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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA

COMARCA DE FORTALEZA/CE

MOEMA, brasileira, solteira, profissão, portadora da cédula de


identidade RG xxx, inscrita no CPF/MF sob o n. xxx, residente e domiciliada na Rua xxx,
n. xxx, bairro xxx, Fortaleza/CE, CEP xxx, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, com fundamento na lei 11.804/2008 ajuizar a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS C/C ALIMENTOS PROVISÓRIOS

em face de TOMÁS, brasileiro, solteiro, empresário, portador da


cédula de identidade RG xxx, inscrito no CPF/MF sob o n. xxx, residente e domiciliado na
Rua xxx, n. xxx, bairro, xxx, Rio de Janeiro/RJ, CEP xxx, pelas razões de fato e de direito
a seguir aduzidas:

I – DOS FATOS

A autora manteve relacionamento com o réu por dois anos, do


qual resultou em gravidez conforme exame medico em anexo.

Ocorre que, após a confirmação da gravidez o relacionamento


acabou e a autora se encontra desempregada, sem condições de custear seu plano de
saúde e todas as despesas da gestação que é de risco, conforme atestado médico em
anexo.

Já o réu, apesar de ter possibilidades de ajuda-la


financeiramente, visto que é empresário bem sucedido, não o faz, deixando de
contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistência, alegando
ainda que a criança deveria ser criada pela autora sozinha.

Dessa forma, diante da impossibilidade da autora de custear a


sua gestação e por estar o réu se negando a contribuir com esta, não resta alternativa
senão ajuizar o presente pedido de fixação de alimentos gravídicos.
II – DO DIREITO

DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Conforme o art. 4º da Lei 5.478/68: “Ao despachar o pedido, o


juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o
credor expressamente declarar que deles não necessita.”

Na hipótese vertente, a autora além de não ter condições de


custear seu plano de saúde, se encontra desempregada, passando por graves
dificuldades financeiras, não podendo, destarte, arcar com os custos com alimentação,
exames e demais despesas advindas da gestação, conforme comprovantes em anexo.

Já o réu, é empresário bem sucedido e tem condições de custear


a gestação e demais despesas advindas desta.

Posto isto, diante do evidente periculum in mora, haja vista que


a autora não tem condições de custear a gravidez, requer a fixação liminar dos alimentos
gravídicos, no importe de R$ xxx mensais.

IDOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS

Os alimentos gravídicos tem previsão específica na Lei 11.804/08


art. 2, que preconiza: “Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores
suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela
decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial,
assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto,
medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo
do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes.”

Nos termos do art. 6º da Lei 11.804/08 para a concessão dos


alimentos gravídicos, basta a existência de indícios da paternidade.

Na hipótese vertente não restam duvidas de que o réu é o pai do


nascituro, tendo em vista que a autora manteve relacionamento com o réu que durou 2
anos. Ademais, as fotos e declarações em anexo demonstram indícios suficientes da
paternidade do réu.

Doutra ponta, nos moldes do art. 1.694, §1º do CC, para que
qualquer espécie de alimento seja concedida, é necessária a presença do binômio:
necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante.

Do presente feito, a gestante está passando por grave


dificuldade financeira, não tem condições de custear seu plano de saúde e está
desempregada. Já o réu, é empresário bem sucedido e com boas condições financeiras.
Posto isso, evidente a necessidade da gestante em receber
alimentos gravídicos durante todo período de gestação, no importe de R$ xxx mensais.

III. DOS PEDIDOS

Ante o exposto requer:

a) Concessão, de imediato, dos alimentos provisórios, no


importe de R$ XXX;

b) Citação do réu para contestar no prazo de 5 dias, sob pena de


revelia;

c) Julgamento procedente do pedido para condenar o réu a


pagar a autora o valor mensal de R$ xxx durante toda a gravidez. Após o nascimento
com vida, que sejam convertidos em pensão alimentícia em favor do menor;

d) Intimação do Ministério Público, por se tratar de interesse de


menor, nos moldes do art. 82, I, CPC;

e) Condenação do réu ao pagamento das custas processuais e


honorários advocatícios no montante de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova


admitidos em direito, notadamente, documental, testemunhal e, após o nascimento
com vida, a pericial.

Dar-se-á à presente causa o valor de R$ xxx.

Nesses termos,
Pede deferimento.

Local/data

Advogado
OAB/UF

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