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AUTOR
Sua mais recente publicação – Nos ancêtres, les Germains, Paris: Tallandier,
2012 – discute o tema da “germanização” da arqueologia europeia durante o regime
extremista do Nazismo.
ESTRUTURA TEXTUAL
RESUMO
Laurent Olivier inicia o seu texto “As origens da arqueologia francesa” traçando
um panorama sobre a forma que a arqueologia se apresentava nos séculos XVIII e
XIX e como ela funciona atualmente, em função do processo de globalização e
americanização que sofreu. Após esse breve histórico, o autor revela os dois
eventos que renovaram o estudo e os conceitos sobre o passado e que abordará
com mais profundidade a seguir: a descoberta do Novo Mundo, mais precisamente
dos “selvagens da América”, e das “antiguidades pré-romanas”.
COMENTÁRIO FINAIS
Fica claro no texto de Olivier, tanto quanto nos textos de Hingley e de Bernal
anteriormente lidos, o uso que se faz do passado por determinado grupo, visando
uma determinada legitimação. Aprende-se com os discursos desses autores como o
papel da História (e da Arqueologia) é moldado pelas intenções dos grupos que
detêm o poder. Os fatos que Olivier esclarece em seu texto – sobre como se usou
ora os francos ora os gauleses, como o povo originário francês, ou ainda como
foram comparados os que estariam em desenvolvimento primitivo (os “selvagens”
americanos) e os que já estavam em estágio de “civilização” (os franceses
propriamente ditos) – vêm confirmar essa manipulação da História pelo poder
vigente.
uma construção. E nessa construção é incluso também seu próprio discursos, pois
também ele usa a História para legitimar seu ponto de vista e argumentar sobre esta
de alguma forma, deixando latente a necessidade de se analisar a historiografia
criticamente e de se perceber com qual intenção – também levando em conta o
tempo e o espaço em que foi escrita – foi construída.
REFERÊNCIAS