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Ev.

Jair Alves
PCA , EDIÇÕ ES |1

Todos os direitos reservados por:


PCA- Publicações Cristãs Alves

Formato: e-Book PDF


Edição: 4ª
Ano: 2018
Produção: PCA, Edições
Autor: Ev. Jair Alves

Contatos:
E-mail: contatos-pca@hotmail.com
Blog: pcaedicoes.blogspot.com
PCA , EDIÇÕ ES |2

Sumário
Apresentação ................................................................................. 3
I- NO ANTIGO TESTAMENTO (Ml 3.7 – 11) ....................................... 6
1. O que é o dízimo? ................................................................... 6
2. Dízimos Na Bíblia..................................................................... 7
II - NO NOVO TESTAMENTO ...........................................................10
1. O dízimo na carta aos Hebreus ...............................................10
2. Jesus e o dízimo .....................................................................11
3. O uso do dízimo em nossos dias .............................................11
III – JESUS SANCIONOU A PRÁTICA DO DÍZIMO ..............................13
1. O crente espiritual contribui com mais de dez por cento. .......15
2. Abraão e o dízimo ..................................................................16
3. Dar, Doar ou Pagar o Dízimo? .................................................17
IV - OBJETIVOS DOS DÍZIMOS E OFERTAS DO CRENTE.....................19
V – ALEGAÇÕES DOS CONTRÁRIOS AO DÍZIMO ..............................22
VI - REFLEXÕES PARA OS DIZIMISTAS .............................................25
VII – DIZIMAR É UM PRIVILÉGIO PARA O VERDADEIRO CRISTÃO.....28
VIII – DIZIMAR É OU NÃO É UMA PRÁTICA CRISTÃ .........................34
Conclusão ......................................................................................70
Referências bibliográficas ..............................................................71
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Apresentação
O Portal de Notícias Gospel Prime divulgou uma
pesquisa sobre o dízimo, onde ―a LifeWay Research,
focada em questões de fé, mostra que as opiniões dos
evangélicos variam muito sobre o dízimo. Mais da
metade (54%) afirma que dão pelo menos 10% de sua
renda. Porém, a maneira como veem e entregam esse
dinheiro varia muito.

Entre os que contribuem, 20% o fazem com


regularidade, 17% não são fiéis todos os meses e 8%
dizem que não tem como dizimar por conta da baixa
renda.

O levantamento foi feito junto a 1.010 evangélicos


americanos e 1.000 pastores. Os fiéis mais propensos a
dizimar são aqueles que frequentam os cultos no mínimo
uma vez por semana (57%), um terço (35%) daqueles
que comparecem uma vez por mês dizem que não são
consistentes nas doações.

Embora 98% dos dizimistas afirma que entendem


o princípio bíblico, quase metade (48%) acredita que tem
o mesmo valor se o dinheiro for dado a um ministério
cristão que não a sua igreja e 35% diz que os dízimos
podem ser dados em qualquer igreja. 34% veem que é
igualmente válido dar o montante para uma pessoa que
esteja passando por necessidades.
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Curiosamente, 18% dizem que doações para uma


instituição de caridade não religiosa pode ser vista como
parte de seu dízimo.

Diante da pergunta ―Dízimo é um mandamento


bíblico que continua válido hoje?‖, 83% dos evangélicos
concordaram, 8% discordam e 10% não têm certeza. Já
entre os pastores, 72% respondeu que ―sim‖ e 25% que
―não. Os demais 3% dizem não saber.

Sermões sobre o tema são comuns

Como parte do estudo, a LifeWay perguntou aos


pastores quantas vezes eles falam sobre o dízimo.

Dois terços dizem que pregaram sobre o dízimo


pelo menos uma vez no ano passado e um terço diz que
falou sobre o tema nos sermões nos últimos seis meses.

Vinte por cento diz que nunca fez do dízimo o


―foco principal‖ de um sermão.

―Tanto os pastores quanto os fiéis veem a doação


como uma parte vital de sua fé‖, disse Scott McConnell,
diretor-executivo da LifeWay Research. ―Embora nem
sempre concordam em quanto um frequentador de igreja
deveria dar, a maioria parece ver 10% como um valor
mínimo‖. [1]

1
https://noticias.gospelprime.com.br/estudo-mostra-que-evangelicos-
divergem-sobre-dizimo/ (Acesso em 12/07/2018)
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Para quem vive do dízimo e tem que pagar as


contas da obra do SENHOR, é muito triste saber que
muitas pessoas não dão, ou deixaram de dar o dízimo,
por pensarem que dar o dízimo é uma prática
ultrapassada, e que só era um dever dos servos de DEUS
no Antigo Testamento. Porém, isso é um engano e falta
de lê mais a palavra de Deus.

São muitos os textos que os ignorantes da palavra


do SENHOR, e negligentes do saber, escrevem para
dizerem mentiras sobre o dízimo. Portanto, vamos
esclarecer o que é o dízimo, o dízimo no Antigo e Novo
Testamento.

Após a leitura que se segue, você estará apto a


responder:
1. O que significa a palavra dízimo?
2. No que o dízimo era usado no Antigo Testamento?
3. Quais são as palavras gregas que falam sobre o
Dízimo?
4. Quais são os textos do Novo Testamento que falam
sobre o dízimo?
5. Quais os textos que Jesus ratifica o dízimo?
6. O nosso dízimo e ofertas devem ser uma expressão do
que?
7. Um crente espiritual só contribui com dez por cento?
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I- NO ANTIGO TESTAMENTO (Ml


3.7 – 11)
1. O que é o dízimo?
Referências ao dízimo são encontradas tanto no
Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, mas as
principais porções estão incorporadas na legislação
mosaica. Elas estão em (1) Levítico 27.30-33; (2)
Números 18.21-32; e (3) Deuteronômio 12.5-18; 14.22-
29.
A palavra ―dízimo‖ vem do termo hebraico
―maasser‖ com o mesmo significado. Em sua raiz temos o
termo “issaron” que significa ―décima parte‖; também o
termo ― “´eser” que significa ―dez‖ e o termo “´asar” que
significa ―dar o dízimo, dar a décima parte‖. Em suma,
Dízimo é a décima (10%) parte da nossa renda. Já em
Hebreus 7.6,9, a palavra dízimo vem do original grego
―dekatóo‖, que é traduzido como ‗dar a décima parte de
toda a renda‘. 2

Na raiz anterior temos desta palavra um termo


muito interessante que é ―´asa‖ e que significa ―fazer,
fabricar, realizar‖ e também ―ma´aseh‖ que significa
―feito, obra‖.
No Antigo Testamento era oferecido a DEUS, pelos
Israelitas, a décima parte, tanto das ovelhas como dos
animais e de todas as colheitas (Lv 27.30 – 32; Hb 7.1 –
10).

O dízimo é um bom começo; mas à medida que


Deus abençoa, devemos aumentar essa porcentagem, se
2
Jornal Mensageiro da Paz, Agosto de 2009, P. 27.
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desejamos colocar em prática aquilo que é descrito em 2


Coríntios 8-9.

O dízimo era usado para o sustento dos levitas


(Veja o trabalho dos Levitas 2Cr 8.14; Nm 3.5-13), dos
estrangeiros, dos órfãos e das viúvas (Dt 14.28,29).

2. Dízimos Na Bíblia
Historicamente, dizimar é encontrado na Escritura
em vários períodos, isto é, do período pré-mosaico aos
dias da Igreja Primitiva.

a) Pré-mosaico.
A primeira menção do dízimo foi quando Abraão,
retomando de sua vitória sobre a invasão dos reis
mesopotâmicos, entregou a Melquizedeque, rei-sacerdote
de Salém, a décima parte de tudo (Gn 14.18-20). Dessa
forma, o dízimo dado é explicado em Hebreus 7.1, como
indicador de que o sacerdócio de Melquizedeque era
superior ao arônico. Jacó, fugindo de Esaú, prometeu
esta quantia a Deus, caso Deus o fizesse prosperar (Gn
28.22).

b) Mosaico.
Certamente, foi no período mosaico que dizimar teve sua
ênfase maior. Sob a lei de Moisés, era obrigatório o
dízimo da produção do solo e do gado (Lv 27.30.32).

O dízimo do fruto e do grão poderia ser redimido pelo


dono por intermédio da compra deste por um quinto
acima do valor de mercado (27.31). Porém, este acordo
não era permitido para o gado ou rebanho. Em tais
casos, o dízimo era arrecadado pela passagem do gado
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sob a vara, retirando cada décimo animal, fosse perfeito


ou defeituoso. Não poderia existir a troca (vs. 32,33). Até
que o dízimo fosse oferecido a Deus, a colheita não seria
usada pelos homens (23.14). Aparte dada a Deus, numa
ocasião, poderia ser consumida sobre o altar; em outra
ocasião, somente uma porção do dízimo era consumida
(vs. 9, 15.); o restante era concedido aos sacerdotes e
suas famílias (Nm 18.11).

Moisés prescreveu que todos os sacrifícios


requeridos, as ofertas voluntárias e os dízimos deviam
ser levados ao santuário em Jerusalém (Dt 12.5,6,11).
Tudo devia ser comido na presença do Senhor (vv. 17,
18). Se a distância até o santuário fosse grande, a oferta
poderia ser trocada por dinheiro, depois levada ao
santuário, onde o dinheiro poderia ser usado para
comprar o que fosse necessário para a refeição (Dt
14.23-27). A aquisição era comida pelo ofertante, sua
família e os levitas em Jerusalém. Todo terceiro ano, o
dízimo de todos devia ser guardado em sua própria
cidade, onde o levita, o estrangeiro, a viúva e o órfão
poderiam ir buscar uma provisão (vv. 28, 29). O objetivo
de todo dízimo era reconhecer que todo homem
pertencia a Deus.

c) Período da monarquia.
Se tomou uma prerrogativa real exigir um dízimo
das colheitas, das vinhas e dos rebanhos. Samuel avisou
Israel de que eles teriam de dar a décima parte ao rei (1
Sm 8.15,17). Foi sugerido que o dízimo pago ao rei era
para o sustento dos santuários reais. Mesmo na idolatria
Israel pagou dízimos, nestes casos no templo dos ídolos
(Am 4.4). A ordem do rei Ezequias sobre o dízimo,
aparentemente para os levitas, foi bem executada, pois o
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rei teve câmaras especiais no Templo feitas para seu


depósito (2Cr 31.4 -12). Um arranjo semelhante foi
ordenado por Neemias (Ne 10.39; 13.12).
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II - NO NOVO TESTAMENTO
Recentemente eu li o seguinte: ―Não há um só
versículo no Novo Testamento, que registre a
obrigatoriedade do cristão dizimar‖. Essas palavras
foram, certamente, escritas por um desses anti-dizimistas
que andam por aí!

Vejamos alguns versículos no Novo Testamento


que falam sobre o dízimo e ficará provado que o dizimar
é dever de todo cristão!
O dízimo no Novo Testamento aparece no original
grego em duas formas verbais e uma nominal, a saber:

1. Dekatóo, dar uma décima parte, dizimar, que


aparece somente por duas vezes: Heb 7.6,9.

2. Apodekatóo, dar uma décima parte, dizimar, e


que no grego é uma forma composta da primeira, e
aparece por três vezes no Novo Testamento: Mat. 23.23;
Luc. 11.42 e Heb. 7.5.

3. Dekáte, ―décimo‖ (Heb. 7.2,4,8,9).

1. O dízimo na carta aos Hebreus

O Novo Testamento menciona que Abraão pagou


o dízimo de tudo a MELQUISEDEQUE (Hb 7.1,2).

A gora lembre-se que este mesmo Novo


Testamento, diz que CRISTO é sumo sacerdote segundo
a ordem de MELQUISEDEQUE (Hb 5.10). Isto significa
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que se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios


continuam também os mesmos. Resumindo, assim como
Abraão dizimava, nos também devemos dizimar. Os filhos
de Abraão na fé devem caminhar nos seus passos (Rm
4.12; Hb 7).

2. Jesus e o dízimo

Você sabia que o próprio JESUS era a favor do


dízimo no Novo Testamento?
Lc 11. 42 Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a
hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o
juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e
não deixar as outras.

Claramente Jesus estava ratificando a prática do


dízimo!

JESUS ESTAVA DIZENDO que os fariseus não


deveriam desprezar o juízo nem o amor a Deus, e jamais
deixar de serem dizimistas.

Se ignorarmos essa doutrina sancionada por Cristo


somente por que ela era parte da Lei, então sobre a
mesma base devemos ignorar outros ensinamentos que
também eram parte da velha aliança.

3. O uso do dízimo em nossos dias

Quando damos o dízimo, reconhecemos que tudo


pertence a Deus e que somos despenseiros agradecidos
de sua riqueza.
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Hoje em dia o nosso dízimo é usado, quando se


dar em uma Igreja séria, para sustentar os que vivem
trabalhando integralmente na Igreja, é usado para pagar
Água, Luz, Construção e manutenção de templos,
Alugueis de templos e sustentar missionários no campo,
etc.

O dízimo deve ser visto como uma contribuição


voluntária, regular, periódica e proporcional aos
rendimentos recebidos, que todo batizado deve assumir
como obrigação pessoal em relação à manutenção de
sua Igreja local, onde congrega.
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III – JESUS SANCIONOU A


PRÁTICA DO DÍZIMO
―Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que
dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o
mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas
(Mt 23.23 - ACF)‖.

Não podemos fugir da responsabilidade de dizimar


com o falso argumento de que Jesus, quando falou sobre
o dizimo, estava falando apenas para os fariseus e não
para os seus seguidores.

Observe que os fariseus eram fiéis no dízimo (Lc


18.12).
Agora note que a fidelidade dos seguidores de
Cristo (dos cristãos) deve ser maior do que a dos
fariseus. ―Por isso eu afirmo a vocês que só entrarão no
Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de
Deus do que os mestres da Lei e os fariseus (Mt 5.20.
NTLH)‖.
Se você dá o dízimo, mas não é justo, não é
misericordioso e não tem fé; então você é igual a um
fariseu.
Já se você não dá o dízimo, porém é justo para
com as pessoas, é misericordioso e tem fé, então você
não é muito diferente do que um fariseu.

Para você ser mais fiel do que os fariseus (exceder


a justiça deles), então você precisa obedecer as duas
ordens de Jesus em Mateus 23.23:
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1) Fazer estas coisas!


2) Não omitir aquelas!

―Isto significa que Jesus, deixa claro que devemos


observar atentamente a prática dessas virtudes cardeais
da fé cristã, sem omitir a entrega dos dízimos. Cristo
confirmou explicitamente que o dízimo, sem dúvida,
deveria ser praticado, juntamente com a lealdade sincera
aos ―mais importantes‖ assuntos espirituais, que os
escribas e fariseus estavam, obviamente,
negligenciando‖.

―Ora, aqueles que usam o argumento de que o dízimo é


da lei, e por estarmos debaixo da graça, estamos isentos
de observá-lo; da mesma forma, estariam também
isentos da justiça, da misericórdia e da fé, porque essas
virtudes cardeais, também, são da lei. Só o pensar assim,
já seria uma tragédia!‖ 3

Pergunta: ―O que demonstra as disputas


sobre o dízimo‖?
O fato de que há crentes disputando sobre
se devem contribuir ou não com uma
miserável parcela de dez por cento mostra
o baixo nível de espiritualidade em que se
encontram.

3
Pr. Hernandes Dias Lopes
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1. O crente espiritual contribui com mais


de dez por cento.

Quanto maior for à espiritualidade de um crente,


maior será a sua liberdade para com o dinheiro com que
contribui para a causa do evangelho, ou com que alivia
as necessidades das pessoas ou seu redor.

Se gastarmos alguns minutos lendo os capítulos


oitavo e nono de 2 Coríntios, veremos ali a promoção do
princípio cristão de generosidade. Isso é encorajado
mediante a certeza de que Deus vê quem dá com
generosidade, mostrando-se ainda mais generoso para
com aqueles que agem dessa maneira.

O resultado será que os crentes que assim fazem


de nada terão necessidade, pois o banco celestial tem
imensas fortunas ali entesouradas. Esses fundos são
postos à disposição dos generosos, e não à disposição
dos que só dão com parcimônia. Se alguém semear com
parcimônia, colherá parcimoniosamente; e se alguém
semear com abundância, colherá abundantemente (ver 2
Cor 9.6). Deus ama o homem que dá com generosidade
(2 Cor 9.7).

O crente deve dar mais do que o dízimo. Pois ―... o


que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que
semeia em abundância, em abundância ceifará‖ (2Co
9.6).

Um diácono muito devotado me disse: "Se o judeu


do Antigo Testamento, que vivia sob a lei, podia dar seu
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dízimo, nós, cristãos do Novo Testamento vivendo sob a


graça, deveríamos dar muito mais!".

Em 2 Coríntios 8 e 9, Paulo ensina a "contribuição pela


graça", que certamente vai além dos 10%. Muitos
cristãos acreditam que, se os fiéis sob a antiga aliança
davam o dízimo, então como os cristãos sob a nova
aliança podem começar com qualquer quantia abaixo
disso?

2. Abraão e o dízimo

Abraão deu porque amava ao Senhor e desejava


reconhecer sua grandeza e bondade.

Não podemos sonegar o dízimo com o falso


argumento de que o dízimo foi uma pratica instituída
pela a lei de Moisés. Pois antes mesmo da lei existir, os
servos de DEUS tais com Abraão e Jacó dizimavam (Gn
14.20; 28.22). Portanto não se poder sonegar o dízimo
com o tal argumento.

O dízimo, portanto, foi estabelecido por ordem


divina, como sendo uma espécie de tributo que uma
nação santa (como Israel), no Antigo Testamento, e um
povo santo (como a Igreja), no Novo Testamento,
deviam contribuir para Deus e para sua obra. E Ele ainda
restituirá tudo, devidamente corrigido, e ainda
acrescentará ―cem vezes tanto‖ ao valor daquilo que a
Ele dedicamos (Ml 3.10; 2 Co 9.7,8).

O Novo Testamento menciona que Abraão pagou


o dízimo de tudo a MELQUISEDEQUE (Hb 7.1,2).
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A gora lembre-se que este mesmo Novo


Testamento, diz que CRISTO é sumo sacerdote segundo
a ordem de MELQUISEDEQUE (Hb 5.10). Isto significa
que se a ordem é a mesma, os deveres e privilégios
continuam também os mesmos. Resumindo, assim como
Abraão dizimava, nos também devemos dizimar. Os filhos
de Abraão na fé devem caminhar nos seus passos (Rm
4.12; Hb 7).

O nosso dízimo e ofertas devem ser uma


expressão de nossa fé, amor e gratidão.

São com os dízimos e outras contribuições


voluntárias do povo de Deus, que pagamos as despesas
do templo onde nos reunimos. São com os dízimos e
outras contribuições voluntárias que pagamos literaturas
para evangelizar, ajudamos as viúvas e os órfãos (Tiago
1.17) e outros necessitados no meio do povo de Deus.

3. Dar, Doar ou Pagar o Dízimo?

No tocante as expressões usadas para o ato de


dizimar, o pastor Severino Pedro, de saudosa memória,
escreveu:
―Os termos ―dar, pagar, devolver, trazer, oferecer
ou entregar‖ são usados por todos os cristãos em todo
lugar em referência ao ato de dizimar. A primeira menção
sobre o dízimo na Bíblia diz que deve ser ―doado‖ (Gn
14.20), mas em Hebreus 7.9, a palavra ―doar‖ foi
substituída por ―pagou dízimos‖. O importante no ato de
dizimar não se prende tanto as palavras ou expressões
idiomáticas usadas para descrevê-lo, mas ao sentimento
de gratidão que deve existir no coração daquele que se
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predispõe a pagar fielmente seu dízimo, de acordo com


os ensinamentos das Escrituras (2 Co 9.7,8)‖.

Não damos nossos dízimos e ofertas para a igreja,


para o pastor ou para os tesoureiros. Se nossa
contribuição é um gesto sincero de adoração, nós a
entregamos ao Senhor e, por esse motivo, desejamos
dar o que temos de melhor.
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IV - OBJETIVOS DOS DÍZIMOS E


OFERTAS DO CRENTE
A nossa motivação ao devolver o dízimo é expressar
gratidão e adoração pelas dádivas recebidas e colaborar
para o sustento da obra.

1. OBJETIVOS DO DÍZIMO DO CRENTE

a) Agradecer e adorar a Deus.

O nosso sustento vem de Deus e não devemos ficar


presos pelo amor ao dinheiro (Mateus 6.24)

O dízimo é uma forma de adoração e demonstração de


respeito a Deus: ―honra ao senhor com os teus bens, e
com a primeira parte de todos os teus ganhos ; E se
encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os
teus lagares‖ (Provérbios 3.9-10, ACF).

b) Cobrir as despesas da igreja.

O bom senso dita que quem quer usufruir da igreja deve


ajudar com as despesas.

―Por exemplo, se não existissem os dizimistas e os


ofertantes, quem é que iria pagar as contas de água e de
luz que usamos nos nossos cultos; quem pagaria as
revistas de ensino da escola bíblica dominical das
crianças; quem pagaria o material de construção para
construir esta linda igreja que você participa; quem
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compraria o vinho e o ceia; o material de limpeza que é


usado na alimentação dos necessitados; e os
missionários enviados pela igreja, quem cuidaria deles?‖
(Pr. Albertino R. Pereira)

c) Sustentar os obreiros.

Quem trabalha servindo a igreja merece ser sustentado


pela igreja. Jesus deixou claro que todo trabalhador é
digno de seu salário (Lc 10.7).

"Os presbíteros que lideram bem a igreja merecem


salário em dobro, especialmente aqueles que se dedicam
a pregar e a ensinar. Pois as Escrituras dizem: ―Não
amarre a boca do boi quando ele estiver debulhando o
trigo‖. E dizem ainda: ―O trabalhador tem o direito de
receber o seu salário‖ (Versão: Bíblia Fácil de Ler).

"Vocês não sabem que os que prestam serviços sagrados


se alimentam do próprio templo e que os que servem ao
altar participam do que é oferecido sobre o altar? Assim
também o Senhor ordenou aos que pregam o evangelho
que vivam do evangelho (1Coríntios 9.13-14 - NAA)".

d) Ajudar os mais necessitados (1Co 16.1,2).

O cristão deve ajudar seus irmãos mais pobres.

Os primeiros cristãos não se limitavam ao dízimo; davam


muito mais, de acordo com as necessidades da igreja
(Atos 4.34-35).
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2. O CRENTE E O ATO DE OFERTAR

O Novo Testamento dá algumas recomendações sobre


como ofertar:

1) De acordo com suas possibilidades – Deus não


quer que você dê mais do que consegue (2Coríntios
8.12-13

2) Regularmente – é bom criar o hábito de ofertar com


regularidade – 1 Coríntios 16.1-2

3) Com alegria – ofertar não é uma obrigação, é uma


bênção, porque significa que Deus providenciou! (2
Coríntios 9.7). [4]

"Infelizmente, há muitos cristãos que não dão o dízimo e


não ofertam, porque ficam esperando ganhar mais e ter
muito dinheiro sobrando na conta. Mas devem tomar
muito cuidado, pois esse apego ao dinheiro demonstra
um materialismo exagerado e avareza, que é considerado
um pecado de idolatria (Colossenses 3.5). Jesus disse
que não podemos servir a Deus e ao dinheiro (Lucas
16:13), ou seja, o dinheiro é considerado um deus que
quer reinar em nosso coração e nos impedir de entrar no
Reino dos Céus (Mateus 19.23,24)" [ PR. Antônio Junior].

4
https://www.respostas.com.br/o-que-a-biblia-diz-sobre-o-dizimo/
(Acesso em 11/07/2018)
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V – ALEGAÇÕES DOS
CONTRÁRIOS AO DÍZIMO

OBJEÇÃO 1 – SOBRE O DÍZIMO NÃO SER DADO EM


DINHEIRO.

―Dízimo nunca está relacionado a dinheiro. Nunca e


Nunca. Dízimo sempre está relacionado a comida,
alimentos, produção agropecuária‖. Dízimo na Bíblia é
sinônimo de alimento, e isto é um fato! Ofertas podiam
ser trazidas em forma de dinheiro (II Reis 22:4-7) Mas,
quando o assunto era dízimo, somente ovelhas, bois,
grãos, comida, Dinheiro nunca! Por este motivo, em nos
nossos dias, dízimo não é dízimo. Seu dinheiro entregue
naquele envelope não é, e nunca será um dízimo à luz da
Bíblia. Foi Deus quem soberanamente estabeleceu o que
é dízimo e o homem não pode mudar.

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Se dízimo é somente ―alimento‖ então Deus deu um


mandamento para Israel que nem todos poderiam
cumprir! Ele estaria sendo então seletivo em sua
―escolha‖? Somente os fazendeiros e pecuaristas
poderiam então dizimar? Teria o SENHOR excluído do
cumprimento desta mitsvá – mandamento – os demais
israelitas?
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A primeira ocorrência da palavra ―dízimo‖ nas Escrituras


está num evento que ―desmancha‖ esta teoria.

Vejamos o que nos diz o texto: ―E bendito seja o


Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas
mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo‖ Gn 14.20. Se
todos nos lembramos da história, Abraão vai em busca
de seu sobrinho Ló e de sua família além de trazer junto
com eles os ―espólios‖ da guerra. Parte destes espólios
foram entregues como dízimo por Abraão.

Mas o que eram estes espólios? A Torah nos explica


que compunham de: ―E tomaram todos os bens de
Sodoma, e de Gomorra, e todo o seu mantimento e
foram-se‖ Gn 14.11. Então os espólios eram os ―bens de
Sodoma e Gomorra‖ e todo o mantimento. Pelo texto a
Torah diz que o dízimo foi dado de TUDO e não somente
dos ―alimentos‖ que estavam disponíveis ali como espólio
de guerra.

Uma outra ocorrência diz algo semelhante: ―E esta pedra


que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo
quanto me deres, certamente te darei o dízimo‖ Gn
28.22. Neste caso, Jacó estava indo para a casa de
Labão e quando tece um encontro com o Eterno ele lhe
faz uma oração e lhe diz que daria o dízimo ―e de tudo
quanto me deres‖. Ora, para mim ―tudo‖ é tudo,
incluindo dinheiro![5]

5
http://shemaysrael.com/maaser-dizimo/ (Acesso em 12/07/2018)
P C A , E D I Ç Õ E S | 24

OBJEÇÃO 2 – SOBRE O USO DOS DÍZMIOS PELOS


PASTORES.

Há quem diga que não dar o dízimo, pôquer não deseja


enricar pastor; não dar o dízimo para o pastor não
comprar carro novo.

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Se você não der o dízimo porque sabe que o


pastor da sua igreja não usa para o seu devido fim e de
modo transparente, então vá para a igreja onde o pastor
é um homem de DEUS e usa o dízimo para a obra do
SENHOR.

Pessoas que se dizem contra a prática do dízimo e


estão congregando em igrejas sustentadas pelos dízimos,
tem causado certa confusão na cabeça daqueles que
dizimam. Os obreiros dirigentes devem ficar muito
atentos que esses ati-dizimistas!

―Os princípios da oferta cristã no contexto da


graça são apresentados em 2 Coríntios 8 e 9. Não nos
contentamos em dar apenas o dízimo (10%), mas
também desejamos trazer ofertas ao Senhor com nosso
coração cheio de amor‖.6

6
Warren W. Wiersbe
P C A , E D I Ç Õ E S | 25

VI - REFLEXÕES PARA OS
DIZIMISTAS
 As pessoas que amorosamente dão o dízimo e
ofertas a Deus descobrem que aquilo que resta
sempre rende muito mais e traz bênçãos muito
maiores.

 Sempre que roubamos de Deus, também


roubamos de nós mesmos. Em primeiro lugar,
privamo-nos das bênçãos espirituais que sempre
acompanham a obediência e a contribuição fiel (2
Co 9.6-15). Porém, mais do que isso, o dinheiro
que pertence a Deus por direito e que tomamos
para nós nunca fica conosco. Acaba indo para o
médico, para o mecânico ou para o pagamento de
impostos. "Tendes semeado muito e recolhido
pouco [...] e o que recebe salário, recebe-o para
pô-lo num saquitel furado" (Ag 1.6).

 O Diabo gosta muito que o crente não seja


dizimista e se pudesse faria com que todos os
crentes não dizimassem, pois, uma igreja sem
recursos financeiros, é uma igreja que não envia
missionário, não socorre as viúvas e os órfãos, é
uma igreja que não pode chegar a outros Estados
e Até as outras nações para anunciar o evangelho
de Jesus. O crente que é avarento e não dizima é
um cooperador do inimigo de Deus – o Diabo.
P C A , E D I Ç Õ E S | 26

 Contribuímos porque amamos a Deus, porque lhe


obedecemos e por sua generosidade para
conosco. Quando guardamos tesouros no céu, eles
dão um retorno abundante por toda a eternidade.

 A promessa de Malaquias 3.10 estava associada à


aliança que os israelitas haviam feito com o
Senhor (Dt 28.1-14), de modo que, se eles
obedecessem fielmente, Deus seria fiel em
cumprir suas promessas. Porém, o princípio
espiritual por trás dessa promessa se repete em
Lucas 6.38 e em 2 Coríntios 9.6-8, de modo que
os cristãos de hoje podem se apropriar dela.

 "Provai-me" (Malaquias 3.10-12). Não se deixe


enganar pelo marketing dos ministros que
distorcem este versículo com vistas à promoção de
campanha de levantamento de fundos. Por outro
lado, não se esqueça de que não há quem possa
roubar a Deus. Não se demore em responder ao
estímulo do Espírito também na hora de contribuir.
Deus continua pronto a "derramar sobre vós
bênção sem medida". 7

 A prática do Dízimo e de outras contribuições para


a liderança da denominação que congregamos são
maneiras que temos para cumprir certas
passagens das Escrituras.
7
Guia do Leitor da Bíblia - CPAD
P C A , E D I Ç Õ E S | 27

Vejamos:

―[...] porque digno é o operário do seu alimento (Mt


10.10)‖.

―E ficai na mesma casa, comendo e bebendo do que eles


tiverem, pois digno é o obreiro de seu salário. Não andeis
de casa em casa (Lc 10.7)‖.

―Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca


ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado
dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente
que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar
com esperança e o que debulha deve debulhar com
esperança de ser participante (1Co 9.9,10)‖.
P C A , E D I Ç Õ E S | 28

VII – DIZIMAR É UM PRIVILÉGIO


PARA O VERDADEIRO CRISTÃO
Sabemos que muitos povos ofereciam dádivas aos seus
deuses. Entre eles se destacavam os gregos, os romanos,
os cartagineses e os árabes. O dízimo bíblico era
praticado pelos hebreus antes da Lei (Gn 14,20; Hb
7,2a,6) e continua sendo uma prática também na Nova
Aliança. Os hebreus davam o dízimo das colheitas, frutas
e animais (Lv 27.30-32).

Tudo o que temos e somos vem de Deus (Tg 1.17), a


não ser o pecado que é carnal e diabólico. Aliás, as
próprias pessoas são propriedade de Deus, pois ele as
criou. A Bíblia diz que ―do Senhor é a terra e a sua
plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam‖ (SI
24.1). O texto fala ‖ de plenitude‖ e não de ―uma parte‖.
Da totalidade daquilo que o Senhor nos dá Ele pede
apenas dez por cento, como prova de amor e gratidão.
Quando entregamos o dízimo do Senhor, estamos
reconhecendo o seu senhorio sobre nós e devolvendo o
que não é nosso.

Ensinar sobre a Mordomia Cristã das Finanças, e


especificamente sobre o dízimo, tem sido um grande
desafio para muitos pastores de igrejas que até
equivocadamente relutam em fazê-lo em virtude de
abordagens especulativas, mercantilistas e às vezes até
pejorativas que se fazem em alguns púlpitos e arraiais,
assustando os crentes, revoltando os incrédulos e
colocando em questão a reputação de homens de Deus e
P C A , E D I Ç Õ E S | 29

de igrejas comprometidas com o ensino ortodoxo.


Todavia, o ensino sobre o dízimo é uma doutrina bíblica.
Pregamos sobre Salvação, Santificação, Vinda de Jesus e
sobre tantos outros temas que são necessários. Então,
por que desprezar ou temer pregar sobre o dízimo? Há
quem defenda que de dez sermões de um pastor, pelo
menos um seja sobre a Mordomia Cristã das Finanças.
Devemos levar esse assunto a sério e não nos
importarmos com os queixumes dos avarentos. Se lá no
mundo aplica-se o ditado popular que ―dinheiro é para
gastar e passar troco‖, na Igreja, porém, os recursos
devem ser recebidos e administrados com fidelidade.
Para que possamos receber as bênçãos espirituais e
materiais, precisamos honrar a Deus e promover o Seu
Reino, fiel e generosamente, com as nossas finanças (Pv
3.9,10). O dízimo deve constituir-se uma prática
constante na vida de todo aquele que é salvo, não
importa se membro ou congregado.

Muitos irmãos não se importam em dar o dízimo, não


porque não trabalham, mas porque não creem na Bíblia e
nas suas promessas; são avarentos (amam o dinheiro e
não querem compartilhá-lo com ninguém); acham que
vai lhes fazer falta; acham que é legalismo
(determinação restrito à Lei); porque sofrem má
influencia dos ímpios (SI 1.1); porque o conjugue não lhe
―permite‖ entregar; porque os pais ou filhos criam
dificuldade; porque acham que o dízimo é para o pastor;
porque dizem não ter renda fixa.
P C A , E D I Ç Õ E S | 30

Quanto ao dízimo, há três classes de pessoas: o dizimista


desviado (E aquele que só o dízimo vem para a Igreja,
ele não; ainda tem um pouco de temor no coração), o
dizimista não crente (Ele acredita nas bênçãos materiais
de Deus, por isso ―investe‖ na obra, independente de ser
salvo ou não) e o dizimista fiel (Aquele crente consciente
e que se sente responsável pela manutenção da obra de
Deus. Ele não contribui só quando ―faz sol‖, mas também
―quando chove‖, quando a situação lhe parece
favorável).

Quanto à compreensão equivocada do dízimo, há 12


tipos de dizimistas nas igrejas:

1) Dizimista alternado – Entrega o dízimo mês sim


outro não. Às vezes, mês sim e oito não.

2) Dizimista fracionado - Não entrega o dízimo de


forma integral. O dízimo é R$ 200, mas ele entrega
apenas R$ 100.

3) Dizimista unilateral - Entrega o dízimo somente de


um rendimento, tendo dois ou mais. Exemplo: tem
emprego, aluguel e pensão (três rendimentos), mas só
entrega de um rendimento (geralmente o do emprego).

4) Dizimista atrasado – Entrega de três em três


meses, quatro em quatro meses etc.

Devemos lembrar que o mês é a nossa base


administrativa de compromissos. Seja débito ou crédito.
P C A , E D I Ç Õ E S | 31

5) Dizimista crediarista – É aquele que entrega o


dízimo em parcelas. Aos poucos.

6) Dizimista pró-laborista — Entrega o dízimo


presumido, não real. Entrega como se fosse uma taxa
fixa. Não há organização proporcional e diária.

7) Dizimista administrador — Compra equipamentos,


materiais de construção, móveis etc., usando o dízimo do
Senhor. Ele acha que o pastor não sabe administrar, por
isso ele trata de fazê-lo.

8) Dizimista proprietário - Entrega o Dízimo onde


quer e não onde congrega e é assistido espiritualmente;
onde é membro.

9) Dizimista temporário - Entrega o dízimo em


períodos alternados. Ex: Entrega um semestre, um ano,
depois suspende a entrega pelo mesmo período ou
aproximado.

10) Dizimista por tabela — Quer receber uma conta


da igreja ou de um obreiro relapso e desconta do dízimo
sem acordo prévio. Nesse caso, o administrador também
é faltoso. Todavia, dízimo é dízimo, débito de terceiros é
débito de terceiros.

11) Dizimista ―bom samaritano‖ - Usa o dízimo do


Senhor para ajudar outros irmãos, comprando cesta
básica, medicamentos, pagamento de taxas, ajudas a
órfãos, viúvas, menores carentes etc. Tudo isso é muito
P C A , E D I Ç Õ E S | 32

bom, porem o dízimo precisa ser recolhido à Casa do


Tesouro (Ml 3.10).

12) Dizimista ―desentendido‖ - Não entende bem o


―assunto‖ e entrega qualquer valor. As vezes, entrega
somente como oferta.

O que significa dar o dízimo

A quem vencemos quando entregamos o dízimo?

1) Vencemos a avareza (Ef 5.5; Cl 3.5);


2) Vencemos o materialismo (1Co 2.14,15);
3) Vencemos o egoísmo (G1 6.10).

Enfim, dar o dízimo é uma questão de adoração, amor,


assiduidade, boa vontade, bom senso, confiança,
conhecimento, consagração, conversão, coragem,
devoção, esperança, fé, fidelidade, gratidão,
honestidade, honra, integridade, inteligência,
investimento, justiça, liberalidade, liberdade, lógica,
maturidade, noção, obediência, pontualidade, prudência,
quitação, reconhecimento, responsabilidade, sabedoria,
santidade, sensibilidade, ação social, temor, testemunho,
unidade, visão, vitória e zelo.

Quando pagamos os nossos impostos, não estamos


dando dinheiro ao governo. Estamos cumprindo um
dever constitucional.
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Quando devolvemos o dízimo ao Senhor, não estamos


dando dinheiro a Ele: estamos obedecendo a Sua
Palavra. Todo o nosso lucro deve ser consagrado ao
Senhor de forma que o dízimo seja utilizado para a
promoção do Reino de Deus. A liberalidade cristã é uma
lei acompanhada de bênçãos.

Quanto maior for a nossa espiritualidade, maior será a


nossa liberalidade. Todos devem dar o dízimo. Essa
prática nos abençoa! Queremos concluir com uma frase
do teólogo

Russel Norman Champlim: ―A carteira do homem justo


nunca ficará vazia, porque Deus sabe como enchê-la e o
faz abundantemente. Mas, o homem ganancioso e
mesquinho encontrará sua carteira vazia‖.8

8
Jornal Mensageiro da Paz, Agosto de 2009 – Artigo: Pr. Carlos Alberto
dos Santos
P C A , E D I Ç Õ E S | 34

VIII – DIZIMAR É OU NÃO É UMA


PRÁTICA CRISTÃ
Em decorrência de alguns escândalos motivados pela
chamada Teologia da Prosperidade, certas igrejas têm
sido criticadas pela forma como levantam dízimos e
ofertas denominadas sacrifícios em que maioria dos
membros tem sido espoliada de bens de uso próprio
como casa, automóvel, pequenas quantias reservadas
em caderneta de poupança para uma emergência da
família. Opostamente, têm se levantado uma onda de
líderes religiosos que resolveram combater a contribuição
do dízimo, partindo da alegação de que o dízimo era
parte do Antigo Concerto e, que, dentro do Novo
Concerto, não há exigência desse tipo de contribuição.
Infelizmente, certa pessoa do nosso relacionamento
recebeu uma apostila com dois títulos ou duas apostilas
sobre o mesmo assunto. A primeira página tem como
título ―TUDO SOBRE O DÍZIMO‖. A partir da segunda
página em diante outro título ―DIZIMAR NÃO É UMA
DOUTRINA CRISTÃ‖ que passamos a comentar:

TUDO SOBRE O DÍZIMO E/ou DIZIMAR NÃO É UMA


DOUTRINA CRISTÃ

A escritora da citada apostila põe-nos a par que, quando


era seminarista, tinha um professor por nome Valdomiro
e este lhe ensinou a não usar o Antigo Testamento, e,
quando citá-lo, só o fazer para ilustração, considerando
que hoje o cristão vive na Dispensação da Graça. Em
seguida, diz a autora que estudou com outro pastor por
nome Pimentel e que era mestre em apologética.
P C A , E D I Ç Õ E S | 35

Trabalhou com ele três anos naquele instituto e que


aprendeu mais do que aprendeu da Bíblia no Seminário.

Partindo dessas informações preliminares ela desanda


em críticas aos pastores e radicaliza: ―Infelizmente, a
maioria dos pastores hoje em dia se apega
fervorosamente ao Velho Testamento, por dois motivos:
Primeiro, porque esses pastores medíocres podem usar e
abusar das histórias antigas, fantasiando os seus
enredos, a seu bel prazer. Segundo, porque podem
impor muitas leis do VT aos pobres membros de suas
igrejas, para os escravizar, como por exemplo, usando
Malaquias para extorquir o dízimo dos que não conhecem
bem a Palavra de Deus.‖ (o grifo é nosso). Repete mais
adiante que certo pastor malaquiano sabendo que ela era
contra o dizimo e que se achava sentada na terceira fila
de cadeiras da igreja, afirmou publicamente, depois de
ter lido Ml 3.8-10, ―Meus irmãos, o diabo odeia esses
versículos de Malaquias e ele está aqui presente, podem
crer…‖.

A escritora refere-se, a seguir, aos demais presentes para


quem esse pastor pregava e os qualifica como ―os pobres
analfabetos bíblicos‖.

Nota-se, nessas palavras introdutórias, uma manifestação


de soberba ao se referir aos demais pastores como
―pastores medíocres‖ e aos seus ouvintes como ―os
pobres analfabetos bíblicos‖. Até parece que ela nunca
leu qual foi a profissão dos primeiros apóstolos de Jesus.
Eram pescadores. (Mateus 4:18) – ―E Jesus, andando
junto ao mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão,
P C A , E D I Ç Õ E S | 36

chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao


mar, porque eram pescadores; (Mateus 4:19) – E disse-
lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de
homens. (Mateus 4:20) – Então eles, deixando logo as
redes, seguiram-no. (Mateus 4:21) – E, adiantando-se
dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e
João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu,
consertando as redes; (Mateus 4:22) – E chamou-os;
eles, deixando imediatamente o barco e seu pai,
seguiram-no.‖

MALAQUIAS 3.10

―Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que


haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de
mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos
abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
bênção tal até que não haja lugar suficiente para a
recolherdes.‖

Será que contribuir com o dízimo é ―extorquir os crentes‖


porque ―são ignorantes da Palavra de Deus‖? Essa
opositora não devia usar de termos tão grosseiros para
se referir aos que contribuem com o dízimo mesmo sem
usar o texto em tela: Deus admitindo que o seu povo
fosse extorquido ao pagar o dízimo. É difícil entender
alguém escarnecer de outros chamando-os de
―analfabetos bíblicos‖, chegando ao ponto de proferir
tamanha insensatez.

Se ela usasse, por exemplo, o texto de (II Pedro 2:3) –


―E por avareza farão de vós negócio com palavras
fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será
tardia a sentença, e a sua perdição não dormita‖
P C A , E D I Ç Õ E S | 37

mencionando, por exemplo, expedientes escusos como


Campanha da Fogueira Santa de Israel, Campanha da
Fogueira Santa do Monte Sinai, aí sim estariam tais
líderes abusando de interpretações descabidas por causa
de sua avareza, fazendo dos crentes ―negócio com
palavras fingidas‖. Mas referir-se ao dízimo como meio
de extorquir, espoliar os crentes devido ao seu
analfabetismo, é uma acusação sem base bíblica por
parte de alguém que se julga uma exegeta da Bíblia, mas
que revela, na verdade, pouco entendimento quando se
manifesta sobre a Bíblia. Francamente! Deplorável! Seria
melhor que ficasse com a boca fechada.

ACHINCALHE AOS PASTORES PENTECOSTAIS

A opositora ao dízimo não se cansa de depreciar os


pastores pentecostais e afirma:

―Tenham cuidado com os pastores que usam e abusam


do Velho Testamento. Eles não são sérios. Quando não
são embromadores de primeira, fantasiando as histórias
do Velho Testamento para preencher o tempo e
engabelar os crentes, são uns irresponsáveis e abusivos
extorquidores dos membros de suas igrejas.‖

A forma grosseira como essa opositora se coloca contra


os líderes das igrejas pentecostais, generalizando e não
separando o joio do trigo, com colocações pejorativas,
revela falta de ―temperança‖ ou ―domínio próprio‖. Pelo
menos deveria demonstrar possuir o fruto do Espírito
(Gálatas 5:22) – ―Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão, temperança.‖ Pode-se denunciar erros sem
usar de deboche, linguagem chula e humilhante.
P C A , E D I Ç Õ E S | 38

Lamentável tal atitude intempestiva, desqualifica alguém


que queira se identificar como cristão.

SEGUIDORA DE PAULO

Depois se diz seguidora dos ensinamentos do apóstolo


Paulo. Mas, bem que poderíamos incluir Paulo nessas
invectivas do seu ódio avassalador contra os que pregam
o dízimo como contribuição dentro da Dispensação da
Graça, no NT. E por quê? Porque embora procure afirmar
que Paulo era um obreiro que jamais se valia da ajuda
financeira das igrejas, em toda a apostila escrita com 15
páginas, não citou uma vez sequer o que Paulo escreveu
à Igreja de Corinto, no capítulo 11 e versículos 7-9 onde
ele escreve:

―Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para


que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei
o evangelho de Deus? (II Coríntios 11:8) – Outras igrejas
despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e
quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a
ninguém fui pesado. (II Coríntios 11:9) – Porque os
irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha
necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e
ainda me guardarei.‖

Não estaria Paulo se guardando de pessoas como a


escritora da apostila que desanda em usar palavras
injuriosas e detratoras contra todos os pastores
pentecostais? E se fôssemos citar a TNM nos textos de 2
Coríntios 11.7-9 teríamos que chamar Paulo de ladrão
porque diz a referida tradução, que não endossamos,
mas a citamos apenas como exemplo de pessoas que
P C A , E D I Ç Õ E S | 39

ofendem os demais que não se ajustam ao seu modo de


interpretar a Bíblia:

―Ou cometi algum pecado por me humilhar, para que vós


fôsseis enaltecidos, porque de bom gado, sem custo, vos
declarei as boas novas de Deus? A outras congregações
roubei, por aceitar provisões, a fim de ministrar a vós,
contudo, quando estive presente entre vós e padeci
necessidade, não me tornei fardo nem mesmo para um
único, pois os irmãos da Macedônia supriram
abundantemente a minha deficiência. Sim, guardei-me
de todos os modos para não me tornar oneroso para vós,
e guardar-me-ei assim.‖

Suas razões antidizimistas são as seguintes e as


enumera como passamos a expor:

AS RAZÕES CONTRA O DÍZIMO


―Ponto 1: Os princípios de dar no Novo Testamento, na 2
Coríntios 8,9, são superiores ao dizimar.‖

―O falso ensino é que dizimar é uma exigência


obrigatória, a qual sempre precede o dar
voluntariamente. O dar voluntariamente precedia o
dizimar.‖

Resposta Apologética:
Plenamente de acordo. Os requisitos para contribuir com
o dízimo no Novo Testamento se encontram em (II
Coríntios 9:7) – ―Cada um contribua segundo propôs no
seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;
porque Deus ama ao que dá com alegria.‖ E (I Coríntios
P C A , E D I Ç Õ E S | 40

16:2) –―No primeiro dia da semana cada um de vós


ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que não se façam as coletas quando
eu chegar.‖

TRÊS REQUISITOS PARA A CONTRIBUIÇÃO DO


DÍZIMO
Para nós são três os requisitos que regem a contribuição
do dízimo no Novo Testamento

1) TEM QUE SER VOLUNTÁRIA: ―segundo


propôs no seu coração‖ (II Coríntios 9:7) – ―Cada um
contribua segundo propôs no seu coração; não com
tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que
dá com alegria.‖ Todos os dizimistas devem saber que
sua contribuição deve ser feita voluntária e livremente,
sem qualquer pressão obrigatória. Daí porque não seria
correto chamar de ladrão (Ml 3.8) aquele que não paga o
dízimo. Dois exemplos:

a) o dízimo de Jacó: Quem ordenou a Jacó, na visão


de Betel, a dar o dízimo? Ninguém. Não havia preceito
recomendando essa prática.

(Gênesis 28:20) – ― E Jacó fez um voto, dizendo: Se


Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e
me der pão para comer, e vestes para vestir; (Gênesis
28:21) – E eu em paz tornar à casa de meu pai, o
SENHOR me será por Deus; (Gênesis 28:22) – E esta
pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e
de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo‖.
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Será que quem redigiu essa apostila cheia de impropérios


tem recebido em sua vida as quatro bênçãos de Deus
que Jacó pediu para fazer o seu voto espontâneo? Tem
ela sido guardada por Deus? Tem ela tido pão para
comer? Tem ela vestes para vestir? Tem ela recebido paz
de Deus? Não haveria uma razão plausível para ser mais
grata a Deus e deixar de arranjar argumentos
inconsequentes procurando bloquear os que dão o seu
dízimo?

b) o dízimo de Abraão: Será que se esqueceu do que


fez Abraão como, também, espontaneamente, deu os
dízimos dos despojos quando se encontrou com
Melquisedeque? (Gênesis 14:18) – ―E Melquisedeque, rei
de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do
Deus Altíssimo. (Gênesis 14:19) – E abençoou-o, e disse:
Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos
céus e da terra; (Gênesis 14:20) – E bendito seja o Deus
Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos.
E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.‖

2) TEM QUE SER METÓDICA: ―No primeiro dia da


semana ―No primeiro dia da semana cada um de vós
ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que não se façam as coletas quando
eu chegar‖. A primeira parte do texto citado indica: (I
Coríntios 16:2) – ―No primeiro dia da semana‖.

Quantos crentes que um tempo atrás foram dizimistas


fiéis mas depois que se embebedaram dos argumentos
dos opositores do dízimo já não sabem como contribuir.
Suas contribuições se restringem a enganar a si mesmos
tirando um trocado do bolso e dando uma oferta de
fome. São mesquinhos, avarentos. Desfrutam do bem
P C A , E D I Ç Õ E S | 42

estar na casa de Deus assentando-se em bancos


comprados com o dinheiro dos dizimistas, usufruindo de
água, luz, sem nada contribuir efetivamente porque
foram contaminados pelo vírus dos antidizimistas.
Praticamente são anarquistas espirituais, querendo
demonstrar uma obediência à Bíblia porque se sentem
livres da contribuição sob alegação de que o dízimo era
restrito à Lei de Moisés.

3) TEM DE SER PROPORCIONAL AOS


RENDIMENTOS: ―Conforme a sua prosperidade‖(I
Coríntios 16:2) – ―No primeiro dia da semana cada um de
vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que não se façam as coletas quando
eu chegar.‖ Repetindo, ― conforme a sua prosperidade‖.
Qual o ―X‖ dessa porcentagem? Deve ser igual ou
superior a 10%.

Então os três princípios que regem uma contribuição


dentro da Dispensação da Graça, no Novo Testamento.

Assim, O DÍZIMO:
É contribuição voluntária: ―Cada um contribua segundo
propôs no seu coração‖ (2 Co 9.7);

É contribuição metódica: ―No primeiro dia da semana‖ (1


Co 16.2);

É contribuição proporcional: ―conforme a sua


prosperidade‖ (1 Co 16.2). (O Dízimo, p. 19-27, Gráfica
Nova Santos Ltda.)

―Ponto 2 – Na palavra de Deus o dízimo é sempre em


alimento.‖
P C A , E D I Ç Õ E S | 43

―O falso ensino é que os dízimos bíblicos incluem todas


as fontes de renda.‖

Resposta Apologética:
Afinal, como expor argumentos contra o dízimo
recorrendo à Lei de Moisés, dizendo que a Lei de Moisés
ensina que o dízimo é sempre em alimento? Porventura
até agora apelamos para Malaquias 3.10 ou fizemos
alguma citação da Lei para justificar a contribuição do
dízimo?

Pergunto a pessoa que escreveu essa apostila contra o


dízimo: Sabe porventura quantos mandamentos continha
a Lei de Moisés?

A Lei de Moisés continha 613 mandamentos que fazem


parte do Pentateuco.

Pode haver maior contradição do que condenar a


contribuição do dízimo alegando que fazia parte do
Antigo Concerto e, ao mesmo tempo, recorrer às
exigências da Lei de Moisés sobre o dízimo? Se a Lei de
Moisés terminou na cruz como recorrer a ela para ser
contra o dízimo alegando que o dízimo da lei era feito em
alimentos? Nós dizemos: (Romanos 10:4) – ―Porque o
fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.‖
Interessante! Elabora-se uma apostila contra o dízimo
argumentando-se contra o dízimo porque este fazia parte
da Lei de Moisés, composta pelo Pentateuco com 613
mandamentos e paradoxalmente, recorre-se à lei para
provar certas particularidades com relação ao dízimo que
não deviam jamais ser invocadas dado que reconhecem
que a lei foi abolida na cruz. Se foi abolida na cruz, e
com isso concordamos, então coerentemente não
P C A , E D I Ç Õ E S | 44

podemos invocar mandamentos desse Antigo Concerto


para se opor ao dízimo.

―Ponto 3 – O dízimo de Abraão a Melquisedeque se


embasou numa tradição pagã.‖

―O falso ensino é que Abraão deu voluntariamente o


dízimo porque foi a vontade de Deus.‖

Resposta Apologética:
Deplorável o argumento contra o dízimo de Abraão
baseado no argumento de que se tratava de uma
tradição pagã. Então tudo o que consta da Bíblia que se
pode alegar tenha origem pagã, deve ser descartado? Se
a absurda acusação contra o dizimo de Abraão fosse
válida, porque supostamente, ele se valeu de uma
tradição pagã, teríamos que rejeitar o relato bíblico sobre
o dilúvio? Quantas tradições pagãs existiam sobre o
dilúvio? Para nós vale o que está escrito em Gênesis
capítulos 6 a 8 sobre o dilúvio. Do contrário teríamos que
rejeitar os relatos bíblicos sobre o profeta Jonas ser
engolido por uma baleia e por aí afora. Admiro-me muito
desse recurso ―furado‖.

Se Abraão não deu o dízimo voluntariamente, em que ele


se baseou para dar o dízimo? Será mesmo que ele estava
seguindo uma tradição pagã? Não seria melhor
reconhecer outra razão mais plausível e consentânea
com a Bíblia? Não seria um sentimento de gratidão pelo
livramento recebido de Deus na batalha que suportou?
Isso seria melhor do que recorrer ao argumento tão sem
base e a resposta seria mais simples. Qual o sentimento
que nos aflora o coração quando recebemos uma bênção
de Deus? Não nasce em nós um sentimento de gratidão?
P C A , E D I Ç Õ E S | 45

Assim ocorreu com Abraão. Volta vitorioso de uma


batalha contra um exército muito maior do que o dele e
numa atitude de gratidão ofereceu o dízimo de tudo que
ganhara do despojo do inimigo e oferece o dízimo a
Melquisedeque. Atribuiu a vitória a Deus. (Dt 8.17-
18)―Não digas no teu coração: A minha força, e a
fortaleza da minha mão me adquiriram estas riquezas.
Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o
que te dá força para adquirires riquezas.‖

O salmista mais tarde iria levantar uma pergunta:


(Salmos 116:12) – ―Que darei eu ao SENHOR, por todos
os benefícios que me tem feito? (Salmos 116:13) –
Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do
SENHOR. (Salmos 116:14) – Pagarei os meus votos ao
SENHOR, agora, na presença de todo o seu povo.‖.

Ademais a opositora apresenta uma lista de razões


alegando que o dízimo de Abraão não pode ser usado
como exemplo para os cristãos dizimarem. Dentre essas
razões a de n. 8 declara:

―O dízimo de Abraão não é mencionado em nenhuma


parte da Bíblia, a fim de respaldar o ato de dizimar.‖

Isso sim é analfabetismo bíblico. A resposta a esta


objeção está no NT no livro de Hebreus 7.1-3, mas que a
opositora do dízimo se esqueceu de mencionar uma só
vez em todas as 15 páginas da sua apostila. E ainda
admitiu que algum dos chamados por ela de ―pastores
analfabetos‖ pentecostais não saberia consultar a Bíblia
para logo localizar o que ela preferiu esconder.
Imperdoável essa declaração da autora da apostila.
P C A , E D I Ç Õ E S | 46

Será que não foi um esquecimento propositado preparar


uma apostila contra o dízimo e se esquecer desse
pormenor, justamente quando cita outros versículos do
capítulo 7 de Hebreus?

(Hebreus 7:1) – ―PORQUE este Melquisedeque, que era


rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao
encontro de Abraão quando ele regressava da matança
dos reis, e o abençoou; (Hebreus 7:2) – A quem também
Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por
interpretação, rei de justiça, e depois também rei de
Salém, que é rei de paz; (Hebreus 7:3) – Sem pai, sem
mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem
fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de
Deus, permanece sacerdote para sempre.‖

Vamos dar algumas razões porque entendemos que o ato


voluntário de Abraão de dar o dízimo a Melquisedeque
proporciona exemplo para que nós o emitimos:

Primeiro, Abraão deu o dízimo a Melquisede quando


ainda não havia mandamento para se contribuir com o
dízimo.

(Gálatas 3:17) – ―Mas digo isto: Que tendo sido a aliança


anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que
veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de
forma a abolir a promessa. Consequentemente,
entendemos que o dízimo precedeu à lei.

Segundo, Abraão é tido na Bíblia como o pai dos que são


da fé (não da lei). . (Romanos 4:13) – ―Porque a
promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi
P C A , E D I Ç Õ E S | 47

feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela


justiça da fé. (Romanos 4:14) – Porque, se os que são da
lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é
aniquilada. (Romanos 4:16) – Portanto, é pela fé, para
que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja
firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei,
mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai
de todos nós.‖ (Gálatas 3:26) – Porque todos sois filhos
de Deus pela fé em Cristo Jesus. (Gálatas 3:27) – Porque
todos quantos fostes batizados em Cristo já vos
revestistes de Cristo. (Gálatas 3:28) – Nisto não há judeu
nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem
fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.
(Gálatas 3:29) – E, se sois de Cristo, então sois
descendência de Abraão, e herdeiros conforme a
promessa.‖ O que lemos está bem claro sobre Abraão
para ninguém se confunda. ―Abraão, o qual é pai de
todos nós‖.

Terceiro, Analisemos agora a figura de Melquisedeque


como o tipo de Jesus Cristo. O autor da epístola aos
Hebreus esclarece sobre Melquisedeque: (Hebreus 7:1) –
―PORQUE este Melquisedeque, que era rei de Salém,
sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de
Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o
abençoou; (Hebreus 7:2) – A quem também Abraão deu
o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação,
rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei
de paz; (Hebreus 7:3) – Sem pai, sem mãe, sem
genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida,
mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus,
permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:4) –
Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o
patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos.‖
P C A , E D I Ç Õ E S | 48

Quarto, Vejamos o que nos diz (Hebreus 7:8) – E aqui


certamente tomam dízimos homens que morrem; ali,
porém, aquele de quem se testifica que vive. Conclusão
lógica: enquanto existir o sacerdócio de Melquisedeque,
através de Cristo (Hebreus 7:17) – ―Porque dele assim se
testifica: Tu és sacerdote eternamente, Segundo a ordem
de Melquisedeque.‖ Permanecerá o sistema bíblico de
contribuição: o dízimo. E mais: Enquanto permanecer a
fé viva de Abraão, esta pagará dízimos ao Altíssimo,
através da Igreja. PERGUNTEMOS: ENTÃO: PODEMOS
OU NÃO PROVAR QUE O DÍZIMO É CONTRIBUIÇÃO
CRISTÃ, Á LUZ DO NOVO TESTAMENTO? (O Dízimo, p.
44,45)

Ora, só um antidizimista é que pode alegar que o dízimo


de Abraão não serve para ―respaldar o ato de dizimar‖.

―Ponto 4 – Os Primeiros Dízimos eram recebidos pelos


servos dos sacerdotes.‖

―O falso ensino é que os sacerdotes do Velho Testamento


recebiam todo o primeiro dízimo.‖

Resposta Apologética:
Inválida a objeção. Se se argumenta que o dízimo era
obrigação da Lei de Moisés e que esta lei terminou na
cruz (Jo 19.30) como recorrer a preceitos dessa lei para
declarar que o dízimo é falso porque os sacerdotes do
Velho Testamento recebiam todo o primeiro dízimo. Que
nos importa isso se não estamos baseados na lei para
darmos espontaneamente o nosso dízimo?
P C A , E D I Ç Õ E S | 49

É certo ainda que os sacerdotes é que ministravam no


tabernáculo os sacrifícios de sangue e quando o templo
foi concluído nos dias de Salomão continuou lá.

Já sob o Novo Concerto tal ministração se tornou


desnecessária em decorrência da obra expiatória de
Jesus.

(Hebreus 10:19) – ―Tendo, pois, irmãos, ousadia para


entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, (Hebreus
10:20) – Pelo novo e vivo caminho que ele nos
consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, (Hebreus
10:21) – E tendo um grande sacerdote sobre a casa de
Deus, (Hebreus 10:22) – Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações
purificados da má consciência, e o corpo lavado com
água limpa.‖

Isso qualquer pastor considerado ―analfabeto e


pentecostal‖ não ignora. Entretanto, a exímia
conhecedora da Bíblia e opositora desconhece.

―Ponto 5 – A frase: ―É santo ao Senhor‖ não torna o


dízimo um princípio eterno moral.‖

―O falso ensino é que Levítico 27.30-32 prova que o


dízimo é um ―eterno princípio moral‖porque ele é santo
do Senhor‖.

Resposta Apologética:
De novo, o mesmo argumento baseado na Lei de Moisés,
quando já afirmamos que não fazemos uso da Lei de
Moisés para darmos o dízimo. Repetindo:
P C A , E D I Ç Õ E S | 50

A primeira vez que o dízimo é mencionado na Bíblia


partiu da voluntariedade de Abraão‖(Gn 14.18-20). A
segunda vez foi Jacó, neto de Abraão. (Gênesis 28:20-
22)

(Gênesis 28:20) – ―E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus


for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me
der pão para comer, e vestes para vestir; (Gênesis
28:21) – E eu em paz tornar à casa de meu pai, o
SENHOR me será por Deus; (Gênesis 28:22) – E esta
pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e
de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.‖

Não havia mandamentos para essa contribuição. Partiu


da espontaneidade de ambos. O princípio que rege a
contribuição do dízimo está em (I Corintios 16:2) – ―No
primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte
o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para
que não se façam as coletas quando eu chegar.‖ e (II
Corintios 9:7) – ―Cada um contribua segundo propôs no
seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;
porque Deus ama ao que dá com alegria.‖

―Ponto 6 – ―Existem na Bíblia quatro tipos diferentes de


Dízimos.‖

―O falso ensino ignora todos os outros dízimos e focaliza


somente a parte do primeiro dízimo religioso.‖

Resposta Apologética:
Argumento inválido pelas razões já expostas. Não vejo
porque a declaração da opositora ao dízimo ao declarar
suspeita segundo a qual
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―É de admirar que as igrejas estejam tentando omitir


isso, quando falam somente de um dízimo religioso,
simplesmente porque este se encaixa melhor em seus
propósitos, ignorando os outros dois importantes dízimos
religiosos.‖

Acusações levianas. O que pode interessar às igrejas


saber qual a quantidade de dízimos que existiam na lei
de Moisés? Qual a igreja que dá o dízimo por exigência
da Lei de Moisés? O que realmente a opositora do dízimo
procura esconder é que há dois dízimos na Bíblia e ela
que se jacta de tanto conhecimento bíblico, ignora:

OS DOIS DÍZIMOS: O DA LEI E O DA


GRAÇA
O que é lamentável, na realidade, é ignorar que há dois
dízimos essenciais na Bíblia: o Dízimo da Lei e o Dízimo
da Graça e isso sim demonstra ignorância bíblica ou
suspeita de má fé. Como alguém se propõe combater o
dízimo, como contribuição voluntária dentro do NT, e
ignore esse pormenor tão importante?

(Hebreus 7:9) – ―E, por assim dizer, por meio de Abraão,


até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. (Hebreus
7:10) – Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai
quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.‖

Da leitura dos textos citados entendemos que os levitas


pagaram dízimos a Melquisedeque, quando eles, ainda
não existindo, se achavam representativamente na
pessoa do patriarca Abraão.
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(Hebreus 7:9) – ―E, por assim dizer, por meio de Abraão,


até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.‖

A lei pagando dízimos à Graça! É exatamente isto.


Estranho seria se fosse o contrário, pois a livre sempre
exerce ascendência sobre a escrava.

(Gálatas 4:22) – ―Porque está escrito que Abraão teve


dois filhos, um da escrava, e outro da livre. (Gálatas
4:23) – Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a
carne, mas, o que era da livre, por promessa. (Gálatas
4:24) – O que se entende por alegoria; porque estas são
as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos
para a servidão, que é Agar. (Gálatas 4:25) – Ora, esta
Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à
Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus
filhos. (Gálatas 4:26) – Mas a Jerusalém que é de cima é
livre; a qual é mãe de todos nós. (Gálatas 4:27) – Porque
está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz;
Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os
filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.
(Gálatas 4:28) – Mas nós, irmãos, somos filhos da
promessa como Isaque. (Gálatas 4:29) – Mas, como
então aquele que era gerado segundo a carne perseguia
o que o era segundo o Espírito, assim é também agora.
(Gálatas 4:30) – Mas que diz a Escritura? Lança fora a
escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da
escrava herdará com o filho da livre. (Gálatas 4:31) – De
maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas
da livre.‖

A Lei de Moisés passou com os dízimos de Levi. Mas o


dízimo cristão neotestamentário, permanece, porque a
Dispensação da Graça está em pleno vigor. Assim, o fato
P C A , E D I Ç Õ E S | 53

de o dízimo ter existido ANTES DA LEI e DEPOIS DA LEI,


e na Dispensação da Graça, prova, que o cristão grato a
Deus por todos os benefícios dele recebidos está
honrando o Senhor com os seus recursos financeiros.
(Salmos 103:1) – ―BENDIZE, ó minha alma, ao SENHOR,
e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.
(Salmos 103:2) – Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e
não te esqueças de nenhum de seus benefícios.‖
(Provérbios 3:9) – ―Honra ao SENHOR com os teus bens,
e com a primeira parte de todos os teus ganhos;
(Provérbios 3:10) – E se encherão os teus celeiros, e
transbordarão de vinho os teus lagares.‖

―Ponto 7 – Jesus, Pedro Paulo e os pobres não


dizimaram.‖

―O falso ensino é que todo mundo do Velho Testamento


era exigido que trouxesse sua oferta a nível de 10%.‖

Resposta Apologética:
Porventura desconhece a opositora o que está escrito em
Gálatas sobre Jesus ter nascido sob a lei? Lemos:

(Gálatas 4:4) – ―Mas, vindo a plenitude dos tempos,


Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei, (Gálatas 4:5) – Para remir os que estavam debaixo
da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.‖

O texto citado mostra que Jesus nasceu debaixo da lei, o


que significa que ele viveu debaixo da obediência da lei
cumprindo todos os 613 mandamentos da Lei de Moisés
e ao ressuscitar dos mortos e se apresentar aos
apóstolos declarou, (Lucas 24:44) – ―São estas as
palavras que vos disse estando ainda convosco: Que
P C A , E D I Ç Õ E S | 54

convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava


escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.
(Lucas 24:45) – Então abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras. Na cruz deu o brado,
(João 19:30) – ―Está consumado. E, inclinando a cabeça,
entregou o espírito.‖

Se Jesus cumpriu integralmente a Lei de Moisés poderia


ter ele violado a contribuição do dízimo da Lei quando
trabalhou como carpinteiro em Nazaré? Ou quando ainda
antes no seu nascimento cumpriu as prescrições da Lei
de Moisés?

(Lucas 2:22) – ―E, cumprindo-se os dias da purificação


dela, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém,
para o apresentarem ao Senhor (Lucas 2:23) – (Segundo
o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho
primogênito será consagrado ao Senhor); (Lucas 2:24) –
E para darem a oferta segundo o disposto na lei do
SENHOR: Um par de rolas ou dois pombinhos.‖

Ensinou em (Mateus 22:21) – ―Dai pois a César o que é


de César, e a Deus o que é de Deus.‖

Teria Jesus deixado de dar a Deus o que e de Deus? É


preciso ter presente que Jesus cumpriu a lei
integralmente, porque se declara que a Lei de Moisés
não passaria sem que tudo fosse cumprido. Se Jesus
cumpriu integralmente a lei, então sua exigibilidade para
o cristão não subsiste mais.

Quanto a Paulo e a Pedro viveram dentro dos três


princípios de contribuição já expostos sobre O DÍZIMO:

É contribuição voluntária
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É contribuição metódica
É contribuição proporcional aos rendimentos.

―Ponto 8 – Os dízimos eram muitas vezes usados como


impostos políticos.‖

―O falso ensino é que os dízimos nunca são comparados


aos impostos e taxas.‖

Resposta Apologética:
Pouco importa para nós serem os dízimos usados como
impostos políticos. Nossa contribuição dizimal não está
baseada na Lei de Moisés. Estamos firmados na
espontaneidade de Abraão (Gn 14.18-20; Hb 7.1-3) e
Jacó (Gn 28.20-22).

Concordamos com a declaração segunda a qual ―O


dízimo da Antiga Aliança era motivado e exigido por lei,
não pelo amor.‖

O dízimo da Nova Aliança é baseado em três requisitos: É


contribuição voluntária; É contribuição metódica; É
contribuição proporcional aos rendimentos. (2 Co 9.7; 1
Co 16.2).

Como diz Paulo José F. de Oliveira no seu livro


Desmistificando o DIZIMO, página 108, ―Se não nos
identificamos com a comunidade a que pertencemos, se
não assumimos como nossas as suas necessidades, se
não aprovamos os obreiros nem o seu modo de vida, se
não concordamos sobre como administrar o patrimônio
comum, jamais sentiremos alegria, desprendimento,
prazer, etc. Podemos dar muitos dízimos, mas nunca
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estaremos contribuindo ´segundo o espírito do Novo


Testamento´.‖.‖

―Ponto 10 – Malaquias 10 é o texto do qual mais se tem


abusado na Bíblia sobre o dízimo.‖

―O falso ensino sobre dízimos em Malaquias ignora cinco


fatos importantes da Bíblia.‖

Resposta Apologética:
O dízimo da graça não é o dízimo da lei com suas
obrigações próprias. Nenhum dos itens apontados tem
qualquer relação com o dízimo da graça. É oportuno ter
presente o texto citado de Hb 7.18,19 e que é por nós
endossado quanto à abolição da Lei de Moisés.

(Hebreus 7:18) – ―Porque o precedente mandamento é


ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.
(Hebreus 7:19) – (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou)
e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela
qual chegamos a Deus.‖

Essa melhor esperança nos veio pela graça trazida por


Jesus,

(João 1:17) – ―Porque a lei foi dada por Moisés; a graça


e a verdade vieram por Jesus Cristo.‖ O nosso dízimo é o
da graça e não o da lei de Moisés, encerrada na cruz.

(Hebreus 7:5) – ―E os que dentre os filhos de Levi


recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de
tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda
que tenham saído dos lombos de Abraão. (Hebreus 7:6)
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– Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles,


tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as
promessas. (Hebreus 7:7) – Ora, sem contradição
alguma, o menor é abençoado pelo maior. (Hebreus 7:8)
– E aqui certamente tomam dízimos homens que
morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que
vive.‖

Quem é esse que vive eternamente?

(Hebreus 7:21) – ―Mas este com juramento por aquele


que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá; Tu
és sacerdote eternamente, Segundo a ordem de
Melquisedeque), (Hebreus 7:22) – De tanto melhor
aliança Jesus foi feito fiador. (Hebreus 7:23) – E, na
verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande
número, porque pela morte foram impedidos de
permanecer, (Hebreus 7:24) – Mas este, porque
permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.‖

Sendo perpétuo o sacerdócio de Melquisedeque, figura


da pessoa de Jesus, então o dízimo deve continuar.

―Ponto 11 – O dízimo não é ensinado no Novo


Testamento.‖

―O falso ensino é que Jesus ensinou a dizimar, em


Mateus 23.23, dizendo que isso está claro no Novo
Testamento‖.

Resposta Apologética:
Francamente! Decepcionante! Se tem validade a
argumentação segundo a qual o que Jesus ensinou
durante o seu ministério terreno não tem validade para o
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cristão, só valendo o que ele ensinou depois de


ressuscitado, então o que ele ensinou no Sermão do
Monte não tem valor para nós? É o argumento da nossa
opositora. Ela textualmente afirma:

―A Nova Aliança não teve princípio no nascimento de


Jesus, mas na Sua morte. O dízimo não é ensinado na
igreja, depois do Calvário. Quando Jesus falou sobre o
assunto em Mateus 23.23, Ele estava simplesmente
ordenando a obediência às leis da Antiga Aliança, a qual
ele endossou e obedeceu até chegar ao Calvário.‖

MA Jesus não se limitou a ensinar apenas o que se


relacionava à Lei de Moisés. Seu ensino abrangeu além
da Lei e ele interpretou a Lei de Moisés mostrando a
superioridade do seu ensino sobre o que Moisés escreveu
na lei. Vejamos o que Jesus falou no Sermão do Monte
superior à lei de Moisés:

A SUPERIORIDADE DOS ENSINOS DE JESUS


SOBRE A LEI
a) o que Jesus ensinou em (Mateus 22:37) – ―
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de
toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. (Mateus
22:38) – Este é o primeiro e grande mandamento.
(Mateus 22:39) – E o segundo, semelhante a este, é:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:40)
– Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os
profetas.‖

b) Jesus ensinou (Mateus 5:27) – ‗Ouvistes que foi


dito aos antigos: Não cometerás adultério. (Mateus 5:28)
– Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa
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mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu


adultério com ela.‖

c) Jesus ensinou (Mateus 5:38) – ―Ouvistes que foi


dito: Olho por olho, e dente por dente. (Mateus 5:39) –
Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se
qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a
outra;‖

d) Jesus ensinou (Mateus 5:43) – ―Ouvistes que foi


dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
(Mateus 5:44) – Eu, porém, vos digo: Amai a vossos
inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos
que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está
nos céus;‖

O QUE JESUS ENSINOU ATÉ O CALVÁRIO PERDEU SUA


VALIDADE?

O que fazer com esses ensinos de Jesus antes do


Calvário? Rejeitá-los porque foram dados antes da morte
de Jesus no Calvário? A Lei de Moisés abrangia apenas o
Pentateuco com 613 mandamentos e os ensinos de Jesus
não faziam parte da lei. Ele a cumpriu integralmente,
como dissemos, mas os ensinos de Jesus são exatamente
o que ele mandou que fossem observados.

(Mateus 28:19) – ―Portanto ide, fazei discípulos de todas


as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo;‖ (Mateus 28:20) – ―Ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis
que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém.‖
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O que fazer com os dois textos citados que ordenam que


guardemos o que Jesus ensinou? Só perguntando a
opositora do dízimo.

Irrefletidamente, alega contra o dízimo o seguinte, ―Não


existe um único texto no Novo Testamento que ensine a
dizimar após o período do Calvário‖. Ora, de novo a
opositora do dízimo demonstra conhecer muito pouco a
Bíblia, pois, senão, não teria feito tal declaração. Será
que ela se esqueceu do livro de Hebreus? Leiamos:

(Hebreus 7:1) – ―PORQUE este Melquisedeque, que era


rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao
encontro de Abraão quando ele regressava da matança
dos reis, e o abençoou; (Hebreus 7:2) – A quem também
Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por
interpretação, rei de justiça, e depois também rei de
Salém, que é rei de paz; (Hebreus 7:3) – Sem pai, sem
mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem
fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de
Deus, permanece sacerdote para sempre. (Hebreus 7:4)
– Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o
patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. (Hebreus
7:5) – E os que dentre os filhos de Levi recebem o
sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo
do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído
dos lombos de Abraão.‖ E sabemos que o livro de
Hebreus foi escrito lá pelo ano de 64 A. D.

―Ponto 12 – Os sacerdotes da Antiga Aliança foram


substituídos pelos pastores bíblicos‖
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―O falso ensino é que os anciãos e pastores da Novo


Aliança estão simplesmente continuando de onde os
sacerdotes da Antiga Aliança deixaram e por isso devem
receber o dízimo‖.

Resposta Apologética:
De novo o argumento inválido e já refutado em invocar a
Lei de Moisés para, com ela, recusar a contribuição do
dízimo na Nova Aliança. Entretanto, lemos:

(Hebreus 7:22) – ―De tanto melhor aliança Jesus foi feito


fiador. (Hebreus 7:23) – E, na verdade, aqueles foram
feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte
foram impedidos de permanecer, (Hebreus 7:24) – Mas
este, porque permanece eternamente, tem um
sacerdócio perpétuo.‖

Enquanto durar o sacerdócio de Cristo os filhos de


Abraão, pela fé, estarão contribuindo espontaneamente
com seus dízimos a Melquisedeque, figura de Jesus Cristo
(Hb 7.1-3). Reconhecemos que, hoje, os cristãos em
geral constituem ―o sacerdócio real‖, mas o sacerdócio
de Cristo continua. ―Mas este, porque permanece
eternamente, tem um sacerdócio perpétuo.‖

―Ponto 13 – A Igreja da Nova Aliança não é um edifício


nem um armazém‖.

―O falso ensino é que os edifícios cristãos chamados


―igrejas‖, ―tabernáculos‖ ou ―templos‖, substituíram o
Templo do Velho Testamento como locais de habitação
divina‖.
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Resposta Apologética:
De novo o argumento baseado no Antigo Concerto. Se
não estamos sob o Antigo Concerto, como usar
argumentos tirados da Lei para negar a validade do
dízimo, considerando que o livro de Hebreus 7.1-3,9,10
aborda a validade do dízimo usando os exemplos de
Abraão a Melquisedeque para essa contribuição. E ainda
mais que eles estavam praticando o dízimo antes de da
lei de Moisés ser dada.

(Gálatas 3:17) – ―Mas digo isto: Que tendo sido a aliança


anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que
veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de
forma a abolir a promessa.‖ Taxativamente não estamos
sob a lei de Moisés, (Romanos 6:14) – ―Porque o pecado
não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da
lei, mas debaixo da graça. (Romanos 6:15) – Pois que?
Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas
debaixo da graça? De modo nenhum.‖

Ponto 14 – A Igreja cresce quando usa os melhores


princípios da Nova Aliança.

(O falso ensino é que os princípios de dar graças não são


tão bons como os princípios do dizimar na Antiga
Aliança.)

Resposta Apologética:
Quem não sabe disso? Entretanto, a opositora do dízimo
deveria ser mais benevolente e cultivar um pouco mais o
fruto do Espírito (Gl 5.22) principalmente o denominado
―a temperança‖ e evitar acusações levianas e
deprimentes ao dizer,
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―Essas pessoas mal conhecedoras da Bíblia se


comportam com o Espírito Santo exatamente como os
feiticeiros se comportam com os maus espíritos.‖

Tal declaração pode ser tida como uma blasfêmia contra


o Espírito Santo. Como ficam as palavras de Jesus (Lucas
11:11) – ―E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe
pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir
peixe, lhe dará por peixe uma serpente? (Lucas 11:12) –
Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um
escorpião? (Lucas 11:13) – Pois se vós, sendo maus,
sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais
dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho
pedirem?‖

Atribuir a Deus o que nós, imperfeitos seres humanos


não somos capazes de fazer, beira à blasfêmia. E isso
pela opositora que exibe um ódio figadal contra o povo
pentecostal a ponto de atribuir aos demônios (espíritos
maus) a obra do Espírito Santo na vida de uma pessoa
cristã.

O SUSTENTO MINISTERIAL
―Ponto 15 – O Apóstolo Paulo preferia que os líderes da
Igreja se auto-sustentassem.‖

Resposta Apologética:
Ora, ora, alguém se propõe escrever contra o sustento
ministerial e dolosamente declara:
P C A , E D I Ç Õ E S | 64

―Embora ele (Paulo) não tenha condenado os que


recebiam sustento pela obra em tempo integral, também
não ensinou que tal sustento fosse ordenado por Deus,
para difusão do Evangelho.‖…

―Para Paulo, a expressão ‗ viver do evangelho‘ significava


‗ viver segundo os princípios da fé, do amor e da graça‘‖.

Ler as alegações expostas pela antidizimista contra o


sustento ministerial é de admitir que não parece ter ela
aprendido muito sobre hermenêutica nos seminários
onde estudou. Por exemplo, dizer que a expressão ‗ viver
do evangelho‘ significava ‗viver segundo os princípios da
fé, do amor e da graça‘, é interpretar o texto sem o
contexto. ISTO É PRETEXTO. O texto citado é (I Corintios
9:14) – ―Assim ordenou também o Senhor aos que
anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.‖ O
contexto, parte que vem antes ou depois do contexto
esclarece o texto de 1 Co 9.14. Leiamos o contexto:

(I Coríntios 9:5) – ―Não temos nós direito de levar


conosco uma esposa crente, como também os demais
apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? (I Coríntios
9:6) – Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar
de trabalhar? (I Coríntios 9:7) – Quem jamais milita à
sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do
seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta
do leite do gado? (I Coríntios 9:8) – Digo eu isto segundo
os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? (I
Coríntios 9:9) – Porque na lei de Moisés está escrito: Não
atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem
Deus cuidado dos bois? (I Coríntios 9:10) – Ou não o diz
certamente por nós? Certamente que por nós está
escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e
P C A , E D I Ç Õ E S | 65

o que debulha deve debulhar com esperança de ser


participante. (I Coríntios 9:11) – Se nós vos semeamos
as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos
as carnais? (I Coríntios 9:12) – Se outros participam
deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente,
nós? Mas nós não usamos deste direito; antes
suportamos tudo, para não pormos impedimento algum
ao evangelho de Cristo. (I Coríntios 9:13) – Não sabeis
vós que os que administram o que é sagrado comem do
que é do templo? E que os que de contínuo estão junto
ao altar, participam do altar? (I Coríntios 9:14) – Assim
ordenou também o Senhor aos que anunciam o
evangelho, que vivam do evangelho.‖

(Gálatas 6:6) – ―E o que é instruído na palavra reparta de


todos os seus bens com aquele que o instrui.‖

(I Timóteo 5:17) – ―Os presbíteros que governam bem


sejam estimados por dignos de duplicada honra,
principalmente os que trabalham na palavra e na
doutrina; (I Timóteo 5:18) – ―Porque diz a Escritura: Não
ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro
do seu salário.‖

(II Coríntios 11:8) – ―Outras igrejas despojei eu para vos


servir, recebendo delas salário; e quando estava presente
convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. (II
Coríntios 11:9) – Porque os irmãos que vieram da
Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me
guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei. (II
Coríntios 11:10) – Como a verdade de Cristo está em
mim, esta glória não me será impedida nas regiões da
Acaia. (II Coríntios 11:11) – Por quê? Porque não vos
amo? Deus o sabe. (II Coríntios 11:12) – Mas o que eu
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faço o farei, para cortar ocasião aos que buscam ocasião,


a fim de que, naquilo em que se gloriam, sejam achados
assim como nós.‖

Pergunto: como alguém se intitula teóloga e é capaz


de interpretar tão erroneamente as palavras de Paulo?! O
que Paulo expõe com muita clareza é que deve haver a
responsabilidade da igreja pelo pagamento de salários
dos seus obreiros. Se ele, realmente, em determinadas
ocasiões fabricou tendas era para evitar exatamente
pessoas murmuradoras que não supriam o mínimo para
sustento dele e de Barnabé. Pergunta ele com muita
propriedade: ―(I Coríntios 9:6) – Ou só eu e Barnabé não
temos direito de deixar de trabalhar? (I Coríntios 9:7) –
Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a
vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o
gado e não se alimenta do leite do gado?‖

Como a opositora, que declara ter estudado a Bíblia com


pastor apologeta, cometa uma tamanha aberração
interpretativa dizendo, como se os leitores da sua
apostila antidizimista fossem analfabetos na Bíblia como
ela declara dos pastores pentecostais.

Analfabeto na Bíblia é quem dá essa interpretação


capciosa, dolosa, para justificar seus argumentos contra
o sustento ministerial. Não diga para ninguém que é uma
seguidora de Paulo, porque, na verdade, nunca foi
seguidora de Paulo, pelo menos no particular da
contribuição e sustento ministerial. Como é que esses
obreiros poderiam ser supridos em suas necessidades
materiais senão pela contribuição?. Assim, O DÍZIMO: a)
É contribuição voluntária; É contribuição metódica; c) É
contribuição proporcional aos rendimentos.
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―Ponto 16 – O dízimo não se tornou uma lei na igreja, até


o ano 777 d.C.‖

―O falso ensino é que a igreja histórica sempre ensinou o


dízimo.‖

Resposta Apologética:
Que Concílio de 585 é esse mencionado pela opositora
do dízimo? Desconheço qualquer Concílio sem o nome da
cidade onde se realizou tal concílio. Quem disse que o
dízimo não se tornou na igreja até o ano 777 d.C.? A
igreja fundada no dia de Pentecostes não tinha lei sobre
contribuições dizimais. Eles davam 100% do que
possuíam. Vendiam suas propriedades e traziam tudo aos
pés dos apóstolos. As razões apresentadas pela opositora
são parecidas com os judaizantes de hoje que se
arvoram em cristãos e querem viver como judeus
guardando supostamente o sábado, alimentando-se
dieteticamente e buscam então encontrar um motivo
pagão alegando que foi Constantino que deu margem à
observância do domingo, ignorando propositadamente
Apocalipse 1.10, onde o primeiro dia da semana (o
domingo) foi chamado de dia do Senhor. Igualmente, a
mesma acusação é usada com relação à doutrina da
Trindade, alegando-se que ela foi definida no Concílio de
Nicéia, presidido por Constantino no ano 325 d. C.
Sofisma, apenas. Se alguém se nega a dar
voluntariamente o dízimo, então que siga o exemplo da
igreja primitiva. ―(AT 2.45) ―E vendiam suas propriedades
e fazendas, e repartiam com todos, segundo cada um
havia de mister.‖
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Qual é o antidizimista que se mostra tão generoso


que age como os cristãos primitivos?

Será que alguns não estão agindo como Ananias e


Safira? (Atos 5:1) – ―MAS um certo homem chamado
Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma
propriedade, (Atos 5:2) – E reteve parte do preço,
sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a
depositou aos pés dos apóstolos. (Atos 5:3) – Disse
então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu
coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e
retivesses parte do preço da herdade? (Atos 5:4) –
Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava
em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu
coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. (Atos
5:5) – E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou.
E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
(Atos 5:6) – E, levantando-se os moços, cobriram o
morto e, transportando-o para fora, o sepultaram. (Atos
5:7) – E, passando um espaço quase de três horas,
entrou também sua mulher, não sabendo o que havia
acontecido. (Atos 5:8) – E disse-lhe Pedro: Dize-me,
vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim,
por tanto. (Atos 5:9) – Então Pedro lhe disse: Por que é
que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do
Senhor?

Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e


também te levarão a ti. (Atos 5:10) – E logo caiu aos
seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na
morta, e a sepultaram junto de seu marido. (Atos 5:11) –
E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos
os que ouviram estas coisas.‖ Negam o dízimo e, às
vezes, ganhando altos salários, colocam na sacola da
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contribuição, valores correspondentes a 1% do que


ganharam. Falta-lhes a espontaneaneidade da mulher
viúva mas generosa: (Marcos 12:41) – ―E, estando Jesus
assentado defronte da arca do tesouro, observava a
maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do
tesouro; e muitos ricos deitavam muito. (Marcos 12:42) –
Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas
moedas, que valiam meio centavo. (Marcos 12:43) – E,
chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos
digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os
que deitaram na arca do tesouro; (Marcos 12:44) –
Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas
esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu
sustento.‖ Ela não foi ludibriada com a teologia da
prosperidade que ensina a fazer sacrifícios em
propriedades e dá-las a certas igrejas cuja direção está
nas mãos de homens ávidos por dinheiro. (II Pedro 2:3)
– ―E por avareza farão de vós negócio com palavras
fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será
tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.‖ A viúva
elogiada por Jesus era grata a Deus e demonstrou sua
gratidão ao oferecer o que de melhor tinha.9

9
Estudo do saudoso Pr. Natanael Rinaldi
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Conclusão
A prática do Dízimo é valida para os nossos dias,
mesmo não tendo no Novo Testamento, as mesmas
diretrizes tão claras quanto tinha para os Judeus
(Malaquias 3.7-12). Sendo assim quem sonega o DÍZIMO
É PORQUE É INFIEL. Quem sonega, na verdade nem
ama de fato a DEUS, pois se amasse ajudaria a
sustentaria a obra de DEUS.

―No Novo Testamento, não há nova regra para o dízimo.


Jesus não condenou nem ab-rogou essa prática; apenas
criticou o comportamento hipócrita dos religiosos que
davam dízimo para se autopromoverem, sonegando o
mais importante da Lei: o juízo, a misericórdia e a fé
(Mateus 23.23)‖. [10]

10
http://www.iepaz.org.br/dizimo-uma-bencao-de-deus/ (Acesso em
12/07/2018)
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Referências bibliográficas
* CHAMPLIN, Russell Norman, O antigo testamento
interpretado Versículo por versículo, editora Hagnos, São
Paulo, 2001
* B. Dake – CPAD
* Comentário Expositivo – Pentateuco - de Warren W .
Wiersbe
* Dicionário da bíblia de Almeida (Sociedade Bíblica do Brasil)
* PEDRO, Severino da Silva – Epístola Aos Hebreus, As coisas
novas e grandes que Deus preparou para você. 2013, CPAD
* Rev. Discipulado (1), CPAD
* Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã – Vol. 2. Editora Cultura
Cristã.
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