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Pessoal e previdenciário público –

SUMÁRIO

1. AGENTES PÚBLICOS CF/88............................................................................................... 2


1.1. AGENTE POLÍTICO .......................................................................................................... 2
1.2. SERVIDORES PÚBLICOS ................................................................................................ 3
1.2.1. REGIME JURÍDICO ÚNICO ......................................................................................... 4
1.2.2. ESTATUTÁRIO ............................................................................................................... 5
1.2.2.1. PROVIMENTO ORIGINÁRIO ................................................................................... 5
1.2.2.2. PROVIMENTO DERIVADO ....................................................................................... 8
1.2.2.3. INVESTIDURA............................................................................................................ 13
1.3. EMPREGADO PÚBLICO ................................................................................................ 20
1.4. TEMPORÁRIOS ............................................................................................................... 25
1.5. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM PODER PÚBLICO ......................... 27
1.6. MILITARES ....................................................................................................................... 28
1.7. AGENTES DE FATO ........................................................................................................ 28
1.8. FUNÇÃO PÚBLICA ......................................................................................................... 30
2. EXCEÇÃO PARA EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO ....................................... 32
3. DIREITO DE GREVE E SINDICALIZAÇÃO ................................................................. 33
4. SISTEMA REMUNERATÓRIO ......................................................................................... 34
4. PROMOÇÃO, VANTAGENS E CONTAGEM DO TEMPO .......................................... 38
5. DIAS DE EFETIVO EXERCÍCIO ..................................................................................... 42
6. RESPOSABILIDADE DOS SERVIDORES ...................................................................... 43
7. VACÂNCIA ........................................................................................................................... 45
8. DIREITOS E DEVERES ..................................................................................................... 45

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DIREITO DE PESSOAL
1. AGENTES PÚBLICOS CF/88
Servidor Público, regras, direitos, deveres, vantagens, sistema remuneratório,
responsabilidade.
A CF/88 trata do assunto nos artigos 37/39.
- Antes da reforma o tratamento era diferente do atual.
Funcionário público não é o termo adequado mais. Era um termo utilizado e
ficou no inconsciente coletivo.
A CF/88 com as alterações: EC 18/19/20 iniciaram uma alteração de
denominação, sendo que funcionário público não é mais a designação genérica e, sim,
AGENTE PÚBLICO como gênero.
O funcionário público de então agora é voltado para apenas uma das espécies
de agente público que é a de servidor público.
 AGENTE PÚBLICO (gênero):
o Servidor público;
o Agente político;
o Particulares em colaboração;
o Militares.
- Desde a EC 18/98 os então servidores que eram chamados funcionários público
que eram divididos em servidores públicos civis e servidor público militar não existe
mais essa dicotomia e os militares passaram a ser uma espécie de agente público.
- Então o militar, seja federal (forças armadas) ou estadual (tem várias divisões:
polícia militar estadual -> bombeiros, polícia rodoviária), NÃO são nem servidores
públicos e nem funcionários públicos. Em verdade eles são agentes públicos.
Agente público: exerce função, atividade ou serviço público a qualquer título,
ainda que temporariamente. É a ele que se imputa a vontade estatal, conforme teoria do
órgão – Otto Gierke.
Lei de improbidade administrativa – conceito de agente público:
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas
no artigo anterior.

Há vários outros conceitos. É importante saber que o gênero é agente público.

1.1. AGENTE POLÍTICO


Podem ser conceituados a partir de duas perspectivas: sentido lato e sentido
estrito.

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- É importante extrair disso que no sentido lato todos que estão na “cabeça” do estado,
em uma estrutura de autoridade, exerce cargos altos em qualquer unidade da federação é
agente político. O que diferencia do estrito são os juízes, promotores.
- No sentido estrito essas figuras que exercem cargo de autoridade, como juízes,
promotores, que exercem algo além do que os outros servidores exercem, havendo uma
relevância na atuação desse cargo, possuem diferenciação no exercício de parcela de
poder político. O vínculo é apenas de natureza política para o sentido estrito. O
promotor e juiz por mais que tenham parcela de poder nas mãos, não tem essa atuação
política no exercício de suas funções.
- Então deve-se analisar na prova o sentido que o examinador está empregando, qual sua
premissa. Provavelmente não perceber será indiferente para resposta, até porque hoje
em dia e difícil ter esse tipo de questionamento de conceito do agente político,
normalmente é base de outra pergunta.
- Vitaliciedade x estabilidade x efetividade/ remuneração x subsídio x vencimento. O
sistema altera e muito com base nos dois conceitos.

1.2. SERVIDORES PÚBLICOS


Espécie de agente político que possui subdivisões.

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1.2.1. REGIME JURÍDICO ÚNICO


Até as alterações constitucionais ocorridas na década de 90, principalmente pelas
EC 18, 19, 20 que visavam uma desburocratização, economia na gestão de pessoal e
orçamentária, possuíamos uma redação no artigo 39 que foi alterada pela EC/19. Essa
EC trouxe o afastamento do regime jurídico único, mas essa alteração não é a atual
redação do artigo 39.
O que houve no caso foi a propositura de uma ADIN 2135-4 que cuidou de
afastar a nova redação do artigo 39 da EC 19 e fazer com que por suspensão dos efeitos
da alteração constitucional, voltasse a viger a alteração prévia.
A redação anterior, que voltou a valer com a ADIN tratava do regime jurídico
único que seria a obrigatoriedade dos entes federados estabelecerem regime
jurídico único para contratação de seus agentes.
Em tese a obrigação constitucional faria com que os entes pudessem escolher
entre servidores do regime celetista ou regime estatutário. Para alguns doutrinadores
seria alguns regimes para algumas determinadas funções.

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A decisão da ADIN não é definitiva. Pode-se haver mudanças ainda, pois a


decisão de suspensão de efeitos do artigo 39 com a EC/19 se deu pois não se atingiu o
mínimo dos 3/5 para alteração do caput.
ADIN decidida em caráter cautelar e, não definitivo, modulou os efeitos, a partir
daquela data, validando as contratações anteriores.
Não houve decisão definitiva até o momento.

1.2.2. ESTATUTÁRIO
Ocupantes de cargo público efetivo, vinculado ao ente da federação que os
contratou por uma relação jurídica de direito público estabelecida conforme as normas
do estatuto do respectivo ente.
Em SP: Lei 10.261/68, LO PGE 2015.
Pode ser efetivo ou em comissão.
Ele ocupa cargo público por meio do provimento que é o ato de preencher uma
vaga que existe nos cargos PÚBLICOS efetivos, é a forma que se ocupa o cargo.
Existem provimentos originários, derivados.

1.2.2.1. PROVIMENTO ORIGINÁRIO

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Essas denominações são importantes. Na PGE/SP há o início de carreira em


nível I, ou seja, os cargos da carreira são divididos em várias classes.
PGE nível I, PGE nível II, PGE nível III, PGE nível IV e PGE nível V. Todas
essas classes formarão a carreira que é de PGE. A entrada se dá em nível I, não é mais
cargo de procurador substituto.
O quadro é o conjunto de carreira e de cargos isolados. É o conjunto de todos os
tipos de cargos, não só do cargo de Procurador, mas há outros membros na instituição:
cargos de carreira e cargos isolados.
Lembrando que apenas a nomeação não é suficiente. O provimento originário
é sempre por nomeação em início de uma carreira ou em cargo isolado.

 Primeira forma de provimento originário: EFETIVO

- Procurador, provas e títulos, com participação da OAB.

Início: nível I, serão estatutário, por nomeação.

 Segunda forma de provimento originário: cargo COMISSIONADO.


Não tem concurso público. São exclusivamente para posição, chefia e
assessoramento.

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É preciso de motivação.

Dentro do quadro, além dos cargos de procurador que são de provimento


originário em cargo efetivo, há também os de provimento em comissão.
No caso da procuradoria fica evidenciado que além dos cargos de procurador do
estado tem-se também outros cargos isolados e esses são chamados de cargos em
comissão. Estes últimos, diferente dos cargos efetivos tem características diferentes dos
efetivos, como livre exoneração e nomeação, há uma limitação constitucional para
assessoria, direção, chefia e não necessariamente são ocupados por membros dos cargos
efetivos da carreira, que faz parte do quadro diferenciado dos procuradores do estado.
Então não necessariamente o cargo da procuradoria é de procurador.

Essa jurisprudência é da AGU, mas vale para PGE também.


Qualquer cargo de provimento em comissão pode ser ocupado por membros da
carreira ou não. Então o auditor fiscal que foi chamado para ocupar cargo em comissão

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dentro da estrutura da AGU e que não é um cargo privativo em bacharel em direito,


pode atuar, não precisando ser necessariamente membros da AGU.
Pode haver dentro da LOSP um cargo de provimento em comissão que não
necessariamente seria ocupado por procurador do estado.
Porém, a LOSP tratou cargos em comissão como cargos privativos de
procurador do estado.

A LOSP, além de dizer quais os cargos em comissão que a lei deve prever, foi
além e barrou a possibilidade de esses cargos serem ocupados por alguém de fora da
carreira de procurador. A regra da CF/88 é prever um mínimo de cargos em comissão
ocupados por membros da carreira, mas a LOSP previu que nesses cargos acima são
todos exclusivos de procuradores do estado de SP.
Então, só procuradores podem ocupar cargo em comissão que existem na
estrutura do cargo da procuradoria geral do estado.

1.2.2.2. PROVIMENTO DERIVADO

No provimento originário há nomeação como ato de integração do servidor


público no cargo efetivo, que pode se dar originariamente seja em um cargo de carreira,
como em um cargo isolado, como os cargos em comissão.
No caso de provimento derivado tem-se uma situação de alguém que já está
no serviço público e passará de novo por esse ato de ser provido em um cargo
público, integrado em um cargo público.

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É importante gravar as palavras REINGRESSO E RETORNO. SE o caso de


provimento derivado é aquele em que o servidor que já integra a administração retorna
de alguma forma, a palavra a ser utilizada é retorno ou reingresso.
Então retorno e reingresso é o caso de provimento derivado.
O primeiro provimento derivado é o provimento de promoção que é a elevação
de uma classe para a outra dentro da carreira. O artigo 7 do estatuto da PGE SP fala em
classes, na PGE é divida em níveis.
A promoção é a mudança de uma classe para outra. Já sou procurador, já possuo
um cargo na administração e me inscrevo em concurso de promoção dentro da carreira
para que meu cargo de nível I passe a ser nível II.

Ler os artigos 98 a 102: promoção dentro da carreira.

Segunda espécie de provimento derivado: reintegração.

A reintegração é só para quem tem estabilidade. Pode-se fazer uma analogia


com reintegração da posse no direito civil.
É feita por meio de decisão judicial ou autotutela administrativa. Ler a lei
10.177/98 é muito importante!! Procedimento administrativo.

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O estágio probatório é um período que serve de avaliação para que a


administração dê a efetiva integração do servidor aprovado em exercício naquele cargo
pelo qual ele está aprovado e exercendo as funções. É um período e se não for aprovado
haverá exoneração.
Se a pessoa que não foi aprovada no estágio e foi exonerada e já era servidora
estável e que foi aprovada em novo cargo, novo concurso mas não foi aprovada no
estágio probatório, pode pedir a recondução para o cargo anterior em razão da
estabilidade que possuía no cargo anterior.
No caso de recondução a pessoa que ocupava o cargo sairá e o servidor que
antes ocupava o cargo será reintegrado (em razão de anulação da demissão) e o
ocupante reconduzido (este será reconduzido em razão da reintegração).

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Reintegração ao mesmo cargo e eventual ocupante da vaga: reconduzido ao


cargo de origem.
No caso do §3º, a CF/88 explica que o servidor que é estável, mas não foi
reconduzido para ao cargo quando houve reintegração, também pode ser aproveitado ou
simplesmente colocado em disponibilidade. Essa é prevista constitucionalmente e não
garante indenização, nada além de uma remuneração proporcional e se for o caso uma
aposentadoria proporcional ao tempo do serviço ou contribuição.

Essa não extinção da situação anterior é uma garantia aos servidores estáveis de
que não perderá o primeiro vínculo enquanto não confirmado o segundo.

- Conforme Lei 10.261/68 poderá ser feita também a pedido do servidor, que
será a critério da administração, dependerá da existência de cargo vago e será provido
mediante promoção por merecimento, sendo que não poderá nesse caso reverter o
aposentado que contar com mais de 58 anos de idade.

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A LEI ORGANICA DA PGE/SP PREVÊ A SITUAÇÃO DE


APROVEITAMENTO DO PROCURADOR EM DISPONIBILIDADE, NOS
TERMOS DA SÚMULA.

Então, no caso de disponibilidade o aproveitamento será obrigatório no caso


acima.

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No caso da readaptação a pessoa volta a atividade, mas de acordo com suas


capacidades físicas e mentais, podendo ser feita adaptação de acordo com suas
limitações.

1.2.2.3. INVESTIDURA

A investidura é ato complexo, pois há uma divisão dessa integração do servidor


aprovado, em seu cargo, em três momentos: a) nomeação (exames, documentos, conta
em banco, tudo em 30 dias); b) posse: momento em que é firmada a relação estatutária
como servidor público ocupante de cargo efetivo, só a partir da posse e firmada a
relação estatutária que se dá no máximo em 30 dias da nomeação, podendo haver
prorrogação do prazo, a pedido; c) exercício na função nas atribuições próprias do
cargo.
A investidura é importante para verificar se houve relação sucessiva de
investidura do cargo público para que não haja perda de vínculo com regime
previdenciário. Sabe-se se houve ou não investidura conhecendo esta.
A primeira investidura tem um marco e para saber se a sequencia de investidura
foi sucessiva ou não o marco é outro.

Se o sujeito não quer perder o vínculo com a administração pública,


principalmente em razão de questões previdenciárias, após aprovação em novo concurso
público ele deve fazer com que case a posse do novo concurso com a exoneração do
cargo anterior. Nesse caso há sucessividade sem quebra do vínculo. Não pode-se pedir
a exoneração antes da posse, por exemplo, no momento da nomeação.

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Na procuradoria administrativa não é incomum que se façam consultas e se


analisem casos a respeito dessa situação de investidura, principalmente para se verificar
se houve ou não investiduras sucessivas.

Funcionário nomeado tem direito a posse? SIM!

Porém, não é em qualquer situação em que haverá o direito subjetivo a


nomeação. Há julgados recentes do STF mostrando que o direito subjetivo a posse do
candidato aprovado em concurso é relativo e depende de certas situações: aprovação
dentro do número de vagas do edital (tem direito a ser nomeado e empossado, salvo se
não cumprir os requisitos); não pode haver preterição arbitrária.
O surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de
validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados
fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por
parte da administração, caracterizada por comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de
revelar a inequívoca necessidade de nomeação do aprovado durante o período de validade do certame, a
ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, o direito subjetivo à nomeação do candidato
aprovado em concurso público exsurge nas seguintes hipóteses: a) quando a aprovação ocorrer dentro
do número de vagas dentro do edital; b) quando houver preterição na nomeação por não observância
da ordem de classificação; e c) quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a
validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por
parte da administração nos termos acima. STF. Plenário. RE 837311/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
09/12/2015 (repercussão geral) (Info 811)

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Se não houver posse, o ato de provimento não irá existir.

Não há direito a indenização porque o sujeito não trabalhou e porque a


administração passaria a não reconhecer o erro.

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- Avaliação especial de desempenho pela administração pública: Corregedoria


da PGE/SP e chefias imediatas irão elaborar relatórios, avaliações e nesse triênio ele
será avaliado para verificar se é conveniente ele ser realmente integrado com
ESTABILIDADE.
Após o estágio: prazo + avaliação -> estável no cargo.
Provimentos derivados são, em regra, vários decorrentes da estabilidade:
reintegrado, reconduzido, reversão.
O período de estágio probatório não impede ocupação de cargo em comissão ou
função de confiança.
Pode entrar em greve, não há impedimento.

Se o cargo for extinto o servidor será colocado em disponibilidade. Porém, se


ele não for estável e não houver um cargo anterior pelo qual possa ser revertido,
ele não tem proteção nenhuma, será exonerado.

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Exercício efetivo e real: nomeação, posse e depois o exercício, de modo que


esteja trabalhando realmente.
As legislações devem se adequar ao prazo de 3 anos, sendo necessário avaliação
de desempenho.

O cargo é efetivo. O funcionário é chamado de estável, após estágio


probatório.
Não é o servidor que é efetivo.

Os servidores que já estavam há pelo menos 5 anos no serviço público se


tornaram estáveis. Lembrar que se o servidor fosse celetista e não tivesse ingressado
por meio de concurso público ele não poderá mudar o seu regime para estatutário.
Servidores do estado de SP que exerciam função permanente não podem mais
ser contratados, chamados ACT’s, mas adquiriam estabilidade. Fazem parte do regime
próprio de previdência pública.

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Vencido o estágio probatório o servidor se torna estável.


No caso da gestante, cabe a estabilidade ao servidor público? Há um parecer,
houve uma consulta e análise em que se estipulou que nos casos de cargo em comissão
é possível, função em confiança também.
Há o regime do servidor estatutário e o celetista, não importa a contratação no
cargo, pois o cargo em comissão e função de confiança podem envolver pessoas que
não tenham prévio vínculo com serviço público (cargo em comissão: livre exoneração e
admissão, salvo mínimo da carreira, direção, chefia e assessoramento). Mesmo que seja
no regime jurídico estatutário, são cargos em comissão e funções de confiança, cabe
estabilidade a gestante.

Não é no cargo de provimento efetivo, ele será vitalício.


O servidor efetivo estável pode perder o cargo mais facilmente que o vitalício:

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Avaliação periódica de desempenho não é estágio probatório. Com relação à


Lei 1.080/08 ela trata o estágio probatório (avaliação ESPECIAL de desempenho), que
difere da avaliação PERIÓDICA de desempenho.

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1.3. EMPREGADO PÚBLICO


Agentes políticos, servidores públicos (efetivo, vitalício), particulares em
colaboração com poder público, empregados públicos e militares.

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Para estatais que explorem atividade econômica deve-se contratar empregados


públicos, mesmo regime das empresas privadas.

SP: Varas especializadas em fazenda pública – estatutário e aqueles que exercem


função pública (serão os servidores públicos).
Não se pode fazer a seguinte confusão:
A súmula 390 a seguir possui dois enunciados: inciso I e inciso II que parecem
contraditórios, pois o primeiro dá a entender que o empregado público goza da
estabilidade presente no artigo 41, CF, que tem o servidor público. O enunciado II fala
de situação diversa e sabe-se que não há contradição diante de julgados do STF, TST,
STJ deixaram claro que o enunciado da súmula 390 está relacionado a situações antigas,
previas a mutações constitucionais das EC: estão falando dos que eram empregados
públicos antes dessa situação, eles tiveram reconhecida a estabilidade mesmo sendo
ocupante de emprego público.

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Já está errado o inciso I porque não é servidor público e, sim, empregado


público.

O STF está tentando explicar a situação dos contratados em outra realidade


normativa constitucional, em que muitos empregados públicos passavam por estágio
probatório, muitos não eram contratados por concurso público.
O importante é saber que se for questionado sobre essa súmula 390 o inciso I
está tratando de situação prévia e o inciso II é a regra de hoje. Então a Súmula 390 do
TST, ao garantir estabilidade ao servidor público celetista concursado, "tem seu
alcance limitado às situações em que os empregados públicos foram nomeados até a
data de publicação da Emenda Constitucional 19/98".
Os precedentes que levaram à edição da súmula são referentes a situações
concretas ocorridas antes da Emenda Constitucional 19/98, quando o artigo 41 da
Constituição tinha a seguinte redação: "são estáveis, após dois anos de efetivo
exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público".

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Especificidades do emprego público em relação a CLT:


a) Obrigatoriedade de concurso público;
b) Vedação de acumulações em alguns casos (acumulações de cargos,
empregos e funções);
c) Sujeição ao teto remuneratório do Ministro do STF, salvo quando seus
empregadores não receberem dinheiro para custeio. Se a empresa pública ou
sociedade de economia mista recebe dinheiro público para custeio, seus
empregados vão se sujeitar ao teto de ministro do STF.
d) Responsabilidade por improbidade administrativa (Lei. 8.429/92);
e) Possibilidade de responsabilização dos empregados públicos por crimes
praticados por funcionário público contra a Administração Pública (art. 327, CP);

Não precisa de PAD para demissão, só apuração da causa da dispensa. Motivar o


ato não é a mesma coisa de falar de justa causa: demonstrar a justa causa é outra
exigência para demissão.

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O empregado público não tem a mesma garantia, por conta da estabilidade da


permanência no cargo público, pois ele é regido por normas mais flexíveis, que são as
normas da CLT. Se não fosse fornecido as normas de procedimento administrativo,
motivação do ato, motivação específica da justa causa, seria fácil uma chefia que não
gostou da pessoa, que tenha problema pessoal, mandasse o sujeito embora, se não fosse
preciso fundamentar/justificar. Tudo isso então é para garantir a impessoalidade,
isonomia.
A contratação do empregado público temporário também é possível. Isso foi
tema de consulta na consultoria jurídica e procuradoria administrativa em SP.

A contratação temporária NÃO é do servidor público e, sim, pelo período de


experiência regido na CLT.

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1.4. TEMPORÁRIOS

Os temporários são uma espécie de agentes públicos, são objeto de contratação


temporária em situações excepcionais.
NÃO há concurso público.
Art. 115, inciso X, CE/SP:
X - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;
Art. 2º, L. 1093
artigo 2º - A contratação nos termos desta lei complementar será celebrada, em cada área, pelo
respectivo Secretário de Estado, pelo Procurador Geral do Estado, ou pelo Dirigente da Autarquia, que
poderão delegar a competência para a prática do ato, e:
I - dependerá de autorização do Governador;
II - será precedida de processo seletivo simplificado, submetido às condições estabelecidas em
regulamento próprio elaborado pela Secretaria de Gestão Pública, por intermédio do órgão central de
recursos humanos;
III - deverá ser objeto de ampla divulgação.

Não pode ser contratado para serviços ordinários PERMANENTES do Estado.


Não pode ser também para serviços meramente burocráticos. Isso porque haveria burla
ao concurso público.
Artigo 7º - A contratação será efetuada pelo tempo estritamente necessário para atender às hipóteses
previstas nesta lei complementar, observada a existência de recursos financeiros e o prazo máximo de
12 (doze) meses. (NR)
§ 1º - A contratação para o exercício de função docente terá o prazo máximo de 3 (três) anos e poderá
ser prorrogada até o último dia letivo do ano em que findar esse prazo. (NR)
§ 2º - Os direitos e obrigações decorrentes da contratação para função docente ficarão suspensos sempre
que ao contratado não forem atribuídas aulas. (NR)
§ 3º - Findo o prazo de vigência, o contrato estará automaticamente extinto. (NR)

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Não tem urgência.

Artigo 8º - O contrato celebrado com fundamento nesta lei complementar extinguir-se-á antes do término
de sua vigência:
I - por iniciativa do contratado;
II - com o retorno do titular, nas hipóteses previstas nas alíneas “c” e “d” do inciso II e alínea “c” do
inciso IV do artigo 1º desta lei complementar;
III - pela extinção ou conclusão do objeto, nas hipóteses previstas nos incisos I e III do artigo 1º desta
lei complementar;
IV - por descumprimento de obrigação legal ou contratual por parte do contratado;
V - com o provimento do cargo correspondente;
VI - com a criação ou classificação do cargo, e respectivo provimento, nas hipóteses das alíneas “a” e
“b” do inciso IV do artigo 1º desta lei complementar;
VII - nas hipóteses de o contratado:
a) preencher a vaga relativa ao concurso para o qual foi aprovado, nos termos do artigo 5º desta lei
complementar;
b) ser convocado para serviço militar obrigatório ou serviço civil alternativo, quando houver
incompatibilidade de horário;
c) assumir mandato eletivo que implique afastamento do serviço;
VIII - por conveniência da Administração.
§ 1º - A extinção do contrato com fundamento nos incisos I a VII deste artigo far-se-á sem direito a
indenização.
§ 2º - A extinção do contrato com fundamento no inciso VIII deste artigo implicará o pagamento ao
contratado de indenização correspondente a 1 (uma) vez o valor da remuneração mensal fixada no
contrato, ou, quando for o caso, da média mensal da remuneração fixada no contrato, até o advento da
extinção.
§ 3º - Na hipótese do inciso IV deste artigo, previamente ao ato que rescindir o contrato, será assegurada
ao contratado a faculdade de exercer o direito de defesa, no prazo de 3 (três) dias úteis, devendo o
procedimento ser concluído dentro de 10 (dez) dias contados da data do protocolo das razões de defesa
ou do decurso do prazo para apresentá-las.

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1.5. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM PODER PÚBLICO

Requisitados são pessoas requisitadas em situação de emergência para auxiliar o


estado em calamidade pública, enchente, necessidade de auxílio sem poder ser realizada
qualquer seleção.
Gestores de negócio são pessoas que gerem o interesse público como se agente
fosse, mas na verdade é um particular que está auxiliando o poder público, por exemplo,
cuidando de um patrimônio publico abandonado.
Delegatários são os tabeliões, de registro civil, imobiliário, notas, serventias
extrajudiciais. Delega o serviço público ao particular, mas há responsabilidade com
relação à terceiro nos casos de atividade por delegação.
Agente particular colaborador é aquele que colabora com Estado,
exercendo função pública (munus público) em determinado momento, sem perder a
qualidade de particular. Os agentes particulares colaboradores não têm vinculação
permanente com o Estado.
Subdividem-se em:
a) Requisitados de serviço: são os particulares que são convocados para o
exercício de determinadas funções. Assim, colaboram com a Administração em razão
de requisição, mesmo que contra a sua vontade. Exemplo: jurados do Tribunal do Júri,
mesários, aqueles que exercem serviço militar obrigatório.
b) Voluntários (SPONTE PRÓPRIA): particulares que colaboram por livre e
espontânea vontade. Exemplo: dirigentes de órgãos de classes.
c) Concessionários/permissionários de serviços público: para parte da
doutrina, os permissionários ou concessionários também seriam agentes públicos
porque exercem função pública.
d) Delegados de função ou ofício público: exercem uma função pública por
delegação. Podem ou não ser remunerados, mas se forem, serão remunerados pelo
particular. Exemplo: leiloeiros; titulares dos cartórios (art. 236 da Constituição). Os
serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por uma delegação do
Poder Público, e se sujeitam a regime jurídico singular, nos termos da Lei 8.935/94. A
investidura dos titulares de cartório depende de concurso público e a sua atuação vai se
sujeitar à fiscalização e controle do Poder Judiciário estadual.

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1.6. MILITARES
Ler o DL 260/70, várias circunstâncias da carreira dos militares do estado de SP.
Ler o artigo 42 e 142.

➢ Os militares são servidores públicos?


Parte da doutrina, na qual se encontra a professora Maria Sylvia Zanella Di
Pietro, considera que depois do advento da Emenda Constitucional 18, que aboliu a
expressão “servidores militares”, eles não mais deveriam ser considerados servidores
públicos. Assim, para Di Pietro, que adere a essa corrente, só se aplicariam aos militares
as normas dos servidores públicos, caso houvesse expressa previsão legal.
Apesar desse entendimento, boa parte de nossa doutrina continua considerando
que os militares continuam integrando a categoria dos servidores públicos. Com isso, é
necessário ficar atento na prova, pois pode aparecer qualquer uma dessas correntes.
➢ O que é importante saber sobre os militares?
É importante saber que eles possuem regime jurídico próprio e são organizados
com base nos princípios de hierarquia e disciplina. Para eles é proibida a greve, a
sindicalização e a filiação partidária.

1.7. AGENTES DE FATO

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Pessoal e previdenciário público –

Agente de fato x usurpador de função pública


O ponto em comum entre os agentes de fato e usurpadores de função pública é
que ambos desempenham atividade pública, sem que haja regularidade na investidura
em nenhum dos casos.
Embora possuam tal ponto em comum, são categorias distintas, sendo que a
análise de cada uma delas deixará claro os pontos de desencontro.
Os agentes de fato correspondem ao grupo de agentes que, mesmo sem ter uma
investidura normal e regular, executam uma função pública em nome do Estado, por
erro ou em razão de um estado de necessidade pública. Portanto, os agentes de fato
apenas exercem a função pública em razão de um erro ou de um estado de
necessidade pública.
O ponto marcante é que o exercício da função pública deriva de uma situação
excepcional, sem prévio enquadramento legal, mas justificada pela plêiade de casos que
decorrem da dinâmica social. Os casos se dividem em dois grupos: a) o dos chamados
agentes necessários; e b) o dos agentes putativos.
o Necessários são aqueles que praticam atos e executam atividades em
situações excepcionais ou estado de necessidade pública, como
emergências. Ex. auxilia o transito quando o sinal estraga.
o Putativos são aqueles que não possuem investidura normal e regular,
exercendo a função pública em razão de um erro. Eles desempenham
a atividade pública na presunção de que há legitimidade, mas não houve
investidura dentro do procedimento legalmente exigido. O agente acha
que tem legitimidade para exercer a atividade, mas como houve uma
falha no procedimento de investidura, eles não têm legitimidade para
tanto. Diante disso, pode-se depreender que os agentes de fato putativos
agem com boa-fé. Ex: exerce a função antes de tomar posse.
Os Usurpadores de Função Pública são aqueles que exercem a função
pública sem investidura, como acontece com o agente de fato, mas aqui não há erro
nem estado de necessidade, mas violência ou fraude. Justamente por isso, diz que há
má-fé no exercício da função por eles, sendo importante frisar que eles cometem o
crime previsto no art. 328 do CP.
Quando nos perguntamos sobre as consequências dos atos praticados por
agentes de fato e usurpadores de função pública, precisamos nos atentar a três situações
distintas: a) agentes necessários, aqueles que sabem que não foram designados para a
função, mas a exercem por estarem em caso de estado de necessidade; b) agentes de
fato putativos, aqueles que atuam crendo que estão regularmente investidos, mas não
estão; e c) usurpadores de função, exercem a função pública de má-fé.
A) Agentes de Fato Necessários: os atos dos agentes necessários são
eficazes interna e externamente. Ou seja, são eficazes tanto para a
Administração Pública, como pelo administrado. A nossa doutrina fala que o
que faz com que esses atos sejam eficazes é a teoria da aparência. É

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Pessoal e previdenciário público –

importante notar que o interesse público que os move têm idoneidade para
fazer suprir os requisitos de direito e fazer com que os atos sejam eficazes,
tanto para a Administração Pública como para o administrado.
B) Agentes de Fato Putativos: os atos praticados pelos agentes de fato
putativos são eficazes externamente, perante os administrados em razão da
boa-fé e da teoria da aparência. Todavia, tais atos só serão eficazes
internamente, ou seja, para a Administração Pública, se forem sanados.
Então, os atos praticados pelos agentes públicos putativos precisam ser
sanados. Como o ato é sanado? Geralmente, com a assinatura de uma
autoridade competente.
C) Usurpadores de Função Pública: como eles agem de má-fé no exercício
da função pública, ou com fraude ou com violência, os atos por eles
praticados são ineficazes e impossível de convalidação. Exemplo: Uma
pessoa passa a exercer a função de juiz em uma comarca, sem que fosse
investido. Após se descobrir que houve usurpação da função, não há como
chancelar as sentenças dada pelo juiz, pois todos os atos praticados se tornam
nulos.

1.8. FUNÇÃO PÚBLICA

É próxima do cargo em comissão, mas no cargo de comissão deve haver um


mínimo reservado para servidores públicos ocuparem. Na função não: só os
servidores públicos efetivos.
Aqui são FUNÇÕES e, não um cargo.
São para funções de direção, chefia e assessoramento.

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Pessoal e previdenciário público –

É comum que se tente fixar grande número para chamar pessoas por questões
políticas, “apadrinhados”. Mas os cargos em comissão e função de confiança são
exceção e não podem se tornar a regra.

Só procuradores, que são sempre titulares de cargo público efetivo, é que


poderão ocupar as funções de confiança.

Esse parágrafo §2º é importante, já que dentre as funções de confiança há uma


limitação: procurador de estado assessor e procurador do estado assistente (10% do total
da carreira).

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Pessoal e previdenciário público –

2. EXCEÇÃO PARA EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO

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Pessoal e previdenciário público –

3. DIREITO DE GREVE E SINDICALIZAÇÃO

Não pode descontar se a greve for em decorrência de ato ilícito do poder


público. O acordo pode ser feito se o poder público concordar.

Os policiais civis entram na regra dos militares: a eles é vedado direito de greve.
As forças de segurança não podem fazer greve.
A segunda parte do RE quer dizer que se a greve fosse simplesmente proibida os
servidores ficariam na mão, pois não haveria um retorno contraprestação a esses
servidores, no sentido de que podem e serão ouvidos em suas reivindicações.
O julgamento foi sensível a questão desses militares ao impor a obrigatória
participação do poder público.

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Pessoal e previdenciário público –

4. SISTEMA REMUNERATÓRIO

REMUNERAÇÃO = VENCIMENTOS  VENCIMENTO +


VANTAGENS

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Pessoal e previdenciário público –

O auxílio moradia acaba sendo pessoal e, não, em relação a fato, conforme


maioria da doutrina.
Essa garantia do salário mínimo foi questionada em SP judicialmente por
servidores que tinham salário base em valor inferior, sua remuneração e vencimentos
eram inferiores ao salário mínimo, mas eles recebiam outras vantagens que se somavam
ao vencimento e chegava ao mínimo. Se discutiu se haveria afronta ao salário mínimo,
pois o vencimento era inferior ao salário mínimo.
O que se decidiu é que o todo da remuneração é que deve ser avaliado para
verificar se está ou não respeitando o salário mínimo. O professor indica leitura da
regra constitucional que fala dos salários mínimos.
As unidades da federação podem fixar salário mínimo diferente do salário
mínimo referencia federal. Em SP isso ocorre, então várias categorias (ex. empregada
doméstica) trabalhistas tem salário mínimo superior no estado de SP.

No caso da PROCURADORIA DE SP tem que ter cuidado, porque há


vinculação da Procuradoria ao Executivo, PGE tem o mesmo status de secretário de
estado que os outros secretários possuem. Mas por expressa disposição constitucional
o subsídio do PGE é o subsídio do desembargador.

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Pessoal e previdenciário público –

Os Estados/DF podem fixar subsídio do Desembargador, é uma exceção,


como limite único, exceto para o legislativo.

Haveria a diferenciação de teto em relação aos entes federativos, federal e


estadual, dentre os percentuais com base no teto do supremo. Porém, isso gerava um
descompasso entre juízes. Segundo STF isso gera violação ao princípio da isonomia:
teto  desembargadores.
No caso do MP há resolução do CNMP que trata da mesma forma do tema em
razão da ADIN.

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Pessoal e previdenciário público –

Se proíbe porque o acumulo de cargos gera de atribuições e a pessoa não poderia


exercer como deveria.

Em SP diretor de escola não equivale a professor. Não é exercício de docência


como é de professor.
No DE 41.915 fala o que é cargo técnico científico.
O professor diz que há muitos pareceres na procuradoria sobre acumulação de
cargos.

Remuneração decorrente de cargos públicos constitucionalmente acumuláveis –


REFERÊNCIA JURISPRUDÊNCIA – o teto deve incidir apenas em relação a cada um desses
cargos, e não deve levar em conta a soma dos dois – recentíssimo julgado do STF,
colacionado abaixo:

Tese de Repercussão Geral: Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos,


empregos e funções, a incidência do art. 37, inciso XI, da Constituição Federal pressupõe consideração
de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao
somatório dos ganhos do agente público. (A mesma tese foi fixada para o Tema 384)
=

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O julgado do Supremo que se analisa busca responder à seguinte pergunta: em


caso de acumulação lícita de cargos, é possível receber acima do teto? Pela
literalidade da CRFB (art. 37, XVI) não seria possível. O STF, apreciando situações de
aposentados, já vinha decidindo que, nos casos de acumulação, os cargos devem ser
considerados isoladamente para efeitos do teto. Assim, a remuneração de cada cargo
não pode ser superior ao teto, sendo possível que a soma dos dois ultrapasse esse
limite. O STF se filia a essa posição, usando os seguintes argumentos:
(i) o fato de a remuneração total do servidor ultrapassar o teto constitucional não
vai contra o espírito do legislador constituinte;
(ii) o objetivo da instituição do teto constitucional foi o de evitar que o servidor
obtivesse ganhos desproporcionais. A partir do momento em que o teto existe para cada
um dos cargos, não há prejuízo à dimensão ética da norma caso a soma dos dois seja
superior ao teto;
(iii) se o teto fosse aplicado ao conjunto das remunerações haveria um
desestímulo à acumulação de cargos que é permitida pelo texto constitucional, o que
traria prejuízos inclusive para a eficiência administrativa;
(iv) a incidência do teto sobre os dois cargos geraria enriquecimento ilícito do
Poder Público porque, apesar de o servidor trabalhar, ele não teria direito à remuneração
integral de um dos cargos. Essa situação geraria ofensa à isonomia, pois implicaria em
tratamento desigual entre servidores que exerçam funções idênticas, já que o não
“tetado” receberia mais que o outro pelo desempenho das mesmas funções.

4. PROMOÇÃO, VANTAGENS E CONTAGEM DO TEMPO

Para a contagem dos 3 anos contam-se os afastamentos.

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Nesse ponto exige-se a leitura de lei.


Promoção por antiguidade: férias, licença, mandato eletivo, serviço militar,
afastamento após pedido de aposentadoria (servidor que já tem os direitos pode-se
afastar depois de determinado prazo em que pediu a sua aposentadoria, não precisa se
manter no serviço depois desse período).
Tem efeitos a partir de 01/01, então o concurso em relação a 2017 que corre em
2018, mesmo que acabe no meio do ano, tem efeitos retroativos a 01/01/2018.

Vantagens: LEI.
Vantagens: adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio,
bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais.
O quinquênio é concedido após 5 anos de serviço e a sexta parte após 20 anos de efetivo
exercício. Ganha o quinquênio de 5% a cada 5 anos, bem como a licença prêmio
também a cada 5 anos e após 20 anos a sexta parte.

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Pessoal e previdenciário público –

Houve discussão no judiciário paulista com relação à base de cálculo e prevalece


que sobre TODAS as vantagens de caráter permanente, não as eventuais, deve incidir
além do salário base, do vencimento, deve incidir os adicionais para o cálculo. Então se
são 5% de quinquênio e a pessoa ganha 1000 de salário base, 500 reais de vantagens
permanente e 500 de vantagens eventuais, o 5% será sobre 1500 (base + permanente).

É importante saber a letra da lei. Essa licença pode ser dividida em períodos
mínimos de 15 dias.
Pode ser vendida a licença premio, 30 dias, tem que ser requerido 3 meses
antes do mês do aniversario, mesmo que seja referente ao ano anterior em relação ao
aniversario do pedido que será feito.
Então a cada 5 anos ganha-se um bloco de 90 dias e pode-se vender 30.

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Pessoal e previdenciário público –

Objetivo é não prejudicar a situação remuneratória do servidor, pois acaba


havendo uma presunção de que aquilo passou a ser remuneração permanente.

Por exemplo, um procurador do estado irá exercer função de confiança que é de


procurador do estado assessor (obs. até 10% do total da carreira). Haverá um valor a
mais, ume retribuição em razão do exercício da função e com tempo acaba-se trazendo
ao orçamento aquela retribuição. Pensando nessa situação do artigo 133 trouxe a
possibilidade de incorporação: 5 anos de efetivo exercício no cargo principal (no
exemplo procurador de estado) e que seja incorporado 1/10 a cada ano e com 10 anos eu
irei incorporar tudo, mesmo não exercendo mais a função.

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Pessoal e previdenciário público –

5. DIAS DE EFETIVO EXERCÍCIO

Ler os artigos. Lembre-se que efetivo exercício é o exercício real e concreto.


Questão da licença saúde tem limitação máxima de 90 dias (art. 97, §1º), não
valendo se for maior que 90 dias. Vale como ocupação do serviço público, como
exercício do serviço público, mas não como efetivo exercício da função, que é uma
situação diferente que iremos tratar melhor na questão previdenciária.
Período de trânsito ocorre quando há mudança de um cargo para outro em
outra localidade em que há direito de transito por alguns dias.
Outros afastamentos: mandato eletivo, afastamento preventivo no caso de
apuração disciplinar.

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Pessoal e previdenciário público –

6. RESPOSABILIDADE DOS SERVIDORES

Ordinária é o PAD.

Demissão é penalidade.
Exoneração: a pedido do servidor, quando ele não é aprovado no estágio
probatório, no caso de função de confiança, se não entra em exercício na data.

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Essa avaliação está relacionada ao artigo 41, §1º, III da CF/88 que não é a do
estágio probatório. Periódica perde o cargo.

A PPD cuida de todos os casos menos aqueles procedimentos disciplinares não


regulados por lei especial. Por exemplo, tem-se os policiais civis. A PC tem legislação
própria e é tratada dentro da secretaria de segurança, PM também, então não será pela
PPD.
A Procuradoria irá participar mesmo nesses casos que não são de atribuição da
PPD através da Consultoria Jurídica: conforme artigo 44 da LOPGE/SP:

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7. VACÂNCIA

CUIDADO! Como a CF passou a exigir concurso público não existe mais:


transferência, acesso não existe mais.
Exoneração não decorre de penalidade.
Com a vacância haverá novo concurso público ou nos casos de disponibilidade
haverá uma realidade diferenciada, já tratada.

8. DIREITOS E DEVERES
Ler a LOPGE/SP e EFP/SP

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