Professional Documents
Culture Documents
SÃO PAULO
2008
2
Introdução
do Brasil. Foi engendrada durante a fase mais dura da ditadura militar, na presidência do
era o general João Figueiredo (1979-84); desafiada ao longo do mandato de José Sarney
pelo menos três fatores: 1) as pressões políticas e comerciais exercidas pelos Estados
conciliar as novas vozes da sociedade civil, que voltavam a ser ouvidas após duas
décadas de repressão do regime militar iniciado em 1964. O saldo dessa aventura, como
veremos, convida à reflexão sobre as formas que um país como o Brasil, com tantos
1 - A encomenda da Marinha
engenharia e teve basicamente aplicação didática. O Zezinho não resistiu ao tempo: suas
Outra iniciativa ocorreria dez anos depois – e com fins bem mais utilitaristas. Em
1971, um projeto de US$ 2 milhões financiado por uma parceria entre a Marinha, o
O interesse da Marinha no projeto era estratégico. Ela queria contar com uma
comprados da Inglaterra (Tapia, 1995). Por isso, o grupo responsável pelo projeto do G-
acabou sendo efetivado em 1973, com a criação da empresa Eletrônica Digital Brasileira
Ltda. Em 1974, ela se torna uma sociedade anônima, com o nome de Digibrás S/A e
de monitorar o projeto da Marinha, fosse capaz de definir uma política para o setor
(Tapia, 1995). Por isso, por meio do decreto 70.370 de 5 de abril de 1972, o presidente
Barbosa (1985) aponta que entre as razões iniciais para a criação da Capre
catalogação do parque nacional instalado. Segundo Dytz (1985), que foi secretário-geral
da Secretaria Especial de Informática nos anos 1980, a missão original da Capre era
Mas a crise do petróleo de 1973 fez com que essas funções fossem bastante
repentina das importações, levou o governo federal a incluir em 1975, nas atribuições da
(1985) explica que a medida foi necessária para “impedir importações desnecessárias,
Ernesto Geisel, dá novas atribuições à Capre. Ela agora teria de estudar e propor as
Havia ainda uma comissão consultiva, com representantes técnicos das empresas
estatais Serpro, Dataprev, Digibrás, Petrobrás, Cia. Vale do Rio Doce, BNDE, Fundação
da tecnologia dos computadores tinha valor estratégico para o país –, a Comissão propôs
urgência diante do avanço das multinacionais que dominavam o mercado das máquinas
de grande porte – e que já mostravam apetite para mercados menores. Foi nessa época
que a norte-americana IBM lançou no Brasil o sistema /32, de médio porte, um sério
A estratégia da Capre para o setor era simples e podia ser resumida em três
tecnologia brasileira. E, como lembra Tapia (1995), sem mencionar o termo “reserva de
mercado” – pois já se sabia, à época, que isso poderia trazer prejuízos à imagem do país.
6
acordos com grupos estrangeiros para ter acesso a tecnologia. A Cobra, que foi criada
nascente – um modelo dirigido pelo Estado e que, segundo Barbosa (1985), já havia sido
Mas a Capre foi além. A Comissão também definiu os critérios que permitiriam
quais empresas nacionais estariam aptas a fabricar bens de informática no Brasil. A lista
no país; 3) o grau de participação do mercado pela empresa (visto como uma forma de
Baseada nesses critérios, a Capre elegeu quatro empresas que, junto com a
Edisa, com tecnologia Fujitsu;, a Labo, com tecnologia Nixdorf; a Sisco, com tecnologia
Data General; e a Sid, com tecnologia Logabax (Barbosa, 1985). Os critérios de seleção
foram seguidos de forma bastante estrita entre os anos de 1976 e 1977 e acabaram
Barbosa lembra que, nessa época, as grandes do setor, como IBM e Burroughs (atual
Unisys), exerciam forte pressão para trazer seus sistemas de menor porte. E afirma que,
O fato de a política ter sido conduzida por governos militares não foi garantia de
Capre aprovou o da Cobra e indeferiu o da IBM (Tapia, 1995). Numa segunda chamada,
IBM, a Capre, numa atitude que se repetiria outras vezes, não disse que sim, nem não –
politicamente engajado, formado por técnicos e cientistas, que por muitos anos serviria
de conselheiro para assuntos relacionados à política do setor. Sabemos por Tapia (1995)
que, entre 1974 e 1978, “a bandeira da autonomia tecnológica” seduzia cada vez mais
essa categoria, até que em 1978 um grupo ligado ao partido MDB, de oposição ao
Parte do quadro da APPD era de pessoas vindas de universidades, como ITA e PUC;
Nacional – sinal de que sua atuação teria um tom bastante centralizador –, a SEI tinha
assessorá-lo, uma Comissão composta por dez representantes do governo e até quatro
Segurança Nacional.
Tal como a Capre, a SEI ganhou diversas atribuições. Era preciso elaborar e
controle acionário e tecnologia. Dytz (1985) ressalta que a intenção maior da SEI era “o
– a fórmula nacional que permitia realizar a reserva do mercado no setor, sem explicitá-
la. É digno de nota que o governo optou por deixar de fora o setor das telecomunicações,
–, a SEI publicou farta normatização ao longo dos anos 1980. Essas regras, conhecidas
como Atos Normativos, marcariam um controle cada vez mais rígido sobre a informática
país de diversos tipos de máquinas eletrônicas; para fabricá-los, era preciso também
atender a condições prévias, como ter como donos cidadãos brasileiros residentes no
Uma demonstração da severidade que norteava a ação da SEI naquela época foi a
Oliveira Brízida substituiu Octávio Gennari Netto. Pelo decreto que criou a SEI, o titular
do cargo deveria ser um civil. Mas uma alteração, feita pelo decreto 87.583 (de
descontentamento de setores das Forças Armadas, que cobravam de Gennari Netto uma
Ao mesmo tempo em que impunha maior energia à SEI, o Brasil via sua
crise econômica do início dos anos 1980. Citando Barbosa (1985), em 1980 o secretário
nacional de informática Octávio Gennari Neto declarou que o governo precisaria investir
10
cerca de 200 milhões de dólares no setor: “Não é para fazer nada relevante, mas para
impedir apenas que a defasagem tecnológica aumente”. Até 1985 esses investimentos
ainda não tinham sido feitos, do que Barbosa concluiu que “não há como esperar, ao
quais as principais indústrias estavam ligadas na década de 1980. Como exemplos, cita a
empresas que atuam nesse mercado, desperta também o interesse do capital bancário”.
Críticas que, de certa forma, ecoavam a opinião dos opositores da reserva, como o
senador Roberto Campos, que apontava: “o que temos é uma reserva de mercado não
para os produtores nacionais, mas para certos produtores nacionais (...) escolhidos pela
tecnocracia (...) que substitui a decisão que normalmente caberia ao mercado” (Campos,
1985). Voltando a Barbosa (1985), constatamos que, àquela época, “as indústrias locais
que haviam prometido desenvolver tecnologia própria dentro de um prazo de cinco anos
janeiro de 1982, o D-8000 era vendido por 390 mil cruzeiros nas prateleiras do Mappin,
uma grande loja de departamentos de São Paulo. Em 1981, na 1.a Feira Internacional de
Docas de Santos.
janeiro de 1982 que a SEI, por meio de Ato Normativo 16/81, convocou empresas
pessoal, de uso doméstico e para entretenimento” (Bits, 1983). O projeto era marcado
penetração da IBM nesse mercado. Mas foi justamente o poder de fogo da IBM nesse
e o Oriente Médio. Em 1982, segundo dados oficiais, o setor, embora tenha faturado
US$ 1,8 bilhão, exportou meros US$ 200 milhões (Bits, 1985).
informática Joubert Brízida sustentou que seria melhor não haver projeto de lei
explicitando a reserva, pois isso poderia gerar “problemas para o comércio exterior do
país” (Bits, 1983). O clima, no entanto, era de explicitação da reserva. Como exemplo,
vale citar a posição oficial do governo do Estado de São Paulo. Em junho de 1984, o
de mercado, classificando-a “não como ação xenófoba, mas sim um ato de soberania”. À
imprensa, o governo estadual declarou que “o Brasil (...), contando com um amplo
mercado interno, deve reserva-lo em favor das empresas nacionais que gerem tecnologia
um governo civil (que começou com a lei da anistia, em 1979, e que seria completada
em 1985) abriu espaço para que mais grupos, contra e a favor da reserva, ganhassem
voz. Tapia (1995) lista no grupo contrário à reserva de mercado a Fiesp, o Ministério das
chegado às camadas mais populares. Em julho de 1983, uma pesquisa feita na cidade de
São Paulo pela agência de publicidade Alcântara Machado Perscinotto apontava que
computador em casa e 57% dos entrevistados não tinha interesse em ter um.
nos Estados Unidos fez com que o governo daquele país passasse a ver o Brasil como
entrou para a agenda política daquele país. Em 1982, na visita do presidente Ronald
5 – A Lei de Informática
exterior, exigindo da SEI uma “atitude firme e vigilante” – policiamento que a SEI, por
falta de pessoal e estrutura, nunca foi capaz de fazer (Tapia, 1995). Mas a pressão surtiu
efeito: Fregni, que ajudou a montar o “Patinho Feio” da Poli/USP e era dono da Scopus
Tecnologia (Peixoto, 2002), obteve da SEI o Ato Normativo 27 da SEI, que impunha
A questão da pirataria – e das estimativas das perdas financeiras que ela traria –
números dos EUA, Khan disse que, de 1981 a 1984, as produtoras de software deixaram
de ganhar US$ 1,3 bilhão por causa do mercado pirata (Bits, 1985).
“o Brasil possui hoje a única indústria endógena, do Ocidente não industrializado, que
15
a cópia. No entanto, uma nova perícia, feita a pedido da Microdigital, concluiu que o
software básico era parte da máquina e que já havia teclados semelhantes de diferentes
memória ROM, que armazenava o sistema básico: a conclusão da perícia foi que as
combinações da memória ROM são finitas e que seu conteúdo não é idêntico ao do da
Sinclair. A Sinclair teve que pagar os custos do processo e os honorários dos peritos
(Bits, 1985).
instrumento adequado para legitimar essa política. Em 1984, diversos projetos de lei
tentaram regulamentar a política de informática, com versões que ora reforçavam, ora
Em 1984, por decurso de prazo (Ferreira, 1993), o projeto de lei proposto pelo
espécies de bens e serviços. Entre os trechos que seriam mais combatidos estavam o
Artigo 12, que definia empresa nacional, e o prazo previsto em lei, de oito anos, para a
setembro de 1985, no entanto, quase um ano depois de a Lei de Informática ter sido
aprovada, os Estados Unidos decidiram abrir um processo contra o Brasil baseado na Lei
1995:175). A disputa, conhecida pela designação oficial de contencioso, durou até 1988,
setembro de 1985, o presidente Ronald Reagan decidiu solicitar ao United States Trade
brasileira de informática.
contrária à inclusão dos serviços no Gatt; o aumento do déficit americano nas relações
as ameaças de retaliação comercial iam-se tornando mais reais, a coesão inicial daria
química fina. Além disso, temiam a restrição aos investimentos estrangeiros no Brasil.
(Tapia, 1995:179).
A posição brasileira, anunciada em 1986, foi a de aceitar discutir o tema, mas sob
as regras do Gatt e não do Trade Act norte-americano. Tapia (1995) lembra que, na
18
claramente que o que eles queriam discutir era a questão da proteção ao software. Os
EUA queriam que o Brasil adotasse para o software a mesma proteção do copyright –
projetava perdas de US$ 8,1 bilhões entre 1985 e 1992, causadas pela política de
reserva de mercado;
Diante das novidades trazidas pelas eleições de 1986, quando o Congresso seria
renovado, os Estados Unidos decidiram não promover nenhuma ação retaliadora até
7 - O processo de flexibilização
O primeiro ponto a ser questionado foi a definição de empresa nacional, tal como
No dia 30 do mesmo mês, os Estados Unidos anunciavam que não iriam mais retaliar o
1
Joint venture: associação não-permanente entre empresas, com fim de lucro.
20
Embora não houvesse indeferido o pedido, na prática a SEI adiava a decisão, dando a
e Scopus, por outro lado, tinham investido tempo e recursos no desenvolvimento de seus
Scopus Sisne, baseado no MS-DOS). A situação tornou-se mais crítica quando o pedido,
feito pela Itautec, de licenciamento do Unix (que, na época, era de domínio da gigante
1995:193). Diante do impasse criado pela decisão da SEI, a Microsoft adotou como
citando rotinas semelhantes aos dois programas. Quando a Scopus admitiu semelhanças
e mudou as rotinas, a Microsoft voltou à justiça, alegando que os dois programas eram
conceito de similaridade da Lei de Software – que, àquela altura, ainda não havia sido
aprovada pelo Congresso. Esse vácuo legislativo foi aproveitado pela Microsoft, que
mesmo tempo, o governo americano voltou a divulgar que seriam aplicadas sobretaxas a
diplomáticos dos EUA e diretores da indústria calçadista do Brasil. Meses mais tarde, a
21
Fiesp alertava que as indústrias de suco, de calçados e de aviões poderiam ser atingidas
Não iria mais exigir dos fabricantes de hardware o desenvolvimento de software básico,
Tapia (1995) nos revela que o fim do contencioso se deveu a três principais
não permissão da fabricação do Mac 512, clone do Apple Macintosh desenvolvido pela
empresa paulista Unitron (que a havia solicitado ainda em 1985); 3) a não imposição de
programa estrangeiro só seria concedido se não houvesse programa similar feito por
A lei 7.646 garantia a tutela dos direitos sobre programas de computador por 25
anos, contados a partir de seu lançamento em qualquer país. Mas os direitos da lei só
por empresa nacional poderiam, nos casos autorizados pela SEI, deduzir o dobro de seu
valor como despesa operacional. E mais: pelo artigo 7, não constituiria ofensa ao direito
Para muitos, a fragilidade da lei estaria justamente nos trechos em que ela define
similar.
Tapia (1995) conta que, a partir de 1987, as discussões sobre o papel do Estado
global foram ganhando destaque, principalmente por causa dos debates promovidos pela
Para Tapia, o que houve foi uma “mudança no clima ideológico entre 1988 e 1990”.
Neste período, as classes empresarial e politica teriam reconhecido o alto custo de uma
Esse custo se refletiria, por exemplo, no legado de uma indústria brasileira que,
formular e aplicar políticas industriais, face à crise econômica que enfrentou nos anos
1980. Nessa fase, o governo federal decidiu mudar o enfoque de sua política industrial,
Tapia chamou de “redefinições das lealdades de mercado”: se, entre as décadas de 1970
1988 ocorreu uma confluência de interesses entre as empresas nacionais, que buscavam
associações simbólicas foram a do Grupo Itaú com a IBM, para a produção dos sistemas
seis ministérios, entre eles o da Ciência e Tecnologia, ao qual a SEI era subordinado. A
A essa altura, a SEI já não tinha tanto poder: ainda em 1988, em maio, o presidente José
Sarney havia assinado decretos que dispensavam a anuência da SEI nas decisões de
assinado pelo presidente Fernando Collor. Pouco tempo antes, em junho desse mesmo
1993). A reserva de mercado foi mantida até 29 de outubro de 1992, prazo reforçado
pela Lei 8.248, de 1991, que revogava diversos artigos da Lei de Informática.
Henrique Cardoso, em 1998. A lei 9.609, hoje em vigor, foi sancionada em 19/02/1998.
Conclusão
Podemos identificar neste trabalho a segmentação proposta por Tapia (1995), que
informática no Brasil. A primeira, que vai de 1971 a meados de 1983, é marcada por
evidencia-se a dissolução das forças que sustentaram a primeira fase; e a terceira, que
um divórcio cujas origens podem, talvez, ter relação com a pressa, manifestada pelas
empresas, por soluções que atendessem ao mercado. Em alguns casos, o que ocorria era
a mera montagem local, como nos diz Barbosa (1985) sobre os supermínis: “Quanto ao
2
Tomamos conhecimento, em Ferreira (1993), que em 1987 a USP desenvolveu o protótipo de um
minissupercomputador, o MS-8701, cuja comercialização seria delegada à Itautec, do Grupo Itaú.
26
a) tecnologia de projeto;
b) tecnologia de fabricação;
c) tecnologia de mercado;
d) tecnologia de uso.
Sua crítica ao modelo vigente na época foi de que o governo enfatizou o domínio
custos (a Itautec, empresa do grupo de Setúbal, era favorável à adoção do sistema Unix,
Não foi essa a opção encontrada pela indústria, que, para ganhar tempo e reduzir
teve que custear o desenvolvimento dos softwares necessários para suas próprias
os países ricos – foi encampada por vários setores da indústria brasileira, e se acentuou à
cada vez maior de novas aplicações já sugeria que o Brasil não teria condições de
colaborou para arregimentar mais vozes contrárias à reserva. Campos (1985), crítico da
reserva, abordava essa questão de outro modo, questionando por que um país carente de
governamental, já que era preciso descrever a origem e a forma de obtenção dos insumos
(1985), o modelo da reserva de mercado, tal como concebida pela ditadura militar, foi de
nacional, o Cobra 530 (Helena, 1984). O controle do Estado, embora majoritário, sempre
foi parcial, e na segunda metade da década de 1970 um grupo de dez bancos brasileiros,
mais as bolsas de valores do Rio de Janeiro e de São Paulo, já eram donos de 39% da
Cobra – foram eles que, como sócios, formaram seu primeiro mercado consumidor. A
empresa ainda existe – no rastro do desmonte da reserva de mercado, ela foi incorporada
a insurgência dos países pobres contra a dominação tecnológica pelos países ricos – que,
saldo tido como certo foi a criação e a capacitação tecnológica de toda uma categoria
profissional. Mas será que, se fosse conduzida de outra forma, a política nacional de
das variáveis que o compõem estarão fora do escopo deste trabalho. No entanto, é
possível apontar pelo menos dois pecados originais da política adotada pelo Brasil para o
setor da informática:
Talvez não seja exagero afirmar que, por causa de (1), o Brasil fez más escolhas
quando selecionou os primeiros competidores do mercado sob reserva. Que, por sua vez,
29
fizeram más escolhas quando definiram seus parceiros tecnológicos, sob as diretrizes do
Estado; e quando decidiram competir entre si sem que houvesse cooperação na área de
software, o que resultou numa custosa divisão de esforços para criação de sistemas
fez aumentar essas tensões. O próprio governo não fez a sua parte, pois em plena
ao segundo pecado, basta dizer que foi esse o calcanhar-de-Aquiles que, no fim da
década de 1980, ajudou a formar dentro do Brasil uma frente anti-reserva, movimento
que foi notadamente incentivado e explorado pelos setores exportadores e pelo governo
Como poderia ter dado certo? Seria preciso, talvez, um grupo visionário que
comprador dessa tecnologia, até que essa empresa pudesse andar com as próprias pernas.
Dantas (1988) cita pelo menos três casos – ICL, na Inglaterra; CII, na França; e Siemens
Àquela época, parece que não havia tantos nichos assim, e o “mercado” era o
Constitucional 6/95 – foi a pedra que faltava para enterrar qualquer pretensão de política
3
Um transponder é um dispositivo eletrônico miniaturizado que transmite informações por ondas de rádio,
a partir da recepção de um determinado sinal.
31
Bibliografia
jun/jul.2008.
CAMPOS, Alda. Uma empresa aquariana na era de Aquário. Microsistemas, n.1, p.16,
out.1981.
1985.
jul.2008.
MARCOLIN, Nelsdon. Patinho Feio completa 30 anos. Revista Fapesp, n.o 76, Junho
NORONHA, Paulo Henrique de. Simples e baratos, os novos micros estão chegando.
PEIXOTO, Fabrícia. Era o bem contra o mal. Entrevista concedida por Edson Fregni à
jul.2008.
1985.