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FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM
Curso de Ciências da Educação
(4ºSemestre)
Para Philippe Perrenoud, «que o ensino resta largamente uma arte, isso não dispensa de
modo algum uma sólida formação teórica. Para ele, a teoria funciona como uma grelha de leitura
da experiência. Sem permitir de controlar e de prever tudo, ele ajuda ao menos a dar sentido, a
formular hipóteses interpretativas. É por isso que é preciso fornecer aos professores os quadros
conceptuais a propósito dos fenómenos centrais na turma, quer eles sejam individuais ou
pode compreender o que se passa na sua turma e agir em função. Como diz Gilles Ferry «o
comportamento dos alunos, etc. mas esta acumulação de informações mesmo organizadas numa
atitudes e de condutas. É apenas com exercício de análise que começa o trabalho de formação,
A análise engaja uma dupla elucidação do real objectivo e do que faz aparecer, que é
uma problemática do real e de investimento. Dito doutro modo, a pedagogia centrada sobre a
análise funda a formação sobre a articulação da teoria e da prática cuja relação é a regulação. Ela
exclui que a prática possa ser formadora por ela mesma, se ela não faz objeto de uma leitura com
ajuda de referência teórica. Ela exclui também que possamos acordar um valor formativo a uma
Este trabalho de vai e vem entre teoria e prática permite estar o mais possível perto das
diferente do saber teórico de referências, uma vez que é adaptado as suas próprias necessidades.
Ele é aplicável, apropriado e portador de sentido. Ele permite construir seus próprios
instrumentos de trabalho sendo capaz de passar do «saber que» para «saber como».
articulação prática teórica. Nós formamos gente do terreno, gente que deverão se implicar numa
quotidiana, tomar posições, dar volta a um processo…mas entanto que profissionais, não
somente em função de uma intuição própria, e não unicamente sob a base do seu carisma. Mas
como diz Perrenoud «todos os conhecimentos que dispomos estão assim longamente que o
praticador não sabe os mobilizar na sua acção. Os combinar à seus saberes intuitivos é lá onde se
encontra a verdadeira articulação entre a teoria e a prática. Para quê todo um saber da psicologia
da infância se, em situações concretas não há este conhecimento, seja para tomar decisões, seja
Para quê uma boa cultura sociológica ou antropológica se ela não ajuda a fazer face as
diferenças e aos conflitos culturais do dia á dia? Para quê uma familiaridade com as teorias de
aprendizagem se ela não ajuda a identificar e a combater as dificuldades dos alunos. Para quê
uma boa erudição didática se ela não funda que marginalmente a atividade quotidiana de
transposição e de planificação?
Profissionalidade e Profissionalismo
O primeiro termo envia nos para «a ideia do desenvolvimento profissional, quer dizer
Existe de uma parte saberes e saberes fazer específicos, próprios da atividade profissional em
questão; os agentes (actores) que exercem esta profissão vão, doutra parte, tornar se
profissionais, mais ainda, adquirir deste processo uma expertise; o objectivo desta
possível, de ponto de vista de economia dos meios, eficientes; de seguida, ela diz respeito tanto
ao grupo profissional que o indivíduo: Um indivíduo muito experiente no fazer da sua arte, mas
no caso em que a expertise não é partilhada pelo conjunto da corporação será antes qualificado
saberes transmissíveis, de saber da prática objetivada tendo uma existência social distinta dos
praticantes experimentados. Quer dizer que os praticantes podem aceder «ao saber da sua acção
profissão», faz o saber múltiplo, teórico, procedural, prático, etc. Seguindo Bourdoncle, diremos
que este processo de profissionalização, tomado neste sentido, leva à construção de uma
adquirir uma posição desejável. Entretanto, refira se que o estatuto de profissão não se adquire
por uma actividade que esta em conformidade de normas e ideias pré estabelecidas; e não se
disso resultar.
mesmo se isso constituir uma estratégia essencial de um corpo de atividade que procura obter o
colocação em dúvida do modelo privilegiado a Universidade como único pólo para a transmissão
do saber profissional, pois que como nota Baillat «Schon propôs o modelo de reflexão em acção
para caracterizar a atividade do profissional expert. Fazendo assim, ele põe em questão o lugar,
produção e na difusão do saber. De facto, si Schon atribui uma grande importância aos saberes e
as teorias susceptíveis de ajudar o profissional, é muito mais a sua mobilização na ação que
constitui a característica da atividade do agente reflexivo e não sua posição. Deste ponto de vista,
estabelecidas: trata se bem de uma estratégia de posicionamento social, sempre renovada, pois se
sua própria competência, rara, complexa, socialmente útil, é essencial para o grupo profissional.
Se a negociação sobre a posição social se apoia sobre a utilidade social concedida deste que
Veja caro formando que estas duas lógicas são irredutíveis na medida em que:
racional; a primeira se estrutura através de regras técnicas que se fundam sobre saberes
interação mediatizada por símbolos”; ela se conforma sempre à normas em vigor que
normas está fundada sobre o reconhecimento por todos das obrigações. Esta actividade
a dialéctica das relações sociais não se reduz à das forças produtivas e estamos exatamente aqui
profissionalização das actividades humanas. Será que podemos definir uma profissionalização