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Doutorando em Engenharia Química, Faculdade de Engenharia Química - FEQ da Universidade Federal de Uberlândia,
Uberlândia (MG), e-mail: dyrneq@yahoo.com.br.
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Professor aposentado, Faculdade de Engenharia Química - FEQ da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia
(MG),e-mail: : tostes@ufu.br.
RESUMO: Para o projeto de correias transportadoras, são comumente empregados dois métodos: Método Prático e
Método CEMA (Conveyor Equipment Manufacture Association). O Método Prático, mais simplificado, aplica-se a
transportadores simples e de pequena capacidade. Neste, calcula-se primeiramente a potência necessária para o transporte
e, a partir desta, as tensões na correia. O método CEMA, mais sofisticado, é aplicável a transportadores de vários lances,
curtos ou longos, onde calcula-se inicialmente as tensões em cada lance da correia, e, após isto, calcula-se a potência de
acionamento. Com isto, um dos objetivos do presente trabalho foi a criação de um programa computacional, o qual realiza
o projeto de correias transportadoras através dos métodos Prático e CEMA. Por meio deste programa, foram realizadas
simulações para os materiais: feldspato e minério de ferro e diferentes configurações de correias transportadoras. Como
dados de saída do programa, tem-se as seguintes especificações de projeto: largura da correia, distância do material à borda
da correia, capacidade mássica, velocidade da correia e potência do motor. Tanto o Método Prático quanto o Método
CEMA se mostraram de suma importância para o projeto de correias transportadoras, sendo o primeiro de grande valia na
estimativa inicial de um projeto, enquanto o outro, apesar da maior complexidade, é o mais recomendado para o projeto
final de correias transportadoras.
60 30 20 20 12
72 36 24 24 14,4
Fonte: FAÇO, 1981
Tabela 5 - Espaçamento dos Roletes de Carga e de Retorno
Espaçamento dos roletes de carga (m) Espaçamento dos roletes de
Largura da Correia
Peso específico do material (ton/h) retorno (m)
(in)
0,8 1,6 2,4
16 1,5 1,5 1,35
20 1,5 1,2 1,2
24 1,35 1,2 1,2
30 1,35 1,2 1,2
3,0
36 1,35 1,2 1,05
42 1,35 1,0 0,9
54 1,2 1,0 0,9
60 1,2 1,0 0,9
72 1,2 0,9 0,9 2,5
Fonte: FAÇO, 1981
(5)
Ta = Fg + Ft + Ftc + Ftm + Fd + F1 + Fa (7)
Sendo Te, L, KX, KY, Wb, H, Wm e Ta a tensão efetiva na
correia (kgf), o comprimento do transportador (m), a
resistência à rotação dos roletes e ao deslizamento da Cujos parâmetros são calculados da seguinte forma:
correia sobre os mesmos (Kgf/m), o fator relativo às
resistências à flexão da correia e do material sobre os Parâmetro Fg – é a força necessária para vencer o atrito do
roletes (-), o peso linear da correia (kgf/m), a altura de material com as guias laterais (Equação 8).
elevação ou descida do material na correia, sendo positivo
para subida e negativo para descida (m), o peso linear do Fg = 0,01488CS Lg B 2 + 8,92 Lg (8)
material na correia (kgf/m) e a tensão para vencer o atrito
dos acessórios e para acelerar o material (kgf), respectiva.
Obtida a tensão efetiva (Te) determina-se a potência Sendo Lg, B e CS o comprimento das guias laterais, a
efetiva necessária para o transporte do material, pela largura da correia e o fator devido ao atrito do material
Equação 6. com as guias (TAB. 11), respectivamente.
TeV Parâmetro Ft – é a força necessária para flexionar a
Ne = (6)
75 correia nos tambores (TAB. 12).
Parâmetro Ftc – é a força necessária para movimentar
Sendo Ne, V e Te a potência efetiva (hp), a velocidade da
trippers acionados pela própria correia (TAB. 13).
correia (m/s) e a tensão efetiva (kgf), respectivamente.
A tensão para vencer o atrito dos acessórios e
acelerar o material á a soma das parcelas indicadas abaixo
(Equação 7).
Trippers são conjuntos móveis usados em vezes a largura da correia (B) em polegadas (in), para cada
transportadores, para descarregamento de material em raspador ou limpador.
qualquer ponto intermediário do mesmo e são geralmente
instalados sobre trilhos. Usados em casos onde os pontos Parâmetro Fa – força necessária para acelerar o material
de descarga do material transportado estão separados e o (Equação 3.9).
movimento entre estes pontos se torna necessário, ou em
casos onde a descarga do material deve ser feita Q(V 2 − VC2 )
continuamente ao longo do transportador. Fa = (9)
36V
Parâmetro Ftm – é a força necessária para movimentar os
tambores de trippers com motorização própria sendo, seu Sendo Q, V e VC a capacidade de carga, a velocidade da
valor, de 22,7 kg/tambor. correia e a componente da velocidade do material na
direção do deslocamento da correia, respectivamente.
Parâmetro Fd – é a força necessária para vencer o atrito Para o cálculo de KX (Equação 11), resistência à
dos desviadores (TAB. 14). rotação dos roletes e ao deslizamento da correia sobre os
mesmos, utilizado na Equação 5, deve-se, primeiro,
Parâmetro F1 – é a força necessária para vencer o atrito determinar o peso linear da correia (TAB. 15) assim como
dos raspadores e limpadores, sendo seu valor de, 1,15 o peso linear do material (Equação 10).
Tabela 14 - Valores do Parâmetro Fd
Quantidade de Material
Fd (kg) para cada desviador
Desviado
100% 0,55B
50% 0,36B
Fonte: FAÇO, 1981
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS