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O sistema adaptado por Louis Braille foi aceito pelos cegos do Instituto e
ensinado fora do horário normal das aulas, pois, oficialmente não fora
reconhecido. E Louis Braille era professor nesse mesmo Instituto, o que expõe
a problemática a respeito da aceitação do método braile pelos seus colegas
professores com visão.
Ainda,
REFERÊNCIAS
LEMOS, E. R. A educação dos cegos. In: Contato. São Paulo: Laramara. Ano
4. n 6. p. 7-19. set. 2000.
VEIGA, J. E. A vida de quem não vê. Rio de Janeiro: José Olympio Editora,
1946.
________ O que é ser cego. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1982.
NOTAS
1
A destinação oficial de recursos públicos para instituições privadas que reconhecidamente mantenham
serviços de educação especial está presente na legislação brasileira: leis nº 4.024/61, nº 5.692/71, nº
9394/96 e a Constituição de 1988. Quanto ao ‘reconhecidamente’, é de domínio público a tradição
político-administrativa de trocas de favores e benesses, incluindo atualmente as chamadas parcerias (cf.
BRASIL, 1983; BRZEZINSKI, 1997; KASSAR, 1999; MAZZOTTA, 1996). Ainda, “na segunda metade
do século XIX, período que nos interessa por ser o espaço de atuação de Benjamin Constant, o público e o
privado estavam intimamente entrelaçados no que diz respeito à assistência. Ataulpho de Paiva,
escrevendo em 1908, afirma que o volume de capitais envolvido na assistência era imenso, faltando, no
entanto, organização, o que fazia com que somas imensas fossem gastas sem muito objetivo . Faleiros
aponta para o fato de que esta relação entre o público e o privado, que a República não alterou, se dava
por um jogo mútuo de privilégios e favores, Havendo mesmo instituições que existiam por motivo mesmo
de permitir a seus dirigentes ganhos junto ao Estado” (ZENI, 1997, p. 61)
2
Dr. Samuel Guidley Howe idealizou e dirigiu o primeiro instituto para cegos nos Estados Unidos. Este,
mais tarde conhecido como Perkins Institution e Massachussets School for the Blind, inaugurou-se em
19
1832. Ele permaneceu nas funções de superintendente durante quarenta anos (CUTSFORTH, 1969, p.
108).
3
A característica assistencialista não é peculiaridade do Instituto Benjamin Constant, mas está presente na
educação especial brasileira até os dias atuais, e juntamente com a privatização, constituem duas
tendências da educação especial brasileira, Quanto à privatização, “parece se antecipar ao movimento de
privatização da escola regular que ocorrerá a partir da década de 60” (SILVEIRA BUENO, 1993, p. 90).
4
Mazzotta relaciona cronologicamente e analisa o surgimento das instituições de educação especial em
seu livro “Educação especial no Brasil: histórias e políticas públicas” (Cortez, 1996).