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Coordenação Técnico-Pedagógica
CEPRA - Centro de Formação Profissional da
Reparação Automóvel
Departamento Técnico Pedagógico
ÍNDICE
documentos de entrada
CORPO DO MÓDULO
introdução........................................................................................................................ A.0.1
A - EquipamentoS
A.1 – FRENÓMETRO DE ROLOS....................................................................................... A - 1.1
A.1.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO FRENÓMETRO DE ROLOS................... A - 1.1
A.1.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO........................................... A - 1.2
A.1.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO FRENÓMETRO......... A - 1.2
A. 2 – DESACELERÓGRAFO.............................................................................................. A - 2.1
A.2.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO DESACELERÓGRAFO.......................... A - 2.1
A.2.2 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO DESACELERÓ-
GRAFO............................................................................................................ A - 2.1
A. 3 – BANCO DE SUSPENSÃO.......................................................................................... A -3.1
A. 3.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO BANCO DE SUSPENSÃO..................... A - 3.1
A. 3.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO.......................................... A - 3.2
A. 3.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO BANCO DE
SUSPENSÃO................................................................................................................A - 3.2
A. 4 – RIPÓMETRO.............................................................................................................. A - 4.1
A. 4.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO RIPÓMETRO......................................... A - 4.1
A. 4.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO.......................................... A - 4.1
A. 4.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO RIPÓMETRO............ A - 4.2
A.5 – DETECTOR DE FOLGAS........................................................................................... A - 5.1
A. 5.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO DETECTOR DE FOLGAS..................... A - 5.1
A. 5.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO.......................................... A - 5.1
A. 5.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO DETECTOR DE
FOLGAS.........................................................................................................................A - 5.2
A.6 – OPACÍMETRO............................................................................................................. A - 6.1
A. 6.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO OPACÍMETRO EM VEÍCULOS
EQUIPADOS COM MOTORES DE IGNIçÃO POR COMPREssÃO............ A - 6.1
A. 6.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO.......................................... A - 6.1
A. 6.3 - PROCEDIMENTOS OPERATIVOS (GENÉRICO) DO OPACÍMETRO.......... A - 6.2
A.7 – ANALISADOR DE GASES DE ESCAPE.................................................................... A - 7.1
A. 7.1 - INSPECÇÃO COM O AUXÍLIO DO ANALISADOR DE GASES DE
ESCAPE EM VEÍCULOS EQUIPADOS COM MOTORES DE IGNIÇÃO
POR FAÍSCA................................................................................................... A - 7.1
A. 7.2 - ASPECTOS A MERECER ESPECIAL ATENÇÃO.......................................... A - 7.1
objectivo geral
objectivos ESPECÍFICOS
Propor medidas correctivas para esclarecimentos das situações que põem em causa a
identificação
Verificar com o regloscópio a orientação e intensidade luminosa das luzes máximos, mí-
nimos e de nevoeiro
Verificar o funcionamento dos sistemas de fecho e abertura das portas, tampa da bagageira
e capot do motor do veículo
Introdução
O automóvel é um meio de transporte cada vez mais utilizado. Como tal, devido ao elevado número
de veículos que circulam diariamente nas estradas há que assegurar que as suas condições de
funcionamento são as necessárias de modo a garantir a segurança dos seus ocupantes e dos outros
utilizadores da via pública.
A inspecção dos veículos surge assim como um meio de controlar pontos chave dos veículos, em
função de parâmetros pré-estabelecidos assegurando que estes apresentam condições para circular
na via pública.
Neste módulo pretende-se que o inspector faça as observações e verificações de uma inspecção
periódica a um veículo ligeiro, previstas na legislação, e classifique as deficiências encontradas.
A – Equipamentos
B – Pontos a verificar
A parte B está estruturada de acordo com o Despacho 5392/99 (2ª série) havendo correspondência dos
capítulos com os pontos do referido despacho. Deste modo, pretende-se que seja utilizado para apoio
ao inspector no esclarecimento das suas dúvidas durante a classificação de deficiências observadas
na inspecção.
O frenómetro para veículos ligeiros é um aparelho para medir a força, o equilíbrio e a eficiência de
travagem dos veículos ligeiros.
A força de travagem de uma roda é uma força tangencial a essa roda aplicada no ponto de contacto da
roda com o solo e que se opõe ao movimento da roda sem que provoque o deslizamento desta sobre
o solo.
O frenómetro tem como objectivo medir a força de travagem de cada uma das rodas de um dado
eixo.
Uma vez que o frenómetro mede forças, a unidade utilizada é o Newton ( N ). (9,81 N = 1 kg)
A partir destas forças o processador central do frenómetro calcula a diferença percentual entre a força
medida em cada uma das rodas esquerda/direita e, conhecida a tara do veículo (ou peso bruto se apli-
cável), a eficiência de travagem (%) ou desaceleração (m/s2).
A eficiência de travagem deve estar relacionada com a massa máxima autorizada ou, no caso dos
semi-reboques, com a soma das cargas máximas autorizadas por eixo. A determinação do valor da
eficiência de travagem é baseada na seguinte expressão matemática:
F
E(%) = _______ x 100
P x 9,81
No caso de veículos ligeiros cuja tara ou peso bruto não ultrapassa 2800 kg, a massa do veículo é
medida no banco de suspensão. Para os restantes veículos, a massa é medida por roda, no frenómetro
equipado com captores e sistema de medição de forças verticais.
Resultados do ensaio
• Colocar o primeiro eixo nos rolos. O veículo deve ser colocado nos rolos o mais direito
possível, de modo a que quando as rodas iniciarem o movimento, o veículo mantenha
a sua posição, para não ter tendência a saltar dos rolos o que pode danificar algum dos
sensores do equipamento ou algum dos órgãos do veículo (pneus, jantes ou braços de
suspensão).
• Continuar a travar lentamente até que os rolos parem (bloqueio total), ou seja, até que
se atinja o valor de escorregamento pré-determinado.
• Esperar que os rolos arranquem novamente para engatar a primeira velocidade e retirar
o eixo dos rolos. Só com os rolos em movimento o eixo do veículo em teste deve ser
retirado dos rolos. Nunca usar a tracção, sob pena de originar graves problemas no
frenómetro.
• Nos casos em que no ensaio não se tenha atingido o bloqueio total das rodas, ao retirar
o veículo dos rolos, o frenómetro memoriza automaticamente o valor máximo medido.
• Uma vez ensaiados todos os eixos e todos os tipos de sistemas de travagem aplicados
a cada eixo, retirar definitivamente o veículo dos rolos. Em seguida dar indicação ao
frenómetro que o ensaio foi terminado.
• Caso o frenómetro não esteja equipado com balanças automáticas para pesagem do
veículo, o inspector deve informar o equipamento da tara nominal do veículo (atenção
às unidades em que essa tara é expressa).
A.2 - DESACELERÓGRAFO
A.2.1 - INSPECÇÃO COM AUXÍLIO DO DESACELERÓGRAFO
São sujeitos a inspecção alguns veículos que pelas suas características técnicas não podem ser ins-
peccionados no frenómetro. São exemplos:
• Veículos multi-eixos com dois ou mais eixos tractores permanentes e sem possibilidade
de desacoplamento.
• Veículos cuja dimensão das rodas não garantam o perfeito contacto do pneu com os
rolos do frenómetro.
• Reboques com eixos multi-rodas ou estruturas de chassis de perfil muito baixo para
transportes especiais.
Nestes tipos de veículos o inspector deverá fazer uso do desacelerógrafo para poder avaliar a eficiên-
cia do sistema de travagem.
Uma vez que o desacelerógrafo mede exclusivamente a desaceleração sofrida num dado tempo, os
restantes factores de análise do sistema de travagem não podem ser medidos ou então terão de ser
calculados manualmente pelo inspector.
• O veículo deve estar numa zona do parque do centro de inspecções onde seja possí-
vel deslocar-se livremente (preferencialmente em linha recta), sem obstáculos no solo,
atingir uma velocidade de 40 km/h, aproximadamente, e com espaço suficiente para
travar em zona de boa aderência dos pneus ao solo.
• Caso estas condições não sejam possíveis de reunir dentro das instalações do centro
e o inspector decida fazer o ensaio noutro local, chama-se especial atenção para a res-
ponsabilidade civil e danos a terceiros que possam não estar cobertas pelo seguro do
centro, em caso de qualquer acidente durante o teste.
• Após alguns segundos o desacelerógrafo está pronto a ser configurado de acordo com
os opcionais que eventualmente tenha instalado. No entanto, e dadas as exigências
legais não preverem outro tipo de análise, não deverão existir na maioria dos centros
opcionais instalados no desacelerógrafo pelo que este deverá ser utilizado em modo
sequencial automático.
• Uma vez atingida a velocidade de teste pressionar o pedal da embraiagem para desen-
gatar a transmissão ao mesmo tempo que inicia a travagem.
• A travagem uma vez iniciada deve ser feita de modo contínuo e permanente até à imo-
bilização total do veículo.
• A travagem deve ser o mais violenta e enérgica possível sem contudo provocar o blo-
queamento e derrapagem das rodas. Daí o factor de aderência pneu/solo no local de
ensaio dever ser tido em conta.
O banco de suspensão é um equipamento que serve para calcular a eficiência do sistema de suspen-
são dos veículos ligeiros. Actualmente estes equipamentos simulam a progressão do veículo por um
terreno irregular, submetendo-o a uma oscilação vertical. Este tipo de ensaio designado por EUSAMA,
dá a percepção do estado dos órgãos da suspensão na sua globalidade, sem desmontar qualquer
componente.
Neste ensaio, o veículo é submetido a uma oscilação vertical obtida através de um excêntrico, com
uma frequência de 1 a 25 Hz ou de 1 a 16 Hz colocado sob uma plataforma na qual assentam as rodas,
e onde está um sensor de força.
Estes sensores permitem determinar a carga ou peso estático (carro em repouso) e a carga dinâmica
(peso por roda durante o ensaio).
Os veículos com suspensão inteligente não efectuam o ensaio no banco de suspensão, por estes
estarem munidos com sistemas electrónicos que controlam a suspensão, e normalmente dispõem de
sistemas de auto diagnóstico.
Fd x 100
A = ___
Fe
Quando a roda salta e perde totalmente o contacto com o solo, a aderência é mínima
0%, sendo o seu valor 100% quando o veículo está parado (Fd = Fe).
• Pressão dos pneus - Após a realização do teste em três situações distintas, ou seja,
com a pressão recomendada pelo fabricante, outra com mais 0,5 bar e por fim com
menos 0,5 bar, verifica-se que a aderência é afectada. A pressão é inversamente pro-
porcional à aderência, ou seja, quanto maior é a pressão, menor é a aderência e vice
versa.
Pressão Aderência
Correcta 70%
• Descentralização dos pneus na plataforma – Este facto pode provocar uma leitura
errada do peso estático e, consequentemente, os valores de aderência não serão os
mais correctos.
• Verificar o peso máximo suportado pela máquina, sendo que os veículos com suspen-
são inteligente (com sistemas electrónicos de controlo da suspensão) não efectuam
este teste.
• Colocar o veículo centrado nas plataformas para medição do peso estático das rodas
do eixo a ensaiar.
• Medição da aderência das rodas do eixo (vibração das plataformas que permite ava-
liar o comportamento da suspensão).
A.4 - RIPÓMETRO
A.4.1 - INSPECÇÃO COM AUXÍLIO DO RIPÓMETRO
O ripómetro tem como objectivo medir a tendência de desvio de um dado eixo em relação à trajectória
teórica desse eixo. Assim, dado que o ripómetro calcula, em metros, o desvio ( para a esquerda ou
para a direita ) que um dado eixo terá ao fim de um km percorrido, a unidade de medida utilizada é o
m/km.
De todos os ângulos mensuráveis num sistema de direcção, o valor da convergência é o que mais
influencia o comportamento do ripómetro.
Se os valores limite máximo admissíveis para o ripómetro forem atingidos poderá ser uma indicação de
que o alinhamento da direcção não está correcto. No entanto outros factores como folgas em rolamen-
tos ou rótulas, elementos mecânicos da suspensão em mau estado e mesmo incorrecta pressão dos
pneus podem ser a origem de valores do ripómetro fora dos limites previstos legalmente.
• Ligações dos diferentes elementos ao longo da coluna, com particular atenção aos
cardans.
• Folga rotacional do volante: Avaliar o ângulo que o volante roda sem alterar a orientação
das rodas. A existência de demasiada folga rotacional poderá indiciar outros problemas
ao nível da caixa de direcção, rótulas ou mangas de eixo.
• Barras de direcção e/ou tirantes: Não devem ter fissuras ou soldaduras, não devem ter
folga axial ou transversal nem apresentar sinais de deformação ou corrosão.
• Direcção assistida: Verificar o seu correcto funcionamento ao sentir que a direcção fica
mais leve quando o motor entra em funcionamento. Verificar a existência de fugas de
fluído.
• Fazer passar de maneira estável e precisa a roda dianteira esquerda por cima da placa
do ripómetro, o mais ao centro possível. Durante esta passagem é imprescindível que
o condutor do veículo mantenha o volante livre de forma a que o veículo siga o seu
trajecto rectilíneo natural.
• Logo que o eixo abandona a placa, o ripómetro indica os valores da leitura efectuada.
• Paralelamente a esta indicação numérica, o ripómetro pode estar equipado com indi-
cadores luminosos que se acendem de acordo com o nível de desvio atingido. Esses
níveis definidos pela legislação são pré-programados no equipamento.
O detector de folgas facilita a verificação do estado das juntas e articulações (folgas, estado das articu-
lações de borracha e casquilhos).
A verificação destas articulações é indispensável para a detecção de deficiências provocadas por des-
gastes progressivos, que podem pôr em risco a segurança do veículo.
Este equipamento é responsável por aplicar um conjunto de forças sobre as rodas, no sentido transver-
sal e longitudinal, facilitando a detecção de possíveis folgas existentes nos órgãos.
A análise das folgas deverá ser feita com o carro elevado e num local com boa iluminação.
• Rótulas – Normalmente aparecem folgas, que são visíveis quando se aplica um es-
forço na roda. Folgas ou perdas de massa de lubrificação da rótula por desgaste ou
guarda-pós requerem a substituição da rótula.
- Suportes
- Deformações
- Casquilhos de suporte
- Haste do êmbolo
Com o tempo os silent blocks endurecem e por isso devem ser substituídos periodica-
mente. Quando gastos, tornam a suspensão ruidosa.
• Fixação das barras – deverá ter-se em atenção as fixações dos extremos da barra ao
braço oscilante e o estado dos silent blocks.
• Molas – deve-se verificar se as molas estão partidas, soldadas, pasmadas ou mal po-
sicionadas sobre os suportes .
• Ter o cuidado de garantir que o veículo está centrado em relação ao eixo da fossa.
• Afim de fazer realçar eventuais oscilações não permitidas aos componentes fixos das
rodas, travões, cubos das rodas, manga de eixo etc., dever-se-ão efectuar os movimen-
tos das placas com os travões do veículo bloqueados.
• Afim de melhor analisar, no eixo direccional, eventuais folgas nos órgãos de direcção,
dever-se-ão efectuar sucessivas e rápidas rotações do volante ao mesmo tempo que
se desloca uma das placas transversalmente ao eixo da fossa.
• Dado que o detector de folgas não é um equipamento de medição absoluta fica ao crité-
rio e técnica do inspector a avaliação e qualificação das folgas verificadas. Ter em aten-
ção que dadas as inúmeras soluções construtivas usadas pelos fabricantes automóveis
e os métodos de instalação característicos de cada um, é necessário que o inspector
possua uma apurada capacidade de análise das reais condições de funcionamento dos
órgãos em teste.
A.6 - OPACÍMETRO
A.6.1 - INSPECÇÃO COM AUXÍLIO DO OPACÍMETRO EM VEÍCULOS
EQUIPADOS COM MOTORES DE IGNIÇÃO POR COMPRESSÃO
O opacímetro é um aparelho destinado a medir o grau de opacidade dos gases de escape emitidos pe-
los motores diesel. Através da medida da opacidade poder-se-à avaliar qual o nível de “fumos negros”
saídos para o exterior resultantes de uma má combustão ou combustão incompleta do gasóleo.
Como opacidade dever-se-à entender a maior ou menor dificuldade que um dado volume de gases de
escape diesel tem em ser atravessado por uma fonte luminosa conhecida.
Para normalização do procedimento e uniformização dos resultados foi estabelecida como unidade de
medida da opacidade o coeficiente característico de absorção - Valor K .
• O motor deve estar quente, ou seja, a temperatura do óleo do motor deve ser de, pelo
menos 80ºC ou a temperatura normal de funcionamento, caso seja inferior.
• Deve ser efectuada uma inspecção visual das partes relevantes do sistema de escape
do veículo para verificar que não há fugas.
• O sistema de escape deve ser purgado pelo menos durante três ciclos de aceleração
livre ou por um método equivalente.
• Deverão ser efectuados pelo menos três ciclos de aceleração livre para obter um valor
final resultante da média dos vários ciclos.
• Ligar o opacímetro e esperar que este faça o pré aquecimento e a rotina de auto-verifi-
cação e calibração inicial.
• Esta rotina, dependente do modelo do opacímetro, poderá ter de ser repetida em parte
ou no todo sempre que o opacímetro for activado.
• Desligar todos os opcionais do veículo que possam provocar alterações ou sobre car-
gas no regime do motor durante o ensaio. São exemplos disso os sistemas de ar condi-
cionado, as máquinas frigoríficas de congelação, etc. Ter em atenção que também não
deverá tocar no volante para não accionar a bomba da direcção assistida.
• A maioria dos opacímetros possui um indicador digital que vai informando o utilizador
da sucessão de operações e ou teclas que deve pressionar, guiando-o assim ao longo
do procedimento do teste.
• O inspector deverá ter em atenção o tipo de motor diesel que vai testar (normalmente
aspirado ou turbo comprimido) afim de dar esta indicação ao opacímetro antes de ini-
ciar o ensaio.
• Dar indicação ao opacímetro que vai iniciar o teste. O opacímetro informa o inspector
da contagem decrescente de tempo ao fim da qual mostra a ordem para acelerar.
• O inspector deverá ter cuidado para não esforçar demasiado o motor, devendo para tal
retirar o pé do acelerador assim que o motor atinja o regime máximo.
Com base nos valores directamente medidos, os analisadores de gases poderão ainda calcular o valor
de lambda, o valor de CO corrigido e o de óxidos de azoto (NOX) estimados.
Deverão ainda estar equipados com sistemas para leitura do número de rotações do motor e da tem-
peratura do óleo.
• O analisador de gases deverá ter efectuado correctamente e com êxito a rotina de auto
calibração.
b. Em veículos que estão equipados com sistemas avançados de controlo de emissões, tais como ca-
talisadores de três vias em circuito fechado controlados por sonda lambda:
- Com o motor moderadamente acelerado (rotação mínima de 2000 r.p.m.) será efectu-
ado um segundo ensaio onde para além do teor de CO emitido será também medido o
valor de lambda calculado.
Dado que os centros ITV utilizam analisadores que efectuam a medida de outros poluentes emitidos
nos gases de escape, o inspector deverá, aquando da análise dos parâmetros obrigatórios acima refe-
ridos, prestar atenção aos outros valores indicados pelo analisador, pois através deles poderá deduzir
melhor qual o real estado de conservação do motor e o seu contributo na poluição do meio ambiente.
• Ligar o analisador de gases de escape e esperar o tempo que este tem pré-programado
para atingir as condições normais de funcionamento (aquecimento, estabilização do
emissor de infravermelhos, auto calibração, verificação dos zeros).
• Este período de espera é somente necessário a primeira vez no dia em que o anali-
sador de gases vai ser utilizado, dado que durante o dia este se mantém ligado e em
posição de funcionamento.
• Uma vez terminado o período de aquecimento, a auto calibração e a verificação dos ze-
ros, o analisador de gases disponibiliza os zeros nos indicadores digitais, o que significa
estar pronto a ser utilizado.
• O veículo em teste deverá ter o motor em marcha lenta (ao ralenti) e já estar à tempera-
tura normal de funcionamento. Desligar todos os opcionais do veículo que possam pro-
vocar alterações no regime do motor durante o ensaio (por exemplo o ar condicionado).
Dever-se-á ter em atenção e não tocar no volante dos veículos que possuam direcção
assistida já que a entrada em carga da bomba de direcção provoca também alterações
no regime do motor.
• Ligar ao veículo a sonda captadora do regime de rotação do motor. Para motores equipa-
dos com certos tipos de ignição poderá ser necessário utilizar um adaptador externo.
• Nos casos em que o veículo possua mais do que uma saída do sistema de escape o
inspector deverá verificar o modo como estas estão dispostas. Se as diferentes saídas
tiverem ao longo do sistema de escape, pelo menos um ponto comum, é indiferente
qual a saída escolhida.
No caso de o veículo possuir dois sistemas de escape completamente separados (por
exemplo motores em V ou de cilindros opostos) o inspector deverá executar a análise
de gases a cada um dos sistemas.
• Uma vez introduzida e fixa a sonda metálica de captação, o analisador inicia de imedia-
to as leituras. Deixar estabilizar o fluxo de gases de escape captado, ou seja, esperar
cerca de 15 segundos até que as leituras se tornem estáveis para o regime do motor
em análise.
• Efectuar a leitura (rotações e CO), pressionar a tecla que permite fixar os resultados e
imprimi-los.
• Para veículos equipados com sistema avançado de controlo de emissões fazer nova
medição com o motor moderadamente acelerado. Para tal, elevar lentamente o regime
do motor até ao valor mínimo de 2000 rpm. Estabilizar a rotação do motor e esperar
cerca de 20 segundos para que o fluxo normal de gás seja captado pelo analisador e as
leituras estabilizem.
• Para cada leitura efectuada e impressa, o inspector obterá no respectivo relatório não
só os valores lidos como os calculados.
• Se existir uma fuga excessiva no sistema de escape que nao permita a verificação do
valor de CO, deve o inspector registar essa informação no relatório de inspecção e cer-
tificado de inspecção (Exemplo: “Na reinspecção realizar teste de gases”). O objectivo
deste procedimento é garantir que na reinspecção seja verificado o valor de CO de
forma satisfatória.
A.8 - SONÓMETRO
A.8.1 - INSPECÇÃO COM AUXÍLIO DO SONÓMETRO
• Num centro de inspecções o sonómetro tem como objectivo medir o ruído emitido pelo
funcionamento do motor do veículo, visando a análise do correcto funcionamento do
silenciador (vulgo panela) do sistema de escape.
A.9 - REGLOSCÓPIO
A.9.1 - INSPECÇÃO COM AUXÍLIO DO REGLOSCÓPIO
O alinhamento preciso dos faróis é imprescindível para a segurança de quem circula de noite ou em
más condições de visibilidade.
Para verificar o alinhamento dos faróis, o écran de controlo do regloscópio tem uma linha de referência
que deverá coincidir com o limite da zona iluminada (divide a zona clara / escura).
Este equipamento dispõe também de um luxímetro que permite verificar se a diferença de intensidade
luminosa entre faróis é superior a 50%, detectando-se possíveis problemas nos faróis, lâmpadas, etc.
• Nivelamento do veículo
- Verificação da pressão dos pneus
- Verificação da distribuição da cargas
• Nivelamento do piso
• Posição do regulador de faróis (caso exista)
• Limpeza da lente do regloscópio
• Estado geral dos faróis
• Alinhamento do regloscópio com o farol
• Puxar o regloscópio para a zona da linha de inspecção onde se efectua o controlo das
luzes do veículo. Esta zona deve permitir o deslocamento do regloscópio transversal-
mente ao eixo da linha e possuir o chão devidamente liso e nivelado.
• O veículo deverá estar parado numa zona lisa e horizontal, possuir a suspensão à altura
correcta de funcionamento (no caso das suspensões pneumáticas ou hidráulicas, colo-
car em funcionamento o veículo durante alguns minutos) e possuir os pneus à pressão
especificada pelo fabricante.
• Verificar se o regulador interior da altura de faróis (se existente) está na posição mais
elevada (carga normal).
• Alinhar o grupo óptico com um dos faróis e projectar o feixe luminoso no alvo existente
no seu interior.
• Levar o regloscópio para o outro farol do veículo deslocando-o sobre o rodado da base
mas mantendo o grupo óptico exactamente nas mesmas regulações anteriormente
efectuadas.
• Proceder como já atrás descrito para analisar o segundo farol médio não esquecendo
de levar em conta a comparação relativa entre os dois.
• Deslocar de novo o regloscópio para o primeiro farol e fazer agora o ensaio do farol
máximo.
B.0 - Inspecção
De acordo com o disposto no artigo 116º do Código da Estrada, os veículos a motor e seus reboques
podem ser sujeitos a vários tipos de inspecções, de entre as quais importa salientar as inspecções
periódicas para verificação das suas características e condições de segurança.
As inspecções técnicas periódicas visam confirmar, com regularidade, a manutenção das boas
condições de funcionamento e de segurança de todo o equipamento e das condições de segurança dos
automóveis ligeiros, pesados e reboques, de acordo com as suas características originais homologadas
ou as resultantes de transformação autorizada nos termos do Regulamento do Código da Estrada.
Podem ser dispensados destas inspecções os veículos destinados a fins especiais, que raramente
utilizam a via pública e cuja circulação esteja dependente de autorização especial (prevista no artigo
58º do Código da Estrada e regulamentada no artigo 5º do Regulamento do Código da Estrada) por
apresentarem pesos brutos, pesos por eixo ou dimensões que excedam os limites gerais fixados
legalmente.
Sempre que as condições de limpeza do veículo não possibilitem a inspecção de determinado órgão
ou item, o veículo será reprovado sendo atribuída deficiência no respectivo órgão, anotando-se em
observações os componentes não inspeccionados.
Os veículos devem ser apresentados à primeira inspecção anual e às subsequentes durante o mês
correspondente ao da matrícula inicial, devendo ser apresentados às inspecções semestrais (nos casos
em que se aplica) no 6º mês após a correspondente inspecção anual e de acordo com a periodicidade
estabelecida.
A pedido do interessado, a inspecção periódica pode ser antecipada pelo período máximo de dois
meses em relação ao mês previsto. Poderá o utente por questões legais ou interesse próprio pedir uma
inspecção ou reinspecção ao veículo sem que a periodicidade da mesma seja alterada, com o objectivo
de obter uma ficha de inspecção sem anomalias (por exemplo veículos de transporte de mercadorias
perigosas).
Veículos Periodicidade
Nota: Sempre que for realizada uma Inspecção Extraordinária ou para Atribuição de Matrícula ao veículo
dentro do período estabelecido para a Inspecção Periódica, a primeira é válida como periódica e não é
alterada a periodicidade de inspecção.
– Documentos particulares (substitutos do livrete) relacionados com veículos das Forças Armadas
e Forças de Segurança
No caso de o veículo não ter sido submetido a inspecção periódica anterior, devendo tê-lo sido, a
inspecção deve ser realizada e o responsável do centro deve comunicar, de imediato, tal facto à Direcção-
Geral de Viação através de documento assinado pelo mesmo responsável e pelo apresentante.
O inspector é responsável por seleccionar a linha de inspecção de acordo com o tipo e categoria do
veículo, da seguinte forma:
• Linha de ligeiros:
Os veículos ligeiros com peso bruto superior a 2800kg podem fazer o ensaio no frenómetro de ligeiros
desde que o equipamento assegure o rigor do ensaio.
• Linha de pesados
Os centros com linhas de inspecção simultaneamente para veículos ligeiros e pesados aprovadas
(chamadas mistas), utilizarão as referidas linhas indistintamente para veículos ligeiros (peso medido no
banco de suspensão) e pesados (peso medido no frenómetro) e ainda para veículos ligeiros com peso
bruto superior a 2800kg e inferior a 3500kg (peso medido no frenómetro).
Os inspectores não podem executar ou mandar executar manobras que ponham em causa a sequência
normal de inspecção. Sendo necessário repetir algum testem o veículo deverá ser reposicionado no
equipamento através da realização de manobras que não ponham em causa a segurança de pessoas,
veículos e equipamentos.
O inspector é responsável por conduzir a viatura, após autorização prévia do cliente, em todos os testes
realizados com equipamento, com excepção da verificação das folgas e utilização do regloscópio.
Exceptua-se o caso de veículos transformados para deficientes motores, os quais poderão ser
conduzidos pelo proprietário.
Após a realização da inspecção, o cliente deve estacionar o veículo em local previsto e indicado pelo
inspector. Em caso de intempéries ou dificuldades inesperadas, para comodidade do utente, o veículo
poderá ser estacionado na área coberta do centro por indicação do inspector.
As deficiências encontradas nas observações e verificações dos pontos de controlo obrigatórios, são
graduadas em três tipos:
Tipo 1 — deficiência que não afecta gravemente as condições de funcionamento do veículo nem
directamente as suas condições de segurança, não implicando, por isso, nova apresentação
do veículo a inspecção para verificação da reparação efectuada;
Tipo 3 — deficiência muito grave que implica a paralisação do veículo ou permite somente a sua
deslocação até ao local de reparação, devendo esta ser confirmada em posterior
inspecção.
Os quadros relativos à classificação das deficiências previstas encontram-se no Despacho 5392/99 (2º
série) estando também transcritos no presente manual.
Sempre que sejam observadas deficiências no veículo, devem os inspectores delas dar conhecimento
ao seu apresentante, anotando-as devidamente na ficha.
Para comprovar a realização das inspecções periódicas são emitidas pela entidade titular do centro de
inspecção, por cada veículo inspeccionado, uma ficha de inspecção que apresenta no canto inferior
esquerdo uma vinheta destacável correspondente, modelo exclusivo da Imprensa Nacional - Casa da
Moeda.
A entrega da ficha de inspecção e a devolução do livrete e do título de registo de propriedade é feita pelo
inspector, o qual descreve de forma clara o conteúdo da ficha de inspecção, esclarecendo o cliente de
todos os aspectos técnicos relacionados com as potenciais deficiências observadas. Deve ser realizada
no posto de fim de linha ou em local específico reservado, de forma a garantir a confidencialidade do
processo.
O documento que comprova a realização das inspecções periódicas dos veículos matriculados noutro
Estado membro da União Europeia, a circular legalmente em Portugal, é reconhecido, para todos os
efeitos, pelas autoridades fiscalizadoras competentes.
Nas inspecções facultativas é emitida uma ficha de inspecção com o mesmo conteúdo da ficha de
inspecção periódica, mas em papel timbrado da empresa e com numeração sequencial.
A ficha de inspecção é baseada num relatório de inspecção que pode ter duas formas:
O centro emite um relatório para cada veículo inspeccionado. No relatório encontram-se devidamente
identificadas as observações/verificações a efectuar por categoria de veículo e todas as apreciações e
tomadas de decisão individuais ou colegiais.
Em caso de engano no preenchimento dos diversos campos do relatório de inspecção, deve o inspector
responsável pela inspecção corrigir o erro e inserir a sua rubrica ao lado da rasura.
Os processos de inspecção serão arquivados segundo a legislação em vigor por um período não
inferior a 5 anos.
Os veículos que apresentem deficiências do tipo 2 nos sistemas de direcção, suspensão ou travagem
não podem transportar passageiros nem carga enquanto não forem aprovados.
Os veículos que apresentem deficiências do tipo 3 podem circular apenas para deslocação até ao local
de reparação e posterior regresso ao centro de inspecção para confirmar a correcção das anomalias.
Sempre que o veículo tenha sido reprovado em inspecção, pode o mesmo, no prazo de 30 dias, voltar
ao centro de inspecção para confirmar a correcção das deficiências anotadas.
O prazo referido no número anterior será reduzido para 15 dias sempre que as deficiências constatadas
na inspecção ou reinspecção precedente não tenham sido atempadamente corrigidas.
Sempre que o último dia do prazo de 30 ou 15 dias relativo à correcção das deficiências termine num
domingo, dia feriado ou dia em que o centro não se encontre aberto ao público, deve considerar-
se como data limite, na emissão da ficha de inspecção, o primeiro dia útil seguinte (Circular ITVA
nº21/2005)
Caso tenha sido realizada a inspecção ou reinspecção antecedente noutro centro, deve ser efectuada
uma nova inspecção.
Com o condutor sentado na posição de condução verificar o estado do pedal. Confirmar se está preso
se tem folgas ou qualquer outro problema
Deficiência Tipo
Difíceis de movimentar 2
Desvio da sede 2
O curso excessivo do pedal motivado por fuga do fluído de travagem, desgaste dos calços ou bomba
central com defeito, conduz a uma reserva de curso insuficiente e consequentemente a riscos de res-
posta deficiente de travagem.
Se o travão não recupera facilmente (o pedal não acompanha o pé) pode haver problemas de servo-
freio ou da mola de retorno (o servo-freio pode ter problemas no filtro de ar ou nas válvulas interiores).
Deficiência Tipo
Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M, N (veículo O só para os depósitos).
Caso haja bloqueamento dos travões por baixa pressão, verificar se o tempo para o sistema recuperar
é demasiado elevado (bloqueamento sucessivo durante o ensaio).
No teste do frenómetro se surgir indicação de pressão baixa (avisador luminoso), deverá ser possivel
efectuar mais duas travagens sem que o sistema bloqueie.
Deficiência Tipo
Na posição activa de condução com o motor em marcha verificar o correcto funcionamento do manó-
metro, do avisador (actua em caso de perdas de pressão) ou de ambos quando for o caso.
Deficiência Tipo
• Indicação incorrecta da pressão da qual pode resultar uma falha do sistema de travões
por não se reagir em tempo útil
Visualmente, verificar, com o motor a trabalhar, o estado da válvula, o seu funcionamento e a existência
de fugas de ar.
Deficiência Tipo
Mau funcionamento 2
Deficiência Tipo
Deficiência Tipo
Deficiência Tipo
Estanquecidade insuficiente 3
A inspecção é realizada normalmente na fossa verificando o estado e fixação dos depósitos, fugas,
assim como a operacionalidade do sistema de purga.
Deficiência Tipo
• Consumo desnecessário de ar
• Risco de resposta à travagem lenta ou bloqueamento do sistema
• Redução da reserva de ar disponível no caso de purga não efectuada
Verificar o estado da bomba, verificar o nível do óleo do reservatório da bomba e verificar, aquando
do teste de travagem, a luz indicadora do nível de fluído de travões. Verificar o estado da vedação da
tampa do reservatório.
Verificar a existência de fugas assim como a eficiência do dispositivo. Para verificar a eficiência do dis-
positivo acciona-se o pedal repetidamente até ficar rijo (motor parado) mantendo de seguida o pé em
cima do pedal colocar o motor em funcionamento - o pedal deve começar a descer .
Deficiência Tipo
Deficiência Tipo
Deficientemente apertada 2
A verificação é feita normalmente na fossa devendo ser verificado o estado dos tubos (danificados,
muito ressequidos, curtos, deformados ou torcidos) e a existência de fugas.
Deficiência Tipo
Se a luz indicadora de aviso se encontra acesa deve procurar-se se possivel, verificar o desgaste das
pastilhas de travão.
Sendo possivel verificar, deve considerar-se desgaste excessivo, sempre que haja contacto entre o
suporte do calço ou pastilha e a polia ou disco (metal/metal).
Deficiência Tipo
Ausência de calços 3
Desgaste excessivo 2
Deve ser verificado a existência de gorduras, fixação da chapa de protecção e quando possível o des-
gaste dos tambores ou discos dos travões.
Deficiência Tipo
Na fossa verificar o estado mecânico dos cabos assim como dos elementos de fixação. Verificar o fun-
cionamento do conjunto.
Deficiência Tipo
Cabos danificados 2
Deficiência Tipo
Fissurados ou danificados 3
Com fugas 3
Corrosão excessiva 2
Verificar a montagem dos componentes quando possível e o estado das ligações e respectivo funcio-
namento.
Deficiência Tipo
Afinação incorrecta 2
Inexistente 2
Verificar o estado do mecanismo, quando possível, assim como o seu funcionamento normal.
Deficiência Tipo
Mecanismo gripado 3
Funcionamento defeituoso 2
Deficiência Tipo
Funcionamento defeituoso 2
Posicionamento inadequado 2
O sistema ABS funciona normalmente com velocidades superiores à velocidade de ensaio no frenó-
metro.
Verificar o indicador luminoso e ligações aos sensores das rodas quando possivel
A luz indicadora de ABS poderá ficar sempre acesa. Este facto poderá ter origem no funcionamento
deficiente do ABS ou simplesmente por uma avaria já reparada, memorizada mas não apagada. Como
não podemos saber qual a realidade o veículo terá que ser reprovado atribuindo-se a deficiência “fun-
cionamento deficiente”
Deficiência Tipo
Funcionamento deficiente 2
Montagem incorrecta 2
Verificar se o veículo é dotado de tracção integral e nesse caso, se for possível, desligar o diferencial
traseiro do dianteiro. Não o sendo haverá que recorrer à utilização de rolos loucos ou ao uso do desa-
celarógrafo.
Com o veículo no frenómetro deve-se iniciar a travagem de forma lenta e uniforme até ao bloqueio das
rodas ou até atingir o esforço máximo de travagem.
Para verificar uma eventual ovalização dos tambores ou empeno dos discos, manter estável a pressão
do pedal do travão pelo menos uma volta completa do rodado. O momento em que tal ensaio deve
ser efectuado e a sua duração são em alguns modelos dos equipamentos, indicados ao operador por
mensagem disponível no monitor ou indicadores luminosos existentes na consola.
Se durante a travagem o inspector detectar que a força máxima é atingida com o pedal no fim de curso
o teste deve ser repetido após carregar várias vezes no pedal (ar no circuito ou deficiência na bomba
central).
Se o pedal após comprimido, continuar a deslocar-se lentamente até ao fim de curso, a bomba central
pode estar defeituosa.
Se durante a travagem for necessário exercer um esforço exagerado no pedal, o servofreio pode estar
a funcionar mal.
Quando se inicia o teste a um sistema pneumático deve-se verificar a pressão no manómetro. Uma
diminuição demasiado rápida dessa pressão pode ser indicativa de fugas ou mau funcionamento do
compressor.
A eficiência de travagem deve estar relacionada com a massa máxima autorizada, pelo que os veículos
podem ser ensaiados carregados especialmente os pesados.
Deficiência Tipo
B.1.2.2 - EFICIÊNCIA
Deficiência Tipo
Para ligeiros
inferior a 25% 3
O sistema de travagem de emergência deve permitir parar o veículo numa distância razoável, no caso
de avaria do sistema de travagem de serviço, devendo a sua acção ser regulável e o condutor conse-
guir actuar no lugar de condução. Há veículos cuja actuação deste travão é automática.
O ensaio deverá ser feito através da simulação das condições reais de avaria no sistema o que não é
possível no acto de inspecção periódica.
B.1.3.1 - Desempenho
Deficiência Tipo
B.1.3.2 - Eficiência
Deficiência Tipo
O travão de estacionamento permite manter um veículo imobilizado após actuação do travão de serviço
e é sempre um equipamento mecânico.
O teste para verificação da eficiência deve, no caso dos veículos ligeiros, ser feito actuando de forma
lenta (dente a dente) até atingir a força de travagem máxima.
No caso dos travões pneumáticos, o manípulo será igualmente accionado devagar até se atingir o
bloqueio.
Quando o ensaio acusar o esforço nulo numa das rodas o problema poderá ser devido a uma má
afinação e não travão inoperativo. Para se comprovar repete-se o ensaio accionando apenas o rolo
do frenómetro relativo à roda que acusa esforço nulo, conseguindo deste modo verificar se há ou não
esforço de travagem. Havendo esforço de travagem a anomalia a assinalar não será de travão inope-
rativo mas afinação incorrecta.
Existe uma patilha no interior do veículo que permite accionar o sistema em caso de necessidade per-
mitindo assim a realização do ensaio no frenómetro.
B.1.4.1 - Desempenho
Deficiência Tipo
B.1.4.2 - Eficiência
Deficiência Tipo
Para veículos equipados com retardador eléctrico ou hidráulico de acção independente, o seu funciona-
mento pode ser verificado quando o veículo está instalado no frenómetro, desde que o comando deste
equipamento seja independente limitando-se esta verificação à confirmação da existência de esforço
de travagem.
Para veículos equipados com retardador de escape não é possivel verificar o seu funcionamento no
decorrer da inspecção.
Deficiência Tipo
Não modulável 2
Funcionamento defeituoso 2
É apenas justificado o uso do desacelerógrafo nos casos em que devido às características dos veículos
não seja exequível o ensaio no frenómetro, devendo a justificação do ensaio constar do relatório de
inspecção.
Com a utilização dos rolos loucos, o ensaio com o desacelarógrafo ficará limitado a alguns pesados.
Este ensaio deverá ser realizado em local que não coloque em risco a segurança do veículo em teste,
assim como a segurança de terceiros, devendo ser realizado nas instalações do Centro ou num outro
local não público.
O veículo não deve ser sujeito a qualquer tipo de vibração, deve arrancar lentamente e rolar alguns
segundos até atingir a velocidade de 40 Km/h, após o que se deve efectuar uma travagem progressiva
sem derrapar.
O ensaio da eficiência do travão de estacionamento não deve ser realizado por este método uma vez
que o mesmo para este caso não permite resultados fiáveis assim como a repetibilidade dos mesmos.
O ensaio é realizado no ripómetro com a pressão correcta nos pneus, o volante solto e o veículo en-
gatado.
Colocar o veículo de maneira a que este siga uma linha recta, fazendo passar de maneira lenta e cons-
tante a roda dianteira esquerda por cima do tapete do ripómetro. Durante a passagem é imprescindível
que o condutor mantenha o volante livre, para que o veículo possa seguir o seu trajecto natural.
Apenas os valores das rodas direccionais são considerados para a atribuição de deficiências. Os valo-
res das rodas não direccionais, servem apenas de orientação e de alerta para possíveis deficiências a
detectar na fossa.
Deficiência Tipo
Condução difícil e perigosa. Desgaste irregular dos pneus e de outros componentes do sistema de
direcção.
Com o motor a funcionar, rodar o volante para a esquerda e para a direita, com movimentos curtos, até
se detectar resistência. As rodas do veículo devem acompanhar o movimento do volante. Desta forma
o Inspector verifica a existência de folgas radiais e quantifica-as.
Com o motor a funcionar, ao rodar o volante verifica-se se existe resistência ao movimento assim como
batimentos e ruídos anormais que serão indícios de folgas nas uniões elásticas.
Verificar se o volante corresponde ao volante original ou se é um volante com diâmetro diferente que
causará o endurecimento da manobra.
Puxar e empurrar o volante axialmente. Desta forma o inspector verifica se existe folga axial no volante
com batimento ou má fixação do sistema do volante e coluna.
Deficiência Tipo
Resistência ao movimento 2
Colocar as rodas do veículo, sobre as placas detectoras de folgas, tendo o cuidado de garantir que o
veículo está centrado em relação ao eixo da fossa.
Efectuar sucessivas e rápidas rotações do volante, para poder avaliar o estado dos diferentes com-
ponentes da direcção, verificando a fixação da caixa, folgas, fugas de fluído. Verificar igualmente a
existência de batimentos anormais.
Deficiência Tipo
Fixação deficiente 2
Fuga de fluído 1
Colocar as rodas do veículo sobre as placas deslizantes do detector de folgas, tendo o cuidado de ga-
rantir que o veículo está centrado em relação ao eixo da fossa.
Devem-se efectuar sucessivas e rápidas rotações do volante, para poder avaliar os órgãos da direcção.
Rodar também o volante totalmente para um lado e para o outro para verificar os limitadores.
O Inspector deve verificar se há contacto das rodas ou das barras com partes fixas do veículo.
Verificar alterações ao movimento dos braços de direcção que indiciem folgas na ligação à caixa de
direcção.
Deficiência Tipo
Ausência de guarda-pós 2
Com o motor parado rodar ou tentar rodar o volante para um dos lados. Colocar o motor em funciona-
mento e verificar a redução do esforço no volante.
Deficiência Tipo
Funcionamento incorrecto 2
Fuga de fluído 1
B.3 - VISIBILIDADE
B.3.1 - VISIBILIDADE
Consideram-se 3 zonas distintas no vidro pára-brisas nas quais a existência de riscos, fissuras ou ou-
tras deformações provocam redução de visibilidade com diferentes consequências.
Deve-se ter em atenção que fissuras simples ou múltiplas serão sempre causadoras de redução de
visibilidade, especialmente devido a fenómenos de reflexão quando o vidro está molhado, de noite ou
com má visibilidade durante o dia.
Zona A Não são aceites nesta zona fissuras, riscos, deformações com excepção de pequenos
picos motivados pela projecção de gravilhas.
Zona B São aceites fissuras simples, múltiplas ou riscos, desde que e por julgamento do ins-
pector não provoquem perda de visibilidade.
Zona C São aceites fissuras simples, múltiplas ou riscos desde que não esteja em causa a
segurança estrutural do vidro.
Deficiência Tipo
• Diminuição do campo de visibilidade devido ao mau estado dos vidros ou existência de pelí-
culas ou autocolantes indevidos.
B.3.2 - VIDROS
Gravação
Não é permitida a colocação de películas autocolantes nos vidros dos veículos destinadas a escurecê-
los.
São permitidas películas opacas na caixa de carga dos veículos automóveis de mercadorias, devendo-
se entender que a opacidade destas películas deverá verificar-se do exterior para o interior e não no
sentido inverso.
- Vidros laminados com fissuras extensas em apenas uma das faces que passem de um lado ao
outro do vidro;
- Vidros laminados em que a fissura, sendo extensa numa das faces, passa para além do meio do
lado adjacente
- Fissuras múltiplas
- Fissuras que pela sua dimensão e aspecto põem em causa a visibilidade ou resistência do vi-
dro
São permitidos segundo o Regulamento 43 ECE, vidros escuros ou escurecidos, nos veículos automó-
veis, desde que a percentagem de absorção de luminosidade não exceda os seguintes valores:
Vidro pára-brisas 25%, Vidro Porta da frente 30%, Outros vidros superior a 30%
Assim, desde que os vidros possuam marca de homologação e na qual é prevista a verificação destes
valores poderemos ter um veículo com vidros nas portas da frente mais claros que os vidros das portas
traseiras ou óculo.
Deficiência Tipo
Vidros inexistentes 2
Vidros partidos 2
Todos os veículos automóveis devem dispor de pelo menos um espelho retrovisor interior e um exterior
colocado no lado esquerdo do veículo.
Sempre que se verifique a redução ou eliminação do campo de visão do espelho retrovisor interior,
deve existir um espelho retrovisor exterior instalado no lado direito do veículo.
Excepções:
Todos os espelhos retrovisores do veículo devem conter a marca de homologação, ou seja, a letra “E” -
envolvida num círculo (regulamento UNCE), ou a letra “e” (aprovação comunitária). Em certos espelhos
retrovisores exteriores a marca de homologação, encontra-se na parte inferior do retrovisor.
Deficiência Tipo
Ausência de retrovisores 2
Deficiência Tipo
B.3.5 - LAVA-VIDROS
Deficiência Tipo
Funcionamento deficiente 1
• Visão deficiente.
Cores Regulamentares
O veículo autorizado a usar faróis amarelos, pode circular com faróis de médios brancos e máximos
amarelos ou vice-versa.
Verificar o correcto funcionamento e estado das luzes de máximos e médios, estado e fixação das
ópticas ou vidros dos faróis ou ainda o estado do material reflector.
Verificar a existência de avisador que será de cor azul para os máximos (obrigatório) e da cor verde
para os médios quando existir.
Verificar se a pressão dos pneus está correcta (para veículos com suspensão a ar, deve ligar-se o
motor de modo a estabilizar a altura do veículo).
O Inspector deverá colocar o veículo com o motor a trabalhar, sobre a superfície lisa e horizontal
destinada ao ensaio.
Verificar se o regulador dos faróis pelo interior (se existente) está na posição normal (posição zero).
Colocar o regloscópio diante do farol a focar, a uma distância de 20 a 50 cm (de acordo com o equi-
pamento instalado) e paralelamente à linha definida pelos 2 faróis.
Comparar a inclinação do feixe luminoso em percentagem, com o valor declarado pelo fabricante
do veículo. Caso se utilize um regloscópio sem impressão de resultados, comparar o feixe luminoso
projectado no equipamento
A eficácia dos feixes luminosos e orientação será verificada com o Regloscópio, sendo o procedimen-
to de manuseamento do mesmo de acordo com o Manual do Equipamento.
A instalação de luzes anormais em veículos deverá ser motivo de reprovação (azuis, fluorescentes e
outras)
Deficiência Tipo
Funcionamento incorrecto 2
• Coima
• Redução das condições de segurança, a orientação alta provoca encandeamento e a
orientação baixa provoca visão deficiente.
• Luzes de presença - as luzes que servem para indicar a presença e a largura do veículo
quando visto de frente e da retaguarda. As luzes de presença da frente tomam a designação
de “mínimos”, devendo apresentar uma intensidade tal, que sejam visíveis de noite e por tem-
po claro a uma distancia mínima de 150 m.
• Luzes indicadoras de mudança de direcção - a luz que serve para indicar aos outros uten-
tes da estrada que o condutor tem a intenção de mudar de direcção para a direita ou para a
esquerda.
A luz emitida deve ser intermitente (90 ± 30 ciclos /minuto), devendo existir um avisador óptico
ou acústico.
• Luz de chapa de matrícula - o número de matrícula inscrita à retaguarda deve ser iluminado
com luz de cor branca e por forma a ser visível pelo menos a 20 m. Deve possuir uma ligação
funcional com as luzes de presença devendo ser accionado com estas.
• Luz de travagem – indica aos utentes da estrada que circulam atrás do veículo que o condu-
tor deste accionou o travão de serviço.
De acordo com a Directiva 97/28 CEE para os veículos matriculados a partir de 1-10-2000,
passa a ser obrigatória a 3ª luz de travagem para os veículos M1 e facultativa nos restantes.
De acordo com a Directiva 91/663/CEE para os veículos matriculados a partir de 1-1-1998, a
cor da luz de travagem passa a ser obrigatoriamente vermelha e com uma intensidade supe-
rior à das luzes de presença (Directiva 91/663 CEE).
As luzes de perigo têm que poder funcionar mesmo com o motor parado.
Verificar a existência, funcionamento, eficácia, estado, montagem, cor, fixação e homologação das
luzes e reflectores.
Deficiência Tipo
Fixação deficiente 1
Funcionamento deficiente 2
Nota:
Havendo mais que uma luz (ou reflector) do mesmo tipo, ao não funcionamento de uma delas é atribu-
ído o grau de deficiência 1.
As luzes de nevoeiro devem estar orientadas para a frente do veículo sem provocar encadeamento
para os condutores que circulem em sentido oposto e montadas segundo a legislação em vigor à data
da homologação
Devem ser ligadas ou apagadas separadamente das luzes de cruzamento e estrada ou em combina-
ção com uma destas.
Para ligar os faróis de nevoeiro da frente terão que estar ligadas as luzes de presença
Os faróis de nevoeiro traseiros são obrigatórios para os veículos matriculados a partir de 27-5-1990.
Deverão existir 1 ou 2 luzes de cor vermelha, devendo no caso de existir apenas uma luz, esta estar
colocada no lado esquerdo do veículo, ou ao centro do mesmo para veículos homologados a partir de
1996-01-01 ou matriculados a partir de 1998-01-01. As luzes só podem ligar-se quando as luzes de
cruzamento estrada ou nevoeiro da frente estiverem em serviço.
Podem ficar ligadas com as luzes de presença não podendo no entanto ser ligados com estas.
Deve verificar-se a dependência de ligação com as outras luzes e de acordo com a legislação em vi-
gor.
A orientação das luzes de nevoeiro à frente deverá ser verificada com auxílio do regloscópio
Deficiência Tipo
Orientação alta 2
São obrigatórias para os veículos das categorias M e N matriculados a partir de 1-1-1998 e facultativa
para os veículos da categoria O.
São luzes de cor branca podendo existir uma ou duas. Não podem provocar encadeamento pelo que o
seu alcance não deve ser superior a 10 metros.
Para veículos matriculados até 30-09-1994, os faróis de marcha-atrás poderão ter a cor amarela
Verificar a existência, eficácia, estado, cor, fixação, montagem e homologação das luzes.
Deficiência Tipo
Funcionamento incorrecto 1
• Dificuldade de manobra
• Segurança
• Coima
Ligar a chave na ignição, ligar os interruptores e verificar se as luzes do painel de instrumentos funcio-
nam.
Deficiência Tipo
Esta verificação aplica-se a todos os veículos das categorias M, N e O. A aplicação dos diferentes tipos
de reflectores difere de acordo com a categoria de veículos.
Tipo de Reflectores
Sempre que por construção os veículos não permitam a montagem dos reflectores, podem os mesmos
ser colocados em dispositivo amovível fixado à estrutura do veículo.
Verificar a existência, estado, montagem, fixação e homologação dos reflectores e placas reflectoras.
Deficiência Tipo
Ausência ou deteriorados 2
• Segurança
• Coima
• Coima
Verificar o estado, fixação e montagem das cablagens e respectivas ligações eléctricas do veículo.
Deficiência Tipo
• Curto-circuito,
• Risco de incêndio.
• Avaria no veículo
Esta verificação é aplicável a veículos que devido às suas condições gerais de utilização estão autori-
zados a utilizar luzes específicas (tractores, veículos pronto-socorro, veículos especiais para limpeza
urbana e bombeiros).
Faróis Rotativos Amarelos – utilizados em veículos que podem circular em marcha lenta
ou com cargas de grandes dimensões
Faróis auxiliares para engate de semi-reboque – faróis utilizados para auxiliar a mano-
bra de engate ou desengate dum semi-reboque durante a noite
ou
Faróis utilizados para o serviço de limpeza urbana – faróis direccionais de cor branca
utilizados como auxiliares de serviço e que não podem provocar o encadeamen-
to de outros veículos (superior a 5 m).
ou
Não está prevista na legislação actual nenhuma classificação específica para este conjunto de faróis.
• Encadeamento
Utilizar o detector de folgas. Verificar fixações, recorrendo quando necessário ao uso do travão. Verifi-
car a existência de deformações, soldaduras ou fissuras, reparações incorrectas ou fixações deficien-
tes ao chassis.
Deficiência Tipo
• Acidente
• Imobilização do veículo
Assim, para molas de rigidez elevada a frequência de oscilação aumenta e para veículos pesados
diminui.
• Molas de lâminas
• Molas helicoidais
• Barras de torção
• Suspensão pneumática
Utilizar as placas detectoras de folgas. Com o veículo travado ou destravado, provocar deslocações
longitudinais e transversais dos pratos, afim de analisar o estado das molas, a sua manutenção e res-
pectivas fixações (casquilhos, apoios, braçadeiras, etc.) e possíveis alterações da suspensão.
Verificar visualmente o estado geral das molas (braçadeiras, brincos, olhais, etc.)
Uma mola de lâminas pasmada tem normalmente o brinco de fixação na posição horizontal com a
viatura descarregada.
Deficiência Tipo
Molas de Lâminas
Deficiência Tipo
Molas Helicoidais
Molas pasmadas 2
Deficiência Tipo
Barras de Torção
Montagem incorrecta 2
B.5.3 - AMORTECEDORES
O amortecedor reduz a amplitude e a frequência de oscilação das molas, dissipando a energia acumu-
lada pelas mesmas. A força de amortecimento é maior na extensão do que na compressão.
Deficiência Tipo
Ausência 2
Fuga de óleo 2
Montagem incorrecta 2
Danos exteriores 1
Com o veículo travado ou destravado, movimentar os pratos do detector de folgas de forma a potenciar
eventuais folgas.
Esta verificação é feita parte na fossa e em casos específicos pela parte superior do veículo.
Deficiência Tipo
Barras Estabilizadoras
Deficiência Tipo
Braços de Suspensão
Deficiência Tipo
Sistemas Pneumáticos
Fugas de ar 2
Veículo desnivelado 2
Deficiência Tipo
Sistemas Hidroelásticos
Fugas de óleo 2
Esta verificação aplica-se aos veículos das categorias M1, N1 dos quais o peso bruto não ultrapasse
2800 kg.
Colocar as rodas do primeiro eixo do veículo de forma lenta e precisa sobre os pratos do banco de
suspensão.
Para os veículos em que a distância entre eixos é diferente do lado esquerdo para o lado direito (ex:
Renault 4L), deve-se ter o cuidado com a colocação das rodas nos pratos de forma a ficarem correc-
tamente centradas.
Se for um veículo com a suspensão regulável deve haver o cuidado de o ajustar na posição normal de
estrada.
Os resultados do ensaio são impressos automaticamente (eficiência por roda e diferença de eficiência
entre 2 rodas do mesmo eixo).
Deficiência Tipo
• Má aderência à estrada
• Redução de eficiência de travagem
• Redução do conforto dos ocupantes
B.5.7 - JANTES
Verificar o tipo da jante, o estado, se é compatível com o pneu e a uniformidade de jantes em cada eixo
do veículo. Verificar a fixação da jante.
A falta de uma porca ou parafuso de aperto deverá ser considerada uma “deficiência de carácter per-
manente”
Quando se detectam espaçadores (bolachas) montados com a finalidade de aumentar a distância entre
vias, deverá ser assinalada a deficiência “Fixação com deficiência de carácter permanente”.
As distâncias entre vias podem ser igualmente alteradas com a utilização de jantes não homologadas
ou devido à alteração do posicionamento jante/disco, no caso de jantes de ferro alterando o “Deport” da
jante D (distância entre o plano de rolamento e a face do disco que se apoia ao cubo).
Por vezes este tipo de alteração torna-se visível por a roda sair para fora da carroçaria.
Deficiência Tipo
Empeno 2
Fissuras 2
Soldaduras de recuperação 2
Corrosão excessiva 2
B.5.8 - PNEUS
185 / 70 R 14 89 T Tubeless M + S E4
253 2439
a. largura nominal da secção de 185 mm 4. País que homologou
b. índice de aparência nominal, neste caso é 70 % de 2439. Número de homologação
185 mm
c. estrutura radial - R
d. diâmetro nominal da jante de 356 mm = 14’’
e. capacidade de carga de 580 kg = 89
f. velocidade máxima de 190 Km/h = T
g. Tubeless - pode ser montado sem câmara de ar
h. M + S - de neve
i. fabricado na 25ª semana de 1993 - 253
Verificar visualmente se existem diferenças de pressão substanciais entre pneus e corrigir caso neces-
sário.
Verificar se no mesmo eixo os pneus montados são do mesmo tipo e se no veículo têm todos a mesma
estrutura.
Verificar o desgaste dos pneus utilizando as marcas indicadoras existentes no piso (altura mínima de
1,6 mm - veículos ligeiros).
Verificar se existem cortes, fissuras ou outras deficiências que coloquem em causa a segurança do
veículo.
Verificar se no piso do pneu existem sinais de reabertura de ranhuras quando não for permitido para
este tipo de pneus (apenas o sendo possível para os pneus regroovable).
Se no livrete estiver contemplada mais que uma dimensão, deve o inspector escolher qual a medida do
livrete que lhe serve de referência e utilizar essa referência para o controlo.
Quando o pneu montado não corresponder ao previsto no livrete, o inspector deve comparar o pe-
rímetro do pneu montado e do pneu previsto no livrete utilizando a seguinte fórmula (para pneus de
estrutura radial).
P = p x (2 x A + d)
P - Perímetro do pneu
A - Altura do flanco
d - Diâmetro interior (diâmetro da jante)
D = 2 x 0,01 x (Ln x Ra) + d (Ex.: 145/80 R13 - D = 2 x 0,01 x (145 x 80) + 25,4 x 13 = 562 mm).
O pneu será aceite com o grau de deficiência 1 se a diferença para o perímetro do pneu previsto no
livrete for igual ou inferior a 5% e recusado se for superior a 5%.
Deficiência Tipo
Deficiência Tipo
Deficiência Tipo
Folga excessiva 2
Fuga de lubrificante 1
• Instabilidade de direcção
• Desgaste irregular nos pneus.
B.5.10 - TRANSMISSÃO
Deficiência Tipo
Verificar a existência de deformações, empenos, corrosão ou ligações deficientes. Com o veículo nas
placas do detector de folgas, verificar a existência de fracturas, fissuras ou más ligações.
Deficiência Tipo
Longarina fendida 3
• Acidentes
• Coimas
• Desgaste irregular dos pneus.
Inspecção visual verificando o estado do reservatório e tubagens assim como a sua identificação quan-
do necessário.
No caso de veículos a GPL, de acordo com o Decreto-Lei 195/91 é obrigatório a utilização de um dís-
tico “GPL” colocado na traseira do veículo de forma visível e que respeite as características referidas
na Port. 350/96.
Deficiência Tipo
Fugas de combustível 3
Tampão inadequado 1
Tampão ausente 2
Reservatório danificado 2
Qualquer veículo deve ser fabricado ou equipado de forma a oferecer em toda a sua largura protecção
eficaz contra o encaixe, de forma a cumprir os seguintes requisitos:
• Extremidades laterais do perfil curvadas para a frente e sem rebordos cortantes no ex-
terior
• O rebordo inferior do perfil não deve distar do solo mais de 0,55 m quando o veículo se
encontra sem carga
Qualquer veículo das categorias M1, M2, M3 e N1 preenche os requisitos acima definidos se a altura
ao solo relativa a toda a sua largura não exceda 55 cm. Esta prescrição deve ser respeitada a partir de
uma distância de 45 cm, medida desde a extremidade da retaguarda do veículo.
Deficiência Tipo
A roda de reserva é obrigatória nos veículos de transporte público com excepção dos pesados de
passageiros Categoria I. Quando existente, a roda e o respectivo suporte deverão estar em boas con-
dições funcionais.
Verificar a fixação do suporte existência de fissuras, corrosão ou mau estado dos elementos de fixação
e a ausência da roda de reserva quando obrigatória.
No caso de veículos ligeiros de passageiros (táxis), a falta ou o mau estado do suporte da roda de
reserva deverá ser classificado como “elemento de ligação ou fixação deteriorado”, no grupo cabina e
carroçaria. Esta situação deve-se a não estar prevista esta deficiência nos códigos informáticos para
veículos ligeiros.
Deficiência Tipo
Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M, N e O. Para os veículos matriculados ou homo-
logados a partir de 30-11-1995 é obrigatória a homologação do dispositivo de reboque.
Verificar o estado do dispositivo de engate e fixação ao quadro (apertos, fissuras, empenos), eficácia
do dispositivo de segurança, estado das ligações eléctricas e homologações.
Caso existam componentes do sistema de engate montados, mesmo que parcialmente, terá que ser
comprovada a sua homologação assim como indicação no livrete do seu peso bruto rebocável.
Deficiência Tipo
Verificar:
Deficiência Tipo
B.6.2.2 - FIXAÇÃO
Verificar a existência de ligações não originais que possam provocar falta de segurança do conjunto,
como por exemplo cordões de soldadura defeituosos.
Com o veículo travado, oscilar os pratos detectores de folgas individualmente ou em conjunto, em mo-
vimentos transversais e longitudinais para verificar o estado das fixações.
Deficiência Tipo
• Má estabilidade do veículo.
• Risco de acidentes
O Inspector deve abrir todas as portas e capots para verificar o estado de funcionamento dos fechos e
respectivas dobradiças. Deve verificar o funcionamento do sistema de segurança.
Sendo o veículo inspeccionado de categoria “O” e havendo problemas com portas, haverá que clas-
sificar a deficiência como “elemento de ligação ou fixação deteriorado ou incorrecto” no grupo cabina-
carroçaria. Este problema deve-se à falta de código informático para esta deficiência nesta classe de
veículos
Deficiência Tipo
Deficiência Tipo
Aperto deficiente 1
• Falta de energia
• Derrame de ácido
• Curto-circuito
Para verificar o estado dos apoios do motor, deve ser feita uma análise visual na fossa. Em caso de
dúvida e com o apoio de outro inspector poderá a inspecção ser completada fazendo ponto de em-
braiagem com o travão de estacionamento accionado de forma a forçar os apoios do grupo moto-pro-
pulsor.
Deficiência Tipo
Verificar se o material utilizado no pavimento está em boas condições, ver a sua fixação observando
possíveis danos, deformações ou sintomas de corrosão, nomeadamente nas zonas de maiores esfor-
ços.
Deficiência Tipo
B.6.2.7 - ANTEPARA
Nos veículos ligeiros de mercadorias em que os lugares dos passageiros se situem no interior da caixa
do veículo, deverão os mesmos ser eficientemente protegidos contra qualquer deslocação da carga
através de uma antepara que delimita totalmente o compartimento destinado às mercadorias.
A antepara dos veículos matriculados pela primeira vez a partir de 03/03/97 deve obedecer às seguin-
tes características:
• Não deve permitir a passagem de um elemento cúbico com aresta superior a 5 cm;
• Deve ocupar toda a largura da caixa da carga, sem prejuízo do normal funcionamento
das portas laterais;
• Em altura, deve atingir pelo menos, a altura máxima interior dos painéis laterais.
Estão dispensados do uso de anteparas os veículos da categoria N1, com caixa aberta com ou sem
cobertura em que a cabine e a caixa integram um espaço comum (tipo Jeep) ou em veículos de caixa
aberta com a cabine separada.
Deficiência Tipo
• Projecção da carga para a zona do condutor com risco de lesões graves dos ocupan-
tes.
B.6.2.8 - BANCOS
Deficiência Tipo
• Má posição de condução.
• Fadiga precoce do condutor
• Risco de acidente no caso de deficiente fixação
Deficiência Tipo
Ausência 2
Frente Lateral 2 3 3 3 3 3
Frente Central 2 2 2 2 2 3
M1 Retaguarda Lateral 2 3/2JP 3/2JP 3/2JP 3/2JP
Retaguarda Central 2 2 2 2 3
Virado Retaguarda 2 2 2 2 2
Frente Lateral 3 3 3 3
Frente Central 2 2 3 3
M2 Retaguarda Lateral 2NP 2NP 3 3
≤ 3,5 Ton
Retaguarda Central 2NP 2NP 3 3
Virado Retaguarda 2 2
Virado Retaguarda 2 2 2
Frente Lateral 2 3 3 3 3 3
Frente Central 2 2 2 2 2 2
MISTOS Retaguarda Lateral 2 2 2 2 2
Retaguarda Central 2 2 2 2 2
Frente Lateral 3 3 3 3 3
Frente Central 2 2 2 2 2
N1 Retaguarda Lateral 2 2 2 2 2NP
2 pontos de fixação
3 pontos de fixação
Ae
2439
Ar4mp
1568
Br4m
2140
A marcação compreende 3 identificações, tipo de cinto, país onde foi homologado e número de homo-
logação.
• Cintos com retractor são identificados com uma letra “r”, seguida de um número que identifica
o tipo de retractor
As indicações referidas à homologação dos cintos devem ser ostentadas por meio de uma etiqueta ou
uma marcação directa de modo a resultarem nitidamente legíveis e indeléveis. A etiqueta ou a marca-
ção devem poder resistir ao desgaste.
Para os veículos importados da USA e Canadá, são aceites os cintos com homologação dos países de
origem.
Verificar se o pré-tensor ou absorvedor de energia estão activados. Quando activados, alguns pré-ten-
sores apresentam uma patilha de cor forte saliente. Noutros, apenas se verifica que o conjunto está
recolhido, podendo eventualmente acender-se uma luz no painel de instrumentos,
Deficiência Tipo
B.7.2 - EXTINTOR
• Ambulâncias
• Veículos de transporte de mercadorias perigosas
• Veículos de transporte publico de passageiros
Ambulâncias
1 1 kg ------------- -----------
Classes de fogos – os extintores utilizados nos veículos automóveis devem estar prepa-
rados para actuar em fogos das classes A, B, C.
Os extintores devem estar selados, ostentar uma marca de conformidade reconhecida pelo I.P.Q., os-
tentar uma inscrição que indique a data em que deve ser realizada a próxima inspecção ao extintor e
possuir agentes de extinção do fogo que não libertem gases tóxicos.
Os extintores devem estar colocados de forma claramente visível e a sua localização estar assinalada
através de setas indicadoras adequadas ou pictogramas.
Os extintores não podem apresentar qualquer dano físico, devendo encontrar-se completamente carre-
gados e em condições de imediata utilização. Devem ser pintados na cor vermelha
Todas as instruções de utilização dos extintores, bem como as marcas e inscrições relativas às suas
características, devem apresentar-se perfeitamente legíveis, em língua portuguesa e em bom estado
de conservação.
Devem apresentar indicação da data da verificação e respectiva validade, estabelecida pelo seu fabri-
cante ou pela entidade responsável pela sua manutenção.
Deficiência Tipo
Verificar a operacionalidade do dispositivo montado, procurando arrancar com o veículo sem reconhe-
cimento prévio.
Para o caso de bloqueamento de direcção, parar o motor, tirar a chave da ignição, rodar ligeiramente
o volante para a esquerda ou direita, verificar se a direcção ficou trancada, colocar a chave na ignição
e rodar a chave até à última posição, rodar ligeiramente o volante para a esquerda ou direita, verificar
se a direcção ficou livre.
Para o caso de bloqueamento ao comando de velocidades deve-se retirar a chave da posição de mar-
cha a trás ou ponto morto conforme os modelos e verificar se é possível desbloquear a caixa sem voltar
a utilizar a chave de ignição.
Deficiência Tipo
Funcionamento deficiente 1
• Roubo da viatura
Aplica-se a todos os veículos das categorias M e N. A aplicação dos diferentes modelos de triângulo
difere de acordo com o ano da primeira matrícula do veículo.
Deficiência Tipo
As características da caixa de primeiros socorros são as seguintes (de acordo com o despacho DGV
nº 25879/2006):
a) A caixa deve ser resistente ao choque e o seu material não deve afectar o respectivo conteúdo;
b) Não deve possuir arestas cortantes que possam provocar ferimentos;
c) Deve ser de cor viva e contrastante;
d) Deve estar devidamente identificada através da inscrição «Caixa de primeiros socorros» e possuir
indicações sobre o seu conteúdo em língua portuguesa e validade do respectivo conteúdo quando
aplicável;
e) Deve possuir sistema de fecho;
f) Deve ser hermética;
g) O respectivo conteúdo não deve cair quando a caixa é inclinada a um ângulo de 30 ° relativamente
a um plano horizontal.
É admitida a utilização de caixas de primeiros socorros de modelo e conteúdo conforme com a regula-
mentação em vigor em qualquer outro Estado-Membro da Comunidade Europeia, da Turquia ou país
integrante do Acordo Europeu de Comércio Livre, signatários do Acordo sobre o Espaço Económico
Europeu.
Deficiência Tipo
Qualquer veículo que transporte mercadorias perigosas deve estar equipado com um calço de rodas de
dimensões apropriadas ao peso do veículo e dimensões das rodas de acordo com ADR/RPE.
Deficiência Tipo
Não estando definido pela entidade competente o conteúdo de uma caixa de ferramentas não se pode
proceder a esta verificação.
Os veículos matriculados ou homologados a partir de 1-1-1998 terão que ter os avisadores sonoros
homologados.
Os veículos automóveis devem possuir o avisador acústico homologado susceptível de emitir um som
contínuo.
O avisador está montado de maneira rígida por intermédio de peça ou peças previstas pelo fabricante
num suporte com massa, que seja pelo menos, 10 vezes maior que a do avisador e no mínimo com o
peso de 15 Kg.
Deficiência Tipo
Funcionamento deficiente 1
Verificar a existência, tipo de escala, (Km ou milhas) e funcionamento. Quer o conta quilómetros, quer o
velocímetro terão que ter obrigatoriamente a escala em Km e Km/hora, independentemente de também
poderem ter em milhas.
Caso o veículo esteja equipado com um velocímetro digital deve o inspector verificar no teste do frenó-
metro se o velocímetro apresenta o valor da velocidade de ensaio (+- 5 Km/h).
Deficiência Tipo
Funcionamento deficiente 1
B.7.10 - TACÓGRAFO
Esta verificação aplica-se apenas aos veículos das categorias M2, M3, N2 e N3.
Esta verificação aplica-se apenas aos veículos das categorias M3 e N3 matriculados depois de
1/1/88.
• Cintos de segurança
• Triangulo de pré-sinalização
• Avisador sonoro
• Tacógrafo
Deficiência Tipo
• Coimas
B.8 - PERTURBAÇÕES
B.8.1 - DEFICIÊNCIAS GERAIS (DISPOSITIVOS DE ESCAPE E SILEN-
CIADORES)
• O tubo de escape deve estar dirigido para a retaguarda ou para a esquerda do veículo,
devendo nos automóveis de passageiros ser prolongado até à extremidade da caixa.
As saídas de escape não devem estar dirigidas para as rodas incluindo a roda de reserva, nem para a
tubagem ou depósito de combustível.
Veículos homologados a partir de 1988 ou matriculados a partir de 01-01-1990, podem ter a saída do
sistema de escape direccionada para o lado direito do veículo de acordo com a directiva 70/157CE.
Todos os veículos com motor de ignição por faísca matriculados a partir de 1 de Janeiro de 1993 que
não tenham, à data da inspecção, o sistema de controlo de emissões poluentes (vulgo catalisador) e
tal facto não esteja anotado no respectivo livrete devem apresentar justificação emitida pelo fabricante,
ou pelo seu representante, devendo tal ser anotado na ficha de inspecção para que essa justificação
venha a ser apresentada à direcção de serviços de viação, a fim de ser anotada no livrete.
Tais justificações só são aceites quando fundamentadas em bases legais, nomeadamente os casos
dos veículos que, por indicação do construtor, estejam ao abrigo de quaisquer das disposições transitó-
rias consignadas no nº 8 do anexo I da Directiva nº 91/441/CEE ou na sua modificação consignada no
anexo da directiva nº 93/59/CEE, transpostas na Portaria nº 489-A/97, DE 15 DE Julho.
São considerados justificados os casos em que a DGV certifique que as condições de matrícula do
veículo cumprem os requisitos legais relativos a emissões poluentes.
Deficiência Tipo
Ausência de silenciador 2
Montagem deficiente 2
Esta verificação deverá ser realizada de acordo com os procedimentos propostos pelos fabricantes
pela ocasião da homologação ou, na falta destas, de acordo com os procedimentos seguintes:
• O motor deve estar à temperatura normal de funcionamento e com a velocidade em marcha lenta
estabilizada.
• Desligar todos os opcionais do veículo que possam provocar alterações no regime do motor du-
rante o ensaio, excepto quando existir informação contrária do fabricante. Deve-se ainda ter em
atenção e não tocar no volante dos veículos que possuam direcção assistida, já que a entrada
em carga da bomba de direcção assistida provoca alterações no regime do motor.
• Ligar ao veículo a sonda captadora do regime de rotação do motor. Para motores equipados com
certos tipos de ignição poderá ser necessário utilizar um adaptador externo.
• Uma vez introduzida e fixa a sonda metálica de captação, o analisador inicia de imediato as
leituras. Deixar estabilizar o fluxo de gases de escape captado, ou seja, esperar cerca de 15
segundos até que as leituras se tornem estáveis para o regime do motor em análise.
• Efectuar a leitura (rotações e CO), pressionar a tecla que permite fixar os resultados e imprimi-
los.
• Para veículos equipados com sistema avançado de controlo de emissões, fazer nova medição
com o motor moderadamente acelerado. Para tal, elevar lentamente o regime do motor até ao
valor mínimo de 2000rpm. Estabilizar a rotação do motor e esperar cerca de 20 segundos para
que o fluxo normal de gás seja captado pelo analisador e as leituras estabilizem.
• Para cada leitura efectuada e impressa, o inspector obterá no respectivo relatório não só os va-
lores lidos como os calculados.
• Se existir uma fuga excessiva no sistema de escape que não permita a verificação do valor de
CO, deve o inspector registar essa informação no relatório de inspecção e certificado de ins-
pecção (Exemplo: “Na reinspecção realizar teste de gases.”). O objectivo deste procedimento é
garantir que na reinspecção seja verificado o valor de CO de forma satisfatória.
Os veículos com motor de ignição por faísca não equipados com catalisador de três vias controlado por
sonda lambda devem confinar-se ao ensaio inicial (motor em marcha lenta).
Deficiência Tipo
• Embora o veículo possa ser controlado sem pré-condicionamento, este é recomendado, uma vez
que um veículo não pode ser reprovado sem o mesmo.
- Pode medir-se a temperatura do óleo do cárter com uma sonda introduzida no tubo
da haste de medição do nível do óleo e deve ser de, pelo menos, 80ºC, ou a tempe-
ratura normal de funcionamento, caso seja inferior;
- Pode medir-se a temperatura do bloco do motor pelo nível de radiação infravermelha
que deve ser pelo menos uma temperatura equivalente;
- Pode avaliar-se a temperatura verificando se a ventoinha de arrefecimento entra em
funcionamento;
- Pode verificar-se a temperatura no equipamento de bordo do veículo.
– O sistema de escape deve ser purgado pelo menos durante três ciclos de aceleração livre
ou por um método equivalente;
• Para dar início a cada ciclo de aceleração livre, o pedal do acelerador deve ser premido até ao
fim rápida e continuamente (em menos de um segundo) mas não de modo violento, para se obter
o débito máximo da bomba de injecção.
• Durante cada ciclo de aceleração livre, o motor deve atingir a velocidade de corte ou, no que
diz respeito a veículos com transmissões automáticas, a velocidade especificada pelo fabrican-
te ou, se tal dado não estiver disponível, dos terços da velocidade de corte, antes de libertar o
acelerador. Isto pode ser verificado, por exemplo, por monitorização da velocidade do motor ou
deixando que passe um intervalo de tempo suficiente entre a depressão inicial e a libertação do
acelerador.
• Os veículos não devem ser aprovados se a média aritmética de pelo menos os três últimos ciclos
de aceleração livre for superior ao valor limite. Este pode ser calculado ignorando quaisquer me-
dições que se afastem significativamente da média medida ou pode ser o resultado de qualquer
cálculo estatístico que tome em consideração a dispersão das medições.
• Os ciclos de aceleração livre de purga podem ser consideradas para o cálculo da opacidade, dis-
pensando novas acelerações, desde que os resultados obtidos sejam inferiores ao limite legal.
Deficiência Tipo
Motores sobrealimentados
Motores sobrealimentados
• Emissão de óleo através de gases de escape (fumos azulados) devido a folgas nos
componentes mecânicos no interior do motor.
Com o motor parado e posteriormente em funcionamento, verificar por controlo visual se existem emis-
sões de óleo ou vapor de óleo em excesso do motor e respectivas juntas, e zona dos tubos de purga.
Deficiência Tipo
B.8.5 - RUÍDO
Não se encontra definido nenhum grau de deficiência para este requisito, devendo caso se notem va-
lores anormais ser o veículo penalizado ao nível de sistema de escape.
O veículo é considerado não conforme se apresentar um valor que exceda 5 dB em relação ao valor
indicado no livrete.
• Poluição sonora.
Este conjunto de verificações aplica-se apenas aos veículos das categorias M2, M3 (pesados de pas-
sageiros).
Esta verificação aplica-se apenas a veículos das categorias M2 e M3 utilizadas no transporte público
de passageiros.
B.9.3 - BANCOS
Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3, incluindo portanto táxis e transportes
pesados das categorias I, II, III.
Verificar a montagem, estado e fixação dos bancos assim como se o seu número corresponde à lotação
do veículo.
Caso o número de lugares não corresponda à lotação indicada no livrete deverá ser assinalada uma
deficiência de livrete “outras deficiências”, indicando em observações na ficha de Inspecção o motivo.
Deficiência Tipo
• Segurança
• Conforto
• Coima
Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3 utilizados no transporte público de
passageiros.
Os veículos pesados de passageiros devem possuir um sistema de iluminação permanente que permi-
ta fácil leitura em todos os lugares sem prejudicar a boa visibilidade do condutor. Os degraus de acesso
deverão ser convenientemente iluminados.
Deficiência Tipo
• Segurança
• Falta de condições de conforto para o passageiro
B.9.5 - PUBLICIDADE
Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3 utilizados no transporte público de
passageiros.
É obrigatória a colocação do logótipo ou da designação da empresa a que o veículo está afecto nos
painéis da frente e laterais do veículo.
Deficiência Tipo
B.9.6 - LIMPEZA
Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3, utilizados no transporte público de
passageiros
Deficiência Tipo
Esta verificação aplica-se a veículos pesados das categorias II e III e veículos ligeiros utilizados no
transporte público de passageiros. Os veículos da categoria I estão dispensados.
Verificar a existência e o estado funcional da roda de reserva. Uma roda furada ou deficiente deve ser
considerada como não existente uma vez que não está em condições de imediata utilização.
Deficiência Tipo
Esta verificação aplica-se apenas a veículos das categorias M2 e M3 utilizados no transporte público
de passageiros.
Esta verificação aplica-se apenas a veículos das categorias M2 e M3 utilizados no transporte público
de passageiros.
Esta verificação aplica-se a veículos das categorias M1, M2 e M3 utilizados no transporte público de
passageiros.
No caso dos veículos da categoria M1 (táxis), deve existir um autocolante afixado no vidro traseiro
lateral esquerdo do veículo, virado para o interior, com a informação relativa às tarifas e suplementos
em vigor e suas condições de aplicação.
Deficiência Tipo
Comparar o número da chapa de matrícula mencionado no livrete com o inscrito na chapa de matrícula
na frente e retaguarda do veículo.
Verificar se a chapa não está total ou parcialmente encoberta e, salvo disposição legal em contrário, se
não estão colocados sobre ela quaisquer emblemas ou insígnias.
O Inspector deve comparar se os caracteres das chapas de matrícula correspondem aos caracteres
definidos legalmente pela legislação em vigor (dimensões e formato).
O Inspector deve realizar um exame visual ao estado e fixação das chapas de matrícula colocadas à
frente e na retaguarda e verificar se os materiais de construção das chapas não se encontram defor-
mados ou/e com arestas vivas ou deterioradas.
Deve ser igualmente verificada a marca de homologação da chapa de matrícula (com excepção das
chapas de matrícula de fundo preto com caracteres brancos) e verificar se a chapa obedece à regula-
mentação em vigor.
Deficiência Tipo
Fixação incorrecta 2
• Coima
XXX.YYYYYY.ZZZZZZZZ
“VDS” (Y) - Secção descritiva do veículo (vehicle description section) - identifica as ca-
racterísticas gerais do veículo, código constituído por seis caracteres (letras ou
números).
O número de quadro deve ser colocado num local bem visível e acessível,
por um processo tal como caneta eléctrica ou punção, de modo a evitar
que se apague ou se altere.
O inspector deve localizar a gravação a frio do número de quadro e a chapa do construtor. Deve ter em
atenção a qualidade e uniformidade das marcações da gravação, as condições de fixação e originali-
dade da chapa do construtor.
O inspector deve confirmar o número do quadro com o número constante no livrete do veículo.
Verificar se o número de quadro que o veículo apresenta no momento da inspecção cumpre as regras
definidas legalmente.
O número de quadro deve ser sempre verificado pelo inspector, quer em inspecção, quer em reinspec-
ção. Esta verificação deve ser feita com o motor do veículo parado, por razões de segurança.
• O veículo deve ser identificado através do número do quadro atribuído pelo fabricante
e gravado na estrutura do veículo, que deve ser registado no campo próprio do livrete.
• O número de quadro atribuído pela administração do país de origem deve ser inscrito
em anotações especiais, mediante a indicação:
As anomalias relativas à identificação dos veículos (com excepção das deficiências identificadas nas
chapas de matrícula) devem ser comunicadas à Direcção de Serviços de Viação no prazo de quarenta
e oito horas, depois de convenientemente anotadas no certificado de inspecção. No campo das obser-
vações do certificado de inspecção deve inscrever-se:
Deficiência Tipo
• Coima
• Apreensão do veículo
B.10.3 - LIVRETE
Verificar se o livrete que o veículo apresenta no momento da inspecção cumpre as regras definidas
legalmente.
O inspector deve verificar pelo livrete se o tipo de combustível da viatura se encontra correcto com
o indicado no livrete. Caso haja dúvida o inspector deve verificar visualmente o sistema de ignição e
injecção do veículo.
Caso o combustível seja GPL, deverá o inspector confirmar se o tipo de combustível vem averbado
no livrete e se as características do reservatório de GPL em relação às apresentadas no livrete são
semelhantes.
Sempre que a deficiência levante dúvida o centro deve comunicar ao IMTT que existe indícios de alte-
ração da cilindrada ou modelo do motor.
Deficiência Tipo
• Coima
• Apreensão do veículo
BIBLIOGRAFIA
Manual de instruções da linha de inspecções Eurosystem para carros de passeio e transporte (vans),
MAHA, 1999
PÓS-TESTE
Em relação a cada um dos exercícios seguintes, são apresentadas 4 (quatro) respostas das quais
apenas 1 (uma) está correcta. Para cada exercício indique a resposta que considera correcta,
colocando uma cruz (X) no quadradinho respectivo.
b) Verificar se os três primeiros caracteres são do país onde se está a efectuar a inspecção.........
c) Nunca é deficiência......................................................................................................................
a) A força média medida em cada roda e a massa do veículo medida em cada roda.....................
b) A soma das massas mínimas medidas em cada roda e a massa total do veículo......................
4. A função do frenómetro é:
a) Quando se liga o frenómetro, o veículo deve estar em cima dos rolos para avaliação correcta
da sua massa...............................................................................................................................
b) Assim que os rolos do frenómetro iniciam a rotação, deve actuar-se o travão do veículo para
que a medição seja correcta........................................................................................................
c) Depois de ligar o frenómetro, deve-se esperar que este execute o seu procedimento de
auto-verificação antes de colocar o veículo nos rolos.................................................................
a) O desacelerógrafo deve ser colocado no chão do veículo e com a seta orientada no sentido
do movimento do veículo..............................................................................................................
b) O desacelerógrafo deve ser colocado na estrada, junto ao local onde se irá realizar a travagem,
com a seta orientada para o veículo
10. O ensaio para determinação da eficiência de travagem do veículo foi realizado com o
desacelerógrafo e o valor de desaceleração obtido foi de 5,6 m.s-2.
a) O veículo apresenta uma deficiência do tipo 1 porque a eficiência global é inferior a 70 %.......
b) O veículo apresenta uma deficiência do tipo 1 porque a eficiência global é inferior a 50%
d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o valor de desaceleração obtido é inferior
a 10 m.s-2.....................................................................................................................................
b) Alinhar o veículo com a placa do ripómetro, passar com velocidade constante e o volante
preso.............................................................................................................................................
c) Passar de maneira estável e precisa com a roda sobre a placa do ripómetro e o volante livre.......
a) Forças longitudinais e transversais nas rodas do veículo, evidenciando eventuais folgas nas
juntas e articulações......................................................................................................................
c) Forças longitudinais e transversais nas rodas do veículo que danificam juntas e articulações....
d) Forças verticais e longitudinais nas rodas do veículo evidenciando eventuais folgas nos
componentes.................................................................................................................................
c) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque o desvio é superior a 5 m/km mas inferior
a 10 m/km......................................................................................................................................
d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o desvio é superior a 5 m/km mas inferior
a 10 m/km......................................................................................................................................
16. Um veículo apresenta-se à inspecção com o espelho retrovisor do lado do condutor com o
sistema de regulação avariado.
b) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque o sistema de regulação está inoperativo.....
c) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque o sistema de regulação está inoperativo......
d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1, desde que o espelho se encontre convenientemente
regulado........................................................................................................................................
d) Não é deficiência..........................................................................................................................
20. Quanto a reflectores e placas reflectoras, os veículos das categorias M e N devem ter:
a) Os pneus do veículo devem ter a pressão correcta e estar centrados nas plataformas..............
b) Deve-se garantir que o peso máximo suportado pelo equipamento é superior ao peso do veí-
culo................................................................................................................................................
a) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque a eficiência do eixo dianteiro é inferior a
70%...............................................................................................................................................
b) O veículo apresenta uma deficiência tipo 2 porque a eficiência do eixo dianteiro é inferior a
70%...............................................................................................................................................
d) O veículo apresenta uma deficiência tipo 1 porque a eficiência do eixo dianteiro é inferior a
75% mas superior a 50%..............................................................................................................
24. Um veículo apresenta corrosão superficial no quadro monobloco numa extensão limitada.
a) Não é deficiência..........................................................................................................................
27. Num veículo equipado com sistema avançado de controlo de emissões, a análise de gases
de escape deve ser realizada:
a) Em dois ensaios, um com o motor em marcha lenta (ao ralenti) e outro moderadamente
acelerado, no mínimo, a 2000 rpm................................................................................................
d) Não é necessária a análise de gases de escape porque o veículo tem controlo de emissões........
c) O valor de opacidade...................................................................................................................
29. Qual a alínea que não completa correctamente a frase: “No ensaio com o opacímetro...”:
a) Fazem-se pelo menos 3 ensaios por veículo para garantir o mínimo de influência das
condições de execução do ensaio................................................................................................
c) Deve-se ter cuidado para não esforçar demasiado o motor, libertando o acelerador assim
que for atingido o regime máximo do motor..................................................................................
30. No centro de inspecções, o sonómetro serve para medir o ruído tendo como objectivo final:
b) Deve ser considerada uma deficiência tipo 1 desde que o veículo não esteja equipado com
sistema de controlo de emissões..................................................................................................
d) Deve ser considerada uma deficiência tipo 1 desde que o veículo esteja equipado com
sistema de controlo de emissões..................................................................................................
a) Pode ocupar os guarda lamas da retaguarda e portas laterais do veículo, incluindo os vidros.......
CORRIGENDA DO PÓS-TESTE
1 b)
2 a)
3 d)
4 a�)
5 c�)
6 a�)
7 d�)
8 a�)
9 b�)
10 c�)
11 d�)
12 c�)
13 b�)
14 a�)
15 c�)
16 b�)
17 a�)
18 d�)
19 a�)
20 c�)
21 b�)
22 d�)
23 c�)
24 b�)
25 d�)
26 a�)
27 a�)
28 b�)
29 d�)
30 b�)
31 a�)
32 c�)