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Departamento Acadêmico

de Física

Prof. Dr. Fabio R. Longen


1. Calor e Energia Interna;
2. Calor Específico;
3. Calor Latente e Mudanças de Fase;
4. Trabalho em Processos Termodinâmicos;
5. A Primeira Lei da Termodinâmica;
6. Aplicações da Primeira Lei da Termodinâmica;

7. Capacidades Caloríficas Molares de Gases Ideais;


8. Processos Adiabáticos para um Gás Ideal;
9. Capacidades Caloríficas Molares e a Equipartição da Energia;

10. Mecanismos de Transferência de Energia em Processos Térmicos.


Calor: é um mecanismo pelo qual energia é

transferida entre um sistema e seu ambiente

por causa de uma diferença de temperatura

entre eles. É também a quantidade de energia

Q transferida por esse mecanismos.


Energia Interna “Eint”: é a energia associada aos
componentes microscópicos de um sistema – átomos e
moléculas – quando vistos a partir de um referencial em
repouso em relação ao sistema. Inclui a energia cinética
e potencial associada com o movimento aleatório
translacional, rotacional e vibratório dos átomos ou das
moléculas que compõem o sistema, bem como a energia
potencial intermolecular.
caloria (cal): era definida como o calor necessário para
elevar a temperatura de 1 g da água de 14,5 oC para
15,5 oC.
Em 1948, os cientistas concordaram que, como o calor
(assim como o trabalho) é uma medida da transferência
de energia, sua unidade no SI deveria ser o joule. A
caloria é definida agora como sendo:
1 𝑐𝑎𝑙 ≡ 4,186 𝐽 (1)
Conhecido como o equivalente mecânico do calor.
A energia necessária para alterar a temperatura de uma
substância de ΔT é:
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇 (2)
Onde m é massa da substância e c, o seu calor
específico.
Observe que, quando a temperatura aumenta, ΔT e Q são
considerados positivos, correspondendo à energia que
flui para dentro do sistema.
Quando a temperatura diminui, ΔT e Q são negativos e a
energia flui para fora do sistema.
Fonte: Serway; Jewett; 9º Edição; Physics for Scientists and
Engineers; Cengage Learning; 2014.
Ex. 5.1) Resfriando um Lingote Quente. A temperatura de um

lingote de metal de 0,05 kg é elevada para 200,0 oC e então o

lingote é colocado em um béquer isolado leve contendo 0,40 kg

de água inicialmente a 20,0 oC. Se a temperatura final de

equilíbrio do sistema combinado for 22,4 oC, descubra o calor

específico do metal.

Qual é o total de energia transferida para a água enquanto o

lingote é resfriado?
A energia necessária para alterar a fase de uma
substância pura de massa m é:
𝑄 = ±𝑚𝐿 (3)
O parâmetro L é chamado de calor latente da substância
e depende da natureza da mudança de fase e das
propriedades da substância.
✓ Calor de Fusão Lf é o termo utilizado quando a mudança de fase
ocorre durante a fusão ou o congelamento;
✓ Calor de Vaporização Lv é o termo utilizado quando a mudança
de fase ocorre durante a vaporização ou condensação.
Fonte: Serway; Jewett; 9º Edição; Physics for Scientists and
Engineers; Cengage Learning; 2014.
Ex. 5.2) Ebulição do Hélio Líquido. O hélio líquido tem um ponto

de ebulição bastante baixo, de 4,2 K, e um calor de vaporização

muito baixo, 2,09 x 104 J/kg. A energia é transferida a uma taxa

constante de 10,0 W para um recipiente de hélio líquido a partir

de um aquecedor elétrico imerso. Nesta proporção, quanto tempo

leva para evaporar 1,0 kg de hélio líquido?

Se 10,0 W de potência forem fornecidos para 1,00 kg de água a

100 oC, quanto tempo leva para a água evaporar completamente?


Trabalho em Processos
Termodinâmicos
𝑽𝒇

𝑾𝒊→𝒇 = − න 𝑷𝒅𝑽
𝑽𝒊

Vf > Vi → Expansão
Vf < Vi → Compressão

Um gás é comprimido quase-estaticamente do estado i para o estado f.


O trabalho realizado sobre o gás é o negativo da área embaixo da
curva PV.
Ex. 5.3) Comparando Processos. Um gás ideal é submetido a dois

processos nos quais Pf = 1,00 x 105 Pa, Vf = 2,00 m3; Pi = 0,200

x 105 Pa e Vi = 10,0 m3. Para o processo 1, mostrado na Figura 1,

a temperatura permanece constante. Para o processo 2, mostrado

na Figura 2, a pressão permanece constante e, então, o volume

permanece constante. Qual é a razão entre o trabalho W1

realizado sobre o gás no primeiro processo e o trabalho W2

realizado no segundo processo?


Ex. 5.3) Continuação.

Figura 2
Figura 1
A primeira lei da termodinâmica é um caso especial da equação de

continuidade para a energia, relacionando a energia interna de um

sistema com a transferência de energia pelo calor e pelo trabalho:

∆𝐸𝑖𝑛𝑡 = 𝑄 + 𝑊 (4)

Onde Q é a energia transferida através da fronteira do sistema pelo

calor e W é o trabalho realizado sobre o sistema. Embora Q e W

dependam da trajetória seguida do estado inicial para o estado final,

a energia interna é uma variável de estado, de maneira que a

quantidade ΔEint é independente da trajetória.


➢ Processo Adiabático: é um processo no qual nenhuma energia é

transferida pelo calor entre o sistema e suas vizinhanças (Q = 0).

Neste caso, a primeira lei fornece ΔEint = W.

➢ Processo Isobárico: é um processo que ocorre sob pressão

constante. O trabalho realizado sobre o gás neste processo é –

PΔV.

➢ Processo Isocórico: é um processo que ocorre a volume

constante. Nenhum trabalho é realizado neste processo.


➢ Processo Isotérmico: é um

processo que ocorre a

temperatura constante. O

trabalho realizado sobre um gás

ideal durante um processo

isotérmico é:

𝑉𝑓
𝑊 = −𝑛𝑅𝑇𝑙𝑛 (5)
𝑉𝑖
➢ Processo Cíclico: que se origina e termina no mesmo estado,

ΔEint = 0 e, portanto, Q = -W.

O trabalho resultante realizado por ciclo é igual à área circunscrita

pela trajetória representando o processo em um diagrama PV.


Ex. 5.4) Água em Ebulição. Suponha que 1,00 g de água evapore

isobaricamente à pressão atmosférica (1,013 x 105 Pa). Seu

volume no estado líquido é Vl = 1,00 cm3 e seu volume no estado

de vapor é Vv = 1671 cm3. Descubra qual o trabalho realizado

sobre o vapor na expansão e a mudança na energia interna do

sistema.
Ex. 5.5) Um Cilindro em um Banho de Água com Gelo. O cilindro da

Figura tem paredes termicamente condutoras e está imerso em um

banho de água com gelo. O gás dentro do cilindro é submetido a três

processos: (1) o pistão é empurrado rapidamente para baixo,

comprimindo o gás no cilindro; (2) o pistão é mantido na posição

final do processo anterior, enquanto o gás retorna para a

temperatura do banho de água com gelo; (3) o pistão é elevado

muito lentamente de volta para sua posição original.


Ex. 5.5) Continuação. (a) Para o sistema do

gás, qual é o tipo de processo termodinâmico

especial representado por cada um desses

processos? (b) Desenhe o ciclo completo em

um diagrama PV. (c) O trabalho realizado sobre

o gás durante o ciclo é de 500 J. Qual a massa

de gelo no banho de água com gelo que

derrete durante o ciclo?


1. Calor e Energia Interna;
2. Calor Específico;
3. Calor Latente e Mudanças de Fase;
4. Trabalho em Processos Termodinâmicos;
5. A Primeira Lei da Termodinâmica;
6. Aplicações da Primeira Lei da Termodinâmica;

7. Capacidades Caloríficas Molares de Gases Ideais;


8. Processos Adiabáticos para um Gás Ideal;
9. Capacidades Caloríficas Molares e a Equipartição da Energia;

10. Mecanismos de Transferência de Energia em Processos Térmicos.


Definimos as capacidades caloríficas molares de um gás

ideal com as seguintes equações:

𝑄 = 𝑛𝐶𝑉 ∆𝑇 (6)

𝑄 = 𝑛𝐶𝑃 ∆𝑇 (7)

onde CV é a capacidade calorífica molar a volume constante e CP é

a capacidade calorífica molar a pressão constante.


A capacidade calorífica molar a volume constante está

relacionada com a energia interna da seguinte forma:

1 𝑑𝐸𝑖𝑛𝑡
𝐶𝑉 = (8)
𝑛 𝑑𝑇

A mudança na energia interna de um gás ideal para

qualquer processo no qual a mudança de temperatura é ΔT é:

∆𝐸𝑖𝑛𝑡 = 𝑛𝐶𝑉 ∆𝑇 (9)


A capacidade calorífica molar a volume constante e a

capacidade calorífica molar a pressão constante para todos os

gases ideais se relacionam da seguinte maneira:

𝐶𝑃 − 𝐶𝑉 = 𝑅 (10)
Fonte: Serway; Jewett; 9º Edição; Physics for Scientists and Engineers;
Cengage Learning; 2014.
Ex. 5.6) Aquecendo um Cilindro de Hélio. Um cilindro contém

3,00 moles de gás hélio à temperatura de 300 K.

(a) Quanta energia deve ser transferida para o gás pelo calor para

aumentar sua temperatura para 500 K se ele for aquecido a

volume constante.

(b) Quanta energia deve ser transferida para o gás pelo calor a

pressão constante para aumentar a temperatura para 500 K?


Para um gás ideal submetido

a um processo adiabático, a pressão

e o volume se relacionam como:

𝑃𝑉 𝛾 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (11)

onde

𝐶
𝛾 = 𝐶𝑃 (12)
𝑉

Exercício (Valendo 1,0 ponto):

Demonstre a equação 11.


Ex. 5.7) Um Cilindro de Motor a Diesel. A mistura ar-combustível

no cilindro de um motor a diesel a 20 oC é comprimida a partir de

uma pressão inicial de 1,00 atm e volume de 800 cm3 para um

volume de 60 cm3. Considerando que a mistura se comporta

como um gás ideal com γ = 1,40 e a compressão é adiabática,

descubra a pressão e a temperatura finais do processo.


1. Calor e Energia Interna;
2. Calor Específico;
3. Calor Latente e Mudanças de Fase;
4. Trabalho em Processos Termodinâmicos;
5. A Primeira Lei da Termodinâmica;
6. Aplicações da Primeira Lei da Termodinâmica;

7. Capacidades Caloríficas Molares de Gases Ideais;


8. Processos Adiabáticos para um Gás Ideal;
9. Capacidades Caloríficas Molares e a Equipartição da Energia;

10. Mecanismos de Transferência de Energia em Processos Térmicos.


O teorema da Equipartição da Energia pode ser utilizado
para prever a capacidade calorífica molar a volume constante
para vários tipos de gases. Gases monoatômicos podem
armazenar energia apenas por meio do movimento translacional
de suas moléculas. Gases diatômicos e poliatômicos podem
armazenar energia também por meio da rotação e da vibração das
moléculas. Para uma molécula qualquer, as energias rotacional e
vibratória são quantizadas, então sua contribuição não entra na
energia interna até que a temperatura tenha subido para um valor
suficientemente alto.
Possíveis movimentos de
uma molécula diatômica: (a)
movimento translacional do centro
de massa; (b) movimento
rotacional em torno de vários
eixos e (c) movimento vibratório
ao longo do eixo molecular.
Capacidade calorífica molar do hidrogênio como função da
temperatura. Observe que o hidrogênio se liquefaz a 20 K.
1 – Condução Térmica: é a transferência de energia por meio das
colisões entre as moléculas. É impulsionada pela diferença de
temperatura, e a taxa de transferência de energia é:
𝑑𝑇
𝒫 = 𝑘𝐴 (13)
𝑑𝑥

onde a constante de proporcionalidade k é chamada de


condutividade térmica do material e dT/dx é o gradiente de
temperatura (a variação da temperatura com a posição).
Condução térmica através de um

bloco com corte transversal de

área A e espessura Δx. As faces

opostas estão a temperaturas

diferentes TH > TC.


Fonte: Serway; Jewett; 9º Edição;
Physics for Scientists and
Engineers; Cengage Learning;
2014.
Ex. 5.8) A Janela Mal Vedada. Uma janela cuja área é de 2,0 m2 é

envidraçada com vidro de espessura de 4,0 mm. A janela está na

parede de uma casa e a temperatura externa é 10 oC. A temperatura

no interior da casa é 25 oC.

(a) Quanta energia é transferida através da janela pelo calor em 1,0

h?

(b) Se a energia elétrica custa 12 centavos / kWh, quanto custa para

repor com aquecimento elétrico a transferência de energia no

item (a).
2 – Convecção: é a transferência de energia por meio de um fluido
em movimento.

As correntes de convecção são formadas em uma sala aquecida por


um aquecedor.
3 – Radiação: todos os corpos emitem radiação
eletromagnética continuamente na forma de radiação
térmica, que depende da temperatura segundo a Lei de
Stefan:
𝒫 = 𝜎𝐴𝑒𝑇 4 (14)
Espectro Eletromagnético.
1. Calor e Energia Interna;
2. Calor Específico;
3. Calor Latente e Mudanças de Fase;
4. Trabalho em Processos Termodinâmicos;
5. A Primeira Lei da Termodinâmica;
6. Aplicações da Primeira Lei da Termodinâmica;

7. Capacidades Caloríficas Molares de Gases Ideais;


8. Processos Adiabáticos para um Gás Ideal;
9. Capacidades Caloríficas Molares e a Equipartição da Energia;

10. Mecanismos de Transferência de Energia em Processos Térmicos.

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