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Fernando Rosas

Historiador, nasceu em 1946, em Lisboa, tendo-se doutorado em História Económica e Social Contemporânea pela
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É, desde 2003, professor catedrático de
História Portuguesa Contemporânea na mesma universidade. O seu interesse enquanto investigador centrou-se na
História do Estado Novo e é hoje unanimemente considerado um dos maiores especialistas portugueses neste
período histórico, sendo consultor da Fundação Mário Soares. É ainda director da revista História e presidente do
Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, onde coordena várias iniciativas científicas
no âmbito da cooperação deste instituto com diversas instituições. De salientar, na sua vastíssima produção: "As
Primeiras Eleições Legislativas sob o Estado Novo", "O Salazarismo e a Aliança Luso-Britânica", "Salazar e o
Salazarismo"; "Estado Novo (1926-1974)"; "Salazarismo e Fomento Económico"; "Portugal século XX: 1890-1976:
pensamento e acção política"; "Lisboa Revolucionária" e "História da Primeira República Portuguesa".

http://www.fcsh.unl.pt/ihc/index.php?ID=607
Jorge Figueira

Nasceu em Vila Real, em 1965. Licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do
Porto (FAUP, 1992. Doutorado em Arquitectura, área de Teoria e História da Arquitectura, pela Universidade de
Coimbra, com a dissertação, “A periferia perfeita: Pós-modernidade na arquitectura portuguesa anos 60-anos 80”
(2009). Docente de História da Arquitectura Contemporânea no Departamento de Arquitectura da Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCT-UC), onde lecciona desde 1992, e no Programa de
Doutoramento em Arquitectura da FAUP (desde 2009).
Comissariou, na última década, vários encontros e exposições de arquitectura, entre os quais se destacam o
Seminário Inserções (DA/FCTUC e Coimbra 2003/ co-comissário) e as exposições, “Europa, arquitectura portuguesa
em emissão” (Núcleo de Portugal da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2007/co-comissário) e “Álvaro Siza: Modern
redux” (Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil, 2008). Autor dos livros, Escola do Porto: Um mapa crítico (Coimbra:
eIdIarq, 2002), SMS:SOS. A nova visualidade de Coimbra, (Concepção e coord./Coimbra: Coimbra 2003/Edições ASA,
2003), Agora que está tudo a mudar: Arquitectura em Portugal (Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005), A noite em
arquitectura (Lisboa: Relógio d´Água, 2007) e Álvaro Siza. Modern redux (ed./Berlim: Hatje Cantz, 2008).
Na área de projecto, colaborou no Centro de Estudos da FAUP (1991 a 1996), tendo realizado Projectos de
Reabilitação do Recinto do Palácio de Cristal, no Porto, incluindo restauro da Concha Acústica e renovação do
Restaurante; foi seleccionado (em co-autoria) no “Concurso de Ideias para o recinto da Expo’98” (Lisboa, 1993);
desenvolve desde 1998 o projecto do Campus Universitário em Angra do Heroísmo, nos Açores, onde realizou, em
co-autoria, o edifício de Aulas, Auditório e Biblioteca (1999-2007), tendo projectado, ainda, para o mesmo Campus,
o edifício dos Serviços de Acção Social (2006-2009), o edifício Interdepartamental (em construção) e o edifício da
Associação de Estudantes.
Paulo Granja

Licenciado, Mestre e Doutorando em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É professor
assistente convidado na FLUC, onde leccionou História do Cinema Europeu e Teoria do cinema e lecciona,
actualmente, Crítica de Cinema. É membro do grupo de trabalho Correntes Artísticas e Movimentos Intelectuais do
CEIS20, onde tem vindo a realizar investigações sobre a construção social e crítica do cinema enquanto arte em
Portugal. É ainda membro fundador e dirigente da AIM - Associação de Investigadores da Imagem em Movimento.
Alberto Seixas Santos

Biofilmografia
1936 - Nasce em Lisboa
1955/59 - Estudos de História e Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
1958/1970 - Crítico de cinema em diversos jornais e revistas (Seara Nova, Imagem, Tempo e o Modo, Diário de
Lisboa, Diário Popular, Letras & Artes).
1961/62 - Vive em Paris onde frequenta a Cinemateca Francesa e o Institut de Filmologie da Sorbonne.
1963/64 - London School of Film Technique como bolseiro da Fundação Calouste
Gulbenkian.
1967 - Participa no encontro organizado pelo Cineclube do Porto onde se faz o balanço da situação do cinema
português e das medidas a adoptar.
1968 - É um dos redactores do relatório “O ofício do cinema em Portugal” que será entregue à Fundação Calouste
Gulbenkian e está na origem da criação da cooperativa Centro Português de Cinema (C.P.C)
1969 - Entrevista com António-Pedro Vasconcelos o realizador Jacques Demy em
Avignon e André Delvaux em Bruxelas.
1970 - Membro fundador da cooperativa Centro Português de Cinema. Organiza com António-Pedro Vasconcelos e
Solveig Nordlund a 1ª Quinzena do Cinema Novo Francês.
1972/75 - Membro da Comissão de Reforma do Conservatório Nacional.
1973 - Fundador e responsável da Escola Piloto de Cinema do Conservatório Nacional, mais tarde Escola Superior de
Teatro e Cinema.
1974 - Membro fundador do Grupo Zero, cooperativa de cinema.
1977/78 - Vogal, depois Presidente da Comissão Administrativa do Instituto Português de Cinema.
1980-2003 - Professor na Escola Superior de Teatro e Cinema.
1983 - Consultor da Rádio Televisão Portuguesa.
1985 - Director de Programas da Rádio Televisão Portuguesa (R.T.P)
1986/88 - Director Adjunto de Programas da Rádio Televisão Portuguesa, responsável, entre outras tarefas, pela
programação do cinema.
1999 - Presidente do Júri do Festival de Cinema de Turim.
2003- Escreve o projecto “A Monte” com Catarina Ruivo.
2005 - Reescreve parcialmente o argumento de “A Monte” com José Nascimento.
2006 - Escreve o argumento “Onde está a felicidade?” Com a colaboração de
Catarina Ruivo e Nuno Colaço, diálogos de Maria Velho da Costa.

Filmografia
1961- “Surprise Party” (curta metragem inacabada)
1967 - “Arte e Oficio de Ourives”; “A indústria cervejeira em Portugal”
1972/75 - “Brandos Costumes” - Berlim
1977 - “A lei da Terra” (filme colectivo) - Leipzig
1982- “Gestos & Fragmentos” – Mezogiorno/Mezanotte, Veneza
1992 - “Paraíso Perdido” - Bruxelas
1999 - “Mal” – Veneza a concurso.
2005 - “Rapariga da Mão Morta” – Corto/Cortissimo, Veneza

Teatro/Encenação
2003 – “O Caracal” de Judith Herzberg - Artistas Unidos
2005 – “Tão só o fim do mundo”de Jean Luc Lagarce - Artistas Unidos
Nuno Portas

Nuno Portas nasceu em Vila Viçosa em 1934. Estudou arquitectura na Escola de Belas Artes de Lisboa e na Escola de
Belas Artes do Porto, onde concluiu a licenciatura em 1959. Dois anos antes, tinha começado a trabalhar no atelier
do arquitecto Nuno Teotónio Pereira, no qual se manteve até 1974. Em 1958 associou-se à revista "Arquitectura",
que veio a dirigir e na qual escreveu textos que lhe valeram o prémio Gulbenkian de Crítica de Arte, em 1963. Entre
os anos sessenta e setenta foi investigador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1962-1974), onde
coordenou o Núcleo de Pesquisa de Arquitectura, Habitação e Urbanismo. Na qualidade de professor, leccionou a
Cadeira de Projecto na Escola de Belas Artes de Lisboa (1965-1971) e, em 1983, transferiu-se para o curso de
Arquitectura da Escola de Belas Artes do Porto, tendo participado na fundação da Faculdade de Arquitectura da
Universidade do Porto. Nesta Faculdade viria a assumir funções como Professor Catedrático, a partir de 1989.
Actualmente, é Professor Emérito da Universidade do Porto.

Durante o seu percurso docente presidiu ao Conselho Científico, criou um Centro de Estudos e lançou um Curso de
Mestrado em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano. Foi professor convidado da Escola Técnica Superior de
Arquitectura de Barcelona, do Instituto de Urbanismo de Paris, da Universidade de Paris VIII, do Politécnico de Milão,
da Universidade de Ferrara e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro da Comissão Científica
Consultiva do Departamento de Arquitectura da Universidade do Minho.

Em 1974 assumiu o cargo de Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, que conservou durante os três
primeiros Governos Provisórios. No exercício dessas funções, fomentou a criação de cooperativas de habitação e de
gabinetes de apoio local (GAT), concebeu o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) e desencadeou o processo
conducente à adopção dos Planos Directores Municipais. Mais tarde, em 1990, tornou-se Vereador do Pelouro do
Urbanismo da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Como arquitecto, colaborou com Pedro Botelho, Pedro Vieira de Almeida, A. Pinto de Freitas, Bartolomeu Cabral, M.
Aragão, Camilo Cortesão, José Luís Gomes e Mercês Vieira, para além de Nuno Teotónio Pereira.

Desde os finais dos anos 70 e paralelamente às suas actividades como docente, governante e arquitecto, Nuno
Portas tem-se dedicado ao Urbanismo, no país e no estrangeiro. Em Portugal foi consultor dos planos de
ordenamento dos municípios do Vale do Ave, director do plano do campus universitário de Aveiro, responsável
pelo primeiro Plano Geral da Expo 98 e dos termos de referência para o concurso de concepção e construção da
área de Chelas, em Lisboa, e consultor de urbanismo no âmbito do centro histórico do concelho de Guimarães.

Internacionalmente, coordenou o Planeamento Intermunicipal de Madrid (1980-1983). Foi consultor do Plano


Estratégico Metropolitano de Barcelona (1991-1992), do Plano de Ordenamento de Santiago de Compostela e das
Nações Unidas e da União Europeia para as questões urbanísticas e de investigação. Com Oriol Bohigas, foi autor do
Plano de Frente de Mar e Estação das Barcas (1997-2000) e do Plano de Recuperação da Zona Central (1995-2000)
para o Rio de Janeiro. Participou, ainda, na elaboração de legislação urbanística em Cabo Verde.

Nuno Portas tem publicado múltiplas obras sobre Teoria da Arquitectura, História Crítica da Arquitectura e
Urbanismo Contemporâneos e artigos em publicações periódicas relacionados com a sua vertente de cineclubista e
de crítico de cinema, actividades às quais também se dedica.

Recentemente, foi distinguido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro e pelo Instituto
Politécnico de Milão, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e com o Prémio Sir Patrick Abercrombie de
Urbanismo da União Internacional de Arquitectos.
1. Identificação do Projecto

Título:
Ruptura Silenciosa. Intersecções entre a arquitectura e o cinema. Portugal, 1960-1974.

Área científica:
Estudos Artísticos, Arquitectura e Urbanismo

Palavras chave:
Arquitectura, Cinema, Portugal, Cidade

2. Instituições envolvidas:

Instituição Proponente:
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

Instituições Participantes:
Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema

Unidade de Investigação Principal:


Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo - FAUP

Instituição de Acolhimento:
Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto

3. Resumo

O período entre 1960 e 1974 em Portugal foi marcado, não só por relevantes acontecimentos históricos, como a
guerra colonial, a emigração massiva, agitações políticas e um vasto processo de urbanização, mas também pela
emergência de movimentos no cinema e na arquitectura que mudaram a paisagem cultural dos últimos cinquenta
anos. Os Verdes Anos de Paulo Rocha estreou em 1963 marcando o início do Cinema Novo e o aparecimento de um
novo tipo de espaço no cinema português, recentrando-o na paisagem urbana e abandonando a visão
predominantemente rural do ambiente cultural de meados do séc. XX. Belarmino (Fernando Lopes, 1964) e O Pão
(Manoel de Oliveira, 1964) confirmarão esta tendência. Ao mesmo tempo, uma inovadora abordagem da
arquitectura estava a ser levada a cabo por uma nova geração de arquitectos. No Norte, Távora e Siza, sob influência
do Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa e através de obras como a Quinta da Conceição, a Casa de Chá e a
Piscina de Leça da Palmeira, tiveram um papel central na crítica ao movimento moderno, acompanhando, ou
mesmo antecipando, o que se discutia internacionalmente. No Sul, Teotónio Pereira e Portas, com a Igreja do
Sagrado Coração de Jesus e Pessoa, Cid e Athouguia, com a sede da Fundação Calouste Gulbenkian, não deixando
de estabelecer uma continuidade, procuraram uma revisão dos mitos da "tradição moderna", experimentando uma
nova e mais complexa relação com o espaço urbano - o primeiro edifício integrando a rua no seu desenho, o
segundo prolongando o espaço interior para os jardins. Estes edifícios, exemplos da arquitectura que se estudará,
são encenados de uma forma inovadoramente cinemática, onde o enquadramento e o movimento são elementos
chave de projecto.
O Projecto Ruptura Silenciosa estudará a proximidade entre os movimentos de renovação no cinema e na
arquitectura que corporizaram uma nova visão do espaço e da cidade, marcados pelos acontecimentos sociais,
culturais e políticos da década de 60 e inícios de 70, em Portugal mas também internacionalmente (Pop Art, Pós-
modernismo, Nouvelle Vague, Neorealismo, etc). A investigação será feita sobre os objectos arquitectónicos e
cinematográficos que estabeleceram uma ruptura silenciosa, dando um sinal das convulsões na sociedade
portuguesa que levaram à revolução social e política de 1974 que fez capitular a ditadura. Cineastas e arquitectos
circulavam nos mesmos meios e discutiam como as duas disciplinas se podiam influenciar mutuamente, não
apenas culturalmente, mas como processos de projecto que lidam com o uso do espaço. Provavelmente como
nenhum outro método de visualização, as imagens em movimento conseguem representar os espaços
arquitectónicos como espaços "vividos" e "habitados". O cinema é muitas vezes encarado como um meio que,
através da relação espaço/tempo, da mise-en-scène, dos personagens e do argumento, pode circunscrever
importantes debates sobre a arquitectura e a vida urbana. Será defendido que as imagens em movimento têm a
capacidade de criar um "sentido de lugar", fenómeno não só relacionado com a matriz da realidade física do espaço
que é filmado, mas também com a relação vivencial que estabelecemos com a luz, a cor, o som, a música e a
estrutura narrativa.

Apesar de ser objecto de investigação há já algum tempo, essa investigação está, no entanto, dispersa e é
necessário aglutinar práticas e trocar experiências sobre as diferentes formas de abordar o tema, num fórum de
discussão multidisciplinar sobre a metodologia a adoptar no estudo de duas formas de arte próximas, mas distintas.
A conexão entre a arquitectura e o cinema é, assim, um campo rico para a pesquisa académica. O Projecto Ruptura
Silenciosa procurará sistematizar as afinidades em torno da arquitectura e do cinema, de forma a construir uma
base de trabalho comum para a colaboração entre os diferentes parceiros envolvidos. Compreenderá uma
componente de investigação teórica, baseada na escrita de artigos e dissertações de mestrado e doutoramento,
bem como na organização de conferências, simpósios e seminários de âmbito internacional, que contribuam de
forma significativa para a formação pós-graduada e especializações na área dos estudos críticos sobre arquitectura
e cinema; compreenderá também uma componente de investigação prática ou experimental, procurando reflexões
inovadoras sob a forma de objectos multimédia (documentários, curtas-metragens, base de dados de texto, vídeo,
imagem e som).

Ruptura Silenciosa, projecto com a duração de três anos, será um fórum para investigadores que queiram explorar
a relação entre a história do espaço urbano, da arquitectura e das imagens em movimento em Portugal. O Projecto
propõe aos participantes a oportunidade de partilhar reflexões a partir de um discurso fílmico sobre a arquitectura
assim como uma leitura espacial do cinema, cruzando as fronteiras das duas disciplinas. Do ponto de vista
documental, será compilada e digitalizada produção relevante, mas dispersa, sobre as intersecções entre o cinema e
a arquitectura no contexto português; serão entrevistados sistematicamente os intervenientes com um papel
decisivo no período em estudo (arquitectos, cineastas, críticos, historiadores, académicos), entrevistas que serão
publicadas em texto, áudio e vídeo; será digitalizada e catalogada metodicamente iconografia relevante respeitante
à presença da arquitectura e da cidade no cinema português (imagens, frames, sequências de filmes, storyboards,
desenhos, etc.) assim como iconografia da arquitectura portuguesa da época em estudo, que de alguma forma se
possa enquadrar de um ponto de vista cinemático (projectos, fotografia, desenhos, maquetas), usando como fonte
principal, sempre que possível, os arquivos pessoais dos próprios autores; será iniciada uma série de edições sobre a
relação entre a arquitectura e o cinema em Portugal; serão realizadas curtas-metragens sobre obras de arquitectura
significativas do período em estudo; será realizado um documentário que sintetize a investigação desenvolvida.
Toda a documentação recolhida será integrada numa base de dados multimédia que se disponibilizará online.
Antecipa-se que um significativo número de artigos e ensaios produzidos no âmbito deste projecto será publicado
em Portugal e no estrangeiro, estimulando o interesse e os estudos académicos sobre a historiografia do cinema e
da arquitectura portugueses.

4. Equipa de investigação

Alexandre Alves Costa


Abílio Hernandez Cardoso
Carlos Machado
Catarina Alves Costa
Dietrich Neumann
Richard Koeck
Francisco Barata
François Penz
João Lopes
João Mário Grilo
Jorge Figueira
José Capela
José Miguel Rodrigues
Luís Urbano
Luís Gama Pereira
Madalena Pinto Silva
Manuel Graça Dias
Marta Oliveira
Nuno Grande
Paulo Granja
Pedro Baía
Tiago Baptista

Consultores:
Nuno Portas
Paulo Rocha
Alberto Seixas Santos
José Manuel Costa
Raquel Henriques da Silva
Monika Koeck

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