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Radiologia Veterinária
CONCEITOS BÁSICOS EM RADIOLOGIA
1 - HISTÓRICO
ampola de Crookes.
Em 28 de dezembro de 1895 Roentgen submeteu sua descoberta à
Sociedade de Física e Ciências Médicas da Universidade de Würzburg através
de um “paper” (10 páginas) intitulado “Üeber eine Neue Art von Strahlen ” (Uma
nova forma de radiação), tendo o mesmo sido aprovado e passado a fazer
parte dos Anais da Sociedade ainda no ano de 1895.
2 – O QUE É RADIOLOGIA
3 - OS RAIOS X
Os Raios são radiações eletromagnéticas, as que não possuem massa, e
deste espectro também fazem parte as ondas do rádio, microondas, raios
infravermelhos, luz visível, raios ultravioletas, raios gamas, entre outras. Elas
Tais radiações diferem entre si pelo comprimento de onda (distância entre
uma partícula numa determinada onda e a sua correspondente na onda
seguinte, é representada pela letra grega lambda - ), pela freqüência (número
de ciclos por segundo de uma radiação eletromagnética) e pela energia
(capacidade da radiação de produzir trabalho).
ampola de Coolidge.
5 - MILIAMPERAGEM
6 - QUILOVOLTAGEM
8 – O FEIXE DE RAIOS X
O Raio Central é entre todos os raios X do Feixe Primário o único que não
causa distorção na imagem registrada radiologicamente. Por esta razão o Raio
Central deve sempre incidir exatamente sobre a área ou órgão de interesse
clínico. Exemplificando: em casos suspeitos de luxação de patela o Raio
Central deve incidir exatamente sobre essa estrutura óssea e não sobre a
região epifisiária distal do fêmur ou sobre a região epifisiária proximal da tíbia.
Algumas radiações X do Feixe Primário quando interagem com objeto
sujeito ao exame radiográfico transferem ao átomo do objeto toda a sua
energia e ocorre a produção de novas radiações X. Essas novas radiações X
são denominadas de RADIAÇÕES SECUNDÁRIAS ou DIFUSAS, que se
difundem em todas as direções e possuem comprimento de onda maior que as
originais, portanto, com menor poder de penetração. Em razão de seu
comprimento de onda, as Radiações Secundárias são altamente patogênicas e
contra elas devemos nos precaver.
Fig. 4 – Representação esquemática das Radiações Secundárias
(linhas pontilhadas).
RADIAÇÕES DISPERSAS.
9 – A IMAGEM RADIOGRÁFICA
Para que tenhamos uma imagem que reproduza com exatidão a estrutura
radiografada é necessário que esta esteja em íntimo contato como o filme
radiográfico.
ESTRUTURA
ELEMENTO Nº ATÔMICO
Hidrogênio 01
TECIDOS MOLES
Gás Carbônico 06
Nitrogênio 07
Oxigênio 08
06
Média Tecido Mole
20
TECIDO ÓSSEO Cálcio
15
Fósforo
14
Média Tecido Ósseo
35
Emulsão Fotográfica Bromo
47
Prata
53
Meios de Contraste Iodo
56
Bário
74
Alvo da Ampola Tungstênio
82
Meios de Proteção Chumbo
11 – TÉCNICA RADIOGRÁFICA
A obtenção de boas radiografias pressupõe o uso de regimes
radiológicos apropriados, com a adequada penetração das radiações, para a
sensibilização dos filmes radiográficos.
Kv = E x 2 + cf
onde:
Kv = quilovoltagem;
E = espessura da região,
Exemplificando:
Kv = E x 2 + cf
Kv = 10 x 2 + 20
Kv = 40
Assim teremos:
Kv = 40
mA = 40
mA
Kv Tempo de Exposição
40 1 segundo
40 (radiação mole)
20 1 segundo
50 (radiação mole)
10 1 segundo
60 (radiação intermediária)
5 1 segundo
70 (radiação intermediária)
2,5 1 segundo
80 (radiação dura)
1,25 1 segundo
90 (radiação dura)
x = 0,16 segundos
12 – PROJEÇÕES RADIOLÓGICAS
EQÜINOS
1 – Dorsal
2 – Ventral
3 – Rostral
4 – Cranial/Anterior:
Desde a articulação escápulo-umeral (encontro)
até a articulação carpiana (joelho)
5 – Caudal/Posterior:
Desde o codilho (axila) até a articulação carpiana (joelho)
6 – Dorsal/Anterior:
Desde a articulação carpiana (joelho) até sola do pé.
7 – Palmar/Posterior:
Desde a articulação carpiana (joelho) até a 3ª falange.
8 – Cranial/Anterior:
Desde a articulação femur-tibio-patelar (joelho anatômico)
até a articulação tarsiana (jarrete)
9 – Caudal/Posterior
Na face posterior do membro na altura da articulação do joelho anatômico
até o jarrete.
10 – Dorsal/Anterior
Desde o jarrete até a sola do pé, pela face anterior do membro.
11 – Plantar/Posterior
Desde o jarrete até a sola do pé, pela face posterior do membro.
12 – Proximal
Desde a articulação carpiana (joelho) e da tarsiana (jarrete0 em direção ao
dorso do animal.
Usada para definir os ângulos a serem usados.
13 - Distal
Desde a articulação carpiana (joelho) e da tarsiana (jarrete) em direção ao
chão..
Usada para definir os ângulos a serem usados.
Base de poliester
13.5 - NEGATOSCÓPIO
13.6 - CALHAS
a) LESÕES SUPERFICIAIS
Radiodermatite
Epilação
b) LESÕES HEMATOPOIÉTICAS
Linfopenia
Leucopenia
Anemia
Leucemia
Redução na taxa de anticorpos
c) LESÕES CARCINOGÊNCIAS
Carcinomas
Sarcomas
Osteossarcomas
d) LESÕES GENÉTICAS
Mutações genéticas
Aberrações cromossômicas
e) OUTRAS LESÕES
Catarata
Esterilização, parcial ou total
RADIOLOGIA RENAL
Os rins são órgãos pares que têm como principais funções a secreção
da urina, a regulação da concentração hídrica e salina do organismo e a
remoção de substâncias estranhas presentes na corrente sangüínea.
Estruturalmente, os rins estão formados pela córtex, pela medula, pela pelve e
pelo hilo renal que, por possuírem igual densidade radiológica, não se
diferenciam entre si nos exames radiológicos simples, entretanto serão
visualizadas quando do emprego de técnicas radiográficas contrastadas
através de meios de contraste radiopacos, também chamados de meios de
contraste positivos.
CÁPSULA RENAL
PELVE RENAL
DIVERTÍCULO RENAL
MEDULA RENAL
VEIA RENAL
GORDURA PERI RENAL
URETER
Em felinos o polo cranial do rim direito está situado ao nível da primeira até a
quarta vértebra lombar (L1 - 4) enquanto que o do rim esquerdo se situa ao nível
da segunda até a quinta vértebra lombar (L2 - 5). As relações topográficas dos
rins de felinos são praticamente as mesmas observadas nos caninos, porém
apresentam-se bem mais móveis do que nos cães.
RADIOLOGIA URETERAL
RADIOLOGIA DA BEXIGA
Fig. 50 - Cistografia.
Fig. 51 - Pneumocistografia.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
INTRODUÇÃO
PROJEÇÕES RADIOLÓGICAS
Para o exame radiológico dos órgãos genitais é necessário a realização
de, no mínimo, duas projeções radiológicas perpendiculares entre si. Dá-se
preferência para as projeções Laterais e VentroDorsal. Em muitas ocasiões
será necessário a realização dessas projeções com obliqüidade.
Na maioria dos exames, as projeções Laterais fornecem dados mais
conclusivos que a VentroDorsal pois nessa as sobreposições que ocorrem
normalmente entre os órgãos abdominais dificultam a interpretação. Porém
isso não excluiu a necessidade da realização das duas projeções, pois ambas
se complementam entre si.
ÚTERO
INTRODUÇÃO
Raio
Central
Raio
Central
INSPIRAÇÃO
EXPIRAÇÃO
INSPIRAÇÃO
ASPECTOS NORMAIS
Os seios paranasais estão localizados nos ossos maxilar, etmóide e
frontal. Os dois primeiros não são de fácil visualização radiológica em razão de
suas diminutas dimensões. Os seios frontais, grandes, são facilmente
visualizados acima das órbitas nas projeções laterais. Caracterizam-se por sua
radiolucência.
Fig. 26 - Radiografia Lateral da Laringe que tem o seu trajeto delineado por
uma sonda endotraqueal.
RADIOLOGIA DA TRAQUÉIA
ASPECTOS NORMAIS
A Traquéia é um órgão tubular que se estende desde a Laringe até o 5º
espaço intercostal onde se bifurca para dar origem aos brônquios principais. É
visível radiologicamente em razão do ar que contem no seu interior.
2
2
INTRODUÇÃO
- POSICIONAMENTO DO PACIENTE
PROJEÇÕES RADIOGRÁFICAS
PROJEÇÕES LATERAIS
VARIAÇÕES RACIAIS
Nas raças caninas com tórax profundo e estreito (Afghan hound, Setter,
Collie) a silhueta cardíaca se apresenta ovalada e perpendicular a coluna
vertebral nas projeções Laterais. Na projeção DV, a silhueta cardíaca tenderá à
forma circular e estará posicionada no plano médio torácico.
A SILHUETA CARDÍACA
b c
b - bordo cranial
c - bordo caudal
Nessa analogia temos: entre 11:30 - 2:00 horas está posicionado o átrio
esquerdo; entre 2:00 - 5:30 horas, o ventrículo esquerdo; a partir das 5:30 até
às 8:30, o ventrículo direito e o átrio direito desde as 8:30 até as 11:30 horas. A
base do coração se estende a partir das 9:30 até 1:30 horas. O arco aórtico e
segmentos da arteria pulmonar principal se sobrepõem ao átrio direito desde às
9:30 até as 11:30 horas e a Cava posterior entre 2:30 3 3:00 horas.
3 - 3ª costela
Na projeção DV a silhueta cardíaca se assemelha a um ovo inclinado que
se estende desde o 3º até o 8º par de costelas, com os bordos cranial e direito
arredondados, o bordo esquerdo levemente retilíneo, a ponta do coração
direcionada para a esquerda a partir da linha média torácica e ocupa cerca de
2/3 do espaço da cavidade torácica.
3 e 8 - 3º e 8º par de costelas
Fig. 12 - Radiografia da silhueta cardíaca, projeção DV de um canino,
linhas sólidas representam veias e átrio esquerdo e as linhas tracejadas as
arterias pulmonares, onde:
LA - Átrio Esquerdo
LV - Ventrículo Esquerdo
INTRODUÇÃO
Neste trabalho foi dado ênfase aos aspectos radiológicos das moléstias
esofágicas, gástricas e intestinais. Deixamos de lado as alterações bucais pois
as estruturas que apresentam real interesse radiológico, os dentes, já foram
tratadas no texto referente a radiologia Óssea e as alterações faringeanas
foram vistas juntamente com a Laringe (Sist. Respiratório).
RADIOLOGIA DO ESÔFAGO
Devido a sua densidade radiológica, similar com a dos órgãos e tecidos que
o circundam, sua espessura e ao fato de se apresentar normalmente
colabado (exceção durante a deglutição), os estudos radiográficos do
esôfago devem ser realizados, num primeiro momento, através de exames
radiológicos simples e, posteriormente, através de técnicas radiológicas
contrastadas.
Do esôfago de um canino.
do esôfago de um felino.
RADIOLOGIA DO ESTÔMAGO
C – Cardia
F – Fundo gástrico
Co – Corpo
P – Piloro
A – nos caninos
B – nos felinos
F – fundo gástrico
Co – corpo gástrico
P – região pilórica
A – nos caninos
B – nos felinos
F – fundo gástrico
C - cardia
Co – corpo gástrico
P – região pilórica
PROJEÇÕES RADIOLÓGICAS
As projeções de rotina para a avaliação do ID são as VentroDorsal e a
Lateral Direita. Projeções adicionais geralmente são necessárias para o
estudo completo do ID e, entre elas, temos: Laterais em estação,
VentroDorsal em estação, Laterais e VentroDorsal oblíquas.
1 – Cólon Ascendente
2 – Cólon Transverso
3 – Cólon Descendente
4 - Flexura Hepática
5 – Flexura Esplênica
6 – Reto Cranial
7 – Reto Caudal
8 – Canal Anal
A linha demarca a entrada da região pélvica.
A – válvula cecocólica
B – Ceco
B – Válvula cecocólica
1 - Epífise
2 - Linha Epifisiária
3 - Metáfise
1 - Epífise
2 - Linha epifisiária
3 - Metáfise
Fig. 4 - Radiografias AnteroPosterior, demonstrando Linhas Epifisiárias.
TUBEROSIDADE da 3 - 5 meses
ESCÁPULA
METATARSIANOS 5 - 7 meses
Referências