttano. Além de 25 de dezenbro, em versas localidades, outras de tas foram usadas pare definir © Inicio do anos essas diferentes me nelras de adotar o infcie do ano eram chamadas de Estigos*. 0s e: tilos mais usuais foram: - Estilo da Natividade = 25 de dezenbro = Estilo da Circuncis3e = 01 de janeiro = Estilp Veneziano = 01 de margo + Estilo da Anunciagio = 25 de marco © estilo da Circunciséo foi Finalmente adotado pois coin- a, @ partir de 153 a.C., como Infeto do ano oficial romano, defi lo pelo Infcio anual dos trabathos de magistratura. 3. Estilo [latin] = naneica de concer: panto partir do qual Noses de Calendirio 2 Ge) vertngH0 0m onTA oA PAscon. FEsTAS RELTGrOSAS CRISTAS A Piscoa’ representa para os eristéos @ data éa Ressurred gio de Cristo, © 6 uma continuacdo da honenagen en mendria 3 saf- da dos judeus 0 Egito Tais eventos foran Fixados de modo 2 serem conemorsdos sem pre préximas ao equindcio da primavera boreal (do hemisfério norte) Assim, 0 Conclllo de Nicea om 325 d.C. fixou a data da Pas coa como sendo " ‘0 prineiro domingo ap6s 9 primeira Lua Cheia que ccorre apés ou no equindcio da primavera boreal, adotado como sen go 21 de marco” A tua Chi era de ida como sendo aquela que ocorre 13 dias apés 2 Lua Nova anterior; a data ds Lua Nova era dada pela bele elaborada segundo 0 ciclo meténico. Devide a essas 3 Inposi- goes, @ data da Pascoa calculade nem sempre coincide com a data gue seria obtida se a definicio da Pascoa seguisse critérios as~ Todas as outras festes re losas méveis do Calendério Ecle siistico Ceistio slo definidas comando-se por base a date da Pas- soa; chamen6-la de P. Eis 0 quadro que define as demais festas re iglosas méveis: “Septuagés ina P-G3dias (63 dias antes da Pascoa) -Dominge de Carnaval Poa. sTecga-Feira de Carnaval PAT -Quarta-Feira de Cinzas Poke =bomingo de Ramos eT -Sexta-Feira da Palxie 2 Domingo do Espirito Santo P4l9 (9 dias apés a Pascoa) -Santissima Trindede P56 =Corpe de Cristo P60 scoa : do sebreu "pesah! 2 Conceitos de Astronomia Durante mais de | milanio e meio o calendario Ju © adotado em grande parte do undo ocidental. A data da Péscoa (ver Item 12) fora definida utilizando-se a data do equindcio da primavera fixed no dia 21 de margo. Ora, 2 durag3o do ano Juliano (365,25 dias) era de 0,007801 dias mais Jongo que 0 verdadeiro ano solar (365,242199). Iss0 significa que ap6s cerca de (1/0,007801) vere se di @ 20 de marco endo 21 como fora de 25 anos o verdadelro infeio da prima ido. desde © Con cflio de Nices em 325 d.C., que Inpis o Equindeio da Prinavers Eote 4iGstico! no dia 21 de margo, até 1582 quando reinava o Papa Gre- gério X11, haviam passado 1257 anos; sea cada 125 anos a prima vera real se iniciava 1 dia antes do dia definide eclesiasticanen te, em 1257 anos houve um retrocesso de cerca de 10 dias (1257/125 do equindeio real em relagio a0 equinécio eclesiéstice J on 1414, no Concflie de Constance, havion sido faites algunas propostas para s corregio desea defasagem, J8 que ela ci ha implicagdes religiosas: 0 perfodo compreendido entre 2 Quarta- Feira de Cinzas © a Péscoa era um perfodo de abstinancia, no qual comer carne era considerado heresia: ora, mas como @ Piscoa era de, Finida en fungio do equinécio vernal eclesiastico e este variava en Fung3o do equindcio real, estava-se conendo carne num perfedo en que, rigorosamente, seria proibide. Fol para corrigir tal "p cado" que a Igreja resolveu refornular 0 calendério vigente. Decomponhames @ duragio do ano solar na» seguintes parce- las: 365,242199 = 365 + 0,25 = 0,01 + 0,0025 - 0,000301; podenos escrever as Fragdes decimais em ordindrias 1. Eclesiastico = pertencente & igreja

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