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DIREITO CONSTITUCIONAL PROF.

RODRIGO MENEZES

6. CONTROLE POR VIA DE AÇÃO


a) Origem:
¨ Constituição da Áustria de 1920, aperfeiçoado por emenda em 1929;
D Modelo idealizado por Hans Kelsen, foi adotado inicialmente nos países
europeus, que optaram pela criação de um órgão específico – o Tribunal
Constitucional – para exercer o controle da constitucionalidade das leis;
D Na visão dos juristas e legisladores europeus, o juízo de
constitucionalidade acerca de uma lei não tinha natureza de função
judicial, já que não buscava solução de litígio, mas apenas a atuação
como legislador negativo, com o poder de retirar uma norma do sistema.

b) Origem e evolução no Brasil:


¨ CF 1934 – Representação Interventiva promovida pelo PGR perante o STF;

Prof. Rodrigo Menezes


¨ EC 16/1965 – criou a ADIn genérica promovida pelo PGR perante o STF;
¨ A partir da CF/88 o controle concentrado no Brasil sofreu muitas mudanças:
a) ampliação dos legitimados da ADIn e criação da ADIO e da ADPF (CF/88);
http://br.groups.yahoo.com/group/professorrodrigomenezes/ b) criação da ADC e o efeito vinculante (EC 03/93);
http://www.concursovirtual.com.br c) regulamentação da ADI, ADC e ADPF (Leis 9.868/99 e 9.882/99);
d) ampliação dos legitimados da ADIn e da ADC (EC 45/04)

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c) Características: d) Ações no controle concentrado:
c.1) É exercido através de ações judiciais específicas – o controle abstrato é
exercido em uma ação cuja finalidade é, precisamente, o exame da d.1) Perante o STF, na defesa da Constituição Federal:
validade da lei em si, sem guardar vínculo com qualquer caso concreto.
¨ ADI genérica (ação direta de inconstitucionalidade genérica)
c.2) Objeto da ação – apreciação em tese (em abstrato) da compatibilidade de
um ato normativo com a Constituição, com o fim de resguardar a  CF, art. 102, I, “a” e Lei 9.868/99
harmonia do ordenamento jurídico. Trata-se de processo objetivo, sem
¨ ADC (ação declaratória de constitucionalidade)
partes, que não se presta a tutela de direitos subjetivos.
 CF, art. 102, I, “a” e Lei 9.868/99
c.3) Questão Principal – a (in)constitucionalidade é o próprio pedido da ação, e
o judiciário está limitado a analisá-lo. Já a causa de pedir é aberta, ou seja, ¨ ADIO (ação de inconstitucionalidade por omissão)  CF, art. 103, § 2º
o judiciário pode invocar fundamentos diferentes dos apresentados para
tomar a sua decisão. ¨ ADPF (argüição de descumprimento de preceito fundamental)
c.4) Legitimidade para argüir – como não há interesses subjetivos a serem  CF, art. 102, § 1º e Lei 9.882/99
tutelados, o art. 103 da Constituição confere a certas autoridades e
instituições a legitimidade para promover o controle abstrato. ¨ ADI interventiva  CF, art. 36, III
c.5) Controle concentrado – só o STF, na defesa da Constituição Federal, e os
TJs, na defesa das Constituições Estaduais e da Lei Orgânica Distrital, d.2) Perante o TJ, na defesa da Constituição Estadual:
podem realizar o controle abstrato da constitucionalidade, observada a
cláusula de reserva de plenário. ¨ Representação de Inconstitucionalidade (ADI estadual) – CF, art. 125, § 2º

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e) ADI genérica e.6) Legitimados ativos:
e.1) Amparo jurídico  art. 102, I, “a” e Lei 9.868/99
Legitimados  Presidente da República
e.2) Modelo de controle  abstrato concentrado no STF (processo objetivo) universais  Mesa do Senado Federal Possuem
(podem impugnar  Mesa da Câmara dos Deputados capacidade
e.3) Pedidoinconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual
qualquer matéria,  Procurador-Geral da República postulatória
e.4) Desistência  ADI não admite desistência (princípio da indisponibilidade) independentemente de  Conselho Federal da OAB
comprovação de  Partido político com representação
e.5) Prescrição e decadência  inconstitucionalidade não prescreve nem decai interesse) no Congresso Nacional ¹ Precisam de
e.6) Legitimados ativos  art. 103, CF representação
Legitimados  Confederação sindical² ou Entidade por advogado
e.7) Legitimados passivos  órgãos ou autoridades responsáveis pela lei ou ato especiais de classe³ de âmbito nacional⁴
normativo impugnado. (só podem impugnar  Governador de Estado e do DF Possuem
e.8) Parâmetro – bloco de constitucionalidade  CF + EC + TIDH≈EC vigentes matérias que afetem capacidade
situações de seu  Mesa de Assembléia Legislativa e
de Câmara Legislativa do DF postulatória
e.9) Objeto do controle  lei ou ato normativo federal ou estadual pós-CF/88 interesse)

e.10) Fiscal da lei  o PGR sempre será previamente ouvido (art. 103, § 1º)
¹ A perda de representação após a impetração não prejudica a ação (ADI 2159).
e.11) Defesa da lei  cabe ao AGU atuar como curador da lei, seja ela federal ou ² Confederação agrega, no mínimo, 3 Federações, que agregam, no mínimo, 5 sindicatos.
estadual (art. 103, § 3º), devendo promover sua defesa incondicional. ³ Classe profissional ou econômica. Pode ser “associação de associações” (ADI 3153).
Exceção: se o STF já houver declarado a inconstitucionalidade in concreto. ⁴ Tem de ter filiados em, pelo menos, 9 estados do Brasil (ADI 108-DF)

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e.9) Objeto do controle e.9) Objeto do controle
Leis ou atos normativos  pós-constitucionais ¨ NÃO podem ser impugnadas por ADI:
federais ou estaduais  abstratos, gerais e normativos requisitos ¬ normas constitucionais originárias (CF + ADCT)
(ou distritais de  cuja ofensa seja direta, frontal à CF simultâneos
competência estadual)  vigentes no momento do julgamento ¬ leis ou atos normativos pré-constitucionais;
¬ leis ou atos normativos municipais;
¨ Podem ser impugnados(as) por ADI, se cumprirem os requisitos acima:
¬ emendas à CF, Constituições estaduais e suas emendas; ¬ leis ou atos normativos distritais de competência legislativa municipal;
¬ tratados internacionais, leis ordinárias, leis complementares e leis delegadas; ¬ propostas de emenda ou projetos de lei;
¬ medidas provisórias, decretos legislativos e decretos autônomos; ¬ decretos regulamentares ou de execução;
¬ resoluções dos Tribunais, do CNJ, do CNMP, do Pod. Leg. (reg. interno, etc.);
¬ convenções e acordos coletivos de trabalho;
¬ resoluções e deliberações administrativas;
¬ sentenças normativas dos TRTs e do TST quando regulem norma da CF; ¬ atos privados, como regulamentos de empresas, condomínios, etc;
¬ parecer da Consultoria-Geral da República, aprovado pelo Pres. da República. ¬ enunciados de súmula de jurisprudência predominante;
¨ Inconstitucionalidade conseqüencial ou por arrastamento: a dependência ou ¬ respostas do Tribunal Superior Eleitoral;
a interdependência normativa entre os dispositivos de lei pode justificar a extensão ¬ interpretação e aplicação do regimento internos (atos interna corporis).
da declaração de inconstitucionalidade in abstracto, mesmo nos casos em que estes
dispositivos não estejam incluídos no pedido inicial. (Ex.: lei e seu regulamento)

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e.9) Revogação do objeto ou do parâmetro e.12) Procedimento da ADI – arts. 3º a 9º da Lei 9868/99
¨ Em caso de revogação da lei ou ato normativo impugnado, ou do
¨MEDIDA CAUTELAR
dispositivo constitucional parâmetro do controle, a ADI proposta será DSe houver pedido de medida cautelar, será apreciada por, no mínimo, 8
considerada prejudicada, extinguindo-se o processo sem julgamento de Ministros e concedida por decisão de 6, após a audiência dos órgãos ou
autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão
mérito (decisão terminativa), em virtude da perda do objeto.
pronunciar-se no prazo de 5 dias. Se o relator julgar indispensável, ouvirá o
¨ Havendo revogação e sendo proposta nova ADI no STF, ação não será AGU e o PGR, em 3 dias.
conhecida, por ausência de objeto; DNo julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral
aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos
¨ O prejudicado pela lei ou ato normativo poderá defender seus direitos
responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no RISTF.
por meio do controle incidental difuso, no qual pode ser reconhecida a
DEm caso de excepcional urgência, o STF poderá deferir a medida cautelar sem
inconstitucionalidade de norma revogada inter partes.
a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato
normativo impugnado.
e.12) Procedimento da ADI – arts. 3º a 9º da Lei 9868/99
DConcedida a medida cautelar, o STF fará publicar em seção especial do DOU e
¨PETIÇÃO INICIAL do DJU a parte dispositiva da decisão, no prazo de 10 dias, devendo solicitar as
informações à autoridade da qual tiver emanado o ato.
D A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e DHavendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da
os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica,
impugnações; II - o pedido, com suas especificações. poderá, após a prestação das informações, no prazo de 10 dias, e a
D O relator indeferirá liminarmente a petição inicial inepta, não fundamentada manifestação do AGU e do PGR, sucessivamente, no prazo de 5 dias, submeter
e a manifestamente improcedente, cabendo agravo desta decisão. o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar
definitivamente a ação.

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e.12) Medida Cautelar (Liminar) em ADI – arts. 11 e 12 da L.9868 e.12) Procedimento da ADI – arts. 3º a 9º da Lei 9868/99
¨PROCESSO E JULGAMENTO
 “Fumus boni iuris”
¨Pressupostos DProsseguindo o julgamento, o relator pedirá informações aos órgãos ou às
 “Periculum in mora” autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado, que se
manifestarão no prazo de 30 dias do recebimento do pedido. A ausência de
 Aprovação de 6 Ministros, desde que presentes 8. manifestação não gera revelia, já que a norma presume-se constitucional.
¨Quórum DNão se admitirá intervenção de terceiros no processo de ADI, mas o relator,
 No recesso: por decisão do relator, ad referendum
considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes,
poderá, por despacho irrecorrível, admitir manifestação de outros órgãos ou
 Suspende a eficácia e a vigência da norma impugnada até
¨Força da o julgamento do mérito pelo STF
entidades: amicus curiae.
medida DDecorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o AGU,
 Se desrespeitada, cabe reclamação ao STF como curador da lei, e o PGR, como custos legis, que deverão manifestar-se, cada
qual, no prazo de 15 dias. Em seguida, o relator lançará o relatório, com cópia a
todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
 Erga omnes (contra todos)
DEm caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato
 Vinculante (demais órgãos do Judiciário e Adm. Pública) ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator
¨Efeitos requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para
 ex nunc, salvo manifestação expressa do STF (ex tunc)
que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir
 repristinatório, salvo manifestação em contrário do STF depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. Poderá, ainda,
solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos
Obs.: A negativa da medida cautelar não tem efeito vinculante Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua
jurisdição, tudo no prazo de 30 dias.

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e.12) Intervenção de terceiros e o Amicus Curiae e.12) Decisão definitiva de mérito em ADI – arts. 22 a 28 da L.9868
¨ Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ADI, mas o relator,  Para a declarar a (in)constitucionalidade são necessários
considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, ¨Quórum
6 votos, desde que presentes, no mínimo, 8 Ministros
poderá, por despacho irrecorrível, admitir a manifestação de outros órgãos
ou entidades (art. 7º, Lei 9.868/99) .  É irrecorrível, salvo embargos declaratórios (obscuridade,
¨Força da
¨ “A admissão de terceiro, na condição de amicus curiae, no processo objetivo omissão ou contradição), e não cabe ação rescisória
de controle normativo abstrato, qualifica-se como fator de legitimação social decisão
 Se desrespeitada, cabe reclamação ao STF
das decisões da Suprema Corte, enquanto Tribunal Constitucional, pois
viabiliza, em obséquio ao postulado democrático, a abertura do processo de  Proclamação da inconstitucionalidade da norma impugnada
fiscalização concentrada de constitucionalidade, em ordem a permitir que
nele se realize, sempre sob uma perspectiva eminentemente pluralística, a ¨Ação  Erga omnes – exceção: por 2/3 do STF (art. 27, L.9868/99)
possibilidade de participação formal de entidades e de instituições que procedente  Vinculante (demais órgãos do Judiciário e Adm. Pública)
efetivamente representem os interesses gerais da coletividade ou que (efeitos)  Ex tunc – exceção: ex nunc ou pro futuro, por 2/3 do STF
expressem os valores essenciais e relevantes de grupos, classes ou estratos
sociais. Em suma: a regra inscrita no art. 7º, § 2º, da Lei nº 9.868/99 - que  Repristinatório, salvo manifestação em contrário do STF
contém a base normativa legitimadora da intervenção processual do amicus
 Proclamação da constitucionalidade da norma impugnada
curiae - tem por precípua finalidade pluralizar o debate constitucional.” (ADI ¨Ação im-
2.130-MC, rel. min. Celso de Mello, DJ 02.02.2001)
procedente  Erga omnes
¨ O STF tem admitido sustentação oral do amicus curiae (ADI 2.548/PR)  Vinculante
(efeitos)
¨ O amicus curiae não tem legitimidade para interpor recurso, salvo para  Ex tunc
impugnar decisão de não-admissibilidade de sua intervenção (ADI 3.615-ED)

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f) AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE f.13) Procedimento da ADC – arts. 14 a 20 da Lei 9868/99
f.1) Amparo jurídico  art. 102, I, “a” (EC 03/96) e Lei 9.868/99 ¨PETIÇÃO INICIAL – deverá indicar:
f.2) Modelo de controle  abstrato concentrado no STF (processo objetivo) I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos
jurídicos do pedido;
f.3) Pedido constitucionalidade de lei ou ato normativo federal
II - o pedido, com suas especificações;
f.4) Cabimento  só cabe ADC se houver controvérsia judicial relevante sobre a controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da
III - a existência de contrové
aplicação da disposição objeto da ação declaratória. disposição objeto da ação declaratória.
D O relator indeferirá liminarmente a petição inicial inepta, não fundamentada e a
f.5) Desistência  ADC não admite desistência (princípio da indisponibilidade) manifestamente improcedente, cabendo agravo desta decisão.
f.6) Prescrição e decadência  constitucionalidade não prescreve nem decai ¨PROCESSO E JULGAMENTO
f.7) Legitimados ativos  art. 103, CF – os mesmos da ADI D Prosseguindo o julgamento, será ouvido o PGR, como custos legis, que deverá
pronunciar-se no prazo de 15 dias. Em seguida, o relator lançará o relatório,
f.8) Intervenção de terceiros  não cabe, salvo o amicus curiae com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.
f.9) Parâmetro – bloco de constitucionalidade  CF + EC + TIDH≈EC vigentes D Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato
ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o
f.10) Objeto do controle  o mesmo da ADI, excluídas as estaduais. relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de
peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em
f.11) Fiscal da lei  o PGR sempre será previamente ouvido (art. 103, § 1º) audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade
na matéria. Poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos
f.12) Defesa da lei  diferentemente da ADI, na ADC não há participação do AGU Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma
na defesa da lei, pois o pedido da ação é a constitucionalidade impugnada no âmbito de sua jurisdição, tudo no prazo de 30 dias.

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f.13) Medida Cautelar (Liminar) em ADC – art. 21 da L.9868 f.13) Decisão definitiva de mérito em ADC – arts. 22 a 28 da L.9868
 “Fumus boni iuris” ¨Quórum  Para a declarar a (in)constitucionalidade são necessários
¨Pressupostos 6 votos, desde que presentes, no mínimo, 8 Ministros
 “Periculum in mora”
 Aprovação de 6 Ministros, desde que presentes 8.  É irrecorrível, salvo embargos declaratórios (obscuridade,
¨Quórum ¨Força da omissão ou contradição), e não cabe ação rescisória
 No recesso: por decisão do relator, “ad referendum” decisão
 Se desrespeitada, cabe reclamação ao STF
 determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o
¨Força da julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei  Proclamação da inconstitucionalidade da norma defendida
medida ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento ¨Ação im-  Erga omnes – exceção: por 2/3 do STF, art. 27 da L.9868/99
definitivo. procedente  Vinculante
 erga omnes (efeitos)  Ex tunc – exceção: ex nunc ou pro futuro, por 2/3 do STF
¨Efeitos  efeito vinculante  Repristinatórios, salvo manifestação expressa do STF
 ex nunc  Proclamação da constitucionalidade da norma defendida
¨Ação
¨Prazo da  Concedida a medida cautelar, o STF fará publicar em seção procedente  Erga omnes
cautelar especial do DOU a parte dispositiva da decisão, no prazo de (efeitos)  Vinculante
10 dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação  Ex tunc
no prazo de 180 dias,
dias sob pena de perda de sua eficácia.

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