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ANDRESSA COSTA NAZAR

RAFAELLA CARDOSO GRAVENA

RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE CONSULTAS PRÉ-


NATAIS E A PREMATURIDADE EM PUÉRPERAS DA ÁREA
DE ABRANGÊNCIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
SANTO AMARO, NO MUNICÍPIO DE CAMBÉ (PR).
Londrina
2018
ANDRESSA COSTA NAZAR
RAFAELLA CARDOSO GRAVENA

RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE CONSULTAS PRÉ-


NATAIS E A PREMATURIDADE EM PUÉRPERAS DA ÁREA
DE ABRANGÊNCIA DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
SANTO AMARO, NO MUNICÍPIO DE CAMBÉ (PR).

Trabalho epidemiológico apresentado ao


curso de Enfermagem, Farmácia e Medicina
da Universidade Estadual de Londrina, como
requisito de aprovação da disciplina PIN-II.

Orientador: Renne Rodrigues

Londrina
2018
NAZAR, Andressa Costa; GRAVENA, Rafaella Cardoso. Relação entre o número
de consultas pré-natais e a prematuridade em puérperas da área de
abrangência da Unidade Básica de Saúde Santo Amaro, no município de
Cambé (PR). 2018. 14. Trabalho Epidemiológico do curso de Enfermagem,
Farmácia e Medicina – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018.

RESUMO

A assistência pré-natal é um conjunto de procedimentos clínicos que, tem como


objetivo, acompanhar a evolução da gravidez procurando promover tanto a saúde da
gestante, quanto a da criança. Este estudo teve como objetivo analisar o número de
consultas pré-natais consideradas ideais, realizadas pelas gestantes da Unidade
Básica de Saúde do Jardim Santo Amaro, localizada na cidade de Cambé-PR. A
fonte de dados utilizada foi o Sistema de Informação de Nascido Vivo (SINASC). O
período de análise dos dados compreendeu os anos de 2012 à 2017. Foi observado
que, ao relacionar a prematuridade e o número de consultas pré-natais, pode-se
notar que, o número de consultas pré-natal afetou a prematuridade do recém-
nascido.

Palavras-chave: Prematuridade. Consultas. Pré-natal.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Prematuridade segundo número de consultas pré-natal em puérperas da


área de abrangência da UBS Santo Amaro, Cambé (PR), 2012-
2017...........................................................................................................................8

Tabela 2 – Número de consultas de pré-natal segundo anos de estudo das puérperas da


área de abrangência da UBS Santo Amaro, Cambé (PR), 2012-
2017...................................................................................................................9

Tabela 3 – Número de consultas de pré-natal segundo idade da puérpera na área de


abrangência da UBS Santo Amaro, Cambé (PR), 2012-
2017......................................................................................................................................9
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................6

2 MÉTODO..................................................................................................................7

3. RESULTADOS........................................................................................................8

4. DISCUSSÃO...........................................................................................................11

5. CONCLUSÃO.........................................................................................................12

6. REFERÊNCIAS.......................................................................................................13
6

1 INTRODUÇÃO
O objetivo da assistência pré-natal é acompanhar a gestante e o feto durante
a gestação, a fim de promover a saúde de ambos e, caso ocorra alguma
complicação durante a gravidez, haverá o encaminhamento imediato ao Sistema
Único de Saúde. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1998)
O estudo de fatores sociais, econômicos e demográficos é de grande
importância, pois estes afetam diretamente a saúde da mãe e do recém-nascido.
Porém, um fator se destaca em relação a isto, a atenção pré-natal, este é
considerado de extrema importância para a proteção e prevenção de futuros
problemas relacionado à saúde da mãe e do bebê. Segundo a pesquisa “Nascer no
Brasil”, a não realização ou, a realização não ideal de consultas pré-natais está
relacionada aos elevados índices de morbimortalidade materna e infantil e também,
se relaciona com a prematuridade, sendo que, a realização adequada da atenção
pré-natal é um fator de proteção à prematuridade. (LANSKY et. al, 2012)
Apesar de a gravidez ser um fator fisiológico considerado natural, podem
ocorrer complicações durante esse processo. A assistência pré-natal tem como um
de seus objetivos, prevenir e diminuir os riscos dessas complicações tanto para a
mãe, quanto para o feto. Por esse motivo, é imprescindível que a gestante tenha um
acompanhamento pré-natal ideal, por mais que sua gravidez não apresente riscos, a
assistência pré-natal garante os melhores cuidados a fim de zelar pela saúde da
mãe e do bebê.
Considerando a importância da assistência pré-natal como um fator de
proteção para a prematuridade, realizou-se um estudo que teve como principal
objetivo analisar a relação entre prematuridade e o número de consultas pré-natais
em puérperas da área de abrangências da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santo
Amaro, no município de Cambé (PR).

2 MÉTODO
Trata-se de um estudo quantitativo, realizado em uma amostra composta por
819 fichas que continham informações das puérperas e dos recém-nascidos da UBS
7

Santo Amaro, Cambé (PR), com população residente, em 2010, de 96.733


habitantes (BRASIL, 2010).
A UBS – Santo Amaro constituí um dos campos de estudo e práticas do
Módulo “Práticas de Interação Ensino, Serviço e Comunidade II“ (PIN 2), participam
desse módulo os alunos do segundo ano dos cursos de Farmácia, Medicina e
Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
A fonte de dados utilizada foi o Sistema de Informação de Nascido Vivo
(SINASC). O período de estudo foram de 2012 à 2017. O projeto realizado seguiu
todos os requisitos éticos contidos na resolução nº 466 (BRASIL, 2012) e, foi
submetido à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual
de Londrina (CEP/UEL).
Em relação às variáveis estudadas:
Gestante:
 Idade
Adolescente – menor ou igual a 19 anos; não adolescente – acima de 19 anos.

 Anos de estudo concluídos


De 1 a 3 anos; de 4 a 7 anos; de 8 a 11 anos; 12 anos ou mais.

Gestação:
 Número de consultas pré-natal
Ideal – 7 consultas; Abaixo do esperado – menor que 7 consultas.

Nascidos vivos:
 Prematuridade
Sim – menor que 37 semanas; Não – maior ou igual a 37 semanas.

Para obter frequências, médias e medianas, foi utilizado o programa Epi Info®
versão 7. Esses valores foram, posteriormente, apresentados em tabelas.

3 RESULTADOS
8

Na tabela 1, ao relacionar a prematuridade e o número de consultas pré-


natais, pode-se notar que o número de consultas pré-natal afetou a prematuridade
do recém-nascido. Nas puérperas que realizaram um número de consultas pré-natal
abaixo do esperado, a prevalência de prematuridade foi de 22,8%. Já nas que
realizaram um número de consultas pré-natal considerado ideal, a prevalência de
prematuridade foi de 7,7%.

Tabela 1 - Prematuridade segundo número de consultas pré-natal em puérperas da


área de abrangência da UBS Santo Amaro, Cambé (PR), 2012-2017.

Total Prematuridade
N % n % Valor de p
Número de consultas pré-natal <0,001
Ideal 70 8,6 57 7,7
Abaixo do esperado 793 91,4 16 22,8
Fonte: o próprio autor

Um dos fatores analisados na tabela 2, foi o grau de escolaridade das


puérperas. Das mulheres que tiveram escolaridade de 8 a 11 anos (61,3%), foi
possível observar que 90,6% tiveram um número de consultas pré-natal considerado
ideal. Entre as tiveram escolaridade de 12 anos ou mais (23,4%) e, 95,3% obtiveram
um número de consultas pré-natal ideal.
Ao analisar a idade das puérperas na tabela 3, pode-se observar que a idade
não afetou significativamente o número de consultas pré-natal. Apenas 9,4% das
adolescentes e 8,4% das não adolescentes realizaram um acompanhamento pré-
natal considerado abaixo do esperado.

Tabela 2 – Número de consultas de pré-natal segundo anos de estudo das puérperas da


área de abrangência da UBS Santo Amaro, Cambé (PR), 2012-2017.
9

Número de consultas
Ideal Abaixo do esperado
n % n % Valor de p
Anos de estudo 0,165
1a3 8 88,8 1 11,2
4a7 96 88,8 12 11,2
8 a 11 455 90,6 47 9,4
12 e mais 183 95,3 9 4,7
Fonte: o próprio autor

Tabela 3 – Número de consultas de pré-natal segundo idade das puérperas na área de


abrangência da UBS Santo Amaro, Cambé (PR), 2012-2017.
Fonte: o próprio autor
Número de consultas
Ideal Abaixo do esperado
n % n % Valor de p
Idade da mãe <0,700
Adolescente 105 90,5 11 9,5
Não adolescente 641 91,5 59 8,5

4 DISCUSSÃO
Este estudo demonstrou que houve cobertura em relação à atenção pré-
natal e os números de consultas consideradas ideias conforme a Organização
Mundial da Saúde (OMS), que orienta a realização de 7 consultas. Constatou-se
que, o número de consultas pré-natal afetou a prematuridade do recém-nascido e os
dados foram estatisticamente significativos para o estudo. (OMS, 2016)
10

Neste estudo, foi evidente que o número de consultas pré-natais não foi tão
afetado pelo grau de escolaridade materno.
Assim como os resultados obtidos em Florianópolis, Brasil, o número de
consultas pré-natal exerceu uma influência impactante na ocorrência de
nascimentos prematuros. (CASCAES, 2005)

CONCLUSÃO

Conclui-se que a realização de sete consultas pré-natais é de extrema


importância para um desenvolvimento gestacional mais seguro, sendo assim, o
acompanhamento pré-natal é um dos principais fatores de proteção à
prematuridade. Um fator interessante observado no estudo foi que, a idade das
gestantes não obteve tanta influência na realização das consultas pré-natais e na
11

prematuridade do bebê. Notou-se também, que a realização de menos de sete


afetou significativamente a prematuridade do recém-nascido.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Departamento de Informática do SUS. Informações de saúde.


Demográficas e socioeconômicas. População residente. Censo de 2010.
Disponível em http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?
area=0206&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/cnv/pop.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº. 466, de 12 de


Dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de
pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília: Diário Oficial da União, 2012.
12

CASCAES, Andreia Morales et al. Prematuridade e fatores associados no Estado


de Santa Catarina, Brasil, no ano de 2005 : Análise dos dados do Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos. Disponível em:
<https://www.scielosp.org/scielo.php?pid=S0102-
311X2008000500009&script=sci_arttext&tlng=pt#back>. Acesso em: 15 out. 2018.

LANSKY, Sônia et al. Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal


e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido . Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/csp/v30s1/0102-311X-csp-30-s1-0192.pdf>. Acesso em: 12
dez. 2018.

OMS. Mulheres grávidas devem ter acesso ados cuidados adequados no


momento certo. Disponível em:< https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=5288:mulheres-gravidas-devem-ter-acesso-
aos-cuidados-adequados-no-momento-certo-afirma-oms&Itemid=820>. Acesso em:
9 dez. 2018.

SAÚDE, Ministério da. Assistência Pré-natal. Disponível em:<


http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pre_natal.pdf>. Acesso em: 15 out. 2018.

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