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Exmo. Sr. Dr.

Juiz da 24ª Vara do Trabalho de


Salvador.

Assinado Eletronicamente/Digitalmente por JOÃO ALVES DO AMARAL em 20/04/2016 16:40:49. (Lei 11.419/2006).
Ref. Processo nº 0108200-88.2008.5.05.0024 RT

PETROLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, por seu


advogado, nos autos do processo, em que litiga
com VLADIMIR OLIVEIRA SILVA, vem apresentar
IMPUGNAÇÃO AOS CÁLCULOS da Sequência 22.1/22.2,
expondo e ao final requerendo o seguinte:

Dos cálculos

Os cálculos apresentados pelo Reclamante,


estão equivocados, inclusive no que respeita
ao limite e na forma da correção monetária e
da aplicação dos juros.

DA ATUALIZAÇÃO DA INDENIZAÇÃO ARBITRADA DO


DANO MORAL

O reclamante atualiza indevidamente o


crédito, aplicando indexador da variação do
IPCA-E em vez da TRd até 31/10/15 sobre o
valor da indenização de R$ 30.000,00
arbitrada pelo Acórdão do TST em 17/04/2013.

Da correção monetária

O Reclamante apresenta cálculos aplicando


índices de correção monetária com base no
IPCA-E, olvidando que o Supremo Tribunal
Federal suspendeu a eficácia da decisão do
TST acerca do tema

JURÍDICO BAHIA

RECLAMAÇÃO Av. ACM,


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O Supremo Tribunal Federal, através de
liminar concedida pelo Ministro Dias Toffoli,
derrubou o efeito modulatório determinado
pelo TST no processo nº TST-ArgInc-479-
60.2011.5.04.0231, decretando:

“Em juízo preliminar, concluo que


a “tabela única” editada pelo

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CSJT por ordem contida na decisão
Ação Trabalhista nº 0000479-
60.2011.5.04.0231 não se limita a
orientar os cálculos no caso
concreto; antes, possui caráter
normativo geral, ou seja, tem o
condão de esvaziar a força
normativa da expressão
“equivalentes à TRD” contida no
caput do art. 39 da Lei nº
8.177/91, orientando todas as
execuções na Justiça do Trabalho,
razão pela qual assento a
presença do periculum in mora
para o deferimento odo pedido
cautelar formulado.

Ademais, essa tabela implementa o


IPCA-E como índice de atualização
monetária de débitos em hipóteses
diversas da que foi submetida à
análise desta Suprema Corte nas
ADI nºs 4.357/DF e 4.425/DF –
dívida da Fazenda Pública no
período entre a inscrição do
débito em precatório e seu
efetivo pagamento.

Ante o exposto, defiro o pedido


de liminar para suspender os
efeitos da decisão reclamada e da
“tabela única” editada pelo CSJT
em atenção a ordem nela contida,
sem prejuízo do regular tramite
da Ação Trabalhista nº 0000479-
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60.2011.5.04.0231, inclusive
prazos recursais.

Solicitem-se informações à
autoridade reclamada.

Com ou sem informações, vista à


douta Procuradoria-Geral da
República para manifestação como

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custos legis.

Publique-se. Int.
Brasília, 14 de outubro de 2015

Ministro Dias Tofolli


Relator”

Portanto, até que haja julgamento definitivo


no âmbito do Supremo Tribunal Federal,
continua em vigor o art. 39 da lei 8.177/91
que determina que o índice próprio para
correção monetária débitos trabalhistas
constantes de condenação pela Justiça do
Trabalho é a TR.

Deste modo, afiguram-se equivocados os


cálculos.

DOS JUROS

Também ao contabilizar os juros, o Reclamante


mostra-se equivocado, pois deixou de observar
os dizeres da sumula nº 439 do TST, in
verbis:

DANOS MORAIS. JUROS DE


MORA E ATUALIZAÇÃO
MONETÁRIA. TERMO INICIAL.
Nas condenações por dano
moral, a atualização
monetária é devida a
partir da data da decisão

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de arbitramento ou de
alteração do valor.
Os juros incidem desde o
ajuizamento da ação, nos
termos do art. 883 da CLT.

Tratando-se de indenização decorrente de dano


moral, cujo valor arbitrado de R$ 30.000,00,
em 17/04/2013 pelo TST. Este é o marco

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inicial para fixação da correção monetária,
conforme entendimento majoritário consagrado
pela Súmula 362 do STJ e ratificado pela 439
do c.TST..

De outro modo, a CLT por ter regra própria no


art. 883, torna com que a contagem dos juros
tenha por base a data do ajuizamento.

Ora, se a correção monetária só começa a fluir a


partir da data do arbitramento e como montante
arbitrado sofreu uma mitigação subjetiva de R$
200.000,00 para R$ 30.000.00. Por corolário, o
TST também levou em conta a passagem do lapso
temporal, desde a data da ajuizamento
(06/10/2008), e ali fez embutir a parcela
moratória na qual sobre ela deverá ser adotado o
princípio norteador da gravitação jurídica, em
que a parcela acessória da mora de R$ 10.565,75
deverá acompanhar a principal de R$ 19.434,25 e
assim ambas devem passar de forma simultânea
por uma atualização da TRd e na referida base
principal atualizada sofrer a incidência
moratória de juros complementar do período ente
a data do arbitramento e do vencimento.

Evitando-se assim, a configuração do bis in idem


ou seja, dos juros sobre juros (anatocismo)
conforme demonstrado no corpo da planilha, ora
anexada.

Ante exposto, vem impugnar os cálculos


apresentados pelo Reclamante, demonstrando na
planilha anexa a contabilização do crédito do
Reclamante.
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Requer, deste modo, seja acolhida a impugnação
determinando-se o refazimento dos fixando o
crédito do Reclamante no valor apontado na
planilha anexa.

Pede Deferimento.
Salvador, 20 de abril de 2016

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João Amaral
OAB – 5.869

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