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Antes de começarmos nossos estudos, farei um aviso: não trataremos, de tudo o que pode ser explorado em
sua prova sobre Administração Pública. Se fosse o caso, precisaríamos de mais dez aulas em nosso curso, seria
praticamente um curso de Direito Administrativo
Administração Pública.
Legalidade
Impessoaldade
LIMPE Moralidade
Publicidade
Eficiência
Princípio da legalidade
g ,
lei, fruto do Poder Legislativo, que representa o povo. Pode, contudo, a lei dar maior amplitude de atuação ao
administrador público, a chamada discricionariedade.
O administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às
exigências do bem comum, e deles não pode se afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e submeter-se à
responsabilidade civil, criminal e administrativa. Assim, enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que
a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza.
As leis administrativas são de ordem pública e seus preceitos não podem ser descumpridos, nem mesmo por
acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários.
Princípio da Impessoalidade
O princípio da impessoalidade nada mais é do que o princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador
público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de direito indica
expressa ou virtualmente como objetivo do ato. Neste sentido, o princípio traduz a ideia de que toda atuação da
Administração deve buscar a satisfação do interesse público.
Também deve ser entendido para excluir a promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos sobre
suas realizações administrativas. Já nesta acepção se relacio g z
realizações da Administração Pública para promoção pessoal. Fundamenta-se no artigo 37, § 1o, da CRFB/88, que diz:
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Art. 37, § 1o – A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
Princípio da Moralidade
Na análise do conceito de moralidade, -
, objetiva, ,
g , ,
ligada às convicções pessoais de quem aprecia o fato.
MORALIDADE
ADMINISTRATIVA
É objetiva, podendo ser extraída
do ordenamento jurídico
serve para proteger o indivíduo contra processos arbitrariamente sigilosos, permitindo os recursos administrativos e
as ações judiciais próprias.
A publicidade não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade. Por isso, os atos
irregulares não se convalidam com a publicação, nem os regulares dispensam-na para sua exequibilidade, quando
exigida pela lei ou regulamento.
Princípio da Eficiência
O princípio da eficiência passou a ser expresso na Constituição a partir da EC no 19/98, estando ligado ao
modelo de administração gerencial, que defende a ideia de se trazerem ao setor público procedimentos do setor
privado, tendo como ênfase a obtenção de resultados.
g , -se que este desenvolva suas atribuições da melhor forma
possível, a fim de obter os melhores resultados. Um exemplo de apl
, z RFB/88, / 8
g z , ossível.
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Concurso Público
37, , RFB/88, “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”
Assim, para que os bras g , g ,
, g
: z
Destaca-s , g
estrangeiros em detrimento de outros, em função do país de origem. Ressalta-se, ainda, que essa nova previsão
constitucional se aplica igualmente aos estrangeiros residentes ou não no país, permitindo, por exemplo, que, após a
edição da referida lei, estes tenham acesso a cargos, empregos ou funções públicas em repartições brasileiras no
exterior.
JURISPRUDENCIANDO
R , S F g , ,
g “ -
banca examinadora de concurso público no reexame de critérios de correção das provas e de conteúdo das
questões formuladas. Assentou-se que, existente previsão de determinado tema, cumpriria ao candidato
estudar e procurar conhecer, de forma global, os elementos que pudessem ser exigidos nas provas, de
modo a abarcar todos os atos normativos e casos paradigmáticos existentes. Do contrário, significaria
exigir-se das bancas examinadoras a previsão exaustiva, no edital de qualquer concurso, de todos os atos
normativos g ,
g z ” 677, S 3 8 6 / F, zF , 8 8
Em se tratando da validade do concurso público o art. 37, II , RFB/88,
anos, prorrogável uma vez, por igual período z ,
contado a partir da homologação deste.
g z ,
, g ,
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Continuando nossa análise, veja o que dispõe a Constituição sobre a convocação de aprovados em concurso
público:
Art. 37, I –
JURISPRUDENCIANDO
37, V, F , z g
convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com
g g ,
concurso indicando a necessidade de mais vagas, quando ainda não terminado o prazo do certame
anterior, transfere a questão da nomeação do campo da discricionariedade para o da vinculação, uma vez
que deve ser observado o direito subjetivo do candidato aprovado à nomeação. Precedentes do STJ. (TRF-4,
MS 27713, DEletronico 07/10/2008).
Com a irregular abertura de novo concurso, surge para o candidato aprovado o direito líquido e certo de
ser nomeado. (TJPR, Apelação cível e reexame necessário n.º 0110373-3, DJ 11/03/2012.
O STF elaborou uma súmula a respeito dessa situação. Veja o que diz a Súmula 15: “dentro do prazo de
validade do concurso, o candidato
observância da classificação” , , ,
Em relação aos cargos em comissão e funções de confiança, o inciso V, do art. 37 da Carta Constitucional traz
a seguinte redação:
V – as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira, nos casos,
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento;
Ante a análise do disposto, percebe-se que não há distinção precisa entre as funções de confiança e os
cargos em comissão, todavia, a maior diferença entre o cargo em comissão e a função de confiança é o lugar
ocupado no quadro funcional da Administração, sendo que, enquanto o cargo em comissão ocupa um espaço na sua
estrutura, uma vez que se nomeia uma pessoa qualquer para exercê-lo (nomeação esta baseada na simples
confiança da autoridade nomeante em relação à pessoa nomeada) reservado o limite mínimo exigido por lei,
atribuindo-lhe um conjunto de atribuições e responsabilidades, a função de confiança é atribuída a um servidor
efetivo, que já pertence aos quadros da Administração, não modificando, então, a estrutura organizacional da
Administração Pública.
Em relação à função de confiança, a Emenda Constitucional 19/98, dispôs que esta deverá recair,
obrigatoriamente, sobre servidor ocupante de cargo efetivo. Diante disso, o que resta evidente é que não pode se
falar em livre designação para função de confiança, contudo, a autoridade competente, poderá dispensar o servidor
ocupante desta função de forma livre, a seu próprio critério.
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Com relação à nomeação indiscriminada de servidores para ocupação de cargos comissionados no serviço
público, embora não haja esta proibição legal, muito se tem conquistado para a extinção da prática do nepotismo
em todas as esferas da Administração.
Primeiramente, o nepotismo foi proibido no âmbito do Poder Judiciário e no Ministério Público, por meio de
Resoluções dos Conselhos Nacional de Justiça e do Ministério Público, respectivamente.
Sem sombra de dúvida foram iniciativas louváveis, porém, não foi o suficiente para abolição do nepotismo
no meio político. Diante disso, em agosto de 2008, a Suprema Corte aprovou a Súmula Vinculante nº 13, vedando,
totalmente, a prática de nepotismo nos 03 (três) poderes, executivo, legislativo e judiciário. De acordo com a
referida Súmula, a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 3º
grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção,
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função gratificada da
administração pública direta, indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
nepotismo não alcança a nomeação para cargos políticos. Assim, o
governador de um Estado pode nomear seu irmão para o cargo de secretário estadual, por exemplo.
No inciso VIII, do art. 37, da CRFB/88, o constituinte assegura percentual dos cargos para os portadores de
deficiência:
–
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Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
R , ,
Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
g , z g ,
Licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil.
Outro garantia assegurada ao servidor público o direito de greve, 37, V ,
RFB/88,
INICIATIVA CARGOS
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Necessidade de Licitação
Em regra, as obras, serviços, compras e alienações quando envolverem o poder público em geral deverão
ser feitos por meio de licitação. Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02 (Lei do pregão). Necessidade de licitação engloba todos
os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), em todas as esferas (Federal, Distrital, Estadual e Municipal), da
Administração Direta e Indireta.
A Constituição, como forma de proteger os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e
probidade, determinou a obrigatoriedade da licitação. Trata-se de procedimento formal, disciplinado em lei, de
observância obrigatória para a contratação de obras e serviços pelo Poder Público. O art. 37, XXI, da Constituição
Federal, determina que ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações
serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
pro
Observa-se que as autarquias lei específica. Isso porque essas entidades são
pessoas jurídicas de direito público, que realizam atividades típicas do Estado.
sociedades de economia mista e empresas públicas precisam de autorização em lei para serem
criadas. Essas entidades são pessoas jurídicas de direito privado que poderão tanto prestar serviços públicos quanto
explorar atividades econômicas.
Sob o ponto de vista administrativo, segundo as regras de Direito, não existe um vínculo de hierarquia entre
os órgãos da Administração Direta e as pessoas jurídicas de Direito Público e Privado que pertencem à Administração
Indireta.
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Por outro lado, a Constituição da República, diante da possibilidade de melhor aproveitar a capacidade
técnica e científica de seus profissionais regulamentou algumas exceções à regra da não acumulação, com a
ressalva de que deve haver a compatibilidade de horário. Vejamos as exceções constitucionalmente previstas nas
alíneas do inciso XVI do artigo 37 a seguir:
a de dois cargos de professor;
a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Há também a possibilidade de acumulação de uma atividade com mandato eletivo de vereador, nos termos
do art. 38, III, da CRFB/88, pois investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior.
Concurso público
Nos termos do art. 41, da CRFB/88, são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. O servidor público estável :
Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,
assegurada ampla defesa.
Invalidada por sentença judicial a demissão do , g ,
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
g , ,
, g
, g ria a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
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