Professional Documents
Culture Documents
Fundamentos do
Eletromagnetismo
S I C A G E R A L I I I ( F S C 5 1 9 3 ) , L E C I O N A DA S P E L O AU TO R E N -
T R E 2 0 0 9 – 2 0 1 8 N O D E PA R TA M E N T O D E F Í S I C A D A U N I V E R -
S I D A D E F E D E R A L D E S A N TA C ATA R I N A ( U F S C ) .
A B Í L I O M AT E U S J R .
FÍSICA III
FUNDAMENTOS DO
ELETROMAGNETISMO
2018
Copyright © 2018 Abílio Mateus Jr.
abilio.mateus@ufsc.br
facebook.com/prof.abiliomateus
Versão 20180804131900
Sumário
1 Interação elétrica 1
1.1 Um pouco de história da eletricidade 2
1.2 Carga elétrica 5
1.3 Lei de Coulomb 7
1.4 Testes experimentais da lei de Coulomb 14
Problemas propostos 18
2 Campo elétrico 23
2.1 O campo elétrico 24
2.2 Campo elétrico de distribuições contínuas de carga 28
2.3 Carga puntiforme em um campo elétrico 45
2.4 Um dipolo em um campo elétrico 47
Problemas propostos 50
3 Lei de Gauss 55
3.1 Superfície gaussiana 56
3.2 Fluxo de um campo vetorial 56
3.3 A lei de Gauss para o campo elétrico 59
3.4 Aplicações da lei de Gauss 64
iv
4 Potencial elétrico 85
4.1 Campos conservativos 86
4.2 Potencial elétrico 87
4.3 Potencial elétrico de cargas pontuais 91
4.4 Energia potencial elétrica 94
4.5 Potencial de distribuições contínuas de cargas 95
4.6 Cálculo do campo a partir do potencial 101
4.7 Superfícies equipotenciais 104
4.8 Potencial elétrico de um condutor carregado 106
Problemas propostos 109
Apêndices 243
E Vetores 253
E.1 Definição e propriedades 253
E.2 Produto escalar 254
E.3 Produto vetorial 256
onde
ε0 = 8,854 187 817 × 10−12 C2 N−1 m−2 ,
é a constante de permissividade elétrica do vácuo.12 12
http://physics.nist.gov/cgi-
bin/cuu/Value?ep0
Assim, podemos escrever o módulo da força eletrostá-
tica dada pela lei de Coulomb como
1 |q1 | |q2 |
F = .
4πε0 r2
Princípio da superposição
Quando há mais do que duas cargas presentes, a força
resultante sobre qualquer carga será dada pela soma vetorial
de todas as forças individuais atuando sobre ela. Este é o
chamado princípio da superposição. Por exemplo, a força
resultante que atua sobre uma carga q1 devido à presença
de N cargas pontuais pode ser escrita como
F~1 = F~12 + F~13 + F~14 + · · · + F~1N .
onde
~rij ~ri − ~rj
r̂ij =
= .
rij |~ri − ~rj |
O princípio da superposição nos permite resolver qualquer
problema eletrostático, ou seja, descrever completamente as
interações entre cargas elétricas em repouso.
–
– +
onde
|q1 | |q2 | (1,0 × 10−6 )(3,0 × 10−6 )
F12 = k 2
= 8,99 × 109 = 1,20 N
r12 (0,15)2
A força resultante F
~1 forma um ângulo α com o eixo x, obtido
pela relação:
F1x
F1x = F1 cos α ⇒ cos α = ⇒ α = 36,7◦ .
F1
+
– +
Figura 1.7: Três cargas ao longo do eixo x. Qual deve ser a posição
da carga q3 de forma que todo o sistema permaneça em equilíbrio?
x = 0,775 m.
EEE
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P1.1 Duas cargas pontuais q1 = +3,0 µC e q2 = −2,0
µC estão separadas por uma distância de 4,0 cm. Calcule o – de boa na lagoa;
módulo da força eletrostática que atua sobre cada carga. – mais fácil que capi-
nar um lote;
P1.2 Qual deve ser a distância entre duas cargas punti- – corram para as coli-
formes q1 = 20,0 µC e q2 = −30,0 µC para que o módulo nas!
da força eletrostática entre elas seja de 5,39 N?
+ +
+
– Figura 1.16: Problema
1.12.
~
~ = lim F .
E
q0 →0 q0
1 qq0
F~ = r̂,
4πε0 r2
~
~ = F = 1 q r̂.
E
q0 4πε0 r2
~ =E
E ~1 + E
~2 + E
~3 + · · · + E
~N ,
–
Figura 2.1: Dipolo elétrico. O campo elétrico E
~ em qualquer ponto é
dado pela soma vetorial dos campos gerados pelas cargas individuais.
Ex = E+ sen θ − E− sen θ = 0.
O campo total E
~ possui apenas a componente y, com módulo
dado por
1 qd
Ey = .
4πε0 [x2 + (d/2)2 ]3/2
Como E
~ = Ey (−̂), temos
~ =− 1
E
qd
̂.
4πε0 [x2 + (d/2)2 ]3/2
Esta expressão dá o campo elétrico em P devido ao dipolo.
Note que o sinal negativo indica que o campo aponta no sentido
negativo do eixo y. O produto qd representa o módulo de um
vetor p
~ chamado momento de dipolo elétrico, cuja direção é dada
pela reta que une duas cargas e o sentido aponta sempre da carga
negativa para a positiva:
|p
~ | = qd.
~ ≈ − 1 p ̂.
E
4πε0 x3
Também é fácil verificar que o campo elétrico ao longo do eixo y
será proporcional a y −3 para pontos muito distantes do dipolo.
Linhas de força +
~ = Ex ı̂ + Ey ̂ + Ez k̂.
E
Densidade de cargas
dq
λ= e dq = λ d`.
d`
A carga total contida em uma linha de cargas L pode então
ser calculada através da integral
ˆ
q= λ d`.
L
1 dq 1 λ dy
dE = = ,
4πε0 r2 4πε0 (x2 + y 2 )
Portanto, temos
ˆ ˆ
λ cos θ dy
Ex = dE cos θ = .
4πε0 (x2 + y 2 )
1 cos2 θ
= .
(x2 + y 2 ) x2
A integral acima fica:
ˆ ˆ π/2
λ cos2 θ x dθ λ
Ex = cos θ 2 = cos θ dθ
4πε0 x cos2 θ 4πε0 x −π/2
π/2
λ λ
Ex = sen θ = ,
4πε0 x 2πε0 x
−π/2
~ = 1 2λ
E r̂.
4πε0 r
~ = 1 dq 1 λ dx
dE r̂ = (− sen θı̂ + cos θ ̂),
4πε0 r2 4πε0 (x2 + y 2 )
1 λ dx
dEx = − sen θ
4πε0 (x2 + y 2 )
1 λ dx
dEy = cos θ.
4πε0 (x + y 2 )
2
y 1 cos2 θ
cos θ = p ⇒ =
x2 + y 2 x2 + y 2 y2
y
x = y tan θ ⇒ dx = y sec2 θ dθ = dθ
cos2 θ
Substituindo estas relações em dEx , temos
λ cos2 θ y λ 1
dEx = − 2 2
dθ sen θ = − sen θ dθ.
4πε0 y cos θ 4πε0 y
De forma análoga para dEy, temos
1 cos2 θ y 1 1
dEy = dθ cos θ = cos θ dθ.
4πε0 y 2 cos2 θ 4πε0 y
Integrando em θ nos limites correspondentes θ = θ1 até
θ = θ2 , obtemos
ˆ θ2
λ λ
Ex = − sen θ dθ = (cos θ2 − cos θ1 ).
4πε0 y θ1 4πε0 y
ˆ θ2
λ λ
Ey = cos θ dθ = (sen θ2 − sen θ1 ).
4πε0 y θ1 4πε0 y
~ = λ λ
E 2 sen(π/2)̂ = ̂,
4πε0 y 2πε0 y
~ = 1 dq
dE r̂.
4πε0 r2
Escrevendo o vetor unitário em coordenadas cartesianas
temos
~ = 1 dq 1 λ dθ
dE 2
(cos θı̂+sen θ ̂) = (cos θı̂+sen θ ̂).
4πε0 a 4πε0 a
Integrando em θ, desde −θ0 até +θ0 , obtemos
ˆ +θ0
~ = 1 λ
E dθ(cos θı̂ + sen θ ̂)
4πε0 a −θ0
+θ0
~ = 1 λ
E (sen θı̂ − cos θ ̂)
4πε0 a
−θ0
~ = 1 2λ sen θ0
E ı̂,
4πε0 a
onde usamos as identidades trigonométricas sen(−θ) =
− sen θ e cos(−θ) = + cos θ. Note que o campo elétrico
em P possui apenas a componente na direção x. Se tomar-
mos o limite θ0 → π, o arco torna-se um anel circular. Como
sen π = 0, o campo elétrico no centro do anel será nulo.
Anel de cargas
Seja um anel circular de raio a que possui uma carga total
q, positiva, distribuída uniformemente. O anel está situado
no plano xy, com centro na origem. Vamos calcular o
campo elétrico devido a este anel de cargas em um ponto
P localizado a uma distância z do seu centro ao longo de
um eixo central perpendicular ao plano do anel, conforme
mostrado na Figura 2.8.
1 dq
dE = .
4πε0 r2
1 dq z 1 z dq
dEz = dE cos θ = = .
4πε0 r2 r 4πε0 (z 2 + a2 )3/2
igual ao produzido por uma carga pontual q. A Figura 2.9 já que λ = q/2πa.
mostra o gráfico de Ez /E0 , onde E0 = q/4πε0 a2 , em função
da distância z normalizada pelo raio do anel.
0,4
-1
dq = σ dA = σ ρ dϕ dρ.
r = (z 2 + ρ2 )1/2 .
~ = σ n̂,
E Figura 2.13: Gráfico do
2ε0 campo elétrico E em fun-
ção de z para um plano in-
onde n̂ é um vetor normal (perpendicular) ao plano
finito com densidade super-
infinito. A Figura 2.13 mostra o gráfico do campo elétrico ficial de cargas σ.
produzido pelo plano infinito não-condutor.
Este resultado é válido para qualquer ponto acima (ou
abaixo) de um plano infinito de qualquer formato que possui
uma densidade superficial de cargas σ. Ele também é válido
para pontos próximos de um plano finito, desde que o ponto
esteja suficientemente próximo do plano comparado com
sua distância para as bordas do plano. Assim, o campo
nas proximidades de um plano carregado uniformemente
é constante, e dirigido para fora do plano se a carga for
positiva.
ˆ
qtotal = ρ dV.
V Figura 2.14: Sistema de
coordenadas esféricas:
© 2018 Abílio Mateus Jr. (r, θ, ϕ).
44 física iii
dV = r2 sen θ dθ dϕ dr.
4
1 q 1 πρr3
~
E=
total
r̂ = 3 r̂
4πε0 r2 4πε0 r2
~ = ρr r̂,
E (r < a).
3ε0
Já que a densidade de carga é uniforme, a carga total
4
na esfera é Q = ρV, onde V = πa3 é o volume total da
3
esfera. Assim, podemos reescrever as expressões para o
campo elétrico em função de Q, como
1 Q
r̂, r>a
4πε0 r2
~ =
E (2.4)
1 Qr
r̂, r < a
4πε0 a3
F~ = q E.
~ (2.5)
p = qd.
τ = pE sen θ.
Em termos vetoriais, podemos escrever o torque em termos
do produto vetorial entre p~ e E:
~ Figura 2.17: A molécula da
água é um exemplo de um
~ dipolo elétrico. O momento
~τ = p~ × E.
de dipolo é a resultante da
soma dos momentos p ~1 e p
~2 :
O torque sempre tende a alinhar o momento de dipolo p
~=p ~1 + p~2 .
elétrico na mesma direção do campo elétrico externo.
∆U = U − U0 = −W = −pE(cos θ − cos θ0 ),
U = −pE cos θ = −~ ~
p · E.
EEE
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P2.1 Duas cargas pontuais . Duas cargas puntiformes estão
localizadas sobre o eixo x. A primeira possui uma carga – de boa na lagoa;
+Q em x = −a. A segunda possui uma carga desconhecida – mais fácil que capi-
localizada em x = +3a. O campo elétrico na origem possui nar um lote;
módulo E = 2kQ/a2 . Quais são os dois possíveis valores da – corram para as coli-
carga desconhecida? nas!
+
–
¨
Φ= ~v · n̂ dA. (3.4)
¸
Neste caso, para resolver a integral de superfície S ~v · n̂ dA
devemos decompô-la em três integrais, uma para cada superfície
do cilindro:
˛ ˆ ˆ ˆ
Φ= ~v · n̂ dA = ~v · n̂ dA + ~v · n̂ dA + ~v · n̂ dA.
S S1 S2 S3
Φ = −vA + vA = 0.
~ = 1 q r̂.
E
4πε0 r2
O fluxo do campo elétrico através de toda a superfície fe-
Figura 3.4: Uma superfície
chada é obtido pela integral
gaussiana esférica de raio r
˛ ˛
1 q envolve uma carga pontual
ΦE = E~ · n̂ dA = r̂ · n̂ dA. q. O vetor campo elétrico
2
S S 4πε0 r é paralelo ao vetor área em
O vetor unitário normal à superfície da esfera coincide com todos os pontos sobre a su-
perfície.
o vetor unitário r̂ que representa a direção radial, ou seja
n̂ = r̂ ⇒ r̂ · n̂ = 1.
dA = r2 sen θ dθdϕ.
Logo ˛ ˆ ˆ ˆ
2π π r
dA = r2 sen θ dθdϕ
S 0 0 0
˛
dA = 4πr2 ,
S
que obviamente é a área da superfície gaussiana esférica de
raio r. Assim,
˛
~ · n̂ dA = q q
ΦE = E 2
(4πr2 ) = .
S 4πε0 r ε 0
˛ ˛ ˛
~ · n̂ dA = q q r̂ · n̂
ΦE = E r̂ · n̂ dA = dA.
S S 4πε0 r2 4πε0 S r2 Figura 3.5: Uma superfície
fechada de forma arbitrária
A quantidade r̂ · n̂ dA corresponde à projeção do elemento
envolve uma carga pontual
de área dA em um plano perpendicular à direção radial r̂, a q. O fluxo elétrico líquido
partir de um ponto de origem situado a uma distância r de independe da forma da su-
dA. Esta área projetada, dividida por r2 , define o ângulo perfície.
~ = Er r̂,
E
(i) E
~ é paralelo a n̂ em qualquer ponto da superfície
gaussiana, logo r̂ · n̂ = 1;
Portanto:
˛ ˛ ˛
~ · n̂ dA = qin
E Er dA = Er dA =
S S S ε0
˛
Q
Er dA = Er (4πr2 ) = ,
S ε0
¸
onde S dA = 4πr2 é a área da superfície gaussiana esférica.
Como E~ = Er r̂, temos
~ = 1 Q
E r̂, (r > a).
4πε0 r2
Note que este é o mesmo resultado que obtivemos para uma
carga puntiforme.
~ = 1 Qr
E r̂, (r < a).
4πε0 a3
A Figura 3.10 mostra o gráfico do campo elétrico em função
da distância radial r para uma esfera não-condutora carre-
gada. O campo aumenta linearmente no interior da esfera e
diminui com 1/r2 fora da esfera. Figura 3.10: Gráfico do
campo elétrico E em função
da distância radial r para
© 2018 Abílio Mateus Jr. uma esfera não-condutora
carregada uniformemente.
lei de gauss 67
~ = ~0,
E (r < a).
∆E ~ = E(r
~ = a) − E(r~ < a) = 1 Q r̂ − 0 = 1 Q r̂.
4πε0 a2 4πε0 a2
Como a carga está distribuída uniformemente sobre a su-
perfície da camada, podemos escrever σ = Q/A = Q/4πa2 .
Logo
∆E~ = σ n̂,
ε0
onde usamos n̂ = r̂ para indicar que a direção da desconti-
nuidade do campo é sempre na direção normal à superfície.
Portanto, ao atravessar a superfície da camada esférica com
densidade superficial de carga σ, o campo elétrico sofre uma
descontinuidade de módulo igual a σ/ε0 . Este mesmo com-
portamento também será encontrado em outras distribuições
de carga e ocorre simplesmente pelo fato de considerarmos
que a superfície da casca possui espessura desprezível.
+
+
+
~ = Er r̂,
E
n̂ = r̂ e r̂ · n̂ = 1.
´
onde usamos S3 dA = 2πr`, a área da superfície lateral do
cilindro.9 A carga total dentro da superfície gaussiana é 9
Em coordenadas cilíndri-
qin = λ`, logo cas, o elemento de área é
λ` dA = r dϕdz
Er (2πr`) =
ε0 ˆ 2π ˆ `
A= r dϕdz
λ 0 0
Er = .
2πε0 r A = 2πr`.
~ = λ
E r̂.
2πε0 r
Considere uma distribuição de cargas elétricas idênticas e Figura 3.17: Cargas elétri-
negativas localizadas nos vértices de um quadrado, como cas negativas idênticas dis-
mostra a Figura 3.17. O que acontecerá com uma carga tribuídas nos vértices de um
quadrado. Uma carga po-
positiva se ela for colocada em um ponto no centro do qua- sitiva colocada no centro
drado? Por simetria, notamos que a força resultante sobre do quadrado pode estar em
a carga positiva é nula, mas ela estará em equilíbrio estável ? equilíbrio estável?
Em outras palavras, se a carga sofrer um leve deslocamento,
ela voltará para sua posição original de equilíbrio?
A resposta para estas questões é não! Para uma carga
estar em equilíbrio em um ponto P qualquer, o campo elé-
trico local deve ser nulo. Mas a condição para este equilíbrio
ser estável requer ainda que se a carga for afastada do ponto
P numa dada direção, r̂ por exemplo, uma força restau-
radora deve atuar no sentido oposto ao seu deslocamento
(imagine o caso de um oscilador harmônico). Assim, o campo
elétrico em todos os pontos ao redor de P deve apontar em
E~ = σ n̂.
ε0
∆E~ =E ~S − E ~ S = σ n̂ − 0 = σ n̂.
1 2
ε0 ε0
EEE
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P3.1 Fluxo através de um cubo . Um próton encontra-se no
centro de uma superfície gaussiana cúbica de aresta a. Qual – de boa na lagoa;
o fluxo do campo elétrico que atravessa esta superfície? – mais fácil que capi-
nar um lote;
P3.2 Fluxo através de um cubo . Uma carga puntiforme – corram para as coli-
q está localizada no vértice de um cubo de aresta a, como nas!
mostra a Figura 3.23. Determine o fluxo do campo elétrico
através da face sombreada do cubo.
Wext = −Wg .
∆U = UB − UA = q∆V
ˆ B
UB − UA = −q ~ · d~s,
E
A
∆U = W,
onde
ˆ B
W = −q ~ · d~s.
E
A
∆U = q∆V = −qEd.
~ = 1 q
E r̂.
4πε0 r2
A quantidade E
~ · d~s é
~ · d~s = 1 q
E r̂ · d~s.
4πε0 r2
Como a magnitude de r̂ é 1, o produto escalar r̂·d~s = ds cos θ,
onde θ é o ângulo entre r̂ e d~s. Mas ds cos θ é justamente
1 q
V (r) = . (4.3)
4πε0 r
+ +
– –
Figura 4.6: (a) Um ponto P no campo de um dipolo elétrico. (b)
Quando r d podemos considerar que a diferença de distâncias
r− − r+ ≈ d cos θ.
r− − r+ ≈ d cos θ e r− r+ = r 2 .
O potencial se reduz a
1 qd cos θ 1 p cos θ 1 p~ · r̂
V ≈ = = ,
4πε0 r2 4πε0 r2 4πε0 r2
onde r̂ é o vetor unitário na direção de r e p
~ aponta da carga
negativa para a positiva.
~ = 1 Q
E r̂, (r > a),
4πε0 r2
onde o campo é dirigido radialmente para fora quando Q é
positiva. Para obter o potencial em um dado ponto externo
Figura 4.9: (a) Esfera não-
B, como mostrado na Figura 4.9, substituímos esta expres- condutora de raio a e carga
são para E~ na equação para o potencial. Como E ~ ·d~s = E dr total Q distribuída unifor-
neste caso, temos memente em seu volume.
(b) Gráfico de V versus r
ˆ r ˆ r em diferentes regiões do es-
Q dr 1 Q
VB − V∞ = − E dr = − 2
= . paço.
∞ 4πε 0 ∞ r 4πε 0 r
1 Q
V (r) = , (r > a).
4πε0 r
1 Q
V (a) = VC = , (r = a).
4πε0 a
~ = 1 Qr
E r̂, (r < a).
4πε0 a3
Podemos utilizar este resultado e determinar a diferença de
potencial entre o ponto C, sobre a superfície da esfera, e
um ponto D no interior da esfera:
ˆ r ˆ
1 Q r 1 Q 2 2
VD −VC = − E dr = − 3
r dr = 3
(a −r ).
a 4πε 0 a a 4πε 0 2a
Esfera condutora
Seja uma esfera condutora de raio a carregada com uma
carga líquida Q, como mostra a Figura 4.10. Fora da esfera, Figura 4.10: (a) Esfera con-
para r > a, o potencial pode ser calculado exatamente como dutora de raio a e carga
no caso de uma esfera não-condutora, fazendo V = 0 no Q. (b) Gráfico de V versus
r que mostra o potencial
infinito. Portanto, temos constante no interior da es-
fera. (c) Comparação com
1 Q
V (r) = , (r > a). o gráfico para o campo elé-
4πε0 r trico; no interior da esfera
condutora, E = 0.
© 2018 Abílio Mateus Jr.
98 física iii
Anel de cargas
´
Como dq = Q, temos
Q 1
V (z) = √ .
4πε0 z + a2
2
1 Q
V ≈ , (z a).
4πε0 |z|
Disco carregado
Um disco carregado uniformemente possui um raio a e
uma densidade superficial de carga σ. Vamos determinar
o potencial elétrico em um ponto P qualquer ao longo do
eixo central perpendicular do disco, conforme mostra a
Figura 4.12.
σ p 2
V (z) = z + a2 − |z| .
2ε0
Se tomarmos o limite |z| a, temos5 5
Usando o teorema bino-
mial
1/2 nx
a2 1 a2
(1 + x)n = 1 + +
p
z2 + a2 = |z| 1 + 2 = |z| 1 + + ··· . 1!
z 2 z2 n(n − 1)x2
+ + ···
2!
Simplificando a expressão para o potencial, temos
1 a2 σ a2
σ
V ≈ |z| + |z| − |z| = .
2ε0 2 z 2 4ε0 |z|
1 σπa2 1 Q
V = = , (z a).
4πε0 |z| 4πε0 |z|
σa Q a 1 2Q
V (0) = = = .
2ε0 πa2 2ε0 4πε0 a
~ · d~s.
dV = −E
~ = Er r̂ = − dV r̂.
E
dr
Por exemplo, podemos encontrar o campo elétrico produzido
por uma carga pontual a partir do seu potencial, dado por
1 q
V (r) = .
4πε0 r
A componente radial do campo elétrico será
dV 1 d q 1 q
Er = − =− = .
dr 4πε0 dr r 4πε0 r2
Como E
~ = Ex ı̂ + Ey ̂ + Ez k̂, podemos escrever
~ = − ∂V ı̂ − ∂V ̂ − ∂V k̂ = − ∂ ı̂ + ∂ ̂ + ∂ k̂ V.
E
∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z
Aqui é conveniente definir um operador vetorial chamado
gradiente de uma função, representado pelo símbolo ∇
~ (na-
bla). Em coordenadas cartesianas ele é dado por
~ = ∂ ı̂ + ∂ ̂ + ∂ k̂.
∇
∂x ∂y ∂z
Assim, o campo elétrico também pode ser definido em termos
do gradiente de V :
~ = −∇V.
E ~
∂V ∂V
dV ≈
dx + dy.
∂x ∂y
Como o vetor deslocamento é dado por d~s = dxı̂ + dy ̂, podemos
reescrever dV como
∂V ∂V ~ · d~s = −E ~ · d~s.
dV = ı̂ + ̂ · (dxı̂ + dy ̂) = ∇V
∂x ∂y
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P4.1 Um campo elétrico uniforme de magnitude 250 V/m
está na direção positiva do eixo x. Uma carga de 12,0 µC – de boa na lagoa;
move-se da origem para o ponto (x,y) (20,0 cm, 50,0 cm). – mais fácil que capi-
(a) Qual é a mudança de energia potencial do sistema carga- nar um lote;
campo? (b) Através de qual diferença de potencial a carga – corram para as coli-
se move? nas!
5.1 Capacitância
Q
C= .
V
coulomb C
[C] ≡ farad = = = F.
volt V
Capacitor plano
versal de um capacitor de
placas paralelas carregado.
Em geral, para o cálculo
da capacitância despreza-
mos os efeitos de borda e
– – – – – – – – – – – – – – campos externos.
σ
E= ,
ε0
pois E
~ aponta no sentido da placa positiva para a negativa.
Note que o potencial na placa positiva é maior do que na
negativa, de forma que V > 0. Logo,
σd Qd
V = = .
ε0 ε0 A
Portanto, para um capacitor de placas paralelas, ou plano,
a capacitância é dada por
Q ε0 A
C= = ,
V d
ou seja, ela depende apenas da geometria do capacitor.
(1 F) (1 × 10−2 m)
A= = 1,13 × 109 m2 ≈ 1000 km2 !!!
8,85 × 10−12 F · m−1
Capacitor cilíndrico
Considere um condutor cilíndrico sólido de raio a e carga +Q,
coaxial com uma casca cilíndrica de espessura desprezível
(a) (b)
Capacitor esférico
Um capacitor esférico consiste de uma camada condutora
esférica de raio b e carga −Q concêntrica com uma pequena
esfera condutora de raio a e carga +Q, como mostra a
Figura 5.6. Na região entre as esferas (a < r < b), o módulo
do campo elétrico é simplesmente E(r) = kQ/r2 e sua
direção é radial: E~ = E(r)r̂.
A diferença de potencial entre os dois condutores é
ˆ a ˆ b
V ≡ V+ − V− = Va − Vb = − ~ · d~s =
E ~ · d~s.
E Figura 5.6: Exemplo de um
b a capacitor esférico de raio in-
terno a e raio externo b.
Substituindo o campo elétrico, podemos escrever a diferença
de potencial entre as duas superfícies como
ˆ b ˆ b
b
Q dr Q 1
V = E(r) dr = =−
4πε0 r2 4πε0 r
a a
a
Q 1 1 Q b−a
V = − = .
4πε0 a b 4πε0 ab
Substituindo o valor absoluto de V na expressão para a
capacitância, temos
Q ab
C= = 4πε0 .
V b−a
Q1 = C1 V, Q2 = C2 V, ... Qn = Cn V.
Q = Q1 + Q2 + · · · + Qn = (C1 + C2 + · · · + Cn )V.
Ceq = C1 + C2 + · · · + Cn .
de forma que
Q2
.U=
2C
Usando a relação Q = CV , podemos reescrever este resul-
tado como
1 1
U = CV 2 = QV.
2 2
Para um capacitor plano, isto leva a
2
1 ε0 A 2 1 V 1
U= V = ε0 Ad = ε0 E 2 Ad.
2 d 2 d 2
Nesta expressão, Ad é o volume do espaço entre as placas
do capacitor, no qual o campo elétrico E fica confinado
(desprezando efeitos de borda). Logo, podemos pensar na
energia como estando armazenada no campo, no espaço entre
as placas, com uma densidade de energia (volumétrica) dada
por
energia 1
u= = ε0 E 2 .
volume 2
Apesar desta equação ter sido obtida para o caso de
um capacitor plano ela é válida para qualquer caso onde
temos uma fonte de campo elétrico, isto é, a densidade
de energia em qualquer campo elétrico é proporcional ao
quadrado da magnitude do campo em um dado ponto.
5.4 Dielétricos
C = κC0 ,
+
–
–
+
– + E~ 0 é aplicado, as molécu-
– + las alinham-se parcialmente
com o campo.
H
Polarização e cargas induzidas
Cl
Como consequência do alinhamento parcial dos vetores as-
sociados aos momentos de dipolo elétrico (permanentes ou
induzidos) no sentido do campo externo aplicado, aparece Figura 5.13: Exemplos de
em cada elemento de volume dV do material um momento moléculas polares com a di-
reção e módulo dos momen-
de dipolo microscópico resultante, d~
p. É conveniente definir
tos de dipolo elétrico.
uma densidade volumétrica associada ao momento de dipolo
elétrico, chamada vetor polarização dielétrica, P~ , tal que
p = P~ dV.
d~
aplicado E
~ 0 , podendo ser escrito como
P~ = χe ε0 E
~ 0,
Assim, a capacitância é
Q 2ε0 A κ1 κ2
C= = .
V d κ1 + κ2
– – – – – – – – – – – – – –
– – – – – – – – – – – – – –
Q QP
E= − .
ε0 A ε0 A
~ = 1 q r̂
E e V =
1 q
.
4πε r2 4πε r
Se duas cargas pontuais estão imersas em um meio dielétrico,
o módulo da força coulombiana entre elas é
1 |q1 | |q2 |
F = .
4πε r2
Consequentemente,
˛
~ · n̂ dA = Q.
D
S
U = 12 QV = 21 CV 2 .
uE = 12 εE 2 = 12 κε0 E 2 .
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P5.1 (a) Qual a carga em cada placa de um capacitor
de 4,00 µF quando ele está conectado a uma bateria de – de boa na lagoa;
12,0 V? (b) Se o mesmo capacitor é conectado a uma bateria – mais fácil que capi-
de 1,50 V, qual será a carga armazenada? nar um lote;
– corram para as coli-
P5.2 Uma esfera condutora carregada e isolada de raio nas!
12,0 cm cria um campo elétrico de 4,90 × 104 N/C a uma
distância de 21,0 cm do seu centro. (a) Qual é sua densidade
superficial de carga? (b) Qual é sua capacitância?
coulomb C
[I] ≡ ampere = = = A.
segundo s
Densidade de corrente
Considere um condutor com uma seção transversal de área
A transportando uma corrente I. A densidade de corrente
J é definida como a corrente por unidade de área:
I
J≡ ,
A
onde J possui unidades de A/m2 . Esta expressão é válida
apenas se a densidade de corrente é uniforme e somente se
a superfície da seção de área A é perpendicular à direção
da corrente.
De uma forma geral, a densidade de corrente é uma
quantidade vetorial e está relacionada com a corrente I pela
expressão ¨
I= J~ · n̂ dA,
~
me~vd = −eEτ
e ~
~vd = − τ E.
me
Podemos agora determinar a densidade de corrente
associada a essa velocidade de deriva. O número de elétrons
livres ou de condução em um comprimento ` de um fio
condutor é nA`, onde n é o número de elétrons por unidade
de volume6 e A` é o volume do comprimento ` do fio. A 6
Para o cobre à tempera-
carga que atravessa o fio num intervalo de tempo ∆t = `/vd tura ambiente
é ∆q = (nA`)e. Logo, a corrente I é dada por: n = 8,47 × 1028 m−3 .
∆q nA`e
I= = = nAevd .
∆t `/vd
I J
vd = = .
nAe ne
Em termos vetoriais podemos escrever
J~ = −ne~vd ,
e2 ~
J~ = n τ E. (6.1)
me
Note que J~ e E
~ estarão sempre no mesmo sentido indepen-
dente da carga ser positiva ou negativa.
ne2 τ
σ= .
me
`
R= .
σA
volt V
[R] = ohm = = = Ω.
ampere A
Esta expressão mostra que se uma diferença de potencial Figura 6.6: Ilustração de
de 1 V ao longo de um condutor causa uma corrente de um resistor utilizado em cir-
cuitos eletrônicos. As fai-
1 A, a resistência do condutor é de 1 Ω. Para uma dada xas coloridas são codifica-
diferença de potencial, quanto maior for a resistência ao das, de forma que este é um
fluxo de carga, menor será a corrente. resistor de 47 kΩ.
V1 = R1 I, V2 = R2 I, ... Vn = Rn I.
V = V1 + V2 + · · · + Vn = (R1 + R2 + · · · + Rn )I.
Req = R1 + R2 + · · · + Rn .
ρ = ρ0 [1 + α(T − T0 )],
Em outras palavras:
b−r b−a
= ,
z h
ou
z
r = (a − b)
+ b.
h
Vimos na seção anterior que podemos escrever a resistência como
`
, R=ρ
A
onde ` é o comprimento do condutor e A é a área da sua seção
transversal. Portanto, podemos escrever a resistência de um ele-
mento infinitesimal do cone na forma de um disco com espessura
dz e área πr2 , como
ρ dz ρ dz
dR = = .
πr2 π[b + (a − b)z/h]2
Integrando, temos
ˆ h
ρ dz ρh
R= = ,
0 π[b + (a − b)z/h]2 πab
V = Vb − Va = E − Ir. (6.2)
Vd − Va = E − Ir.
abef a : E1 − R3 I3 + R1 I1 = 0
bcdeb : −E2 + R2 I2 + R3 I3 = 0
acdf a : E1 − E2 + R2 I2 + R1 I1 = 0
I1 + I2 = I3 .
I1 = 2,0 A
E determinamos I2 fazendo
dU = V dq.
dU dq
P = =V = V I,
dt dt
V2
P = I 2R = .
R
6.5 Circuitos RC
Carregando o capacitor
Considere o circuito RC simples mostrado na Figura 6.21a.
Vamos supor que o capacitor esteja inicialmente descarre-
gado. Não há corrente no circuito já que a chave mantém
o circuito aberto. Se a chave for ligada em a em t = 0,
como mostra a Figura 6.21b, a carga começará a fluir es-
tabelecendo uma corrente elétrica ao longo do circuito, o
que ocasionará o carregamento do capacitor. À medida que
as placas do capacitor vão sendo carregadas, a diferença
de potencial no capacitor aumenta. O valor máximo da
Descarregando o capacitor
Considere novamente o circuito mostrado na Figura 6.21,
após o capacitor ser carregado com uma carga Q0 . Quando
a chave é ligada em b (Figura 6.21c), o capacitor inicia o Figura 6.23: Variação de
processo de descarga através do resistor. Num instante t I em função do tempo
quando o capacitor está
durante a descarga, a corrente no circuito é I e a carga no sendo carregado.
capacitor é q. Note que o circuito fechado da Figura 6.21c
equivale ao da Figura 6.21b se removermos a bateria. Assim,
eliminando a fem E da equação 6.3, obtemos
q
− − IR = 0.
C
Substituindo I = dq/dt nesta expressão, fica
dq q
−R
=
dt C
dq 1
=− dt.
q RC
Novamente, mudando as variáveis para q 0 e t0 e integrando
esta expressão usando o fato que q = Q0 em t = 0, temos
ˆ q ˆ t
dq 1
=− dt
Q0 q RC 0
q t
ln =−
Q0 RC
q(t) = Q0 e−t/RC .
E2 h i∞
UE = −RCe−t/RC = CE 2 .
R 0
De forma similar, a energia liberada no resistor é
ˆ ∞ ˆ ∞ ˆ
2 E 2 ∞ −2t/RC
UR = P dt = I R dt = e
0 0 R 0
∞
E2
RC −2t/RC 1
UR = − e = CE 2 .
R 2 0 2
No instante em que o capacitor está totalmente carregado,
sua carga final é Q = CE. Como a energia armazenada
entre as placas é Q2 /2C, podemos escrever
1 Q2 1
UC = = CE 2 .
2 C 2
Portanto, apenas metade da energia fornecida pela fonte
é armazenada no capacitor; a outra metade acaba sendo
liberada no resistor:
1 1
UE = UR + UC = CE 2 + CE 2 = CE 2 .
2 2
A quantidade de energia armazenada independe da resis-
tência do circuito. Para valores pequenos de R, a corrente
inicialmente é alta mas decresce rapidamente. Quando R é
grande, a corrente inicial é baixa mas se estende por mais
tempo.
EEE
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P6.1 Corrente elétrica . Uma corrente de 5 A percorre um
resistor de 10 Ω durante 4 minutos. (a) Quantos coulombs – de boa na lagoa;
e (b) quantos elétrons passam através da seção transversal – mais fácil que capi-
do resistor neste intervalo de tempo? nar um lote;
– corram para as coli-
P6.2 Densidade de corrente . Um feixe contém 2×108 íons nas!
positivos duplamente carregados por cm3 , todos movendo-se
para o norte com velocidade de 1 × 105 m/s. (a) Quais são
o módulo, a direção e o sentido da densidade de corrente
~ (b) Podemos calcular a corrente total I neste feixe de
J?
íons? Em caso negativo, que informações adicionais são
necessárias?
7.1 O magnetismo
F~B = q~v × B.
~
FB = |q|vB sen θ,
Movimento helicoidal
Qual será a trajetória de uma partícula carregada em um
campo magnético uniforme se sua velocidade não for exata-
mente perpendicular ao campo?
O vetor velocidade pode ser dividido em duas com-
ponentes, uma paralela e outra perpendicular ao campo,
como mostra a Figura 7.8. A componente paralela às linhas
de campo não sofre nenhuma força (θ = 0), de forma que
ela permanece constante. A componente perpendicular ao
campo dá origem a um movimento circular, como visto
anteriormente. Colocando estes dois movimentos juntos,
E
v= .
B
Espectrômetro de massa
Um espectrômetro de massa separa íons de acordo com sua
razão carga/massa. Em uma versão deste dispositivo, conhe-
cido como espectrômetro de massa de Bainbridge, um feixe
de íons passa primeiro por um seletor de velocidades e em
seguida entra em um segundo campo magnético uniforme
de intensidade B~0 , que tem a mesma direção do campo mag-
nético do seletor. À medida que eles entram neste segundo
campo, os íons movem-se numa trajetória semicircular de
raio r até atingirem o detector num ponto P . Se os íons
têm carga positiva, são defletidos para a esquerda, como
mostra a Figura 7.11. Se eles são negativos, são defletidos
para a direita.
F~B = −e~vd × B,
~
eEH = evd B.
EH = EH d = vd Bd,
Condutor semicircular
Um fio condutor que carrega uma corrente I consiste de
um semicírculo de raio R e duas partes retilíneas, conforme
mostra a Figura 7.16. O fio está sob um plano perpendicular
a um campo magnético uniforme B. ~ A porções retas do fio
possuem comprimento ` dentro da região do campo. Vamos
determinar a força resultante que atua sobre o fio devido ao
campo magnético B. ~
As forças nas duas seções retas são iguais e possuem
um módulo I`B. Como estão em direções opostas, elas
se cancelam. Assim, a força resultante é aquela na parte
semicircular do fio.
Dividimos o semicírculo em pequenos pedaços de ta-
manho d` = Rdφ, como indicado na Figura 7.16, e usando
a equação dF~ = Id~` × B,
~ temos
dF = IBRdφ,
Espira fechada
Considere agora um condutor na forma de um semicírculo
fechado, como o mostrado na Figura 7.17, que está sob um
campo magnético B. ~ A força total sofrida por este condutor
será a soma da força sobre a parte curva e da força sobre
a parte retilínea. Para a parte curva, podemos calcular a
força usando procedimento similar ao obtido anteriormente.
O módulo da força será então
ˆ π ˆ π
F = dF sen φ = IBR sen φ dφ = 2IBR,
0 0
FB = I ~` × B
~ = I`B = 2IBR,
b b b b
τmax = F2 + F4 = (IaB) + (IaB) = IabB,
2 2 2 2
onde o braço do momento em relação a esse eixo é b/2 para
cada força. Como a área da espira é A = ab, a magnitude
do torque pode ser expressa como
τmax = IAB.
~ ≡ IA n̂,
µ
Wext = ∆U = U − U0 .
Novamente, Wext = −W , onde W é o trabalho feito pelo
campo magnético. Escolhendo U0 = 0 em θ0 = π/2, o
dipolo magnético na presença de um campo externo possui
uma energia potencial
U = −µB cos θ = −~ ~
µ · B.
EEE
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P7.1 Um elétron num tubo de TV está se movendo a
7,2 × 106 m/s num campo magnético de intensidade 83 mT. – de boa na lagoa;
(a) Sem conhecermos a direção do campo, quais são o maior – mais fácil que capi-
e o menor módulo da força que o elétron pode sentir devido nar um lote;
a este campo? (b) Num certo ponto, a aceleração do elétron – corram para as coli-
é 4,9 × 1014 m/s2 . Qual é o ângulo entre a velocidade do nas!
elétron e o campo magnético?
~ = µ0 Id~` × r̂
dB ,
4π r2
~ = µ0 I dx sen θ
dB k̂.
4π r2
Para integrar esta expressão, devemos relacionar as variáveis
θ, x e r. Uma alternativa é expressar x e r em termos de θ.
Da geometria mostrada na Figura 8.4, temos
a
r= = a csc θ.
sen θ
Como x = −a/ tan θ (o sinal negativo indica que d~` está no
lado negativo de x), temos
dx = a csc2 θ dθ.
~ = µ0 I a csc2 θ sen θ µ0 I
dB 2 2
dθ k̂ = sen θ dθ k̂.
4π a csc θ 4πa
µ0 I |d~` × r̂| µ0 I d`
dB = 2
= .
4π r 4π (a + x2 )
2
˛
µ0 I a µ0 I a
Bx = 2 2 3/2
d` = (2πa),
4π (a + x ) 4π (a + x2 )3/2
2
¸
onde usamos d` = 2πa, que corresponde à medida da
circunferência da espira.
µ0 Ia2
~
B(x) = ı̂. (8.2)
2(a2 + x2 )3/2
No centro da espira, x = 0, e temos
µ0 I
B= .
2a
Para pontos muito distantes da espira, de forma que x a,
˛ ˆ
podemos desprezar o termo a2 no denominador da expressão 2π
d` = a dφ = 2πa.
obtida anteriormente e obtemos: 0
N
X
Iin = I1 + I2 + I3 + · · · = Ii .
i
3. B
~ e d~s são paralelos e, portanto, B
~ · d~s = B ds.
4. B
~ e d~s são perpendiculares. Logo, B
~ · d~s = 0
µ0 I
B=
2πr
¸
onde C ds = 2πr, e o módulo do campo magnético é cons-
tante ao longo da espira.
µ0 Ir
B=
2πa2
Portanto, o campo magnético devido a uma corrente
distribuída uniformemente em um fio retilíneo de raio a é
dado por
µ0 Ir
, r≤a
2πa2
B=
µ0 I , r ≥ a
2πr
O gráfico de B em função da distância é mostrado na
Figura 8.12. Note que na superfície do fio r = a, ambas Figura 8.12: Gráfico do
expressões são válidas. campo magnético em fun-
ção da distância para um
fio retilíneo de raio a con-
duzindo uma corrente uni-
Campo magnético de um solenóide forme.
I I
ˆ z2 z2
1 2 dz 0 1 2 z0 − z
Bz = µ0 nIa = µ nIa
0 2 2 3/2 0 p
2 z1 [(z − z ) + a ] 2
a2 (z − z 0 )2 + a2 z
1
" #
1 z − z1 z − z2
= µ0 nI p −p .
2 (z − z1 )2 + a2 (z − z2 )2 + a2
Bz = B0 = µ0 nI,
0,25
-25 0 25
(B)(2πr) = µ0 IN,
EEE
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P8.1 Um topógrafo está usando uma bússola magnética
6,1 m abaixo de uma linha de transmissão que conduz uma – de boa na lagoa;
corrente constante de 100 A. (a) Qual é o campo magnético – mais fácil que capi-
produzido pela linha de transmissão na posição da bússola? nar um lote;
(b) Este campo tem uma influência significativa na leitura – corram para as coli-
da bússola? A componente horizontal do campo magnético nas!
da Terra no local é 20 µT.
F~E = −F~B
~ = −q~v × B
qE ~ Figura 9.2: Uma barra con-
dutora movendo-se em um
ou campo magnético uniforme.
~ = −~v × B.
E ~
Como ~v e B
~ são perpendiculares entre si, a relação entre os
módulos é, simplesmente,
E = vB.
~ · n̂A = BA cos θ,
ΦB = B
dΦB
= B`v = E.
dt
Esta expressão mostra que qualquer variação de fluxo mag-
nético através de um circuito induz nele uma fem E. Como
veremos, uma variação de fluxo magnético também pode
dΦB
E = −N .
dt
1. Variando o módulo de B
~ com o tempo (Figura 9.5).
Campo não-conservativo
Os campos elétricos que são produzidos pelo processo de
indução não são associados a cargas, mas ao fluxo magnético
variável. Embora ambos os tipos de campos elétricos exer-
çam forças sobre as cargas, há uma importante diferença
entre eles.
A diferença de potencial entre dois pontos A e B é
definida como
ˆ B
VB − VA = − E~ · d~s.
A
Entretanto,
¸ quando um fluxo magnético variável está pre-
sente, C E ~ · d~s não é zero, mas igual a −dΦB /dt, de acordo
com a lei de Faraday. Isto implica que campos elétricos
associados a cargas estacionárias são conservativos, mas
campos elétricos associados a campos magnéticos variáveis
são não-conservativos. Os campos elétricos produzidos por
indução não podem ser expressos como gradientes de um
potencial elétrico, e, portanto, o potencial elétrico tem signi-
ficado apenas para campos elétricos produzidos por cargas
estáticas.
9.6 Geradores
|E| N BAω
I= = sen ωt.
R R
Esta corrente varia com o tempo e seu sentido também.
Portanto, ela é chamada de corrente alternada. A potência
fornecida para este circuito é
(N BAω)2
P = IE = sen2 ωt.
R
Por outro lado, o módulo do torque exercido sobre a bobina
é
|~τ | = |~ ~ = µB sen θ = µB sen ωt,
µ × B|
onde µ é o momento de dipolo magnético da bobina, cujo
módulo é dado por
N 2 A2 Bω
µ = N IA = sen ωt.
R
A potência mecânica necessária para girar a bobina é
N 2 A2 Bω (N BAω)2
Pm = sen ωt Bω sen ωt = sen2 ωt.
R R
Problemas propostos
Níveis de dificuldade:
P9.1 Determine o fluxo magnético através de um so-
lenóide ideal de 400 voltas que tem comprimento igual a – de boa na lagoa;
25,0 cm, raio igual a 1,00 cm e conduz uma corrente de – mais fácil que capi-
3,00 A. nar um lote;
– corram para as coli-
P9.2 Um longo solenóide tem n voltas por unidade de nas!
comprimento, raio R1 e conduz uma corrente I. Uma bobina
circular de raio R2 e com N voltas é coaxial ao solenóide
e está equidistante de suas extremidades. Determine o
fluxo magnético através da bobina se (a) R2 > R1 e (b)
R2 < R1 .
de 2,0 m/s (a) para a direita, (b) para cima na página, (c)
para a esqueda e (d) para baixo na página.
d df dg
(f g) = g+f (B.1)
dx dx dx
d f f 0 g − f g0
= (B.2)
dx g g2
d c
f = cf c−1 f 0 (B.3)
dx
d
f (g) = f 0 (g)g 0 (B.4)
dx
d ax
e = a eax (B.5)
dx
d 1
ln x = (B.6)
dx |x|
d x
c = cx ln c (B.7)
dx
d g df dg
f = gf g−1 + f g ln f (B.8)
dx dx dx
246 física iii
d
sen x = cos x (B.9)
dx
d
cos x = − sen x (B.10)
dx
d
tan x = sec2 x (B.11)
dx
d
csc x = − csc x cot x (B.12)
dx
d
sec x = sec x tan x (B.13)
dx
d
cot x = − csc2 x (B.14)
dx
ˆ x
d
f (ξ) dξ = f (x) (B.15)
dx c
ˆ c
d
f (ξ) dξ = −f (x) (B.16)
dx x
ˆ
ex dx = ex (C.4)
ˆ
1 x
ax dx = a (C.5)
ln a
ˆ
ln x dx = x ln x − x (C.6)
ˆ
sen x dx = − cos x (C.7)
248 física iii
ˆ
cos x dx = sen x (C.8)
ˆ
tan x dx = ln | sec x| (C.9)
ˆ
sec x dx = ln | sec x + tan x| (C.10)
ˆ
sec2 x dx = tan x (C.11)
ˆ
sec x tan x dx = sec x (C.12)
ˆ
a x
dx = tan−1 (C.13)
a2
+x 2 a
ˆ
a 1 x + a
dx = ln (C.14)
a2 − x2 2 x − a
ˆ
1 x
√ dx = sen−1 (C.15)
2
a −x 2 a
ˆ
a x
√ dx = sec−1 (C.16)
x x2 − a2 a
ˆ
1 p
√ dx = ln(x + x2 − a2 ) (C.17)
x2 − a2
ˆ
1 p
√ dx = ln(x + x2 + a2 ) (C.18)
x2 + a2
ˆ
dx 1 x
= 2√ (C.19)
(x2 + a2 )3/2 a x + a2
2
ˆ
x dx 1
= −√ (C.20)
(x2 + a2 )3/2 x2 + a 2
√ !
−1 x b2 − a2
ˆ tan √
1 a b2 + x2
√ dx = √ (C.21)
(x2 + a2 ) x2 + b2 a b2 − a 2
Identidades pitagóricas
1 1
sen x + sen y = 2 sen (x + y) cos (x − y) (D.8)
2 2
1 1
sen x − sen y = 2 cos (x + y) sen (x − y) (D.9)
2 2
1 1
cos x + cos y = 2 cos (x + y) cos (x − y) (D.10)
2 2
1 1
cos x − cos y = −2 sen (x + y) sen (x − y) (D.11)
2 2
252 física iii
Produtos de funções
1 1
sen x sen y = cos(x − y) − cos(x + y) (D.16)
2 2
1 1
cos x cos y = cos(x − y) + cos(x + y) (D.17)
2 2
1 1
sen x cos y = sen(x + y) + sen(x − y) (D.18)
2 2
1 1
cos x sen y = sen(x + y) − sen(x − y) (D.19)
2 2
Identidades exponenciais
eix − e−ix
sen x = (D.21)
2i
eix + e−ix
cos x = (D.22)
2
~r1
Subtração de vetores
~r2
~r1 − ~r2
~r1
~r1 − ~r2
−~r2
ou
n̂ = nx ı̂ + ny ̂ + nz k̂,
onde q
n2x + n2y + n2z = 1.
~r
n̂ = .
| ~r | θ
~r2
Note que o produto escalar entre dois vetores é um
escalar: 0◦ ≤ θ < 90◦
(vetor) · (vetor) = (escalar) ~r1
r1 · ~
~ r2 > 0
O produto escalar é comutativo. Sejam ~r1 e ~r2 :
~r2
~r1 · ~r2 = ~r2 · ~r1 . 90◦ < θ ≤ 180◦
ı̂ · ı̂ = 1 , ̂ · ̂ = 1 , k̂ · k̂ = 1.
x1 x2 + y1 y2 + z1 z2 ~r1 · ~r2
cos θ = p p = .
x21 + y12 + z12 x22 + y22 + z22 |~r1 | |~r2 |
z
~r1 × ~r2 Figura E.5: Direção de ~
r1 ×
~r1 r2 .
~
θ y
0
~r2
P
x ~r2 × ~r1 =−~r1 × ~r2
ı̂ × ı̂ = 0, ̂ × ̂ = 0, k̂ × k̂ = 0.
dA = (dx)(dy).
dV = dx dy dz.
x = ρ cos ϕ, y = ρ sen ϕ.
E, similarmente, temos
ı̂ = cos ϕ ρ̂ − sen ϕ ϕ̂
d~s = dρ ρ̂ + ρ dϕ ϕ̂ + dz ẑ.
dA = ρ dϕ dz.
~ = ρ dϕ dz ρ̂.
dA
dV = ρ dϕ dρ dz.
x = r sen θ cos ϕ
y = r sen θ sen ϕ
z = r cos θ
De forma equivalente, as coordenadas cartesianas podem
ser utilizadas para determinar as coordenadas esféricas de
um ponto:
r = +(x2 + y 2 + z 2 )1/2
−1 z
θ = cos
(x2 + y 2 + z 2 )1/2
ϕ = tan−1 (y/x)
Os vetores unitários estão relacionados pelas seguintes trans-
formações
d~s = dr r̂ + r dθ θ̂ + r sen θ dϕ ϕ̂
~ = r2 sen θ dθ dϕ r̂.
dA
dV = r2 sen θ dθ dϕ dr.
EEE
1 Interação elétrica
2 Campo elétrico
√
1 2 2e
P2.1 −9Q e +27Q P2.2 E
~ = (ı̂ + ̂) P2.3 De-
4πε0 a2
monstrar P2.4 (a) 1,09 × 10−8 C; (b) 5,44 × 10−3 N P2.5 E ~ =(1,62 kN/C)ı̂
" #
~ = Q 1 1
P2.11 E p −√ k̂
4πε0 h (z − h)2 + a2 z 2 + a2
√
~ = 1 Q
p
P2.12 E h + (z − h)2 + a2 − z 2 + a2 k̂
2ε0 πa2 h
3 Lei de Gauss
q
P3.1 Trivial P3.2 q/24ε0 P3.3 P3.4 λ0 h/2ε0
6ε0
2λ √ 2
P3.5 πρ0 a3 /ε0 P3.6 (a) 0; (b) a − d2 P3.7 σ =
ε0
2
2ε0 mg tan θ ~ = ρr r̂; (b) E ~ = ρa r̂ P3.9 Er =
P3.8 (a) E
q 2ε0 2ε0 r
ρ0 r /4ε0 a ; Er = ρ0 a /4ε0 r P3.10 ρ(r) = 6αε0 r3 P3.11 E =
3 2 2
ρ0 a
ρ0 /2ε0 P3.12 (a) Q = 4πρ0 a; (b) (r > a): E = ,
ε0 r2
ρ0 4πρ 3
(r < a): E = P3.13 (a) Q = (b − a3 ); (b)
ε0 r 3
ρ
(r < a) : E = 0, (a < r < b) : E = (r3 − a3 ),
3ε0 r2
ρ ρa
(r > b) : E = 2
(b3 −a3 ) P3.14 (a) Er = ; (b) Er =
3 3ε 0 r 3ε 0
a3 1 a3 ρa b3 a3
1 a ρa
+ (r − )ρ b ; (c) Er = + ( − )ρ b
3ε0 r2 r2 3ε0 r2 r2 r2
P3.15 (a); (b); (c); (d)
4 Potencial elétrico
1 Q 1 1 1 1
P4.10 P4.11 (a) kq − ; (b) kq − ;
4πε0 a a b r b
2kq b
(c) 0 P4.12 Va − Vb = ln P4.13 (b) 7,07 N/C
` a
P4.14 6,7 × 102 V/m
5 Capacitores e dielétricos
P5.1 (a) 48,0 µC; (b) 6,00 µC P5.2 (a) 1,33 µC/m2 ; (b)
13,3 pF P5.3 (a) 11,1 kV/m; (b) 98,3 nC/m2 ; (c) 3,74 pF;
P5.8 (a) 5,96 µF; (b) 89,5 µC, 63,2 µC, 26,3 µC, 26,3 µC
Q2 d
P5.9 (a) 216 µJ; (b) 54 µJ P5.10 (a) 2; (b)
2ε0 A
P5.11 (a) 369 pC; (b) 118 pF e 3,12 V; (c) −45,5 nJ
P6.1 (a) 1200 C; (b) 7,5×1021 elétrons P6.2 (a) 6,4 A/m2
P6.3 (a) 17,0 A; (b) 85,0 kA/m2 P6.4 0,265 C P6.5 500 mA
P6.6 (a) 3,75 kΩ; (b) 536 m P6.7 (a) 1,82 m; (b) 280 µm
1
P6.8 R P6.9 1,20 Ω P6.10 (a) 17,1 Ω; (b) 1,99 A;
9
1,17 A; 0,818 A P6.11 (a) 15,0 A; (b) 11,1 Ω P6.12 (a)
6,73 Ω; (b) 1,97 Ω P6.13 (a) 12,0 V; (b) 2,15 mV; (c)
(b) 25 centavos P6.19 (a) 5,00 s; (b) 150 µC; (c) 4,06 µA
P6.20 (a) −61,6 mA; (b) 0,235 µC; (c) 1,96 A P6.21 (a)
7 Interação magnética
P7.2 (a) 1,11 × 107 m/s; (b) 3,16 × 10−4 m P7.3 Dedu-
curva 2: 0 P8.12 20,0 µT, para baixo P8.13 (a) 5,0 mA;
µ0 Ir2
10−5 N, para esquerda P8.16 B = P8.17 (a) 0;
2πa3
µ0 I r2 − a2 µ0 I
(b) 2 2
; (c)
2πr b − a 2πr
9 Indução eletromagnética
P9.1 758 µWb P9.2 (a) µ0 nIN πR12 ; (b) µ0 nIN πR22
P9.6 1,4 T/s P9.7 5,50 kV P9.8 8,0 × 10−5 V P9.9 (a) -
1,07 × 10−3 V; (b) -2,40 × 10−3 V; (c) 1,33 × 10−3 V P9.10 (a)
Física básica
História da Física