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Faculdade de Farmácia e

Bioquímica Definição
UFJF

Disciplina: O termo agrotóxico passou a ser utilizado no


Toxicologia Geral – Teórica
Brasil, ao invés de defensivo agrícola, para
denominar os venenos agrícolas, colocando
em evidência a toxicidade desses produtos
ao meio ambiente e à saúde humana.
AULA:
Praguicidas e Agrotóxicos

 Os agrotóxicos podem ser definidos como quaisquer produtos de


natureza biológica, física ou química que têm a finalidade de
Prof. Dr. Frederico Pittella Silva exterminar pragas ou doenças que ataquem as culturas agrícolas.
BPharm, MSC, PhD

Finalidade Classificação

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA UTILIZAÇÃO DE  Os Praguicidas são classificados em:


PRAGUICIDAS:
 Inseticidas (combatem insetos em geral)
*Aumento da produção agrícola  Fungicidas (atingem os fungos)

* Melhoria da saúde pública  Herbicidas (que matam as plantas invasoras ou


daninhas)
 Raticidas

Classificação Aspectos Históricos


 Quanto à finalidade:
 ovicidas (atingem os ovos dos insetos);  Avanço agrícola X produtividade
 larvicidas (atacam as larvas);
 Liberação do uso de Pesticidas sem o prévio estudos dos impactos
 acaricidas (específicos para ácaros); ambientais.
 formicidas (atacam formigas).
 Séc XVII: extratos aquosos de folhas de tabaco (nicotina) como insecticida
e semente da nóz vómica (estricnina) como rodenticida.
 Quanto à maneira de agir:  Séc XVIII, compostos de cobre como fungicida.
 através de ingestão (a praga deve ingerir a planta com o produto);
 Séc XIX, utilizado como insecticida a rotenona (Derris eliptica) e o piretro
 microbiano (o produto contém microorganismos que atacarão a praga
(Chrysanthemum).
ou o agente causador da doença);
 Finais séc XIX, utilização do trióxido de arsénio (herbicida), ácido sulfúrico
 por contato ( ao tocar o corpo da praga o produto já faz efeito).
(destruir plantas dicotiledônias).1941 - DDT, barato e fácil de fazer,
aclamado como o “pesticida universal”.
 Quanto à origem:
 Inorgânicos;
 Efeitos demoram até 15 anos para se manifestarem
 orgânicos.  “Agente Laranja” usado na Guerra do Vietnã (1954-1975)

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Aspectos Históricos Sistema Nacional de Informações
Intoxicações no Brasil Tóxico-Farmacológicas

 Publicado em 1962, Primavera Silenciosa


(Silent Spring) de Rachel Carson,
► Brasil: terceiro mercado e o oitavo maior consumidor de
 Primeira obra a detalhar os efeitos adversos da agrotóxicos por hectare no mundo  herbicidas e inseticidas
utilização dos pesticidas e inseticidas químicos responsáveis por 60% dos produtos comercializados no país;
sintéticos, iniciando o debate acerca das
implicações da atividade humana sobre o
► Uso indiscriminado no campo: intoxicação dos trabalhadores
ambiente e o custo ambiental dessa contaminação
para a sociedade humana. rurais com diferentes graus de severidade  grave problema de
saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento.
 "nós permitimos que esses produtos químicos
► OMS estima que ocorram anualmente no mundo cerca de 3
fossem utilizados com pouca ou nenhuma
pesquisa prévia sobre seu efeito no solo, na água, milhões de intoxicações agudas provocadas pela exposição aos
animais selvagens e sobre o próprio homem". agrotóxicos  aproximadamente 220 mil mortes por ano.

Sistema Nacional de Informações Participação Percentual – 1985 a 2001


Intoxicações no Brasil Tóxico-Farmacológicas
REGIÃO CASOS ÓBITOS
Animais Peçonhentos – 26,6% Praguicidas – 55,8%
NORTE Medicamentos – 15,9% Animais Peçonhentos – 15,4%
Praguicidas – 14,9% Medicamentos – 9,6%
Animais Peçonhentos – 37,9% Praguicidas – 50,4%
NORDESTE Medicamentos – 18,9% Animais Peçonhentos – 15,9%
Composta de 816.141 casos de intoxicação Animais não Peçonhentos– 11,8% Medicamentos – 14,0%
Medicamentos – 33,6% Praguicidas – 45,4%
Praguicidas – 16,9% Medicamentos – 22,6%
humana e 5.323 óbitos, referentes ao período de SUDESTE
Animais Peçonhentos – 13,1% Prod.Quím.Industriais – 9,6%
Animais Peçonhentos – 29,7% Praguicidas – 52,9%
1985 a 2001. SUL Medicamentos – 22,8% Medicamentos – 15,3%
Praguicidas – 14,2% Animais Peçonhentos – 9,0%
CENTRO-OESTE Animais Peçonhentos – 46,1% Praguicidas – 46,6%
Medicamentos – 15,9% Animais Peçonhentos – 20,5%
Praguicidas – 13,1% Medicamentos – 10,2%

Dados refletem apenas parcialmente a realidade do país, já que, segundo estimativas do Medicamentos – 26,4% Praguicidas – 47,8%
Animais Peçonhentos – 24,9% Medicamentos – 16,6%
Ministério da Saúde, para cada evento de intoxicação por agrotóxico notificado, existem BRASIL
Praguicidas – 14,9% Animais Peçonhentos – 12,7%
outros cinqüenta não notificados .
Fonte:MS/FIOCRUZ/SINITOX

Participação % dos Praguicidas Participação % dos Praguicidas


nos Casos de Intoxicação nos Óbitos por Intoxicação

Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX
Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX

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% de Casos registrados de Intoxicação por Praguicidas % de Óbitos registrados de Intoxicação por Praguicidas
segundo Circunstância - 1993 a 2001 segundo Circunstância - 1993 a 2001

Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX Fonte:MS/FIOCRUZ/CICT/DECT/SINITOX

Toxicidade
Toxicidade
 Classe 1 A: Extremamente tóxico. Algumas gotas podem
matar uma pessoa.
 Classe 1 B: Altamente tóxico. De uma pitada a uma colher
mata uma pessoa.
 Classe 2: Regularmente tóxico. Uma colher de chá a duas
colheres de sopa pode matar.
 Classe 3: Pouco tóxico. Duas colheres de sopa a dois
copos pode matar uma pessoa.
 Classe 4: Praticamente atóxicos. De dois copos a um litro
podem matar

Desde 1985, já estão proibidas a venda e utilização dos


agrotóxicos mais nocivos, que ficaram mundialmente
conhecidos como os "doze sujos" ("dirty dozen") ou a "dúzia
suja". São eles: Intoxicações causadas
 1-DDT
2-Os "Drins": Eldrin, Aldrin, Dieldrin. pelos agrotóxicos
3-Clordane e Lindane organoclorados
4-Heptacloro
5-Gama BHC
6-Paration
7-Os monocrótofos: Azodrin, Nuvacron.
8-Aldicarb (Temik)
9-Clordimeform: Gelecron, Fundal.
10-O 2-4-3T ( "Agente Laranja"), o EDB, o DBCP.
11-Paraquat
12-Fungicidas à base de mercúrio

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Classificação Inseticidas
Organofosforados e
 Inseticidas Organofosforados
Carbamatos
carbamatos
Organoclorados
Piretróides
 Fungicidas
 Herbicidas
 Raticidas

Inseticidas Organofosforados e Inseticidas Organofosforados e


carbamatos carbamatos
 Organofosforados: São ésteres amido derivados de
 Amplamente utilizados no controle e combate de pragas como ácido fosfórico, fosfônico, tiofosfato
inseticidas (agrícola, doméstico e veterinário), acaricidas,  Diclorvós, Fosfamidon, Triclorfon, Malation, Paration,
nematicidas, fungicidas e herbicidas na fruticultura, horticultura, Fenitrotion, Diazinon, entre outros
cultura de algodão, cereais, sementes e plantas ornamentais

 Atualmente existem no mercado cerca de 200 inseticidas


organofosforados e 25 carbamatos

Inseticidas Organofosforados e Inseticidas Organofosforados e


carbamatos carbamatos
 Carbamatos:  Toxicocinética:
 Derivados do ácido N-metil-carbâmico  Altamente lipossolúveis, são absorvidos pela pele, inalação
ou ingestão
 Metil-carbamatos (Carbaril), carbamatos fenil substituídos
(propoxur) e os carbamatos cíclicos (carbofuran)  Após absorvidos, os organofosforados e seus produtos de
 Derivados dos ácidos tiocarbamatos e ditiocarbamatos biotransformação e carbamatos são distribuídos por todos os
tecidos

 Biotransformação ocorre principalmente no fígado formando


produtos menos tóxicos e mais polares

 Eliminação ocorre principalmente pela urina e fezes (80-90%


da dose e eliminada em 48h)
Ácido Carbâmico

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Inseticidas Organofosforados e Mecanismo de ação TOXICODINÂMICA
carbamatos
Biomolécula: Proteína
 Toxicodinâmica:
 Mecanismo de ação:  Organofosforados:
 Inibição enzimática das esterases: Acetilcolinesterase  Inibição irreversível da AChE
através da fosforilação da
(AchE)
enzima
 A AchE hidrolisa a acetilcolina (Ach) produzindo a colina e o
ácido acético
 A inibição da AchE leva a um acúmulo de acetilcolina nas  Carbamatos:
terminações nervosas  Inibição reversível rápida e
espontânea
 Hidrólise dos carbamatos
 Acetilcolinesterase (AChE): É encontrada no tecido nervoso,
na junção neuromuscular e nos glóbulos vermelhos

Inseticidas Organofosforados e
carbamatos – Manifestações clínicas

 Ocorre em poucos minutos ou até 12 horas após a exposição

 A intensidade depende da toxicidade, da quantidade, da taxa de


absorção, da taxa de biotransformação, e de exposições prévias
aos inibidores de AChE

 Inicialmente ocorre uma estimulação da transmissão colinérgica,


seguida da depressão da transmissão e finaliza com a paralisia
nas terminações motoras

Inseticidas Organofosforados e Inseticidas Organofosforados e


carbamatos – Manifestações clínicas carbamatos – Manifestações clínicas

 Sinais e sintomas da intoxicação aguda  2. Manifestações nicotínicas (ganglionares,


 1. Síndrome colinérgica aguda: Manifestações simpáticas e somatomotoras)
muscarínicas (parassimpáticas)
 Miose, lacrimejamento, fotofobia, visão turva  Fasciculações musculares, tremores, câimbras, fraqueza,
 Náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, ausência de reflexos, e paralisia muscular
incontinência fecal, incontinência urinária
 Hipertensão, taquicardia, palidez e hiperglicemia
 Broncoespasmo, dificuldade respiratória, aumento da
secreção brônquica, rinorréia, cianose, edema pulmonar,
tosse e dor torácica
 Salivação, sudorese
 Bradicardia, hipotenção, raramente fibrilação atrial

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Inseticidas Organofosforados e Inseticidas Organofosforados e
carbamatos – Manifestações clínicas carbamatos – Diagnóstico e Tratamento

 3. Manifestações no SNC
 Medidas gerais:
 Inquietação, instabilidade emocional, cefaléia, tremores,  Manter a função cardio-respiratória! Manter ventilação
sonolência, confusão mental, marcha incoordenada, fraqueza adequada através da desobstrução das vias aéreas, aspiração
generalizada, depressão do centro respiratório, hipotonia, de secreções e se necessário ventilação assistida
hiporeflexia, convulsões e coma
 Exposição dérmica:
 Descontaminação local com água fria e sabão neutro por 20-30 min

 Exposição ocular:
 Água e solução salina morna durante 15-20min

Inseticidas Organofosforados e Inseticidas Organofosforados e carbamatos –


Diagnóstico e Tratamento
carbamatos – Diagnóstico e Tratamento
Antídotos/ Antagonistas:
 Ingestão:
 Lavagem gástrica até 4-6 horas após, entubando o paciente  Sulfato de atropina
 Bloqueia os efeitos da acetilcolina nos receptores muscarínicos
 Não provocar vômito
 Pralidoxima (Contrathion)
 Uso de carvão ativado, laxantes com sulfato de sódio ou
hidróxido de magnésio,  Reativa a acetilcolinesterase (24-48h)
 não deve ser utilizado na intoxicação por carbamatos
 Diazepan EV para controle de convulsões, bicarbonato EV,
controle hidroeletrolítico e avaliar as funções renais e
hepáticas
 Os dois fármacos associados produzem efeitos sinérgicos
 O socorrista deve se proteger com luvas e avental de borracha
durante a descontaminação do paciente, feita em local ventilado
 Prognóstico: Morte usualmente por insuficiência respiratória
devido a fraqueza muscular e depressão respiratória do SNC

Inseticidas Organofosforados e
carbamatos – Diagnóstico e Tratamento

 Diagnóstico laboratorial
Inseticidas
Medida da atividade da colinesterase: Organoclorados
Plasmática (pseudocolinesterase) e eritrocitária
Eletromiografia
Hemograma, eletrólitos, gasometria arterial, uréia,
creatinina

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Organoclorados Organoclorados
 São insolúveis em água, o que facilita sua absorção pela pele.
 Uso progressivamente reprimido ou proibido devido à sua lenta
degradação, gerando acúmulo no meio ambiente. Podem
persistir até 30 anos no solo, contaminando o homem pela  Lipossolubilidade e lenta degradação acúmulo na cadeia
cadeia alimentar. alimentar e no tecido adiposo humano

 O homem demora 8 anos para eliminar a metade da


concentração do DDT absorvido.

Organoclorados Organoclorados
1. Diclorodifeniltricloroetano (DDT e análogos)
2. Hexaclorociclohexano (lindano)
3. Ciclodienos (aldrin,dieldrin, endrin, endosulfano, clordano,
heptacloro, e mirex)
4. Toxafeno e compostos relacionados

DDT: estrutura e biomagnificação!!

Organoclorados
Organoclorados
 Toxicocinética:
 Toxicodinâmica:
 Altamente lipossolúveis, são absorvidos pela pele,
inalação ou ingestão.  Mecanismo de ação:
 Após absorvidos, os organoclorados e seus produtos de  Estimulantes do SNC - Hiperexcitabilidade
biotransformação são distribuídos por todos os tecidos e
depositados no tecido adiposo.  Membranas dos axonios (neurônios) nas enzimas
 Biotransformação ocorre principalmente no fígado. São Na- K- ATPases, prolongando a abertura dos canais
fortes indutores das enzimas hepáticas. de sódio e alterando o fluxo de íons.
 Eliminação ocorre principalmente pela bile, urina e
fezes
Atua na membrana plasmática e proteína

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Organoclorados Organoclorados
 Manifestações clínicas  Manifestações clínicas
 A sintomatologia pode iniciar em 30 minutos a várias  Náuseas, vômitos, diarréia
horas após a exposição.  Fraqueza, entorpecimento de extremidades
 A intensidade do quadro clínico dependerá da natureza  Apreensão, excitabilidade, desorientação
do composto, da via e do grau de exposição e do tipo de
 Contrações palpebrais, tremores musculares,
diluente utilizado na formulação. convulsões generalizadas – coma – depressão
respiratória- acidose – arritmias - morte
 Pneumonite química causada pelos diluente do
organoclorado (solventes)

Organoclorados
 Tratamento:
Inseticidas Piretróides
 Não há antídoto específico.
 Assistência respiratória, Diazepan para convulsões,
monitorização cardíaca.
 Medidas de descontaminação: Cutânea e gástrica
quando pertinente.
 Avaliação hepática, renal e hematológica.

Inseticidas piretróides
Inseticidas piretróides
Toxicocinética:
 Irritantes para os olhos e mucosas.  Altamente lipossolúveis
 Hipersensibilizantes alergia  Distribuição para todos os tecidos
asma crônica  Metabolização no plasma e fígado
 Eliminação pelos rins
 Estimulantes do SNC (canal de sódio).
 Lesões no SNP (desorganiza a bainha de mielina e
rompe axônios). Toxicodinâmica:
 Utilizados na agricultura, na pecuária, no domicílio. • Tóxico seletivo de canais de sódio (prolonga abertura).
• Causa paralisia temporária em insetos voadores

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Inseticidas piretróides Inseticidas piretróides
 Manifestações Clínicas
 Tratamento:
 Dermatite de contato
 Urticária
 Secreção nasal aumentada  Medidas de descontaminação (pele, gástrica)
 Broncoespasmo  Anti-histamínicos, broncodialtadores, corticóides, anti-
 Irritação ocular, lesão de córnea, convulsivantes
 Intoxicação grave: manifestações neurológicas como
hiperexcitabilidade, parestesia e convulsões

Fungicidas

Fungicidas
 Utilizados amplamente na indústria, na agricultura, na
jardinagem e no ambiente doméstico com vários
propósitos:
 Proteção de sementes durante a armazenagem, transporte e
germinação
 Proteção de culturas maduras, de mudas, de frutos, de flores,
de culturas em geral e de pastagens
 Proteção de paredes, carpetes e móveis

Fungicidas Fungicidas
 Etileno-bis-ditiocarbamatos (Maneb, mancozeb,  Intoxicações via oral, respiratória e absorção cutânea
Dithane, Zineb, Thiran  Efeitos carcinogênicos e mutagênicos
 Trifenil estânico (Duter, Brestan, Mertin)  Pode determinar parkinsonismo, devido à sua ação no
 Captan (Orthocide, e Merpan) SNC

 Hexaclorobenzeno

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Herbicidas

Herbicidas

 Substituem mão-de-obra na capina, diminuindo


o nível de emprego na zona rural
 Lesões hepáticas, renais e fibrose pulmonar
irreversível (gerando insuficiência respiratória e
morte)

Herbicidas - Dipiridilos
Herbicidas
 Paraquat (Gramoxone)
1. Dipiridilos: Paraquat (Gramoxone, Gramocil)  Sal de amônia quaternário – Altamente hidrossolúvel
2. Glifosato (Round-up, Glifosato, Nortox)  Extremamente tóxico se ingerido (ação rápida)
3. Pentaclorofenol  Ingestão de 10-15ml solução 20% é fatal
4. Derivados do ácido Fenóxiacético
1. 2,3 diclorofenoxiacético (Tordon 2,4D) e 2,4,5 (Adição de odores desagradáveis,
triclorofenoxiacético (2,4,5T). Mistura é o agente
Substâncias eméticas potentes...)
laranja
5. Dinitrofenóis (Dinoseb e DNOC)

Herbicidas - Dipiridilos Herbicidas - Dipiridilos


 Paraquat (Gramoxone)
 Manifestações clínicas
 Lesão inicial: irritação grave das mucosas – desconforto
gastrointestinal
 Lesão tardia: o início dos sintomas respiratórios e morte pode
ocorrer após vários dias

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Herbicidas - Dipiridilos
Herbicidas - Dipiridilos
 Paraquat (Gramoxone)

 Paraquat (Gramoxone)
 Tratamento:
 Lavagem gástrica, CA, hemodiálise ou hemoperfusão
 Assistência respiratória
 Não existe antídoto

Raticidas

Raticidas  Raticidas são substancias químicas utilizadas para


exterminar ratos e outros tipos de roedores

 Varias formulações no mercado


 Inorgânicos: arsênico, tálio, fósforo carbonato de bário,
fosfeto de alumínio e Zinco
 Orgânicos: Fluoroacetato de sódio, alfanaftiluréia
 Anticoagulantes
 Estricnina

Raticidas anticoagulantes
Raticidas anticoagulantes
 Manifestações clínicas
 Warfarinas e análagos:
 Inicio é assintomático,
 Warfarin (Ratox, Mat-Rat, Mata-Rato)
 sintomas poderão aparecer após dias: sangramento
 Mais utilizados e envolvidos em intoxicações de diversos órgãos. Casos de intox. Severa: choque
 Inibem a síntese da vitamina K no fígado e e coma
consequentemente a síntese dos fatores de  Tratamento:
coagulação dependentes de vitamina K (II, VII, IX,
 Esvaziamento gástrico
X)
 Antídoto: Vitamina K (kanakion)

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Prevenção das intoxicações
Prevenção das
 guardar inseticidas em armários com chaves.
Intoxicações  usar equipamentos de proteção ao manipular substâncias
tóxicas.
 Seguir sempre a orientação de um técnico. Ler o rótulo
com atenção, seguindo rigorosamente as instruções do
fabricante.
 Abrir as embalagens com cuidado, para evitar respingos,
derramamento do produto, ou levantamento de pó.

Primeiros socorros
Prevenção das intoxicações
 Ao preparar e aplicar produtos químicos utilizar  Retirar a vítima de intoxicação do local de trabalho.
macacão ou camisa de manga comprida, chapéu de
abas largas e botas impermeáveis, utilizando  banhar a vítima com água fria e sabão, trocar sua roupa,
também luvas, óculos, e mascaras adequadas, de procurar imediatamente assistência médica, juntamente
acordo com a recomendação do rótulo. com o rótulo.

 Não efetuar misturas de produtos.  Em caso de ingestão acidental só provocar vômito com
recomendação e instruções constantes no rótulo do produto.
 Não retirar os defensivos de suas embalagens
 Em caso de contato com os olhos, lavar em água corrente
originais.
por 15 minutos.
 Não aplicar defensivos quando houver ventos fortes.

Primeiros socorros

 Para casos de inalação do produto, levar a pessoa para


um local arejado, se houver sinais de intoxicação
procurar um médico.

 Em contatos com a pele, lavar as partes atingidas


imediatamente com água e sabão em abundância.

 Não dar leite, pois em muitos casos ele agrava o quadro


de intoxicação. Os organoclorados absorvem-se com
facilidade em presença de leite.

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